Podcasts about Chamo

  • 135PODCASTS
  • 175EPISODES
  • 39mAVG DURATION
  • 1EPISODE EVERY OTHER WEEK
  • Dec 10, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about Chamo

Latest podcast episodes about Chamo

O QUE VALE NEM EU ME PERCEBO
CHAMO POR TI I CALL FOR YOU

O QUE VALE NEM EU ME PERCEBO

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025 1:33


POEMAS E PENSAMENTOS -INSPIRAÇÃO PURA

Gama Revista
Hugo Monteiro Ferreira: o ócio na infância e na adolescência

Gama Revista

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 32:51


Estamos todos tão acelerados que hoje até as crianças têm agendas de executivos. Mas o que elas perdem quando não têm tempo para o ócio? “O ócio, essa palavra que remete a não fazer nada, significa de fato e de direito fazer tudo em prol de si próprio. Quando a criança aprende a viver essa atividade, ela tem melhor compreensão sobre a vida”, afirma o educador e psicólogo Hugo Ferreira Monteiro, o entrevistado desta edição do Podcast da Semana.“Você vai ver criança que não tem tempo nem para acordar. Chega na escola, entra na sala de aula, começa a tarefa; sai da tarefa, vai pro inglês; sai do inglês, vai pro balé; sai do balé, vai pro jogo; chega em casa cansadíssima”, afirma na entrevista a Gama.Monteiro acaba de lançar “Agora o meu Chão São as Nuvens: As famílias contemporâneas e os desafios na educação de crianças e adolescentes” (Ed. Autêntica, 2025), em que discute situações de violência. Com formação multidisciplinar em psicologia, educação e letras, é professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), diretor do Instituto Menino Miguel e coordenador do Núcleo do Cuidado Humano.Na entrevista, ele discute a diferença entre ócio e tédio e dá dicas sobre como os adultos das famílias podem ensinar às crianças a aprender a relaxar. A principal delas é que se aprende pelo exemplo. “Chamo a atenção para a brincadeira com a natureza. Nós, adultos, precisamos também retomar isso em nós, porque a gente está a mil por hora. É impressionante a quantidade de adulto que não escuta áudio na rotação mais lenta, por exemplo”, diz. Ele fala também como o humor é uma estratégia poderosa na educação.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

Pergunta Simples
O que nos torna humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 54:43


