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Esportes
"O objetivo é estar no topo e brigar por uma competição europeia”, diz zagueiro brasileiro do Paris FC

Esportes

Play Episode Listen Later Sep 7, 2025 5:54


A vitória de 3 a 2 sobre o Angers, no último domingo (31), marcou o primeiro triunfo do Paris FC no campeonato francês. Diante de sua torcida, que coloriu as arquibancadas do estádio Jean Bouin com as cores azul e branca do clube, o time marcou seus primeiros três pontos na tabela, depois de um início desastroso, com duas derrotas. O resultado fez o Paris FC deixar momentaneamente a zona de rebaixamento após três rodadas e subir para a 15ª posição, empatado com o Lorient em número de pontos. Esse reencontro com a torcida na primeira partida dentro de casa e com vitória, foi celebrado com muita festa e entusiasmo, até pelos novos jogadores contratados — como o brasileiro Otávio Ataíde da Silva, de 23 anos, que atuou como titular da zaga.  “É uma sensação muito boa. O primeiro jogo dentro de casa diante da nossa torcida. Estou muito feliz de estar aqui, feliz com o projeto, feliz com o grupo. Tenho aprendido bastante com eles e estamos cada vez mais unidos e ajustando tudo para que possamos sempre dar sequência às nossas vitórias”, declarou o jogador logo após a partida.  O Paris FC voltou à 1ª Divisão do campeonato francês após um jejum de 46 anos. Para esse retorno diante de sua torcida, havia muitos convidados de prestígio nas arquibancadas, entre eles Jürgen Klopp, ex-treinador do Liverpool e atual diretor esportivo da Red Bull, um dos acionistas do clube, além de personalidades políticas como a ministra da Cultura francesa Rachida Dati. O ex-jogador Raí, ídolo do PSG, atual membro do Conselho de Administração e embaixador do Paris FC, também esteve na torcida.  Investimentos Os investidores do clube contrataram vários jogadores para tentar rivalizar com os outros 17 times que disputam o campeonato francês. Otávio faz parte deste reforço.  Depois de uma temporada no Flamengo, o paulistano foi para o futebol português, onde se tornou profissional. Atuou pelo FC Famalicão por dois anos, antes de se transferir em janeiro de 2024 para o Porto, onde jogou 45 partidas, marcou dois gols e deu dois passes decisivos.  Em julho deste ano, Otávio assinou um contrato de 5 anos com o Paris FC, clube que o apresenta como "o futuro da defesa do time", destacando sua "força, leitura de jogo e experiência europeia".  “Eu acho que o projeto que o clube me apresentou era um projeto muito grande, e o futebol português eu já conhecia. Tinha vontade de ficar também, mas com o projeto que eles me ofereceram não podia pensar duas vezes. E acredito que aqui também tenho muito para crescer, não só como lá. Lá aprendi muitas coisas e já vim para cá, mais maduro, e agora é continuar evoluindo para fazer um grande campeonato”, disse Otávio. Apesar de um histórico muito modesto no futebol francês, o Paris FC, fundado em 1972 e que tem entre seus proprietários a família Arnault, uma das mais ricas da França, tem grandes ambições, destaca Otávio. “Os jogadores têm os seus objetivos pessoais e o clube também tem seus objetivos. O meu objetivo pessoal é sempre estar no topo, brigando no topo da tabela e o objetivo do clube é igual, estar no topo da tabela e buscar uma competição europeia”, afirma Com pouco mais de dois meses na capital francesa, Otávio diz que está se adaptando bem ao clube e ao futebol francês. Para sua integração no elenco, o zagueiro conta com a ajuda principalmente do goleiro alemão Kevin Trapp, que fala português, além de outros jogadores com quem consegue se comunicar enquanto aprende o francês. E depois de dois jogos, já tem uma percepção do futebol francês.  “É um futebol muito diferente, um jogo mais de força, onde tem jogadores rápidos, jogadores fortes nos duelos e é da forma que eu gosto também, de estar ali duelando forte. Acho que esses dois jogos deram para aprender bastante e estou ciente do que vem pela frente”, afirmou. O próximo compromisso do Paris FC é contra o Brest, fora de casa, no dia 14 de setembro, pela quarta rodada do campeonato francês

Notícia no Seu Tempo
‘Notícia No Seu Tempo': Lobista do STJ tinha minutas de decisões de mais 4 ministros

Notícia no Seu Tempo

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 7:54


No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta segunda-feira (01/09/2025): Investigação da Polícia Federal detectou nova leva de vazamento de decisões de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Minutas dos gabinetes de Marco Buzzi, Antônio Carlos Ferreira, João Otávio de Noronha e Ricardo Villas Bôas Cueva foram encontradas em um computador do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. Os documentos também estavam no telefone do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023, caso que deu início às investigações. Quando o inquérito foi aberto, no ano passado, já eram alvo da apuração os gabinetes de Isabel Galotti, Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Og Fernandes. Os investigadores também encontraram indícios de que o lobista forjava documentos do STJ para tentar captar clientes. E mais: Economia: Renda dos mais pobres deve crescer menos em 2026, ano eleitoral Política: ‘Primeiro ato’, diz Tarcísio sobre anistia para Bolsonaro Metrópole: Tráfico no AM usa cargas de pirarucu e trava apoio federal à pesca Internacional: Ataques ucranianos a refinarias deixam partes da Rússia sem gasolina Cultura: Sesc Galeria, no antigo prédio do Mappin, ganha projeto finalSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Doa a Quem Doer
“Também foi agredida”: amiga de mulher espancada por bombeiro da Madeira revela que agressor tinha amante

Doa a Quem Doer

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 28:22


O ‘Doa a Quem Doer' revela a entrevista exclusiva a uma mulher que conhece a família da vítima. “Um excelente rapaz”, era a opinião que muitos dos habitantes de Machico, no Funchal, tinham do agressor, antes das imagens em que se vê o bombeiro a agredir a mulher à frente do filho menor, começarem a circular na internet.  

Esportes
Lateral-esquerdo Caio Henrique retorna à seleção; Brasil enfrenta Chile e Bolívia pelas eliminatórias

