O Podcast Impacto Positivo com Eurico Vianna é uma conversa com pessoas que já escutaram seu chamado e vivem a mudança que precisamos ver no mundo. Cultura, saúde, moradia, produção de alimentos e energia, como lidamos com o lixo e resíduos, como projetamos comunidades e sistemas econômicos alternat…
Este foi um trecho faz parte da sétima Tertúlia Literária, uma série de encontros de consultoria em grupo, online e exclusivas aos apoiadores do meu livro: "Meu Caderno de (ida para o) Campo", com lançamento previsto para o Segundo Semestre deste ano. Estou escrevendo este livro com o objetivo de apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica, munindo-as de inspiração mas também ferramentas na busca por uma vida integral. Nesses encontros e no grupo de WhatsApp exclusivo aos apoiadores, eles trazem suas perguntas, anseios e dúvidas na transição de quem já tem terra, de quem está na busca do lugar ou de quem tem apenas um sonho. As trocas têm sido riquíssimas e você pode fazer parte da próxima. Para garantir sua vaga e pedir seu livro, acesse o link. Vem comigo plantar mais gente no campo! Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
Já pensou quanta diversidade de sementes ainda temos na América Latina? É preciso viajar os rincões mais escondidos onde a cultura das pessoas segue valorizando a autonomia mais que as comodidades. Para 'salvar' as sementes, precisamos primeiro viver a realidade e intimidade de participar diretamente no cultivo de pelo parte de nossos alimentos. É salvando viveres autônomos que passaremos a ter 'bibliotecas' onde sementes são usadas, trocadas e atualizadas ao invés de 'bancos' que acumulam e travam o fluxo da Vida. Nos últimos meses o Thiago Luiz, guardião e dispersor de várias sementes tradicionais fez uma viagem pela América Latina trazendo muitas novidades. Nossa conversa deu muitas voltas e abordou desde a cosmovisão necessária para voltarmos a só usar sementes naturais, passando por questões espirituais até chegar na necessidade de relocalizarmos e renomearmos muitas dessas variedades que ele tem dispersado pelo Brasil (talvez até por meio de cursos presenciais para quem tiver interesse). A Chasqui Sementes, empresa que o Thiago montou com a esposa, está em pleno funcionamento com muitas variedades tradicionais disponíveis para quem quiser adotá-las e adaptá-las ao clima, solo e cultura do seu quinhão. Para contactar o Thiago e fazer pedidos, basta acessar o contato pelo Instagram @thiago.agrofloresta
Na sétima Tertúlia Literária abordei a importância de buscarmos autonomia nas 5 áreas essenciais do viver: moradia, água, alimento, saúde e mobilidade. Tema que dedico um capítulo inteiro do meu livro de nome "Meu Caderno de (ida para o) Campo", que tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. Meu propósito com ele é plantar mais pessoas no campo com ética ecológica, ajudando nessa jornada tanto com inspirações quanto com ferramentas. As tertúlias é como apelidei os encontros online exclusivos aos apoiadores do livro. Aqui vai uma amostra dessas conversas, que têm sido riquíssimas, e você pode participar ao vivo dos próximos: é só pedir seu livro antecipadamente e, como forma de agradecimento, você recebe: •seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial; •seu nome na sessão de apoiadores do livro; •acesso ao grupo exclusivo; •acesso as gravações das edições anteriores •participação nas Tertúlias Literárias até o lançamento do livro. Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. Venha, traga suas perguntas e dúvidas sobre transição e vamos junto plantar mais gente no campo!
Este foi um trecho faz parte da sexta Tertúlia Literária, uma série de encontros de consultoria em grupo, online e exclusivas aos apoiadores do meu livro: "Meu Caderno de (ida para o) Campo", com lançamento previsto para o Segundo Semestre deste ano. Estou escrevendo este livro com o objetivo de apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica, munindo-as de inspiração mas também ferramentas na busca por uma vida integral. Nesses encontros e no grupo de WhatsApp exclusivo aos apoiadores, eles trazem suas perguntas, anseios e dúvidas na transição de quem já tem terra, de quem está na busca do lugar ou de quem tem apenas um sonho. As trocas têm sido riquíssimas e você pode fazer parte da próxima. Para garantir sua vaga e pedir seu livro, acesse o link. Vem comigo plantar mais gente no campo! Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
Na Sexta Tertúlia Literária trouxe trechos compilados de alguns autores que são referência para mim e para o livro no olhar sistêmico da ecologia profunda , como Bill Mollison, Wendell Berry e Aldo Leopold. O meu livro: "Meu Caderno de (ida para o) Campo", tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano e meu propósito com ele é plantar mais pessoas no campo com ética ecológica, ajudando nessa jornada tanto com inspirações quanto com ferramentas. Aqui vai uma amostra das conversas, que têm sido riquíssimas, e você pode participar ao vivo dos próximos encontros: é só pedir seu livro antecipadamente e como forma de agradecimento, você recebe: •seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial; •seu nome na sessão de apoiadores do livro; •acesso ao grupo exclusivo; •acesso as gravações das edições anteriores •participação nas Tertúlias Literárias até o lançamento do livro. Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. Venha, traga suas perguntas e dúvidas sobre transição e vamos junto plantar mais gente no campo!
A grande maioria das pessoas precifica muito mal os produtos agroecológicos. Quando pergunto para clientes e colegas como fazem sua precificação, eles dizem "me baseei pelo preço do supermercado". Mas como diz o Michael Pollan, não existe alimento barato, só não conseguimos enxergar o custo das externalidades para as pessoas e o territórios envolvidos na cadeia de produção quando compramos nos supermercados. Nesse episódio da Jornada do Jardineiro conversamos sobre como fazer uma precificação justa, que honra o trabalho das pessoas e a recuperação dos lugares onde vivemos e produzimos. Uma conversa muito importante para quem quer protagonizar uma vida diga e viável no campo. #jornadadojardineiro #agroecologia #agriculturafamiliar #gestãoimpactopositivo #gerenciamentoholístico
Este foi um trecho faz parte da quinta Tertúlia Literária 5, encontros de consultoria em grupo, online exclusivas aos apoiadores do meu livro: "Meu Caderno de (ida para o) Campo", com lançamento previsto para o Segundo Semestre deste ano. Estou escrevendo este livro com o objetivo de apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica, munindo-as de inspiração mas também ferramentas na busca por uma vida integral. Você quer viver uma vida mais tranquila, mais ecológica e não sabe por onde começar? Você já está no campo ou buscando terra mas quer alinhar as vocações do lugar com as suas? Então, eu tenho um convite: peça antecipadamente o seu exemplar do meu livro e participe dessas reuniões de consultoria em grupo, se conectando com pessoas com mesmo propósito e trazendo suas dúvidas e anseios. Além de viabilizar o projeto do livro com a edição, revisão e ilustração, você se conecta com uma rede de pessoas e tem acesso tanto a gravação completa das edições anteriores como participa das próximas até o lançamento oficial do livro. E, como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •Seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, acesse o link. É simples, basta preencher os dados que você já entra para o grupo exclusivo de apoiadores e participa da próxima! Vamos plantar mais gente no campo? Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
Na quinta Tertúlia Literária eu trouxe o trecho que aborda aspectos econômicos do contexto holístico- "Dinheiro, Riqueza e Dívida: o futuro dos empreendimentos rurais com ética ecológica". Aqui vai uma amostra desses encontros exclusivos aos apoiadores do meu livro: "Meu Caderno de (ida para o) Campo". O livro tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano e meu propósito com ele é plantar mais pessoas no campo ajudando tanto com inspirações quanto com ferramentas. Os papos tem sido riquíssimos e você pode participar da próxima. É só pedir seu livro antecipadamente e como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo •Acesso as gravações das edições anteriores Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. Vem , traga suas perguntas e dúvidas sobre transição e vamos junto plantar mais gente no campo!
