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Convidado
Condenação de Kabila à pena de morte "vai agravar divisão na RDC”

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 1, 2025 7:41


O antigo Presidente da República Democrática do Congo foi condenado, nesta terça-feira, 30 de Outubro, à pena de morte pelo Tribunal Militar do país. Joseph Kabila, que não compareceu ao julgamento, foi considerado culpado de crimes de guerra, traição e de ser o líder do grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda e que tem estado em conflito desde 2022. O analista político angolano Albino Pakisi considera que esta condenação vai "agudizar" os problemas de um país profundamente dividido. Que acusações são feitas ao antigo Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, condenado à pena de morte? As acusações que pesam sobre o antigo Presidente Joseph Kabila são de que ele, efectivamente, está a patrocinar o grupo M23, que está no leste da República Democrática do Congo. A segunda, dizem os advogados da acusação, é que ele não seria congolês, mas ruandês, com o nome verdadeiro de Hyppolite Kanambe, e que estaria ao serviço do Ruanda, por isso mesmo é condenado à pena de morte. Outra acusação é de que Kabila estaria a patrocinar outros grupos de insurreição. A RDC tem mais ou menos cerca de 100 grupos rebeldes. Portanto, não é apenas o M23, mas existem muitos grupos rebeldes dos quais se desconfia que o antigo Presidente seja também um dos patrocinadores. Joseph Kabila, enquanto esteve no poder, teve acesso às minas de diamantes e pedras preciosas, e, portanto, desconfia-se que terá retirado riqueza do país, que está agora a usar para patrocinar esses grupos rebeldes, com grande incidência para o grupo M23, com a acusação a afirmar que ele é o cabecilha político deste grupo. Face a um país extremamente dividido, o Presidente Félix Tshisekedi tem estado a apelar à união. Esta condenação não pode tornar essa união mais difícil? Torna-se muito complicada, e penso que nunca se chegará a essa união. A RDC é um território bastante vasto e, portanto, existem vários povos e várias etnias na República Democrática do Congo, à semelhança de Angola. Porém, em Angola somos vários povos, uma nação dentro de várias nações, mas entendemo-nos. Na República Democrática do Congo existem vários povos: ruandeses, ugandeses, tanzanianos, zambianos, centro-africano, mas não existe a capacidade política para unir essas várias sensibilidades e formar uma República Democrática do Congo una. Embora o Presidente apele à união do povo congolês, com esta condenação ele divide as águas, fazendo com que aqueles que apoiam Joseph Kabila continuem a apoiar o M23, enquanto Félix Tshisekedi ficará com os seus próprios apoiantes. Esta condenação mostra que a aliança que existia no passado entre Joseph Kabila e Félix Tshisekedi chegou ao fim? Inicialmente, o que se pretendia era que o Presidente Tshisekedi fosse uma espécie de “pau mandado” de Joseph Kabila, que, apesar das eleições, poderia continuar a ter poder sobre ele. Não é o que está a acontecer, porque, efectivamente, o grupo M23 está tão forte que ocupou províncias, com o apoio da população, precipitando esta ruptura. Joseph Kabila foi condenado, mas não está em Kinshasa; ele está em Goma, onde existem forças rebeldes. Isto provoca um problema não só de ruptura, mas também um problema em que o próprio Joseph Kabila pode contribuir para a divisão do Congo. Este é o grande receio de muitos analistas, que reconhecem que Kabila tem um poderio financeiro - está a ser financiado pelo Ruanda - podendo levar até mesmo à criação de dois Congos. Inicialmente era pedido prisão perpétua. Com a sentença de pena de morte, está-se aqui a tentar enviar também uma mensagem a outros dirigentes com ambições políticas? Vimos, quando foi a tentativa de golpe de Estado, que muitas figuras foram condenadas. É preciso lembrar que na RDC existe a “pena de morte”, mas Kabila pode recorrer da sentença. A meu ver, está a passar-se uma mensagem aos dirigentes, mas não podemos esquecer que as influências existem. Joseph Kabila foi presidente durante 18 anos e, para além das influências, existe também o problema da corrupção. A RDC é um país onde existe muita corrupção, portanto, mesmo que seja condenado, ele pode recorrer da decisão. (...) Na República Democrática do Congo, vários chefes de Estado que não são congoleses possuem minas de diamantes. Isto demonstra o nível de corrupção que existe no país, levando muitos analistas a afirmar que esta acusação não é para ser levada a sério. Joseph Kabila pode recorrer do veredito do Supremo Tribunal Militar, diante de um Tribunal de recurso, mas apenas para tentar alegar uma irregularidade no procedimento? Naturalmente. Porém, há quem diga que se trata de um processo político, ou seja, que é mais político do que factual. Dizem que ele não está, de facto, a apoiar estes grupos. Daí que ele possa recorrer dessa decisão. Até agora, Joseph Kabila não se pronunciou. Vamos esperar que os advogados se pronunciem efetivamente, e pronto. Depois, veremos como é que isso corre. Joseph Kabila foi ainda condenado a pagar 30 mil milhões de dólares por danos provocados ao Estado. O que representa esta condenação para a população? Bem, não nos podemos esquecer que ele foi Presidente durante 18 anos, com muita contestação. Aliás, é difícil e aqui, vale a pena fazer referência a isso, a República Democrática do Congo é um país extenso e, se olharmos para o mapa, 2 mil km separam Kinshasa, a capital, de Goma. As populações no interior, no centro e na zona Leste da República Democrática do Congo estão completamente empobrecidas e, muitas vezes, acabam por se juntar aos rebeldes, sem que a capital tenha qualquer tipo de controlo sobre o resto do território nacional. Este é um dos grandes problemas. Mais do que condenar o Presidente Joseph Kabila, o Presidente Félix Tshisekedi deveria apelar à união da República Democrática do Congo. Mas os factos demonstram que ele não está a conseguir fazê-lo, e esta condenação vai agudizar os problemas da República Democrática do Congo.

Igreja Batista Betesda
Você foi feito para uma missão com Pra. Eloane Capler

Igreja Batista Betesda

Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 56:58


Você tem que ser um estudioso da Bíblia para ser uma testemunha? Não. Você tem que ser um crente com 20 anos de vida cristã? Não. Você tem que ter uma vida perfeita e não ter cometido nenhum pecado em sua vida? Não. Tudo o que você tem que fazer a fim de ser uma testemunha é dizer: "É isto que está acontecendo comigo. Isto é o que Deus tem feito em minha vida." E qualquer pessoa pode fazer isso! No momento em que você se torna um crente, Deus lhe entrega uma missão. É a missão de contar as boas novas às pessoas. Você estaria hoje aqui se alguém não tivesse falado com você? Se alguém não tivesse falado com você acerca de Jesus Cristo, você não seria um crente. Agora, no momento em que você se torna um crente, é o seu trabalho falar de Jesus às outras pessoas. Ouça essa mensagem com o coração aberto para o que Deus quer falar com você.

Actualidade - Renascença V+ - Videocast
"Isto é de loucos". Tiroteio em igreja no Michigan faz quatro mortos e oito feridos

Actualidade - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Sep 29, 2025 1:35


"Isto é de loucos". Tiroteio em igreja no Michigan faz quatro mortos e oito feridos72d218c

Consulta Aberta
Vegetarianismo, veganismo e outras dietas de base vegetal: descubra os benefícios com a nutricionista Ana Isabel Monteiro

Consulta Aberta

Play Episode Listen Later Sep 29, 2025 43:52


Qual é o lugar das plantas e vegetais nas nossas refeições? E como é que os podemos integrar mais facilmente na nossa alimentação independentemente do tipo de dieta que escolhemos ter? “Se não for planeado, vários nutrientes numa alimentação vegetariana podem ficar em défice: cálcio, ferro, B12. Mas isto não se aplica só a esta dieta”, explica a convidada desta semana do podcast ‘Consulta Aberta’. Para falar sobre alimentação variada, produtos de base vegetal e como garantir que todos os alimentos estão presentes numa alimentação saudável, Margarida Graça Santos conversa com a nutricionista Ana Isabel Monteiro. “Eu consigo proteína nas sementes, nos frutos secos, nos brócolos. Isto contado, mais o tofu ou as alternativas vegetais à base de soja, vai dar-me tudo que preciso”, aconselha. Uma alimentação saudável não é necessariamente sinônimo de uma alimentação vegetariana, mas diversificar os alimentos que consumimos e retirar o foco da carne e do peixe pode ser o caminho. Ouça aqui as dicas das especialistas.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Fact Check
“O comer está na mesa”. Porque é que isto irrita tanta gente?

Fact Check

Play Episode Listen Later Sep 28, 2025 13:56


À inglesa ou à portuguesa: como devemos pronunciar a palavra "metrobus"? O Marco Neves traz ainda uma expressão que incomoda muitos portugueses, e que, afinal, não é um erro gramatical.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Uma palavra no seu caminho
XXVI Domingo do Tempo Comum - Homilia

Uma palavra no seu caminho

Play Episode Listen Later Sep 28, 2025 10:32


Escutando a primeira leitura da profecia de Amós e o Evangelho, percebemos que ambas apresentam um conflito social. De um lado, os ricos, que viviam muitíssimo bem, sem faltar nada, usufruindo de todos os prazeres; do outro, os pobres esquecidos. Em Amós, denuncia-se que os ricos não se afligiam com a ruína de José. No Evangelho, vemos Lázaro mendigar à porta do homem rico sem que este se compadecesse. O fim de ambos é claro: os ricos da leitura foram os primeiros a ser exilados; o homem do Evangelho acabou na perdição.Isto poderia parecer uma condenação da riqueza e um elogio da miséria, mas não é assim. O problema não estava em serem ricos, mas em viverem tranquilos e indiferentes, ignorando os que não tinham o mínimo para viver. O pecado foi não se preocuparem, não ajudarem.E aqui podemos perguntar: afinal, para que serve a Igreja? A Lumen Gentium diz: para ser sacramento universal de salvação. Concretiza-se em três eixos: evangelizar, louvar e cuidar dos pobres.·      Evangelizar – anunciar a Boa Nova, propor um projeto de vida mais autêntico, pleno e verdadeiro.·      Louvar – a liturgia comunitária, mas também a liturgia doméstica: oração pessoal, em família, recitação do terço, bênção das refeições. Deus não precisa dos nossos louvores, mas nós precisamos de nos deixar moldar pela graça que nos transforma.·      Cuidar dos pobres – seguir Jesus implica comprometer-se com a dignidade dos que menos têm.Recordo, da experiência paroquial, como muitas vezes ouvia dizer: “Agora já não há pobres.” É verdade que o Estado Social atenuou necessidades extremas. Contudo, “os pobres sempre os tereis convosco” (cf. Jo 12,8). Sempre haverá alguém mais limitado, mais vulnerável. E o critério de autenticidade da nossa vida cristã é justamente este: cuidar dos pobres, no sentido de ajudar os que têm menos condições do que nós.A pobreza pode ser relativa: os pobres entre nós vivem melhor que muitos povos da Índia, mas isso não nos desobriga. Não podemos pensar: “Tenho o suficiente, não me cabe preocupar-me com os outros.” Isso seria uma visão egoísta e perversa.O mal não está em usufruir dos bens e prazeres da vida – se foram adquiridos com honestidade, são dons de Deus. O mal está em gozar desses bens fechando os olhos a quem não tem as mesmas condições. Por isso, cuidar dos pobres é critério de qualidade da vida cristã.Quem vive o Evangelho compromete-se a construir um mundo mais humano e mais justo, animado pela visão de dignidade que a fé nos inspira. Na liturgia, lugar privilegiado da escuta da Palavra e da celebração dos mistérios, Deus vai “entranhando-se” em nós e moldando-nos como discípulos de Cristo.A maior alegria é encontrá-lo. Quem experimenta a amizade de Jesus sente uma paz e felicidade que nada nem ninguém pode tirar. Daí nasce a evangelização: não por obrigação ou proselitismo, mas porque descobrimos algo tão bom que não conseguimos calar.Todos nós somos chamados a anunciar e testemunhar esta alegria.E termino com uma frase de Miguel Torga, que, apesar de nunca ter dado o salto da fé, era um homem em busca. Ele escreveu: «O que eu dava para me levantar cedo esta manhã, ir à missa, e voltar da igreja com a cara que trazia o meu vizinho!» (segue-se: «Não é que eu tenha verdadeiramente pecados… Queria era sentir-me ligado a um destino extra-biológico…») (“Vila Nova, 16 de Agosto de 1936”, Diário I).Que também sobre nós se possa dizer: “Olha a alegria, olha a paz, olha o entusiasmo dele, porque encontrou Jesus Cristo e fez dele o centro da sua vida.”

Radio Cinemaxunga
The Benny Hill Show (1955 a 1989)

Radio Cinemaxunga

Play Episode Listen Later Sep 24, 2025 9:32


"O que andas a ver de séries?". Isto.

Salta da Cama
Son boas ou malas as apps de IA?, son unha axuda ou un perigo?, por Lorena Penas de ACTUAL COMUNICACIÓN - amodiño

