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Desde muy pequeño, Aristóteles Mercadal encontró en el deporte un lenguaje propio. Empezó como tantos, corriendo detrás de un balón de fútbol, pero pronto descubrió que el baloncesto era algo más que una actividad: era un espacio para crecer, equivocarse, levantarse y aprender a mirar la vida desde otro ángulo. Su formación deportiva fue transversal—del atletismo al tenis, del pádel al ajedrez—pero siempre con el balón naranja marcando el ritmo. Esa mirada amplia, enriquecida por distintas disciplinas, es la misma que hoy inspira su visión de liderazgo: entender que la base sólida se construye desde la diversidad de experiencias y desde la humildad de empezar por lo esencial.Su recorrido como jugador, desde La Salle Mahón hasta clubes de Barcelona y Mallorca, le enseñó el valor de la constancia y la capacidad de adaptación. No se trata solo de llegar lejos, sino de entender por qué uno avanza. En la vida y en la empresa sucede lo mismo: cambiar de equipo, afrontar nuevos entornos, asumir responsabilidades distintas… Todo ello requiere disciplina, autoconocimiento y una dosis saludable de valentía. Esa etapa como jugador fue la que moldeó su mentalidad y le preparó para su verdadera vocación: formar y liderar desde la pista.Cuando dio el paso hacia los banquillos, lo hizo con la misma honestidad con la que un profesional madura en su carrera: entendiendo que saber no es suficiente, que el dominio técnico necesita tiempo, formación continua y una actitud abierta. Aristóteles es el ejemplo de que un formador se hace, no se improvisa. Su trayectoria como entrenador—desde categorías mini hasta equipos de élite, pasando por programas de detección de talento, selecciones autonómicas y proyectos internacionales—demuestra que el liderazgo sostenible se construye con paciencia, responsabilidad y visión a largo plazo. Exactamente igual que en cualquier organización que aspire a crecer con coherencia.Además, su trabajo con jóvenes jugadoras y jugadores revela una sensibilidad fundamental: la capacidad de detectar potencial y acompañarlo sin prisas. En un mundo acelerado, donde queremos resultados inmediatos, Aristóteles defiende la importancia de la progresión, de los detalles invisibles, de la formación integral. Del mismo modo que en una empresa, liderar no es presionar, sino guiar; no es imponer, sino descubrir; no es exigir sin medida, sino marcar un camino posible. La creatividad ante las limitaciones, la planificación rigurosa, la búsqueda del propósito… todo ello forma parte de su método, aplicable dentro y fuera de la cancha.Hoy, con todos nosotros, Aristóteles Mercadal.Síguenos en las redes sociales y déjanos tu opinión o preguntas:* X https://x.com/tatxeorg* Instagram https://www.instagram.com/tatxeorg/* Youtube https://www.youtube.com/@tatxeY escúchanos en todas las plataformas:* Redcircle https://redcircle.com/shows/0762ebc0-c95f-478e-a740-2e45dc2e4b90* Spotify https://open.spotify.com/show/1Cg3HSfS6EZN0FAQj9rKwF* Ivoox https://www.ivoox.com/podcast-tatxe_sq_f11192874_1.html* Apple Podcast https://podcasts.apple.com/es/podcast/tatxe/id1541904347Estamos en tatxe.orgSupport this podcast at — https://redcircle.com/tatxe/exclusive-content
O coreógrafo brasileiro Calixto Neto apresentou o mais recente trabalho, “Bruits Marrons”, no Festival de Outono de Paris, entre 7 de Outubro e 21 de Novembro. O espectáculo resgata o legado musical e humano do compositor afro-americano Julius Eastman e inspira-se nos quilombos, as comunidades livres criadas nas matas por escravos fugitivos. Nesta peça, o palco é “o quilombo de Calixto Neto”, um espaço de liberdade e de afirmação, onde uma comunidade de artistas negros e queer “lambem feridas” da história e “se fortalecem” para enfrentar o mundo, contou o coreógrafo à RFI. RFI: Qual é a história de “Bruits Marrons”? “'Bruits Marrons' é uma peça que é um encontro de vários artistas da dança e da música em torno de um diálogo e de uma música do Julius Eastman, que é um compositor afro-americano que morreu em 1990 e que criou um corpo de trabalho belíssimo, incrível. Ele vem da música clássica minimalista.‘Bruits Marrons' acaba sendo um diálogo com esse músico, especialmente com uma música do Julius, que é Evil Niger, numa ideia de criar uma comunidade tanto para Julius, quanto para a música de Julius. A gente na nossa pesquisa entendeu ou interpretou uma certa solidão desse compositor na época dele porque ele era um homem negro, gay, evoluindo numa sociedade muito branca, muito heteronormativa, um músico solitário no meio em que ele evoluía. A gente quis criar essa comunidade de pessoas racializadas, imigrantes, queers e, para além disso, expandir o lugar de onde essa música vem, uma música clássica, minimalista - que é como ela é classificada hoje em dia, mesmo que existam algumas controvérsias entre os músicos e musicistas - mas trazer para essa música também uma família de outros sons, de outros ruídos, de outros barulhos que podem compor a escuta para que quando essa música chegue nos nossos ouvidos a gente já tinha dado uma família para ela.” Falou em ruídos. O título é “Bruits Marrons”. O que é que quer dizer este título? Qual será depois, em português, o equivalente? “No caso de ‘Bruits Marrons', a língua francesa tem essa subtileza de permitir um duplo sentido para a palavra ‘marron'. Em português seria ‘Ruído Marron' ou, no duplo sentido da palavra em francês, poderia ser também ‘ruído quilombola'. O que acontece é que 'marron', em francês, além da cor, também designa as pessoas que estavam em situação de escravidão e que fugiam do sistema de escravidão nas plantações e se embrenhavam nas matas e criavam essas comunidades autónomas e livres, onde tinham suas vidas e trabalhavam.” É o equivalente dos quilombos no Brasil? "Exactamente, é o equivalente dos quilombos. É uma peça que é inspirada dos quilombos e, especialmente, da reflexão que a gente tem hoje em dia em torno do uso dessa palavra no Brasil. No Brasil, a gente usa essa palavra de forma mais actualizada para as comunidades de pessoas racializadas, de pessoas negras, em vários contextos. A gente não tem mais o sistema de escravidão no Brasil, mesmo que ainda exista, em alguns contextos, o que a gente chama de escravidão moderna, mas a palavra quilombo é usada em vários contextos de ajuntamento de pessoas negras, que seja formal ou informalmente, por vários motivos: para estudar, para festejar, para se cuidar, para celebrar a cultura. Então, por exemplo, lá em São Paulo tem um lugar mítico para a comunidade negra que se chama Aparelha Luzia, que é um centro cultural, um lugar de festas, um lugar de encontro de associações que foi criado pela ex-deputada Érica Malunguinho, que é uma mulher negra, trans, que saiu de Pernambuco e que em algum momento se muda para São Paulo e fez lá a sua vida. Esse é um lugar que chamam de quilombo urbano. Eu, na minha juventude, há alguns anos, quando morei com dois outros amigos negros e gay em Recife, a gente chamava à nossa casa de quilombo. Então, tem esse sentido de um espaço de emancipação que a gente cria autonomamente e que a gente actualiza hoje em dia, mesmo que o uso dessa palavra, a comunidade em si, a função dela seja actualizada. Dito isso, existem também, hoje, as comunidades remanescentes quilombolas, que são essas terras onde as pessoas que fugiram da escravidão criaram as suas comunidades e que reclamam até hoje a posse dessas terras, como as comunidades indígenas brasileiras. Então, existe essa reflexão em torno dessa palavra, de criar uma comunidade que seja em torno do som, em torno do ruído, como o ruído é um incómodo para a harmonia dos ouvidos e isso era um pouco o que Julius representava: era um homem negro num meio muito branco, um homem gay num meio muito heteronormativo e ele era um homem gay muito frontal com a sua identidade sexual e, numa das várias entrevistas que ele deu, ele disse que só desejava na vida ‘poder ser 100% gay, 100% negro, 100% músico', 'gay to the fullest, black to the fullest, musician to the fullest'". Aquilo que se passa em palco, a comunidade que reúne em palco, corpos queer, corpos negros, corresponde a esta ideia de se poder ser “100% gay, 100% negro e 100% músico”? Esta peça tem um cunho de reparação e daí este grupo que juntou em palco? “Na verdade, esta peça tem uma temporalidade extensa. Encontrei [a música de] Julius, em 2019, no estúdio, alguém estava usando a música de Julius e houve esse encontro auditivo em que eu ouvi e meio que me apaixonei pela música dele. Em 2022, eu tive a oportunidade de começar um trabalho em torno dessa música, do trabalho dele, e na época eu queria trabalhar em torno do ‘Evil Nigger' e do ‘Crazy Nigger', mas nessa época eu tive a intuição de trabalhar só com pessoas negras porque eu queria entender qual é essa solidão de estar num meio em que a gente é sempre o único, em que a gente sempre está acompanhado de, no máximo, mais duas pessoas na sala. Foi uma aposta meio intuitiva e criou dentro do grupo uma sensação de segurança e de apaziguamento mesmo das histórias e das referências, de onde vem, o que é muito precioso e muito raro num ambiente de trabalho. Para a criação da peça, eu continuei com essa aposta, especialmente no que concerne à escolha da pessoa que toca a música porque, em 2025, mesmo com essa quantidade imensa que a gente tem de conservatórios, é uma missão hercúlea encontrar um pianista negro que tem uma formação sólida ou suficiente para tocar Julius Eastman. Hoje em dia, é praticamente impossível encontrar na Europa. Eu não sei se em Londres talvez a gente tenha mais, mas na França e na Bélgica, que foi onde concentrei mais as minhas pesquisas em 2022, foi uma tarefa muito difícil. Agora, para 2024, 2025, eu tive a ajuda de uma amiga pesquisadora, musicista, que tem uma pesquisa em torno da música de Julius e conhece alguns músicos e musicistas que se interessam pelo universo do Julius. Ela indicou-me algumas pessoas, mas, no geral, mesmo contando com pessoas da música, falei com pessoas de conservatórios, o teatro onde eu sou associado também me ajudou nessa busca, mas encontrar um pianista negro hoje em dia em França é uma tarefa possível, mas bem difícil." O piano é uma personagem, entre aspas, central na peça. É quase como a fogueira ou o batuque à volta do qual se reúnem as comunidades? “Pois é, a gente quis que o piano virasse um personagem dentro da estrutura da peça, às vezes, um objecto que pela imobilidade dele, acaba-se impondo no espaço. A gente pode atribuir várias imagens, mas, às vezes, eu penso que ele é um caixão que a gente está carregando com todo o cuidado e cantando essa música que é entre um lamento e uma canção de ninar. Às vezes, é um personagem que compõe uma estrutura sonora junto com a gente, num momento de explosão e de raiva. Às vezes é o centro da caldeira, como fala Isabela [Fernandes Santana] no começo da peça. Às vezes, é a lava ou o fogo em torno do qual a gente está girando e evocando o universo.” Até que ponto o piano ajudou a conceber os diferentes quadros de dança que variam entre a união muito forte e o êxtase e a libertação total dos corpos? Como é que criou a narrativa coreográfica da peça? “Teve um duplo trabalho. Primeiro, existiam duas imposições. Uma é a imposição da música em si porque eu decidi que a música entraria na sua integralidade, eu gostaria de propor ao público a escuta dessa música na sua inteireza - o que não foi o caso em 2022, quando era mais um jazz em torno dos universos que a música atravessa. Tem uma outra imposição, que é o objecto piano, que é um objecto imenso. Ele é imponente, ele é grande e ele ocupa o espaço. O piano não é como uma caixa de madeira que a gente muda de um lado para o outro e que está tudo bem assim. Ele tem uma carga histórica, ele tem uma carga simbólica e espacial que a gente não tem como se desenvencilhar dele. Em paralelo a essas duas imposições, existia o meu desejo de trabalhar com essa comunidade matérias que fossem em torno da alegria, em torno da criação de outros sons, uma travessia de uma floresta - que é uma cena inspirada da minha visita ao Quilombo dos Palmares, no Brasil - uma explosão raivosa e essa ideia de deslocamento desse objecto que, para mim, retoma uma tradição que a gente tinha no Brasil, no final do período da escravidão e no pós-escravidão, dos homens que carregavam o piano. As pessoas que, no processo de mudança carregam o piano, eram pessoas especializadas nisso, que tinham uma cadência específica para andar nas ruas não pavimentadas da cidade e há uma classe trabalhadora específica, com um universo musical também específico, ligado à cadência do passo. Essa é uma história que eu ouvi há muitos anos, quando eu estudava teatro, e que ficou na minha cabeça, até porque há uma expressão que a gente tem no Brasil, que são os carregadores de piano, que são as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de um processo. Por exemplo, eu ouvi essa expressão num podcast de análise da situação económica do Brasil, em que o analista dizia que as pessoas que vão carregar o piano, as pessoas que vão carregar o peso mais pesado de uma mudança e de uma decisão para uma mudança económica, são as pessoas mais fragilizadas, as pessoas mais expostas. Então, tinha esse desejo de trazer o piano para estas histórias que a gente está contando, que ele pudesse ser um obstáculo que a gente atravessa, que ele pudesse ser talvez até um dos performers que dança com a gente e que produz esses ruídos, para além da música.” O que está neste momento a preparar? “A gente acabou de estrear a peça, houve apresentações no Teatro de Cergy-Pontoise, que é o teatro onde estou em residência até 2026. Depois, apresentámos em Bruxelas, na Bienal de Charleroi Dance e agora no MC93. A gente está preparando a tournée da peça, com algumas apresentações, e alguns projectos ligados à minha residência do Points Communs. Tem um outro projeto com o CCN de Grenoble ligado à tradição do carnaval e à ideia da noção de gambiarra.” O que é a gambiarra? “Gambiarra são essas reparações, esses consertos improvisados para problemas reais. A imagem clássica da gambiarra no Brasil é consertar uma havaiana quebrada com um prego. É uma tradição muito comum na nossa sociedade, ao ponto de ter virado uma estética em si, é quase um jeito de pensar as coisas, um jeito de pensar a solução de problemas. A gente não vai reparar ali na base da coisa, mas a gente vai deixar com um pedaço de fita, com um prego, a coisa em estado de uso e a gente vai usar desse jeito. É um objecto de pesquisa para mim, há muitos anos, desde o meio do meu mestrado. A Shereya também fez um mestrado no mesmo lugar que eu, lá em Montpellier e é também um objecto de pesquisa para ela.” A Shereya que é outra coreógrafa e bailarina... “Ela é uma bailarina de ‘Bruits Marrons' e coreógrafa também. A gente tem uma parceria em vários outros trabalhos, ela entra em um outro trabalho meu, a ‘Feijoada'. Quando eu fui chamado pelo CCN de Grenoble para fazer esse projecto com comunidades que vivem em torno do CCN, eu tive a ideia de fazer um carnaval - porque vai acontecer no período do carnaval - então, vai ser o nosso carnaval improvisado no CCN de Grenoble. Há um outro projecto para 2027 que vai ser um solo e uma plataforma de encontros com outros trabalhos em torno da ideia da Travessia Atlântica e é inspirado no nome do meu bairro, o bairro onde eu cresci, que se chama Jardim Atlântico. É também um diálogo com a minha história, com a história da minha mãe que era bailarina, e essas histórias de migração entre um lado do Atlântico e um outro lado.” Esta é a segunda vez que conversamos, a primeira foi também no âmbito do Festival do Outono, quando apresentou ‘Il FAUX' , em 2023. A ideia que tenho é que a sua pesquisa anda sempre em torno do racismo, da História, da escravatura, dos corpos negros permanentemente ameaçados. Por que é que faz questão de levar estes temas para cima do palco e até que ponto é que o seu palco é o quilombo para os “carregadores do piano” serem reparados? “Na verdade, isso é uma prática que não planeei que ia acontecer assim. No começo do meu percurso, quando criei a minha primeira peça fora do mestrado, 'oh!rage', eu estava saindo de um mestrado em que eu passei dois anos numa instituição de ensino francesa e em que não tive a oportunidade de cruzar com nenhum professor, nenhum artista ou mesmo pessoas que estavam ali em torno do festival Montpellier Danse, não encontrei artistas negros, talvez um ou dois. Isso marcou-me muito porque eu tenho uma formação em teatro no Brasil, tenho um longo percurso na companhia da Lia Rodrigues, em que comecei a me dar conta que o leque de referências nesses espaços, tanto o espaço académico quanto o espaço profissional de Lia Rodrigues era quase exclusivamente branco e o mestrado Exerce [Montpellier] serviu para confirmar isso. Então, em 2018, quando eu criei o ‘oh!rage', fiz a aposta de dialogar apenas com criadores, com pensadores, com artistas visuais, da dança, de teatro negros, da comunidade negra - muito inspirado também do programa Diálogos Ausentes do Itaú Cultural de 2016. Fazendo essa aposta em 2018, eu me deparei - porque eu tinha um letramento racial tardio porque isso não foi uma questão na minha formação, na minha família - deparei-me com um universo de criação que me alimenta imensamente. Eu, junto com outras pessoas, com outros artistas, também experimento, experiencio, no meio das artes e na vida real, situações de subalternidade que me são impostas. Então, eu entendo a arte como um espaço de discussão do que atravessa a sociedade nos dias de hoje. Eu não acho que isso é uma ferida que esteja apaziguada e curada. Pelo contrário, ela demanda ainda reflexão, ela demanda um olhar específico, ela é muito presente, é uma chaga aberta. Eu tento fazer da arte um espaço de diálogo, de abrir uma discussão em torno disso mesmo e sempre dialogando com outros artistas que trazem as suas referências nesse sentido para criar esse espaço de emancipação, de liberdade mesmo. Esse é o meu quilombo, o palco é meu quilombo, a minha comunidade ‘marron', um espaço de autonomia e de liberdade. E nesse espaço de autonomia e liberdade a gente vai louvar os nossos, celebrar as nossas criações e lamber as nossas feridas juntos. Em alguns momentos, a gente vai abrir esse espaço e receber pessoas, como em outras peças como ‘Feijoada', que é uma peça em torno da generosidade e do gesto. Em outras peças, a gente vai estar entre a gente, celebrando as nossas existências entre a gente e lambendo as nossas feridas antes de se fortalecer para o resto do mundo.”