O Corpo, o Erro e a Imaginação: Uma Conversa Aberta Sobre o Que Nos Torna Humanos Há conversas que não vivem apenas na superfície; conversas que abrem espaço para respirar, repensar e reorganizar o que levamos por dentro. A conversa de Jorge Correia com um dos atores mais intensos e inquietos da ficção portuguesa é uma dessas. Ao longo de quase uma hora, falámos de corpo, erro, infância, imaginação, afeto, tecnologia, masculinidade e do que significa estar vivo com alguma atenção. O episódio gira em torno de uma ideia simples, mas transformadora: a vida é uma negociação permanente entre o que sentimos e o que conseguimos colocar no mundo. E é isso que o convidado pratica — no teatro, no cinema, e na forma como se relaciona com os outros. Essa reflexão nos leva a perguntar: O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo O corpo como primeiro lugar de comunicação Uma das ideias que atravessa toda a conversa é o papel do corpo — não como acessório do trabalho, mas como a sua raiz. É através da respiração, do gesto, da postura e do ritmo que se organiza a verdade de uma cena. Antes da palavra, antes da técnica, antes da intenção, está o corpo. O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo Fala-se disso com uma clareza rara: o corpo não mente, não adorna, não otimiza. O corpo não tem discurso — tem presença. E na era da comunicação acelerada, onde tudo é mediado por filtros, algoritmos e versões de nós mesmos, esta é uma ideia que nos devolve ao essencial. Comunicar não é impressionar; é estar presente. O erro como método e como espaço seguro A segunda grande linha desta conversa é o erro — não como desgraça, mas como ferramenta. E aqui há um ponto forte: ao contrário da ideia dominante de que falhar é perigoso ou condenável, o convidado assume o erro como ponto de partida. É no erro que se descobrem novas possibilidades, que se afinam gestos, que se encontra o tom certo. O erro é uma espécie de laboratório emocional. E esta visão não se aplica só à arte. É também um modelo de liderança. No teatro e nas equipas, defende que o ensaio deve ser um lugar onde se pode falhar sem medo — porque a criatividade só existe quando não estamos a proteger-nos o tempo todo. Criar espaço para o erro é criar espaço para a coragem. Infância pobre, imaginação rica A conversa revisita ainda as origens do convidado — um contexto de escassez que se transformou numa máquina de imaginação. Um tapete laranja, bonecos de bolo de anos, uma casa pequena que exigia inventar mundos alternativos. “Há quem estude para aprender a imaginar. Há quem imagine para sobreviver.” Esta frase resume bem o impacto da infância na sua forma de estar. A imaginação não é um escape — é uma estrutura vital. E quando mais tarde se interpretam personagens duras, frágeis ou moralmente difíceis, não se parte de conceitos abstratos; parte-se dessa memória de observar o mundo com atenção e curiosidade. Entrar num personagem é entrar num corpo que podia ter sido o nosso. A relação com a tecnologia e o palco: carne.exe e o confronto com a Inteligência Artificial Uma das partes mais inesperadas e ricas da conversa é a reflexão sobre a peça carne.exe, em que o convidado contracena com um agente de inteligência artificial criado especificamente para o espetáculo. Uma “presença” que responde, improvisa e interage — mas que não sente, não cheira, não erra. A conversa revela uma inquietação legítima: o que acontece ao humano quando se retira o corpo da equação? Quando a imaginação é substituída pela otimização? Quando a falha desaparece? Há uma frase que se tornou icónica: “Uma máquina pode descrever um cheiro… mas não o sente.” É aqui que a arte se torna também crítica do seu tempo: o perigo não está na tecnologia em si, mas na possibilidade de nos esquecermos do que nos diferencia dela. Masculinidade, vulnerabilidade e o lado feminino O episódio toca ainda num tema essencial: as masculinidades contemporâneas. Fala-se de dúvidas, fragilidades, contradições — de como fomos educados para esconder sentimentos e de como isso nos limita. E há uma admissão honesta e importante: a presença de um lado feminino forte — não no sentido identitário, mas sensorial. Esse lado que observa, que cuida, que escuta, que sente. É talvez a parte mais desarmante da conversa: a vulnerabilidade não diminui; amplia. A sensibilidade não fragiliza; afina. A mãe, a sobrevivência e aquilo que nos organiza por dentro Um dos momentos mais humanos surge quando se fala da mãe — do que ela ensinou, do que ficou, do que ainda ressoa. A conversa entra aqui num registo íntimo, afetivo, não sentimentalista, mas cheio de verdade. É um lembrete de que, por muito que avancemos na vida, há sempre uma pergunta que nos organiza: como é que sobrevivi até aqui e quem me segurou? Cuidar dos outros: uma ética para a vida e para o palco A conversa termina com uma ideia simples e luminosa: cuidar é uma forma de estar no mundo. Cuidar do colega, da equipa, do público, de quem está ao nosso lado. Não é um gesto heroico; é uma prática diária. E é a base de qualquer comunicação que queira ser mais do que um conjunto de palavras. Albano Jerónimo está em cena entre 12 e 14 de dezembro, no CAM – Gulbenkian, com o espetáculo carne.exe, de Carincur e João Pedro Fonseca, onde contracena com AROA, um agente de inteligência artificial desenvolvido especificamente para a peça. O projeto explora as fronteiras entre corpo, tecnologia, imaginação e presença — um prolongamento direto dos temas que atravessam esta conversa. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Por vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre a comunicação hoje com o ator e encenador albane Jerónimo, alguém que procura o erro para se fertilizar, que acha que tudo começa no corpo, numa respiração, no momento. 0:29 Albano Jerónimo, que fala neste programa, não é só o ator, é uma pessoa que aparece ora com uma simplicidade radical, ora com uma complexidade e a profundidade que nos obriga a seguir atrás. 0:51 Hoje vamos falar do corpo, da imaginação, do erro, do cuidado, do afeto e dessa coisa difícil que é ser pessoa. Porque, sejamos honestos, há dias em que não sabemos comunicar, não sabemos ouvir, não sabemos lidar, connosco e mesmo assim continuamos a tentar. 1:06 É isso que nos salva, é isso que nos torna humanos. O convidado de hoje viu exatamente nesse território onde as palavras às vezes não chegam para ele. Tudo começa numa frase, num gesto, num olhar, numa respiração, na forma como se ocupa um espaço, como se sente o chão. 1:22 Há quem passe anos a tentar treinar a dicção, mas ele comunica da maneira como está e isso, muitas vezes explica mais do que qualquer discurso. Ao longo desta conversa, percebe que o trabalho dele não é só interpretar personagens, é observar o mundo como quem escuta. 1:37 É absorver o que acontece à volta e devolver sem couraça, sem esconder o que é frágil. E no meio disto tudo, há ali sempre um cuidado discreto, uma preocupação em não ferir, em não atropelar, em não roubar espaço ao outro. Ele fala muito de afeto, não como romantismo, mas como ética, e percebe se que para ele comunicar é isso, é cuidar. 1:58 E depois há o erro, o tema que atravessa toda a conversa. Há quem fuja dele e ele corre na direção contrária. Ele procura o erro. Não porque queira provocar, mas porque percebeu que é no erro que acontece qualquer coisa. O erro obriga nos a parar, a ajustar, a aprender outra vez. 2:15 É o momento em que a máscara cai e vemos quem somos e, no fundo, é o lugar onde ficamos mais próximos uns dos outros. Ele diz isso como a simplicidade desarmante, falhar não é cair. Falhar é encontrar. Quer sempre experimentar coisas diferentes. Agora, por exemplo, está a criar uma peça a carne ponto EXEA, peça onde contracena com uma inteligência artificial criada só para estar em palco com ele. 2:40 E aqui abre se uma porta grande, o que é a presença, o que é a relação, o que é que um corpo humano consegue fazer? Ele disse uma frase que me ficou na cabeça, uma máquina pode escrever e bem, um cheiro, mas não o consegue sentir. E percebemos que este confronto com a inteligência artificial. 2:55 Não é só teatro, é uma reflexão sobre o mundo que estamos a construir, onde tudo é rápido, mas muito pouco sentido. Falamos também de masculinidade, não a do peito feito, mas a das dúvidas e contradições. E aqui acontece uma coisa bonita. E ela admite, sem qualquer agitação, que tem um lado feminino muito forte, que contracena quase a tal masculinidade e que a sensibilidade feminina e masculina é uma ferramenta. 3:18 Ainda é uma ameaça. No fim, falamos deste tempo em que vivemos, da pressa da polarização. Do cansaço e de empatia. E eu aprendi 3 coisas principais. A primeira é que comunicar começa no corpo, antes da palavra. Há sempre uma respiração que diz tudo. Um gesto aparece no corpo antes de aparecer dentro da nossa cabeça. 3:37 A segunda? É que o erro não É o Fim, é o princípio, é o lugar onde crescemos e onde nos encontramos com os outros também da comunicação. E a terceira é que a sensibilidade não é um luxo, é uma forma de sobreviver, sim, mas muitas vezes é a única forma de percebermos quem temos à frente. 3:54 Se esta conversa o fizer, aprendar um pouco ou simplesmente respirar fundo já valeu a pena. Viva Albano Jerónimo. Apresentar te é sempre um desafio ou fácil ator? Canhoto, estamos aqui 2 canhotos, portanto já estamos aqui. 4:13 Como é que tu te apresentas? Quando, quando, quando quando aparece alguém que não te que não te conhece, EE tu chegas lá e dizes. Eu, eu sou o Albano. Normalmente nós definimos sempre pela pela profissão, habitualmente não é? Não sei com não sei se é da idade, mas digo o meu nome, Albano. 4:29 Digo que sou pai, sou irmão, sou amigo e que calha ser também ator e às vezes encenador. E às vezes encenador, já gostas mais de ser ator ou encenador, imagino que. São zonas diferentes, zonas de comunicação diferentes. 4:47 Ser ator tenho o privilégio de ser ator e consigo estar por dentro, de certa forma, do processo, junto dos corpos dos atores ou de quem eu convidar para fazer um determinado trabalho e teres uma perspetiva de todo que é construíres um objeto artístico. 5:03 Que é outra perspetiva. Isso enquanto encenador, enquanto encenador, o trabalho do encenador é muito o estimular que os atores façam uma determinada coisa. Como é que funciona o processo mesmo porcas e parafusos, como eu costumo dizer. É, é. É um pouco no sentido em que, no fundo, eu tenho que gerir escutas e sensibilidades em torno de uma determinada zona de ação, ou um momento específico, ou um texto. 5:28 E então, para mim, passa muito por uma gestão quase pessoal. E emocional e obviamente, muito técnica também, muitas vezes. Como a técnica quer dizer o quê diz isto desta maneira dá mais ênfase que eu ou não é preciso, porque tu quer dizer, quando trabalhas com profissionais, eu lembro me sempre mal comparado com com os treinadores de futebol. 5:47 Estava sempre a pensar no Mourinho, por exemplo, que é não se ensina nada um jogador de futebol profissional de topo. Suspeito que no caso de 1/01/1 ator profissional de topo, também há muito pouca coisa que se possa ensinar em termos técnicos ou não. De certa forma, acho que podemos sempre aprender qualquer coisa uns com os outros. 6:05 Mas é um bocado a imagem do pastor. O pastor não muda AA ovelha, por mais que se esforce, e nessa uma teimosa sim, também se apanha. Mas no fundo, aquilo que eu tenho, a minha função central como encenador, é, é, é escolher o pasto onde as ovelhas podem comer. 6:23 E nessa lógica também me permite ter um afastamento e divertir me. Ter uma perspetiva, uma posição de tal forma afastada que me permite olhar e divertir me com esse processo todo. És uma espécie de primeiro espectador. Sim, e sou. 6:39 Tento sempre criar uma zona confortável, uma zona de segurança, uma zona segura de trabalho, onde nós estamos aqui é uma espécie de comunhão em torno de uma coisa concreta. E então isso é uma zona segura. É um safe SPACE, como se costuma dizer, o. Que é que é o que é que é o espaço seguro? Ou ou podemos, ou, pelo contrário, o que é que é um espaço inseguro? 6:57 É um espaço onde tu podes um inseguro. É um espaço onde tu existes com limitações, pelo menos aquilo que eu pretendo no teatro nacional 21, que é a estrutura profissional que eu tenho e não só eu. A Claudia lucaschew e o Francisco Leon tentamos sempre desenvolver zonas de Liberdade, zonas onde tu podes existir, contudo, em pleno, ou seja, com erros, porque é isso que nos interessa. 7:18 No fundo, é quase trazer à superfície. Essas falhas, porque é isso que nos torna de facto mais interessantes. E depois o erro é para aperfeiçoar e para apagar ou para assumir? Não sei como é que eu. Acho um bocadinho disso tudo, mas tendencialmente é para assumir, porque o erro. Eu costumo costumo dizer que o erro é o nosso melhor amigo de facto, porque é o momento onde tu deixas de pensar e te conectas com o momento. 7:40 Não há cá, digamos, preconceitos de qualquer coisa, ideias feitas à partida. Há um erro, há uma falha. Paras a narrativa, a tua própria. E então estás em conexão total com o momento e, de certa forma, na falha. 7:55 Existe uma proximidade com o espectador, com esta coisa de estarmos vivos. A falha tira te essas defesas, dá te corpo. A vulnerabilidade, sem dúvida, então, mas para um ator como tu, com, com, com a capacidade, com o talento e com os anos que tens de profissão, esta ideia de de de falhar não é uma coisa que te perturba. 8:15 Não é mesmo o oposto, eu quero falhar. Eu tento sempre muito, falhar muito, porque é aí que eu me sinto numa espécie de de vertigem qualquer, neste Salto de fé que é um bocado. Aquilo que nós fazemos também é uma vertigem qualquer próxima do corpo. 8:33 EE fazer coisas que eu desconheço, no fundo é pôr me a jeito numa escuta ativa, para aquilo que eu não sei. E fazes isso de uma forma deliberada. Sim, faço como trabalhando imenso, sei lá, no caso específico de um filme, decorar, quando digo decorar é mesmo decorar total a totalidade do guião, as minhas dessas, as tuas deixas para depois em plateau, eu poder destruir tudo e não pensar no texto. 9:03 O texto é o corpo. Portanto, é é mais ou menos como quando nós estamos a conduzir um carro pela primeira vez, em que temos que pensar nas mudanças e nos pedais e fins. O que tu estás a dizer é que tu absorves o texto, o teu e da das outras, da da, da, dos outros atores com quem tu estás a contracenar, para depois ter a Liberdade de dançar sobre sobre esse texto. 9:21 Precisamente. E aí vem o erro. E o erro é o momento de descoberta as pessoas, não sei porque há uma tendência de associar o erro. Não é o erro, é uma coisa má. Na vida, no dia a dia, digo, obviamente há casos e casos, não é? 9:38 Mas o erro é sem dúvida nenhuma a coisa mais interessante, então, nomeadamente nos tempos que hoje correm com tecnologias onde com instagrams, onde temos uma espécie de best of das nossas pessoas e tudo é perfeito. Tudo é bonito, o ângulo perfeito, a luz perfeita. 9:55 O erro é urgente. É trazer me quase um elogio do erro ou o elogio da falha acho que é mesmo necessário. Há uma plasticidade falsa nesse nesse mundo perfeito. Com certeza, há umas personas todos nós representamos. Quando saímos de casa, dizemos, OK, eu sou esta persona e, portanto, vou, vou fazer, vou fazer uma coisa qualquer, mas isso é uma coisa. 10:16 Provavelmente intuitiva, uma inconsciente sequer inconsciente, não é? Sim, sim, sim. Bom, tu com esta vontade de te pores a jeito, porque na realidade eu acho que é quando eu te olho como espectador, eu vejo te como o comunicador que se põe a jeito que é. Ele meteu, se ele meteu, se noutra alhada é sempre aquilo que eu estou à pena, estou bom. 10:34 Princípio. Ele meteu se noutra alhada, como é que como é que ele se vai desenrascar disso? EEE quando quando nós combinamos esta esta conversa? Um passarinho disse me que tu estavas a fazer a montar uma peça AA encenar uma a ensinar não. Neste caso, tu vais ser o ator da peça em que decidiste falar com uma máquina, ó diabo, tu és o novo kasparov. 10:57 Neste caso, na sua versão, o homem vai bater a máquina, não é porque kasparov foi aquele que tentou, tentou, na realidade conseguiu. Depois há dúvidas sobre se havia alguma batota naquela máquina na primeira vez que a máquina bateu kasparov. O que é que se fala com uma máquina? 11:14 É um é um projeto, um espetáculo, uma performance. O que for do coletivo zabra, o coletivo zabra já agora faço aqui uma nota que é é um coletivo que eu gosto imenso do trabalho que tem feito, nomeadamente numa zona experimental de vídeo de som. 11:30 Tem objetos artísticos muito interessantes, na minha ótica, onde são sempre muito próximos da filosofia de uma perspetiva existencialista. Juntando isso com uma tecnologia que eu acho isso Superinteressante, aqui há uma otimização desse discurso onde o homem versus máquina surge em cena e, de facto, foi desenvolvido um modelo de inteligência artificial. 11:50 Estamos a falar do espetáculo carne, ponto EXE, que vai estrear agora na gulbenkian, a 1213 e 14, no centro, no cam, no centro de artes modernas, só 3 dias, só 3 dias e já está esgotado. É verdade, mas isto para te dizer o que é que é este diálogo? 12:06 Onde é que nós nos situamos? E é um projeto experimental, nunca feito até hoje em Portugal, pelo menos que eu saiba onde nos colocamos, digamos, frente a frente com uma máquina. O que é que prevalece, o quais é, quais é que são as valências de uma inteligência artificial versus uma inteligência humana? 12:25 E vamos jogar um bocadinho o nosso diálogo por aí com uma dose de improvisação total. Eu posso dizer literalmente o que quero. Perguntar o que quiser à máquina e a máquina vai me responder literalmente o que ela quiser. Quer dizer que tu não vais fazer um ensaio em que as tuas falas estão definidas e a máquina também tem falas definidas? 12:43 Não, não queres este livro? É tudo livre? É tudo livre? Sim. Eu. Não quero estragar o espetáculo, mas o que é que tu perguntas à máquina? O que é que tu queres saber da máquina? Vou deixar isso à consideração do espectador, convido vos sim a irem à sala, mas as? Pessoas vão poder também também ajudar te nesta nesta conversa com a máquina. 13:01 Não sei. Podemos abrir aqui agora essa caixa de Pandora. Podemos abrir aqui 111 espécie de sugestões de perguntas que as pessoas achariam interessantes para para perguntar à máquina. Eu acho que isso é um grande exercício. Como é? Como é que tu te dás com os com os chat GPTS cá da vida? Eu tento não usar ou não uso de todo. 13:17 Eventualmente usei uma vez para desenvolver. Lá está um guião, numa questão dramatúrgica e de possibilidades várias. Então, e se esta personagem fosse assim? Então e se esta trama fosse, ele não tivesse uma relação com esta pessoa, fosse com outra, para perceber as ramificações de um possível outro, guião à volta daquilo que me é dado, não é? 13:36 Assusta te essa ideia. Achas que te que te pode retirar criatividade ou que nos pode pode nos transformar todos no fundo, na linguagem da máquina? Susta me um bocadinho, porque se perde aqui não só a questão do erro que falávamos há pouco, esta otimização do ser humano não é perde. 13:53 Se aqui um bocadinho, é como a caligrafia. Nós hoje em dia já muito pouca gente escreve EE, esse exercício da caligrafia é absolutamente fundamental, não só te define enquanto pessoa através do tipo de letra que tu usas, como escreves da forma como escreves. Então aquilo que eu tenho de certa forma pena ou receio, se quiseres, é que se perca um bocadinho esta. 14:15 Este este usa esta experimentação de se ser humano que é das coisas mais fascinantes que existe, que está intimamente porque ligado com a questão do erro que falávamos há pouco também. Olha, e outra coisa que é profundamente humana é, é a relação tal e qual relação entre pessoas, a relação entre atores que tu estavas a dizer, mas tu neste aqui tens que te relacionar com com aroan, que é que é o nome da precisamente, que é o nome. 14:38 Não sei se lhe posso chamar personagem, não sei o que é que lhe posso chamar. Como é que tu te relacionas lá está com uma máquina, sabendo que a máquina não tem inteligência? Chamo lhe inteligência artificial, mas não tem uma inteligência, não tem seguramente uma sensibilidade, é um modelo. 