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Debate da Super Manhã: Num cenário marcado por competição estratégica, transição tecnológica e rearranjos de poder, o futuro da geopolítica não será escrito apenas nos gabinetes diplomáticos. Ele será moldado também por novos atores e novos campos de batalha. No debate desta quarta-feira (19), a comunicadora Natalia Ribeiro conversa com os nossos convidados para falar sobre a reconfiguração do poder global, a segurança energética e a transição verde, as mudanças climáticas e as crises humanitárias, e o destino da política internacional. Participam o doutor em Ciência Política e professor de ciência política da Unicap e UFPE, Antônio Lucena, a professora de Relações Internacionais na Instituto Maua de Tecnologia (IMT), Flávia Loss, e o professor de Relações Internacionais no Departamento de Ciência Política da UFPE, Renan Holanda Montenegro.
No episódio de hoje, C. A. recupera uma de suas participações no Spin de Notícias, podcast diário de notícias científicas do Portal Deviante que não está mais em atividade. Neste episódio o tema central é História Pública e Ensino de História, presente no livro homônimo produzido pelo corpo docente do Programa de Pós-Graduação em História Pública da UNESPAR com colaboração de historiadoras e historiadores latino-americanos, australianos, estadunidenses, entre outros. Neste episódio entenda o conceito de História Pública e como ele se relaciona com o Ensino da História no Brasil e no Mundo. Compreenda também como os chamados temas sensíveis foram tratados na Austrália no seu bicentenário da Independência. Artes do Episódio: Augusto Carvalho Mencionado no episódio FERNANDES, Bruno Flávio Lontra; ÁLVAREZ, Sebastián Vargas (Orgs). Ensino de História e História Pública: Diálogos Nacionais e Internacionais. Campo Mourão, PR : Editora Fecilcam, 2022. Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #49 História Pública e Ensino de História. Locução Cesar Agenor Fernandes da Silva. [S.l.] Portal Deviante, 18/11/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=66053&preview=true Expediente Produção Geral, Host e Edição: C. A. Arte do Episódio: Augusto Carvalho Trilha Sonora Museum of Moments Start Vacuum – Karneef Nine Lives – Unicorn Heads War Dance – Ezra Lipp Dance, Don’t Delay – Twin Musicom Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Edimilson Borges, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O Chile vai polarizado para o segundo turno da eleição presidencial, marcado para 14 de dezembro. A candidata Jeannette Jara, do Partido Comunista, vai enfrentar o ultradireitista José Antonio Kast, do Partido Republicano. As diferentes forças da direita que se apresentaram nas urnas conseguiram, juntas, um apoio majoritário no primeiro turno, realizado ontem. Com mais de 80% das urnas apuradas, a candidata do governo, apoiada pelo presidente Gabriel Boric, se impunha com 26,7% dos votos, seguida de perto por Kast, com 24,1%. Em terceiro lugar, estava o populista Franco Parisi, do Partido de La Gente, com 19,4%, à frente do libertário Johannes Kaiser, com 13,9%, e de Evelyn Matthei, de centro-direita, com 12,7% dos votos. Kaiser e Matthei declararam apoio a Kast após a divulgação dos resultados parciais. Em entrevista à Rádio Eldorado, Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais da ESPM São Paulo, disse que “tudo indica que Kust deve ganhar mais apoio”. Ele não descartou, no entanto, a possibilidade de uma reviravolta para conter o avanço da extrema-direita. Na entrevista, Uebel também foi questionado sobre o anúncio feito na semana passada pelo secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, de uma operação militar na América do Sul, denominada “Lança do Sul”, com o objetivo de combater o que chamou de “narcoterroristas”, tendo como alvo principal a Venezuela. Para Uebel, ainda não está claro se a intenção americana é derrubar o governo de Nicolás Maduro. “Quem faz mudança de regime não anuncia, executa”, afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Domingão do Carlão conversa com os grandes nomes do setor algodoeiro durante o Encontro da ANEA – Associação Nacional dos Exportadores de Algodão.Entre os entrevistados estão Sinara Ferreira, Diretora Executiva da Santiago Cotton; Eduardo Santiago, Diretor na Santiago Cotton; Eduardo A. Santiago, Diretor na Santiago Cotton; Miguel Faus, Presidente da ANEA; Henrique Snitcovski, Vice-presidente da ANEA; Joe Nicosia, Vice-Presidente Executivo da Louis Dreyfus Company; Marcelo Duarte, Diretor de Relações Internacionais da Abrapa; e Alexandre Pedro Schenkel, Presidente do Instituto Brasileiro do Algodão – IBA e do Sindicato Rural de Campo Verde.Foi um evento de encontros que mostram a força, a união e a visão estratégica do setor que movimenta o agro brasileiro e fortalece o Brasil no cenário mundial do algodão."Conheça a Employer - Tudo do RH:https://bit.ly/EmployerNoDomingaoFacebook: https://www.facebook.com/Employer.RHInstagram: https://www.instagram.com/rhemployer/YouTube: https://www.youtube.com/EmployerTudodoRH
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cortou tarifas sobre produtos como café, carne e frutas. O Brasil foi beneficiado com um corte de 10%, mas segue com uma tarifa adicional de 40%. O analista de Política da CNN Caio Junqueira, o analista de Internacional da CNN Lourival Sant'Anna e Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Economia da FAAP e de Relações Internacionais da FGV, debatem o assunto.