Esportes

Play Episode Listen Later Aug 31, 2025 7:17


O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlo Ancelotti, convocou há poucos dias os jogadores para os dois últimos jogos do Brasil nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026. Esta foi a segunda convocação do técnico italiano, que está no comando da seleção pentacampeã do mundo há três meses. Marcio Arruda, da RFI em Paris A lista do treinador da seleção tem três jogadores que atuam na Ligue 1. Marquinhos, zagueiro do Paris Saint-Germain, Alexsandro, zagueiro do Lille, e Caio Henrique disputam esta temporada do campeonato francês. O lateral-esquerdo do Mônaco é uma das novidades da seleção brasileira, que vai enfrentar o Chile e a Bolívia. A última vez que ele vestiu a camisa amarelinha foi na goleada do Brasil sobre a Bolívia no Mangueirão, em Belém, por 5 a 1, há quase dois anos. De lá para cá, Caio Henrique sofreu uma séria contusão, se recuperou e voltou a ter grandes atuações. O lateral, que ganhou destaque no futebol com a camisa do Fluminense, conversou com exclusividade com a RFI e falou sobre a emoção que sentiu quando escutou Carlo Ancelotti falar o nome dele. “No dia da convocação a gente fica ansioso e com expectativa, mas estava muito tranquilo. Tinha na cabeça que se eu fosse chamado seria ótimo. Mas se eu não fosse, estaria tranquilo e continuaria trabalhando para, quem sabe, ser chamado nas próximas convocações. Graças a Deus deu tudo certo e eu fui chamado. No momento foi uma felicidade muito grande porque eu estava assistindo à convocação e comecei a receber as mensagens me parabenizando. Então, foi bem legal”, lembrou Caio Henrique. Presente de aniversário O lateral-esquerdo brasileiro, que inicia sua sexta temporada consecutiva no Mônaco, acabou de completar 28 anos. “Para mim, é um presente, não é só de aniversário, mas um presente por todo trabalho que eu faço aqui no Mônaco. É gratificante demais poder voltar à seleção. É sinal de que o trabalho está sendo bem feito, ainda mais depois da lesão no joelho que tive. Faz quase dois anos. É muito legal poder voltar neste momento e espero ajudar a seleção brasileira”, disse o lateral. Caio Henrique revelou um sonho, mas mantém os pés no chão. “A gente sonha em vestir a camisa da seleção e jogar no Maracanã. Imagina poder contar daqui a alguns anos que vesti a camisa da seleção no Maracanã. Seria fantástico! Mas antes, a gente vai ver nos treinamentos o desempenho de todos e o professor (Ancelotti) vai escolher quem estiver melhor para este jogo”, contou Caio Henrique. “Só queria chorar, gritar e pular” Quem também atua no futebol francês e foi convocado para esses dois jogos do Brasil foi Alexsandro. O zagueiro do Lille revelou que tinha esperança de ser lembrado por Ancelotti e disse que ficou muito contente com a oportunidade. “Era algo que eu esperava, mas, quando a gente vê o nome lá... Uau! Cara, eu só queria chorar, gritar, pular, mas não estava em casa, não estava com minha esposa, com minha filha, então não fiz isso. Estou muito feliz”, contou Alexsandro. Ancelotti quer conhecer de perto Paquetá Outra novidade na lista de Ancelotti é Lucas Paquetá. O meia ficou afastado da seleção porque estava sendo processado. O ex-jogador do Flamengo era suspeito de ter forçado o recebimento de cartões amarelos na Premier League (campeonato inglês) para beneficiar apostadores próximos a ele, que ganharam dinheiro em casas de apostas. Após um longo julgamento, a Associação de Futebol da Inglaterra absolveu o jogador. Paquetá, que joga no West Ham, da Inglaterra, não atua pela seleção brasileira desde novembro do ano passado. O técnico Carlo Ancelotti explicou o motivo da convocação do meia. “Paquetá tem muitas qualidades técnicas. É um meia muito importante que pode jogar em diferentes posições. Então, quero aproveitar este tempo para conhecê-lo melhor”, disse. Neymar fora; mais uma vez Durante a convocação, o treinador Carlo Ancelotti explicou o motivo de não ter chamado Neymar. “Neymar teve uma pequena lesão pelo Santos. Mas a verdade é que ele não precisa ser testado. Todo mundo conhece muito bem o Neymar. Ele, como todos os outros, tem de chegar com uma boa condição física para ajudar a seleção”, explicou Ancelotti. O treinador da seleção ressaltou que não abre mão do bom condicionamento dos atletas. “Um critério muito importante que a comissão considera é o aspecto físico. O atleta que joga na seleção tem de estar 100% fisicamente. Isso é um critério muito importante para a gente”, finalizou Ancelotti. Antes mesmo de os jogadores se apresentarem para o início dos treinos na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, o técnico precisou fazer quatro cortes: Vanderson, do Mônaco, Joelinton, do Newcastle (Inglaterra), Mattheus Cunha, do Manchester United (Inglaterra), e Alex Sandro, do Flamengo, foram dispensados porque estão lesionados. Para as vagas deles, Carlo Ancelotti chamou apenas três jogadores: Jean Lucas, do Bahia, Samuel Lino, do Flamengo, e Vitinho, do Botafogo. A seleção brasileira vai encarar o Chile no próximo dia 4 de setembro, no Maracanã, e a Bolívia no dia 9, na altitude de 4.100 metros da cidade boliviana de El Alto. Pensando nos próximos adversários O planejamento do Brasil até o início da Copa do Mundo já começou. O coordenador de seleções da CBF, Rodrigo Caetano, revelou os planos da equipe até a Copa. "Depois de confirmados os amistosos contra Coreia e Japão em outubro, nossa ideia é enfrentar seleções africanas em novembro e seleções europeias de nível 'A' em março e junho. Isso faz parte do planejamento da seleção brasileira visando à Copa do Mundo. Nós entendemos que enfrentarmos diferentes escolas mundiais vai trazer uma experiência boa para a seleção", revelou o diretor de seleções. A CBF anunciou as datas dos dois amistosos de outubro: o primeiro será no dia 10 contra a Coreia do Sul, em Seul, e o segundo está marcado para o dia 14 diante do Japão, em Tóquio.  O Brasil já garantiu vaga na Copa do Mundo de 2026. O Mundial do próximo ano será disputado entre os dias 11 de junho e 19 de julho nos Estados Unidos, México e Canadá. O sonho dos torcedores é que, assim como aconteceu em 1994 nos Estados Unidos, quando o Brasil encerrou um jejum de 24 anos sem conquistar uma Copa, em 2026, essa longa espera – curiosamente de 24 anos também – chegue ao fim e o Brasil conquiste o hexa.

Graça Pura
Manual para o Beleléu

Graça Pura

Play Episode Listen Later Aug 30, 2025 9:38


Arranjo musical e voz por inteligência artificial.Letra By André Pimentel.Manual Prático para o Beleléu"Atenção, atenção! Garanta já o seu passaporte para a grande fuga! Abandone sua vida, ignore o seu chamado, desista do seu trabalho! O fim está próximo, e a nossa promoção é imperdível! Não se responsabilize por nada, apenas... espere."De segunda a sexta, um nó no juízoNo grupo da igreja, mais um "aviso"A lua de sangue, o boato, o sinal...Meu casamento em modo funeralEla diz que eu não tenho a "visão" corretaQue eu cuido da horta, da conta, da metaQue em vez de vigiar o código de barrasEu tô consertando as cercas e as amarrasEla fez as malas, vendeu nosso carroDisse que Jesus não a quer nesse "barro"Deixou um bilhete, seco e sem amor:"Te encontro no céu, se você subir, for..."Lembra do Ricardo? Aquele engenheiro?Tinha um ministério, um dom verdadeiroLargou a família, a planta, o projetoPra ir pro deserto, buscar o "decreto"Um "profeta" online, com cara de anjoVendeu pra ele um lote no "rancho"Onde os "escolhidos" iriam ficarVendo o mundo inteiro pegar fogo do arA esposa em prantos, o filho com febreMas a fé do Ricardo era agora uma lebreCorrendo cega pra uma armadilhaMorreu de abandono no fim dessa trilha.Eles te dão um mapa pra JerusalémMas te proíbem de ser um bom cidadão em BelémTe ensinam a ler as estrelas no breuMas te esquecem do Gênesis que Deus te deu:"Domine a Terra, governe o que é seu!"Mas quem vive pra fuga já se corrompeu.Atenção, galera, o show vai começar!Comprando ingresso pra nunca chegarDeixando a vida, a família, o troféu...É o manual prático pro beleléu!Hey! Ho! Ninguém vai te salvarSe a ordem de agora era só pra cuidarO Reino que é "já" você nunca mais vê...Se continuar nessa, vai pro beleléu, você!https://suno.com/song/3e6e29e6-4866-4a44-b8b7-00e499b491bf

