POPULARITY
A cantora portuguesa Lina tem um novo disco intitulado “O Fado”, criado em cumplicidade e parceria com o pianista Marco Mezquida. Este é um álbum só com voz e piano, um instrumento que tão bem se acorda com a poesia e com o fado. Este é também um trabalho que homenageia o piano que, no percurso de Lina, sempre foi "um instrumento muito presente, quase como uma mãe". Em entrevista à RFI, Lina descreve o disco como “uma dança de borboletas” por ser “tão livre, tão espontâneo, tão orgânico” e simplesmente “genuíno”. Fado e poesia são notas maiores no trabalho que Lina vem desenvolvendo nos últimos anos, com “Lina_Raül Refree” (2020), "Fado Camões" (2024), “Terra Mãe” (2025) e “O Fado”. Em todos, Lina abraça uma forma livre de sentir o Fado, despojada de espartilhos, aberta e atenta ao mundo de hoje. Lina e Marco Mezquida passaram por Paris para a promoção do disco “O Fado” e estiveram na RFI a falar connosco e a interpretar dois temas ao vivo. RFI: O disco “O Fado” que fez com Marco Mezquida é um disco de fado só com voz e piano, sem guitarra portuguesa. Porquê? Lina: “Não é só um disco de fado. Tem outras músicas. Tem uma música brasileira, vai também para a América do Sul com a língua espanhola. No fundo, o que nós quisemos foi encontrar pontos semelhantes em algumas músicas do nosso conhecimento que tivessem relacionadas com o fado. Mas sim, eu considero que seja um disco de fado, apesar de não ter os instrumentos tradicionais do fado, mas a própria Amália também cantou ao som do piano do Alain Oulman nos anos 60. Chama-se ‘O Fado' pelo facto de eu ter feito a música para esta letra da Florbela Espanca que se intitula ‘O Fado', não é necessariamente um carimbo ou dizer que isto é o fado, não é isso. Chama-se ‘O Fado' precisamente porque nó lançámos um EP antes de Setembro, com quatro músicas, e na altura o single foi ‘O Fado'. Então, achámos que para manter a coerência, para não fazer aqui grandes confusões, mantivemos o nome, o mesmo nome da música, ‘O Fado'.” Até que ponto o piano é um instrumento que melhor se acorda com a poesia? “Eu acho que o piano é um instrumento que é muito bom de sentir em qualquer área musical, em qualquer estilo musical. Eu comecei a cantar desde muito pequenina, com dez anos, ao piano, portanto, o piano sempre foi aquele instrumento que esteve sempre ao meu lado nas aulas de canto. É sempre o piano que nos acompanha nas aulas de coro e de formação musical. O piano está sempre lá, portanto, sempre foi um instrumento muito presente, quase como uma mãe.” Sempre a acompanhar... “Exactamente.” Como se deu esse encontro com o Marco Mezquida? “Nós conhecíamo-nos através das redes sociais. Conhecíamos o trabalho um do outro, mas nunca tínhamos estado juntos e houve um dia que eu estava a cantar no Clube de Fado e está uma mesa na primeira fila com três pessoas. Era um casal e uma criança muito pequenina e chamou-me imenso a atenção porque estavam muito admirados e super embevecidos com o fado e com aquilo que se estava a passar com os músicos, com a guitarra portuguesa, o Ângelo Freire ( era ele que estava a tocar também). Sentia-se essa admiração. Depois, mais tarde, vi que alguém tinha colocado na sua página e que tinha que tinha identificado o Clube de Fado. E por acaso vi e me apercebi que era o Marco Mezquida. O Marco em seguida escreve nos comentários: ‘Noutra vida gostava de ser fadista'. Depois, mandei uma mensagem, estivemos juntos no dia porque ele tinha ido a um festival em Lisboa, eu fui também assistir a este concerto e falámos. Dissemos que gostaríamos de trabalhar em conjunto e esta oportunidade surgiu em Janeiro deste ano.” Foi “o fado”? “O fado, foi o destino.” [Risos] Como imaginaram este trabalho? “Na verdade, eu comecei a tentar perceber que músicas é que eram justas para a forma de tocar do Marco, que fados é que poderiam se encaixar na forma dele tocar. É que ele é muito virtuoso e é muito sensível. Aliás, vão poder ver depois a forma como ele toca, como ele abraça o piano, os dedos dele são a extensão do instrumento, é como se ele fizesse