Os chilenos vão às urnas neste domingo para a eleição presidencial em meio a uma polarização política acirrada em torno de temas como o aumento da violência, reações à imigração principalmente de venezuelanos e problemas com a economia. Três candidatos aparecem à frente nas pesquisas, que não podem mais ser divulgadas e apontavam indefinição sobre os dois que devem ir para o 2º turno. Os principais nomes da disputa são: a comunista Jeannette Jara e os extremistas de direita José Antonio Kast e Johannes Kaiser. Em entrevista à Rádio Eldorado, Carolina Pedroso, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), disse que é “quase certo” que haverá 2º turno e indicou que o futuro governo terá obstáculos a enfrentar em razão da polarização. “Independentemente de quem ganhar, vai haver dificuldade de governar com um Congresso e a população divididos”, avaliou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A França presta homenagem nesta quinta-feira (13) às vítimas dos ataques de 13 de novembro de 2015 em Paris. Os dez anos dos atentados mais violentos da história recente do país serão marcados pela inauguração de um jardim memorial na praça Saint-Gervais, no centro da capital, com presença da prefeita Anne Hidalgo e do presidente Emmanuel Macron. A cerimônia laica será transmitida pela televisão. Maria Paula Carvalho, da RFI em Paris O jardim, projetado pelo paisagista Gilles Clément, é composto por vários blocos de granito azul esculpidos, que representam os locais dos ataques terroristas e onde estão inscritos os nomes das vítimas. O evento, com música e momentos de reflexão, tem direção artística de Thierry Reboul, conhecido por ter coordenado as cerimônias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024. O público poderá acompanhar a cerimônia em telões instalados em frente à Prefeitura e na Praça da República, onde foi montada uma exposição fotográfica, e os parisienses poderão depositar flores ou velas em homenagem às vítimas da tragédia. Há exatos dez anos, a reportagem da RFI relatava ao vivo o que ninguém poderia imaginar: ataques coordenados em diversos pontos de Paris deixaram, no total, 130 mortos e cerca de 400 feridos. O primeiro local atacado foi o Stade de France, onde 80 mil pessoas assistiam ao jogo de futebol entre França e Alemanha. O jornalista que cobria o duelo em campo passou imediatamente a relatar o susto dos torcedores que ouviram explosões. “Os espectadores ouviram, durante o primeiro tempo da partida, três grandes explosões, com intervalo entre cada uma, mas ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo", relatou. A polícia e os socorristas se mobilizaram para chegar a outros locais atingidos por comandos terroristas armados: bares, restaurantes e a casa de shows Bataclan, lotada com fãs do grupo Eagles of Death Metal. A contagem das vítimas parecia impressionar mesmo as forças de segurança. O depoimento de um policial, o primeiro a entrar no Bataclan, apontava dezenas de mortos. O presidente François Hollande, que governava o país na época, correu para estar junto dos franceses. “Nós quisemos estar perto de todos os que viram essas atrocidades para dizer que iremos travar uma batalha impiedosa,” disse o chefe de Estado aos jornalistas, no local da tragédia. Após uma reunião de crise, o governo declarou estado de emergência no país, convocou todas as forças de ordem e determinou o fechamento do espaço aéreo francês. Ao ser citado como testemunha no julgamento do caso, em 2021, François Hollande falou sobre a sua função como chefe de Estado naquela noite fatídica de 13 de novembro de 2015. “Este grupo nos atingiu não pelo nosso modo de atuação no exterior, mas sim pelo nosso modo de vida aqui”, sublinhou Hollande. “A democracia será sempre mais forte do que barbárie", acrescentou. "Carnificina" No Bataclan, casa de shows invadida pelos terroristas, os sobreviventes estavam em choque diante dos corpos das vítimas. Um dos primeiros a chegar ao local foi o jornalista da RFI, Pierre Olivier. “Eu fui até lá tomando muito cuidado, porque não sabíamos naquele momento o que realmente estava acontecendo", disse em entrevista para marcar os dez anos do caso. "Saí de casa, andei por uns cinco minutos e cheguei em frente ao Bataclan, onde a polícia estava chegando quase ao mesmo tempo que eu. Não havia nenhuma faixa de sinalização impedindo o acesso", continua. "E gradualmente, a polícia e os bombeiros chegaram. Cada vez nos pediam para recuar mais. Mas quando cheguei, eu estava bem em frente ao Bataclan, e foi aí que comecei a ligar para a redação do meu celular e a reportar ao vivo. E fiz isso por quase três horas, a noite toda," relata. "Uma mulher me disse que tinha sido uma carnificina, foi horrível. Todos estavam em choque e não queriam conversar. Isso é normal. Naquele momento, não sabíamos realmente o que estava acontecendo lá dentro, mas tínhamos pistas de que era muito sério e que havia mortes, muitas mortes," completa o jornalista. Dez anos depois, as lembranças permanecem vivas em sua memória. "Ainda há coisas que permanecem. Quando passo pelo Bataclan, revejo certas cenas. Já se passaram dez anos. E cada vez que passo por ali, lembro daquela noite, revejo pessoas, uma parede, uma vitrine, onde vi uma mulher em seu cobertor de emergência, coisas assim." Depois de ouvir todos esses depoimentos e de entrevistar sobreviventes, o jornalista desenvolveu uma forma de estresse. "Quando eu entrava em um restaurante, em um bar, em uma casa de espetáculos, ou onde quer que fosse, eu sempre olhava para ver se havia janelas, uma porta de saída e como me sentar, para acessar facilmente a porta. Afinal, nunca se sabe, e se fosse como no Bataclan e um grupo de terroristas chegasse?", ele questiona. A RFI também conversou com Elsa, uma francesa que assistia ao show na casa noturna Bataclan, quando foi ferida. "Quando fui atingida pela bala, me lembro muito bem da sensação no corpo. Foi tão irreal que ri, pensando: 'Ah, é mesmo como nos filmes'. Mas, falando sério, doeu." "Eu me agachei e pensei: 'Não vou conseguir correr'. E racionalizei absolutamente tudo o que estava acontecendo. Disse a mim mesma: não posso sentir dor," lembra. "Na hora você esquece a dor. Eu procurei me colocar em uma posição segura, apesar da multidão passando em cima de mim," relata a sobrevivente. Passada uma década, Elsa pretende contar sua experiência em um espetáculo. "Eu queria fazer um projeto em torno da dança, não apenas para contar a minha história, mas através da dança, e não apenas em um testemunho que eu poderia ter escrito em um livro ou algo assim. Mas isso me toca menos, pareceu menos relevante para a minha relação com o corpo que eu tinha antes de tudo isso", explica. Brasileiros entre as vítimas Entre os sobreviventes dos ataques de 13 de novembro de 2015 também há brasileiros. A RFI conversou com Diego Mauro Muniz Ribeiro, arquiteto que, naquela noite, celebrava com amigos no restaurante Le Petit Cambodge, no 10º distrito de Paris. “A minha recordação foi de ouvir uns barulhos, mas que eu não entendia muito bem. E quando olhei à direita, vi luzes. Não estava entendendo que aquilo eram tiros vindo na minha direção. Minha reação foi me jogar no chão. Me levantei na sequência e saí correndo. A lembrança que eu tenho é de que corri por muito tempo até entrar num supermercado,” lembra o arquiteto. Diego passou por acompanhamento com psiquiatra e psicanalista para seguir em frente. Ele voltou a Paris três vezes para compromissos relacionados aos atentados, seja para dar depoimentos ou participar de solenidades públicas. “Na França, existe uma solenidade em homenagem às vítimas, e foi muito impactante para mim. É uma cerimônia extremamente sóbria, silenciosa, e isso é muito respeitoso. Então, fiquei muito emocionado na primeira vez que fui", conta o arquiteto que hoje vive em São Paulo. "Estamos, dentro do possível, bem, mas ainda é um processo de elaborar essas questões, essa violência que, para mim, soa como gratuita”, analisa. Naquela noite, Diego estava acompanhado de outro arquiteto brasileiro, Guilherme Pianca, com quem a RFI também conversou. Ele visitava Paris pela primeira vez, graças a uma bolsa de estudos, e conta que hoje em dia tem sentimentos ambíguos em relação à cidade. “Tive alguns momentos de retorno pelo próprio processo e avaliação psiquiátrica