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Samantha har lært seg å se lyst på livet, og lærer nå bort hvordan man kan sette pris på en skattesmell. Er det Trump eller en parodi? Øystein og Samantha må gjette! Heter det trilogi eller triologi - og andre ord man sier feil. Og er inneklemt dag erkenorskt? Episoden kan inneholde målrettet reklame, basert på din IP-adresse, enhet og posisjon. Se smartpod.no/personvern for informasjon og dine valg om deling av data.
O coreógrafo brasileiro Volmir Cordeiro apresentou o espectáculo “Outrar” na Ménagerie de Verre, em Paris, no âmbito do festival "Les Inaccoutumés". A peça surgiu de um convite da coreógrafa Lia Rodrigues, em 2021, em tempos de pandemia e é uma resposta ao confinamento a que o mundo foi confrontado e aos muros que continuam a erguer-se. Dançar passa a ser uma forma de se “outrar” - um neologismo criado por Fernando Pessoa para se “tornar outro” - mas também passa a ser uma ponte para quebrar barreiras e se chegar a tantos outros. Foi no festival “Les Inaccoutumés” que Volmir Cordeiro apresentou o espectáculo “Outrar”, a 3, 4 e 5 de Abril, na Ménagerie de Verre, em Paris. O solo de 30 minutos foi criado em 2021 a partir de um convite da coreógrafa brasileira Lia Rodrigues e em resposta ao confinamento provocado pela pandemia de covid-19. Lia Rodrigues enviou uma carta aos seus bailarinos quando o mundo estava confinado e isolado. Volmir Cordeiro respondeu com este solo que se transformou numa ponte entre continentes, mas também numa ponte para os outros - os que o vêem e os que o habitam dentro de si. São os seus “heterónimos” que se manifestam nas dezenas de camadas de roupas, de cores e de texturas e que se declinam em múltiplos gestos, movimentos e emoções. Os seus “outros” inspiram-se em Fernando Pessoa e o título da peça - “Outrar” - também aí vai beber. Esses “outros” são, ainda, uma alegoria dos estados da Terra, do planeta feliz e despreocupado ao planeta que ameaça colapsar. Foi por aí que começámos a conversa, no final do espectáculo, numa sexta-feira, na Ménagerie de Verre, em Paris.RFI: O que conta o espectáculo “Outrar”?Volmir Cordeiro, Coreógrafo e bailarino: “Este espectáculo parte de uma ideia que seria aquela de como é que eu poderia personificar a Terra, como é que eu poderia imaginar a Terra como uma pessoa, a Terra de hoje e a Terra tal como ela estava no momento da pandemia porque este projecto nasce durante o confinamento.Então, a questão da Terra, a questão do isolamento, foi muito importante e porque ela também parte da trilha sonora, que tem essa camada bastante cavernosa de uma gruta, que me deu muito essa imagem do que a gente estava vivendo naquele momento do confinamento e tudo o que a gente inventava dentro de um quadrado, dentro das nossas casas.Eu decidi que estava dentro de um quadrado e eu tinha essa ideia de ser a Terra, a Terra doente, a Terra feliz, a Terra que ainda dá para salvar, que ainda pode ser salva, a Terra florida, a Terra fértil, a Terra “clown”, a Terra palhaça, a Terra que precisa de ajuda. Eu fui imaginando várias versões dessa Terra que eu ia encarnando.”A Terra é personificada por si?“É. Eu seria esse desejo, esse desejo de chegar grande, chegar caminhando, caminhando nesse chão que está estável por enquanto, mas que está tremendo porque essa vibração do som coloca o chão, o espaço a tremer. Esse instante quase que precede o colapso, essa ideia que a gente tinha de como é que a gente vai sair da pandemia, para onde é que a gente vai, qual é que vai ser a continuidade do mundo, como é que a gente vai mudar as nossas relações com a vida, com a natureza, connosco mesmos, para podermos continuar a existir.Como a trilha sonora é cheia de variações, cheia de pássaros, cheia de crianças brincando, cheia de vidro quebrando, ela tem um monte de imagens que me foram alimentando e que têm essa ideia de 'outrar', de se transformar em outro. Por isso é que eu fui juntando camadas de figurinos, de saia, de roupa, de pijama, de cuecas, de tudo que eu encontrava, para também trazer essa ideia de que a Terra é feita de todos nós, é feita de vários elementos, de vários outros e que, portanto, dentro desse quadrado, dentro dessa dança, eu tinha que ficar eu mesmo outrando.”Já vamos ao conceito de “outrar”, mas ainda em relação a si como Terra, o Volmir entra em palco ao som de uma tempestade e entra de uma forma muito vertical, como uma árvore que é abanada por essa tempestade. Vive imensas coisas pelo meio e, a dada altura, cai por terra despido. Que gesto é este? “Acho que tem totalmente essa ideia do desmoronamento. A ideia de chegar grande e festivo no vento, no carnaval, na festa, num grande desejo de modificação, num grande entusiasmo