parte. E eu ia-lhe mostrando... Eu também lhe pedi para mandar uma lista de músicas que ele gostava que eu cantasse. E foi assim que nós chegámos a um acordo de 12 músicas, 12 fados, 12 canções que estão neste neste álbum. Fizemos a gravação do EP em Janeiro, numa tarde. Todas as músicas foram gravadas sem edição, ao vivo, sem cortes e depois metade do álbum gravámos em Setembro, também em duas tardes.” Ou seja, foi um processo relâmpago e o próprio lançamento também foi muito rápido, não é? “Sim, foi porque na altura em que lançámos o EP eram só quatro músicas. A Galileu, que é a editora, propôs-se gentilmente a lançar, a editar logo o EP e depois correu tão bem que decidimos fazer um álbum inteiro.” “Vamos então aos temas. Por exemplo, em termos de repertório tradicional, se não estou em erro, têm uma nova leitura do “Fado da Defesa” ou de “Gota de Água”. Que significam para si estes fados? Foi a Lina que escolheu? “Fui eu que escolhi o ‘Fado da Defesa'. É muito especial para mim porque é um fado tradicional. Aliás, é o único fado tradicional que existe neste álbum. Eu quando digo fado tradicional, para as pessoas que não percebem, há vários fados tradicionais onde se pode encaixar uma nova poesia. Ou seja, eu posso fazer um poema para aquela melodia daquele fado tradicional, por exemplo, o ‘Estranha Forma de Vida' que é um fado que quase toda a gente conhece é o nome do poema, mas o fado tradicional é o fado bailado. Portanto, eu agora fui encontrar uma letra para o fado bailado e vou cantar aquele poema, como foi o caso do ‘Labirinto' do ‘Fado Camões'. É exactamente a mesma melodia, o fado tradicional do fado bailado, mas com outra poesia. É esta a particularidade dos fados tradicionais que normalmente não têm refrão e os que tem refrão chamam-se fado-canção. Aí a distinção entre o fado tradicional e o fado-canção. ‘Gaivota' é um fado-canção, é um hit, mas, na verdade não é um fado tradicional. A melodia é de um fado-canção.” Porquê, então, a escolha destes dois fados, o “Fado da Defesa” e o “Gota de Água”? “O ‘Fado da Defesa' é criação da Maria Teresa de Noronha. Na altura, quando foi gravado em disco, a última estrofe não cabia porque eram as rotações, não sei especificamente explicar essa parte, mas o fado era tão comprido que tiveram de cortar a última estrofe. Então, o meu padrinho do fado, o meu padrinho de coração José Pracana, guitarrista que eu tive a oportunidade de conhecer e de estar com ele em concertos e ter sido convidada por ele para estar na casa dele nos Açores, ofereceu-me esta última estrofe e eu decidi colocá-la aqui neste álbum. A ‘Gota de Água', do Flávio Gil, que eu já tinha gravado na minha outra vida, como Carolina porque, como sabem, eu comecei com dois álbuns editados pela Sony, mas com outro nome, Carolina. Na verdade, o meu nome é Lina, mas há pessoas que ainda me continuam a chamar Carolina porque acham que é diminutivo. Lina é mesmo o meu nome de nascença.” A Lina também assina composições de Florbela Espanca, Miguel Torga... Há pontes e histórias entre esses diferentes poemas? “Na verdade, eu vou guardando, eu vou lendo alguns poemas e há um que eu gosto e guardo. ‘O Fado' fui encontrá-lo por acaso, nas minhas notas do telefone, naqueles dias em que uma pessoa olha para apagar umas quantas notas. E fui vendo, vendo e encontrei, deparei-me com este poema, já nem me lembrava dele. Não sei, não há coincidências, não é? Quando vi este poema, pensei porque não musicá-lo? Decidi então fazer a melodia. O mesmo aconteceu para o Miguel Torga. Eu acho que quando encontro poemas de que gosto e os fados tradicionais não se encaixam no poema, eu decido fazer a melodia. O Marco Mezquida faz os arranjos, também ajudou na parte melódica do ‘Confidencial' de Miguel Torga, sobretudo na parte instrumental e na parte do solo, o que obviamente elevou a música que estava numa fase embrionária, mas sim, partem de mim essas criações.” Também temos textos em castelhano. O que é que fez que “El Rosario de Mi Madre” e “No Volveré” tivessem o seu espaço e a sua alma dentro deste disco? “No