que o governo francês fez. Acho que eles foram bem atentos e lidaram com muito cuidado nesse assunto. Esse trauma está sendo constantemente elaborado. Acho que é uma coisa que se dá no longo prazo. São várias camadas que um evento desses significa. Este ano vão inaugurar um jardim em homenagem às vítimas. Acho que existe um esforço bem grande da prefeitura e do próprio Estado francês para lidar com esse assunto.” O julgamento Os ataques terroristas de 13 de novembro de 2015 em Paris foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. O processo dos terroristas na Justiça francesa durou dez meses. Nenhum dos 20 acusados recorreu da decisão, e o julgamento foi encerrado oficialmente em 12 de julho de 2022. O único participante ainda vivo do comando jihadista que organizou os ataques em diferentes locais de Paris e arredores, Salah Abdeslam, foi condenado à prisão perpétua. Ele "acatou o resultado", explicaram, à época, seus advogados. Salah Abdeslam foi o terrorista que não levou seus atos até o fim. Ele afirmou no julgamento ter "desistido" de acionar os explosivos em um bar parisiense por "humanidade". Em outro momento, declarou: “Eu apoio o grupo Estado Islâmico e os amo, porque eles estão presentes no cotidiano, combatem e se sacrificam”. O depoimento chocou familiares das vítimas. O dispositivo com explosivos foi encontrado dentro de uma lata de lixo. No entanto, em sua deliberação final, os juízes concluíram que o colete explosivo que Abdeslam carregava "não era funcional", colocando seriamente em questão suas declarações sobre a sua suposta "desistência". A Justiça determinou que o francês, de 32 anos à época, era culpado de ser o "coautor" de uma "única cena de crime": o Stade de France, os terraços parisienses metralhados e a sala de concertos Bataclan. Os outros 19 corréus, alguns presumivelmente mortos, foram julgados e condenados a penas que variam de dois anos à prisão perpétua. Os atentados em Paris foram considerados uma retaliação à participação da França na coalizão internacional contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Ameaça continua presente Atualmente, a organização terrorista continua representando uma ameaça à segurança do país, embora sua presença não se configure como uma estrutura organizada e visível como nos anos de seu auge (2014–2017). A atuação atual se dá principalmente por meio de células descentralizadas, recrutamento online e influência ideológica, como explicou à RFI Victor Mendes, professor de Relações Internacionais do Ibmec e especialista formado no Instituto Superior de Guerra do Ministério da Defesa do Brasil. “Hoje, especialmente após a perda de territórios e de combatentes do Estado Islâmico, depois das operações militares ocidentais contra o grupo no Iraque e na Síria, que resultaram no fim declarado do Estado Islâmico em 2019, o grupo atua de forma mais descentralizada do que já atuava anteriormente", diz. De acordo com o especialista, o Estado Islâmico continua sendo um dos principais grupos terroristas a atuar na Europa, apesar do número reduzido de ataques. “Na Europa especificamente, uma das tendências, resultado do avanço tecnológico e da comunicação, é que o grupo hoje recruta muitos combatentes principalmente através de redes sociais e plataformas digitais, especialmente menores de idade", diz Victor Mendes. O especialista alerta para os riscos ainda presentes. “O risco sempre vai existir, principalmente pelo fato de a França ainda ter muitos combatentes que se aliam a esses grupos e pelo fato de, muitas vezes, eles serem cidadãos franceses. Então, não é necessariamente uma questão de imigração”, conclui. Só em 2024, o terrorismo jihadista foi responsável por 24 ataques na União Europeia, sendo cinco deles com vítimas fatais. A Europol confirma o envolvimento crescente de jovens radicalizados online, inclusive menores de idade, e o uso do conflito na Faixa de Gaza como instrumento de mobilização por grupos como o Estado Islâmico, que denuncia os bombardeios israelenses, descrevendo a população palestina como “mártir”.
O presidente da Argentina, Javier Milei, conquistou uma importante vitória nas eleições legislativas de 26 de outubro no país. Seu partido, A Liberdade Avança (LLA), ampliou seu número de assentos no Congresso e, junto com aliados, dará uma vida mais confortável para o libertário terminar os seus dois próximos anos de mandato. Os desafios, porém, continuam grandes. Milei tem pela frente a tarefa de avançar com suas prometidas reformas, sendo a trabalhista a primeira delas. Ainda que conte com a maior bancada do Congresso, o presidente não tem maioria e terá de negociar com outros partidos. Uma habilidade que ele não teve na primeira metade do mandato. Além disso, parte do teor das próximas reformas é impopular, em um contexto em que a paciência do argentino começa a se esgotar. Milei terá habilidade de dialogar com deputados e senadores para avançar com seu programa econômico? O que esperar da segunda metade do mandato do argentino? Para responder essas perguntas, o Dois Pontos recebe Carla Beni, professora de Economia na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e Flavia Loss, professora de Relações Internacionais do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). O episódio tem a apresentação da colunista do Estadão, Roseann Kennedy, e a participação de Carolina Marins, repórter da editoria de Internacional do Estadão. Produção: Everton Oliveira Edição: Anderson Russo ASSINE O ESTADÃO:Seja assinante por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao nosso conteúdo. Acesse: http://bit.ly/estadao-oferta-ytSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Esse episódio você vai ter que escutar para saber mais!
Depois de poças de sangue terem sido vistas do espaço, na sequência da chacina em El Fasher, no Sudão, os analistas Miguel Monjardino e Teresa Almeida Cravo debruçam-se sobre a situação humanitária, a credibilidade das forças em confronto e os interesses geopolíticos na região. Neste episódio de “O Mundo a Seus Pés”, Miguel Monjardino, professor de Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica e analista em Geopolítica e Geoestratégia, e Teresa Almeida Cravo, professora de Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos Sociais, na área da paz e dos conflitos, explicam a guerra contrarrevolucionária, que eclodiu em 2023 em resposta à campanha de quase cinco anos de ativistas que clamavam por um governo civil. Em vez de conceder qualquer poder aos civis, o aparelho de segurança virou-se contra si próprio e optou por prosseguir uma guerra que está a devastar o país.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Será a justiça a maior virtude das instituições políticas? João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam à lupa várias conceções de justiça, defendidas por diferentes autores, e refletem sobre o papel da política na construção de uma sociedade justa.A justiça é um produto do poder soberano, como defendeu Thomas Hobbes, ou um princípio anterior ao Estado, como acreditava John Locke? Platão, que dedicou ao tema «A República», considerava a democracia um sistema político injusto, à luz da sua teoria da alma.A propósito da eterna tensão entre liberdade e igualdade, a dupla chega até ao séc. XX e à proposta de 'justiça como equidade', de John Rawls.Debate-se ainda a meritocracia, pela lente de Michael Sandel, bem como o papel da sorte e das contingências da vida no valor da conduta humana, de acordo com Martha Nussbaum.Para terminar, uma pergunta: será que deixamos um mundo justo às gerações futuras?Um episódio [IN]Pertinente, a não perder.REFERÊNCIAS ÚTEISBIGGAR, Nigel, «Reparations: Slavery and the Tyranny of Imaginary Guilt» (Forum)HOBBES, «Leviatã» (BookBuilders)LOCKE, «Dois Tratados do Governo Civil» (Ed. 70)NOZICK, Robert, «Anarquia, Estado e Utopia» (Ed. 70)NUSSBAUM, Martha, «The Fragility of Goodness: Luck And Ethics In Greek Tragedy And Philosophy» (C.U.P.)PLATÃO, «A República» (Gulbenkian)RAWLS, John, «Uma Teoria da Justiça» (Presença)SANDEL, Michael, «Justiça - Fazemos o que Devemos?» (Presença)SANDEL, Michael, «A Tirania do Mérito» (Presença)SEN, Amartya, «A Ideia de Justiça» (Almedina)WHITE, Jonathan, «In the Long Run: The Future as a Political Idea» (Profile)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.