de colocar as pessoas que me estão a ver para também se imaginarem ali dentro, para se olharem, olhando o que eu estou fazendo e se verem no outro também - por isso, há este dispositivo de estar um de frente para o outro.Tem essa transformação porque eu precisava 'outrar' também na minha figura global, essa figura não podia terminar assim, ela tinha que virar como a gente vira uma luva, como a gente vira uma meia do avesso. Ela tinha que virar do avesso para dar a ideia de que ela teria que viver uma transformação ali, diante do público. E ela se transforma nessa sereia que está muito perto do chão, que está esmagada, que está talvez nos últimos instantes da própria vida, mas que ainda carrega uma ideia de sublime, uma ideia de beleza e que ainda assim está pedindo ajuda e está procurando pelo outro. É o último chamado pelo outro, esse gesto de procurar, de pedir a esmola, de entregar alguma coisa, de se dirigir para o outro.Então, para mim tem essa coisa desses outros que também vão-se amarrando em nós e que a gente está cheio de outros até ao ponto em que eu vou tirando as minhas camadas, vou-me transformando nessa sereia, mas essa sereia também vai-me impedindo de andar, vai-me impedindo de dançar, vai-me impedindo de me movimentar. O destino final é ir para o chão e ao ir para o chão, ela existe ali no que ela pode fazer naquela nova condição.”É por isso que chamou ao espetáculo “Outrar”? O que quer dizer, para si, “outrar”? “Outrar foi o nome que a Lia Rodrigues deu para o projecto dentro da pandemia porque ela não podia estar aqui na Europa para apresentar um trabalho, não podia fazer a viagem. Então, ela convocou alguns bailarinos que já tinham trabalhado com ela, que estão morando aqui, para ir no lugar dela. Foi ela que deu esse nome a partir de um poema de Fernando Pessoa -eu não sei exactamente qual é o poema, mas vem dele esse neologismo. E já era uma maneira de 'outrar', não era ela, era outro que estava no lugar dela. Foi ela que mandou essa trilha sonora e falou: 'Usem a trilha sonora e faça o que vocês quiserem'. Eu, como estou sempre carregado de figurinos em casa, pensei: 'Bom, para outrar eu vou ter que achar um jeito de criar múltiplos, de criar uma imagem de muitos...”Heterónimos?“Heterónimos, exacto, que seria essa saia, essa calça, esse pijama. Então, fui juntando coisas que eu já tinha de outras peças e quando cheguei no estúdio, eu tinha uma semana e meia para fazer isso, foi muito rápido, e decidi fazer essa figura que está carregada, que é densa e virou essa cebola. Eu chamo muito essa figura de uma cebola viva porque ela está cheia de camadas e o nó dela, o umbigo dela, o centro dela, se confunde com a periferia. Então, é por isso que é como se eu tivesse ali dentro uma interioridade vibrando, pulsando, e é por isso que ela tem que ser revelada também no final. Eu tenho que descascar a cebola, então vou tirando as minhas camadas e ela de cebola vira uma sereia.”O problema é que quando descascamos uma cebola, ficamos a chorar. Em tempos de extremismos, de polarizações políticas, esta peça, este “outrar” tem também algum significado político? “Tem sobretudo, para mim, uma vontade muito grande de valorizar o discurso e a potência do artista. Eu acho que é uma das coisas que eu mais sinto ameaçadas. Ameaçada hoje neste contexto, falando da questão da arte em si. Acho que a primeira coisa que eu queria lembrar é de a gente poder renovar o espaço de encontro e de uma imaginação forte que a gente pode ter quando a gente está em contextos artísticos, quando a gente se reúne para assistir uma peça de 30 minutos e que a gente testemunha de uma transformação. Acho que essa é a primeira camada que eu gostaria de salientar.A segunda é lembrar a tragédia em que está o nosso mundo. Eu acho que quando entro para dançar, eu venho carregado dessa tragédia que é essa tragédia do fascismo, que é essa tragédia do corte do orçamento para a cultura, que é essa vontade de ir para Marte explorar, essa vontade de carro voador, esse delírio do homem, do patriarcado virilista de querer sempre mais, essa ganância. Eu estou fazendo tudo com os trapos, com as roupas que eu encontrei para construir uma figura que vem para lembrar a gente do que a gente precisa, talvez das coisas mais básicas que é vestir, comer, dormir, deitar, sentar, olhar para o outro, dançar, festejar, voltar um pouco para as nossas acções mais básicas e eu acho que a dança é uma ferramenta essencial para isso e pouquíssimo valorizada.”Pode falar-nos um pouco mais da sua colaboração com a Lia Rodrigues? Como é que surgiu o convite? “Eu trabalhei com a Lia entre 2008 e 2011, dos meus 21 aos meus 24 anos, foi um processo muito marcante na minha vida e isso resultou numa relação muito querida, muito gostosa, muito actualizada também. A gente está sempre em conexão, sempre conversando, sempre trocando. É uma presença que ficou muito marcante na minha vida.Acho que as coisas que a gente faz muito jovem são muito determinantes nas nossas vidas. Eu vi a Lia quando tinha 14 anos, lá no interior de Santa Catarina, lá num lugar perdido no fundo do Brasil, no sul do Brasil, eu vi o trabalho da Lia e a partir dali eu quis dançar com ela. Então, depois de ter visto o trabalho com 14 anos, eu entrei na companhia dela com 21 anos. Com 24, deixei a companhia dela para vir morar na França e estudar na França.”E desde então vive em Paris?