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O Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, acaba na segunda-feira de ser declarado oficialmente vencedor das presidenciais com um pouco mais de 53% dos votos, face ao seu principal rival Issa Tchiroma Bakary, com um pouco mais de 35% dos sufrágios. Biya, 92 anos, encaminha-se deste modo para um oitavo mandato de sete anos, apesar de o seu adversário Tchiroma ter vindo a reclamar a vitória antes mesmo da divulgação dos resultados definitivos das eleições de 12 de Outubro e apesar da forte contestação na rua, com um balanço de pelo menos quatro mortos e múltiplos danos materiais. A repressão das manifestações da oposição no passado fim-de-semana com denúncias de um uso excessivo da força pelas autoridades mereceram condenações por parte da União Africana e da União Europeia que se declararam "preocupadas com as violações dos Direitos Humanos", enquanto as Nações Unidas apelaram, por sua vez, à "contenção, à abertura de investigações e ao fim da violência". Apesar de o poder ter anunciado que pretende responsabilizar penalmente Tchiroma pelos incidentes dos últimos dias, o líder de oposição apela os seus apoiantes a permanecer "determinados mas pacíficos". Este contexto tenso vem sobrepor-se a uma situação já por si delicada, num país onde se estima que 40% dos habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, onde permanece activo o conflito entre a maioria francófona e a minoria anglófona da população e onde ataques esporádicos de grupos jihadistas colocam em questão a segurança do território. Para o professor de Relações Internacionais na Universidade Técnica de Angola, Osvaldo Mboco, a reeleição de Paul Biya pode ser um indicador das "fragilidades das instituições africanas". RFI: Depois de mais de quarenta anos no poder, Paul Biya foi reeleito para um oitavo mandato. Como se pode interpretar esta situação? Osvaldo Mboco: A vitória do Presidente demonstra, até certo ponto, as fragilidades das instituições africanas na corporação do próprio processo eleitoral. Durante os 42 anos de governação, o país não tem conhecido grandes avanços significativos do ponto de vista económico, social e político. E isto agrava-se em função daquilo que é a visão dos jovens que querem mudança. Ou seja, se maioritariamente os eleitores são jovens, que não estão comprometidos com a história e que já nasceram com o Presidente no poder, esses jovens querem a alternância política. Então, é uma vitória, até certo ponto, agridoce, à medida em que há vários distúrbios e até pessoas que morreram, fruto das reivindicações daquilo que provavelmente foi um resultado eleitoral que não corresponde à vontade popular dos eleitores nas urnas. E tanto era assim que o seu principal opositor Issa Tchiroma reclama a vitória e cenários como estes têm estado a acontecer não só agora nestas eleições. Se nós nos lembrarmos Maurício Kamto, que no processo eleitoral passado foi o segundo candidato mais votado, também reclamou e juridicamente foi impedido de concorrer às eleições deste ano. O Presidente tem uma idade já avançada e é o Presidente que está no poder há mais tempo a nível do continente africano. Está agora com 92 anos. Quando terminar o seu mandato, estará aproximadamente com 99 anos. E todos nós sabemos as limitações humanas de um indivíduo que já está com uma idade acima dos 90 anos. Isto também não é bom para a consolidação do Estado de Direito democrático e pensamos que este mandato será completamente desastroso em função das reivindicações, das críticas e das reclamações que apontam irregularidades e a falta de transparência no próprio processo eleitoral. RFI: O principal rival de Paul Biya, Issa Tchiroma Bakary, reclama para si a vitória nas presidenciais. É previsível que as manifestações continuem, que haja uma espécie de movimento de desobediência civil que venha a prolongar-se e que haja mais incidentes? Osvaldo Mboco: A reclamação da oposição ou de quem está na oposição em África dos resultados eleitorais é comum e é transversal em muitos países africanos. Normalmente, os partidos políticos na oposição e os candidatos na oposição reclamam as irregularidades do processo, a falta de transparência e, muitas vezes que os resultados atribuídos não representam a vontade popular expressa nas urnas pelos eleitores. Mas em muitos casos, elas têm fundamento em função do próprio processo eleitoral, que não é inclusivo, não é participativo. Em alguns momentos, não é transparente e há alguns incidentes que decorrem do próprio processo eleitoral. Entretanto, as manifestações poderão continuar ao nível do país, com uma situação tensa. Também a África já nos brindou com muitos exemplos em que as manifestações pós-eleitorais normalmente não alteram o resultado eleitoral. Elas continuam. Muitas pessoas morrem, o governo aumenta aquilo que é o aparato policial e militar, também acaba por militarizar as ruas. Mas ainda assim, não recua do ponto de vista dos resultados eleitorais, porque entende que este é um período de tensão, de crise e que atinge o seu momento mais alto, mas depois, tendencialmente vai decrescendo e depois volta-se à normalidade do próprio país. RFI: Julga que o poder vai negociar com a parte adversa para se chegar a um entendimento e acalmar a rua? Osvaldo Mboco: Bem, eu penso que é uma das saídas, mas se ela (a oposição) faz essa negociação, ela automaticamente também perde o apoio popular ou do segmento da população que está a manifestar. E se cai no descrédito, é muito perigoso para querer se reeleger daqui a sete anos. Pode pagar uma factura muito alta do ponto de vista político, daquilo que são as suas pretensões e ambições. Não estou aqui a defender que o candidato da oposição deve empurrar os jovens às ruas para manifestarem como se fossem carne de canhão. Mas estou aqui a dizer que ele deve se posicionar como um político na oposição e pressionar a acção governativa. Não deve estar a mentalizar os jovens para ir às ruas, porque os jovens reconhecem e sabem o seu posicionamento, a sua visão enquanto