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WGospel.com
Esqueceram de você na prateleira?

WGospel.com

Play Episode Listen Later Jul 13, 2025 5:04


TEMPO DE REFLETIR 01459 – 13 de julho de 2025   João 1:11 – Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. […]

Frei Gilson Podcast - Oficial
Jesus veio chamar os pecadores | (Mateus 9, 9-13) #2396

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Jul 4, 2025 6:56


Passagens Complementares:Romanos 5,121 João 1,8Lucas 15,71 Timóteo 1,15João 3,17Romanos 5,8

Convidado
Sobreviver à prisão do Tarrafal

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 20:42


Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica várias reportagens sobre o tema. Neste oitavo episódio, vamos até ao Museu - Campo de Concentraçao do Tarrafal, na ilha de Santiago, guiados pelos antigos presos políticos Gil Querido Varela e António Pedro da Rosa.  Nesta viagem a um passado não muito distante, Gil Querido Varela, 90 anos, e António Pedro da Rosa, 76 anos, levam-nos ao Campo de Concentração do Tarrafal, convertido em museu com dez salas de exposição. Os dois fazem parte dos 20 “nomes da liberdade” inscritos na sala dos presos cabo-verdianos, onde também estão expostas as suas fotografias. “Ao chegar recordamos o que tínhamos passado por aqui. E, às vezes, também procuramos esquecer o que passámos por aqui”, começa por dizer António Pedro da Rosa à chegada ao Campo de Concentração do Tarrafal. Gil Querido Varela completa: “O passado volta, lembro-me do primeiro dia em que aqui cheguei. Até hoje. Lembro-me também do dia 1 de Maio de 74, quando regressei e estavam saindo todos.” A viagem começa na Praia, com António Pedro da Rosa, e pelo caminho vamos buscar o seu amigo até chegarmos à aldeia de Chão Bom, no Tarrafal. Uma hora de carro a percorrer a ilha de Santiago, em Cabo Verde, para chegar ao local que ficou conhecido como “campo da morte lenta”, numa primeira fase, entre 1936 e 1954, quando 32 opositores políticos à ditadura ali morreram perante condições tenebrosas para os que ali foram desterrados de Portugal. Sobre essa altura, Gil Querido Varela cita um preso: “Aqui no campo não se vive, aguarda-se a morte. Lenta, mas certa.” Quando Gil e António aqui chegaram, o campo já tinha mudado de nome. O ditador português, António de Oliveira Salazar, tinha sido obrigado a desactivar a colónia penal por pressão da comunidade internacional, alertada pelos relatos do tratamento desumano dado aos presos e pelas condições do espaço. Com o início das lutas pela independência, o campo reabre, em 1962, para prender anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Passara a ser “Campo de Trabalho de Chão Bom”. Mas de bom pouco havia a não ser os laços que os presos ali criaram e a própria reinvenção da vida. Até 1974, ali estiveram presos 20 cabo-verdianos, 106 angolanos e 100 guineenses. Quatro morreram lá dentro. Gil Querido Varela, conhecido por "Kid Varela", interessou-se pela política desde pequeno, durante uma das grandes fomes de Cabo Verde, em 1947. “Quem viu aquela fome, não podia ficar indiferente”, conta. Em 1965, concorre a um lugar de professor, mas não consegue o emprego por ter uma classificação negativa da polícia política. Nesse ano, adere ao PAIGC num grupo coordenado por Felisberto Vieira Lopes. Junta-se, entretanto, ao grupo de Fernando Tavares, “Toco”, e foi detido depois dele, em 1968, e no mesmo dia que outros membros desse grupo, incluindo o seu parente José Maria Ferreira Querido. Primeiro foi interrogado e torturado na polícia, no Plateau, a seguir foi transferido para a Cadeia Civil da Praia e entrou no Tarrafal em Abril de 1970 com “Toco” e José Querido. Os três foram logo atirados para as celas disciplinares, na obscuridade, e o director da prisão, Eduardo Fontes, conhecido como “Dadinho”, disse-lhe que “escuridão era bom para a vista”. Gil Querido Varela e os seus companheiros eram acusados de “crime contra a segurança interior e exterior do Estado”, nomeadamente por suspeição de estarem a preparar um possível desembarque de elementos de Amílcar Cabral em Cabo Verde. Foram enviados para julgamento em São Vicente, em Outubro, sendo absolvidos por falta de provas e saindo em liberdade a 9 de Janeiro de 1971. Este foi o último julgamento de presos do Tarrafal. “Eles não tinham provas porque não trabalhávamos com papéis”, acrescenta, em referência aos tempos da luta clandestina. António Pedro da Rosa entrou no Tarrafal sem saber por quanto tempo ficaria preso. Ele e vários outros nacionalistas foram detidos no caso Pérola do Oceano, uma operação planeada pela polícia política portuguesa para prender militantes e responsáveis do PAIGC. Um indivíduo tinha fingido ser um elemento do PAIGC vindo da Guiné e convenceu vários militantes de Santa Catarina, em Santiago, que se iria desviar um barco para se juntarem à luta armada na Guiné. No dia da tomada do barco, a 20 de Agosto, António e vários membros do PAIGC são presos, levados para a cidade da Praia, interrogados e torturados. Durante sete meses estiveram às mãos da PIDE e dos seus interrogatórios nocturnos. António Pedro da Rosa foi para o Tarrafal em Fevereiro  de 1971 e de lá só saiu três anos depois, a 1 de Maio de 1974.  “Veio um senhor chamado José Reis Borges e ele convidou-nos para assaltar o Pérola do Oceano para irmos para o Senegal e, depois, íamos entrar nas fileiras do partido para uma luta da independência na Guiné. Foi assim que viemos parar aqui. Mas o José não era do PAIGC, ele simplesmente veio a mando do próprio Governo português para detectar as pessoas que trabalhavam na clandestinidade pela luta da independência”, lembra. Com a chegada dos presos ligados ao caso do "Pérola do Oceano", o primeiro grupo de cabo-verdianos que lá estava organiza-se para os apoiar nos estudos. As aulas funcionavam na sala comum onde estavam todos os cabo-verdianos. Só tinham direito a sair meia hora de manhã e meia hora à tarde. António Pedro da Rosa conheceu aí referências da luta anticolonial como Lineu Miranda, Luís Fonseca, Carlos Tavares e Jaime Schofield que se ocuparam das aulas. No Tarrafal estudava-se e a luta continuava. Os presos políticos cabo-verdianos aliciaram secretamente para a causa anti-colonialista dois guardas também cabo-verdianos através dos quais conseguiram fazer entrar familiares que lhes passavam informações, mas também um receptor de rádio portátil. Um desses guardas, sobrinho de Gil Querido Varela, ensinou-os até a manejar armas. As escondidas, claro está. “Ele é que nos deu a arma. Ele tirou a munição e entregou-nos a pistola aqui dentro da célula e disse: ‘Quem sabe manejar, ensina os que não sabem.' Assim é que quem não sabia manejar a pistola aprendeu nesta circunstância. Ele trazia consigo um cão que o ajudava se visse o director”, conta António. Gil Querido Varela pensa que foi esse guarda que teria levado o aparelho de rádio para a prisão, o que ajudava a estar a par dos avanços da luta armada na Guiné. Os dois amigos continuam a visita guiada à prisão, como guardiões de um tempo que não querem que seja silenciado. Vamos aos diferentes espaços e vemos a “Holandinha”, uma cela de castigo, minúscula, praticamente sem luz, sem espaço para deitar, em que António tem de baixar a cabeça para estar de pé lá dentro. Esta era a herdeira da ‘frigideira' ou ‘frigorifico', a cela que na primeira fase do campo estava cruelmente exposta ao sol no verão e ao frio no inverno.  A “Holandinha” estava construída dentro da arrecadação anexa à cozinha e era uma estrutura de betão dentro de uma sala. “Era só água para beber, uma lata para defecar e fazia tudo aqui, porta fechada. Davam pão e água uma semana ou conforme o castigo. Se fossem três dias, era três dias a pão e água. Recebia uma lata de cinco litros de água, punham aqui”, acrescenta António, sublinhando que nem ele nem o seu camarada tiveram a “holandinha” como castigo. Porém, por se ter recusado a comer pão azedo, uma vez,  ficou sem poder ter visitas, recorda. Outra das violências mais difíceis era a fome e a subalimentação. O 25 de Abril só chegou ao Tarrafal a 1 de Maio de 1974, quando uma multidão foi ao campo exigir a libertação de todos os presos políticos.  La fora, estava Gil Querido Varela, e lá dentro, António Pedro da Rosa. Os portões abriram-se e os presos foram recebidos em delírio e muitos seguiram em cortejo e festa até à cidade da Praia, a uns 70 quilómetros do Tarrafal, na ponta sul da ilha. “Foi um dia muito feliz”, recorda Gil Varela, enquanto António Pedro da Rosa recorda “a grande emoção” que sentiu. Porém, em Dezembro de 1974, as portas voltaram a fechar-se. No interior ficavam 70 cidadãos cabo-verdianos, adversários do PAIGC e afectos na sua maioria à UDC e à UPICV, formações que não teriam lugar no regime de partido único. Na altura, ainda eram as autoridades portuguesas quem mandava, justificam personalidades do PAIGC. Libertados a pouco e pouco, os últimos presos foram abrangidos por uma amnistia decretada aquando da independência. O campo viria a ser extinto "para sempre" em 19 de Julho de 1975, por uma das primeiras leis de Cabo Verde. No futuro, o Museu do Campo de Concentração do Tarrafal quer ser Património da Humanidade da UNESCO como memória de um dos “cárceres do Império” que tentou condenar ao esquecimento as vozes e as vidas dos resistentes ao colonial-fascismo. A candidatura está a ser trabalhada por Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné-Bissau. No total, entre 1936 e 1974, aqui estiveram encarcerados, na sua maioria sem julgamento, um total de 588 homens, de acordo com o livro “Tarrafal - Campo de Concentração - Presos Políticos e Sociais” de Alfredo Caldeira e João Esteves.   Se quiser aprofundar este assunto, pode ouvir aqui a entrevista integral aos nossos dois convidados.

Convidado
5 de Julho de 1975: "Grita, povo independente!"