Hoy nos detenemos en un glosario de estos términos de la mano de Javier Cuervo, docente de UNIE Universidad.
Em Moçambique, milhares de pessoas refugiaram-se no distrito de Eráti, em Nampula, no norte do país, depois de ataques registados entre 10 e 17 de Novembro no distrito de Memba. Entre os deslocados, há relato de mortes devido à fome. O activista social e dos direitos humanos Gamito dos Santos, director da Associação Kóxukhuru, em Nampula, admite que “a situação de fome é uma realidade” e alerta que “o governo não está a mostrar capacidade suficiente para dar resposta à situação humanitária”. A Associação Kóxukhuru, em Nampula, lançou uma campanha de angariação de donativos para ajudar os milhares de deslocados dos mais recentes ataques terroristas em Memba. No terreno, “a fome é uma realidade”, explica Gamito dos Santos, director da associação, que fala em cerca de 70.000 pessoas a necessitarem de ajuda urgente. O activista também alerta que é necessária a abertura de um centro de deslocados na cidade de Nampula, para além dos existentes em Eráti e Namialo. Gamito dos Santos avisa, ainda, que “não é seguro voltar” ao distrito de Memba. RFI: A Associação Kóxukhuru lançou uma campanha para angariar donativos. Quer falar-nos da iniciativa? Gamito dos Santos, director da Associação KÓXUKHURU: “Estamos envolvidos nessa situação de ajuda humanitária para os deslocados de Memba e Eráti e estamos a trabalhar na mobilização de recursos, sejam eles financeiros, como em géneros alimentícios ou mesmo em vestuário, para apoiar os deslocados que estão neste momento a necessitar de todo o tipo de apoio por causa dessa situação de terrorismo que assola ao distrito de Memba”. Como é que está a situação? Há muitos relatos de fome no terreno... “A situação nos dois distritos - estou a falar de Memba e Eráti - a situação de fome é uma realidade, como é notório, porque esta situação do terrorismo chegou de uma forma desprevenida, em que a população não estava preparada para encarar esta situação. E nós estamos a falar de um período em que a maior parte daquela população pratica a agricultura e este é o período propício, em Nampula, para começar a limpeza dos campos, para fazer a sementeira nos próximos dias, que poderá chover assim que puder. É nesta senda que a fome é uma realidade naquele território e naquela situação porque a população não tem outra fonte de sobrevivência senão a agricultura e, em Memba, um pouco de pesca. Então, deslocando-se de Memba para Eráti, uma vez que eles praticam a pesca e a agricultura, são forçados a deixar todas as actividades, todos os seus bens, todos os seus pertences, para procurar refúgio ou algum lugar que lhes possa conceder alguma segurança. Quando chegam naquele lugar, o número de deslocados é muito maior, tanto que o governo não está, neste presente momento, a mostrar capacidade suficiente para dar resposta à situação de apoio humanitário naqueles locais.” Estamos a falar de quantos deslocados e quantas pessoas que poderão estar sujeitas a esta situação de fome? “Neste momento, no centro de deslocados de Eráti, estamos a falar de cerca de 58.000 pessoas, segundo os dados que recolhemos no terreno, assim como em parceria com algumas organizações não governamentais, estamos todos no terreno para fazer todo levantamento possível. No centro de deslocados de Namialo, estão lá cerca de 10.000 pessoas também, fica a cerca de 80 quilómetros da cidade de Nampula. Então, totalizando, estamos a falar de 68.000 deslocados que neste presente momento estão a necessitar de apoio de todos os quadrantes.” Mas não há três centros no distrito de Eráti? “Sim. São 58.000 pessoas em todos os três centros de Eráti. Em Namialo, no distrito de Meconta, há três centros também, onde estão 10.000 pessoas. Em Nampula, não temos um centro oficial, mas as pessoas continuam a chegar e algumas estão sendo alojadas com os seus familiares e os outros estão à deriva porque não têm onde parar, porque estão à procura de refúgio e acabam procurando por pessoas conhecidas para serem alojados. Neste presente momento, nós como sociedade civil, estamos com contactos permanentes com as autoridades para que se crie também um centro permanente em Nampula cidade.” Ou seja, está a pedir às autoridades para criar este centro porque há pessoas na rua? “Exactamente. Há pessoas na rua. Há pessoas que estão a viver com pessoas desconhecidas e isto pode provocar também algum caos nos próximos dias. Então, estamos mesmo a exortar as autoridades governamentais para que criem um centro aberto em Nampula para alojar as pessoas que estão em Nampula e que não têm onde ficar.” Voltando à questão da fome e da crise alimentar, há notícias de que há pessoas, nomeadamente crianças, a morrer. Quer falar-me sobre isso? “Sim. Neste presente momento, nós não temos dados confirmados, mas há relatos, sim. Há crianças a morrer por causa da fome. Para além da questão da fome, há pessoas que estão a morrer por cansaço porque, de Memba a Eráti, as pessoas estão a deslocar-se a pé, por longas distâncias. E neste recurso de deslocamento a pé e por causa de cansaço, algumas pessoas acabam lançando os seus filhos nas matas. Nós temos algumas pessoas que estão a relatar isto, que nas matas há crianças perdidas, há famílias perdidas, sobretudo também pessoas portadoras de deficiência que não conseguem alcançar os centros de acolhimento.” O que é que o Governo está a fazer para tentar resolver a situação? “Neste presente momento, a única acção do governo que é notória aqui é a campanha que foi lançada pelo governador da província de Nampula de angariação de alimentos que, até ontem, a Assembleia da República abriu as portas e doou cerca de 60 toneladas de alimentos. O próprio governador já mobilizou os empresários locais para doarem alguns alimentos. Esta é a única actividade que nós estamos a notar ao nível do governo de Nampula. O Governo anunciou ontem a retoma da população no distrito de Memba porque, segundo ele, as condições estão criadas para as populações voltarem aos seus lugares de proveniência, mas nós, como sociedade civil, não concordaríamos tanto com esse discurso, porque nós precisamos de ter muita cautela por causa da situação de tensão que se vive no distrito de Memba porque acreditamos que existem focos de terroristas naquele local.” Ou seja, não é seguro voltar? “Exactamente, não é seguro voltar. Nós não aconselharíamos às autoridades de avançarem com essa incursão de devolver a população aos locais de proveniência e intensificaríamos a angariação de donativos para apoiar estas famílias para que elas possam ficar mais tranquilas nos lugares onde estão, enquanto se preparam os lugares da sua proveniência para que retornem lá com a maior tranquilidade e a maior segurança possível.” Em Julho, foi noticiado que 46,7% das crianças em Nampula já sofriam de desnutrição crónica. A situação então piorou ainda mais? “De certa forma, isso é verdade, isso é uma realidade. Nós vamos ter Nampula a aumentar a situação da desnutrição crónica por este deslocamento de um lado para o outro. Tanto que o governador de Nampula já havia lançado uma campanha de redução da situação de desnutrição crónica e acreditamos que, com esta situação do terrorismo, vamos elevar o índice de desnutrição crónica, seja em crianças, seja em adolescentes, porque estamos a ver pessoas que se vão alimentar de qualquer maneira só com o intuito de manter apenas o estômago, não vão escolher o que elas podem comer, vão ser forçadas a comer tudo o que por algum momento lhes vier à frente. Então, estamos a dizer que Nampula é a maior província com desnutrição crónica e vamos ter esta situação cada vez mais a agravar-se.” Também houve relatos de refugiados e requerentes de asilo estrangeiros que estavam abrigados no centro de Maratane, em Nampula, que além de denunciarem fome e redução de assistência por parte do Programa Alimentar Mundial, por exemplo, também denunciaram uma suposta discriminação por parte dos moçambicanos e a proibição do uso da terra para a agricultura de subsistência. Confirma? “Sim, confirmo. Tanto que eu trabalhei no centro de refugiados de Maratane. Fui para lá para viver 'in loco' nessa altura que havia estas situações de relatos em que os refugiados reclamavam desta situação de terras que estavam sendo proibidas, porque o governo cedia as terras sem conversar efectivamente com os nativos. Sabemos que em Moçambique, a lei defende que a terra é propriedade privada do Estado, mas nem por isso o Estado tem que atribuir sem conversar efectivamente com os nativos. E o que acontecia é que entrava em colisão entre os refugiados e os nativos donos, herdeiros da terra e aí os refugiados eram forçados a abandonar as terras. Daí que havia esta confusão. Trabalhámos lá, confirmámos esse incidente e estamos a trabalhar com a Direção Provincial de Terra e Ambiente para ver se é possível haver uma negociação entre as comunidades e os refugiados.” Ou seja, a situação ainda não está resolvida? “Não está resolvida, não.” Como é que vê os próximos tempos? O que é mais urgente fazer? “O mais urgente - olhando na perspectiva do terrorismo - o mais urgente, neste momento, é colocar o país seguro. Não é só Nampula, ns estamos a falar de todo o país em que, nos últimos momentos, está-se tornar uma realidade a questão da insegurança. Não estamos a falar só do terrorismo, mesmo a criminalidade está semeada em Moçambique de tal forma que já é perigoso investir em Moçambique. Tanto que a maior parte dos investidores estão a fechar as suas empresas, voltando para seus países de origem. Então, a prioridade das prioridades, é que o governo tem que trabalhar na questão de segurança para garantir que os investidores voltem a investir em Moçambique. Segundo, se garantir a segurança, aí vamos colocar também a população a voltar às suas providências e aí elas vão poder tomar as suas actividades normais, estamos a falar na questão da agricultura, para que eles intensifiquem a produção e produtividade. Nesta produção e produtividade, o governo tem que incentivar, tem que investir, tem que financiar, patrocinar a população para que melhore a forma de praticar a agricultura. Ao invés de praticarmos de cabo curto, que coloque uma agricultura mecanizada para que essa população melhore a prática da agricultura.”
Termina esta terça-feira, 25 de Novembro, em Luanda, a 7.ª Cimeira União Africana–União Europeia, sob o lema “Promover a Paz e a Prosperidade através do Multilateralismo Eficaz”. Sérgio Calundungo, Coordenador do Observatório Político e Social de Angola, afirma que esta reunião de alto nível “é o palco ideal para se fazer um reset, dado o seu simbolismo pós-colonial, e criar uma parceria mais justa e equilibrada”. A cimeira de Luanda marca os 25 anos da parceria estratégica União Europeia–União Africana. Que balanço se pode fazer desta parceria? Devia haver o reconhecimento de que o modelo anterior, muito assente na ajuda dos países da União Europeia África, está esgotada do ponto de vista moral e político. Acredito que a cimeira de Luanda é o palco ideal para se fazer um reset, dado o seu simbolismo pós-colonial. Um reset para uma parceria mais justa, mais equilibrada? Sim. Eu acho que o sucesso desta cimeira, ao contrário do que se fazia anteriormente, já não se mede pelo volume de fundos prometidos, mas pela demonstração de que há uma clara mudança de mentalidade. Ou seja, há uma predisposição do lado da União Europeia para abordar a relação não mais como aquele projecto de caridade, como o grande doador, mas como um investimento estratégico, num parceiro que é fundamental para os desafios globais. Estamos a falar da segurança climática, do problema das migrações e da inovação digital. Há aqui uma clara tendência de mudança que deve evoluir de um instrumento de influência para um mecanismo de corresponsabilidade, porque muitas vezes a ajuda que era prestada a esses países era vista sobretudo como um instrumento de influência. E aí poderá estar o ponto de viragem. Esta reunião acontece numa altura em que a União Europeia tenta impor-se face a concorrentes como a China, a Rússia e outros países. Exactamente. Eu creio que deve haver um novo paradigma. Em vez de a União Europeia chegar com soluções ou com a sua agenda de interesses, a cimeira deve lançar bases para o diálogo permanente sobre temas específicos: transições energéticas; quais são os interesses dos países africanos? Quais são os interesses da União Europeia para haver uma transição energética justa? Criação de emprego jovem, governação em termos de assuntos globais. Penso que europeus e africanos, independentemente de depois virem os asiáticos, os norte-americanos ou outros povos, deviam estar nesta fase a desenhar juntos políticas e investimentos cujo objectivo final é uma parceria perceptível e benéfica para cidadãos comuns que estão em Luanda, em Paris, em Lisboa. Que as pessoas pensem que, desta parceria, os cidadãos dos diferentes Estados europeus e africanos sintam melhorias concretas. No centro da agenda está o mecanismo Global Gateway. Este mecanismo poderá contribuir para uma parceria mais justa? A expectativa é que este mecanismo global signifique também uma mudança não só de narrativa, mas sobretudo de mentalidade na interacção entre os povos. Mas, por enquanto, por mais queiramos ser optimistas, a prudência ensina-nos a dizer: “Está lançada uma base. Vamos ver como é que isto se materializa”. A presidente da Comissão Europeia afirmou que a economia global está mais politizada do que nunca, com tarifas e barreiras comerciais utilizadas de forma agressiva. Ursula von der Leyen admitiu que, face a este cenário, a resposta está numa parceria mais forte entre o continente africano e a Europa. O ponto de partida é o comércio. Acredita que esta é a melhor solução para os dois continentes? O comércio foi sempre o grande mote que impulsionou a interacção entre os povos. Quando os navegadores europeus se lançaram pelos mares e tiveram contacto com outros povos, foi exactamente o comércio a mola impulsionadora. Agora é urgente um outro tipo de comércio que assente em vantagens mútuas, dos vários países. Um comércio feito com corresponsabilidade de ambos os povos e assente noutras bases. É preciso que o continente africano também ganhe com este comércio? Eu acredito que há aqui elementos que têm de ser tidos em conta. O primeiro é que esta prosperidade gerada pelo comércio não foi partilhada historicamente - e esta é a grande queixa dos países africanos, ainda que também haja responsabilidades próprias. Não podemos culpar apenas os outros povos. A prosperidade rendeu para alguns povos e para algumas pessoas de ambos os lados; não foi é justamente partilhada. Portanto, a prosperidade partilhada, a responsabilidade com as questões ambientais e sociais inerentes ao comércio e aos projectos é essencial. Ou temos a capacidade de transformar o peso histórico das relações comerciais, que teve muitas vezes um peso negativo, ou não avançamos. É preciso uma parceria comercial entre entes verdadeiramente iguais - e isto nem sempre foi assim. A grande queixa de África é precisamente essa. Reconhecer as mais-valias do continente em termos de recursos minerais, energias renováveis e até também o seu papel nas questões de segurança. É isso a que se refere? Exactamente. É importante incluir abordagens como a capacitação humana. Os nossos recursos naturais são importantes, mas mais importantes ainda são os africanos, as pessoas, e as pessoas contam. É importante trazer ao debate a sustentabilidade, a igualdade de género. Mais do que recursos minerais, mais do que recursos naturais, importa considerar a implicação da exploração desses recursos na sustentabilidade. Que cada negócio com África tenha em conta, no mínimo, três elementos: se é economicamente viável, se é socialmente justo e se é ambientalmente sustentável. A questão migratória está também no centro desta cimeira. O que se pode esperar da política migratória da União Europeia para com o continente africano? A política migratória é incontornável. Há uma crise do paradigma da política migratória europeia. África está num impasse porque a migração foi sempre tratada como uma questão de segurança e controlo, e não como uma questão de desenvolvimento humano, de oportunidades. A nível da União Europeia, sobretudo na ala mais conservadora, o tema é movido pelo pânico político interno. Isto não é apenas uma questão de segurança e controlo de fronteiras; é uma questão de desenvolvimento humano e de oportunidades para os africanos. Há africanos retirados das condições básicas no seu próprio território, o que os obriga a migrar. E era importante deixarmos de olhar para isto com hipocrisia. Temos de debater as causas profundas. Que levam os africanos a deixar o país? Sim. As guerras em África têm uma dimensão internacional muito grande, com vários tipos de interesses. Muitas vezes podem não ser muitos Estados, mas há instituições e empresas ligadas à União Europeia com interesses… Ganham com a instabilidade no continente? Exactamente. Veja o que acontece na RDC, a exploração do Congo. Eu acredito que os países têm de olhar para isto sem grandes complexos e apontar as causas. E dar as respostas certas? Dar as respostas certas, sim. Acho que é isso. A cimeira é também uma oportunidade para se falar desses aspectos. O chefe de Estado de Angola, que lidera a presidência rotativa da União Africana, apelou a mecanismos de reestruturação da dívida mais justos e a uma reforma da arquitectura financeira mundial, dando mais peso aos países africanos nas instituições financeiras internacionais. O apelo de João Lourenço será levado em conta? Eu acredito que o Presidente esteve muito assertivo e corporiza muito do que várias vozes africanas têm defendido. E, antes de falar da reforma da arquitectura financeira internacional, fala-se já da reforma dos grandes sistemas - como o sistema das Nações Unidas. Não faz sentido termos um sistema montado desde 1945 ou 1947 pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial. A União Europeia tem vários países membros do Conselho de Segurança. Sem hipocrisias, poderia ser a primeira a dar o empurrão para que essa reforma ocorra. A segunda reforma necessária é claramente a do sistema financeiro internacional. Os africanos já perceberam que aquilo que recebem, como ajuda ou doação, é muitas vezes inferior ao que sai dos seus países, por vezes de forma ilícita. Há uma fuga enorme de capitais. Há um sistema internacional que, por vezes de forma ilegal, facilita isso. É uma hemorragia de recursos financeiros do nosso continente. Faz sentido, portanto, repensar. E há ainda a questão da Ajuda Internacional ao Desenvolvimento. Eu acho que o Presidente da República de Angola assume aqui um posicionamento que tem sido defendido por muitas vozes em África e também, embora minoritárias, na Europa. Ou seja, que seja reconhecido o peso do continente africano? Que seja reconhecido o peso e que seja reconhecida a necessidade de uma nova arquitectura financeira. No fim destas cimeiras fazem-se grandes promessas, renova-se a esperança e o compromisso. Mas, com este sistema financeiro, não chegamos lá. Há que o renovar. O sistema financeiro é um instrumento fundamental para materializar aquilo a que nos comprometemos neste tipo de cimeiras. A FLEC-FAC instou a União Europeia e a União Africana a tomarem medidas práticas para garantir o processo de descolonização de Cabinda, permitindo ao povo de Cabinda exercer o direito à autodeterminação. Acha que esta questão estará em cima da mesa? Tenho muitas dúvidas de que esta seja uma questão que estará em cima da mesa, até porque imagino que Angola, nesta cimeira, está reunida entre pares e, até onde sei, todos os países reconhecem o território angolano como uno e indivisível. Portanto, não vejo como poderá ser acolhida. Entendo que, para a FLEC, é sempre uma boa oportunidade para lançar ao público a sua reivindicação histórica. Mas não acredito que os líderes presentes nesta cimeira dediquem tempo a discutir isso, até porque este é um tema tabu e muitos entenderiam esta discussão como ingerência em assuntos internos do nosso país.