eleitores. Mas estou aqui a dizer que ele deve também se posicionar enquanto líder na oposição que vai reivindicar aquilo que são os resultados eleitorais. Mas é importante sublinhar que nenhuma campanha política, nenhuma ambição política de se chegar à presidência, deve estar acima daquilo que é o interesse nacional, deve estar acima daquilo que é a segurança e a estabilidade do próprio país, deve estar acima daquilo que é o bem maior que é a vida humana. Então, é fundamental que o líder da oposição não apele para manifestações violentas ao nível das ruas dos Camarões. RFI: Para além da crise pós-eleitoral, os Camarões também enfrentam uma crise socioeconómica com, em pano de fundo, o eterno conflito entre a parte anglófona do país é a parte francófona. Osvaldo Mboco: Sim, esse tem sido também um dos grandes problemas a que a liderança do próprio Presidente Paul Biya não conseguiu dar respostas. E a forma de governação também afasta um segmento do ponto de vista da unicidade do próprio país. Porque, como fez referência, os Camarões, basicamente, são um país dividido com uma parte anglófona e outra francófona. E isto pode e cria algum desequilíbrio de estabilidade. Mas a par disto, à má gestão, à corrupção que se instalou no próprio país, tem também as questões em volta de um terrorismo que vai preocupando o país e, sem grande resposta do ponto de vista de segurança, isto põe em causa a própria estabilidade do país e cria alguma fragilidade do ponto de vista da segurança do próprio país.
Convidado: Matias Spektor, professor titular da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Um dia depois de se reunirem na Malásia, os presidentes do Brasil e dos EUA deram o tom de como foi o encontro. Lula se mostrou confiante e disse que os dois países devem fechar um acordo sobre as tarifas. Do outro lado, Trump afirmou que não sabe se algo vai acontecer. Nesta segunda-feira (27), Trump também desejou feliz aniversário pelos 80 anos de Lula e fez elogios ao presidente brasileiro. A reunião entre os dois ilustra uma distensão na relação entre Brasil e EUA, mas ainda não representa uma solução definitiva para o tarifaço imposto por Trump aos produtos brasileiros. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, o professor Matias Spektor explica o que acontece a partir de agora e o que está na mesa de negociações, que começaram oficialmente nesta segunda-feira. Professor de Relações Internacionais da FGV-SP, Spektor responde o que ainda precisa ser feito para que os produtos brasileiros deixem de ser taxados em 50%: “esse processo vai levar meses, mas a direção é muito positiva para o Brasil”, diz. Ele analisa os reflexos políticos - tanto para Lula quanto para Trump - da aproximação entre os dois presidentes.
Liliana Reis acredita que Trump só fica com o ego mais elevado com esta vitória de Milei. A especialista em Relações Internacionais diz que guerras comerciais não interessam nem à china nem aos EUA. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Convidado: Fabrício Vitorino, jornalista, mestre em cultura russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC. No tabuleiro da geopolítica, novos movimentos podem comprometer os objetivos de Vladimir Putin. Na última semana, depois que Donald Trump cancelou um encontro com o presidente russo, os EUA sancionaram as duas maiores companhias de petróleo do país. Na sequência, a União Europeia anunciou nova rodada de sanções contra a Rússia, inclusive com ameaça de confiscar cerca de 140 bilhões de euros para indenizar a Ucrânia. Já no front de guerra, as ofensivas de Moscou seguem com mais força que antes. Foi o que viu in loco o jornalista e especialista em cultura russa Fabrício Vitorino. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Fabrício circulou por grande parte do território ucraniano em outubro. Ele relata as horas de tensão que viveu durante o maior bombardeio sofrido por Lviv, cidade que fica no oeste da Ucrânia — uma região que sequer é reivindicada por Moscou. Fabrício conta também as formas de resistência expressadas pela população de Odessa, no sul, onde os ataques russos já se tornaram rotina. Por fim, ele analisa os possíveis próximos passos de Trump, Putin e Zelensky na busca por um acordo de cessar-fogo.
Após meses de afastamento econômico e político entre Brasil e Estados Unidos, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram ontem pela primeira vez, em Kuala Lumpur, na Malásia. Ambos se declararam otimistas sobre uma reversão do quadro. Após o encontro, Lula afirmou que a busca de soluções para a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam “imediatamente”. Trump não tomou uma decisão imediata, mas afirmou que os Estados Unidos estão abertos a “avançar rápido”. Uma nova rodada de negociações será feita, provavelmente, na próxima semana, com uma viagem de ministros brasileiros a Washington. Em entrevista à Rádio Eldorado, Felipe Estre, professor da Relações Internacionais da Universidade de Brasília e da Escola Superior de Defesa, disse que o saldo da conversa entre Lula e Trump é positivo e indica que há margem para negociações envolvendo etanol e terras raras para os Estados Unidos, entre outros pontos. "É possível que a redução de tarifas não seja completa, seja parcial e em escalas. O caminho está aberto e a reconstrução de confiança está acontecendo", afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio de hoje do BBcast Agro, especialistas do Banco do Brasil trazem um panorama rápido e direto sobre os principais mercados do agronegócio: soja, milho, café e boi gordo. Confira os destaques da semana e o que pode movimentar os preços nos próximos dias.Destaques do episódio:
Passando a Limpo: Nesta sexta-feira (24), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) , Florival Carvalho, sobre o que esperar após o aval do Ibama para perfurar Foz do Amazonas. A Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Carolina Pedroso, traz a expectativa sobre a conversa entre os presidentes Lula e Trump. O programa também conta com Eliane Cantanhêde.