Este foi um trecho da consultoria exclusiva em grupo na Tertúlia Literária 4. Nele, respondo perguntas feitas pelos apoiadores do projeto de publicação do "Meu Caderno de (ida para o) Campo", livro que estou escrevendo para apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica. Se você tem o sonho de fazer a transição para uma vida mais ecológica e não sabe por onde começar, ou já está no campo mas quer alinhar as vocações do lugar com as suas, eu tenho um convite: peça antecipadamente o seu exemplar do meu livro e ganhe reuniões de consultoria, que são exclusivas aos patronos do livro. Durante as Tertúlias Literárias vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •Seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. É simples, basta preencher os dados que você já entra para o grupo exclusivo de apoiadores. Além de viabilizar o projeto do livro com a edição, revisão e ilustração, você se conecta com uma rede de pessoas e tem acesso a uma consultoria coletiva que acontece semanalmente até o lançamento oficial do livro. Traga suas dúvidas e anseios e planeje a sua relocalização e seu empreendimento rural com ética social e ecológica, com mais segurança e fortalecimento, em rede. Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
O trecho do livro Meu Caderno de (ida para o) Campo lido na quarta Tertúlia Literária foi sobre a importância do registro em um caderno, quer para seus projetos de vida, de transição para o campo, quer posteriormente como caderno de campo. Essas reuniões de leitura, discussão sobre autores e consultoria em grupo sobre a transição são exclusivas aos apoiadores do meu livro, que está em fase de pré-lançamento. Se você tem o sonho de fazer a transição para uma vida mais ecológica e não sabe por onde começar ou já está no campo mas quer alinhar as vocações do lugar com as suas, eu tenho uma proposta especial : peça o seu exemplar do meu livro antecipadamente e ganhe reuniões de consultoria em grupo exclusivas aos patronos do livro, chamadas de Tertúlias Literárias. Durante esses encontros, vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •Seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. É bem simples, basta preencher os dados, mensagem de dedicatória (você pode presentear com o livro) e fazer o pagamento que você já entra para o grupo exclusivo de apoiadores, se conecta com uma rede de pessoas, recebe o link dos encontros e ainda participa da pesquisa para a escrita do livro.
O carneiro (touro, bode, porco pai de chiqueiro, etc.) é metade da qualidade do rebanho. Pelo menos é isso que dizem os criadores e assim justificam o preço alto dos reprodutores vendidos para quem produz comercialmente. Mas como animais P.O. (de sangue 'puro') podem melhorar a qualidade do rebanho comercial se as premissas entre os dois são tão diferentes? Quem vende genética seleciona pelo tamanho para impressionar os compradores. Para chegar nesse tamanho usam 'suplementos' e rações com grãos transgênicos. Mas os pequenos produtores comerciais precisam de animais saudáveis com o mínimo de insumo possível para serem viáveis. E se fosse possível criar esses reprodutores cada vez melhores e mais adaptados para nossa realidade (digital de complexidade) sem ter que investir tanto? E se esses machos escolhidos dentro do próprio rebanho nos livrassem da "Síndrome do Grande Carneiro" como explica Bjorn Johannson, o sueco que desenvolveu uma abordagem que dispensa a compra de reprodutores caros todo ano? Mais ainda, o que aconteceria se passássemos a medir a saúde do rebanho como um organismo único ao invés de medalhes e números estatísticos de cada indivíduo? Se medíssemos lucratividade por área nas pequenas e médias propriedades ao invés de performance por animal? Seguindo nos estudos para a seleção genética de animais adaptados ao meu Contexto Holístico, gravei uma conversa com o Bjorn há poucos dias. Entre outras abordagens, ele usa o endocruzamento (cruza entre parentes) e todo muita gente se assusta com isso. Mas em linhas gerais, defeitos escondidos em genes recessivos aparecem rapidamente e podem ser eliminados, enquanto o endocruzamento vai trazendo avanços exponenciais nos traços desejados para cada produtor depois do segundo ano. As linhas gerais são: - descartar sistematicamente todas as fêmeas que exigem intervenção (seja para ajudar no parto, remediar, vermifugar, etc.); sempre para o abate e nunca para outros criadores. Mas lembrando que nem sempre temos recurso para eliminar todas de uma vez, podemos eliminar só as piores em cada ano e, sabendo desse critério, não selecionarmos matrizes e machos à partir dessas fêmeas com exigiram cuidados (deixamos agendado a venda ou abate posterior delas); - selecionar fêmeas que não demandam cuidados e amadurecem rápido a pasto em nosso território. São as que entram no cio primeiro, engravidam primeiro, não precisam de assistência no parto e cuidam bem dos cordeiros. Ela precisam parir por volta dos 12 meses de idade. Quando são novas dificilmente terão partos gemelares, mas eles começam a acontecer no segundo ano e partir daí, os machos selecionados para a monta conjunta precisam devem vir dessas mães; - selecionar os melhores machos de cada safra como candidatos para a monta do ano. O peso ao nascimento e na desmama são bons indicativos. Buscamos os mais fortes e pesados, mas não os absolutamente maiores. A monta é feita em dois ciclos. Por exemplo, no caso dos ovinos, 35 dias (o ciclo do cio das ovelhas é de 17 dias), mas melhores matrizes e machos do próximo ano, serão os que nascem primeiro; - as comparações entre os nascidos ficam mais fáceis porque eles nascem todos na mesma época; - os carneiros são descartados todo ano depois da monta. Podem ser vendido como reprodutores ou abatidos para consumo. O melhoramento do nosso rebanho para o nosso contexto e lucratividade está ao nosso alcance, mas é preciso estudo, gestão, planejamento e sensibilidade.
Esse foi um trechinho da consultoria exclusiva em grupo na Tertúlia Literária 03, respondendo perguntas feitas pelos apoiadores do projeto de publicação do "Meu Caderno de (ida para o) Campo", livro que estou escrevendo para apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica. Participe! Acesse o link e compre o livro antecipadamente. Além de viabilizar o projeto do livro com a edição, revisão e ilustração, você se conecta com uma rede de pessoas e tem acesso a uma consultoria coletiva que acontece semanalmente até o lançamento oficial do livro. Traga suas dúvidas e anseios e planeje a sua relocalização e seu empreendimento rural com ética social e ecológica, com mais segurança e fortalecimento, em rede. Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
O trecho do livro Meu Caderno de (ida para o) Campo lido na terceira Tertúlia Literária foi escolhido o tema "a tensão entre autonomia e comodidades". Essas reuniões de leitura, discussão sobre autores e consultoria em grupo sobre a transição são exclusivas aos patronos do meu livro, que está em fase de pré-lançamento. Se você ainda tem dúvidas e desafios para superar, eu tenho uma proposta especial para te ajudar: peça o seu exemplar antecipadamente e ganhe reuniões de consultoria exclusivas para os apoiadores. Durante as Tertúlias Literárias vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •Seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link. Por favor, preencha os dados para a dedicatória (para quem será o livro), faça o pagamento e entre para o grupo exclusivo de apoiadores que estão participando da pesquisa para a escrita do livro.
Esse foi um trechinho da consultoria exclusiva em grupo na Tertúlia Literária 02, respondendo perguntas feitas pelos apoiadores do projeto de publicação do "Meu Caderno de (ida para o) Campo", livro que estou escrevendo para apoiar as pessoas decididas a fazer a transição ecológica. Esta tertúlia contou com a participação musical do Victor Mendes (que também compõe a equipe do projeto) apresentando duas canções (uma em parceria comigo e outra dele), que cantam a pertença ao território e celebram o bem viver no campo. Você pode ser um apoiador também e participar, acesse esse link. Não perde! A próxima tertúlia com leitura e consultoria vai acontecer nesta sexta-feira, 28 de fevereiro. Muito obrigado a todas as pessoas pela companhia nessa jornada.