Salta da Cama

Play Episode Listen Later Sep 24, 2025 13:55


Lorena Penas, de " ACTUAL COMUNICACIÓN - amodiño", empresa que se adica á xestión da comunicación dixital. Esta sección está centrada na comunicación dixital, nas redes sociais e nas ferramentas que necesitamos hoxe para expresarnos con creatividade e eficacia. Nesta sección propoñemos reflexións, consellos e estratexias para estar ao tanto das tendencias, optimizar a presenza dixital e resolver aquelas cuestións que xurden ao comunicar nas plataformas dixitais. Hoxe falamos de se son boas ou malas as apps de IA?, son unha axuda ou un perigo?. 🔊"Se nos acostumamos a que a IA o faga todo, corremos o risco de perder a nosa voz propia, a nosa creatividade e mesmo a capacidade de pensar con criterio". 🔊"Para quen traballamos en redes sociais ou en marketing dixital, a IA pode ser un gran apoio". 🔊"Co as IA non todo é positivo. Aquí vén o gran reto: estas ferramentas tamén poden ser unha fonte de desinformación". 📢 Son boas ou malas as apps de intelixencia artificial? Son unha axuda ou un perigo? 💡O lado positivo: unha ferramenta que impulsa a creatividade Imos comezar polo bo, porque a IA ten moitísimas vantaxes. ✅Para quen traballamos en redes sociais ou en marketing dixital, a IA pode ser un gran apoio: desde axudarnos a atopar ideas para publicacións, redactar textos, programar contidos, ata xerar imaxes ou vídeos cando nos falta material. 📌 Tamén pode aforrar tempo en tarefas repetitivas, como responder mensaxes, organizar calendarios ou incluso analizar estatísticas. 📌 E o mellor é que non fai falta ser un experto para comezar a usala: a maioría destas apps son sinxelas e están ao alcance de todos. En resumo, ben utilizada, a IA pode ser como un “asistente” que nos libera tempo para centrarnos no creativo e no estratéxico. 💡O lado perigoso: desinformación e perda de criterio ✅Non todo é positivo. Aquí vén o gran reto: estas ferramentas tamén poden ser unha fonte de desinformación. 📌 A IA é capaz de xerar textos, imaxes ou vídeos que parecen reais, pero que en realidade non o son. Desde fotos de persoas que nunca existiron ata novas falsas moi convincentes. 📌 Isto fai que cada vez sexa máis difícil saber que é verdade e que é mentira en internet. 📌 Ademais, se nos acostumamos a que a IA o faga todo, corremos o risco de perder a nosa voz propia, a nosa creatividade e mesmo a capacidade de pensar con criterio. Por iso, aínda que a IA é útil, é fundamental non depender totalmente dela e sempre verificar a información. 💡Exemplos de casos reais de mal uso da IA ✅En varias eleccións ao redor do mundo (EE. UU., Brasil, India…), apareceron noticias falsas e imaxes manipuladas feitas con IA para influír na opinión pública. Por exemplo, en campañas electorais creáronse vídeos deepfake de políticos dicindo cousas que nunca dixeron, co obxectivo de xerar desconfianza ou confusión entre os votantes. ✅Hai casos de actores, cantantes e deportistas aos que lles fixeron vídeos falsos onde parece que fan ou din cousas que nunca ocorreron. Un exemplo moi comentado foi o de Tom Hanks, que apareceu nun anuncio falso de seguro dental xerado con IA sen o seu consentimento. ✅Algúns ciberdelincuentes usan IA para clonar voces e facerse pasar por familiares ou directivos dunha empresa. Chaman a unha persoa e, coa voz dun fillo, dun pai ou dun xefe, piden diñeiro ou datos confidenciais. Moita xente xa caeu nestas estafas porque a voz soa exactamente igual. ✅Circulan nas redes fotos de acontecementos que nunca existiron, como desastres naturais, manifestacións ou personaxes históricos. Por exemplo, fíxose viral unha foto falsa do Papa Francisco cun abrigo branco de moda, e moita xente cría que era real porque a imaxe era perfecta. 💡O equilibrio: usar a IA como apoio, non como substituto ✅A clave está no uso responsable. 📌 A IA non debería substituír a nosa creatividade, senón potenciala. 📌 Sempre debemos revisar e adaptar o contido que xera, para asegurarnos de que é veraz e que reflicte o noso estilo. 📌 E, sobre todo, lembrar que a última palabra témola nós, non unha máquina. 💡Entón, volvemos á pregunta inicial: son boas ou malas as apps de intelixencia artificial? ✅Eu penso que non hai unha resposta única. A IA non é nin boa nin mala por si mesma, todo depende de cómo a utilicemos. ⁉️Encantaríame saber que opinades vós: 📌 Védelas como unha axuda no voso día a día ou como unha ameaza? 📌 Fiades do contido que crean ou pensades que é perigoso? 👉Máis Información ACTUAL COMUNICACIÓN Amodiño: ✔️Páxina Web: https://actualizadoscomunicacion.com/ ✔️Facebook: https://www.facebook.com/actualizadoscomunicacion ✔️Twitter: https://twitter.com/actualizadoscom ✔️Instagram: https://www.instagram.com/actualizados_comunicacion/ 🎙️"SUSCRÍBETE" ao podcast.👍 👉MÁIS ENTREVISTAS: https://www.ivoox.com/podcast-salta-da-cama_sq_f1323089_1.html 👉Máis Información e outros contidos: ✔️Facebook: https://www.facebook.com/PabloChichas ✔️Twitter: https://twitter.com/pablochichas ✔️Instagram: https://www.instagram.com/pablochichas/ ✔️ TikTok: https://www.tiktok.com/@pablochichas

Convidado
ONU "está fragilizada e precisa de ser refundada"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 24, 2025 8:26


O Presidente dos Estados Unidos discursou nesta terça-feira, 23 de Setembro, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Num discurso que durou cerca de 50 minutos, Donald Trump fez duras críticas à ONU, acusando a organização de estar "paralisada", de não ajudar nos esforços para a paz mundial e de estar a financiar "um assalto aos países ocidentais e às suas fronteiras", referindo-se ao apoio que a organização tem prestado aos migrantes necessitados. Osvaldo Mboco, especialista angolano em Relações Internacionais, reconhece que, sem a ONU, o mundo seria um lugar pior. No entanto, defende que a instituição está fragilizada e precisa de ser refundada. A ONU, enquanto organização internacional, está fragilizada? Isto é mais do que ponto assente, porque não tem conseguido dar respostas aos vários assuntos estruturais do ponto de vista do sistema internacional. Tem a ver com a paz, a estabilidade - ou, melhor dizendo, com a paz e segurança a nível mundial - que é, de facto, o objectivo central da ONU desde a sua criação. As alegações do Presidente Trump são muito fortes. Mas temos de ser honestos: sem a ONU, com certeza, o mundo seria pior, do ponto de vista dos vários problemas que existem - desde as crises, passando pelos conflitos, até ao número elevado de pessoas que vão morrendo. Mas a ONU precisa, de facto, de se refundar ou, então, de actualizar a sua matriz, consoante os novos desafios modernos. A última vez que o Conselho de Segurança da ONU funcionou eficazmente foi em 2011, quando os países chegaram a um consenso sobre uma resolução que autorizava o uso da força na Líbia. Desde então, os Estados não têm conseguido alcançar consensos. A Rússia exerce o seu poder de veto sempre que está em causa uma resolução relativa à Ucrânia, e os Estados Unidos fazem o mesmo no que diz respeito a resoluções ou decisões sobre Israel. Como é que se pode ultrapassar esta paralisação? O veto simboliza uma arma poderosa nas mãos dos países com assento permanente. Por isso, é frequentemente utilizado para impedir a aprovação de resoluções que contrariem os interesses desses Estados. Temos de ultrapassar este impasse. Sempre que estiverem em causa situações relacionadas com genocídios, crimes de guerra ou violações graves dos direitos humanos, o direito de veto não deveria ser exercido. Esta problemática não é nova. Já após a Conferência de Haia, em 1944, o Presidente Roosevelt enviou uma carta ao Presidente Estaline, na qual expressava a ideia de que, se um dos Estados membros permanentes do Conselho de Segurança estivesse envolvido directamente num conflito, não deveria usar o seu direito de veto. Claramente, Estaline rejeitou essa proposta, justificando que já havia sido acordado, por unanimidade, que todos os membros permanentes manteriam esse direito. É fundamental que os Estados compreendam que devem colocar em primeiro plano os interesses do sistema internacional. Contudo, essa visão é também falaciosa - ou, se quisermos, excessivamente romântica - pois, na prática, são os Estados mais poderosos que impõem a sua vontade sobre os mais fracos. Então, o que é que resta do multilateralismo? Quando uma decisão interessa, um Estado em concreto utiliza o direito internacional e as instituições multilaterais para legitimar a sua acção. Mas, quando o direito internacional entra em contradição com os interesses desse mesmo Estado, este tende a violá-lo. Foi o que aconteceu com a invasão dos Estados Unidos no Afeganistão; com a intervenção na Líbia, levada a cabo pela Inglaterra e pela França; e, mais recentemente, com a Rússia, que invadiu a Ucrânia e tem usado sistematicamente o direito de veto. Por isso, os Estados falam da necessidade de uma reforma. No entanto, uma reforma apenas ao nível do alargamento do Conselho de Segurança não resolve o problema. Os futuros membros permanentes poderão, à semelhança dos actuais, actuar segundo os mesmos princípios de defesa dos seus próprios interesses. Daí que eu afirme que é fundamental estabelecer limitações e excepções claras quanto ao uso - ou não uso - do veto em determinadas circunstâncias, especialmente quando estão em causa violações graves do direito internacional. Só assim poderíamos recuperar um multilateralismo mais actuante e abrangente, capaz, de facto, de responder aos grandes desafios que se colocam hoje ao sistema internacional. Nesta corrida para “salvar o multilateralismo”, há o caso do Brasil e da China, com o Sul Global… A China pretende tornar-se o próximo "Estado gendarme" do sistema internacional. E percebe que a configuração actual do sistema também a beneficia, permitindo-lhe alcançar mais rapidamente esse estatuto. Por isso, apela ao multilateralismo, embora com uma abordagem diferente da dos Estados Unidos. Contudo, se a China se tornar, de facto, o "Estado gendarme", é evidente que, em determinadas situações, também actuará em função dos seus próprios interesses nacionais. O Brasil, por sua vez, é um dos países que manifesta a pretensão de ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Brasil que procura afirmar-se na liderança dos BRICS… Sim, mas penso que a liderança efectiva dos BRICS continua a ser da China, sem sombra de dúvida, pelos factores estratégicos que detém, os quais são claramente superiores aos do Brasil. O Brasil assume muitas vezes o papel de porta-voz e de porta-bandeira do grupo, adoptando uma posição mais crítica e firme em relação a certas matérias. Ainda assim, o Brasil também ambiciona integrar o Conselho de Segurança, com base nos seus próprios interesses nacionais. Há anos que o continente africano reclama dois assentos permanentes e cinco não permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Chegou a hora de ouvir o continente? Penso que é tempo de ouvir o continente, sim. Mas o continente africano não será ouvido apenas através de reclamações. A União Africana deve ganhar uma maior expressividade no próprio sistema internacional. E como é que se conquista essa expressividade? Do ponto de vista estratégico, o principal factor é demonstrar que a África é um dos actores centrais do sistema internacional contemporâneo. Quando olhamos para a necessária reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, percebemos que a entrada de novos membros permanentes depende, em grande medida, do princípio da representatividade geográfica. Assim, a presença do continente africano no Conselho de Segurança - através de Estados africanos com assento permanente Mas já lá vão 20 anos desde a aprovação da Declaração de Sirte, que prevê dois assentos permanentes e cinco não permanentes para a África. Como é que essa decisão ainda não foi implementada? Por uma razão muito simples: não existe vontade política por parte dos países com assento permanente. Estes Estados sabem que uma reforma do Conselho de Segurança implicaria alargar a "mesa do poder" e permitir a entrada de novos membros. E percebe-se claramente que esse não é o objectivo. Mesmo países como a Rússia e a China, que discursam frequentemente em defesa do multilateralismo, não estão verdadeiramente interessados em abrir o Conselho de Segurança a novos membros permanentes. Porquê? Porque reconhecem que esse Conselho representa uma fonte de poder diferenciador, que lhes confere vantagens claras sobre os demais Estados - e que continuarão a utilizar sempre que necessário para bloquear decisões contrárias aos seus interesses. Permita-me regressar à questão da entrada de Estados africanos como membros permanentes do Conselho de Segurança, conforme previsto na configuração da Carta de Sirte. A grande questão é: quais serão os critérios para essa entrada? Será o continente africano a usar as Nações Unidas para definir quais os Estados que devem - ou não - ocupar esses assentos? E segundo que critérios? Isto levanta outro problema: mesmo que o princípio seja aceite, a operacionalização dessa decisão continua a ser adiada. Então, o que é que isto revela? A actual configuração das Nações Unidas nasce da ordem internacional criada no pós-Segunda Guerra Mundial. Ou seja, a estrutura reflecte os equilíbrios de poder dessa época, não os do presente. Se essa ordem internacional não for profundamente revista, continuaremos a assistir à exclusão de novos actores com expressão crescente no sistema internacional - como é o caso de muitos países africanos. Portanto, o alargamento do Conselho de Segurança será muito difícil de concretizar sem uma alteração profunda do sistema das Nações Unidas. E há quem defenda, com razão, que essa reforma deve ir além do Conselho de Segurança, ou seja todo o sistema das Nações Unidas. 

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
Isto é muito amor, não é?

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Sep 23, 2025 3:44


Fazer o pequeno almoço à cara metade e um chocolate de sonho!

Pre-Bet Show - Betano.pt
PREPARÁMOS UM SPECIAL ONZE DA CARREIRA DE MOURINHO⭐ | Pre-Bet Show Betano nº150

Pre-Bet Show - Betano.pt

Play Episode Listen Later Sep 23, 2025 55:21


Um special episódio para um special regresso do special one a Portugal. Falamos do regresso de Mourinho a Portugal, para treinar o Benfica, e do impacto que pode ter no futebol das águias. Renovamos os elogios ao futebol de Farioli (melhor arranque de sempre?!) e demos ainda uma pequena pitada sobre a Bola de Ouro.Quase a encerrar o episódio, temos uma dinâmica que promete dar muito que falar isto

Postal do Dia
Sem isto uma relação nunca será plena

Postal do Dia

Play Episode Listen Later Sep 23, 2025 2:32


Num mundo cheio de guerras e incertezas o que podemos fazer? Talvez começarmos por pensar na forma como tratamos a pessoa que está ao lado.

Convidado
Sudão do Sul: "O problema principal neste momento, são as milícias"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 23, 2025 14:19