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 26, 2025 19:35


Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. Neste 11° episódio, damos voz aos que lutaram para que o dia 5 de Julho de 1975 se concretizasse e ouvimos as memórias dos que viveram essa jornada histórica no Estádio da Várzea, na cidade da Praia. “Determinação”, “esforço”, “táctica” são algumas das palavras escritas à mão na fachada pintada do Estádio Municipal da Várzea, na cidade da Praia. Foi há 50 anos, a 5 de Julho de 1975 que aí se escreveu um novo capítulo na história de Cabo Verde, fruto de “determinação”, “esforço” e “táctica” e que se virou a página do colonialismo português. Às 12h40, o presidente da Assembleia Nacional recém-eleita, Abílio Duarte, declarou “solenemente a independência do Estado de Cabo Verde”. Que recordações guardam desse dia os que lutaram para que ele se concretizasse? Fomos conversar com algumas das pessoas que estavam na cidade da Praia nesse momento histórico. Osvaldo Lopes da Silva tinha integrado a luta armada de libertação nacional como comandante de artilharia e assumiria a pasta da Economia e Finanças no primeiro governo de Cabo Verde. Perante a falta de instalações, ele andou de casa em casa a pedir aos amigos para as emprestarem para se instalarem as delegações estrangeiras convidadas para a cerimónia. “Eu estava ocupadíssimo nesse dia. Tinha responsabilidade de algumas delegações que vinham para o 5 de Julho e as dificuldades eram enormes porque não tínhamos instalações. A Praia que vemos hoje não tem nada, absolutamente nada a ver, com a Praia de 1975. Em 1975, a Praia era o Plateau, nada mais. Todas essas casas, esses bairros todos, Palmarejo, Prainha, isso tudo não existia. E não tínhamos instalações, de forma que eu tive que andar de casa em casa, a pedir aos amigos para cederem as casas para instalar as diferentes delegações e resolver os problemas de logística ou o próprio fornecimento de electricidade”, recorda Osvaldo Lopes da Silva. A 5 de Julho de 1975, Cabo Verde não tinha praticamente nada para receber os convidados, admite também Josefina Chantre, que tinha lutado pela independência no secretariado e nos media do PAIGC. Ela conta que até houve barcos enviados de Cuba para alojar as pessoas. Porém, esse dia era o culminar de uma longa luta de libertação. “Eu pude testemunhar realmente esse grande momento, o 5 de julho de 1975, que é um momento indescritível, o hastear da bandeira… Mas também foi um momento um bocado complicado porque quando chegámos a Cabo Verde, Cabo Verde não tinha praticamente nada, inclusivamente para recebermos os nossos convidados que vinham festejar connosco essa data. Tivemos que recorrer aos nossos amigos. Eu lembro-me que Fidel Castro, de Cuba, mandou-nos barcos hotéis porque não havia alojamentos na Praia para receber os nossos convidados. Toda a população disponibilizou as suas próprias casas para receber os visitantes que vinham congratular-se connosco dessa vitória”, conta Josefina Chantre. A noite anterior à cerimónia no Estádio da Várzea foi de festa, mas depois de tantos anos na luta, incluindo com armas na Guiné, o comandante Silvino da Luz, que assumiria a pasta da Defesa e Segurança no primeiro governo, ficou sem se poder mexer na cama. No próprio dia, levantou-se já bem de saúde para participar em mais um momento histórico. “Estranhamente, na noite de 4 para 5 de Julho fui atacado por um mal-estar indescritível que os médicos depois vieram dizer que era uma questão nervosa, um estourar de uma situação que me pôs na cama. Eu ouvia naquela noite todo o barulho na rua, as pessoas a gritarem, a dançarem, a tabanca a passar, os tambores a ecoarem um pouco por todo o lado. Eu estava na cama, não podia nem me mexer. No dia seguinte, 5 de Julho, eu levantei-me perfeito e fui participar a cerimónia de passagem do poder. O arriar de uma bandeira e o içar da outra. Fui um dos chamados para ler uma mensagem e eu li uma mensagem em nome das Forças Armadas”, lembra Silvino da Luz. Ver a bandeira de Portugal a ser arriada e a de Cabo Verde hasteada era o resultado do “sacrifício de muita luta” e o momento mais feliz da sua vida, recorda Alcides Évora, que trabalhava no secretariado do PAIGC, em Conacri, onde era responsável por tratar de viagens, documentação e logística. “O momento mais feliz da minha vida foi o içar da bandeira, no Estádio da Várzea, a bandeira de Cabo Verde a ser hasteada e, simultaneamente, a bandeira de Portugal a ser arriada. É algo que não consigo exprimir. Foi um ganho de muita luta, de muito sacrifício e, infelizmente, muitos não tiveram a ocasião de assistir a esse acto”, conta Alcides Évora. A 5 de Julho, houve lágrimas de alegria pela independência alcançada, mas também de tristeza. Nas bancadas, de pé, a acompanhar delegações convidadas, Maria Ilídia Évora, a única cabo-verdiana que teve treino militar em Cuba e que depois esteve nos hospitais de Boké e Kundara para curar os feridos de guerra, foi confrontada com uma pergunta que a deixou profundamente magoada até hoje. “O que é que você está a fazer aqui? E eu disse ‘O que é que eu estou a fazer aqui? Eu estou a trabalhar, eu estou a acompanhar duas delegações'. Mas eu fiquei ofendida. Veio a raiva e as lágrimas. O Vasco Cabral ouviu e viu. Ele quis levantar-se para me dar o lugar. Eu disse: ‘Não, Vasco, desculpe, você é um convidado que está aqui, não pode-me dar o seu lugar para eu me sentar. Eu vou ficar lá onde eu estou. Mas eu tive uma crise, uma crise bem forte. Senti-me humilhada. Uma humilhação grande que nunca esqueci”, revela. Gil Querido Varela, que tinha estado preso no Tarrafal por lutar na clandestinidade pela causa da independência e contra o regime colonial-fascista, também se encontrava no Estádio da Várzea. Tinha sido eleito deputado e não esquece a cerimónia nem a festa que tinha começado durante a noite. O momento mais marcante foi o hastear da bandeira da independência. “Eu estava no Estádio da Várzea assistindo à cerimónia da independência. Foi um dia maravilhoso. Já na véspera, de noite, era difícil passar na praça da Praia, estava completamente cheia. Música, uma rapariga pegava-te, dançava e assim se passou a noite. Depois, no Estádio da Várzea, houve um episódio com a bandeira: ao subir, trancou-se, mas veio uma ventania e toda a gente disse: ‘Foi Cabral!' Foi maravilhoso o 5 de Julho”, lembra, emocionado, Gil Querido Varela. O vento e a bandeira de Cabo Verde também comovem, 50 anos depois, Marline Barbosa Almeida, que tinha sido uma das pessoas anónimas a lutar na clandestinidade em Cabo Verde e que tinha enfrentado a polícia política portuguesa. “O que mais me emocionou foi que, na altura em que a bandeira ia subindo, um vento que em Julho não era normal começou a balançar essa bandeira. Até me comovo ainda. Até que ela subisse ao topo. Aquilo foi para mim o ponto mais comovente de 5 de Julho”, recorda. Quem participou na criação da "bandeira da independência" foi Érico Veríssimo Ramos. A bandeira foi usada durante a primeira República (1975-1991) e os principais símbolos eram a concha, as espigas de milho, a estrela negra, a roda dentada e o livro. “Optou-se por se projectar um brasão da República em que entrariam elementos fundamentais que retratassem o país. O milho é a base da alimentação do povo de Cabo Verde e as suas folhas abraçam uma roda dentada numa perspectiva do desenvolvimento futuro do país. Tinha, ao centro, um livro aberto que indicava que era absolutamente necessário que ao povo fosse dada a oportunidade de ter uma educação que levasse as pessoas a participarem na construção do país em termos de desenvolvimento cultural. Tinha uma concha no fundo, que representava o mar. Grosso modo, foi essa a base que foi tida para o desenvolvimento do escudo de Cabo Verde que assenta sobre três cores: o verde, o vermelho e o amarelo, que já vinham da bandeira do PAIGC e que foi também aproveitado para a bandeira da Guiné-Bissau, e a estrela negra que ficava no centro”, descreve. Porém, depois da abertura ao multipartidarismo em 1991 e com o fim do regime de partido único do PAIGC, Cabo Verde mudou os símbolos nacionais e a bandeira foi alterada. Também o hino “Esta É a Nossa Pátria Bem Amada", escrito em 1963 por Amílcar Cabral e que era usado nos dois países, foi substituído pelo “Cântico da Liberdade” que se torna oficial em 1996. A música acompanhou toda a luta e o alvorar da independência, mas há uma que perdura até hoje e que é vista como uma espécie de hino à liberdade. “Labanta Braço” foi composta por Alcides Spencer Brito e imortalizada pela banda "Os Tubarões" no seu primeiro disco, "Pépé Lopi". O compositor contou-nos a história desta canção. “A composição musical 'Labanta Braço' surgiu de uma forma simples e sem preparação musical prévia. Na noite de passagem do dia 4 para 5 de Julho de 1975, o comité local do PAIGC organizou um sarau cultural na Praça da Preguiça, nos Espargos, Ilha do Sal, para comemorar a independência de Cabo Verde. Eu e mais quatro amigos que tocavam vários instrumentos, tínhamos criado uns meses antes um grupo musical que foi baptizado com o nome de Abel Djassi, em homenagem ao nosso herói nacional Amílcar Cabral, cujo pseudónimo literário era Abel Djassi. Nessa noite, depois da meia-noite, durante a actuação do nosso grupo musical, na euforia do estalar dos foguetes e gritos de liberdade, veio-me à mente uma melodia e letra que reproduziam a vivência do momento. Meses depois, numa altura em que os Tubarões estavam de passagem pela Ilha do Sal, a caminho da Holanda, o cantor Ildo Lobo convidou o grupo musical Abel Djassi para actuar com eles. Depois de ter cantado a música 'Labanta Braço' ficaram encantados e pediram a devida autorização para ser gravado no seu primeiro trabalho discográfico a ser feito na Holanda. Logicamente, depois dessa interpretação gravada pelos Tubarões, essa música tornou-se uma das bandeiras que simboliza a cultura musical pós-independência nacional”, descreve Alcides Spencer Brito. E assim "gritou", a 5 de Julho de 1975, o povo independente de Cabo Verde. A cerimónia oficial foi no Estádio da Várzea, na cidade da Praia, mas os “gritos da liberdade” ouviram-se em todo o país e na diáspora e ecoam até hoje.   Pode ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos nossos convidados.  

