Entramos em bibliotecas pessoais para uma conversa sobre a experiência da leitura. Que relação existe entre um leitor e os livros que lê e quer ler? E que relação existe entre esse leitor e quem escreve? Um diálogo que se quer infinito, como a leitura, e em que cada leitor convida um autor a entrar na conversa.
Como recuperar o tempo que se acha perdido. Uma leitora “tardia” e uma autora autora que se considera “tardia” trocam cromos de leitura.
Ler é um acto que pende tanta verdade quanto o acto de escrever. Essa postura de honestidade diante de um texto é o que faz um grande leitor.
Uma tradutora e um escritor juntaram-se numa casa, fizeram um blogue sobre cinema. Vêm os mesmos filmes, mas não lêem os mesmos livros. Ela chama-se Alda Rodrigues, ele é Alexandre Andrade.Siga o podcast Grandes Leitores no Spotify, Apple Podcasts e outras aplicações para podcasts.Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts
A especulação enquanto espaço de liberdade. Para quem escreve, para quem lê. Leitora e autor encontram-se num universo paralelo tantas vezes secundarizado pelo preconceito. Como se os grandes não andassem por lá.
A memória de Pasolini e a leitura enquanto relação plena de traições. Nesta conversa com sotaque italiano houve, no entanto, lugar para a confissão de amores para sempre.
Um livro pode ajudar a ditar a vida de alguém, dar nome a um filho. Muitos livros são companhia, viajam de casa em casa, permanência em territórios novos. Por vezes perdem-se. Como se faz luto de uma biblioteca pessoal?
O efeito de surpresa na leitura enquanto acto explosivo ou como as ideias surgem e numa leitura que pode ser a reescrita do livro que se lê.
Uma conversa entre duas cúmplices nos livros. A leitora Madalena Alfaia e a escritora Matilde Campilho falam do que as une nas estantes e resultado é uma longa lista de títulos que nunca se deveriam perder, nem que seja de vista.
O amor aos livros é feito de um atrito que abre possibilidades leitura, que convoca o leitor para dentro do texto e pede-lhe que participe do acto criativo. Uma e outra vez. Um acto de resistência quanto de atracção.
Dois leitores encontram-se e voltam às cumplicidades de quando trocaram leituras, revelam bibliotecas pessoais e a dessacralização do livro. E riem numa leitura sem fim.
O que é o leitor comum? Quem sabe o que ele quer? Como se reduz tudo a um padrão? Isabel Castro Silva procura na sua biblioteca exemplos que desmontam a norma e convidou a Yara Monteiro para tocar em terrenos menos cómodos.
Uma conversa sobre a a actualidade na literatura, a raça, a escrita de mulheres, interditos, incómodos, preconceitos. Entre Columbus, no Ohio, e Berlim, com Pedro Schacht e Kalaf Epalanga.
O que é um leitor? Ana Dias da Silva e o escritor Paulo José Miranda tentam responder a uma pergunta de possibilidades infinitas. Peguem em bloco e lápis porque um leitor é feito de muitos livros e todos estes valem muito a pena.
Até que ponto um livro deve surpreender? Há limites? Como entrar no tom. O leitor desta edição começa dez páginas à frente do início e só depois recua. É um modo de se deixar seduzir. Um princípio de conversa entre o leitor Paulo Brandão e o escritor Valério Romão. Siga o podcast Grandes Leitores no Spotify, Apple Podcasts, SoundCloud ou outras aplicações para podcasts. Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts. Os podcasts do PÚBLICO dão-lhe 10% de desconto numa nova assinatura do seu jornal. Em publico.pt/assinaturas, procure pela pergunta “Tem um código promocional?”, escreva o código POD10 e usufrua das vantagens de ter o PÚBLICO no ouvido. O código é válido para novas assinaturas ou assinaturas expiradas há mais de 90 dias.
Rosa Azevedo é uma grande leitora com um vasto currículo de criação de leitores. Como se processa se processo de sedução? Que autores leva com ela? Para esta conversa convidou o encenador, actor, tradutor, cronista e também grande leitor Jorge Silva Melo. Não esperem o óbvio neste diálogo.
Do confronto com a memória à conversa com outras linguagens, em particular o cinema. Com o grande leitor António M Costa e o seu convidado, o escritor Rui Manuel Amaral.O podcast “Grandes Leitores” é uma parceria PÚBLICO/Antena 3 que pode ouvir nas plataformas habituais, como o Spotify ou a Apple Podcasts e também na RTP Play.Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts.Para descobrir outros podcasts, subscreva a newsletter Subscrito, com novidades e recomendações para trazer nos ouvidos.
Gabriel, Gabo, que nasceu no dia de Pessoa e o que isso tem a ver com a literatura ou como a ficção pode ajudar a elaborar a própria existência. Com autores do Brasil, de Portugal e muitas mulheres. Com Mirna Queirós que convidou Tatiana Salem Levy.
O regresso à errância com os livros numa conversa muito vadia com Hugo Van der Ding e Pedro Penim, na companhia de Pais & Filhos, de Turgeniév, com Bruce Chatwin, Kamila Shamsie, Uma Coisa elementar, de Eliot Weinbergerg e muito Oriente.