O ex-vice-presidente do Sudão do Sul, Riek Machar, acusado de "crimes contra a Humanidade", comparece desde esta segunda-feira perante a justiça do seu país no âmbito de um julgamento cuja legalidade é contestada pelos seus advogados e pelos seus apoiantes que denunciam "motivações políticas", num contexto de eterna guerra fratricida com o seu mais directo adversário, o Presidente Salva Kiir. Detido em regime de prisão domiciliar há mais de sete meses por estar alegadamente por detrás de um ataque cometido a 3 de Março por milícias chamadas de "Exército Branco" em Nasir, no nordeste do país, em que morreram mais de 250 militares, uma alta patente do exército assim como um piloto das Nações Unidas, Riek Machar enfrenta a justiça juntamente com sete outros réus acusados de "assassinato", "terrorismo" e "conspiração". Este julgamento decorre numa altura em que se observa um aumento substancial da tensão num país que desde a sua independência em 2011, raramente conheceu momentos de serenidade, tendo sido palco de uma guerra civil que causou mais de 400 mil mortos entre 2013 e 2018. Em 2020, a assinatura de um acordo de paz entre Riek Machar e o Presidente Salva Kiir para a partilha do poder, abriu uma página de esperança que parece agora estar a fechar-se, com os apoiantes de Riek Machar a lançar apelos para uma mobilização no sentido de se derrubar o regime, sendo que já se registam confrontos, com as Nações Unidas a contabilizarem em Junho mais de 165 mil deslocados. Esta situação, já por si delicada, é agravada, segundo um recente relatório da ONU, pelo fenómeno da corrupção generalizada nas elites políticas desse país que é rico em petróleo mas cuja população vive na miséria. Em entrevista concedida à RFI, Ana Elisa Cascão, investigadora independente especialista do Corno de África, analisa o contexto em que decorre o julgamento e o antagonismo -até pessoal- que existe entre o Presidente Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar. RFI: Em que contexto em que decorre este julgamento? Ana Elisa Cascão: Em termos de contexto, o Sudão do Sul é o país mais novo do mundo, que nasceu em 2011, depois de um parto muito complicado e que tinha um líder que era respeitado por todos, que era John Garang. Mas já na altura estavam o Salva Kiir e Riek Machar. Faziam parte dos que estavam no terreno a lutar pela independência do Sudão do Sul. Ele morreu num acidente trágico de helicóptero no Uganda. Toda a gente sabe que não foi por mero acaso e, portanto, o poder foi entregue a estas duas figuras que acontece serem de etnias diferentes. Mas isso deixou de ser propriamente importante, porque isto tem a ver com a partilha do poder e partilha de recursos financeiros, obviamente, porque o Sudão do Sul tem bastante petróleo. E, portanto, isso é um incentivo, obviamente, a conflitos no país, que é extremamente pobre. Mas a guerra civil começou logo passado dois anos da independência. Em 2013 já tínhamos estes senhores a batalhar. Mas nessa altura havia um oleoduto a atravessar o Sudão que era um país estável, se podemos dizer assim. E portanto havia bastantes influxos financeiros e dava para alimentar os dois corruptos. Neste momento com a situação no Sudão, o investimento está a diminuir no Sudão do Sul. Significa que existe um bolo mais pequeno para partilhar, mas mais corruptos a quererem ter acesso a esse dinheiro. Em 2018, houve um acordo de paz, mas como muitos acordos de paz nesta região e noutras regiões, é um bocadinho uma paz podre. Mas este ano, as questões vieram todas ao de cima. Aqui já não estamos a falar de um exército ou só dois exércitos. Nós estamos a falar de milícias de um país que é controlado por milícias. Conclusão: quando estamos a falar de milícias, é um bocadinho difícil atribuir causalidade, dizer A, B, C, D isto, aquilo, aqueloutro. Portanto, independentemente de Riek Machar, que de facto devia estar a ser julgado por muitos crimes, o Salva Kiir provavelmente também devia. Agora, a questão é o dispositivo legal, depende. Quem é que o vai julgar? Há juízes independentes no sul do Sudão do Sul? Este processo é uma caça às bruxas e, portanto, não vai resolver propriamente nada. E quanto mais não seja, porque -espero que isto não seja mal entendido- mas o Salva Kiir está numa situação geriátrica. É uma pessoa que não tem saúde física e sequer ainda discernimento para ser o Presidente de um país que, obviamente, quer ter um mínimo de paz. RFI: Ainda antes de se começar o julgamento de Riek Machar por crimes contra a Humanidade, na semana passada, peritos da ONU divulgaram um relatório estabelecendo que existe uma corrupção generalizada na elite do Sudão do Sul e que desde praticamente a independência, essa elite está a açambarcar as receitas do petróleo e deixou basicamente a população sem quase nada. Como se vive no Sudão do Sul? Ana Elisa Cascão: Mais uma vez, é uma situação complicada. Portanto, este relatório das Nações Unidas vem providenciar evidência daquilo que toda a gente sabe. Basta visitar a capital do Sudão do Sul, Juba. Eu fiz isto em 2011 e 2012. O que é importante é, obviamente, ter carros de alta cilindrada e relógios Rolex. É assim que se mede o poder. O Sudão do Sul não tem outro recurso, não tem diamantes ou gás ou qualquer coisa desse género, mas tem o petróleo, que continua a ser um dos recursos mais importantes na economia global. E, portanto, neste momento temos empresas chinesas, da Malásia, a fazer exploração de petróleo nessa área. Portanto, podemos ver que há aqui um contínuo. A independência veio porque havia petróleo e a comunidade internacional apoiou a independência do Sudão do Sul. O facto é que o país tem todo o potencial. Agora começaram do zero. E isso é que nós também temos que ver. Não havia nada. Não foi a guerra civil que destruiu o que lá estava. E, portanto, houve essa ideia que a partir de 2018, com o acordo de paz, começou a haver mais infra-estruturas, porque também havia mais dinheiro. E agora, neste momento, temos aqui todo um país que é perfeito para corrupção e, depois, é um país que não tem acesso ao mar. Está rodeado de países que estão eles próprios em conflitos. Portanto, isto dá azo a estes políticos quererem manter no poder para todo o sempre. Não chegam sequer a confiar na sua própria 'entourage' própria. Mas o que é que vai acontecer? Vai mudar de mão. Portanto, os contratos feitos com estas grandes companhias internacionais vão ser feitos através de outras pessoas. Com certeza não vai acabar na mão dos Sudaneses do Sul que há muitos, muitos anos, deviam ter mais do que o mínimo em termos de tudo. Habitação, escolas, sítios para viver. Portanto, o que podemos observar é que as pessoas estão outra vez a fazer exactamente aquilo que fizeram durante a guerra civil do Sudão, que é abandonar o país. RFI: Os apoiantes de Riek Machar dizem que estas acusações de "crimes contra a Humanidade" são meramente "políticas". Na semana passada, os peritos da ONU também disseram, por meias palavras, que, no fundo, o que está em jogo é uma luta entre ambos os campos pelo controlo dos recursos naturais. Isto, de facto, é mais uma questão política, uma luta pelos recursos? Ana Elisa Cascão: Eu acho que é assim que se pode definir. Há aqui duas coisas em paralelo. Uma é haver recursos, é haver luta por esses recursos, sabendo que este dinheiro não é imediato, tem de haver aqui contratos com uma série de instituições. E depois, é a rivalidade pessoal. Têm mais de 70 anos, de certeza. Estão nesta luta e são vistos como líderes da independência, ainda que nem os principais, há 30 ou 40 anos atrás. E, portanto, é muito difícil substituí-los. Mesmo quem faz parte de um grupo ou de outro, falando, por exemplo, em termos étnicos, porque há uma divisão claramente étnica. Portanto, mesmo outras figuras poderiam eventualmente ser importantes e trazer algum tipo de esperança. Tenho muitos amigos no Sudão do Sul que dizem que 'quem não tem sangue nas mãos no sentido de que não batalhou na guerra pela independência do Sudão do Sul, não pode governar'. Portanto, estamos aqui a fechar um capítulo muito grande. E então, quem é que vai substituir esta geração? Mas penso que a população quer que haja eleições. Seja quem forem os candidatos. Porque estamos na situação em que foram sempre estas duas pessoas, como Presidente, vice-presidente ou grupos armados a ter quase dois exércitos. RFI: Nesta altura, dado tudo o que aconteceu, a destituição de Riek Machar, o julgamento, os apoiantes a apelarem para que haja uma acção decisiva para mudar o regime, julga que estamos a caminho de uma nova guerra civil aberta? Ana Elisa Cascão: Eu acho que ela já está a acontecer. A questão é que quando nós pensamos em guerra civil, estamos sempre a pensar num grupo contra o outro. Aqui é muito mais do que isso. Foi o que aconteceu em Março. Riek Machar disse que não tinha dado ordens a essas milícias e que as milícias tinham agido por conta própria. Nós podemos não acreditar. Eu não acredito. Mas o facto é que isso pode acontecer. E, portanto, tem que haver aqui um tipo de política, nesse caso, da União Africana ou alguns dos países vizinhos que têm algum poder de influência dentro do Sudão do Sul, como por exemplo, o Uganda, o Quénia. O problema principal neste momento, são as milícias. Se as milícias não respondem a ninguém, seja lá quem for que está sentado em Juba, o conflito vai continuar. Pode haver eleições, porque isto foi sempre um problema do Sudão. Foi sempre isso que se disse: que se se tornasse independente, esse risco estava lá. Porque são pessoas que estiveram envolvidas na guerra e é isso que elas conhecem, as lutas pelo poder, a luta com o vizinho do outro lado do rio. Há que desmobilizar as milícias. Há, por exemplo, forças da União Africana ou do IGAD (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento). Isso acontece na Somália. Também já aconteceu no Sudão do Sul, na verdade. Portanto, deve haver algum tipo de pressão a nível político do topo. Mas ao mesmo tempo, para perceber porque é que estas milícias estão a crescer, elas estão a crescer por causa da pobreza. A corrupção não é uma coisa que acontece no topo. Quando se define corrupção, ela vai do ponto mais baixo até ao ponto mais cima do poder. E, portanto, aqui já temos todo um 'setting' que tem que ser modificado. RFI: Quais são as hipóteses de a comunidade internacional, a ONU ou a própria União Africana de facto intervirem, tendo em conta que temos não sei quantos conflitos abertos, considerados todos urgentes? Ana Elisa Cascão: Temos um genocídio a acontecer em Gaza, temos guerra no Myanmar, temos tantas guerras a acontecer que obviamente o Sudão do Sul é uma coisa menor. Vamos só olhar para o mapa africano neste momento. O conflito da República Democrática do Congo e do Ruanda não está nada resolvido e tem ligações com estes conflitos também. Mas o Sudão em si é a maior crise humanitária. Não estamos a falar do mesmo tipo de conflito que em Gaza, obviamente. Estamos a falar de um país que está numa guerra civil, que é a maior crise humanitária da história moderna. Dado o número de pessoas que foram deslocadas inclusive para o Sudão, a Etiópia, para o Egipto e para o Chade, tem que haver uma resposta. E aí sim, está na agenda o Sudão, porque tem muita influência. O Sudão tem mar, tem uma fronteira com o Chade, há uma crise humanitária incrível e muita ajuda humanitária não entra no Sudão, portanto, está a ir para o Chade. Portanto, temos aqui tantos focos. O Sudão do Sul aparece aqui como uma coisa menor. Neste momento, o Sudão no espectro africano é a coisa mais importante a ser resolvida, porque envolve a comunidade internacional, Emirados, a Arábia Saudita, etc, também no conflito. O Sudão do Sul não está no final da lista mas não é -com certeza- considerada uma prioridade.

O Lado Bom da Vida
Isto Não Passa na Rádio. Canções que descobrimos nas férias

O Lado Bom da Vida

Play Episode Listen Later Sep 20, 2025 46:06


Depois da pausa estival o INPNR tem esta semana um Springsteen eléctrico, duetos açucarados e uma voz rouca em início de carreira. Isto e muito mais para descobrir com Tiago Pereira e Nelson Ferreira.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Isto Não Passa na Rádio
Canções que descobrimos nas férias

Isto Não Passa na Rádio

Play Episode Listen Later Sep 20, 2025 46:06


Depois da pausa estival o INPNR tem esta semana um Springsteen eléctrico, duetos açucarados e uma voz rouca em início de carreira. Isto e muito mais para descobrir com Tiago Pereira e Nelson Ferreira.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#AutisticAF Out Loud
Live Autistic Truth: "sneaking my mother's creepy g-d on high"

#AutisticAF Out Loud

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 10:49


Video SummaryA cinematic spoken word piece that cuts through decades of family silence with surgical precision.Set against the Heaven's Gate cult tragedy and Hale-Bopp comet of 1997-98, this hybrid performance follows three wintry family gatherings where religious expectations collide with neurodivergent reality.Watch what happens when an autistic adult finally stops performing "normal" at the dinner table - and pays the price.This isn't therapy. Not self-help. No “cautionary tale.” It's a multi-layered examination of what we neurodivergents sacrifice. Trying to “belong” in families that were never built for hearts like ours.Unflinching. Complex. Necessary.Content Note: Strong language, family trauma, religious themes, substance use, mental health struggles, cult referencesKey Themes Explored:* Power dynamics at family tables where neurodivergent minds are judged as broken* Spiritual coercion and religious weaponizing against those who think differently* The breaking point when pretending to be neurotypical becomes impossible* Self-medication as shield against overwhelming social demands* Searching for meaning in systems designed to erase your kind of mind* Memory as witness to the violence of forced conformityWho This Resonates With:* Autistic adults who recognize the battlefield of family holidays* Anyone who's been the truth-teller in a family that prefers lies* People untangling religious conditioning from neurodivergent shame* Those hungry for real conversation about mental health… that skips the tacked-on happy endings* Readers drawn to generational trauma explored through disability lens* Anyone who knows that sometimes survival looks like betrayal* Anyone working with neurodivergent minds. Who wants to really understand what we're carryingDiscussion Starters:* How do family gatherings change when you stop performing neurotypical?* What price have you paid for speaking uncomfortable truths?* Do you recognize the intersection of religious pressure and neurodivergent shame?* How do you survive spaces where your honesty threatens everyone's comfort?Connect:* Drop your own family table survival tactics below* Subscribe for more unmasking without apologyFree Resources & Purchase Links

Café com Tulipa
CT 3500 - Alegria Perene

Café com Tulipa

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 3:07


Experimentamos muitas alegrias em nossa vida, de muitas formas e por muitas razões, mas há uma alegria que é superior a todas. Todas alegrias que nós desfrutamos nesta vida são temporárias, passageiras, mesmo que sejam reais e legítimas, mas a alegria que o Senhor nos dá é perene e, por isso, é superior a todas as outras. Esta alegria foi declarada por Jesus em uma sentença: ter o nome escrito no céu. Isto significa estar seguro nas mãos de Deus, ser seu filho, receber o seu perdão e ter a certeza de suas bênçãos futuras. A alegria que o Senhor nos dá é maior que todas.

Terminei
#292 - Garotas Mortas Não Falam

Terminei

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 6:49


Viola e Syl eram como irmãs de mães diferentes. Nascidas no mesmo dia, no mesmo hospital. Vizinhas desde sempre. A mesma escola, os mesmos amigos, a mesma vida. Ninguém jamais imaginou que as duas se separariam. Até que se separaram.Duas semanas antes de irem para a faculdade, o corpo de Syl é encontrado no carro de Viola. E Viola está desaparecida. As pistas no local apontam para ela como única suspeita. Mas será que a verdade é mesmo tão simples?Neste suspense contado em duas versões, o leitor escolhe por onde começar e em quem acreditar. Isto é, até descobrir o que aconteceu de verdade.Livro: https://amzn.to/41ZtUKETwitter e insta: @termineicast

Convidado
EUA: " Donald Trump está a destruir a democracia"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 7:58