Pergunta Simples
O que torna um professor inesquecível? José Oliveira

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025 55:10


https://youtu.be/lpKkhfZFcjg Todos guardamos a memória de um ou dois professores que nos marcaram. Não nos lembramos das notas, nem dos nem do que projetaram ou escreveram no quadro, nem dos testes. Lembramo-nos do olhar atento no dia certo. Da pergunta inesperada. Da confiança plantada como quem diz: “Tu consegues.” São esses professores que ficam. Porque nos viram antes de nós sabermos quem éramos. Porque nos empurraram um pouco mais longe do que imaginávamos possível. E, porque, mesmo sem saberem, mudaram a curva da nossa vida para sempre. Esta conversa é, também, um tributo a todos eles. Ensinar é uma arte enigmática. Incompreensível para mim. Importante para todos. Uma arte feita de gestos invisíveis, sementes lançadas ao vento, perguntas que nunca terão resposta imediata. Ensinar é um ofício de fé. Acredita-se que, um dia, aquilo que hoje foi dito, desenhado, percebido — possa fazer sentido para alguém. E que, talvez, esse alguém seja melhor por causa disso. Hoje, no Pergunta Simples, sentamo-nos com um professor que leva essa arte a sério. Sério como quem ri, como quem experimenta, como quem acredita. José Oliveira, professor de Artes na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria. Mas, acima de tudo, um construtor de mundos. Transformou uma disciplina técnica, aparentemente árida — a Geometria Descritiva — num laboratório de criação. E foi por isso que este ano recebeu o prémio que distingue o melhor professor do país. Mas esta conversa não é sobre um prémio. É sobre aquilo que ninguém vê quando se fecha a porta de uma sala de aula. É sobre como se cria um espaço onde cada aluno tem lugar, tempo, voz, desafio e superação. Onde os erros não são falhas, mas parte do processo. Onde os alunos aprendem com os colegas, e os professores aprendem com os alunos. Onde se ensina com papel, com madeira, com palavras, com copos coloridos, com silêncios e com perguntas. Onde a aprendizagem não parte de um programa, mas de um princípio simples: Ensina-se a partir do ponto onde o outro está. E não onde um qualquer teórico dos programas escolaes imagina que estamos. José Oliveira fala como quem pensa a escola com as mãos. Fala da arte, da matemática e da tecnologia como instrumentos de pensamento. Critica os exames, os programas, os formalismos — mas sem amargura. Fala da educação com uma alegria serena, de quem sabe que ensinar não é cumprir um plano, é acender alguma coisa em alguém. E, pelo meio, diz frases que ficam: Que a geometria descritiva é uma matemática desenhada. Que a escola não deve nivelar por baixo — nem por cima — mas puxar cada aluno para o seu máximo possível. Que nem sempre quem chumba é quem menos sabe — às vezes é quem mais foi abandonado. E que o grande erro da escola moderna é esquecer que cada cérebro tem o seu tempo, a sua forma, a sua origem. Esta conversa podia ser ouvida numa sala de professores, numa oficina de serigrafia ou num comboio entre Setúbal e Leiria. Mas o lugar certo para a escutar é onde estiver alguém que ainda acredita que a escola pode mudar vidas. Que ainda acredita que um professor não é só um transmissor de conteúdos — mas alguém que planta inquietações, liga mundos, abre caminhos. José Oliveira não veio defender um método. Veio lembrar-nos que ensinar é uma forma de cuidar. E que talvez o futuro da educação não conste nos manuais, nem nas grelhas, nem nos ‘rankings'. Talvez esteja ali, no fundo da sala, onde alguém com um copo vermelho na mão — qual semáforo — porque não entendeu o que lhe disseram — espera que lhe perguntem: “Vamos tentar outra vez?” Vamos a isso? Todos nos precisamos de bons professores. Na escola e na vida toda. E precisamos de que haja professores com arte e engenho para nos encantarem no caminho. O que definitivamente não precisamos é de exames escritos deliberadamente para não serem entendidos ou de u...

Escola Sistêmica
Bl. 3 - Ep. 22: VAZIO - O bebê que não veio – o lugar dos abortos na alma da família

Escola Sistêmica

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 12:22


O que é feito com amor, nunca é esquecido pela alma.Neste episódio, damos voz aos filhos não nascidos, às histórias interrompidas, às dores silenciosas. Um mergulho na importância de dar lugar a todos, inclusive aos que não chegaram a nascer, e como isso impacta profundamente mães, irmãos e vínculos futuros.

Igreja Batista Regular da Pituba
Cristo veio buscar e salvar o perdido. [Lucas 19.1-10]

Igreja Batista Regular da Pituba

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 56:43


Pr. Danilo Pereira - Pregação realizada na noite do dia 08/06/2025, na Igreja Batista Regular da Pituba, localizada à Rua das Hortências, 536, Pituba, Salvador - Bahia.

Helio Peixoto
Devocional - Jesus não veio para te condenar, mas para te salvar!

Helio Peixoto

Play Episode Listen Later Jun 18, 2025 3:35


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Artes
“Michel”:  Para haver reconciliação “é preciso saber quem foram as pessoas que assassinaram”