Os livros são muito vividos. Têm grãos de areia se a leitura for a na praia, guardam bilhetes de metro ou de teatro, são testemunhos de um tempo, o do eleitor. No caso de Santos Guerreiro essa tarefa, a da leitura, começou de modo epifânico numa semana da adolescência em Viseu.
Tiago Lima é o grande leitor e parte de David Foster Wallace para falar da espécie de negócio que é ter concentração para a densidade das grandes obras. De Proust a António Lobo Antunes, passando pela droga dura que é "A Minha Luta", de Knausgaard, e algumas leituras estivais. Tiago Lima convidou para a conversa o poeta dramaturgo e tradutor Daniel Jonas e os dois falam de como se pode ler teatro, escrever para teatro. Estamos também no mundo da censura ou da auto-censura, nas várias maneiras de encarar o entretenimento na literatura e a entrada em cena de Sherlock Holmes.Com livros como - lista longa - "A Piada Infinita", "O Rei Pálido" e "Uma Coisa Supostamente Divertida Que Nunca Mais Vamos Fazer", de David Foster Wallace, "Do Lado de Swan", de Proust, "Memória de Elefante" e "Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura", de António Lobo Antunes, "O Paraíso Perdido", de John Milton, "O Leilão do Lote 49" e "O Arco-Íris da Gravidade", de Thomas Pynchon, "Cães de Chuva", de Daniel Jonas, "Azul Longe nas Colinas", de Dennis Potter, "Cem anos de Solidão", de García Marquez, "O Litoral", de Wajdi Mouawad, "A Espera de Godot", de Samuel Beckett, "Homenagem à Catalunha, de Orwell", "Os Contos da Cantuária", de Geoffrey Chaucer, "Corre, Coelho", de John Updike, "Intervenções", de Michelle Houellebecq e "Ilusões Perdidas", de Balzac.Os podcasts do PÚBLICO dão-lhe 10% de desconto numa nova assinatura do seu jornal. Introduza o código POD10 em publico.pt/assinaturas e usufrua das vantagens de ter o PÚBLICO no ouvido.
A geografia e a memória, a noção de cânone, a curiosidade pela oficina dos escritores. Com a obra de Patrick Modiano, Proust, Philip Roth, Rachel Cusk, Stiglitz, Edward Gibbon ou Djaimilia Pereira de Almeida, e os livros: O Pequeno Livro do Grande Terramoto, de Rui Tavares, Eu Confesso, de Jaume Cabré, A Morte de Jesus, de J.M. Coetzee, Benito Prada, de Fernando Assis Pacheco, Os Cadernos de Pickwick, de Charles Dickens, Os Doze Césares, de Suetónio, Feliciano, de A.M. Pires Cabral, Suíte Tóquio, de Giovana Madalosso, Autografia Não Autorizada, de Dulce Maria Cardoso, There There, de Tommy Orange, Ensaísmo, de Brian Dillon, So Long, See You Tomorrow, de William Maxwell, The Laughing Monters, de Denis Johnson.
Uma conversa com visita a muitas obras entre universos interiores, atmosferas de livros cheios de artefactos de outro tempo, o amor por uma avó, a importância da coisa miúda, a empatia e o conflito literários, o mundo reflectido nos livros. Como estes, tomem nota: “A Escola do Paraíso”, de José Rodrigues Miguéis, “O Silêncio do Mar”, de Vercors, “Noites Bancas”, de Dostoiévski; “O Mundo dos Outros”, de José Gomes Ferreira, “Tanta Gente, Mariana” e “Seta Despedida”, de Maria Judite de Carvalho, “Deserto Sonoro”, de Valeria Luiselli, todo a obra de José Saramago, “Dinossauro Excelentíssimo”, de José Cardoso Pires, Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida, “O Livro das Igrejas Abandonadas” e “Histórias para Uma Noite de Calmaria” de Tonino Guerra, “Fábricas de Melancolias Suportáveis, de Raquel Gaspar da Silva e “Uma Coisa Elementar”, de Eliot Weinberger.
Há pouco a temer, neste caso. Falamos de vício dos livros com um especialista em tratar precisamente do vício enquanto patologia. João Galamba de Almeida é psicanalista, leitor compulsivo a partir dos 40 anos, quando acho que era tempo de ler os grandes livros. Começou cheio de disciplina até que criar uma rede de leituras que leva à perdição. Para esta conversa, convidou a escritora e tradutora Maria Manuel Viana. Eles falam dos grandes temas literários: o mal, o amor, a morte. Tudo, acompanhado a chá e com recomendações: Na Floresta, de Edna O’Brien, A Marcha de Radeztky, de Joseph Roth, Fédon, de Platão, Auto da Fé, de Elias Canetti, A Curva da Estrada, de Ferreira de Castro, A Nossa Parte da Noite, de Mariana Enriquez, O Infinito no Junco, de Irene Vallejo.