O Presidente dos Estados Unidos defendeu que certas cadeias de televisão deviam perder as respectivas licenças. As declarações de Donald Trump surgem na sequência da suspensão do programa Jimmy Kimmel Live pelo canal ABC, após um monólogo em que o humorista associou o presumível autor do assassinato de Charlie Kirk ao movimento MAGA - acrónimo do slogan de Trump, Make America Great Again. Poucas horas antes, Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações e nomeado pelo próprio Donald Trump, já havia sinalizado uma acção contra o programa, acusando Kimmel de protagonizar “uma das condutas mais doentias possíveis”. Em entrevista à RFI, o especialista em política norte-americana Germano Almeida alerta que está em causa a liberdade de expressão e acusa Trump de estar a destruir a democracia.   O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu que certas cadeias de televisão deviam perder as respectivas licenças. Está aqui em causa a liberdade de expressão nos Estados Unidos? Claro que está. Isto é uma coisa absolutamente gravíssima. É algo que, se estivéssemos a falar há um ou dois anos, ninguém acreditaria que pudesse acontecer nos Estados Unidos. Mas está a acontecer, e mostra que, depois de alguma falta de capacidade para fazer o que queria no primeiro mandato, neste segundo mandato é a sério. A agenda de [Trump] não é só o controlo da imprensa, mas também o ataque aos adversários e a quem, de algum modo, não permite uma agenda que aos outros pertence. Há aqui, de facto, uma rampa deslizante, em poucos meses, no que se está a passar nos Estados Unidos. Começou pela forma como a suposta imigração ilegal está a ser endereçada àquelas brigadas do ICE - Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA - com muito poucas garantias democráticas e de protecção dos direitos das pessoas. A questão das universidades, das protecções democráticas e garantias eleitorais, na questão das alterações às regras dos Estados. E agora, claramente, a ascensão de Trump está a atacar a imprensa. O assassinato do Charlie Kirk, na semana passada, levou a várias reacções. O humorista Jimmy Kimmel, no seu programa, afirmou que a quadrilha MAGA - acrónimo do slogan de Trump, Make America Great Again - estava a tentar desesperadamente caracterizar o miúdo que assassinou Charlie Kirk como não sendo um deles. Não há aqui também uma polarização das partes? A polarização existe na sociedade americana, mas essa citação rigorosa que acaba de fazer mostra-nos que, antes de mais, mostra que o Jimmy Kimmel não fez propriamente uma piada contra Charlie Kirk, que morreu. Não. Ele estava a referir-se à reacção da base MAGA em relação à tentativa de considerar que quem o matou não seria um deles. Ou seja, é verdade que se pode dizer que foi pouco rigoroso, ou até que possa ter mentido, porque não há nenhuma prova de que Tyler Robinson fosse da base MAGA. Mas também não há nenhuma prova de que Tyler Robinson fosse um perigoso militante esquerdista. Ora, então, toda a administração Trump, que está a falar sobre o caso, também tem que ser despedida, porque se apressou a dizer que foi a esquerda radical [ que matou Kirk]. Não sabemos se foi a esquerda radical e, portanto, se entramos neste tipo de situação em que há uma relação directa entre o que se diz e depois ser despedido por aquilo que se disse ou se sabia... perante este caso, qualquer sentido é evidente: isto é um pretexto. O mundo viu o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, a assumir o programa de Charlie Kirk logo a seguir à morte do activista conservador, e assistiu aos pedidos que foram feitos aos americanos para denunciarem quem tivesse festejado a morte de Charlie Kirk. Há aqui uma caça às bruxas ou é uma situação normal na sociedade norte-americana? Não, não é normal. E é uma demonstração de força e de capacidade que esta administração tem, assumindo que está a fazê-lo às claras. Donald Trump festejou o despedimento de Stephen Colbert, que foi afastado antes da morte de Kirk. Sobre Kimmel, o Presidente diz que ele foi despedido porque tinha "talento zero" e problemas de audiências. Portanto, nem sequer fala da questão da morte de Charlie Kirk e já aponta outros dois nomes como os próximos: Seth Meyers e Jimmy Fallon. (…) É um ataque à liberdade de expressão. Nos Estados Unidos. A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos protege a liberdade de expressão. O que é que a Justiça pode fazer, por exemplo, diante das decisões da Comissão Federal de Comunicações? É o último reduto, nos Estados Unidos, de algum tipo de garantia democrática. Mas - mas quem não percebe que mesmo a Justiça pode estar comprometida, não está a perceber o que se está a passar nos Estados Unidos. Porque há uma concentração de poder total no Presidente e nesta administração, e as consequências são imediatas e antecipam qualquer reacção da Justiça. Claro que pode haver situações que venham a ser accionadas posteriormente pela Justiça, mas é preciso lembrar que uma boa parte do sistema judicial - neste momento, até ao Supremo Tribunal - está com uma grande maioria afecta a Trump. É verdade que o Supremo nem sempre decide a favor das posições do Presidente, mas mesmo esse reduto, neste momento, não nos dá essa garantia. Eu, por estranho que possa parecer, não acreditaria que estivesse a dizer o que vou dizer há cerca de um ano: eu acho que, neste momento, não podemos dizer que se mantêm os checks and balances nos Estados Unidos. Isto aconteceu tudo muito rapidamente. O que podem fazer os americanos? O mal está feito. Os americanos cometeram, na minha opinião, um erro muito grande ao recolocarem Donald Trump na Casa Branca. Estou à vontade, porque já escrevi um livro sobre isso a seguir a esse acontecimento - e escrevi um antes de isso ter acontecido, dizendo exactamente a mesma coisa. É um problema sério em que estamos metidos - por ignorância, por desinformação. As consequências da forma como, neste momento, os cidadãos se informam são estas. E eu acho, sinceramente, que o mal está feito. Ou seja, não há uma maneira real - há uma maneira no papel, sim, mas não há uma forma real de tirar Donald Trump da Casa Branca. Está Donald Trump a destruir a democracia, não tenho dúvidas disso. Donald Trump tem sido associado ao caso de Jeffrey Epstein. Toda esta situação seria uma manobra para desviar as atenções das possíveis implicações do Presidente dos Estados Unidos neste caso? Capaz de ser. Mas o ponto é que estão a despedir pessoas que exerciam algo que é fundamental. Estamos a falar da Primeira Emenda, nos Estados Unidos, e ele está a conseguir concretizar um conjunto de coisas que nós achávamos impossíveis - o Presidente dos Estados Unidos meter a mão numa sociedade que nos parecia tão robusta e tão independente do poder político. Isto está a cair como um castelo de cartas. O ex-Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avisou que a administração Trump levou a cultura do cancelamento do programa a um novo e perigoso nível. Também Maria Ressa, Prémio Nobel da Paz de 2021 - conheci o trabalho dela pela luta pela liberdade de expressão - denunciou esta situação.Há um risco dos Estados Unidos caminharem para uma guerra civil? Com armas entre dois grupos, como já aconteceu na história? Não. Uma guerra civil apenas de mundividência e de forma de encarar o que é que a própria Constituição diz. Ela já está a acontecer. A questão é que é mais complicado do que isso, porque se fosse uma guerra civil clara, entre dois lados com objectivos definidos, teria um fim. Isto não é assim. Pelo meio, há milhões de americanos que votaram com boa fé em Donald Trump, e que não tinham a mínima ideia do que estavam a fazer. E isso está a ter as suas consequências - até porque os objectivos desse voto e as motivações são, obviamente, diferentes. E as consequências estão aí.

Rádio Comercial - Já se faz Tarde
Não tenho onde usar isto, a festa!!!

Rádio Comercial - Já se faz Tarde

Play Episode Listen Later Sep 18, 2025 14:18


com Joana Azevedo e Diogo Beja

onde usar festa tenho isto diogo beja joana azevedo
Livros da Piça
"Morrer Em Times Square" | Hernâni Carvalho

Livros da Piça

Play Episode Listen Later Sep 17, 2025 116:25


Fomos ler este livro na esperança de encontrar, entre capítulos, anúncios ao cogumelo do tempo e hipóteses de ficar rico através de telefonemas para linhas de valor acrescentado. Aquelas coisas que permitem aos velhinhos recuperar alguma esperança na Humanidade depois de os deixarmos deprimidos com histórias horríveis. Não havia nada disso. Era apenas a parte deprimente dos programas da manhã, mas em texto corrido. Isto é um podcast sobre livros ridículos, mas neste episódio penetrámos um bocadinho no território do true crime. Isto dos géneros dos podcasts é como as orientações sexuais, vamos sendo aquilo que estamos a ser neste momento. Isto é uma private joke para quem ouviu o episódio. Pessoas que só lêem a descrição vão ficar um bocado à toa.Bilhetes para livros da piça ao vivo em Coimbra: https://ticketline.sapo.pt/evento/livros-da-pi-a-ao-vivo-96383Poderão subscrever o nosso patreon para apoiar o projecto e conteúdo extra:https://www.patreon.com/jcdireitaReacts e vídeos exclusivos no youtube: https://youtube.com/@livrosdapicaInstagram: https://www.instagram.com/livrosdapica/twitter: https://twitter.com/livrosdapicaimagem: https://www.instagram.com/tiagom__/Genérico da autoria de Saint Mike: https://www.instagram.com/prod.saintmike/

Convidado
Investigadora alerta que França vive “crise democrática e social”

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 17, 2025 11:15


Os sindicatos prometem uma “quinta-feira negra” em França, uma jornada de greves e manifestações contra cortes orçamentais anunciados no Verão e que descrevem como sendo de uma “brutalidade sem precedentes”. As pessoas pedem “justiça social” e que o Presidente Emmanuel Macron oiça os protestos, resume Luísa Semedo, investigadora doutorada em Filosofia Política e Ética. Para ela, a França está perante “uma crise democrática e social” e “um descrédito total em relação à Presidência de Macron”. Luísa Semedo avisa que se Emmanuel Macron “não tomar iniciativas para mostrar que percebeu que a crise é muito mais profunda, o movimento vai aumentar” e a extrema-direita vai continuar a subir. RFI: Quais as razões das greves e manifestações desta quinta-feira? Luísa Semedo, Investigadora doutorada em Filosofia Política e Ética: “De modo mais geral, o que se está a passar é o fim da ‘Macronia'. Ou seja, estamos mesmo a chegar ao fim de um sistema que não é assim tão democrático como isso. Macron já teve várias derrotas a nível de eleições, democráticas, e que fazem com que as pessoas já estão fartas da parte que tem a ver com a democracia e depois tem a ver também com as medidas que têm sido anunciadas, quer pelo governo de Barnier, quer pelo Governo de Bayrou, que vão sempre no mesmo sentido que é de cortar tudo o que tem a ver com o social, com a justiça social. As pessoas estão fartas, têm a sensação que são elas sempre a pagar e que continuamos a fazer a mesma política que é de não tocar nos patrimónios, nas empresas, nas pessoas mais ricas. É querer justiça social.” Caiu o antigo primeiro-ministro, François Bayrou. O novo primeiro-ministro, Sébastien Lecornu  já desistiu da supressão de dois feriados, por exemplo, e não rejeitou ainda totalmente as medidas fiscais sobre os altos rendimentos. Mesmo assim, as pessoas têm razões para se manifestarem esta quinta-feira? “Sim, sem dúvida, porque o primeiro-ministro está numa fase de negociação e de calibragem em relação àquilo que vai poder fazer ou não. O movimento pretende fazer com que a balança venha para o lado da justiça social, fazer com que haja pressão no primeiro-ministro para que ele perceba que a rua não quer, de todo, continuar com o mesmo estilo de governação.” O novo primeiro-ministro falou na possibilidade de rever todas as regalias vitalícias dos antigos primeiros-ministros e ministros. O que acha deste anúncio? “Isso é muito típico. São medidas simbólicas, cosméticas, para dar uma impressão de estar se a ocupar da doença democrática que é dizer: ‘Vejam, povo, como nós, enquanto classe política, estamos a tratar das nossas próprias regalias'. Para mim é só cosmética e é diversão, não tem, de todo, impacto na vida dos franceses.” Relativamente à dívida pública e à necessidade de poupanças de 44 mil milhões de euros, de acordo com o ex-primeiro-ministro, isto parece ser algo abstracto para os franceses, mas é um problema. “Sim, sim, é abstracto, mas os franceses sabem quem é que vai pagar. Foi o que aconteceu com Bayrou. Ou seja, mesmo que as pessoas não entendam exactamente do que é que estamos a falar e da amplitude daquilo que está em causa, as pessoas percebem perfeitamente quais são as medidas e em quem é que essas medidas vão tocar. E perceberam perfeitamente que o Bayrou, independentemente de ele poder ter razão em teoria, aquilo que ele queria meter em prática para tratar o problema, era ir tocar nas pessoas mais pobres. Ou seja, mais uma vez sem justiça social, e questão está aí: Ok, há um problema, mas quem é que vai pagar esse problema? Se é para haver ainda mais injustiça social, as pessoas não estão dispostas a isso e isso elas percebem perfeitamente.” No dia 10 de Setembro, as pessoas foram para a rua seguindo o apelo do movimento ‘Bloquons Tout', [‘Bloquer Tudo']. Agora é a intersindical que apela à greve e às manifestações na rua. Como é que olha para este movimento, para as perspectivas de desenvolvimento do próprio movimento e quais são as principais diferenças entre 10 de Setembro, quando finalmente não houve tanta gente quanto se esperava nas ruas, e esta quinta-feira? “Esta quinta-feira, o que se está a passar é que, pelo menos, a nível de organização foi alargada. Ou seja, temos mais sindicatos, temos mais organizações que vão participar. Isto tudo vai depender de uma espécie de diálogo. Ou seja, quanto mais pessoas estiverem na rua, mais pressão haverá sobre o primeiro-ministro e depois vai ser ao primeiro-ministro de responder. Ou seja, se ele responder ao que a rua está a pedir, eu penso que a coisa poderá ficar mais equilibrada, mas se continuar a não responder, penso que o movimento pode ser ainda maior porque penso que é esse o objectivo. Se aquilo que é requerido não está a ser respeitado, as pessoas vão continuar a manifestar. Mas eu penso que o problema ainda é mais geral porque não se trata só da questão da governação agora específica de mais um primeiro-ministro. Trata-se do Presidente Macron. Ou seja, há também um descrédito total em relação a Presidência de Macron e penso que enquanto Macron não sair, vai haver sempre este tipo de tensões até ao fim.” Aparentemente insensível ao descontentamento popular, aos pedidos de mais justiça social e fiscal, aos próprios resultados das legislativas antecipadas, Emmanuel Macron estaria disposto a uma mudança ou tudo o que está a ser feito pode contribuir para a chegada da extrema-direita ao poder? “Sim, sem dúvida. Eu acho que nós estamos a ir de forma acelerada para aí, sem dúvida. Ou seja, Macron foi eleito com votos de pessoas que nunca votariam por ele, mas que votaram para fazer com que a extrema-direita não chegasse ao poder. Aos poucos, ele vai perdendo toda a credibilidade, eu penso que há muitas pessoas que já não vão talvez fazer esse voto de compromisso para que a extrema-direita não chegue. Portanto, estamos mesmo às portas a que a extrema-direita chegue ao poder, sem contar com o facto que os Les Républicains também estão dispostos a fazer acordos com a com o Rassemblement National. Penso que sim. A questão é foi Macron quem tinha as cartas na mão, ou seja, ele foi votado exactamente para isso. Ele prometeu aos franceses que ia fazer tudo para que o Rassemblement National não chegasse ao poder e, no entanto, hoje estamos aqui com um Presidente que, por vezes, diz Não ao Rassemblement National, mas por vezes diz Não à esquerda; com governos que, apesar do voto dos franceses, não houve nada que fosse feito na direcção da esquerda, praticamente. Portanto, Macron só se pode culpar a ele mesmo da situação. É uma situação que é terrível, mas a questão é: até quando a França vai ser refém de Macron em relação à questão da extrema-direita? Infelizmente estamos a entrar numa espécie de impasse terrível. A mim parece-me que sim, que se continuamos assim, ou seja, sem que as pessoas tenham aquilo que querem que é a tal justiça social e a justiça fiscal, vamos direito, muito rapidamente, para a extrema-direita infelizmente.” Esta França que sai às ruas é uma França cansada, zangada, cada vez mais polarizada? Como é que a define? “A mim faz-me lembrar um bocado a questão da doença e do corpo. É como se houvesse uma doença, pelo menos, democrática em França e que o corpo está-se a exprimir. É isso que as pessoas estão a fazer, estão a exprimir algo que não está a funcionar neste momento, eu diria mesmo, profundamente, democraticamente, em França. É o que está a acontecer. Se o Macron não tomar iniciativas para mostrar que percebeu que a crise é muito mais profunda, acho que isto vai continuar e o movimento vai aumentar, sem dúvida.” Quando fala em “crise profunda”, por exemplo, estamos a falar na pauperização da vida quotidiana das pessoas? Isso nota-se? Há dados que mostrem que as pessoas estão a ficar mais pobres? “Sim, há a crise social em relação, por exemplo, aos estudantes, em relação aos salários de várias categorias profissionais, por exemplo, os professores. Mas também é uma crise democrática, no sentido do voto e da confiança que se tem nas instituições governativas. Ou seja, o povo, a partir dos seus representantes, tem dito não, e de forma bastante audível, aos sucessivos governos criados pelo Emanuel Macron e Emmanuel Macron continua a insistir. Ele continua a insistir, agora ainda mais com alguém que é originário do seu movimento, ou seja, é como se ele não estivesse a ouvir a rua, não estivesse a ouvir o Parlamento. Isto é uma crise democrática que é mais profunda no sentido de que é o regime ele próprio que está a ser posto em causa.” Como é que se cura aquilo que chamou de “doença democrática”? Essa “crise de regime”? “Em democracia, há uma parte que é absolutamente essencial que é os cidadãos, as pessoas que votam, os eleitores. A democracia é a voz do povo. Ou seja, normalmente nós deveríamos ir de novo para eleições presidenciais. Macron deveria se demitir e tomar a responsabilidade de tudo o que se está a passar. Qual é o problema que nós temos aqui? É a extrema-direita. Se a extrema-direita não estivesse presente na equação, tudo seria muito mais simples. Iríamos de novo para eleições e provavelmente poderíamos ter outro Presidente. O problema é que a extrema-direita bloqueia toda a gente. Para já, bloqueia a esquerda e é normal que assim seja porque a esquerda vai sempre fazer tudo o possível para que a extrema-direita não esteja no poder, inclusive votar a favorde políticas que não quer e foi por isso que votou Macron duas vezes para Presidente por causa de ser refém desta história da extrema-direita.” A mobilização vai durar, como aconteceu com os coletes amarelos, por exemplo? Há perspetivas nesse sentido? “Eu penso que sim. Agora, neste momento, a muito curto termo, vai depender do primeiro-ministro. Ele está a fazer as audições com os partidos. Vamos ver o que é que ele faz como compromisso com os partidos para manter ou não o seu governo e não cair também. Vai depender muito disso a muito curto termo. Mas a mim parece-me, como disse, que vai depender também de Macron, ou seja, eu acho que Macron é como se ele não ouvisse. Há meses e meses que ele não está a ouvir o que está a ser dito e, portanto, se ele próprio não muda, é o sistema que não muda e acho que vão continuar estes movimentos, sem dúvida.”

