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O Guardador de Rebanhos é um conjunto de poemas escritos pelo heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Os poemas foram escritos em 1914 e Fernando Pessoa atribuiu sua génesis a uma única noite de insónia de Caeiro.
O poder das palavras, das lembranças e a força que constrói um povo, uma comunidade, uma nação. Identidade individual e coletiva. A compreensão de nossa história e de tudo o que houve antes de nós é a base para o caminho que vamos construir. Um povoado distante é onde vive o guardador de memórias, mas ele poderia estar em qualquer lugar. Ouça a contação de “O Guardador de Memórias”, de Denise Guilherme, e reflita!
Poema presente no livro “O Guardador de Rebanhos”, traz em um único poema uma reflexão a respeito da natureza com uma especulação a respeito de realidades suprassensíveis. Somente uma mente genial como a de Fernando Pessoa para tal. Acompanha o poema a obra Bachianas Brasileiras No.4 de Heitor Villa-Lobos. Obrigado. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/edmundonesi/message
Christie Chadwick _ Sou eu o guardador do meu irmão_ _ Série _Perguntas Essenciais_ _ EP1 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/ricardoferrer/message
Alberto Caeiro é o mestre de todos os demais heterônimos de Fernando Pessoa. O próprio poeta reconhece que Caeiro foi o desencadeador de seu processo poético. O principal conjunto de poemas de Caeiro, O Guardador de Rebanhos, constituído de 49 poemas, teria sido escrito de uma única vez, na noite de 8 de março de 1914. --- Support this podcast: https://anchor.fm/ocaminho/support
Primeiro poema da temporada 2, tinha que ser esse; dedicado ao Felipe.
Um conto de Hans Cristian Andersen
O guardador de rebanhos de Fernando pessoa declamado por Gus Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse. Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol E anda pela mão das Estações A seguir e a olhar. Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se a meu lado. Mas eu fico triste como um pôr de sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela. Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe E as mãos colhem flores sem ela dar por isso. Como um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada, Os meus pensamentos são contentes. Só tenho pena de saber que eles são contentes, Porque, se o não soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes. Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais. Não tenho ambições nem desejos Ser poeta não é uma ambição minha É a minha maneira de estar sozinho. E se desejo às vezes Por imaginar, ser cordeirinho (Ou ser o rebanho todo Para andar espalhado por toda a encosta A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo), É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol, Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz E corre um silêncio pela erva fora.
Não importa se você é rico, pobre, branco, negro, gay, hetero, binário ou agênero, a vida pode ser dura. Independente de suas posses e possibilidades, independente da sua escolha profissional, da casa onde mora, do como é sua mobilidade na cidade, de quão forte é o seu corpo ou qual a sua preocupação: Sobrevivência, relações, estima ou auto realização. Estamos todos tentando lidar com as emoções. Emoções são como bolas de bilhar, quando nos atingem, desviam nosso caminho, nos colocam de escanteio, nos encaçapam ou nos paralisam. Mas, a vida pode ser dura e no rumo da sobrevivência, todos nós nos adaptamos. Primeiro as condições físicas do mundo em que vivemos: ao frio, ao calor, à exposição ao sol ou a falta dele, à duração do dia, às telas de computadores, à tela do celular. Depois nos adaptamos emocionalmente à falta de liberdade, à falta de gentileza, ao desrespeito, ao abuso, à ausência, à superficialidade das relações, e à separatividade e, por fim, nos adaptamos "moralmente" à injustiça, à corrupção, à obstrução do acesso, à exclusão, ao privilégio, ao silêncio. E, mesmo que não concordemos, mesmo que lutemos pelo contrário, ainda assim, seguimos adaptados, engolindo os choros que não se pode chorar, para não abrir mão do privilégio de existir e pertencer, seja lá ao que for. Porque no universo engole o choro a razão prevalece, não aprendemos a lidar com as emoções, mas a metê-las em um canto qualquer, a ignorá-las e/ou controlá-las. Alguém precisa controlá-las, afinal elas não podem obstruir o caminho do sucesso e do autoconhecimento, da realização cheia de eu, meus e mim, repletas de contentamento e, ainda assim, vazias de completude, inteireza. E o personagem em nós que nos ajuda engolir o choro é o guardador de emoções. QueSejamosTodosPlenosCanal do telegram...Para me conhecer melhor:*Youtube: http://bit.ly/youtube-bertaribeiroBlog: www.robertaribeiro.med.brInstagram: @berta.ribeiroe-mail: dr.ribeiro@medintegral.com.br
