POPULARITY
I denne episoden dansekunstner og sanger Claire Cunningham om hvordan opposisjon har vært en viktig og førende taktikk for utviklet og videreføringen av hennes kunstnerskap, og hvordan det enkelte så på som begrensninger for andre fremstod som interessante og verdifulle egenskaper og karaktertrekk. Cunningham kunstnerskap utfordrer normativitet gjennom en utforskning av et liv med krykker. Forestillingen Songs of the Wayfarer vises på Dansens Hus 24.-26. januar. Samtalen med Claire Cunningham er på engelsk.Dansens Hus Podcast er produsert av formidlingskonsulent ved Dansens Hus, Jonas Øren. Musikken er skapt av Basmo Beats.
Boldt, Esther www.deutschlandfunkkultur.de, Fazit
In this episode, Ella sits down with a remarkable guest, Claire Cunningham, a former school teacher turned copywriter, who not only cracked the code to writing captivating copy but also expanded her skills to specialise in website and UX copywriting. It's another dive deep into the world of writing that sells, persuades, and connects. In this 30-minute episode you will learn: ✔️ Why writers must consider the reader's journey as much as the message they deliver ✔️ How Claire pivoted from teaching to proofreading to powerhouse copywriting ✔️ What a great user experience journey looks like ✔️ Understanding the users journey via a well-known brand that has UX nailed ✔️ How to figure out what a great UX journey looks like for your audience ✔️How you can apply UX copywriting principles to your own business ⭐ Episode Highlights ⭐ Claire shares her inspiring journey from a humble start in proofreading to becoming a force in the world of copywriting. How did her teaching background shape her approach to crafting compelling narratives? Listen in to find out. We explore the pivotal role of website and UX copy in creating an immersive online experience for users with real-life examples. In an era where attention spans are shorter than ever, we emphasise the importance of considering the user's journey when crafting online content. Learn how to guide your readers seamlessly through your website while delivering a powerful message. Claire breaks down the symbiotic relationship between user experience (UX) and copy. Discover how a well-crafted user experience can enhance the impact of your copy and drive meaningful engagement. Whether you're a seasoned content creator or just starting out, Claire shares practical tips on how to integrate user experience considerations into your writing process. Uncover the secrets to keeping your audience engaged from the first click to the final call to action. Join us for an eye-opening conversation that proves the power of words extends beyond the message itself. Elevate your copywriting game and enhance the online experience for your audience, so they come back time after time. About Claire Cunningham Claire is a UX-informed copywriter and mum from North East Scotland who is passionate about crafting engaging website copy that elevates user experiences. Specialising in aligning brand voice with user-friendly, conversion-focused content, Claire's business, Word Craft, offers services including website copy, SEO-driven blogs, email campaigns and case studies. With a specialism in crafting strategic websites with a deep understanding of UX principles, Claire understands how words (and design!) are crucial in shaping user experience. With a background as an English teacher and school leader, founding Word Craft was fuelled by a passion for refining ideas and messaging. Claire has a nurturing approach to supporting small business owners providing not just copy but the tools and strategies to empower their own content creation. Offering a flexible approach, no project is too small or too big — Claire offers tailored support to meet diverse needs. Contact Claire Website: www.wordcraftservices.co.uk Email: hello@wordcraftservices.co.uk Connect with her community on Instagram Connect with her on LinkedIn Contact us Please drop us a voice note at memo.fm/crackingcopy and let us know what you think or what topics you want us to cover. Twitter @cracking_copy Facebook @crackingcopy ➡️ Share this podcast with someone who'll find it useful You can also find us at: Instagram: Ella Hoyos - @flurrymarketing Minnie McBride - @minnie__writes LinkedIn: Ella Hoyos - https://www.linkedin.com/in/ellahoyos Minnie McBride - https://www.linkedin.com/in/minniemcbride Ella Hoyos and Minnie McBride are co-hosts of this podcast. We are professional copywriters and marketers. We deep dive into a different aspect of copywriting in each ‘snack-sized' episode so that we can help you become better writers for your business. Support this podcast! If you found this episode helpful you can show your appreciation by making a donation! This helps offset the costs of producing the show and we'll love you for it :) Buy me a coffee
“Anda, Diana” é um espectáculo autobiográfico da bailarina, coreógrafa e escritora portuguesa Diana Niepce. A peça conta o seu percurso de reconstrução e de recusa de cânones performativos desde que um acidente a deixou tetraplégica e a fez reinventar as normas ligadas ao corpo e à dança. “Anda, Diana” é apresentado na Bienal de Dança de Lyon e é também um manifesto político contra “todas as práticas de exclusão, de marginalização e de opressão”. RFI: “Anda, Diana” é um título duro, tendo em conta a sua história. Quer explicar-nos o que significa e do que fala a peça?Diana Niepce, Bailarina e coreógrafa: ‘Anda, Diana' vem também de um livro autobiográfico que é um relato muito sarcástico e cruel. Eu tenho um lugar muito irónico dentro das minhas obras artísticas também porque trabalho muito um lugar que está muito próximo das artes visuais, com esta questão da escrita e da literatura e da forma como a literatura se compõe em termos de trabalho de intimidade. Eu trabalho muito nesse lugar, as minhas obras de dança, performance.