No episódio 93 do Fronteiras no Tempo, Marcelo Beraba e o Estagiário Rodolfo recebem dois convidados de peso para uma conversa que atravessa décadas de disputas políticas, econômicas e culturais: a professora Camila Feix Vidal (Economia e Relações Internacionais – UFSC) e o professor Marcos Sorrilha (História – UNESP). Juntos, eles exploram a Influência dos Estados Unidos na América Latina, analisando como o poder norte-americano moldou governos, economias, culturas e até imaginários sociais em nosso continente. Da Doutrina Monroe à Guerra Fria, das intervenções militares à dependência econômica, o episódio mergulha nas múltiplas camadas dessa relação complexa – marcada tanto por alianças estratégicas quanto por tensões profundas. Se você quer entender como o "quintal americano" se transformou em um campo de disputas globais e como essas dinâmicas ainda ecoam no presente, este episódio é indispensável. Dá o play e vem com a gente atravessar as fronteiras da história e da geopolítica! Artes do Episódio: C. A. Mencionado no Episódio YOUTUBE (Canal do Sorrilha). Qual é o correto: Americano ou estadunidense? YouTube, 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KWKktKCj2Qc A IDADE DOURADA (The Gilded Age). Criação de Julian Fellowes. [Série de televisão]. Estados Unidos: HBO, 2022–. Disponível em: https://www.imdb.com/pt/title/tt4406178/ GREJO, Camila Bueno. Entre a diplomacia e a História: a atuação de Estanislao Zeballos frente ao Panamericanismo. Revista de Historia de América, n. 165, p. 165–191, maio-ago. 2023. ISSN impresso: 0034-8325. ISSN eletrônico: 2663-371X. DOI: https://doi.org/10.35424/rha.165.2023.1106 INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS (IELA – UFSC). Página institucional. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, [s.d.]. Disponível em: https://iela.ufsc.br/instituto/?ancora=#colaboradores . Acesso em: 4 nov. 2025. INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS (IELA – UFSC). Canal no YouTube. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, [s.d.]. Disponível em: https://www.youtube.com/@Ielaufsc . Acesso em: 4 nov. 2025. Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Material Complementar ANDREWS, George Reide. América Afro-Latina (1800-2000). trad. Magda Lopes. São Carlos: EDUFSCAR, 2007 DULCI, Tereza Maria Spyer. As conferências Pan-Americanas (1889 a 1928): identidades, união aduaneira e arbitragem. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2013. FITZ, Caitlin Annette. Our Sister Republics: The United States in an Age of American Revolutions. New York: W.W. Norton & Company, 2016. PECEQUILO, Cristina Soreanu. A política externa dos Estados Unidos. 3. ed. ampliada e atualizada. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2011. SCHOULTS, Lars. Estados Unidos: poder e submissão – uma história da política norte-americana em relação à América Latina. Trad. Raul Fiker. Bauru-SP: EDUSC, 2000. Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #93 Influência dos EUA na América Latina. Locução Marcelo de Souza Silva, Rodolfo Grande Neto, Camila Felix Vidal, Marcos Sorrilha, Willian Spengler e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 06/11/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=66000&preview=true Expediente Produção Geral: C. A. e Beraba. Hosts: Marcelo Beraba e Estagiário Rodolfo. Recordar é viver: Willian Spengler. Artes do Episódio: C. A. Edição: Talk’nCast Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Edimilson Borges, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian Spengler See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio 93 do Fronteiras no Tempo, Marcelo Beraba e o Estagiário Rodolfo recebem dois convidados de peso para uma conversa que atravessa décadas de disputas políticas, econômicas e culturais: a professora Camila Feix Vidal (Economia e Relações Internacionais – UFSC) e o professor Marcos Sorrilha (História – UNESP). Juntos, eles exploram a Influência dos Estados Unidos na América Latina, analisando como o poder norte-americano moldou governos, economias, culturas e até imaginários sociais em nosso continente. Da Doutrina Monroe à Guerra Fria, das intervenções militares à dependência econômica, o episódio mergulha nas múltiplas camadas dessa relação complexa – marcada tanto por alianças estratégicas quanto por tensões profundas. Se você quer entender como o "quintal americano" se transformou em um campo de disputas globais e como essas dinâmicas ainda ecoam no presente, este episódio é indispensável. Dá o play e vem com a gente atravessar as fronteiras da história e da geopolítica! Artes do Episódio: C. A. Mencionado no Episódio YOUTUBE (Canal do Sorrilha). Qual é o correto: Americano ou estadunidense? YouTube, 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KWKktKCj2Qc A IDADE DOURADA (The Gilded Age). Criação de Julian Fellowes. [Série de televisão]. Estados Unidos: HBO, 2022–. Disponível em: https://www.imdb.com/pt/title/tt4406178/ GREJO, Camila Bueno. Entre a diplomacia e a História: a atuação de Estanislao Zeballos frente ao Panamericanismo. Revista de Historia de América, n. 165, p. 165–191, maio-ago. 2023. ISSN impresso: 0034-8325. ISSN eletrônico: 2663-371X. DOI: https://doi.org/10.35424/rha.165.2023.1106 INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS (IELA – UFSC). Página institucional. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, [s.d.]. Disponível em: https://iela.ufsc.br/instituto/?ancora=#colaboradores . Acesso em: 4 nov. 2025. INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS (IELA – UFSC). Canal no YouTube. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, [s.d.]. Disponível em: https://www.youtube.com/@Ielaufsc . Acesso em: 4 nov. 2025. Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Material Complementar ANDREWS, George Reide. América Afro-Latina (1800-2000). trad. Magda Lopes. São Carlos: EDUFSCAR, 2007 DULCI, Tereza Maria Spyer. As conferências Pan-Americanas (1889 a 1928): identidades, união aduaneira e arbitragem. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2013. FITZ, Caitlin Annette. Our Sister Republics: The United States in an Age of American Revolutions. New York: W.W. Norton & Company, 2016. PECEQUILO, Cristina Soreanu. A política externa dos Estados Unidos. 3. ed. ampliada e atualizada. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2011. SCHOULTS, Lars. Estados Unidos: poder e submissão – uma história da política norte-americana em relação à América Latina. Trad. Raul Fiker. Bauru-SP: EDUSC, 2000. Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo #93 Influência dos EUA na América Latina. Locução Marcelo de Souza Silva, Rodolfo Grande Neto, Camila Felix Vidal, Marcos Sorrilha, Willian Spengler e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 06/11/2025. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=66000&preview=true Expediente Produção Geral: C. A. e Beraba. Hosts: Marcelo Beraba e Estagiário Rodolfo. Recordar é viver: Willian Spengler. Artes do Episódio: C. A. Edição: Talk’nCast Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Edimilson Borges, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian Spengler See omnystudio.com/listener for privacy information.