O principal conjunto de poemas de Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos é constituído de 49 poemas e teria sido escrito de uma única vez, na noite de 8 de março de 1914. Ele é um dos principais heterônimos de Fernando Pessoa (1888-1935), tendo sido órfão de pai e mãe e tutorado por uma tia, era intimamente ligado à natureza, já que viveu no cimo de um outeiro, numa casa caiada e sozinha. Defende que “Há metafísica bastante em não pensar em nada”. E questiona pouco, sem querer respostas: "Que opinião tenho? Que tenho eu sobre Deus. Fechar os olhos e não pensar”. Este poema mostra a forma simples e natural de sentir e dizer desse poeta. Alberto Caeiro morreu tuberculoso, em 1915. Fernando Antonio Nogueira Pessoa foi o poeta “plural”, o mais universal poeta português, que nasceu e morreu em Lisboa, Portugal, respectivamente em 13 de junho de 1888, e viveu até 30 de novembro de 1935. De 1942 em diante, sete anos após a sua morte, começou a sair uma sequência de obras póstumas sendo que, O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro, saiu propriamente em 1986. Apoie o Leitura de Ouvido: https://apoia.se/leituradeouvido Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: @leituradeouvido Direção e narração: @daianapasquim Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: @lucaspiaceski Uma produção @rockastudios #fernandopessoa #albertocaeiro #poema #audiolivro #podcastliterario #literatura
Seja bem-vindo ao nosso podcast. Toda segunda, quarta e sexta-feira um poema para você. Nossa missão é divulgar a arte da poesia e incentivar o hábito de ouvi-la promovendo cultura. É simples, mas é de coração. O Guardador de Rebanhos – poema II do português Alberto Caeiro, um dos heterônimos criado pelo poeta Fernando Pessoa, está no livro Poesia completa de Alberto Caeiro publicado pela Companhia das Letras em 2005. Acesse nosso site: bomdiacompoesia.com.br. Siga também as nossas redes sociais: instagram.com/seubomdiacompoesia facebook.com/seubomdiacompoesia Deixe seus comentários.
Afonso Vieira, 12 anos, Portugal (AE D. MARIA II)
O Guardador de Rebanhos - XLVIII --- Send in a voice message: https://anchor.fm/renataettinger/message
“Não tenho ambições nem desejos / Ser poeta não é uma ambição minha / É a minha maneira de estar sozinho” – Fernando Pessoa, em O Guardador de Rebanhos. . Qual é a sua maneira de estar sozinho? Muitos de nós, na verdade, desconhecem maneiras de enfrentar a solidão, pois vivem arranjando fugas do “estar só”. De muitos modos, nos sentimos sozinhos. E de muitos modos, fugimos: buscando por companhias, por validações, por distrações, por fama... . É assim porque a solidão pode nos fazer dar de cara com um grande e profundo vazio dentro de nós mesmos. Ou com um profundo e escuro poço, no qual muitas vozes confusas e muitos fantasmas assustadores nos atordoam. . Quando aprendemos a ouvir, porém, a voz de Jesus, aprendemos a reconhecer uma nova dimensão de profundidade em nós. . Vamos refletir mais sobre isso?
O que nós vemos das coisas são as coisas.Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nosSe ver e ouvir são ver e ouvir?O essencial é saber ver,Saber ver sem estar a pensar,Saber ver quando se vê,E nem pensar quando se vê,Nem ver quando se pensaMas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),Isso exige um estudo profundo,Uma aprendizagem de desaprenderE uma sequestração na liberdade daquele conventoDe que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternasE as flores as penitentes convictas de um só dia,Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelasNem as flores senão flores,Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 50.“O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.
V Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do Mundo? Sei lá o que penso do Mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das coisas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o Sol E a pensar muitas coisas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o Sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do Sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa. Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas. Mas que melhor metafísica que a delas, Que é a de não saber para que vivem Nem saber que o não sabem? «Constituição íntima das coisas»... «Sentido íntimo do Universo»... Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. É incrível que se possa pensar em coisas dessas. É como pensar em razões e fins Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão. Pensar no sentido íntimo das coisas É acrescentado, como pensar na saúde Ou levar um copo à água das fontes. O único sentido íntimo das coisas É elas não terem sentido íntimo nenhum. Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro Dizendo-me, Aqui estou! (Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as coisas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.) Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e sol e o luar, Então acredito nele, Então acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; Porque, se ele se fez, para eu o ver, Sol e luar e flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol. E por isso eu obedeço-lhe, (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?), Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, Como quem abre os olhos e vê, E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, E amo-o sem pensar nele, E penso-o vendo e ouvindo, E ando com ele a toda a hora. s.d. - 28.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). “O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.