14:55 Como é que é essa relação? É uma descoberta também em tempo real. Nós estamos estamos a ensaiar, mas existe uma espécie de diálogo com uma ideia de quase de de de uma biblioteca de uma Alexandria. Imagina como é que tu falas com uma coisa destas? 15:12 Sendo que nós temos corpo, o corpo de uma aroa é outra coisa. Digamos que a minha realidade é o meu corpo, como é que eu contraponho a uma realidade toda ela? Informática, de certa forma quase bélica. Como é que tu começas um diálogo em setas, uma conversa, um imaginário, com uma máquina? 15:33 Então um bocadinho estes limites até receios que nós hoje temos. Há pessoas, muitos. Conhecidos e amigos que eu tenho que têm um certo receio desta evolução quase de bruto. Não é brutal, é? Não é. É cavalar da da tecnologia, ou seja, que nos está a colocar numa zona que nós ainda não sabemos qual é. 15:53 Então, o espetáculo também se propõe um pouco AAAA mexer a trazer à superfície estas questões. Porque é uma fala sem rede no fundo não é porque a máquina lá está por um lado, é muito rápida, por outro lado é muito dócil, vai, vai sempre tentar encontrar uma solução, nem que a tenha que inventar ou ou alucinar. 16:09 E nós começamos a perder o controlo de perceber onde é que está ali a Fronteira entre entre a verdade ou ou ou entre o que é que em em que é que nós podemos explorar melhor a máquina ou ou em que é que a gente devia dizer não, obrigado, máquina, eu agora vou escrever aqui o meu texto à mão. Sim, mas que digamos que há uma tendência para ir diminuindo. 16:28 O papel de estarmos aqui vivos não é da tua criatividade, da tua, digamos, o teu trabalho intelectual, emocional. Uma máquina não tem cheiro. Quanto muito pode descrever um cheiro? Esse cheiro é queimado, não é bom. 16:44 Exato. Agora nós podemos sentir esse cheiro. A própria máquina não sente esse cheiro, é queimado, pode detetar, uma falha qualquer. Algures. Portanto, é um bocadinho este diálogo entre aquilo que tu de facto valorizas no fundo, aquilo que me tem dado. Assim, de uma forma muito resumida e não querendo levantar o véu, é que o privilégio das coisas simples e a importância que elas têm no teu dia a dia e. 17:08 Isso é uma necessidade para ti? Sem dúvida, sem dúvida é, é vital. Olha, eu tinha. Eu estava a falar do corpo. EE num dos tópicos desta conversa, tinha tinha escrito aqui o corpo. Que quando te vejo como instrumento político, poético e comunicacional, o teu corpo fala antes da voz, antes de tu dizeres qualquer coisa num palco ou num 7 filmagens. 17:30 É pá, eu espero que sim, porque estou. Eu estou estava aqui a pensar no estávamos a falar bocadinho do do Arruda, da da da série rabo de peixe. Aquele Arruda ainda não disse nada. EEE isso. EE só. Eu estou a olhar a tua testa AA boca. 17:48 E eu já disse, eu não quero, eu não quero encontrar esta pessoa à noite. Quer dizer, porque ele quer dizer, fiquei estendido. Não, não sei o que é que acontece, como é que se compõe isso, como é que se faz isso? Como é que tu usas isso? Como é que tu usas o teu corpo? Acho que é um pouco isso que estavas a dizer há bocado, que é o corpo tem que falar. E a memória do corpo é algo que não engano. 18:06 É um pouco como a memória dos sapatos. Os sapatos nunca mentem. Podes ter uma máscara, mas os teus sapatos? Vão te denunciar no andar que tu tens. Portanto, o corpo imprime uma impressão digital no chão, que se traduz num sapato à partida. 18:22 Portanto, eu tento sempre que o corpo seja um bocadinho. Essa alavanca tem tudo que passar pelo corpo, por mais cerebral que seja um trabalho mais intelectual que seja, mas o corpo tem que lá estar, porque a minha realidade é o meu corpo, não é dentro dessa lógica que falei há pouco. 18:37 E então? Respondendo de outra forma, a melhor definição de um ator que eu ouvi foi esta que é um ator, é um cerco que respira e só isto. E então o respirar vem do corpo, passa pelo teu corpo. 18:54 E se te focares nesses impulsos primários que eu acho que aquilo que eu faço é um elogio, é uma espécie quase Bárbara de existir aos impulsos básicos de vida, de vida, de existência. Procuro sempre que o corpo venha sempre em primeiro lugar, até às vezes faço um exercício que é, como é que eu poderia comunicar isto sem palavras, porque o corpo tem que lá estar primeiro, porque atrás vem tudo. 19:19 Eu posso não saber o meu texto, mas se eu adquirir esta posição que agora adquiri, se calhar aqui neste gesto está associado a 11 solilóquio e eu não sabia. E eu, AI verdade está aqui, esta é a parte que eu ponho aqui a mão, pois é. Um exemplo básico, mas a verdade é que o corpo tem que ser a alavanca de tudo, para mim, pelo menos. 19:37 Que instintos básicos são esses? Quais são esses, essa paleta de cores que tu trabalhas? São os sentidos básicos. É uma coisa meio de sobrevivência. Eu venho do meio pobre também. Importante referir isto neste sentido, e sempre me habituei a gerir aquilo que tinha e não aquilo que gostaria de ter. 19:57 Então, para mim, pequenas coisas eram mundos. Como é que é? Foi essa tua experiência na tua infância? Sim, sim, eu lembro me perfeitamente. Eu brincava imenso no tapete laranja que tinha em casa, que tinha os cantos arredondados, era um tapete assim mesmo, pequeno, e via aqueles bonecos de futebol que vinham nos bolos de anos. 20:13 E pelos tubotios. Exatamente. E eu tinha uma série deles e passava horas, mas horas mesmo, a jogar naquele tapete. E aquilo para mim era o mundo sem fim. Pegando nesse exemplo. Eu amplio para o meu dia a dia e tento que a minha vida seja exatamente que exista diariamente em pequenos mundos, onde um plano apertado em cinema para mim é o mundo muitos atores sentem se enclausurados. 20:37 Mas não. Isto aqui é tão pequenino que eu posso viver nisto tudo. Não é arriscado esses planos de lá? Está da tua cara muito fechado. Não ampliando o conceito também de saber o lugar que tu ocupas, que é muito importante na vida. Num plano apertado em cinema, também é saber o lugar onde tu existes e os olhos são uma arma absolutamente brutal. 20:58 Eu posso ter um olhar aqui contigo, mas se abaixar, sei lá, umas pálpebras. Até metade do meu olhar já é outra coisa. E. Denuncia nos logo porque nós conseguimos ler. Automaticamente qualquer um de nós lê o outro de uma forma parece que viemos com essa programação. No fundo, está a fazer me a dizer, tu vens? De um meio economicamente pobre agarraste a que, mestres, onde é que, onde é que, como é que como é que tu transformaste no fundo, essa escassez em abundância? 21:25 À minha mãe, aos meus irmãos, à capacidade de trabalho, ao conceito de família, ao amor EEA, importância do outro se quiseres em comunidade. 21:41 Como é que tu sobrevives? O que te disse, o que te disse à tua mãe? O que te disse à tua? Mãe disse me muitas coisas, mas destaco aquilo que disse há pouco, saber o lugar que tu ocupas. Se queres alguma coisa, tens de trabalhar para ela. E se não te respeitares a ti, ninguém te vai respeitar. 21:59 Portanto, são princípios que eu hoje ainda uso e tento passar à às minhas filhas e ao meu filho. Olha como é que se constrói? E eu acho que tu és um bom exemplo disso. EE, há bocado estavas a falar da vulnerabilidade e da falha num tempo em que estamos a discutir ou a reorganizar um bocadinho o universo feminino e masculino. 22:18 EE todas as diversidades que cabem aqui, nesta, nesta paleta, como é que se constrói diferentes masculinidades corporais, se quisermos? Onde tu tens que demonstrar isso, lá está desde a fragilidade até à violência, desde a intensidade até à suavidade. 22:39 Eu acho que vêm todas do meu lado feminino. Do teu lado feminino? Sim, eu tenho um lado feminino, tu sentes te. Feminino. Sim, muitas vezes sim. E acho que é dos lados mais interessantes que eu tenho. Pode vir da minha mãe, pode vir do convívio com a minha mulher, com as minhas filhas, dos meus colegas, os meus amigos, colegas atores, o que seja. 22:56 Mas eu sou um homem feminino. Gosto de pensar em mim dentro dessa lógica do sentir ou de absorver aquilo que está à minha volta, porque não gosto de reduzir aquilo que faço ao meu corpo masculino, biologicamente falando. 23:13 Gosto de ampliar o meu espetro de entendimento das coisas e de mim próprio, através do meu ser feminino. Acho que é muito mais fértil, se calhar. Dando te outro exemplo, o meu trabalho é político. No que diz respeito à minha atitude pessoal, tenho obviamente, as minhas tendências ou preferências ou crenças, o que seja. 23:35 Mas o que é interessante não é fechar. Me outro exemplo, eu não fecho. Eu não gosto de pensar em personagens. Acho que me fecha o leque de possibilidades. Eu fecho sozinho quê? Em momentos, momentos que imagina, entrava agora aqui um homem com uma metralhadora neste estúdio. 23:51 A forma como tu reagias ao mesmo acontecimento é que te poderia eventualmente definir como uma possível pessoa ou possível personalidade, portanto, uma vez mais, é no sentido de abrir o meu leque de opressões, aumentar o meu alfabeto de comunicação. E estás sempre a tentar fazer isto. Tento, tento, porque eu gosto muito de viver. 24:10 EEE ficar fechado numa só leitura, no só corpo, numa só pele. Aqui me cria me aqui uma espécie de toiro toiro enraivecido, citando aqui Martin score César. Lá está, mas é curioso tu a definires te como eu quero ir à procura do meu eu feminino, mas o teu corpo e até muito da tua atuação, da tua fórmula, da tua, da tua marca na nos trabalhos que fazes eu eu defino desde já como um, como um ator profundamente masculino também nessa afirmação. 24:40 Nem que seja pelo contraste. Ir buscar o meu lado feminino para fazer o oposto. E dá para misturar? Completamente, completamente. Eu gosto dessa desse menu de degustação, desse melting POT que pode ser por estarmos aqui. 25:00 E acho que é também importante. Por outro lado, hoje em dia, quando se fala em conceitos como masculinidade tóxica, por exemplo, acho muito pertinente e interessante que se fale. Que há homens que não têm receio de assumir uma certa fragilidade, um certo lado feminino, um certo espectro de sensibilidade de outro. 25:23 Porque acho que é importante uma vez mais um homem esta ideia de que homem macho, alfa, branco, o que seja, acho que tudo tão redutor ao mesmo tempo. Foi uma armadilha que nos montaram. Há várias armadilhas sociais que nos catalogam de determinada forma e que nos marcam os comportamentos, quer dizer. 25:43 As mulheres levaram a fatura. Pior não é? Quer dizer, é isso, mas, mas provavelmente agora, nos últimos anos e tempos, as coisas estão estão a mover se mas o que tu estás a dizer é que para os homens também é uma fatura, que é que é uma menor? Permissão de de de estar também nesse espectro da familiaridade. 25:59 Sim, acho que sim. Se não, vejamos os últimos exemplos que temos de jovens vários jovens AA terem opiniões extremadas, nomeadamente de direita, não só de direita, mas também de esquerda, mas os vários casos agora, recentemente no Instagram, 111 espécie de associação, eu não quero dizer o nome de propósito, mas que se pauta exatamente por valores ultramasculinos. 26:19 O que é que é isso? Repressão feminina total, portanto, acho que. Na base de tudo isto, uma das coisas que existe, não tenho dúvidas, é o receio. É o receio de existir de outra forma, porque o que é que há depois deste desta embalagem de masculina tóxica, forte, super bombada, proteína style. 26:39 O que é que há? Não sabem? E então eu proponho exatamente a fazer um exercício oposto, não tenho a coragem de tirar essas máscaras de. De não corresponder a um estereótipo, o. Que torna cada vez mais difícil. Lá está estava estava a falar da polaridade da polarização. 26:56 Não, não citando, eu também estou contigo. Acho que há coisas que a gente não deve citar que é para não as propagar. Acho que é. Acho que é uma boa, uma boa estratégia. Aliás, agora que o quando o Nuno markl ficou doente e houve. Algumas probabilidades, uma em particular, mas houve outras que tenta porque perceberam obviamente o carrinho que isso dava de popularidade e fizeram uma declaração profundamente imbecil e infeliz EEE, eu e eu apanho Montes de amigos meus, pessoas de quem eu gosto, a dizer, já viste o que está a acontecer? 27:24 E eu alguns ligo e diz, e tu já viste o que é que estás a fazer quando estás AAA propagar na tua rede aquilo que é uma coisa imbecil, quer dizer, mostra vasos de flores, quer dizer, é preferível quem estás a fazer uma coisa, é a melhor gato a tocar piano, será a fazer qualquer coisa. Menos, menos dar esse esse Lastro a é o que está a acontecer. 27:42 Como é que num mundo tão polarizado e onde tudo está a ficar muito extremado, à esquerda e à direita, mas não só com as pessoas todas cheias de grandes certezas. Oo papel da arte, isto é, quando tu arriscas coisas no Na Na arte, o que é que levas como reação? 27:58 OK, os teus fãs obviamente vão aparecer a dizer que tu és extraordinário e o fel levas com muito fel. Nas re erguesinas, sim, eu espero que sim. Eu costumo dizer que um bom espetáculo é quando algum algum espectador sai, porque acho que um objeto artístico não tem que forçosamente agradar a todos. 28:19 Aliás, até sou da opinião que se não agradar a todos é mais interessante, porque isso significa, entre muitas outras coisas, que está a provocar aqui alguma reação, que alguém está em desacordo, completo e não gosta de tal forma que sai de uma sala de espetáculos. Eu acho isso extremamente interessante e útil. Porque estamos a apelar a um espectador emancipado no sentido em que ele tem que se chegar à frente com uma atitude, tem que tomar uma decisão sobre aquilo que está a haver. 28:41 E se sair, a gente diz, OK, esta pessoa teve esta opinião, não está a gostar disto? Ótimo. O que 11 dos objetivos daquilo que eu faço é que, de facto, aquilo que se constrói, trabalha com todo o amor e profissionalismo e por aí fora, que provoque reações e que as pessoas tenham a coragem de se inscrever nessa reação, nesse gesto que é preciso ter coragem também para se inscrever numa ação tão. 29:03 Barulhenta, como sair de uma sala? Portanto, que a arte surge, surge para exatamente estimular uma atitude em quem recebe, seja ela qual for, seja ela qual for. Eu gosto imenso de fazer espetáculos onde estão escolas, por exemplo. A maior parte dos meus colegas detesta fazer espetáculos. 29:21 As. Crianças são cruéis, não é? Elas são muito viscerais e muito dizem te logo. O que é que pensam sobre aquilo? Eu adoro isso, adoro isso porque não há filtros no sentido em que é um espectador super justo, porque nos coloca ali. Perante aquilo que estamos a fazer de forma justa, muitas vezes cruel e desnecessária e grata até ou gratuita. 29:40 Mas o que é interessante aqui, uma vez mais, é que estamos AA estimular uma reação, um pensamento sobre e acho que uma das funções da arte é, sem dúvida, estimular o pensamento, o pensamento crítico, o pensamento pessoal, questionas te no fundo. Estamos a perder esse essa veia do do pensamento crítico, sem dúvida. 30:00 Porque há uma, há uma higienização, há uma ingenuidade de tudo, do gosto, do sentir. Esta educação do gosto dá muito trabalho. E a cultura tem um papel fundamental nessa nessa perspetiva sobre as coisas e o mundo, não só sobre os objetos artísticos, mas sobre a vida, sobre tudo. 30:16 E a cultura vem exatamente para estimular essa capacidade de reação, de ter a coragem de dizer, não me tocou, não acho interessante porque no fundo, é que há uma ausência de pensamento crítico. E de discurso em si, posso dizer, não gosto nada daquela pessoa XYEZE. 30:35 Porquê vemos isso em debates políticos, quando se prende e se vive em chavões, vamos mandar fora do país determinadas pessoas, mas porquê? Desenvolva com que base baseie, se em quê factos, números, venha. 30:51 Temos OINE que é tão útil muitas vezes, mas. Nós está, mas depois entramos numa discussão que é uma discussão de propaganda e uma discussão de. Naturalista barata, não. É sim, e é. E é o aquele chavão. E eu ponho aquele chavão repetindo a mentira 1000 vezes. Se calhar ela transforma se numa numa verdade EE esta até estamos todos a discutir coisas sem ter esse cuidado até de ir verificar se aquela fonte faz sentido ou se aquela declaração faz sentido. 31:15 Mas, em princípio, se essas coisas deveriam ser até. Relativamente fáceis de parar. A minha sensação é que estamos todos cansados, não é? E quando ficamos frustrados com determinada coisa, uma boa solução populista, apesar de mentirosa, se calhar é aquela que a gente se agarra, porque porque estamos a sentir que que não conseguimos fazer nada. 31:35 No fundo, não. É, acho que uma das coisas que este desenvolvimento agora fala de uma forma geral, não é do desenvolvimento da tecnologia, não querendo empacotar tudo no mesmo saco. Mas as redes sociais, por exemplo, acho que contribuem para, de certa forma, a nossa empatia. 31:52 Está cansada? O algoritmo me deu cabo disto. Acho que é um pouco isso. Acho que estamos um bocadinho anestesiados. Estamos cansados. Ouve lá, temos uma revista que eu costumo comprar, que tinha uma publicação, um número muito interessante que. Exatamente dentro desta lógica que estamos a falar aqui da imagem do cansaço, que isso já deposita numa espécie de anestesíaco geral, que era uma edição sem fotografias e no lugar da fotografia tinha a descrição daquilo que estaria lá, e isso provoca te isso, só esse simples mecanismo. 32:23 Quase um irritante, não é? É irritante, mas é. Foi muito interessante porque, de facto, estimula o teu exercício de imaginar e não sei hoje em dia o que é que é mais horrível. Tu imaginas uma imagem concreta ou imaginares dentro do teu horror. Da tua história, cultura e educação, o que seja imaginares o possível horror através daquela descrição. 32:40 Portanto, no fundo, acho que temos que baralhar aqui o jogo e voltar a dar e ter a clara noção que, de facto, a empatia e os mecanismos de comunicação, de receção, de escutas são outros. O tempo é outro. Sim, porque se nós estivermos num mercado ou se estivermos num num não quer dizer num jogo de futebol, se calhar é um péssimo exemplo. 32:58 Mas Nenhum de Nós, ou a maioria de nós não diz as barbaridades que a gente lê. Nas caixas de comentários dos instagrams e dos facebooks quer dizer de pessoas que estão a dizer coisas completamente horríveis, verdadeiramente um insulto aos outros. Sem dúvida são montras de de disfarce, não é? 33:18 As pessoas escondem se atrás dessas matrículas. Tecnológicas para existirem de formas completamente grotescas. E aproveitam e aproveitam isso no tempo em que nós deixamos praticamente de ir ao cinema. Eixos que aparece uma série chamada rabo de peixe, filmada nos Açores, que para mim 11 série absolutamente fabulosa. 33:42 Onde tu entras? Desempenhando um tal de Arruda. Não sei se podemos descrever te nessa série como o pequeno meliante, o pequeno traficante OOOO pequeno mal, mas na realidade que sabe mais do que os outros no dia em que aparece droga, em que aparece cocaína em rabo de peixe, uma das freguesias mais mais pobres do do país e faz se o rabo de peixe, essa série, o que é que esta série teve de tão? 34:13 Extraordinário. Acho que a história em si é de facto, logo o ponto de partida é é absolutamente brutal e único, não é Na Na Na freguesia mais pobre da Europa, rabo de peixe da Acosta, fardos e fardos de cocaína e logo isso logo só esta. 34:30 Este enquadramento já é suficiente quase e depois passa se nos Açores não é Açores uma ilha que também é muito importante, pelo menos para mim, foi na construção desta deste possível Arruda. Tudo isto acho que traz à superfície para mim, no final do dia, o que é que tu fazes para sobreviver? 