“E desde então estou aqui. Este trabalho é de 2021, então foi quase dez anos depois que a gente voltou a colaborar através dessa ideia do Outrar, que foi um encontro feito dessa natureza, diante de um contexto pandémico: “Eu não posso ir. Você iria no meu lugar?” Então ela manteve o projecto também, que era uma coisa importante para a sobrevivência da companhia dela. Eu fui lá e criei um projecto a partir da trilha sonora que ela me mandou.”Ou seja, em vez de fechar, o confinamento, para si, abriu qualquer coisa. E para ela também…“Sim, eu estava fazendo um outro projecto no meio desse caminho e este projecto foi como um sopro de fazer alguma coisa nesse estado da pandemia, que era um estado onde a gente não tinha mais a capacidade de antecipar as coisas, que na França tudo é muito antecipado, tudo é muito programado, tudo é muito articulado, com muita antecedência. E nesse momento na nossa vida não estava muito para se programar. A gente não sabia nem quando a gente ia parar de estar confinado, quando a gente ia voltar a sair de casa, as regras mudavam a toda a hora. Então, apareceu essa oportunidade que veio assim como um sopro mesmo. Eu apanhei isso, agarrei isso com muito carinho, muito desejo e com muita espontaneidade. Tipo: 'O que eu tenho em casa? O que eu posso fazer hoje?' Esse vocabulário corporal eu estava trabalhando já em algum momento para fazer essas outras peças , eu metabolizei isso de um jeito e virou este trabalho.”É autor de um ensaio sobre figuras da marginalidade na dança contemporânea, intitulado “Ex-corpo”. Que figuras são estas e até que ponto é que se inscreve nessa linhagem? “Esse livro é uma tese que eu defendi na [Universidade] Paris VIII, uma tese que estava muito voltada para uma ideia de analisar peças que marcaram a minha vida de espectador e que me impulsionaram a entrar na dança. Não são peças com as quais eu construiria necessariamente uma relação de filiação, mas uma relação de afinidade. Peças como Luiz de Abreu, “O Samba do Crioulo Doido”, peças do Marcelo Evelin, “Batucada”, “De repente fica tudo preto de gente”, a peça da Micheline Torres “Histórias de Pessoas e Lugares”.São peças que marcaram a minha vida e são peças que, de alguma forma, estão abordando o que é hoje em dia colocar em cena, como é que a dança contemporânea acolhe um corpo negro, acolhe a questão do corpo migrante, acolhe os movimentos de massa, os movimentos de insurreição. Eu estava interessado nessa força da subversão daquilo que está instituído como marginalizado e que aparece justamente num contexto que permite que a gente mude a nossa maneira de receber a marginalidade, que mude a nossa maneira de conceber o corpo do outro, até que ponto o nosso corpo está submetido a um olhar que vem designá-lo como um corpo marginalizado. Então, são esses processos que me interessam. Esses artistas são artistas muito importantes na minha história. Eu quis analisar como é que eles se interessam ao público, como é que eles se vestem para entrar em cena, como é que eles organizam a dramaturgia, como é que eles passam de uma cena para outra. São artistas muito inspiradores para mim, assim como a Lia.Eu acho que eu estudei não na tentativa de tentar imitá-los - mas que a imitação é uma coisa muito típica da dança e quando a gente imita, a gente também se auto-imita, imita coisas de nós mesmos que a gente talvez desconheça até. Mas eu acho que o lugar deste livro foi mais de conhecer, de aprender como é que essas pessoas que tanto me marcaram fazem, como é que eu posso estudá-las para entender como é que eu faço também. Porque às vezes eu faço muitas coisas que eu não sei exactamente o que eu estou fazendo. Eu reclamo e reivindico muito essa parte inconsciente do trabalho.”
Jonas er på tur, så Christian og Kjetil er alene i studio for å svare på spørsmål fra lytterne, og diskutere hva vi gjør med trippel-captain chippen, + litt annet rør. Episoden kan inneholde målrettet reklame, basert på din IP-adresse, enhet og posisjon. Se smartpod.no/personvern for informasjon og dine valg om deling av data.