É um espectáculo que, por si só, o tema é bastante violento e, como é óbvio, é uma responsabilidade muito grande a partir do momento que um artista se diz que vai trabalhar uma peça autobiográfica e tem a sua complexidade: que forma é que nós transmitimos, o que é que é um lugar. Neste caso, retrata um lugar bastante violento e perverso e, ao mesmo tempo, contesta normas de opressão, de todo um lugar invisibilizado pela sociedade que é formatada de uma forma que não reflectimos sobre estas questões. Então, foi um processo muito complexo que trazia muitas dinâmicas, ao mesmo tempo, de eu com o mundo, como é que eu vou trazer este lugar que tem já um livro tão tenso e denso e intenso e descritivo e de relatos intermináveis para uma peça que é uma performance. Eu sei muito bem sempre aquilo que não quero, agora aquilo que eu quero, durante um processo criativo, não é muito claro para mim. Então, eu vou trabalhando um bocadinho neste lugar de experimentação e uma das coisas que eu queria fazer era poder proporcionar uma experiência. Falou nas artes visuais. A peça é muito visual também e muito sonora. É quase “caravagesca” no trabalho de luz, depois há muitos quadros na vertical, alguns na horizontal, evocações de Crucificações e de Pietàs. Porquê as escolhas de reduzir a cenografia em palco, por exemplo? As imagens vão-se construindo em função das próprias construções sociais em torno das representações de mulher, homem. O meu trabalho é muito híbrido também. Então, tem sempre este lugar de metamorfoses dos corpos, mas não só. Este trabalho também é um trabalho em que eu alio muitas técnicas circenses porque eu também era acrobata e eu trago estas técnicas de circo, de uma forma não circense, não tradicional, mas que traz este lugar mais contemplativo de objectificação dos corpos e de permitir essa observação para com o público do corpo como ele é, com os seus esplendores e defeitos e falhas.Há também um lugar de construção da peça que tem um lugar denso de tensão em que o corpo é reconstruído através do corpo de outros. Ou seja, aqui a história é de um corpo hirto que retrata o lugar da minha tetraplegia e de que forma é que a gravidade tem um impacto que nos faz repensar a forma como o corpo trabalha. É através destes dois corpos, no caso o Joãozinho da Costa e o Bartosz Ostrowski, que vou reconstruindo o meu próprio corpo e através de imagens disseminadas que estão na nossa próprio ‘background', mas muitas das imagens são o público que as vai buscar, elas variam entre muitas outras coisas. A maioria das vezes, não é só sobre a imagem, é sobre o estado porque existe um lugar muito importante da presença que cria variações nas imagens. E a própria música é muito densa e reflecte essa tensão. É o Gonçalo Alegria, que é o meu músico, que faz isso em tempo real e é sempre diferente, mas traz também aqui um lugar, por exemplo, em que uma das nossas primeiras inspirações – ou minha - era a violência que é entrar numa ressonância magnética e ficar lá meia hora, sabendo aquilo que nos está a acontecer com o corpo totalmente paralisado. Vem um bocadinho desta viagem que é passar por uma experiência dessas e é trazer essa experiência para um público que não está a percepcionar o que é que está a viver, mas que vai devagar construindo esta experiência somática. Isto também é muito complexo porque estamos a falar, muitas vezes, de coisas que não são palpáveis, que são de trazer densidade do que está a acontecer, da tensão, do tempo que demora a reconstruir ou a construir alguma coisa, que é algo que não é visível. Não é como no teatro, não estamos a dizer e a criar tensão através das palavras. É através do estado do corpo em que muitos dos detalhes são simplesmente a mão que vira ou que treme.A peça é um campo de batalha entre a sua mente e o seu corpo. Nota-se que vive ali no risco e o público sente esse risco e quase que tem vontade de intervir. É o risco que também a move?É um bocado vago. Já me perguntaram, há uns tempos, que era incrível o facto de eu ter tido o acidente e continuar a pôr o meu corpo em constante risco. Mas o meu trabalho foi sempre sobre isso, eu não sei trabalhar de outra forma. Eu trabalho sobre o risco, eu trabalho sobre a experimentação e eu trabalho sobre encontrar este lugar que não é um lugar de conforto e isto é um lugar de discussão, isto é um lugar de conflito interno comigo própria muitas vezes. E é um lugar muito complexo porque quando estamos a tomar decisões na criação, nem sempre conseguimos explicar o porquê ou dar a razão para estar a ir para o caminho do conflito, mas o meu trabalho é sobre isso, o que faz com que estejamos sempre a trabalhar sobre um lugar muito visceral e intenso e frágil. No entanto, eu tenho um deslumbramento sobre os limites físicos. Eu tenho um deslumbramento sobre a física do corpo, como encontrar o equilíbrio, como encontrar o desequilíbrio, o que é que faz encontrar aquele momento e suportá-lo em resistência. Essa resistência acaba por ser quase uma forma de violência também. Como é que se reconstrói o corpo, a mente, depois de tanta violência? É criando?Esse diálogo que eu falo entre a mente e o corpo é porque nós estamos sempre um bocado no conflito e eu vivi muito tempo num conflito da Diana normativa com a Diana não normativa, da Diana bailarina e da Diana que ficou tetraplégica e continua a ser bailarina e está a contestar os cânones da dança e o vocabulário da dança e a forma como observamos o corpo e a hierarquia do corpo performativo. Eu vivo dentro desse próprio conflito e da negociação entre o corpo e a mente. Com todo o ‘know-how' que temos e que eu tenho, com toda a educação que tive e formatação em torno da dança, em que efectivamente o que aconteceu foi o meu corpo viu-se obrigado a reaprender a reorganizar-se e a reconstruir-se e a trabalhar de uma outra forma. Isto é uma forma que é muito complexa de se explicar para todo um sector que está construído em função de um padrão que o meu corpo não cumpre.Do seu acidente reinventou-se, reinventou a relação que tinha com o seu corpo. De certa forma, criou um corpo revolucionário e sacudiu a própria dança. Está a sacudi-la, a dança?