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A real é que eu passei o resto do dia pensando naquilo que ela tinha falado: “isso é o meu trabalho e isso não é o meu trabalho”. Fiquei pensando em como aquela clareza que ela tinha era boa pra quem estava com ela, mas principalmente para ela. Porque o que ela estava me dizendo ali, era: “esse tanto de coisa você pode esperar de mim. E esse tanto de cosia aqui não”. E eu fiquei pensando que seria bom se a gente levasse essa lógica para outros lugares. Porque me parece que boa parte dos nossos sofrimentos tem a ver com não saber o que é o nosso trabalho na nossa vida. Ou saber mas não conseguir cumprir.É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem?edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyopsPUBLICIDADE: EBAC CUPOM: coisasbonusLINK: https://ebaconline.com.br/cursos-de-marketingMEU LIVRO: Medo de dar certo: Como o receio de não conseguir sustentar uma posição de sucesso pode paralisar você | Amazon.com.brApoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisasLivro que eu citei: https://amzn.to/3GThNqG
Rafael Dragaud fala sobre arte com propósito, bastidores da TV, parcerias com Regina Casé, Paulo Gustavo e o desafio de dirigir turnê do Gil Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil. No Trip FM, ele fala sobre o processo de criação do espetáculo e sobre o Brasil, esse país que “está eternamente acabando e renascendo" – ideia inspirada por uma conversa com o próprio Gil, que já foi sogro de Rafael durante seu casamento com Preta Gil. Com uma carreira que passa pela criação de programas de televisão, filmes e shows, Dragaud construiu uma trajetória que mistura cultura popular, reflexão política e transformação social. Roteirista de mais de dez longas, como Cinco Vezes Favela e Minha Mãe é uma Peça, ele dirigiu shows marcantes como Ivete no Maracanã, Ivete, Gil e Caetano e Batalha do Passinho. Fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e vencedor de dois Grammys, o carioca de 53 anos também deixou sua marca na TV Globo com projetos como Falas Negras, Falas da Terra, Linha Direta e Amor & Sexo. Na conversa com Paulo Lima, o diretor artístico também reflete sobre a importância de um audiovisual com propósito – capaz de tocar, emocionar e mover estruturas. “As questões ligadas à desigualdade no Brasil passaram a me guiar. Como homem branco e hétero, entendi que, em projetos que abordassem esses temas, meu papel era apoiar e aprender com lutas que não são minhas, sem necessariamente ter a palavra final neles. Isso se tornou uma ética no meu processo criativo." O programa fica disponível no play aqui em cima e no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/681e62a4b0445/rafael-dragaud-produtor-artisticos-globo-gilberto-gil-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Arquivo pessoal; LEGEND=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.; ALT_TEXT=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.] Você fala do Gilberto Gil com uma admiração muito especial. O que ele representa pra você? Rafael Dragaud. A verdade é que o Gil tem um quê de inexplicável, que é fascinante. É lógico que ele sintetiza o Brasil, é lógico que ele expande o Brasil. O Gil é um Brasil e o que o Brasil poderia ser — e o que o Brasil é. É um negócio muito louco. Ele é um orixá, mas também tem uma coisa católica... Junta todas as cosmogonias: é indígena, é africano, é brasileiro — e é muito ele. Ele é uma aula constante. Eu tô muito mergulhado nisso, inclusive, em estar o mais aberto possível pra essa aula. Pra mim, não é um trabalho fazer isso. Você deixou a Globo depois de 30 anos. O que te levou a fazer essa mudança? Eu tive uma fase muito profissional, industrial, foram 30 anos de TV Globo. E eu resolvi, ao sair da Globo, abraçar a artesania. Não tive assistente de direção nesse trabalho com o Gil, por exemplo. Eu escolhi cada foto, li cada livro, ouvi cada disco de novo. Mergulhei num processo totalmente artesanal. Claro que não abri mão do meu profissionalismo, porque ele tá em mim. Mas abracei um jeito mais artesanal de trabalhar. Fiquei um ano dedicado a isso. Essa mudança de processo também tem a ver com uma escuta mais atenta ao outro? Totalmente. Essas questões ligadas à desigualdade, à raça — que no Brasil são muito próximas — me direcionaram. E eu, como homem branco, hétero, estava apoiando e aprendendo sobre causas que não são as minhas. Em projetos assim, eu necessariamente não devo ser o protagonista, nem ter a palavra final. Isso combinou com a minha ética de processo. Porque, acima de tudo, por mais que eu seja vaidoso e egóico como muita gente, eu escuto mais do que a média. Eu escuto. Por fim, como você vê o Brasil hoje? O Brasil não tem futuro — e tem o maior futuro de todos. Ele está eternamente acabando e renascendo. A gente faz parte desse movimento o tempo todo. Se você olhar pra trás, esse padrão está lá. É que o Brasil está morrendo e renascendo desde que foi inventado. O Gil tem uma imagem linda: ele fala que o estado que ele busca é o do passarinho que pousa no tronco que desce o rio — ele está parado num movimento. É isso.
Rafael Dragaud fala sobre arte com propósito, bastidores da TV, parcerias com Regina Casé, Paulo Gustavo e o desafio de dirigir turnê do Gil Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil. No Trip FM, ele fala sobre o processo de criação do espetáculo e sobre o Brasil, esse país que “está eternamente acabando e renascendo" – ideia inspirada por uma conversa com o próprio Gil, que já foi sogro de Rafael durante seu casamento com Preta Gil. Com uma carreira que passa pela criação de programas de televisão, filmes e shows, Dragaud construiu uma trajetória que mistura cultura popular, reflexão política e transformação social. Roteirista de mais de dez longas, como Cinco Vezes Favela e Minha Mãe é uma Peça, ele dirigiu shows marcantes como Ivete no Maracanã, Ivete, Gil e Caetano e Batalha do Passinho. Fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e vencedor de dois Grammys, o carioca de 53 anos também deixou sua marca na TV Globo com projetos como Falas Negras, Falas da Terra, Linha Direta e Amor & Sexo. Na conversa com Paulo Lima, o diretor artístico também reflete sobre a importância de um audiovisual com propósito – capaz de tocar, emocionar e mover estruturas. “As questões ligadas à desigualdade no Brasil passaram a me guiar. Como homem branco e hétero, entendi que, em projetos que abordassem esses temas, meu papel era apoiar e aprender com lutas que não são minhas, sem necessariamente ter a palavra final neles. Isso se tornou uma ética no meu processo criativo." O programa fica disponível no play aqui em cima e no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/681e62a4b0445/rafael-dragaud-produtor-artisticos-globo-gilberto-gil-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Arquivo pessoal; LEGEND=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.; ALT_TEXT=Rafael Dragaud é o diretor artístico da turnê Tempo Rei, a última da carreira de Gilberto Gil.] Você fala do Gilberto Gil com uma admiração muito especial. O que ele representa pra você? Rafael Dragaud. A verdade é que o Gil tem um quê de inexplicável, que é fascinante. É lógico que ele sintetiza o Brasil, é lógico que ele expande o Brasil. O Gil é um Brasil e o que o Brasil poderia ser — e o que o Brasil é. É um negócio muito louco. Ele é um orixá, mas também tem uma coisa católica... Junta todas as cosmogonias: é indígena, é africano, é brasileiro — e é muito ele. Ele é uma aula constante. Eu tô muito mergulhado nisso, inclusive, em estar o mais aberto possível pra essa aula. Pra mim, não é um trabalho fazer isso. Você deixou a Globo depois de 30 anos. O que te levou a fazer essa mudança? Eu tive uma fase muito profissional, industrial, foram 30 anos de TV Globo. E eu resolvi, ao sair da Globo, abraçar a artesania. Não tive assistente de direção nesse trabalho com o Gil, por exemplo. Eu escolhi cada foto, li cada livro, ouvi cada disco de novo. Mergulhei num processo totalmente artesanal. Claro que não abri mão do meu profissionalismo, porque ele tá em mim. Mas abracei um jeito mais artesanal de trabalhar. Fiquei um ano dedicado a isso. Essa mudança de processo também tem a ver com uma escuta mais atenta ao outro? Totalmente. Essas questões ligadas à desigualdade, à raça — que no Brasil são muito próximas — me direcionaram. E eu, como homem branco, hétero, estava apoiando e aprendendo sobre causas que não são as minhas. Em projetos assim, eu necessariamente não devo ser o protagonista, nem ter a palavra final. Isso combinou com a minha ética de processo. Porque, acima de tudo, por mais que eu seja vaidoso e egóico como muita gente, eu escuto mais do que a média. Eu escuto. Por fim, como você vê o Brasil hoje? O Brasil não tem futuro — e tem o maior futuro de todos. Ele está eternamente acabando e renascendo. A gente faz parte desse movimento o tempo todo. Se você olhar pra trás, esse padrão está lá. É que o Brasil está morrendo e renascendo desde que foi inventado. O Gil tem uma imagem linda: ele fala que o estado que ele busca é o do passarinho que pousa no tronco que desce o rio — ele está parado num movimento. É isso.
Devocional do dia 05/05/2025 com o Tema: "Formigas" Há alguns anos, observei que meu quarto estava sendo invadido por formigas. Começou com algumas passeando pela parede, pelo computador, pela mesa e pelo chão. Fiquei muito incomodada, pois eu não conseguia saber de onde estavam vindo. Leitura bíblica: 1 Tessalonicenses 5.4-11 Versículo Chave: Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam corajosos, sejam fortes (1Co 16.13).See omnystudio.com/listener for privacy information.
Fiquei emocionado no final do episódio, mas quero que recordem neste dia das pessoas que tanto fazem e fizeram por vocês. Estamos juntos nessa!E-mail para agendamento:contato@ceudomomento.com.br— Me encontre lá no Instagram : www.instagram.com/guischultz@guischultz - Que os Planetas se inclinem sobre nós.
Marcelo Tas recebe a atriz Maitê Proença no Provoca. Na entrevista, Maitê fala sobre sua personagem na peça “Duas Irmãs e Um Casamento”, suas experiências com a ayahuasca, o início na carreira de atriz, sua relação com o pai e outros temas marcantes.Ela revela que consumiu ayahuasca com frequência durante um período da vida e que costumava fazer questionamentos existenciais nesses momentos. “Fiquei três anos tomando o Daime, quatro vezes por semana.” Tas pergunta: “E que pergunta você fazia para a planta?”. “Por que eu estou aqui? O que eu vim fazer aqui? (...) O que eu vim fazer aqui não é nada que parece. É simples.”Sobre a carreira, Maitê conta que nunca "descobriu" que queria ser atriz, mas que se interessou pela profissão após fazer um papel. Diz ainda que não assistia à televisão e, por isso, não conhecia grandes nomes da teledramaturgia nacional.Ao final da conversa, a atriz revela que nota daria para a “Maitê filha” no dia do juízo final, além de refletir sobre sua criação e o relacionamento com os pais.