CEI DE CABO FRIO
Entre a CULPA e a GRAÇA - Pr. Glauter Ataide

CEI DE CABO FRIO

Play Episode Listen Later Aug 29, 2025 47:59


Nesta mensagem, o Pr. Glauter Ataide, com o texto em Atos, capítulo 3, versículos 11 ao 19, nos traz uma reflexão sobre recomeço.O texto acima, nos mostra Pedro, agora cheio do Espírito Santo, pregando ousadamente após o milagre do coxo curado na porta do templo. Ele declara ao povo que aquele milagre não aconteceu por mérito humano, mas pelo poder de Jesus, o mesmo que havia sido rejeitado e crucificado por eles. Pedro não esconde a culpa: “Vós matastes o Autor da vida” (v.15). Porém, imediatamente, ele aponta para a graça: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados” (v.19).Pedro nos ensina que a mensagem do evangelho não é esconder a culpa, mas trazê-la à luz para que seja coberta pela graça. Ele mesmo sabia o que era carregar o peso da culpa. Tinha negado Jesus três vezes, quando mais o Senhor precisava de sua fidelidade. O olhar de Jesus após a negação foi como um espelho da alma, revelando a dor de sua falha. Pedro chorou amargamente, mergulhando no abismo da culpa.Mas o Cristo ressurreto o reencontra à beira do mar e, em um diálogo restaurador, pergunta-lhe três vezes: “Pedro, tu me amas?”. Para cada negação, uma oportunidade de reafirmação. Para cada queda, uma nova chance de recomeçar. E, junto ao amor restaurado, a missão: “Apascenta as minhas ovelhas”. A graça não apenas perdoa, ela restaura e envia.Assim como Pedro, também nós oscilamos entre a culpa de nossas falhas e a graça do perdão de Cristo. A culpa nos acusa, nos paralisa e nos prende ao passado. A graça nos liberta, nos dá nova identidade e nos convida a continuar.Pedro, que antes se acovardara diante de uma simples criada, agora, cheio da graça, se levanta diante de toda a multidão e proclama ousadamente o nome de Jesus. É a transformação que só a graça pode operar: de negador a pregador, de fracassado a pastor de vidas.Aplicação para nós: Quando o pecado ou as falhas nos acusarem, precisamos lembrar: a culpa nos mostra a necessidade, mas a graça nos aponta a saída.A graça não apenas apaga o passado, mas nos entrega uma missão para o futuro.Se Pedro, que negou, foi restaurado e enviado, nós também podemos experimentar o mesmo.Entre a culpa e a graça, escolha a graça. Pois onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5:20).Se esta mensagem edificou a sua vida, curta e compartilhe com mais pessoas.Deus te abençoe!

Som a Pino Entrevista
Arthur Nogueira: 'Eu nunca tinha estado diante de um ato de tanta coragem'

Som a Pino Entrevista

Play Episode Listen Later Aug 28, 2025 31:05


Roberta Martinelli conversa com Arthur Nogueira sobre Antônio Cícero, poesia e vida.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entendendo a Bíblia
Jesus tinha qual idade quando morreu?

Entendendo a Bíblia

Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 12:21


Episódio do dia 21/08/2025, com o tema "Jesus tinha qual idade quando morreu?" Apresentação: Itamir Neves, André Castilho e Renata Burjato. Pergunta do dia: Jesus tinha qual idade quando morreu? Já ouvi muitas teorias, mas parece que o texto não é claro. Redes Sociais Instagram: @rtmbrasil@itabeti@acastilhortm Site: www.rtmbrasil.org.br WhatsApp da RTM - (11) 97418-1456See omnystudio.com/listener for privacy information.

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 262: Renting a Car

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Aug 20, 2025 45:51


Para saber demais informações e participar do clube de conversação depois do expediente, siga o link: ⁠⁠⁠⁠https://portuguesewitheli.com/cah⁠⁠⁠⁠ If you’d like to help our podcast, consider leaving us a review (Apple and Spotify). Or, alternatively, you can also make a small donation that will be used to cover costs and buy more books for me to research for the podcast

Para dar nome às coisas
S07EP290 - O que eu falo, o que você entende

Para dar nome às coisas

Play Episode Listen Later Aug 20, 2025 23:06


A gente tinha chegado cedo na cidade, mas não tão cedo ao ponto de pegar o café da manhã da pousada, então a gente deixou as malas no quarto e foi procurar um lugar em que a gente pudesse comer. Na rua, tinham algumas padarias, e a gente acabou entrando numa que tinha cara de fazer bem pão na chapa.Escolhemos uma mesa e sentamos. Pedi pão com ovo mexido e um cafezinho preto. Mas quando terminei de comer, senti vontade de tomar uma vitamina. Então peguei o cardápio e comecei a procurar. Tinha várias coisas - café, capuccino, chá, mas vitamina não tinha. Mesmo assim, chamei o dono que estava por perto e perguntei: moço, vocês têm vitamina? E o que rolou depois me rendeu uma reflexão maravilhosa sobre as relações e aquilo que acontece entre o que a gente fala e o que o outro entende.É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?edição: @‌valdersouza1 identidade visual: @‌amandafogacatexto: @‌natyopsMEU LIVRO: https://amzn.to/3HJ6e6jApoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisasPalestra Rio de Janeiro:https://www.sympla.com.br/evento/natalia-sousa-no-rio-de-janeiro-palestra-medo-de-dar-certo/3010972?referrer=www.google.comPalestra Belo Horizonte:https://www.sympla.com.br/evento/natalia-sousa-em-belo-horizonte-palestra-medo-de-dar-certo/3040757?referrer=www.google.com

Um Género de Conversa
Filipa Martins: "Não tinha capacidade para pagar uma renda de casa"

Um Género de Conversa

Play Episode Listen Later Aug 19, 2025 43:06


Filipa Martins começou a competir na ginástica aos 4 anos de idade. Hoje, é considerada a segunda melhor ginasta da Europa, a primeira portuguesa a classificar-se para uma final de All Around nos Jogos Olímpicos e também é a única que tem um elemento com o seu nome.

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. Luís Pinheiro de Almeida: “Otelo tinha um coração magnífico e era amigo. Mas ingénuo”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Aug 18, 2025 53:40


Passou a noite do 25 de abril a chorar agarrado à G3, no quartel de Mafra. Fez a primeira greve nas forças armadas. Foi corrido à pedrada nas campanhas de dinamização do MFA no Alentejo, por estar a tirar emprego aos locais. Luís Pinheiro de Almeida recorda a censura e a pancadaria quando o PCP tomou conta da sua agência noticiosa, onde trabalhava como jornalista ao mesmo tempo que era assessor de imprensa de Otelo. No dia 25 de novembro parecia um pistoleiro mexicano todo armado quando foi visitar o pai, que fazia anos: “Parabéns, pai, não posso ficar, estou em guerra”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trip FM
LFG: Asdrúbal, Normais, álcool, família e 75 anos

Trip FM

Play Episode Listen Later Aug 15, 2025


Luiz Fernando Guimarães fala de carreira, do grupo Asdrúbal, de “Os Normais”, do alcoolismo e da família Provocar risos sempre foi fácil para Luiz Fernando Guimarães. Mas no Trip FM, o humor divide espaço com histórias de liberdade, transformação e afeto. Aos 75 anos, o ator nutre um carinho especial por seu sítio em Itaguaí (RJ) onde passa os fins de semana com o marido, Adriano Medeiros, e os filhos, Olívia e Dante. “Jamais imaginei que eu, como ator ansioso, fosse prestar atenção numa plantinha que crescia. Hoje tenho uma casa do jeito que quero, com mato, bichos passando, cavalo metendo a cabeça na sala.” No papo com Paulo Lima, ele fala sobre a vida longe dos palcos, a superação do alcoolismo, a amizade de décadas com Fernanda Torres e a nostalgia de produções marcantes. “‘Os Normais' é celebrado porque simboliza homens e mulheres de qualquer época — e nada dava certo, o que é libertador para o público. ‘TV Pirata' não era sobre politicamente correto, era sobre televisão e comportamento. E continua engraçada até hoje.” O programa fica disponível no Spotify e no site da Trip! [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/08/689f6a4644ee8/luiz-fernando-guimaraes-ator-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Ian Costa / Divulgação; LEGEND=O ator e humorista brasileiro Luiz Fernando Guimarães ; ALT_TEXT=O ator e humorista brasileiro Luiz Fernando Guimarães ] O que mudou na sua vida depois de adotar o Dante e a Olívia? Luiz Fernando Guimarães. Não foi de supetão. Fomos à Amazônia, conhecemos, choramos, passeamos. Voltamos pra casa certos: são eles. Mudaram nossas vidas. Sempre fui cuidador, mas com pouca prática. Agora exerço essa função todos os dias. Acordo pensando neles. No nosso caso, somos pais e mães ao mesmo tempo. Você já disse que nunca “saiu do armário” porque nunca entrou. Como enxerga essa questão? Nunca fiquei na moita. Nunca tive problema com isso. Quando uma repórter me perguntou, falei naturalmente: “Sou homossexual, sou casado com tal pessoa”. E pronto. Não tinha como esconder, nem por que esconder. Um jornal publicou “Luiz Fernando sai do armário”, mas eu nunca entrei. O que explica o sucesso duradouro de “Os Normais”? O Rui simbolizava os homens, a Vani simbolizava as mulheres. E nada dava certo na vida deles. Isso é libertador para o público, que ri de si mesmo. Tinha uma química muito boa entre eu e a Fernanda, e o programa pegava porque era sobre casal, mas podia ser sobre qualquer casal, de qualquer época.