O coreógrafo brasileiro Volmir Cordeiro apresentou o espectáculo “Outrar” na Ménagerie de Verre, em Paris, no âmbito do festival "Les Inaccoutumés". A peça surgiu de um convite da coreógrafa Lia Rodrigues, em 2021, em tempos de pandemia e é uma resposta ao confinamento a que o mundo foi confrontado e aos muros que continuam a erguer-se. Dançar passa a ser uma forma de se “outrar” - um neologismo criado por Fernando Pessoa para se “tornar outro” - mas também passa a ser uma ponte para quebrar barreiras e se chegar a tantos outros. Foi no festival “Les Inaccoutumés” que Volmir Cordeiro apresentou o espectáculo “Outrar”, a 3, 4 e 5 de Abril, na Ménagerie de Verre, em Paris. O solo de 30 minutos foi criado em 2021 a partir de um convite da coreógrafa brasileira Lia Rodrigues e em resposta ao confinamento provocado pela pandemia de covid-19. Lia Rodrigues enviou uma carta aos seus bailarinos quando o mundo estava confinado e isolado. Volmir Cordeiro respondeu com este solo que se transformou numa ponte entre continentes, mas também numa ponte para os outros - os que o vêem e os que o habitam dentro de si. São os seus “heterónimos” que se manifestam nas dezenas de camadas de roupas, de cores e de texturas e que se declinam em múltiplos gestos, movimentos e emoções. Os seus “outros” inspiram-se em Fernando Pessoa e o título da peça - “Outrar” - também aí vai beber. Esses “outros” são, ainda, uma alegoria dos estados da Terra, do planeta feliz e despreocupado ao planeta que ameaça colapsar. Foi por aí que começámos a conversa, no final do espectáculo, numa sexta-feira, na Ménagerie de Verre, em Paris.RFI: O que conta o espectáculo “Outrar”?Volmir Cordeiro, Coreógrafo e bailarino: “Este espectáculo parte de uma ideia que seria aquela de como é que eu poderia personificar a Terra, como é que eu poderia imaginar a Terra como uma pessoa, a Terra de hoje e a Terra tal como ela estava no momento da pandemia porque este projecto nasce durante o confinamento.Então, a questão da Terra, a questão do isolamento, foi muito importante e porque ela também parte da trilha sonora, que tem essa camada bastante cavernosa de uma gruta, que me deu muito essa imagem do que a gente estava vivendo naquele momento do confinamento e tudo o que a gente inventava dentro de um quadrado, dentro das nossas casas.Eu decidi que estava dentro de um quadrado e eu tinha essa ideia de ser a Terra, a Terra doente, a Terra feliz, a Terra que ainda dá para salvar, que ainda pode ser salva, a Terra florida, a Terra fértil, a Terra “clown”, a Terra palhaça, a Terra que precisa de ajuda. Eu fui imaginando várias versões dessa Terra que eu ia encarnando.”A Terra é personificada por si?“É. Eu seria esse desejo, esse desejo de chegar grande, chegar caminhando, caminhando nesse chão que está estável por enquanto, mas que está tremendo porque essa vibração do som coloca o chão, o espaço a tremer. Esse instante quase que precede o colapso, essa ideia que a gente tinha de como é que a gente vai sair da pandemia, para onde é que a gente vai, qual é que vai ser a continuidade do mundo, como é que a gente vai mudar as nossas relações com a vida, com a natureza, connosco mesmos, para podermos continuar a existir.Como a trilha sonora é cheia de variações, cheia de pássaros, cheia de crianças brincando, cheia de vidro quebrando, ela tem um monte de imagens que me foram alimentando e que têm essa ideia de 'outrar', de se transformar em outro. Por isso é que eu fui juntando camadas de figurinos, de saia, de roupa, de pijama, de cuecas, de tudo que eu encontrava, para também trazer essa ideia de que a Terra é feita de todos nós, é feita de vários elementos, de vários outros e que, portanto, dentro desse quadrado, dentro dessa dança, eu tinha que ficar eu mesmo outrando.”Já vamos ao conceito de “outrar”, mas ainda em relação a si como Terra, o Volmir entra em palco ao som de uma tempestade e entra de uma forma muito vertical, como uma árvore que é abanada por essa tempestade. Vive imensas coisas pelo meio e, a dada altura, cai por terra despido. Que gesto é este? “Acho que tem totalmente essa ideia do desmoronamento. A ideia de chegar grande e festivo no vento, no carnaval, na festa, num grande desejo de modificação, num grande entusiasmo de colocar as pessoas que me estão a ver para também se imaginarem ali dentro, para se olharem, olhando o que eu estou fazendo e se verem no outro também - por isso, há este dispositivo de estar um de frente para o outro.Tem essa transformação porque eu precisava 'outrar' também na minha figura global, essa figura não podia terminar assim, ela tinha que virar como a gente vira uma luva, como a gente vira uma meia do avesso. Ela tinha que virar do avesso para dar a ideia de que ela teria que viver uma transformação ali, diante do público. E ela se transforma nessa sereia que está muito perto do chão, que está esmagada, que está talvez nos últimos instantes da própria vida, mas que ainda carrega uma ideia de sublime, uma ideia de beleza e que ainda assim está pedindo ajuda e está procurando pelo outro. 