A cultura é hoje compreendida como pilar fundamental de cidadania e de coesão social. Colocada no centro do debate em torno do papel da actividade artística e cultural na sociedade, a relação com os públicos reinventa-se todos os dias em diversos espaços e práticas culturais pelo país fora. Estas co…
Mapa das Ideias & Companhia Mascarenhas-Martins
Para este 11º episódio, já a caminho do final da nossa primeira temporada, entrevistámos a subcomissária do Plano Nacional das Artes, Sara Brighenti, sobre o âmbito, a ambição e a importância renovada desta iniciativa conjunta do Ministério da Cultura e do Ministério da Educação em tempos de pandemia.Sara Brighenti foi coordenadora do Museu do Dinheiro do Banco de Portugal e geriu o programa de instalação deste museu. Autora de diversas publicações nas áreas da educação e mediação cultural, esta museóloga, formadora e programadora nas áreas da educação e mediação colaborou ainda na elaboração de planos de ação educativa para diversas instituições culturais.O nosso podcast "O Lugar da Mediação", produzido em parceria com a Companhia Mascarenhas-Martins, vai receber uma nova voz todos os meses, explorando as visões e as experiências que diferentes criadores, artistas e profissionais da cultura investem na sua acção de mediação cultural todos os dias. Todos os episódios estão disponíveis em olugardamediacao.buzzsprout.comPode ser subscrito no Apple Itunes em apple.co/2QD94g3 para além do Spotify, Stitcher, Google Podcasts e TuneIn.
Já fora do confinamento, Pedro Patacho, vereador da Educação da Câmara Municipal de Oeiras, recebeu-nos para uma conversa animada sobre a importância de dar o mundo às escolas, dando mais recursos aos docentes e à comunidade educativa. Criatividade, artes, cultura, património e ciência são vetores fundamentais na luta contra a exclusão social e na valorização das nossas escolas.Pedro Patacho é Vereador da Educação, Desporto, Bibliotecas, Juventude, Agenda para a Ciência e Inovação no Município de Oeiras. É Doutor em Didática e Organização Escolar pela Universidade da Corunha, Mestre em Educação (especialidade de Didática das Ciências) pela Universidade de Lisboa e Licenciado em Ensino (variante Matemática e Ciências da Natureza) pelo Instituto Superior de Ciências Educativas.Iniciou a sua carreira profissional no 1.º Ciclo do Ensino Básico, tendo passado também pelo 2.º Ciclo do Ensino Básico.É Professor do Instituto Superior de Ciências Educativas desde 2009, tendo também lecionado em cursos de formação de professores e trabalhado na supervisão da prática de ensino supervisionada de futuros professores do Ensino Básico. Tem publicado em revistas internacionais e participado em eventos científicos com especial enfoque na Sociologia da Educação e da Pedagogia. Os seus principais interesses de investigação situam-se no campo da análise sociopolítica da Educação e do currículo, tendo como principais eixos de análise as seguintes temáticas: educação escolar e justiça social; participação democrática nas escolas. Em 2005 fundou as Edições Pedago, uma editora académica especializada na publicação em Ciências Humanas e Sociais, com particular enfoque no campo das políticas educativas e curriculares. É, desde 2008, membro do Conselho Editorial da RAS – Revista Angolana de Sociologia. Já em 2014 passa a integrar o Conselho Editorial da Mulemba – Revista Angolana de Ciências Sociais.O nosso podcast "O Lugar da Mediação", produzido em parceria com a Companhia Mascarenhas-Martins, vai receber uma nova voz todos os meses, explorando as visões e as experiências que diferentes criadores, artistas e profissionais da cultura investem na sua acção de mediação cultural todos os dias. Todos os episódios estão disponíveis em olugardamediacao.buzzsprout.comPode ser subscrito no Apple Itunes em apple.co/2QD94g3 para além do Spotify, Stitcher e TuneIn.