IV Esta tarde a trovoada caiu Pelas encostas do céu abaixo Como um pedregulho enorme... Como alguém que duma janela alta Sacode uma toalha de mesa, E as migalhas, por caírem todas juntas, Fazem algum barulho ao cair, A chuva chovia do céu E enegreceu os caminhos... Quando os relâmpagos sacudiam o ar E abanavam o espaço Como uma grande cabeça que diz que não, Não sei porquê — eu não tinha medo — Pus-me a rezar a Santa Bárbara Como se eu fosse a velha tia de alguém... Ah! é que rezando a Santa Bárbara Eu sentia-me ainda mais simples Do que julgo que sou... Sentia-me familiar e caseiro E tendo passado a vida Tranquilamente, como o muro do quintal; Tendo ideias e sentimentos por os ter Como uma flor tem perfume e cor... Sentia-me alguém que possa acreditar em Santa Bárbara... Ah, poder crer em Santa Bárbara! (Quem crê que há Santa Bárbara, Julgará que ela é gente visível Ou que julgará dela?) (Que artifício! Que sabem As flores, as árvores, os rebanhos, De Santa Bárbara?... Um ramo de árvore, Se pensasse, nunca podia Construir santos nem anjos... Poderia julgar que o Sol É Deus, e que a trovoada É uma quantidade de gente Zangada por cima de nós… Ah, como os mais simples dos homens São doentes e confusos e estúpidos Ao pé da clara simplicidade E saúde em existir Das árvores e das plantas!) E eu, pensando em tudo isto, Fiquei outra vez menos feliz... Fiquei sombrio e adoecido e soturno Como um dia em que todo o dia a trovoada ameaça E nem sequer de noite chega... s.d. - 26.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).
III Ao entardecer, debruçado pela janela, E sabendo de soslaio que há campos em frente. Leio até me arderem os olhos O livro de Cesário Verde. Que pena que tenho dele! Ele era um camponês Que andava preso em liberdade pela cidade. Mas o modo como olhava para as casas, E o modo como reparava nas ruas, E a maneira como dava pelas coisas, É o de quem olha para árvores, E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando E anda a reparar nas flores que há pelos campos... Por isso ele tinha aquela grande tristeza Que ele nunca disse bem que tinha, Mas andava na cidade como quem anda no campo E triste como esmagar flores em livros E pôr plantas em jarros... s.d. - 25.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).
II O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo... Creio no Mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo… Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência é não pensar... 8-3-1914 - 24.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).
I Eu nunca guardei rebanhos, Mas é como se os guardasse. Minha alma é como um pastor, Conhece o vento e o sol E anda pela mão das Estacões A seguir e a olhar. Toda a paz da Natureza sem gente Vem sentar-se a meu lado. Mas eu fico triste como um pôr do Sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície E se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela. Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe E as mãos colhem flores sem ela dar por isso. Com um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada, Os meus pensamentos são contentes. Só tenho pena de saber que eles são contentes, Porque, se o não soubesse, Em vez de serem contentes e tristes, Seriam alegres e contentes. Pensar incomoda como andar à chuva Quando o vento cresce e parece que chove mais. Não tenho ambições nem desejos. Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho. E se desejo às vezes, Por imaginar, ser cordeirinho (Ou ser o rebanho todo Para andar espalhado por toda a encosta A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo), É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz E corre um silêncio pela erva fora. Quando me sento a escrever versos Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos, Escrevo versos num papel que está no meu pensamento, Sinto um cajado nas mãos E vejo um recorte de mim No cimo dum outeiro, Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias, Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho, E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz E quer fingir que compreende. Saúdo todos os que me lerem, Tirando-lhes o chapéu largo Quando me vêem à minha porta Mal a diligência levanta no cimo do outeiro. Saúdo-os e desejo-lhes sol E chuva, quando a chuva é precisa, E que as suas casas tenham Ao pé duma janela aberta Uma cadeira predilecta Onde se sentem, lendo os meus versos. E ao lerem os meus versos pensem Que sou qualquer coisa natural — Por exemplo, a árvore antiga À sombra da qual quando crianças Se sentavam com um baque, cansados de brincar, E limpavam o suor da testa quente Com a manga do bibe riscado. 8-3-1914 - 21.“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). “O Guardador de Rebanhos”. 1ª publ. in Athena, nº 4. Lisboa: Jan. 1925.