Bruno Cardoso Reis, Especialista em Relações Internacionais, acredita que resultado aquém das expectativas republicanas nas eleições locais e estaduais é sinal de descontentamento com a Casa Branca. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Rodrigo Massi já atuou na Secretaria Municipal de Relações Internacionais, São Paulo Turismo e Agência São Paulo de Desenvolvimento. Atuou na organização de eventos como a Virada ODS, World Cities Culture Forum e Expo Internacional do Dia da Consciência Negra. Também trabalhou no Escritório de Representação do Itamaraty em São Paulo. Neste ano, ele foi nomeado diretor da Biblioteca Mário de Andrade e há alguns meses virou também Secretário-Adjunto da Secretária Municipal de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.O podcast é gravado na Cabine TatuíApresentação: João Varella | Produção: Ian Uviedo e Julia Carvalho | Operação técnica, captação de áudio e edição: Ian Uviedo | Coordenação: Cecilia Arbolave
Apelo, em Doha, durante Fórum de Desenvolvimento Social dirige-se a governos, sociedade civil e parceiros internacionais; presidente da Assembleia Geral atribui crise de fome à desigualdade e não à falta de alimentos; aquecimento global descontrolado pode tirar comida de mais de 1,8 bilhão.
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O Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, acaba na segunda-feira de ser declarado oficialmente vencedor das presidenciais com um pouco mais de 53% dos votos, face ao seu principal rival Issa Tchiroma Bakary, com um pouco mais de 35% dos sufrágios. Biya, 92 anos, encaminha-se deste modo para um oitavo mandato de sete anos, apesar de o seu adversário Tchiroma ter vindo a reclamar a vitória antes mesmo da divulgação dos resultados definitivos das eleições de 12 de Outubro e apesar da forte contestação na rua, com um balanço de pelo menos quatro mortos e múltiplos danos materiais. A repressão das manifestações da oposição no passado fim-de-semana com denúncias de um uso excessivo da força pelas autoridades mereceram condenações por parte da União Africana e da União Europeia que se declararam "preocupadas com as violações dos Direitos Humanos", enquanto as Nações Unidas apelaram, por sua vez, à "contenção, à abertura de investigações e ao fim da violência". Apesar de o poder ter anunciado que pretende responsabilizar penalmente Tchiroma pelos incidentes dos últimos dias, o líder de oposição apela os seus apoiantes a permanecer "determinados mas pacíficos". Este contexto tenso vem sobrepor-se a uma situação já por si delicada, num país onde se estima que 40% dos habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, onde permanece activo o conflito entre a maioria francófona e a minoria anglófona da população e onde ataques esporádicos de grupos jihadistas colocam em questão a segurança do território. Para o professor de Relações Internacionais na Universidade Técnica de Angola, Osvaldo Mboco, a reeleição de Paul Biya pode ser um indicador das "fragilidades das instituições africanas". RFI: Depois de mais de quarenta anos no poder, Paul Biya foi reeleito para um oitavo mandato. Como se pode interpretar esta situação? Osvaldo Mboco: A vitória do Presidente demonstra, até certo ponto, as fragilidades das instituições africanas na corporação do próprio processo eleitoral. Durante os 42 anos de governação, o país não tem conhecido grandes avanços significativos do ponto de vista económico, social e político. E isto agrava-se em função daquilo que é a visão dos jovens que querem mudança. Ou seja, se maioritariamente os eleitores são jovens, que não estão comprometidos com a história e que já nasceram com o Presidente no poder, esses jovens querem a alternância política. Então, é uma vitória, até certo ponto, agridoce, à medida em que há vários distúrbios e até pessoas que morreram, fruto das reivindicações daquilo que provavelmente foi um resultado eleitoral que não corresponde à vontade popular dos eleitores nas urnas. E tanto era assim que o seu principal opositor Issa Tchiroma reclama a vitória e cenários como estes têm estado a acontecer não só agora nestas eleições. Se nós nos lembrarmos Maurício Kamto, que no processo eleitoral passado foi o segundo candidato mais votado, também reclamou e juridicamente foi impedido de concorrer às eleições deste ano. O Presidente tem uma idade já avançada e é o Presidente que está no poder há mais tempo a nível do continente africano. Está agora com 92 anos. Quando terminar o seu mandato, estará aproximadamente com 99 anos. E todos nós sabemos as limitações humanas de um indivíduo que já está com uma idade acima dos 90 anos. Isto também não é bom para a consolidação do Estado de Direito democrático e pensamos que este mandato será completamente desastroso em função das reivindicações, das críticas e das reclamações que apontam irregularidades e a falta de transparência no próprio processo eleitoral. RFI: O principal rival de Paul Biya, Issa Tchiroma Bakary, reclama para si a vitória nas presidenciais. É previsível que as manifestações continuem, que haja uma espécie de movimento de desobediência civil que venha a prolongar-se e que haja mais incidentes? Osvaldo Mboco: A reclamação da oposição ou de quem está na oposição em África dos resultados eleitorais é comum e é transversal em muitos países africanos. Normalmente, os partidos políticos na oposição e os candidatos na oposição reclamam as irregularidades do processo, a falta de transparência e, muitas vezes que os resultados atribuídos não representam a vontade popular expressa nas urnas pelos eleitores. Mas em muitos casos, elas têm fundamento em função do próprio processo eleitoral, que não é inclusivo, não é participativo. Em alguns momentos, não é transparente e há alguns incidentes que decorrem do próprio processo eleitoral. Entretanto, as manifestações poderão continuar ao nível do país, com uma situação tensa. Também a África já nos brindou com muitos exemplos em que as manifestações pós-eleitorais normalmente não alteram o resultado eleitoral. Elas continuam. Muitas pessoas morrem, o governo aumenta aquilo que é o aparato policial e militar, também acaba por militarizar as ruas. Mas ainda assim, não recua do ponto de vista dos resultados eleitorais, porque entende que este é um período de tensão, de crise e que atinge o seu momento mais alto, mas depois, tendencialmente vai decrescendo e depois volta-se à normalidade do próprio país. RFI: Julga que o poder vai negociar com a parte adversa para se chegar a um entendimento e acalmar a rua? Osvaldo Mboco: Bem, eu penso que é uma das saídas, mas se ela (a oposição) faz essa negociação, ela automaticamente também perde o apoio popular ou do segmento da população que está a manifestar. E se cai no descrédito, é muito perigoso para querer se reeleger daqui a sete anos. Pode pagar uma factura muito alta do ponto de vista político, daquilo que são as suas pretensões e ambições. Não estou aqui a defender que o candidato da