O documentário “As Fado Bicha”, realizado por Justine Lemahieu, chega às salas de cinema em Portugal a 17 de Abril. O filme acompanha Lila Tiago e João Caçador, a dupla do projecto musical e activista que revolucionou o fado nos últimos anos e o devolveu às suas próprias raízes dissidentes. A RFI falou com Justine Lemahieu, Lila Tiago e João Caçador sobre o documentário descrito como “um suspiro de utopia” e “uma possibilidade de estender pontes”. O projecto Fado Bicha inscreveu no património da canção portuguesa as vivências de uma comunidade LGBTQIA+ invisibilizada, quebrando e questionando barreiras e normas musicais, de género, de sexualidade e de linguagem. Ao filmar os bastidores, os ensaios, as sessões de maquilhagem, as performances e os momentos de reflexão de Lila Tiago e João Caçador, Justine Lemahieu retrata também o impacto estético, social e político das Fado Bicha. Tudo começou quando a realizadora franco-portuguesa, a viver em Lisboa há vinte anos e que trabalha sobre lutas e formas de resistência, assistiu a um concerto de Fado Bicha, no seu bairro, e soube que queria fazer um filme sobre o que estava a ver e a sentir.“Tudo isto começou porque assisti a um concerto das Fado Bicha no meu bairro, num pequeno bar. Foi assim que eu conheci a banda. Fiquei muito cativada pelo trabalho delas. Fiquei bastante emocionada pela música, pela performance. Senti uma beleza e senti vontade de partilhar essa emoção e a beleza que encontrei. Também senti que essas artistas estavam a fazer um trabalho importante relativamente à reflexão, ao questionamento sobre as normas de género. Também gosto muito de fado e senti que elas estavam a mexer num lugar muito complexo da cultura portuguesa, que estavam a quebrar barreiras e a fazer um trabalho bastante subversivo, politicamente muito forte”, explica a realizadora.Justine Lemahieu ficou particularmente sensibilizada com a canção “Crónica do Maxo Discreto”, na qual encontrou, pela primeira vez, “pessoas que quebravam o tabu das sexualidades escondidas”. Admirativa dessa “coragem de quebrar tabus” e de trazer para cima do palco tantos temas silenciados, não faltaram à cineasta mais razões para querer conhecer e filmar o projecto. Outro motivo com o qual se identificou foi o facto de as artistas cruzarem questões políticas de género com discriminações ligadas à classe social. Depois, a realizadora deixou-se levar pela própria ligação com a cultura portuguesa e quis reflectir sobre o espaço que o fado aí ocupa.“Ocupação” foi justamente o título do disco de estreia, editado em 2022, no qual as Fado Bicha resgataram um espaço queer no Fado. Essa ocupação chega agora ao cinema e quando questionadas sobre o que isso representa, Lila responde que é “estender pontes de identificação”, enquanto João fala em “suspiro de utopia”.“Representa um suspiro de utopia. Nos dias que correm - e no tempo todo que já vivemos, não só nós enquanto pessoas, mas a nossa ancestralidade - poder ver, numa sala de cinema, alguma representação mais pessoal, um olhar mais íntimo sobre a nossa existência, eu acho que traz um rasgo de utopia e também de olhar para o futuro. É, finalmente, também estarmos nesses lugares e sermos representados. A mim deixa-me muito comovido”, conta João Caçador.“É também uma possibilidade de estender pontes. Não é só estender pontes para outras pessoas queer como nós, é estender pontes de identificação, estender pontes de comunidade, de entendimento, a pessoas que não têm qualquer relação connosco, que não tem qualquer relação com a arte queer, com o pensamento queer, que não vêem isso à sua volta, que acham que é uma ficção do estrangeiro. A Justine tem esse lado muito conciliador, muito intimista, muito de nos entender a nós, enquanto pessoas, as nossas inquietações, aquilo que nos move. Então, também permite a pessoas que não têm, se calhar, sensibilidade, porque nunca conheceram ou acham que nunca conheceram ninguém queer. É também estender uma ponte, dizer: ‘Consegues encontrar-te na nossa humanidade também? Se calhar também consegues.' E isso é muito potente”, diz Lila Tiago.O documentário começa com a realizadora a perguntar: “Dizemos as Fado Bicha e não os Fado Bicha. Porquê?” Lila responde: “Dizemos o Fado Bicha ou as Fado Bicha. Usamos o plural feminino como forma alternativa, reparação histórica.” Esta é a chave com a qual entramos no filme, o que nos leva ao peso simbólico da “reparação histórica” através da arte, da música e da língua.“É entender como a linguagem e a língua portuguesa - e qualquer outra - encerra uma série de enigmas que nem sequer estão visíveis a uma pessoa que não queira procurar por eles. Um deles, por exemplo, é a forma como o género está inscrito na língua, temos coisas como o masculino universal, tanto no plural como no singular. Então começámos a usar o plural feminino. Eu utilizo pronomes femininos também e o João utiliza pronomes neutros ou masculinos. Essa noção de reparação histórica é um bocadinho isso, tem um lado recreativo, tem um lado provocador, mas também tem um lado intelectual muito particular, que é de olharmos para a língua e percebermos que, durante séculos, para estes dois corpos - o meu e do João ou quaisquer outras combinações de corpos em que houvesse pelo menos um homem - seria utilizado o plural masculino, por mais que fossem mil mulheres e um homem apenas. Então, nós utilizamos o plural feminino como uma provocação para fazer as pessoas pensar e criar uma disrupção”, explica.A disrupção passa também pela transformação da palavra “bicha”, carregada durante décadas de conotações pejorativas e discriminatórias. No filme, a dada altura, vemos a mão tatuada de Lila e lemos a palavra “bicha”. Ela diz: “A palavra bicha é super importante para mim. É tatuar no corpo de uma forma visível a minha identidade e que ela faça parte da forma como sou vista e lida”. João também tem a palavra tatuada no corpo e explica-nos como é que se trata de mais um gesto artivista.“A palavra bicha passou muito tempo nas nossas vidas como uma identidade que nós tentámos esconder durante muito tempo e, de muitas formas, tivemos vergonha dela e foi usada contra nós de muitas formas. Ao escrevê-la no nosso corpo, é uma espécie de fim de uma negação e de um compromisso social e pessoal porque mesmo que nós queiramos esconder, ela está visível. A Lila tem-na inscrita na sua mão, a minha está inscrita num braço e eu senti que era importante não haver espaço para dúvidas da minha identidade e deixá-la inscrita e visível”, resume.O projecto “Fado Bicha” tatuou também a história recente do Fado, um espaço onde sempre existiram pessoas queer - artistas, fadistas, letristas, poetas - mas sem que isso se reflectisse, por exemplo, nas letras das canções. Com Fado Bicha, isso mudou.“O fado carrega, ainda hoje em dia, 51 anos depois do 25 de Abril, o peso e o impacto que o Estado Novo teve no género do fado. O fado tem uma tradição antes do Estado Novo, até antes mesmo da ditadura militar e até antes mesmo da implantação da República em Portugal, que foi em 1910. Tem uma tradição de dissidência e de intervenção social muito forte, que é uma coisa que a maioria das pessoas não sabe, mesmo na viragem do século XIX para o século XX. Há uma tradição muito forte de fado republicano, de fado anarquista, mesmo durante o século XIX. Tendemos a pensar que o fado sempre foi sobre saudade e marinheiros, mas no século XIX era um fado contra a miséria, contra a Igreja, contra o abuso laboral. Portanto, quando nos acusam que estamos a corromper as bases fundamentais do fado, na verdade, nós estamos a honrá-las porque estamos a ir buscar outra vez esse lado de denúncia e de intervenção social”, sublinha Lila Tiago.Porém, “Fado Bicha” causa ainda “muito desconforto a uma série de pessoas”, acrescenta a artista. A ilustrar isso mesmo foi o facto de Justine Lemahieu ter sido obrigada a retirar uma sequência do filme relativa ao videoclip “Lila Fadista”, uma adaptação do fado “Júlia Florista”. Os herdeiros de um dos autores deste fado recusaram ver o documentário e não licenciaram os direitos da canção. Lila e João são várias vezes confrontadas com este tipo de situações, ainda que faça parte da própria tradição do fado a interpretação de canções que já existem.O documentário “As Fado Bicha” chega aos cinemas portugueses a 17 de Abril, depois de ter passado nos festivais IndieLisboa e no Queer Porto em 2024 e no Thessaloniki Documentary Festival este ano.[Além da entrevista a propósito do filme, pode ouvir, abaixo, outra das entrevistas que as Fado Bicha deram à RFI, em Maio de 2022, na qual tocaram, por exemplo, “Crónica do Maxo Discreto”.]
Léa Freire - compositora, flautista, pianista, arranjadora e criadora do selo Maritaca - está comemorando 50 anos de carreira. Para homenagear a artista, um documentário sobre seu trabalho e uma apresentação de flauta e piano estão previstos nesta quinta-feira (3), em Paris. O evento faz parte da Temporada França Brasil 2025. Em “A Música Natureza de Léa Freire”, o diretor Lucas Weglinski desenha o percurso da artista, um talento burilado desde cedo, começando com aulas de piano erudito aos 7 anos. Aos 16, Léa Freire passou para o violão popular ao conhecer a escola CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical), dirigida pelo Zimbo Trio, a quatro quadras de onde ela morava. Na sequência, ela adotou a flauta transversal como instrumento de predileção.Um encontro inusitado dentro de um Fusca selou a amizade de Léa Freire com Filó Machado, instrumentista, compositor, cantor e compositor. “A gente começou a tocar junto e ficava andando de flauta e violão pela madrugada em São Paulo. Imagina, hoje em dia nem pensar, né? E a gente tocava nas escadarias da [avenida] 9 de Julho, que hoje virou um banheiro público, na Praça Roosevelt”, conta Léa. “Tinha uns mendigos que ficavam dormindo ali de dia, de noite, quando a gente estava tocando. E tinha uns que gostavam, outros que mandavam a gente parar”, ri a artista. A dupla ensaiava na praça porque a quitinete de Filó era pequena demais. “Tinha que abrir a janela para trocar de camisa, de tão pequena”, conta.O mundo de Léa Freire naquela época, entre a rua Augusta e praça Rossevelt, era de bares de música ao vivo, toda noite, das 22h às 4h da manhã. Outro encontro chave foi com Alaíde Costa, que acolheu Léa em sua casa durante algum tempo, pois a família da flautista não aceitava esse estilo de vida. Com Alaíde e Filó, Léa tocou para crianças da Febem, um sistema carcerário para menores extinto em 2006. “As crianças ficavam abandonadas, sem pai nem mãe, e não podiam sair, ficando à mercê de todo tipo de abuso”, lembra.No começo dos anos 1980, Léa também foi beber na fonte americana, estudar na mítica escola Berklee, de Boston. Também foi ver os mestres ao vivo, como Wayne Shorter e McCoy Tyner, entre outros, nos bares de Nova York, ouvindo na plateia ou mesmo do lado de fora. Mas o rigor do inverno afugentou Léa, que fez a mochila e foi descendo pela América do Sul.MisoginiaTanto Léa quanto outras artistas entrevistadas no documentário de Weglinski falam sobre o machismo no mundo da música. Como era desbravar a selva de bares paulistanos durante a madrugada? “Meu apelido era sargento Freire, não à toa, sou imune a essas violências”, explica. "Não que não tenha sido vítima." Ela conta que sofreu todos os tipos de abusos misóginos, desde mãos apalpando suas pernas enquanto tocava até cantadas abusadas.Ela acha que hoje a situação está melhor para as mulheres, pois elas são mais numerosas no meio musical. “É uma profissão muito competitiva, então com mais mulheres, fica mais leve. Em São Paulo, tem até uma big band só de mulheres que se chama Jazzmin's e que é muito legal”, conta.Uma virada de chave aconteceu com um hiato na carreira durante 11 anos. Depois de ter o segundo filho, foi informada de que tinha direito a quatro meses de licença no bar onde trabalhava. “Fiquei dois. Voltei. Já estava despedida. Aí cansei." Léa resolveu estudar administração de empresas e virou diretora de uma grande empresa. Mas o estresse desse mundo acabou levando a artista a um burnout.Seguindo conselhos médicos de fazer o que lhe dava prazer, Léa voltou-se para o piano e à composição. E criou o selo Maritaca. "Tem cantor, tem estrangeiro, tem tudo. É uma avacalhação, mas tudo bem, desde que o foco seja a música instrumental”, explica.Léa tem vários projetos em curso, mas revela um desejo, “o de tocar em um puteiro”. Por quê? “Porque eu ia ficar só observando, tocando, ensaiando, ninguém prestando atenção, já pensou?”.DocumentárioEm "A Música Natureza de Léa Freire", lançado em 2022, Lucas Weglinski trabalha com imagens de arquivo da artista e depoimentos de colegas, como Filó Machado e Alaíde Costa. "Eu comecei a trabalhar com a Léa no primeiro disco de piano solo dela, chamado 'Cine Poesia'. E daí eu comecei a filmar as apresentações musicais dela e cenas do cotidiano", conta o diretor. "E isso começou a me dar uma vontade enorme de fazer um filme sobre ela, principalmente vendo ela fazendo um sucesso enorme na Europa, no Japão, nos Estados Unidos e tendo ainda que ser apresentada na própria cidade que a gente vive", explica Weglinski, que está acompanhando a artista em Paris. Em Paris, Léa Freire se apresenta no Théatre de la Concorde. Ela faz um pocket show tocando flauta, acompanhada pelo maestro e compositor Felipe Senna no piano.