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment. Nepal, Madagascar, Quênia, Marrocos, Peru, Indonésia... Manifestações lideradas por jovens da geração Z – nascidos da metade de 1990 até o início da década de 2010 - têm se espalhado pelo mundo. No Nepal e em Madagascar, a onda de manifestações derrubou os governos. No Peru, o presidente recém-empossado decretou 30 dias de emergência em meio à onda de violência. Motivados por diferentes razões, todos estes protestos têm presença maciça de jovens descontentes com as elites políticas e econômicas, em um cenário de “pessimismo palpável” que impulsiona mobilizações. É o que explica Oliver Stuenkel em conversa com Natuza Nery neste episódio. Oliver fala como a geração Z tem a percepção de que as elites políticas estão “desconectadas” dos problemas reais do dia a dia da população. Professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA, Oliver avalia o que une esses jovens em diferentes pontos do mundo. “Todos eles têm pautas em comum, o que explica o uso de símbolos parecidos”, diz, ao citar o uso da bandeira pirata da série de anime “One Piece”. Oliver destaca o papel fundamental das redes sociais para a organização e espalhamento dos protestos. E reflete sobre o risco de avanço autoritário, ao citar o caso de Madagascar, onde as manifestações derrubaram o governo, mas um coronel do Exército assumiu o poder.
No episódio de hoje do PUCCast, o repórter Renan Gammaro conversa com o professor e vice-coordenador do programa de pós-graduação acadêmica do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, Kai Michael Kenkel, sobre os impactos das políticas internacionais do presidente americano, Donald Trump. Ele aborda como que este tipo de governo é estruturado, quais as estratégias utilizadas pelo presidente para manter a hegemonia dos EUA e o impacto dessas medidas para a política internacional e o Brasil. Ficha técnica: Produção e reportagem: José Kubrusly e Renan Gammaro Apresentação: Renan Gammaro Edição de áudio: José Kubrusly e Renan Gammaro Supervisão: Célio Campos e Creso Soares Jr Editor Rádio PUC: Célio Campos e Creso Soares Jr Arte: Mariana Eiras
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas negociado pelo presidente americano, Donald Trump, entra numa nova fase marcada por riscos cada vez maiores. De um lado, o governo de Israel sofre pressão interna e externa para fazer concessões que no limite levem a um Estado palestino. Do outro, o grupo terrorista hesita em se desarmar. Diante do impasse, episódios de violência colocam em risco a breve trégua, que interessa tanto a Trump quanto a países árabes da região. Em meio a esse contexto, as consequências das negociações devem ficar mais claras nas próximas semanas. Para entender o que está em jogo, o Dois Pontos conversou com o ex-embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone, e a professora de Relações Internacionais do Ibmac, Karina Calandrin. O episódio é apresentado pela colunista do Estadão, Roseann Kennedy, com a participação do subeditor de Internacional, Luiz Raatz. Produção:Everton Oliveira Edição Anderson Russo ASSINE O ESTADÃO:Seja assinante por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao nosso conteúdo. Acesse: http://bit.ly/estadao-oferta-ytSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A América Latina atravessa um novo ciclo de instabilidade política. Eleições polarizadas, crises econômicas e disputas ideológicas recolocam o continente no centro das atenções globais e reacendem o debate sobre a influência dos Estados Unidos na região. Entre a Bolívia, Argentina, Venezuela, Peru e Colômbia, o cenário é de incertezas, redefinições e disputas de poder. No episódio, o professor Kai Enno Lehmann, do Instituto de Relações Internacionais da USP, analisa como os novos rumos da política latino-americana podem alterar o equilíbrio regional e o papel do Brasil nesse contexto.
O GE Sport debate as consequências da dura entrevista do técnico Daniel Paulista após a derrota do Leão para o Internacionais, quando o treinador destacou que a diretoria rubro-negra já precisa pensar em 2026, uma vez que só um milagre salva o time do rebaixamento. E também comenta a polêmica declaração do presidente Yuri Romão sobre a Ilha do Retiro. Participam desta edição os jornalistas: João de Andrade Neto, Daniel Leal e Camila Sousa
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Passando a Limpo: Nesta terça-feira (21), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Planejador Financeiro e Especialista em Investimentos, Eduardo Carvalho, sobre a disparada do ouro. A Professora de Relações Internacionais na Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Flávia Loss de Araújo, conversa sobre a crescente tensão entre EUA e os países latinos.