Artes

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 20:42


"Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso. Michel testemunha as torturas, fuzilamentos, trabalhos forçados, as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso e viveu as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). Michel, que em 1977 era militar do MPLA, fez parte dos milhares de prisioneiros, condenados sem julgamento, que foram enviados para o “campo de concentração”, “campo da morte”, o campo de Calunda. O livro "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977"  foi recentemente reeditado em Portugal pela Perfil Criativo. Em entrevista à RFI, Michel, que considera que a reconciliação entre angolanos ainda está por fazer, começa por lembrar o choque que teve ao chegar ao campo. Os amigos de Luanda, que pensava que estariam mortos, estavam ali, vivos, mas o aspecto de farrapos humanos, doentes, cadavéricos, com lêndeas e cabelo a cair, eram marcas das condições desumanas do campo da morte. Michel: Quando eu vi, o Manél está vivo! Eu pensava que o gajo estava já morto, afinal ele está vivo.  Mas ele estava em mau estado, com lêndeas, anémico, muito magro. Ele disse-me: "Vocês estão aqui e recebemos ordens. Nós não podemos comunicar com vocês." A segurança lá, o DISA. Então, o campo é novo, não tem condições nenhumas, meteram-nos aqui como se fossemos farrapos. Então, começámos mesmo a dormir ao relento. Isto estou a resumir, no livro está tudo. Veio esse primeiro grupo no dia 26 de agosto. Depois veio o segundo no dia 30 ou 31. E depois veio... depois veio o último grupo no dia 3. Este último grupo, dia 3, é que fez o número para eles realizarem o comício satânico para fazerem um fuzilamento em hasta pública, com a população lá, assistindo. Terrível, nunca vi uma coisa assim. Nós fomos obrigados a assistir ao fuzilamento de dois rapazes. Um deles até chamava-se António Ambrige. Jovem, só 18 anos. Estou a ver como se fosse agora. E depois tiraram mais um miúdo. No dia antes nós fomos à Tonga, inculparam-lhe que ele ia fugir. Mas aquilo era uma farsa. Inventaram aquilo. Eles já tinham planificado o fuzilamento para incutir o medo no grosso de toda a malta que estava ali no campo. É uma estratégia que eles tinam montado. De tal forma que nós assistimos, horrorizados. Para nós pensarmos que não vamos sair daqui vivos. No comício, esteve presente o administrador comunal daquela região. Um gajo muito tribalista, o gajo que mais incitava ao ódio ali, naquele comício. E as populações (vieram), pediram a toda a população dos bairros (para vir ver). Estavam ali, concentrados. Todo o mundo assistiu. Tanto mais que naquele fuzilamento, a população também não embalou. Era visível no rosto dos populares a revolta e a reprovação do que eles estavam a assistir. Muitos até não quiseram assistir. Uns até choravam. Por toda essa peripécia que a gente viveu, é que me levou a escrever o livro. Eu disse logo. Por todo este clima de terror que nós estamos aqui a viver. Nunca me passou pela cabeça que o MPLA fosse capaz de criar um campo desta dimensão, nem a PIDE na época colonial. Aquilo era terror autêntico. Nós chegámos lá no dia 26 e tiveram que nos evacuar no dia 17 de outubro. Se continuasse mais tempo não sobraria ninguém. Porque depois surgiram muitas doenças. Por quê? Porque chovia muito. Não havia casas suficientes. Alimentação não havia. Trabalhos forçados, torturas, pancadarias, fuzilamentos. Olha, eu vou só lhe dizer um caso que aconteceu. No dia em que eu fiz 22 anos, no dia 26 de setembro, eu não fui à Tonga. Tonga é lá a roça onde se ia para fazer trabalhos forçados. Eu não fui. Simulei qualquer coisa e fiquei mesmo lá, no campo. Até havia mais benefício em ir à Tonga, porque lá tem água. No campo, nem água tinha. A água era de um tanque. Você nem água tinha para beber.  A situação era tão grave no campo que você nem água tinha. Portanto, era melhor ir para a tonga,porque lá tem os rios. Tomas um banho, bebes água à vontade. E quando chegas (ao campo) tens o papo cheio, já não tem necessidade de beber água. Então, eu não fui mesmo, disse não vou. Então, fui à caserna de um indivíduo chamado Jerónimo. Ainda está vivo. E eu disse: "Oh, Jerônimo, eu, hoje, fiz 22 anos. Aí o gajo disse assim: "Epá, você fez 22 anos! Hoje tens que te aventurar e ir lá na bicha, para ver se comes qualquer coisa." Pronto, a bicha (a fila que se formava para receber uma ração) era terrível. Não se conseguia receber comida, porque a cozinha era única e o número de prisioneiros era muito. Aquilo era uma luta tão grande para conseguir uma migalha de comida que nem todos recebiam. Só os mais fortes é que conseguiam. Eu não conseguia mesmo, não conseguia. Por isso eu vim de lá (do campo) com mazelas. Cheguei a ficar quatro dias sem comer mesmo nada. Então, o que é que eu fazia? Recolhia as escamas de peixe que estavam no chão junto da cozinha. Depois acendia um fogareiro numa lata e tomava aquele molho com sal para mitigar a fome. Mas nesse dia, esse meu amigo Jerónimo disse, "Epá, tens que ir à bicha. Vai! faz alguma coisa! Já não vais fazer mais outro aniversário aqui. Porque aqui nós estamos todos condenados à morte. Então, nesse dia eu tentei ir à bicha. Não é que, por meu azar, e isso está tudo em livro, não é que, por meu azar, nesse dia, também o próprio chefe do campo decidiu ir à bicha para acompanhar o comportamento (dos prisoneiros) e ver como estava a ser distribuída a refeição. Eu estava naquela confusão, para ver se conseguia festejar o aniversário pelo menos comendo alguma coisa. E aquele gajo, de um momento para o outro, disse: "mas que brincadeira é essa? Vocês estão-me enervando. Eu mato já um gajo!" Eu até pensei que ele estivesse a intimidar para que a gente se organizasse melhor. O gajo saca da pistola... Epá, eu nunca tinha visto uma coisa assim. Saca da pistola... Epá, prime o gatilho (com a arma) na testa de um gajo... Epá! De um gajo aleatoriamente. Pumm! Epá, antes dele fazer esse disparo, eu vi o gajo. Eu fiquei com medo. Eu vi o gajo e saí da bicha. Logo que o gajo faz o tiro, Epá, eu... O sangue a jorrar, a bicha se desfez toda, … todo o mundo disperso. Fui para a caserna. Então, disse logo: Epá, isto aqui é mau sinal. Então hoje mesmo que eu faço o aniversário e me acontece uma coisa dessa. Então, é porque já não vou sobreviver. Mas jurei comigo mesmo, se algum dia eu sobreviver, eu vou escrever um livro para relatar todas essas situações que eu estou a viver. É essa a razão que me levou a escrever o livro. RFI: Sobre este drama do 27 de maio de 1977, o Michel já escreveu outros livros, estou-me a lembrar do livro O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio de 1977. Este é um relato de todos os factos que eu vivi, senti na carne e na alma, o que me levou a escrever o livro. Mas, como cidadão que eu sou, com alguma formação que eu tenho, quis ir ao fundo do que realmente esteve na base deste processo. Contrariamente ao que muita gente pensa, é um livro polémico, porque são ideias minhas. Eu fiz uma incursão, fiz uma investigação e fiz uma reflexão. Porquê aquela sangria toda? Tem matérias muito complexas, que tem a ver com a realidade própria do meu país, cujo cerne cai exactamente no racismo. Por isso eu escrevi O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio. Agora, as pessoas lêem. Podem concordar com o que está lá ou não concordar. É o que eu fiz. Esta é uma reflexão pessoal, a minha análise, a minha opinião sobre o que esteve na base do 27,com a qual as pessoas não são obrigadas a concordar. É uma questão de liberdade. Eu penso que o que esteve na base daquela tragédia é aquilo que está no livro que eu escrevi. Agora as pessoas podem concordar. O que o faz ter a opinião de que terá sido o racismo? Ah! aí está o problema! Porque é muito difícil dizê-lo, mas é o que aconteceu. Porque os factos são factos. Quem dirigiu a repressão em Angola foram mestiços. Foram maioritariamente mestiços. São mestiços que planificaram isso. Para mim, são mestiços. E quem viveu em Angola sabe a realidade, sabe que é isso que se passou. Agora, usaram o Presidente Neto, como escudo. Instrumentalizaram o Presidente Neto. Agora, se ele se deu conta, isso é um problema dele. Mas penso que ele deu-se conta. Por quê? Porque eu tive um encontro com a dona Maria Eugénia, viúva do Presidente Neto. Tive uma reunião com ela em 2011, a pedido dela. Esta reunião foi intermediada pelo antigo primeiro-ministro Marcolino Mouco. Um encontro muito frutífero. Ela foi com o meu livro, a primeira versão. Foi com o meu livro para me fazer perguntas. Fez uma série de perguntas e eu respondi. E ela, no fim, diz assim, "coitadinho, o homenzinho, fizeram tudo sem ele saber e o homem sofreu até morrer". No encontro que ela teve comigo, estava ela, esteve um indivíduo chamado Amarildo Vieira Dias e estava a filha, a doutora Irene Neto. Se elas ouvirem, podem confirmar, em 2011. Eu tenho uma grande admiração pelo Presidente Neto, mas não posso perdoar o que ele fez. Então, aquela ideia de uma divisão entre nitistas e netistas faz sentido ou não? Não faz sentido. Isso está no livro que eu escrevi. Na minha perspectiva, aquilo é um falso problema. Eles manipularam de tal forma o Presidente Neto para influenciar a opinião pública nacional e internacional de que a luta do Nito (Alves) era contra o (Agostinho) Neto. Mas não, não é verdade. É falso dizer que havia netismo e nitismo, como se o Nito fosse adversário do Neto. Não, é mentira! Isto não é verdade. A verdade é que o Neto, naquela altura, naquela conjuntura,era uma peça fundamental e qualquer uma das alas queria tê-lo do seu lado. E venceu a área que tinha o Neto do seu lado. Porque o Neto, na altura decisiva da contenda, bandeou-se para o lado da ala que reprimiu. É por isso que eu disse que o problema resvala no racismo. Não vale a pena escondermos. Quem são os gajos que dirigiram a repressão? Lúcio Lara, Igo Carreira, Onambwé, Costa Andrade "Ndunduma", Hermínio Escórcio, todos eram mestiços!. Para quê esconder? É verdade que tinha lá uns pretinhos, mas não tinham aquilo que se chama o domínio do facto. Quem dirigiu a repressão são essas gentes. Isto eu não escondo. É uma realidade. Os factos são factos. E todo mundo sabe disso. Agora, as pessoas podem não concordar comigo. Eu sempre disse, e neste meu livro está lá, o problema do 27 de maio não é ideológico, na minha perspectiva. O problema do 27 de maio é político, é profundo. Já vem da essência do próprio MPLA. Quem fundou o MPLA? Isto não vale a pena esconder. É a minha perspectiva. Eu sou um homem livre. Exprimo aquilo que penso. Agora, posso estar errado, mas têm que me provar o contrário. No campo onde esteve preso, havia pessoas que morriam por causa dos maus-tratos, mas uma grande parte dos mortos era por causa da doença. Sim, a maior parte que morreu no campo, está no livro, era por doenças. Havia um ou outro... Tortura havia ali. (Mesmo sobre) Aqueles gajos, indivíduos que iam roubar mandioca. Chegou uma altura em que a situação estava de tal forma insustentável... O ser humano tem instinto de sobrevivência... Começaram a ir para as lavras roubar as mandiocas. Quando voltavam, aquilo era uma tortura que não era brincadeira. Eram postos nus, e o chefe do campo, com a mulher a assistir, pegava num cacete e batia no pénis. O pénis ali a inchar e a sangrar. Todo mundo a ver, ele nu. Aquilo não era coisa de brincadeira. É o que me levou a escrever o livro. Eu dizia assim: Epá, eu nunca vi uma coisa dessa. Epá, mas é mesmo o MPLA que está a fazer isso? O MPLA vai criar um campo destes? O MPLA que diz que é o povo, e o povo é o MPLA, vai-lhe dar na cabeça para criar um campo desta magnitude? Por isso é que esse tipo de coisas que estão aí a fazer, isso não é reconciliação. Isso não é reconciliação, não é nada. Pela gravidade do assunto, é um assunto que tem que ser bem... Não é só vir com um papelzinho, olha, peço desculpa. Não, aquilo é formal. É um bom passo. Mas agora tem que ir ao fundo do problema. Tem de haver responsabilização política. Pode não ser criminal, ninguém precisa disso. Mas responsabilização política tem de haver. Só assim poderá haver reconciliação. Caso contrário, não há. É assim no Chile, é assim no Brasil. É assim aqui. Aqui, os da PIDE têm mais espaço aqui? Os gajos que fizeram a PIDE aqui têm espaço? Não pode. São cidadãos, vivem ali, mas não tem possibilidade nenhuma de aparecer. Nós em Angola, não. Estão a condecorar até verdugos. Os próprios gajos que mataram, os algozes, estão a ser condecorados. Isto é sério? É assim que se faz? É um prémio pelas matanças que levaram a cabo? Em vez de se criar uma comissão da verdade para se explorar bem, se determinar bem as responsabilidades, e para que uma situação do género não se volte a repetir, estão a ser condecorados. Isto é sério? Por amor de Deus, pá! Só no meu país. Mas eu, como sobrevivente, como angolano que dei o meu melhor nesse país, vou lutar até as últimas consequências. Ainda que me matem. Se quisermos uma verdadeira reconciliação nacional, teremos que ir buscar as causas profundas que estiveram na base disso. O que é que sugeria para que, realmente, essa reconciliação nacional acontecesse? O que eu proponho é a criação de uma comissão da verdade, até podem chamar outro nome qualquer, para primeiro descobrir quem foram os indivíduos que assassinaram aqueles comandantes que apareceram no dia 21 nas Barrocas do Sabizanga. Esse é o ponto de partida. Porque é a partir dali, deste facto bárbaro, que o Presidente Neto veio a público dizer que não perdia tempo com os julgamentos. Não haverá perdão nem... Isso vem em letras grossas. Aliás, escritas pomposamente pelo Costa Andrade "Ndunduma". Que depois inventou mais uma outra célebre frase, "É preciso bater no ferro quente", numa alusão para instigar a matança que já estava a ser levada a cabo. Em função desta frase do Presidente Neto, "Não vamos perder tempo com os julgamentos". Por quê? Por causa daqueles comandantes. Então é preciso saber quem foram as pessoas que assassinaram aqueles comandantes. Foram os fraccionistas? Duvido muito. Até por uma questão de lógica. Se o golpe falhou às 11 horas, mais ou menos às 11 horas, 11 e meia, já as tropas cubanas tomaram a cidade toda. E os próprios fraccionistas já estavam em demandada. Como é que tiveram tempo, durante a noite, para assassinar, meter num carro, numa Kombi, e ir meter (os corpos) alí nas barrocas? Por amor de Deus, pá! Isso é uma questão de lógica. Tem de haver alguma estratégia. Agora, temos que saber quem foram. A gente sabe quem são. A gente sabe! Mas a minha opinião vale o que vale. Por isso é que tem, mesmo, que haver uma comissão da verdade. Olha, se lerem o livro do Nito Alves, nesse livro, tem lá muita carga ideológica. Purga e aquela carga ideológica está lá. E vão às informações que o livro tem. Há uma página 172 ou 173, está lá tudo. Aquelas reuniões que eram levadas a cabo na casa do Júlio de Almeida, era reunião de quê? Era para fazer o quê? Está lá tudo. Matrículas todas, as pessoas que iam lá frequentar. Vamos lá, só ver. Ali temos um bom ponto de partida. Agora, se querem que as pessoas todas que estavam envolvidas nesse processo trágico, morram todas para depois não serem responsabilizadas, isto não é reconciliação. Com toda sinceridade, não é! Qual é o impacto que o drama do 27 de Maio de 1977 ainda tem, nos dias de hoje, na sociedade angolana? Basta ver o país como está. Tão simples quanto isso. Isso não é uma questão de romantismo, é uma questão de realismo. O MPLA inflectiu para um rumo depois do 27 de Maio. O MPLA não é mais o mesmo. E a prova está ali, hoje, no que temos. Que MPLA temos hoje? Que MPLA temos hoje? Os melhores patriotas que o MPLA teve na sua vida são aqueles que foram trucidados no 27 de Maio. Não me venham lá com outras teorias. São esses que foram mortos no 27 de Maio. Hoje só temos aí os escroques! Indivíduos mais ligados para a riqueza. Não é?!  Todos eles são ricos. São milionários. Têm casa aqui, dupla nacionalidade. Todos eles. Que patriotismo é esse? Eles é que andaram a instigar esses miúdos todos a virem para aqui. Porque copiam. Um verdadeiro patriota pensa no seu país! Investe lá! Mas eles todos vêm aqui e morrem aqui. Depois é que vão lá ser enterrados. Ou não é? Esse é patriotismo de quê? Podem ser tudo menos patriotas.  Se é que têm noção do que significa patriotismo? Portanto, este é o impacto do 27 de Maio. O MPLA está completamente descaracterizado porque os melhores quadros que eles tiveram, os melhores patriotas, são esses que foram mortos no 27 de maio. Nisso não tenho dúvidas. Mesmo as pessoas que participaram nesta repressão têm noção disso, reconhecem.  Hoje O MPLA está descaracterizado. Isto não é romantismo do Michel, não, é um facto. Está aí, palpável. Olha como é que o MPLA está hoje, completamente desacreditado. Acha que ainda é possível com o MPLA no poder alcançar essa verdade que o Michel defende, que o Michel procura? Eu acredito no ser humano. É uma questão de vontade política. Ainda é possível, vão a tempo. Mas se não for possível, vão ser forçados a fazê-lo. A reconciliação só pode passar por este caminho. Olha, é uma questão de filosofia de vida, Luís Guita. A filosofia de vida nos ensina que não se constrói um edifício a partir do tecto. Os edifícios se constroem a partir da base. O que é que se faz primeiro? Criam-se os alicerces. Depois, criam-se os pilares para sustentar o edifício. Olha, a CIVICOP está a fazer exactamente o contrário. Está a começar por cima para depois terminar em baixo. Não se dá certidão. Certidões, ossadas, é um processo que vai culminar lá. Depois até se pode erigir um monumento. Mas primeiro temos que ir às raízes, àquilo que esteve na base do 27. O que é que deu para matarem tanta gente? Isso é que é fundamental. Se a gente discutir isso, chamar as pessoas à razão, confessarem ali na comissão o que é que fizeram, porquê que fizeram, o caso morre aí. Nós estamos todos disponíveis para perdoar. Sem isso, nada feito. Está a acontecer a reedição do livro "Nuvem Negra", que o Michel escreveu sobre o drama do 27 de Maio de 1977. No poder, em Angola, já está a chegar uma nova geração, pessoas que, algumas, ainda nem sequer tinham nascido quando isto aconteceu. Qual a importância que este tema seja também dado a conhecer com profundidade a essa nova geração? Por isso é que se escreveu o livro. É para que eles leiam. Vão ler o que eu escrevi, vão ler a opinião das outras pessoas que também escreveram, porque não serei o único que escreveu sobre esta matéria, e eles próprios, depois, vão chegar a uma conclusão. Eu estou a deixar aqui um registo, é um legado. No fim do texto está lá escrito: "Para que as gerações vindouras saibam o que é que se passou. Para que não se silencie e casos do género não se repitam". Agora, eu não estou a dizer à juventude que eles têm que abraçar aquilo que está lá escrito. Não, isso é uma ferramenta de apoio para que eles reflitam sobre o que é que se passou neste país. Para que coisas do género não voltem a acontecer. O que eu quero é que se faça a justiça e que o governo angolano pense, repense, que leia o sinal do tempo. Vai a tempo de inflectir o rumo que ele está a seguir com este processo de 27? Porque o processo de 27 não morre assim. É a verdade. De resto, eu sinto-me bem e sou agradecido, mais uma vez, à RFI por me entrevistar, porque eu nunca tive espaço lá em Angola, é um pouco difícil, senão nas rádios privadas. Nas rádios públicas nem é pensado passar isto, porque eles não fazem, por razões óbvias. O livro termina mesmo com uma frase que é "Que se faça justiça". Quem julga? Essa justiça não é a justiça formal dos tribunais, é a justiça do povo, da juventude, da geração que está para vir. Aliás, uma das passagens deste livro do Michel faz referência ao povo e à maneira como o povo olhou para vós, prisioneiros, no momento em que estavam no Luau... Sim!! ... e escreveu, "até ao anoitecer, as velhas, e mesmo os jovens camponeses, traziam produtos das suas lavras como mandioca, tomate, cebola, batata e ervas. Foi um gesto de profunda sensibilidade e solidariedade que me marcou profundamente e que jamais esquecerei. Este comportamento, por parte do povo, desde o campo, até nesse dia, no Luau, ajudou-me a consolidar o princípio segundo o qual Os povos nunca são maus". Sim! Os povos nunca são maus! Maus são os políticos. Os povos nunca são maus, ó Luís. Os povos nunca são maus. É exactamente pela vivência que eu tive. Esta vivência dramática que me marcou para toda a vida. Eu estou a fazer 70 anos. Mais um ano ou dois anos, você vai ouvir dizer ... e pensar ... entrevistei aquele jovem, já foi. Mas eu deixo esse registo para a eternidade. Morro eu, mas o meu livro não. As minhas ideias vão ficar sempre. Por causa disso, os povos nunca são maus. Eu nunca digo que o povo português é mau. Nem digo que o povo russo é mau. Não! Maus são os políticos que se servem dos povos para gizar um projecto que não é aquele que o povo quer. Isto é que é verdade!  

