POPULARITY
durée : 00:24:00 - L'invité de 8h20 : le grand entretien - par : Nicolas Demorand, Léa Salamé - L'écrivain et académicien Jean-Christophe Rufin était l'invité de France Inter ce jeudi, à l'occasion de la parution de "Un été avec Alexandre Dumas", co-édition Equateurs / France Inter. - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier
durée : 02:57:59 - Le 7/10 - par : Nicolas Demorand, Léa Salamé, Sonia Devillers, Anne-Laure Sugier - Ce matin dans le 7/10 : Sepideh Farsi / Jean-Christophe Rufin / Thomas Legrand / Robert De Niro et Solal Bouloudnine
durée : 00:24:00 - L'invité de 8h20 : le grand entretien - par : Nicolas Demorand, Léa Salamé - L'écrivain et académicien Jean-Christophe Rufin était l'invité de France Inter ce jeudi, à l'occasion de la parution de "Un été avec Alexandre Dumas", co-édition Equateurs / France Inter. - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier
Médecin, écrivain, diplomate, Jean-Christophe Rufin est l'invité de Antoine Cavaillé-Roux pour son dernier roman, "Le revenant d'Albanie" (Calmann-Lévy). Ecoutez Le Journal Inattendu avec Antoine Cavaillé-Roux du 19 avril 2025.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
durée : 00:16:10 - Le monde d'Elodie - par : Elodie SUIGO - Tous les jours, une personnalité s'invite dans le monde d'Élodie Suigo. Lundi 7 avril 2025 : le médecin, diplomate et auteur Jean-Christophe Rufin. Il publie "Le revenant d'Albanie", aux éditions Calmann-Levy.
Elle est à l'affiche du film "Moon le Panda" à voir en famille dès la semaine prochaine : Alexandra Lamy est notre invitée en tête-à-tête. Stéphane Boudsocq l'a rencontrée pour RTL. L'écrivain Jean-Christophe Rufin, invité ce dimanche à Lyon du Festival "Quai du Polar", présente 'Le revenant d'Albanie', la nouvelle aventure de son héros Aurel le Consul, en librairie depuis jeudi. Le pionnier du Journal télévisé, Georges de Caunes, est le héros de la bande dessinée "Il déserte", écrite par son fils Antoine. C'est la BD RTL du mois de mars. Coup de chapeau au chanteur Patrick Fiori, pilier de plusieurs émissions : c'est l'édito télé de Isabelle Morini-Bosc. Ecoutez Laissez-vous tenter avec Le Service Culture du 06 avril 2025.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Chaque week-end, à 8h13, Lénaïg Monier reçoit un invité au cœur de l'actualité.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Chaque week-end, à 8h13, Lénaïg Monier reçoit un invité au cœur de l'actualité.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Ecoutez L'invité de RTL Midi avec Céline Landreau et Stéphane Carpentier du 14 mars 2025.Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Ecoutez L'invité de RTL Midi avec Céline Landreau et Stéphane Carpentier du 14 mars 2025.
Pour cette émission des Pionniers chez Fred Mazzella, j'ai reçu Jean-Christophe Rufin, écrivain, diplomate et médecin de formation, dans le tête-à-tête. Retrouvez Les Pionniers tous les vendredis sur BFM Business, à 19h et 22h, et réécoutez l'émission en podcast sur votre plateforme de streaming préférée. Merci de votre soutien, pensez à vous abonner à Les Pionniers chez Fred Mazzella sur votre plateforme de streaming si vous avez apprécié cet épisode.
"Sur le fleuve Amazone : carnet de voyage" aux éditions Calmann-Lévy. Entretien avec Jean-Claude Raspiengeas.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
durée : 00:46:26 - La Terre au carré - par : Mathieu Vidard - Médecin, diplomate, écrivain, académicien, Jean-Christophe Rufin publie "Sur le fleuve Amazone" (Calmann-Lévy), un carnet de voyage illustré d'aquarelles. Il évoque sa vision de l'histoire, de l'écologie et de la mondialisation. - réalisé par : Jérôme BOULET
durée : 00:21:09 - L'invité de 8h20 - Jean-Christophe Rufin, écrivain et académicien, médecin, diplomate, auteur de “Sur le fleuve Amazone, carnet de voyage” qui vient de sortir. Il a cette semaine milité, sans succès, pour élire Boualem Sansal à l'Académie française, alors que l'écrivain franco-algérien a été arrêté en Algérie.
durée : 03:00:00 - Le 6/9 du week-end - par : Ali Baddou, Marion L'hour, Benjamin Dussy, Elodie Royer, Mathilde Khlat - Aujourd'hui dans le 6/9, nous recevons l'ancien député européen Les Verts (1994-1999), puis Les Verts/Alliance libre européenne (1999-2014) Daniel Cohn-Bendit à 7h50. Puis, à 8h20, l'auteur Jean-Christophe Rufin, pour son dernier livre “Sur le fleuve Amazone, carnet de voyage” (Calmann Lévy). - réalisé par : Marie MéRIER
L'auteur franco-algérien Boualem Sansal, connu pour ses positions très critiques envers le pouvoir algérien, a été arrêté à son arrivée à Alger. Son avocat s'exprime pour la première fois. François Zimeray est spécialiste des droits de l'homme et ancien ambassadeur de France pour les droits de l'Homme. Ecoutez aussi Jean-Christophe Rufin, auteur, membre de l'Académie française, ancien ambassadeur. Ecoutez L'invité de RTL avec Thomas Sotto du 25 novembre 2024.