fundo, como eu estava a gravar um álbum com um músico que não é português - ele é menorquino, mas vive em Barcelona - estar ao lado de alguém que está a tocar e que não é português e que provavelmente há expressões e frases que não entende ou não percebe exactamente aquilo que eu digo enquanto canto, achei muito bonito poder também cantar algo na língua dele para haver essa partilha, essa comunicação também. Foram essas as minhas duas escolhas. A ‘No Volveré' foi o Marco Mezquida que me enviou umas quantas, mas eu só consegui escolher essa porque eu tinha que encontrar algo que se assemelhasse ao fado, algo na sua composição ou na sua estrutura, no seu tema, como ‘El Rosario de Mi Madre', ‘Devolve-me o terço da minha mãe, leva tudo, mas devolve-me o terço...' É muito do fado, não é?” Quando ouvimos o disco, passamos por “Algemas”, “Ausência em Valsa”, “Não é fácil o Amor”, “Fado da Defesa”, “No volveré” ... A melancolia é uma força que varre o disco. O fado tem mesmo de ser triste? “É um estado de espírito que nós todos gostamos muito de ter. Gostamos de estar tristes, de nos sentir tristes e chorar. Somos muito saudosistas e nós gostamos desse estado de espírito. Acho que nós somos um bocadinho assim.” É entao mesmo uma linha de força do disco? “A melancolia é universal. Eu acho que não é só portuguesa. Eu acho que melancolia é universal. Todas as pessoas entendem este estado de espírito, há povos que são mais do que outros, mas não quer dizer que todos saibam sentir a melancolia.” Melancolia, fado... Se tivesse de definir em poucas palavras o disco, o que diria? “É interessante porque eu canto fado há mais mais de 25 anos e com o Marco Mezquida não tenho de pensar se é fado, se não é fado, se estou a fazer bem ou se estou a fazer mal. É tão livre e tão espontâneo e tão orgânico que vamos atrás um do outro. É quase uma dança de borboletas. Não sei explicar. É tão genuíno. É tão fácil. É fácil trabalhar com o Marco. Portanto, para mim é um disco fácil.” Lançou este álbum no mesmo ano em que lançou também "Terra Mãe", uma parceria com o músico irlandês Jules Maxwell. No ano passado, lançava "Fado Camões” e, em 2020, Lina_Raül Refree… Todos eles têm em comum uma outra maneira de encarar o fado, com paisagens sonoras mais contemporâneas, mais livres. Como é que a Lina descreve o trabalho que tem feito nestes últimos anos? “Eu gosto de explorar e gosto, sobretudo, de fazer parcerias, de conhecer novos músicos, novas formas de fazer música, novas visões musicais, mas também encontrar aqui pontos comuns ao fado e influências sobre ele. Encontrei, obviamente, no ‘Terra Mãe', que não é um disco de fado, mas que vai buscar um pouco à forma de cantar irlandesa das senhoras que se chama Sean-nós e é muito identico ao fado essa instrumentação. No fundo, são canções só com voz e é muito idêntico. O Jules Maxwell foi também ao Clube de Fado que é uma casa de fados onde eu canto há 19 anos.” E que nunca deixou... “Que nunca deixei. O Jules Maxwell identificou essas senhoras que cantavam antigamente, esse estilo musical da Irlanda e que é muito semelhante, também cheio de melancolia e com coloraturas na voz, mas sem instrumentação, sem guitarra portuguesa.” Tem feito essa volta ao mundo com estes projectos novos, em que realmente consegue desprender-se de convenções mais associadas ao fado, mas continua - e isso é muito bonito - fiel ao Clube de Fado. “É verdade.” Porquê? “Para já é um lugar onde eu me sinto confortável, em casa, exactamente como a minha segunda casa. Depois, o ambiente que nós temos entre colegas fadistas e músicos... A toda a hora encontramos vários colegas que estão nas outras casas de fado e que passam e dizem boa noite e estão lá um bocadinho connosco. Assistem-nos, assistem ao fado, trocam ideias e mostram músicas uns aos outros. Acho isto bastante natural. Uma tertúlia quase. E depois também acho interessante, por exemplo, ainda ontem e anteontem estive lá e estavam dois casais, um que tinha estado no concerto em Roterdão e que tinha ido ver o concerto do ‘Fado Camões' em Roterdão e