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Se o cessar-fogo em Gaza era um assunto que não induz nenhum otimismo, tudo ficou ainda mais difícil com o massacre na Austrália e com a resposta do governo israelita, para o qual a explicação da tragédia reside no facto de o governo australiano ter reconhecido o Estado da Palestina.Pouco otimismo merece também a ronda de negociações de um cessar-fogo para a Ucrânia, desta vez concentradas em Berlim – o que por certo pouco terá agradado a Paris.Entretanto, na América do Sul, o Chile é mais um país a abraçar proposta de extrema-direita, o que coloca mais pressão sobre as eleições presidenciais que hão de decorrer no Brasil em outubro do próximo ano.
Terminam dois dias de negociações em Berlim, sobre a guerra na Ucrânia. Volodymir Zelensky reuniu-se, na capital alemã, com dirigentes europeus e emissários de Donald Trump. As negociações entre o presidente ucraniano e os emissários norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner permitiram alcançar várias pontos, disse Zelensky, que em nome do seu país, acrescentou: "fomos ouvidos". Por outro lado, os dirigentes europeus comprometem-se a mobilizar uma força multinacional para apoiar o exército ucraniano. Tudo parece portanto estar a progredir no sentido de se alcançar um acordo de cessar-fogo. Mas algumas questões ficam por responder. Os líderes dos principais países europeus assinaram um documento conjunto que estabelece, entre outros, a mobilização de uma força multinacional para apoiar o exército ucraniano, limitado actualmente a 800 mil militaires. A força multinacional, composta por nações voluntárias, conta com o apoio de Washington. Será vocacionada também para a segurança do espaço aéreo e marítimo ucraniano. Não se trata da primeira vez que os dirigentes europeus debatem esta questão de uma força internacional, mas a proposta parece estar a concretizar-se. O director da licenciatura em Relações Internacionais na Universidade do Minho, José Palmeira, considera que se trata de um sinal encorajador. José Palmeira: Eu diria que sim. Estão em cima da mesa as garantias de segurança da Ucrânia. Isto é, a partir do momento em que fica vedada a sua entrada na Aliança Atlântica (NATO), que lhe permitiria ficar protegida pelo artigo quinto, a ucrânia quer, como contrapartida, que lhes sejam oferecidas garantias de segurança e, designadamente pelos Estados Unidos. RFI: Tanto que a questão da integração da Ucrânia na NATO está excluída. Conforme os interesses da Rússia. Exactamente. E a alternativa que a Ucrânia coloca, uma vez que não integram a NATO, são as garantias de segurança, similares às do ponto 5 da NATO. E quem é que poderá dar essas garantias? Os Estados Unidos. E aparentemente, os Estados Unidos terão evoluído no sentido de dar essa garantia. É verdade que os Estados Unidos dizem que não colocam tropas no terreno nem no apoio à Ucrânia, mas aí a Europa jogará um papel fundamental. Nesse aspecto, a Ucrânia terá alcançado o seu objectivo. Resta saber se o Kremlin aceita esta formulação e se poderemos estar próximo de um acordo nesse ponto. RFI: O que se sabe concretamente das garantias de segurança concedidas pelos Estados-Unidos a Kiev? A Ucrânia já foi atacada em 2014 com a anexação da Crimeia e mais tarde no Donbass em 2022. Embora existisse um compromisso que fazia com que as potências mundiais, como os Estados Unidos, potências europeias e a própria Rússia, protegeriam à Ucrânia em caso de agressão, uma vez que, na base desse entendimento, a Ucrânia cedeu as armas nucleares que estavam no seu território. Mas essas garantias de segurança não foram suficientes, como se nota. Nesse sentido, a posição dos Estados Unidos é importante, mas não basta uma posição da actual administração. Convém que seja o próprio Congresso dos Estados Unidos a aprovar. Para que numa futura administração não haja uma alteração do quadro da segurança ucraniana. RFI: Tudo parece estar a concordar no sentido de progressos em vista de um acordo de paz. Mas o documento assinado pelos dirigentes europeus omite totalmente a questão das concessões territoriais da Ucrânia reclamadas pela Rússia. Isto quererá dizer que os dirigentes europeus vão continuar a evitar esta questão sensível? Essa é a questão central. Em teroria, a Ucrânia aceita perder território de facto, não de direito. Mas apenas o território que a Federação Russa conseguiu ocupar e não aquele que reivindica para além disso, na região do Donbass. Resta saber até que ponto esse aspecto vai ou não ser um factor que bloqueia o acordo com a Federação Russa. É verdade que estão a ser avançadas várias possibilidades para esse território ainda não conquistado pela Federação Russa. Criar ali uma espécie de uma zona intermédia que não seja nem russa nem ucraniana. Fala-se numa zona económica para aquela região. Sem influência directa nem da Rússia nem da Ucrânia. Não sei até que ponto vai a criatividade dos negociadores para criar uma solução que seja aceitável, quer pela Ucrânia, quer pela Federação Russa. Mas se isso acontecer, naturalmente que a questão que se vai colocar é o levantamento das sanções. E, aparentemente, nem a União Europeia nem o Reino Unido estão dispostos a levantar sanções porque há uma violação do direito internacional. Diferente é a posição dos Estados Unidos que, aparentemente estarão dispostos a retomar as relações com a Federação Russa. RFI: Sobre esta questão, Volodymyr Zelensky afirmou que "ainda existem questões complexas, particularmente as que dizem respeito aos territórios. Continuamos a ter posições muito diferentes dos Estados Unidos". Parece que o entrave vem de Washington. Concorda com esta visão? Aparentemente, a posição da Casa Branca é mais favorável àquilo que defende a Federação Russa, que é o objetivo que a Ucrânia entregue à Federação Russa os territórios que ainda não ocupou no Donbass. Os Estados Unidos, estão a forçar um acordo que passe por essa cedência também. RFI: Os próximos passos e assuntos que ficam por resolver prendem-se com a questão do congelamento dos activos russos. Os europeus não chegaram a acordo sobre esta questão. São vários os países, aliás, desfavoráveis a esta questão. Para além da Bélgica, a Itália, Bulgária e Malta enviaram uma carta à Comissão Europeia para advertir sobre as consequências financeiras e jurídicas negativas da utilização destes bens russos como base para apoios financeiros à Ucrânia. Como vê a evolução desta proposta? Já houve uma evolução no sentido de que o congelamento já foi aprovado. O que não foi aprovado ainda é usar as verbas congeladas para apoiar a Ucrânia. Aí é que de facto há divergências, porque países como a Bélgica, onde estão a maior parte desses activos, têm receio de que amanhã um tribunal declare que a Rússia tem direito a aceder a essas verbas. E a Bélgica é que teria que indemnizar a Federação Russa. Portanto, aquilo que a Bélgica alega é que só aceita essa solução se implicar a solidariedade da União Europeia. Ainda não houve, de facto, esse avanço. De qualquer forma, para além dessa questão, eu acrescentaria um objectivo que a Federação Russa pretende também. É que a Ucrânia e a comunidade internacional não reclamem em tribunais internacionais a alegada violação do direito humanitário por parte das forças russas que invadiram a Ucrânia. RFI: Isto é uma exigência por parte da Rússia? Exactamente. A Rússia quer que qualquer queixa seja levantada nos tribunais internacionais, designadamente no Tribunal Penal Internacional. RFI: E os dirigentes europeus estão dispostos a ceder a esse pedido? Não estão dispostos, como é óbvio. Mas os Estados Unidos aparentemente poderiam secundar esta posição russa, porque Donald Trump quer é um acordo de paz a qualquer preço, praticamente.
No Global desta semana, Paulo Portas debruça-se sobre a guerra entre Elon Musk e as organizações europeias, sobre as negociações a ter lugar em Berlim para a paz na Ucrânia e destaca um ato de “coragem” no meio do ataque em massa na Austrália.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O cinema brasileiro vive momentos de êxtase no exterior, recebendo prêmios no Festival de Cannes, de Berlim, e em 2025, seu primeiro Oscar. Porém, ainda existem muitas dificuldades em produzir filmes no território. Para tentar contornar esse cenário, o cinema brasileiro possui várias políticas públicas de desenvolvimento como a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), que estabelece uma economia circular e sustentável. Todos os filmes pagam uma contribuição para licenciamento, distribuição e veiculação das obras para o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que ajuda em novas produções.“O Futuro do Cinema Nacional Está em Risco” faz uma análise do cenário atual do cinema nacional com foco na problemática das plataformas de Streaming. Atualmente, as plataformas de streaming estão no mercado audiovisual nacional sem contribuir para essa economia, aproveitando apenas o lucro. Nessa perspectiva, os profissionais da indústria começaram a exigir a regularização dessas plataformas. Contudo, o Projeto de Lei 8.889/2017, sobre regulação dos streamings, atualmente em discussão no plenário, é duramente criticado pelos profissionais da área.O grande problema não é o consumo dos streamings, mas a falta de contribuição destes com a indústria nacional do cinema. Regular os Streamings, é prezar pela cultura, arte, expressão e principalmente, pela soberania nacional.Essa reportagem foi produzida como trabalho de conclusão da disciplina de Áudio e Radiojornalismo do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2025.Roteiro e locução por Luiza Cardoso e Lully Salvador, edição por Gio Tavares. Locução das vinhetas por Gio Tavares. Entrevistas com profissionais da indústria audiovisual brasileiros Juliana Sakae, Mauro D'Addio, Gustavo Spolidoro e Luciana Damasceno. Coordenação técnica por Peter Lobo e Roque Bezerra. Monitoria de Danielly Alves. Estágio de Docência da doutoranda Luiza Zanotti, do Programa de Pós Graduação em Jornalismo na UFSC. Orientação da Professora Valci Zuculoto.
Comunicar a Guerra, Pensar a Paz: O Mundo Explicado sem Eufemismos Num tempo em que a guerra voltou ao continente europeu e a ameaça nuclear regressou ao vocabulário político, comunicar tornou-se tão decisivo quanto negociar, tão estratégico quanto deter armamento. A forma como entendemos o conflito — e a forma como os líderes o explicam — determina a capacidade de uma sociedade se proteger, se posicionar e, sobretudo, de construir paz. Nesta conversa profunda com um dos mais atentos analistas de geopolítica e segurança internacional, exploramos não apenas o que acontece nas frentes militares, mas aquilo que raramente chega ao espaço público: a lógica das decisões, o medo que move líderes, a propaganda que molda percepções e a fragilidade das democracias perante um mundo multipolar, competitivo e cada vez mais turbulento. A Guerra Não Desapareceu — Apenas Mudou de Forma A guerra do século XXI já não é apenas feita de tanques, artilharia ou drones. É feita de comunicação, de opinião pública, de gestos diplomáticos e de ameaças que pairam mais do que disparam. O conflito na Ucrânia tornou visível uma realidade que muitos preferiam não ver: o regresso do imperialismo territorial, a competição entre grandes potências e a erosão lenta da ordem internacional construída após a Guerra Fria. E, como explica o especialista entrevistado, esta realidade é o resultado direto de um mundo onde já não existe uma potência única capaz de impor regras — e onde vários Estados procuram afirmar a sua posição, mesmo à força. “Falamos Demasiado de Guerra e Demasiado Pouco de Paz” Esta frase, dita logo no início da nossa conversa, resume uma das grandes preocupações: a paz tornou-se um bem adquirido, quase dado por garantido, e deixou de ser pensada como projeto político. Hoje discutimos armamento, sanções, alianças, ofensivas e contra-ofensivas, mas muito raramente discutimos planos reais de paz. A diplomacia parece muitas vezes refém de hesitações, cálculos eleitorais e receios de perder posição. Faltam líderes com visão e coragem para assumir compromissos difíceis. Falta clareza estratégica. Falta, em suma, o que sempre faltou antes dos grandes pontos de viragem da História: vontade de mudar o rumo. Propaganda: A Arma que Já Não Precisa de Mentir A propaganda moderna não opera através de falsidades grosseiras — opera com ângulos, omissões e narrativas cuidadosamente organizadas. Divide sociedades, instala ruído, confunde consensos. E, como lembra o convidado, é um mecanismo estrategicamente desenhado, não um acidente. Hoje, qualquer conflito é também uma batalha pelo centro emocional das populações. A pergunta já não é “quem dispara primeiro?”, mas sim “quem controla a interpretação do que acabou de acontecer?”. E esta disputa é tão séria como qualquer avanço militar. Num ambiente onde autocracias investem fortemente em desinformação, países democráticos só sobrevivem se investirem tanto em educação mediática quanto investem em equipamento militar. A Ameaça Nuclear: Entre a Política e o Medo Há uma década, a maioria das sociedades ocidentais consideraria inaceitável ouvir líderes políticos falar com leveza sobre o uso de armas nucleares. Hoje, essa retórica tornou-se comum. A ameaça nuclear voltou a ser utilizada como instrumento de coerção psicológica — não necessariamente para ser usada, mas para moldar decisões, atrasar apoios, dividir alianças e impor limites invisíveis. E, como explica o analista, esta ameaça não é apenas militar: é emocional. Desestabiliza, silencia, intimida. Perante isto, a resposta das democracias deve ser equilibrada, firme e prudente. Nem ceder ao medo, nem alimentar a escalada. Europa: Entre a Vulnerabilidade e a Oportunidade A União Europeia confronta-se com uma verdade desconfortável: não tem poder militar proporcional ao seu peso económico. E num mundo onde a força voltou a ser a linguagem dominante, esta assimetria torna-se perigosa. Apesar disso, a Europa tem vantagens únicas: capacidade económica para modernizar as suas defesas; alianças históricas que multiplicam o efeito da sua ação; e, sobretudo, uma rede de Estados democráticos cujo valor estratégico reside no coletivo e não no individual. Mas falta ainda algo fundamental: coragem política para agir antes de ser tarde. A Ética da Guerra: A Linha que Nos Define No final, chegamos ao ponto mais difícil: a ética. O que separa uma guerra justa de uma guerra injusta? O que é aceitável negociar? Que compromissos violam princípios fundamentais? E como explicar a uma criança porque é que um país decidiu invadir outro? A resposta do convidado é simples e trágica: as guerras deixam sempre lições — mas as sociedades nem sempre as aprendem. A história mostra que a Europa só foi corajosa em momentos de desespero. É urgente quebrar esse padrão. Lições que Ficam A paz não é natural — é construída. A guerra renasce sempre que a coragem política desaparece. A propaganda moderna vence pela dúvida, não pela mentira. A ameaça nuclear é sobretudo psicológica e estratégica. As democracias enfraquecem quando imitam autocracias. Sem educação mediática, não há defesa possível. A Europa precisa de visão — não apenas de verbas. A ética não é luxo: é a fronteira que nos impede de nos tornarmos como os regimes que criticamos. Porque Esta Conversa Importa Num tempo de ruído, medo e incerteza, precisamos de vozes que consigam explicar, com clareza e rigor, como funciona o mundo — e o que depende de nós para que esse mundo não se torne mais perigoso. É isso que esta entrevista oferece: contexto, profundidade e, acima de tudo, um convite à responsabilidade cívica. Se este artigo o ajudou a compreender melhor o que está em jogo, partilhe-o. Deixe o seu comentário, traga as suas dúvidas, participe na conversa. Só uma sociedade informada consegue resistir ao medo — e escolher a paz. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. Por isso, ela pode não estar totalmente precisa. 