Bruno de Carvalho, depois das acusações sobre a Academia de Alcochete de sequestro e terrorismo das quais foi mais tarde absolvido, teve o seu nome exposto em toda a comunicação social. A par destas polémicas, o ex-presidente do Sporting Clube de Lisboa que tem também há 21 anos processos em tribunal tributário, assume-o neste programa, foi altamente escrutinado na fase em que saiu do cargo. Em conversa com Daniel Oliveira faz novas revelações sobre os processos que enfrenta e desabafa sobre as implicações para família de ter uma vida pública em permanente observação. “Não consegui proteger os familiares dos estilhaços. Os meus pais souberam o que era o confinamento dois anos antes, não podiam sair de casa”, explica. Ouça aqui o programa Alta Definição em podcast, emitido na SIC a 22 de março. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O exame do estado mental está para o psiquiatra como o exame físico está para o clínico geral, ou seja, essencial para a boa prática. Fiquei surpreso por termos chegados até aqui sem um episódio do PQU Podcast sobre este tema! Não estamos mais em falta com você, psiquiatra em formação. No episódio 306 faço uma introdução ao exame do estado mental, apresento sua história, o conceito, sua importância, e discuto maneiras de se elaborar um bom exame do estado mental. Aproveite!
A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema. Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé. E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar. E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí". Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha. Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?". [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas. O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso. [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa. Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?". [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele.
Importante patrimônio histórico e cultural da região, a Catedral de Sant'Ana, em Barra do Piraí, deu mais um passo em seu processo de restauração: o projeto de reforma dos jardins. O evento de apresentação aconteceu na tarde de terça-feira, 11 de março.A apresentação do projeto foi no Bispado de São José, com a presença das arquitetas responsáveis, Vera Silvia e Carolina Stohler, além de autoridades como o Bispo Diocesano, Dom Luiz Henrique; o Padre Paulo Sérgio Almeida; o Padre José Luiz Reis; o Padre Carlos Alberto Júnior, Vigário Episcopal de Barra do Piraí; a representante do Patrimônio Histórico e Cultural da Diocese, Edna Fernanda; a prefeita de Barra do Piraí, Kátia Miki; membros do governo municipal; e o assessor especial da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Wanderson Farias.Responsáveis pela ação, as arquitetas Vera Silvia e Carolina Stohler destacaram os estudos para a construção do projeto, sendo os principais o levantamento histórico e a participação da comunidade. “Durante as nossas pesquisas, vimos a importância da praça da igreja para a comunidade. Era o único ponto de encontro, a única praça do bairro. Então, a nossa ideia de restauro é justamente recuperar essa memória, esse acesso que as pessoas tinham à praça, para que voltasse a ser um espaço convidativo para as crianças, para as pessoas. E que, ao mesmo tempo, resgatasse essa memória afetiva que as pessoas tinham, a ligação com a praça”, disseram as arquitetas.A prefeita de Barra do Piraí, Kátia Miki, destacou a relevância do patrimônio para o município e a preservação da história. “Fiquei muito feliz de ter participado desse roteiro, na Catedral de Senhora Sant'Ana. Viemos com toda a nossa equipe de governo para poder entender esse projeto, para entender também como o nosso município pode participar disso, dando fomento, sendo parceiro, para que possamos resgatar a nossa história, a nossa cultura nesse patrimônio que é tão importante, uma pedra fundamental da cidade de Barra do Piraí. Agora, a intenção é partir para a segunda etapa, conforme foi apresentado”, explicou a prefeita.O Bispo Diocesano, Dom Luiz Henrique, comentou o benefício do projeto para toda a população da cidade e da região. “Agradecemos muito a todos os colaboradores que têm se empenhado para que esse projeto se concretize. A Prefeitura Municipal de Barra do Piraí, porque a nossa intenção é resgatar a memória, a importante memória artística e religiosa da nossa região. Fundamental é a parceria com o poder público, e toda a população de Barra do Piraí será beneficiada, assim como toda a Diocese, já que a Catedral é da nossa Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda. Esperamos que tudo corra bem e que possamos dar passos importantes na restauração”, pontuou o Bispo.“Os próximos passos são a captação de recursos, inscrição do projeto nas leis de incentivos fiscais estadual e federal, verificação de editais abertos para a restauração de patrimônio histórico e busca de emendas parlamentares”, comentou Edna Fernanda, da Comissão de Patrimônio Histórico-Cultural da Cúria Diocesana.Essa iniciativa irá valorizar o turismo religioso e beneficiar toda a comunidade de Barra do Piraí. A equipe organizadora parte para a etapa de captação de recursos, visando à realização das obras em 2026.Fonte: Matheus Azevedo e Nathália Barreto, Assessoria de Comunicação Diocesana
Todo mundo sabe, na hora de rodar um filme ou série, existem muitas pessoas envolvidas. Alguns profissionais cuidam do figurino, outros fazem a direção de arte, luz, áudio, câmera, produção, direção... Além, claro, dos atores e atrizes. Mas, de 2018 para cá, tem crescido a importância de uma atividade: a de coordenação de intimidade. É um nome instigante que, somado à novidade do ofício, deixa a gente curioso pra saber mais. Fiquei com ele na cabeça desde que li, há alguns meses, que rolou uma polêmica depois de a atriz do longa-metragem Anora declarar que tinha preferido não contar com esse serviço durante as cenas apimentadas do atual vencedor do Oscar de Melhor Filme. Daí decidi pesquisar mais e conto pra você o que é, em que consiste o trabalho de uma coordenadora (ou coordenador) de intimidade e sua importância nos sets de filmagem. Ouça e, se gostar, compartilhe!============================Converse a nossa patrocinadora, a consultoria RiverWay Solutions: - Quero saber sobre o seguro-viagem da Riverwayhttps://wa.me/15612153498?text=Olá,%20vim%20pelo%20Podcast%20do%20Álvaro!%20Quero%20mais%20informações,%20por%20favor.Ou siga a Riverway no Instagram: https://www.instagram.com/riverwaysolutions/============================APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho.Edição dos episódios em vídeo: André Glasnerhttp://instagram.com/andreglasnerDireção de arte: Dorien Barrettohttps://www.instagram.com/dorienbarretto66/Fotografia: Daniela Tovianskyhttps://www.instagram.com/dtoviansky/Narração da vinheta: Mônica Marlihttps://www.instagram.com/monicamarli/Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendapodcasthttp://instagram.com/alvarolemeComercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br============================Quer saber mais? Confira as fontes que consultei enquanto criava o episódio- When Clothes Fly Off, This Intimacy Coordinator Steps InPor Jennifer Harlan, New York Times- Intimacy coordinators say Blake Lively's legal dispute shows need for their roleNadia Khomami, The Guardian- Mikey Madison Declined an Intimacy Coordinator on ‘Anora,' but Professionals Say There Should Always Be One: Actors and Directors ‘Can't Speak for How Every Extra Felt'Por Selome Hailu, The Guardian- "Coreografa" cena de sexo: como se prepara a coordenadora de intimidadePor Victória Gearini, UOL Splash
Ubiratan Brasil fala direto de Los Angeles sobre o Oscar inédito para “Ainda Estou Aqui” e o clima antes da premiação com Emília Perez ganhando terreno.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Além de Fernanda Torres, mais um brasileiro está na expectativa de colocar no currículo uma estatueta do Oscar. O mineiro Romualdo Amaral faz parte da equipe de efeitos visuais de “Wicked”. O longa, que já arrecadou quase US$ 730 milhões de bilheteria e se tornou a adaptação cinematográfica mais rentável para um musical da Broadway, concorre em dez categorias no Oscar, inclusive Melhor Filme e Efeitos Visuais. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesHá nove anos nos Estados Unidos, Romualdo já trabalhou em quase três dezenas de produções, como as da Marvel “Falcão e o Soldado Invernal' e “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, que acaba de estrear, e nas séries premiadas “Stranger Things” e “Hacks”. Agora, pela primeira vez, teve a emoção de ver um filme para o qual colaborou ter indicações à maior premiação do cinema mundial.“Foi felicidade em dose dupla. Eu estava no Brasil no dia das indicações e naquela expectativa. Começou e de repente saem as indicações de Melhor Filme Internacional, apareceu “Ainda Estou Aqui", fiquei muito feliz. Na sequência veio a de 'Wicked' para Melhores Efeitos Visuais. Fiquei bastante emocionado, vibrando, com a energia lá em cima", relembra. "Depois, Fernanda Torres indicada, surtei também, mas o meu maior surto foi em indicados a Melhor Filme”, diz Amaral, já que o filme do qual participou e a produção brasileira concorrem na categoria principal do Oscar.Romualdo sempre foi fã de cinema. Na adolescência, ele mantinha um blog sobre a sétima arte, no qual falava dos filmes indicados. "Na noite do Oscar, sozinho na frente da TV em casa, eu me vestia de gala para acompanhar tudo", relata. "O Oscar para mim sempre foi uma grande festa, sempre fui apaixonado por cinema. Se 'Wicked' ganhar qualquer Oscar, já vou ficar super-realizado. Não precisa nem ser Efeitos Especiais”, celebra.De Uberlândia para HollywoodNo Brasil, ele se formou em Computação na Universidade Federal de Uberlândia, mas encontrou seu espaço na indústria cinematográfica após um mestrado em Animação e Efeitos Especiais na Academy of Art University em São Francisco, dos Estados Unidos, onde chegou em 2016. "Graças ao meu trabalho no mestrado, que era um curta animado de três minutinhos, “Steve's Catch”, comecei a me candidatar para vários lugares, e logo a Marvel já me chamou. Meu primeiro trabalho foi 'Falcão e o Soldado Invernal'", indica.Desde então, o brasileiro acumula projetos, muitos simultaneamente, já que trabalha para uma empresa que presta serviços para vários dos grandes estúdios de Hollywood. Romualdo conta que, em “Wicked”, trabalhou em diversas sequências fazendo a mágica que vai além do set de filmagens. A primeira cena da produção na qual se debruçou faz parte do filme 2, previsto para ser lançado no final de 2025.“Eu trabalhei com a equipe de efeitos especiais que criou toda a parte falsa do ambiente. Apesar do filme ter vários elementos reais, eu acho que isso foi uma das coisas mais incríveis da produção em si, porque o diretor percebeu que não tinha como contar a história apenas com tela verde [o chroma key, técnica utilizada para modificar digitalmente um cenário]. Precisava fazer uma um processo criativo e teve todo um trabalho de design de produção", aponta. "Por exemplo, eles plantaram nove milhões de tulipas, só que não tinha como fazer tudo, então os elementos extras de fundo a gente recriou no ambiente da computação gráfica", conta.Fernanda Torres e Ariana GrandeO grande favorito na categoria de Efeitos Visuais para o Oscar é “Duna: Parte 2”, mas na premiação tudo pode acontecer. Na expectativa, o brasileiro já comemorou adiantado a espécie de crossover que aconteceu recentemente e viralizou na internet – o encontro de Ariana Grande com Fernanda Torres no Festival de Cinema de Santa Bárbara e quando a atriz brasileira saudou a americana com a icônica jogada de cabelo da personagem Glinda, de "Wicked". “Na hora que eu vi aquilo, eu falei: ‘eu preciso colocar esse vídeo num potinho e guardar para sempre'. Foi épico, marcante, ver essa energia incrível", diz o artista, que acaba de dirigir mais um curta-metragem, “Small as a Pea". A previsão de lançamento é ainda neste ano.Wicked no OscarO filme francês "Emilia Pérez" lidera as indicações ao Oscar 2025, disputando em 13 categorias. O musical "Wicked", de Jon Chu, empata com "O Brutalista", que também acumula 10 indicações."Um Completo Desconhecido” e “Conclave” vêm na sequência, somando oito indicações cada um.As categorias em que “Wicked” foi indicado são:Melhor FilmeMelhor Atriz por [Cynthia Erivo]Melhor Atriz Coadjuvante por [Ariana Grande]Efeitos VisuaisMelhor FigurinoMelhor Maquiagem e PenteadoTrilha Sonora OriginalDireção de ArteEdição de FilmeMelhor Conquista em Som