Mercado Flash
T9, Ep. 23 | Carreras vai, Veiga já veio

Mercado Flash

Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 20:21


 Quinta-feira, 5 de junho, é dia de falar da contratação de Gabri Veiga por parte do FC Porto e da provável ida de Carreras para o Real Madrid.Lá por fora, o destaque vai para Nuno Tavares que é jogador da Lazio em definitivo00:00 INTRODUÇÃO01:26 Gabri Veiga2:40 Cardoso Varela05:07 Álvaro Carreras05:55 Lucas Stassin07:46 Ricardinho09:13 Demir Tiknaz11:03 Guillermo Ochoa13:00 André Horta14:31 Nuno Tavares15:46 Bryan Mbeumo17:23 Liam Delap18:00 Jorginho

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T9, Ep. 23 | Carreras vai, Veiga já veio

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Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 20:21


Quinta-feira, 5 de junho, é dia de falar da contratação de Gabri Veiga por parte do FC Porto e da provável ida de Carreras para o Real Madrid. Lá por fora, o destaque vai para Nuno Tavares que é jogador da Lazio em definitivo

Ponto de Partida
A dor palestina

Ponto de Partida

Play Episode Listen Later May 29, 2025 13:41


Israel comete crimes de guerra em Gaza e a mudança de discurso do premiê Benjamin Netanyahu, nos últimos dias, deixa claro que o objetivo de seu governo é a limpeza étnica da região.Vocês não têm ideia de como me dói dizer isso. Desde que me entendo por gente, sou sionista. Ao longo da vida, mudei de opinião a respeito de muitas questões. Este é um dos raros casos em que me mantive constante. Ser sionista é ser favorável a um Estado, no Levante Meridional, para o povo judeu. Um Estado na sua terra. Mas o meu é o sionismo de Theodor Herzl, o sionismo de David Ben Gurion. O meu é o sionismo de Yitzhak Rabin, que compreendeu, como todo israelense inteligente, que as mesmas razões que sustentam o direito de judeus terem seu país sustenta, igualmente, o direito de palestinos terem o seu.O governo Netanyahu é a negação de todos esses valores.Neste momento, estão nas ilhas de edição do Meio três episódios especiais da série Ponto de Partida que vão para nosso streaming e tratarão de Israel e da Palestina. Não pretendia voltar a este assunto antes do lançamento porque, afinal, em dez, doze minutos de um vídeo aqui, não cabe tudo o que gravamos num total de uma hora e meia. Só que os acontecimentos não esperam.O governo Netanyahu está propositalmente deixando sem comida e sem remédios milhões de pessoas na Faixa de Gaza. Não existe qualquer razão estratégica, do ponto de vista militar ou político, para justificar algo assim. É um nível absurdo de crueldade, de desumanidade.No Knesset, o parlamento de Israel, na semana passada, Netanyahu afirmou que por conta de sua política de “destruir mais e mais moradias”, as palavras são do premiê, “o resultado inevitável será o desejo pelos moradores de Gaza de deixarem a região”. Neste mesmo discurso, ele afirmou que só permitirá que ajuda humanitária chegue a quem não voltar para casa.Se o desejo de Benjamin Netanyahu é tornar a vida em Gaza tão insuportável que a população deseje deixar suas casas para nunca mais voltar, o nome disso é limpeza étnica. É a definição de dicionário. É limpar, de uma região, um povo. A política de tornar um lugar impossível para a vida de quem vive lá. O primeiro-ministro de Israel está declarando isso. Ministros de seu gabinete já diziam desde o ano passado, mas Netanyahu, não. Agora ele começou a dizer. É política de Estado.Que ninguém se engane. Esta política não só é bárbara e anti-Palestina. Ela é, igualmente, anti-Israel. Esta política não vai eliminar o Hamas. Ela vai alimentar o ódio palestino a um ponto como jamais houve na história. Ela vai acirrar o conflito. A longo prazo, ela ameaça a existência do Estado de Israel. E, não, ela não vai expulsar os palestinos. Primeiro porque o povo palestino já demonstrou, ao longo das décadas, uma resiliência sem igual. Eles querem sua terra e vão ficar. Mas, em segundo lugar, é preciso considerar os vizinhos imediatos. O Egito já deixou claro que não quer os palestinos no seu país. A Jordânia, idem. O Líbano, a Síria, mesma coisa. Não há outro lugar para o povo palestino que não a sua terra. Gaza e Cisjordânia.Além disso, o que a política de Netanyahu faz é estender o sofrimento dos 58 reféns que ainda vivem no cativeiro, em Gaza. Estão sendo torturados, passam fome e estão nas mãos de pessoas que os odeiam. Nunca na história, desde 1948, houve um único governo israelense que não pusesse como absoluta prioridade a segurança de cada judeu no mundo. Nunca. Israel nasceu para que o resultado de dois mil anos de racismo, perseguição e violência que os judeus sofreram na Europa nunca mais ocorresse.Nunca mais.Esta política mudou com Netanyahu. A guerra em Gaza não representa qualquer estratégia de interesse do Estado de Israel. Ela representa os interesses da extrema-direita israelense e os interesses pessoais do primeiro-ministro. Netanyahu é um político corrupto que compreende que, no momento em que deixar o governo, será imediatamente processado e corre o risco de passar seus últimos dias na cadeia. Manter-se em guerra garante o apoio da extrema-direita e, com o apoio da extrema-direita, seu governo não termina antes da próxima eleição. Enquanto ele controlar metade mais um do Knesset, o governo fica de pé. Ou seja, eleição só em 27 de outubro do ano que vem.É um pesadelo para os palestinos. É um pesadelo para as famílias dos reféns. É um pesadelo para os democratas israelenses.A gente não tem como prever o futuro, mas temos como compreender o que aconteceu para chegarmos até aqui. Este não é um vídeo que vai agradar a turma do “Palestina livre do rio ao mar”. Não é um vídeo que agradará quem acha que Israel está sempre certa. É um vídeo para quem deseja compreender e quem anseia, urgentemente, pela paz. Uma paz cada vez mais distante.Eu sou Pedro Doria, editor do Meio.Netanyahu não é um premiê popular. Ele sabe disso. Sabe que perderia a eleição pesado. Ele tem o apoio de apenas 32% dos israelenses. Mais do que isso. 55% acreditam que seu único interesse é se manter no poder. Uma pesquisa realizada este mês pelo Maariv afirma que a oposição, se as eleições fossem hoje, conquistaria 62 cadeiras do Knesset e, o bloco de Netanyahu, 48.Existem duas extrema-direitas diferentes em Israel. E é importante entender isso. São dois grupos que, embora igualmente extremistas, não se bicam. Não se falam. De um lado estão os nacionalistas sionistas e, do outro, os ultra-ortodoxos.Uma das principais marcas dos nacionalistas sionistas, tipo a camisa da Seleção brasileira deles, o boné MAGA, é uma kipá de tricô. Eles são quem mais faz pressão para que Israel anexe os territórios palestinos, a Cisjordânia e Gaza. É a turma que ergue assentamentos, condomínios inteiros, em território que não pertence ao Estado de Israel. Defendem uma Grande Israel, andam pesadamente armados, em geral quando há instantes de violência contra palestinos, são eles. Foi um cara desse grupo que assassinou Yitzhak Rabin no momento em que ele tentava negociar a paz com Yasser Arafat. Os nacionalistas sionistas são sempre os primeiros a se alistar no Exército e se oferecem para estar na linha de frente. São, por isso mesmo, os que mais morrem na guerra.Os ultraortodoxos são o contrário. Não se alistam, têm licença especial para escaparem do serviço militar que é obrigatório para todos os outros cidadãos israelenses. Também não trabalham. Estudam a Torá o dia todo e são financiados pelo Estado. Seu principal objetivo é manterem-se isentos do serviço militar e de qualquer trabalho, é manter os recursos do Estado vindo pra eles enquanto estudam a palavra de Deus.A tensão entre os dois grupos é grande e é real justamente por isso. Só que em nenhum outro governo na história de Israel qualquer um dos dois já teve o espaço de poder que eles têm hoje. Porque, a sua maneira, são extremistas de formas distintas. Então um atura o outro e os dois grupos, embora minoritários, têm votos o suficiente para manter Netanyahu no poder. A coalizão de governo se mantem no poder por 4 votos. Apenas quatro cadeiras. Se quatro deputados deixam o governo, ele desmorona. Só que não acontece. Não acontece enquanto Netanyahu garantir as benesses dos religiosos e acenar com limpeza étnica palestina para os nacionalistas.Mas como foi que Netanyahu chegou lá? Tem uma verdade inconveniente nisso tudo. Israel apresentou duas vezes um plano concreto para a criação do Estado da Palestina. A primeira com o gabinete de centro-esquerda de Ehud Barak, no ano 2000. A segunda pelo gabinete de centro-direita de Ehud Olmert, em 2008. Não é que os palestinos tenham recusado. Nem Arafat, em 2000, nem Mahmoud Abbas, em 2008, apresentaram uma contra-proposta. Na verdade, após a primeira apresentação de proposta, explodiu a Segunda Intifada, que matou muita gente em Israel. É como se, no momento em que finalmente Israel conseguiu se convencer, tanto na esquerda quanto na direita, de que era preciso haver um Estado palestino, o governo da Palestina tivesse congelado. Vejam, teve uma vez, sem resposta. Veio uma onda brutal de ataques terroristas. Aí apresentaram uma segunda proposta. Silêncio no rádio. Os palestinos nunca disseram, sequer, não. Nunca explicaram exatamente o que não gostavam na Foi neste cenário que Benjamin Netanyahu se elegeu. Ele era o único político dizendo “os palestinos não querem paz”. Subentendido nesta ideia está a percepção que muitos israelenses ainda têm de que, para os palestinos, a única solução é o fim de Israel. Pois, em 2009, a população de Israel ouviu Bibi. E o elegeu. Mais de uma década e meia depois, ele segue no governo e tudo piorou muito. Netanyahu tornou a paz ainda mais difícil de ser conquistada. Então como se constrói a paz?O Sete de Outubro é um trauma que não vai embora tão cedo. A destruição de Gaza, muito menos. Mas eu queria sublinhar um último ponto. Hoje, 50% da população de Israel é formada por judeus cujos avós moravam no Norte da África e no Oriente Médio. 30% por judeus cujos avós vieram da Europa. 20% de árabes palestinos com cidadania israelense. Geneticamente, os judeus asquenazitas, os europeus, são mais próximos dos judeus mizrahim e sefarditas do que de qualquer povo europeu. Eles são a mesma gente. E não há povo mais próximo de qualquer judeu do que os palestinos.Isso tem explicação. São os dois povos cananeus. Os dois povos são de lá. Os dois povos descendem diretamente dos homens e mulheres que primeiro aprenderam a plantar na história. Isso. Dez mil anos atrás, na Revolução Agrícola. Nenhum povo pertence mais a uma mesma terra do que judeus e palestinos pertencem a Canaã. Não importa sua crença ideológica, sua crença religiosa, nada muda o fato de que são duas culturas ancoradas há milênios naquela terra. Todas suas rezas, seus monumentos, seus textos. Cada artefato arqueológico encontrado com mil, dois mil, três mil, cinco mil, oito mil anos foi construído, moldado, pelas mãos dos antepassados de todos os judeus e todos os palestinos. Em alguns casos, dos antepassados comuns aos dois povos.Não existe saída que não o reconhecimento de que a terra é dos dois. Precisamos dos dois países. E, às vezes, a paz nasce justamente quando não parece mais haver esperança.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Surra de Lúpulo
Untappd - a rede social que amamos odiar com Carlos "Veio" Lima - Parte 2 | Surra#264