34:53 E que mecanismos são esses? E a que é que tu te agarras? E o que é que é mais fácil? O que é que tu optas por um bocado? Se tens a coragem ou não de quebrar os moldes de educação com que tu cresceste. É uma discussão moral interna. Eu acho que também passa por aí, sem dúvida nenhuma. 35:09 Que é uma vida desgraçada. E o que é que a gente faz para sobreviver? O que é que o que é que tens que fazer qualquer coisa? Eu acho que sem dúvida, se queres sobreviver, sim, claro, tens que fazer qualquer coisa e às vezes não é a coisa mais correta de todo, não é? Mas acho que o que é que faz de rap de peixe? 35:26 Acho que é o facto de ser isto que já mencionei ser feito em Portugal. A Geografia também, para mim é absolutamente fundamental. E depois tem esta questão que é universal, que é esta esta necessidade de te reinventares e de repente toma lá fartos de cocaína, o que é que tu fazes com isto? 35:47 Tem o teu euromilhões em cocaína. É para muitas pessoas, alguns sabiam ou muito pouca gente sabia quando de facto, chegou à ilha. E depois, toda a forma como o conceito, a ideia, o conhecimento se propaga é super fascinante para mim. Como é para mim é das coisas mais interessantes. 36:04 Como é que o conceito de que que é isto? Ah, isto é uma caneca, dá para beber coisas, Ah, dá para beber isto já não sabia. E isto e esta descoberta para mim é das coisas mais fascinantes. Eu acho que é das coisas mais inocentes, que eu acho que prende o espectador. Portanto, houve 11. No fundo, uma aprendizagem em rede que é mostrada nessa série. 36:21 Que é, eu não sei se isto é farinha para fazer bolos. Isto é uma coisa que nos vai aditivar a vida ou que vai matar alguém, porque depois também ouve esses esses fenómenos. Como é que se faz a composição desse mauzão, desse, desse Arruda, que contrasta muito com o personagem principal da série, mas nem tanto EE que e que aparece ali um bocadinho, como entre, por um lado, o ameaçador, por outro lado, Oo protetor e acolhedor. 36:46 Quer dizer, há ali, há ali muitos sentimentos que que aparecem no meio de no meio desta desta série. Então, como é que se cria? Eu tento sempre criar algo incompleto, algo que necessita de público. A Sério? Sim, tento sempre criar objetos coxos, objetos que carecem de um outro olhar para serem confirmados de alguma forma como. 37:07 É que é isso? Ou seja, o que é interessante para mim é quando tens 111 personagem ou um ou uma pessoa ou uma ideia de de uma pessoa que é o Arruda e que é 11 aliante como disseste 11 dealer um pequeno dealer. Interessa te só fazer isso ou interessa te que seja, de facto um ser incompleto, que tenha, que tenha essa capacidade de proteger a família, que é perfeitamente legítimo, que goste genuinamente da da sua filha à sua maneira, ou seja, que não seja declaradamente mau. 37:36 Acho que isso tão pouco interessante, uma vez mais, é tão redutor. Então temos que criar coisas incompletas, coisas abrangentes e nessa abrangência, detetas falhas. E é exatamente aí que eu, que eu trabalho, eu tento sempre criar. Objetos que é pá, que que carecem, que estão mal se quiseres ou que estão com falhas ou com rachas e que precisam de alguém para ficar completo, precisa do teu olhar para tu absorveres aquilo que viste do rabo de peixe e de certa forma sintetizar este Arruda. 38:08 Isso cria uma dinâmica de comunicação, sem dúvida. Sem dúvida. E a próxima? Esse sim e aproxima e aproxima das pessoas. Acho que Humaniza de certa forma. Porque a minha pergunta é, porque é que eu gosto deste mau? É um bocado isso. Não era suposto, não é? Quer dizer, então, mas ele é assim. Ele faz bullying ao resto dos seus amigos e ali à comunidade, ele trafica. 38:29 Em princípio, eu devia pôr te uma Cruz em cima e dizer por amor da Santa. Quer dizer, tira, tira me esta pessoa daqui, mas não, a gente tem essa empatia em relação a. Essa não há nada mais fascinante do que isso. Como é que tu tens empatia por um ser abjeto? E isso é fascinante. Como é que tu é quase grotesco? 38:46 E eu acho que é isso. Isso é que é fascinante. Acho que isso revela em parte, a matéria daquilo que nós somos feitos esta quase quase absurda em que vivemos, esta vida com que que é violentíssima? Como é que tu tens empatia por um ser violento? Eu acho isso fascinante em. 39:02 Princípio eu não devia acontecer. Pois. Mas, mas empatia, imagina? Tens um arco incrível para seres altamente violento ou altamente brutal. E isso é que eu acho que é interessante. É fascinante teres numa mesma cena, uma empatia com o público, uma comicidade até se quiseres e de repente acabares essa cena com uma violência Extrema. 39:21 Acho isso super fascinante, porque isso é que é destabilizador para mim enquanto espectador, é uma coisa que não é óbvia. Olha como é que foi a construção da série? Porque tu tu contracenas com? Atores muito jovens que que lá estão e que e que são, quer dizer, e para mim, ainda mais surpreendentes, porque não porque não conhecia o trabalho deles. 39:38 É tão simples como isso é pura ignorância. Mas como é que, como é que tu os ajudas? Como é que tu? Como é que tu? Há muitas cenas em que, em que se sente claramente que tu és o motor daquele. Provavelmente o realizador obviamente escolhe te também por isso. Como é que tu, como é que tu os ajudas? 39:54 Como é que tu, como é que tu os ajudas? Ou como é que tu lhes dás cabo da cena, não faço a mínima ideia se se tu, nesse afã de criar um desequilíbrio que crie comunicação, se os se os se os questionas, se os, se os, se os passas, eletricidade. 40:09 Não, não faço a mínima ideia. Como é que? Como é que é esse movimento? A melhor forma de os ajudar é é ser o mais competente possível. Na minha, na minha função, é a melhor forma que eu posso ter. Eu, eu não. Eu não sou muito de. De dar conselhos, porque não me coloco nessa posição. Obviamente, se alguém me perguntar alguma coisa, estarei sempre cá para isso. 40:27 Mas a melhor forma de os ajudar é eu ser altamente competitivo numa forma saudável. Ser competitivo, literalmente. Eu vou fazer isto muito bem. Se quiseres agora não, eu vou trabalhar tanto. Eu vou trabalhar tanto que eu parto sempre do princípio que eles sabem mais do que eu, isto de uma forma transversal no cinema, teatro, televisão. 40:48 Quem está ao meu lado, à minha volta, sabe mais do que eu. Portanto, eu, para os acompanhar, tenho que trabalhar muito e trabalho, de facto, muito, para quando for a jogo ter alguma coisa a dizer. E se eu for, se eu tiver focado naquilo que trabalhei e acho que o meu desempenho vai ser fiel àquilo que eu trabalhei, acho que é. 41:07 Estou a ser justo, não estou cá como bolshet para ninguém. E é a melhor forma de eu ser colega ou de dar na ideia de conselhos se quiseres. Portanto, não é uma ideia paternalista nesta tua relação com eles. De todo eu vou ser bom, vou trabalhar para ser muito bom e para que este produto seja extraordinário. 41:22 Exatamente isto é, deve criar uma pressão do catano em em em atores mais jovens e que estão a começar a sua carreira ou não. Eu espero que sim. É é difícil contracenar contigo. Eu acho que não. Eu sou muito lá está. Eu trabalho muito numa escuta e eu quero muito quem está ao meu lado. 41:41 Que que esteja no seu, na sua melhor versão, e então eu vou fazer tudo para que isso aconteça. Somos melhores, os outros são melhores também. Sem dúvida nenhuma isso eu espero sempre que os meus colegas sejam muito bons mesmo. E digo muito bons de propósito, sejam mesmo bons naquilo que sejam atores iluminados em estado de graça, porque é a única forma de eu também me quase educar, de de melhorar, de me potenciar naquilo que faço. 42:07 Porque se não for assim, é mesmo desinteressante aquilo que eu faço. Portanto, tu tens um poder secreto verdadeiramente, não é que acabas de confessar aqui que é na realidade, esse é o teu segredo, é conseguir potenciar no outro. Esse esse vislumbre de excelência é, é, é, é não conceder, não dar qualquer concessão a que o nível tem que ser muito elevado. 42:28 É pá sim, numa premissa de que eles sabem mais do que eu. Isso é o contrário da inveja portuguesa? Ah, eu não tenho nada disso, não tenho nada disso. Acho que isso é uma coisa que não não faz parte do meu alfabeto. Acho isso um sentimento horrível de transportar. 42:43 Não te acrescenta rigorosamente nada e sempre experiência. E o ego, o que é que tu fazes ao ego? O ego está sempre de férias. Tu não, tu és vaidoso. Eu olho para ti, quer dizer, tu pela pela maneira como estás. Como tu és vaidoso ou não? 42:58 Ou ou queres um desmentir já. Obrigado. Pela maneira como te cuidas, pela maneira, pela maneira como entraste no estúdio, pela. Maneira, palavra certa, cuidar. E a minha mãe sempre dizia uma das coisas que a minha mãe dizia não me ensinei há pouco, que é o afeto, o afeto, afeto, o afeto tens dúvidas, afeto e eu parto sempre deste princípio. 43:21 Eu não sei como é que as pessoas estão à minha volta e acho que a narrativa da vida muda quando tu és confrontado com a dor, não é? Portanto, ao saboreares essa experiência da dor, tu, o corpo, a realidade das outras pessoas, daquilo que tu desconheces do estrangeiro, ganha outra sensibilidade em ti. 43:41 Portanto, eu tenho sempre que cuidar das pessoas que estão à minha volta. E digo isto de uma forma transversal e de. Eliminar a sala, porque quando tu entraste aqui no estúdio, tu cruzaste com 34 pessoas e todas as pessoas com quem tu te cruzaste sorriram. É das melhores coisas que me podem dizer porque. 44:00 O meu trabalho passa por aí se quiseres a minha vida passa por aí, que é nesse cuidar do dia a dia de todas as pessoas. E sinceramente, se eu tiver se acabar um dia de trabalho e tiver feito 2 ou 3 pessoas, quebrar a narrativa do seu dia, já tenho o dia a ganho. 44:19 E digo te isto com todo o carinho e com toda a sensibilidade, porque é isso, cuidar, cuidar daquilo que tu desconheces é tão importante e isto é tão importante. EE, ou seja, no fundo, ainda a pergunta que fizeste há pouco em relação aos meus colegas e aquilo que eu faço é através do afeto. 44:39 Esta palavra é mesmo muito importante todos os dias. Cultivar isso em ti é uma espécie de nutrição? Sem dúvida, é a nutrição interessante para mim é essa foi assim que me relacionei com o Augusto Fraga, foi assim que me relacionei com o André schenkowski, que é uma peça absolutamente fundamental para a temporada, um que não esteve na segunda, segunda temporada, nem na terceira. 45:00 Foi assim que eu me é assim que eu me. Ou seja, no fundo, como é que eu posso ser fiel a uma visão de um realizador, de um encenador, o que seja de um colega meu, se eu não cuidar dessa pessoa, se eu, porque através do cuidar eu consigo entrar melhor nessa pessoa, consigo confiar, porque estamos a falar daqui de uma coisa que é basilar, que é a confiança que tu estabeleces com alguém. 45:23 Nem sempre isso é possível. Trabalhas lá fora, não estabeleces, às vezes, muita relação com quem te dirige ou por aí fora. Mas eu tento sempre deixar aberto esse canal da confiança, porque quanto mais eu confiar, mais consigo espreguiçar me naquilo que é a tua ideia sobre um texto. 45:41 Como é que tu lidas com as tuas neuras? É pá que é o contrário disso, não é que é o contrário da da nutrição. Quer dizer, quando tu estiveres solar, quando tu estiveres presente, quando tu acreditas que mudas a vida dos outros, Eu Acredito que tu estás em expansão, mas imagino o dia em que tu acordas ou que tu vais deitar. 46:00 EEE, tu EEEEE, te drenaram energia. E eu tenho muitas vezes essa sensação de quando a gente está com algumas pessoas que por alguma razão não interessa, mas que que que a única coisa que fizeram na nossa vida durante aquele dia foi drenar a nossa energia. EEE geralmente, e essa é a boa notícia, é que são são pessoas que são que que nem sequer são muito significativas para nós. 46:22 O que ainda é mais ainda me leva AO que é que como é que tu? Como é que o que é que tu fazes? Fechas te na conchinha? Não. Começas AAAA restaurar te. Já houve tempos em que me fechava, mas acho que me fechava por inexperiência ou por medo, e depois acho que está intimamente ligado com com esta coisa que te falei há pouco, da dor. 46:43 A dor acho que te devolve o corpo e devolve te o corpo. Numa consciência do agora. E nessa lógica, como é que eu vou gerindo estas estas coisas? Eu tento o facto de ser pai também te limpa muito a porcaria, porque os teus filhos são, podes vir e chegar a casa, todo partido, mas um filho é uma realidade tão forte, pelo menos para mim, e contagiosa. 47:11 Totalmente, que te obriga rapidamente AA ser altamente seletivo. E o hiper foco aí vem. Ou seja, o que é que é o que é que é completamente adereço, o que não é relevante. Tu tiras automaticamente tu limpas. Então tento exercitar me nessa autogestão, em tentar perceber o que é que de facto importa e aí filtrar aquilo que eu posso capitalizar em prol do meu trabalho, em prol do meu dia a dia. 47:37 E tento que não contamine muito aqui outras coisas, porque acho que é pouco interessante. E a no dia seguinte seguramente desaparece. Olha, nós estamos praticamente AA puxar, mas eu quero falar do estamos em tempo de ruído e para mim é muito interessante. E ri me muito a ver a série do Bruno Nogueira, onde tu, onde tu apareces que é? 47:54 Na realidade, é um conjunto de Sketch, mas que é completamente distópico. Em primeiro lugar, nós, quer dizer, estamos num mundo completamente em que é proibido rir. Não sei se é distopia ou se a realidade já está mais próxima. Aquilo é completamente louco, é completamente incongruente, é completamente absurdo e é absolutamente mágico. 48:15 Ali, eu tenho a certeza, apanho as minhas fichas, que houve ali uma comunhão geral na naquela, naquela tribo. Sem dúvida, é uma tribo falaste bem todas essas esses adjetivos que usaste para definir este ruído. 48:30 É, é. Passa tudo por aí que disseste, mas a confiança, a forma como nos conhecemos. A relação que temos já de vários anos, acho que tem ganho ali outra expressão, a expressão através de uma coisa que nos une ainda mais, que é aquilo que fazemos, o amor que sentimos por aquilo que fazemos, juntamente com aquela ideia de de Recreio, não é que é um Recreio? 48:52 Aquilo é um Recreio mesmo, não é? Portanto, vocês devem se ter rido à brava para fazer aquelas coisas. É muito livre, é muito solto e o Bruno tem essa, tem essa característica que é criar objetos soltos, livres, onde? A diferença existe e não só existe como eu. 49:08 É o motor central de tudo isto é o que nos alimenta é sermos tão diferentes e ali encontrarmos 11 ilha onde podemos coexistir em prol de quem está em casa. O que é que aquilo, o que a narrativa é, que aquilo tem de de de especial é, é, quer dizer, porque é que aquela aquela série, por um lado é deprimente, é opressiva. 49:29 Por outro lado, lembro me sempre da Rita cabaço com a mandar calar os os seus entrevistados já completamente fora assim. Quer dizer, há há ali coisas aquilo está escrito, aquelas coisas todas ou ou vocês têm têm essa possibilidade e capacidade de reinterpretar aquilo. Temos a capacidade de ajustar, mas obviamente 9590 a 95%. 49:50 Aquilo que lá está é escrito, como é óbvio, mas tentamos sempre expandir um bocadinho também, não fechar aquilo ao momento. Sei lá as exigências de um decore às vezes, mas há um momento como tu estás, como o meu colega está, como é que eu reajo a uma roupa que eu tenho e depois passas por processos de criação? 50:07 Make up guarda roupa que também são camadas de criatividade. Como é que tu no final desse bolo? Consegues existir, então, nesse momento ajustas sempre uma coisa à outra. Consegues sempre ir levar ou ir levar o discurso e ver onde é que, onde é que se tentar de ver, onde é que o público pode agarrar, o que é que se pode? 50:24 Eu espero que seja elevar. Porque? Porque muitas vezes muita coisa que sugere não é, não é, não é interessante, ponto. Mas sim, tentamos sempre potenciar aquilo que lá está, que por si só ganha. E depois aquilo, aquilo consegue, obviamente consegue, claro, respirar. 50:42 Mesmo nas coisas profundamente obsessivas. Quer dizer, porque há há momentos em que a gente sente até quase quase vergonha alheia, não é? Estamos a ver aqui uma coisa até até se pôr assim, uma Mona cara e outras. E outros momentos em que há momentos de expansão e que nós é é mais fácil fazer rir ou fazer chorar. Então a perguntar, me mais mais clichê do mundo, mas. 50:58 Não, não é. Não é o meu percurso todo. Estou. Estou mais habituado a fazer coisas ditas dramáticas ou sérias, ou o que seja. Mas a comédia também é séria, mas mais dramáticas. A comédia tem sido 111, registo que eu tenho vindo a descobrir nos últimos anos, sobretudo EE. 51:16 Eu acho que é igualmente difícil. Ainda não tenho experiência suficiente para te responder de forma clara que o drama, por assim dizer, é mais difícil que a comédia. Aquilo que eu sei é que exige existências diferentes. Numa zona cómica ou numa zona mais dita dramática, mas o cómico e o trágico está sempre muito junto. 51:37 O dramático está sempre junto com o com o cómico e a comédia com o trágico, portanto. Podemos nos rir de uma de uma boa desgraça? Claro. Então não é essa das coisas mais fantásticas que a evita nos dá. Portanto, não te consigo dar uma resposta certa, porque para mim, está tudo num Horizonte comum. 51:53 Há, há. Há uma atmosfera que se toca inevitavelmente. Olha o que é que tu nos podes oferecer a nós? Cidadãos comuns que ainda por cima não temos como ferramenta a comunicação. Não somos atores para na nossa vida aprender um bocadinho dessa tua arte para comunicarmos melhor. 52:12 É pá. Posso partilhar? Aquilo que eu fui aprendendo ao longo da vida? Nunca tomarem nada como garantido. Não há nada que seja garantido, pelo menos para mim. Acetuando o amor pelos meus filhos, acho que. 52:28 Para já na experiência que eu tenho digo te isto, daqui a uns anos pode ser diferente, mas para já digo te isto não tomar nada como garantido, não te levares a Sério saber o lugar que tu ocupas e esta ideia do pastor que eu te falei ao início. Isto aplica se a muitas coisas, nomeadamente a filhos, por exemplo, os filhos. 52:47 Se tu olhares para eles como ovelhas de um rebanho que não consegues mudar, não consegues, fazer com que pronto uma ovelha seja outra ovelha seja um cão, não dá. Portanto, a única facto, a única coisa que podes fazer é, de facto, escolher o pasto onde elas vão comer. E isso isto para focar o quê? 53:03 Esta posição de de curtires, de apreciares, o crescimento, a vida a acontecer. Ou seja, no fundo, o que é que eu te estou a dizer? Não se esqueçam que viver é uma coisa boa. Às vezes, no stress do dia a dia, isto é tão complicado uma pessoa parar e meteres isto na tua cabeça. 53:23 Mas sim. Eu falo por mim às vezes, não tenho essa capacidade, mas de facto, estar aqui há um prazer nas pequenas coisas e de facto, viver é um privilégio. E é quase uma espécie de não sendo religioso, um milagre. No final desta conversa, fica claro que o trabalho do Albano Jerónimo está encorado numa ideia simples, compreender o mundo através do corpo e da relação com os outros. 53:45 Falamos de infância, da construção de personagens. De direção de atores e desse novo território, um duro humano contracena com inteligência artificial. A forma como ele articula estes temas mostra um criador atento às mudanças do seu tempo, mas firme na importância do que não se pode digitalizar. 54:03 Há um tópico principal desta conversa, que é o erro, não como falha, mas como método. O Albano Jerónimo descreve o erro como um lugar de descoberta, onde se ajusta, se afina e se encontra. Uma voz acerta para cada momento. Até para a semana.