oposição deve empurrar os jovens às ruas para manifestarem como se fossem carne de canhão. Mas estou aqui a dizer que ele deve se posicionar como um político na oposição e pressionar a acção governativa. Não deve estar a mentalizar os jovens para ir às ruas, porque os jovens reconhecem e sabem o seu posicionamento, a sua visão enquanto eleitores. Mas estou aqui a dizer que ele deve também se posicionar enquanto líder na oposição que vai reivindicar aquilo que são os resultados eleitorais. Mas é importante sublinhar que nenhuma campanha política, nenhuma ambição política de se chegar à presidência, deve estar acima daquilo que é o interesse nacional, deve estar acima daquilo que é a segurança e a estabilidade do próprio país, deve estar acima daquilo que é o bem maior que é a vida humana. Então, é fundamental que o líder da oposição não apele para manifestações violentas ao nível das ruas dos Camarões. RFI: Para além da crise pós-eleitoral, os Camarões também enfrentam uma crise socioeconómica com, em pano de fundo, o eterno conflito entre a parte anglófona do país é a parte francófona. Osvaldo Mboco: Sim, esse tem sido também um dos grandes problemas a que a liderança do próprio Presidente Paul Biya não conseguiu dar respostas. E a forma de governação também afasta um segmento do ponto de vista da unicidade do próprio país. Porque, como fez referência, os Camarões, basicamente, são um país dividido com uma parte anglófona e outra francófona. E isto pode e cria algum desequilíbrio de estabilidade. Mas a par disto, à má gestão, à corrupção que se instalou no próprio país, tem também as questões em volta de um terrorismo que vai preocupando o país e, sem grande resposta do ponto de vista de segurança, isto põe em causa a própria estabilidade do país e cria alguma fragilidade do ponto de vista da segurança do próprio país.
Convidado: Matias Spektor, professor titular da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Um dia depois de se reunirem na Malásia, os presidentes do Brasil e dos EUA deram o tom de como foi o encontro. Lula se mostrou confiante e disse que os dois países devem fechar um acordo sobre as tarifas. Do outro lado, Trump afirmou que não sabe se algo vai acontecer. Nesta segunda-feira (27), Trump também desejou feliz aniversário pelos 80 anos de Lula e fez elogios ao presidente brasileiro. A reunião entre os dois ilustra uma distensão na relação entre Brasil e EUA, mas ainda não representa uma solução definitiva para o tarifaço imposto por Trump aos produtos brasileiros. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, o professor Matias Spektor explica o que acontece a partir de agora e o que está na mesa de negociações, que começaram oficialmente nesta segunda-feira. Professor de Relações Internacionais da FGV-SP, Spektor responde o que ainda precisa ser feito para que os produtos brasileiros deixem de ser taxados em 50%: “esse processo vai levar meses, mas a direção é muito positiva para o Brasil”, diz. Ele analisa os reflexos políticos - tanto para Lula quanto para Trump - da aproximação entre os dois presidentes.
Liliana Reis acredita que Trump só fica com o ego mais elevado com esta vitória de Milei. A especialista em Relações Internacionais diz que guerras comerciais não interessam nem à china nem aos EUA. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Dois episódios recentes movimentaram a política mundial. O encontro entre Lula e Donald Trump, na Malásia, reacende a possibilidade de aproximação entre Brasil e Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a vitória de Javier Milei nas eleições legislativas da Argentina reforça sua força no Congresso e abre caminho para reformas econômicas mais profundas. No episódio de hoje, o professor Matheus de Oliveira, especialista em Relações Internacionais e pesquisador do INCT para Estudos sobre os Estados Unidos, analisa como esses movimentos redefinem o equilíbrio político nas Américas.
Convidado: Fabrício Vitorino, jornalista, mestre em cultura russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC. No tabuleiro da geopolítica, novos movimentos podem comprometer os objetivos de Vladimir Putin. Na última semana, depois que Donald Trump cancelou um encontro com o presidente russo, os EUA sancionaram as duas maiores companhias de petróleo do país. Na sequência, a União Europeia anunciou nova rodada de sanções contra a Rússia, inclusive com ameaça de confiscar cerca de 140 bilhões de euros para indenizar a Ucrânia. Já no front de guerra, as ofensivas de Moscou seguem com mais força que antes. Foi o que viu in loco o jornalista e especialista em cultura russa Fabrício Vitorino. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Fabrício circulou por grande parte do território ucraniano em outubro. Ele relata as horas de tensão que viveu durante o maior bombardeio sofrido por Lviv, cidade que fica no oeste da Ucrânia — uma região que sequer é reivindicada por Moscou. Fabrício conta também as formas de resistência expressadas pela população de Odessa, no sul, onde os ataques russos já se tornaram rotina. Por fim, ele analisa os possíveis próximos passos de Trump, Putin e Zelensky na busca por um acordo de cessar-fogo.
Após meses de afastamento econômico e político entre Brasil e Estados Unidos, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram ontem pela primeira vez, em Kuala Lumpur, na Malásia. Ambos se declararam otimistas sobre uma reversão do quadro. Após o encontro, Lula afirmou que a busca de soluções para a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam “imediatamente”. Trump não tomou uma decisão imediata, mas afirmou que os Estados Unidos estão abertos a “avançar rápido”. Uma nova rodada de negociações será feita, provavelmente, na próxima semana, com uma viagem de ministros brasileiros a Washington. Em entrevista à Rádio Eldorado, Felipe Estre, professor da Relações Internacionais da Universidade de Brasília e da Escola Superior de Defesa, disse que o saldo da conversa entre Lula e Trump é positivo e indica que há margem para negociações envolvendo etanol e terras raras para os Estados Unidos, entre outros pontos. "É possível que a redução de tarifas não seja completa, seja parcial e em escalas. O caminho está aberto e a reconstrução de confiança está acontecendo", afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio de hoje do BBcast Agro, especialistas do Banco do Brasil trazem um panorama rápido e direto sobre os principais mercados do agronegócio: soja, milho, café e boi gordo. Confira os destaques da semana e o que pode movimentar os preços nos próximos dias.Destaques do episódio:
Passando a Limpo: Nesta sexta-feira (24), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) , Florival Carvalho, sobre o que esperar após o aval do Ibama para perfurar Foz do Amazonas. A Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Carolina Pedroso, traz a expectativa sobre a conversa entre os presidentes Lula e Trump. O programa também conta com Eliane Cantanhêde.