0:00 Como comunicar a guerra de hoje e a paz de amanhã? A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. 0:19 Pessoa 2 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje falamos de guerra, de paz e, acima de tudo, de como se comunica um mundo que já não é estável. Um mundo onde a diplomacia hesita, onde a propaganda acelera e onde a ameaça militar, incluindo a ameaça nuclear. 0:39 Volta a moldar as decisões políticas. O meu convidado é Manuel pués de Torres, analista geopolítico e investigador em segurança Internacional. Alguém que conhece por dentro os bastidores da nato, a lógica da dissuasão, o Tabuleiro da diplomacia e aquilo que raramente se explica ao público. 0:57 Que a guerra não é apenas força, é também narrativa, psicologia e comunicação estratégica. Nesta conversa, vamos tentar perceber o que está realmente a acontecer na Ucrânia, o que está em jogo nas negociações. Porque é que falamos tão pouco de paz? Como funciona a propaganda Moderna? 1:13 Que riscos esconde a ameaça nuclear? E como é que tudo isto mexe com as democracias, com a opinião pública e com a vida de cada um de nós? Se esta conversa vos fizer pensar e vai fazer, subscrevam o canal. Deixem o vosso comentário. E partilhem com quem precisa de ouvir estas explicações. 1:34 Manuel pues de Torres, posso apresentar te como um especialista em estratégia militar, em guerra híbrida, em diplomacia, em política Internacional, em comunicação também, porque a comunicação está aqui no meio disto tudo. Longa experiência junto da nato. 1:50 Como é que nós conseguimos conversar e comunicar sobre um tema tão difícil? Como a guerra, que é o sítio onde morrem pessoas. 2:01 Pessoa 1 É verdade, são tudo perguntas simples de resposta, muito complexa. Mas acima de tudo e em primeiro lugar, um agradecimento pelo convite, por estar aqui contigo e para podermos falar de algo que é fundamental não apenas à política Moderna, mas também à forma de se fazer a paz no futuro. 2:18 E começo por dizer fazer a paz e não fazer a guerra, porque falamos muito de guerra e pouco de paz. 2:24 A imperfeição humana e a competição no sistema internacional Porquê? Porque a paz foi adquirida depois da queda do do muro de Berlim e a própria influência da paz Moderna Na Na nas relações diplomáticas. 2:39 Tornou a 11 bem garantido e, portanto, não se fala tanto da continuação da paz, mas da ausência da paz em prol daquilo que é naturalmente o conflito, o conflito das palavras, o conflito da política e, por último, contra tudo e contra todos, a ressurreição da do grande conflito convencional no continente europeu e, portanto, isto é um é um tema que preocupa qualquer governante. 3:06 É um tema que tem que preocupar qualquer estadista. É um tema que tem que preocupar garantidamente as populações, as sociedades, aquelas que se dizem, aquelas que vivem e aquelas que pensam ser ainda sociedades democráticas e abertas. 3:22 Pessoa 2 Mas no tempo em que nós estamos, a ideia de guerra ainda faz sentido. 3:28 Pessoa 1 A ideia de guerra? Faz sempre sentido. 3:30 Pessoa 2 Porque é que acontece a guerra, no fundo, é um bocadinho essa a pergunta que que eu tenho para te fazer? 3:34 Pessoa 1 A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. E enquanto que o ser humano, enquanto o ser humano for um ser imperfeito que sempre seremos, nunca, nunca seremos divinos divinos, está no está em Deus, Deus nosso senhor, e portanto, enquanto existir essas incapacidades humanas. 3:55 A imperfeição vai nos levar sempre ao conflito. E desse conflito nasce a guerra. O problema é que no mundo que nós criámos, no mundo do século 21, que não é igual ao mundo do século 20, não é o mundo do século, historicamente do século 19, nem ao século 18. 4:11 A criação do direito Internacional e a criação da política Internacional, a criação das relações entre estados, a construção de um mundo que se defende do conflito. É um mundo que está neste momento em risco e a guerra aparece. Precisamente por fruto daquilo que é a competição, por uma posição de liderança no novo sistema Internacional. 4:34 E isto acontece de forma até um pouco natural daquilo que as pessoas possam pensar. O multilateralismo é importante na relação entre os estados e é importante entre as democracias. Mas a falta de um grande estado que lidera o sistema Internacional. 4:50 Ou seja, o que nós chamamos em ciência política. O grande momento de unipolaridade leva à competição entre estados. Competição a que o mundo multipolar a competição entre os diferentes estados emergentes, que querem ganhar um lugar supremacia em função dos outros, querem conseguir liderar. 5:08 Pessoa 2 Até agora, tínhamos as tínhamos os Estados Unidos. Agora aparece a China, agora aparece a Rússia, agora aparece a união europeia, agora aparecem os brics. 5:16 Pessoa 1 É, e daí? E dessa competição de estados nascem? Os conflitos num momento de grande unipolaridade no o conflito está distante. 5:26 Pessoa 2 É melhor este estado porque aquele aquele que é o que é o que é o irmão mais forte pode chegar aqui e acaba já com isto e, portanto, na dúvida, não faço. 5:33 Pessoa 1 Isso é precisamente isso, a partir do momento que os Estados Unidos da América façamos este exercício, que os Estados Unidos da América desaparecem como grande potentado militar, económico e político e outro estado se a leva como um grande detentor do poder e do monopólio da violência no mundo. 5:49 Então, nesse momento será não será contestado e não sendo contestado, o conflito vai contorná lo e esse estado pode impor a sua lei, a sua matriz de direitos, a sua matriz de valores, ao ao restante sistema Internacional. 6:07 Foi o que, o que, o que os Estados Unidos da América fizeram durante a grande competição durante a guerra fria e mais tarde. Na queda do muro de Berlim, tentando imprimir aquilo que seriam as regras do xadrez Internacional. No entanto, nós vivemos agora um momento de grande transformação. 6:23 Os Estados Unidos já não são a potência económica que foram no passado. Essa transferência de poder fez para a China e para a Índia. E ainda é, embora ainda seja um grande poder militar, o maior poder militar do mundo. 6:39 Rapidamente existem entre as nações que entram nesse conflito ou que entram nessa competição. E agora aqui a questão é, então isso não existe um momento de unipolaridade e que caminhamos para maior multipolaridade, então está de facto encerrado o destino. O destino será o conflito e a guerra? 6:56 Não, o destino não está encerrado, mas a guerra vai persistir e vai se multiplicar. O que nós não podemos permitir é que os limites à guerra justa sejam ultrapassados. 7:08 Pessoa 2 O que é que é uma guerra justa? 7:10 Pessoa 1 A guerra justa é aquela que se faz em prol de uma injustiça. Uma guerra simétrica, por exemplo, promovida pela Rússia para anexar ilegalmente território que não lhe pertence. É uma guerra injusta. Uma guerra justa é a guerra que os ucranianos travam para conseguir reconquistar o seu território, para defender a sua população, a sua dignidade, os seus valores e a sua soberania. 7:34 O amadorismo diplomático e a traição nas negociações de paz Como é que nós? Explicamos a uma criança de 5 anos porque razão a Rússia um dia decidiu entrar na Ucrânia e começar a reivindicar território e até se conseguisse tomar conta da Ucrânia. 7:48 Pessoa 1 Tal como no passado, existem sempre estados, nações, países, governantes, pessoas que anseiam por conquistar mais poder. E tendo via aberta, sem impedimentos para que outros estados e outras pessoas e outros exércitos o bloqueiem, então nada o impedirá de continuar a conquistar território até estar verdadeiramente satisfeito. 8:13 Mas aqueles que têm a sede do poder, os grandes imperialistas, dificilmente ficam contentes com as suas vitórias momentâneas. Querem sempre mais. E, portanto, a Rússia, neste momento, vende que não tem qualquer tipo, ou vende em 2022 que não tinha qualquer tipo de impedimento. 8:29 Porque o teste já tinha sido feito em 2014. 8:32 Pessoa 2 Na Crimeia, na. 8:32 Pessoa 1 Crimeia e já tinha sido feito em 2008 e 2009, na Geórgia, na apcásia e na Ossétia do Sul, sabendo que ninguém se impôs à sua campanha de terror na tchachénia, nas 2 grandes guerras, sabia que ninguém iria, em princípio, em defesa do povo ucraniano. 8:54 Olha neste enganou, se enganou, se neste. 8:56 Pessoa 2 Momento AAA Europa, obviamente. Mexeu se também os Estados Unidos na era pré Trump. Agora vamos ver o que é que está a acontecer, mas neste momento em que nós estamos a falar, está a acontecer uma espécie de conversações diplomáticas em busca da paz, isto é, para levar a Sério. 9:15 Ou estamos ainda num momento retórico em que cada um vai mantendo a parada o lume, mas na realidade ainda ninguém está verdadeiramente preparado para parar esta guerra? 9:27 Pessoa 1 A guerra só para Jorge, quando uma das partes tem mais a perder do que a outra, quando uma desiste de combater, sai derrotada, ou quando a outra já não quer combater, não pode não ser derrotada, mas não sai vitoriosa. E neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia ainda têm muito por perder e muito por ganhar e, portanto, como não existe um grande momento de fratura deste. 9:56 Potencial de combate a guerra vai perdurar durante o tempo necessário. 10:00 Pessoa 2 Quando? Só quando existe uma espécie de empate negativo, em que nenhuma das partes tem nada para ganhar, é que se consegue esse ponto de equilíbrio. 10:07 Pessoa 1 Só no momento em que uma das partes estiver mais a perder com a guerra é que essa guerra termina e neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia, ambas ainda podem perder muito, perderem muito ainda sob seu domínio. 10:23 E, portanto, podem continuar a perder. Olha, a Ucrânia pode continuar a perder território que para já não é suficiente. Vai continuar no encalço de uma campanha que que lhes vai possibilitar ou não ganhar mais território ou não. A Rússia sabe que, se continuar a guerra, o número de mortos não afeta o sentido de voto. 10:40 O número de feridos não afeta o sentimento de impopularidade contra si. Manifestado que não existe, não é? A continuação da guerra dá lhe mais força política e centraliza o poder de estado na sua pessoa. 10:56 Tem muito a ganhar com a guerra. Vladimir Putin, jáz lensky, tem pouco a ganhar com a guerra, mas não pode desistir de batalhar. 11:03 Pessoa 2 Porque tem muito a perder, porque? 11:04 Pessoa 1 Tem muito a perder neste momento. Se não tivesse tanto a perder, provavelmente dava o caso por encerrado, se fosse só uma Crimeia. Mas a verdade é que, conversando com soldados ucranianos, eu tive essa, tive essa possibilidade. Nenhum deles. Nenhum deles por uma ilha desistiriam de continuar a lutar. 11:23 Nós estamos a falar de um povo que foi invadido, invadido por alguém que lhes deram garantias de segurança. Se a Ucrânia entregasse o seu armamento nuclear antigo, soviático de volta para para a Rússia entregar ao armamento que os defendia. 11:42 As garantias de segurança que receberam de nada lhes valeram. E agora veem se invadidos por aqueles que juraram defender a Ucrânia. Portanto, parece me que está tudo dito e uma criança de 50 IA conseguir perceber que a esta Rússia Moderna como a conhecemos é uma Rússia mentirosa. 11:59 É uma Rússia que não não olha a meios para atingir os seus fins profundamente imperialista. E infelizmente, fez um divórcio total com a com as poucas ligações que ligaram a jovem federação russa. Ao concerto de nações europeias e, infelizmente, estou a tentar devolver à vida isso é que eu posso dizer assim, muito das grandes ambições soviéticas que marcaram grande parte do século. 12:27 Pessoa 2 20 olha, estão em curso essas negociações, entretanto, nós que estamos aqui e que não percebemos o que é que se passa verdadeiramente nessas negociações. Mas vamos ouvindo, por um lado, sair à própria pública, que há 28 pontos para discutir que é ABEC depois os outros que são um contra. 12:47 Depois o senhor Putin, que aparece a dizer de uma forma ameaçadora, se querem prolongar a guerra, nós prolongamos depois o Trump do outro lado, que ora diz uma coisa, ora diz outra. O que é que tu lês disto tudo? O que é que tu ouves daquelas conversas que se calhar não são públicas e que tu vais acompanhando e que tens seguramente mais dados para entender estas conversas diplomáticas? 13:10 Pessoa 1 Existe, Jorge, um grande nível de amadorismo, as relações internacionais e a diplomacia Internacional é uma área muito importante. Da vida dos estados. 13:23 Pessoa 2 Isto não é para entregar a profissionais, os negociadores não são profissionais os. 13:26 Pessoa 1 Negociadores staff to staff são profissionais, são pessoas que atingiram os seus postos de dicionoridade face ao ao mérito que demonstraram ao longo da sua vida profissional aqueles que negociaram e que os, portanto, o ator político que está em negociação direto entre a da Casa Branca e do Kremlin, são atores. 13:49 Políticos que podem ter ou não ter a experiência adequada ao momento que estamos a viver. E como é que? 13:54 Pessoa 2 Isto é, numa mesa das negociações. Quando nós estamos numa mesa dessas de alto nível, certo? Há uma cara e ela pode ser mais experiente ou menos experiente. Mas depois atrás de ti tem pessoas que percebem muito disto. Tu és uma dessas pessoas que no fundo vais dizendo, vais treinando. Vais explicando aos políticos e aos negociadores o que é que está em causa. 14:11 Como é que isto funciona? 14:13 Pessoa 1 Ninguém vai para uma reunião de negociação de alto nível como aquela que. O senhor whitkoff e o senhor Kushner tiveram com os seus homólogos no Kremlin e com e com Vladimir Putin, sem que primeiro seja enviada uma documentação que vai guiar grande parte da conversação. 14:29 Há um. 14:29 Pessoa 2 Trabalho preparatório há um trabalho. 14:30 Pessoa 1 Preparatório de Secretaria que é feito entre as equipas de um lado e do outro. 14:34 Pessoa 2 É um negócio de diplomata. 14:36 Pessoa 1 Absolutamente EE. No momento em que essa argumentação encontra um ponto de sustentação, dá se início então ao convite para que as delegações se encontrem, no entanto. A Rússia aqui, neste, neste, neste jogo, joga sujo porque Vladimir Putin, quando toma a palavra e isto está documentado, recorre sempre a revisionismos históricos para educar, para treinar, para brifar os seus AA delegação de outro país sobre aquilo que é a visão de Putin para o mundo, para a Europa e para a Rússia. 15:11 E isso é preocupante, porque foge àquilo que está agendado. Acaba por contrariar a mensagem e o objetivo da reunião e acaba por ocupar tempo dialogando contra o próprio propósito e objetivo desta destas negociações. 15:29 Pessoa 2 Mas numa negociação, não é suposto que as partes tenham no fundo uma visão e que ela pode ser profundamente divergente do outro lado. 15:37 Pessoa 1 Sim, e isso é natural que aconteça como nós estamos a falar de 2 poderes beligerantes. Que se encontram no teatro de operações. 15:45 Pessoa 2 E que têm, lá está esses interesses divergentes. 15:49 Pessoa 1 E que têm interesses divergentes, o que é? 15:50 Pessoa 2 Que se faz para se aproximar posições em coisas que estão completamente irredutíveis e completamente. 15:55 Pessoa 1 A mediação aqui deve ser profissional e deve tentar encontrar concessões de parte a parte, e essas concessões custam muito aos 2. No entanto, a Rússia já mostrou que não está disponível para aceitar. 16:11 Para aceitar reduções ao seu teto máximo para o exército ucraniano, não vai aceitar qualquer tipo de concessão nesse sentido, diz que obriga e que não aceita retirar da mesa de negociações o reconhecimento das províncias ilegalmente anexadas por parte da Ucrânia, por parte da união europeia e dos Estados Unidos da América. 16:33 E diz que não aceita qualquer entrega ou adesão da Ucrânia à organização. Do, do, portanto, do anato e isto coloca um ponto e trava muito daquilo que são as grandes negociações suspeito com o. 16:49 Pessoa 2 Negociador não tenha grande caminho para fazer quando quando uma posição de base é é essa. 16:54 Pessoa 1 A posição de base é esta, mas a forma como se oferece um momento negocial é, oferecendo força ou fragilidade às 2 ou a uma a um dos beligerantes. 17:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? 17:05 Pessoa 1 Isso faz de forma muito simples, os Estados Unidos e a Europa têm o poder. Para oferecer mais material militar à Ucrânia? Para que a Ucrânia de facto tenha ganhos operacionais no terreno, mostrando que fica por cima nas operações estáticas. Operações essas com resultados e efeitos estratégicos. 17:24 Ou colocar mais sanções à Rússia e oferecendo mais material de guerra à Ucrânia, mais sanções à Rússia vai aumentar o poder negocial dos ucranianos. Mas também pode fazer o contrário, pode retirar o apoio militar à Ucrânia. 17:40 E pode oferecer negócios vantajosos à Rússia. E é isso que me preocupa nestes negociadores, witcofe custnar. E eu explico porquê, porque tudo isto é uma questão de comunicação. E a comunicação aqui neste caso, embora seja a porta fechada e a opaca do ponto de vista daquilo que nós conhecemos do witcoft custner. 17:59 É bastante transparente o que está a acontecer. O itkov, durante os anos 90 esteve ligado ao grande setor do imobiliário, com grande investimento russo. Empírico esta ligação, mas o senhor Kushner, que durante o primeiro mandato de Donald Trump sempre foi conhecido e reconhecido por embaixadores de outras nações em Washington, por ser um indivíduo que, quando em negociação diplomática, só estava interessado numa coisa. 18:26 Fazer negócios e, portanto, quando queixo não era, acompanha o itkof à Rússia. É para fazer negócios. E como nós falamos, Jorge, da grande traição, a traição à negociação, a traição à mediação, a traição aos ucranianos e aos europeus. 18:43 A grande traição materializa se não por virar as costas aos ucranianos, mas através de negociações ad hoc. Daquilo que deveria ser uma negociação de paz, tentar galvanizar a posição económica dos destes novos Estados Unidos da América para celebrar acordos económicos com a Rússia. 19:02 Num momento de fragilidade económica da Rússia, o senhor está a perceber o que eu estou a tentar dizer. Eu vos explico. Para outras palavras, a grande traição materializa se no momento em que os Estados Unidos se aproveitam da fragilidade económica russa para tentar canibalizar aquilo que resta ainda dos seus recursos, minérios. 19:20 E isto é uma grande traição para todos, mas não para os Estados Unidos da América. E por isso é que Marco Rubio aqui é um ponto tão importante porque tem uma posição, é o chefe máximo da diplomacia Americana. 19:32 Pessoa 2 Com grande experiência. 19:33 Pessoa 1 Com grande experiência e que tem uma posição mais mais balanceada em relação ao à Ucrânia, que pelo menos ouvem os ucranianos e sabe que se for naquilo que é a postura do itkof e do crushner os interesses dos Estados Unidos. 19:49 Que estarão assegurados, certamente, mas em prol daquilo que seria um acordo com os russos, podem perder muito mais do que o valor minério ou do que o valor económico revertido. 19:59 Pessoa 2 Portanto, o que tu estás a dizer é que, além de uma negociação na mesa com os beligerantes, também existe uma tensão dentro do próprio mediador em relação ao caminho que se pode seguir, claro. 20:10 A Europa e a necessidade de poder militar no século XXI Claro que sim. E a petexet o vice presidente Vance. Foram apanhados em conversas no Signal, chamado Signal Gate, no início do do ano 2025, logo no início do mandato de Donald Trump, e expressavam se de forma bastante hostil relativamente à posição da relação entre os Estados Unidos e a Europa. 20:32 E viam a Europa com poucos, com com com pouca simpatia, e mostravam bem que viviam. EE dividiam um ódio àquilo que era a posição do da Europa. Face ao preteturado americano e que se os europeus de facto puderam investir os seus dinheiros em vez no orçamento de defesa para a sua segurança social e na evolução dos seus estados sociais. 20:57 Isso é porque Os Americanos estavam preparados para os defender e de acordo com o avance e de acordo com except e todos os outros. A base de apoio MHA tensão aparece quando existem republicanos mais moderados. 21:14 Republicanos ligados a John McCain, republicanos que antigamente seriam ditos como de grande repúdio ao partido democrata e que hoje nos nos revemos nas suas palavras. Tentar fazer 111 contra um contra debate ou um contra fogo àquilo que é a posição irredutível de Donald Trump, Vance e de ecset. 21:34 Portanto, sim, existe tensão interna no partido republicano. Essa tensão tem efeitos diretos sobre as negociações e nós vimos bem nas últimas imagens que que passaram há pouco tempo, soube numa reunião entre americanos e ucranianos. 21:50 Estava de um lado da mesa sentado Marco Rubio, witcofic Kirchner. Marco Rubio estava a liderar as negociações e os seus 2 atores políticos, os 2 camaradas políticos, estavam ambos com ar de caso, muito preocupados porque Marco Rubio estava a conseguir dialogar com os ucranianos. 22:10 Os negócios não se fazem com a Rússia conseguindo aproximar os Estados Unidos da Ucrânia. É precisamente necessário a fazer se um afastamento e um distanciamento político e institucional. Dos Estados Unidos da América da Ucrânia, para que se possa de facto conseguir materializar negócios com a Rússia. 22:28 Eu espero estar verdadeiramente enganado e não ser surpreendido pela pela realidade dos factos daqui a mais uns meses, porque se de facto os Estados Unidos da América celebrarem acordos económicos com o grande estado agressor do século 21, então isso vai certamente levar a grandes tensões no seio da Aliança. 22:50 Pessoa 2 Atlântica na nato. A Europa ainda conta para este campeonato. 22:53 Pessoa 1 A Europa que conta sempre este campeonato, a Europa o que não tem. E a pergunta está bem colocada, a Europa, o que não tem é a expressão militar. E no novo século 21, no novo século 21 ou na partida para o segundo quartel do século 21, a força militar e a expressão de do monopólio da violência, eu hoje tão ou mais importante que o controlo e influência económica e financeira. 23:16 Deixámos de falar sobre competição de do bloco europeu do motor europeu com a China e com os Estados Unidos. Passámos a falar da preparação da Europa para a guerra. Isto tem que preocupar garantidamente todos aqueles que que estão envolvidos na política, todos aqueles que estão envolvidos profissionalmente no setor da da informação e da comunicação, porque aquilo que as pessoas querem saber, aquilo que o que o mundo do eleitor quer saber é o que é que vai acontecer amanhã. 23:44 Tenho um negócio, tenho investimentos, tenho empresa, tenho colaboradores, tenho que pagar salários, vamos ter garra amanhã, porque senão não, não farei determinado tipo de investimentos. E isso para as pessoas querem saber e as pessoas querem saber. O que a união europeia oferece é 1 + 1 camada de proteção face àqueles que não fazem parte da união europeia. 24:01 A nato também oferece uma camada de proteção acrescida. A Irlanda, por exemplo, faz parte da união europeia, não faz parte da nato. No entanto, quem conseguiu ver à distância o perigo que se. Que começava a emergir por parte no leste, por parte da Rússia e por parte da China e do seu bloco de aliados. 24:20 Entendeu que era necessário dar um passo em frente na integração na nato e teria custos estratégicos para estes 2 estados. Estou a falar da Finlândia e estou a falar da Suécia, que estrategicamente e de forma histórica. Sempre quiseram ser estados neutrais e que, embora estados da união europeia, não eram estados da nato. 24:40 Pessoa 2 E, no entanto, mudaram a sua posição. 24:41 Pessoa 1 Mudaram a sua posição face ao reposicionamento estratégico e à abertura e demonstração e transparência deste deste novo imperialismo russo. E o que é interessante é que a própria Suíça pensa neste momento. Começaram a fazer algumas consultas parlamentares sobre aquilo que seria a necessidade da Suíça um dia. 25:02 Entrar e aderir à nato. Portanto, o mundo está a mudar e os países tradicionalmente neutrais compreendem que existe uma ameaça e que a força é resultado de um coletivismo integrado de um concerto de nações que se estão a preparar para defender as suas sociedades. 25:19 Mas existem outros perigos, e os outros perigos dizem respeito ao tipo de governos que vamos eleger no futuro, se forem governos que emitam e copiam o modelo Maga na Casa Branca. Então teremos na Europa governos que vão preferir defesas nacionais em prol daquilo que é uma defesa coletiva. 25:39 Mas isto tem um custo económico que um estado como Portugal não pode suportar. Portugal faz por algum motivo. Durante o estado novo, Portugal aderiu imediatamente à nato como membro fundador, porque nós sabíamos, Salazar sabia. Que havia uma necessidade imediata de Portugal assegurar uma posição no concerto das nações que querem que se querem defender contra os novos imperialismos. 26:01 Pessoa 2 Ainda por cima, Portugal, com um mar que tem o tamanho que tem, nós estamos a olhar para leste, mas de facto, hoje com no mundo global, na realidade não há Fronteiras e, portanto, nós temos que defender esta parte. É a nossa, faz parte do nosso, do nosso trabalho, do nosso papel. 26:15 Pessoa 1 EE Portugal tem aqui uma missão, Portugal é um, é um, é um estado oceânico e tem que garantir. Que grande parte da sua plataforma continental e que grande parte do seu triângulo estratégico está defendido de ameaças futuras, ameaças ao nível do mar, ameaças subaquáticas, ameaças no seu espaço aéreo. 26:34 Porque Portugal não? 3 defesas quando quando falamos destas questões da política e da defesa nacional e da defesa coletiva da Aliança Atlântica, algumas pessoas esquecem e ignoram que Portugal, de facto, é um país Atlântico. E como é um país Atlântico, temos que não podemos ignorar os portugueses na madeira. 26:51 E os portugueses Na Na região autónoma dos Açores? E isto é fundamental, porque se Portugal quer de facto defender a sua soberania, tem que ter plataformas no mar com competentes e com marinheiros e soldados treinados para conseguir executar todo o tipo de missões. 27:08 Portugal deu agora um passo tremendo, fruto daquilo que é um mecanismo de investimento na defesa patrocinado pela união europeia e não pela nato. E, portanto, quando me pergunta, a união europeia ainda é relevante? Não tem poder militar, mas tem um poder económico que pode ajudar as nações a investir na sua defesa. 27:25 Portanto? Resposta afirmativa, sim. A união europeia é fundamental e Portugal, com acesso ao programa safe, teve agora direito a 5.8 1000 milhões de euros. A um acesso a um crédito, teremos que o pagar, mas uma taxa de juro muito abaixo do mercado, e isto é fundamental. 27:43 Olhe o orçamento para a defesa, em média são 4000 milhões de euros. Tem dado a crescer, embora durante 10 anos tivesse a decrescer, e 4000 milhões de euros. É muito dinheiro e nós vamos ter acesso a quase +6000 milhões este ano. 28:01 O que Portugal fez e o que o Ministério da defesa fez foram estudos de gabinete com indústrias, estudos que começaram em julho deste ano para preparar aquilo que eram as propostas das indústrias. Mas isto também tem tem uma questão interessante, não bastam ser uma indústrias quaisquer, tem que ser indústrias da própria união europeia. 28:18 Porquê? Para promover a criação de capacidades multinacionais para promover o mercado de armamento e o mercado tecnológico intra europeu. E para começar a dar o tiro de de partida aquilo que tem que ser uma competição da base industrial militar aos Estados Unidos da América. 28:38 E, portanto, quando falamos de uma Europa preparada, uma Europa não lhe chamaria militarizada, mas uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar do que há uns anos atrás. Não nos podemos esquecer do efeito estratégico que isso poderá ter nos Estados Unidos da América. 28:54 Estivermos a falar de um Estados Unidos da América liderado por um republicano moderado. Um profissional, alguém com escola política ou por um democrata moderado? Não temos nada a Temer. Mas se continuarmos nesta senda da dinastia Donald Trump, então essa próxima dinastia, esses próximos herdeiros de Donald Trump, provavelmente vão ver uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar. 29:21 Não como um aliado, mas como um competidor direto. 29:24 Pessoa 2 O que é capaz de não ser também uma boa notícia neste? 29:26 Pessoa 1 Neste bloco, isto não é necessariamente desejável. 29:28 A desinformação como arma estratégica e a resiliência civil Olha, uma das coisas que eu que eu tinha trazido para esta conversa é falarmos da propaganda, daquilo que acontece sempre quando há estes choques, sejam guerras, sejam o que for. Porque a minha sensação é que hoje em dia, no mundo em que nós temos, no mundo das redes sociais, a propaganda já quase não precisa de mentir. 29:46 Só precisa de organizar os factos e dar uma determinada. A matriz de ângulo para conseguir inclinar Oo campo a seu favor. A propaganda é levada tão a Sério como a compra de um Submarino ou a organização de umas forças armadas. 30:04 Pessoa 1 Não, não é do meu ponto de vista. Não é porquê? Porque não fechamos o seguinte, vamos ver isto do ponto de vista da educação. Porque a comunicação tem muito a ver com a educação e a propaganda também tem que ver com a educação. 30:22 Nós, quando treinamos forças armadas, estamos a treinar as forças armadas com base numa ideia do nosso inimigo, do nosso adversário, a ameaça. Ou seja, para se treinar forças armadas devemos conhecer quem é o inimigo, quais são as nossas armas de guerra, qual é a nossa doutrina, qual é a nossa estratégia. 30:40 Portanto, conhecemos o mundo, conhecemos o mundo, que que que é bem, que é bem plausível. Mas quando nós falamos da ausência de uma ameaça bem definida, então nós não podemos treinar ninguém, nós temos que conseguir educar. 30:57 E, portanto, por isso é que eu digo que nós treinamos as nossas forças quando conhecemos o inimigo, mas nós somos obrigados a educar as nossas forças para nos protegermos de um inimigo que ainda não conhecemos. E como é que isso faz? E a propaganda é precisamente esse. O problema é. 31:13 Algo que a sociedade civil trabalhou no passado é algo para o qual as sociedades estavam preparadas para lidar ideologicamente com propaganda soviética, comunista e que hoje as sociedades não estão preparadas. Aliás, alimentam se da propaganda que é gerada artificialmente para atingir um objetivo, dividir, criar clivagens sociais. 31:36 E promover o caos político. 31:38 Pessoa 2 Isso não é um acidente. O que tu estás a dizer é que isso é uma estratégia. Acontece. Há um desenho de uma propaganda que tem como intenção criar uma divisão, imagino que nas sociedades ocidentais modernas e democráticas. 31:51 Pessoa 1 Sim, e normalmente isto é promovido por grupos de interesse, atores estatais ou não estatais. Isso quer dizer que vem de agências. De informações estratégicas que com compilam este tipo de de materiais e subcontratam empresas para injetar certas narrativas. 32:09 As narrativas são estudadas certas narrativas em determinadas plataformas sociais para atingir. Certas classe etárias para atingir certa população, população que fala português ou população que fala castiano ou outra coisa qualquer e, portanto, existem narrativas com objetivos concretos. 32:27 Não se faz por acaso no que diz respeito ao combate a este tipo de desinformação. 32:33 Pessoa 2 Como é que se faz? Qual é a vacina? 32:34 Pessoa 1 Esse combate tem que ser feito pela educação direta das forças armadas, da população AEOA criação de resiliência nacional advém necessariamente da criação de uma ideologia de. Deputado, onde as pessoas compreendem que são tanto um ator como um alvo de desinformação externa? 32:52 A Singapura, a Suíça, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Estónia desenvolveram conceitos de defesa total para proteger o estado, mas acima de tudo, a população de ameaças civil visíveis defesa civil. 