CEMA Podcast
"Já não Vos Chamo Servos, mas Amigos"

CEMA Podcast

Play Episode Listen Later Sep 20, 2025 42:40


Palestra ao Vivo- 13/09/2025 - 18h - Andreia Rosadas

Vale a pena com Mariana Alvim
T4 #12 Maria João Costa

Vale a pena com Mariana Alvim

Play Episode Listen Later Sep 16, 2025 41:14


Recomendo que conheçam esta jornalista da Rádio Renascença pelas entrevistas que tem feito e, nesta conversa, pelo óptimo vislumbre enquanto leitora. Gostei muito e acredito que também vão gostar.Os livros que a jornalista escolheu:O impostor, Javier Cercas;Deus na Escuridão, Valter Hugo Mãe Pés de barro, Nuno Duarte;Aberto todos os dias, João Luís Barreto Guimarães.Outras referências:Pátria, Fernando Aramburu;Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago;Somos o Esquecimento que Seremos, Héctor Abad Faciolince;Terra Alta, Javier Cercas;Tolentino Mendonça;Poesia de Pedro Mexia;Os poemas que a Maria João leu de João Luís Barreto Guimarães:Gostaria de partilhar comigo o resto da sua vida?;O Incêndio.Alguns dos livros infanto-juvenis que escreveu:"Chamo-me Beethoven";"Chamo-me Wagner".Projectos na Rádio Renascença:Ensaio Geral: dedicado à cultura e às artes, emitido às sextas-feiras, 23h30;Podcast Avenida da Liberdade: para assinalar os 50 anos do 25 de Abril.O que ofereci:Recurso e Pobreza, Tatiana Faia.Os livros aqui:www.wook.pt

Der Trashtaucher
#190 - CHICKEN PARK (1994)

Der Trashtaucher

Play Episode Listen Later Sep 15, 2025 56:22


PIMMELWITZE À LA PUTTANESCA„La Isla de los Huevos Podridos“ – Die Insel der verrotteten Eier – birgt ein Geheimnis: den Chicken Park! Statt Dinosauriern werden hier riesige Hühner geklont. „Pullus Homohybridus“, ein schwuler Hahn, „Chamo“, der Macho und „Warrior“, der endlos Paarungsfähige, sind die Ergebnisse von Dr. Sigourneys Feder-Forschung. Die sexwütige Zoologin hat es geschafft, anhand der DANN eines 65 Millionen Jahre alten Krebsfossils die ursprünglich gefiederten Vorfahren der Dinosaurier zu neuem Leben zu erwecken. Hinter diesem tropischen Alptraum steckt der zwergwüchsige Mr. Eggs, ein in jeder Hinsicht körperlich unterbemittelter, ältlicher Millionär. Mit Hilfe der huhngetesteten Gentechnologie will Mr. Eggs seine gnomhafte Männlichkeit erweitern, um so seine großartige Geliebte Necrophelia befriedigen zu können. Doch dann geraten ein paar besonders aggressive Federviecher außer Kontrolle… (VHS-Klappentext ufa)Wer dachte, nur ZAZ haben sich mit Parodien wie HOT SHOTS oder DIE NACKTE KANONE dem filmischen Kalauer hingegeben, liegt falsch: Der italienische Komiker Jerry Calà hat es mit CHICKEN PARK ebenfalls versucht!Calàs Mission war eindeutig: Bring so viele Pimmelwitze wie möglich in 98 Minuten Laufzeit unter, EGAL WIE! Eine JURASSIC PARK-Parodie mit überdimensionierten Hühnern ist dafür natürlich prädestiniert. Und wenn dann noch Alvaro Passeri und Antonio Margheriti die Effekte beisteuern, kann das ganze ja nur spaßiges Trashkino werden... oder? ODER??? Tja, hört selbst!- - -Feedback, Verbesserungen, Wünsche? Gerne hier zurückmelden!Unterstützen: Join the Trash-Gang | Kaffeekasse (Ko-Fi) | Plaion Pictures Shop (Affiliate) |Auphonic-Credits spendenAbonnieren: iTunes | Spotify | Amazon Music | Google Podcasts | RSSFolgen: Youtube | Instagram | Facebook Intro-/Outro: Aidan Finnegan (https://soundcloud.com/triadaudioofficial)

O Antagonista
Cortes do Papo - Quem “não é nada sem Bolsonaro”: Lula ou Tarcísio?

O Antagonista

Play Episode Listen Later Aug 29, 2025 13:52


Em eterno ritmo de campanha, Lula voltou a falar de Romeu Zema, governador de Minas Gerais e pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República: “Eu acho que o Zema é aquilo que a gente pode chamar de figura caricata. Ele tenta ser uma coisa que ele não é. Chamo de falso humilde.Tenta vender uma humildade que ele não tem.[...] Ou ele melhora, deixa de ser um falso humilde e começa a dizer verdade, ou vai ser desmoralizado na campanha. É importante que ele se prepare para isso”, disse o petista, em entrevista à Rádio Itatiaia nesta sexta-feira, 29. Lula também disse durante a entrevista que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “não é nada sem Bolsonaro”.Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do   dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.     Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade.     Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.     Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h.    Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Siga O Antagonista no X:  https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br  

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Diretrizes da Meta são problema do Mundo Democrático não do Brasil"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Jan 13, 2025 18:53


Termina hoje o prazo dado pela Advocacia Geral da União para que a Meta explique a nova política de moderação de conteúdo. O órgão enviou, na sexta, uma notificação extrajudicial solicitando as informações em até 72h. A empresa decidiu acabar com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. A decisão foi anunciada pelo criador da big tech, Mark Zuckerberg, em um vídeo postado em 7 de janeiro. "Chamo estas mudanças da Meta de 'salve-se quem puder', porque não tem checagem de informação em um ambiente onde cada um escreve o que quer e há muitos robôs, onde pululam as fake news. Este é um problema do Mundo Democrático", diz Cantanhêde. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Diretrizes da Meta são problema do Mundo Democrático não do Brasil"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Jan 13, 2025 18:53


Termina hoje o prazo dado pela Advocacia Geral da União para que a Meta explique a nova política de moderação de conteúdo. O órgão enviou, na sexta, uma notificação extrajudicial solicitando as informações em até 72h. A empresa decidiu acabar com o seu sistema de verificação de fatos e suspendeu as restrições a publicações nas suas redes sociais Facebook e Instagram. A decisão foi anunciada pelo criador da big tech, Mark Zuckerberg, em um vídeo postado em 7 de janeiro. "Chamo estas mudanças da Meta de 'salve-se quem puder', porque não tem checagem de informação em um ambiente onde cada um escreve o que quer e há muitos robôs, onde pululam as fake news. Este é um problema do Mundo Democrático", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão, Temporada 3
Quero metade da casa já, senão chamo a polícia!