Igreja Presbiteriana Moriah
Uma mulher sábia | Marcos 7.24-30 (ep. 27)

Igreja Presbiteriana Moriah

Play Episode Listen Later Sep 16, 2025 55:02


Sabedoria não é adquirida por meio de diplomas e aquisição de informações, mas é resultado de um olhar espiritual e profundo das coisas da vida. Isto só é possível com um encontro com Jesus. Nesta mensagem uma mulher nos ensina a partir de seus encontros com o Messias as características de uma sabedoria do alto.Pregação do Rev. David Horta na IP Moriah em Americana-SP no dia 14 de setembro de 2025.

Convidado
Geografia da África Ocidental "representa desafio no controlo do tráfico de droga"

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 15, 2025 8:59


A Iniciativa Global contra o Crime Transnacional indicou, no seu mais recente relatório, que cerca de um terço da cocaína consumida na Europa transita pela África Ocidental, com destaque para a instalação de redes criminosas em países como Cabo Verde. Estas conclusões vêm ao encontro do alerta lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime, que identifica a Guiné-Bissau como uma zona de crescente interesse para o crime organizado e integrada na rota transatlântica do tráfico de droga. A responsável pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime na Guiné-Bissau e Cabo Verde, Ana Cristina Andrade, considera a situação preocupante para toda a região e aponta para o aumento do consumo de drogas sintéticas nos dois países.  Como se explica que Cabo Verde e a Guiné-Bissau tenham integrado a rota transatlântica do tráfico de droga e que estejam a servir de base para a instalação de redes criminosas? A África Ocidental encontra-se numa posição geográfica particularmente sensível, situada entre a América Latina - onde se encontra a produção de cocaína - e a Europa, que representa - as evidências são claras - o principal mercado de consumo. Esta localização estratégica, aliada à vastidão das rotas marítimas e terrestres, cria condições propícias para que as redes criminosas transnacionais explorem a região como ponto de trânsito. A Guiné-Bissau tem 88 ilhas na sua composição. Esta situação representa um desafio enorme para o Estado, no que toca ao controlo dos tráficos que podem ocorrer a nível dessas ilhas. Cabo Verde tem mais águas territoriais do que terra propriamente dita, o que constitui um desafio em termos de condições para o controlo da extensa área marítima. Para além do factor geográfico, existem também outras vulnerabilidades adicionais, nomeadamente os recursos limitados para a vigilância fronteiriça e marítima. Como é que estes grupos mafiosos operam na África Ocidental? Aquilo que percebemos é que a operação na África Ocidental não se restringe à própria África Ocidental. Há toda uma rede que a ultrapassa. É evidente que existem criminosos na região que facilitam as redes internacionais, mas há conexões transfronteiriças e inter-regionais. Por isso é que nós, ao nível das intervenções, temos apostado em programas de resposta com forte envolvimento das autoridades judiciais e policiais da América Latina, da América do Norte, da Europa e de África. É fundamental que os países da África Ocidental continuem a aprimorar o seu quadro legislativo, harmonizando-o com as convenções internacionais nesta matéria. Ao mesmo tempo, é essencial que tenham condições técnicas e humanas adequadas. Temos insistido muito na questão do reforço das capacidades técnicas dos operadores judiciais e policiais, para que possam reforçar a cooperação com os seus congéneres na Europa, América Latina e América do Norte. Sabe-se que os intermediários são, por vezes, pagos em cocaína. Existe o receio de que este sistema provoque um aumento do consumo na sub-região - se é que ele já não existe? Absolutamente. Isto acontece já há muitos anos. Os fornecedores de cocaína pagam os traficantes locais com cocaína - e temos referido essa realidade em diversos relatórios. Obviamente, isto tem um impacto directo nas comunidades, sobretudo entre as crianças e os jovens. E não se trata apenas do comércio da cocaína ou de outras drogas ilícitas, ou mesmo de outros tráficos ilegais. Estamos a falar, sobretudo, do impacto que isto tem tido ao nível da África Ocidental - nomeadamente em Cabo Verde, na Guiné-Bissau e noutros países -, traduzido numa tendência crescente da oferta de cocaína e, consequentemente, também do consumo. Para além da cocaína, há um aumento de outras substâncias? Sim. Temos recebido relatórios de instituições nacionais, sobretudo da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, que apontam para o aumento do consumo de drogas sintéticas. Os criminosos têm aproveitado cada vez mais as novas tecnologias para impulsionar o comércio destas substâncias. Por isso, nós, enquanto UNODC, temos vindo a alertar a comunidade internacional e os Estados-Membros para a importância de se realizarem investimentos financeiros nesta área. Mas, mais do que isso, que esses investimentos tenham por base a ciência, a coordenação, priorizando  as pessoas e as comunidades mais vulneráveis, tanto social como economicamente. Quais são os impactos do tráfico de droga e da circulação de dinheiro ilícito nas instituições e na sociedade? Em primeiro lugar, está comprovado que o tráfico de droga gera uma espiral de violência e de corrupção. A evidência mostra que nenhum país, nenhuma família, consegue prosperar num ambiente contaminado por este tipo de criminalidade. Por isso, temos insistido junto das autoridades nacionais e internacionais sobre a importância da investigação financeira, que é uma ferramenta determinante no combate ao crime organizado e ao tráfico ilícito. A investigação financeira permite ir além da identificação dos autores materiais, alcançando os beneficiários económicos dessas actividades ilícitas. É fundamental seguir a pista do dinheiro - porque isso possibilita, de facto, a apreensão de activos. Temos tido experiências muito positivas, por exemplo em Cabo Verde, onde foram recuperados activos ligados ao crime, que foram reinvestidos no combate ao próprio crime. A Guiné-Bissau está, neste momento, também a aprimorar o seu dispositivo legal nesse sentido. A investigação financeira pode contribuir para desmantelar estas redes criminosas? Absolutamente. Para nós, esse é um dos aspectos fundamentais. Temos procurado avançar por essa via porque acreditamos que, para desmantelar o comércio de droga, é preciso enfraquecer estas redes a partir da sua base económica. E é isso que a investigação financeira permite fazer. Quais são as principais fragilidades institucionais e legais que facilitam a actuação destas redes criminosas? Uma das fragilidades principais é a inexistência de leis alinhadas com os tratados regionais e internacionais. Quando não há cooperação judiciária internacional eficaz, isso representa um desafio enorme. No comércio da droga, os traficantes estão altamente organizados. Por isso, temos trabalhado cada vez mais com as instituições dos Estados-Membros a nível regional. É fundamental construir confiança inte-rinstitucional entre os operadores judiciais. É preciso diálogo, uma investigação proactiva do tráfico e do comércio de droga. A ausência desses elementos representa um factor de desestabilização e compromete os esforços de combate. Temos mantido um diálogo permanente com as autoridades judiciais e policiais, no sentido de reforçar tudo o que já é positivo - e também com os governos, para que reforcem os dispositivos legais, ratifiquem as convenções internacionais e as adaptem à cultura organizacional dos respectivos países. É essencial reforçar a ética, a deontologia e prevenir a corrupção. É este o apoio que as instituições internacionais podem dar aos países afectados pelo flagelo da droga? Sim, absolutamente. Nós acreditamos que é possível mudar. E já existem provas de que, com um trabalho bem feito, com qualidade e com verdadeiro compromisso político, é possível transformar a realidade. Temos de continuar a reforçar as comunidades, a empoderar os jovens, a fortalecer as capacidades das famílias no sentido da protecção das suas crianças - para que possam, de facto, dizer "não" a tudo aquilo que destrói, e contribuir para uma cultura de cidadania e para a consolidação do Estado de Direito. Há uma questão muito importante: este combate tem de estar inserido num programa de desenvolvimento sustentável. Temos procurado, junto de todas as agências das Nações Unidas, fazer entender que o combate ao tráfico ilícito é uma questão de desenvolvimento dos países. Não se pode combater o tráfico de drogas isoladamente, sem considerar toda a dinâmica global. Por exemplo, a instabilidade política a nível mundial acaba por facilitar o tráfico de droga e outros tráficos ilícitos.

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Ricardo Pais (parte 1): “O ego atrapalhou-me no caminho. Aprendi com as mortes que a vida é precária. Não vale a pena insuflar o que naturalmente se enche”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Sep 12, 2025 88:55


Ricardo Pais acaba de cumprir 80 anos e garante nunca ter ambicionado ser um homem do seu tempo, embora considere como o comediante alemão Karl Valentin que “antigamente o futuro era habitado com mais esperança.” O seu percurso é marcado pela direção de grandes instituições teatrais, com uma fugaz passagem pelo Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, e uma forte presença no Teatro Nacional São João, no Porto. Isto além dos seus múltiplos papéis artísticos, enquanto encenador, ator e professor. Ricardo afirma que, agora que vive mais fora de cena, está a tratar da sua cabeça e a dedicar-se ao novo tempo, depois das sobras, sem grandes saudosismos ou pretensões. Ouçam-no nesta primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Soundbite
Chega à frente pela primeira vez nas sondagens. E agora?

Soundbite

Play Episode Listen Later Sep 12, 2025 9:35


André Ventura deve ser escolhido, nesta sexta-feira, como candidato com o apoio do Chega às presidenciais. Isto acontece no mesmo dia em que o Diário de Notícias dá, pela primeira vez, um partido que não o PSD ou o PS à frente nas sondagens. No barómetro feito pela Aximage, o Chega reúne 26,8% das intenções de voto, contra 25,9% da coligação PSD/CDS e 23,6% do Partido Socialista. O que muda depois deste dado? Da noite passada fica também a auto-exclusão de Rui Moreira da corrida a Belém.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Mensagens do Meeting Point
127 com paixão

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later Sep 12, 2025 4:45


devocional Lucas leitura bíblica Alguns dos discípulos começaram a falar-lhe acerca da bela construção que era o templo e das dádivas comemorativas que ornamentavam os seus muros. Jesus, porém, disse-lhes: “Isto que estão a ver, virá o tempo em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.” Eles perguntaram-lhe: “Mestre! Quando será? Haverá algum sinal que o anuncie?” Jesus respondeu: “Cuidado! Que ninguém vos engane. Porque virão muitos apresentando-se em meu nome como sendo o Cristo e dizendo: ‘Chegou a hora!' Não lhes deem crédito! Quando ouvirem falar em guerras e insurreições, que o pânico não se apodere de vocês. De facto, estas coisas têm de acontecer, mas o fim não chegará imediatamente. As nações levantar-se-ão umas contra as outras e reino contra reino. E haverá grandes terramotos e fomes em muitos sítios e epidemias, e ver-se-ão grandes sinais vindos dos céus. Mas, antes disto tudo, prender-vos-ão e perseguir-vos-ão. Levar-vos-ão às sinagogas e prisões e conduzir-vos-ão à presença de reis e governantes por causa do meu nome. Isto servir-vos-á para darem testemunho. Portanto, ponham isto nos vossos corações: não se preocupem com a vossa defesa, porque vos darei as palavras e sabedoria a que nenhum dos vossos inimigos poderá resistir nem refutar. Mesmo aqueles que vos são mais próximos, os vossos pais, irmãos, parentes e amigos, vos entregarão; farão morrer alguns de vocês. E todos vos odiarão por serem meus e por causa do meu nome. Mas nem um único cabelo da vossa cabeça cairá. Se permanecerem firmes, salvarão as vossas almas. Mas, quando virem Jerusalém cercada por exércitos, saberão que chegou a hora da sua destruição. Então aqueles que estiverem na Judeia fujam para as montanhas! Quem estiver em Jerusalém trate de fugir e quem estiver fora da cidade não tente voltar. Porque aqueles serão os dias do juízo de Deus, em que as Escrituras serão totalmente cumpridas. Ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande angústia nesta nação e cólera sobre este povo. Serão brutalmente mortos ou enviados como exilados e cativos para todas as nações do mundo. E Jerusalém será conquistada e pisada pelos gentios, até que se cumpra o tempo destes. Lucas 21.5-24 devocional Não é incomum uma pessoa embevecer-se com a imponência de lugares de culto. Se não houver discernimento facilmente se perde a noção de que essa beleza é fugaz, conquanto possa durar décadas ou séculos. Jesus, por muito impopular que possa parecer, alerta para essa mesma temporalidade. Aquilo que ao ouvido humano soa como pessimismo, não é mais do que uma chamada Sua de atenção para que não haja ilusões quanto à dureza da caminhada que nos aguarda. Ele não sonega informação detalhada sobre as adversidades vindouras, nem as pinta de dourado para evitar que sejamos ludibriados por vozes que veiculam o facilitismo religioso. Jesus tanto alerta de antemão os Seus seguidores para os desafios naturais e espirituais que terão de enfrentar, como lhes garante que os capacitará em permanência: “Eu vos darei palavras e sabedoria a que nenhum dos vossos inimigos poderá resistir, nem será capaz de contradizer.” E mesmo nos piores cenários, de abandono, traição ou espectro da morte, Ele encoraja-nos a perseverar até ao fim, tanto mais que nos garante protecção total. Sim, quem caminha sob a Sua alçada pode perder a vida, mas jamais a alma. - jónatas figueiredo Oramos para que este tempo com Deus te encoraje e inspire.  Dá a ti próprio espaço para processar as tuas notas e a tua oração e sai apenas quando te sentires preparado.

Expresso - Irritações
Batizar 'Labubus', pessoas que acham que conseguem resolver tudo, e 'Alerta Manso'

Expresso - Irritações

Play Episode Listen Later Sep 12, 2025 59:29


No programa desta semana, Luís Pedro Nunes faz questão de destacar um tema que, ainda assim, não o deixa muito perturbado - a febre dos bonecos 'Labubu', que já chegou ao ponto de os próprios serem... 'batizados': "Isto tem a ver com uma brincadeira de fonética. Agora os padres que vão nisto é que fazem uma figura...". José de Pina volta aos seus 'Alerta Manso' para deixar uma analogia: "O Durão [Barroso] disse que somos dos mais pobres da Europa Ocidental. Mas também somos dos mais calmos. É porque aqui ninguém embirra! É a mansidão do costume, com tudo", reclama. Já Luana do Bem fala de pessoas que acham que conseguem resolver tudo, outras que não sabem desligar um telefonema, e daquelas que demoram muito tempo a responder. Com moderação de Pedro Boucherie Mendes, o Irritações foi emitido a 12 de setembro, na SIC Radical. * A sinopse deste episódio foi criada com o apoio de IASee omnystudio.com/listener for privacy information.