Esta segunda-feira, começa a 11ª edição da Bienal de Dança Contemporânea - KINANI, que vai decorrer até 30 de Novembro, em Maputo. O festival arranca com a estreia do novo espectáculo de Ídio Chichava e vai mostrar que “a dança está a borbulhar em Moçambique”, conta à RFI Quito Tembe, o director artístico da KINANI. Aos palcos sobem, também, obras de Edna Jaime, Janeth Mulapha, Mai-Júli Machado, Pak Ndjamena, Osvaldo Passarivo, entre muitos outros. A 11ª edição da Bienal de Dança Contemporânea – KINANI, em Maputo, decorre de 24 a 30 de Novembro, numa altura em que “a dança está a borbulhar em Moçambique”, conta à RFI Quito Tembe, o seu director artístico. Nesta vitrina da dança moçambicana, em que também há criadores internacionais, “todas as obras estão no mesmo diapasão”, a de “abordar o corpo como uma ferramenta política de intervenção”, descreve o curador, com quem conversámos sobre a programação e o dinamismo da dança moçambicana. A bienal arranca esta segunda-feira com “Dzudza”, uma peça inspirada no bairro do Xiquelene que mistura tradição, migração e cidade e que é a mais recente criação de Ídio Chichava. O bailarino e coreógrafo moçambicano tem estado em destaque nos palcos internacionais, como, por exemplo, em Setembro, na Bienal de Dança de Lyon, em França. Chichava também venceu o Salavisa European Dance Award 2024 ao lado de Dorothée Munyaneza. Esta terça-feira, 25 de Novembro, está agendada a peça “In-Between” da moçambicana Mai-Júli Machado que continua a sua pesquisa em torno de temas relacionados com a mulher, a sua força e aos ritos a ela associados. Mai-Júli Machado passou pelo Festival de Avignon, em França, em 2023, como uma das intérpretes da peça “Black Lights”, de Mathilde Monnier e, desde então, tem dado os seus primeiros passos como coreógrafa. Também esta terça-feira estreia a peça “Why”, de Osvaldo Passarivo, um dos bailarinos que recentemente correu mundo com a companhia do espectáculo “Vagabundus” de Ídio Chichava. No mesmo dia, sobe ao palco “Homem Novo” do moçambicano Yuck Miranda. Ainda esta terça-feira, há o espectáculo “360º” da espanhola Raquel Gualtero e “Sutra” do mauriciano Stephen Bongarçon. Na quarta-feira, 26 de Novembro, os artistas brasileiros Davi Pontes & Wallace Ferreira apresentam “REPERTÓRIO N.3”, depois de terem participado na Bienal de Dança de Lyon, no âmbito do programa curatorial em que participou Quito Tembe. No mesmo dia, a francesa Gwen Rakotovao apresenta “Mitsangana”, a tanzaniana Dorine Mugishe apresenta “Akanana:Sweet Banana”, uma performance autobiográfica, e o sul-africano Vusi Mdoyi leva a palco “Izithuthuthuku”. Na quinta-feira, 27 de Novembro, a bailarina e coreógrafa moçambicana Janeth Mulapha estreia a sua criação “Nzula – Filhas do Índico”, em que imagina a dança tradicional do tufo numa linguagem mais contemporânea. Janeth Mulpapha também tem outra peça em cartaz, “(In) Visible”, agendada para 28 de Novembro. Ainda na quinta-feira, sobem a palco os espectáculos de duas outras moçambicanas: “As Substitutas” de Isabel Jorge e “Nzualo – A Maratona 7/7” de Edna Jaime.Também nesse dia, a brasileira Maria Emília Gomes apresenta “Eco, Oco Preso no Peito”. Por sua vez, a norueguesa Iselin Brogeland leva a Maputo “When Birds Sing of Loss”. Na sexta-feira, 28 de Novembro, além de “(In) Visible”, de Janeth Mulapha, há outro nome da dança moçambicana, Pak Ndjamena, que estreia “Rituais do Corpo”. Também a 28 de Novembro, a artista portuguesa Teresa Fabião apresenta “UNA”, a angolana Bibiana Figueiredo revela “Vidas de Pedra” e o iraniano-canadiano Mohammadreza Akrami apresenta “Tanha”. No domingo, 30 de Novembro, é a vez de “The Herd/Less Walking On Tin-Shells”, da sul-africana Mamela Nyamza, e de “Confluence” da checa Angela Nwagbo. Há ainda amostras de propostas experimentais de vários artistas, incluindo os moçambicanos Vasco Sitoe, Lulu Sala, Silke, Mário Forjaz Secca, Francisca Mirine e Diogo Amaral no chamado “4° Andar”. Quito Tembe: “A dança está a borbulhar em Moçambique” RFI: Qual é o tema que atravessa esta edição? Quito Tembe, Director artístico da KINANI - Plataforma Internacional de Dança Contemporânea de Maputo: “Para nós, é este lugar de abordarmos a questão do corpo político, o corpo de intervenção, este corpo de resistência. É esta questão do corpo como uma arma, como uma ferramenta politica de intervenção. É esta abordagem: corpo de resistência, corpo político.” Resistência a quê? Quais são as linhas contra as quais é preciso resistir? “Todas as obras, de uma ou de outra forma, estão no mesmo diapasão. Temos aqui, desde este corpo negro que resiste, que são as obras vindas do Brasil, este corpo negro interventivo politicamente, que é o “REPERTÓRIO N.3”. Tens também esta abordagem das obras como do Ídio Chichava que transcende o lugar do corpo poético, mas um corpo interventivo que desconstrói as linguagens prédefinidas da dança, sobretudo quando a gente diz dança clássica para este corpo que se assume, para este corpo que resiste e fala estando em cena, despido de qualquer tipo de padrões estéticos ou regras estéticas do corpo em cena. Toda esta é uma abordagem, uma curadoria que, de alguma forma, teve este cuidado de pôr no mesmo programa obras que trazem esta questão da intervenção, esta questão do uso do corpo não somente para a concepção ou para uma abordagem um bocado mais poética, mas para este corpo que resiste e que se manifesta por sua vez.” Quais são os nomes da dança moçambicana que vão estar presentes? “De Moçambique, nós temos praticamente toda a nata dos activos que estão na dança. Desde a Janeth Mulpha que vai estrear a peça do grupo; a Edna Jaime, que vai mostrar uma peça do seu repertório; o Pak Ndjamena que vai mostrar, também em estreia, o seu novo trabalho, que é uma peça do grupo; e temos o Ídio Chichava igualmente que vai mostrar a sua nova criação. Depois temos a Mai-Júli Machado, que também é uma jovem artista moçambicana que está-se a destacar muito na dança, estando em trabalhar a partir de França e mostrar este trabalho é de muita significância. Temos também pequenas formas, que é o que a gente chama do “4° Andar”, que é a ocupação de um prédio cuja construção está em suspenso desde a independência. Dentro deste prédio, a gente põe pequenos formatos, 15 minutos cada e o público vai deambulando. Teremos oito propostas, das quais seis são moçambicanas.” Há mais nomes moçambicanos. Por exemplo, Osvaldo Passarivo que é um dos bailarinos que recentemente correu o mundo com a trupe do espectáculo “Vagabundus” de Ídio Chichava... “Exactamente. São estreias, vamos assim dizer. O Osvaldo Passarivo mostra, pela primeira vez, o seu trabalho individual que para nós também é de muita significância, sendo que ele não só esteve em tournée com Ídio Chichava, mas esteve também a trabalhar na peça do Victor Hugo Pontes. Para nós, depois de toda esta experiência que ele teve com estes coreógrafos, mostrar o trabalho dele é também apresentar ao mundo este jovem coreógrafo.” O festival arranca a 24 de Novembro com a estreia de “Dzuza", que é a mais recente criação do moçambicano Ídio Chichava. Porquê abrir com Ídio Chichava? “Acho que é óbvio. O Ídio Chichava é para nós, actualmente, uma grande referência em Moçambique e no continente africano, sendo que ele veio romper com vários padrões de se estar no mundo da dança e na criação da dança contemporânea no continente africano. Ele emergiu há muitos anos, mas há três anos é que ele começa a fazer-se sentir no mundo e através da sua peça, ‘Vagabundus', que está ainda em digressão - vai fazer agora mais de dois anos em digressão. Ele sempre me disse que, durante as tournées, todos os momentos que se pensava que eram momentos mortos, eram momentos de criação. Então, é esse trabalho que ele nos vai mostrar pela primeira vez aqui em Moçambique.” Apesar de ser uma Bienal de dança moçambicana, vocês abrem a criadores estrangeiros. Quem são os nomes estrangeiros escolhidos e porquê? “Todos os artistas que aqui estão e que foram selecionados representam tudo o que é esta Bienal. Primeiro, queríamos fazer desta Bienal uma espécie de uma janela da região. Convidámos alguns artistas aqui da região, como é o caso do Stephen Bongarçon, que é uma das referências das Maurícias. Também temos uma artista espanhola, a Raquel Gualtero, que traz a peça “360°”, que é um espectáculo muito simples, mas muito impactante que vamos fazer num museu para abrir para outros públicos e porque queremos contribuir para a discussão de trabalhos fora da caixa negra, isto é, fora do teatro. Então, trazer um trabalho impactante como este é levantar esta discussão e estas conversas que precisamos ter aqui em Moçambique. Depois temos uma artista, Dorine Mugisha, da Tanzânia, e quando descobrimos este trabalho foi quase automático ter este solo da Dorine aqui em Moçambique. Vamos ter também um grande trabalho que é do Vusi Mdoyi, “Izithuthuthuku”, que é um trabalho que mistura muito o teatro e a dança, mas é sobretudo o lugar da performance, e narra este momento do Apartheid através das sonoridades feitas com as máquinas de escrever e o som das máquinas de coser. Temos, também, o “REPERTÓRIO N.3”, de que já falámos. Enfim, vamos abrindo e tocamos um bocadinho mais este lugar de não só tornar a Bienal focada em Moçambique ou focada somente para o continente africano. Convidámos a Maria Emília Gomes, brasileira, que é uma excelente performer, que reivindica o espaço do corpo negro nas artes no Brasil. Também temos a Iselin Brogeland, que nos traz um performance que vamos fazer pela primeira vez num cemitério e toda a gente pergunta-se ‘mas porquê?' É sairmos das caixas negras e irmos provocar outros lugares, outros espaços que normalmente não recebem a arte. Temos a Bibiana Figueiredo que estreia o trabalho que nos mostrou, em pequeno formato, na edição passada no 4° Andar. Também temos de Portugal a Teresa Fabião, que tem um espectáculo que temos vindo a discutir há três, quatro anos e estamos muito contentes de ter esta trabalho ‘UNA' entre nós.” Esta edição não é só dança. “Esta edição decidiu abrir-se um pouco mais também para o teatro e para a performance. Temos uma peça importante da Isabel Jorge que vai ser mostrada na Casa Velha. E também vamos ter o Yuck Miranda, que é uma performance, ele vem do teatro, mas começa a experimentar outras formas de estar na arte, sobretudo na dança. Achamos que é de extrema importância mostrar artistas que vão experimentando outras formas. Pusemos também, durante quatro dias, uma conferência “Cenas Abertas”, que é pôr artistas do teatro, artistas da dança, artistas das artes visuais juntos para discutir e reflectir sobre a arte contemporânea. Temos também intervenção da arte visual, uma instalação em fotografia que envolve este prédio do 4° Andar, que vai ser a primeira exposição que a gente vai inaugurar, mesmo antes de iniciar o Kinani, que é do Mário Forjaz, um fotógrafo que também vai tocando outras áreas. Para além desta instalação, vamos ter umas instalações na Casa Velha, uma delas que é em memória ao Domingos Bié, que foi um jovem bailarino que já não está entre nós, e também vamos ter uma instalação de Walter Verdin que vai contar nos através das suas lentes, através da sua câmara, o percurso do que foram os 20 anos da história da dança em Moçambique, sendo que ele andou a acompanhar, filmando, documentando.” Relativamente à dança moçambicana, esta Bienal de dança moçambicana acaba por ser a vitrina da criação que se faz em Moçambique e que está a dar cartas cá fora, nomeadamente com Ídio Chichava, como se viu na Bienal de Dança de Lyon deste ano. Como é que está a dança moçambicana? “Por conhecer um pouco o continente e por estar a trabalhar em vários festivais no nosso continente, isso permite-me, de alguma forma, olhar de uma forma holística o continente. Digo que Moçambique está muito para a frente, isto é, o sentido criativo e o sentido da dança em Moçambique é uma coisa impressionante. A dança está a borbulhar em Moçambique. A dança está viva e os artistas estão muito ávidos deste lugar criativo, deste lugar de trazer novas propostas para o mundo. Moçambique, sem sombra de dúvida, é incontornável para o que está se a fazer no continente hoje.” Há alguma ligação, nesta edição, com os 50 anos da independência de Moçambique? “O espectáculo do Yuck Miranda é sobre este corpo da independência porque ele aborda este lugar da história de Moçambique, mas leva por uma outra vertente que é este lugar desconhecido, a comunidade que sempre existiu, mas nunca se falou dela, LGBQTI+, antes da independência. Então, ele fez uma pesquisa sobre este lugar, este corpo que não podia se expressar porque não tinha espaço para se expressar como homossexual, etc. Para nós, a bandeira dos 50 anos da Independência está justamente neste performance.”
El Fútbol Club Barcelona vuelve al Camp Nou y el partido de reestreno será contra el Athetic Club de Bilbao. Tiene cierto morbo después de un verano protagonizado por el culebrón Nico Williams.