O paralelismo entre a aprendizagem da leitura e ser-se analfabeto numa língua. A leitora Mariana Oliveira, radialista, uma sub-trinta que trocou o curso de Medicina pela paixão por Letras, convidou o tradutor António Pescada para uma conversa sobre o decifrar de enigmas, aceder a palavras que não imaginávamos. Aqui também se da música da língua e temos o privilégio de testemunhar uma tradução ao vivo, do russo, de um poema de Lermontov. Isto entre obras como Dom Casmurro. Cartas a Lucílio, de Séneca, O Cerejal, de Tchékhov. Anna Karenina e Guerra e Paz, de Tolstói, ou Noites Brancas, de Dostoévski.Subscreva o Grandes Leitores na Apple Podcasts, Spotify, SoundCloud ou outras aplicações para podcasts.Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts.
Bernardo Trindade é guardião de livros antigos, coisas preciosas, os impossíveis que muitos procuram e ele encontra. Esteve até há pouco tempo à frente da livraria-alfarrabista Campos Trindade, no número 44 da Rua do Alecrim, negócio que herdou do pai. A Campos Trindade fechou em Janeiro, depois de 44 anos - sim, o número dos anos de vida é o mesmo do número da porta - e um dia destes vai reabrir noutra morada. Ele fala de como foi aprender a ler num mundo diferente, conta histórias de caço tesouro, encontros muito improváveis, da sua colecção privada de livros de gastronomia. Convidou para a conversa o jurista e historiador Luís Bigotte Chorão. Estamos entre Arte de Cozinha, de Domingos Rodrigues, a poesia de Herberto Helder, O Livro do Desassossego, as revistas Seara Nova, O Bibliófilo Aprendiz, de Rubens Borba de Moraes, Elogio do Livro, de Romano Guardini ou A Biblioteca, de Umberto Eco.
A rua, o quotidiano, o real como base para a criação estética estão entre os elementos que definem a relação, vadia, "pouco educada", entre o dramaturgo e encenador Rui Catalão e a literatura. Para esta conversa, convidou o escritor e tradutor literário Paulo Faria os dois partilham temas e geografias, partilham também algumas referências. Como o livro Despachos, de Michael Herr. E deixam sugestões: Contos de Kolimá, de Varlam Chalamov, e, na BD, Nonnonba e Showa, A History of Japan de Shigeru Mizuki, Um Contrato com Deus ou The Building, de Will Eisner. The Book of Genesis, de Robert Crump, Paying for It, de Chester Brown e Palookaville, de Seth.
Maria Antónia Oliveira convidou a poeta Rosa Oliveira, a irmã mais velha, para uma conversa sobre cumplicidades à volta de livros, como é crescer com a mesma biblioteca, torcer por Camilo e Eça no famoso campeonato da literatura portuguesa, o gosto pela biografia ou a música que há nos livros, também nos livros de Rosa. Entre a biografia Patricia Highsmith por Joan Shenkar, As Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel António de Almeida, a poesia de Roger Wolfe, De Joan Margarita, Os Contos Esquivos de Ivone Mendes da Silva, os livros de Elizabeth Jane Howard, o Cânone, de Antonio M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen ou Sempre o Diabo, de Donald Ray Pollock. Isto enquanto se lança um alerta: procura-se um autor.
Pergunta para princípio de conversa com Paulo Bugalho que chamou ao microfone o escritor Mário de Carvalho. Há uma resposta? Há pelo menos um conjunto de exemplos e de trocas de leituras que incluem Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, A Tempestade, de Vladimir Sorokin, O Hóspede de Job, de José Cardoso Pires, Casas Pardas, de Maria Velho da Costa ou A Casa Gande de Romarigães, de Aquilino Ribeiro. A lista é longa e tem muitas histórias pelo meio, coisas de leitores.
Vera Tavares lê à procura de uma espécie de encontro com o autor. Íntimo, político ou que lhe dê a chave para fazer uma capa. É uma interprete privilegiada e convidou para esta conversa a escritora Dulce Mara Cardoso, autora de O Retorno ou Eliete. As duas desmontam a sua relação pouco ortodoxa com a leitura e especulam como passar - e às vezes falhar - essa paixão a outros. Vamos com elas e com Mrs Dolloway, de Virginia, Woolf, A Bofetada, de Christos Tsiolkas, O Coração das Trevas, de John Conrad, Pedro Paramo, de Ruan Rulfo, Deserto Sonoro, de Valeria Luiselli e A Força da Forma, de Mário Moura.
João Louro e o poder incomensurável que existe nas palavras numa conversa onde entra o Sr. Teste, e em que se ouve em fundo o lápis do artista a passear pelo papel. Um desenho que na rádio é imaginário e tem inspiração em Blanchot, Beaudelaire, Benjamin, Lispector ou Bataille. Na companhia muito próxima de As Esferas, de Peter Sloterdijk, Água Viva, de Clarice Lispector, O Pequeno, de George Bataille, O Contra-Céu, de René Daumal.
Questionamento, curiosidade consolação e beleza. A psiquiatra Manuela Correia e a sua relação com os livros numa conversa em forma de viagem para a qual convidou a escritora Hélia Correia. As duas revelam os livros que levam agora para dentro de casa.
Um podcast PÚBLICO/Antena 3 com Isabel Lucas.