33:10 EEE. 33:10 Pessoa 2 Fazendo o quê e? 33:11 Pessoa 1 Potenciação e potenciação daquilo que são os os assades de um estado. O objetivo aqui é declaradamente assumir que um determinado estado está sob ataque. Ataque esse que não é visível, está na, na, está na, no domínio cognitivo e que as pessoas têm que compreender que determinado tipo de narrativas existem para promover a falta de apoio entre o eleitorado e os seus governantes. 33:37 Para promover a discórdia entre os valores nacionais de um determinado estado e precisamente para semear o caos. E esse caos é operável, porque quanto mais dividido estiver a Europa, mais fácil será um grande potentado militar atingir os seus objetivos através de anexações ilegais. 33:56 Pessoa 2 Dividir para reinar. 33:57 Pessoa 1 Dividir para reinar. 33:59 Pessoa 2 Olha, nós estamos numa olhamos por um lado, para para a guerra enquanto militar, tanques, aviões, submarinos, por aí fora. Mas hoje é um conceito da guerra híbrida. É, é guerra híbrida, é o quê? Inclui esse, inclui essa, esse tipo de guerra de informação, inclui ataques informáticos do que do que é que estamos a falar? 34:18 Pessoa 1 Esse é um tema muito interessante, eu eu fiz um doutoramento precisamente sobre esta, sobre esta área, e embora eu não possa falar muito sobre sobre ela. Porque existem aqui questões que são um bocadinho mais técnicas e mais e mais sensíveis. Acima de tudo, a guerra híbrida da forma como nós a conhecemos. 34:36 Porque não está escrito em Pedra, ou seja, não, não há uma definição fixa. Estas. 34:42 Pessoa 2 Qual é a tua? 34:43 Pessoa 1 Tendem a mudar o que? O que é de conhecimento académico é de que a guerra híbrida é uma fusão entre 2 formas de guerra, a guerra convencional. A guerra entre exércitos e as guerras assimétricas e as guerras assimétricas são guerras de guerrilha, guerra com envolvimento da desinformação do ciberespaço, guerras que contornam exércitos para atingir o que nós chamamos o coração e as mentes dos próprios estados. 35:16 E quem é o coração e as mentes dos estados é a própria população, é o centro de gravidade de uma nação, é a sua população, e portanto, a guerra híbrida tem estas capacidades. É mutável, é mutável na sua forma de guerra, na sua gramática, utiliza diferentes instrumentos de poder para atingir os seus objetivos, mas é extraordinariamente difícil de se de se conseguir gerir. 35:37 O planeamento não é linear, requer múltiplas iterações ou requer múltiplas formulações, requer diferentes atores envolvidos. Que quer redes de sabotagem. O que se passa na Polónia é é um é um dos domínios de guerra híbrida também. 35:52 E a grande dificuldade para um analista ou para um planeador é conseguir identificar uma determinada atividade de sabotagem da desinformação de de, por exemplo, de de destruição de infraestruturas críticas através de detonações ou ou por via de de hacking. 36:13 Como uma atividade associada a uma campanha de guerra híbrida. Na minha perspetiva, a guerra híbrida não pode ser uma fusão de 2 guerras, porque eu sou um closeviciano puro e em closevitse, acredita se que a natureza da guerra é eterna e portanto, se é eterna, não pode haver 2 naturezas, existe só uma natureza. 36:32 E essa natureza de que guerra é guerra e a e a verdade é que a guerra híbrida pode ser mais do que aquilo que nós pensamos. Pode ser precisamente uma interpretação newtoniana que nós, seres lineares, fazemos sobre algo que é extraordinariamente complexo, que, embora tenha sido desenhado e orquestrado, pode não necessariamente dizer respeito direto àquilo que nós estamos a observar, porque um planeador só pode observar os seus efeitos, não sabe, sem observação direta, se uma campanha de guerra híbrida está a acontecer ou não. 37:05 Podem, através de mapeamento, conseguir identificar contornos de uma guerra híbrida? Não temos. 37:09 Pessoa 2 Radares para isso e nós? 37:11 Pessoa 1 Não temos radar para isso, para isto, porque para já não temos uma compreensão total sobre aquilo que é o que não é a guerra híbrida. Existem múltiplas interpretações e o grande desafio aqui é encontrar uma que satisfaça todos os requisitos e que consiga ajudar o planeador e as nações que estão mais importante. 37:31 A travar os efeitos da guerra híbrida. E isso só se faz numa não não entender de uma forma a criação de imunidade de sistema, ou seja, a criação a perceção pública real de que este tipo de ameaças existem, quais são os seus domínios, quais são as suas valências tradicionalmente, com que tipo de gramática é que apresentam e como é que elas se apresentam? 37:53 E depois, o que é que cada população, o que é que cada nação tem que fazer para a combater? Portanto, e a nato e a união europeia celebraram de forma conjunta porque isto é também uma é uma ameaça política e militar. Criaram um centro de excelência no estudo da guerra híbrida em Helsinki e na Finlândia. 38:10 E porquê na Finlândia? Porque Finlândia, antes de de 2014, estava na linha da frente as ameaças híbridas vindas da Rússia, portanto, aquilo que é o os moldavos. Os georgenos EAE, os ucranianos sofreram a Finlândia o convívio com essa realidade desde o início do século 20 e, portanto, é compreensível que tenha sido em Helsinki. 38:32 Mas estes centros de excelência multiplicam se porque as ameaças são cada vez maiores e são tão vastas que são necessárias várias equipas de pessoas, de economistas, atores políticos a diplomatas, a militares, para se conseguir compreender todos os contornos. 38:47 É, de facto, uma grande ameaça e é certamente um grande desafio. Para este século e para as próximas décadas? 38:53 Os exercícios militares da NATO e a ativação do Artigo 5 Há uma curiosa expressão, não sei se curiosa desgraçada, depende de ir me aste que são jogos de guerra, que é quando, por exemplo, no nato, não só se juntam forças multinacionais, vai tudo para um palco real ou imaginário de ir me aste tu combater um determinado inimigo. 39:13 O que é que acontece no nos jogos de guerra? Estou a perguntar te porque tu acompanhas muito de perto este? Este tipo de de atividades de treino militar que é disto. 39:23 Pessoa 1 Que estamos a falar eu, eu, eu já há alguns anos que acompanha os jogos de guerra da nato. EE é público, portanto, não, não vou fazer grandes revelações. 39:32 Pessoa 2 E podes partilhar o que é que tu fazes, qual é o que é, qual é o teu papel? 39:35 Pessoa 1 Eu, eu, portanto, eu integrei o joint workfer center em 2015 e desde 2015 que tem estado envolvido com os com os grandes exercícios estratégicos multinacionais de alta visibilidade da nato. E tive o privilégio de poder ser o autor político e estratégico de um grande exercício que foi, na altura, em 2017, considerado o maior e a mais desafiante exercício de sempre da nato, o Trident chavalin 2017. 40:07 E a nossa, a nossa necessidade e a nossa função e a nossa missão era oferecer ao, portanto, a nossa, a nossa audiência, que estava em treino, ao nosso training audience. Um desafio extraordinariamente complexo que treinasse uma série de requisitos que os obrigasse a pensar de forma crítica e a solucionar os problemas operacionais que estariam montados à à sua espera. 40:30 Os exercícios fazem se de forma por simulação em computador ou de forma com fogo vivo. Portanto, temos os CPXE, os livex e a verdade é que. Ao longo dos últimos anos, assistimos a um aumentar da frequência dos exercícios militares da nato, mas também há um aumentar da graduação do próprio exercício. 40:56 São cada vez mais complexos e mais desafiantes, uns a seguir aos outros, quase de forma exponencial, porque desde 2014, com a invasão da Crimeia, que a nato, a Aliança Atlântica e as nações acima de tudo das nações. 41:12 Parece terem acordado para para 11 Mundo Novo, do qual não estariam à espera. 41:16 Pessoa 2 Isso pode ser uma preparação para uma guerra real? 41:19 Pessoa 1 E os exercícios normalmente são feitos para capacitar as nações para treinar os próprias operacionais que estão sentados nos diferentes comandos da nato. Para garantir que num dia em que o artigo quinto seja. 41:32 Pessoa 2 Ativado, o artigo quinto diz que? 41:33 Pessoa 1 O artigo quinto é a forma como a nato se defende, é o é a grande, é a grande fórmula do tratado do Washington e diz que o ataque contra um é um ataque contra. 41:44 Pessoa 2 Todos ou obriga, portanto, a uma, a uma resposta, a. 41:46 Pessoa 1 Resposta de todos, mas só posso ser ativado por consenso. Isso foi ativado uma vez na história foi ativado depois do 11 de setembro e a pergunta fica, quem é que ativou o artigo quinto? É quando o ataca. As Torres gémeas não foram os Estados Unidos. 42:00 Pessoa 2 Não foram os estados. 42:01 Pessoa 1 Unidos foram os Estados Unidos, não é segredo, mas quem ativou o artigo quinto foi o conselho do Atlântico norte, de forma consensual. 42:08 Pessoa 2 Do lado de cá? 42:09 Pessoa 1 Foram foram todos os membros da nato que em 2001, de forma solidária, a ativar o artigo quinto em vez dos Estados Unidos. Porquê? Por uma questão de comunicação estratégica, por uma questão de postura. Estratégica, os Estados Unidos não queriam dar o flanco fraco, embora fossem atacados no coração económico do seu estado. 42:29 Não quiseram dar o flanco fraco, não queriam mostrar mais fragilidade. 42:34 Pessoa 2 Pedir ajuda no fundo aqui aos europeus deste. 42:36 Pessoa 1 Lado e não iriam pedir ajuda. E, portanto, o que a nato fez que naturalmente que existiram negociações e conversações para isto à porta fechada? O que Oo que a nato fez foi utilizar o seu concelho máximo, o concelho do Atlântico norte, para fazer esta esta ativação e portanto, quando falamos destes articulados e quando falamos destes posicionamentos da nato, a nato e as suas nações são obrigadas a exercitar aquilo que são as suas diferentes capacidades em diferentes missões e operações. 43:05 E neste momento os exercícios contemplam praticamente toda a Geografia aliada toda a Geografia aliada, portanto, quase desde o havai. Até ao flank leste, com a Rússia e a são cada vez maiores e mais exigentes. 43:20 E isso obriga também a uma exigência por parte de quem treina, de de quem desenvolve os exercícios, de quem treina e de quem os executa. E à medida que avançamos, estes são exercícios cada vez mais definidores de postura estratégica da Aliança Atlântica. 43:36 Porque é que isto é importante, Jorge, porque no final de contas, todas as nações que querem mostrar dissuasão. Têm que mostrar que fazem os seus exercícios com competência todos. 43:47 Pessoa 2 Isto é uma prova de força, é EEEE. Os outros atores internacionais estão a pensar na China, na Rússia. 43:54 Pessoa 1 Todos observam, estão todos a observar EE são avisados que os exercícios vão acontecer. São avisados, são todos avisados. 44:00 Pessoa 2 É a guerra do seu lado, não? 44:01 Pessoa 1 Têm que têm garantidamente que ser avisados porque movimentações de tropas em continente europeu pó? Movimentação de tropas Russas para a para a Fronteira com a Europa. 44:10 Pessoa 2 Só podem ser uma ameaça. 44:11 Pessoa 1 São consideradas imediatamente uma ameaça e isso vai obrigar a mobilização de forças de reação rápida da nato e mobilização dos exércitos nacionais. E, portanto, os exercícios são anunciados, são planeados e os russos comprometem se a fazer o mesmo. Os exercícios à PAD russos, que acontecem de 4 em 4 anos, também foram anunciados aos países da nato. 44:31 Toda a gente sabia que este exercício iam acontecer, os exercícios que levaram depois. À ao blitzkrieg e à invasão. Em 2022, foram comunicados aos parceiros internacionais da Rússia. Mas quando a monitorização a essas mobilizações Russas começaram, identificou se imediatamente que o tipo de mobilização não era condizente com aquilo ou não estava de acordo com aquilo que se veria. 44:57 Um exercício militar puro e duro seria algo mais com o exercício militar, portanto, começaram as dúvidas e começaram as. 45:03 Pessoa 2 Dúvidas olha o que é que? É um cenário impossível de treinar. 45:10 Pessoa 1 Aparentemente é um cenário onde a nato perde. Isso é extraordinariamente difícil de se treinar. É curioso porque eu vejo mais valias quando os quando as audiências, os soldados, os comandos, porque é o que nós estamos a treinar. 45:29 São comandos e não e não soldados. Quando perdem um cenário muito exigente, mas politicamente, a perda de um exercício de guerra tem custos políticos, tem custos políticos, tem custos para o para a hierarquia e para o comando e controlo de uma de umas forças armadas. 45:46 Pessoa 2 Portanto, quando se tenta fazer determinada coisa e é tão difícil que se chega à conclusão de que aquela unidade, aquele departamento, aquela determinado exército, não consegue resolver o problema. 45:56 Pessoa 1 Esse normalmente, esse tipo de esse tipo de de vinhedos são normalmente ignorados ou ultrapassados. Porque a tentativa de aceitação, de incapacidade para resolver um determinado cenário de uma grande ameaça, quase impossível de se resolver, não é aceitável do ponto de vista político. 46:16 Os exercícios são feitos para treinar, não são feitos para que a nato falhe. No entanto, existem várias Correntes metodológicas que veem grande valor e valor acrescido e também vejam. Quando um estudante, quando um soldado, quando um comando não consegue ultrapassar o desafio que que lhe é proposto, porque não está capacitado para isso ou porque, de facto, é demasiado exigente. 46:39 Pessoa 2 Aprender com os erros, aprender. 46:41 Pessoa 1 Com os erros, e isso é algo que a este nível de grandes exigências, de grandes demonstrações de poder, onde todos os observadores estão atentos. É algo que as nações ainda não estão preparadas para fazer, mas existem outras formas de fazer este tipo de exercício, de se fazer este tipo, de retirar estas mais valias. 47:00 A verdade é que nem os chineses nem os russos também perdem os seus. Os seus exercícios de guerra ganham sempre. Portanto, faz parte do cenário e faz parte do desenho institucional que foi criado, o batok. 47:11 Pessoa 2 Que faz parte da retórica, é assim que funciona. 47:14 A retórica nuclear e a dissuasão no cenário geopolítico E eu estava a pensar especificamente na ameaça nuclear. Isto, género de exercícios treina também. O uso e a resposta a ataques nucleares sim. 47:26 Pessoa 1 Embora não sejam tão comuns quanto os exercícios de comando que são feitos, existem exercícios de que, especialmente no diz respeito ao planeamento do grupo militar e a ou o planeamento do grupo nuclear, e, portanto, são são sempre executados e na verdade são mais revistos agora do que no passado, porque a ameaça nuclear é agora algo que se utiliza com com tanta leveza. 47:51 Mas na comunicação pública entre diferentes estados, nós recordamos bem as palavras de Medvedev quando diz claramente se os europeus assim o desejam, a Rússia está preparada para a guerra nuclear e, portanto, este tipo de retórica não deveria existir. 48:07 No passado, era evitável. Ninguém falava sobre ameaças nucleares. Era uma conversa que, embora toda a gente reconhecesse a ameaça e a minha, a ameaça é incrível, não era algo que fosse utilizado. Com tanta leveza. E agora, infelizmente, chegamos ao ponto onde armas nucleares táticas são colocadas na Fronteira com a Polónia, nomeadamente na Bielorrússia, onde a retórica nuclear aumentou e onde aumentou também, claro, o medo e a coerção daquilo que poderá ser uma guerra nuclear, e por isso o treino tem que ser feito, mas não do ponto de vista da destruição nuclear. 48:48 A nato não tem qualquer tipo de pretensões de guerra nuclear. Aliás, é precisamente o oposto. A nato tem como objetivo travar qualquer guerra, qualquer guerra de agressão. 48:58 Pessoa 2 Dissuasão. 