outros de Dortmund que também tinham estado no concerto. É curioso, é muito interessante. Ou então perguntam onde é que eu vou estar? E eu também pergunto de onde é que é... Há, assim, esta comunicação...” É uma casa de encontros também? Onde encontra as parcerias musicais? “Sim. Não há melhor sítio que o Clube de Fado que é onde eu estou a cantar. Obviamente que para mim é muito bom poder manter-me ali no Clube de Fado há tantos anos.” Eu ia-lhe perguntar se tem um novo projecto na manga, mas tendo em conta que este ano já lançou dois, se calhar a pergunta é demasiado ousada... “Por acaso tenho! Até tenho dois! Mas não posso falar, não posso dizer nada ainda. Aproveitem estes dois. O que nós queremos também fazer é saborear estes dois projectos, explorar também porque é completamente diferente quando se grava em estúdio e depois quando se passa para o palco e para o público.” Até porque há toda uma cenografia nos seus concertos, bastante minimalista e muito pensada, não é? “Sim, mas neste caso com o Marco Mezquida é eu e ele e nada mais. Houve um jornalista do ‘El País' que lhe chamou ‘Fado Câmara'. E é. Simples, o mais mais acústico possível e sem grandes adornos. Cru, basicamente. Piano e voz.”
In this episode, we feature Lina, one of the most distinctive voices of contemporary fado. Born in Hamburg to Portuguese parents and raised in Bragança, she started in opera before dedicating herself fully to fado. Lina is known for her bold and innovative approach, blending tradition with new soundscapes while keeping the emotional essence of the genre.Her career includes performing Amália Rodrigues on stage in Lisbon, touring internationally, and gaining wide acclaim with the award-winning album Lina_Raül Refree (2020). She later released Fado Camões, bringing the poetry of Luís de Camões into the heart of fado, followed by Terra Mãe, a collaboration with Jules Maxwell that bridges Portuguese and Irish traditions.Most recently, she launched O Fado, a daring new album recorded exclusively with Spanish pianist Marco Mezquida, where piano and voice dialogue in pure and intimate form.This conversation explores Lina's journey, her influences, and her vision for the future of fado — a music that is at once deeply Portuguese and increasingly universal.
LINA_ & JULES MAXWELL, MIQUEL GIL, EL NAÁN, MARTIRIO, MAURO DURANTE & JUSTIN ADAMS, BABA ZULA Más información en: https://www.lossonidosdelplanetaazul.com/
Tras una larga y solitaria travesía del desierto intentando volver a tener una voz clara y comprensible, he vuelto. Quiero agradeceros a todas y cada una de las personas que me habéis dado ánimos en estos meses el hecho que os hayáis acordado de mí, que hayáis dedicado un trocito de vuestro tiempo en contactar conmigo y en darme ánimos, así como un agradecimiento infinito a todos/as los/as mecenas del programa el hecho que hayáis seguido patrocinando el Perpetuum Mobile. A todos/as, un millón de gracias. Esta semana escucharemos: Mike Oldfield - Tubular Bells 4 (intro) Malcom McLaren & Lisa Marie -Something's Jumpin' In Your Shirt 2002 - Stella Maris Lisa Gerrard & Marcello De Francisci - When The Light Of Morning Comes Lisa Gerrard & Jules Maxwell & James Chapman - Heleali (The Sea Will Rise) Peter Kater - A True Heart The Art Of Noise - Love Stephan Moccio - Fracture Snorri Hallgrímsson - I Am Weary, Don't Let Me Rest Ludovico Einaudi - Experience (solo piano performance) Tim Wheater - Stella Maris Tom Adams - First Wave Paul Winter Consort - Blue's Cathedral Ryuichi Sakamoto - Chinsagu No Hana
Hoje, às 21:00, sobe ao palco da Sala Suggia Edu Lobo na companhia de uma das suas grandes intérpretes, Mônica Salmaso. Amanhã, às 19:30, actua na sala 2 o guitarrista Francisco Berény Domingues, no âmbito do Prémio Novos Talentos Ageas. Quarta-feira, às 21:00, Lisa Gerrard e Jules Maxwell, dos Dead Can Dance, apresentam ao vivo o seu aclamado álbum Burn. Sexta-feira, dia 25, às 21:00, tem lugar o concerto “Almas Gémeas ao Piano”, com o GrauSchumacher Duo. Estas e outras propostas na Música da Casa desta semana.