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Foi ela que deu esse nome a partir de um poema de Fernando Pessoa -eu não sei exactamente qual é o poema, mas vem dele esse neologismo. E já era uma maneira de 'outrar', não era ela, era outro que estava no lugar dela. Foi ela que mandou essa trilha sonora e falou: 'Usem a trilha sonora e faça o que vocês quiserem'. Eu, como estou sempre carregado de figurinos em casa, pensei: 'Bom, para outrar eu vou ter que achar um jeito de criar múltiplos, de criar uma imagem de muitos...”Heterónimos?“Heterónimos, exacto, que seria essa saia, essa calça, esse pijama. Então, fui juntando coisas que eu já tinha de outras peças e quando cheguei no estúdio, eu tinha uma semana e meia para fazer isso, foi muito rápido, e decidi fazer essa figura que está carregada, que é densa e virou essa cebola. Eu chamo muito essa figura de uma cebola viva porque ela está cheia de camadas e o nó dela, o umbigo dela, o centro dela, se confunde com a periferia. Então, é por isso que é como se eu tivesse ali dentro uma interioridade vibrando, pulsando, e é por isso que ela tem que ser revelada também no final. Eu tenho que descascar a cebola, então vou tirando as minhas camadas e ela de cebola vira uma sereia.”O problema é que quando descascamos uma cebola, ficamos a chorar. Em tempos de extremismos, de polarizações políticas, esta peça, este “outrar” tem também algum significado político? “Tem sobretudo, para mim, uma vontade muito grande de valorizar o discurso e a potência do artista. Eu acho que é uma das coisas que eu mais sinto ameaçadas. Ameaçada hoje neste contexto, falando da questão da arte em si. Acho que a primeira coisa que eu queria lembrar é de a gente poder renovar o espaço de encontro e de uma imaginação forte que a gente pode ter quando a gente está em contextos artísticos, quando a gente se reúne para assistir uma peça de 30 minutos e que a gente testemunha de uma transformação. Acho que essa é a primeira camada que eu gostaria de salientar.A segunda é lembrar a tragédia em que está o nosso mundo. Eu acho que quando entro para dançar, eu venho carregado dessa tragédia que é essa tragédia do fascismo, que é essa tragédia do corte do orçamento para a cultura, que é essa vontade de ir para Marte explorar, essa vontade de carro voador, esse delírio do homem, do patriarcado virilista de querer sempre mais, essa ganância. Eu estou fazendo tudo com os trapos, com as roupas que eu encontrei para construir uma figura que vem para lembrar a gente do que a gente precisa, talvez das coisas mais básicas que é vestir, comer, dormir, deitar, sentar, olhar para o outro, dançar, festejar, voltar um pouco para as nossas acções mais básicas e eu acho que a dança é uma ferramenta essencial para isso e pouquíssimo valorizada.”Pode falar-nos um pouco mais da sua colaboração com a Lia Rodrigues? Como é que surgiu o convite? “Eu trabalhei com a Lia entre 2008 e 2011, dos meus 21 aos meus 24 anos, foi um processo muito marcante na minha vida e isso resultou numa relação muito querida, muito gostosa, muito actualizada também. A gente está sempre em conexão, sempre conversando, sempre trocando. É uma presença que ficou muito marcante na minha vida.Acho que as coisas que a gente faz muito jovem são muito determinantes nas nossas vidas. Eu vi a Lia quando tinha 14 anos, lá no interior de Santa Catarina, lá num lugar perdido no fundo do Brasil, no sul do Brasil, eu vi o trabalho da Lia e a partir dali eu quis dançar com ela. Então, depois de ter visto o trabalho com 14 anos, eu entrei na companhia dela com 21 anos. Com 24, deixei a companhia dela para vir morar na França e estudar na França.”E desde então vive em Paris?“E desde então estou aqui. Este trabalho é de 2021, então foi quase dez anos depois que a gente voltou a colaborar através dessa ideia do Outrar, que foi um encontro feito dessa natureza, diante de um contexto pandémico: “Eu não posso ir. Você iria no meu lugar?” Então ela manteve o projecto também, que era uma coisa importante para a sobrevivência da companhia dela. Eu fui lá e criei um projecto a partir da trilha sonora que ela me mandou.”Ou seja, em vez de fechar, o confinamento, para si, abriu qualquer coisa. E para ela também…“Sim, eu estava fazendo um outro projecto no meio desse caminho e este projecto foi como um sopro de fazer alguma coisa nesse estado da pandemia, que era um estado onde a gente não tinha mais a capacidade de antecipar as coisas, que na França tudo é muito antecipado, tudo é muito programado, tudo é muito articulado, com muita antecedência. E nesse momento na nossa vida não estava muito para se programar. A gente não sabia nem quando a gente ia parar de estar confinado, quando a gente ia voltar a sair de casa, as regras mudavam a toda a hora. Então, apareceu essa oportunidade que veio assim como um sopro mesmo. Eu apanhei isso, agarrei isso com muito carinho, muito desejo e com muita espontaneidade. Tipo: 'O que eu tenho em casa? O que eu posso fazer hoje?' Esse vocabulário corporal eu estava trabalhando já em algum momento para fazer essas outras peças , eu metabolizei isso de um jeito e virou este trabalho.”