O trecho do livro Meu Caderno de (ida para o) Campo lido na segunda Tertúlia Literária foi escolhido o tema Gestão Holística. Essas reuniões de leitura, discussão sobre autores e consultoria em grupo sobre a transição são exclusivas aos patronos do meu livro, que está em fase de pré-lançamento. Se você ainda tem dúvidas e desafios para superar, eu tenho uma proposta especial para te ajudar: peça o seu exemplar antecipadamente e ganhe reuniões de consultoria exclusivas para os apoiadores. Durante as Tertúlias Literárias vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link : Por favor, preencha os dados para a dedicatória (para quem será o livro), faça o pagamento e entre para o grupo exclusivo de apoiadores que estão participando da pesquisa para a escrita do livro. A próxima Tertúlia Literária será na sexta, dia 28/02/25 as 19h. Espero te ver por lá!
Esse foi um trechinho da consultoria exclusiva em grupo respondendo perguntas feitas pelos apoiadores do projeto de publicação do "Meu Caderno de (ida para o) Campo", um livro que traz histórias para inspirar e ferramentas para você realizar a sua relocalização. Se você ainda tem dúvidas e desafios para superar, eu tenho uma proposta especial para te ajudar: peça o seu exemplar antecipadamente e ganhe 3 reuniões de consultoria exclusivas para os apoiadores. Durante as Tertúlias Literárias vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar esse link. Por favor, preencha os dados para a dedicatória (para quem será o livro), faça o pagamento e entre para o grupo exclusivo de apoiadores que estão participando da pesquisa para a escrita do livro. A segunda Tertúlia Literária será na sexta, dia 21/02/25 as 19h. Espero te ver por lá!
Trecho do livro Meu Caderno de (ida para o) Campo lido na primeira Tertúlia Literária, as reuniões de leitura, discussão sobre autores e consultoria em grupo sobre a transição dos apoiadores do livro. O livro traz histórias para inspirar e ferramentas para você realizar a sua relocalização. Se você ainda tem dúvidas e desafios para superar, eu tenho uma proposta especial para te ajudar: peça o seu exemplar antecipadamente e ganhe 3 reuniões de consultoria exclusivas para os apoiadores. Durante as Tertúlias Literárias vou compartilhar fontes essenciais para quem deseja viver bem no campo e responder às suas maiores dúvidas sobre essa mudança. Como forma de agradecimento, você recebe: •Seu exemplar antes do lançamento, com uma dedicatória especial •seu nome na sessão de apoiadores do livro •Acesso ao grupo exclusivo Para garantir sua vaga e pedir seu livro, basta acessar o link nas minhas redes sociais ou na postagem do podcast no meu site. Por favor, preencha os dados para a dedicatória (para quem será o livro), faça o pagamento e entre para o grupo exclusivo de apoiadores que estão participando da pesquisa para a escrita do livro. A segunda Tertúlia Literária será na sexta, dia 21/02/25 as 19h. Espero te ver por lá!
As pessoas não compram 'o que' nós produzimos, elas compram o nosso 'porquê', nossa missão de produzir com ética ecológica amparando viveres dignos no campo. Nossos clientes mais fieis compram nossos produtos e serviços porque sabem estar comprando alimentos nutritivos e sem veneno, porque sabem que assim estão participando da cura do território e do tecido social rural. Em outras palavras, aquele grupo menor de clientes que compra vários de nossos produtos e serviços e pagam a maior parte das nossas contas, está na verdade pagando pelo sentimento de fazer parte de um projeto maior de pertença e cuidado com território, de construção de sistemas alimentares locais e éticos e de estar investindo da saúde de sua família. Nesse episódio da Jornada do Jardineiro conversamos sobre um assunto que espinhoso para muitos que produzem com ética ecológica; o marketing. Traumatizados pelo marketing corporativo e como ele ajuda grandes empresas a lucrar destruindo a natureza, muitos produtores rurais se negam a estudar sobre as estratégias de venda e com isso, passam a ter na venda direta um problema ao invés de uma solução. Falamos sobre um marketing limpo e estratégico para pequenos e médios produtores rurais que querem comercializar diretamente e como nossos negócios devem nascer de uma forma de empreender soluções dentro da nossa escala.
Uma conversa ao mesmo tempo despretensiosa e profunda sobre como podemos criar uma cultura agrária saudável, com ética ecológica e que celebre o viver rural. Nesse podcast eu converso, e filosofo um tanto, com o amigo Lucas Sigefredo da Fazenda Ser-Tão. O papo vai desde os desafios econômicos da produção agroecológica, passa pelo turismo de base comunitária como estratégia que compõe a viabilidade das propriedades e vai até o papel da arte e da educação nos empreendimentos que buscam não só se viabilizar, mas encorajar um viver agrário saudável e ético. Além de tudo isso, conversamos também sobre a situação desafiadora que vivem as pessoas que buscam curar o tecido social e cultural de Brumadinho depois do crime ambiental sofrido pela pessoas da região. Essa parte da conversa foi muito além dos clichês de muitos que abordam o tema.
O sustentável não é viável. Quando, depois da primeira conferência climática, os cientistas recomendaram que nossa economia se voltasse para o desenvolvimento ecológico, o lobby do império americano trocou o termo para “desenvolvimento sustentável”. De lá para cá o marketing verde vem alienando cada vez mais as pessoas do que realmente é ecológico. Mas não precisamos esperar que mudanças vindas de cima garantam o cuidado com os ecossistemas. Podemos nós mesmos atrelar a lucratividade de nossos empreendimentos com a constante melhora da nossa saúde e qualidade de vida, assim como do aumento da biocapacidade da nossa propriedade. Esse episódio é sobre a estrutura de gestão que garante esse cuidado e sucesso integral. #jornadadojardineiro #gerenciamentoholístico #planejamentofinanceiro
De uma decepção profunda com o corporativo da indústria do agro e de um sonho de uma vida boa e saudável em família, o agrônomo Vinícius Soares, passou o produzir o primeiro queijo Canastra orgânico do Brasil. Junto com seus pais e família em geral, o Vinícius toca a Faz O Bem Orgânicos, uma fazenda da pecuária leiteira que busca inovar com princípios de produção ecológica como o Gerenciamento Holístico e os sistemas silvopastoris. O propósito deles é: “DESAFIAR, TODOS OS DIAS, OS PROCESSOS CONVENCIONAIS DE PRODUÇÃO E CONSUMO DE ALIMENTOS”. Nossa conversa vai desde a origem do queijo premiado que eles produzem, passa pela inovação do queijo Tardezinha, discute a necessidade da comercialização direta, se a certificação é mesmo vantajosa para o pequeno produtor e vai até algumas questões de gestão e marketing da Faz O Bem Orgânicos. Um podcast maravilhoso para quem quer se inspirar e se tornar um artesão ou artesã do campo. #queijocanastra #gerenciamentoholístico #pecuárialeiteira #pecuáriaregenerativa #oagromata #agronegócio
Nesse episódio do Podcast Impacto Positivo eu converso com o veterinário, pecuarista e permacultor Antônio El Zayek. Além de ser um profissional muito competente, o Zayek também é um excelente comunicador ou, como dizemos no campo, um grande contador de causos. Conversamos desde a integração das ações na macro e micropolítica para protagonizar as mudanças que precisamos ver no mundo, falamos sobre a força que os exemplos coerentes trazem e chegamos até as possíveis configurações legais com as quais podemos empreender e nos viabilizar com as ecovilas. Um conversa descontraída sobre assuntos sérios e que destila muitos anos de experiência do Zayek com ecovilas e propriedades de ocupação múltipla.