História de Imigrante
137. Achei Que Ele Tinha me Esquecido

História de Imigrante

Play Episode Listen Later Aug 14, 2025 23:55


Curso: Encontrando seu centro 1https://go.hotmart.com/O101060157K?dp=1Curso: Encontrando seu centro 2https://go.hotmart.com/F101124360X?dp=1Ela foi criada para casar, passou 33 anos em um relacionamento abusivo e nunca sequer sonhou em sair do sertão de Pernambuco. Mas um "Hi" no Facebook, 15 anos depois de um encontro improvável com um americano, mudou tudo. ✈️❤️Nessa história real, Adriana enfrenta o medo, a culpa, a imigração americana... e uma nova chance de amor — aos quase 50 anos. Entre orações, malas, salinha da imigração e choques culturais, ela descobre o que é ser amada de verdade — e o quanto precisou lutar para acreditar que merecia isso.**É imigrante e tem história pra contar? Então manda pra gente.Whats app: +1 650.834.9209Instagram: @historiadeimigranteE-mail: historiadeimigrante@gmail.com

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. “Balsemão tinha uma santa aliança no Expresso com o MRPP”. Maria João Avillez, parte II

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Aug 11, 2025 40:09


Vasco Lourenço, estremunhado, em pijama, a dizer-lhe que “o Fabião borregou”. O sogro que pôs uma gravata preta pela perda de Angola. As noitadas à espera do fim das reuniões do Conselho da Revolução. A nostalgia pelo fim do maior espectáculo que viu na sua vida — o frenético ano de 1975. E a crítica a Eanes: “Hoje é um Deus, não é? Mas eu lembro-me como ele fez a vida negra a Sá Carneiro, a Balsemão e a Mário Soares. Nunca fui uma fã”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Café & Corrida
NÃO AVISARAM os CORREDORES que a PROVA tinha sido CANCELADA?

Café & Corrida

Play Episode Listen Later Aug 10, 2025 14:14


Inacreditável! muita gente foi para Marília para correr a maratona que foi cancelada, Sorocaba tem outro dia de assalto à corredores, Mais uma mulher sobe no pódio fazendo um homem correr em seu lugar, assessoria viajando na maioneses no Instagram.#CriadorPorEsporte #corridaderuabrasil #corredoresderua #corridaderua #corrida #corredores #maratona #fraude

Santa Zuera
279 - Esse livro tinha tudo para ser ruim } Santa Zuera

Santa Zuera

Play Episode Listen Later Aug 7, 2025 122:56


E aiiiiiii Diooooovens!! No episódio de hoje, vamos falar sobre aqueles livros que a gente começa a ler sem muita expectativa — ou até com um certo preconceito — mas que acabam nos surpreendendo de um jeito profundo!

Amorosidade Estrela da Manhã
Vídeo - NÃO RECLAMEM, POIS DEUS AMENIZOU MUITO, POIS SE FOSSE PELO TEU AMIGUINHO ESPÍRITO, QUE TU PREZA TANTO, TU JÁ TINHA PASSADO NUM GRANDE MOEDOR DE CARNE

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 31, 2025 6:22


Amorosidade Estrela da Manhã
Áudio - NÃO RECLAMEM, POIS DEUS AMENIZOU MUITO, POIS SE FOSSE PELO TEU AMIGUINHO ESPÍRITO, QUE TU PREZA TANTO, TU JÁ TINHA PASSADO NUM GRANDE MOEDOR DE CARNE

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 31, 2025 6:22


Mix Tudo
31.07.25 - Medos que a gente tinha na infância

Mix Tudo

Play Episode Listen Later Jul 31, 2025 31:22


Rádio Comercial - Momentos da Manhã
Eu para reparar tinha de ter os olhos abertos.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 28, 2025 3:48


Disparates, asneiras e vingança!

Caixa de Música
GABRIEL PRADO: “Sempre senti que Deus tinha um chamado para a minha vida”

Caixa de Música

Play Episode Listen Later Jul 28, 2025 12:04


O Caixa de Música é exibido na TV Novo Tempo de segunda a quinta às 18h e, aos sábados, às 12h.Curta e siga o Caixa de Música nas redes sociais: Instagram: ⁠https://www.instagram.com/caixademusica/⁠Facebook:⁠ https://www.facebook.com/CaixadeMusica/⁠X: ⁠https://x.com/caixademusica

WGospel.com
Ele tinha apenas um talento!

WGospel.com

Play Episode Listen Later Jul 27, 2025 5:21


TEMPO DE REFLETIR 01473 – 27 de julho de 2025   Mateus 15:18 – Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o […]

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Moraes não queria recuar, mas tinha, e o fez de modo confuso"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025 24:55


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu uma “irregularidade isolada” e, portanto, não caberia decretar prisão preventiva. Moraes afirmou no despacho que a “JUSTIÇA É CEGA MAS NÃO É TOLA!!!!!”. Na semana passada, Moraes impôs uma série de medidas cautelares de Bolsonaro – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de frequentar redes sociais. Diante da divulgação de declarações de Bolsonaro em plataformas da internet, Moraes pediu explicações aos advogados. "Essa decisão soou como recuo mas, se o é, é envergonhado, de quem não quer, quem está engolindo seco. É muito confuso; Moraes não queria recuar, mas tinha, e o fez de modo confuso. O ministro certamente não queria bater de frente com a imprensa nacional ou ser acusado fora da bolha bolsonarista de censura, além de não poder continuar dando tudo que o ex-presidente queria - se vitimizar", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Moraes não queria recuar, mas tinha, e o fez de modo confuso"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025 24:55


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu uma “irregularidade isolada” e, portanto, não caberia decretar prisão preventiva. Moraes afirmou no despacho que a “JUSTIÇA É CEGA MAS NÃO É TOLA!!!!!”. Na semana passada, Moraes impôs uma série de medidas cautelares de Bolsonaro – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de frequentar redes sociais. Diante da divulgação de declarações de Bolsonaro em plataformas da internet, Moraes pediu explicações aos advogados. "Essa decisão soou como recuo mas, se o é, é envergonhado, de quem não quer, quem está engolindo seco. É muito confuso; Moraes não queria recuar, mas tinha, e o fez de modo confuso. O ministro certamente não queria bater de frente com a imprensa nacional ou ser acusado fora da bolha bolsonarista de censura, além de não poder continuar dando tudo que o ex-presidente queria - se vitimizar", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Caixa de Música
LÉO OLIVEIRA: “Passei por um momento em que eu só tinha Deus”

Caixa de Música

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025 12:34


O Caixa de Música é exibido na TV Novo Tempo de segunda a quinta às 18h e, aos sábados, às 12h.Curta e siga o Caixa de Música nas redes sociais: Instagram: ⁠https://www.instagram.com/caixademusica/⁠Facebook:⁠ https://www.facebook.com/CaixadeMusica/⁠X: ⁠https://x.com/caixademusica

Serviço Público - Bloco de Notas
Emissão Especial - O 25 de Abril de Carlos Melo Ribeiro

Serviço Público - Bloco de Notas

Play Episode Listen Later Jul 23, 2025 45:04


Tinha 20 anos em 1974. No primeiro comício do CDS,em Lisboa, no Teatro São Luís, uma bala perdida entrou-lhe entre o entre a pele e a caixa craniana. É um dos mais de 50 sobrinhos do General Galvão de Melo.

Serviço Público - Bloco de Notas
Emissão Especial - O 25 de Abril de Pacheco Pereira 1ªparte

Serviço Público - Bloco de Notas

Play Episode Listen Later Jul 21, 2025 36:26


Tinha 25 anos em 1974. Foi maoista de primeira geração quando aconteceu o 25 de Abril. Apoiou Soares em 86, foi o ideólogo de Cavaco. Diz que se identifica com o PSD original.

Horizontes: Reflexão e Devoção para vida
| EXPRESSÕES de piedade: Exposição de Lucas 2.36-38!