Além de Fernanda Torres, mais um brasileiro está na expectativa de colocar no currículo uma estatueta do Oscar. O mineiro Romualdo Amaral faz parte da equipe de efeitos visuais de “Wicked”. O longa, que já arrecadou quase US$ 730 milhões de bilheteria e se tornou a adaptação cinematográfica mais rentável para um musical da Broadway, concorre em dez categorias no Oscar, inclusive Melhor Filme e Efeitos Visuais. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los AngelesHá nove anos nos Estados Unidos, Romualdo já trabalhou em quase três dezenas de produções, como as da Marvel “Falcão e o Soldado Invernal' e “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, que acaba de estrear, e nas séries premiadas “Stranger Things” e “Hacks”. Agora, pela primeira vez, teve a emoção de ver um filme para o qual colaborou ter indicações à maior premiação do cinema mundial.“Foi felicidade em dose dupla. Eu estava no Brasil no dia das indicações e naquela expectativa. Começou e de repente saem as indicações de Melhor Filme Internacional, apareceu “Ainda Estou Aqui", fiquei muito feliz. Na sequência veio a de 'Wicked' para Melhores Efeitos Visuais. Fiquei bastante emocionado, vibrando, com a energia lá em cima", relembra. "Depois, Fernanda Torres indicada, surtei também, mas o meu maior surto foi em indicados a Melhor Filme”, diz Amaral, já que o filme do qual participou e a produção brasileira concorrem na categoria principal do Oscar.Romualdo sempre foi fã de cinema. Na adolescência, ele mantinha um blog sobre a sétima arte, no qual falava dos filmes indicados. "Na noite do Oscar, sozinho na frente da TV em casa, eu me vestia de gala para acompanhar tudo", relata. "O Oscar para mim sempre foi uma grande festa, sempre fui apaixonado por cinema. Se 'Wicked' ganhar qualquer Oscar, já vou ficar super-realizado. Não precisa nem ser Efeitos Especiais”, celebra.De Uberlândia para HollywoodNo Brasil, ele se formou em Computação na Universidade Federal de Uberlândia, mas encontrou seu espaço na indústria cinematográfica após um mestrado em Animação e Efeitos Especiais na Academy of Art University em São Francisco, dos Estados Unidos, onde chegou em 2016. "Graças ao meu trabalho no mestrado, que era um curta animado de três minutinhos, “Steve's Catch”, comecei a me candidatar para vários lugares, e logo a Marvel já me chamou. Meu primeiro trabalho foi 'Falcão e o Soldado Invernal'", indica.Desde então, o brasileiro acumula projetos, muitos simultaneamente, já que trabalha para uma empresa que presta serviços para vários dos grandes estúdios de Hollywood. Romualdo conta que, em “Wicked”, trabalhou em diversas sequências fazendo a mágica que vai além do set de filmagens. A primeira cena da produção na qual se debruçou faz parte do filme 2, previsto para ser lançado no final de 2025.“Eu trabalhei com a equipe de efeitos especiais que criou toda a parte falsa do ambiente. Apesar do filme ter vários elementos reais, eu acho que isso foi uma das coisas mais incríveis da produção em si, porque o diretor percebeu que não tinha como contar a história apenas com tela verde [o chroma key, técnica utilizada para modificar digitalmente um cenário]. Precisava fazer uma um processo criativo e teve todo um trabalho de design de produção", aponta. "Por exemplo, eles plantaram nove milhões de tulipas, só que não tinha como fazer tudo, então os elementos extras de fundo a gente recriou no ambiente da computação gráfica", conta.Fernanda Torres e Ariana GrandeO grande favorito na categoria de Efeitos Visuais para o Oscar é “Duna: Parte 2”, mas na premiação tudo pode acontecer. Na expectativa, o brasileiro já comemorou adiantado a espécie de crossover que aconteceu recentemente e viralizou na internet – o encontro de Ariana Grande com Fernanda Torres no Festival de Cinema de Santa Bárbara e quando a atriz brasileira saudou a americana com a icônica jogada de cabelo da personagem Glinda, de "Wicked". “Na hora que eu vi aquilo, eu falei: ‘eu preciso colocar esse vídeo num potinho e guardar para sempre'. Foi épico, marcante, ver essa energia incrível", diz o artista, que acaba de dirigir mais um curta-metragem, “Small as a Pea". A previsão de lançamento é ainda neste ano.Wicked no OscarO filme francês "Emilia Pérez" lidera as indicações ao Oscar 2025, disputando em 13 categorias. O musical "Wicked", de Jon Chu, empata com "O Brutalista", que também acumula 10 indicações."Um Completo Desconhecido” e “Conclave” vêm na sequência, somando oito indicações cada um.As categorias em que “Wicked” foi indicado são:Melhor FilmeMelhor Atriz por [Cynthia Erivo]Melhor Atriz Coadjuvante por [Ariana Grande]Efeitos VisuaisMelhor FigurinoMelhor Maquiagem e PenteadoTrilha Sonora OriginalDireção de ArteEdição de FilmeMelhor Conquista em Som
Nesta segunda-feira, assinalam-se os três anos da invasão russa do território ucraniano, 2025 marcando igualmente os 11 anos do início da ofensiva de Moscovo contra o leste do país. Anos de incerteza recordados hoje em Kiev pelo Presidente Volodymyr Zelensky na presença de líderes europeus, seus aliados, nomeadamente a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e também o Presidente do Conselho Europeu, António Costa. Três anos depois da invasão da Ucrânia, a situação no terreno continua difícil para as tropas ucranianas que enfrentam a falta de meios para combater. No aspecto político, o regresso de Donald Trump à Casa Branca marcou também uma viragem completa do posicionamento dos Estados Unidos relativamente ao conflito, com o Presidente americano a dialogar com Vladimir Putin sobre um possível processo de paz, na ausência da Ucrânia e do resto da Europa.Para além destes aspectos, o dia 24 de Fevereiro de 2022 também marca o começo do exílio para muitos ucranianos que a guerra empurrou para fora do seu país.De acordo com as Nações Unidas, desde o início da invasão russa e até sensivelmente Julho do ano passado, a Europa acolheu mais de 6 milhões de refugiados ucranianos que se repartiram maioritariamente nos países circundantes.Em França, chegaram quase 67.000 e Portugal acolheu um pouco mais de 63.000 ucranianos, sendo que esta comunidade abrange actualmente mais de 117.000 pessoas de norte a sul de Portugal.Abraão Veloso fundou o Centro Social e Cultural Luso-Ucraniano em Braga em 2015 pouco depois da invasão do leste da Ucrânia. "Esta associação nasceu em resposta à invasão do Donbass. Um amigo ucraniano, um dia, veio pedir-nos ajuda porque o país dele estava em dificuldade e nós dissemos que estávamos disponíveis para mobilizar a sociedade e depois surgiu esta associação, porque sem uma associação não é possível fazer nada", conta o líder associativo."Havia muitos deslocados, sobretudo do Donbass. E nós procuramos, na medida do possível, enviar ajuda. Nesse tempo era muito mais difícil, uma vez que a sociedade não estava muito virada para a questão ucraniana. Era uma questão lateral. Mas nós, nesse período, fizemos isso. Trabalhámos muito com a comunicação social para alertar que havia ali uma guerra que estava a consumir muitas vidas. Naqueles anos antes da invasão, fala-se em cerca de 15.000 mortos, portanto um número muito elevado", refere Abraão Veloso.Ao evocar o acolhimento de refugiados ucranianos no extremo norte de Portugal, o activista social diz que "em Braga foram acolhidos excelentemente, porque houve aqui um acordo entre as diversas instituições a Câmara, a Cruz Vermelha e outros e a associação. Um hotel foi colocado ao serviço da chegada desses ucranianos refugiados. Foram diversos autocarros, nomeadamente a Cracóvia, buscar refugiados. E quando chegaram a Portugal tinham um hotel todo por sua conta para os acolher. E depois foi feito o encaminhamento uns para as famílias, outros para os amigos. (...) Um técnico fez o primeiro embate dos ucranianos com as instituições para terem um acolhimento temporário. Iam com eles a Segurança Social, ao Centro de Emprego, aos diferentes organismos aqui da região, às escolas".Desde 2015 e sobretudo, nestes últimos três anos, chegaram milhares de ucranianos a Portugal, o líder associativo recordando ter chegado a apoiar duzentas pessoas ao mesmo tempo. "Neste momento, o número é muito menor, porque eles, tal qual os portugueses, têm vontade de voltar à sua terra."O regresso à Ucrânia é, de facto, o horizonte de muitos refugiados que se encontram em Portugal, constata também Roman Grymalyuk que vive no Algarve hà vinte anos e que contrariamente aos seus compatriotas, pretende prosseguir o seu caminho em terras lusas.Contudo, isto não significa que se tenha desligado do seu país de origem, Roman Grymalyuk tendo criado há dois anos e meio a Oranta, Associação de Apoio à Comunidade Ucraniana no Algarve. Para além de apoiar os refugiados que chegam a Portugal, esta associação também fornece algum apoio logístico à Ucrânia."Nós estamos a trabalhar com vários batalhões e com várias instituições médicas na Ucrânia. Estamos a transformar vários tipos de veículos, principalmente veículos 4X4 para carrinhas de resgate dos feridos da zona de combate, tanto como os carros para transportar os feridos do centro de estabilização para hospitais", explica o activista que ao regozijar-se com o facto de "muitos municípios do Algarve entenderem o que está a acontecer no país", refere ter tido "a possibilidade de ajudar os ucranianos -para já- na tradução da língua porque nem todos os que vão (a Portugal) têm a mínima ideia da língua portuguesa. Começámos a falar com escolas, começámos a falar com municípios. Tivemos muita sorte porque tivemos muitas respostas positivas"."Até não há muito tempo atrás, nós estivemos a fazer algumas contas da quantidade de coisas que aconteceram só no município de Lagos. Por exemplo, tivemos mais de 740 pessoas que receberam apoio aqui na nossa zona", constata ainda o líder associativo ucraniano que não deixa de observar, tal como Abraão Veloso que a tendência é frequentemente tentar regressar ao país"No fim do primeiro ano da invasão russa na Ucrânia, voltaram mais ou menos à volta de 20% das pessoas que chegaram nos primeiros tempos da invasão. Claro que temos várias pessoas que já se sentem muito bem em Portugal, porque já é o terceiro ano. Há algumas pessoas que já tomaram a decisão que vão continuar a viver em Portugal, gostaram do sítio ou até algumas já montaram famílias aqui em Portugal. Mas também temos ainda muito pessoas que têm a esperança de que isto acabe o mais rápido possível, porque querem voltar para a Ucrânia", constata Roman Grymalyuk.Questionado sobre a sua recente estadia na Ucrânia no ano passado, depois de um longo período de ausência, o activista social dá conta da sua dor."Para mim foi um bocado complicado, porque foi por um caso muito triste para mim, pelo falecimento do meu pai. Foi por isso que eu voltei à Ucrânia. Mas, como já durante os últimos três anos, estava completamente envolvido nos apoios e em contacto com militares e com médicos, tinha tomado a decisão de fazer a minha viagem para a linha de frente, para ver tudo lá no sítio, para falar como eles mesmo lá no sítio, para perceber melhor o que é que falta", recorda Roman Grymalyuk."Quando cheguei, vou dizer a verdade, fui a algumas zonas que não foram afectadas pela guerra. Fiquei muito surpreendido porque o país ficou muito mais evoluído nalgumas partes, mas também fiquei muito triste ao ver em vilas e cidades, onde as pessoas mesmo assim tentavam fazer uma vida normal. E houve momentos em que me vieram lágrimas, porque não podia perceber como é possível crianças crescerem com este barulho, a ouvir os disparos, os bombardeamentos e estar tão tranquilo", conta o responsável associativo."Hoje em dia, estamos numa situação muito grave. Não é só para a Ucrânia. Estamos numa situação muito perigosa, tanto para a Europa, como para o futuro mundial, porque hoje estamos em risco de passar de um mundo democrático para um mundo de ditadura", conclui Roman Grymalyuk.