Passando a Limpo: Nesta terça-feira (21), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Planejador Financeiro e Especialista em Investimentos, Eduardo Carvalho, sobre a disparada do ouro. A Professora de Relações Internacionais na Instituto Maua de Tecnologia (IMT), Flávia Loss de Araújo, conversa sobre a crescente tensão entre EUA e os países latinos.
Liliana Reis, especialista em Relações Internacionais, admite que o desrespeito do cessar fogo no Médio Oriente pode deitar abaixo qualquer acordo entre Israel e Hamas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na Truth Social neste domingo, ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, “é um líder de drogas ilegais que incentiva fortemente a produção maciça de drogas”. No sábado, Petro acusou os Estados Unidos de violarem a soberaniacolombiana e de matarem um pecador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe. Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças americanas que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia sob a alegação, ainda sem provas, de atingir supostos traficantes. Em entrevista à Rádio Eldorado, Carolina Silva Pedroso, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que os objetivos de Trump parecem mais estratégicos e relacionados ao petróleo venezuelano, já que o Mar do Caribe “não é uma região prioritária” do narcotráfico para os Estados Unidos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Mariana Serafini e Rodrigo Martins entrevistam Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC, para comentar as ameaças de Donald Trump de usar a CIA para derrubar o governo de Nicolás Maduro. Há tempos, o presidente dos EUA usa o combate ao narcotráfico como pretexto para um cerco militar no Caribe. Autor do livro A Revolução Venezuelana (Ed. Unesp), Maringoni avalia os interesses de Washington na investida e o risco de uma guerra na América do Sul.O programa apresenta, ainda, os principais destaques da edição semanal de CartaCapital. Com reservas subestimadas de terras-raras, o Brasil vive o velho dilema: ser protagonista ou mero exportador de matéria-prima
Passando a Limpo: Nesta quinta-feira (16), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Professor de Direito e Relações Internacionais, Marcus Vinicius de Freitas, sobre o início das negociações do Brasil com EUA. O Presidente da Fetranslog/NE, Arlan Rodrigues, repercute a iniciativa do Governo Federal que quer uma rede de trens de passageiros no Nordeste. A Deputada Estadual, Socorro Pimentel (União), conversa sobre as novas autorizações para obras em Pernambuco.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que deu autorização à CIA para realizar "operações secretas" na Venezuela. O analista de Internacional da CNN Lourival Sant'Anna e Eduardo Viola, professor de Relações Internacionais da FGV e IEA-USP, debatem o assunto.
Frei Bento Domingues escondia presos políticos no convento, o Cardeal Cerejeira incentivou os jovens a contornar a censura e Pedro Roseta percorreu o País, após o 25 abril, a explicar à população como se votava. “Igreja e Liberdade” é um podcast da Renascença, da autoria da jornalista Ana Catarina André, com contextualização histórica de Paula Borges Santos, sobre o papel dos católicos na transição democrática em Portugal e as transformações ocorridas na Igreja neste período, numa parceria com o IPRI - Instituto Português de Relações Internacionais.
Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu ontem em Sharm el-Sheikh, no Egito, com líderes de países do Oriente Médio e aliados ocidentais para consolidar o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O encontro resultou na assinatura de um documento pelos garantidores do pacto — Estados Unidos, Turquia, Catar e Egito — que detalha as responsabilidades de cada parte na manutenção da trégua. Israel e o Hamas não participaram da reunião. Trump afirmou que a segunda fase do plano de paz, voltada à reconstrução da Faixa de Gaza e à criação de um autogoverno palestino limitado, já está em andamento. Agora, ele se prepara para receber na sexta-feira o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, após ter cogitado fornecer mísseis de longo alcance ao país caso a Rússia não encerre a guerra iniciada em fevereiro de 2022. Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Goulart Menezes, disse que a segunda fase do acordo entre Israel e o Hamas ainda gera dúvidas, como o desarmamento do grupo palestino, a governança e a reconstrução do território. Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o especialista aponta que a solução não depende exclusivamente de Donald Trump. “A Rússia é uma potência nuclear. Creio que a solução passa pelo envolvimento dos europeus. Aí não dá pra resolver sozinho. É uma incógnita”, afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os últimos 20 reféns vivos que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza voltaram para Israel. O retorno foi marcado pelo otimismo por uma paz duradoura na região. O analista de Internacional da CNN Lourival Sant'Anna, Augusto Teixeira, professor de Relações Internacionais da UFPB, Alberto Pfeifer, coordenador do DSI-USP e pesquisador do Insper Agro, e Karina Calandrin, professora de Relações Internacionais do Ibmec, debatem o assunto.
O Peru volta a enfrentar turbulência política após a destituição da presidente Dina Boluarte, afastada pelo Congresso sob a acusação de “incapacidade moral permanente”. A decisão reacende a instabilidade que marca o país há uma década, período em que sete presidentes ocuparam o cargo em meio a escândalos de corrupção, protestos e impasses institucionais. Neste contexto, a professora de Relações Internacionais do Instituto Mauá de Tecnologia, Flávia Loss, analisa as causas estruturais da crise e os possíveis desdobramentos para o futuro político do Peru.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, venceu o Prêmio Nobel da Paz deste ano. A decisão frustrou a Casa Branca, que reivindica o reconhecimento para o presidente Donald Trump. O analista de Internacional da CNN Lourival Sant'Anna, Ricardo de Toma, doutor em Estudos Estratégicos Internacionais, e Fernando Tibúrcio, advogado que atua na defesa de perseguidos políticos, debatem o assunto.