Rádio Comercial - O Homem que Mordeu o Cão, Temporada 3

Play Episode Listen Later Nov 25, 2024 9:44


Um namorado obcecado com um imóvel e um TPC urgente!

Mañanitas
En vivo! Con Alex, El Guaro, Renee feat. Rodolfo "El Chamo" | Mañanitas ☀️

Mañanitas

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 64:29


Podcast Rabiscos
Eu Me Chamo Antônio: Edição Definitiva - com Pedro Gabriel

Podcast Rabiscos

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024 62:03


O Rabiscos recebe Pedro Gabriel, renomado escritor conhecido pela aclamada coleção "Eu Me Chamo Antônio". Agora, ele apresenta um novo projeto editorial que promete encantar tanto seus fiéis seguidores quanto aqueles que estão prestes a descobrir sua obra pela primeira vez. Pedro está lançando uma campanha de financiamento coletivo no Catarse em parceria com a Marisco Edições para a Edição Definitiva de "Eu Me Chamo Antônio".   Catarse - Eu Me Chamo Antônio.    Contato com o autor.    Para envio de livros e postagens: Tadeu Rodrigues Caixa Postal nº 129  CEP: 37701-010 - Poços de Caldas - MG   Acompanhe, curta, compartilhe!   Siga-nos | Instagram: @podcastrabiscos | @tadeufrodrigues | email: podcastrabiscos@gmail.com | tadeufrodrigues@gmail.com  

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas
Especial Fernanda Lapa: “Amo demais o teatro, por isso sofro horrores. É uma paixão a que chamo teimosia e que vai morrer comigo”

Expresso - A Beleza das Pequenas Coisas

Play Episode Listen Later Sep 20, 2024 99:46


A vida da atriz e encenadora Fernanda Lapa foi tão rica e intensa que dava um filme ou uma peça de teatro com os ingredientes da melhor literatura, feita de alegrias, muitas lutas  e conquistas e grandes perdas. Mulher forte, íntegra e inconformada dedicou toda a sua vida à arte que mais amava, o teatro. Esta foi a última entrevista dada por Fernanda Lapa, dois meses antes de partir com uma doença fulminante, em agosto de 2020. É sobre o seu amor profundo aos palcos e o futuro incerto do setor das artes, a desesperança, a frustração e falta de dinheiro dos profissionais das artes e espetáculos que arranca esta conversa com a fundadora da companhia Escola de Mulheres (sediada no Clube Estefânia). Figura maior do teatro português, que lutou até ao fim pela valorização da Cultura, dos artistas e técnicos, e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, não foi mansa na crítica ao poder: “Um país que não trata bem os artistas está moribundo. E este país não é para artistas, nem para velhos, nem para novos.” Nesta conversa, Fernanda Lapa conta ainda alguns dos momentos mais relevantes do seu caminho e assume ter sido a teimosia o que a fez levantar-se todas as manhãs. E, tal como o poeta José Gomes Ferreira, revela que viveu sempre cheia de “saudades do futuro.” See omnystudio.com/listener for privacy information.

DT Radio Shows
The Sequel #49 With BEN RODD

DT Radio Shows

Play Episode Listen Later Sep 11, 2024 60:00


Welcome back to the THE SEQUEL #48 with BEN:RODD This show will bring you the sound of the best dancefloor Tech House and Deep-Tech Minimal of the industry twice a month, with awesome guest mixes, and a lot of new bangers for your playlists, including exclusive premieres. In this show we have featured tracks and promos by: Ryan Resso, Chopper, Leornardo Gonneli, Bizen Lopez, Twenty Six, Chamo, Da night and many more... You can submit your music to be featured on the show and our Youtube Channel: thesequelaudio@gmail.com ENJOY ! Tracklist 1. Ben Rodd - Janemba [Unreleased] 2. Braydon Terzo, Julio Bravo - Get Up 3. Mahony & Brad Brunner - BGG 4. Jamie G - Hold Me 5. Dale Howard - Juno What I Mean 6. J6 - J-VLA 7. Tre Reynolds - On Deck 8. wAFF - Breevin 9. Adam Lance - Acid Effect 10. Ale Castro, The Checkup 11. Mochakk, Tommy Genesis - No Boys Allowed (OG House Mix)

Poesia Em Gotas
Há metafísica bastante em não pensar em nada - Alberto Caeiro

Poesia Em Gotas

Play Episode Listen Later Sep 9, 2024 3:57


Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do Mundo?Sei lá o que penso do Mundo!Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das coisas?Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?Que tenho eu meditado sobre Deus e a almaE sobre a criação do Mundo?Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhosE não pensar. É correr as cortinasDa minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!O único mistério é haver quem pense no mistério.Quem está ao sol e fecha os olhos,Começa a não saber o que é o SolE a pensar muitas coisas cheias de calor.Mas abre os olhos e vê o Sol,E já não pode pensar em nada,Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentosDe todos os filósofos e de todos os poetas.A luz do Sol não sabe o que fazE por isso não erra e é comum e boa. Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvoresA de serem verdes e copadas e de terem ramosE a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,A nós, que não sabemos dar por elas.Mas que melhor metafísica que a delas,Que é a de não saber para que vivemNem saber que o não sabem? «Constituição íntima das coisas»...«Sentido íntimo do Universo»...Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.É incrível que se possa pensar em coisas dessas.É como pensar em razões e finsQuando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvoresUm vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão. Pensar no sentido íntimo das coisasÉ acrescentado, como pensar na saúdeOu levar um copo à água das fontes. O único sentido íntimo das coisasÉ elas não terem sentido íntimo nenhum. Não acredito em Deus porque nunca o vi.Se ele quisesse que eu acreditasse nele,Sem dúvida que viria falar comigoE entraria pela minha porta dentroDizendo-me, Aqui estou! (Isto é talvez ridículo aos ouvidosDe quem, por não saber o que é olhar para as coisas,Não compreende quem fala delasCom o modo de falar que reparar para elas ensina.) Mas se Deus é as flores e as árvoresE os montes e sol e o luar,Então acredito nele,Então acredito nele a toda a hora,E a minha vida é toda uma oração e uma missa,E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as floresE os montes e o luar e o sol,Para que lhe chamo eu Deus?Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;Porque, se ele se fez, para eu o ver,Sol e luar e flores e árvores e montes,Se ele me aparece como sendo árvores e montesE luar e sol e flores,É que ele quer que eu o conheçaComo árvores e montes e flores e luar e sol. E por isso eu obedeço-lhe,(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,Como quem abre os olhos e vê,E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,E amo-o sem pensar nele,E penso-o vendo e ouvindo,E ando com ele a toda a hora.

INSERT COIN GAMES
#330 | El poder de la nube

INSERT COIN GAMES

Play Episode Listen Later Sep 5, 2024 144:53


Que pasa locos! Pues toca uno de esos podcasts donde de primeras no sabíamos muy bien de que íbamos a hablar pero no ha quedado del todo mal. Empezamos hablando del fracaso del año, Concord. Sony ha querido meternos un juego como servicio a 40€ cuando la mayoría de su competencia es gratuita. Han tardado 11 dias en sacarlo de su tienda tras ver que Gollum tenia mas jugadores que ellos en Steam. Aprovechando que estaba por los estudios de ICG, hemos querido invitar a charlar a nuestro amigo Chamo, que gracias al wow pudimos conocer hace ya unos cuantos años. Joak tiene preparada su review del Wukong y seguro que no deja indiferente a nadie. Eso si, sigue mosqueado con que no es un souls. Alex sigue con sus juegos de estrategia para cumplir su apuesta infame y nos habla de su ultima experiencia. Terminamos hablando de los anillos de poder y la serie The Bear.  Esperemos que os guste! NUESTA LISTA DE RECOMENDACIONES  Esta lista de juegos es la que hemos llegado por consenso (y por imposiciones de Joak) como los 10 juegos que recomendamos desde ICG. Se podrán realizar cambios cuando los integrantes consideren que hay un nuevo merecedor de entrar en dicha lista, siempre teniendo que eliminar uno de los aquí presentes. Red dead redemption 2 Hades The last of us 2 Elden ring Mass effect 2 Xcom 2 World of warcraft Hollow knight Zelda breath of the wild Persona 5 royale UN AMIGO PARA ELLIE Con este reto recaudaremos los fondos para que la Asociación DogPoint pueda entregar un perro de asistencia a Ellie, una niña de 8 años con TEA. Ayuda con lo que puedas a nuestro amigo Melan, es suscriptor del canal y necesita ayuda para financiar los elevados costes. ¡Toda ayuda es bienvenida! https://www.migranodearena.org/reto/un-amigo-para-ellie ¡Gracias! ¡Encuentra tu versión 2.0 con los consejos de Joakin Dead! https://www.amazon.es/dp/B0BHTZPJMH/ref=cm_sw_r_wa_api_EX5KV44ACRD6C0165XDM Aquí tienes tu podido de descuento de Wetaca: JOAQUINL4097 Recordad, si queréis saber mas de nosotros, a continuación toda la información: InsertCoin Games: Grupo de Discord: https://discord.gg/aJrZFRC Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC_TLx2vHlr7AJ4kPgckx68w Twitch: https://www.twitch.tv/insertcoingames Twitter: @ICGames_ES Instagram: insertcoingames_ Se os quiere!

The Midfield Battle presented by awaydayz
#18: ¡Hola Chamo! - Juan Pereira's awaydayz

The Midfield Battle presented by awaydayz

Play Episode Listen Later Sep 2, 2024 29:44


Hosted by Essam and Rob, we welcome Juan to the podcast and the awaydayz community, as he shares his love for Salomón Rondón, the Venezuelan national team, and his three clubs of Everton, Barcelona and Houston Dynamo. While still being so young, Juan also goes into his already extensive career so far in the world of sports media. It's all about motivation.Huge thanks to Juan for coming on. As always, if you're down to talk football, reach out, and let's talk football!Instagram: @awaydayz_

10 de 10 - El Cuestionario
Ep. 11 - El Chamo Gabriel "Mi romance con Yuri"

10 de 10 - El Cuestionario

Play Episode Listen Later Sep 2, 2024 47:22


"Mi romance con Yuri". No te lo pierdas este gran episodio con El Chamo Gabriel, junto a Tamara Vieyte y Ravelo

DT Radio Shows
The Sequel #48 with BEN RODD (TacoMan Guest Mix)

DT Radio Shows

Play Episode Listen Later Aug 28, 2024 57:03


⚡️ Like the Radio Show? Click the [Repost] ↻ button so more people can hear it!

J&M Sports101
Mbappe gentan ap pran trofe lan Real, Eske li evidan ke Vini pral ballon d'or? Ronaldo ap soufri lan chamo a

J&M Sports101

Play Episode Listen Later Aug 19, 2024 70:38


J&M Podcast epizod 1 sezon 5 On ti pale de mache transfè a Pep fè konnen pou moman an la li pa sou premiere league lan. Eske Julian Alvarez fe on bon chwa? Eske Mbappe pral pote Real? Kiyes ki ballon d'or? --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/jmsports101/support

Freud Que Eu Te Escuto
Sobre os Motivos para Separar da Neurastenia um Complexo de Sintomas, a Neurose de Angústia (1895) - I. Sintomatologia Clínica da Neurose de Angústia

Freud Que Eu Te Escuto

Play Episode Listen Later Aug 17, 2024 22:23


"Chamo esse complexo de sintomas de “neurose de angústia”, porque todos os seus componentes podem ser reunidos em torno do sintoma principal que é a angústia, porque cada um deles possui determinada relação com a angústia." Este artigo se encontra no volume 3 das Obras Completas de Freud da Companhia das Letras, na tradução de Paulo César de Souza. --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/freudqueeuteescuto/support

Recarga Activa
866: Meta cierra Ready at Dawn, novedades en Balatro, Chamo Games

Recarga Activa

Play Episode Listen Later Aug 8, 2024 16:14


Bienvenidas y bienvenidos a Recarga Activa, el podcast diario de AnaitGames en el que filtramos lo más relevante de la actualidad del videojuego en pildorazos de 15 minutos:1️⃣ Meta cierra Ready at Dawn2️⃣ La primera gran actualización de Balatro llegará en 20253️⃣ Chamo Games es un nuevo estudio formado por veteranos de IO Interactive y Plarium GamesSuscríbete para recibir el siguiente episodio en tu gestor de podcasts favorito. Puedes apoyar nuestro proyecto (y acceder a un montón de contenido exclusivo) en Patreon: https://www.patreon.com/anaitreload♫ Sintonía del programa: Senseless, de Johny Grimes Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- Allons A Holly Beach

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later Jul 8, 2024 50:06


Down Home Cajun Music- Allons A Holly Beach We are back with a new episode of the podcast featuring some great 45 rpm records!Nathan Abshire- "Cannon Ball Special" (Khoury's 704)Iry Lejeune- "Church Point Breakdown" (Goldband 1096)Austin Pitre- "Don't Shake My Tree" (Swallow 10146)Papa Cairo- "Big Texas" (Feature 1049)Amadie Breaux- "Hey Mom" (Crazy Cajun 522)Aldus Roger- "O.S.T. Special (Vee- Pee 103)Blackie & The Moonlight Serenaders- "La Robe Barre" (Khoury's 725)Dallas Roy & Marc Savoy with the Rambling Aces- "Tee Maurice" (Crazy Cajun 513)Robert Bertrand- "Drunkards Two Step (Fais Do Do 1000)Sidney Brown- "La Valse De Misere" (Goldband 1082)Lawrence Walker- "Bon Ton Rouley" (Vee Pee 102)Adam Hebert- "Le Moulin" (Swallow 120)Belton Richard- "Waltz of No Return" (Chamo 106)Aldus Roger- "Perrodin Two Step" (La Louisianne 8108)Pee Wee Broussard- "New Iberia Stomp" (Khourys 720)Iry Lejeune- "Grande Bosco" (Goldband 1041)Le Roy Broussard- Brasse Don Le Cush Cush" (La Louisianne 8032)Nathan Abshire- "Carolina Blues" (Khoury's 649)Lionel Cormier & Sundown Playboys- "Big Boy Bounce" (Goldband 1090)*All selections taken from the original mono 45's- recorded and transferred in mono.