48:59 Pessoa 1 Não travar guerras de agressão através da sua dissuasão. E a guerra nuclear não chama se guerra nuclear, mas não é uma guerra. O elemento nuclear aqui é uma arma política. Não deve ser utilizada nunca em guerra e a própria forma de se fazer a defesa contra este tipo de empenho de de armas se atacada se o. 49:24 Portanto, se a nato ou os territórios da nato forem atacados com uma arma nuclear, a resposta a esse ataque não é ele nuclear, é uma resposta convencional. E porque é que isto foi desenhado desta forma? Porque durante os anos 50 e durante durante os anos 60. 49:41 A resposta a um ataque nuclear com outro ataque nuclear levaria à Escalada do da ameaça nuclear e potencialmente à materialização de um cenário de destruição mútua. E o objetivo foi sempre fazer a redução da ameaça nuclear, nunca potenciando atingir um cenário de destruição mútua. 49:59 Então os vários países aliados resolveram reformar a própria doutrina nuclear. Para respondendo a um ataque nuclear com um ataque convencional, tentando quebrar aquilo que era a iniciativa nuclear de um estado agressor. Mas se o estado agressor continuasse a utilizar e empenhar armas nucleares, então a resposta por fim já não seria uma resposta convencional e, portanto, o objetivo aqui é que a resposta seja flexível e que seja ponderada e que não nos leva todos para o abismo, mas uma nação que decide empenhar uma arma nuclear contra um estado não agressor, decidiu. 50:35 E solou o seu destino. 50:37 Pessoa 2 Hum, achas que o uso de uma arma tática nuclear num sítio muito específico é uma possibilidade real? 50:46 Pessoa 1 Claro que é, especialmente se for uma arma de hidrogénio. Se for 11 bomba de hidrogénio não tem radiação, a explosão e a detonação. A destruição é pela pressão do do do movimento do ar. Não existe radiação porque não é uma arma de de fusão. Mas isso não quer dizer que seja passível do seu do seu empenho. 51:04 O objetivo é anão utilização de armas nucleares. A utilização deste tipo de armamentos vai levar imediatamente a uma resposta muito agressiva por parte de todos os estados, estados esses que pertencem à nato e potencialmente vai arrastar para o conflito de estados que não pertencem à nato e que não estão envolvidos no conflito. Porque aquilo que pode acontecer num estado é um descontrolo político, emocional, de uma de uma grandeza de tal ordem. 51:25 Que já deixam de existir limites a este empenho e a esta utilização. Um estado que empregue armamento nuclear é um estado e um governo que já não pode estar sobre sobre, já não pode liderar um determinado uma determinada nação é deve ser removido. 51:38 Pessoa 2 Rapidamente é um ato irracional no. 51:40 Pessoa 1 Fundo é um ato de irracionalidade política. E eu não creio que a Rússia, neste momento, se veja obrigado, obrigado a uma coisa dessas. Pelo contrário. O que a Rússia quer fazer é garantir que atinge todos os seus objetivos. De forma não. Nuclear de forma não violenta, não violenta, tentando não provocar aquilo que é uma Europa ainda um pouco adormecida, mas tentando atingir os seus objetivos, fazendo a guerra ou levando a guerra até outras paragens a estados que não têm a capacidade de reação, como têm a Europa. 52:14 Uma guerra, como aconteceu entre a Rússia e a Ucrânia, se acontecesse entre a Rússia e a Europa, seria francamente muito diferente. Especialmente porque os europeus, em comparação com os russos ou em comparação com os ucranianos, conseguiriam garantidamente fazer 11 controlo do espaço aéreo EE garantir um controlo aéreo e, portanto, operações terrestres com supremacia do ar são muito diferentes de operações ucranianas sem suplomacia de força aérea, os caças f 16 que estão na linha da frente. 52:46 Os caças f 16 que foram entregues à Ucrânia não estão na linha da frente. Porque os sistemas de defesa antiaérea russos protegem as forças e protegem o posicionamento russo em pokrossky na e na restante linha da frente e, portanto, não me permita que a força aérea ucraniana possa voar em em Liberdade e em segurança para atingir os seus alvos. 53:06 Pessoa 2 Se isto é preocupante, se até agora nós tínhamos estado dos nucleares, os Estados Unidos, a Rússia, a China, mas subitamente a Coreia passou, a Coreia do do norte passou a ser um estado nuclear, o irão, provavelmente também há um conjunto. De países aqui à volta, olho sempre para os indianos e para os paquistaneses. 53:24 Que voltem a meio esses anguam nas suas Fronteiras. Isto cada vez quanto mais salarga este leque, mais difícil de nós podemos controlar esse. 53:32 Pessoa 1 Fator? Absolutamente, absolutamente. E quem controla este fator são aqueles que ainda têm monopólio da violência mundial, os Estados Unidos da América. Quando deixarem de ser os Estados Unidos da América e passar a ser outro grande patrocinador, outro grande big Brother? Então, esse controlo e essas relações de interesse vão ser reformuladas e só Deus sabe o que é que poderá acontecer. 53:53 A verdade é que os ucranianos estão muito atentos àquilo que é o poder da dissuasão nuclear. Mas os russos também. Por algum motivo, os russos em 2009, estavam tão interessados em remover aramamente nuclear da Ucrânia sabendo que poderiam ser utilizados como um mecanismo de dissuasão aos seus interesses. 54:10 Passados quase 15 anos e, portanto, é óbvio. Que a Ucrânia, que tem uma larga experiência com a indústria de energia nuclear, garantidamente que já pensaram que a arma nuclear poderia ser um, garante. 54:27 Pessoa 2 De paz, portanto, não tem uma limitação tecnológica porque o sabem fazer. Obviamente é apenas 11. Limitação política. 54:36 Pessoa 1 Uma limitação política que os Estados Unidos dificilmente aceitariam, que a Rússia nunca aceitaria. A Rússia nunca aceitaria. Seria, aliás, precisamente contra ele. Seria motivo de maior, de maior expressão militar se a ukremlin de conseguisse atingir maturidade deste tipo de armamento. 54:55 Porque não basta desenvolver a ogiva, é preciso garantir que funciona, é preciso garantir que os testes foram todos feitos. Olhe se o irão, com tanta experiência nuclear, não a desenvolver um a tempo antes de de fora dele ter sido bombardeado e portanto, tudo isto leva muito tempo e dá muito nas vistas. 55:11 É difícil fazer isto em segredo. Para ser Franco consigo. No entanto, existem ainda aqui algumas questões que dizem respeito à multiplicação. Jorge como falavas do atores do clube nuclear, que são 9 EEA forma como rapidamente esta questão se pode descontrolar e, em boa verdade, à medida que a multipolaridade cresce, será cada vez mais difícil garantir que este tipo de armamento não cai nas mãos erradas. 55:37 E enquanto que irem em estados organizados. Politicamente, ativos, tentativamente, democráticos, está tudo bem. O problema é quando este tipo de material cai em mãos de terroristas para a criação de bombas sujas que possam ser introduzidas em qualquer espaço populacional e detonadas com imensas, com imensas consequências para todos os estados e para todas ou para toda a população desse desse mesmo estado. 56:03 Pessoa 2 E isso torna isso mais difícil? 56:05 As lições da história e a defesa da democracia contra autocracias Olha, uma pergunta final para ti. Se tu fosses o negociador designado para tentar dar uma ajuda neste conflito Na Na Ucrânia de seguirias, porque via? 56:17 Pessoa 1 Essa é a pergunta menos simples delas todas, mas que? 56:21 Pessoa 2 Opções tem o negociador no fundo, é, é, é isto, num, num, num caso que é obviamente muitíssimo complexo. 56:27 Pessoa 1 Eu penso que tentando não dar uma resposta complexa, tentando simplificar aquilo que é extraordinariamente difícil. O que falta neste momento a todos? Aqueles que não são a Rússia é coragem. Há falta de coragem. Há falta de coragem por parte dos republicanos moderados americanos em combater aquilo que é uma expressão anacrónica de poder na Casa Branca. 56:51 Há falta de coragem dos governantes europeus que, sim, mostraram solidariedade e empenho e determinação na ajuda aos ucranianos. Mas a comunicação. Militar e a comunicação do poder faz se pela demonstração de plataformas de guerra, pela comunicação da mobilização dos dos diferentes exércitos, porque é uma comunicação que a Rússia compreende muito bem, se a Rússia encontrasse nos europeus e nos Estados Unidos da América uma consolidação estratégica e ideológica, um empenho. 57:34 Um empenho total de esforços na reconstrução da Europa, como potentado militar para ser para fazer face à posição da Rússia. Provavelmente as negociações seriam mais lineares, digo lineares, e não digo simples, porque elas nunca são simples, mas tentativamente seriam 2 grandes blocos, Unidos, preparados, equipados e treinados para conseguir dar uma luta e para conseguir dar um sinal de força. 58:04 Àquilo que neste momento faz pouco dos europeus, porque encontra mais fraquezas do que fortalezas e, portanto, como negociador. O objetivo não era negociar com o agressor neste momento, que o momento de fragilidade institucional, de fragilidade estratégica, é capacitar a Aliança Atlântica, garantindo que os europeus dão o próximo passo de coragem, especialmente naquilo que é a articulação da política com a defesa, que neste momento é um caso complicado. 58:33 Porque a defesa não dá votos e a lógica do eleitorado continua a ser soberano, vota se apenas e investe, se apenas naquilo que dá votos. Mas o futuro devia dar votos. E o futuro não é apenas feito de hospitais e de segurança social, é feita de estratégia e investimento em segurança social e em saúde, para mim e em educação, é tão importante quanto o investimento na defesa da sociedade. 58:59 E, portanto, capacitação dos europeus para mais tarde, numa posição de força, podermos garantir qu
Hoje a conversa é sobre um daqueles momentos raros na nossa cultura: o cinema brasileiro está brilhando lá fora como nunca — Oscar, Cannes, Berlim — mas, aqui dentro, quem faz cinema continua preso num sistema lento, imprevisível e cheio de gargalos. Como é que a gente vive o melhor ano da nossa história… em cima de uma estrutura que ainda patina? Pra ajudar a entender esse paradoxo e olhar pro futuro, Carlos Merigo conversa com três pessoas que vivem essa indústria por ângulos diferentes: Paulo Barcellos, CEO da O2 Filmes; Igor Kupstas, diretor da O2 Play; e Bruno D'Angelo, fundador da WIP e especialista em narrativa para marcas e entretenimento. A ideia parece simples, mas tem muitas camadas: entender onde realmente estamos, por que chegamos até aqui e o que precisa mudar pra esse momento virar uma indústria sólida de verdade. 06:31 - Pauta 01:28:29 - QEAB -- PESQUISA E GERAÇÃO DE CONHECIMENTO POR UM FUTURO MAIS SUSTENTÁVEL O ITV desenvolve soluções baseadas na ciência para os desafios da sociedade, fortalecendo a bioeconomia amazônica, e contribuindo com novas possibilidades de futuro. Quer ver esse futuro acontecendo agora? Acesse itv.org e saiba mais. -- APOIO CERTO – HISTÓRIAS REAIS DE QUEM FAZ ACONTECER Uma série do Itaú Empresas em parceria com o Braincast e o g1. Assista em https://g1.globo.com/especiais-publicitarios/a/itau/alemdonegocio e veja como o conhecimento certo transforma negócios de verdade. -- ✳️ TORNE-SE MEMBRO DO B9 E GANHE BENEFÍCIOS: Braincast secreto; grupo de assinantes no Telegram; e episódios sem anúncios! https://www.youtube.com/channel/UCGNdGepMFVqPNgaCkNBdiLw/join --
Durante vários anos, João Lourenço tentou mediar a paz entre a República Democrática do Congo e o Ruanda, no entanto, o acordo de paz será assinado hoje, em Washington, após a intervenção dos Estados Unidos neste conflito. O Presidente angolano e líder da União Africana estará presente, mas esta "não é uma vitória" para o continente. Em Washington, vai ser hoje assinado o Acordo de Paz entre a República Democrática do Congo e o Ruanda. João Lourenço, o Presidente angolano e líder da União Africana, que durante vários anos tem tentado mediar este conflito, estará presente ao lado dos seus homólogos Félix Tshisekedi, da RDCongo, e Paul Kagamé, do Ruanda. Com o acordo a ser firmado em solo norte-americano, Osvaldo Mboco, especialista em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola, considera que não se trata de uma vitória africana ou angolana, mas sim a demonstração da importância que os Estados e a economia têm na resolução de conflitos. "Eu não chamaria uma vitória para a União Africana e nem para o presidente João Lourenço, independentemente dos esforços implementados pelo Presidente João Lourenço para a mediação, mas o facto deste acordo não ser assinado em solo africano por intervenientes africanos, do ponto de vista de mediação, retira toda e qualquer, digamos, brilho. Porque nós, os africanos, temos que aprender e encontrar soluções africanas para os problemas africanos, como uma das máximas da própria União Africana. [...] A lição que fica para a União Africana, é a demonstração clara que nós temos estado a fracassar naquilo que são as resoluções dos problemas africanos com os instrumentos e mecanismos africanos e até é um cartão de incompetência daquilo que é a nossa capacidade de mediar os problemas africanos", explicou o investigador. O acordo será firmado no Instituto da Paz dos Estados Unidos da América (USIP), instituição que promove a paz e a resolução de conflitos a nível global, e acontece após os Estados Unidos terem entrado na mediação do conflito que acontece no Leste da República Democrática do Congo. No entanto, o M23, movimento rebelde apoiado até aqui pelo Ruanda, não está incluído no acordo e ainda esta semana fortes confrontos foram registados na fronteira entre os dois países. "O M23 não vai desarmar, o que pode acontecer com M23 é deslocar-se para outras regiões da RDC se se sentirem pressionados pelas forças governamentais e talvez com uma aliança feita com o do Ruanda, com os Estados Unidos. Também não me parece que o presidente Kagame esteja tão disposto em desarmar ou ajudar a eliminar o ano 23. Não me parece, porque este grupo é instrumento importante. Actualmente, as pretensões do Ruanda, não são simplesmente o acesso dos recursos minerais na RDC. Mas hoje já se fala que o Ruanda tem vindo a discutir algumas parcelas de terra que, segundo a visão deles, pertencem a Ruanda e que, durante a Conferência de Berlim de 1885, foram de forma bruta entregues à RDC. E também quando nós olhamos para o Ruanda, é um país pequeno, e vai ter problemas demográficos nos próximos anos. O Ruanda vai para este acordo para tentar acalmar as águas com algumas aspas. Poderá dar-se o caso do M23 reduzir aquilo que têm sido as suas acções combativas no terreno ou deslocar-se para outro local ou hibernar durante durante este período, mas vai reaparecer", explicou Osvaldo Mboco. Durante o período de mediação, Angola levou a cabo a sua diplomacia "pacifista" e tentou assegurar os seus interesses, ou seja, a paz na República Democrática do Congo, com quem partilha uma fronteira de mais de 2.000 quilómetros. No entanto, o Presidente João Lourenço e Paul Kagamé terminam este processo de costas viradas, algo que Mboco pensa ser possível resolver com um novo Presidente em Angola já em 2027. "O Presidente João Lourenço seguiu aquilo que é a matriz pacifista angolana. Se olharmos para a história diplomática de Angola, nós temos vários exemplos de acções de solidariedade e pacificação da própria região, que vai desde o presidente Agostinho Neto ao Presidente Eduardo dos Santos até ao Presidente actual. Fica também aqui demonstrado que Angola é o mediador natural na República Democrática do Congo. O que pode acontecer são dois cenários. É notável que o Presidente João Lourenço e o presidente Kagame, se indispuseram. Agora, o que pode acontecer em Angola é que vai haver eleições em 2027. A mudança do novo presidente pode reaproximar aquilo que pode ser a mediação de Angola. Porque a RDC é extremamente importante para Angola, já que toda e qualquer alteração securitária e política que decorre na RDC tem implicações para Angola. Nós partilhamos uma fronteira de aproximadamente 2511 km de extensão. Pode existir transposição do conflito. Então há interesse de Angola de manter a sua presença e a sua influência no quadro da RDC porque não é simplesmente uma zona da influência de Angola. É um espaço vital para Angola", concluiu o académico.