Midnight Madness Radio Episode 131 with Matt Long And The Revenant Ones, Belvedere, Ghosts Of Sunset, Ender Bender, The Ardents, Tom O'Sullivan, The Hitman Blues Band, The Jones Title, The Ormidales, The Iridium Experiment, Lisa Gerrard and Jules Maxwell, Emma Goldberg, Paradox Community, Death Pop Radio, District 13, and Mawcore.
Midnight Madness Radio Episode 124 with Ashes2Ashes, Black Whiskey, Amethyst, Divided Truth, Star Crystal, Yesterday's Gone, Jon Marom Project, Stoneside, The Supermercados, The Dream Logic, Upon Wings, Hurricane On Saturn, KingQueen, Blitz Union, WINE GUARDIAN, World Held Hostage, WarDogs, VantaBlack, Our Hollow Our Home, Lisa Gerrard and Jules Maxwell, Smash Into Pieces, FOXLORD, ASTRAKHAN, Relentless Aggression, and SKARLETT RIOT.
JULES MAXWELL is an Irish theatre composer, songwriter and keyboardist for the legendary-DEAD CAN DANCE (DCD). He has collaborated with lead vocalist of DCD, Lisa Gerrard on a new studio album called Burn, a seven track album produced by James Chapman via Atlantic Curve, a London-based label. Together Maxwell and Gerrard have commissioned seven films to accompany the music of the album. The first video is by Polish Director Jacob Chelkowski for the title track, Noyalain. The full album can be ordered here: https://orcd.co/lisajulesburnThe journey began more than seven years ago when the two of them began writing songs for an earlier collaboration called "Le Mystere des Voix Bulgares" (The Mystery of the Bulgarian Voice). As Keyboard player for DCD, Maxwell helped create a new song with Gerrard called "Rising Of The Moon" which was performed as the final encore of each show during the DCD World Tour in 2012. They also released Anastasis in the same year that accompanied the tour.In early March of this year, Maxwell released his latest solo album called "Nocturnes " a collection of melancholic instrumental pieces with the acclaimed UK-based Vincent Dance Theatre. https://julesmaxwell.comDead Can Dance will be going on their North American Tour in October 2021 -A Celebration -Life and Works 1980 to 2021. https://www.deadcandance.com/liveThe video Interview is also available on Youtube . Search for DJ Nocturna QUEEN OF WANDS with DJ Nocturna Every Saturday on MODSNAP Alternative RadioKMOD: San AntonioListen : http://modsnapradio.comPlaylist and podcast: https://djnocturna.com2pm to 4pm (HST/Hawaii Standard Time)5pm to 7pm (PST/Pacific Standard Time)6pm to 8pm (MST/ Mountain Standard Time)7pm to 9pm (CST/Central Standard Time)8pm to 10pm (EST/Eastern Standard TimeYouTube: Search DJ Nocturna Facebook: https://www.facebook.com/nocturna.remixedFacebook: https://www.facebook.com/djnocturnapresentsQueenofWandsInstagram: https://www.instagram.com/djnocturna
W trzydziestym ósmym odcinku Majki świętują 3 dychy od wydania "Czarnego Albumu", informują o "przerwie w graniu basisty KoRna i ewentualnym zastępstwie, wieszczą schyłek telenoweli prawno-obyczajowej Marilyna Mansona, zacieszają na drugą edycję Louderfest (po cichu aprobując Jinjer jako headlinera kolejnej edycji, śmieszkując życzliwie z gry wydanej przez Decapitated, kwas między K.K. Downingiem a Judas Priest ( A może Judas Priest 2? Można jak najbardziej) i anonsują trasę Gożirki po Europie.Z płyt m.in. Devin Townsend, Alpha Wolf, Moanaa, Lisa Gerrard & Jules Maxwell.Punktem głównym odcinka jest wywiad z Ernestem Sworą z zespołu Synapsa.