Relato Nacional
48. Mi Chamo

Relato Nacional

Play Episode Listen Later May 22, 2024 44:41


En varios países latinoamericanos, donde la inmigración venezolana ha impactado fuerte, “chamo” se usa como un gentilicio para identificar a personas provenientes de Venezuela. Pero en este capítulo, Mi Chamo, significa lo mismo que en ese país: mi niño, mi amigo. Claro que para llegar a usar la frase con ese cariño, la travesía del Chamo fue larga y peligrosa, y la de Claudia, fue de aceptación, de derribar barreras, de conocer e integrar hasta llegar al cariño.

Homilias - IVE
”Já não vos chamo de servos, mas vos chamo de amigos”

Homilias - IVE

Play Episode Listen Later May 5, 2024 4:47


Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,9-17 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros". Palavra da Salvação.

Club Edition
Club Edition 24_03 | Stefano Noferini

Club Edition

Play Episode Listen Later Mar 22, 2024 60:32


1 Gio Lucca - Take a Ride (Original) 2 Franco Schmidt - Cognitive (Original) 3 Wilder(ita) - Kick Back (Original) 4 Mattia Scolaro - Night Out (Original) 5 Bastian Bux - Dat Beat (Original) / Hottrax 6 Damelo X Hyde - Side To Side (Original) 7 Gueds, Flowat - President (Original) 8 Tuvan - Legacy For Life (Original) 9 Finky - The Night (Original) 10 Freenzy Music - Like This (Original) / Tamango Express 11 Gustaff - Don't Care (Original) 12 Chamo(ar) - Plan (Original) 13 Copasetic - Show It (Original) This show is syndicated & distributed exclusively by Syndicast. If you are a radio station interested in airing the show or would like to distribute your podcast / radio show please register here: https://syndicast.co.uk/distribution/registration

La Clavada
¿Qué harías si recibes una llamada de Messi?

La Clavada

Play Episode Listen Later Feb 26, 2024 2:38 Transcription Available


"Messi" le hizo una llamada a nuestro colega y amigo Rodolfo "el Chamo".

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- La Valse De LaFleur

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later Nov 27, 2023 31:17


Down Home Cajun Music- La Valse De LaFleurLeroy Broussard & The Melody Boys- "Brasse Don Le Cush Cush"  (LL 8032)Aldus Roger- "One Scotch, One Bourbon, One Beer" (LL 8039)Shirley  & Alphee Bergeron with The Veteran Playboys- "Old Home Waltz" (Lanor 510)Belton Richard & Musical Aces- "The Drunkards Waltz" (Chamo 107)Blackie & The Moonlight Serenaders- "Elton Two Step" (Khoury's 725)Nathan Abshire & The Pine Grove Playboys- "Pine Grove Blues" (Kajun 503)Papa Cairo & His Boys- "Big Texas" (Feature 1049)Austin Pitre & Evangeline Playboys- "Don't Shake My Tree" (Swallow 10146)Adam Hebert & The Country Playboys- "Le Moulin" (Swallow 120)Andrew Cormier & The Rambling Aces- "Two Step De Vieux Temps" (Jin 106)Joe Bonsall & The Orange Playboys- "Light Moving" (Goldband 1133)Vorris LeBlanc & The Sugar Bee's- "Kaw Liga" (Goldband 1128)*All selections from the original 45 rpm records.

El Gallo Podcast
Apoyando a la vinotinto

El Gallo Podcast

Play Episode Listen Later Sep 8, 2023 71:49


Otra vez aparecieron a decir que Juan Gabriel está vivo, ya hasta empezamos a pensar que es real, así como ya es real que los carros vuelan y están a la venta. Siga y escuche 'El Gallo Pódcast', que por esta edición podría llamarse 'El Chamo pódcast'.

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- Waltz of the Past

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later Aug 9, 2023 43:30


Down Home Cajun Music- Waltz of the PastBalfa Brothers- "Valse De Bala" (Swallow 10185)Nathan Abshire- "Hoola Hoop Two Step" (Cajun Classics 101)Pee Wee Broussard- "La Valse De Bon Amies" (Khoury's 720)Happy Fats & Doc Guidry- Allons A Lafayette" (La Lou 8023)Shirley Bergeron & Veteran Playboys- "Waltz of the Past" (Lanor 505)Belton Richard- "I Don't Want You Anymore" (Chamo 106)Aldus Roger- "Duson Waltz" (Goldband 1084)Sidney Brown- "Sha Ba Ba" (Folk Star 1132)Harry Choates- "Opelousas Waltz" (D 1043)Marc Savoy & The Rambling Aces- "Perrodin Two Step" (Crazy Cajun 508)Joe Bonsall- "Grand Praire Waltz" (Cajun Jamboree 811)Link Davis & Sidney Brown- "Waltz of The Jambalaya" (Starday 331)Ervin Lejeune & Jake Bertrand- "Lacassine Breakdown" (Buck 501)Tee Denise- "Iberia Two Step" (Acadian Artists 102)Addie Guillory- La Valse Du Garage A Pitre Ford" (PF 101)Charlie Broussard- "Big Train" (Cora B 0001)Austin Pitre- "Flum De Faire" (Swallow 106)*All selections from the original 45 rpm records.

La Clavada
Quiero rentar la casa de El Chamo

La Clavada

Play Episode Listen Later Mar 29, 2023 4:24


Rodolfo el Chamo recibió una oferta para rentar su casa en Houston. Escucha la que se armó cuando le explicaron qué iba a hacer con la casa.

Lay of The Land
#92: Leopoldo Peña (Presta)

Lay of The Land

Play Episode Listen Later Oct 27, 2022 76:02


Lay of The Land's conversation today is with Leopoldo Peña.Leo is the Co-Founder and CEO of Presta — a digital lending infrastructure that allows traditional financial institutions to better lend to small and medium-sized businesses by allowing them to book loans digitally.Leo's prior professional experience has been centered around the world of government and civic technology — most recently focused on expanding access to equity investment. In 2019, he co-founded and launched The Opportunity Exchange, an equity investment marketplace for economic development projects. After powering projects in the majority of the US, The Opportunity Exchange was acquired by Bludot, a competitor in the space.Prior to that, Leo and I actually worked together as part of the founding team of Votem to launch a mobile voting platform designed to securely cast votes in elections across the globe, allowing members of the US military to participate in general and midterm elections while serving abroad, in addition to building out other core election infrastructure like voter registration systems.Leo currently resides here in Cleveland, Ohio with his dog Chamo, holds a Bachelor of Science from Cornell University, and is an alumnus of the Venture for America Fellowship.Leo is one of the best people I know — so needless to say I've been looking forward to having him on the podcast for a while now. I'm glad the timing finally made sense and I hope you all enjoy our conversation!--Learn more about PrestaConnect with Leopoldo Peña on LinkedInFollow Leo on Twitter @leodpena --Connect with Jeffrey Stern on LinkedInFollow Jeffrey Stern on Twitter @sternJefeFollow Lay of The Land on Twitter @podlayofthelandhttps://www.jeffreys.page/

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- "Je Vai Jouer Cela Pour Toi"

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later Oct 20, 2022 57:46


Down Home Cajun Music- "Je Vai Jouer Cela Pour Toi"Andrew Cormier- "Creole Stomp" (Crazy Cajun 511)Pee Wee Broussard- "Perrodin Twoster" (Khoury's 709)Aldus Roger- "Crowley Two Step" (Cajun Classics 106)Nathan Abshire- "Crying Pine Grove Blues" (Khoury's 701)Sidney Brown- "Chico Two Step" (Goldband 1061)Austin Pitre- "Chinaball Blues" (Swallow 114)Iry Lejeune- "Church Point Breakdown" (Goldband 1096)Jack Leger- "Courtableu Waltz" (Jag 101)Ervin Lejeune & Sundown Playboys- "Lewisburg Special" (Swallow 21030)Blackie Fruge- "La Robe Barre" (Khoury's 725)Lawrence Walker- "Osson Two Step" (Vee-Pee 102)Adam Hebert- "Jolie Fille Special" (Swallow 125)Joe Bonsall- "Sha Catin" (Goldband 1126)Nathan Abshire- "Chere Petite Blonde" (Kajun 508)Milton Molitor & Austin Pitre- "Midway Two Step" (Big Mamou 101)Sidney Brown- "Sha Ba Ba" (Folk Star 1132)Maurice Barzas- "Mamou Hot Step" (Swallow 130)Pee Wee Broussard- "La Lou Special" (La Louisianne 8036)Ervin Lejeune- "Lawtell Two Step" (Goldband 1207)Aldus Roger- "O.S.T. Special" (Vee Pee 103)Leroy Broussard- "Lemonade Song" (Goldband 1048)Belton Richard- "Pardon Waltz" (Chamo 101)Joe Bonsall- "Hippy Ti Yo" (Cajun Jamboree 806)*All selections from the original 45 rpm records.

Inteligência para a sua vida
#784: NÃO SE META NA MINHA VIDA, QUANDO PRECISAR EU CHAMO

Inteligência para a sua vida

Play Episode Listen Later Oct 12, 2022 10:50


"Não se meta na minha vida, quando precisar eu chamo". Essa frase parece ser tão dura, mas é o que muitos tem dito para Deus. E você, qual tem sido a sua resposta para Deus?

Phoenix Down Radio - Not Just Another Final Fantasy Podcast

In this episode, Klauss and Seyrr are joined by Anonymoose and Chamo, two of the FFXIV community's loremongers as we discuss the story and lore from Patch 6.2. We also celebrate our 7th anniversary of the podcast with a number of giveaways, talk about what the show has meant to us, and we get a special visit from prodigal podcast host Taliz Marvelous, who joins us for a few minutes to give some of his thoughts on his time with the show. We hope you enjoy! Show Notes AnonyMoose on Twitter: https://twitter.com/anonymoose Chamo on Twitter: https://twitter.com/chamofleur Read all 4 Tales of the Dawn: https://sqex.to/A8mYx Final Fantasy news from Nintendo Direct: https://na.finalfantasy.com/news/2083 FFXIV 8th annual 14-hour broadcast and Live Letter 73: https://na.finalfantasyxiv.com/lodestone/topics/detail/332768bcfb70b769faad1edd4326885daaac8440 Phil Spencer hasn't given up on FFXIV on XBox: https://www.eurogamer.net/phil-spencer-hasnt-given-up-on-bringing-final-fantasy-14-to-xbox New Stranger of Paradise DLC coming in October: https://www.pushsquare.com/news/2022/09/stranger-of-paradises-crusade-against-chaos-continues-in-wanderer-of-the-rift-dlc New FFVII collectibles clouded by NFT's: https://gizmodo.com/final-fantasy-vii-figures-nft-square-enix-blockchain-1849542088

Phoenix Down Radio - Not Just Another Final Fantasy Podcast

In this episode, Klauss and Seyrr are joined by Anonymoose and Chamo, two of the FFXIV community's loremongers as we discuss the story and lore from Patch 6.2. We also celebrate our 7th anniversary of the podcast with a number of giveaways, talk about what the show has meant to us, and we get a special visit from prodigal podcast host Taliz Marvelous, who joins us for a few minutes to give some of his thoughts on his time with the show. We hope you enjoy! Show Notes AnonyMoose on Twitter: https://twitter.com/anonymoose Chamo on Twitter: https://twitter.com/chamofleur Read all 4 Tales of the Dawn: https://sqex.to/A8mYx Final Fantasy news from Nintendo Direct: https://na.finalfantasy.com/news/2083 FFXIV 8th annual 14-hour broadcast and Live Letter 73: https://na.finalfantasyxiv.com/lodestone/topics/detail/332768bcfb70b769faad1edd4326885daaac8440 Phil Spencer hasn't given up on FFXIV on XBox: https://www.eurogamer.net/phil-spencer-hasnt-given-up-on-bringing-final-fantasy-14-to-xbox New Stranger of Paradise DLC coming in October: https://www.pushsquare.com/news/2022/09/stranger-of-paradises-crusade-against-chaos-continues-in-wanderer-of-the-rift-dlc New FFVII collectibles clouded by NFT's: https://gizmodo.com/final-fantasy-vii-figures-nft-square-enix-blockchain-1849542088

Futebol de Verdade
FDV #560: O futebol do Benfica

Futebol de Verdade

Play Episode Listen Later Sep 21, 2022 49:08


Bom dia! Hoje, no Futebol de Verdade, vou aproveitar a interrupção da competição para satisfazer os que querem mais bola e menos polémica e tentarei explicar as bases do futebol que tem permitido ao Benfica ganhar todos os jogos. Chamo a vossa atenção para o facto de no YouTube poderem aceder à versão com video, que permite visualizar os gráficos. Eles estão também nas crónicas de jogo, no meu Substack. Para acompanhar os meus conteúdos escritos, visite https://tadeia.substack.com/ Venha daí!