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O luso-belga Joseph Figueira Martin foi condenado a 4 de Novembro de 2025 pela justiça da República centro-africana a 10 anos de trabalhos forçados e ao pagamento de 50 milhões de francos CFA num caso de suposto atentado contra a segurança interna e organização criminosa. E isto após ter sido raptado em Maio do ano passado no leste da RCA por supostas milícias russas Wagner, numa área onde actuavam grupos rebeldes, e posteriormente ter sido encarcerado. A defesa apresentou recurso da sentença deste antropólogo luso-belga, que na altura trabalhava para a ong americana Family Health International 360. A família insurge-se contra esta decisão do Tribunal de Bangui de 4 de Novembro: Georges Martin é irmão de Joseph Figueira Martin, ele denuncia um julgamento que considera injusto, denunciando supostas provas forjadas e a tortura que o irmão teria sofrido. Eu gostaria de, num primeiro momento, expressar a mais profunda indignação da família inteira em relação à sentença de dez anos de trabalhos forçados. O Joseph está sendo acusado de conspiração criminosa e de tentativa de desestabilização do governo centro-africano, enquanto as suas interações com grupos armados apoiaram indiretamente as acções da ONU e da sua missão de paz. Então, todos os esforços do Joseph foram no sentido de promoção da paz na República Centro-Africana e a condenação dele é inteiramente injusta. Conseguiu falar com ele? Como é que ele está? Como é que ele se sente, depois do choque da condenação? Infelizmente, ainda não pudemos, não foi possível conversar diretamente com ele. Conseguimos novamente mensagens através das autoridades presentes na República Centro-Africana, que são os cônsules honorários de Portugal e esperamos que seja possível libertar ele o mais rapidamente possível. E as autoridades da Bélgica, de Portugal, da União Europeia: estão cientes do que está a acontecer ? Acredita que eles vão poder agir? Sim, sim. A família tem estado em contato constante com as autoridades da Bélgica e esperamos que eles, em conjunto com o Parlamento Europeu e com o Conselho Europeu, consigam elaborar uma intervenção urgente para que o Joseph seja libertado. Em relação a Portugal, infelizmente não tivemos apoio nenhum por parte das autoridades portuguesas e esperamos que eles se envolvam também em libertar um cidadão português que está preso injustamente na República Centro-Africana. Gostaria também de destacar que o julgamento é completamente injusto e ele está repleto de falhas processuais. As provas usadas contra o meu irmão foram obtidas sob a ameaça de armas de calibre militar apontadas para o seu rosto. E todas essas supostas provas deveriam ser consideradas inadmissíveis em juízo, porque elas violam os princípios da justiça. Então o Joseph tem sido uma vítima de um processo inteiramente injusto e esperamos que todos os esforços possam ser redobrados por parte dos governos da Bélgica, de Portugal e da Comissão Europeia para que uma solução seja encontrada da maneira mais rápida possível. Tentei contactar o Ministério Português dos Negócios Estrangeiros. Disseram-nos que não seria possível conseguir uma reacção do ministro. A família também não entende a postura de Portugal no sentido. Fizemos diversas tentativas de contacto com eles para poder entender o que eles estariam fazendo para ajudar o Joseph a voltar para casa e até ao momento não obtivemos resposta. Então também gostaríamos de entender de que maneira Portugal se posiciona para com que um cidadão português seja libertado. Porque ele, antes de ir para a República Centro-Africana, ele morava em Tavira, no Algarve, é isso ? Exactamente. Ele mora em Portugal há alguns anos já. E a família, a maior parte da família, mora em Portugal também, então não entendemos a ausência de Portugal nesse caso. De realçar que em Julho passado o Parlamento Europeu aprovou uma resolução denunciando "a detenção arbitrária e a tortura de Joseph Figueira Martin» e apelado a sanções contra os responsáveis de tais actos contra este trabalhador humanitário. Num comunicado emitido a 6 de Junho a ONG Protect Humanitarians « condena esta sentença e apela à libertação incondicional" de Joseph Figueira Martin. Trata-se de um antropólogo luso-belga, especialista em transumância, que estava em Maio de 2024 no sudeste da RCA, região palco de rebeliões armadas. Ele tinha sido acusado de uma série de crimes, incluindo espionagem, a pena máxima que ele se arriscava a cumprir era prisão perpétua.
El profesor Miguel del Pino da la bienvenida al otoño dedicando su espacio a las setas, ¿qué son? Lo descubrimos, ¡no te lo pierdas!
Un opositor que deja la hostelería en Mallorca, se viene a Madrid a por Bomberos y en 20 días de memorización ya está haciendo 200 preguntas diarias… eso había que contarlo. En esta tutoría David y Miquel desgranan una jornada real de estudio: cómo pasa de maquetar el 90% del temario en iPad (con imágenes, colores y subrayados) a empezar la primera vuelta de memorización por capas; por qué necesitó parar porque estaba “quemado de maquetar”; y cómo está usando los tests diarios para saber si puede seguir profundizando o tiene que mantener velocidad. Todo con una idea de fondo: estudiar bien es decidir bien qué NO estudiar todavía.¿Quieres prepararte con nosotros?https://formacion.ninja/?utm_source=podcastNuestro Canal de WhatsApp:https://whatsapp.com/channel/0029VaDKoSOCcW4tN3Cuh10QSi te ha gustado el vídeo, dale 5 estrellas
Nadie puede amarte exactamente como tú necesitas, porque nadie está viviendodentro de ti.Nadie siente lo que tú sientes. Nadie carga tus miedos, tus recuerdos, tus inseguridades.Nadie ha pasado por las noches en que dudaste de ti, ni conoce el peso exacto de tus silencios.Nadie puede leer tus pensamientos con la precisión con la que tú mismo podríasescucharte, si te detuvieras un momento…
¿Alguna vez te has preguntado que se siente estar atrapado entre los escombros de un edificio derrumbado debido a un sismo? Esto es lo que nos explica Cristian, quien vivió las horas más angustiosas de su vida al sufrir los estragos del sismo del 19 de Noviembre de 2017 en la Ciudad de México, el cuál, por una escalofriante coincidencia, sucedió 32 años después del aterrador terremoto que aconteció exactamente el mismo día, pero del año 1985.Aquella tarde del 19 de Septiembre de 2017 Cristian estaba en su casa, en un edificio ubicado en el barrio de La Condesa. Exactamente a la 1:14 PM el horror comenzó: Un sismo de 7.1 en la escala Richter azotó la Ciudad de México.Debido a los movimientos tan violentos el edificio en el que estaba Cristian se derrumbó, dejándolo atrapado entre los escombros.El miedo, el dolor, la incertidumbre lo invadió en medio de aquel horrible caos. Incapaz de moverse, y por ende, salir del sitio en el que estaba atrapado lo único que pudo hacer es limitarse a esperar a que fuera rescatado.Pero... entre todo esto... él vivió un suceso sumamente escalofriante e inexplicable... y es que una voz desconocida comenzó a llamarlo, ayudándole a mantener la calma... pero... ¿de quién era aquella misteriosa voz?▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬Relatos del Sismo de 2017 en la Ciudad de México: Escalofriante Testimonio del Terremoto de 2017 | Frecuencia Paranormal FP - Podcast de Terror► Lugar de los hechos : Ciudad de México► Fecha : 19 de septiembre de 2017► Experiencia compartida por : Cristian▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬Te invitamos a seguirnos en todas nuestras redes sociales. Publicamos más contenido aterrador por allá:► YouTube: https://www.youtube.com/FrecuenciaParanormal► Facebook: https://www.youtube.com/FrecuenciaParanormal► TikTok: https://www.tiktok.com/@frecuencia__paranormal► Instagram : https://www.instagram.com/frecuencia.paranormal► Twitter : https://x.com/FrecParanormal► Contacto para Prensa / Negocios (Únicamente):contacto.frecuenciaparanormal@gmail.com▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬¿Tienes un relato que te gustaría compartir en esta Frecuencia?Envíalo a: frecuencia.paranormal.oficial@gmail.como a nuestro WhatsApp: (+52) 3313328094 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
¿Alguna vez te has preguntado que se siente estar atrapado entre los escombros de un edificio derrumbado debido a un sismo? Esto es lo que nos explica Cristian, quien vivió las horas más angustiosas de su vida al sufrir los estragos del sismo del 19 de Noviembre de 2017 en la Ciudad de México, el cuál, por una escalofriante coincidencia, sucedió 32 años después del aterrador terremoto que aconteció exactamente el mismo día, pero del año 1985.Aquella tarde del 19 de Septiembre de 2017 Cristian estaba en su casa, en un edificio ubicado en el barrio de La Condesa. Exactamente a la 1:14 PM el horror comenzó: Un sismo de 7.1 en la escala Richter azotó la Ciudad de México.Debido a los movimientos tan violentos el edificio en el que estaba Cristian se derrumbó, dejándolo atrapado entre los escombros.El miedo, el dolor, la incertidumbre lo invadió en medio de aquel horrible caos. Incapaz de moverse, y por ende, salir del sitio en el que estaba atrapado lo único que pudo hacer es limitarse a esperar a que fuera rescatado.Pero... entre todo esto... él vivió un suceso sumamente escalofriante e inexplicable... y es que una voz desconocida comenzó a llamarlo, ayudándole a mantener la calma... pero... ¿de quién era aquella misteriosa voz?▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬Relatos del Sismo de 2017 en la Ciudad de México: Escalofriante Testimonio del Terremoto de 2017 | Frecuencia Paranormal FP - Podcast de Terror► Lugar de los hechos : Ciudad de México► Fecha : 19 de septiembre de 2017► Experiencia compartida por : Cristian▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬Te invitamos a seguirnos en todas nuestras redes sociales. Publicamos más contenido aterrador por allá:► YouTube: https://www.youtube.com/FrecuenciaParanormal► Facebook: https://www.youtube.com/FrecuenciaParanormal► TikTok: https://www.tiktok.com/@frecuencia__paranormal► Instagram : https://www.instagram.com/frecuencia.paranormal► Twitter : https://x.com/FrecParanormal► Contacto para Prensa / Negocios (Únicamente):contacto.frecuenciaparanormal@gmail.com▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬¿Tienes un relato que te gustaría compartir en esta Frecuencia?Envíalo a: frecuencia.paranormal.oficial@gmail.como a nuestro WhatsApp: (+52) 3313328094 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Entrevista en Hora 14 Andalucía al consejero de Justicia de la Junta de Andalucía, José Antonio Nieto, sobre las dos vías judiciales abiertas en torno a la crisis de los cribados de cáncer de mama en la comunidad
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La Mesa TIC - Martes 14.10.2025 - ¿Qué es exactamente la Identidad Digital y en qué se diferencia de nuestra "identidad real" o física? by En Perspectiva
¡Vótame en los Premios iVoox 2025! Rompemos nuestra programación habitual para traeros, cuando corresponde, hablar del Halloween de varios parques. Exactamente el Halloween del Parque de Atracciones de Madrid, de Parque Warner, las Halloween Scary Nights de Parque Warner y Horrorland. Y lo hacemos los dos solos, como en los viejos tiempos. Fe de erratas: Cambiamos el nombre de Xelacoaster a Xelocoaster, el documental de Horror and Love por Horror and Land. Por otro lado en las Halloween Scary Nights, las scare zones de Alien Invasion y Eternal Winterland han sido realizadas por Zero Events, y Cronohorror y The Evil Party por Terror Makers, y no sólo por Terror Makers como decimos en el episodio.
A cerca de um mês das eleições gerais aumentam as tensões na Guiné-Bissau. O Supremo Tribunal de Justiça divulgou a lista dos candidatos à presidência, na qual se nota a ausência de um dos candidatos, Domingos Simões Pereira, sem que haja - até ao momento - qualquer comunicação oficial sobre o assunto. Entretanto, a 14 de Outubro, a lista foi tornada "definitiva". Da sociedade civil surgem apelos a manifestar, apesar da proibição de manifestações desde 2024 e, nas ruas de Bissau, observadores notam o aumento da presença de membros das forças armadas junto às residências de opositores, assim como nas principais artérias da capital. O Supremo Tribunal de Justiça divulgou a 13 de Outubro a lista dos candidatos à eleição presidencial. Dos 15 candidatos, um desistiu: Nuno Gomes Nabiam (APU-PDGB), e duas candidaturas foram rejeitadas. Na lista das doze candidaturas admitidas, não consta o nome de Domingos Simões Pereira (DSP), que apresentou no entanto a candidatura à presidência, apoiado pelo PAIGC. A 14 de Outubro, o porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça, Mamadu Embaló, disse à imprensa guineense que "a decisão é definitiva e sem possibilidade de recurso". RFI: Como é que interpreta a ausência do nome de Domingos Simões Pereira na lista dos candidatos à Presidência divulgada a 13 de Outubro pelo Supremo Tribunal de Justiça? Para autorizar [uma candidatura], o Supremo Tribunal necessita de alguma orientação superior. Há a uma mão que está a controlar tudo isso. O Supremo Tribunal simplesmente reteve o nome de DSP por falta de argumentos objectivos. Também temem as consequências desta decisão, feita à revelia da lei. Precisam de alguma garantia de segurança de que a esta decisão, contrária à lei, será protegida. O comportamento do regime em relação à preparação deste processo eleitoral faz-se à margem da legalidade. Mas existem outros meios políticos de pressão. RFI: Quais? Os que não sejam violentos. As autoridades estão a ser amparadas por parceiros. Sem o crivo desses parceiros, o processo não será legitimado. Então é necessária a intensificação dessas actividades junto destes parceiros. E mesmo a nível social, estão a surgir pressões, cartas abertas, apelos à unidade... E é necessário continuar a informar, porque a população vê que não se está a fazer justiça. Há muita preocupação. Inclusive devido ao aumento das forças de defesa e segurança nas ruas de Bissau. RFI: Nota-se o aumento da presença das forças de defesa e segurança? Sim, nas principais artérias e junto às casas de alguns dirigentes da sociedade civil e dos partidos políticos ligados ao PAIGC. RFI: Devido aos apelos a manifestar que têm sido lançados? Exactamente. Mas não são realmente apelos a manifestar. É porque houve um "ultimato" feito ao Supremo Tribunal para decidir até hoje sobre a candidatura de DSP. Este ultimato está a ser interpretado como um alerta, um risco de manifestação. E, claro, há uma intimidação a ser feita contra as pessoas em relação a esta eventualidade de manifestação. RFI: Houve intimidações contra membros do Movimento Pó di Terra, que apelou a manifestar pacíficamente no dia 1 de Novembro e apelou às Forças Armadas para que se coloquem do lado do povo, garantindo o respeito pela legalidade e pela soberania popular. Houve actos de intimidação. Houve aquelas atitudes de dizer que se vai cumprimentar o fulano tal, e durante esses encontros, são dirigidas palavras de ameaça a quem pretender sair às ruas. Depois, os activistas ligados ao regime estão nas redes sociais a atacar pessoalmente alguns indivíduos ligados ao movimento. E para além destes activistas, existem órgãos de comunicação social ligados ao regime, em que jornalistas professam mensagens de violência contra a oposição. RFI: No caso de haver uma manifestação popular, com cidadãos que saiam às ruas para protestar, qual será a resposta das autoridades? A ideia é para não sair, porque não há equilíbrio em termos forças, e pretendemos que não haja vítimas. Está se a pensar em outras estratégias, para evitar espancamentos e banhos de sangue. Eles estão dispostos a tudo, porque mesmo que as pessoas não saiam às ruas ruas, vão na calada da noite, encapuçados, para atacar e raptar as pessoas. Então, se fazem isso, imagine quando houver uma manifestação pública. As pessoas estão com medo. Mesmo revoltadas. E este medo está a ser instrumentalizado. De notar que a campanha eleitoral começa oficialmente no dia 1 de Novembro, terminando vinte dias mais tarde. Depois de um dia de pausa para reflexão, as eleições estão marcadas para dia 23 de Novembro.
Los primeros españoles de la flotilla vuelven a España y denuncian vulneración de los derechos fundamentales. Exactamente mejorcita, Israel demostrando una vez más que puede proceder como quiera sin repercusión internacional ahora que se han cumplido dos años del famoso 7 de octubre. En cifras: más de 66.000 personas han muerto, de las cuales alrededor de 17.000 son niños y niñas, 170.000 han resultado heridas y en Gaza persiste una grave crisis humanitaria con hambruna declarada y miles de desplazamientos por los bombardeos y la destrucción constante.En España, el Gobierno de Pedro Sánchez ha anunciado este viernes su intención de impulsar una reforma constitucional para incluir el derecho al aborto en la Carta Magna española, con la finalidad de "consagrar la libertad y la autonomía de las mujeres en clara respuesta a la ofensiva de PP y VOX. España se convertiría en el segundo país en incluir este derecho en su Carta Magna. El tema del día lo dedicamos al trumpismo español. Porque esto va más allá de una figura, es un movimiento y una forma de actuar. Para ello nos acompaña Eduardo Rubiño, portavoz adjunto de Más Madrid en el Ayuntamiento, activista por los derechos de las personas LGTBI.