É autor de um ensaio sobre figuras da marginalidade na dança contemporânea, intitulado “Ex-corpo”. Que figuras são estas e até que ponto é que se inscreve nessa linhagem? “Esse livro é uma tese que eu defendi na [Universidade] Paris VIII, uma tese que estava muito voltada para uma ideia de analisar peças que marcaram a minha vida de espectador e que me impulsionaram a entrar na dança. Não são peças com as quais eu construiria necessariamente uma relação de filiação, mas uma relação de afinidade. Peças como Luiz de Abreu, “O Samba do Crioulo Doido”, peças do Marcelo Evelin, “Batucada”, “De repente fica tudo preto de gente”, a peça da Micheline Torres “Histórias de Pessoas e Lugares”.São peças que marcaram a minha vida e são peças que, de alguma forma, estão abordando o que é hoje em dia colocar em cena, como é que a dança contemporânea acolhe um corpo negro, acolhe a questão do corpo migrante, acolhe os movimentos de massa, os movimentos de insurreição. Eu estava interessado nessa força da subversão daquilo que está instituído como marginalizado e que aparece justamente num contexto que permite que a gente mude a nossa maneira de receber a marginalidade, que mude a nossa maneira de conceber o corpo do outro, até que ponto o nosso corpo está submetido a um olhar que vem designá-lo como um corpo marginalizado. Então, são esses processos que me interessam. Esses artistas são artistas muito importantes na minha história. Eu quis analisar como é que eles se interessam ao público, como é que eles se vestem para entrar em cena, como é que eles organizam a dramaturgia, como é que eles passam de uma cena para outra. São artistas muito inspiradores para mim, assim como a Lia.Eu acho que eu estudei não na tentativa de tentar imitá-los - mas que a imitação é uma coisa muito típica da dança e quando a gente imita, a gente também se auto-imita, imita coisas de nós mesmos que a gente talvez desconheça até. Mas eu acho que o lugar deste livro foi mais de conhecer, de aprender como é que essas pessoas que tanto me marcaram fazem, como é que eu posso estudá-las para entender como é que eu faço também. Porque às vezes eu faço muitas coisas que eu não sei exactamente o que eu estou fazendo. Eu reclamo e reivindico muito essa parte inconsciente do trabalho.”
Heter det fotbollförbund eller fotbollsförbund? Varför skriver Svenska fotbollförbundet namnet just så? Och hur hanterar vi foge-s i svenskan? I Språktombolan samtalar Lena Lind Palicki, chef för Språkrådet, och Anders Svensson, chefredaktör för Språktidningen, om aktuella språkfrågor. I varje avsnitt drar vi en ny fråga ur Språkrådets frågelåda.
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God torsdag! Har du noensinne spist råbiff? Det har ikke vi heller, men Mikkel snakker om det likevel! Sander skal satse på TikTok og har blitt inspirert av GuttaVibezzzzzzz. Heter det lite eller LITE øl? Eva vet ikke, og tar seg heller et glass råmelk for å slippe å ta stilling til det. Takk til Quang på teknikk
Det svåra Etthundraåttiosjätte avsnittet.Ok! Nu reder vi ut begreppen:Får någon verkligen mer gig via Sociala Medier?Är det en guld-källa? Eller är vi alla fast i bruset?Skall du vara Bred eller Smal inom ditt Musikliv?Halvbra på alla genrer, eller superbra på en?Vi live-testar också en effektpedal vid namn Sushi Box från Np Neptunium, samt Valve Drive från EBS.Heter alla folkmusikorkestrar något i stil med "Barkborrar"?Lyssna och njut.Varmt välkomna!Vill du ha din låt uppspelad direktmed tillhörande analys.Maila oss låtlänk + info om projektet till: Musiksnacket@iwm.se#recension #analyser #musik #analys #spotify #Podcast #podd #musiksnacket #Artist #Musiker #scen #studio #AI
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Heter Iska: What is it and what is it not? - Rabbi Eliyahu Chaim Goldstone
I det femtiofjärde avsnittet av podcasten Fastighet & Finans lägger duon fokus Rapportsäsongens avslutande rapporter, Capman förvärv av Midstar Fastigheter, Roger Akelius utköp av D-aktien, möjligheterna till strukturaffärer i sektorn liksom Trianon och Briban Invests affärer. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
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094 Gittin 12b- Heter Eved L'shifchoh
Jocke delar med sig av den sorg han är mitt uppe i och det blir tankar om hur det känns när ens föräldrar går bort, det är mycket att ta hand om, både praktiska saker och känslor. Det blir såklart en del börs och politik också. Heter handelsministern som artisten eller hur var det? Och vad är det med stora män med ljusa röster?