Vale a pena a certificação orgânica para a pecuária? Por que não temos certificações como a Regenified, do Gabe Brown e associados, a do Rancho Niman, do esposo da Nicolete que escreveu Defending Beef: The Case for Sustainable Meat Production ou mesmo do Instituto Savory? Meus alunos e eu tivemos essa conversa há umas semanas atrás na Comunidade I.P. e expliquei que acredito que se o recurso, o tempo e a energia empregados no processo de certificação for empregado no estudo para melhorar a produção e na melhoria da comunicação para venda direta, a certificação se torna obsoleta. O Mister Peebles carinhosamente aceitou o convite para conversar sobre o tema e trouxe uma alternativa que se adequa muito melhor para as pequenas e médias propriedades, o Selo Arte. A conversa que segue foi em torno das vantagens e desvantagens dos processos de certificação e como o Selo Arte abriu uma alternativa para produtores artesãos escoarem seus produtos por todo o pais. A necessidade da comercialização também foi reforçada pelo Mister Peebles, mas mais interessante ainda foi a fórmula de valor que ele compartilhou: V=ECO3+BP=DN Quer entender como essa fórmula pode te ajudar a ser um melhor pecuarista ecológico? Só assistir ou ouvir o podcast ;) #seloarte #pecuáriaecológica
"A chave para gerar renda não está nas coisas que você vende, mas em como você reinveste o dinheiro ganhado." (Allan Savory) A cadeia de produção primária tem 3 estágios: conversão de recursos (luz solar e água em vegetação), conversão de produtos (vegetação em produtos) e conversão de produtos em dinheiro (comercialização). Nosso desafio não está em aumentar a produtividade, mas em cortar custos e aumentar a margem de lucro para que possamos sustentar vidas dignas, autônomas e saudáveis no campo. São os gastos acumulados que ameaçam a viabilidade dos empreendimentos rurais, não a falta de produtividade (Hutchings). Por isso, devemos correr de consultores e serviços de extensão que falam o tempo todo em aumentar produtividade. Produtividade a que custo? De muito insumo químico? De longas horas solitárias de trabalho? Da saúde do solo? Da perda de biodiversidade? O que precisamos é de boas margens de lucro vindas de empreendimentos que melhoram a saúde ecológica do lugar e nos propiciam uma vida boa e digna! A grande maioria das pessoas que tem ética e conhecimento ecológicos, para além do desafio de cortar custos, vem o desafio da comercialização. Para pequenos e médios produtores rurais, a comercialização por meio da venda direta também é um dos maiores desafios, mas ela traz a chance de uma 4a conversão: de produtos de alta qualidade em reputação. O 3° episódio da 3a temporada da #jornadadojardineiro está disponível nas plataformas de áudio e vídeo. Em qual estágio de conversão está o gargalo do seu empreendimento rural? #gerenciamentoholístico #gestãoimpactopositivo #planejamentorural #empreendedorismorural
O que é o dinheiro? Existem outras tipos de dinheiro e formas de capital com os quais podemos viabilizar mais rapidamente vidas e empreendimentos rurais com ética ecológica? Essas são algumas das questões que venho abordando na 3a Temporada da Jornada do Jardineiro, junto com a necessidade de nos organizarmos financeiramente para não ficarmos dependentes do voto de cabresto (voto que garante algumas políticas públicas, empurra goela abaixo uma série de incoerências éticas da "esquerda") ou da "benevolência corporativa" (editais pseudo-socioambientais usados por grandes empresas para minerar dados dos que trabalham com ética ecológica). Fica evidente que precisamos investir no tecido social e empreender de forma autônoma as soluções para materializarmos essa vida com ética ecológica. Fica evidente também que precisamos reaprender a cooperar e colaborar (trabalhar juntos) com urgência. Mas isso traz ainda mais desafios: como nos organizar legalmente para ampararmos a dignidade e reconhecermos, em pé de igualdade, as formas de capital envolvidos nessas parcerias? Como garantir que "a corda não vá arrebentar do lado mais fraco", com as pessoas já vulnerabilizadas e fragilizadas pela falta de capital finaneiro? Para buscar respostas para essas perguntas, eu conversei com o advogado, mestre de jiu-jitso Zen e forrozeiro Alexândre Girão. O Alê, como é mais conhecido pelos amigos, tem se dedicado a elaboração de acordos legais que resolvem essas questões e por isso podem acelerar a transição das pessoas, assim como a viabilidade de quem vive no campo e precisa de cada vez mais parcerias. Ter um Contexto Holístico que informe os estatutos e os contratos é essencial. Assim como assinar os termos que rezam o desfazimento das parcerias no momento em que assinamos o começo. Obrigado Alê, por enfatizar a necessidade de enfrentarmos algumas burocracias como forma de auto-cuidado e desenvolvimento pessoal!
“Precisamos desconfiar do modo de ver a filosofia do individualismo como a fonte ao invés do resultado do bem estar material. Mais, deveríamos esperar que as crenças e valores que se desenvolveram com uma base energética crescente, provavelmente serão disfuncionais - até destrutivas - em um mundo com a energia limitada e decrescente.” (Holmgren, 2002.p.2) Colocando de outro modo, retornaremos a modos mais coletivos e cooperativos de manutenção da vida. Essa mudança de paradigma, que enxerga a associação com outros humanos não como “complicada”, mas como natural e necessária, ainda dentro do sistema vigente e preparando outro viver, é a maior mudança que precisamos fazer e a que tem maior retorno (resultados) pelo que foi investido. Nesse segundo episódio da terceira temporada da Jornada do Jardineiro abordamos duas estratégias essenciais para quem empreende com ética ecológica e social: - os 3 tipos de dinheiro, de papel, mineral e solar, como uma maneira de pensar a gestão de negócios rurais que melhoram a saúde do território (Savory); - e as 8 formas de capital, como formas de criar parcerias mais justas e horizontais em torno da vida e empreendimentos rurais que preparam esse futuro mais cooperativo e comunitário (Landua e Roland) #8formasdecapital #gerenciamentoholístico #empreendedorismorural #jornadadojardineiro #declínioenergético
É sensato seguirmos apostando em soluções macro (que ignoram as nuances de cada território) vindas da macropolítica, tendo tantas evidências de que o sistema vigente está cada vez mais cooptado pelas corporações? As evidências compiladas nas últimas décadas confirmam a melhora ou a decadência da autonomia, saúde e dignidade das pessoas comuns? Nessa terceira temporada da #jornadadojardineiro eu abordo um assunto espinhento para o socioambiental e grande parte dos produtores agroecológicos no Brasil: a necessidade de protagonizarmos a dimensão econômica do nosso viver com ética ecológica e sem contar com políticas públicas e editais corporativos para que tenhamos sucesso.
"O dinheiro está para o tecido social como a água para a paisagem. É o agente de transporte, o delineador e carreador das trocas. Como água, não é o montante total de dinheiro entrando para uma comunidade que conta; é o número de usos e deveres para os quais nós podemos direcionar o dinheiro e o número de ciclos de uso que mede a disponibilidade de determinado dinheiro." "Nós deveríamos desenvolver ou criar riqueza, assim como desenvolvemos paisagens, nos concentrando na conservação da energia e dos recursos naturais (diminuindo a necessidade de ganho), desenvolvendo recursos procriativos (proliferando florestas, pradarias e ecossistemas), reduzindo a criação de recursos degenerativos (estradas, monumentos, cidades) e constantemente nos desinvestindo de qualquer riqueza excedente para esses fins. " (Mollison, 1988. p.534). A injustiça do nosso tempo é que as pessoas que menos tem condições de investir em uma vida autônoma e saudável, são as que mais tem necessidade de fazê-lo! Mas independente da condição econômica, para vivermos bem no campo precisamos gastar o menos possível, evitar dívidas que coloquem nosso viver em risco e planejar serviços e produtos que nos remunerem justamente. Nesse último episódio da segunda temporada da Jornada do Jardineiro abordamos as camadas #9Economia e #10Energia da EPLC. Nota: A aula magna do David Holmgren "Desenho para prevenção, combate e resiliência contra queimadas" alcançou bastante gente interessada em praticar as soluções graças ao apoio do Sérgio Pamplona, Jorge Timmermann, Nilson Dias, equipe do NEPerma, alunos e amigos que compartilharam em suas redes. Muito obrigado a todos vocês! Uma pena que muitas pessoas com bastante alcance nas redes e um discurso de abundância, não conseguiram compartilhar sua autoridade recomendando a aula.