Em retaliação ao governo Lula, a Câmara aprovou nesta quarta-feira 8, por 251 votos a 193, um requerimento que retirou de pauta a medida provisória que substitui a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com medidas que visam ampliar a arrecadação. A derrota, que contou com as digitais de deputados do PSD, PP e União Brasil, representa a perda de uma das principais fontes de arrecadação previstas para 2025 e 2026. Integrantes do governo, porém, veem aí uma possibilidade de engrossar o discurso de que o Congresso legisla em favor dos BBBs — bancos, bets e bilionários. Para ajudar a entender esse cenário, o programa Fechamento desta semana recebe o deputado federal Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, relator da medida provisória.Ainda nesta edição: dois anos depois do início da guerra na Faixa de Gaza, Israel e o Hamas chegam a um acordo sobre a primeira fase do cessar-fogo. O plano, mediado por Donald Trump, prevê neste momento que todos os reféns serão libertados e a retirada parcial de tropas israelenses, além da entrada de ajuda humanitária e a libertação de prisioneiros palestinos. Para discutir o tema, CartaCapital recebe Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC-SP.Veja também: O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira 9 sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro foi indicado em 2013 e poderia ficar no STF até até 2033, quando completará 75 anos (data-limite para aposentadoria de ministros do STF e de outras cortes superiores). “É hora de seguir novos rumos. Não tenho apego ao poder e gostaria de viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo. Os sacrifícios e os ônus da nossa profissão acabam se transferindo aos familiares e às pessoas queridas”, disse no encerramento da sessão desta quinta. O Fechamento é transmitido ao vivo, no canal de CartaCapital no YouTube, a partir das 18h. Na tevê aberta, a TVT exibe a reprise às 22h30. Acompanhe e participe do debate pelo nosso chat.
Quase 10 milhões de eleitores podem, no próximo domingo, 12 de Outubro, participar nas eleições autárquicas portuguesas. Em disputa, a escolha de 308 presidentes de câmaras municipais, os seus vereadores e assembleias municipais, bem como 3259 assembleias de freguesia. Apesar de as eleições serem autárquicas, os grandes temas como a habitação, saúde, educação e emigração estiveram sempre presentes nos debates. Depois do grande crescimento que a extrema-direita, representada pelo partido Chega, conseguiu nas Legislativas do ano passado, a questão que muitos comentadores políticos têm colocado é se a extrema-direita vai conseguir afirmar-se no poder local. A RFI falou com Tcherno Amadú Baldé, formado em Ciência Política e Relações Internacionais, é Gestor de Projectos Educativos, considera que, na hora de votar, “é importante que a esperança fale mais alto do que o medo”. O guineense e cidadão português, começa por realçar como seria importante que todos aqueles que residem em Portugal pudessem participar nas eleições autárquicas. Tcherno Amadú Baldé: Eu tenho o direito de participar porque também sou cidadão português. Porque, no caso da Guiné-Bissau não existe o acordo de reciprocidade que permite aos cidadãos guineenses que não tenham a cidadania portuguesa que possam participar e votar ou serem eleitos, como acontece, por exemplo, no caso do Cabo Verde. Isso até era uma boa questão a ser debatida. Temos comunidades imigrantes grandes que estão a viver em Portugal, que não têm cidadania portuguesa, seja porque ainda não completaram o número de anos que são necessários para poderem fazer esse pedido ou porque simplesmente não querem, mas que trabalham, estão integrados neste país, contribuem para este país. Portanto, a questão da participação política acaba por ser muito importante porque influencia diretamente as nossas vidas. E estas eleições são relevantes, todas as eleições são importantes, mas estas, sobretudo, tendo em conta todo o ambiente político e social que está a ser vivido no país. Neste momento, infelizmente, os imigrantes estão a ser o bode expiatório praticamente para tudo o que corre mal, e o que corre mal afeta também os imigrantes. Se há problema na habitação, em vez de pensarmos na solução para esses problemas, começamos a apontar a quem vem de fora. Há problemas em termos de vagas nas escolas, nas creches, no pré-escolar, em vez de procurarmos soluções para estes problemas, apontamos para os imigrantes ou os seus filhos, que estão a tirar lugar aos portugueses. Mas, quer dizer, quem está aqui tem os seus direitos e esses direitos têm que ser salvaguardados. O filho de imigrante que está na escola está lá porque é um direito que tem, não está, apesar de todo o discurso que é feito nesse sentido, não está a tirar lugar a ninguém. O que se tem que fazer, e o Governo e o Estado no seu todo, é procurar respostas para que ninguém fique de fora, seja ele português ou imigrante, seja ele português de origem ou português que tenha adquirido a nacionalidade portuguesa. Portanto, (participar nas eleições) é importante também para os próprios imigrantes e combater o extremismo. RFI: Reside no Conselho de Sintra, onde há uma grande comunidade imigrante. O que é que percepciona dos contactos com os outros habitantes do Conselho? Tcherno Amadú Baldé: Sintra é dos conselhos mais interessantes, ou seja, nestas eleições, também porque estas eleições estão a acontecer a muito pouco tempo de distância das últimas eleições legislativas, onde no concelho de Sintra, salvo erro na área metropolitana de