Horizontes: Reflexão e Devoção para vida

Play Episode Listen Later Jul 19, 2025 33:05


Ana foi uma mulher que participou do cenário que envolveu o nascimento de Jesus e seus primeiros dias na Terra.Lucas em sua pesquisa deve ter ouvido acerca de Ana e decidiu inserir sua história em apenas poucas linhas de seu evangelho.É bem característico de Lucas dar visibilidade à pessoas que, na sua compreensão, serviam de modelo a ser imitado...Ele faz muito isso em Atos também, usando vidas exemplares como Barnabé, Cornélio e outros.Numa cultura predominantemente machista e dentro da narrativa acerca da apresentação de Jesus no Templo, onde Simeão é protagonista, apresentado como um homem que “era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel; e [...] tinha recebido uma revelação do Espírito Santo de que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor” (v.25,26) – Ana é mencionada como participante, destacando algumas de suas virtudes.O que Lucas fala a respeito dela?• O nome, que era Ana,• Era filha de Fanuel, • Era judia da tribo de Aser (do heb. Asher), • Tinha 84 anos • Foi casada por apenas 7 anos com o único marido que teve• Lucas a chama de profetizaPor ser a Bíblia um livro que cremos ser inspirado, jamais devemos pensar que uma história como essa foi incluída na narrativa de Lucas sem razão.Lucas não faz toda essa biografia dessa mulher apenas por fazer. – Ele põe diante dos nossos olhos um exemplo a ser imitado!E ela é apontada como um modelo de vida piedosa!#igrejabatista #igrejanaoelugar #somosalife #reflexão #piedade #vidapiedosa

Fórum Onze e Meia
Bolsonaro tinha 10 mil dólares em casa, pronto pra fugir | Fórum Onze e Meia | 18.07.25

Fórum Onze e Meia

Play Episode Listen Later Jul 18, 2025 119:26


Audio Contos Gays
Tinha o sono pesado, ficou arrombado

Audio Contos Gays

Play Episode Listen Later Jul 10, 2025 5:28


Um dia um amigo meu precisou dormir em casa. Quando acordei durante a noite, vi aquela bundinha e não resisti.

Alta Definição
Ricardo Castro: “O meu pai tinha ataques psicóticos. Uma vez fui passear a cadela, cheguei a casa e de repente estava a bater-me. Bateu-me muito, a partir daí deixei de lhe falar”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Jul 5, 2025 54:10


Ricardo Castro, ator de 46 anos, mais conhecido por protagonizar “O Prédio do Vasco” é o convidado de Daniel Oliveira, no Alta Definição. O ator recorda a infância atribulada, com o alcoolismo do pai e a fragilidade da mãe, num contexto de violência em que teve de crescer mais depressa. “O alcoolismo é uma adição terrível, torna as pessoas más, afasta as famílias. Adoeceu a minha mãe, ficou a depender de antidepressivos”, reforça. Ricardo Castro aborda ainda a transformação que fez na sua vida, após ter sido pai. Decidiu perder peso para poder estar presente na vida da filha o mais possível. “Ser gordo custa, não é fácil. A sociedade acha que não trabalhas, que só queres comer pão com marmelada. Há bullying na escola e na televisão, acham que só podes ter o papel de motorista, aqueles estereótipos. Isso tem de mudar”, explica. Ouça aqui o Alta Definição em podcast, emitido na SIC a 5 de julho.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
Senti que alguém já o tinha mastigado.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Jun 30, 2025 4:03


Uma manhã de muito calor, com muitos doces, croquetes mastigados e sardinhas assadas em 2007.

Explicador
Anjos vs Joana Marques. Tribunal tinha de aceitar o caso?

Explicador

Play Episode Listen Later Jun 30, 2025 19:23


O advogado Rogério Alves defende que o vídeo partilhado pela humorista Joana Marques não representa um crime. O juiz desembargador jubilado Eurico Reis recusa que deva haver estigma em torno do caso.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trip FM
Jota.Pê: do medo da polícia aos 3 Grammys

Trip FM

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025


Revelação da MPB, o artista fala sobre racismo, redes sociais, resistências e desistências “Na primeira vez que fiz mercado com dinheiro que ganhei tocando violão, eu chorei. Porque ouvi a vida inteira que música não dava dinheiro”, disse o cantor e compositor Jota.Pê. No Trip FM, ele compartilha detalhes de sua trajetória artística, das noites tocando para ninguém em bares ao Grammy Latino. Nascido em Osasco (SP), o artista participou do The Voice Brasil em 2017 e, apesar de não ter vencido o programa, conquistou em 2024 três estatuetas do Grammy Latino — entre elas, a de Melhor Canção em Língua Portuguesa por Ouro Marrom. A música nasceu da raiva, mas virou força: “Comecei escrevendo a letra com raiva, mas lembrei que a negritude não é só dor. Também somos celebração, cultura, saber. No fim, a música diz: que a gente suba o tom se for preciso, mas que nossas filhas vejam mais amor do que nós.” No papo com Paulo Lima, Jota.Pê fala com franqueza sobre os desafios de viver de arte no Brasil. “Existe um tipo de sorte que acontece quando o talento encontra uma oportunidade. E essas oportunidades estão sempre na mão das mesmas pessoas. Até a gente virar esse jogo, vai demorar muito”, reflete. O artista também compartilhou episódios marcantes de sua vida, como o racismo e a violência policial que sofreu na adolescência: “Eu tinha uns 13 anos e estava indo comprar pão quando fui parado pela polícia com uma arma apontada para a minha cabeça. Foram 15 minutos tentando convencer que eu só estava indo à padaria. Aquilo moldou muita coisa em mim.” O programa fica disponível no Spotify e no play aqui em cima. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/06/685efd21607f1/jotape-musica-artista-cantor-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Dani Ferreira / Divulgação ; LEGEND=Jota.Pê (@jota.peoficial), cantor e compositor; ALT_TEXT=Jota.Pê (@jota.peoficial), cantor e compositor] Você tentou não ser músico. O que fez você desistir de desistir? Jota.Pê. Cara, eu realmente tentei muito não ser músico. Fiz faculdade de design, publicidade, trabalhei em gráfica, produtora de vídeo, na IBM… Mas não era bom em nada disso como sou tocando violão. Chegou um ponto em que pensei: a música vai ter que me dar dinheiro mesmo, porque eu não sou feliz fazendo outra coisa. Tinha que dar certo, não tinha outra opção. Na música “Ouro Marrom”, você transformou a raiva em outra coisa. Como foi esse processo? Foi exatamente isso. Eu comecei escrevendo com raiva — porque ser preto no Brasil traz indignação. Mas me lembrei que a gente não é só dor, somos também celebração, cultura, saber. Fiz questão de manter as duas coisas, mas no final deixar a mensagem: a gente enfrenta e vai ser feliz sim; que a gente suba o tom se for preciso, mas que nossas filhas vejam mais amor que nós. Você acha que só talento basta? Tem uma frase que parece de coach, mas eu acredito muito: existe um tipo de sorte que acontece quando o talento encontra uma oportunidade. Conheço artistas geniais que desistiram porque, se fossem tocar naquele barzinho de graça, no dia seguinte não comiam. Eu tive o privilégio de ter pai e mãe, uma casa pra voltar, alguém que dissesse “vem gravar, paga como puder”. Sem oportunidade, a gente não chega lá.