Entre a abordagem química degradante e a biológica preconizada por cientistas como Ana Primavesi e Albert Howard, Yeomans encontrou uma interveção mecânica, hídrica e geomorfológica que junto com a integração de corredores florestais e o manejo apropriado dos animais, conseguia criar mais de 20cm de solo vivo e saudável em poucos anos. Esse episódio fala da camada #8solo na EPLC. "Mesmo com todas as nossas conquistas, devemos a nossa existência aos 15cm de solo superior e à chuva". A história do declínio das civilizações passa sempre pela soberba, extrativismo e desconexão com o chão que pisamos. "Essa camada é feminina, tem alma, abriga a vida. Recebe sementes que nela criam raízes. Se renova a cada 28 dias com o passar da lua. Seus cabelos, a vegetação, colhem a energia do sol com a qual ela alimenta do micro à megafauna. A água da chuva, que escorre em seus cabelos chega às suas fendas recarrega lençóis freáticos, rios e lagos, mas antes mata a sede de todos que habitam nela. Como uma mãe, sempre guarda um pouco para a providência. "Com o sol, a água e toda a biodiversidade essa camada gera TODOS OS NUTRIENTES que amparam a vida dá uma função saudável as paisagens. Relacionamentos de interdependência complexos onde um não pode funcionar bem sem os outros. Onde o dar de todos cria algo novo, maior e misterioso. "Não devemos pisar nessa camada, mas habitá-la. Ao vê-la descoberta ardendo ao sol ou queimando de frio, devemos cobrí-la. E antes de tirarmos o que queremos, precisamos nutrí-la. Nutrida ela dá mais do que precisamos! Tem cheiro doce! Amada, cresce em mistério e complexidade. Ela recebe o sol, purifica a água, gera e nutre a vida. O substantivo masculino não dá conta de representá-la! Os trechos acima são do texto "Solo um Substantivo Feminino" e cabem bem para descrever esse episódio sobre a camada 8 da EPLC na #jornadadojardineiro #escaladepermanênciadalinhachave
As primeiras cercas fixas eram cercas vivas mantidas pelos proprietários ou artesãos especializados. Durante muito tempo usamos cercas de pedra, quase sempre construídas por trabalho escravo. Com o advento da cerca de arame farpado no final do século 19, conseguimos cercar melhor as propriedade. Com isso, gradualmente abandonamos as cercas e passamos a usar as de arame, causando grandes danos aos ecossistemas e movimentos migratórios dos animais. A habilidade de desconsiderar cercas existentes enquanto desenhamos é essencial para conseguirmos criar fluxos mais energeticamente eficientes na prioridade (Dan Palmer). O Yeomans confirma essa noção quando dizia que “a maioria dos produtores só acerta o lugar da cerca perimetral.” As cercas são investimentos caros. Seu posicionamento, orientação em relação ao relevo, ao sol e o tipo de produção, podem melhorar ou piorar o funcionamento, a lucratividade e a qualidade de vida em uma propriedade. Quanto mais móveis, eficientes, adaptadas ao contexto de cada um, melhor. Episódio sobre #7cercasesubdivisões disponível nas plataformas de áudio e vídeo.
Até relativamente pouco tempo atrás os recursos para construção de edificações econômicas e multifuncionais tinham que vir da própria propriedade ou da biorregião e o maior insumo era o conhecimento de hidráulica, arquitetura e engenharia. Enquanto foi assim, o conhecimento tradicional nos ensinava a construir com recursos renováveis, com autonomia e soberania de insumos e ferramentas com eficiência energética; tanto em relação aos meios de construção quanto ao conforto térmico. A regionalidade nos ensinava rapidamente sobre a biocapacidade tornando o esgotamento de recursos ou o saneamento mal feito uma punição quase que imediata. Da revolução verde para cá, as edificações de moradia e produção passaram a custar um percentual muito alto da liquidez dos empreendimentos rurais. É possível dizer que a propaganda da escala industrial usa o custo das edificações de produção para amarrar o produtor rural em um financiamento onde ele perde o domínio de sua propriedade. No papel a propriedade é do produtor, mas na prática é do banco que cria uma plataforma de escoamento para as corporações mineradoras, farmacêuticas e petroquímicas. Produtores rurais de sucesso concentram seus esforços na criação de uma fazenda móvel, onde o capital está no conhecimento, na informação e no manejo e não na infraestrutura. (Salatin)
Nossos sistemas de produção vegetal e animal, assim como empreendimentos que não estão no setor primário, devem estar a serviço da nossa viabilidade, qualidade de vida e saúde do território ao mesmo tempo. O território rural é a base a partir da qual nós podemos criar viabilidade à partir da eficiência energética e aumento da biocapacidade. Em todo ecossistema, quando os 4 processos ecossistêmicos funcionam bem, a sucessão ecológica aporta cada vez mais espécies de longo prazo e de maior porte. É esse excedente ecológico que devemos transformar em viabilidade. Quando não desenhamos nossos sistemas de produção para funcionar assim, passamos a ter que compensar com insumos as agressões contra os processos ecossistêmicos e o cabo de guerra contra a sucessão ecológica. Quando pensamos primeiro as camadas #1Clima, a #2Geografia, #3Água e #4Acessos otimizamos o fluxo solar energético (pelo aspecto e a localização), a eficiência energética (pela topografia) e a irrigação (por gravidade). Aliada com os princípios de cobertura de solo e decomposição biológica da matéria orgânica (ciclagem de nutrientes), de estratificação (fluxo solar energético), de infiltração da água de chuva (apoiada pelos dois anteriores), a EPLC nos torna mais eficientes na utilização dos sistemas de produção para otimizar a saúde ecológica do lugar. Esse é o episódio n.06, da segunda temporada da Jornada do Jardineiro, sobre a camada #5SistemasdeProdução Já disponível nas plataformas de áudio e vídeo.