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment. Nepal, Madagascar, Quênia, Marrocos, Peru, Indonésia... Manifestações lideradas por jovens da geração Z – nascidos da metade de 1990 até o início da década de 2010 - têm se espalhado pelo mundo. No Nepal e em Madagascar, a onda de manifestações derrubou os governos. No Peru, o presidente recém-empossado decretou 30 dias de emergência em meio à onda de violência. Motivados por diferentes razões, todos estes protestos têm presença maciça de jovens descontentes com as elites políticas e econômicas, em um cenário de “pessimismo palpável” que impulsiona mobilizações. É o que explica Oliver Stuenkel em conversa com Natuza Nery neste episódio. Oliver fala como a geração Z tem a percepção de que as elites políticas estão “desconectadas” dos problemas reais do dia a dia da população. Professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e do Carnegie Endowment, nos EUA, Oliver avalia o que une esses jovens em diferentes pontos do mundo. “Todos eles têm pautas em comum, o que explica o uso de símbolos parecidos”, diz, ao citar o uso da bandeira pirata da série de anime “One Piece”. Oliver destaca o papel fundamental das redes sociais para a organização e espalhamento dos protestos. E reflete sobre o risco de avanço autoritário, ao citar o caso de Madagascar, onde as manifestações derrubaram o governo, mas um coronel do Exército assumiu o poder.
No episódio de hoje do PUCCast, o repórter Renan Gammaro conversa com o professor e vice-coordenador do programa de pós-graduação acadêmica do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, Kai Michael Kenkel, sobre os impactos das políticas internacionais do presidente americano, Donald Trump. Ele aborda como que este tipo de governo é estruturado, quais as estratégias utilizadas pelo presidente para manter a hegemonia dos EUA e o impacto dessas medidas para a política internacional e o Brasil. Ficha técnica: Produção e reportagem: José Kubrusly e Renan Gammaro Apresentação: Renan Gammaro Edição de áudio: José Kubrusly e Renan Gammaro Supervisão: Célio Campos e Creso Soares Jr Editor Rádio PUC: Célio Campos e Creso Soares Jr Arte: Mariana Eiras
O GE Sport debate as consequências da dura entrevista do técnico Daniel Paulista após a derrota do Leão para o Internacionais, quando o treinador destacou que a diretoria rubro-negra já precisa pensar em 2026, uma vez que só um milagre salva o time do rebaixamento. E também comenta a polêmica declaração do presidente Yuri Romão sobre a Ilha do Retiro. Participam desta edição os jornalistas: João de Andrade Neto, Daniel Leal e Camila Sousa
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Passando a Limpo: Nesta terça-feira (21), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Planejador Financeiro e Especialista em Investimentos, Eduardo Carvalho, sobre a disparada do ouro. A Professora de Relações Internacionais na Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Flávia Loss de Araújo, conversa sobre a crescente tensão entre EUA e os países latinos.
Passando a Limpo: Nesta terça-feira (21), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Planejador Financeiro e Especialista em Investimentos, Eduardo Carvalho, sobre a disparada do ouro. A Professora de Relações Internacionais na Instituto Maua de Tecnologia (IMT), Flávia Loss de Araújo, conversa sobre a crescente tensão entre EUA e os países latinos.
Liliana Reis, especialista em Relações Internacionais, admite que o desrespeito do cessar fogo no Médio Oriente pode deitar abaixo qualquer acordo entre Israel e Hamas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Passando a Limpo: Nesta quinta-feira (16), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com o Professor de Direito e Relações Internacionais, Marcus Vinicius de Freitas, sobre o início das negociações do Brasil com EUA. O Presidente da Fetranslog/NE, Arlan Rodrigues, repercute a iniciativa do Governo Federal que quer uma rede de trens de passageiros no Nordeste. A Deputada Estadual, Socorro Pimentel (União), conversa sobre as novas autorizações para obras em Pernambuco.
Convidados: Murilo Salviano, correspondente da TV Globo na Europa e enviado especial ao Oriente Médio. Ele conversa com Natuza Nery direto de Jerusalém. E Hussein Ali Kalout, cientista político, pesquisador da Universidade Harvard e conselheiro do CEBRI, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O dia 13 de outubro de 2025 marcou a libertação dos últimos 20 reféns israelenses que ainda eram mantidos vivos pelo grupo terrorista Hamas. Nesta segunda-feira, eles foram soltos após mais de 700 dias de cativeiro – ainda há expectativa para a devolução dos corpos de outros mais 20 reféns mortos. A libertação é parte do acordo que fez Israel liberar quase 2 mil presos palestinos. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no parlamento de Israel e falou em “fim da era do terror e da morte”. Depois, Trump embarcou para o Egito, onde assinou um cessar-fogo para Gaza junto com outros líderes árabes - sem representantes de Israel e do Hamas. O plano dá início a uma nova fase para um plano de paz na região e a reconstrução de Gaza depois de dois anos de uma guerra que matou mais de 60 mil palestinos. Trump afirmou que a segunda etapa do acordo já começou. Enviado especial da Globo para o Oriente Médio, o correspondente Murilo Salviano relata a Natuza Nery o que viu no dia considerado histórico pelos dois lados do conflito. Direto de Jerusalém, Murilo conta como o momento é de “alívio” para israelenses e palestinos. Ele descreve a situação em Israel e o que ouviu de palestinos sobre a promessa de pausa neste conflito histórico. Depois, Natuza conversa com Hussein Ali Kalout, cientista político e conselheiro do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Kalout, que também é pesquisador da Universidade Harvard, analisa o acordo anunciado por Trump – e os significados de o texto ter sido assinado com outros líderes árabes, sem a presença de Netanyahu e do Hamas. Ele explica qual é o grande desafio para a reconstrução da Faixa de Gaza, onde itens básicos, como água e comida, são escassos para uma população devastada pela guerra.
Miguel Baumgartner saúda o entendimento entre Israel e Hamas. O especialista em Relações Internacionais avisa, ainda assim, que é preciso esperar pela aplicação. E como fica a Guerra na Ucrânia?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Bruno Huberman - Para onde irá Israel? - programa 20 MinutosAO VIVO AGORA: BRUNO HUBERMAN ANALISA O FUTURO DE ISRAELEm um momento decisivo para o Oriente Médio, convidamos o especialista em política internacional Bruno Huberman para um debate urgente no "20 Minutos". Com a escalada de conflitos, mudanças no cenário geopolítico e pressões internas e externas, qual é o caminho que Israel pode seguir?