99Vidas - Nostalgia e Videogames
99Vidas 672 - Como eram os Aniversários Infantis nos anos 80 e 90

99Vidas - Nostalgia e Videogames

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 98:05


Jurandir Filho, Felipe Mesquita, Evandro de Freitas e Bruno Carvalho batem um papo sobre momentos muito especiais. Quem viveu a infância nos anos 80 e 90 guarda na memória um tipo muito especial de aniversário infantil. As festas daquela época tinham um charme simples, mas carregado de emoção, alegria e, acima de tudo, autenticidade. Eram eventos caseiros, com muita participação da família, e recheados de tradições que marcaram uma geração inteira. Não havia animadores profissionais, brinquedões de shopping ou telas por todo lado. As brincadeiras eram simples, mas muito divertidas. Tinha dança das cadeiras, estátua, corrida do saco, cabo de guerra e a clássica batata quente. Quando a festa era no quintal ou na garagem, a criançada se virava com esconde-esconde, pega-pega ou futebol improvisado com chinelo como trave. A interação era direta, olho no olho, com risadas genuínas e joelhos ralados.O cardápio era quase sempre o mesmo — e isso era maravilhoso. Brigadeiro enrolado na mão, beijinho com cravo-da-índia, cajuzinho, gelatina colorida em copinhos, pipoca na panela, cachorro-quente com purê e batata palha, guaraná direto da garrafa de vidro e aquele bolo fofo coberto com glacê bem doce, recheado com doce de leite ou brigadeiro, com confetes por cima. Tudo feito pela mãe, avó ou tia, com aquele toque de carinho que só elas sabiam dar. O som da festa era garantido por uma fita K7 ou um vinil tocando na vitrola. As trilhas sonoras iam de Balão Mágico, Trem da Alegria, Xuxa, Eliana e Mara Maravilha até os temas de desenhos como “He-Man”, “She-Ra”, “Cavaleiros do Zodíaco” e “Ursinhos Carinhosos”.Os aniversários dos anos 80 e 90 eram verdadeiras celebrações da infância. Simples, barulhentos, caseiros e cheios de amor. Era uma alegria que não precisava de muito para acontecer. Hoje, temos outros recursos e possibilidades, mas aquela essência das festas antigas — a da brincadeira pura, da comida feita em casa e da música que embala até hoje nossa memória — continua insubstituível.Esse é mais um episódio do Estilo 99Vidas!- ALURA | Estude na Alura, a maior escola de tecnologia on-line do Brasil! Acesse o nosso link e ganhe 15% de desconto na matrícula! https://alura.com.br/99vidas 

99Vidas - Nostalgia e Videogames
99Vidas 672 - Como eram os Aniversários Infantis nos anos 80 e 90

99Vidas - Nostalgia e Videogames

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 98:10


Jurandir Filho, Felipe Mesquita, Evandro de Freitas e Bruno Carvalho batem um papo sobre momentos muito especiais. Quem viveu a infância nos anos 80 e 90 guarda na memória um tipo muito especial de aniversário infantil. As festas daquela época tinham um charme simples, mas carregado de emoção, alegria e, acima de tudo, autenticidade. Eram eventos caseiros, com muita participação da família, e recheados de tradições que marcaram uma geração inteira. Não havia animadores profissionais, brinquedões de shopping ou telas por todo lado. As brincadeiras eram simples, mas muito divertidas. Tinha dança das cadeiras, estátua, corrida do saco, cabo de guerra e a clássica batata quente. Quando a festa era no quintal ou na garagem, a criançada se virava com esconde-esconde, pega-pega ou futebol improvisado com chinelo como trave. A interação era direta, olho no olho, com risadas genuínas e joelhos ralados.O cardápio era quase sempre o mesmo — e isso era maravilhoso. Brigadeiro enrolado na mão, beijinho com cravo-da-índia, cajuzinho, gelatina colorida em copinhos, pipoca na panela, cachorro-quente com purê e batata palha, guaraná direto da garrafa de vidro e aquele bolo fofo coberto com glacê bem doce, recheado com doce de leite ou brigadeiro, com confetes por cima. Tudo feito pela mãe, avó ou tia, com aquele toque de carinho que só elas sabiam dar. O som da festa era garantido por uma fita K7 ou um vinil tocando na vitrola. As trilhas sonoras iam de Balão Mágico, Trem da Alegria, Xuxa, Eliana e Mara Maravilha até os temas de desenhos como "He-Man", "She-Ra", "Cavaleiros do Zodíaco" e "Ursinhos Carinhosos".Os aniversários dos anos 80 e 90 eram verdadeiras celebrações da infância. Simples, barulhentos, caseiros e cheios de amor. Era uma alegria que não precisava de muito para acontecer. Hoje, temos outros recursos e possibilidades, mas aquela essência das festas antigas — a da brincadeira pura, da comida feita em casa e da música que embala até hoje nossa memória — continua insubstituível.Esse é mais um episódio do Estilo 99Vidas!- ALURA | Estude na Alura, a maior escola de tecnologia on-line do Brasil! Acesse o nosso link e ganhe 15% de desconto na matrícula! https://alura.com.br/99vidas 

Trip FM
A elegância do samba tem nome: Péricles

Trip FM

Play Episode Listen Later May 23, 2025


O artista fala sobre o ABC, fase pós-Exaltasamba, impacto do álcool, perda de 50kg, reencontro com Angola e o envelhecer “Aos 55 anos, encaro a finitude como algo inevitável. A certeza é que a gente vai permanecer de alguma forma, seja através dos filhos, da obra, dos frutos que deixamos. Quando pensamos assim, a morte deixa de ser um tabu", diz Péricles. Dono de uma das vozes mais marcantes do samba e do pagode brasileiros, ele bateu um papo sincero com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, que vai muito além da música, Péricles fala sobre saúde, paternidade, racismo, espiritualidade, reinvenção e legado – sempre com a generosidade de quem não tem medo de se mostrar por inteiro. O artista também relembra sua infância no ABC paulista e divide momentos delicados como o impacto do álcool em sua vida. “A bebida por muito tempo foi uma fuga. Mas não dá pra você se esconder nisso durante muito tempo porque a vida segue e você tem que continuar, senão fica para trás”, afirma. O músico também compartilha a experiência emocionante de uma viagem a Angola – um reencontro com suas raízes: “Era como se as pessoas fossem meus primos, meus irmãos. Minha família veio de Angola, é algo que mexe muito com a gente. Mas aqui é o meu lugar, foi onde eu nasci. E é aqui que eu tenho que fazer a minha revolução." [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/682f838d07b3b/pericles-cantor-samba-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Rodolfo Magalhãe / Divulgação; LEGEND=Péricles; ALT_TEXT=Péricles] Você já falou sobre a importância de parar para se cuidar. Quando isso virou uma urgência para você? Péricles. Eu precisava parar para poder me cuidar. A gente entrou numa... como é que eu posso dizer... a gente estava no olho do furacão, emendando um trabalho no outro, e eu não conseguia parar. Quando a Maria Helena nasceu, eu entendi que precisava ter saúde para cuidar dela. Como foi passar por isso durante a pandemia? Eu peguei Covid, como várias outras pessoas. Na primeira vez, fiquei 20 dias isolado, sem falar com ninguém. Assim que melhorei, minha esposa ficou mais 15 dias isolada. E tudo isso aconteceu bem na época do nascimento da nossa filha. Foi aí que você decidiu mudar de vida? Sim. Foi nesse momento que a gente reciclou as ideias. Comecei a me cuidar mais, com acompanhamento médico. E aprendi que não existe fórmula mágica: alimentação, exercício e cuidado médico. Esse é o tripé. Não conheço outra forma de vencer. Você cresceu no ABC paulista. Como foi esse ambiente na sua formação? Fui criado num bairro perto de várias saídas do ABC para São Paulo. Tinha de tudo: espanhóis, italianos, nordestinos, negros. E a gente era criado igual. Só anos depois fui entender o que era o preconceito. Na infância, isso não existia pra gente. Você já falou abertamente sobre o álcool. Como foi esse processo? Bebi muito. Durante um tempo, a bebida foi uma fuga. Mas a verdade é que isso não funciona. Quando você começa a perder rendimento, percebe que essa fuga não resolve. Você acorda todo dia e a vida continua. Se você não continua também, fica pra trás.