O órgão digital americano 'Politico' publicou nesta quinta-feira um extenso artigo intitulado "Todos devem ser decapitados" em que o seu autor, o jornalista Alex Perry, evoca os abusos alegadamente cometidos entre Abril e Julho de 2021 em Cabo Delgado por militares moçambicanos que garantiam a segurança da plataforma da gigante petrolífera francesa Total em Afungi. De acordo com o que é relatado neste artigo, os referidos militares prenderam um grupo de 180 a 250 habitantes locais sob a acusação de participarem na insurreição ocorrida em finais de Março de 2021 na vila de Palma, nas imediações das instalações da Total. Durante três meses, refere Alex Perry, essas pessoas estiveram amontoadas dentro de contentores à entrada da plataforma da petrolífera, foram espancadas, torturadas, e algumas delas executadas. Só terão sobrevivido 26 pessoas.A Total que, entretanto, suspendeu o seu projecto orçado em 50 mil milhões de Dólares para a exploração de gás natural em Cabo Delgado e que ainda não retomou as suas actividades devido à insegurança, refere que não tinha "conhecimento dos alegados acontecimentos descritos".Na sequência de uma auditoria efectuada nomeadamente pelo diplomata francês Jean-Christophe Rufin, o jornalista Alex Perry afirma que a petrolífera optou por deixar de pagar directamente ao exército o seu contributo para a segurança do local, passando a pagar ao governo, no intuito de cortar qualquer elo directo com o conflito em curso em Cabo Delgado.Aqui em França, as alegações de violações dos Direitos Humanos por parte de elementos das forças armadas moçambicanas e a eventual responsabilidade da Total nesta situação têm merecido a atenção de uma comissão parlamentar de inquérito, alguns eleitos e ONGs reclamando uma investigação por parte da justiça e também que a Total saia de Cabo Delgado.Foi sobre o conteúdo deste inquérito que conversamos com João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural, que conhece profundamente a situação de Cabo Delgado e não se mostra surpreendido com as revelações desta investigação.RFI: Já tinha conhecimento das situações que são relatadas no artigo de Alex Perry?João Feijó: Não é a primeira vez que há relatórios internacionais a denunciar alegadas violações de Direitos Humanos por parte das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional já por várias vezes o tinham feito em Macomia, em Quissanga, inclusivamente realizadas até pelo grupo de mercenários 'Advisory Group'. Vários textos académicos publicados, por exemplo, pela Unirovuma ou pelo Observatório do Meio Rural, vêm denunciando situações de excesso de zelo por parte dos militares moçambicanos. A minha experiência no terreno, a falar com as populações, leva a concluir que as pessoas têm muito medo da tropa moçambicana, sobretudo a população da costa muçulmana. Não tanto a população maconde cristã do interior, mas sobretudo a população islâmica, grupos etnolinguísticos predominantemente muçulmanos. Então, a tropa moçambicana não fala as línguas locais, não tem uma formação e um entendimento socioantropológico da população local, não entende a origem do conflito. A formação que tem é que basicamente sente que o inimigo não tem rosto e 'não podemos confiar em ninguém'. Logo, desconfiam profundamente da população. E a verdade é que os guerrilheiros dos Al-Shabab, como a população lhe chama, têm apoio de vários sectores da população e, na verdade, são filhos da terra que dão informações aos soldados, que infiltram armas, que recrutam, que se voluntariaram ou que são capturados, que fazem negócios de logística. Portanto, colaboram com os Al-Shabab. Então, como numa guerra de guerrilha, ninguém tem escrito na testa se é ou não Al-Shabab, os militares, numa situação de desespero, de fadiga, que não falam as línguas locais, que assistiram à morte de seus camaradas assassinados, entram em clara situação de stress ou de burn-out e cometem excessos. Houve vários vídeos que foram divulgados nas redes sociais que mostram, por exemplo, um vídeo, se calhar o mais sensacionalista, foi o vídeo da execução de uma mulher por parte de um grupo de militares que estavam com a farda do exército moçambicano e que falavam português e que no final, depois de terem baleado pelas costas, orgulharam-se de terem morto um Al-Shabab. Na verdade, mataram uma mulher nua, a sangue frio pelas costas, que não estava armada. Portanto, este vídeo é apenas um exemplo. Houve outros vídeos que circularam de militares a degolar outras pessoas. Houve um período que foi aquele período de 2020-2021, em que foram cometidos muitos excessos por parte de uma tropa que não tinha o controlo da situação, que não tinha preparação militar, que não tinha logística, que não tinha equipamentos, não tinha uma rede de inteligência, um apoio aéreo na verdade, a tropa moçambicana também é vítima desta situação. São miúdos que são enviados para a frente de batalha sem preparação para um exército que não está organizado, com problemas, se calhar também de liderança e com problemas logísticos e depois descarregam na população. Esta ideia é largamente sabida. Não é uma novidade para ninguém. Aliás, a história das Forças Armadas moçambicanas, desde a guerra da Renamo chamada 'A Guerra dos 16 Anos' e a história da violência contra civis, precisamente porque em guerras de guerrilha, muitos civis estavam no sítio errado, na hora errada e pactuaram com a tropa guerrilheira que se insurgiu contra o Estado moçambicano. Então, estão tão documentadas as violações de Direitos Humanos perpetuadas pela tropa moçambicana que estes relatos não deixam as pessoas assim tão surpreendidas quanto isso.RFI: Relativamente a este caso, acha que também é uma questão de falta de preparação, de desconfiança dos militares relativamente a populações que são descritas neste artigo como sendo inofensivas?João Feijó: É preciso contextualizar o que aconteceu aqui. Há ali alguma imprecisão no texto do Alex Perry. A cidade de Palma não esteve ocupada pelos insurgentes durante vários meses, como ele diz. Houve o ataque de Março de 2021 e, de facto, a insurgência ocupou e controlou ali o centro da vila, a partir de onde organizou pilhagens e raptos e fez destruições e assassinatos e levavam as pessoas para cima (mais a norte) e regressavam. Ao fim de mais ou menos uma semana saíram e a tropa moçambicana ocupou a vila. Depois, em Abril, Maio e Junho, houve mais duas tentativas de ataque por parte dos Al-Shabab. Portanto, a partir de Março, não haviam ali jornalistas. Grande parte da população havia fugido