Estradas rurais mal posicionadas no relevo acarretam muitos gastos extras com manutenção, desgaste de veículos, dificuldade de acesso e prejuizo com erosão (e.g. solo que se esvai em ravinas e voçorocas). Enxergar as estradas como "telhados" do terreno captando água para ser redistribuida e armazenada em pontos específicos levou o Bill Zeedyk a aconselhar sempre que "é melhor uma estrada mal feita no lugar certo que uma estrada bem feita no lugar errado". A EPLC nos ensina a enxergar a estrada como sistemas de capitação e distribuição de água e de orientação dos serviços (e.g. encanamentos, eletricidade e serviços em geral). O estudo do #1clima, da #2Geografia e da #3Água nas camadas anteriores orienta a implementação das estradas alinhadas pelas cumeeiras ou pelas curvas de nível. Os canais de conservação de água, a #LinhaChave , as valas de irrigação por inundação e o posicionamento das barragens nas áreas mais planas na propriedade dialogam diretamente com o posicionamento das estradas. Em suma, as estradas são estruturas relativamente muito fixas (camada #4 das 8 originais) que devem ser bem planejadas, implementadas e mantidas. Elas tem papel importante no sucesso energético, econômico e hídrico da propriedade. #escaladepermanênciadalinhachave #4acessoseserviços #planejamentodepropriedadesrurais
Os animais bem manejados também plantam água! A descoberta de como nosso manejo dos animais pode impactar positivamente o ciclo da água em nossas propriedades é do Alan Savory (@asavory2018 ) ecologista Zimbabuano que vem há mais de 6 décadas usando animais para recuperar ecossistemas que vinham sendo desertificados pelo manejo industrial e pela biologia da conservação. Para garantirmos água limpa e viabilidade econômica na produção agrícola para as próximas gerações, precisamos produzir alimentos melhorando cada vez mais a ciclagem de nutrientes no solo e o ciclo da água em nossas propriedades. Precisamos maximizar a capacidade de fotossíntese e a biodiversidade de nossos sistemas, mas para isso precisamos ter acesso a água em um contexto em que as mudanças e o controle climático dificultam muito para a produção primária. Esse quadro de negligência com a saúde do solo e do ciclo hidrológico em nossas propriedades tem causado um processo acelerado de desertificação e longos períodos de estiagem alternados com enxurradas repentinas em muitos lugares. Assim como os sistemas agroflorestais, a pecuária bem manejada tem papel central na recuperação do ciclo hidrológico, mas o manejo precisa ser natural. A água, camada 3 da EPLC é o tema dessa convers com o @victorciintra_ nesse episódio mais recente da da Jornada do Jardineiro. Também disponível nas plataformas de áudio. Conto com o seu apoio para levar esse cuidado com a água para o maior número possível de pessoas dispostas a viver com ética ecológica ;) #água #3Água #jornadadojardineiro
Entender como a água se comporta no relevo é fundamental para desenvolvermos um cuidado ético! A Geografia da Linha Chave aborda o relevo pelo entendimento de linhas primordiais. O nível do mar é a linha à partir da qual entendemos altitudes. Os talvegues são as linhas de escoamento de água; por meio das quais os continentes devolvem as águas para o mar. Esse acúmulo de águas nos talvegues se dá porque a água sempre escorre perpendicular (a 90°) à curva de nível. E as cumeeiras, são as linhas divisoras de água no relevo e, por consequência, são lugares mais secos e com menos sedimentos (solos mais rasos). Essas três linhas acontecem naturalmente. O lugar, em um talvegue, onde a água vem de um movimento rápido com potencial erosivo para um de deposição de sedimentos é o Ponto Chave. Desse ponto o Yeomans derivou a Linha Chave. A Linha Chave é um conceito humano que pode ser utilizado em conjunto com as outras linhas naturais para melhorar a hidrologia, prevenir erosão e maximizar a produção nos terrenos onde intervimos. O Ponto Chave é o ponto a partir do qual temos o melhor custo benefício entre movimento de solo e quantidade de água armazenada. Acima desse ponto é possível armazenar água em açudes de contorno (ou de curva de nível) localizados em cumeeiras ou açudes de sela (entre duas protuberâncias na linhas de uma cumeeira). Abaixo da Linha Chave Yeomans traçava uma outra linha em curva de nível para irrigar tratos de terra por inundação. Essas linhas são conceituais. A junção das linhas naturais com as conceituais permitem entender o terreno em 4 áreas: uma de captação de água, uma de armazenamento, uma de utilização e uma de reaproveitamento. E leitura do relevo por meio das ordens (principal, primária, secundária, etc.), das linhas divisoras (cumeeiras) e das linhas de escoamento de água nos permite derivar o que Yeomans denominou Unidades Primárias de Terreno.
Você já parou para pensar em como o seu estado emocional pode influenciar a forma como você percebe e interage com o mundo ao seu redor? No episódio 2, mergulhamos fundo no conceito de "clima da mente", discutindo como o nosso estado emocional e psicológico afeta a vida cotidiana, tanto em ambientes urbanos quanto rurais. Exploramos como essas emoções e mentalidades impactam não só a nós individualmente, mas também as comunidades em que vivemos. Além disso, falamos sobre o clima em um sentido mais amplo e geográfico. Discutimos como o clima afeta diretamente nossos ecossistemas, influenciando a agricultura, a urbanização e as atividades humanas em geral. Analisamos as diferentes zonas climáticas do mundo, como tropical, temperado, polar e árido, e como cada uma dessas zonas influencia a vida das pessoas, determinando o tipo de vegetação e fauna, assim como as práticas sociais e econômicas predominantes. Também discutimos o impacto das mudanças climáticas e como elas estão alterando padrões climáticos, resultando em eventos extremos como secas e inundações, que têm consequências significativas para nossas vidas e para a saúde do planeta. Abordamos ainda a existência de microclimas, pequenas variações dentro de uma mesma região, que são influenciadas por fatores locais como montanhas e corpos d'água, e como esses microclimas afetam a biodiversidade e as atividades humanas.
Acredito que quanto mais tivermos pessoas vivendo vidas dignas no campo, amando e cuidando de seus territórios, melhores serão nossas chances de voltarmos a atuar melhorando os lugares onde vivemos. Não acredito que consigamos reverter os estragos já feito até aqui pela elite financeira, mas paradoxalmente, quanto mais pessoas adotarem um estilo de vida frugal e autônomo voluntariamente, melhor conseguiremos amparar as pessoas quando a escassez energética causar ainda mais crises, controle e injustiças nos centros urbanos populoso. Paradoxalmente também, quanto menos ligados nos movimentos homogêneos (de esquerda ou de direita), quanto menos capital investido nos bancos, quanto menos trabalho na sistema vigente e quanto menos consumo na economia ortodoxa, maior são nossas chances de inspirar mudanças na pequena escala e, em rede, esse desinvestir no modelo industrial talvez seja o suficiente para quebrá-lo (Holmgren, 2015). É com sonho dispretencioso na escala e ambicioso no cuidado com as pessoas e os territórios que lanço a segunda temporada da Jornada do Jardineiro, dessa vez com os capítulos (relaxadamente) organizados em torno da Escala de Permanência da Linha Chave. Vamos conversar desde os desafios do 'clima da mente' (Doherty, 2017) e das mudanças climáticas, até a saúde do solo, passando pela autonomia hídrica (fundamental daqui para frente), pelas estradas, os sistemas de produção, de moradia e as cercas. Receber e responder os comentários e emails vai ser um prazer (como foi na primeira temporada).
Vivemos um tempo em que a maioria fala de direitos e quase ninguém fala de deveres ou responsabilidades. Um tempo em que as tecnologias não vem para facilitar o trabalho humano, mas nos dar a falsa sensação de que podemos viver sem limites biofísicos. Um tempo em que as pessoas dizem amar e querer proteger a natureza, mas que ao invés de aspirarmos por pertença e intimidade com nosso território, aspiramos por 'liberdade geográfica'. Nenhuma quantidade de tecnologia pode substituir satisfatoriamente a inteligência humana rural. Uma cultura agrária saudável tem memória ancestral, conhecimentos, valores e aspirações. Ela revela os limites humanos, esclarece nossos laços inescapáveis com a Terra e uns com os outros e assegura que enxerguemos as restrições necessárias e que nosso trabalho (para com a terra) fosse feito e bem feito (Wendell Berry no Simpósio 'Agricultura para um Planeta Pequeno' em Spokane, Washington, 1974). Precisamos de um propósito claro, que nos torne capaz de ver com muita clareza o futuro de nossas propriedades se quisermos ser bem sucedidos em nossas relações, nosso cuidado com a terra e nossa economia. Sem esse propósito bem definido e sem essa visão de um legado de sucesso integral, a maioria das pessoas vai passar sua vida no campo correndo de um lado para outro, resolvendo pepinos eternos e sem nunca saber se está realmente construindo a vida desejada e preparando a propriedade para as próximas gerações. Esses são os temas do último episódio da Jornada do Jardineiro. Espero, com muito carinho, que os temas abordados tenham somado no caminho de cada um de vocês que escolheram protagonizar suas vidas cuidando das pessoas e da natureza.
Um pouco sobre planejamento, um pouco sobre dúvidas práticas e específicas, um fechamento explicando como vocês todos são muito importantes e fazem parte da minha visão de futuro e mais um tantão de perguntas que vocês enviaram e respondi com muito carinho. Não esperava tanta interação e essa foi uma surpresa muito gostosa para mim. Vamos desde de tamanho ideal de propriedades, soluções práticas para quem quer viabilizar mais pessoas em suas propriedades até dúvidas bem específicas sobre qual profissão viabiliza a transição mais rapidamente. Foi um bate papo bem solto, que caminhou por várias direções com a ajuda e participação do "Vitão" Cintra. Tão bom e com tantas perguntas que vai ter parte dois do "me pergunte qualquer coisa" daqui umas semanas. Peço que cada um compartilhe com sua curadoria em ajudando a levar esse trabalho para mais pessoas. Muito obrigado minha gente!