É assim, isto não é bem um objectivo nas minhas coisas. Mas refutar os cânones sim, procurar o porque é que estamos sempre a fazer coisas que nos dizem que é o que temos que fazer e que estão de acordo com normas que nós nem contestamos. Não, não temos que fazer. O corpo não tem que ser só isto.Eu acho que a dança observa o corpo de uma forma muito limitada e há uma frase que eu uso muito desde a minha tese de mestrado e que é o segredo do movimento. Onde é que está o segredo do movimento? De onde vem, para onde vai, o que é que estamos efectivamente aqui a fazer? Interessa-me trabalhar políticas, interessa-me que através das minhas peças estejam a repensar o seu lugar no mundo. Eu não estou a fazer uma coisa para entreter. Eu poderia estar e é tudo válido e há espaço para tudo, mas não é sobre isso o meu trabalho. O meu trabalho, sim, é sobre a violência das normas que nos oprimem, que estão constantemente a existir e que nós observamos a existência delas, percepcionamos e não fazemos nada. Não consigo fugir desse lugar. É assim porquê? Porque eu acho que chegámos a um lugar que durante muito tempo não se questionou o porquê das práticas e há práticas que são de exclusão constante e de marginalização e de opressão. De certa forma isto é muito complexo porque eu trabalho isto através de um jogo e os jogos têm sempre dinâmicas de dominação, de submissão e estes jogos em tempo real são super complexos e, principalmente, nos tempos da criação, não estamos a brincar, tornam-se reais. E é violento estar a falar de violência e é violento estar constantemente a falar sobre isto. Mas também é um lugar que traz a mudança ou a revolução.E cria novos espaços de integração e de pensamento também…E de voz e de fala. É um bocadinho por aí. Porque é raro vermos pessoas tetraplégicas num espectáculo.Em França, eu acredito que, se calhar, se vejam mais pessoas com deficiência no geral do que em Portugal. Se bem que em Portugal o mundo cultural já teve bastantes mudanças nesse sentido. Mas podemos observar o público: não havia uma única pessoa com deficiência a observar o espectáculo. As pessoas com deficiência não estão em lugares de poder e muitas das vezes não estão em lugares de voz. Mas estão em todo o lado e as pessoas continuam a achar que não fazem parte ou que têm o direito de as excluir ou de dizer "não venham". É por isso que é importante a voz destas pessoas ou essa presença no palco. Por isso é que eu também tenho muito trabalho de formação não só de público, mas de artistas com deficiência. Apesar do que atravessou, não se posiciona no lugar de vítima e obriga-nos a repensar o nosso posicionamento imposto pelas normas culturais. Ao criar o risco de ser um exemplo ou de ser uma história inspiracional não poderá culpabilizar aqueles que têm uma deficiência, mas que não conseguem ter a sua força?É muito complexo. A sociedade está muito bem formatada para fazer com que as pessoas com deficiência se sintam menos, se sintam inúteis, se sintam fartas. Está muito bem formatada. Há um lugar de condescendência, de paternalismo muito violento e que não é visível e isto complexifica o lugar onde deixam as pessoas com deficiência. Eu compreendo que observem as minhas peças ou as minhas obras e as vejam e me coloquem num lugar de inspiração porque, de facto, as peças têm um nível de dificuldade de execução, um nível de complexidade que quem vir um ensaio consegue ver o nível de dificuldade que aquilo é para qualquer artista, seja ele com ou sem deficiência. Como eu sou uma pessoa com deficiência, como eu sou uma pessoa tetraplégica que era uma bailarina e que, por acaso, tenho uma história bonita que ajuda a fomentar todo um discurso inspiracional em torno da dança e a bailarina que voltou a andar e a peça ‘Anda, Diana'… enfim, o que quer que seja até porque, muitas das vezes, as pessoas não conseguem perceber se eu tenho uma deficiência. Se eu não enunciar que sou uma bailarina tetraplégica, como no ‘Anda, Diana', as pessoas não conseguem perceber muito bem o que é que é. Eu não uso cadeiras, eu uso o corpo, mas eu conheço muito bem o corpo e sei muito bem trabalhar corpos e isto é complexo para uma pessoa do público que não tem a mesma percepção do que é que é trabalhar o corpo que eu e depois consciencializar-se que, no fim, eu chego lá de cadeira de rodas e isto por si só é de muita violência.Mas eu acho que é um caminho que está a surgir e hoje em dia o ‘Disability Arts'está cada vez mais presente e há mais artistas com deficiência, o Dan Daw, a Chiara Bersani,Claire Cunningham. Durante muitos anos houve outros que, se calhar, foram numa geração que tiveram mais dificuldade e em que a dança estava mais ligada a uma dança moderna, a um lugar mais estético e de forma. No entanto, também há muitos outros que trouxeram estes lugares de violência, como Bob Flanagan, que eram artistas muito próximos da ‘Live Art'. Então, eu identifico-me muito mais com este lugar porque na verdade aquilo que me interessa falar é política e não é só fazer um ballet - se bem que há formas do ballet nas minhas peças, às vezes, em que a técnica pode ser usada ou em termos de coreografia - mas interessa-me ir a um lugar mais visceral e interior.Foi convidada no âmbito da chamada Plataforma, uma selecção de coreógrafas mulheres emergentes. Como vê este gesto da parte do festival e como é que em 2023 ainda é urgente tirar as artistas mulheres da invisibilidade? Se observarmos pelas estatísticas de pessoas convidadas dentro de festivais internacionais e grandes plataformas ao longo das últimas décadas, podemos perceber a sua importância porque ainda que o homem branco se sinta, de certa forma, posto em causa hoje em dia, foram durante muito tempo os únicos escolhidos. É importante dar voz a outros e à mulher que foi durante tanto tempo... que tem que estar constantemente a defender-se. Ainda estamos num lugar que gostava que não estivéssemos. Estamos um bocadinho mais à frente, mas eu acho que ainda estamos num lugar em que temos que continuar a defender os nossos direitos.