Há oito anos, o norte de Moçambique, mais especificamente a província de Cabo Delgado, rica em gás, tem sido palco de ataques terroristas. Esta semana, o Governo classificou como esporádicas as recentes incursões na região, contradizendo a versão das Nações Unidas, que alerta para o aumento da violência em Cabo Delgado e aponta para a possibilidade de um recorde de ataques em 2025. O cientista político moçambicano Justo Nauva considera que o executivo tem adoptado um discurso "eufemista" sobre a situação, que está actualmente fora de controlo. O Governo moçambicano classificou, esta semana, como esporádicas as recentes incursões na região de Cabo Delgado, contradizendo a versão das Nações Unidas, que alerta para o aumento da violência no norte do país e aponta para a possibilidade de um recorde de ataques em 2025. Como se explicam estas duas narrativas? Penso que o Governo tem tido um discurso “eufemístico” em relação ao fenómeno de Cabo Delgado. Mas, no fundo, o que nós estamos a constatar é que o conflito, em Cabo Delgado, está a ganhar uma dimensão que, em algum momento, no início, não se esperava que pudesse chegar a estas proporções, que vão até, digamos assim, aos impactos dos deslocamentos internos, da insegurança humana, entre outros factores. E, por outro lado, temos a perspectiva das Nações Unidas que, por ser um órgão internacional, lida com relações interestatais e relações com outros Estados. Existe, portanto, uma ideia vital relativamente a esta dinâmica de evolução do conflito. O Governo quer enviar uma mensagem de que o país está estabilizado para garantir que os investidores regressem ao norte do país? Isto quando a empresa francesa TotalEnergies veio dizer que só regressaria ao país quando as condições de segurança estivessem reunidas… Este discurso governamental deve ser compreendido como um mecanismo de justificação de acções de interesse do próprio Governo, face às dinâmicas de investimento e face aos diversos actores que estão interessados, digamos assim, na exploração dos recursos naturais naquela região. Esse é um ponto de partida. O outro ponto de partida é compreender, também, a securitização do Estado naquela zona, que, muitas das vezes, está ligada ao controlo, particularmente da zona que alberga os próprios recursos. Zona que é rica em gás… Exactamente. Então, muitas das vezes, a actuação das Forças Armadas de Moçambique e das forças ruandesas tem sido muito mais de acção quando se identifica, digamos assim, o actor adverso, no contexto do combate ao conflito em Cabo Delgado. É preciso compreender que Moçambique está numa situação bastante complicada, sob o ponto de vista de resposta estratégica face a este conflito. E esta fase complicada e de crise não se resolve com a suavização do discurso governamental de estabilização. A realidade é outra em Cabo Delgado. Todo o mundo sabe disso. Quando nós acompanhamos, quando vamos ao terreno, percebemos que as coisas estão complicadas. As Nações Unidas avançam que, desde o mês de Agosto, os testemunhos dão conta da expansão da urgência do norte para o sul de Cabo Delgado. Ancuabe, Chiúre e Balama têm sido alvos preferenciais dos insurgentes. Neste momento, as forças moçambicanas, apoiadas pelas forças ruandesas, lutam contra o terrorismo. O que é que tem falhado? É preciso que se compreenda que, diante desta instabilidade, é necessário que o Governo comece a pensar em estratégias, respostas específicas e claras em relação ao conflito em Cabo Delgado. Existe aqui uma problemática que diz respeito à forma como se actua concretamente para fazer face a este conflito. Talvez a grande questão que se deve colocar é: como é que tem sido a nossa acção de segurança? Como é que tem sido a acção de combate ao terrorismo, ao movimento jihadista que opera em Cabo Delgado? Só depois se poderá definir uma estratégia clara. Que estratégias seriam essas? Essas estratégias devem estar aliadas às políticas de segurança em Moçambique e em Cabo Delgado. Perceber as falhas de segurança no norte do país. O que é que falhou para que um grupo terrorista se tenha instalado? O fenómeno de Cabo Delgado é um fenómeno que lida com a segurança, que lida com a questão da militarização. Penso que existe uma profunda fragilidade institucional de segurança, sob o ponto de vista da actuação das nossas Forças Armadas em Moçambique. E, quiçá, por mais que nós tenhamos o apoio da força ruandesa, há uma fragilidade do ponto de vista material, bélico, e de outros recursos transversais que possam fazer face a este fenómeno. Numa entrevista ao canal de televisão Al-Jazira, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, voltou a admitir a possibilidade de dialogar com as lideranças do grupo terrorista. De que forma poderia ser viabilizado este diálogo? E com a ajuda de quem? É necessário que se identifiquem as lideranças, as pessoas desses grupos terroristas, para que se possa conversar, negociar. Porque, partindo do pressuposto da forma como nós saímos da guerra de 16 anos, em que tínhamos dois beligerantes identificados na história de Moçambique, a FRELIMO e a RENAMO, que conseguiram, digamos assim, colmatar uma espécie de diálogo e chegaram a um processo de pacificação, por um lado. Por outro lado, temos um grupo que se militarizou em Cabo Delgado e o Governo, desde o final de 2017, não foi capaz de mostrar uma estratégia concreta de negociação com este grupo. A questão que mais me preocupa é: se pretendemos negociar com este grupo, é preciso que se identifique o espaço geográfico do grupo. Esta é a primeira questão. Depois, há outra questão: com quem é que nós queremos negociar? Porque é um grupo específico que demonstra ter lideranças que comandam, que dão uma certa autoridade para operações militares. O embaixador da Rússia, em Maputo, declarou a disponibilidade do país para partilhar a experiência com Moçambique, para travar a insurgência armada na província de Cabo Delgado, garantindo ter nomes dos terroristas para partilhar com as autoridades. Que conhecimento pode dar a Rússia a Moçambique? E que interesses tem a Rússia nesta zona? É expectável que tenhamos diversos actores, numa perspectiva de ajuda, por um lado, mas também numa perspectiva de interesses desses actores em relação ao Governo de Moçambique e à região, nomeadamente interesses económicos. Mas também devemos recordar que as relações entre Moçambique e a Rússia remontam aos tempos da luta de libertação nacional. Já tivemos, também, um grupo específico que operou entre 2017 e 2018 em Cabo Delgado. O grupo Wagner… O fenómeno do terrorismo não poderá ser apenas resolvido pelas autoridades moçambicanas. Intervenientes de outras esferas globais poderão apoiar na luta contra este fenómeno em Cabo Delgado. A União Europeia, por exemplo. Portugal também se veio mostrar disponível para ajudar e cooperar com o Governo moçambicano no fortalecimento das Forças Armadas… Quando temos o Governo a justificar que o conflito de Cabo Delgado se trata de um problema de terrorismo, assume-se a ideia de que não se pode resolver apenas a partir de um Estado nacional. É necessário o envolvimento de outros intervenientes externos, organizações, Estados de cooperação. Não só Portugal, mas a União Europeia tem vindo a fazer um trabalho, desde o início do conflito até cá, no apoio ao Governo de Moçambique, entre outros intervenientes. Temos essa abertura do mundo para ajudar Moçambique.
¿En qué situaciones tendrás derechos y en cuáles estarán en riesgo? El programa 'Hoy por Hoy Bilbao-Bizkaia' sitúa la realidad del consumo en el centro de su cita con la audiencia de Radio Bilbao. Una sección para analizar los últimos casos que ayuden al consumidor a defenderse o a plantear cuestiones al sector comercial
Quando o teatro é usado para curar feridas internas, restaurar a confiança e fortalecer comunidades que lutam contas as diversas formas de opressão, ele revela um poder transformador. É exactamente esse trabalho que o Centro de Teatro do Oprimido, em Maputo, tem realizado. Recentemente, entre 1 e 5 de Setembro, o centro concluiu uma formação voltada para as comunidades deslocadas e vítimas do terrorismo na província de Cabo Delgado, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações. Em entrevista à RFI, Alvim Cossa, actor e coordenador-geral do Centro de Teatro do Oprimido, destaca como o teatro pode ser uma ferramenta poderosa contra diferentes formas de opressão. Como surgiu a ideia de criar esta formação para as comunidades deslocadas e vítimas do terrorismo na província de Cabo Delgado?O Centro de Teatro do Oprimido de Maputo está a trabalhar com a Organização Internacional para as Migrações desde 2018, quando, em 2017, começaram os ataques de homens armados na província de Cabo Delgado. Desde essa altura, começamos a usar as técnicas do Teatro do Oprimido num projecto que nós denominamos: Cura através da arte. O projecto abrange os distritos severamente afectados pelo conflito e que acolhem muitas das pessoas deslocadas. Esta formação destina-se apenas aos deslocados pelo conflito em Cabo Delgado?Sim, trabalhamos com pessoas deslocadas. Mas também trabalhamos com comunidades de acolhimento, porque, em alguns dos locais onde os deslocados chegam, há pequenos conflitos de tribo, raça, língua. E usamos o Teatro do Oprimido para trazer um ambiente de tolerância, um ambiente de socialização, de tranquilidade entre os deslocados e as comunidades de acolhimento. Trabalhamos com os dois grupos, mas também incluímos na nossa formação membros das Forças de Defesa e Segurança, como a polícia e o exército. Como é que organizam esta formação?No Teatro do Oprimido temos a formação de Coringa, de facilitadores do debate, do diálogo comunitário. Quanto à selecção das pessoas, vamos aos campos de acolhimento, às comunidades, e, com a ajuda das autoridades locais, identificamos as pessoas que têm alguma vontade de trabalhar nas artes - especialmente no teatro, dança, música, poesia. São essas pessoas que passam pela formação do Teatro do Oprimido. A escolha é baseada na vontade e entrega das pessoas para o trabalho com as artes como ferramenta. De que forma pode a arte ser utilizada como ferramenta social e permitir o fortalecimento comunitário?O Teatro do Oprimido é extremamente poderoso por ser uma ferramenta que nos convoca a uma reflexão introspectiva sobre o nosso percurso de vida, sobre o que estamos a fazer e os vários tipos de opressões que nos assolam no dia-a-dia, permitindo um espaço de interacção com o outro. O teatro abre a possibilidade do outro olhar a nossa história e poder contribuir para ela. Permitimos que as pessoas olhem umas para as outras, olhem às práticas e partilhem as boas práticas, mas também partilhem como se devem corrigir as más práticas. Tem sido bastante útil na pacificação e no diálogo. Tem sido bastante útil na construção da autoconfiança, na devolução da esperança das pessoas que viveram situações de horror ou de terror e que perderam a esperança. Muitas vezes, essas pessoas apresentam-se com problemas psiquiátricos e o teatro também ajuda a identificar essas pessoas, encaminhando-as para uma assistência especializada dos médicos, dos psicólogos e dos psiquiatras. O diálogo que promovemos possibilita às pessoas abrirem-se e contarem as coisas que as corroem por dentro. Desta formação que terminou no dia 5 de Setembro, tem alguma história que possa partilhar?Temos a história de uma menina de 16 anos que viu os pais serem degolados e que foi vítima de abusos durante a fuga da zona de ataque para uma zona segura. Segundo as explicações que tivemos, essa menina vivia isolada, não falava com as pessoas, nem se abria com ninguém. Ao participar na formação do Teatro do Oprimido, com um conjunto de jogos e exercícios teatrais, ela começou a soltar-se mais e, no último dia, começou a conversar - até mesmo a rir - e contou a sua história. Inclusive, a história dessa menina foi usada numa das peças criadas durante a formação. Não vou dizer "final feliz", mas conseguimos resgatar uma criança de 16 anos, que parece que está a voltar à vida, está a voltar a sonhar e a ter esperança. A arte permite esse regresso à vida?Acredito que não temos melhor ferramenta do que a arte para curar feridas interiores, para trazer um bálsamo do espírito, fazendo com que as pessoas efectivamente se reencontrem. O que temos estado a dizer - juntamente com os nossos parceiros - é que alguém que passou por situações de trauma físico ou psicológico, que assistiu a momentos de horror, pode receber comida, pode receber roupa, pode receber uma tenda para habitar. A pessoa vai comer, vai vestir-se e vai sentar-se em frente da tenda… e chorar. Porque há coisas que os bens materiais não curam, mas a arte consegue preencher a alma das pessoas e trazer esse sentimento de paz, de alegria, mas, sobretudo, devolver o lado humano do ser. Devolve a dignidade?Exactamente. Então, a arte faz coisas que outras áreas tentam fazer — e não conseguem. Para além da participação das comunidades, esta formação contou ainda com outros intervenientes: a Polícia da República, técnicos dos Serviços Distritais de Educação e Saúde, Mulher, Género e Criança. Qual é o objectivo de envolver outros participantes nesta formação?O principal objectivo é termos a coerência da abordagem e da linguagem, porque criamos peças que falam, por exemplo, da exploração infantil, da violência baseada no género, que falam da protecção e que abordam a área da saúde mental. E nós, como grupo de teatro, reconhecemos que não somos completos em termos de conhecimento. As pessoas de outras instituições ajudam-nos a ter coerência na abordagem, na linguagem, mas também nos ajudam a não retrair as pessoas.Às vezes, como artistas, somos tentados a ver a parte do espectáculo da criação, mas eles ajudam-nos a olhar para a sensibilidade do ser humano e a saber como tratar, mesmo sendo artisticamente, de forma correcta, os assuntos que são profundos e mexem com a vida das pessoas. Então, essas pessoas servem muito para isso. Todavia, em relação à polícia, por exemplo, há um receio das comunidades - sobretudo deslocadas - de verem pessoas com fardamento da polícia e das Forças Armadas. Cria situações de trauma, de susto, e, quando eles são parte do processo de formação, fazemos exercícios em conjunto, abraçamo-nos, corremos juntos, interagimos, actuamos - e essa performance devolve um pouco o sentido de: "embora armado, é um ser humano, pensa e sente como eu". Devolve a confiança?Sim, devolve a confiança! Que balanço faz desta formação? Pensa que se deve repetir esta iniciativa numa sociedade que está tão polarizada? Falou aqui do conflito em Cabo Delgado, mas também tivemos episódios de violência no país, depois do resultado das eleições… Acredito que sim, porque o Teatro do Oprimido abre espaços para o diálogo, abre espaços para a interacção, abre espaços para reflectirmos e buscarmos respostas de forma conjunta e não separada. Infelizmente, o mundo está-se a encher de monólogos. O Teatro do Oprimido busca trazer o diálogo. O que falta na nossa sociedade actual é o diálogo. O que falta é reorganizarmos a nossa sociedade, repensarmos as coisas na perspectiva da paz e da alegria do outro também. Então, nós estamos a trabalhar, sem contrato, em várias províncias do país - não só para as situações do conflito armado, como em Cabo Delgado, Niassa e Nampula - mas também com grupos de mulheres vítimas de violência doméstica. Trabalhamos com grupos de pessoas vivendo com HIV/SIDA, que são discriminadas, que são maltratadas, que são levadas a níveis de vulnerabilidade inaceitáveis. Trabalhamos com todos os grupos de oprimidos para buscar a sua dignidade. Trabalhamos ainda com grupos em zonas que estão a viver o conflito de terras. Em Moçambique temos um grande problema ligado à indústria extractiva, mas também o da agricultura industrializada, como a ameaça da produção de eucaliptos, que está a movimentar comunidades inteiras para abrir machambas de monocultura, que vão criar problemas de alimentação nos próximos anos às comunidades. E usamos o teatro como uma ferramenta de luta dessas comunidades - pela sua dignidade, pelos seus direitos, mas, sobretudo, pelo respeito à vida. E também para criar pontes?Criar pontes, criar espaços de diálogo. É treinar comunidades em estratégias de diálogo e de enfrentamento dos vários tipos de opressores que temos no nosso dia-a-dia.