Neste episódio conversamos com Manuel Mozos sobre o passado, o presente e o futuro do que significa fazer, documentar e divulgar o cinema a que chamamos português.Manuel Mozos, cineasta, nasceu em Lisboa em 1959 e terminou o curso de Cinema em 1984, no Antigo Conservatório Nacional, atual Escola Superior de Teatro e Cinema. Montador, argumentista e assistente de realização de vários realizadores portugueses, realizou o seu primeiro filme, "Um passo, outro passo, e depois...”, em 1989, e com ele venceu o prémio de Melhor Filme Estrangeiro em Entrevues - Festival Internacional de Cinema de Belfort de 1990.Desde então, realizou mais de vinte filmes, entre ficção e documentário, curtas e longas-metragens entre os quais se destacam as longas-metragens “Quando Troveja” (1999), “Xavier” (2002), “4 Copas” (2002) e “Ramiro” (2018) bem como os documentários “Lisboa no Cinema” (1994), “Cinema Português - Diálogos com João Pedro Bénard da Costa” (1997), “Censura: Alguns Cortes” (1999), “Ruínas” (2009), “João Bénard da Costa - Outros amarão as coisas que eu amei” (2014) e “Sophia, na primeira pessoa” (2019).Colaborador assíduo de publicações, escolas, institutos, universidades, associações culturais e de cinema, cineclubes e festivais, trabalha desde 2002 no Arquivo Nacional da Imagem em Movimento da Cinemateca Portuguesa, onde identifica, preserva, restaura cópias em película do nosso património cinematográfico.O nosso podcast "O Lugar da Mediação", produzido em parceria com a Companhia Mascarenhas-Martins, vai receber uma nova voz todos os meses, explorando as visões e as experiências que diferentes criadores, artistas e profissionais da cultura investem na sua acção de mediação cultural todos os dias. Todos os episódios estão disponíveis em olugardamediacao.buzzsprout.comPode ser subscrito no Apple Itunes em apple.co/2QD94g3 para além do Spotify, Stitcher e TuneIn.
Ainda em confinamento forçado, conversámos com Luíz Oosterbeek, arqueólogo e diretor do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, sobre o momento conturbado que vivemos, tentando perceber de que falamos por estes dias quando falamos sobre o valor da cultura.Professor coordenador do Instituto Politécnico de Tomar, Luíz Oosterbeek iniciou a sua atividade como arqueólogo em 1982, dedicando-se sobretudo aos mecanismos de expansão da economia agro-pastoril na Península Ibérica, tópico do seu doutoramento em arqueologia. Como docente do ensino superior politécnico, desde 1986, coordenou projetos de investigação nos domínios da arqueologia, gestão do património cultural e gestão integrada do território em Portugal, na América Latina e em África. Recebeu bolsas e prémios, relacionados com estas atividades, da Comissão Europeia, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, da tutela da cultura em Portugal, e de diversas empresas. É Professor convidado das Universidades de Córdova (Espanha) e Ferrara (Itália), membro do Conselho Científico do Museu Nacional de História Natural em Paris (França), titular da Cátedra UNESCO-IPT em Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território, Secretário Geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (Paris, Unesco) desde 2014, Vice-Presidente de HERITY International (Roma, Itália), membro do Conselho Científico do Centro Universitário Europeu para o Património Cultural (Ravello, Itália), Conselheiro do Forum Cultural Mundial Taihu (China), Presidente do Instituto Terra e Memória (Portugal) e Vice-Diretor do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra. Foi Pró-Presidente para as Relações Internacionais do Instituto Politécnico de Tomar, vogal e vice-gestor da área de Ciência e Sociedade do programa ibero-americano CYTED e Secretário-Geral da União Internacional das Ciências Pré-Históricas e Proto-Históricas.