After Eight Show - Music That You Just Don't Hear Anywhere Else!
As always, we had masses of #NewMusic in our playlist this week! An eclectic mix of original, intelligent, melodic, grown-up songs - #electronic, #rnb, #jazz, #blues and #acoustic. And mostly from artists who you have not heard of - yet!Our Luvva Cover, this week, was VERY unusual! In 1970, Adriano Celentano - a successful Italian singer - wrote and recorded a song in gibberish. It almost sounded like it was in English but there is just one word in the whole lyric that makes sense. The incomparable Marianne Dissard has brought the song up to date by - well - we don't want to spoil it so you'll have to listen to the show to find out what she's done. Let's just say that Marianne is known not only for being an amazing singer but also for being eccentric - she once travelled the French Pyrenees on foot - accompanied by a donkey.#newmusicyoujustdonthearanywhereelseOn 17 radio stations in 5 countries all week!Playlist:Autumn Fire – Jaguar Sun, Jesse MarangerWhere There Is Smoke - Dominique Fils-AiméJust One More – Sculpture Clubhuman garbage disposal plant – ur MonarchLove Dancer – Hemai, FiFi RoboPisces Problems – TYSONSay Something New – SKAARIn the Heat of the Night – Soda BlondeOcean Shell – Annsofie SalomonSleppe tak – Eva Weel SkramPrisencolinensinainciusol – Adriano CelentanoPrisencolinensinainciusol – Marianne Dissard (Luvva Cover feature)Radio Clones – Kindly Spoken ThievesUnchained (Stripped) – Devon GilfillianDie To Be A Butterfly – Ora the Moleculehey cutie
After Eight Show - Music That You Just Don't Hear Anywhere Else!
As always, we had masses of #NewMusic in our playlist this week! An eclectic mix of original, intelligent, melodic, grown-up songs - #electronic, #rnb, #jazz, #blues and #acoustic. And mostly from artists who you have not heard of - yet! Our Luvva Cover, this week, was VERY unusual! In 1970, Adriano Celentano - a successful Italian singer - wrote and recorded a song in gibberish. It almost sounded like it was in English but there is just one word in the whole lyric that makes sense. The incomparable Marianne Dissard has brought the song up to date by - well - we don't want to spoil it so you'll have to listen to the show to find out what she's done. Let's just say that Marianne is known not only for being an amazing singer but also for being eccentric - she once travelled the French Pyrenees on foot - accompanied by a donkey. #newmusicyoujustdonthearanywhereelse On 17 radio stations in 5 countries all week! Playlist: Autumn Fire – Jaguar Sun, Jesse Maranger Where There Is Smoke - Dominique Fils-Aimé Just One More – Sculpture Club human garbage disposal plant – ur Monarch Love Dancer – Hemai, FiFi Robo Pisces Problems – TYSON Say Something New – SKAAR In the Heat of the Night – Soda Blonde Ocean Shell – Annsofie Salomon Sleppe tak – Eva Weel Skram Prisencolinensinainciusol – Adriano Celentano Prisencolinensinainciusol – Marianne Dissard (Luvva Cover feature) Radio Clones – Kindly Spoken Thieves Unchained (Stripped) – Devon Gilfillian Die To Be A Butterfly – Ora the Molecule hey cutie
Con motivo de la publicación del nuevo disco de Lisa Gerrard (junto a Jules Maxwell, en esta ocasión) y de que en 2021 cumple 40 años de música, dedico la hora de Estéreo360º a su carrera en solitario y a sus múltiples colaboraciones. El podcast incluye hasta 3 Bonus Tracks en exclusiva. Este es el suculento Menú Sonoro: DEAD CAN DANCE (The Host of Seraphim) / LISA GERRARD & JULES MAXWELL (Noyalain (Burn)) / THIS MORTAL COIL ft. LISA GERRARD (Waves Become Wings) / LISA GERRARD (Persian Love Song (The Silver Gun)) / HANS ZIMMER & LISA GERRARD (Rome Is the Light) / LISA GERRARD & PIETER BOURKE (Forest Veil) / LISA GERRARD & PATRICK CASSIDY (Maranatha (Come Lord)) / KLAUS SCHULZE & LISA GERRARD (Spanish Ballerina) / LISA GERRARD & MARCELLO DE FRANCISCI (In the Beginning Was the Word) / LISA GERRARD (The Valley of the Moon) / LISA GERRARD (The Crossing) / LISA GERRARD (Become) / THE MYSTERY OF THE BULGARIAN VOICES ft LISA GERRARD (Unison) / ZBIGNIEW PREISNER ft LISA GERRARD (Epitaph) // BONUS TRACKS: THE FUTURE SOUND OF LONDON ft LISA GERRARD (Papua New Guinea) / ORBITAL & LISA GERRARD (One Perfect Sunrise) / CHICANE & LISA GERRARD (Orleans) //