O jundiaiense Vinícius se mudou para Curitiba para cursar Engenharia da Computação e, graças ao Ciência Sem Fronteiras, pôde conhecer a Alemanha.De volta ao Brasil e já formado, ele engatou um mestrado em, curiosamente, engenharia biomédica. Para concluir o mestrado, ele voltou para a Alemanha, onde está até hoje.Neste episódio, o Vinicius detalha essa sua trajetória, e conta as particularidades de se morar em Stuttgart, ao invés de Berlim.Fabrício Carraro, o seu viajante poliglotaVinícius Mazzola, Engenheiro de Software em Stuttgart, AlemanhaLinks:LinkedIn do ViniciusA Black November da Alura começou! Aproveite o maior desconto do ano e inscreva-se na Alura com até 50% de desconto!TechGuide.sh, um mapeamento das principais tecnologias demandadas pelo mercado para diferentes carreiras, com nossas sugestões e opiniões.#7DaysOfCode: Coloque em prática os seus conhecimentos de programação em desafios diários e gratuitos. Acesse https://7daysofcode.io/Ouvintes do podcast Dev Sem Fronteiras têm 10% de desconto em todos os planos da Alura Língua. Basta ir a https://www.aluralingua.com.br/promocao/devsemfronteiras/e começar a aprender inglês e espanhol hoje mesmo! Produção e conteúdo:Alura Língua Cursos online de Idiomas – https://www.aluralingua.com.br/Alura Cursos online de Tecnologia – https://www.alura.com.br/Edição e sonorização: Rede Gigahertz de Podcasts
Na série de conversas descontraídas com cientistas, chegou a vez da Psicóloga, Mestra em Psicologia e Doutora em Neurociências e Comportamento, Claudia Berlim de Mello.Só vem!>> OUÇA (93min 10s)*Naruhodo! é o podcast pra quem tem fome de aprender. Ciência, senso comum, curiosidades, desafios e muito mais. Com o leigo curioso, Ken Fujioka, e o cientista PhD, Altay de Souza.Edição: Reginaldo Cursino.http://naruhodo.b9.com.br*Ilustríssima ouvinte, ilustríssimo ouvinte do Naruhodo, Chegamos na Black Week da Black November INSIDER, a maior promoção da história da marca no seu ponto alto!Ponto alto pra valer: nesta Black Week, seu desconto total pode chegar a 70%, combinando o cupom NARUHODO com os descontos do site. É isso mesmo que você ouviu: até 70% de desconto total!Link do cupom NARUHODO aplicado no carrinho:creators.insiderstore.com.br/NARUHODOE mais: frete grátis em todas as compras e brindes especiais nas compras a partir de R$399. Mas você precisa correr, por que as roupas da INSIDER duram muito, mas as promoções não.Meu destaque hoje vai pra Camiseta Polo Core, que traz estilo clássico com tecnologia.Você está cansado daquelas pólos que amassam, desbotam e têm caimento ruim? Então essa peça é pra você: tecido tecnológico estruturado, respirável e elegante. Do casual ao sofisticado, você vai estar sempre impecável.E você já sabe: entrando no canal de WhatsApp da INSIDER, você pode acessar descontos ainda maiores, por tempo super limitado.Entre no grupo de Zap agora mesmo:https://creators.insiderstore.com.br/NARUHODOWPPBFINSIDER: inteligência em cada escolha.#InsiderStore*Claudia Berlim de Mello tem graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1993) e doutorado em Psicologia (Neurociências e Comportamento) pela Universidade de São Paulo (2003).É Professora Adjunta do Departamento de Psicobiologia, EPM/UNIFESP, Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicobiologia (Campus São Paulo) da UNIFESP e Bolsista produtividade CNPq.Membro do GT de Neuropsicologia da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), do Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comportamento (IBENeC) e da Academia Brasileira de Neuropsicologia.Suas linhas de pesquisa concentram-se nas áreas da Psicologia Cognitiva e Neuropsicologia do Desenvolvimento, com ênfase nos seguintes temas: Cognição Social, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Genética do Comportamento, Desenvolvimento e adaptação de testes neuropsicológicos.Lattes: http://lattes.cnpq.br/1758368777559433*APOIE O NARUHODO!O Altay e eu temos duas mensagens pra você.A primeira é: muito, muito obrigado pela sua audiência. Sem ela, o Naruhodo sequer teria sentido de existir. Você nos ajuda demais não só quando ouve, mas também quando espalha episódios para familiares, amigos - e, por que não?, inimigos.A segunda mensagem é: existe uma outra forma de apoiar o Naruhodo, a ciência e o pensamento científico - apoiando financeiramente o nosso projeto de podcast semanal independente, que só descansa no recesso do fim de ano.Manter o Naruhodo tem custos e despesas: servidores, domínio, pesquisa, produção, edição, atendimento, tempo... Enfim, muitas coisas para cobrir - e, algumas delas, em dólar.A gente sabe que nem todo mundo pode apoiar financeiramente. E tá tudo bem. Tente mandar um episódio para alguém que você conhece e acha que vai gostar.A gente sabe que alguns podem, mas não mensalmente. E tá tudo bem também. Você pode apoiar quando puder e cancelar quando quiser. O apoio mínimo é de 15 reais e pode ser feito pela plataforma ORELO ou pela plataforma APOIA-SE. Para quem está fora do Brasil, temos até a plataforma PATREON.É isso, gente. Estamos enfrentando um momento importante e você pode ajudar a combater o negacionismo e manter a chama da ciência acesa. Então, fica aqui o nosso convite: apóie o Naruhodo como puder.bit.ly/naruhodo-no-orelo
Neste episódio, falamos sobre o golpe financeiro do Banco Master, as novidades da COP30, a ofensa do chanceler alemão e a resposta de Lula, a aprovação do PL Antifacção na Câmara, a indicação de Messias ao STF e Trump retirando as tarifas do Brasil.APOIE financeiramente a continuidade do MIDCast:------------------- Apoia.se : https://apoia.se/midcast- Chave PIX : podcastmid@gmail.com------------------# COMPRE produtos na lojinha do MIDCast: colab55.com/@midcast# CANAL do MIDCast Política no WhatsApp: bit.ly/midcast-zap# GRUPO dos ouvintes no Telegram: bit.ly/midcastgrupo# LISTA de paródias do MIDCast: bit.ly/parodiasmidcastPARTICIPANTES:------------------Diego Squinello - https://bsky.app/profile/diegosquinello.bsky.socialRodrigo Hipólito - https://bsky.app/profile/rodrigohipolito.bsky.socialThais Kisuki - https://bsky.app/profile/thaiskisuki.bsky.socialVictor Sousa - https://bsky.app/profile/vgsousa.bsky.socialCOMENTADO NO EPISÓDIO------------------NUNCA CONFIE EM BILIONÁRIOPF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco MasterBanco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco MasterNa véspera da operação, Fictor anunciou proposta de compraPresidente do BRB é afastado do cargo por decisão judicial, após operaçãoMaster e BRB 'fabricaram' contratos para justificar desvio de R$ 12,2 bilhões, diz investigaçãoPF vai expor os tentáculos políticos no Banco Master e assusta BrasíliaBRB injetou R$ 16,7 bilhões no Banco Master entre 2024 e 2025; MP vê indícios de gestão fraudulentaCVM torna réus governo do Distrito Federal e chefe de gabinete de IbaneisTribunal de Contas contesta investimento de cerca de R$ 1 bi do governo do Rio no Banco MasterBanco Master será o maior resgate da história do FGC, somando R$ 41 biApp do FGC torna-se o mais baixado na App Store após liquidação do Banco MasterDEMARCAÇÃO, ALEMÃO E INCÊNDIOGoverno do Brasil anuncia homologação de 4 Terras Indígenas e assinatura de 10 portarias declaratórias durante a COP 30Líder alemão diz ter ficado feliz ao ir embora de BelémLula rebate chanceler alemão e diz que Berlim não oferece 10% da qualidade de Belém: 'Deveria ter dançado no Pará'Antes de anunciar aporte de €1 bi, ministro alemão pede desculpas a LulaLula terá que aceitar que Alemanha é um dos países mais lindos do mundo, diz MerzIncêndio atinge Pavilhão dos Países na COP30PL ANTIFACÇÃO E MESSIAS NO STFCâmara dos Deputados aprova Projeto AntifacçãoPL Antifacção: Lula critica proposta da Câmara, e Motta diz que governo escolheu 'caminho errado'PL Antifacção: presidente da CCJ do Senado indica mudanças no textoLula indica Messias para vaga de Barroso no STFFIM DAS TARIFASEUA retiram tarifas de 40% de café, carnes, frutas e outros produtos do BrasilTrump reduz tarifas sobre carne bovina, tomates, bananas e café
Cine Brasil celebra 20 anos com produções dedicadas ao cinema afro-brasileiro e à diversidade cultural. A estreia em Berlim teve sala lotada e presença do cineasta Antonio Pitanga, grande homenageado deste ano. Cristiane Ramalho, correspondente da RFI em Berlim O festival acontece no cinema Babylon – uma charmosa e quase centenária sala no bairro central de Mitte. O evento costuma atrair um vasto público formado, sobretudo, por brasileiros e alemães que vivem em Berlim. Em sua noite de estreia, uma gelada quinta-feira (20) de outono, a mostra exibiu “Malês”, dirigido e estrelado por Antonio Pitanga. A homenagem ao ator e diretor baiano é o reconhecimento do que a sua obra representa “para o cinema, o teatro, a televisão – e para a identidade negra brasileira”, diz o criador e curador do festival, Sidney Martins. O trabalho do cineasta está presente ainda em outros três filmes. Além do documentário “Pitanga”, de Beto Brant e Camila Pitanga, atriz e filha do diretor, serão exibidos “Casa de Antiguidades” e “Oeste Outra Vez”, que também contam com atuações do artista. Nesta edição, que marca os 20 anos do Cine Brasil, serão exibidos 15 filmes. Entre os destaques, está “Kasa Branca”, de Luciano Vidigal, que “é o segundo longa produzido pelo grupo Nós do Morro, que virou Nós do Cinema, lá do Vidigal (comunidade carioca)”, lembra o curador. O diretor de “Kasa Branca”, primeiro cineasta negro a ganhar o prêmio de melhor direção no Festival do Rio, em 2024, também está em Berlim para participar da mostra. Há ainda diversos filmes que farão a sua estreia internacional na capital alemã, como “Família de Sorte”, de Viviane Ferreira, além de longas como “Luiz Melodia, no Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan, “Vitória”, de Andrucha Waddington e Breno Silveira, e “Virgínia e Adelaide”, de Yasmin Thayná e Jorge Furtado. Para além dos estereótipos Martins conta que resolveu criar o festival, em 2005, para homenagear os negros e oferecer uma perspectiva que fosse além da forma estereotipada como eles geralmente eram apresentados na cinematografia brasileira – algo que sempre o incomodou. Para isso, o curador garimpava obras no Brasil que pudessem “retratar os afrodescendentes de uma forma mais humana e real” do que aquela que era tradicionalmente mostrada pelas televisões e filmes brasileiros. Nessa época, porém, ainda era difícil reunir películas suficientes para compor a mostra. Em 2007, o festival – que surgiu como “O Negro no Cinema Brasileiro” -, torna-se mais abrangente, e passa a se chamar Cine Brasil, incluindo outras temáticas relevantes para a sociedade brasileira, mas sem perder o foco original. Produção cinematógrafica negra se multiplicou Hoje, a produção do cinema negro se expandiu, diz o curador. São muitos os filmes que revelam “uma visão cinematográfica da história contada pelos negros e sobre os negros brasileiros”, observa Martins. A audiência do festival também mudou. Formada majoritariamente por alemães em seu início, a mostra passou a atrair cada vez mais brasileiros a partir de 2022. Hoje, eles representam 60% do público do Cine Brasil, segundo o curador. A plateia ganhou ainda um perfil mais jovem – o que pode estar ligado às redes sociais. Mostra vai passar por cinco cidades alemãs “A participação do público é muito importante, e está crescendo. Ele é o nosso grande patrocinador. Isso nos dá força e energia para continuar”, diz Martins. A consolidação da mostra trouxe este ano parceiros como a Embaixada do Brasil em Berlim, por meio do Instituto Guimarães Rosa, a Embratur, a TAP e a organização alemã Brot für die Welt. Nesta edição há também sessões gratuitas de filmes falados em português para alunos da escola pública bilíngue Grundschule Neues Tor, em Berlim - um incentivo à formação de espectadores infantojuvenis. Há também um bate-papo diário com cineastas brasileiros. Mas chegar aos 20 anos não foi fácil. Após uma fase de forte crescimento, o festival atravessou um período de turbulência, agravado pela pandemia e pelo governo Bolsonaro. Martins, que também é gestor cultural, ator e mestre de capoeira, conta que chegou a vender um carro no ano passado para viabilizar a mostra – e só aí entraram os patrocínios. “Criar um projeto é mais fácil do que manter”, admite. Apesar de todas as dificuldades, o brasileiro garante que jamais pensou em desistir da ideia. A retomada está vindo aos poucos. Este ano, o Cine Brasil – que chegou a 23 cidades em seu período áureo - vai passar ainda por Frankfurt, Colônia, Düsseldorf e Freiburg. Em Berlim, a mostra fica em cartaz até a próxima quarta-feira (26/11).