Livros que amamos - histórias para crianças

A princesa Iasmim não é como suas meias-irmãs. Em vez de passar horas se arrumando para encontrar um pretendente, ela prefere participar de uma grande corrida que ocorrerá na cidade. Seu sonho de vencer a competição parece estar mais próximo de se tornar realidade quando uma fada madrinha aparece com um novo par de tênis mágico! Isto é, até Iasmim perder um deles… Escrito por Caryl Hart, ilustrado por Sarah Warburton, traduzido por Ligia Azevedo r e publicado no Brasil pela editora Brinque-Book. Para acompanhar a história juntamente com as ilustrações do livro, compre o livro aqui: https://amzn.to/45YNIz5 Se vc gostou, compartilhe com seus amigos e me siga nas redes sociais! ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/bookswelove_livrosqueamamos/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ E fiquem ligados, porque toda sexta-feira publico uma nova história. Até mais!

Peças Raras - 24 h em sintonia com você
#361 Corinthians 77 como você nunca ouviu

Peças Raras - 24 h em sintonia com você

Play Episode Listen Later Sep 10, 2025 33:11


Esta é uma verdadeira peça rara!Você vai acompanhar como foi a saga do Timão para a conquista do Campeonato Paulista de 1977. Lance a lance, com uma narração extremamente emocionante e que te leva para dentro do campo e para as arquibancadas. Viva cada emoção daquele outubro em que o Corinthians disputa três partidas até conquistar o título contra a Ponte Preta, após 23 anos de espera por um troféu valioso. A narração desta conquista é a da Rádio Gazeta, com José Italiano e Geraldo Blota (o repórter GB) no comando. E o maior tesouro é que o áudio vem de uma fita cassete gravada na época. O registro foi feito por Paulo Francisco Calló e chegou ao nosso podcast por meio de Mauro Calló. Isto depois do cirurgião dentista e apaixonado por rádio ter concedido entrevista ao Museu Virtual do Rádio e da TV para a aluna Manuela Silveira D'Urso Guimarães. Na conversa, ele revelou que tinha guardado a fita com a gravação. A PEÇA MAIS RARAO mais incrível é que Calló lembra-se tão perfeitamente do dia da final que contou a Manuela que o momento mais marcante que ouviu no rádio foi a narração de José Italiano, pela Rádio Gazeta, do gol do Corinthians. Não apenas pela emoção, mas também porque o locutor trocou o nome do jogador que fez o gol decisivo, creditando a Geraldão o feito histórico, em vez de Basílio. O próprio Mauro Calló conta esta história neste episódio. Enfim, prepare-se para rir, chorar e viver ou reviver este momento incrível do futebol e do rádio esportivo. CAPÍTULOS:00:00 José Italiano e Geraldo Blota no final do jogo em que o Corinthians se torna Campeão Paulista de 197701:06 Abertura 02:41 Gol de Palhinha na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista de 77, narrado na Rádio Gazeta03:05 Sobre primeira partida da decisão do Campeonato Paulista entre Corinthians e Ponte Preta04:32 História da segunda partida entre Corinthians e Ponte Preta no Morumbi, em 7705:45 Editorial da Rádio Gazeta, na voz de José Italiano, conclama a torcida corintiana para a decisão de 7707:43 Áudios da transmissão da partida final do Campeonato Paulista de 77, em 13 de outubro08:09 Geraldo Blota registra pelos microfones da Rádio Gazeta o momento em que jogadores tiram "cara ou coroa"09:31 História da partida final entre Corinthians x Ponte Preta no Campeonato Paulista de 7713:37 Depoimento de Mauro Calló: ele lembra que acompanhou o jogo com o pai Paulo Francisco Calló pela TV, com o áudio da Rádio Gazeta. O detalhe que ficou na memória do garoto de 12 anos é a narração de José Italiano, que trocou o nome do jogador que fez o gol decisivo. 14:47 Narração original de José Italiano na Rádio Gazeta para o gol do Corinthians na final de 77. O locutor credita a Geraldão o feito, em vez de Basílio. 17:04 Narração gravada por José Italiano para o gol de Basílio, que garantiu o título do Timão em 77, corrigindo o erro da narração original. 18:49 Mauro Calló explica como foi feita a gravação do gol na hora da transmissão20:08 José Italiano se desculpa pelo erro, ao narrar o gol como se tivesse sido de Geraldão20:52 Momentos finais e festa da torcida corintiana, diante da conquista do Paulista de 77PEÇAS RARAS NO RÊMIO MPB - MELHORES PODCASTS DO BRASILAntes de ir, eu peço o seu voto no Prêmio MPB – Melhores Podcasts do Brasil. O Peças Raras concorre na categoria “Assuntos Diversos”. Para isso, você deve acessar o site premiompb.com.br  e fazer um cadastro bem simples. Em seguida, você vai receber uma mensagem no e-mail que cadastrou e poderá iniciar a sua votação.Há uma dezena de categorias. Você pode votar em cada uma delas ou apenas nas que escolher. Em Assuntos Diversos, tem muitos podcasts incríveis. Se você acha que o Peças Raras merece seu voto, escolha nosso podcast e clique em Votar. Depois confirme seu voto e opte por Finalizar Votação ou Continuar Votando em outras Categorias.Eu agradeço o seu apoio.

Regionalni program: Aktuelno u 18 - Radio Slobodna Evropa / Radio Liberty
Šest mrtvih u pucnjavi, koju izraelska policija smatra terorističkim napadom

Regionalni program: Aktuelno u 18 - Radio Slobodna Evropa / Radio Liberty

Play Episode Listen Later Sep 8, 2025 29:59


Šest osoba je ubijeno, a više od deset povrijeđeno u pucnjavi u okupiranom Istočnom Jerusalemu. Izbor Vlade RS pred Ustavnim sudom BiH 9. septembra, u Službenom glasniku RS danas objavljena odluka o neustavnoj Vladi tog bh.entiteta. U Beogradu protest "Indeks je jači od pendreka".

Uma palavra no seu caminho
XXIII Domingo do Tempo Comum - Homilia

Uma palavra no seu caminho

Play Episode Listen Later Sep 7, 2025 6:25


No Evangelho que acabamos de ouvir, o texto está todo enquadrado, digamos assim, entre duas frases:«Se alguém vem ter comigo sem preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos... não pode ser meu discípulo.»Depois, Jesus conta a questão da verificação da torre e a questão do rei que encontra outro rei e que, antes de fazer guerra, procura as condições de paz. E conclui assim:«Quem dentre vós não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo.»Pode parecer um bocado a mais... mas é aí que está a exigência da nossa opção livre e consciente por Jesus Cristo. Não é algo que fazemos num momento de euforia, nem de ânimo leve, nem de forma pouco ponderada. É algo amadurecido. É uma opção que dura no tempo, que atravessa diversas fases da vida e que se vai tomando de forma consciente. Não porque me disseram, não porque agora parece bem, mas porque vou fazendo a experiência de ser transformado pelo jeito de Jesus.A primeira leitura, nesse aspeto, é muito elucidativa:«Qual o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Quem pode sondar as intenções do Senhor?»Nós não somos capazes de conhecer os planos de Deus. Mas é Ele quem nos dá sabedoria, quem nos envia o seu Espírito, para conhecermos os seus desígnios.É esta a importância de sentar-se, de considerar, de pensar, de analisar, como dizia Jesus: seremos capazes de construir a torre? Seremos capazes de ganhar a guerra?E, no nosso dia a dia, o que é que o Senhor põe à nossa disposição para que possamos preferi-lo a Ele, e não às riquezas materiais? Para que possamos optar por Jesus acima até da família?Não se trata de escolher entre o pai ou a mãe e Jesus, mas de perceber por que razão optamos por Cristo, mesmo quando Ele usa palavras tão radicais:«Quem não toma a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo.»Muitas vezes ouvimos esta frase como se fosse: “aguenta, sofre, porque também Ele sofreu”. Mas não é isso. O sentido é: quem não toma a sua vida na totalidade, com tudo o que a vida envolve, não pode ser discípulo. Não é possível seguir Jesus apenas em alguns aspetos. Ou somos discípulos em tudo, ou não somos.Ser discípulo implica assumir a vida inteira: o que ela tem de leve, de festivo, de prazenteiro — que é fácil —, mas também o que ela tem de difícil, de fracasso, de doloroso — que é a parte mais exigente. É aí que se nota a qualidade da nossa opção por Cristo.Como cristãos, não ignoramos os aspetos difíceis da vida. Antes, vivemo-los unidos ao Senhor. Quando a vida se apresenta como trevas sem esperança, é Ele quem a transforma em lugar de luz e de esperança. Sim, há sofrimento e há dor, mas vividos com Cristo deixam de ser um beco sem saída.Estar unidos a Cristo reconfigura a nossa própria vida e o mundo em que vivemos.E aqui entra a segunda leitura: São Paulo escreve a Filémon, num contexto muito concreto e difícil. Estava preso, e diz que “gerou um filho na prisão”: Onésimo. Filémon tinha este escravo. Onésimo fugira e desaparecera. Entretanto, converte-se ao cristianismo.Paulo podia simplesmente devolvê-lo, segundo a lei civil, como escravo. Mas não. Ele pede a Filémon que o receba não já como escravo, mas como irmão em Cristo. Embora a lei o considerasse propriedade, a fé fazia dele um irmão.Isto gera uma nova forma de relação, uma nova forma de nos entendermos a nós próprios e de nos relacionarmos com os outros. Filémon não perdeu um escravo: ganhou um irmão.A pergunta que nos fica é esta:Seguir Jesus Cristo, para nós, implica a totalidade da vida?E, se sim, que relações concretas já foram convertidas pelo Senhor na nossa vida?Na forma como nos relacionamos connosco mesmos, com os outros, com o mundo e com Deus?

Radijo
RADIJO: Pank Trepezarija #80

Radijo

Play Episode Listen Later Sep 5, 2025 53:51


U 80. epizodi podcasta Pank Trepezarija, Minel Abaz Mima i Arnel Šarić bacaju pogled unazad na četiri godine Pank Trepezarije i minornog utjecaja koji su imali na svijet oko sebe; kako je sve počelo i kuda ide. Tekst koji spominju: https://buddhaletina.beehiiv.com/p/pank-trepezarija-4-njuzeter  Bluesky: https://bsky.app/profile/panktrepezarija.bsky.social  Twitter: https://www.twitter.com/panktrepezarija  Pridruži nam se na ISK Discordu: https://discord.gg/hZkmBRGrQh  Podrži nas na http://www.patreon.com/arnelsaric  Pišite nam na radijo@onajkojikuca.com Prijatelji Pank Trepezarije: PiBrewery Shop Print Mania Slušaj gdje god i na www.onajkojikuca.com Disclaimer: Svi stavovi izneseni u podcastu su isključivo stavovi onoga ko ih iznosi. Kompanije navedene kao prijatelji podcasta promovisane su na inzistiranje voditelja Arnela Šarića, u sklopu inicijative promovisanja kvalitetnih bh. proizvoda malih biznisa, te one mogu i ne moraju podržati stavove iznesene u ovoj ili bilo kojoj drugoj epizodi podcasta Pank Trepezarija.  Isto tako, tim Pank Trepezarije ne odgovara za proizvode, aktivnosti ili djelovanja kompanija koje su navedene kao prijatelji podcasta.  

Carta Podcast
A despedida de Mino Carta e o julgamento de Bolsonaro e seus comparsas | Fechamento Carta

Carta Podcast

Play Episode Listen Later Sep 5, 2025 59:03


Neste episódio, André Barrocal, Mariana Serafini e Rodrigo Martins relembram a trajetória de Mino Carta, que faleceu na terça-feira 2, aos 91 anos. Responsável pela criação das revistas ‘Quatro Rodas', ‘Veja', ‘IstoÉ' e ‘CartaCapital', além do ‘Jornal da Tarde' e do ‘Jornal da República', o jornalista deixou um legado marcado pela ousadia, pela honestidade e pelo compromisso inabalável com a verdade factual.“Mino mostrou que a imprensa livre e a democracia andam de mãos dadas”, afirmou o presidente Lula, momentos antes de decretar luto oficial de três dias e viajar a São Paulo para comparecer ao velório do amigo. “Em meio ao autoritarismo do regime militar, as publicações que dirigia denunciavam os abusos dos poderosos e davam voz àqueles que clamavam por liberdade.”A equipe de ‘CartaCapital' também comenta os primeiros lances do julgamento do chamado “núcleo central” da trama golpista, iniciado na terça-feira 2 pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. A peça final do procurador-geral da República, Paulo Gonet, demole os sofríveis argumentos que negam a tentativa de golpe. Já os comparsas de Jair Bolsonaro não hesitaram em jogá-lo aos leões.O Fechamento é transmitido ao vivo, no canal de ‘CartaCapital' no YouTube, a partir das 18h. Na tevê aberta, a TVT exibe uma reprise às 22h30. Acompanhe e participe do debate pelo nosso chat.

Prova Oral
"Isto é um Escândalo"

Prova Oral

Play Episode Listen Later Sep 4, 2025 59:59


Fernando Alvim conversou com Bruno Paixão sobre como os escândalos políticos degradam a Democracia.

Convidado
Lisboa vive "situação absolutamente explosiva" nos transportes

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 4, 2025 12:04


O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, possivelmente causado por falhas de manutenção, veio expor a situação dos transportes públicos em Portugal, onde há não só falta de pessoal qualificado, mas também onde os salários são baixos e a maior parte do trabalho é subcontratado. O acidente no secular elevador da Glória, em pleno coração de Lisboa, fez até agora 16 mortos e cinco feridos, números que podem evoluir nas últimas horas. Na origem deste acidente estará possivelmente a quebra do cabo que assegura a ligação entre as duas cabines que constituem o sistema deste elevador, sabendo-se agora que a manutenção desta infra-estrutura tinha sido externalizada para uma empresa privada, uma mudança contestada há vários anos pelos sindicatos da Carris, empresa municipal de transportes da capital portuguesa. Em entrevista à RFI, Raquel Varela, historiadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e investigadora sobre as relações de trabalho, denuncia o abandono dos transportes públicos, as más condições dos trabalhadores e a situação explosiva que se vive na cidade de Lisboa. "Temos estudos nos portos da cidade de Lisboa, na manutenção da TAP, no pessoal de voo e cabine, no Metro de Lisboa. Nos maquinistas da CP, Em todos eles. Todos eles. Nós apontámos para riscos significativos para os trabalhadores e para a população que usa estes serviços por causa das condições de trabalho, que são altamente degradantes. E nós não estamos só a falar dos baixíssimos salários, nós estamos a falar de trabalhadores em turnos sucessivos, porque não há outros trabalhadores para ocupar o lugar destes, porque os trabalhadores emigram com os baixos salários. Portanto, nós estamos a falar de pessoas que muitas vezes fazem 16h00 seguidas de trabalho. Nós estamos a falar de salários tão baixos que não dá para as pessoas reporem os seus níveis biológicos, nomeadamente alimentares decentes, dormir decentemente, etc. Portanto, nós estamos a falar de uma situação explosiva que o que nós temos é uma situação generalizada de degradação dos serviços públicos que está intimamente ligada. Eu gostava de salientar isto às regras que a União Europeia põe porque subcontratações são possíveis, mas contratar funcionários públicos bem pagos não é. E, portanto, tudo isto é uma situação absolutamente explosiva, em que as pessoas começam a chegar à conclusão que o Estado, em vez de as proteger, é uma ameaça à sua vida", declarou a académica. A emigração de trabalhadores especializados no sector da mecânica, a subcontratação e os baixos salários são tendências no mercado de trabalho português que podem ter tido impacto neste acidente. Também o desinvestimento público, nomeadamente no sector dos transportes, é visível. "Tudo indica que o que nós estamos é, perante a incúria, uma política absolutamente criminosa de degradação dos serviços públicos, com impacto na manutenção e manutenção dos transportes. É um trabalho altamente especializado, que exige equipas coesas e uma grande respeito pelos trabalhadores e uma grande ligação entre os trabalhadores mais novos e mais velhos", disse Raquel Varela. Publicamente, tanto o primeiro-ministro, Luís Montenegro, como o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, já vieram esclarecer que as responsabilidades sobre este acidente estão a ser apuradas, não havendo, para já, quaisquer consequências políticas. Para Raquel Varela, Carlos Moedas devia demitir-se e deveria haver um impacto na administração da Carris, podendo mesmo haver uma acusação criminal caso fique provado que houve negligência na manutenção do Elevador da Glória.já que todos os cidadãos, portugueses ou estrangeiros que visitam Portugal, estão em risco. "Isto é uma tragédia que matou o condutor, matou mais de uma dezena de pessoas que estão ali. Quer dizer, isto é um país completamente à deriva, que põe em risco os seus próprios cidadãos e cidadãos estrangeiros. Não interessa. Todos os cidadãos que circulam neste país, exceptuando evidentemente, os muito ricos, porque esses andam de motorista e jacto privado", concluiu Raquel Varela.