Edición Limitada - 12 de Abril del 2021. Producción, realización y conducción: Francisco J. Brenes. Presentando música de Lucy Gooch, London Grammar, Lisa Gerrard and Jules Maxwell, White Flowers, Kælan Mikla, Dinosaur Jr., Perturbator, Ian Brown featuring The Celestial Militia, Of Monsters and Men, Crowded House, Darkside, Beachy Head, The Drums, Dry Cleaning, Paul McCartney, Garbage, M O S E S, Wolfclub, Lilac Queen, The Mighty Mighty Bosstones, BEAK, U2, New Order, Working Men's Club, Son Lux featuring Kiah Victoria, Antsy, Elder Island, Roisin Murphy, Catherine Moan, Gary Numan, Automatic, Groove Armada featuring Nick Littlemore, Electric City Cowboys, Andy Bell, UNKLE, Actors, Steven Wilson, Pond, La Femme, Coil, Front 242, The Livelong June, Danny Elfman, The Fair Attempts y Godspeed You! Black Emperor.
An oriental scent drifts into this spacey arpeggiated piece. Stevie J Jones on Jupiter 8, Jules Maxwell on electric piano and talky growly synth. Shimmering.
Edición Limitada - 29 de Marzo del 2021. Producción, realización y conducción: Francisco J. Brenes. Presentando música de Kele, The Breeders, Lisa Gerrard & Jules Maxwell, Moby featuring Jim James, Tricky, The Chills, Paul Weller, Lloyd Cole, K÷93 (Jaz Coleman, Peter Hook, Geordie Walker), Sea Fever, The Psychedelic Furs, Everything Everything, James, Iceage, The Cribs, The Coral, Guided By Voices, St. Vincent, Mannequin Pussy, Fresh, Squid, Pussy Riot, Pom Pom Squad, Doll Skin, Idles, Danny Elfman, Tkay Maidza, Tune-Yards, Perfume GeniuS, Adult Mom, Doohickey Cubicle, Erika de Casier, A Certain Ratio, Ministerio del Aire, Xup, Laikka, La Femme, Gary Numan, Yacht, Metronomy, Perfume Genius, Paul Weller, London Grammar, Lost Girls, Fragrance. featuring Lulannie, New Order, Deeper, La Fiesta Triste, Daniel B. - Elko B., Sunroof y Alessandro Cortini.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. A curious, slightly spiky exploration with electric guitar, Rhodes piano, ring modulator and some weird wah bass sound Jules dug up.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. A little piece for electric piano and Korg MS-20 in C minor.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. “Iceland”
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Japanese influences creeping in from somewhere, and a nice little flourish at the end.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. A Blue Nile-esque thing, Featuring Luka & Poppy Jones on SH-101 bass and atmospheric synths.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Randomly changing bass and sparkly electric piano textures. Slow moving and meditative.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Another little meandering bassline idea from Jules. Quoth he: “Don't familiarise yourself with it – GO!”
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. A quirky little 7/8 arpeggiator, steam hiss keyboards and rhythm guitar.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Acoustic guitar and electric piano in a wide open soundscape.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Ambient chill.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. In which they completely lose the plot and have to start again.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Featuring Mani Maxwell on atmospheres.
We're back in the room! Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London. Featuring Mani Maxwell on SH-101.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's penultimate daily jam of 2020 from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.
Stevie J Jones and Jules Maxwell's daily jam from their workspace in Brockley, London.