Temos a cultura de negligenciar etapas importantes como mapeamento, planos de viabilidade e de negócio e planejamento da propriedade. Essa mesma cultura enaltece como heróis e heroínas as pessoas que tem uma vida sofrida em nome da agricultura familiar agroecológica e depois não entende porque não consegue reverter o êxodo rural. A Agroecologia, a Aermacultura, o Gerenciamento Holístico e a Escala de Permanência são ciências do desenho ecológico que abordam o planejamento de áreas ou propriedades. Paradoxalmente, a maioria das pessoas que vive no campo sofre de falência afetiva e econômica, de uma vida trabalhosa e sem tempo, exatamente pela falta de planejamento. Nesse 7° episódio da Jornada do Jardineiro eu e o Victor conversamos sobre porque eu uso a EPLC e não a Permacultura para planejar propriedades, eu falo sobre os primeiros passos mais práticos para planejar uma propriedade que se encaixe com a sua Digital de Complexidade e compartilho os erros mais comuns na compra e/ou funcionamento de uma propriedade rural. É com muito carinho e intuito de que as pessoas vivam da melhor forma possível no campo, que solto essa conversa recheada de lições destiladas ao longos dos anos. Meu caminho foi mais fácil por conta dos mentores que encontrei e minha missão, cumprindo o papel de sucessão, é facilitar o de quem caminha comigo. Faça seu mapa com o Vitor da Cardeal: https://www.instagram.com/cardealmap?igsh=bWcxdHNoZXZ1aDE5
Existe uma diferença enorme entre gestão e prática, entre princípios e prática. Nossos sistemas de produção ou os serviços que prestamos são práticas. O alinhamento da nossa vida com os princípios é ética ecológica é uma questão de termos uma gestão integral. A maioria das pessoas que vivem (ou querem viver) no campo não conseguem entender a importância de ter uma estrutura de gestão porque não tem um propósito claro, definido. "Viver no campo" não é um propósito, é uma condição. "Viver em segurança financeira, melhorando a saúde das pessoas, das relações sociais e dos ecossistemas em nosso território" é um propósito claro, que qualifica a vida que queremos levar e a função que escolhemos ter. A partir de um propósito claro e integral, a importância de uma estrutura de gestão se torna evidente: como posso medir que estou sendo útil para o ecossistema onde vivo?; como posso saber que o que faço e como vivo melhora a vida das pessoas a minha volta?; como desenho estratégias para viver financeiramente seguro enquanto desempenho a vida que desenhei para mim? O propósito nos dá um contexto para agir e se o propósito é integral, precisamos agir de forma a fortalecer a saúde das dimensões social, ecológica e econômica. Fazer muitas tarefas sem conseguir avaliar se elas estão construindo a vida que queremos é a raiz da falta de tempo, que por sua vez é comum de quem, no campo ou não, não tem um propósito e um contexto definidos. Estar o tempo todo ocupado, não significa estar levando uma vida de sucesso. Viver se dedicando a práticas ecológicas, também não. Só um propósito e um contexto integrais podem garantir que o caminho para a vida que queremos levar seja uma amostra dela.
A maioria de nós é testada o tempo inteiro sobre o que não sabemos. A cultura familiar, o sistema escolar, os concursos públicos… nos tornam inseguros em relação aos nossos sonhos, vocações e, em última instância, nossas decisões. No processo de criar uma vida alinhada com nossas vocações, propósito, qualidades de vida e vontade de atuar de forma positiva no território, precisamos confiar no que sabemos e que seremos capazes de aprender o que precisamos a cada passo. Só assim nos tornamos especialistas da própria complexidade. Só assim podemos fazer do caminho uma amostra da vida que estamos construindo. Nesse episódio falamos sobre qual bagagens devemos deixar para trás, incluindo as bagagens culturais, afetivas e relacionais, e o que precisamos levar para nossa jornada em termos de cuidado, de olhar, de dedicação e ética. Falamos também sobre a importância de termos não só um Contexto Holístico, mas o registro das nossas decisões, o contexto no qual foram tomadas e o futuro (temporal e físico) que pretendemos construir com elas. A jornada é para a vida toda. Precisamos ser gentis com nós mesmos, encontrar em nosso diálogo interno o mesmo apoio que damos para os amigos queridos. Tudo isso com uma visão muito clara, detalhada e integral do futuro que estamos construindo para manter a persistência, a adaptabilidade e o impacto positivo durante a jornada. Fico no aguardo das perguntas e comentários, assim como da curadoria de vocês no compartilhamento desse trabalho de plantar pessoas no campo. Obrigado pela companhia na jornada!
Nesse episódio da Jornada do Jardineiro eu trago uma pergunta importante para refletirmos: é possível construir ética ecológica vivendo uma vida energeticamente deficitária? Vivemos um tempo em que a maioria que diz se importar com a natureza consegue no máximo praticar um ambientalismo de sacrifícios… Escovas de dente de bambu da Colgate (compradas nos supermercados), banhos de 4 minutos enquanto o agronegócio usa 80% da água do país, alimentação ‘orgânica', mas sem conhecer quem produz… Esse tipo de ‘esforço', como bem explica o Krenak, é uma busca egoista. Tem muito mais a ver com aplacar a culpa e sinalizar um “estou fazendo o que posso” do que com realmente agir onde podemos ser eficazes. Só no campo podemos empreender com ética ecológica criando excedentes energéticos. E você não precisa começar comprando uma propriedade para empreender dessa maneira. Nesse episódio da Jornada do Jardineiro eu converso sobre empreendimentos rurais que trazem excedentes para o solo, para as plantas, para os animais mantendo a dignidade e qualidade de vida das pessoas. Argumento que a viabilidade verdadeira (para a economia familiar e local) é uma função do aumento da biocapacidade, da melhora da saúde dos processos ecossistêmicos. A conversa é sobre empreendimentos que para além de cuidar da saúde da propriedade, criam vidas dignas, autônomas e soberanas para as pessoas que os protagonizam.
Curso Gestão Impacto Positivo (Aprenda a desenvolver um Contexto Holístico para tomar decisões que trazem sucesso ecológico, social e econômico para sua vida): https://euricovianna.com.br/curso-gestao-impacto-positivo/ Existe uma diferença muito grande entra prática e gestão. Os sistemas de produção são uma prática, mas a gestão é composta por um conjunto de decisões. A maioria das pessoas nem faz essa distinção. Esse episódio da Jornada do Jardineiro se chama "A Grande Decisão de Mudar de Vida, e nele abordamos a diferença entre prática e gestão e compartilhamos muitos dos erros mais comuns que as pessoas cometem ao decidirem levar uma vida em conexão com a natureza. Há milênios nós sabemos pensar de forma integral, mas o problema é que não fazemos a gestão, não tomamos nossas decisões de forma integral. Praticamente todos nós, no ato da decisão, decide sobre uma ação para saciar um desejo, suprir uma necessidade ou resolver um problema. Essa é uma observação do Savory que descreve muito bem porque muita gente tem muitos problemas não previstos quando decidem se mudar para o campo, assim como descreve porque a maioria das pessoas que já vivem no campo, diz se importar com a saúde ecológica do lugar, mas não consegue produzir com o rigor da ética ecológica. Durante o podcast também destrinchamos como tomamos decisões e porque nossa forma de decidir é reducionista e reativa e passamos a discutir como constituir empreendimentos com gestão integral (ecológica, econômica e social). Estudando uma gestão integral e o planejamento antes de fazer essa mudança, podemos entender nosso contexto, que é único. Dessa forma, economizamos muitos erros, tempo, energia e recursos e nosso alimento e nossas ocupações se tornam um constante regenerar da biocapacidade do lugar que escolhemos viver.