Lisboa, foi o único concelho onde o partido extremista, o Chega, ganhou, ficou na primeira posição. Então, tendo em conta isso tudo, está a ter também um grande destaque porque ninguém sabe o que poderá acontecer em termos de mudanças. Mudanças vão acontecer, com certeza, porque o presidente que lá está, já está no limite do mandato. Agora, pronto, não sabemos o que irá acontecer. Mas há esta preocupação, não é? Para que lado é que os sintrenses vão olhar nestas eleições? Se é olharmos e focarmos na esperança ou se vamos focar no medo. Com o medo, elegermos o extremismo, que não nos vai trazer solução nenhuma, só vai colocar-nos todos uns contra os outros. Ou então pensarmos em soluções democráticas de esperança e que nos responsabilize a todos, coletivamente, para procurarmos soluções e respostas para os desafios que todos nós enfrentamos, que todos nós sentimos. RFI: É facilmente constatável, nestas eleições autárquicas, a ausência de pessoas com raízes no estrangeiro, com raízes em África. A ausência dessas pessoas das listas de candidatos, a que é que se deve? Tcherno Amadú Baldé: Sim, pelo menos assim, com posições de maior destaque, como aconteceu nas outras eleições. Não existem, mas existem, em algumas listas, candidatos a cargos de variação, ou nas assembleias municipais ou de freguesias. Existem, mas deveria haver mais. Penso que, eventualmente, poderá também ser porque a ausência, vai acabar por reforçar e continuar a alimentar as ausências. Isso é importante, porque tem a ver também com a questão da identificação. Será que isto é para mim? Será que este espaço é para mim? Por isso é que o dar destaque ao que há também é importante, no sentido de chamar a atenção e convidar os outros também a se envolverem. Ou, às vezes, também tem a ver com a questão da integração, que muitas vezes não está completa. E aí, existe uma responsabilidade, também, das próprias organizações de imigrantes, no sentido de trabalhar isso, mas também e, sobretudo, da própria sociedade de acolhimento, para promover esta integração plena e que permita, também, a participação plena, para que os imigrantes, sobretudo aqueles que já têm a cidadania portuguesa, não fiquem só como meros espectadores. E tentarmos participar, também, no debate público. Todos têm responsabilidade nisso. Os partidos têm responsabilidade. A comunicação social tem uma grande responsabilidade, por exemplo, agora, nas questões das migrações. O tema central acaba por ser os imigrantes, mas que, muitas vezes, estão ausentes desses debates. RFI: Como guineense e, neste caso, como eleitor em Portugal, vai votar nas eleições autárquicas. É importante essa participação? Tcherno Amadú Baldé: Os votos têm sempre impacto nas nossas vidas. Por isso, é importante participarmos, exercermos esse direito. Estamos a exercer por nós, estamos a exercer pelos outros, que não podem, mas estamos a exercer por toda a sociedade. Porque, se a sociedade portuguesa for boa, é boa para todos nós que estamos aqui. É que, muitas vezes, a forma como o debate é feito, como se os imigrantes não quisessem o bem-estar. Se escolhemos Portugal para viver, é porque apostamos nesse país e nós queremos tirar proveito da sociedade no sentido das oportunidades que a sociedade oferece para todas as pessoas que vivem nela, mas também contribuirmos para a própria sociedade, como, de resto, tem acontecido. Porque, se não, é má para todos nós e, depois, partimos daqui todos à procura de uma coisa que seja melhor. E, agora, o apelo generalizado, que também é importante, que não seja só para os imigrantes, mas para todos nós, enquanto sociedade portuguesa, a participação, primeiro, é importante e é importante que a esperança fale mais alto do que o medo. É muito importante porque o medo não nos vai levar ao lado nenhum, só nos vai colocar uns contra os outros e, se estivermos de costas viradas, não há cooperação e, sem cooperação, não há sociedade melhor.
Pode haver democracia sem partidos políticos? Como surgiu e evoluiu o sistema político-partidário? João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam a génese e os desafios das organizações que estruturam — mas também dividem — o regime democrático.Neste episódio, João Pereira Coutinho leva-nos à Inglaterra do século XVII e aos confrontos entre “Whigs” e “Tories”, que se tornaram o berço dos partidos políticos.Da importância da representatividade à mediação entre o Estado e a sociedade, a dupla explora a função dos partidos e o seu papel estruturante nos regimes democráticos contemporâneos, recorrendo às ideias de Edmund Burke, James Madison e Daniel Ziblatt.E porque os partidos não são todos iguais, ficamos a saber o que distingue o partido de massas do 'catch-all' e do partido cartel.Num contexto de crescente polarização, o politólogo e o humorista abordam também os grandes desafios de hoje: estamos a assistir a uma crise de influência dos partidos? Os líderes tornaram-se mais importantes do que os grupos que representam? E como podem os partidos 'catch-all' combater a tendência de se tornarem indistintos?Não perca este episódio do [IN]Pertinente e tire partido de uma opinião informada.Referências úteis:Carter, Neil, Daniel Keith e outros, «The Routledge Handbook of Political Parties» (Taylor and Francis)Cruz, Manuel Braga da, «Política Comparada» (Cruz Editores)Cruz, Manuel Braga da, «O Sistema Político Português» (FFMS)Freire, André, «Eleições, Partidos e Representação Política» (Gradiva)Owens, George, «The Rage of Party» (Constable)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.