Surra de Lúpulo

Play Episode Listen Later May 29, 2025 53:31


Colunistas Eldorado Estadão
Estado Geral: Notícia do dia ia ser boa, até que veio o IOF

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later May 23, 2025 13:45


Mariana Carneiro, repórter do Estadão em Brasília, repercute Política e Economia internas às 2ªs, 4ªs e 6ªs, 8h30, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

OmensCast
#2 FATO OU FAKE | Ejaculação Precoce tem cura?

OmensCast

Play Episode Listen Later May 20, 2025 9:00


Veio aí o novo episódio de Fato ou Fake, onde Maru Karv entrevista profissionais da saúde. E hoje, Dr. João Brunhara veio responder suas dúvidas. Vem de play!

Emissão Especial
Gyökeres. O mascarilha mais letal que Zorro e que preferiu Lisboa

Emissão Especial

Play Episode Listen Later May 18, 2025 5:40


Veio de uma operação, lutou contra problemas físicos, mas mesmo assim termina a Liga com quase 40 golos marcados. Uma viagem sonora à época de Viktor Gyökeres, o rei do golo em Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conversas de Balneário
FUTEBOL AVEIRO #34 - Pedro Silva, Treinador do FC Macieirense

Conversas de Balneário

Play Episode Listen Later May 16, 2025 41:09


É a segunda vez nesta temporada que o Pedritos vem ao nosso Canal. Veio cá no início e agora vem praticamente no final fazer o balanço da época do FC Macieirense.Esta rubrica foi uma ideia de: Pedro CorreiaCâmaras e Edição: Hugo LoureiroSigam o nosso Canal no WhatsApp em https://whatsapp.com/channel/0029VaDuMORKLaHv7eddVT3OAPOIE O NOSSO CANAL NO PATREON E VEJA TUDO MAIS CEDO, SEM INTERRUPÇÕES NEM CORTES!▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬FACEBOOK - http://www.facebook.com/canalbalnearioPATREON - https://www.patreon.com/balneario▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬REDES SOCIAISFB - www.facebook.com/canalbalnearioTW - www.twitter.com/canalbalnearioIG - www.instagram.com/canalbalneario

Quem Ama Não Esquece
TRAIÇÃO QUE VEIO DE CASA - LEILA | QUEM AMA NÃO ESQUECE 14/05/2025

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later May 14, 2025 17:39


Hoje no Quem Ama Não Esquece o Murilo e a Tatá contam a história da Leila.Leila acreditou no amor de novo depois de anos dedicados exclusivamente à filha Raquel, que criou sozinha após ser abandonada pelo pai da menina. Quando Roberval apareceu, trouxe esperança e carinho, mas o que parecia um recomeço virou seu pior pesadelo: ela descobriu que ele e Raquel estavam se relacionando às escondidas. A traição dupla, do homem que amava e da filha que era sua melhor amiga, destruiu tudo o que ela acreditava. Desde então, Leila rompeu com os dois e decidiu nunca mais se abandonar por ninguém.❤️ Se você quer contar sua história, é só entrar em contato através do nosso e-mail: quemamanaoesquece@band.com.br ou pelas nossas redes sociais.Você é fã da Band FM? Então, inscreva-se no canal e ative o sininho para não perder nenhum vídeo da rádio que é líder no Ibope em São Paulo há mais de 9 anos. #BandAoVivo #BandAoVivo

Crime e Castigo
Quem é o Papa que veio da América de Trump? Uma cópia de Francisco?

Crime e Castigo

Play Episode Listen Later May 11, 2025 12:46


Quem é o Papa Leão XIV? O que vai trazer de novo? Será uma cópia de Francisco? Este é o tema do Crime e Castigo de hoje, um podcast com Paulo João Santos e Sérgio A. Vitorino, apresentado por Rita Fernandes Batista e editado por Bernardo Franco.

Expresso - Expresso da Manhã
O Papa que veio da América é um seguidor de Francisco?

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later May 8, 2025 13:59


O Cardeal Robert Francis Prevost foi eleito Papa e escolheu chamar-se Leão XIV, pelo que se espera que dê grande importância à doutrina social da Igreja. Nasceu em Chicago, mas foi bispo no Perú e era, até agora, o prefeito do Dicastério para os Bispos. Para perceber melhor o que representa este novo Papa, conversamos com o comentador da SIC Bruno Cardoso Reis. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Leitura de Ouvido
João do Rio - Última Noite (conto)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later May 2, 2025 39:30


“Última noite” é um comovente texto de crítica social de João do Rio (1881-1921), que está no livro Dentro da Noite (1910). O conto é um dos mais aclamados do escritor e nos apresenta o jovem português Armando que, aos 20 anos é sem trabalho, sem teto, sem alimentação correta, que cultiva um estômago sem exigências - pois já perdeu a noção do almoço; e que arranja-se para dormir de favor no camarim do teatro, durante os espetáculos ou no trem, durante o percurso de uma passagem de ida e volta, com o pouco dinheiro que arranja em jogos; e, para jogar, muitas vezes ele ainda empresta dinheiro. Como que o rapaz chegou a essa situação de fome, miséria e morador das ruas do Rio de Janeiro? Veio de Portugal para ficar com o tio padre, mas este estava amancebado com uma mestiça, o que forçou o garoto a sair de casa. Armando “descia a rampa da vida”, pálido, mas "ainda tinha o tipo sensual adolescente”. Entre enleias sociais e desvelos do destino, João do Rio vai nos apresentar um desfecho, como o próprio título indica, tratando ao mesmo tempo a tragicidade com a prosa poética, enquanto Armando caminha desolado sob o luar e a poesia misteriosa de sua luz. É uma história comovente. Boa leitura!Conheça o #Desenrole seu Storytelling, curso de Daiana Pasquim:⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://bit.ly/desenrolecomleitura⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Para adquirir o Trincas e/ou o Verde Amadurecido, escreva para leituradeouvido@gmail.com