Esta segunda-feira, 08 de Setembro, ao final do dia, a moção de confiança, pedida pelo primeiro-ministro francês François Bayrou, foi chumbada na Assembleia Nacional com 364 votos contra e 194 votos a favor. A votação levou à queda do executivo, que, de resto, já era previsível. A França mergulha assim num novo impasse político em vésperas de mobilização social. A grande incógnita é, segundo Eric Monteiro, professor de Ciências Políticas da Universidade de La Rochelle, saber quem terá condições para formar um Governo capaz de garantir estabilidade até 2027. Como é que fica a França? A França fica numa situação previsível porque era quase certo que o Governo ia cair e imprevisível porque há várias possibilidades. O actual ex-primeiro-ministro, primeiro-ministro demissionário Bayrou, não tinha obrigação nenhuma de pedir o voto de confiança, coisa que fez. E, por isso, encontramo-nos, mais ou menos, na mesma situação da dissolução de há um ano, Junho de 2024, onde não era necessário ter havido dissolução. A situação ficou pior. Estamos outra vez no mesmo quadro, ou seja, um parlamento com, teoricamente, três grandes grupos. Mas são grupos ideológicos: extrema-esquerda, extrema-direita e bloco central. Só que o bloco central decompõe-se em muitos blocos, em mini-blocos. Outra questão é que ninguém vai querer assumir a presidência do Governo tão perto das eleições presidenciais. Estamos a 18 meses das eleições presidenciais. Exactamente. No bloco republicano que vai, mais ou menos, do tradicional Partido Socialista ao Les Republicain (Republicanos), passando pelo grupo parlamentar do actual Presidente da República, existem candidatos potenciais. Mas ninguém vai querer assumir a gestão da crise para não queimar as asas e não ter hipóteses de ser eleito em 2027. Ou seja, para que a única figura que fique ‘queimada', a única figura política ‘queimada' seja Emmanuel Macron? Essa figura já está queimada. A questão já nem se põe. As sondagens ontem, 08 de Setembro, deram que a popularidade dele [Emmanuel Macron] atingiu uma taxa de 15%, ou seja, a mais baixa de toda a V República. Portanto, o papel presidencial até está posto em causa. Aliás, os extremos só querem isso. Querem a demissão do Presidente. A França Insubmissa e o Rassemblement Nacional [União Nacional] de Marine Le Pen só esperam uma coisa: que a situação esteja ingovernável a tal ponto que o presidente não tem outra solução que demitir-se. A extrema-direita de Marine Le Pen pede a dissolução da Assembleia Nacional e novas eleições legislativas. Emmanuel Macron não quer novas eleições legislativas, devido à impopularidade dele e do seu partido. Arrisca-se a ter um resultado miserável nessas eleições. Por outro lado, os socialistas pedem uma figura de esquerda e a extrema-esquerda, a França Insubmissa pede a demissão de Emmanuel Macron. Como é que se sai deste bloqueio? Eu acredito que não haverá dissolução porque, efectivamente, todos têm a perder. Se houvesse uma dissolução hoje, o Rassemblement Nacional [União Nacional] seria o primeiro partido francês, sem dúvida, mas com uma percentagem entre 30% e 35% do Parlamento. Seria uma maioria insuficiente para governar e para validar um orçamento. Claro que o Rassemblement Nacional [União Nacional] tem toda a vontade que haja eleições presidenciais antecipadas, porque a campanha seria só de 35 dias e em 35 dias é impossível, a não ser eles que estão prontos, apresentar um programa de governo e um programa de sociedade para os franceses. Portanto, o bloco republicano, que está contra os extremos, tem que encontrar uma solução para governar. Penso que o consenso para governar será possível. O que falta é o nome da pessoa para dirigir este Governo. Neste momento há nomes em cima da mesa, desde Xavier Bertrand - que o partido de Marine Le Pen já disse que não aceitaria; a presidente da Assembleia Nacional Yaël Braun-Pivet; a ministra do Trabalho e da Saúde Catherine Vautrin; o ministro da Defesa Sébastian Lecornu, e também o próprio ministro do Interior Bruno Retailleau. É preciso perceber qual destes nomes é que reúne o consenso necessário para aprovar o Orçamento de Estado para o próximo ano. Se não houver consenso, há uma lei especial que será votada, não ao shutdown' como nos Estados Unidos. O que acontece é que o orçamento do ano precedente é reconduzido nas mesmas modalidades para o ano seguinte. Isso permitiria a continuação do funcionamento da função pública, mas não é uma solução. Agora, todos os nomes que disse, Retailleau têm posições muito claras sobre a imigração. Poderia ter a adesão da extrema-direita, mas nunca teria a adesão da esquerda ou da extrema-esquerda. E ele próprio tem pretensões presidenciais. Portanto, duvido que qualquer dos nomes que disse, a não ser Sébastian Lecornu, que é o actual ministro da Defesa, que possa, porque a priori não têm pretensões presidenciais. Mas é complicado, dada a situação geopolítica mundial e ele tem sido um bom ministro da Defesa. Em todo o caso, em Dezembro, o próprio presidente Emmanuel Macron já tinha querido nomear Sébastian Lecornu, é um próximo de Macron. Mas foi nesse momento que François Bayrou se meteu no caminho e se impôs a Macron. Porque há muito tempo que François Bayrou queria ser primeiro-ministro. E não nos esqueçamos que ele vem do bloco mais ao centro, historicamente da direita, e foi um dos principais apoiantes de Macron em 2017. Portanto, não era do partido dele, mas trouxe-lhe o bloco central de centro direita. O que é dramático é a saída do Bayrou da maneira como saiu. Ele podia perfeitamente ter negociado durante o verão um consenso para validar um orçamento e não o fez. Disse: temos que fazer 44 mil milhões de poupança para o orçamento do ano que vem. A União Europeia só perdia 25 mil milhões por ano. E propôs medidas extremamente impopulares no momento em que a população francesa tem um descrédito total em relação aos políticos, qualquer que seja a origem partidária deles. A única expectativa para que haja estabilidade política em França passa por uma verdadeira campanha eleitoral, de vários meses, com um projecto de sociedade para 2027 e que atrás disso haja uma maioria parlamentar. Até aí, a única solução é garantir à União Europeia que a França fará esforços para reembolsar, pelo menos, 25 mil milhões de euros por ano até às presidenciais e que haja um consenso de "não moção" de censura. O que nos falta é o nome. Pode, por exemplo, Emmanuel Macron fazer aquilo que o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal pediu: a nomeação de um negociador para testar as coligações possíveis e pediu também que Emmanuel Macron deveria estar mais aberto à partilha de poder. É exequível? Acho pouco credível. Quem negocia é quem vai formar o Governo. É necessário, que, desde ontem à noite, haja alguém que esteja na sombra já a negociar um compromisso de Governo entre a esquerda progressista, o centro ex-macronista - embora tenham sido eleitos com a etiqueta Macron - e os Republicanos. Duvido muito que uma pessoa faça essa negociação para depois não ser primeiro-ministro. E pode esperar-se um primeiro-ministro ainda hoje para que amanhã não haja um vazio de poder. O movimento “Bloquons tout” [Bloquemos tudo] apela a uma mobilização geral nas ruas esta quarta-feira, há greves marcadas… Acho que nomear hoje seria aumentar a crise. Mas, Emmanuel Macron já teve 15 dias antes do chumbo da moção de confiança do primeiro-ministro, não foi apanhado de surpresa. Já teve algum tempo para pensar e para analisar os diferentes cenários. Mas Macron habituou-nos, desde que é Presidente, quer no primeiro mandato, quer no segundo, que cada vez que nos anuncia que vai rapidamente nomear um primeiro-ministro, demora semanas. Aliás, é o Presidente que demorou mais tempo a nomear governos de toda a V República. Na véspera de um dia de bloqueio nacional, seria insensato nomear alguém, porque, em regra geral, o primeiro-ministro é nomeado para poder formar um Governo e só 15 dias depois é que o Governo está completo. Imagino muito mal o Presidente da República nomear um primeiro-ministro na véspera de movimentos sociais importantíssimos, onde o ministro da Administração Interna tem que estar no gabinete dele a dar ordens. Suponho que não haverá nomeação hoje nem amanhã, depois do movimento social. Depende de como vai o dia amanhã? Só depois é que haverá a nomeação de um primeiro-ministro. Posso me enganar, mas todos os que têm aspirações políticas, ambição presidencial, vejo-os muito mal aceitar hoje a liderança de um Governo que poderia durar só três meses. O que é que se pode esperar do dia de amanhã? Uma mobilização que nos faz lembrar os coletes amarelos? Exactamente. À partida a ideia não era um movimento social que iria bloquear o país. A ideia era bloquear a economia, ou seja, ninguém comprava nada e mostrar que durante um dia podemos não fazer entrar IVA nos cofres do Estado. Isso era mais uma ideia de centro e da direita. Na prática, a extrema-esquerda incita à desobediência republicana e ao levantamento popular. Portanto, amanhã, provavelmente, todas as rotundas vão estar bloqueadas. Eu próprio não poderei dar aulas na minha faculdade. Suponho que os meus estudantes não conseguirão chegar à universidade. É diferente dos coletes amarelos, há um cansaço da população e acho que a própria população não aceitaria meses e meses de bloqueio como houve. Outra coisa, o movimento de amanhã é num dia de semana, ou seja, todas as pessoas que vão manifestar vão meter um dia de greve, vão perder um dia de salário. Portanto, fazer durar uma crise política onde os salários mais baixos iriam perder cinco, dez, 15 dias de salário é impensável, suponho. Espero que não haja destruições de bens públicos, porque é sempre terrível. Mas vai haver, provavelmente. Depois é essa imagem que fica, não a imagem das reivindicações, mas a imagem da destruição. São muito localizadas as destruições. Visto dos Estados Unidos, por exemplo, dá a impressão que a França está em guerra civil. É claro que vai haver confrontos com a polícia, vai haver cenas violentas, mas a França não está em estado de guerra e os franceses não querem isso. Veremos amanhã, mas provavelmente hoje não haverá novo primeiro-ministro nem amanhã, porque amanhã vai ser dia de crise e precisamos de um ministro da Administração Interna para gerir a situação.
27.08.2025 | Camarón que se duerme se lo lleva la corriente | Mateo 26:36-463 ᴍɪɴᴜᴛᴏꜱ ᴀ ʟᴏꜱ ᴘɪᴇꜱ ᴅᴇ Jᴇꜱúꜱ - Uɴ ᴅᴇᴠᴏᴄɪᴏɴᴀʟ ᴅɪᴀʀɪᴏEsta mañana, Alejandro del equipo de Aviva te trae un devocional sobre Mateo 26:36-46.Los discípulos, al dormirse en vez de velar, fueron arrastrados por la “corriente” del miedo y la confusión. Cuando llegó la hora de la prueba (el arresto de Jesús), no estaban preparados: Pedro negó a Jesús, y los demás huyeron. Exactamente como el camarón que se duerme: el descuido espiritual los llevó a ser arrastrados por la situación. Recuerda entonces, si nos “dormimos” en oración o descuidamos nuestra vida interior, la corriente de las tentaciones y problemas nos puede arrastrar.#MiDevocionalDiario #Devocionaldiario #Devocional #Diosmehabla #Iglesialatina #Aviva #Munich #München #3minutos #Jesús #Jesúscambiamivida #Año2025 #Bendición #Biblia #Fe #Dios #Reflexionesbiblicas #Reflexionescristianas #EspírituSanto #FeEnAcción #ValoresCristianos #FirmeenlaFe #Cristo #Biblia #LegadoDeFe #VivirparaDios #VidaenCristo #CristoSana #Oración #Iglesia #Camarón #Corriente #Mar #Rio #Camaronqueseduermeselollevalacorriente Visita nuestro Sitio Web: http://avivaeu.org/Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100064726774838Instagram: https://www.instagram.com/avivaeu/@avivaeu@aviva.erlangen@aviva.augsburg@aviva.munich
“Gaza é um cenário apocalíptico”, as palavras são de Raul Manarte, psicólogo e trabalhador humanitário da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), acabado de regressar de uma missão de duas semanas no território palestiniano. Em entrevista à RFI, confirma que diariamente são recolhidas “evidências que suportam a acusação de genocídio: há matança em massa de civis, deslocações forçadas e um comprometimento total das condições básicas de vida”. Apesar do horror, questionado sobre o que mais o marcou nestas duas semanas, Raul Manarte sublinha a “generosidade dos colegas palestinianos”. RFI: Que descrição é que pode fazer de Gaza neste momento? Raul Manarte, MSF: Gaza é um cenário apocalíptico. Há certas zonas em que está tudo completamente destruído. Só há restos de estruturas, destroços. Não se vê verde. Não se vêem árvores. Neste momento, não há acesso a comida suficiente, nem água suficiente, nem medicação suficiente. Portanto, as pessoas na rua, quando nos vêem passar, pedem comida. Os hospitais públicos estão completamente sobrelotados. As pessoas estão no chão. Não há condições de higiene. Estão constantemente sobrelotados por incidentes com vítimas múltiplas devido à distribuição de comida da Gaza Humanitarian Foundation. A organização liderada por Israel e pelos Estados Unidos. Exactamente. Só em sete semanas, só nas nossas instalações, vindos desses sítios de distribuição de comida, nós registámos 1.300 feridos, 28 mortos, 70 crianças baleadas. No meu último dia estive com duas crianças paralisadas, que vieram desses locais e os tanques abriram fogo sobre a multidão. Há efectivamente a abertura de fogo, ou seja, tiros contra pessoas que vão buscar comida? Exactamente, como lhe disse, atendemos 1300 pessoas feridas e 28 mortas em sete em sete semanas. Temos muito mais do que isso. Mas, este estudo refere-se a sete semanas. E 70 crianças baleadas. Como é que se curam estas pessoas? Que tratamento é dado? Esse tratamento é suficiente para que uma grande parte não acabe por falecer? Não, não é suficiente. Não há medicação suficiente. Nós estamos envolvidos na cirurgia ortopédica e no tratamento de queimaduras. Mas, por exemplo, a evacuação médica é uma coisa que é extremamente difícil. Há pessoas que estão na lista de espera há seis meses para sair de Gaza, que precisam de tratamentos que não estão disponíveis lá dentro e isso não acontece. Depois, nestes hospitais públicos, as altas são muitíssimo antecipadas porque estão sempre pessoas a entrar. Portanto, as pessoas saem do hospital sem estarem em condições para ter alta e com risco altíssimo de terem infecções. Porque cá fora, toda a gente a viver em tendas, está toda a gente aglomerada num pequeníssimo espaço que não é de evacuação obrigatória. Mesmo este espaço é atacado e bombardeado e não há comida. Portanto, nós no norte, nas nossas instalações, temos mais de 300 crianças, mais de 500 grávidas com malnutrição moderada a severa. A questão da fome é uma questão que tem sido muitas vezes defendida por Israel, que diz ser propaganda por parte do Hamas. Você esteve no terreno. A fome é uma realidade em Gaza? Sim, sim. E não é uma opinião, uma visão. Acabei de dar evidências. Nós temos mais de 300 crianças, mais de 500 mulheres grávidas em malnutrição moderada a severa, só nas nossas instalações em Gaza City. E já havia em Novembro. Já agora, um aparte enquanto cidadão, [Benjamin] Netanyahu [primeiro-ministro de Israel] tem um mandado de captura pelo ICC [Tribunal Penal Internacional] por causa de usar a fome como arma de guerra. As leis da guerra não são respeitadas. Não, não são. Nós coleccionamos evidências que suportam a acusação de genocídio todos os dias: matança em massa de civis, deslocações forçadas, um comprometimento total das condições básicas da manutenção da vida, como é a falta da entrada de alimentos ou de água, de medicação ou de combustível. Aqui também há a guerra das palavras. Acaba por ser, muitas vezes, criticada a utilização da palavra genocídio por ser demasiado forte e apontam-se, muitas vezes, o dedo a quem utiliza este vocábulo por não saber o que é verdadeiramente um genocídio. Você acaba de a utilizar. É isso que efectivamente se passa em Gaza? Eu acabei de dizer que nós testemunhamos todos os dias evidências que suportam essa afirmação. Onde é que os humanitários estão no meio disto tudo? Há comida que chega aos humanitários? De alguma forma são protegidos quando há bombardeamentos? Já morreram mais de 500 trabalhadores humanitários, mais de 1.300 profissionais de saúde. Só dos Médicos Sem Fronteiras morreram 12 colegas. A comida do staff internacional também é muito mais reduzida. Temos de ser nós a levá-la para dentro, nossas malas, porque não há. Os corredores humanitários não estão abertos para ninguém. Mas há comida fora da fronteira, pronta para ser entregue. Há toneladas e toneladas de comida e a organizações capazes e experientes para fazê-lo, como a WFP [Programa Alimentar Mundial] das Nações Unidas, que sabem que são precisos 500 ou 600 camiões diários, para entrar, e isso é perfeitamente possível. É só preciso que as forças israelitas o permitam. Quanto tempo é que esteve em Gaza? Da primeira vez, estive um mês e meio. Desta vez, estive só duas semanas. Quando foi a primeira vez? Novembro e Dezembro. Notou uma degradação no terreno? Completamente. A destruição é cada vez maior. A moral das pessoas é cada vez menor. E a questão das condições básicas - da comida, da água e da medicação - está muitíssimo pior. O seu trabalho tem a ver com a saúde mental. Depreendo que os traumatismos vão ficar para o resto da vida destas pessoas e não são tratáveis em duas semanas. Quais são as grandes questões que lhes chegam e como é que se responde a essa procura? Antes de dar minha resposta, só quero dizer que a nossa resposta - de saúde mental, e saúde física - nunca vai ser eficaz neste contexto. As pessoas se não tiverem o comer, se não tiverem protecção, se estiverem constantemente a ser deslocadas e (re)traumatizadas, nunca, nunca vão recuperar. Vão continuar a piorar. Os casos que nós temos têm muita sintomatologia traumática: crianças que chegam e não falam, pessoas que estão em choque psicológico ou que estão completamente isoladas, que não conseguem funcionar, têm flashbacks, estão a reviver o que aconteceu no dia em que perderam a perna ou que perderam a mãe ou que perderam o filho, que não interagem… A intervenção psicológica tenta melhorar um pouco estes sintomas, aumentar o funcionamento das pessoas, voltar a conectá-las, um bocado, com a vida e com os outros. É isso que tentamos fazer. Vai ser sempre insuficiente e vai ser sempre limitado, porque as pessoas não estão em segurança, não têm o que comer, não têm acesso a medicação suficiente e não sabem se vão estar cá amanhã ou se os familiares vão cá estar amanhã ou não. Todos os dias nós temos elementos do staff que faltam, porque foram ao funeral de um familiar. Como disse, 12 dos nossos colegas nunca mais voltaram e é sempre um medo que temos ao chegar ao hospital de manhã é se alguém vai faltar, faltar para sempre. O facto de os jornalistas também não serem poupados nesta guerra acaba por fomentar a guerra de palavras e a guerra de imagens, de um lado e do outro. Ainda estava em Gaza quando os jornalistas da Al-Jazeera foram mortos. Como é que recebeu essa notícia? O que é que sentiu? O que é que a população disse? Teve um impacto muito maior para a população do que para mim, pessoalmente. Porque para a população, aquele jornalista [Anas al-Sharif] era um símbolo, era uma voz muito importante. Para mim, há tanta barbaridade há tanto tempo… Nós tivemos de sair do nosso hospital em Nasser, em Março, porque foi repetidamente atacado. As instalações da ONU foram atacadas, instalações da Cruz Vermelha foram atacadas, colegas nossos foram mortos, Colegas internacionais da World Central Kitchen foram mortos. Nós atendemos miúdos baleados na cabeça, nas costas, todos os dias. Portanto, ninguém está seguro dentro de Gaza e não há nenhum sítio seguro. Mas uma guerra sem jornalistas acaba por ser uma guerra onde cada um faz o que quer, sem o olhar do mundo. Sim, exactamente. Acho que os jornalistas deveriam entrar. Já há evidência recolhida por organizações neutras e humanitárias, mas precisamos de jornalistas lá dentro. Precisamos do máximo de olhos lá dentro para perceber o que se passa, para que possa haver um cessar-fogo, o mais rapidamente possível, e para mudar a narrativa. Porque esta narrativa de que ‘ou és a favor dos reféns israelitas, ou a favor dos palestinianos' está a matar pessoas. Não é assim que nós pensamos. Nós somos a favor do cessar-fogo e a favor de salvar todas estas vidas, seja qual for o lado da fronteira de onde vêm. Até porque o seu trabalho é o mesmo, independentemente do local. Estou a fazer este trabalho na Palestina, mas podia estar a fazer em Israel, fiz na Ucrânia, mas podia ter feito na Rússia. Fiz com os Dinka e os Nuer no Sudão do Sul, mas podia ter feito com outra etnia. É igual! E sinceramente, até é fácil quando se está cara a cara. É difícil quando se está longe, porque há narrativas que envenenam. Nestas duas semanas há algum caso que o tenha marcado mais? O que me marca mais - isto pode ser estranho - é a gentileza e a bondade dos meus colegas. Como é possível estarem nas condições em que estão - perder a família todos os dias, não poderem sair de Gaza, estarem todos muito mais magros, é extremamente difícil arranjar comida, depois há o calor calor absurdo - e têm a maior paciência e bondade com os miúdos ou com os pacientes que estão aos berros com as dores ou que estão em choque porque perderam a mãe. E isso para mim é impressionante, porque eu acho que não conseguia. Como é que consegue arrumar todo o horror que vê nestas missões para que esteja mentalmente saudável? Acho que a experiência ajuda muito. São várias missões e a experiência vai calibrando as expectativas, não só do que é que vamos ver, mas do real impacto que conseguimos ter. E isso vai ajudando. Depois, cada pessoa tem os seus métodos para gerir isso com o seu autocuidado. E às vezes não sabemos lidar e ficamos mal. E depois ficamos bem outra vez. Pensa voltar a Gaza? Acho provável que me chamem novamente. Portanto, é provável que aconteça.