ou estava aglomerada em reassentamentos, ou estavam escondidos nas matas ou nas ilhas, ou tinham fugido para o sul via Mueda, ou tinham fugido para Tanzânia e depois foram repatriados para Moçambique, via no governo. Portanto, a maioria da população estava escondida ali nas matas e era essa população que estava ali nas matas, que era a população de que a tropa moçambicana desconfiava, porque achavam que podiam ser guerrilheiros, que estavam ali a fingir que eram camponeses. Então há um esforço por parte da tropa moçambicana de fazer uma contra-ofensiva, ocupar aquelas aldeias em volta de Afungi. Então, nesse esforço, a população que estava dispersa no mato foi acantonada junto a alguns bastiões militares, com o objectivo de separar a água do peixe e contrariar a guerra e alargar o perímetro de segurança à volta de Afungi e proteger este grande projecto económico. Porque a doutrina moçambicana é entre proteger a população e proteger um grande projecto económico, geralmente opta-se por proteger o grande projecto económico. E foi o que aconteceu. Durante o ataque a Palma, as forças de segurança concentraram-se sobretudo na defesa do projecto de Afungi, do qual o Estado moçambicano é accionista. Ainda que o accionista maioritário seja a Total Energie, o Estado moçambicano também é accionista.Então, houve este esforço de aumentar o perímetro de segurança e, lá está, como não era claro quem é que é guerrilheiro, quem não é guerrilheiro, houve muita gente que foi confundida e foram presos e torturados. No meio deles provavelmente alguns eram Al-Shabab, outros não. Mas agora, o que eu acho que também aqui é importante reter é que a tropa moçambicana não domina as línguas locais, não conhece as características socioantropológicas daquela população. São indivíduos que são pescadores, são indivíduos que são comerciantes e que geralmente têm sempre dinheiro no bolso. Porquê? Porque vão à pesca, têm peixe e vendem. Então, nestas rusgas que existiam, quando apanhassem alguém que tinha uma quantia mais avultada no bolso, 5 a 10.000 Meticais -estamos a falar que já em 200 Dólares- era logo motivo para desconfiar que ele seria Al-Shabab, porque os Al-Shabab geralmente tinham dinheiro no bolso. Como grande parte destes militares, muitos não eram da região, não eram pescadores, não eram muçulmanos, não eram comerciantes, portanto, não entendiam estas características da população. Desconfiavam muitas vezes de pessoas das quais não tinham motivos para desconfiar, se tivessem tido uma ou outra preparação para as interrogar.RFI: A questão que está colocada neste artigo é até que ponto é que a Total sabia ou não desta situação e era ou não responsável disso?João Feijó: Eu já tinha ouvido essas histórias por parte das populações. Aquilo que o Alex Perry relata neste texto, já me tinha sido confidenciado a mim por parte de aldeões daquela zona. Aquelas populações que viviam ali, vivenciaram este tipo de episódios ou têm familiares que foram vítimas destes episódios. Numa das aldeias, chegaram a falar dos 70 jovens que desapareceram das mãos das Forças de Defesa e Segurança e quando eles foram perguntar aos militares o paradeiro dos respectivos familiares, a resposta que tiveram foi 'os vossos familiares são Al-Shabab'. A Vila de Monjane foi muitas vezes atacada pelos Al-Shabab e desconfiava-se que aquela vila estava altamente infiltrada com indivíduos pertencentes a este grupo rebelde. Mas da parte dos aldeões também ouvi a versão de que alguns destes ataques eram feitos pelas próprias Forças de Defesa e Segurança, uma vez que sabiam que parte daquela população tinha recebido muito dinheiro e indemnizações porque tinham saído das terras e, com esse dinheiro, haviam comprado electrodomésticos, plasmas, painéis solares. Portanto por parte da população, havia discursos para todos os lados ou que eram Al-Shabab os que atacavam, ou que eram os próprios militares que atacavam. A mim, custa-me a acreditar que a Total não tivesse tido informações deste excesso de zelo por parte dos militares, porque este excesso de zelo e estas atrocidades já vinham sendo relatadas em vários relatórios internacionais. Portanto, tinham que estar muito distraídos para não saberem o que estava a acontecer ou pelo menos para não perceberem que havia indícios de atrocidades cometidas pelas Forças de Defesa e Segurança, porque toda a população que vivia ali, sabia do que se estava a passar e todos os investigadores independentes e indivíduos de organizações não-governamentais tinham alguma informação de que as coisas não estavam bem. Aliás, eu, para ser sincero, eu noto que as pessoas que eram meus assistentes de pesquisa em Palma tinham muito medo das Forças Armadas de Moçambique. E isso ilustra qualquer coisa. Esse trauma e esse medo que têm, deve vir de alguma experiência vivida ou ouvida ou contada que as pessoas tiveram. Até porque é aos militares ruandeses que a maior parte da população, a esmagadora maioria da população, agradece e recorre sempre que tem algum problema. As Forças Armadas Moçambicanas são consideradas corruptas, oportunistas, desconfiadas e violentas. Mas entre os militares da FADM que participavam na escolta do pessoal que trabalhava em Afungi ou que em algum momento fez trabalho em Afungi -eu inclusive- chegavam muitas vezes a transmitir esta representação de que 'são estes aqui que são os confusos, são estes aqui que são traiçoeiros', referindo-se à população como indivíduos em quem não podemos confiar e que apoiam em segredo os Al-Shabab. Mas aqui é óbvio que sectores da população apoiam os Al-Shabab. Não serão a maioria, mas há indivíduos que, de facto, têm ligações e apoiam os Al-Shabab. Depois, não se conseguindo distinguir -porque as pessoas não têm escrito na testa que 'eu sou terrorista ou eu não sou terrorista' há depois um excesso de zelo. E paga o justo pelo pecador. RFI: A linha de defesa da Total é que "não tinha conhecimento destes casos" e inclusivamente, recentemente deixou de pagar directamente ao exército moçambicano a sua contribuição para a segurança naquela zona e passou agora a pagar directamente ao próprio governo moçambicano. Julga que isto é suficiente para a Total evitar problemas? João Feijó: Eu não sou jurista. Agora, aqui há uma coisa que é preciso ver primeiro: quem é responsável pela segurança dos moçambicanos não é uma empresa multinacional, é o Estado moçambicano. A função da empresa multinacional, neste caso de extracção de gás, é pagar impostos e depois, com esses impostos, é a função do Estado promover a segurança das