Histórias para ouvir lavando louça
Ele é um homem trans que decidiu gestar a própria filha

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later May 22, 2025 5:35


“Se engravidou é porque tem útero. Então não é homem.” Lucas ouviu isso mais vezes do que gostaria. Mas não deixou que esse tipo de frase apagasse quem ele é. Ele escolheu viver a gestação sendo um homem trans com amor e coragem.Lucas conheceu o Vinicius pela internet. Conversavam bastante, viraram amigos, mas ele sempre adiava o encontro. Depois, marcaram de se ver. Lucas conheceu os quatro filhos dele, e o que era amizade virou amor.Ele nunca tinha se imaginado gestando. Tinha medo do que os outros pensariam, de como seria visto. “Será que vão me enxergar como mulher? Será que vão apagar o homem trans que sou?”Mas a vida não pergunta. Um dia, no trabalho, uma amiga tirou da mochila um teste de gravidez. Deu positivo. Uma linha forte, outra mais fraca. Lucas mandou a foto pra mãe, sem entender nada. “O que é isso aqui, mãe?” A resposta veio com um susto. E com um começo.No posto de saúde, foi acolhido. O médico o tratou com respeito desde o primeiro dia. Explicou todas as mudanças que aconteceriam no corpo. Nunca o desrespeitou. Lucas foi o primeiro homem trans do Rio de Janeiro a participar do Transgesta, projeto pioneiro do SUS que oferece cuidado especializado e acolhimento para pessoas trans gestantes. Durante a gestação, a falta dos hormônios fizeram com que sua barba caísse, sua imagem não era a que ele queria ver, mas ele seguiu. Escolheu focar no que importava: a chegada da filha.No dia do parto de Cecília, o anestesista perguntou se ele queria ouvir alguma música. Ele escolheu Cigarra, de Simone e Milton Nascimento, a música da bebê. E foi ouvindo essa canção que ela chegou ao mundo. Chorou antes mesmo de sair. Quando foi colocada em seu peito, pegou o seio de primeira.O nascimento de Cecília saiu em páginas de notícia. E também virou alvo de comentários cruéis. “Homem não engravida.” Mas Lucas não se deixou afetar. “Se você absorver tudo o que as pessoas falam, você deixa de viver sua vida do seu jeito."

Brasil-Mundo
Clássico do teatro brasileiro “Vestido de Noiva” estreia em Nova York com elenco internacional

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later May 16, 2025 8:18


Um marco na história do teatro brasileiro chega a Nova York em uma versão inédita. O clássico “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, terá três apresentações no Playhouse 46, entre os dias 16 e 18 de maio, com um elenco formado por artistas brasileiros e estrangeiros. A montagem celebra a diversidade da cena artística da cidade e leva ao público americano um texto revolucionário da dramaturgia latino-americana. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkA iniciativa é resultado de uma colaboração entre artistas e a produtora Are We In Love?, com o objetivo de apresentar a obra ao público internacional. O ator e produtor Daniel Mazzarolo conta que a ideia surgiu do desejo de deixar uma marca na cidade: “A gente começou a conversar sobre essa vontade de deixar uma marca em Nova York, digamos assim.”Escrita em 1943, “Vestido de Noiva” é considerada a peça que revolucionou o teatro moderno no Brasil. Com estrutura não linear, a trama acompanha Alaíde, uma jovem no leito de morte, navegando entre lembranças, delírios e realidade. A peça explora temas universais como repressão, culpa, moralidade e loucura, rompendo padrões e revelando os conflitos mais profundos da psique e da sociedade.A direção é assinada por Julia Burnier, que descreve o processo como uma jornada intensa. Segundo ela, o projeto começou em janeiro, quando se reuniu com Daniel e com a atriz Ana Moioli. “Foi uma loucura. Eu queria muito dirigir uma peça aqui em Nova York. Já dirigi muito em São Paulo e vim pra cá estudar atuação. Quando começamos a pensar em qual autor trazer, escolhemos Nelson Rodrigues de cara. O público americano não conhece nada de dramaturgia brasileira, então resolvemos trazer o nosso Rodrigues. E ‘Vestido de Noiva' é a minha peça favorita.”Julia destaca ainda que foi um trabalho totalmente independente, um verdadeiro passion project. “Você precisa de muita garra para produzir desse jeito, mas conseguimos reunir uma comunidade brasileira incrível, com artistas de várias nacionalidades — americanos, australianos — algo muito característico de Nova York.”A produção conta também com Catarina Aranha e Beatriz Silva, além de um elenco formado por Ana Moioli, Daniel Mazzarolo, Debora Balardini e Ma Troggian. Catarina, que também assina o figurino, diz ter se apaixonado pela peça ao conhecê-la por meio de Julia: “Ela me trouxe esse projeto lá por fevereiro, março. Nunca tinha lido essa peça, mas fiquei alucinada. Já tinha feito um filme do Nelson Rodrigues e amo a obra dele.”Daniel explica que, como não houve tempo hábil para aplicar a editais e buscar grants (subvenções), a equipe apostou em parcerias com empresas brasileiras sediadas em Nova York e em outras partes dos Estados Unidos para viabilizar o projeto. “Foi a forma mais rápida de conseguir o dinheiro.”No figurino, Catarina precisou adaptar os desejos criativos às limitações orçamentárias. “Tinha que ser algo possível de concretizar. Conforme a verba foi aparecendo, a gente foi criando. Foi um mergulho muito grande.”A peça e o idioma“Vestido de Noiva” será apresentado com legendas em inglês, mas adaptar o texto de Rodrigues para uma plateia estrangeira exigiu cuidados. Daniel reconhece que há uma complexidade no estilo do autor: “Tem muita coisa que a gente resolve na atuação. O texto traz uma carga melodramática, mas é uma sofisticação da cultura brasileira. Isso, pra mim, é uma grande qualidade.”Ana Moioli, que interpreta Alaíde, concorda. Para ela, o texto permite uma grande liberdade criativa, ainda que exija sensibilidade na interpretação: “O texto é muito aberto, e esse é um dos maiores valores do Nelson como dramaturgo. Ele nos dá espaço para criar, mesmo sendo fiel ao que está escrito.”Uma peça, três planosSegundo Daniel, a escolha por “Vestido de Noiva” também se deu por seu caráter disruptivo. “Dentro da obra do Nelson, essa peça é icônica. Não tem começo, meio e fim de forma tradicional. Ela viaja no tempo e entre três planos: o da realidade, o da memória e o da alucinação, todos sob a perspectiva da protagonista.”Outro contexto culturalMontar "Vestido de Noiva" em Nova York é, por si só, um feito ousado. Nelson Rodrigues, mestre em desvelar as contradições da sociedade brasileira, construiu uma obra que exige entrega total de quem está em cena. A peça, que se desenrola em três planos — realidade, memória e alucinação — é como um quebra-cabeça emocional que o público monta a partir das pistas deixadas pelos personagens. Para Fabiana, que vive na cidade há mais de oito anos, o desafio ganhou uma camada extra: o idioma.“Eu sou muito self-conscious com o meu inglês. Sempre fui”, conta ela, com franqueza e humor. “Eu brinco que... não é que vai ter um sotaque, eu sou um sotaque. Eu não consigo nem espirrar sem as pessoas me perguntarem de onde eu sou.”O enfrentamento dessa barreira linguística ganha ainda mais peso quando se trata de dar voz a Nelson Rodrigues em outra língua — e em outro continente. A tradução, nesse caso, não é apenas do português para o inglês, mas de uma linguagem carregada de brasilidade, subtexto e crítica social para um novo contexto cultural. É quase como traduzir um sotaque da alma.Fabiana conhece bem essa tensão. No Brasil, o sotaque baiano também foi motivo de insegurança. “Lá eu achava que tinha que mudar a maneira de falar para ser aceita. Hoje, não. Como diz na Bahia, eu só quero fazer o que é meu.” Essa aceitação ecoa com força em sua atuação, num momento em que ela não só representa um texto clássico, mas também sua própria identidade no palco."Vestido de Noiva" estará em cartaz por apenas um final de semana no Playhouse46, em Nova York, mas promete ser um pequeno passo dentro de uma promissora trajetória desse grupo de ativadores do teatro brasileiro fora do país. Uma rara e potente oportunidade de ver Nelson Rodrigues traduzido — não só no idioma, mas também pela coragem de quem, como Fabiana, transforma a própria trajetória em cena.