Feijóo trabaja con esmero en esa enmienda a la totalidad, pero basar tu futuro en la destrucción del contrario no es suficiente tarjeta de presentación. En el otro lado, Pedro Sánchez y los suyos, incluido el Fiscal General del Estado, quieren resistir. Ese es el proyecto y el día a día de la política se ha convertido en es derribar o resistir. Entre todos, la democracia se va degradando en España y rebajando a una práctica en la que es imposible avanzar porque de lo que se trata es de demoler o aguantar.
Envíame un mensajeLa periodista Diane Montagna ha revelado en exclusiva un informe inédito de la Congregación para la Doctrina de la Fe que arroja dudas sobre el argumento central del motu proprio «Traditionis Custodes». El documento demuestra que la mayoría de los obispos no apoyaba suprimir «Summorum Pontificum» y alertaba de consecuencias negativas para la unidad de la Iglesia. Exactamente lo contrario de lo que se dijo.Support the show YouTube Facebook Telegram Instagram Tik Tok Twitter
En este episodio especial de El Placer de Viajar os trae una selección de pueblos de España que sin duda pueden sorprenden a cualquier viajero. El Placer de Viajar brinda en este episodio, que cuenta con la colaboración de Turismo de Castilla-La Mancha, una selección de pueblos de España que son interesantes y, en muchas ocasiones, sorprendentes, pueblos que están más bien fuera de las rutas turísticas o que son conocidos por unas cosas pero merecerían serlo también por otras. Y además Kelu Robles y Carmelo Jordá han decidido no hacer solos este episodio y, al contrario, han contado con un grupo de compañeros de Libertad Digital y esRadio: ocho de ellos han colaborado aportando cada uno su pueblo favorito o, al menos, el que les gusta más recomendar. El primero de ellos ha sido Javier Romero, que propone visitar Priego de Córdoba, una localidad de esa provincia andaluza que tiene muchas cosas que ver, entre ellas algo tan interesante como un barrio andalusí, un castillo y un precioso conjunto monumental. La siguiente es Carla Matos, que nos lleva también a su tierra, en este caso Gran Canaria, dónde elije como destino Agüimes, uno de los pueblos más bonitos de la isla y de los que tiene más historia: se remonta a 1491 y fue la primera villa episcopal, lo que todavía se puede notar en su espectacular iglesia, en el centro de un casco histórico muy bonito de estilo colonial. Para el tercer pueblo elegido nos vamos a la otra punta de España: a Asturias, que es donde está Celorio, que es la recomendación de Luis Fernando Quintero, que nos lo recomienda como un lugar fantástico para disfrutar de sus playas, especialmente en familia, y que además está "muy cerca de muchas cosas". El siguiente de la lista es Tarifa, uno de los más conocidos, pero del que María José Grech nos ha querido recomendar una cara menos conocida y no tan relacionada con el mar: su excepcional casco antiguo que es uno de los más bonitos de Andalucía. El número cinco nos lo trae Mercedes Rodríguez y es Castrillo de los Polvazares, un pueblo "muy muy pequeño" de la provincia de León y, concretamente, de la localidad de la Maragatería. Con poco más que un par de calles, Castrillo es conocido sobre todo por sus restaurantes en los que se sirve un descomunal cocido maragato. La siguiente en hacer su propuesta es Victoria Marhuenda, que nos lleva al que ha sido uno de los lugares de su infancia y adolescencia: La Escala, uno de los puntos perfectos para conocer la maravillosa Costa Brava no sólo porque es "grande pero tranquilo" sino porque a su alrededor están lugares clave como San Martín de Ampurias o Pals. Por último, en cuanto a los invitados, Nuria Richart nos habla de su propio lugar de veraneo: Santa Pola, cuyas playas son un gran reclamo pero que además tiene mucho encanto, "mucha vida de pueblo" y cosas tan interesante como el castillo o restos de una villa romana. El episodio termina con las recomendaciones de los dos presentadores. Carmelo Jordá recomienda una localidad en La Rioja, Santo Domingo de la Calzada, que es un muy buen ejemplo de los pueblos que ha ido creando por toda la ruta el Camino de Santiago. Y Kelu Robles nos lleva a Rasines, un pueblo pequeño en el borde entre Cantabría y el País Vasco que ofrece muchas posibilidades para disfrutar de un entorno natural bellísimo, una arquitectura popular muy interesante y cosas tan curiosas como un Museo de la Cantería que homenajea al gran arquitecto español Rodrigo Gil de Hontañón. Escríbenos, explícanos qué te gusta más y si hay algo que no te gusta tanto de El Placer de Viajar, dinos de qué destinos quieres que hablemos y si quieres que tratemos algún tema y, por supuesto, pregúntanos lo que quieras en el correo del programa: elplacerdeviajar@libertaddigital.com.
En este episodio de PowerSkills, abordamos las 10 situaciones más críticas donde una presentación puede catapultar o destruir tu carrera profesional. ¿Te has quedado en blanco cuando tu jefe te pide que presentes sin aviso? ¿Has visto cómo proyectos inferiores consiguen presupuesto mientras el tuyo muere en comités? ¿Sabes qué decir exactamente cuando tienes que comunicar un fracaso o competir por una promoción? La realidad es brutal: el 67% de las decisiones ejecutivas se toman en los primeros 5 minutos de una presentación. No importa cuánto sepas si no sabes comunicarlo cuando más importa. En este episodio aprenderás: ✅ El script exacto para conseguir €500K de presupuesto ✅ Cómo presentar un fracaso y salir fortalecido - la técnica que Microsoft usó con Windows Phone ✅ La estructura para competir por una promoción hablando del futuro, no del pasado ✅ Cómo manejar a escépticos, crisis, clientes furiosos y las temidas "presentaciones sorpresa" ✅ 10 scripts palabra por palabra para las situaciones más críticas de tu carrera No te hablo de teoría. Te digo qué decir EXACTAMENTE cuando tu carrera está en juego.Recuerda: No es lo que sabes, es cómo lo presentas. La diferencia entre el éxito y el fracaso profesional a menudo se decide en 15 minutos de presentación.Déjanos ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ para ayudarnos a llegar a más personas con este contenido transformador: re:INVÉNTATE en Spotify y Apple Podcasts.¿Tienes preguntas o quieres compartir tus progresos en el desarrollo de este PowerSkill? Etiquétame en Instagram (@librosparaemprendedores) en una stories o deja tus comentarios y opiniones sobre este episodio.✨ ¡Hoy comienza tu re:Invención!
Es la una, las doce en Canarias.Qué tal, soy Jorge Bustos, bienvenido al mediodía de este jueves 12 de junio. ¿Hueles eso? ¿No reconoces este olor que flota en el ambiente? Sí, es olor a carne quemada. En concreto de la carne quemada de todas las manos socialistas que se han puesto en el fuego por Santos Cerdán. En este momento se están carbonizando las manos de María Jesús Montero, Félix Bolaños, Óscar López, Óscar Puente, Pilar Alegría y por supuesto, Pedro Sánchez, que confirmó a Santos Cerdán en el cargo de secretario de Organización hace solo siete meses, cuando Aldama ya había señalado al navarro por el cobro de mordidas. Pero la soberbia de Pedro le llevó a desoír esa advertencia y ahora le toca improvisar el control de daños. Porque los daños van a ser profundos. De momento el juez Puente del Tribunal Supremo le ha invitado a declarar de manera voluntaria, porque es aforado. Exactamente lo mismo que hizo con Ábalos antes de pedir el suplicatorio ...
En entrevista para MVS Noticias con Ana Francisca Vega, Angela Molina, colaboradora de MVS Noticias, habló sobre Laureano, el árbol que podría vencer a la inmobiliaria. Vecinos de la Benito Juárez piden declararlo patrimonio natural para evitar que sea talado por una constructora. "Exactamente hace un año, el 13 de junio de 2024, fue que se declaró patrimonio natural este árbol que mencionas, Eugenio, igual en la alcaldía Benito Juárez, y que fue una lucha de meses, o sea fueron ocho meses", dijo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
En punto de la mañana, esto es Cadena 100. Bueno, yo antes pensaba que para comer bien había que hacer dieta y pasar hambre, pero un día hice clic y me di cuenta de que lo que hay que hacer es comer sano y equilibrado. Exactamente, Javi, con el seguro igual. Si pensabas que un buen seguro de hogar sería carísimo y tendrías que pagar por coberturas que no necesitas, pues haz clic y con Verti podrás elegir las coberturas que realmente necesitas y gestionarlo todo desde su app. Así que además que sepas que te regalan 100 € al cambiarte. Haz clic, pasa tu seguro de hogar a Verti y llévate hasta ...
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Manuela Carmena, abogada y exconcejala del Ayuntamiento de Madrid, ha visitado el informativo '24 horas de RNE' con Lalo Tovar para presentar su libro 'Imaginar la vida. Cuatro décadas transformando lo público'. La jueza analiza la situación de las instituciones sociales y lo complicado que es su evolución: "Me preocupa muchísimo que la manera en la que llevamos a cabo la política parlamentaria ahora, es exactamente igual que la que se hacía en el siglo XIX", afirma. Enfatiza en la manera de hacer discursos en la actualidad, "en la que se busca ver quién dice la gracieta del bobo", "una actividad de odio con el adversario político", por eso se pregunta: ¿Qué sentido tiene ahora una manera de hacer política a base de discursos? Para Carmena, la gestión no se explica en un discurso, sino "escuchando a las personas afectadas por una situación", "me encantaría que las reuniones de los políticos, las pudieran escuchar los ciudadanos y participar en ellas", propone. Sobre su experiencia en la alcaldía de Madrid, reconoce que le pareció muy interesante, aunque le "permitió conocer lo absurdo que era la manera de hacer política", concluye. Escuchar audio
Estamos ya casi en mayo. Sí, estamos en mayo ya. Estamos ya casi en el Día de la Madre. Ay, sí, es verdad. Sí, sí, sí, prepárate. Eso hay que tenerlo pendiente. Te pasa lo mismo todos los cumpleaños. Todos los cumpleaños. El tuyo es en febrero, ¿verdad? Exactamente. Bueno, con un solazo por delante, empezamos la última semana de abril, los últimos días de abril sin nubes y sin lluvia y con el termómetro además muy de finales de abril, que se agradece. A los que tuvieran programado un viaje a Roma para la semana que viene, lo mejor es que se vayan haciendo la idea de que no van a poder ver la ...
Un pie por la cara mía esta noche por el Skype. Nada lo puedo yo hacer, es que a veces que escribir nunca las hacen bien, no querrás saber de mí. Si no puedo entender lo tonta que fui. Es cuestión de tiempo y fe. Mil años con otros mil más. Son suficientes para amar. Estoy aquí queriéndote, ahogándome. Entre fotos y cuadernos, entre cordones y recuerdos que estoy yo diciéndome, cambiándome. Un pie por la cara mía esta noche. Estoy aquí. Shakira, en Buenos días Javi Mar. Exactamente, en Cadena 100 a las ocho en punto de la mañana. Bueno, Luz, tengo ganas de hacer planes. A la playa o descubrir ...
Lovefool. Cardigans. En Buenos días Javi Mar. Son. Tiri tiri tiri. Bueno, son las nueve de la mañana. Exactamente y esto es Cadena 100. A mí esto me suena, Luz. Te suena Javi, te suena seguro, ¿cómo no te va a sonar si es Línea Directa? Lo que igual no te suena tanto es que el seguro de coche en Línea Directa está entre los mejor valorados en España. Así que si estás pensando en cambiar tu seguro de coche, en Línea Directa te mejoran el precio directamente. Llama al 917 700 700 o entra en lineadirecta.com. Línea Directa, el valor de ser directo. Sí señor, a las 9:01 de la mañana, buenos días ...