Poema: "O meu olhar", de Fernando Pessoa. Livro: O guardador de rebanhos e outros poemas: poesia completa de Alberto Caseiro, Ed. Landy. Por Vera Borges, Bibliotecária do SESI de Bauru.
Poesia"O mistério das coisas", Fernando Pessoa, Livro: O guardador de rebanhos e outras poesias. Apresentação de Vera Borges Bibliotecária do SESI de Bauru
O Guardador de Rebanhos – XLVII. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/renataettinger/message
Atendendo a pedidos, leio hoje para te aquietar a última parte do belíssimo poema O Guardador de Rebanhos. Curta nossa página no facebook: https://www.facebook.com/umpoemapara Trilha sonora deste episódio: The Impossible Dream (The Quest) - Man of La Mancha e Fábio Caramuru e Marco Bernardo - Cristal (Cesar Camargo Mariano)
Para te acompanhar neste momento de aquietar, vamos ouvir a sugestão do Professor Edson da Silva: “O guardador de rebanhos” de Alberto Caieiro mais um dos heterônimos de Fernando Pessoa. Trilha sonora deste episódio: Nina · Eduardo Queiroz; Passion · Felipe Alexandre e Eduardo Queiroz.
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Poesia do heterônimo de Fernando Pessoa da obra " O Guardador de rebanhos"
Nesta semana recebemos Henry Bugalho pra contemplar a existência natural de “O Guardador de rebanhos” de Fernando Pessoa. ======== COMPRE O LIVRO Amazon - https://www.amazon.com.br/gp/product/857981040X/ref=as_li_tl?ie=UTF8&camp=1789&creative=9325&creativeASIN=857981040X&linkCode=as2&tag=b908-20&linkId=20b59a2c83c4f405ea5774c975bbf8d3 ======== COMENTADO NO EPISÓDIO CdH16 – Poemas de Álvaro de Campos - https://www.b9.com.br/65392/caixa-de-historias-16-poemas-de-alvaro-de-azevedo/ Canal do Henry no Youtube - https://www.youtube.com/user/henrybugalho ======== FALE CONOSCO . Email: caixadehistorias@b9.com.br . Facebook: www.facebook.com/caixadehistoriaspodcast . Twitter e Periscope: twitter.com/caixa_historias . Instagram: www.instagram.com/caixadehistorias . Grupo de Leitores no Facebook – Pandores: www.facebook.com/groups/pandores ==== APOIE O CAIXA DE HISTÓRIAS Apoia-se do Caixa de Histórias - https://apoia.se/cdh Patreon do Caixa de Histórias - https://www.patreon.com/CdH PicPay do Caixa de Histórias - https://picpay.me/caixadehistorias ======== TRILHA SONORA The Temperature of the Air on the Bow of the Kaleetan de Chris Zabriskie está licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) Origem: http://chriszabriskie.com/uvp/ Artista: http://chriszabriskie.com/ John Stockton Slow Drag de Chris Zabriskie está licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) Origem: http://chriszabriskie.com/uvp/ Artista: http://chriszabriskie.com/
Bem vindos ao Betamax! O podcast da autoria de António Araújo e Tiago Laranjo que lança um olhar sobre filmes abandonados à nascença, esquecidos, obscuros ou a ganhar poeira no baú. Hoje falamos sobre duas escorregadelas de dois mestres em duas incursões ao mundo do terror e do fantástico, um em final de carreira, o outro no início: Os Cinco Alibis (Phobia, 1980), de John Huston, e O Guardador do Mal (The Keep, 1983), de Michael Mann.
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Interpretação do poema/conto O Guardador de Rebanhos de autoria de Alberto Caeiro. Interpretação por Oleno Petrere. O post Po(D)ema #91 – O Guardador de Rebanhos apareceu primeiro em Mundo Podcast.
Interpretaçío do poema/conto O Guardador de Rebanhos de autoria de Alberto Caeiro. Interpretaçío por Oleno Petrere. O post Po(D)ema #91 – O Guardador de Rebanhos apareceu primeiro em Mundo Podcast.