Histórias para ouvir lavando louça
Ela tinha planejado a própria morte, mas uma gatinha a salvou

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later May 15, 2025 8:08


A depressão foi tirando tudo da Bruna. Primeiro, a energia. Depois, o desejo de se levantar da cama e, por fim, a vontade de continuar viva. Foi nesse ponto, já pesquisando métodos para não estar mais aqui, que ela resolveu pedir ajuda. O que ela não imaginava é que o socorro viria na forma de uma gatinha chamada Virgínia.Em plena pandemia, em 2020, ela se viu sozinha e começou a se afundar. Não comia, não tomava banho, não tinha forças. Mas mascarava bem. A família não percebia a gravidade da situação à distância. Mas o copo ficou cheio demais e transbordou. Numa visita à casa dos pais, sentada à mesa da cozinha, ela pediu ajuda.A irmã sugeriu que Bruna passasse uns dias com ela. E, tentando tirar a irmã daquele estado, insistiu pra que fossem visitar uma ONG de adoção de animais. Bruna não queria, mas topou, mais pra encerrar o assunto do que por vontade.E foi logo na primeira gaiola que ela apareceu. Uma gatinha adulta, quase idosa, com sequelas de uma doença respiratória, resgatada de um lugar muito ruim. E mesmo assim, estava disposta a dar e receber carinho: rolou no chão, mostrou a barriga e esfregou a bundinha na grade como se dissesse “olha pra mim.”E a Bruna olhou. Passado o recesso de fim de ano, ela foi adotar a Virgínia.Nos primeiros dias, bateu o medo. Como ela iria cuidar de uma gata se mal estava dando conta de si? Mas, com o tempo, foi percebendo que a rotina com Virgínia virou estrutura. E a estrutura virou cuidado. Com a gata e com ela mesma.Bruna sabe que a depressão é uma doença multifatorial. E que nenhuma cura vem de um único lugar. Ela fez terapia, toma medicação, conta com a rede de apoio. Mas reconhece: foi com a chegada da Virgínia que ela começou a reencontrar um sentido.Porque vida chama vida. E, às vezes, tudo que a gente precisa é de algo ou alguém pra lembrar disso.Hoje, Bruna fala da depressão sem vergonha. Fala com coragem. Pra dizer que não foi fácil, mas que é possível. E que nenhuma dor deve ser vivida em silêncio.Ela é uma pessoa com múltiplas camadas. E a depressão foi só uma delas. Entre todas as coisas que a definem, também está essa: ela é uma sobrevivente. E foi salva por uma gatinha.

Alta Definição
Miguel dos ‘Iron Brothers': “A primeira vez que o Pedro propôs fazermos uma prova de triatlo juntos disse-lhe que era maluco”

Alta Definição

Play Episode Listen Later May 10, 2025 45:53


3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42.2 km de corrida resumem as modalidades e a distância de uma prova de Ironman Triathlon. No total são 226 km, sempre em movimento, e é conhecido por ser um dos desportos mais desafiantes do mundo. Miguel e Pedro já realizaram a prova várias vezes para mostrar que a paralisia cerebral de Pedro não é um impedimento na realização dos seus sonhos. São irmãos e triatletas, foi há sete anos que começaram a trabalhar para se tornarem nos Iron Brothers, ou 'irmãos de ferro' numa tradução livre, nome que escolheram para a dupla desportiva. Neste 'Alta Definição', vieram conversar com Daniel Oliveira sobre o triatlo e, estando ambas inevitavelmente ligadas, sobre a capacidade do ser humano de testar limites. “A primeira vez que o Pedro me propôs fazermos uma prova de triatlo juntos disse-lhe que era maluco. Tinha muito receio de desistir, de estragar a mensagem dele com o falhanço”, explica Miguel logo na abertura deste programa. Ouça em podcast a emissão da SIC de 10 de maio. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Só ouço falar
#133 - PERGUNTAS (QUE NÃO TINHA FEITO) PARA MÃE

Só ouço falar

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 50:33


Seja um apoiador e tenha acesso a episódios exclusivos: https://apoia.se/sofSão muitas as perguntas que fazemos para nossas mães ao longo da vida, mas e aquelas que ficam entaladas? Ou que parecem não ter a oportunidade perfeita? Minha mãe me visitou e pedi mais uma visitinha aqui no Só Ouço Falar.p.s. segue o instagram da Tia Silvana: https://www.instagram.com/biodanza.silramos/

Quinta Misteriosa
O profeta abusivo que tinha 78 esposas | Caso Warren Jeffs #481

Quinta Misteriosa

Play Episode Listen Later Apr 25, 2025 84:14


Antigo presidente da FLDS, Warren Jeffs foi condenado a mais de 100 anos de prisão por cometer crimes sexuais contra meninas menores de idade. Sua vida foi baseada na busca pelo poder e pela submissão dos demais, principalmente as mulheres, em favor de sua própria ascensão. 

Conversas à quinta - Observador
A Vida em Revolução. Helena Roseta: “No cerco ao Parlamento o PCP tinha frango. Lembro-me de ir ao gabinete deles a cantar ‘Eles comem tudo'”

Conversas à quinta - Observador

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 75:12


A alegria libertadora dos abraços a desconhecidos no 1º de Maio e nas filas para votar nas primeiras eleições livres. Os dilemas antes de aderir ao PPD e os boicotes da esquerda aos comícios. As perguntas bizarras nas sessões de esclarecimento em que ensinava como se votava. O plano insensato para defender a sede do PSD no 11 de março, em que adormeceu de cansaço. As discussões épicas e os bastidores dos meses na Assembleia Constituinte, sem receber salário nos primeiros meses. O privilégio de ajudar a escrever a Constituição. E o encontro inesperado com os outros deputados esfomeados no Leitão da Mealhada, depois do cerco ao parlamento, quando iam levar a Constituinte para o Porto.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Quem Ama Não Esquece
UM DESLIZE NO DIA DO CASAMENTO - VINÍCIUS QUEM AMA NÃO ESQUECE

Quem Ama Não Esquece

Play Episode Listen Later Apr 17, 2025 18:57


O Vinícius teve um relacionamento de 4 anos bem conturbado com a Mariana. Tinha amor, mas eram idas e vindas, brigas e promessas não cumpridas. Logo ele se separou e conheceu a Lilian e decidiu se casar. Pouco antes da cerimônia, ele reencontrou a Mariana e aconteceu uma traição. Mesmo arrependido, ele não teve coragem de contar para a sua esposa e a culpa foi crescendo. No dia do casamento, durante a festa, Vinícius finalmente confessou a traição. A lilian terminou, mas ainda casado legalmente, ele perde perdão publicamente para todo o Brasil, na esperança que ela lhe dê uma última chance para reconstruir o que ele destruiu.

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Quinta Misteriosa
Por 35 anos ninguém sabia o que tinha acontecido...| Caso Roxanne Wood

Quinta Misteriosa

Play Episode Listen Later Mar 5, 2025 21:12


Um caso de assassinato que ficou arquivado e sem solução por mais de 30 anos foi solucionado usando a genealogia genética com uma amostra muito pequena de DNA, preservada da cena do crime.

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 259: Heading into Retirement

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Feb 27, 2025 50:07


Para saber demais informações e participar do clube de conversação depois do expediente, siga o link: ⁠https://portuguesewitheli.com/cah⁠If you’d like to help our podcast, consider leaving us a review (Apple and Spotify). Or, alternatively, you can also make a small donation that will be used to cover costs and buy more books for me to research for the podcast

O Antagonista
O homem que lutou numa guerra que já tinha acabado | Café Antagonista #41

O Antagonista

Play Episode Listen Later Feb 27, 2025 9:20


Imagine alguém lutar numa guerra sem saber que ela já tinha acabado 30 anos antes!José Inácio vai te contar você vai conhecer essa história real que termina no Brasil!Isso além das dicas de lançamentos de séries e filmes para turbinar as suas noitese fins de semana nesse Café Antagonista.Café Antagonista 2025 é o seu ponto de encontro semanal para ficar bem informado.   Apresentado por José Inácio Pilar, o programa vai ao ar todas as quintas-feiras, às 13h30, trazendo uma análise inteligente dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.   Com um jornalismo independente e sem amarras, debate política, economia, notícias  e bastidores exclusivos com um olhar crítico e direto. Inscreva-se no canal e ative o  sininho para não perder nenhuma edição do Café Antagonista 2025!                                                                                                                                                       #caféantagonista   Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores!       https://x.com/o_antagonista      Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.    Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.       https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...      Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br