“Anda, Diana” é um espectáculo autobiográfico da bailarina, coreógrafa e escritora portuguesa Diana Niepce. A peça conta o seu percurso de reconstrução e de recusa de cânones performativos desde que um acidente a deixou tetraplégica e a fez reinventar as normas ligadas ao corpo e à dança. “Anda, Diana” é apresentado na Bienal de Dança de Lyon e é também um manifesto político contra “todas as práticas de exclusão, de marginalização e de opressão”. RFI: “Anda, Diana” é um título duro, tendo em conta a sua história. Quer explicar-nos o que significa e do que fala a peça?Diana Niepce, Bailarina e coreógrafa: ‘Anda, Diana' vem também de um livro autobiográfico que é um relato muito sarcástico e cruel. Eu tenho um lugar muito irónico dentro das minhas obras artísticas também porque trabalho muito um lugar que está muito próximo das artes visuais, com esta questão da escrita e da literatura e da forma como a literatura se compõe em termos de trabalho de intimidade. Eu trabalho muito nesse lugar, as minhas obras de dança, performance.É um espectáculo que, por si só, o tema é bastante violento e, como é óbvio, é uma responsabilidade muito grande a partir do momento que um artista se diz que vai trabalhar uma peça autobiográfica e tem a sua complexidade: que forma é que nós transmitimos, o que é que é um lugar. Neste caso, retrata um lugar bastante violento e perverso e, ao mesmo tempo, contesta normas de opressão, de todo um lugar invisibilizado pela sociedade que é formatada de uma forma que não reflectimos sobre estas questões. Então, foi um processo muito complexo que trazia muitas dinâmicas, ao mesmo tempo, de eu com o mundo, como é que eu vou trazer este lugar que tem já um livro tão tenso e denso e intenso e descritivo e de relatos intermináveis para uma peça que é uma performance. Eu sei muito bem sempre aquilo que não quero, agora aquilo que eu quero, durante um processo criativo, não é muito claro para mim. Então, eu vou trabalhando um bocadinho neste lugar de experimentação e uma das coisas que eu queria fazer era poder proporcionar uma experiência. Falou nas artes visuais. A peça é muito visual também e muito sonora. É quase “caravagesca” no trabalho de luz, depois há muitos quadros na vertical, alguns na horizontal, evocações de Crucificações e de Pietàs. Porquê as escolhas de reduzir a cenografia em palco, por exemplo? As imagens vão-se construindo em função das próprias construções sociais em torno das representações de mulher, homem. O meu trabalho é muito híbrido também. Então, tem sempre este lugar de metamorfoses dos corpos, mas não só. Este trabalho também é um trabalho em que eu alio muitas técnicas circenses porque eu também era acrobata e eu trago estas técnicas de circo, de uma forma não circense, não tradicional, mas que traz este lugar mais contemplativo de objectificação dos corpos e de permitir essa observação para com o público do corpo como ele é, com os seus esplendores e defeitos e falhas.Há também um lugar de construção da peça que tem um lugar denso de tensão em que o corpo é reconstruído através do corpo de outros. Ou seja, aqui a história é de um corpo hirto que retrata o lugar da minha tetraplegia e de que forma é que a gravidade tem um impacto que nos faz repensar a forma como o corpo trabalha. É através destes dois corpos, no caso o Joãozinho da Costa e o Bartosz Ostrowski, que vou reconstruindo o meu próprio corpo e através de imagens disseminadas que estão na nossa próprio ‘background', mas muitas das imagens são o público que as vai buscar, elas variam entre muitas outras coisas. A maioria das vezes, não é só sobre a imagem, é sobre o estado porque existe um lugar muito importante da presença que cria variações nas imagens. E a própria música é muito densa e reflecte essa tensão. É o Gonçalo Alegria, que é o meu músico, que faz isso em tempo real e é sempre diferente, mas traz também aqui um lugar, por exemplo, em que uma das nossas primeiras inspirações – ou minha - era a violência que é entrar numa ressonância magnética e ficar lá meia hora, sabendo aquilo que nos está a acontecer com o corpo totalmente paralisado. Vem um bocadinho desta viagem que é passar por uma experiência dessas e é trazer essa experiência para um público que não está a percepcionar o que é que está a viver, mas que vai devagar construindo esta experiência somática. Isto também é muito complexo porque estamos a falar, muitas vezes, de coisas que não são palpáveis, que são de trazer densidade do que está a acontecer, da tensão, do tempo que demora a reconstruir ou a construir alguma coisa, que é algo que não é visível. Não é como no teatro, não estamos a dizer e a criar tensão através das palavras. É através do estado do corpo em que muitos dos detalhes são simplesmente a mão que vira ou que treme.A peça é um campo de batalha entre a sua mente e o seu corpo. Nota-se que vive ali no risco e o público sente esse risco e quase que tem vontade de intervir. É o risco que também a move?