A França tem sua campeã mundial de capoeira. Aos 22 anos de idade, Mahrie Corbu fez história como a primeira francesa a conquistar o título mundial de capoeira, em uma competição disputada no início de fevereiro, em Curitiba, no Paraná. A repercussão da conquista deve garantir maior visibilidade para a prática no país e impulsionar projetos da jovem francesa que usa a capoeira para inserção social. A vitória na competição europeia, realizada em Madri, garantiu a classificação da francesa para o Mundial no Brasil. Antes disso, ela tinha participado de competições em Munique e Barcelona. Orgulhosa da medalha inédita conquistada na capital paranaense, Mahrie Corbu aproveita a visibilidade conquistada para divulgar os valores da capoeira além dos aspectos esportivos. “A competição é muito importante para o desenvolvimento da capoeira, porém, não é o objetivo final, algo que como capoeirista tem que conquistar. Faz parte como esporte, da performance física, mas a capoeira vai além disso, tem muitos valores sociais e culturais”, diz. “A capoeira consegue unir as pessoas, de idades e lugares diferentes. É uma língua que a gente consegue conversar através do corpo. O lado da competição é bom, é importante, mas vai além”, acrescenta.No entanto, Mahrie pode creditar a sua conquista também ao seu espírito competidor. Durante o Mundial, ela não se abateu ao levar um golpe que quase a tirou da roda de capoeira. A francesa lembra que teve de superar a dor de uma pancada nas costelas. “Fiquei um minuto com a respiração cortada, fiquei no chão e não conseguia respirar. Quando vi a ambulância chegar, pensei, ‘se eu não consegui levantar a competição, acaba aqui'. Eu me levantei e decidi terminar a competição mesmo com a respiração ruim”, recordou.Mais de 20 países foram representados no Mundial. Apesar de não ter a graduação exigida, seu mestre aceitou inscrevê-la na categoria para professoras, já que ela também dá aulas na França. Mahrie era a única estrangeira em uma disputa só com brasileiras. Sem muitas expectativas de subir ao pódio, ela disse ter chegado confiante na competição devido à preparação e ensinamentos adquiridos com seu mentor, o mestre Cacique. “Não pensava que ia ganhar, porém, meu mestre me ensinou muitas coisas, eu acredito muito nos seus ensinamentos e cheguei confiante, pois o trabalho dele é muito bom”, afirma. Relação com a capoeira começou na infânciaA relação de Mahrie com a capoeira começou muito cedo, aos 8 anos, e por acaso. Inscrita para praticar boxe, ela abandonou a modalidade devido às ausências seguidas do professor, e como as aulas de capoeira eram no mesmo local, sua mãe a inscreveu mesmo contra sua vontade.“Nas primeiras aulas, não gostei e dizia para minha mãe que não tinha coordenação, flexibilidade, nada. Não gostava de cantar, mas minha mãe insistiu”, contou. Depois de dez aulas, Mahrie se convenceu e passou a treinar com regularidade, até mesmo em casa. “Hoje, 14 anos depois, posso falar que a capoeira sempre fez parte da minha vida e hoje é o motor da minha, vida”, afirma.Seu nome de capoeira, “matadora arte negra” surgiu quando tocando pandeiro durante uma roda de capoeira, repreendeu um aluno indisciplinado apenas cruzando os braços e lançando um olhar severo. Uma amiga brincou dizendo que ela tinha um “olhar de matadora” e o apelido ficou. Ela agregou "arte negra" em referência ao grupo que surgiu na Bahia e tem uma extensão em Bordeaux, cidade no sudoeste da França, graças ao trabalho do mestre Cacique, como é conhecido o baiano Marcelo Bezerra Pereira. Há mais de 20 anos ele se instalou na cidade para divulgação da capoeira.Mestre Cacique não esconde o orgulho ao ver a repercussão da vitória de Mahrie no Campeonato Mundial Muzenza de Capoeira. Segundo ele, imagens da capoeirista podem ser vistas não apenas em sua cidade natal, Carbon-Blanc, mas também em Bordeaux, e por meio de entrevistas ela ganhou muito espaço na mídia."A vitória de Mahrie deu uma visibilidade enorme. Ela está fazendo o que a capoeira pede para fazer. Ela ganhou o campeonato, mas ela está divulgando a capoeira, falando da filosofia. Ela fala da competição, mas não é só isso. Ela não ganhou sozinha, todos os capoeiristas estão ganhando com ela. Ela não tem o espírito da competição, ela tem o espírito da capoeira, e isso é bonito”, comemora Mestre Cacique, que espera nos próximos meses um aumento no interesse pela capoeira e no número de praticantes na região de Bordeaux.Trabalho de inserção socialCom um diploma universitário de Carreira Social, Mahrie trabalhou como diretora de atividades extraescolares com crianças e adolescentes, mas atualmente se dedica integralmente à capoeira por meio de sua associação “Capoeira Iguald'Arte”, onde dá aulas com membros do grupo Arte Negra. “Eu trabalho com crianças, adultos e idosos, e com pessoas com deficiência e dificuldades sociais, por isso chamei Iguald'Arte, que faz referências à igualdade com arte, de Arte Negra” explica. Ela encontrou na capoeira uma ferramenta para trabalhar com inserção de populações com dificuldades sociais. “A capoeira tem fundamento, ritual, mas não tem regras fixas, nada escrito. De um grupo para outro, as coisas mudam. É muito fácil a capoeira se adaptar às pessoas, ela é muito inclusiva. Todo mundo pode participar de uma forma ou de outra, se unir através da música, da cultura popular, não é apenas um esporte, mas uma arte de viver e filosofia de vida”, destaca a campeã mundial em um português fluente.Além da maior visibilidade que sua conquista vai permitir à capoeira na França, ela acredita que o título mundial vai também dar um recado para os brasileiros, a de que estrangeiros, especialmente europeus, estão cada vez mais integrados em uma prática comumente associada ao Brasil. “Você é visto como gringo da capoeira. Quero mostras por meio dessa medalha que as pessoas da Europa também podem praticar e fazer parte da capoeira. E a competição me permitiu mostrar mais o meu trabalho. A competição não é meu objetivo final, mas uso para divulgar meu trabalho na França”, conclui.
Não foram apenas os curtas e longa-metragens brasileiros que brilharam nesta 75ª edição da Berlinale, na capital alemã, em 2025. Um outro mercado promissor, o das séries brasileiras, ganhou espaço e conquistou holofotes no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Márcia Bechara, enviada especial da RFI a BerlimExemplo disso é a série De Menor, assinada pela diretora Caru Alves de Souza, veterana do festival berlinense que conquistou o prêmio do Júri Internacional com o longa Meu Nome é Bagdá, em 2020. De Menor, a série, convidada especial da seção Generation este ano, é uma espécie de spin off do primeiro filme homônimo da cineasta paulistana, que ganhou as telas brasileiras em 2013, e usa de uma linguagem não naturalista para criar um "olhar crítico" sobre a situação de adolescentes desassistidos e marginalizados no Brasil. "A proposta da série não busca oferecer respostas definitivas para essa situação, pois, como cineastas, não temos todas as ferramentas necessárias para isso. Nosso objetivo é, na verdade, fazer um chamado ao espectador, incentivando-o a refletir sobre esse contexto", diz a diretora."Os episódios exibidos aqui na Berlinale incluem o primeiro, que aborda a história de um adolescente negro pego usando drogas e julgado como traficante, uma situação bastante comum no país. Já o terceiro episódio se passa inteiramente dentro de um programa de TV, quase como uma transposição da audiência para o formato sensacionalista, típico desses programas que já emitem um julgamento imediato", antecipa.Terror brasileiroJá a série de terror Reencarne, de Bruno Safadi, que fez sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim, acompanha um ex-policial que é abordado por uma mulher que diz ser a reencarnação de seu falecido parceiro de trabalho, com um elenco que conta com o ator guineense Welket Bungué, além de Julia Dalavia, Taís Araujo, Enrique Diaz e a portuguesa Isabél Zuaa."Minha expectativa é apresentar uma série de terror que, embora tradicionalmente associada a narrativas norte-americanas, é uma produção brasileira. A trama se passa no interior de Goiás, uma região do Brasil que raramente é retratada nesse tipo de gênero. Trata-se de uma história que também foge dos clichês do imaginário das narrativas brasileiras. Com um elenco majoritariamente negro, acredito que Reencarne traz novas imagens do Brasil para o mundo", diz o diretor Bruno Safadi. Juan Jullian, um dos criadores de Reencarne, explica um pouco sobre o processo de criação da série. "Essa série foi aprovada em 2021, durante um pitch realizado pela TV Globo, que buscava histórias com protagonismo negro. Passamos um ano no processo de desenvolvimento e escrita, seguido de meses de filmagem, o que tornou essa jornada longa até chegarmos à Berlinale. Acredito que a série representa uma iniciativa legítima, sendo criada e escrita por autores negros e LGBTQIA+. É mais uma série de terror com protagonismo negro, o que é uma contribuição importante para o gênero", contextualizou.O diretor Bruno Safadi ressalta a importância da Berlinale como vitrine para as séries brasileiras. "A Berlinale é um dos três maiores festivais de cinema do mundo, com 75 anos de história. A trajetória do cinema passa por aqui, e as séries têm ganhado cada vez mais destaque, não só no cenário global, mas também nos festivais de cinema. Participar com uma série brasileira em um evento tão importante e tradicional como o Festival de Berlim é, sem dúvida, uma honra", afirmou em entrevista à RFI em Berlim, na sede do Berlinale Series Market.Veterano da Berlinale, onde já concorreu ao Urso de Ouro com o longa Joaquim, em 2017, e cujo filme O Homem das Multidões foi exibido na mostra Panorama, em 2013, o diretor pernambucano Marcelo Gomes assina agora sua primeira série, Máscaras de Oxigênio (não) Cairão Imediatamente, inspirado da história real de comissários de bordo que traziam remessas clandestinas do medicamento AZT para doentes de HIV na época em que a epidemia de Aids tomou conta do Brasil. "Quando a Morena Filmes me apresentou o projeto, fiquei muito emocionado, por diversas razões. Primeiramente, porque vivi os anos 1980 e 1990, ainda que fosse muito criança na época, e aqueles anos foram marcados por uma realidade terrível. O preconceito e a intolerância em relação às pessoas HIV positivas eram imensos. A série se constrói a partir dessa trama de intolerância brutal. Em um dos episódios, um dos personagens diz que a AIDS caiu como um "tailleur" na caretice, uma referência à forma como a sociedade lidava com a questão e também o descaso das autoridades públicas na época", lembra o diretor Marcelo Gomes."Essa história precisa ser contada aos jovens que não sabem nada sobre aquele momento da história. Precisamos aprender com os erros do passado. Mas também é importante que ela seja relembrada pelas pessoas que viveram aquela época, para que nunca se esqueçam do que aconteceu, especialmente em um momento como o que o mundo atravessa hoje, com novas ondas de intolerância", sublinha."Há três anos, o Brasil teve um governo que foi extremamente intolerante com a comunidade LGBTQIA+, o que torna essa narrativa ainda mais relevante. Fiquei muito emocionado ao recordar tantas pessoas que conheci e que, infelizmente, morreram devido ao preconceito", destaca."Era um momento extremamente difícil, pois não existia nenhum medicamento eficaz, com exceção do AZT, que só foi liberado nos Estados Unidos. As autoridades brasileiras demoraram cinco anos para aprovar o AZT. Durante esse período, o que aconteceu foi uma rede de solidariedade: comissários de bordo, que viajavam para os Estados Unidos toda semana, começaram a trazer o medicamento em quantidades cada vez maiores para ajudar as pessoas. Assim, formou-se uma verdadeira rede de apoio, um 'contrabando do bem', como costumamos dizer, para salvar vidas", detalha Marcelo Gomes sobre o enredo da série.A Berlinale fica em cartaz na capital alemã até o dia 23 de fevereiro.