pessoas. No entanto, a partir do momento em que moçambicanos se rebelam contra o Estado, a partir do momento em que esses moçambicanos criam um grupo armado não-estatal, a partir do momento em que Total é sócio do Estado moçambicano num consórcio chamado Moçambique LNG e a partir do momento em que a Total paga directamente à tropa moçambicana para proteger as suas instalações ou instalações das quais é proprietária ou accionista, directa ou indirectamente, a organização assume um lado do conflito e torna-se vulnerável perante abusos dessa tropa que depois que não consegue controlar. Unicamente, o que podem fazer é ameaçar cortar o valor no caso de haver denúncias de violação de Direitos Humanos. A única coisa que podem fazer é encaminhar as denúncias para o comando, depois fazerem investigação, mas depois são militares a investigar outros militares e não se garante, depois, que seja uma investigação justa, independente e eficaz. Até é isto que constava no relatório do Jean-Christophe Rufin, que era precisamente este conselho que a Total dever-se-ia proteger e não deveria pagar directamente aos militares, porque depois ficava vulnerável a qualquer acto que eles pudessem realizar.RFI: Face a esta situação, qual é o papel que assume o Estado moçambicano? O que é que eventualmente deveria fazer? A seu ver, porque é que não houve, por exemplo, algum tipo de reforma no seio das Forças Armadas para evitar essas derrapagens?João Feijó: Mais importante que isso, no curto prazo, o Estado moçambicano deveria ter realizado um luto nacional, deveria ter realizado uma cerimónia ali junto da população e, ainda que simbolicamente, devia ter reconhecido a incapacidade que teve de proteger a população. Deveria ter tido até a coragem de pedir desculpa às vítimas. Devia ter feito uma investigação sobre o que realmente aconteceu e depois reparar as pessoas pelos danos causados. Isto seria fazer cumprir a Constituição. Mas este tipo de atitude é ficção científica. Não entra na cultura política moçambicana o Estado pedir desculpa à população por ter falhado com o seu dever de proteger a população. Portanto, isto é algo que que é praticamente impossível de acontecer, porque se houvesse esta atitude política de pedir desculpa à população, isto poderia significar uma desmoralização ainda maior das Forças de Defesa e Segurança, porque elas são vítimas também desta guerra. Eles recebem salários claramente insuficientes para garantirem a sua subsistência, têm problemas de logística, não têm qualquer formação para enfrentar uma guerra destas, não têm apoios aéreos, apoios médicos e muitas vezes, quando morrem em combate, a família nem é informada ou informada muito tempo depois, ou nem recebe o corpo. Portanto, há tantas fragilidades institucionais que se os militares fossem responsabilizados por estes abusos que realizaram, o nível de desmotivação e desmoralização seria muito maior, ou até de insubordinação depois em relação às chefias. Portanto, a solução que é adoptada pelo Governo de Moçambique é fazer um silêncio que depois, por parte da população, é entendido como um silêncio cúmplice. Portanto, 'eles não falam é porque estão de acordo e é porque sabem o que aconteceu e calam-se'. Depois, as reformas que era preciso realizar, são reformas estruturais que são muito difíceis de realizar, porque isto mexe com a reorganização das Forças Armadas, com um maior controlo efectivo dos negócios de logística que são realizados durante os períodos de guerra, que não são escrutinados pelo Tribunal Administrativo. Portanto, as forças de segurança recebem cada vez mais fatia do Orçamento de Estado, mas não há um escrutínio, nem tão-pouco numa comissão específica da Assembleia da República para estes assuntos de segurança. Então a guerra torna-se funcional e o estado das coisas torna-se funcional. E depois o problema da fragilidade das instituições não é apenas das Forças Armadas de Moçambique. É transversal a todos os sectores da sociedade moçambicana. Então, é um problema estrutural. Por alguma razão, foi preciso pedir o apoio de tropas ruandesas e do SAMIM para estabilizar novamente aquela região, porque a tropa moçambicana tem problemas estruturais profundos que vão demorar vários anos a resolver. Pois agravam-se as tensões internas que existem dentro do governo e dentro do partido, de competições por negócios de segurança, como ficou patente na sequência das 'dívidas ocultas' e da passagem da administração Guebuza para a Administração Nyusi e como é que foi, depois, gerido aquele processo de defesa da costa, daqueles barcos e daquele equipamento todo que foi adquirido, que depois não foi utilizado com o argumento de que esse equipamento não servia, mas na verdade pode estar associado a negócios e comissões relacionadas com a aquisição de equipamento militar. RFI: Esta semana, o Presidente da República disse que o seu executivo tem andado a trabalhar no sentido de a Total retomar às suas actividades. A própria Total, há uns tempos atrás, também disse que previa regressar a Cabo Delgado e, eventualmente, começar daqui a dois ou três anos a efectivamente explorar o gás. O que é que de facto foi feito pelo executivo moçambicano para a Total regressar a Cabo Delgado? João Feijó: Nunca foram apresentados claramente por parte da Total quais eram os indicadores que deveriam estar satisfeitos para que a Total regressasse. No entanto, esteve mais ou menos implícito nas declarações que haveria condições para tal regressar, quando a população regressasse primeiro, quando houvesse segurança e quando as funções do Estado também regressassem, reabrisse as escolas, os centros de saúde e por aí fora. A verdade é que num raio de 50 quilómetros de Afungi, foi garantido a segurança por parte das tropas ruandesas, juntamente com a tropa moçambicana. A tropa moçambicana aguentou aquele período do primeiro semestre de 2021 e nesse aspecto, há que reconhecer, à custa desta brutalidade toda que está relatada no relatório do Alex Perry e que funcionários da Total conheciam, porque quando estive em Afungi, vários funcionários da Total implicitamente deixavam essa ideia que tinham conhecimento de algum excesso. Então a questão da segurança está garantida. Em segundo lugar, a população regressou e as funções do Estado regressaram, sobretudo ao nível da educação e da saúde, muito mais precários do que eram antes da guerra, não tanto ao nível da justiça. Portanto, ao nível da justiça, não há um tribunal em Palma a funcionar, não há um juíz a residir em Palma, não há um procurador. A própria