Frei Gilson Podcast - Oficial
Jesus não veio para condenar | (João 3, 16-21) #2331

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 6:59


Passagens Complementares:Romanos 5,18João 12,47Romanos 8,1

Para começar o dia
Ele veio para salvar

Para começar o dia

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 8:35


4a feira. 2a semana da Páscoa

ABNH - Aliança Bíblica de Novo Hamburgo
Razões por que Jesus Cristo veio para morrer (Mensagem 6) - 20/04/25

ABNH - Aliança Bíblica de Novo Hamburgo

Play Episode Listen Later Apr 30, 2025 29:57


Mensagem trazida por Ierguen Seibert

Surra de Lúpulo
Untappd - a rede social que amamos odiar - Parte 2 com Carlos "Veio" Lima | Surra#264

Surra de Lúpulo

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 53:31


Palavra Amiga do Bispo Macedo
O Senhor Jesus não veio para os santos... - Meditação Matinal 27/04/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 30:58


"VINDE A MIM, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28-29"Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes." Mateus 9:12"Porque o pecado não terá domínio sobre vós..." Romanos 6:14a

Histórias para ouvir lavando louça
Eu cheguei a pesar 200kg por não aceitar quem eu era

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 7:12


Aos 40 anos, Aine finalmente teve coragem de se olhar no espelho e se reconhecer. Antes disso, a vida parecia uma longa espera para morrer. Ela chegou a pesar quase 200kg porque não se aceitava enquanto uma mulher trans. Era como se, inconscientemente, estivesse destruindo o corpo que a sociedade dizia que ela devia ter, mas que ela não suportava habitar.Desde criança, Aine sabia quem era. Aos 6 anos, pediu para experimentar uma sandalinha que a prima usava, e levou uma bronca da mãe. Foi naquele momento que ela entendeu que sua identidade precisava ser escondida. Trancada no quarto, ela se vestia escondida, se olhava no espelho em segredo. Por dentro, sentia-se errada. Mas, no fundo, sabia: ela era uma menina.Com o tempo, surgiram as dúvidas, os desejos, a incompreensão de quem via nela uma amiga, mas nunca um namorado. Foi na internet que ela conheceu sua esposa, e foi com ela que começou a se libertar. Começaram como amigas, viraram namoradas e, em 2007, se casaram. Aine ainda não tinha se assumido, mas Alexandra sempre soube da sua identidade. Dentro de casa, ela já era quem sempre foi.Mas por fora, a dor era grande. A cada ano, o peso aumentava. Dez quilos por ano. Até que um médico disse: "Se você não emagrecer, não chega aos 50 anos." O baque foi tão grande que ela decidiu: precisava cuidar da saúde, não por estética, mas porque queria viver. E viver sendo quem era.Veio a bariátrica, vieram os procedimentos, a terapia, a transição, as cirurgias, o cuidado com a pele, os cabelos, o corpo. Enquanto ganhava vida, Aine perdia privilégios. A fama, que veio com o sucesso de seu canal geek no YouTube, se esfarelou muito rapidamente. Ela, que era convidada por grandes marcas como Netflix, Disney e Paramount, passou a ser ignorada. Bastou um vídeo se assumindo. Mas a internet, que antes a aplaudia, virou as costas: 6 mil inscritos a menos em um único dia. E com eles, os contratos, os convites, o sustento.Mas Aine não se arrepende. Porque hoje, ela vive. Hoje, ela é mãe. Hoje ela é a mulher da sua vida.

Bola Presa
De onde veio a crise no Memphis Grizzlies? [Podcast #504]

Bola Presa

Play Episode Listen Later Apr 4, 2025 97:03


Nesta semana, Denis Botana e Danilo Silvestre falam sobre o Memphis Grizzlies, que demitiu o técnico Taylor Jenkins a nove jogos dos Playoffs mesmo estando numa boa posição para os Playoffs. O que aconteceu? Discutiremos também os casos de outros times com dificuldades de vencer os melhores times da NBA. No KTO Kero Todas Opiniões falamos sobre o OKC Thunder fazendo história.No Both Teams Played Hard respondemos perguntas sobre ouvir nós mesmos no passado, loterias, disputa entre Leste e Oeste, uso de inteligência artificial e como Zion Williamson se relaciona a um amor antigo do ouvinte....|OS PARÇAS DO BOLA PRESA|ASSINE O BOLA PRESA E RECEBA CONTEÚDO EXCLUSIVO São planos de R$14 e R$20 reais e mais de 80 podcasts para apoiadores.O BOLA PRESA É PARCEIRO DA KTO Faça suas apostas na NBA ou em qualquer outro esporte na KTO =) .CAMISETAS INSIDERUse o cupom BOLAPRESA e ganhe 15% OFF, somado aos descontos do site! Acesse o site pelo link abaixo – o cupom já será aplicado automaticamente no carrinho: https://creators.insiderstore.com.br/BOLAPRESA

Fumaça
Quase da Família | Palmira Joaquim, uma vida a cuidar dos outros (Entrevista)

Fumaça

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 48:09


Palmira Joaquim passou grande parte da vida a cuidar de outras pessoas. Veio de Angola para Portugal aos 23 anos e trabalhou como empregada doméstica para uma só família durante três décadas. Até que, de um dia para o outro, saiu dessa casa e levou os patrões a tribunal. Hoje, presta cuidados geriátricos, mas o que quer mesmo é a reforma, após décadas de lesões contraídas ao limpar as casas dos outros. Se acreditas na importância do jornalismo que fazemos no Fumaça e se queres ouvir mais trabalhos como este, sobre mulheres invisibilizadas pela história, faz hoje uma contribuição mensal ou anual. O jornalismo que fazemos não seria possível sem as 1800 pessoas que fazem parte da Comunidade Fumaça. Faz a tua contribuição em fumaca.pt/contribuir.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Shahd Wadi (parte 1): “O povo palestiniano ensina o mundo a bater asas. O genocídio na Palestina diz respeito à liberdade da Humanidade inteira”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 75:32


Shahd Wadi é uma mulher palestiniana doutorada em estudos feministas, na Universidade de Coimbra, que divide o tempo entre a escrita, curadoria, tradução, investigação e performance. Veio para Lisboa em 2006 por amor e acabou por ficar na cidade colorida dos seus sonhos, na terra do ‘vai-se andando’, do bacalhau e do medronho. Acaba de publicar o livro de poesia “Chuva de Jasmim”, pela editora Caminho, como arma de resistência para reclamar a vida e a liberdade na sua terra. Enquanto a Palestina estiver ocupada, a sua pátria é a fronteira entre cá e lá. Ouçam-na na primeira parte da conversa com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.

radinho de pilha
a arte pode nos salvar? manda quem pode e obedece quem tem juízo? DNA veio do espaço?

radinho de pilha

Play Episode Listen Later Mar 11, 2025 41:47


Opinião | Trump-Zelenski e o diálogo meliano https://www.estadao.com.br/opiniao/rubens-barbosa/trump-zelenski-e-o-dialogo-meliano/ (via ChatGPT) Sociopaths in Power https://chatgpt.com/share/67ce3ba1-8e0c-8006-8306-4af1c08ecb9a 3,000-Year-Old Olive Tree on the Greek Island of Crete Still Produces Olives Today http://openculture.com/2023/02/3000-year-old-olive-tree-on-the-greek-island-of-crete-still-produces-olives-today.html Your DNA Is (Almost Certainly) From Outer Space https://youtu.be/nKb4zcyqjXQ?si=OUnnrNTr-cB4_Qod (roda e avisa) aprendamos com Walter Salles! https://rodaeavisa.com/aprendamos-com-walter-salles/ Walter Salles e o milagre da arte https://www.linkedin.com/pulse/walter-salles-e-o-milagre-da-arte-ren%C3%A9-de-paula-jr–nsvwf canal do ... Read more The post a arte pode nos salvar? manda quem pode e obedece quem tem juízo? DNA veio do espaço? appeared first on radinho de pilha.

Frei Gilson Podcast - Oficial
Jesus veio para os doentes | (Lucas 5, 27-32) #2278

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Mar 8, 2025 6:59


Passagens Complementares:Apocalipse 3, 17-18

Porque Sim Não é Resposta
Má educação. Uma moda que veio para ficar?

Porque Sim Não é Resposta

Play Episode Listen Later Mar 5, 2025 13:33


Eduardo Sá admite que há uma confusão entre uma pessoa ser formal e ser bem educada. O psicólogo diz que muitas vezes há falta de respeito dentro do sítio mais necessário, as escolas. See omnystudio.com/listener for privacy information.

radinho de pilha
de onde veio tanta água no mundo? a banalidade do Mal, achamos mais um Anel de Einstein!

radinho de pilha

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 36:26


André DahmerSaiu na folha https://x.com/malvados/status/1892156417781403782/photo/1 Estas esferas reúnem toda a água e ar da Terra https://gizmodo.uol.com.br/esferas-agua-ar/ Credit FELIX PHARAND-DESCHENES, GLOBAIA / SCIENCE PHOTO LIBRARY https://www.sciencephoto.com/media/684953/view All the Earth's Water and Air https://ourplnt.com/water-air-earth/ The Rest Is HistoryHow Germany justified its aggression in WW1… https://x.com/TheRestHistory/status/1892140413454012673 Auschwitz Memorial https://bsky.app/profile/auschwitzmemorial.bsky.social FactPostTrump official announces that Trump has signed an executive ... Read more The post de onde veio tanta água no mundo? a banalidade do Mal, achamos mais um Anel de Einstein! appeared first on radinho de pilha.

Por Outro Lado
Episódio #24: Aquele que veio de longe contar as coisas

Por Outro Lado

Play Episode Listen Later Feb 9, 2025 34:01


Um breve resumo da vida e obra de um dos maiores autores do folclore argentino: Atahualpa Yupanqui. A transcrição do episódio está aqui. Músicas deste episódio estão nesta playlist no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=y1xEanHlRw8&list=PLyNTOgQDV3zIdYey_8I1dBXtKMkk8Q3t6    

radinho de pilha
a vida veio do espaço? Opus Dei x ditaduras, a extraordinária libélula

radinho de pilha

Play Episode Listen Later Feb 3, 2025 43:47


foto: Libélula – C.Frayle https://flic.kr/p/VDnDpz Asteroide possui ‘ingredientes' necessários para criar vida, dizem cientistas https://www.bbc.com/portuguese/articles/c78w17x2vnzo OSIRIS-REx – Detailed Global Views of Asteroid Bennu https://svs.gsfc.nasa.gov/4857/ (via ChatGPT) Opus Dei https://chatgpt.com/share/67a0b57f-e564-8006-913f-83a537eff249 Opus Dei investe na formação de jornalistas https://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/opus-dei-investe-na-formacao-de-jornalistas/ Trump e o nocaute identitárioO Estado de S. Paulo.3 Feb 2025 Carlos Alberto Di Franco JORNALISTA https://digital.estadao.com.br/article/281629605963867 Asteroid ... Read more The post a vida veio do espaço? Opus Dei x ditaduras, a extraordinária libélula appeared first on radinho de pilha.