Leitura Bíblica Do Dia: Efésios 6:10-20 Plano De Leitura Anual: Levítico 23-24, Marcos 1:1-22 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Numa conferência para escritores, Tânia me entregou um cartão com uma oração escrita à mão, explicando-me que tinha lido a biografia de cada palestrante, escrito orações específicas em cartões e que orava por nós ao entregá-los. Fiquei maravilhada com os detalhes em sua mensagem dirigida a mim e agradeci a Deus por me encorajar com esse gesto dela. Orei por ela também. Quando a fatiga e a dor me afetavam durante a conferência, eu relia o cartão, e Deus renovava o meu espírito. O apóstolo Paulo reconheceu o impacto benéfico da oração pelos outros. Insistia que os cristãos se preparassem para batalhas “contra governantes e autoridades do mundo invisível” (Efésios 6:12). Ele os encorajava a orarem contínua e especificamente, enfatizando a necessidade de cuidarmos uns dos outros por meio da oração intercessória. O apóstolo pediu também que rogassem por ele: “orem também por mim. Peçam que Deus me conceda as palavras certas, para que eu possa explicar corajosamente o segredo revelado pelas boas-novas” pelas quais estava “preso em correntes” (vv.19-20). Ao orarmos uns pelos outros, o Espírito Santo nos conforta e fortalece nossas convicções. Ele afirma que precisamos dele e uns dos outros, garantindo-nos que Ele escuta toda oração (silenciosa, em voz alta ou escrita em um cartão) e as responde conforme a Sua perfeita vontade. Por: Xochitl Dixon
Leitura Bíblica Do Dia: Salmo 118:5-14 Plano De Leitura Anual: Levítico 14, Mateus 26:51-75 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Há muitos anos, uma amiga me contou o quanto ela se sentia intimidada ao tentar atravessar um grande cruzamento de várias avenidas. “Nunca havia visto algo assim; todas as regras que eu conhecia para atravessar a rua pareciam inúteis. Fiquei tão assustada que esperei o ônibus na esquina e pedi ao motorista que me desse uma carona até o outro lado. Demorou bastante até conseguir usar este cruzamento primeiro como pedestre e depois como motorista.” Por mais complicado que um perigoso cruzamento no trânsito possa ser, passar pela complexidade da vida pode ser ainda mais ameaçador. Embora a situação específica do autor do Salmo 118 nos seja incerta, sabemos que era difícil e o levava a clamar: “Em minha angústia, orei ao Senhor” (v.5). Sua confiança em Deus era inconfundível: “O Senhor está comigo, portanto não temerei […] Sim, o Senhor está comigo, e ele me ajudará” (vv.6-7) Não é incomum ficar temeroso quando precisamos mudar de emprego, de escola ou casa. Sentimo-nos ansiosos quando a saúde piora, os relacionamentos se transformam ou o dinheiro desaparece. Mas esses desafios não precisam ser interpretados como se Deus nos tivesse abandonado. Quando nos sentirmos angustiados, que possamos entrar na presença do Senhor e buscá-lo em fervorosa oração. Por:Arthur Jackson
Leitura Bíblica Do Dia: 1 João 1:5-10 Plano De Leitura Anual: Levítico 4-5, Mateus 24:29-51 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Olhei para meu celular, franzi a testa preocupada e suspirei. Eu havia discutido e discordado seriamente de uma amiga quanto a um assunto envolvendo os nossos filhos, e eu sabia que precisava ligar para ela e pedir perdão. Eu não queria fazer isto, porque ainda tínhamos opiniões conflitantes; no entanto, eu sabia que não tinha sido gentil, nem humilde na última conversa que tivéramos sobre o assunto. Preocupei-me sobre como seria a ligação. E se ela não me perdoar? E se ela não quiser manter nossa amizade? Lembrei-me então do momento em que confessei o meu pecado a Deus sobre tal situação. Fiquei aliviada porque sabia que Deus havia me perdoado e liberado da minha culpa. Não podemos controlar como as pessoas reagirão quando tentamos resolver nossos problemas de relacionamento. Se admitirmos nosso erro, humildemente pedirmos perdão e fizermos as mudanças necessárias, podemos deixar que Deus providencie a cura. Mas mesmo se tivermos que suportar a dor de problemas não resolvidos com as pessoas, sempre é possível ter paz com Deus. Os braços de Deus estão abertos e Ele está aguardando para nos mostrar a graça e a misericórdia de que precisamos. “Mas, se confessamos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Por: Jennifer Benson Schuldt
Leitura bíblica do dia: Mateus 5:1-12 Plano De Leitura Anual: Êxodo 27-28, Mateus 21:1-22 Certo jovem enviou-me um e-mail informando que o seu pai, 63, estava no hospital com a vida por um fio. Apesar de nunca havermos nos encontrado, o trabalho de seu pai e o meu tinha várias áreas em comum. O filho, querendo animar o pai, pediu-me que enviasse um vídeo com uma mensagem de encorajamento e oração. Muito comovido, gravei uma mensagem curta e uma oração por sua cura. Fiquei sabendo que o pai assistiu ao vídeo e fez um gesto animado com a mão. Infelizmente, alguns dias depois, recebi outro e-mail dizendo que ele havia falecido, segurando a mão de sua esposa ao dar o último suspiro. Meu coração se partiu. Quanto amor e quanta devastação! Aquela família perdeu um marido e pai cedo demais. Apesar disto, é surpreendente pensar em Jesus insistindo que precisamente os que sofrem é que são felizes: “Felizes os que choram…” (Mateus 5:4). Jesus não está dizendo que a dor e o sofrimento são bons, mas que a misericórdia e a bondade de Deus são concedidas em abundância para os que mais necessitam delas. Os que estão derrubados pelo sofrimento causado por uma morte ou por sua própria pecaminosidade são os que mais precisam da atenção e consolação divinas; Jesus promete que “…serão consolados” (v.4). Deus vem ao nosso encontro, somos Seus filhos amados (v.9). Ele nos abençoa em meio às nossas lágrimas. Por: Winn Collier
Silvia Ventura dedica-se ao parapente há mais de 20 anos - foi campeã nacional vários vezes. Com a sua asa tem percorrido o país e à boleia dos voos começou a dedicar-se às atividades outdoor.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Para saber demais informações e participar do clube de conversação depois do expediente, siga o link: https://portuguesewitheli.com/cah If you'd like to help our podcast, consider leaving us a review (Apple and Spotify). Or, alternatively, you can also make a small donation that will be used to cover costs and buy more books for me to research for the podcast
A segunda parte da conversa com Paulinho Cascavel no DESTINO: SAUDADE passa, sobretudo, pela experiência no Sporting. Do céu (melhor marcador do campeonato no primeiro ano) ao inferno (dispensa e dois anos afastado do plantel). Se, em Guimarães, o nome assume a forma de lenda, em Alvalade a paixão já não é unânime. Muito por culpa, como se vai perceber na entrevista, dos dias mais do que agitados no balneário leonino. Um convidado de honra nos estúdios do zerozero.
Agora você pode levar os produtos do seu podcast favorito com você!. Conheça a loja do Terapia no dia a dia! Encontre produtos pra transformar a sua rotina e momentos de autoridade e autoconhecimento. Loja Terapia no dia a dia Assine a Comunidade Terapia no dia a dia por apenas R$ 19,90 por mês, tenha acesso a essa e mais dezenas de aulas e aprenda a lidar melhor com muitos dos problemas que vivenciamos no nosso dia a dia através das estratégias da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Clique pra conhecer a comunidade Terapia no dia a dia e tenha acesso a diversos Cursos e aulas pra te ajudar a desenvolver saúde mental e ter mais qualidade de vida. https://comunidade.terapianodiaadia.com.br Checklist avaliando seus problemas de sono: https://forms.gle/NB3tFEzc3rSeofkH7 Siga também no instagram: Psi Bianca Garcia: https://instagram.com/psibiancagarciaigshid=OGQ5ZDc2ODk2ZA%3D%3D&utm_source=qr Terapia no dia a dia: https://instagram.com/terapianodiaadia?igshid=OGQ5ZDc2ODk2ZA%3D%3D&utm_source=qr Psis recomendadas por mim https://www.terapianodiaadia.com.br/page/1nkdevqyxfw Email: contato@psibiancagarcia.com.br Episódios que podem complementar este: Abaixo abaixo estão os episódios, que fizeram parte desta e de outras edições da série janeiro branco. Episódio 132 - Minha ansiedade é generalizada" - Entendendo o TAG https://open.spotify.com/episode/654qsf52hen4RcPBpeNdbd?si=EdoCKdCiQN6D0FJQCWGAIg Episódio 131 - Como no piorar a sade mental alheia (falas que podem ser evitadas) https://open.spotify.com/episode/15xZSnZmLLl76hIXszBl9G?si=9dd5c8a08bfe4f14 Episódio 107 - “Sou compulsiva!”: entendo o transtorno de compulso alimentar https://open.spotify.com/episode/0xm2ZdghzbVicnSR0EFRiN?si=psllbV8DTCiTnLLcnsYCTQ Episódio 104: Episódio 103: "Me traumatizou" - Entendendo o transtorno de estresse pós-traumático https://open.spotify.com/episode/6J0KqzBukxEf8GbOBvRQ1x?si=m93bwipATcerOLI3FV6MKA "Estou no limite!"Entendendo a Síndrome de Burnout https://open.spotify.com/episode/7LWFrlU60PkG0bEvFDVD0a?si=O-MdEwzJQsWe1ESyaK9EcA Episódio 102: Acho que tenho fobia social" - Entendendo o transtorno de ansiedade social https://open.spotify.com/episode/7wKfcouAeRVGRrV3y165Ao?si=uFnaKXsCTcifZqFLfHmlcw Episódio 92: "Sou Border e agora?"- entendendo o transtorno de personalidade borderline https://open.spotify.com/episode/3eXdp5VR0wM8tZOzQy2Exh?si=n8_N1Hv0TO-W-h7_n5XXaQ Episódio 68: "Fiquei deprimida" https://open.spotify.com/episode/4OZMRwi6yBW5rQQUsY6ayZ?si=KvZJN5euRxuCulER4tw3Ow Episódio 67: "Tenho TOC" https://open.spotify.com/episode/1n7g68eaS10he88jrpCFar?si=SQYnzPNiRV6383cPF7UiPA Episódio 66: "Acho que sou bipolar" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T?si=YA8W5TK1REO65re08jnt8A Episódio 65: "Será que estou em pânico" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T Episódio 06: 12 dicas para melhorar seu sono https://open.spotify.com/episode/654qsf52hen4RcPBpeNdbd?si=EdoCKdCiQN6D0FJQCWGAIg
Leitura Bíblica Do Dia: Mateus 13:44-46 Plano De Leitura Anual: Êxodo 9–11; Mateus 15:21-29 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Um amigo meu foi a um reencontro da turma do colégio na casa de um ex-colega. Era uma mansão de frente para o mar, onde cabiam 200 pessoas, e meu amigo se sentiu diminuído. Em seguida, ele me disse: “Eu sou muito feliz pastoreando igrejas rurais há tantos anos, e sei que não deveria, mas não pude evitar de sentir inveja da riqueza material daquele colega. Fiquei pensando como minha vida poderia ser diferente se eu tivesse optado pelo caminho dos negócios. Mas depois me lembrei de que não precisava invejar nada”. Ele sorriu e completou: “Investi minha vida servindo ao Senhor e os resultados são eternos”. Jamais esquecerei seu olhar tranquilo ao dizer essas palavras. Esta tranquilidade vem da lição das parábolas de Jesus em Mateus 13:44-46: reconhecer que o reino de Deus é o grande tesouro. Buscar e viver pelo Seu reino pode assumir várias formas. Uns são chamados para um ministério de tempo integral; outros, para viver o evangelho em um ambiente de trabalho secular. Independentemente de como Deus escolhe nos usar, podemos confiar e obedecer à Sua direção e, assim como as pessoas nas parábolas, saber o valor do tesouro eterno que recebemos. Qualquer bem neste mundo tem valor infinitamente menor do que o que recebemos ao seguir a Deus (1 PEDRO 1:4-5). Nossa vida, colocada nas mãos de Deus, pode gerar frutos eternos. Por: Karen Huang