prisão foi destruída, inclusivamente em Mocímboa da Praia. Portanto, em Palma e em Mocímboa da Praia, que são no fundo, o epicentro deste grande investimento do gás, não existe uma instituição da Justiça a funcionar devidamente. Os julgamentos têm que decorrer até em Pemba ou em Mueda e nem há dinheiro para transportar as pessoas. E há pessoas que estão presas há meses a a guardar julgamento. Isto num sítio onde vai ser feito um investimento de biliões de Dólares. Há aqui aspectos ainda a melhorar. O que é que o governo fez para estabilizar aquela zona? Eu acho que quem realmente estabilizou aquela zona foi, primeiro, a tropa ruandesa, com uma acção de contraterrorismo que de facto foi eficaz porque conseguiu conquistar a confiança da população, em paralelo com a Total Energie que criou o melhor projecto de contra-insurgência ali naquela zona à volta de Afungi. Por isso é que nós chamamos aquele território do 'Totalândia'. Aquilo é administrado simbolicamente pelo Estado moçambicano, mas é um Estado profundamente descapitalizado, que nem tinha sequer condições para operar e era a Total que disponibilizava os contentores para eles poderem trabalhar, os computadores, os subsídios, inclusivamente para emissão dos próprios bilhetes de identificação e números de identificação fiscal, porque era preciso depois pagar subsídios e as pessoas tinham que emitir documentos, tinham que abrir contas bancárias para receberem as compensações. Então era a Total que ajudava o Estado a emitir os próprios documentos de identificação. A Total deu um grande apoio ao Estado para se instalar ali. Portanto, o Estado moçambicano, uma vez que a Total já fazia este esforço no nordeste, concentrou o seu apoio, sobretudo no sul da província, porque lá tinha consciência que seria a Total a gastar esse valor. Agora parece-me que a maior parte das condições já estão reunidas ali no terreno e acho que a Total hoje está disposta a reiniciar as suas actividades. Mas parece-me que são os investidores aqueles que estão mais relutantes em investir. Penso que estão na expectativa, talvez de garantir esta questão da segurança, estão talvez na expectativa de saber quais serão as decisões climáticas que vão ser tomadas a nível global. Podem estar também na expectativa de saber o que é que os principais governos vão decidir em relação à política de gás. Eu penso que são estes fundos internacionais, estes fundos de pensões, que vão colocar o dinheiro neste grande projecto, que estão os mais relutantes em investir. RFI: E lá está, os investidores já não estão assim tão entusiasmados com o projecto da Total em Cabo Delgado. Há também operadores económicos em Cabo Delgado que não vêem com tão bons olhos este projecto e entretanto, aqui em França, há eleitos e também ONG's que reclamam o fim deste projecto, a saída da Total de Cabo Delgado e inclusivamente a abertura de um inquérito. Julga que este é um cenário plausível? João Feijó: O que seria o ideal aqui é que fosse a sociedade moçambicana a pressionar o Estado a realizar um inquérito para se avaliar exactamente o que é que aconteceu e corrigirem-se esses erros e responsabilizarem-se as pessoas e fazerem-se reformas. Acontece que o governo moçambicano não é particularmente sensível às pressões das pessoas. O pacto social moçambicano não prevê este escrutínio da população às acções do Governo, não obstante haver esta possibilidade de eleições de cinco em cinco anos. Então, o Estado moçambicano, muitas vezes, é mais sensível às pressões externas e neste caso, seriam as pressões da parte de um grande investidor -a Total- poderia ter um papel aqui importante, se dissesse 'nós só vamos regressar no dia em que houver aqui uma reforma e uma investigação neste aspecto, neste e neste', o Estado moçambicano aí talvez fizesse alguma ginástica para realizar um relatório e, de alguma forma criar uma narrativa para justificar o que aconteceu agora a nível internacional. Se a esquerda europeia tem capacidade de obrigar a Total fazer essa investigação e responsabilizar a Total, eu não sei. Mas tudo vai depender das encruzilhadas políticas que houver aí na Europa e dos jogos de interesses e dos lobbys. Se houver lobbys contra o gás, poderão usar este incidente para incriminar a Total e interromper este projecto. Então, tudo vai depender da força política destes lobbys de interesses que muitas vezes têm outros interesses energéticos por trás, de energias alternativas ou de energias não-alternativas, se calhar do nuclear ou das eólicas, das renováveis, etc.
Jean-Christophe Rufin a publié D'or et de jungle aux éditions Calmann-Lévy, en février 2024. C'est un roman d'aventure, presque d'anticipation. Il raconte l'histoire du créateur d'un moteur de recherche sensiblement proche de Google. Milliardaire et libertarien, il voudrait s'abstraire du contrôle de l'État. Il lui vient alors une idée : le seul moyen de se protéger contre l'État, c'est d'en avoir un. Dans cet épisode du Moment des Livres, au micro d'Alice Develey, journaliste au Figaro Littéraire, Jean-Christophe Rufin vous parle de Michel Strogoff de Jules Verne, du Grand Meaulnes d'Alain-Fournier et de ses pleurs à la lecture de La Chèvre de monsieur Seguin d'Alphonse Daudet.Vous pouvez retrouver Le moment des Livres sur Figaro Radio, le site du Figaro et toutes les plateformes d'écoute. Si cet épisode vous a plu, n'hésitez pas à vous abonner et à donner votre avis !Montage et mixage : Astrid LandonHébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Les mots sont une de ses spécialités depuis 1991, date de parution de son premier essai. Ensuite, il y aura des romans dont « Rouge Brésil » récompensé en 2001 du prix Goncourt. Sept ans plus tard, il entre à l'académie française. C'est pourtant la médecine qui avait guidé sa vie professionnelle initialement avec d'autres spécialités : la neurologie et la médecine humanitaire. A l'origine de la fondation de Médecins sans frontières et Action contre la faim, il passe aussi par la diplomatie au début des années 2000 et s'installe quelques années comme Ambassadeur de France au Sénégal et en Gambie. Ces multiples expériences lui permettent de raconter le monde et d'en explorer les rouages comme dans son dernière roman « D'or et de Jungle ». Merci pour votre écoute Les petits Papiers c'est également en direct tous les dimanches de 17h à 18h sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes des petits Papiers sur notre plateforme Auvio.be : https://auvio.rtbf.be/emission/2332 Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.