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- Allons Rock and Roll

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later Sep 5, 2022 50:13


Down Home Cajun Music- Allons  Rock and RollOn this episode of the podcast, we sat down and dug into our 45 rpm records and found some lively ones perfect for getting you through the work week.Lawrence Walker- "Allons Rock & Roll" (La Lou 8018)Nathan Abshire- "Pine Grove Blues" (Kajun 503)Aldus Roger- "One Bourbon, One Scotch and One Beer" (La Lou 8039)Robert Bertrand & Ervin Lejeune- "I Don't Care What You Do" (Jadar 105)Austin Pitre- "Don't Shake My Tree" (Swallow 10146)Joe Bonsall- "Light Moving" (Goldband 1133)Belton Richard- "Snoozin" (Chamo 102)The Sugar Bee's- "Kaw-Liga" (Goldband 1128)Johnnie Allan- "The Promised Land" (Jin 244)Adam Hebert- "Le Moulin" (Swallow 120)Blackie & The Moonlight Serenaders- "La Robe Barre" (Khoury's 725)Shorty Leblanc- "Boss Cajun" (Goldband 1139)Aldus Roger- "OST Special" (Vee-Pee 103)Sundown Playboys- "Big Boy Bounce" (Goldband  1090)Robert Bertrand & Geno Thibodeaux- "Seagrams 7, Here We Go Again" (Goldband 1213)Nathan Abshire- "Carolina Blues" (Khoury's 649)Belton Richard- "Oh, Yea Yi-Yi" (Chamo 101)Pee Wee Kershaw- "Your So Fine" (Goldband 1118)Joe Bonsall- "Linda Lee" (Goldband 1126)Jo-El Sonnier & Robert Bertrand- "Memphis" (Fais Do Do 1003)*All Selections from the original 45 rpm records.

Union Radio
´Román Lozinski || La Rockola de Juan Carlos García: Silvio Rodríguez fue protagonista de mis despechos de chamo

Union Radio

Play Episode Listen Later Aug 31, 2022 15:29


 Juan Carlos García, modelo y actor venezolano, aseguró, durante su Rockola en el programa de Román Lozinski, que la música de Silvio Rodríguez fue protagonista de sus despechos de joven. El actor indicó que procura escuchar mucha música, especialmente durante su entrenamiento. «La música es un estado de ánimo, la varío dependiendo del entrenamiento» añadió. Recordó que Michael Jackson marcó su época de quinceaños y Soda Stereo su época universitaria. García destacó que lo que más quisiera hoy en día, es estar en su casa en Caracas viendo a su padre disfrutar de sus hijos. «No cambio por nada del mundo tener a mis dos hijos cerca en este momento» acotó. El modelo explicó que empezó su carrera como modelo y tuvo la oportunidad de estar con grandes diseñadores cuando venían a Venezuela. Dentro de la Rockola de Juan Carlos García, puedes escuchar canciones como: “Devuélveme a mi chica” de Hombres G  “The Real Slim Shady” de Eminem  “In the air tonight” de Phill Collins  “Persiana Americana” de Soda Stereo “Una extraña sensación de soledad” de Sentimiento Muerto “New Sensation” de INXS

¿Qué más?
235 El chamo del Corcel azul

¿Qué más?

Play Episode Listen Later Aug 28, 2022 56:12


El mundo de Vicente se viene abajo con una terrible noticia que abre el podcast. Siguen las entrevistas de trabajo. Un proyecto para sacar el permiso de conducir en Francia. El “Lebenswelt” que representa un carro. ¿Cuál era tu primer carro? La pequeña muerte de que te roben el carro. El Malibú que se escapó. El Mojonza. Nueva tecnología para el podcast. El Cantábrico y el Caribe. La tiranía del GPS.  Música: Shoes and Socks Off, Emerald Park.

Te Guste o No
Te Guste o No: E115 [Chamo, y… ¿qué tal Venezuela?]

Te Guste o No

Play Episode Listen Later Jul 13, 2022 73:57


Andi y Gerardo están de vuelta en Buenas Aires. En este episodio especial, hablan y responden las preguntas que les hicieron sobre su viaje a Venezuela. Además, un extra de chisme del edificio. ¡DALE PLAY! Estamos en: - audioboom.com : Te Guste o No ( https://audioboom.com/channels/4973514) - ivoox.com : Te Guste o No https://us.ivoox.com/es/podcast-te-guste-o-no_sq_f1579226_1.html - Spotify: Te Guste o no (en la sección de podcasts) https://open.spotify.com/show/71lZbdwi9S8YVm9VID5Tbv?si=sUGEWfG9Sv61r4UUeTcnig) - Apple podcasts / iTunes: Te guste o no - Twitter e IG: @tegusteonoP - Facebook: Te Guste o No PODCAST: @tegusteonopodcast - Canal de YouTube: https://www.youtube.com/tegusteonopodcast Música que se usa en este podcast · “Dream of the Insomniac”: statusq's album: statusq (http://freemusicarchive.org/music/sta...) Licencia Atribución de Creative Commons (reutilización permitida). · "Little Dream". Music by: Dj Quads. SUBSCRIBE to the Official DJ QUads YouTube channel HERE: https://www.youtube.com/channel/UCusFqutyfTWRqGhC8kHA5uwFollow Dj Quads on SoundCloud HERE: https://soundcloud.com/aka-dj-quadsFollow Dj Quads on Twitter HERE: https://twitter.com/DjQuadsFollow Dj Quads on Spotify HERE: https://open.spotify.com/artist/2VZrdImbvB03VWApYtBRr3Follow Dj Quads on Instagram HERE: https://www.instagram.com/djquads/Support Dj Quads on Patreon HERE: https://www.patreon.com/DjQuadsMusic released by: Chill Out Records https://goo.gl/fh3rEJ @ www.ChillOutMedia.com / www.LoFi-HipHop.com #podcastenespañol #podcastinginspanish #podcastvenezolano #venezuela #venezolanosenargentina #Argentina #buenosaires #anchor #ivoox #anchorFM #spotify #applepodcasts --- Send in a voice message: https://anchor.fm/te-guste-o-no/message

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
"Eu chamo-me Markl, tu chamas-te Myrkl"

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Jul 7, 2022


"Eu chamo-me Markl, tu chamas-te Myrkl"Full2233http://podcastmcr.iol.pt/rcomercial/4QOVWYMM-Z1IL-Z9G7-KY5Z-7D790UCDD6CG.mp3

The Zingg
¡Chamo, love always win! y ¿Por qué necesitamos un día para recordar y celebrar la comunidad LGBTQ+?

The Zingg

Play Episode Listen Later Jun 9, 2022 17:55


El mes del orgullo representa un conglomerado de emociones que nacen desde la búsqueda de la libertad y derechos que por muchos años hemos tratado de conquistar.Hemos llegado muy lejos desde los disturbios de Stonewall en 1969. Y sin embargo, todavía hay muchas personas que no pueden ser ellas mismas sin miedo a la persecución o el rechazo.Más que una celebración, es un recordatorio sobre los antepasados que lucharon por nuestros derechos, así como las batallas que aún estamos intentando librar.Se trata de celebrar lo que somos como seres humanos, de celebrar nuestra identidad y de reconocer nuestro derecho a vivir li

Down Home Cajun Music
Down Home Cajun Music- Lache Pas

Down Home Cajun Music

Play Episode Listen Later May 23, 2022 49:51


Down Home Cajun Music- Lache PasOn this episode of the podcast, we mix it up a bit. Sometimes it is forgotten how much great music came from South Louisiana from the 1950's and the 1960's. From label owners like Dago Redlich, J.D. Miller, Carol Rachou, George Khoury and Eddie Shuler, there was a flood of dynamic music coming from local artists,  We've got almost a hour's worth of music recorded in South Louisiana; all from the original 45 rpm records.Johnnie Allan- South To Louisiana (Viking 1015)Slim Harpo- I'm A King Bee (Excello 2113)Rod Bernard- Colinda (Hall-Way 1902)Cookie and his Cupcakes- Got You On My Mind (Lyric 1004)Rocket Morgan- You're Humbuggin Me (Zynn 502)Belton Richard- Snoozin' (Chamo 102)Bill & Carroll- My Blue Letter (Goldband 1034)Clarence Garlow- Bon Ton Roula (JBJ 1038)Lawrence Walker- Lena Mae (La Lou 8025)Randy & The Rockets- Let's Do The Cajun Twist (Jin 161)Little Alfred- Walking Down The Aisle (Lyric 1016)Jo El Sonnier & Robert Bertrand- Memphis (Fais Do Do 1003)Terry Clement & Nathan Abshire- French Blues (Zynn 117)Warren Storm- Prisoner Song (Nasco 6015)Cleveland Crochet- Midnight Blues (Lyric 1001)Cookie & His Cupcakes- Mathilda (Lyric 1003)Slim Harpo- Rainin In My Heart (Excello 2194)Shorty LeBlanc- Kaw-Liga (Goldband 1128)Blackie & The Moonlight Serenaders- Elton Two Step (Khoury's 725)*All selections from the original 45 rpm records

Prova Oral
Fernando Alvim com Nuno Ferreira "Chamo-me Nuno e Sou Alcoólico".

Prova Oral

Play Episode Listen Later Apr 18, 2022 56:50


Nuno Ferreira é jornalista e escritor. Colaborou com o jornal Expresso e trabalhou no Público. Quinze meses sóbrio depois de entrar numa comunidade terapêutica, escreveu um livro como o álcool afetou a sua vida.

MINDSET
MINDSET EP. 12 - ¿Crypto es el Futuro o el Presente?

MINDSET

Play Episode Listen Later Jan 26, 2022 52:17


Crypto es el futuro dicen muchas personas por ahí, pero será esa realmente la situación? José y Chamo tienen su visión sobre esto y te explican detenidamente hacia donde vamos y cual es el rol de crypto en nuestra economía, si reemplazará el dinero como lo conocemos. Aprende la visión de los dos inversionistas en este episodio de Mindset. Únete y ten acceso a mi espacio de Membresía www.esquinadelchamp.com Únete y ten acceso a contenido exclusivo y mi cartera de inversiones: https://www.patreon.com/JoseGalindez Gana dos acciones en Webull cuando deposites $100.00 (Valoradas hasta $1,400): https://act.webull.com/i/IoPOB3DsXQMX... Gana una acción con RobinHood: https://join.robinhood.com/joseg7943En Gana hasta $250 en Criptomonedas - https://blockfi.com/?ref=8b583881 Gana $25 de BTC con la compra de $100 - https://gemini.com/share/npd56ru9 Gana $10 de BTC con la compra de $100 - https://www.coinbase.com/join/martin_3gbj?src=ios-link Gana dos acciones en Webull cuando deposites $100.00 (Valoradas hasta $1,400): https://act.webull.com/i/IoPOB3DsXQMX/i7a/ Gana una acción con RobinHood: https://join.robinhood.com/joseg7943En REDES DE FOOD FOR INVESTORS: Instagram: https://www.instagram.com/foodinvestorsTwitter: https://twitter.com/smartoshis REDES DE JOSÉ GALINDEZ: Instagram: https://www.instagram.com/josegalindezprFacebook: https://www.facebook.com/JoseGalindezPR/

Epa chamo, ¿ya hablamos de esto?
Epa chamo de que hablamos? | del 2020?

Epa chamo, ¿ya hablamos de esto?

Play Episode Listen Later Jan 19, 2022 43:10


Temporada 2 arranca con nueva energía, los primeros dos episodios son para hablar distintos temas de interés general. En pocas palabras, no preparamos ningún tema pero esperamos que los disfrutenSupport the show (https://www.buymeacoffee.com/onepalo)

MINDSET
MINDSET EP. 9 - ¿Eres Emprendedor o Pretende-dor?

MINDSET

Play Episode Listen Later Oct 27, 2021 25:02


¿Por qué razón emprendes? Es Importante tener definidas tus razones para emprender. ¿Los emprendedores nacen o se hacen? Aquí Galindez y el Chamo tienen puntos de vista distintos. En el vídeo también se te recomienda una dósis saludable de Auto análisis. Eres adverso al riesgo? Eres indisciplinado? No aguantas incertidumbre? En el caso que todas las respuesta sean sí, debes considerar si emprender es para ti. Ingresa a nuestra comunidad educacional de crypto por solo $20 dólares al mes. ¡Únete Hoy! en www.toshified.com Adicional obtén acceso a TODOS nuestros webinars grabados con más de 200 cursos que te permitirán adentrarte a éste mundo de las criptomonedas. WWW.TOSHIFIED.COM Gana dos acciones en Webull cuando deposites $100.00 (Valoradas hasta $1,400): https://act.webull.com/i/IoPOB3DsXQMX/i7a/ Gana una acción con RobinHood: https://join.robinhood.com/joseg7943En REDES DE FOOD FOR INVESTORS: Instagram: https://www.instagram.com/foodinvestors Twitter: https://twitter.com/smartoshis REDES DE JOSÉ GALINDEZ: Instagram: https://www.instagram.com/josegalindezpr Facebook: https://www.facebook.com/JoseGalindezPR/

LOS TRABAJOS Y LOS DIAS
Rómulo Colmenares en Saint Paul, Minnesota. El Show del Chamo.

LOS TRABAJOS Y LOS DIAS

Play Episode Listen Later Aug 31, 2021 38:05


LOS TRABAJOS Y LOS DÍAS Plantilla EPISODIO ESPECIAL DE VERANO 108 - Rómulo Colmenares en Saint Paul, Minnesota. El Show del Chamo. 31 de agosto de 2021 Duración: 38 minutos 04 segundos Rómulo tiene cinco años viviendo en Saint Paul, y llegó d The post Rómulo Colmenares en Saint Paul, Minnesota. El Show del Chamo. first appeared on LOS TRABAJOS Y LOS DÍAS.

Cafecito Quickie
Episode 11: Kendall Boyz

Cafecito Quickie

Play Episode Listen Later Aug 4, 2020 23:38


Today, Sam and Julio are joined by their good friend Charlie. Charlie is well known around Miami FL, especially in the Miller to Kendall areas. Charlie (also known as Chamo) is an entrepreneur and beer critic. He is known on social media for educational content and beer reviews.