Convidado
Novo presidente do BAD quer valorizar as forças internas do continente

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 3, 2025 9:17


O economista mauritaniano Sidi Ould Tah tomou oficialmente posse esta segunda-feira, 01 de Setembro, como presidente do Banco Africano de Desenvolvimento. Em entrevista à RFI, o economista guineense Carlos Lopes, que contribuiu para a estratégia de Sidi Ould Tah, sublinhou a necessidade do continente procurar soluções inovadoras e passar a valorizar mais as forças internas. O economista mauritaniano Sidi Ould Tah, eleito presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Maio, tomou oficialmente posse esta segunda-feira, 01 de Setembro de 2025, na sede da instituição, em Abidjan, Costa do Marfim. O antigo ministro da Economia da Mauritânia e antigo dirigente do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA) prometeu continuar a construir "uma África robusta e próspera" e sublinhou a urgência de “revisitar o plano de investimento” e de “mudar de paradigma”. O primeiro mauritaniano a assumir a liderança da instituição insistiu na importância da paz para alcançar os objectivos de desenvolvimento e acrescentou que "África está de olhos postos em nós, a juventude espera por nós". Em entrevista à RFI, o economista guineense Carlos Lopes, professor na Universidade da Cidade do Cabo que contribuiu para a estratégia de Sidi Ould Tah, sublinhou a visão inovadora e ambiciosa do novo presidente do BAD, que pretende transformar a instituição num motor de desenvolvimento do continente africano. RFI: Quais são as prioridades de Sidi Ould Tah? Carlos Lopes, economista: O Dr. Tah tem uma paixão pelas questões relacionadas com as pequenas e médias empresas, porque tem consciência de que elas é que criam e geram emprego. Esse é o resultado de uma arquitectura mais complexa, onde teria que transformar o banco não num operador nessas áreas, mas num agente que pode mobilizar capitais e que pode, juntamente com outras instituições financeiras, trabalhar em sinergia. Por isso, uma das prioridades dele é, justamente, tentar construir uma arquitectura financeira africana, em vez de estarmos a perder muita energia nas reformas da arquitectura financeira internacional. No fundo, é um pouco o mote do seu programa, ou seja, tentar mostrar que os africanos têm que se concentrar muito mais nas possibilidades que têm e que até agora não foram propriamente utilizadas, nomeadamente a mobilização de capitais internos domésticos, fundos de pensão, fundos soberanos, a forma como se lida com infra-estruturas, que é normalmente feita pensando sempre no investidor estrangeiro e sem mercados internos intervindo directamente na sua concepção. São prioridades que têm a ver com a constatação de que estamos a entrar num período onde a ajuda ao desenvolvimento é muito mais escassa e deve ter um papel mais marginal na definição das prioridades do continente. E para que se possa ter uma integração continental, tem que se investir muito mais em infra-estrutura resiliente, tem que se fazer o necessário para que esse mercado de capitais possa multiplicar o tamanho do banco de forma consistente. Ele, na sua função anterior de director geral do e depois presidente do Banco Árabe para o Desenvolvimento da África, conseguiu aumentar o capital desse banco de cinco para 20 mil milhões de dólares e agora quer fazer o equivalente, mas com mais ambição, no Banco Africano de Desenvolvimento. Ou seja, o seu projecto é de multiplicar por dez o tamanho do banco. Mas há muitas dificuldades, nomeadamente a dificuldade de acesso aos mercados internacionais, os impactos das alterações climáticas. Há pouco falou da ajuda ao desenvolvimento cada vez mais escassa, a redução, por exemplo, do montante da ajuda externa por parte dos Estados Unidos. São uma série de dificuldades que vai ter pela frente. Sim, mas isso são as razões pelas quais ele busca soluções completamente inéditas ou diferentes das que até agora foram dependentes das características que acabou de mencionar. Por exemplo, os fundos de pensão africanos têm um trilhão de dólares, mas não foram utilizados até agora de forma consentânea com os objectivos do continente, porque 80% destes fundos são investidos fora do continente. Temos também outros actores, os países do Golfo, a Turquia, para já não falar da China e dos países asiáticos, que estão numa procura muito maior de alargamento de mercado e todas essas crises que nós estamos a viver a nível tarifário, a nível comercial, a nível de regulação internacional, etc, acabam por favorecer soluções inovadoras. E essas soluções inovadoras são aquelas que estão no programa do novo presidente do BAD. Ou seja, quando se fala do aumento do capital e todas estas características, não é ir buscar essas perdas que acabou de mencionar, é fazer coisas completamente diferentes. É fazer face a estas perdas? Fazer face a estas perdas, mas sem sem nostalgia sobre o legado, porque elas acabaram por caracterizar, de uma certa forma, seis décadas de desenvolvimento na África que não foram das mais mais produtivas, das mais encorajadoras em relação a outras regiões do mundo. E, portanto, agora nós temos que ter um nível de ambição completamente diferente, mas contar muito mais sobre as nossas próprias forças. E por isso, é preciso soluções inovadoras diferentes e é isso que está no programa do novo presidente do BAD. Esta ambição de Sidi Ould Tah é exequível, mesmo tendo em conta a conjuntura? É possível, primeiro, porque ele já deu provas em dez anos, numa conjuntura que também não era favorável. Conseguiu, não só, fazer da instituição que dirigia uma instituição que aumentou os desembolsos em cerca de 200%, que aumentou o capital para quatro vezes e que tinha já a possibilidade negociada para aumentar até seis vezes, conseguiu a notação pelas agências de notação desse banco, que não tinha notação nenhuma para ser o segundo melhor da África. Isto tudo feito num período relativamente curto, num banco e numa instituição com menos capacidade técnica. O que ele quer agora é utilizar a capacidade técnica do BAD para fazer coisas diferentes. Por exemplo, a montagem actual de qualquer projecto de infra-estrutura leva quase cinco anos para concluir e, portanto, é preciso pôr uma cláusula que esses projectos têm que ser feitos num período muito mais curto. A agilidade vai criar uma dinâmica completamente diferente de financiamento, porque os actores actuais dependem sempre da intervenção estrangeira e o banco vai um pouco atrelado às políticas que são definidas em Washington pelo Banco Mundial e outros. E neste momento, o que faz falta é justamente um banco que tenha a iniciativa de abraçar projectos que são ambiciosos, sim, mas tomando em conta o risco de uma forma diferente, por exemplo, fazendo seguros de risco que neste momento não são praticados em África, mas são praticados noutras partes do mundo, fundos de garantia que na África são pífios, mas que são muito importantes noutras partes do mundo. Enfim, copiando aquilo que há de melhor nos exemplos mais recentes de desenvolvimento acelerado, que são quase todos da Ásia.

Ponto de Partida
Anistia é traição da pátria

Ponto de Partida

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 13:07


Tarcísio de Freitas quer dar anistia a Jair Bolsonaro. Está prometendo para quem quiser ouvir. Isto é traição à democracia. Não por um princípio de esquerda, tá? Por um princípio liberal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

#AutisticAF Out Loud
Autistic Family & Other Mysteries, Live Spoken Word, 8/31/25

#AutisticAF Out Loud

Play Episode Listen Later Aug 31, 2025 32:57


Thanks to everyone who tuned in! Free or paid subscribers? Join me for my next live video in the app. Gonna be a Trigger Warnings kinda take on old men with their fingers on THE Button. This week…Here's my speaking script from this live performance. Close to a transcript, but I changed a few lines on the fly… some even on purpose.Today I'm talking family, friends, love… not known as autistic “superpowers.” So let's start with a quick blow up of the whole fucking superpower thing.1. After the SecretI have strengths.Not one is my superpower.I have challenges.Not one is my kryptonite.I'm that kid in third gradeDropdropdroppingA mysterious blue crystalInto that test tube—Squealing in delightEvery time it explodes…In purple streams.I love cosplay.But I don't have to flyWear a maskOr sport a capeTo be autistic.Still…I get to be the heroor bald evil geniusof my own life.2. ShamelessFamily is freaking complex. For me? More disappointment, failure to meet expectations. Not being the son… or brother… the family ordered.Live long enoughYa get a lot right,Get a lot wrong.Get to knowWell enoughYa can't be a saintLurking in shadow…Living life perfectlyShameless.Shameless.Oh let me beShameless…No sun setsOn a painless life,So no moon shinesOn a stainless wife.Oh let me be… comeShameless.Scaling Mount MarcyThat night as Elvis died,Got branded a MountebankAs my sister grew colder.Stalking Death ValleySame sister… now dead… to meSame stars… chill my shouldersNow living life perfectlyShameless…Shameless.Oh let me beShameless…No peak capsAn aimless life,And no grave ever filledBy a blameless knife.Oh let me be… comeShameless…No mask hidesThe pain in life,So no words canExplain my fight.So, let me Be… comeShameless.I call this one it burns. I didn't write it about autism. But families face terrible trials. This was my response to one.3. IT BURNSUp your noseOr in your armIt burnsFirst your charmThen your poseIt burnsNo one learnsThe next child will yearnTil It burnsStill burnsOh it burnsIt burns you upIn the mirrorThat dark strangerStares back at youWild-eyed dangerBut you don't fear herIt's youRight on cueShe's seen things you'd never doBut it's youCuz Baby, it's youIt's you nowWhat won't you doBridges burntTowns ashes.Poppa burntMom ashes.BeautyAshes.DutyAshes.HomeAshes.DreamsSmoke…Lovers turn to johnsBurnt.BabiesBurnt.WombBurnt.BrainBurnt.EyesBurnt out…Up your noseOr in your armIt burntFirst your charmThen your poseIt burntNo one learnedYour next child yearnedTil It burntStill burntOh it burntIt burnt you upAte you upNo one homeJust burnt bones....Okay. Hello… family? Friends? I wasn't born to produce. I was born to observe, experience… then overshare.4. A Shooting Star Has No Purposemy autistic life...failing upwardtoward collapse...?succeeding downwardtoward joy...?it's a quantum thing.the answer is simply...yes.I was not put on this planetto produce.I was born to experience.Observe...and over share.our lives' value isnot measuredby clicks.or data mined by AI.a shooting starslashing through darknesshas no purpose.unlessit ignitesa human instant.illuminates, ya know…that ness…this breathand this moment…all we possess.All.I ain't gonna lie. This one's rough. And long. And complex. It may not need a T.S. Eliot pretentious footnote. But I try to intertwine family, control, and religion. And real events from the winter of 97-98. When the Hale-Bopp comet was fading in the Northern New York skies. And the memory of the Heaven's Gate suicide cult was still fresh in the national mind.This is a hybrid piece. In my mind it's a movie. With scenes, background music. Jump cuts. But you guys probably loved Pulp Fiction. So I pray you can follow me.5. sneaking your mother's creepy g-d on highPrelude, December 1997I begin, “There…There's Heaven's Gate.”She fiddles with the binox dials.“Where should I look?”She asks breathless,Trudging bootless.I barely hear herOver the crackling snowBeneath my feet, but say,“There…That smudge in the sky.”I point again.UFO CultChooses Suicide,The TV said.Thirty-nine bodiesIn matching Nikes,The photo read…I close wet eyesTo the hiss & sizzleOf the Northern LightsOver my head,SilenceThen the cold murmurof the cold mother...“That's why they died?”She shrugs.My eyes open… careful, I shrug,“Maybe… they saw a signal from aliens.Or maybe God on high.Who knows what grimdark signThey read that silent night…”Wordless, clueless… a comet sailedRibbons of green and purple light.One cold blue, one hot pink tailFading from history's sight…So we stroll on intoFake New Year's dinnerCuz not everyoneCould schedule inThe Real One.How rare it isA two-tailed comet in the sky,A lover doesn't lie with her eyes,To greet one free man before you die,How rare it isHow rare it isDinner Musicmy mother in a halo of candlesmy mother wrapped in smokemy mother in dark shadowsmeasuring the length of my ropeShe gathers reports from her childrenThis year's fugue & pedal point,Her table a feast of sand.Youngest Mark files his,A new open source project…“I'm really getting seen.”Lifting my glass to himFrom the dark walnut table,I sip vodka… Neat.Martha next, from her foreign outpostA well-received talk given…Vodka. Neat.Second-oldest Luke comments,Wearing a dead father's mantle“So proud of this my familyProgress on nearly every front.John, you seem…Well, better… strangely.”Yeah. Vodka. Neat. And deep.Mary reports a year in faith.Jesus gave her home.Jesus gave her kids.Jesus gave her strength… alone.I close my eyes in frustrationSee only those twin tailsSailing in that dark…No wine, no waferJust vodka. Neat.The broken mother nods,Waves a weary hand at each.Then turns to me,Product of her first postpartum,Eldest stranger at her table.She faintly smiles…, “John?”This last-invited autistDrunk to a numb survivalStarts slow… and slurred,“Ya know…?Never… believed… in heroes.Those guys & their comet?They did.”I hear hands tense,Casual wear shift & rustle,Eyes crinkle & narrow…Familiar, family sounds.My runaway trainpicks up steamplunging on and intoa dark tangential tunnel“A part of me rejects a g-dborn perfect without sin,casually tossing miracleslike candy & coins… sublimefrom a gaudy Mardi Gras floatTo kids playing in the grime…”I gulp a breath.Silencea child, high on a stone altara hand… a knife in mid air…a sacrfice for appearanceslike thirty-nine bodiesin matching Nike pairs…How fair is itJesus and Jim JonesBoth got emails from Beyond,Love rusts tilIt's just one more bond,Your soul's released whenYour last day's dawned,How fair is itHow fair is itInterlude, January 1998Flash CutCouple weeks laterIce Storm of ‘98.A friendly… familyGame of cards.Frozen in time, frozen in mindAunts, uncles and cousinsNo one's got power, trapped…Cabin, cards, liquor… discussions.Killing time… 3 days…Instead of each other.Oh shit. Oh. Shit…There goes that bidI swore I could make.Under my breath… “Damn it to Hell.”Then head down, out loud,“Oh, Shit.”I'm staring at the hand they dealt.So many near-miss combosSo many runs that went nowhere…“My bad. I shoulda played that 9My mind's off wandering againLet me grab that back. This time.”“No…You gotta drink …Ya gotta drink!This time…Every time!”Rinse repeatMistake over mistakeVodka neat, vodka neatVodka…I… wake to… laughter“Uncle Johnny, you're the dudeFrom stuck up cuntTo puking your shoes.Man, can you let go… when you want.”And let go... I did.A distracted juggler drops his satin ballA drunken knife thrower ties assistants to the wall,The smoking fortune teller wheezes, “Doom finds us all,A Ring Master's whip echoes through an emptying hall….Cadenza, for the End of TimeMy catechism askedWhy did that g-d make me?And I askWhy did this unbonded mom have me?To both cluck in disappointment?Over commandmentsI was bornUnable to follow…?To follow a comet into…DesperationDissolutionSuicideAnd the Peace…Of no need for understanding?Ever again?There is no heroNo godNo bodhisattvaThat does not hideThe dazzling ConfusionIn a burning bushOr explains to meLike I'm a five-year oldWhy that twin-tailed cometStill sails across my mindHow rare it isTo find a godDoesn't want moreThan he gave,A lover who can stay…Even while I raveA man who can liveNot caring if he's saved,How rare it is.How rare it is.Okay. Friends? Finally late in life I got friends. And love. And this last is a selfie of what that's like.6. A Swirl of Flesh-Colored Fog“Ya gotta minute?”She takes a quick scan of the aisles. Then toward the eternal sale table near the entrance. Pink and blue signs promising two if you'll just buy one…It's silent. Just me standing in front of her. Bottle of the Coke Zero I'm addicted to in my hand.Dusk. Rural Indiana. I guess the local beef cattlemen, horsey folks, and military munitions testers up at Crane Naval base? They don't hit Dollar General so much around sun down.“Sure. Nobody much comes in around now. S'up… you good?"I take a beat. To use my words… to find my words.“I'm trying to remember all you guys'… um, ya know, everybody's names….”“Oh, no worries. You're good. We really all should have name badges.”I take another beat. To switch appropriate gears.“You know. The autism thing. I have this face and name thing. It's weird… but I can't remember faces.”Awkward, awkward pause.If you're listening, if you're reading…Let me try to take you inside. My being…What's that like? I only see… Well, words fail me.Take a visit to Walmart. Just a sea of faceless ghosts. Folks I greet, “I know I know you… I have this thing. Can you tell me your name?”Embarrassment. Stammering apologies…See, it's like this…A swirl of flesh-colored fogThat's my wife's face in dreamsI only see her walking awayA grey ponytail., tattered jeansLove of my life… can't see her…Not her green eyes… in stage makeup…Just homemade tats… the shape of her hair…Feelings, memories… talking after that breakup…So, I'm talking to that DG clerk.“We don't get out much. You guys? I guess it's a job. But to us? You're… well, friends. It means something to me. To learn your name. To… know you.”“Oh.” Confused, she pauses. “It's really ok. We know you and your wife. We get it.”“You know?” I'm urgent. I want her to get… the weight of it. “It's not for you. It's for me. It means something to me. To remember your names. And put them with your faces. To be friends.”I flash on all those parental commands to “make friends.” Then say, “I just won't get it right away. But I want to enjoy… doing it.”Silence. Awkward. But intimate.I stammer. “Are you… are you, Ari?” When confused, my go-to fallback is details.“No, she's the short blond one.” She waves her right hand about shoulder high.“I know Kensington… cuz well I walked in on her anaphylactic…. Um, allergy attack. Over in the Dollar Aisle."“Yeah. She's the short one with black hair.” She gestures with her right hand, just a hair lower. “And I'm Cyndi.”We laugh. Together. She mentions the name tags again. I make reassuring noises.“That's Windy, right?”“No.” She laughs. “Cyndi… Just with the I and Y reversed.”“Oh, thank god. For a moment I misremembered again. Thought you were named after a sappy 60s song.”She laughs, easy… again. “No. Never. Not that..”We share a wink. A nod.The doors slide. I walk outside.“Cyndi. Just with the I and Y reversed."A swirl of flesh-colored fog. Framed by glasses. And twisted brown hair on her head.About… yay… tall.#AutisticAF Out Loud Newsletter is a reader-supported publication. Click to receive new postd… free. To support my work, please consider a paid subscription. This is a public episode. If you'd like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit johnnyprofaneknapp.substack.com/subscribe