Agora você pode levar os produtos do seu podcast favorito com você!. Conheça a loja do Terapia no dia a dia! Encontre produtos pra transformar a sua rotina e momentos de autoridade e autoconhecimento. Loja Terapia no dia a dia Assine a Comunidade Terapia no dia a dia por apenas R$ 19,90 por mês, tenha acesso a essa e mais dezenas de aulas e aprenda a lidar melhor com muitos dos problemas que vivenciamos no nosso dia a dia através das estratégias da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Clique pra conhecer a comunidade Terapia no dia a dia e tenha acesso a diversos Cursos e aulas pra te ajudar a desenvolver saúde mental e ter mais qualidade de vida. https://comunidade.terapianodiaadia.com.br Siga também no instagram: Psi Bianca Garcia: https://instagram.com/psibiancagarciaigshid=OGQ5ZDc2ODk2ZA%3D%3D&utm_source=qr Terapia no dia a dia: https://instagram.com/terapianodiaadia?igshid=OGQ5ZDc2ODk2ZA%3D%3D&utm_source=qr Psis recomendadas por mim https://www.terapianodiaadia.com.br/page/1nkdevqyxfw Email: contato@psibiancagarcia.com.br Episódios que podem complementar este: Abaixo abaixo estão os episódios, que fizeram parte desta e de outras edições da série janeiro branco. Episódio 131 - Como no piorar a sade mental alheia (falas que podem ser evitadas) https://open.spotify.com/episode/15xZSnZmLLl76hIXszBl9G?si=9dd5c8a08bfe4f14 Episódio 107 - “Sou compulsiva!”: entendo o transtorno de compulso alimentar https://open.spotify.com/episode/0xm2ZdghzbVicnSR0EFRiN?si=psllbV8DTCiTnLLcnsYCTQ Episódio 104: Episódio 103: "Me traumatizou" - Entendendo o transtorno de estresse pós-traumático https://open.spotify.com/episode/6J0KqzBukxEf8GbOBvRQ1x?si=m93bwipATcerOLI3FV6MKA "Estou no limite!"Entendendo a Síndrome de Burnout https://open.spotify.com/episode/7LWFrlU60PkG0bEvFDVD0a?si=O-MdEwzJQsWe1ESyaK9EcA Episódio 102: Acho que tenho fobia social" - Entendendo o transtorno de ansiedade social https://open.spotify.com/episode/7wKfcouAeRVGRrV3y165Ao?si=uFnaKXsCTcifZqFLfHmlcw Episódio 92: "Sou Border e agora?"- entendendo o transtorno de personalidade borderline https://open.spotify.com/episode/3eXdp5VR0wM8tZOzQy2Exh?si=n8_N1Hv0TO-W-h7_n5XXaQ Episódio 68: "Fiquei deprimida" https://open.spotify.com/episode/4OZMRwi6yBW5rQQUsY6ayZ?si=KvZJN5euRxuCulER4tw3Ow Episódio 67: "Tenho TOC" https://open.spotify.com/episode/1n7g68eaS10he88jrpCFar?si=SQYnzPNiRV6383cPF7UiPA Episódio 66: "Acho que sou bipolar" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T?si=YA8W5TK1REO65re08jnt8A Episódio 65: "Será que estou em pânico" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T
Assine a Comunidade Terapia no dia a dia por apenas R$ 19,90 por mês, tenha acesso a essa e mais dezenas de aulas e aprenda a lidar melhor com muitos dos problemas que vivenciamos no nosso dia a dia através das estratégias da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) Clique pra assinar a comunidade Terapia no dia a dia e ter acesso a diversos Cursos e aulas pra te ajudar a desenvolver saúde mental e ter mais qualidade de vida. https://comunidade.terapianodiaadia.com.br Edição e produção: GeBê studios (21) 968052412 Siga também no Instagram: Psi Bianca Garcia: https://www.instagram.com/psibiancagarcia/?hl=en Terapia no dia a dia: https://www.instagram.com/terapianodiaadia/?hl=en Conteúdos exclusivos no Whatsapp: https://mailchi.mp/psibiancagarcia/terapia-close Passa assinar nossa Newsletter: https://mailchi.mp/psibiancagarcia/newsletterterapianodiaadia Email de contato: contato@psibiancagarcia.com.br Psis acompanhadas por mim e parceiras do Terapia no dia a dia https://www.terapianodiaadia.com.br/page/1nkdevqyxfw Compartilhe comigo: Sua história: https://terapianodiaadia.com.br/page/historias-no-terapia-no-dia-a-dia Seu #momentoterapianodiaadia: https://terapianodiaadia.com.br/page/historias-no-terapia-no-dia-a-dia Instagram da Maria Clara: https://www.instagram.com/psico.mariarego?igsh=ODUyaGMwOHp3MzI= Instagram do Laboratório de pesquisa (LADIP): https://www.instagram.com/ladip.pesquisa?igsh=MTBhZWduNm44cmE0aA== Episódios que podem complementar este: Abaixo abaixo estão os episódios, que fizeram parte desta e de outras edições da série janeiro branco. Episódio 131 - Como no piorar a sade mental alheia (falas que podem ser evitadas) https://open.spotify.com/episode/15xZSnZmLLl76hIXszBl9G?si=9dd5c8a08bfe4f14 Episódio 107 - “Sou compulsiva!”: entendo o transtorno de compulso alimentar https://open.spotify.com/episode/0xm2ZdghzbVicnSR0EFRiN?si=psllbV8DTCiTnLLcnsYCTQ Episódio 104: Episódio 103: "Me traumatizou" - Entendendo o transtorno de estresse pós-traumático https://open.spotify.com/episode/6J0KqzBukxEf8GbOBvRQ1x?si=m93bwipATcerOLI3FV6MKA "Estou no limite!"Entendendo a Síndrome de Burnout https://open.spotify.com/episode/7LWFrlU60PkG0bEvFDVD0a?si=O-MdEwzJQsWe1ESyaK9EcA Episódio 102: Acho que tenho fobia social" - Entendendo o transtorno de ansiedade social https://open.spotify.com/episode/7wKfcouAeRVGRrV3y165Ao?si=uFnaKXsCTcifZqFLfHmlcw Episódio 92: "Sou Border e agora?"- entendendo o transtorno de personalidade borderline https://open.spotify.com/episode/3eXdp5VR0wM8tZOzQy2Exh?si=n8_N1Hv0TO-W-h7_n5XXaQ Episódio 68: "Fiquei deprimida" https://open.spotify.com/episode/4OZMRwi6yBW5rQQUsY6ayZ?si=KvZJN5euRxuCulER4tw3Ow Episódio 67: "Tenho TOC" https://open.spotify.com/episode/1n7g68eaS10he88jrpCFar?si=SQYnzPNiRV6383cPF7UiPA Episódio 66: "Acho que sou bipolar" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T?si=YA8W5TK1REO65re08jnt8A Episódio 65: "Será que estou em pânico" https://open.spotify.com/episode/0vWCL2UqrgXrHruJWHgY7T Email: contato@psibiancagarcia.com.br
Hoje eu estava igual uma fera, andando pelada por todo o meu apartamento. Meu homem me encontrou no corredor e já me levou pro quarto. Puxei o short dele com meus dentes, com minha cara de safada, como se estivesse farejando para dar um bote. Busquei o leite dele com minha boquinha. Mudamos as posições, e ele passava a língua por mim enquanto eu me mordia de tesão. O gostoso encostava em cada canto meu. Eu gemia agarrado nos cabelos dele porque o safado era selvagem. Fiquei incontrolável igual um bicho. Conto erótico narrado. Locução: @ouveamalu.
Ouça aqui a segunda parte da republicação desta conversa especial em podcast feita em 2024 com o apresentador José Carlos Malato, que aqui revela o que gosta menos de ver e de fazer na televisão, como se defende dos egos mais inchados, o que lhe falta fazer em antena e deixa críticas à Igreja e ainda um olhar sobre as revoluções por cumprir no país. Boas escutas!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Amando essa onda de "prótese capilar masculina". Fiquei extasiada com a reação de alguns homens com o vislumbre de uma aparência nova. Espero que vocês estejam bem
Leitura bíblica do dia: Juízes 7:8-15 Plano de leitura anual: Ageu 1-2, Apocalipse 17 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Eu tinha um exame médico agendado, e embora não tivesse tido problemas de saúde recentes, eu temia a consulta. Estava assombrada pelas lembranças de um diagnóstico inesperado há muito tempo. Embora eu soubesse que Deus estava comigo e que eu deveria confiar nele, eu ainda sentia medo. Fiquei decepcionada por sentir medo e falta de fé. Se Deus estava sempre comigo, por que eu estava tão ansiosa? Então, em uma manhã, creio que Ele me conduziu à história de Gideão. Gideão, o “guerreiro corajoso” (Juízes 6:12), estava com medo de sua missão de atacar os midianitas. Embora Deus lhe tivesse prometido Sua presença e vitória, Gideão ainda buscava múltiplas garantias (vv.16-23,36-40). No entanto, Deus não condenou Gideão por seu medo. Ele o entendeu. Na noite do ataque, o Senhor garantiu a Gideão a vitória novamente, provendo-lhe uma maneira de aliviar os medos dele (7:10-11). Deus também compreendeu o meu temor. Sua garantia deu-me a coragem para confiar nele. Experimentei a Sua paz, sabendo que o Senhor estava comigo, não importava o resultado. No final, meu exame transcorreu bem. Temos um Deus que entende os nossos medos e que nos tranquiliza por meio da Bíblia e do Espírito (Salmo 23:4; João 14:16-17). Que o adoremos com gratidão, assim como Gideão o fez (Juízes 7:15). Por: Karen Huang
Lula disse o seguinte ao Fantástico, da Rede Globo, sobre a prisão de Braga Netto. "Eu perdi quatro eleições. Cada vez que eu perdia uma eleição, eu ia para casa chorar minhas marcas, reclamar e me preparar. Então, é muito grave o que eles fizeram. É muito grave. Eu fiquei chocado. Fiquei chocado. Eu vou te dizer uma coisa: eu defendo que eles tenham a presunção de inocência que eu não tive. Eu quero que eles tenham todo o direito de defesa. Mas, se for verdade a das acusações, essa gente tem que ser punida severamente para que sirva de exemplo ao Brasil.”Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Você também pode assistir ao Papo Antagonista com a apresentação de Felipe Moura Brasil na TV BM&C, nos canais 579 da Vivo, ou 547 da Claro, além do SKY+. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista. https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores! https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Fiquei impactada com o meu próprio pensamento, porque foi como dizer: ir devagar também é ir. Se movimentar com calma, também é se movimentar. Eu não preciso começar hoje e terminar hoje. Não precisa ser tudo de uma vez, não precisa ser tudo agora, eu posso começar hoje e fazer mais um pouco amanhã, e mais um pouco. Até estar do jeito que eu quero. Eu venho falando muito no para dar nome as coisas em como eu sinto que a gente desaprendeu os trajetos, desaprendeu a construção, desaprendeu o processo. E aí fiquei pensando que talvez o acordo mais importante a se fazer é: eu estou disposta a construir isso aqui com tempo? A dar meu tempo pra construir o que eu quero? Talvez isso seja o mais importante. edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas
O Botafogo é líder do Campeonato Brasileiro, com dois pontos a mais do que o Palmeiras. E no dia 30, em Buenos Aires, os botafoguenses decidem o título da Copa Libertadores da América contra o Atlético Mineiro. Mas nesta semana, o time carioca viveu momentos de tensão.