É um bocado vago. Já me perguntaram, há uns tempos, que era incrível o facto de eu ter tido o acidente e continuar a pôr o meu corpo em constante risco. Mas o meu trabalho foi sempre sobre isso, eu não sei trabalhar de outra forma. Eu trabalho sobre o risco, eu trabalho sobre a experimentação e eu trabalho sobre encontrar este lugar que não é um lugar de conforto e isto é um lugar de discussão, isto é um lugar de conflito interno comigo própria muitas vezes. E é um lugar muito complexo porque quando estamos a tomar decisões na criação, nem sempre conseguimos explicar o porquê ou dar a razão para estar a ir para o caminho do conflito, mas o meu trabalho é sobre isso, o que faz com que estejamos sempre a trabalhar sobre um lugar muito visceral e intenso e frágil. No entanto, eu tenho um deslumbramento sobre os limites físicos. Eu tenho um deslumbramento sobre a física do corpo, como encontrar o equilíbrio, como encontrar o desequilíbrio, o que é que faz encontrar aquele momento e suportá-lo em resistência. Essa resistência acaba por ser quase uma forma de violência também. Como é que se reconstrói o corpo, a mente, depois de tanta violência? É criando?Esse diálogo que eu falo entre a mente e o corpo é porque nós estamos sempre um bocado no conflito e eu vivi muito tempo num conflito da Diana normativa com a Diana não normativa, da Diana bailarina e da Diana que ficou tetraplégica e continua a ser bailarina e está a contestar os cânones da dança e o vocabulário da dança e a forma como observamos o corpo e a hierarquia do corpo performativo. Eu vivo dentro desse próprio conflito e da negociação entre o corpo e a mente. Com todo o ‘know-how' que temos e que eu tenho, com toda a educação que tive e formatação em torno da dança, em que efectivamente o que aconteceu foi o meu corpo viu-se obrigado a reaprender a reorganizar-se e a reconstruir-se e a trabalhar de uma outra forma. Isto é uma forma que é muito complexa de se explicar para todo um sector que está construído em função de um padrão que o meu corpo não cumpre.Do seu acidente reinventou-se, reinventou a relação que tinha com o seu corpo. De certa forma, criou um corpo revolucionário e sacudiu a própria dança. Está a sacudi-la, a dança?É assim, isto não é bem um objectivo nas minhas coisas. Mas refutar os cânones sim, procurar o porque é que estamos sempre a fazer coisas que nos dizem que é o que temos que fazer e que estão de acordo com normas que nós nem contestamos. Não, não temos que fazer. O corpo não tem que ser só isto.Eu acho que a dança observa o corpo de uma forma muito limitada e há uma frase que eu uso muito desde a minha tese de mestrado e que é o segredo do movimento. Onde é que está o segredo do movimento? De onde vem, para onde vai, o que é que estamos efectivamente aqui a fazer? Interessa-me trabalhar políticas, interessa-me que através das minhas peças estejam a repensar o seu lugar no mundo. Eu não estou a fazer uma coisa para entreter. Eu poderia estar e é tudo válido e há espaço para tudo, mas não é sobre isso o meu trabalho. O meu trabalho, sim, é sobre a violência das normas que nos oprimem, que estão constantemente a existir e que nós observamos a existência delas, percepcionamos e não fazemos nada. Não consigo fugir desse lugar. É assim porquê? Porque eu acho que chegámos a um lugar que durante muito tempo não se questionou o porquê das práticas e há práticas que são de exclusão constante e de marginalização e de opressão. De certa forma isto é muito complexo porque eu trabalho isto através de um jogo e os jogos têm sempre dinâmicas de dominação, de submissão e estes jogos em tempo real são super complexos e, principalmente, nos tempos da criação, não estamos a brincar, tornam-se reais. E é violento estar a falar de violência e é violento estar constantemente a falar sobre isto. Mas também é um lugar que traz a mudança ou a revolução.E cria novos espaços de integração e de pensamento também…E de voz e de fala. É um bocadinho por aí. Porque é raro vermos pessoas tetraplégicas num espectáculo.Em França, eu acredito que, se calhar, se vejam mais pessoas com deficiência no geral do que em Portugal. Se bem que em Portugal o mundo cultural já teve bastantes mudanças nesse sentido. Mas podemos observar o público: não havia uma única pessoa com deficiência a observar o espectáculo. As pessoas com deficiência não estão em lugares de poder e muitas das vezes não estão em lugares de voz. Mas estão em todo o lado e as pessoas continuam a achar que não fazem parte ou que têm o direito de as excluir ou de dizer "não venham". É por isso que é importante a voz destas pessoas ou essa presença no palco. Por isso é que eu também tenho muito trabalho de formação não só de público, mas de artistas com deficiência. Apesar do que atravessou, não se posiciona no lugar de vítima e obriga-nos a repensar o nosso posicionamento imposto pelas normas culturais. Ao criar o risco de ser um exemplo ou de ser uma história inspiracional não poderá culpabilizar aqueles que têm uma deficiência, mas que não conseguem ter a sua força?É muito complexo. A sociedade está muito bem formatada para fazer com que as pessoas com deficiência se sintam menos, se sintam inúteis, se sintam fartas. Está muito bem formatada. Há um lugar de condescendência, de paternalismo muito violento e que não é visível e isto complexifica o lugar onde deixam as pessoas com deficiência. Eu compreendo que observem as minhas peças ou as minhas obras e as vejam e me coloquem num lugar de inspiração porque, de facto, as peças têm um nível de dificuldade de execução, um nível de complexidade que quem vir um ensaio consegue ver o nível de dificuldade que aquilo é para qualquer artista, seja ele com ou sem deficiência. Como eu sou uma pessoa com deficiência, como eu sou uma pessoa tetraplégica que era uma bailarina e que, por acaso, tenho uma história bonita que ajuda a fomentar todo um discurso inspiracional em torno da dança e a bailarina que voltou a andar e a peça ‘Anda, Diana'… enfim, o que quer que seja até porque, muitas das vezes, as pessoas não conseguem perceber se eu tenho uma deficiência. Se eu não enunciar que sou uma bailarina tetraplégica, como no ‘Anda, Diana', as pessoas não conseguem perceber muito bem o que é que é. Eu não uso cadeiras, eu uso o corpo, mas eu conheço muito bem o corpo e sei muito bem trabalhar corpos e isto é complexo para uma pessoa do público que não tem a mesma percepção do que é que é trabalhar o corpo que eu e depois consciencializar-se que, no fim, eu chego lá de cadeira de rodas e isto por si só é de muita violência.Mas eu acho que é um caminho