Frei Gilson Podcast - Oficial
Veio para destruir as obras do diabo | (Hebreus 2, 14-18) #2244

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Feb 2, 2025 6:56


Passagens Complementares: Romanos 8, 2 João 8, 36 2 Timóteo 1,10 1 João 3, 8 Gálatas 5, 1

Pr Marcos Bomfim
#401 - A Oração dos Justos (A Oração dos Santos 3/8)

Pr Marcos Bomfim

Play Episode Listen Later Feb 1, 2025 37:06


A série "A Oração dos Santos" foi transmitida para todo Portugal a partir da Igreja Central de Lisboa, entre os dias 11-18 de Janeiro de 2025. Minhas anotações: Quem é justo? Apoc 8:3-4 – “Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; 4. e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.”    Tiago 5:16 – “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Apoc 7:9-17 - Romanos 1:16-17 – “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e também do grego; 17. visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”     3:23-24 – “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24. sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25. a quem Deus propôs, no no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;” Rom 5:1 – “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; 8:1 – “Agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” Salmo 37:21 -   Mateus 9:12-13 – “Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de medico, e sim os doentes.... Pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].”  Efesios 2:1-10 -   Isaías 55:6-9;      57:15; 1 João 1:9

Diplomatas
Rutte veio cá lembrar que há “uma ameaça russa em território soberano” de Portugal

Diplomatas

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 32:08


“A memória, nestes tempos de híper informação e de desinformação, é o que nos resta para sabermos interpretar o mundo que nos rodeia”. A Teresa de Sousa trouxe esta frase do último texto que escreveu na sua newsletter semanal – O Mundo de Hoje –, que serviu de pontapé de saída para falarmos sobre os 80 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau. Das guerras do passado fomos para as guerras do presente, começando pela Faixa de Gaza. Quais são os planos de Israel e do novo amigo americano para o imediato e para o pós-cessar-fogo? Donald Trump e Benjamin Netanyahu encontram-se para semana nos EUA e podem dar algumas pistas. Aqui mais perto, na Europa, há outra guerra em curso, na Ucrânia, e foi isso que Mark Rutte, secretário-geral da NATO veio lembrar ao Governo português, numa visita a Lisboa, constatando que Portugal está tão ou mais exposto que qualquer outro membro da Aliança Atlântica à “guerra híbrida” da Rússia, nomeadamente no seu território marítimo. “Num mundo normal”, nota o Carlos Gaspar, “teria sido o Presidente da República e o primeiro-ministro” portugueses a informar o líder da NATO que há “uma ameaça russa nas costas” de Portugal. “Mais foi ao contrário”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Morgana Secco
Livros IMPERDÍVEIS para as crianças, os melhores

Morgana Secco

Play Episode Listen Later Jan 30, 2025 35:25


Um vídeo super pedido aqui no canal por vocês sobre quais são as dicas e meus livros infantis favoritos, quais eu leio, ou que as meninas tem mais contato no dia a dia. São as minhas indicações e aqueles que mais gosto.

Frei Gilson Podcast - Oficial
Jesus veio para fazer a vontade do Pai | (Hebreus 10, 1-10) #2239

Frei Gilson Podcast - Oficial

Play Episode Listen Later Jan 28, 2025 6:56


Passagens Complementares: João 6, 38 João 4, 34 João 5, 30 Mateus 26, 39 Filipenses 2, 8

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Sidônio veio para mudar comunicação do Governo; Marketing é importante, mas não faz milagre"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 20:35


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta terça-feira, 14, da cerimônia de posse do publicitário Sidônio Palmeira como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022, Sidônio assume a pasta para reformular a comunicação do governo e tentar deixar a gestão do petista mais popular visando à eleição de 2026. "A assessoria de imprensa vai ser mais ágil e informativa, noticiosa. Sidônio veio para mudar incisivamente a comunicação do Governo. Marketing e Comunicação são importantes, mas não fazem milagres; Sidônio mesmo diz que são três eixos de atuação: política, gestão e comunicação. Os ministérios têm de agir mais diligentemente, além de comunicar melhor", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Sidônio veio para mudar comunicação do Governo; Marketing é importante, mas não faz milagre"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 20:35


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta terça-feira, 14, da cerimônia de posse do publicitário Sidônio Palmeira como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022, Sidônio assume a pasta para reformular a comunicação do governo e tentar deixar a gestão do petista mais popular visando à eleição de 2026. "A assessoria de imprensa vai ser mais ágil e informativa, noticiosa. Sidônio veio para mudar incisivamente a comunicação do Governo. Marketing e Comunicação são importantes, mas não fazem milagres; Sidônio mesmo diz que são três eixos de atuação: política, gestão e comunicação. Os ministérios têm de agir mais diligentemente, além de comunicar melhor", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiário Nacional
0h Trump veio pedir respeito pelos opositores de Nicolás Maduro

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later Jan 10, 2025 10:54


Podcast Cinem(ação)
REPRISE: #513: A Viagem de Chihiro

Podcast Cinem(ação)

Play Episode Listen Later Jan 3, 2025 105:27


Feliz 2025! Que este novo ano traga muita alegria, saúde e, claro, muitos filmes incríveis para vocês assistirem e discutirem com a gente.Neste episódio especial, trazemos a reprise do nosso podcast #513, lançado originalmente em 30 de junho de 2023, onde mergulhamos no universo mágico de A Viagem de Chihiro. Esta obra-prima de Hayao Miyazaki é mais do que uma animação — é uma reflexão profunda sobre amadurecimento, ancestralidade, meio ambiente e as nuances do comportamento humano. No episódio, eu, Rafael Arinelli, recebo Ieda Marcondes, Thiago Muniz, do Pipocas Club, e Carissa Vieira para uma conversa repleta de insights sobre o impacto cultural e emocional deste clássico que conquistou o público e a crítica, além de ser a primeira animação de língua não inglesa a vencer um Oscar.Aproveito para convidar vocês a participarem da nossa pesquisa do Cinem(ação). Queremos saber mais sobre o que você pensa, o que você gosta, e como podemos melhorar. O link para responder está aqui: https://forms.gle/hbaVizU15GZEBw6K6. Sua participação é muito importante para nós!Agora, prepare-se para revisitar este universo mágico e descobrir novas camadas desta história inesquecível. Dê o play e aproveite!Ouça nosso Podcast também no:• Feed: https://bit.ly/cinemacaofeed• Apple Podcast: https://bit.ly/itunes-cinemacao• Android: https://bit.ly/android-cinemacao• Deezer: https://bit.ly/deezer-cinemacao• Spotify: https://bit.ly/spotify-cinemacao• Amazon Music: https://bit.ly/amazoncinemacaoAgradecimentos aos patrões e padrinhos: • Bruna Mercer• Charles Calisto Souza• Daniel Barbosa da Silva Feijó• Diego Alves Lima• Eloi Xavier• Flavia Sanches• Gabriela Pastori Marino• Guilherme S. Arinelli• Katia Barga• Thiago Custodio Coquelet• William SaitoFale Conosco:• Email: contato@cinemacao.com• Facebook: https://bit.ly/facebookcinemacao• BlueSky: https://bit.ly/bskycinemacao• Instagram: https://bit.ly/instagramcinemacao• Tiktok: https://bit.ly/tiktokcinemacaoApoie o Cinem(ação)!Apoie o Cinem(ação) e faça parte de um seleto clube de ouvintes privilegiados, desfrutando de inúmeros benefícios! Com uma assinatura a partir de apenas R$5,00, você terá acesso a vantagens incríveis. E o melhor de tudo: após 1 ano de contribuição, recebe um presente exclusivo como agradecimento! Não perca mais tempo, acesse agora a página de Contribuição, escolha o plano que mais se adequa ao seu estilo e torne-se um apoiador especial do nosso canal! Junte-se a nós para uma experiência cinematográfica única!Plano Detalhe:• (Ieda): Série: Sou De Virgem• (Ieda): Filme: Que Horas Eu Te Pego?• (Thiago): Filme: Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar• (Thiago): Série: Os Outros• (Carissa): Filme: A Rainha Diaba• (Carissa): Filme: Cría Cuervos• (Rafa): Filme: Perlimps• (Rafa): Podcast: Rita – Outra Auto Biografia

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Jesus veio para salvar a nossa alma; o Espírito Santo veio como Selo para garantir essa Salvação - Meditação Matinal 18/12/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Dec 18, 2024 30:01


Meditação Matinal 18/12/24 Leia o texto: Mateus 22:2-14 "Todas as coisas são puras os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-NO com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra."Tito 1:15-16

NerdCast
NerdCast 959 - Pinguim: Sopranos chaotic evil de Gotham

NerdCast

Play Episode Listen Later Nov 22, 2024 109:46


Veio aí, nerds! Neste NerdCast vamos falar da nova série do universo da DC que, sem o Batman, conseguiu acender o brilho dos olhos dos fãs novamente. Vem descobrir o que achamos de Pinguim! TEM ALIEXPRESS NO MAGALU Confira os produtos do AliExpress no App Magalu: https://jovemnerd.page.link/AliExpress_Magalu_NerdCast SAMSUNG Garanta já o seu Samsung Galaxy S24 Ultra: https://jovemnerd.page.link/Samsung_Galaxy_S24_Ultra_NC ALURA Entre na Lista VIP e se matricule na Alura: https://jovemnerd.page.link/Alura_Lista_VIP_NerdCast KABUM! Esquenta Black no KaBuM!, as ofertas mais quentes do ano estão on: https://jovemnerd.page.link/Kabum_Esquenta_BF_NerdCast AIRBNB Confira o vídeo da campanha Fique em um Airbnb: https://jovemnerd.page.link/Airbnb_Especial_Boa_Noite https://jovemnerd.page.link/Airbnb_Mais_Espaco PEDIDO DE DOAÇÃO Pedido de Doação de Sangue de todos os tipos sanguíneos para Sabrina da Silva, que está em tratamento de leucemia no Hospital São Luiz (São Paulo). Locais para doação - Banco de Sangue São Paulo: Rua Tomás Carvalhal 711, Paraíso, São Paulo - Banco de Sangue de Santo André : Avenida Dom Pedro II, 877, Jardim, Santo André CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  E-MAILS Mande suas críticas, elogios, sugestões e caneladas para nerdcast@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store ARTE DA VITRINE: Randall Random Baixe a versão Wallpaper da vitrine EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA

Palavra Amiga do Bispo Macedo
O Poder de ser feito filho de Deus... - Meditação Matinal 21/11/24

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Nov 21, 2024 31:45


"Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o Poder de serem feitos filhos de Deus, aos que CREEM NO SEU NOME; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:11-13