Lʹévènement culturel de la semaine avec Mélanie Rivet, directrice générale du Salon du Livre de l'Outaouais à Gatineau au Québec. Les Amazones dʹAfrique pour un live a lʹoccasion de la sortie de lʹalbum " Musow danse " Bernard Tirtiaux pour " Lʹécorché " aux éditions Genèse édition Jean-Christophe Rufin pour " Dʹor et de jungle " aux éditions Calmann Levy Amélie Graux pour " Allez, on y va ! " aux éditions Les Arènes Jeunesse
O Central Cine Brasil desta semana trata de Salamandra, filme de Alex Carvalho a partir do romance do francês Jean-Christophe Rufin. É o longa de estreia do diretor, com uma das grandes atrizes francesas do momento, Marina Fois, e o brasileiro Maicon Rodrigues. Salamandra estreou no Festival de Veneza, passou pela Mostra de São Paulo, ambos em 2021, e foi rodado em Olinda e Recife. A estreia no circuito brasileiro foi na última virada de mês, em 27 de junho.A sinopse é a seguinte: Depois de passar anos cuidando do pai, Catherine se sente sufocada pelo contraste entre seus sentimentos e a sua realidade. Ela foge para o Brasil esperando se reconectar com sua irmã. Nesse novo cenário, livre de responsabilidades, mas ainda desorientada, ela se vê envolvida num romance inesperado com Gil, um jovem carismático. Catherine é tocada pela fragilidade de Gil, e a atração mútua entre eles surge do desejo compartilhado de aceitação, ambos como estrangeiros nessa nova paisagem. Enquanto seus corpos se encontram, as tensões da cidade ecoam entre eles, intensificando cada contato e tornando a libertação uma miragem distante. Determinada a não olhar para trás, Catherine enfrenta a difícil escolha de seguir adiante com sua transformação, mesmo que isso a leve a um desfecho violento e irreversível.#centralcinebrasil #cinema #cinemabrasileiro #cinemanacional #salamandra
Le médecin, écrivain et diplomate français Jean-Christophe Rufin pour son roman "D'Or et de Jungle" (Calmann-Lévy). « Aveuglés par le grand soleil, les rescapés se répandirent dans le parc en s'éloignant le plus possible du palais. Flora dévisageait avec angoisse les personnes qui sortaient. Enfin, elle aperçut Jo, apparemment indemne. » Sur les rivages de la mer de Chine méridionale, le sultanat de Brunei, petit pays d'or (noir) et de jungle, mène, dans un décor des Mille et Une Nuits, une existence prospère et en apparence paisible. Pourtant, un coup d'État d'un nouveau type va s'y dérouler et le livrer « clefs en main » à une grande entreprise californienne du numérique. Flora est la petite-fille d'un célèbre mercenaire qui a passé sa vie à renverser des pouvoirs établis. Fascinée par son exemple, elle s'engage dans le milieu dangereux des agences de sécurité privées. Elle se retrouve plongée au cœur de cette opération de subversion sans précédent. Ce grand roman d'aventures contemporain met en scène à la fois le basculement d'un pays et le parcours d'une femme, habitée par un irrépressible goût de l'action, de l'interdit et du danger. Le talk-show culturel de Jérôme Colin. Avec, dès 11h30, La Bagarre dans la Discothèque, un jeu musical complétement décalé où la créativité et la mauvaise foi font loi. À partir de midi, avec une belle bande de chroniqueurs, ils explorent ensemble tous les pans de la culture belge et internationale sans sacralisation, pour découvrir avec simplicité, passion et humour. Merci pour votre écoute Entrez sans Frapper c'est également en direct tous les jours de la semaine de 11h30 à 13h sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes de Entrez sans Frapper sur notre plateforme Auvio.be : https://auvio.rtbf.be/emission/8521 Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.
"J'entends des voix" de Laurence Bibot : La voix de Super Cool, émission de la RTBF présentée par Plasic Betrand dans les années 80. Le médecin, écrivain et diplomate français Jean-Christophe Rufin pour son roman "D'Or et de Jungle" (Calmann-Lévy). « Aveuglés par le grand soleil, les rescapés se répandirent dans le parc en s'éloignant le plus possible du palais. Flora dévisageait avec angoisse les personnes qui sortaient. Enfin, elle aperçut Jo, apparemment indemne. » Sur les rivages de la mer de Chine méridionale, le sultanat de Brunei, petit pays d'or (noir) et de jungle, mène, dans un décor des Mille et Une Nuits, une existence prospère et en apparence paisible. Pourtant, un coup d'État d'un nouveau type va s'y dérouler et le livrer « clefs en main » à une grande entreprise californienne du numérique. Flora est la petite-fille d'un célèbre mercenaire qui a passé sa vie à renverser des pouvoirs établis. Fascinée par son exemple, elle s'engage dans le milieu dangereux des agences de sécurité privées. Elle se retrouve plongée au cœur de cette opération de subversion sans précédent. Ce grand roman d'aventures contemporain met en scène à la fois le basculement d'un pays et le parcours d'une femme, habitée par un irrépressible goût de l'action, de l'interdit et du danger. Polar et littérature de genre avec Michel Dufranne : Quoi de neuf dans le Nord ? Retour sur le "Scandic Noir" (le polar scandinanve) : Une mise en garde, un best-seller et un coup de coeur : - Jussi Adler Olsen, 7m2, Albin Michel - Camilla Läckberg, Le Nid du coucou, Actes Sud - Aslak Nore, Les Héritiers de l'Arctique, Le Bruit du Monde Le talk-show culturel de Jérôme Colin. Avec, dès 11h30, La Bagarre dans la Discothèque, un jeu musical complétement décalé où la créativité et la mauvaise foi font loi. À partir de midi, avec une belle bande de chroniqueurs, ils explorent ensemble tous les pans de la culture belge et internationale sans sacralisation, pour découvrir avec simplicité, passion et humour. Merci pour votre écoute Entrez sans Frapper c'est également en direct tous les jours de la semaine de 11h30 à 13h sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes de Entrez sans Frapper sur notre plateforme Auvio.be : https://auvio.rtbf.be/emission/8521 Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.
Qui dit samedi, dit best of Tocsin. Cette semaine la rédaction de Tocsin vous propose un voyage sensoriel sur fond d'odeur de café.Pour cela notre invité est Jean-Pierre Blanc , Directeur général des cafés Malongo Auteur de “Voyages au pays du café", Editions Erick Bonnier (préface Jean-Christophe Rufin de l'Académie Française)Pour nous soutenir : https://www.tocsin-media.fr/soutienPour découvrir toutes nos autres vidéos : https://www.youtube.com/@Tocsin-mediaPour soutenir Tocsin activement : https://www.tocsin-media.fr/message-important-aux-soutiens-de-tocsin/Pour nous faire vos remarques, vos demandes d'invités, vos problèmes etc : podcast.tocsin@gmail.comMerci pour votre soutient !#tocsin #liberte #politique #clemencehoudiakova #alternatif #police #climat #justice #taxes #cafe #cafemalongo #bestof #sensoriel #matin #agriculture Hébergé par Acast. Visitez acast.com/privacy pour plus d'informations.