Enquanto saímos, pé-ante-pé, do nosso confinamento forçado, celebramos o Dia Internacional dos Museus com uma conversa gravada online, ainda em "quarentena", com Catarina Moura, sobre os museus, os seus acervos, e o que significa a mediação num tempo com cada vez menos tempo para neles parar e entrar.Coordenadora do Serviço Educativo do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado desde 1994, dedica-se à criação de programas pedagógicos, projetos e parcerias, dirigidos a todas as pessoas, grupos e comunidades. Ao longo do seu percurso profissional, iniciado logo à saída de um Curso Superior de Formação de Professores em Educação pela Arte, Catarina Moura foi traduzindo a sua paixão pelos museus num dialeto muito pessoal de empatia com o público.Formadora convidada em Licenciaturas e Mestrados da Universidade de Lisboa nas áreas da Museologia, do Património, da Educação e da História da Arte, co-orientadora de estágios de investigação de licenciatura e mestrado, orientou ainda acções de formação no âmbito dos Serviços Educativos para a Rede Portuguesa de Museus, integrou grupos de reflexão na área dos Serviços Educativos de Museus para o Instituto Português de Museus, e foi membro fundador do Movimento Português de Intervenção Artística e Educação pela Arte.
Neste 25 de Abril sombrio, Dia da Liberdade passado em quarentena, apresentamos uma conversa com Ana Sousa Dias sobre cultura, jornalismo, e sobre uma ideia muito particular e generosa de liberdade - liberdade de tornar a cultura de todos acessível a todos.Jornalista desde 1976, Ana Sousa Dias passou pelas direções do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias, esteve no Expresso e no Público, na Antena 1 e no Rádio Clube Português, e foi editora de cultura na Agência LUSA. Foi assessora de imprensa da Expo’98, onde dirigiu os serviços de comunicação Social, e da Fundação José Saramago. Entre 2001 e 2007, com o seu programa “Por Outro Lado” na RTP 2, Ana Sousa Dias construiu uma outra forma de mediação cultural, transformando-se num dos rostos e das vozes mais familiares do jornalismo português. Ao longo de mais de três centenas e meia de entrevistas, com sobriedade, calma e empatia, Ana Sousa Dias trouxe ao grande público centenas de artistas, profissionais e figuras da cultura, num testemunho vivo de toda uma geração que marca de forma indelével a relação dos portugueses com a produção cultural do início deste século.
No Dia Mundial do Teatro, por entre os sobressaltos de uma quarentena que não nos permite celebrar nas salas de espetáculos e auditórios de Portugal, apresentamos uma conversa com João Brites sobre o teatro, a arte, o outro, e as aventuras e desventuras de uma palavra, “mediação”, que nem sempre traduz fielmente o trabalho artístico e educativo de uma vida inteira. João Brites é dramaturgista, encenador, cenógrafo e artista plástico. Em 1974, ano de todos os assombros, fundou o Teatro O Bando onde encena, desde então, a maior parte dos espetáculos produzidos por este grupo. O Bando começou por se dirigir à infância, num trabalho de descentralização que nunca abandonaria, e que ainda hoje se encontra no centro da sua existência. Diretor artístico, entre 1999 e 2008, do Festival Internacional de Artes de Rua, sediado em Palmela, foi ainda diretor da Unidade de Espetáculos da EXPO’98, programando muitas centenas de espetáculos de variadas áreas artísticas, de várias dezenas de países. Professor de atores na Escola Superior de Teatro e Cinema durante mais de 20 anos, orienta atualmente estágios e cursos de formação a propósito da consciência do ator em cena. Em 2008, e representando o júri da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, que acabara de distinguir João Brites com o seu Prémio da Crítica, Maria Helena Serôdio sobre ele escreveu que nas suas “aventuras estéticas, que desenham em cena topografias imaginárias, o encenador não prescinde de parcerias criativas de repetida configuração (…) cumplicidades próprias de uma comunidade artística assumida em corpo inteiro. É essa a comunidade que, em Vale de Barris (Palmela), o seu ‘bando’ teima em construir, conjuntamente com artistas, público e gentes da terra, não descurando elos internacionais e uma genuína apetência pela auto-reflexão.“ Façamos então silêncio, abra-se o pano, e escutemos. E que viva o Teatro!