Fiquei por último na sala junto com meu professor de massagem tântrica. Ele ficava me olhando, gostava de me tocar e eu sempre ia com roupas atraentes . Fiquei sozinha com ele em uma das aulas e resolvemos ir para um motel. Ele sabia como me excitar e gostava de umas brincadeiras que me deixava fraca. O professor era bruto, selvagem e soube como satisfazer a sua aluna mais safada. Conto erótico narrado. Locução: @ouveamalu
A atriz brasileira Luana Piovani recebeu a RFI para falar do seu mais novo espetáculo "Cantos da Lua", que está em cartaz no Auditório dos Oceanos, em Lisboa, capital de Portugal. Por Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Portugal“Desde que vim para Portugal quase seis anos atrás, comecei a ter vontade de voltar ao teatro. Eu acredito em formação de plateia e, depois de observar o mercado, achei que não seria prudente tentar entrar em algum grupo ou fazer um texto clássico. A melhor porta de entrada seria usufruir da curiosidade das pessoas e criar algo diferente do que existe no mercado e sempre levando em consideração que estou fazendo 35 anos de carreira. Foi então que veio esta ideia, no fundo um compilado de desejos”, explica a atriz.Esta apresentação marca a celebração dos 35 anos da carreira artística da atriz brasileira e traz um formato intimista e inédito, onde Luana compartilha momentos da sua vida e trajetória. No espetáculo, Luana canta músicas ligadas às histórias que conta, criando uma atmosfera que mescla teatro, musical e stand up. O público divide o palco com a atriz em um formato cabaré o que intensifica a sensação de proximidade e interação.Em “Cantos da Lua”, Luana está “despida”. “O espetáculo é muito dúbio porque entro com uma postura de diva, naquela entrada silenciosa, triunfal e impactante e, ao mesmo tempo, eu estou pelada, estou humana. Eu rio de mim mesma. Enquanto o mundo se aplaude, se põe em um pedestal, se coloca perfeito, eu estou fazendo exatamente o oposto, o caminho inverso, eu vou para a humanização”, revela.Conexão com o públicoDiferente do que fez até agora, "Cantos da Lua" é uma forma da atriz se conectar com o público de maneira mais pessoal. “Essas minhas histórias que conto já são clássicas, pois tenho 35 anos de carreira, mas pelo menos 40 de vida bem vivida. Algumas meus amigos próximos já conhecem, pois são muito antigas e clássicas e outras fui desenterrando”.O espetáculo combina canções e relatos da vida da atriz, proporcionando uma experiência envolvente e reflexiva para os espectadores que ainda podem participar na escolha das músicas antes do espetáculo começar via QR code. Segundo a artista, cantar no palco tem sido o maior desafio.“Eu tenho que ter muita disciplina. Fico muito orgulhosa de mim quando não erro nada e sei que aprendo quando erro alguma coisa”, confessa a artista, que estreou na televisão em 1993.Revelando sua nova faceta: Luana canta no palcoDurante a apresentação, Luana canta músicas em português e inglês e conversa com a plateia, relembrando momentos marcantes de sua carreira e vida pessoal. As histórias abordadas incluem episódios engraçados e emocionantes, revelando um lado mais íntimo da atriz que o público normalmente não vê.“Eu não conto as minhas vitórias, eu estou no palco dividindo as minhas derrotas. As histórias que eu conto são engraçadas hoje, mas só eu sei o que senti quando abri o olho e acordei ao lado de uma pessoa que nunca vi na vida, num quarto de hotel”, revela.O espetáculo conta com a direção de Ando Camargo, que chegou a Lisboa dois meses antes da estreia para os ensaios, contribuindo com sua experiência para a criação de um ambiente autêntico na apresentação.“É um trabalho de amor, de amizade, mais do que um trabalho profissional. Fiquei muito feliz em fazer parte de todo este processo e de saber que as pessoas conseguiram ver meu trabalho em todas as sutilezas do espetáculo”, comenta Camargo.Luana e Ando começaram a trabalhar na peça em abril deste ano, quando a atriz esteve no Brasil. “Esse espetáculo passou por um processo enorme de transformação desde quando eu tive a ideia de fazê-lo. Acredito que tudo o que vai saindo é para a melhor. As coisas que aconteceram ao longo do tempo foi para deixar no formato perfeito. É impressionante como o universo conspira a favor quando se esta fazendo corretamente, é a lei da física”, diz Luana.A artista se conecta de maneira sincera e autêntica com o público. “Eu não quero mostrar o lado da Luana atriz e sim de uma pessoa que é idealizada dentro de um conceito que o mundo criou. Meu objetivo é desmistificar e mostrar que isso tudo é mentira. Isso é um produto que está sendo vendido, não comprem! Todos esses seres humanos que as pessoas idealizam também passam pelas mesmas coisas e, por exemplo, aqui estão algumas das minhas histórias. O espetáculo é sobre isso”, explica a artista.Para o diretor, a performance da atriz gera muitas emoções.“Isso foi aparecendo durante os ensaios. Fomos percebendo que depois das histórias engraçadas, quando chegava neste lugar da emoção, percebíamos que toda a equipe também se emocionava, isso ainda durante os ensaios”, revela Ando Camargo.Emoção que, segundo a atriz, ela também vê na expressão do público. “Estar no palco aqui em Portugal vem sendo uma experiência extremamente satisfatória. As pessoas têm muito carinho e respeito por mim. Eu tinha uma vaga ideia da proporção deste carinho, mas agora eu estou sentindo realmente. Eu vejo isso na feição das pessoas. O espetáculo tem capacidade para oitenta pessoas e quando saio tem sempre, pelo menos quarenta me esperando. É muito surpreendente”, conta Piovani.Depois de quase seis anos morando em Portugal, a atriz se sente realizada com esta peça. “Não consigo pôr em palavras como tem sido a minha experiência até agora. Hoje mesmo olhei para dentro da alma do Ando e disse para ele: 'se fui mais feliz, não me lembro'. Este espetáculo era o que faltava para coroar a grande mudança que fiz na minha vida, sair do meu país, ter atravessado um oceano, trazido minha família para Portugal, desfeito minha família aqui, ter reencontrado uma nova receita de família, ter aumentado o meu trabalho como mulher e mãe em, pelo menos 60% a mais do que era”, comenta Luana.Planos de digressão para "Cantos da Lua"As apresentações de "Cantos da Lua" seguem em cartaz nas próximas semanas na capital portuguesa, mas a atriz já tem planos de levar o espetáculo para outros teatros do país em 2025, expandindo a oportunidade de compartilhar suas histórias e experiências com um público ainda mais amplo. Mas levar para o Brasil ainda não está nos planos.“A ideia de levar para o Brasil existe, mas mais para frente. Este espetáculo é pensado para Portugal. Queremos levar para o Cassino do Estoril, Porto, que vamos fazer na mesma dinâmica com o público no palco”, revela Piovani."Quero que mais pessoas possam ver e sentir o que estou vivendo nesse espetáculo", afirma a atriz.
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Assine o Café Brasil em https://canalcafebrasil.com.br Vi estarrecido as imagens do avião caindo em Vinhedo. É impossível imaginar o que se passou dentro dele durante a queda. Fiquei mal de verdade ao pensar em cada uma das vítimas. Assisti a vários vídeos e entrevistas com especialistas e fiquei intrigado com o conceito de "parafuso chato", que é quando uma aeronave entra em rotação rápida em torno de seu eixo vertical enquanto perde altitude. Na aviação, sempre se aprende com os erros.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Assine o Café Brasil em https://canalcafebrasil.com.br Vi estarrecido as imagens do avião caindo em Vinhedo. É impossível imaginar o que se passou dentro dele durante a queda. Fiquei mal de verdade ao pensar em cada uma das vítimas. Assisti a vários vídeos e entrevistas com especialistas e fiquei intrigado com o conceito de "parafuso chato", que é quando uma aeronave entra em rotação rápida em torno de seu eixo vertical enquanto perde altitude. Na aviação, sempre se aprende com os erros.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Esses dias, eu me vi numa situação que o melhor caminho era desistir. Mas mesmo que essa fosse, evidentemente, a escolha que fazia mais sentido para aquele momento, uma parte de mim queria - muito - insistir. Queria muito continuar ali. Fiquei curiosa com isso. E me perguntei: o que essa parte que insiste tá defendendo? O que ela quer? Cheguei a 5 respostas. E são elas que divido na mesa de bar dessa semana. Cê vem? edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas Vídeo da Fê Neute: https://www.youtube.com/watch?v=FfN7EuVXM6g
Leitura bíblica do dia: João 15:1-8 Plano de leitura anual: Salmos 68-69; Romanos 8:1-21; Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Finalmente chegou o dia em que percebi que meu pai não era indestrutível. Quando menino, sabia de sua força e determinação. Mas, ao tornar-me adulto, ele lesionou as costas e entendi que afinal meu pai era mortal. Fiquei com os meus pais para ajudá-lo com as necessidades básicas de higiene e alimentação — isso era humilhante para o meu pai. Ele fez tentativas para realizar pequenas tarefas, mas admitiu: “Não posso fazer nada sem a sua ajuda”. Ele se recuperou, mas essa experiência nos ensinou uma lição importante: precisamos um do outro. E embora precisemos uns dos outros, precisamos de Jesus ainda mais. Em João 15, a imagem figurativa da videira e dos ramos continua a ser aquela a que nos apegamos. No entanto, uma das outras frases, embora consoladoras, também pode atingir a nossa autossuficiência. O pensamento que pode facilmente se infiltrar em nossa mente é: não preciso de ajuda. Jesus é muito claro: “sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (v.5). Cristo está falando sobre dar frutos, como “amor, alegria, paz” (Gálatas 5:22), características básicas de um discípulo. Jesus nos chama para frutificarmos, e a nossa total confiança nele produz a vida frutífera, para a glória do Pai (João 15:8). Por: John Blase
Hoje, tivemos uma live incrível sobre a dieta cetogênica e suas conexões com doenças autoimunes. Fiquei emocionado com a participação de todos vocês e com as perguntas inteligentes que surgiram. Durante a aula, mergulhamos fundo na ciência por trás da cetose e exploramos como essa abordagem nutricional pode ser uma aliada poderosa para quem enfrenta doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide, psoríase e esclerose múltipla. Discutimos os seguintes pontos: :::: Autoimunidade Desvendada: Entendemos o que é a autoimunidade e como nosso sistema imunológico pode se voltar contra nós mesmos. Afinal, conhecimento é poder! :::: A Magia da Cetose: Expliquei como a dieta cetogênica nos leva a um estado metabólico especial chamado cetose, onde nosso corpo queima gordura como combustível principal. Isso não apenas ajuda na perda de peso, mas também tem efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores. :::: Estudos que Brilham: Apresentei pesquisas científicas que comprovam os benefícios da cetose para pacientes com doenças autoimunes. Os artigos que mencionei estão disponíveis no PubMed. :::: Dicas Práticas: Compartilhei dicas práticas para iniciar a dieta cetogênica com segurança e eficácia. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde antes de fazer qualquer mudança significativa na alimentação. :::::: Seja Membro e Receba Aulas e Conteúdos Exclusivos ::::: https://www.youtube.com/channel/UCgeSWvdpxC7Ckc77h_xgmtg/join Entre em meu Canal do Telegram: https://t.me/canalandreburgos Inscreva-se em nosso canal http://goo.gl/Ot3z2r Saiba mais sobre o Método Protagonista em: https://escoladoprotagonista.com.br/oferta Programa Atletas LowCarb: https://atletaslowcarb.com.br/programa-alc/ Me siga no Instagram https://www.instagram.com/andreburgos/
Café com cogumelos, um Dejajero com queijo, um osso sacro dorido e balões com fezes.
O Vasco voltou bronzeado, a aventura numa gruta funda e uma buzina na escola.
Esses dias eu percebi que não eu queria ir num show que eu tinha comprado o ingresso já fazia alguns meses. Chegou o dia e a vontade não chegou. Fiquei pensando em todas as perdas que eu teria se eu não fosse, tentando encontrar um motivo pra ir, mesmo com preguiça. Até que uma hora, eu me dei conta: por que eu to adiando uma decisão que eu posso simplesmente fazer? Não é isso a delícia de ser adulto? Poder olhar para as coisas, poder olhar para as vantagens e as desvantagens das coisas, e bancar a nossa decisão? Não é essa a parada que faz a vida ser boa, também? Saber que você pode escolher, saber que você pode decidir, olhar para as linhas pequenas do contrato que é viver e pensar: ótimo, entendi, quero continuar. Ou ótimo, entendi, vou pular desse barco? Ou ótimo, entendi, vou fazer novas cláusulas nesse contrato? Cara, tem um monte de coisa que a gente não pode escolher abrir mão. Tem um monte de coisa que tá dada, mas aí quando a gente pode escolher, a gente não escolhe? A gente não escuta? É por aí que vai o episódio dessa semana, cê vem? edição: @valdersouza1 identidade visual: @amandafogacatexto: @natyops Apoie a nossa mesa de bar: https://apoia.se/paradarnomeascoisas Saiba mais sobre o Inspira - Ações para uma Vida Saudável: sescsp.org.br/inspira.
A jornalista e escritora Mariana Becker, o rosto da cobertura do automobilismo da TV brasileira, não sabe se verá tão brevemente uma mulher como piloto de Fórmula 1. A repórter da TV Band nota um aumento na diversidade das equipes ao longo das últimas décadas, mas o movimento ocorre principalmente fora das pistas. Na entrevista à Carolina Ercolin, a gaúcha avalia que faltam candidatas, espaço e patrocinadores para finalmente uma mulher guiar um carro entre as principais escuderias. “Tem pensamento machista na F1, mas as pessoas não têm mais coragem de dizer em voz alta”, explica. “Há estrategistas responsáveis por vitórias, como a Hannah Schmitz da Red Bull, tem engenheiras, começa a ter mecânicas. Mas a posição de comando ainda é um espaço que não está ocupado direito. Fiquei surpresa quando entrevistei a Claire Williams, filha de Frank e ex-chefe da equipe de Fórmula 1 e ela me disse que uma coisa boa da nova posição de comando é que agora podia falar nas reuniões, antes não a deixavam. Agora, não é porque é mulher que vai ser boa para um cargo, mas me estranha e me incomoda o automobilismo ser um esporte tão longevo,com tantas equipes e eu ainda não ver uma chefe de equipe mulher”. Mariana ainda contou da adolescência como surfista, da criação sem amarras de gênero em casa e da necessidade de escrever para registrar memórias. O ‘Nossa Voz', da Rádio Eldorado, ouve, todas as sextas-feiras de março, jornalistas inspiradoras que assumiram papel de protagonismo à frente de microfones das principais emissoras de TV e rádio do país abrindo portas para uma maior representatividade na comunicação.See omnystudio.com/listener for privacy information.