durée : 00:47:25 - Le masque et la plume - par : Rebecca Manzoni - Les critiques littéraire du Masque & la Plume ont lu "Baumgartner" de Paul Auster, "Le témoin" de Joy Sorman, "D'or et de jungle" de Jean-Christophe Rufin, "Aliène" de Phoebe Hadjimarkos Clarke et "L'origine des larmes" de Jean-Paul Dubois. - invités : Laurent CHALUMEAU, Nelly KAPRIELIAN, Arnaud Viviant, Patricia Martin - Laurent Chalumeau : Journaliste rock, scénariste, dialoguiste, romancier, Nelly Kaprielian : Journaliste et critique littéraire chez Les Inrocks, Arnaud Viviant : Critique littéraire chez Transfuge et Regard, Patricia Martin : Journaliste, critique littéraire et productrice chez France Inter - réalisé par : Lilian ALLEAUME
durée : 00:47:42 - Le masque et la plume - par : Rebecca Manzoni - Les critiques littéraire du Masque & la Plume ont lu "Baumgartner" de Paul Auster, "Le témoin" de Joy Sorman, "D'or et de jungle" de Jean-Christophe Rufin, "Aliène" de Phoebe Hadjimarkos Clarke et "L'origine des larmes" de Jean-Paul Dubois. - invités : Laurent CHALUMEAU, Nelly KAPRIELIAN, Arnaud Viviant, Patricia Martin - Laurent Chalumeau : Journaliste rock, scénariste, dialoguiste, romancier, Nelly Kaprielian : Journaliste et critique littéraire chez Les Inrocks, Arnaud Viviant : Critique littéraire chez Transfuge et Regard, Patricia Martin : Journaliste, critique littéraire et productrice chez France Inter - réalisé par : Lilian ALLEAUME
durée : 00:32:25 - Bistroscopie - par : Charline Vanhoenacker - Médecin, diplomate, écrivain au Prix Goncourt et académicien, Jean-Christophe Rufin publie D'or et de jungle, polar d'anticipation dans lequel il met en scène un coup d'Etat 2.0, commandité par l''un des GAFAM. - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier. - réalisé par : François AUDOIN
Nicolas Carreau met la littérature à l'honneur chaque dimanche, de 19h à 20h.
durée : 00:54:10 - La librairie francophone - par : Emmanuel Kherad - Après une tournée qui vous a emmené en Martinique, à Angoulême, au Maroc, dans le sud de la France au Québec ou encore à Nantes la semaine dernière, retour en studio avec une foule d'invités - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier.
Lʹévènement culturel de la semaine avec Mélanie Rivet, directrice générale du Salon du Livre de l'Outaouais à Gatineau au Québec. Les Amazones dʹAfrique pour un live a lʹoccasion de la sortie de lʹalbum " Musow danse " Bernard Tirtiaux pour " Lʹécorché " aux éditions Genèse édition Jean-Christophe Rufin pour " Dʹor et de jungle " aux éditions Calmann Levy Amélie Graux pour " Allez, on y va ! " aux éditions Les Arènes Jeunesse
Chaque jour, deux chroniqueurs présentent les infos indispensables à connaître en matière de culture : les dernières actus musique, les sorties littéraires ou cinéma, les nouvelles pièces de théâtre et les séries à ne pas manquer… C'est ici !
Dans la deuxième heure de son émission consacrée à la culture, Thomas Isle reçoit chaque jour un invité.
Chaque jour dans Culture Médias, Thomas Isle reçoit un invité inattendu. Ce vendredi 16 février, c'est Cécile Marx alias Jean-Bernard Bernard-Jean.
Chaque jour, deux chroniqueurs présentent les infos indispensables à connaître en matière de culture : les dernières actus musique, les sorties littéraires ou cinéma, les nouvelles pièces de théâtre et les séries à ne pas manquer… C'est ici !
Thomas Isle et sa bande vous font vivre toute l'actualité culturelle, entre invités et décryptages, le tout dénué d'à-priori, mais non de bienveillance.
durée : 00:08:54 - L'invité de 7h50 - par : Simon Le Baron - Le diplomate et écrivain Jean-Christophe Rufin vient présenter son nouveau roman "D'or et de jungle", publié la semaine dernière chez Calmann-Levy. - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier.
durée : 02:59:46 - Le 7/10 - Les invités de la Matinale de France Inter ce jeudi15 février 2024 sont : Jean-Christophe Rufin, Jean-Philippe Tanguy, Jean-Dominique Merchet, Marie Mendras, Marion Van Renthergem, Ariane Ascaride et Crazy Sally.
durée : 00:08:54 - L'invité de 7h50 - par : Simon Le Baron - Le diplomate et écrivain Jean-Christophe Rufin vient présenter son nouveau roman "D'or et de jungle", publié la semaine dernière chez Calmann-Levy. - invités : Jean-Christophe Rufin - Jean-Christophe Rufin : Diplomate et romancier.
- Alain Souchon repartira en tournée dans quelques semaines, accompagné par ses fils Charles et Pierre. Ce sera une première, et ils ont choisi RTL pour en parler. Les Souchon sont les invités du tête-à-tête avec Steven Bellery. - Dans son nouveau roman, "D'or et de jungle", Jean-Christophe Rufin imagine un coup d'état fomenté par un géant du numérique. Bernard Lehut l'a rencontré. - Laurent Marsick nous conseille 2 films d'animation : "Léo, la fabuleuse histoire de Léonard de Vinci" et "Le royaume de Kensuké". - L'édito télé d'Isabelle Morini Bosc : À l'occasion de la rediffusion dimanche soir des "Bronzés font du ski", quels sont les films les plus diffusés à la télé ? Invités prestigieux, coups de cœur, critiques, reportages, interviews : "Laissez-Vous Tenter" dresse un panorama de l'actualité cinéma, musique, littérature, médias, people... Ecoutez Laissez-vous tenter du 11 février 2024 avec Le Service Culture.
La parution d'un roman de Jean-Christophe Rufin est toujours un événement a fortiori quand il revient à un genre qu'il n'avait pas pratiqué depuis longtemps, le récit d'aventures et de politique fiction. Dans "D'or et de jungle" (Calmann-Lévy), l'académicien imagine le premier coup d'état 2.0 de l'histoire, fomenté par les géants du numérique. Pour se livrer à leurs activités sans entrave, en échappant à toute tutelle législative ou politique, ils décident d'avoir leur propre état en s'emparant du sultanat de Bruneï, petit pays de l'Asie du Sud-Est, riche en pétrole. Un scénario d'anticipation troublant par son réalisme. Au micro de Bernard Lehut, Jean-Christophe Rufin se livre sur son roman mais aussi sur son métier de médecin, l'Académie française et son ami Sylvain Tesson.
C'est le roman événement de ce début février : "D'or et de jungle", de Jean-Christophe Rufin (Calmann-Lévy). L'académicien signe ici son grand retour à l'aventure et à la politique fiction avec le récit haletant d'un coup d'état 2.0 commandité par un géant américain du numérique contre le sultan de Bruneï. Invités prestigieux, coups de cœur, critiques, reportages, interviews : "Laissez-Vous Tenter" dresse un panorama de l'actualité cinéma, musique, littérature, médias, people... Ecoutez Laissez-vous tenter - Midi du 08 février 2024 avec Bernard Lehut.