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Heter knäckebröd verkligen knäckebröd för att det låter knäck när man bryter det? Varför har de runda knäckebröden hål i mitten? Och hur många kilo knäckebröd äter vi per person och år?Wikipedia säger sitt om knäckebröd. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Heter det jour eller on call? Oavsett vad så snackar vi om det, hjärtattacker, larm på gymmet, att smita som konsult, att växa upp till en fullstackare och att separera frontend- och backendarbetet. Dessutom en hel del om en pegboard, charmen med makt, förkortningar, gråta på toaletten och att ställa dumma frågor. Om du gillar podden blir vi väldigt glada för en liten recension i iTunes eller en prenumeration på Spotify. Följ oss och säg hej på @asdfpodden på Instagram
2 sections- debate R Elazar/Rabba if Mishnayot/Beraitta were taughtet before/after heter keilim ("l'tzorech gufo"), debate Rabba/Rava how to explain mach TK/RN in "l'tzorech"/"shelo l'tzorech"
2 sections- debate R Elazar/Rabba if Mishnayos/Beraissa were taughtet before/after heter keilim ("l'tzorech gufo"), debate Rabba/Rava how to explain mach TK/RN in "l'tzorech"/"shelo l'tzorech"
Varför heter det Uppland, Södermanland och Västmanland? Vad är det för centralpunkt som landskapsnamnen syftar på? Lyssna på alla avsnitt i Sveriges Radio Play.
Det kan vi inte hjälpa dig med. Men vi kan åtminstone fresta med ett nytt avsnitt av Flashback Forever! Emma berättar om alla flashbackska förhoppningar på gårdsförsäljningen, Mia har hittat några exempel på rejäla hjärnsläpp och Ina undrar varför någon enda människa vill åka på kryssning.Trevlig lyssning och varmt tack till dundergänget på https://www.patreon.com/FlashbackForeverEmmas trådar:https://www.flashback.org/t1195668https://www.flashback.org/t1058974https://www.flashback.org/t1552841https://www.flashback.org/t1832992https://www.flashback.org/t2965300https://www.flashback.org/t2933605https://www.flashback.org/t3522753https://www.flashback.org/t3600288https://www.flashback.org/t3580346https://www.flashback.org/t3610744Mias trådar:https://www.flashback.org/t3110628https://www.flashback.org/t1203618Inas trådar:https://www.flashback.org/t1742331https://www.flashback.org/t1472936https://www.flashback.org/t420200https://www.flashback.org/t3518816https://www.flashback.org/t3071346 Get bonus content on Patreon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Varför heter vi egentligen som vi heter? Heter jag, min svåger och min sons kompis pappa (tre män födda mitt under 80-talet) alla Robin för att Björn Borg döpte sin son till det och utsatte det kollektiva svenska psyket för namnet?Personnamn har historia, socioekonomiska och kulturella faktorer som ligger och skvalpar i bakgrunden. Det är vad denna veckas avsnitt handlar om.—-LäslistaMassor med artiklar från Institutet för språk och folkminne”Man är vad man heter” Charlotte Hagström”Mitt förnamn är Ronny” Ronny Ambjörnsson”Så har vi valt våra förnamn” av Åke Steinvall i Populär historia 2023”De naturliga efternamnen” ScB”Novation i norr nya dopnamn och namngivningsmönster i Skelleftebygden 1791-1890” Linnea Gustafsson 2002 Lyssna på våra avsnitt fritt från reklam: https://plus.acast.com/s/historiepodden. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Varför kallas inbördeskriget i England för Rosornas krig? Och vad var Körsbärskriget? Lyssna på alla avsnitt i Sveriges Radio Play.