Convidados: Ricardo Abreu, repórter da TV Globo, e Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Foram quase 30 minutos de conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump na manhã desta segunda-feira. Semanas depois da “química” entre os dois na reunião da ONU em Nova York, os presidentes do Brasil e dos EUA participaram de uma chamada por videoconferência. Lula pediu que Trump derrube o tarifaço contra produtos e retire as sanções a autoridades do Brasil. Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conversa foi positiva. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, se disse otimista com o fim do tarifaço. Do lado de lá, as reações também foram favoráveis. Em uma rede social, o próprio Trump disse que a conversa foi muito boa, focada em economia e comércio — e prometeu que encontros devem acontecer "em um futuro não muito distante". Em conversa com Victor Boyadjian neste episódio, o repórter da TV Globo Ricardo Abreu relata como foram as preparações para a conversa entre Lula e Trump e o que deve acontecer a partir de agora. "É como se [...] uma vez marcada essa conversa presencial, o jogo zerasse”, diz. Ricardo revela as reações dentro do Itamaraty após o encontro a expectativa para novas tratativas entre os dois presidentes. Depois, Victor fala com Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM. Ele explica o que mudou nos últimos meses desde que Trump impôs o tarifaço sobre produtos brasileiros. E avalia qual será o papel de Marco Rubio nas negociações futuras. Secretário de Estado dos EUA, Trump já defendeu publicamente sanções a governos alinhados à esquerda. "A diplomacia está apostando que agora, com a ordem de Trump, a postura de Rubio possa mudar”, afirma.
Lula acusou o governo de Israel de violar leis internacionais ao interceptar os integrantes da flotilha Global Sumud, que tentava romper o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza. A equipe que cuida das redes sociais do petista escreveu o seguinte a respeito do episódio:“O Estado de Israel violou as leis Internacionais ao interceptar os integrantes da “Flotilha Global Sumud”, entre eles cidadãos brasileiros, fora de seu mar territorial. E segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país.Desde a primeira hora, dei o comando ao nosso Ministério das Relações Exteriores para que preste todo o auxílio para garantir a integridade dos nossos compatriotas e use todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes e possibilite aos integrantes brasileiros da flotilha regressarem a nosso país em plena segurança.”Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (6/10), a advogada ucraniana Oleksandra Matviichuk. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2022 por seu trabalho em defesa dos direitos humanos, na documentação de crimes de guerra e na luta pela democracia, a ativista compartilha muitas dessas histórias no programa da TV Cultura, com apresentação de Vera Magalhães. A bancada de entrevistadores será formada por Camilla Veras Mota (repórter da BBC News Brasil), Daigo Oliva (editor da homepage da Folha de S.Paulo), Leila Sterenberg (jornalista, documentarista e senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais), Luiz Raatz (subeditor de Internacional e colunista do Estadão) e Yan Boechat (jornalista do Canal Meio). Haverá ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi.
Convidados: José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), e Nívio Nascimento, pesquisador do Fórum de Segurança Pública. A recente onda de intoxicação por metanol jogou luz em um problema antigo: o mercado ilegal de bebidas. Cerca de 1/3 do mercado de bebidas é dominado por produtos ilegais, segundo estimativas de associações do setor. Um mercado lucrativo e que cresce à sombra da fiscalização, causando prejuízos na arrecadação de impostos e colocando a vida de consumidores em risco. Para entender o tamanho do problema, Natuza Nery conversa com José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). É ele quem explica como funciona a cadeia de produção ilegal, por que as bebidas destiladas são mais falsificadas do que as fermentadas (cerveja e vinho) e o que é preciso fazer para acabar com este mercado paralelo, que prejudica fabricantes legais e consumidores. Depois, Natuza conversa com Nívio Nascimento, assessor de Relações Internacionais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele relembra em que momento o crime organizado passou a ver no mercado ilegal de bebidas um setor lucrativo e medidas que podem ser adotadas para combater esse tipo de crime.
Miguel Baumgartner afirma que plano de paz de Trump deixa Hamas "completamente isolado". O especialista em Relações Internacionais garante que a Europa está ciente dos perigos que russos representam.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
Bruno Huberman é professor de Relações Internacionais, assina a Newsletter Palestina em Transe e é uma das mais vocais figuras na comunicação nacional sobre o genocídio palestino. Na conversa com Leandro Iamin, claro, o assunto foi a causa palestina, mas não só: da pandemia à ONU, deu tempo de falarmos de Brasil, Estados Unidos, ocidente, enxaqueca e da vida que a gente leva.
O encontro, conhecido como UNGA80, aborda desafios e conquistas das últimas oito décadas; busca de soluções para conflitos, mudanças climáticas, igualdade de gênero e inteligência artificial figuram entre temas mais salientes das sessões deste ano.
Passando a Limpo: Nesta segunda-feira (22), Igor Maciel e a bancada do programa conversam com a Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Carolina Pedroso, sobre a tensão entre EUA e Venezuela. O Advogado criminalista, Yuri Herculano, sobre anistia ou dosimetria. O programa também conta com Eliane Cantanhêde.
O encontro, conhecido como UNGA80, aborda desafios e conquistas das últimas oito décadas; busca de soluções para conflitos, mudanças climáticas, igualdade de gênero e inteligência artificial figuram entre temas mais salientes das sessões deste ano.
Bernardo Mariano falou que pelo menos 40 mil pessoas se conectarão no Wi-Fi da sede da ONU em Nova Iorque durante Semana de Alto Nível em Nova Iorque; área também é responsável por transmissão de discursos de líderes sem falhas ou interrupções; equipes se preparam com meses de antecedência para repelir ataques cibernéticos.
Foi uma semana rica em polémicas: ex-presidentes condenados em tribunal, podcasters atingidos a tiro e as já tradicionais manifestações em França. Explicamos tudo aos mais desatentos.
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Três dias depois de ir até o Alasca encontrar com o russo Vladimir Putin, o presidente dos EUA recebeu o ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca. Em jogo, os termos para uma negociação pelo fim da guerra na Ucrânia - iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. Diferente do que aconteceu em fevereiro, quando foi humilhado por Trump, Zelensky foi recebido em clima menos hostil. Após o encontro, o presidente dos EUA disse que vai preparar uma reunião trilateral com Zelensky e Putin para discutir a paz na Ucrânia. Presentes no encontro, os líderes europeus pediram garantias de segurança ao continente para negociar com a Rússia. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, Oliver analisa os significados das reuniões feitas entre Trump, Zelensky e líderes europeus nesta segunda-feira. Oliver responde qual é o futuro político do presidente ucraniano caso Zelensky concorde em ceder parte do território do país à Rússia. E conclui como fica o tabuleiro geopolítico no caso de haver um consenso pela paz.