1️⃣ Présentation de l'invité : Il dirige le Rosewood Sāo Paulo, au Brésil. Un projet ambitieux et avec de grandes ambitions écologiques au sein d'une gigantesque mégalopole tropicale. Bonjour, Edouard Grosmangin. 2️⃣ Notes et références : L'hôtel Rosewood São Paulo Alexandre Allard - Entrepreneur français Jean Nouvel - Architecte français Philippe Starck - Architecte français Rudy Ricciotti - Architecte français L'épisode du Podcast avec Laurent Taïeb L'épisode du Podcast avec Rejane Narbonnet Le livre Rouge Brésil - Jean-Christophe Rufin 3️⃣ Pour contacter l'invité : Par téléphone
durée : 00:53:40 - La librairie francophone - par : Emmanuel Kherad - Ce samedi, Jean-Christophe Rufin nous parle de sa candidature au poste de secrétaire perpétuel de l'Académie française, et Agnès Desarthe du temps qui passe. François Bégaudeau nous raconte l'amour.
durée : 00:20:43 - Journal de 18h - L'Académie française sera désormais dirigée par un écrivain franco-libanais. Amin Maalouf succède à Hélène Carrère d'Encausse, récemment disparu. Il a élu aujourd'hui face à un autre Prix Goncourt, Jean-Christophe Rufin qui avait choisi le dernier moment pour présenter sa candidature.
durée : 00:20:43 - Journal de 18h - L'Académie française sera désormais dirigée par un écrivain franco-libanais. Amin Maalouf succède à Hélène Carrère d'Encausse, récemment disparue. Il a été élu aujourd'hui face à un autre Prix Goncourt, Jean-Christophe Rufin, qui avait choisi le dernier moment pour présenter sa candidature.
1️⃣ Présentation de l'invité : Il dirige le Rosewood Sāo Paulo, au Brésil. Un projet ambitieux et avec de grandes ambitions écologiques au sein d'une gigantesque mégalopole tropicale. Bonjour, Edouard Grosmangin. 2️⃣ Notes et références : L'hôtel Rosewood São Paulo Alexandre Allard - Entrepreneur français Jean Nouvel - Architecte français Philippe Starck - Architecte français Rudy Ricciotti - Architecte français L'épisode du Podcast avec Laurent Taïeb L'épisode du Podcast avec Rejane Narbonnet Le livre Rouge Brésil - Jean-Christophe Rufin 3️⃣ Pour contacter l'invité : Par téléphone
Esta semana fica marcada pela visita dos reis de Espanha a Angola. Em Luanda, os monarcas foram recebidos pelo Presidente João Lourenço, inauguraram uma exposição do pintor catalão Joan Miró e participaram no fórum empresarial bilateral. Em Moçambique, o mau tempo que se faz sentir na província de Maputo já fez pelo menos quatro mortos. A Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos alerta para o perigo de cerca de 24 mil pessoas dos distritos da Manhiça poderem ser afectadas por cheias.A petrolífera francesaTotalEnergies encarregou Jean Christophe Rufin, escritor e antigo diplomata francês, de avaliar a situação de segurança em Cabo Delgado, no norte de Moçambique. O especialista em direitos humanos deverá produzir, até final do mês, um relatório para decidir se há ou não condições para se retomar a construção da fábrica de gás liquefeito, na bacia do Rovuma.Fátima Mimbire, activista social com análises no sector da indústria extractiva, aponta alguns riscos na tomada desta decisão, no entanto admite que se trata de um procedimento normal da petrolífera francesa.Na Guiné-Bissau assinalou-se, esta semana, um ano sobre o ataque à Rádio Capital FM que provocou cinco feridos e danificou os equipamentos. Numa vigília em frente às instalações da rádio, jornalistas e técnicos da Capital FM exigiram que as autoridades judiciais divulguem os resultados dos inquéritos.O Presidente Umaro Sissoco Emabló inaugurou esta sexta-feira, em Bissau, um moderno edifício que vai sediar o instituto da fiscalização das actividades de pesca. O edifício foi construído pela União Europeia.
JEAN-CHRISTOPHE RUFIN Ambassadeur, écrivain Auteur de « Rouge Brésil » Il aura fallu attendre deux jours pour que le président sortant Jair Bolsonaro prenne la parole suite à sa défaite à la présidentielle face à Lula. S'il n'a pas clairement reconnu sa défaite, ni félicité Lula, Jair Bolsonaro a évoqué un "sentiment d'injustice" concernant le processus électoral, mais a assuré qu'en tant que “citoyen et président, je suivrai les règles de la Constitution". Lula a donc été élu président, mais l'a emporté d'une courte tête face à Jair Bolsonaro. Malgré la résurgence de l'insécurité alimentaire, les presque 700 000 décès provoqués par la pandémie de Covid-19 et la hausse de la déforestation, Jair Bolsonaro et son gouvernement ont conservé tout au long de son mandat une forte popularité. Le bolsonarisme s'est imposé jusque dans la société brésilienne, et depuis ce lundi, en signe de protestation, des camionneurs et des manifestants ont commencé à bloquer des autoroutes, brûlant des pneus et stationnant des véhicules au milieu de la route pour interrompre le trafic. La police routière fédérale rapportait 250 barrages routiers, totaux ou partiels, dans au moins 23 des 27 Etats du Brésil. Lors de son discours hier soir, Jair Bolsonaro s'est opposé à ces blocages routiers, affirmant que "la droite est contre ces méthodes". Au 1er janvier prochain, Lula va devoir composer avec la droite, majoritaire aux deux chambres parlementaires, le Sénat et la Chambre des députés, et au Congrès, où les partis alliés à Bolsonaro ont élu 187 députés, soit 36 % des 513 sièges. Lula est donc l'héritier d'un pays divisé, où 33 millions de Brésiliens souffrent de la faim et 125 millions sont en insécurité alimentaire. Jean-Christophe Ruffin reviendra sur les enjeux de la présidence Lula et des changements géopolitiques.
durée : 00:54:31 - La librairie francophone estivale - par : Emmanuel Kherad - Aujourd'hui, un Club Francophone autour de Baudelaire, un reportage à Montréal, le Voyage Estival de Caroline Lamarche et vous entendrez le chanteur Raphaël, la mairesse de Montréal Valérie Plante, Jean-Christophe Rufin et un hommage à Jean-Jacques Sempé avec Anne Goscinny.