Cine Brasil celebra 20 anos com produções dedicadas ao cinema afro-brasileiro e à diversidade cultural. A estreia em Berlim teve sala lotada e presença do cineasta Antonio Pitanga, grande homenageado deste ano. Cristiane Ramalho, correspondente da RFI em Berlim O festival acontece no cinema Babylon – uma charmosa e quase centenária sala no bairro central de Mitte. O evento costuma atrair um vasto público formado, sobretudo, por brasileiros e alemães que vivem em Berlim. Em sua noite de estreia, uma gelada quinta-feira (20) de outono, a mostra exibiu “Malês”, dirigido e estrelado por Antonio Pitanga. A homenagem ao ator e diretor baiano é o reconhecimento do que a sua obra representa “para o cinema, o teatro, a televisão – e para a identidade negra brasileira”, diz o criador e curador do festival, Sidney Martins. O trabalho do cineasta está presente ainda em outros três filmes. Além do documentário “Pitanga”, de Beto Brant e Camila Pitanga, atriz e filha do diretor, serão exibidos “Casa de Antiguidades” e “Oeste Outra Vez”, que também contam com atuações do artista. Nesta edição, que marca os 20 anos do Cine Brasil, serão exibidos 15 filmes. Entre os destaques, está “Kasa Branca”, de Luciano Vidigal, que “é o segundo longa produzido pelo grupo Nós do Morro, que virou Nós do Cinema, lá do Vidigal (comunidade carioca)”, lembra o curador. O diretor de “Kasa Branca”, primeiro cineasta negro a ganhar o prêmio de melhor direção no Festival do Rio, em 2024, também está em Berlim para participar da mostra. Há ainda diversos filmes que farão a sua estreia internacional na capital alemã, como “Família de Sorte”, de Viviane Ferreira, além de longas como “Luiz Melodia, no Coração do Brasil”, de Alessandra Dorgan, “Vitória”, de Andrucha Waddington e Breno Silveira, e “Virgínia e Adelaide”, de Yasmin Thayná e Jorge Furtado. Para além dos estereótipos Martins conta que resolveu criar o festival, em 2005, para homenagear os negros e oferecer uma perspectiva que fosse além da forma estereotipada como eles geralmente eram apresentados na cinematografia brasileira – algo que sempre o incomodou. Para isso, o curador garimpava obras no Brasil que pudessem “retratar os afrodescendentes de uma forma mais humana e real” do que aquela que era tradicionalmente mostrada pelas televisões e filmes brasileiros. Nessa época, porém, ainda era difícil reunir películas suficientes para compor a mostra. Em 2007, o festival – que surgiu como “O Negro no Cinema Brasileiro” -, torna-se mais abrangente, e passa a se chamar Cine Brasil, incluindo outras temáticas relevantes para a sociedade brasileira, mas sem perder o foco original. Produção cinematógrafica negra se multiplicou Hoje, a produção do cinema negro se expandiu, diz o curador. São muitos os filmes que revelam “uma visão cinematográfica da história contada pelos negros e sobre os negros brasileiros”, observa Martins. A audiência do festival também mudou. Formada majoritariamente por alemães em seu início, a mostra passou a atrair cada vez mais brasileiros a partir de 2022. Hoje, eles representam 60% do público do Cine Brasil, segundo o curador. A plateia ganhou ainda um perfil mais jovem – o que pode estar ligado às redes sociais. Mostra vai passar por cinco cidades alemãs “A participação do público é muito importante, e está crescendo. Ele é o nosso grande patrocinador. Isso nos dá força e energia para continuar”, diz Martins. A consolidação da mostra trouxe este ano parceiros como a Embaixada do Brasil em Berlim, por meio do Instituto Guimarães Rosa, a Embratur, a TAP e a organização alemã Brot für die Welt. Nesta edição há também sessões gratuitas de filmes falados em português para alunos da escola pública bilíngue Grundschule Neues Tor, em Berlim - um incentivo à formação de espectadores infantojuvenis. Há também um bate-papo diário com cineastas brasileiros. Mas chegar aos 20 anos não foi fácil. Após uma fase de forte crescimento, o festival atravessou um período de turbulência, agravado pela pandemia e pelo governo Bolsonaro. Martins, que também é gestor cultural, ator e mestre de capoeira, conta que chegou a vender um carro no ano passado para viabilizar a mostra – e só aí entraram os patrocínios. “Criar um projeto é mais fácil do que manter”, admite. Apesar de todas as dificuldades, o brasileiro garante que jamais pensou em desistir da ideia. A retomada está vindo aos poucos. Este ano, o Cine Brasil – que chegou a 23 cidades em seu período áureo - vai passar ainda por Frankfurt, Colônia, Düsseldorf e Freiburg. Em Berlim, a mostra fica em cartaz até a próxima quarta-feira (26/11).
No 3 em 1 desta terça-feira (18), o destaque foi a entrega do Projeto de Lei (PL) Antifacção, protocolado pelo relator Guilherme Derrite (Progressistas) após cinco versões. O texto chegou à Câmara dos Deputados em meio ao impasse entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a oposição. Reportagem: Victoria Abel. O chanceler alemão Friedrich Merz causou constrangimento ao afirmar sobre Belém: “Quem de vocês que gosta de ficar aqui?”. Em resposta, o presidente Lula (PT) defendeu o Pará, dizendo que o estado “saiu do anonimato” e que Berlim “não oferece 10% do que a cidade oferece”. A Alemanha prepara uma retratação oficial após a fala depreciativa. Reportagem: Bruno Pinheiro. A Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, acusado de movimentar um esquema de R$ 12 bilhões. Segundo a PF, a ação entre o BRB e o Master visava “abafar fiscalização”. Em paralelo, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial da instituição. Reportagem: André Anelli. O presidente Lula (PT) se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para discutir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A tendência é de indicação de Jorge Messias, enquanto Lula fez um apelo para que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais. Reportagem: Lucas Martins. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), articula para evitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra pena no Complexo Penitenciário da Papuda. Já o deputado Cezinha de Madureira (PSD) afirmou, em entrevista ao Direto ao Ponto, que Tarcísio será candidato à Presidência em 2026. O Conselho de Segurança da ONU aprovou o plano de paz para Gaza proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano prevê a manutenção do cessar-fogo e a liberação de mais reféns, e Trump afirmou que vai comandar o órgão de administração. Reportagem: Eliseu Caetano. A Câmara dos Estados Unidos aprovou, por 427 votos a 1, a liberação dos arquivos do caso Jeffrey Epstein, que deve expor novos detalhes do esquema. Análise de Fabrizio Neitzke. Tudo isso e muito mais você acompanha no 3 em 1. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Entre trânsitos e geografias, o novo episódio do TEATRA senta Welket Bungué à conversa com Mariana Maia de Oliveira, em Lisboa, numa breve passagem por Portugal para apresentar a sua mais recente curta-metragem no Doclisboa e marcar presença noutros eventos da indústria. Ator, realizador, autor e performer, nasceu na Guiné, cresceu em Beja e viveu permanentemente em Portugal até aos 24 anos. Voou depois para o Brasil, onde as portas se abriram, mas é em Berlim que está atualmente sediado. Nos últimos anos tem criado e trabalhado em todas estas fronteiras. Nesta hora de conversa, Welket conta como foi crescer num internato em Beja e a importância que essa experiência teve na sua preparação social, comparando-a, mais tarde, com a realidade de amigos da diáspora africana e afrodescendentes. Fala também de como o teatro o amparou e lhe deu formação humana, literária e cultural. Recorda ainda a viagem ao Brasil, que transformou a sua perspetiva sobre o que é ser afro-europeu, através do contacto com outros pares e com uma agenda com a qual se identifica. Mas há muito mais para descobrir neste episódio. O TEATRA está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcasts e YouTube. Sugestões culturais:
É minha gente, depois da troca mais absurda da temporada passada, o nosso Nico Harrison não resistiu o maravilhoso começo de temporada dos Mavericks e foi defenestrado pela diretoria. Até que demorou depois de trocar o Luka, mas a gente sabe que esse pedido ai deve ter vindo dos donos mesmo. Agora os donos abriram caminho para novas trocas bizarras. Mas claro, começamos pelo começo, isto é, falamos da semana da NBB e da queda de um dos últimos invictos. O Minas perdeu por dois pontos para o Brasília e deixou só o Flamengo como invicto na NBB 2025-26. E olha que tinha chance disto mudar também, porque enquanto dois dos quatro primeiros da temporada passada jogaram, os outros dois também, e justo enquanto a gente gravava. Mas não deu para o Franca, que vem passando por altos e baixos neste começo de temporada. Agora, quem ainda não venceu é o Vasco. Que começo de temporada complicado para o Gigante da Colina, entre a NBB e a Sulamericana, o Vasco ainda não se encontrou. No feminino, estamos sem jogos por enquanto no paulista, já que a seleção brasileira feminina está reunida para treinamentos no centro olímpico de Moema, se preparando para o pré mundial do começo do ano que vem. A volta está marcada para dia 21 já com o primeiro jogo das semifinais. Na Euro, mais uma semana back-to-back com duas rodadas em uma semana só. Como gravamos na quarta, deu para falar dos jogos da terça e da quarta e já mudou a tabela! O Hapoel, estreante da temporada, pulou na liderança, desta vez de maneira solitária depois de ganhar do Baskonia e do Estrela Vermelha perder do Dubai. Enquanto isso, o nosso cavalo lituano, Zalgiris, parece mesmo já começar a descer a ladeira. E para finalizar, claro, falamos da NBA. Tem coisas que não precisam ser faladas toda semana, afinal, esta temporada ficará de vez marcada com a chegada para valer do Wembanyama. Ele veio pro jogo e você pode esperar highlight dele toda rodada. Outro que eu achei que não íamos precisar falar era o Portland do nosso Mestre Splitter. Mas, infelizmente, exaltamos duas semanas seguidas e já bastou para os Blazers perderem duas em seguida. Mas perderam jogando bem, apertado e de times que fazia sentido. Ainda acho o trabalho muito bom e espero que o público de Portland estejam reconhecendo o trabalho. Outra noticia da semana é que realmente tinha um touro em cima da árvore. Ninguém sabe como ele foi parar ali, mas todo mundo sabia que ali ele não ia ficar. O Chicago já começou a descer a ladeira e deixou a primeira posição do leste para o Pistons, mas calma. Sem se animar muito, porque os pistões também não fazem muito sentido em cima da árvore. Além disso, falamos da contusão que tira o Beal da temporada. Seria isso uma perda muito grande? E completamos falando da demissão do Nico Harrison, o agora Ex GM do Mavericks e que depois da saída já começa a abrir conversas para saídas do AD e do Klay. É, os tempos estão complicados para Dallas. Teve tudo isso, repostas para as perguntas do pessoal, viagens por Berlim e muito mais, então comece bem o seu final de semana, aperta o play e vem com a gente
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O DUCENTÉSIMO QUADRAGÉSIMO OITAVO EPISÓDIO do Podcast Dar Voz A esQrever
Na Guiné-Bissau, investigadora alerta para um clima de medo e restrições às liberdades. Na Nigéria, assinalam-se hoje os 30 anos da execução de 9 ativistas que denunciaram o desastre da exploração petrolifera no Delta do Níger. Uma história para recuperar neste jornal. No futebol, a série histórica de vitórias do Bayern Munique caiu em Berlim.
Os últimos momentos da história de Miguel Carmo são trágicos e misteriosos. Nesse último capítulo da série, tentamos responder às perguntas deixadas pelo brasileiro que atravessou a Cortina de Ferro. E, para isso, chegamos ao destino final de nossa investigação: Berlim, a cidade onde tudo começou. Sem nos esquecermos de revisitar a derradeira viagem de Miguel à Índia.
Expulso da DDR, Miguel iniciou uma nova vida do lado ocidental da Cortina de Ferro. Foi adotado pela pastora Johanna e passou a se chamar Miguel Vogel. No entanto, a vida para um exilado nunca é fácil, e ele ainda teria a audácia de dar um último pulo para o outro lado. Neste episódio: Berlim Ocidental, Munique e o encontro com o filho do brasileiro que desafiou o Muro de Berlim.
Criado há cerca de 30 anos, foi-se abaixo com a pandemia, mas está a retomar actividades culturais. Estão de volta a Berlim, os Dias do Cinema Português. Edição Isabel Gaspar Dias
Miguel Carmo passou dez meses preso na DDR por ter atravessado ilegalmente a Cortina de Ferro. Mas uma carta inesperada ao juiz do caso pode ter influenciado o destino dele. Neste episódio: quem foi Ana Montenegro, a mãe do brasileiro que pulou o Muro – e até que ponto um sobrenome em comum é apenas uma simples coincidência.