que está a surgir e hoje em dia o ‘Disability Arts'está cada vez mais presente e há mais artistas com deficiência, o Dan Daw, a Chiara Bersani,Claire Cunningham. Durante muitos anos houve outros que, se calhar, foram numa geração que tiveram mais dificuldade e em que a dança estava mais ligada a uma dança moderna, a um lugar mais estético e de forma. No entanto, também há muitos outros que trouxeram estes lugares de violência, como Bob Flanagan, que eram artistas muito próximos da ‘Live Art'. Então, eu identifico-me muito mais com este lugar porque na verdade aquilo que me interessa falar é política e não é só fazer um ballet - se bem que há formas do ballet nas minhas peças, às vezes, em que a técnica pode ser usada ou em termos de coreografia - mas interessa-me ir a um lugar mais visceral e interior.Foi convidada no âmbito da chamada Plataforma, uma selecção de coreógrafas mulheres emergentes. Como vê este gesto da parte do festival e como é que em 2023 ainda é urgente tirar as artistas mulheres da invisibilidade? Se observarmos pelas estatísticas de pessoas convidadas dentro de festivais internacionais e grandes plataformas ao longo das últimas décadas, podemos perceber a sua importância porque ainda que o homem branco se sinta, de certa forma, posto em causa hoje em dia, foram durante muito tempo os únicos escolhidos. É importante dar voz a outros e à mulher que foi durante tanto tempo... que tem que estar constantemente a defender-se. Ainda estamos num lugar que gostava que não estivéssemos. Estamos um bocadinho mais à frente, mas eu acho que ainda estamos num lugar em que temos que continuar a defender os nossos direitos.
This summer I am trying something new by re-releasing a few of my older Fighting for Joy Podcast episodes. While I'm taking a break from creating new content I wanted to pull out a few conversations that may have gotten buried in your feed in hopes that they will provide you with fresh encouragement. Our podcast community has also grown quite a bit over the years so if you're a new listener, these may be episodes you haven't had a chance to listen to yet. The next one I will be highlighting is Episode 13: "Fighting for Joy with Counseling", originally released on October 4, 2019. Here is some of what I wrote then: My guest today on the Fighting for Joy Podcast is our counselor, Claire Cunningham. Going to counseling has been a huge help in my personal fight for joy these past 6 years - in fact when people want to know what has helped me keep progressing in grief, my appointments with Claire and the things that I have learned through counseling are always at the top on my list. Not only does Claire help us help us navigate the things that we are in the middle of and dealing with now, but for our particular situation in grief, which is continually changing and shifting as the years go on, she helps us prepare for what lies ahead…what's coming as we continue on in grief. Our sessions with Claire have been tremendously helpful and such a key component in our healing and progress even as we continue to grieve. So, whatever difficulties YOU are dealing with in life, big or small, I hope that today's episode gives you a glimpse into how counseling can be a helpful tool to navigate the hard things in life and help you fight for joy! ** On the topic of counseling, don't forget that my podcast is sponsored by Faithful Counseling - a tremendous option to get started with solid, Christian counseling right now! You can begin the process by visiting faithfulcounseling.com/fightingforjoy. My personal link will give you 10% off as a podcast listener.
Jason and Claire Cunningham are the husband and wife team behind Big Splash Car Wash and Spotless Wash Solutions. They are, as many in the car wash space, scrappy entrepreneurs. What sets them apart, and why we are telling you their story, is a step further than that. They approach car washing with innovative technology. Technology that they have both adopted from other industries and invented themselves. Innovations that are so good, other people are buying them. We bring you this episode from their newest Big Splash site in Colorado.
During KRDO's Midday Edition on Thursday, Dan Cochell and Andrew Rogers talked with Claire Cunningham with Big Splash Car Wash about their second annual Haunted Tunnel Event, a haunted wash event on Friday night, October 28th and Saturday night, October 29th, starting at 6:30pm each night, at 5760 North Academy Boulevard, with some of the proceed going to the Pikes Peak Regional Humane Society.
During KRDO's Midday Edition on Thursday, Dan Cochell and Andrew Rogers talked with Claire Cunningham with Big Splash Car Wash about their second annual Haunted Tunnel Event, a haunted wash event on Friday night, October 28th and Saturday night, October 29th, starting at 6:30pm each night, at 5760 North Academy Boulevard, with some of the proceed going to the Pikes Peak Regional Humane Society.
Nicola Dean and Kimberley Walsh reflect on how the #SaferCultureSaferSport campaign has progressed since its launch.Their discussion focuses on a recent seminar The Ann Craft Trust ran with Penny Briscoe OBE and Claire Cunningham of British Paralympic Association. In this seminar, they revealed how they embedded a values-based culture to make sport more accessible for everyone.Nicola and Kimberley talk about some of the key themes raised in the British Paralympic Association seminar, and explore just what it means to create a safer culture in sport.
Claire Cunningham tells the stories of three poets whose work has been rediscovered: Emily Lawless, Freda Laughton and Ellen Taylor.
Claire Cunningham tells the stories of three poets whose work has been rediscovered: Dorothea Herbert, Florence Mary Wilson and Angela Greene.