A vida no campo é complexa e para conseguirmos navegar essa complexidade e protagonizarmos a vida que queremos é preciso uma gestão integral e o planejamento da propriedade com base no desenho ecológico. "A Complexidade da Vida Rural" é o segundo episódio da Jornada do Jardineiro e nele nós compartilhamos os erros mais comuns das pessoas que decidem ir para o campo e como podemos economizar muito tempo, energia e dinheiro estudando uma gestão integral e o desenho ecológico antes de fazer essa transição. O viver no campo é composto por vários viveres... Arte, logística, comércio, turismo, e educação, por exemplo, estão entre as opções de empreendimento que podem compor uma vida rural digna e com ética ecológica. Nem tudo no campo é sobre a produção primária, mas entender o que o lugar produz naturalmente é uma lição de sensibilidade, conexão e sabedoria que harmoniza nossa produção e serviços com as aptidões climáticas, ecológicas, do solo e da cultura da região. Estudando uma gestão integral e o planejamento antes de fazer essa mudança, podemos entender nosso contexto, que é único. Dessa forma, economizamos muitos erros, tempo, energia e recursos e nosso alimento e nossas ocupações se tornam um constante regenerar da biocapacidade do lugar que escolhemos viver.
Quero convidar você para ouvir/assistir e participar da Jornada do Jardineiro - do êxodo urbano ao bem viver no campo, um podcast inédito com 9 episódios onde compartilho com você a minha leitura da paisagem cultural, econômica e energética e o porquê o viver no campo é uma das soluções mais importantes que podemos adotar para as crises do nosso tempo. Para esse podcast eu conto com a participação especial do Victor Cintra (o Vitão), que trabalha comigo na produção do meu podcast e canal, para fazer a ponte entre você e eu. Ao longo dos 9 episódios o Vitão vai trazer seus comentários, dúvidas e perguntas para dentro dessa jornada que traz o viver no campo como solução para a crise política, econômica, cultural e ecológica que vivemos. Abrindo essa série nós trazemos “O Colapso e o Êxodo Urbano” no EP.01. Nesse primeiro episódio eu te empresto a minha leitura da paisagem política, energética, agronômica, sanitária e cultural para mostrar que já vivemos um colapso. As crises que vivemos só não são apresentadas dessa forma porque não é vantajoso para a elite financeira que tenta controlar as narrativas. Mas não vamos ficar só na constatação do ruim que está posto, vamos falar também de como ver nosso tempo dessa forma abre possibilidades poderosas e eficazes para o nosso protagonismo coletivo. A Jornada do Jardineiro: do êxodo urbano ao bem viver no campo vai ao ar toda sexta feira, as 19h pelas próximas 9 semanas. Você pode deixar suas dúvidas, perguntas e comentários aqui, por email, ou na sessão de comentários dos episódios.
Links que eu mencionei: Curso - https://euricovianna.com.br/curso-gestao-impacto-positivo/ Oficina sobre Gestão Holística com Parlamentares do Zimbabue - https://euricovianna.com.br/o-que-aconteceria-com-a-agricultura-se-nossa-gestao-fosse-holistica-um-estudo-de-caso-em-politicas-publicas-com-parlamentares-no-zimbabue/ O que é uma pecuária bem manejada - https://euricovianna.com.br/o-que-significa-pecuaria-corretamente-manejada/ Muita gente vem adotando o termo "regenerativo" para dar uma conotação de 'mais que sustentável'. A questão é que para ser realmente regenerativo o empreendimento ou ação precisa descrever claramente como vai melhorar a dimensão social de todos os envolvidos em toda a cadeia de produção, toda a faula, flora, solo e biodiversidade do ecossistema onde se viabiliza e a economia familiar e local em primeiro plano. O gerenciamento holístico de pastagens usa o manejo animal imitando a natureza para cortar custos com reformas, insumos e maquinário. Quando usa um recurso externo, se faz a pergunta se é um recurso que vem do aumento da biocapacidade e se cria dependência ou não de um recurso externo (uso cíclico). É muito cômodo pegar termos que vem de fora e torcer para usar a favor do marketing verde e do próprio viés, mas não é honesto. Se é para citar o trabalho do Savory que mencionem também as partes que não convém para a própria agenda. Nós precisamos muito da pecuária para recuperar o que já degradamos até aqui. Mas precisamos de uma pecuária a serviço da soberania alimentar, das pessoas e da economia local. Abaixo eu disponibilizo dois links para artigos do próprio Savory, traduzidos para o português. Um sobre o que a pecuária bem manejada e outro sobre o usa da tomada de decisão holística para desenvolver políticas públicas para agricultura e pecuária. Vale a leitura para não cair nem na falácia do marketing verde, nem do ambientalismo raso que acha possível uma agricultura sem animais.
O maior desafio dos empreendimentos com ética ecológica (e social) é, na verdade, multifacetado e envolve variáveis que embora estejam interligadas, precisam ser avaliadas dentro do contexto específico de cada empreendimento/família/região/capacidade financeira, etc. Com o risco cada vez maior de novas interrupções nos sistemas alimentares por crises sanitárias, políticas, econômicas e energéticas, o “desafio guarda-chuva”, digamos assim, é fazer com que os empreendimentos tenham uma função econômica, ecológica e social importantes em sua bio-região. Esses empreendimentos, em sua grande maioria, partem de um paradigma dentro do qual nosso viver está à serviço do bem comum, dos ecossistemas, das pessoas e sua cultura de autonomia e resiliência local. É importante, também, que esses empreendimentos combinem com o contexto (integral) de cada família, que estejam atrelados as suas paixões, que possam ser iniciados sem dívidas (ou com a menor dívida possível) e que capitalizem a capacidade de construir relacionamentos com a clientela local, complemente outros empreendimentos e que gere vendas/serviços repetidos (Groves, 2020). Trechos da oficina presencial na propriedade modelo da @co.futures em Serra Negra, SP, para cafeicultores, apicultores, neorurais e estudantes de agroecologia. A oficina teórica e prática teve como fios condutores a Gestão Holística e a Escala de Permanência da Linha Chave (EPLC). Com essas abordagens fiz uma leitura das paisagens social, ecológica e econômica da propriedade. Para oficinas sobre gestão e planejamento rurais com ética ecológica, nos mande uma mensagem.
Quando na década de 80 Wendell Berry se negou a adotar o computador pessoal para escrever, muitas pessoas o criticaram e alguns jornais até soltaram notas em tom condescendente, fazendo chacota como fazem os departamentos de marketing das corporações que ridicularizaram as pessoas que levantaram dúvidas sobre o uso de sementes transgênicas. Berry disse que se alguém provasse para ele que “O Inferno de Dante” teria sido melhor escrito por conta do uso de um computador pessoal, ele passaria a usar um. Nós também não deveríamos estar comendo alimentos transgênicos até que nos provassem que são nutricionalmente, socialmente, ecologicamente e economicamente melhor para as pessoas e os pequenos produtores. O mesmo vale para as Inteligências Artificiais. Já temos evidência de sobra desde a revolução industrial, passando pela revolução verde e a robótica/automação, para entender que praticamente tudo que nos é oferecido como “comodidade” tem preços altíssimos em nossa autonomia. Nesse trabalho eu comento o livro Durable Traded (Ofícios Duradouros) do Rory Goves. Ele estudou 60 profissões ou ofícios que perduraram a revolução industrial, as guerras, o advento da internet e que provavelmente vai vencer o teste da banalização das pessoas pela IA.
Esse vídeo é o primeiro de uma série onde vocês vão acompanhar minha jornada com os ovinos e dois objetivos muito importantes: construir minha soberania alimentar (quero consumir uma carne de altíssima qualidade) e diversificar minhas fontes de renda (dentro de um plano de negócio de alguns anos). A pecuária bem manejada e integrada é essencial para a autonomia, resiliência e viabilidade das pequenas propriedades rurais. Os ovinos são animais de pequeno porte, fácil manejo e ciclo de produção mais rápido. Eles também tem uma capacidade incrível de ganhar peso e saúde pastejando plantas que muitos consideram "ervas daninhas". Todas essas qualidades também servem para melhorar a saúde do solo e manter controlada a vegetação da propriedade, acumulando as funções de produzir carne, leite (a depender da raça), lã e fibra (o couro) enquanto se melhora a saúde ecológica da propriedade. Além de tudo isso, segundo estudos do Miguel Altieri, propriedades agroecológicas que tem animais bem integrados chegam a usar 20x menos combustíveis fósseis! A saúde física agradece a economia de horas na roçadeira srsrs