PQU Podcast
Episódio #324 - Atenuação da experiência emocional com antidepressivos

PQU Podcast

Play Episode Listen Later Aug 27, 2025 19:46


Apesar de com frequência ouvirmos que o uso de antidepressivos não muda o funcionamento normal do indivíduo, não altera sua essência, alguns pacientes parecem desafiar esta lógica e queixam-se de um estranhamento na maneira como sentem suas emoções, como se estivessem abafadas. Isto nos intriga, e no episódio de hoje vou apresentar a nossa investigação deste fenômeno, ainda pouco estudado, mas sempre presente na prática clínica. Espero que você aproveite!

Bem Estar
O vício do vape e dicas para largar de fumar

Bem Estar

Play Episode Listen Later Aug 27, 2025 26:44


Cerca de 27 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais fumam cigarro convencional ou vapes, os cigarros eletrônicos. O uso de cigarros entre os jovens estava diminuindo nas últimas décadas, mas com a chegada dos vapes esse número voltou a subir. Uma pesquisa da Universidade de Michigan apontou que um adolescente que usa vape tem 30 vezes mais risco de se tornar um fumante habitual de cigarros convencionais. Isto sem contar todos os males que esses dispositivos trazem para a saúde. Um vape pode ter até três vezes mais nicotina do que o cigarro comum. Além dos inúmeros efeitos físicos, o consumo do cigarro eletrônico tem uma relação direta com aumento de ansiedade e depressão. No episódio de hoje, vamos conversar sobre essa dependência e explicar como é o tratamento para quem quer se livrar desse vício. Nosso convidado é o Dr. Carlos Leonardo Pessôa, membro da comissão científica de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Explicador
Incêndios e pactos? "Isto não é uma questão partidária".

Explicador

Play Episode Listen Later Aug 22, 2025 24:30


António Rodrigues (PSD), Bruno Nunes (CH) e Pedro do Carmo (PS) em debate sobre o pacto proposto pelo Governo para fazer face aos incêndios florestais. Oposição disponível para negociar.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Radijo
RADIJO: Pank Trepezarija #79

Radijo

Play Episode Listen Later Aug 15, 2025 36:20


U novoj epizodi podcasta Pank Trepezarija, Minel Abaz Mima i Arnel Šarić pričaju o Monteparadisu i važnosti međunarodnih festivala.  Bluesky: https://bsky.app/profile/panktrepezarija.bsky.social  Twitter: https://www.twitter.com/panktrepezarija  Pridruži nam se na ISK Discordu: https://discord.gg/hZkmBRGrQh  Podrži nas na http://www.patreon.com/arnelsaric  Pišite nam na radijo@onajkojikuca.com Prijatelji Pank Trepezarije: PiBrewery Shop Print Mania Slušaj gdje god i na www.onajkojikuca.com Disclaimer: Svi stavovi izneseni u podcastu su isključivo stavovi onoga ko ih iznosi. Kompanije navedene kao prijatelji podcasta promovisane su na inzistiranje voditelja Arnela Šarića, u sklopu inicijative promovisanja kvalitetnih bh. proizvoda malih biznisa, te one mogu i ne moraju podržati stavove iznesene u ovoj ili bilo kojoj drugoj epizodi podcasta Pank Trepezarija.  Isto tako, tim Pank Trepezarije ne odgovara za proizvode, aktivnosti ili djelovanja kompanija koje su navedene kao prijatelji podcasta.  

Porque Sim Não é Resposta
É para isto que servem os filhos?

Porque Sim Não é Resposta

Play Episode Listen Later Aug 7, 2025 9:15


Uma ouvinte escreve a perguntar se os filhos servem apenas para que os pais tenham de os andar a lembrar que existem. Um desabafo ou uma pergunta sobre expectativas, afeto e reciprocidade.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
Às vezes quando comemos isto dá um esticão de lado!

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Aug 1, 2025 4:08


Qual é a diferença entre sapato e calçado?

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Isto é o dever de todo homem: teme a Deus, e guarda os Seus Mandamentos... - Meditação Matinal 25/07/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025 36:24


"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes Aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." Mateus 10:28"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os Seus Mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.Porque Deus há de trazer a Juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." Eclesiastes 12:13-14

framework radio
framework #939: 2025.07.13 [isto rahkila]

framework radio

Play Episode Listen Later Jul 13, 2025 59:00


framework:afield produced in finland by isto rahkila. for a full playlist see https://frameworkradio.net/2025/07/939-2025-07-13/.

45 Graus
Ricardo Araújo Pereira pt2: Sátira, humor auto-depreciativo, relação com o público [Reedição especial]

45 Graus

Play Episode Listen Later Jul 3, 2025 86:14


Neste episódio, como prometido, trago-vos a 2ª parte da conversa que gravei com o RAP sobre Humor, em julho de 2019. Durante esta quase hora e meia fizemos uma viagem ainda mais alargada ao mundo do humor. Falámos sobre os vários tipos e funções do humor, desde a sátira ao humor autodepreciativo; o que nos levou à dimensão da comédia enquanto transgressão e ao modo como, quando se faz de um determinado assunto terreno sagrado, isso o faz automaticamente, enquanto objecto de humor, ainda mais apetecível. Conversámos também sobre o que está por trás desta nossa capacidade para achar graça, e que nalguns casos se pode descrever como uma ‘suspensão da compaixão ou da emoção’. Isto levou-nos a um assunto que já tínhamos aflorado na 1ª parte da conversa: o papel da moral no humor. Isto é, se a ética do humorista (e do espectador), têm ou não influência no humor que o comediante decide fazer e naquilo a que achamos graça. Por exemplo, será que é verdade, como os comediantes insistem, que “dizem qualquer coisa para provocar o riso da audiência”. E, do nosso lado, espectadores, há temas ou abordagens restritos ou tudo é ingrediente para o humor? Esta questão toca em temas que podem dificultar a dita ‘suspensão da emoção’, como o piadas racistas ou xenófobas ou humor desviante. É uma discussão muito interessante, esta, e ao editar a conversa fiquei com a sensação de que a poderíamos ter aprofundado mais. No fundo eu partilho a perspectiva do Ricardo, mas acho que há algumas cambiantes que é interessante discutir. E pronto, foi uma excelente dupla dose de conversa. A vantagem de ter sido uma conversa longa é que pudemos cobrir muitos assuntos. Mas havia ainda mais a discutir, como, por exemplo, os desafios da escrita humorística e do guionismo, ou a comparação do humor com outras formas de criação humana e de arte. Talvez numa próxima conversa! See omnystudio.com/listener for privacy information.

45 Graus
Ricardo Araújo Pereira: Do Humor à Liberdade de Expressão, e vice-versa [Reedição especial]

45 Graus

Play Episode Listen Later Jul 2, 2025 59:23


Vale a pena voltar a ouvir este episódio, originalmente publicado em 31 de julho de 2019, Nessa altura, escrevi este texto na sinopse do podcast: Há muito que queria pegar neste tema no podcast, porque o acho fascinante e misterioso ao mesmo tempo. O humor está presente em muito do que fazemos - mas não em tudo - e pode ser extremamente básico mas também desafiantemente complexo. Perceber o que nos faz rir e, mais importante, por que nos rimos é algo em tenho pensado e esta foi uma óptima oportunidade para falar com alguém que não só é provavelmente o humorista português mais marcante do século XXI mas também uma espécie de filósofo do humor e um pensador de direito próprio sobre estes temas. O pretexto para a conversa foi um pequeno, mas muito interessante livro, que o Ricardo publicou há uns anos e que ele define como “uma espécie de manual de escrita humorística”. Este episódio é, na verdade, apenas a primeira parte da nossa conversa, porque gravámos em dois dias diferentes, o que permitiu ter uma conversa mais alargada do que o normal, em que pudemos discutir uma série de temas em profundidade. Durante este episódio, começámos por discutir a resposta a uma pergunta simples mas que continua a ser misteriosa: por que rimos? Falámos de um livro muito interessante de Matthew Hurley, Daniel Dennett (Inside Jokes), que tenta dar uma explicação evolutiva para a nossa capacidade para achar graça e que vai muito ao encontro da visão que o Ricardo expõe no livro.” Para compreender este fenómeno do humor, passámos também pelas chamadas ‘Teorias do Humor’, que deste a antiguidade tentam explicar este fenómeno. Um tema inevitável que também discutimos é o número crescente de pessoas ferozmente criticadas, despedidas do trabalho ou mesmo processadas por mandar uma piada. Isto resulta do facto de o humor ser hoje visto, em alguns campos, como uma fonte de poder e um meio potencial de agressão. Discutimos, então, isso mesmo, se o humor pode ser agressão, falámos de liberdade de expressão e do papel do humor nas relações humanas e na sociedade como um todo. Mas claro que para responder a estas perguntas precisámos de voltar constantemente ao início da conversa. Por isso a discussão sobre o que é o humor e porque achamos graça esteve sempre presente.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pojačalo
EP 324: Snežana Radojičić III deo, Ciklonomad i pisac - Pojačalo podcast

Pojačalo

Play Episode Listen Later Jun 29, 2025 111:34


Od pustinje Gobi do japanskih kampova i severnokorejskih puteva. U 324. epizodi podkasta Pojačalo, Ivan još jednom razgovara sa Snežanom Radojičić u trećem delu sage o njenim neverovatnim avanturama širom sveta. Ova epizoda vodi nas na izuzetno lično i uzbudljivo putovanje: od surove pustinje Gobi, gde je doživela svoj prvi (i poslednji) pokušaj pljačke, preko solo pedaliranja kroz Tajland, Vijetnam i Istočni Timor, pa sve do Japana – zemlje koja ju je osvojila gotovo nadrealnom čistoćom i tišinom. Snežana otvoreno priča o životu na točkovima, o kulturnim šokovima, o štednji koja nije beda, i o tome kako je u Kini završila u školi sa 72 đaka u razredu, borila se sa birokratijom i izbegla ozbiljne posledice zbog "pogrešne" boje kose. Tu su i fizički izazovi – poput diskus hernije i planinarenja kroz Kirgistan, ali i vrhunac putovanja: tura biciklom kroz Severnu Koreju, pod strogom kontrolom, u zemlji gde pasoš vidiš samo kad ulaziš i izlaziš. Iskreno, neuvijeno, uz obilje fascinantnih detalja i lucidnih opservacija, ova epizoda nudi uvid u život van granica komfora – ali i u snagu žene koja ne zna za granice. Podržite nas na BuyMeACoffee: https://bit.ly/3uSBmoa Pročitajte transkript ove epizode: https://bit.ly/4eoBqDG Posetite naš sajt i prijavite se na našu mailing listu: http://bit.ly/2LUKSBG Prijavite se na naš YouTube kanal: http://bit.ly/2Rgnu7o Pratite Pojačalo na društvenim mrežama: Facebook: http://bit.ly/2FfwqCR Twitter: http://bit.ly/2CVZoGr Instagram: http://bit.ly/2RzGHjN