Exploring How Performance is ExperiencedIn this episode of DanceCast, Silva interviews Jess Curtis, an award-winning choreographer, performer, and scholar based in San Francisco and Berlin. Jess reflects on his entrance to dance through skiing and how he was immediately hooked to being onstage. He shares how his career took a turn when he accepted a job in an interdisciplinary nouveau cirque company in France, and how he later established himself in Berlin while still running his company Jess Curtis/Gravity in the Bay Area. A pivotal working relationship with Scottish disability dance artist Claire Cunningham turned Jess' focus toward integrating access accommodations like sign language interpretation or audio descriptions into performance. This work also informed his PhD, which looked at phenomenologies of perception and how vision is over-utilized in performance.Text by Emmaly Wiederholt Jess Curtis is committed to an art-making practice informed by experimentation, innovation, critical discourse, and social relevance at the intersections of fine art and popular culture. He has created and performed multidisciplinary dance performance throughout the US and Europe with seminal group Contraband, the radical performance collective CORE and the experimental French circus company Cahin-Caha, Cirque Batard. From 1991 to 1998, he co-directed the ground-breaking San Francisco performance venue 848 Community Space with Keith Hennessy and Michael Whitson. In 2000, Jess founded his own trans-continental performance company, Jess Curtis/Gravity, based in Berlin and San Francisco. In 2011 he was presented the prestigious Alpert Award in the Arts for choreography and the Homer Avila Award for innovation in physically diverse performance. Jess is active as a writer, advocate, and community organizer in the fields of contemporary dance and performance, and teaches dance, contact improvisation and interdisciplinary performance for individuals of all abilities throughout the US and Europe. He has been a visiting professor at the University of California at Berkeley and the University of the Arts in Berlin. He holds an MFA in Choreography and a PhD in Performance Studies from the University of California at Davis.To learn more, visit www.jesscurtisgravity.org.Check out my collaborator Stance on Dance which is a 501c3 dance journalism nonprofit that educates the dance community and wider audiences about dance from the perspective of underrepresented voices and access points. To see more about what I do, check out bodyshift.org.
Claire Cunningham tells the story of how the tiny island of Inishlacken, off the coast of Galway, inspired three Belfast artists 70 years ago and continues to inspire artists today
Sie ist Choreografin und Performerin auf Krücken: Claire Cunningham, gerade ausgezeichnet mit dem Deutschen Tanzpreis. Am Freitag, am Internationalen Tag für Menschen mit Behinderung, zeigte sie in den Sophiensälen díe Berlin-Premiere ihrer Show "Thank you very much". Ute Büsing
Claire Cunningham tells the stories of three poets whose work has been rediscovered: Olivia Elder, Cathleen O'Neill and Madge Herron
The life and poetry of Ethna MacCarthy, linguist, doctor, poet, and life-long friend of Samuel Beckett. Presented and produced by Claire Cunningham. A Rockfinch production with support from the BAI. Sound Supervision Tinpot Productions Producer for RTÉ lyric fm Eoin O Kelly
ASCA Chief Executive Officer Bill Prentice talks with One World Surgery (OWS) Chief Executive Officer Claire Cunningham from her home and the site of a future surgery center in the Dominican Republic. Bill and Claire discuss the resumption of OWS's medical missions in both Honduras and the Dominican Republic, providing essential medical care through the COVID-19 pandemic and ASCA's continued commitment to surgical missions in both countries.
Claire Cunningham tells the story of how the tiny island of Inishlacken, off the coast of Galway, inspired three Belfast artists 70 years ago and continues to inspire artists today. Presented and produced by Claire Cunningham. A Rockfinch Production. Sound supervision by Tinpot Productions Producer for lyric: Eoin O Kelly
Dan Daw is an Australian dance artist based in Birmingham. Dan grew up in Whyalla, in country South Australia. Starting dance at a young age, his grandmother was a callisthenics teacher, so was surrounded by dance and movement from a young age. "It gave me an outlet and a way to express myself, and to be in a space where I could see myself represented." Dan started dancing with Restless Dance Theatre in 2002, before dancing with a range of different companies including; Australian Dance Theatre, and Force Majeure (Australia), FRONTLINEdance, Scottish Dance Theatre, balletLORENT, Candoco Dance Company (UK), and with Skånes Dansteater (Sweden).Throughout his performance career Dan has worked with Kat Worth, Garry Stewart, Kate Champion, Janet Smith, Adam Benjamin, Wendy Houstoun, Sarah Michelson, Rachid Ouramdane, Nigel Charnock, Matthias Sperling, Marc Brew, Claire Cunningham, Martin Forsberg, Carl Olof Berg and Javier de Frutos.Dan left Australia to work with Candoco Dance Company, finding a lack of opportunities in Australia, depressed at the prospect of needing to go on the dole after significant performance opportunities. There are bigger conversations that need to be had about who can be considered a dancer within an Australian context and who is missing out on professional opportunities. Dan's work often blurs the lines between dance and theatre and can have a common theme related to time. Dan has created solo works – ‘Beast’ by Martin Forsberg and ‘On One Condition’ by Graham Adey, the latter receiving the Adelaide Fringe Best Theatre Award 2017. In 2020 Dan will premiere his new work The Dan Daw Show, which explores inspiration, porn and audiences expectations of disabled artists. Dan was interviewed during a successful run of Thank You Very Much by Claire Cunningham during Manchester International Festival. This is the first episode in a season looking at Australian dance artists working and living overseas.