Miguel Baumgartner saúda o entendimento entre Israel e Hamas. O especialista em Relações Internacionais avisa, ainda assim, que é preciso esperar pela aplicação. E como fica a Guerra na Ucrânia?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Bruno Huberman - Para onde irá Israel? - programa 20 MinutosAO VIVO AGORA: BRUNO HUBERMAN ANALISA O FUTURO DE ISRAELEm um momento decisivo para o Oriente Médio, convidamos o especialista em política internacional Bruno Huberman para um debate urgente no "20 Minutos". Com a escalada de conflitos, mudanças no cenário geopolítico e pressões internas e externas, qual é o caminho que Israel pode seguir?
Convidados: Ricardo Abreu, repórter da TV Globo, e Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Foram quase 30 minutos de conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump na manhã desta segunda-feira. Semanas depois da “química” entre os dois na reunião da ONU em Nova York, os presidentes do Brasil e dos EUA participaram de uma chamada por videoconferência. Lula pediu que Trump derrube o tarifaço contra produtos e retire as sanções a autoridades do Brasil. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conversa foi positiva. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, se disse otimista com o fim do tarifaço. Do lado de lá, as reações também foram favoráveis. Em uma rede social, o próprio Trump disse que a conversa foi muito boa, focada em economia e comércio — e prometeu que encontros devem acontecer "em um futuro não muito distante". Em conversa com Victor Boyadjian neste episódio, o repórter da TV Globo Ricardo Abreu relata como foram as preparações para a conversa entre Lula e Trump e o que deve acontecer a partir de agora. "É como se [...] uma vez marcada essa conversa presencial, o jogo zerasse”, diz. Ricardo revela as reações dentro do Itamaraty após o encontro a expectativa para novas tratativas entre os dois presidentes. Depois, Victor fala com Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Ele explica o que mudou nos últimos meses desde que Trump impôs o tarifaço sobre produtos brasileiros. E avalia qual será o papel de Marco Rubio nas negociações futuras. Secretário de Estado dos EUA, Trump já defendeu publicamente sanções a governos alinhados à esquerda. "A diplomacia está apostando que agora, com a ordem de Trump, a postura de Rubio possa mudar”, afirma.
Lula acusou o governo de Israel de violar leis internacionais ao interceptar os integrantes da flotilha Global Sumud, que tentava romper o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza. A equipe que cuida das redes sociais do petista escreveu o seguinte a respeito do episódio:“O Estado de Israel violou as leis Internacionais ao interceptar os integrantes da “Flotilha Global Sumud”, entre eles cidadãos brasileiros, fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país.Desde a primeira hora, dei o comando ao nosso Ministério das Relações Exteriores para que preste todo o auxílio para garantir a integridade dos nossos compatriotas e use todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes e possibilite aos integrantes brasileiros da flotilha regressarem a nosso país em plena segurança.”Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (6/10), a advogada ucraniana Oleksandra Matviichuk. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2022 por seu trabalho em defesa dos direitos humanos, na documentação de crimes de guerra e na luta pela democracia, a ativista compartilha muitas dessas histórias no programa da TV Cultura, com apresentação de Vera Magalhães. A bancada de entrevistadores será formada por Camilla Veras Mota (repórter da BBC News Brasil), Daigo Oliva (editor da homepage da Folha de S.Paulo), Leila Sterenberg (jornalista, documentarista e senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais), Luiz Raatz (subeditor de Internacional e colunista do Estadão) e Yan Boechat (jornalista do Canal Meio). Haverá ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi.
Convidados: José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), e Nívio Nascimento, pesquisador do Fórum de Segurança Pública. A recente onda de intoxicação por metanol jogou luz em um problema antigo: o mercado ilegal de bebidas. Cerca de 1/3 do mercado de bebidas é dominado por produtos ilegais, segundo estimativas de associações do setor. Um mercado lucrativo e que cresce à sombra da fiscalização, causando prejuízos na arrecadação de impostos e colocando a vida de consumidores em risco. Para entender o tamanho do problema, Natuza Nery conversa com José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). É ele quem explica como funciona a cadeia de produção ilegal, por que as bebidas destiladas são mais falsificadas do que as fermentadas (cerveja e vinho) e o que é preciso fazer para acabar com este mercado paralelo, que prejudica fabricantes legais e consumidores. Depois, Natuza conversa com Nívio Nascimento, assessor de Relações Internacionais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele relembra em que momento o crime organizado passou a ver no mercado ilegal de bebidas um setor lucrativo e medidas que podem ser adotadas para combater esse tipo de crime.
Miguel Baumgartner afirma que plano de paz de Trump deixa Hamas "completamente isolado". O especialista em Relações Internacionais garante que a Europa está ciente dos perigos que russos representam.See omnystudio.com/listener for privacy information.
*) Este episódio do Podcast 15 Minutos, apresenta uma discussão sobre a intenção do ministro brasileiro Gilmar Mendes de propor um projeto de lei visando proteger autoridades brasileiras de sanções internacionais, como as da Lei Magnitsk.
Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
Bruno Huberman é professor de Relações Internacionais, assina a Newsletter Palestina em Transe e é uma das mais vocais figuras na comunicação nacional sobre o genocídio palestino. Na conversa com Leandro Iamin, claro, o assunto foi a causa palestina, mas não só: da pandemia à ONU, deu tempo de falarmos de Brasil, Estados Unidos, ocidente, enxaqueca e da vida que a gente leva.
O encontro, conhecido como UNGA80, aborda desafios e conquistas das últimas oito décadas; busca de soluções para conflitos, mudanças climáticas, igualdade de gênero e inteligência artificial figuram entre temas mais salientes das sessões deste ano.
Passando a Limpo: Nesta segunda-feira (22), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com a Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Carolina Pedroso, sobre a tensão entre EUA e Venezuela. O Advogado criminalista, Yuri Herculano, sobre anistia ou dosimetria. O programa também conta com Eliane Cantanhêde.
O encontro, conhecido como UNGA80, aborda desafios e conquistas das últimas oito décadas; busca de soluções para conflitos, mudanças climáticas, igualdade de gênero e inteligência artificial figuram entre temas mais salientes das sessões deste ano.
O energy talks recebe nesta quinta-feira (18/9) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado. Thiago Prado atuou como Diretor do Departamento de Outorgas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Interligações Internacionais do Ministério de Minas e Energia (MME). Também foi professor na Fundação Getúlio Vargas na área de energia. Natural de Brasília, Prado é bacharel em Engenharia Elétrica na Universidade de Brasília (UnB), 2003, com Mestrado em Energia e Eletrotécnica pelo Programa Interunidades em Energia (POLI/IF/IEE/FEA) da Universidade de São Paulo (USP), 2007. Thiago Prado é Doutor em Engenharia Elétrica na Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília. No programa, a apresentadora Mariana Procópio e o editor-executivo da eixos, Felipe Maciel. O energy talks é uma série de 24 episódios diários transmitidos ao vivo de 18 de agosto a 18 de setembro, de segunda à sexta, às 14h. O energy talks é patrocinado por Petrobras e Governo Federal.
Bernardo Mariano falou que pelo menos 40 mil pessoas se conectarão no Wi-Fi da sede da ONU em Nova Iorque durante Semana de Alto Nível em Nova Iorque; área também é responsável por transmissão de discursos de líderes sem falhas ou interrupções; equipes se preparam com meses de antecedência para repelir ataques cibernéticos.
Foi uma semana rica em polémicas: ex-presidentes condenados em tribunal, podcasters atingidos a tiro e as já tradicionais manifestações em França. Explicamos tudo aos mais desatentos.
Neste episódio, recebemos Kahlil Adam, Head de Estratégias Internacionais da Itaú Asset, para uma conversa sobre sua trajetória, desde a juventude nos Estados Unidos até a atuação em grandes instituições financeiras. Falamos também sobre os aprendizados da relação com clientes do Itaú Private Bank como Head Investor, as diferenças entre o investidor brasileiro e o estrangeiro, as perspectivas para os mercados emergentes e os impactos da inteligência artificial no futuro dos investimentos. Confira nosso portfólio completo: meu.itau/itauassetCapítulos: 0:00 Abertura01:00 Trajetória pessoal e início de carreira03:20. Formação em Wharton e influência multicultural05:10 Afinidade com os mercados da América Latina07:30 A transição do Itaú Private Bank para a Itaú Asset11:00 Aprendizados da relação direta com clientes do Itaú Private13:30 Como pensam investidores brasileiros vs. internacionais17:00 As principais preocupações e demandas dos clientes globais19:20 Futuro da gestão de estratégias internacionais21:20 O papel da tecnologia na forma como investimentos
Passando a Limpo: Nesta segunda-feira (15), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com a Professora de Relações Internacionais no Instituto Maua de Tecnologia (IMT), Flávia Loss de Araújo, sobre a reação dos EUA a condenação de Bolsonaro no STF. Também participa Mary Elbe Queiroz. A Pós-doutora em direito tributário e Presidente do Centro Nacional para a Prevenção e Resolução de Conflitos Tributários, conversa sobre as resistências à reforma do IR.
Responsável pelas Relações Internacionais da cidade de Nova Iorque, Aissata Camara fala dos preparativos para a abertura da 80ª. Sessão do órgão assim como o início do Debate Geral na Semana de Alto Nível com chefes de Estado e Governo, marcado para 23 de setembro.
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Três dias depois de ir até o Alasca encontrar com o russo Vladimir Putin, o presidente dos EUA recebeu o ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca. Em jogo, os termos para uma negociação pelo fim da guerra na Ucrânia - iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. Diferente do que aconteceu em fevereiro, quando foi humilhado por Trump, Zelensky foi recebido em clima menos hostil. Após o encontro, o presidente dos EUA disse que vai preparar uma reunião trilateral com Zelensky e Putin para discutir a paz na Ucrânia. Presentes no encontro, os líderes europeus pediram garantias de segurança ao continente para negociar com a Rússia. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, Oliver analisa os significados das reuniões feitas entre Trump, Zelensky e líderes europeus nesta segunda-feira. Oliver responde qual é o futuro político do presidente ucraniano caso Zelensky concorde em ceder parte do território do país à Rússia. E conclui como fica o tabuleiro geopolítico no caso de haver um consenso pela paz.
Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.