Neste episódio, apresento a leitura dos Prefácios e Textos Breves (1930–1936) — um conjunto de escritos que, embora curtos, revelam um Freud maduro, atento ao mundo e às pessoas, oscilando entre o rigor científico e a ternura pessoal.São textos de circunstância, cartas, apresentações e reflexões que mostram o psicanalista em seu convívio com discípulos, amigos e instituições. Entre eles estão:Apresentação de The Medical Review of Reviews – observações sobre a recepção da psicanálise nos Estados Unidos, com seu tom crítico e irônico.Prólogo a Dez Anos do Instituto Psicanalítico de Berlim – homenagem à criação do instituto e à dedicação de Max Eitingon.O Parecer no Processo Halsmann – comentário sobre o uso indevido do complexo de Édipo como argumento jurídico.Apresentação de Elementos di Psicoanalisi, de Edoardo Weiss – reconhecimento do rigor e clareza do discípulo italiano.Excerto de uma Carta a Georg Fuchs – reflexão amarga sobre a “brutalidade da civilização” e a impossibilidade de reformá-la sem recursos morais e econômicos.Carta ao Prefeito da Cidade de Príbor – um agradecimento emocionado pela placa em sua casa natal, onde ele relembra a “criança feliz de Freiberg”.Apresentação de Teoria Geral das Neuroses sobre Base Psicanalítica, de Hermann Nunberg – elogio à profundidade e à consistência teórica da obra.Prólogo ao Dicionário de Psicanálise, de Richard Sterba – incentivo ao esforço acadêmico e ao trabalho de precisão conceitual.Sándor Ferenczi (1873–1933) – homenagem ao amigo e parceiro de ideias, reconhecendo sua genialidade e o afastamento final.Prólogo a Edgar Poe: Estudo Psicanalítico, de Marie Bonaparte – valorização do olhar psicanalítico sobre a arte e o gênio criativo.A Thomas Mann em seu 60o Aniversário – breve mensagem de admiração e respeito ético, recusando o elogio exagerado.A Sutileza de um Ato Falho – análise de um pequeno erro de escrita que revela, com humor, a complexidade dos processos psíquicos cotidianos.Um compêndio delicado e multifacetado — entre a despedida e o legado — em que Freud escreve menos como o fundador da psicanálise e mais como um homem diante do tempo, da cultura e da memória.
Miguel Carmo tinha bebido quinze copos de cerveja e dez doses de vodca quando resolveu pular o Muro de Berlim. Extremamente embriagado, ele teve que superar vários obstáculos para chegar na casa dos pais, em Berlim Oriental. A irmã, Sônia, acordou com a chegada inesperada do brasileiro. Mas as lembranças dela daquela madrugada são um pouco diferentes do que diz a Stasi.
Aos 17 anos, o brasileiro que pulou o Muro de Berlim já era persona non grata na Alemanha Oriental. Sem papas na língua, Miguel não perdia a chance de falar que odiava aquele lugar. Mas a Stasi estava de olho. Neste episódio: uma notícia sobre os Rolling Stones, a primeira prisão de Miguel na DDR, o segundo exílio dele... para Berlim Ocidental. E uma viagem à Bahia.
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Neste episódio de Freud Que Eu Te Escuto, apresento uma coletânea de pequenos escritos de Freud, que vão desde prefácios a livros de colegas até cartas pessoais e declarações ocasionais.Textos lidos neste episódio:Prólogo ao relatório sobre a Policlínica Psicanalítica de Berlim, de Max EitingonCarta a Luis López-Ballesteros y de TorresCarta a Fritz WittelsDeclaração sobre CharcotPrólogo a A Juventude Abandonada, de August AichhornObituário de Joseph BreuerExcerto de uma carta sobre o judaísmoMensagem na inauguração da Universidade Hebraica de JerusalémFreud escreve, ao recordar seu mestre em Paris:“Entre muitos ensinamentos que, no passado, em 1886, me foram prodigalizados por Charcot na Salpêtrière, dois me deixaram uma impressão bastante profunda: que não devemos nos cansar de sempre considerar novamente os mesmos problemas e que não devemos nos preocupar com a oposição geral, se trabalhamos com honestidade.”Em outro momento, refletindo sobre a educação de crianças desamparadas, ele afirma:“Se educador aprendeu a análise mediante a experiência em sua própria pessoa e está em condição de aplicá-la a casos fronteiriços, então se deve permitir a ele o exercício da psicanálise e não lhe pôr nisso obstáculos por motivos mesquinhos.”E, em tom autobiográfico, a propósito de Breuer, escreve:“Ele disse naquele momento: ‘acho que é a coisa mais importante que nós dois teremos a comunicar ao mundo'.”Reunidos, esses textos revelam um Freud íntimo, memorialista e também comprometido com o futuro da psicanálise, seja na formação de novos analistas, na educação, ou na fundação de instituições.
Um grupo de corrida gigante em Recife, Hoje é dia dos 10 e 21 da Corrida da Integração de Campinas e das 10 Milhas Garoto, prefeito de São Paulo mostrou a medalha da São Silvestre, Yeltisin foi prata dos 5 mil metros do Mundial Paralímpico 2025, na India, Maratona de Hamburgo esgotada com sete meses de antecedência e imagina correr a Maratona de Berlim e não ter o tempo registrado? O Corrida no Ar News é produzido diariamente e postado por volta das 6 da manhã. #corrida #corridaderua #corridaderuabrasi #criadorporesporte #cnanews #sãosilvestre
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NÃO É MAIS A MAIOR! Os resultados da Maratona de Buenos Aires, que não é mais a maior da América do Sul, maratonistas ferveram em Berlim, eu fervi na Meia do Sol e os restultados da Maratona de Salvador.O Corrida no Ar News é produzido diariamente e postado por volta das 6 da manhã.#corrida #coridaderua #corridaderuabrasil #criadorporesporte #cnanews
00:00: ☀️ Bom dia Tech!01:13: ⌚ Huawei lança Watch GT 6, Pro e Ultimate 2 com bateria de até 21 dias02:42:
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QUE FINAL DE SEMANA! Amanhã é dia de Maratona de Berlim, Buenos Aires e hoje começam as provas da Maratona de Salvador e da Meia do Sol aqui em Natal, onde estou.O Corrida no Ar News é produzido diariamente e postado por volta das 6 da manhã.#corrida #coridaderua #corridaderuabrasil #criadorporesporte #cnanews
LEITURA BÍBLICA DO DIA: DEUTERONÔMIO 10:17-20 PLANO DE LEITURA ANUAL: PROVÉRBIOS 16–18; 2 CORÍNTIOS 6 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Ao fugir da guerra, milhares de ucranianos chegaram à Berlim e se depararam com uma surpresa: famílias alemãs segurando cartazes oferecendo refúgio em suas casas. “Posso hospedar duas pessoas!” e “Quarto grande [disponível]”, diziam alguns. Ao ser questionada sobre o motivo de oferecer hospitalidade a estranhos, uma mulher disse que sua mãe precisou de refúgio quando fugiu dos nazistas e ela queria ajudar outros também. No livro de Deuteronômio, Deus convoca os israelitas a cuidar dos que estão longe de sua terra natal. Por quê? Porque Ele ama o órfão, a viúva e o estrangeiro (v.18), e porque os israelitas sabiam o que significava estar vulnerável: “pois, em outros tempos, [tinham sido] estrangeiros na terra do Egito” (v.19). A empatia deveria motivá-los ao cuidado com eles. Mas há um outro lado também. Quando a viúva de Sarepta acolheu Elias como estrangeiro em sua casa, foi abençoada (1 REIS 17:9-24). Abraão foi abençoado por seus três visitantes estrangeiros (GÊNESIS 18:1-15). Muitas vezes, Deus usa a hospitalidade para abençoar o anfitrião, não somente o hóspede. Acolher estranhos em casa é difícil, mas essas famílias alemãs talvez sejam as verdadeiramente beneficiadas. Quando acolhemos os vulneráveis com a empatia de Deus, podemos nos surpreender com as dádivas que Ele nos dá por meio deles. Por: SHERIDAN VOYSEY
Uma câmara apontada para partes íntimas, uma rádio misteriosa e os Invernos em Berlim estão cada vez mais frios.
Preocupação em Aracaju com o anuncio de um show do Gusttavo Lima na véspera da maratona, estou em Buenos Aires pra correr a Meia e peguei meu kit e a medalha da Maratona de Berlim.#corrida #corridaderua #corredoresderua #corridaderuabrasil
Sumário executivoRelatório completoLançamento da pesquisaNo dia 30 de julho, aconteceu o lançamento da pesquisa "Percepções e narrativas da população brasileira sobre os judeus, o Estado de Israel e o conflito entre Israel e Hamas", no Museu Judaico de São Paulo. Esse estudo inédito é um retrato de como os brasileiros veem a situação no Oriente Médio e também os judeus.A pesquisa foi realizada em parceria com o Instituto de pesquisa Ideia, com amostra quantitativa em todo o país e monitoramento das redes sociais. Para falar um pouco sobre as principais descobertas e conclusões a partir dessa pesquisa, convidamos o Karl Schurster, que é doutor em história comparada pela UFRJ e pós-doutor em história pela Universidade Livre de Berlim. Professor livre docente em história contemporânea da Universidade de Pernambuco e investigador Maria Zambrano da Universidade de Vigo/Espanha. Autor de diversos artigos e livros sobre o Holocausto e os Fascismos, tendo vencido o prêmio Jabuti de ciências humanas em 2014.
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Último dia antes de férias e é a loucura de verão. Espreguiçadeiras e palmeiras em estúdio, a Joana de óculos escuros e camisa de verão e uma vendedora de Bolas de Berlim
Maratona de Belo Horizonte será na mesma data da Maratona Nilson Lima e duas antes da Meia de BH, uma prova para ajudar uma Igreja que sofeu um incendio na Bahia, Sebastian Sawe confirmado em Berlim e a medalha Maratona Litoral do Paraná.#maratona #corrida #corridaderua #corridaderuabrasil #corredores #corredoresderua
LEITURA BÍBLICA DO DIA: SALMO 107:23-36 PLANO DE LEITURA ANUAL: SALMOS 16–17; ATOS 20:1-16 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: O pastor Christian Führer iniciou um grupo de oração na sua igreja em 1982. Durante anos, o grupo se reuniu para pedir paz a Deus em meio à violência global e ao regime cruel da Alemanha Oriental. Embora as autoridades vigiassem as igrejas de perto, não se preocuparam até que houvesse o aumento da frequência nesses encontros, espalhando-se para reuniões fora de seus portões. Em 9 de outubro de 1989, 70 mil manifestantes se reuniram pacificamente em protesto. Seis mil policiais estavam prontos para responder a qualquer provocação, mas a multidão permaneceu pacífica. Esse é considerado um divisor histórico de águas. Um mês depois, o Muro de Berlim caiu. Uma grande transformação começou com um grupo de oração. À medida que nós nos voltamos para Deus e confiamos em Sua sabedoria e força, tudo começa a mudar e a se refazer. Como Israel, quando clamamos “[em aflição] ao Senhor”, descobrimos que apenas Deus é capaz de nos transformar profundamente, até mesmo em meio às nossas dificuldades mais terríveis e a responder às nossas perguntas mais absurdas (SALMO 107:28). Deus “Acalmou a tempestade e aquietou as ondas” e transforma “a terra seca em fontes de água” (vv.29,35). Deus concede esperança no desespero e bondade em meio ao sofrimento. Mas é Deus, em Seu tempo, que realiza tal transformação. Nossa oração é nossa participação na obra que Ele faz. Por: WINN COLLIER
O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (10) querer negociar com Donald Trump, mas pediu respeito às decisões brasileiras. Lula disse que, caso não haja acordo com o governo americano, o Brasil vai responder com tarifais iguais às anunciadas por Trump contra todos os produtos brasileiros. Um dia antes, o presidente americano anunciou que vai impor tarifas de 50% ao Brasil a partir de 1° de agosto. Além da reação do governo brasileiro, a quinta-feira foi marcada por críticas a Trump. A imprensa internacional destacou o uso das tarifas para chantagear o Brasil. O economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de economia de 2008, classificou a decisão como “maléfica e megalomaníaca”. Para alguns empresários, as tarifas de 50% podem inviabilizar os negócios do Brasil com os EUA. Neste episódio, Julia Duailibi recebe o diplomata Roberto Abdenur, que atuou por 45 anos no serviço diplomático brasileiro e foi embaixador em Washington, Pequim e em Berlim. Conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Abdenur classifica o momento como “o mais grave da relação” entre EUA e Brasil. Ele avalia as possibilidades de resposta econômica e diplomática que o governo brasileiro pode dar a Trump. Depois, a conversa é com o cientista político Guilherme Casarões. Professor da FGV-SP e pesquisador do Observatório da Extrema Direita, Casarões analisa a resposta dada pelo governo Lula até aqui. E explica de que forma a interferência do presidente dos EUA em um processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro no Brasil integra a estratégia global da extrema-direita.
What do Portuguese people eat for breakfast? Why do we greet women with two kisses on the cheek? And who eats 'Bolas de Berlim' at the beach? In this live-recorded episode, Rui and Joel discuss some of Portugal's most interesting habits.
O primeiro semestre de 2025 foi marcado por uma série de premiações para o cinema brasileiro. Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro como Melhor Atriz de Filme de Drama por "Ainda estou aqui", de Walter Salles, que levou o Oscar de Melhor Filme Internacional. Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura venceram os prêmios de Melhor Direção e Melhor Ator do Festival de Cannes por "O agente secreto". No Festival de Berlim, foi a vez de "O último azul", de Gabriel Mascaro, levar o Urso de Prata, a segunda estatueta mais importante do evento. O Nexo conversou com Gabriel Mascaro para falar sobre o "O último azul" e o momento especial do cinema brasileiro. O programa tem também João Paulo Charleaux comentando as críticas à política externa do Brasil e Isadora Rupp falando sobre como Lula e Bolsonaro veem as eleições para o Congresso em 2026. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Enio Augusto e Marcos Buosi trazem as notícias do mundo da corrida com os comentários, informações, opiniões e análises mais pertinentes, peculiares e inesperadas no Redação PFC. Escute, informe-se e divirta-se.SEJA MEMBRO DO CANAL!!!
O cineasta brasileiro Gabriel Mascaro está na Austrália para a apresentação do seu longa-metragem 'O Último Azul' no Festival de Cinema de Sydney e falou à SBS em Português. A produção é uma ficção científica futurista estrelada por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro e estreou no Festival de Berlim.
Quinto episódio da terceira temporada de Bom Partido, uma minissérie de sete conversas. Guilherme Geirinhas conversa com Pedro Nuno Santos. Não perca, ‘Bom Partido’ no canal do You Tube de Guilherme Geirinhas e agora também no formato podcast nos sites da SIC Notícias e do Expresso, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos e o apoio do MEO. 00:42 Intro super verdadeira01:50 my space e xadrez02:22 Pedro e Lili03:35 Depoimento04:40 Quem é mais beto: Gui ou Pedro?07:32 O Tratado dos Betos07:50 Pedro é ou não beto?08:50 Pedro não tem modos à mesa09:50 Mais um almocinho à pala10:06 Comer sapateira e chanfana11:15 A roupa do Mini Pedrinho12:39 Comissão Parlamentar de Inquérito14:45 Depoimento15:18 Comissão Parlamentar de Inquérito20:50 Guilherme e Pedro num mosh21:15 Comissão Parlamentar de Inquérito27:53 Geringonça 30:25 Debate Interno32:15 Pequeno-almoço e Weetabix34:58 Ministério da Música 36:42 Spotify de PNS42:33 Decorar letras de músicas 43:10 Duetos de sonho43:40 Moção de Confiança48:05 O Pedro lê os comentários?49:20 Tiktok do Pedro50:10 Como é que o Pedro vendia bolas de Berlim?51:20 Lili Canecas surpreende o Pedro Nuno Santos53:34 Pedro, és um bom partido?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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