INTERVIEW: CLAIRE CUNNINGHAM. Having a physical impairment since birth, Claire Cunningham spent her formative years wishing she could divert attention from her body. Having trained as a classical singer, she discovered a confidence on stage that she lacked in everyday life. But it was only when she made the unexpected switch to dance that she […]
Laura Ruwe was one of your favorites on Season 1, so I am thrilled to have her return as a guest on the podcast for Season 2! Laura has made some beautiful progress in her continued fight for joy this year and I'm grateful for her willingness to come back on to share about two practical tools that have brought her tremendous help. I think a lot of you will resonate with what she shares today as depression impacts so many people and families. This discussion is a perfect follow up to episode 13, my conversation with our counselor, Claire Cunningham. Laura's story reiterates many of the points that Claire conveyed and wonderfully illustrates how tools like therapy and medication can bring hope, help, and restored joy.
My guest today on the Fighting for Joy Podcast is our counselor, Claire Cunningham. Going to counseling has been a huge help in my personal fight for joy these past 6 years - in fact when people want to know what has helped me keep progressing in grief, my appointments with Claire and the things that I have learned through counseling are always at the top on my list. Not only does Claire help us help us navigate the things that we are in the middle of and dealing with now, but for our particular situation in grief, which is continually changing and shifting as the years go on, she helps us prepare for what lies ahead…what’s coming as we continue on in grief! Our sessions with Claire have been tremendously helpful and such a key component in our healing and progress as we continue to grieve. So whatever difficulties YOU are dealing with in life, big or small, I hope that today’s episode gives you a glimpse into how counseling can be a helpful tool to navigate the hard things in life and help you fight for joy!
Disability Arts Online and Graeae present The Disability and...Podcast
Disability Arts Online’s Assistant Editor, Joe Turnbull speaks internationally-renowned Scottish choreographer and performer, Claire Cunningham, who is currently a Factory Artist with Tanzhaus NRW in Düsseldorf, and Associate Artist at The Place, London. She talks about her rejection of contemporary dance’s traditional aesthetics and training techniques, the challenges of working internationally and the responsibility she feels as one of the UK’s most established disabled choreographers.
Highlights of the launch event for the Manchester International Festival 2019, held in Manchester on 7 March 2019. Introduced by MIF artistic director John McGrath, this episode also features announcements from festival participants including Phelim McDermott of Improbable Theatre, Kwame Kwei-Armah of Young Vic Theatre, actors Maxine Peake and Juliet Stevenson, Leo Warner of 59 Productions, writer Lolita Chakrabarti, choreographer Claire Cunningham, Mary Anne Hobbs of BBC 6 Music and grime artist Skepta. Other artists appearing at the festival include Philip Glass, Yoko Ono, Laurie Anderson and David Lynch. Image from MIF launch: Michael Symmons Roberts, Emily Howard, John McGrath, Maxine Peake, Grainne Flynn, Wesley Thistlewaite, Adam Ali, Kirsty Housley, Claire Cunningham, Leo Warner, Kwame Kwei-Armah, Isaiah Hull, Young identity poet, Reggie Gray, Animals of Manchester child-curators, Sibylle Peters, Karl Hyde, Lois Keidan, Adam Thirlwell, Danny Collins, Adania Shibli, Juliet Stevenson, Lolita Chakrabarti, Benoit Swan Pouffer, Christine Cort, Mark Ball
The day after we recorded this episode three mass shootings made the national news. Gun violence is a plague on the American spirit that has haunted this country for far too long. It's not just mass shootings; it's hit-and-runs on dark street corners, it's relatives shooting each other behind closed doors, it's police brutality. And if we do nothing, people will continue to stuffer, fear, and die. This episode I sat down with Haley Zink and Claire Cunningham from Ceasefire STL. I am always impressed by the efforts and achievements of my fellow SLU students, and these women have proven once again that young people are informed and powerful. Ceasefire STL was born in the wake of the March for Our Lives, and they fight for an end to gun violence and police brutality in St. Louis. The organization has already accomplished so much in its short history, and they were even featured on a recent cover of Time Magazine [check out the full cover here https://bit.ly/2ArFxfV]. For more information on what Ceasefire STL is doing or how to get involved visit https://ceasefirestl.wixsite.com/ceasefire Or find them on social media here: Twitter @CeasefireSTL Instagram @ceasefire.stl Facebook https://www.facebook.com/CeasefireSTL/ Pause for Opinion is hosted and produced by Fíona Clair with music by Genna Hilbing. A special thanks to the Saint Louis University Communication Department, KSLU, Ceasefire STL, and the University News Editorial Board. Thanks for listening :)
This is the 1st episode in a new podcast from the Association of Independent Radio Producers Ireland. Featured work from Liam Geraghty, Geoff Marsh, Claire Cunningham, Gareth Stack, and Gerard Cunningham. Music by 808 Mate, Untitled.
Acclaimed disabled dancer and choreographer, Claire Cunningham, offers up a starkly honest and intriguing challenge to anyone who's ever just assumed that someone with a disability would want to be 'cured' if they could be. For Claire being disabled makes her unique and gives her a fresh insight into life. In this compelling edition of Four Thought she considers why on earth she'd opt to be just the same as everyone else when she can be different, utterly individual, unlike anyone else.
In Ancient Ireland, Fairs were a social gathering, for buying and selling - but they were also a place where you could hire labour - men, women and children. Claire Cunningham examines the intracies of the Irish Fair, most particularly, the Strabane Fair.
New Braunfels very own Claire Cunningham will be WB Country's special guest on November 11th at 10:00 PM ET. Some of the heartfelt songs of Claire inclued:Crossing Lines, Thunder, Yellow Rose and Don't Remember Me. Be sure and call in with all your questions for Claire Cunningham at (646) 716-7975.
New Braunfels very own Claire Cunningham will be WB Country's special guest on November 11th at 10:00 PM ET. Some of the heartfelt songs of Claire inclued:Crossing Lines, Thunder, Yellow Rose and Don't Remember Me. Be sure and call in with all your questions for Claire Cunningham at (646) 716-7975.