No nosso quarto episódio, entrevistámos a museóloga Inês Fialho Brandão, coordenadora do Espaço Memória dos Exílios, um núcleo museológico da Câmara Municipal de Cascais dedicado à evocação da memória de Cascais e do Estoril como locais de refúgio, espera e passagem de milhares de exilados e refugiados da Guerra Civil de Espanha e da Segunda Guerra Mundial.Doutoranda na National University of Ireland, Inês Fialho Brandão colabora com instituições culturais em projetos de curadoria, educação e comunicação, e foi até há pouco tempo diretora do Farol-Museu de Santa Marta. Hoje à frente deste Espaço Memória dos Exílios, o seu trabalho tem sido construído em torno dos temas da mediação, da experiência de visita, e do papel que o museu deve ter na luta permanente entre a memória viva da história e o esquecimento.Observadora atenta do panorama museológico, o seu trabalho de investigação tem procurado trazer clareza ao complexo e obscuro tema da origem de muitos dos objetos e obras de arte presentes nas coleções de instituições portuguesas, provando que o confronto com o passado, central na missão do museu, passa também pelo confronto com a própria história destas instituições.
Neste terceiro episódio, entrevistámos Susana Menezes, diretora artística do LU.CA, um teatro municipal da cidade de Lisboa dedicado às crianças e aos jovens.Susana Menezes começou a sua ligação com o mundo do teatro no Campo Alegre, no Porto, em 2001, assumindo mais tarde a responsabilidade pela programação infanto-juvenil do Teatro Maria Matos em Lisboa ao longo quase doze anos. Este trabalho, de mais de uma década, deixou uma marca indelével no panorama do teatro para o público da capital, de tal forma que a sua nomeação como directora artística do renovado Teatro Luís de Camões, o Lu.CA, foi recebida como uma escolha natural. E embora este não seja caso raro pelo mundo fora, em Portugal o LU.CA é virtualmente único: um teatro com a missão de “apresentar e apoiar a criação performativa contemporânea dirigida a crianças e jovens e a sua relação com outras disciplinas artísticas, sobre tópicos relevantes do nosso tempo e criar aproximações entre os criadores, as obras, os públicos e o edifício”.
O realizador, documentarista e radialista Tiago Pereira tem divulgado a música portuguesa de forma exemplar, tornando-se um ativista da nossa memória coletiva, realizando filmes, séries documentais, programas de rádio, programação musical e de eventos sobre o tema da cultura popular, estendendo-se ao artesanato e à gastronomia.Iniciado em 2011 por Tiago Pereira, o projeto "A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria" é hoje um dos maiores e mais interessantes espólios audiovisuais de tradição oral e memória colectiva existentes em Portugal, mobilizando, ao longo dos anos, dezenas de colaboradores ativos para o meticuloso trabalho de recolha e valorização deste património.Para Tiago Pereira, o seu trabalho de mediação construído ao longo do processo de recolha, gravação, edição e divulgação de romances, contos, práticas sacro-profanas, músicas, danças e até gastronomia é como que "um mecanismo de alfabetização da memória, lembrando-nos como é urgente documentar, gravar e reutilizar fragmentos da memória de um povo".
Antropólogo, dedicado desde cedo ao mundo dos museus, Joaquim Jorge começou o seu percurso profissional em 1991, nas equipas de museologia do Município de Loures, onde dedicou boa parte do seu trabalho à exploração de estratégias de educação não-formal e mediação cultural.Entre 2007 e 2016 coordenou a gestão e a implementação de vários projetos transnacionais, e esteve diretamente envolvido na génese do projeto de desenvolvimento turístico e patrimonial da Rota Histórica das Linhas de Torres, um esforço inter-municipal em rede protagonizado por Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.Em 2018, depois de um alguns meses à frente da Divisão de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Torres Vedras, foi nomeado adjunto para o Gabinete da Secretária de Estado da Cultura em 2018, e novamente em 2019, agora Gabinete da Secretária de Estado da Património Cultural.