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Can you ever make a Heter Meah Rabbanim without leaving a Get in Beis Din? Is a Beis Din ever allowed to withhold the Get from the woman? In order to get the husband visitation To get the husband financial compensation To get the woman to drop criminal charges To get the woman to drop lawsuits How easy is it to get a court to deny visitation from the father? And much more... with Shaul Cohen – Lawyer for husbands Rov – 32:58 with Rabbi Moshe Schwartz – Friend of the husband – 47:38 with Elad Zamir – Lawyer and Toein Rabbani for the wife – 1:44:43 with Rabbi Zalman Graus - Renowned Dayan, Toyein and Borer, Mechaber Sefarim – 1:65:37 with Martin Friedlander - Renowned family lawyer – 2:08:04 מראי מקומות
Shimon and Levi took vengeance on the city of Shechem for what was done to their sister. However, Yaakov was upset at them, and they were punished for it when Yaakov gave the Berachos at the end of his life. What was their Heter, why was Yaakov upset at them, and what lessons can we learn from the story? Have a good Shabbos
I veckans avsnitt snackas det vilt om härvan runt P Diddy och män som inte klarar av att vara i maktposition utan att korrumperas. Det blir också mer maktsnack angående den svenska Maktbarometern som just presenterat hur makt har förflyttats mer mot privatpersoner. Sedan blir det lite om årets Nobelpris i litteratur och var våra gränser går för vem man skulle kunna ha en relation med. En podd från Aller media. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Cours Halakha Time du Dimanche 22 Septembre 2024 (durée : 6 minutes) donné par Rav Yossef CHARBIT.
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Eliyahu bringing a korban to Hashem at Har HaCarmel is a classic example of horaas shaah, a case where a navi temporarily suspends the halachik system. Rashi (Devarim 12:13) seems to imply differently - that Eliyahu was using a built in exception to the prohibition of bringing a korban outside of the mikdash. This episode addresses this apparent contradiction. It also discusses a contradictory Rashi in Devarim 18:22 and the Rambam in the ninth perek of Yesodei Hatorah.
on this link to contribute whatever you can to keep this podcast on the air: https://thechesedfund.com/yeshivaofnewarkpodcast/keeping-the-ark-afloat With downloads approaching the million mark-and an archival library numbering in the thousands, the Yeshiva ofNewark Podcast has been striving to continuously upgrade our content, and professionalize our audio sound, along with altering approaches in light ofmuch appreciated listener feedback. A niche has been carved out that resonates with many on the wide spectrum of Observant Jews. This explains why we continually rank high in independent on-line lists of top Yeshiva podcasts.
Dedication opportunities are available for episodes and series at https://ohr.edu/donate/qa Questions? Comments? podcasts@ohr.edu Yeshivat Ohr Somayach located in the heart of Jerusalem, is an educational institution for young Jewish English-speaking men. We have a range of classes and programs designed for the intellectually curious and academically inclined - for those with no background in Jewish learning to those who are proficient in Gemara and other original source material. To find the perfect program for you, please visit our website https://ohr.edu/study_in_israel whatsapp us at https://bit.ly/OSREGISTER or call our placement specialist at 1-254-981-0133 today! 00:00 - Can I start Shabbos early? 03:30 - Why is the ger included as one who receives from leftovers of my field? (Leket, Shichechah and Peah) 06:54 - Should we hold by Heter Mechirah? 12:53 - What are the mitzvos that are stepped on in our day and age? 16:20 - Can one manage taxes by giving money to yeshivos? 27:25 - Can someone learn or develop a belief in God? 38:00 - Rambam says you can see God through nature. However, the Mishnah says one should not stop learning to look at nature. 41:50 - In the beginning on Derech Hashem it says one needs to know of the existence of Hashem. How can we know it with 100% certainty? 46:10 - Are the learning practices that the Rav recommends? 50:25 - What is controversial about the Ibn Ezra's pshat on Chumash? 1:00:00 - How a Perush operates outside Chazal? 01:01:45 - How do shivim panim latorah and elu velu divre elokim hayim work? (How can there be 70 faces to the true and two contradictory ways of understanding the Torah both be true?) 01:09:00 - Should we unify the customs of the Jewish people? 01:14:00 - What should one consider when choosing where to live? 01:20:00 - What happened when a Rav was discovered to be a fraud for writing a false Yerushalmi? 01:26:30 - Has there been a shift in the way people learn in the lifetime of the Rav? 01:31:45 - What should one learn if he comes to Torah late in life 01:36:30 - What can help kavanah in Tefillah? 01:39:30 - Can one benefit from electricity on Shabbat in Israel 01:40:38 - What are the halachic implications of mesh/fish-net tzitzis? 01:43:43 - Can one eat a different hechsher when eating at someone else's house? Subscribe to the Rabbi Breitowitz Q&A Podcast at https://plnk.to/rbq&a Submit questions for the Q&A with Rabbi Breitowitz https://forms.gle/VCZSK3wQJJ4fSd3Q7 Subscribe to our YouTube Channel at https://www.youtube.com/c/OhrSomayach/videos You can listen to this and many other Ohr Somayach programs by downloading our app, on Apple and Google Play, ohr.edu and all major podcast platforms. Visit us @ https://ohr.edu PRODUCED BY: CEDAR MEDIA STUDIOS