Mis entrevistados en este episodio son Anny Gabriela Ventura Puac y Jairo Chamalé Lemus. Anny es ajquij(guía espiritual), politóloga e investigadora, actual curadora en jefe de Espacio/C. Nacida en Chuwila, Chichicastenango, Quiché, Guatemala. Es mujer Maya Kiche con identidad diversa, sanadora y contadora del tiempo. Tiene estudios en Ciencias Políticas y Sociales, Relaciones Internacionales y una especialidad en ODS para Naciones Indígenas. Es confundadora de Espacio C, en dónde se ha desempeñado como gestora cultural desde 2013 y curadora en Jefe desde 2023.En Guatemala su trabajo está presente en diversos espacios sociales, políticos y culturales, como consultora independiente para organizaciones no gubernamentales, trabajando con niñas, mujeres y adolescentes mayas y no mayas a nivel nacional, en temas concretos como empoderamiento político, salud (diabetes / VIH) y sanación desde la Cosmovisión Maya.Jairo es persona disidente, del territorio Poqomam de Mixco, viajero e investigador se la religiosidad popular, las expresiones culturales y la espiritualidad de su contexto cercano. Es guía de turismo y estudiante de antropología.Notas del EpisodioAnny y Jairo y el Cristo NegroEl camino de peregrinacion entre Mixco y OaxacaQuirio Catano y las origines del cristo negroLas diversas formas de sacrificar y bailarLas colonizaciones de EquipulasEl base de cristo negro en el mundo maya/mexicaEl crisis climatico y la falta de ofrendasLas consecuencias de la perdida de hospitalidadLa memoria vivida del intercambio intercultural antiguaTarea Abisaí Navarro María Jacinta Xón / Proyecto Tux Cocina Gourmet de OrigenHoja de Pacaya - InstagramLos Cofrades Chichicastenango - Instagramespacio/C arte+memoria - InstagramTranscripcion en espanol (English Below)S6 - Anny Puac & Jairo - Peregrinacion a EsquipulasChris: [00:00:00] Bienvenida y bienvenido al podcast El Fin del Turismo Annie y Jairo. Gracias a ambos por acompañarme hoy. Me encantaría que pudieran contarles a nuestros oyentes desde dónde llaman y cómo aparece el mundo ahí para cada uno de ustedes.Anny: Muchas gracias, Chris y buenos días a quienes nos escuchen o buenas tardes o buenas noches, dependiendo su zona horaria.Mi nombre es Anny y yo le saludo desde el territorio maya K'iche' de Chuwila, K'iche' Guatemala específicamente.Jairo: Buenos días a ambos, para mi un gusto estar por acá. Sawe ta inteer winaq (Buenos días a todas y todos) mucho gusto desde el territorio pues Poqomam de Mixco y también desde las cercanías a la ciudad de Guatemala, pues gracias por esta [00:01:00] oportunidad para compartir conocimiento.Chris: Y gracias a ustedes dos. Yo estoy aquí en Oaxaca y el mundo parece obviamente un poco raro. Bueno, quizás no es obvio, pero parece más raro día por día. Estamos aquí hoy para hablar de Esquipulas en Guatemala. Y Esquipulas es el lugar de varias iglesias que han abergado al cristo negro de la ciudad, que es famosa por sus supuestos milagros durante los últimos cuatro siglos.De manera similar, la peregrinación al santuario es la más grande de América Central y la segunda más grande de las Américas, con lo que leí, 5 millones de personas que lo visitan cada año. Ahora, para empezar, ¿Estarían dispuestos a explicar que impulsó a cada uno [00:02:00] de sus intereses o relaciones con este lugar y la práctica de la peregrinación?Anny: Sí, por supuesto Chris. Pues, yo desde como mi relación, digamos personal o individual como familia, yo tengo, digamos, como clara la idea de cuando inician estas peregrinaciones, de pronto, cuando yo ya tenía unos siete u ocho años de edad, así, para decirte que yo tengo claridad, pero cuando yo retrocedo a los archivos de la familia, pues veo que el tema de peregrinar a Esquipulas, pues comienza con mis abuelas.Jairo: Entonces yo te podría decir que dentro de mi familia, la peregrinación a Esquipulas , así quizá llevará mínimamente unos 80 años presente en la familia, sobre todo del lado de [00:03:00] mi abuela materna. Que ella es de un territorio K'iche' de Quetzaltenango, en donde pues empezaban el viaje, en conjunto, allá fuera un viaje de barrio organizado por el barrio, o era un viaje familiar, entonces se iban uno o dos buses en aquel tiempo cuando no había tanto transporte, verdad? Era un lujo también irse por alguna ruta en donde hubiera paso para bus. Y pues, lo que no se pudiera transitar ya en bus, pues se hacía caminando, se hacían burros, pero, más o menos por ahí viene un poquito la historia de de cómo inician estas rutas de peregrinaje en mi familia, digamos. Con el caso de nosotros, yo no tengo conciencia de pequeño de haber, pues, llegado a Esquipulas. Bueno, hay un dato bien interesante, cuando yo cumplo 40 días de haber nacido, mi familia decide llevarme a [00:04:00] Esquipulas, eso pues está en el archivo fotográfico de la familia como agradecimiento, porque al final nací con... nací bien.Jairo: Y entonces la familia decide peregrinar es el dato más cercano que tengo de la personal de las idas a Esquipulas. Claro, esto siempre lo he tenido muy familiarizado dentro de mi contexto cercano, puesto que la gente pues de mi municipio suele ir justo organizada en excursiones de las diferentes organizaciones religiosas que hay en mi municipio.Estas, pues designan fechas y son buses llenos de aproximadamente 50 personas. Cada bus suelen llegar hasta tres, de acá de Mixco, pues que se van para para Esquipulas. Y ese es algo bien interesante porque es pues, parte de la modernidad, digámoslo ir en bus, pero hay muchas anécdotas de las personas de acá del pueblo que [00:05:00] cuentan cómo, pues iban de una forma más rústica, verdad? Que podía ser, pues en peregrinaje caminando, que no era la única peregrinación, de hecho la del cristo negro de Esquipulas. Hoy puntualmente, vamos a hablar de ella.Pero pues están también las peregrinaciones Antigua Guatemala que está aquí cerquita, aquí detrás de nosotros hay un cerro que es el cerro Alux. Este cerro se cruzaba, pues caminando, todavía lo hace la gente caminando porque detrás del cerro está, pues la bajada para llegar a la Antigua Guatemala.Chris: Gracias. Gracias a ustedes. Pues así, por conocer un poco más de sus historias, como de peregrinación, me gustaría saber un poco más si se podrían ofrecer algo de la larga historia de Esquipulas, del cristo negro y pues, ¿Cómo se originó la la peregrinación? ¿De donde viene esa historia?.Jairo: Bueno, como lo mencioné antes, diciendo algunas [00:06:00] palabras en el idioma poqomam. Es el idioma que se hablaba, pues en nuestro pueblo. Lo voy a decir nuevamente más despacio para, pues, describirles que es lo que dije, técnicamente es:Sawe' ta inteer winaq, kiroo wilkee' chipam ma' q 'oriik taqee, reh ma' ojeer winaq reh qatinimiit Mixko' buenos días a todos. Qué gusto pues poder compartir estas palabras y también un poco de la historia de la gente antigua de nuestro pueblo. Porque pues, la verdad es que el peregrinaje a Esquipulas está muy relacionado e intrínseco con la gente de Mixco y justamente también con el territorio oaxaqueño. Mi nombre, pues es Jairo, Jairo Andrés Chamale Lemus. Yo pues pertenezco a este territorio, a la gente maya poqomam. De acá es la mitad de mi familia de mis antepasados. Y , pues me dedico al turismo. Yo soy guía [00:07:00] de turistas de hace aproximadamente ocho años ya desde que me gradué muy joven. Y, pues me he dedicado justo a peregrinar para que las personas conozcan también el contexto histórico de Guatemala y de las diferentes expresiones culturales, religiosas y también de resistencia de la gente en el territorio de lo que ahora conocemos como Guatemala.Pues también, soy estudiante de la carrera de antropología, de la licenciatura específicamente en antropología, y pues me he dedicado también a estudiar el caso del idioma maya poqomam en Mixco, que es una comunidad muy cercana a la ciudad de Guatemala, que hemos tenido pues un impacto, demográfico y social, pues bastante fuerte, pues debido al crecimiento del área metropolitana de la ciudad de Guatemala. Es algo a lo que me he dedicado a estudiar durante los últimos años. Y también, pues, a [00:08:00] documentarlo, porque tenemos muchas prácticas culturales y espirituales en nuestro pueblo, que han ido desapareciendo conforme este avance demográfico de la ciudad, muchísimas gracias. Rontyoox aq'oo taAnny: Bueno Chris. En realidad hay un registro, digamos histórico, donde dice que el primer peregrinaje que se inicia a Esquipulas, fue en Marzo 1595, cuando la imagen sale del taller de este señor escultor Quirio Cataño, que sale hacia Esquipulas, hacia Chiquimula. Esto está al oriente de Guatemala. Nosotros lo conocemos como la zona caliente de de Guatemala. Pero es la zona, digamos, como caliente árida. Es un territorio en donde hay comunidad Xinca, Popti', si no estoy mal Chortí también. Y pues, la producción que se [00:09:00] tiene por las tierras de por allá, estamos hablando de frutas de algunas plantas, de algunos tubérculos más o menos, pero más que todos se dedican a la fruta, verdad.Esta primera peregrinación la documenta y la registra el cronista, que se llama Miguel Álvarez. Y él dice que, cuando cuando salióó del taller y se dirigió hacia Esquipulas la imagen iba haciendo diferentes milagros en todo el recorrido hasta llegar a la basílica. Entonces habían personas que le pedían justamente que, que por favor que la imagen pasara por lo menos una noche dentro de la casa de las personas para, bendecirlo. Y Y más o menos se calcula cada año, digamos en la actualidad, ahora en Guatemala y en alrededor de 300 mil personas de todo el mundo, más que todo entre México, Centroamérica, países del sur, por ejemplo de Perú [00:10:00] de Ecuador de Ecuador, Bolivia, si no estoy mal, es como mucha la cantidad de gente que llega, más o menos entre noviembre, que ahorita es como una fecha de noviembre y diciembre y todo enero, digamos, esas son como los tres meses de muchísima más afluencia de personas que llegan llegan a la basílica, verdad? Entonces se le puede llamar romerías, se le puede llamar una peregrinacion que peregrinación, usualmente, pues ahí si que las personas que visitan puede ser que hagan así como un día de visita nada más o puede ser que pueda prolongarse una visita hasta por 10, 15 días, verdad?De la ciudad de Guatemala, hasta Esquipulas hay una distancia más o menos como entre unos 220 a 250 kilómetros y se recorre, si vas como en romería, pasando por lugares como muy puntuales de toda la peregrinación, en promedio [00:11:00] cada día tú vas haciendo un tramo de 40 kilómetros, al día, digamos si tu intención es ir en peregrinaje así. Entonces eso es más o menos como más datos históricos y el relato, verdad?Chris: Y estoy un poco curioso, dentro de las estancias, al llegar a Esquipulas, si yo fuera peregrinando, por ejemplo, ¿ Qué haría? ¿Se van parando para hacer sus rezos? Me gustaría saber por alguien que nunca ha hecho una peregrinación, como aparecía esos días antes de venir.Anny: Bueno, yo te voy a contar un poquito el relato de de mi familia porque mi abuela materna, ella sí era una señora, pues muy católica, no? Entonces, pues ella, su peregrinaje, digamos para ella, era su sacrificio, verdad? En el año, decir bueno, por agradecimiento [00:12:00] a mi salud, a los milagros que me concedió, porque era como muy devota. Era el hecho de salir en ruta de peregrinaje. ¿Qué implicaba esto? Inclusive, preparar comida para no digamos como perder el tiempo, tú pensando en qué comer durante el camino, porque la idea para ellos y para ellas era, pues, ir en como en recogimiento, en rezo constante, en oración, digamos en petición, ir como parando cada cierto tiempo, verdad? Cada 40 kilómetros, porque que ya dentro de la comunidad, católica-cristiana, hay puntos que están como marcados dentro de la ruta en donde tú puedes ir parando con cada familia, porque puede ser que tengan una réplica de la imagen del cristo negro, porque de hecho, cuando fue la primera peregrinación, puede ser que esta familia haya sido una de las [00:13:00] familias que recibió por primera vez el cristo negro.Entonces se convierte como en ese punto de de parada, verdad? Entonces, cuando hacen ese punto de parada, pues ya bajan. Bajan a hacer oración, bajan a platicar y a convivir con las personas de pronto, a compartir un alimento. Ya sentir, pues, así que también como su fé, su devoción, pero al mismo tiempo su convivencia, su alegría en este, en este tramo de compartir no?.Entonces eso digamos, es lo que usualmente, pues se ve. Yo también he visto otras personas que, por ejemplo, ya cuando quedan unos, son los últimos 20 kilómetros de recorrido por ejemplo, descienden de sus vehículos y caminan de rodillas esos 20 kilómetros hasta llegar a la basílica. Entonces, pues, los ves, ya puede ser que sea solo el papá con con el hijo, o el papá y la mamá, o pues la diversidad de personas que puedan llegar, que van y que pues hacen su penitencia, y [00:14:00] entregan digamos, pues su sacrificio de esta forma. Así como hay personas que puede ser que, que durante toda su ruta de peregrinaje, hay un ejemplo de unos, de unas personas cercanas a nosotros que tienen un conjunto de marimba, de música, y pues lo que hacen es que van con un vehículo y van ejecutando música todo el trayecto hasta llegar a Esquipulas, y ya cuando llegan a la basílica, bajan con sus instrumentos y se dedican a cantar ya sea una canción, un tiempo, verdad?Ahí, entonces, pues yo creo que depende, varía mucho de lo que te puedas tú dedicar o el agradecimiento que tú quieras pues dar, o a lo que, pues, lo que tu corazón salga, no? En mi caso como muy puntual, pues nosotros hacemos el recorrido completo los 220 kilómetros en vehículo hasta llegar a Esquipulas. Y luego, pues ahí ya, o sea, nos establecemos [00:15:00] y como nuestras dinámicas son un tanto como diferentes porque yo no soy católica. Yo soy de la cosmovisión maya, y pues ahí he crecido buena parte de mi vida. Mi concepción como de ver esta ruta de peregrinaje es diferente, porque si bien es cierto el que el cristo negro, pues es una figura de un cristo crucificado cristiano, Jesús, nosotros aprendimos a ver cómo la historia del pueblo Poptí y Chorti y Chortí, en cuanto a que esta ruta de peregrinaje es bien interesante, porque durante toda tu ruta más, más o menos, me atrevería a decir que tal vez un 70 de la ruta, tú vas encontrando montañas de obsidiana, entonces es una ruta que en sí es una ruta de sanación y para nosotros, digamos dentro de la cosmovisión maya está muy relacionada con el Nahual Tijax, que es la obsidiana y para [00:16:00] quizá buena parte de Oaxaca o de su Istmo o de la cultura Náhuatl, por ejemplo, está relacionado con Tezcatlipoca que era justamente esta veneración de esta mujer que decían que era brillante y color de cobrizo y de nigriso verdad? Y por tanto, Y pues tú sabes que ambas piedras o estos relatos que nos cuentan, pues es justamente sanación y de ahí que nosotros creemos que por eso el cristo negro es tan milagroso cuando se trata de temas de salud.Jairo: Desde nuestro lado, por así decirlo, forma parte ya de un peregrinaje que no solamente se hace el 15 de enero. Claro, el 15 de enero es el día establecido para hacer el peregrinaje de cristo negro de Esquipulas. Pero pues, muchos de los grupos que les comentaba que son bastante diversos acá en Mixco, grupos religiosos principalmente católicos, o pues sincretizados de [00:17:00] alguna forma, establecen también estas visitas como parte de su organización dentro del grupo de personas que inciden.Y entonces si, justamente dentro del bus, también se suele, pues, ir rezando el rosario, que es esta práctica de ir rezando las novenas con un orden establecido con cantos y la gente, pues suele ir desde que salen de ciudad de Guatemala o desde que salen de acá desde Mixco, que hay que cruzar la ciudad y luego la ruta hacia el oriente de Guatemala, la gente va haciendo estas oraciones cada cierto tiempo, pero depende mucho del grupo y de qué tan católico sea de alguna forma, porque hay grupos que solamente lo hacen como una excursión claro. El fin principal es de la visita, pues a la basílica del cristo negro y la veneración de cristo negro como tal.Y, pues solamente llegan en en el bus hasta la basílica y algo que caracteriza mucho a la cultura de [00:18:00] Mixco, es el, la quema de pólvora. A nosotros nos fascina la pólvora y cuando llegamos a Esquipulas justamente esa es la premisa, no? Llegar a quemar bombas de sonido, de sonido estridente en aviso que la gente de Mixco ya llegó.Y también fuegos pirotécnicos de colores. Es bien curioso porque depende mucho del grupo y a lo que el grupo, pues aunque sea católico o sincretizado con lo maya, a lo que este grupo religiosamente se dedique, encaminado a eso va la actividad que se va a realizar allá.Tengo conocimiento de un grupo que, de hecho, ya se documentó a gracias al CECEG, al Centro de Estudios Culturales de la Universidad de San Carlos, de Guatemala, es el grupo El Baile de Moros de los Seis Toritos, que es básicamente un grupo de danza tradicional que nace en la aldea Lo De Bran que está acá en Mixco siempre dentro [00:19:00] del área metropolitana y ellos, pues se dedican a bailar El Torito. El Torito es básicamente la representación de una danza que se hace en alusión a dueños de una finca y el trato hacia los animales. Entonces los animales tienen una especie de de revelación contra este dueño de la finca, una historia bien, sutilmente contada desde lo maya también. Y entonces van a hacer esta representación de la danza a Esquipulas. Esto lo hacen justamente para la fiesta del cristo negro. Bailan todo el día, durante tres días seguidos frente al atrio de la iglesia de Esquipulas, mientras millones de personas visitan la basílica de cristo negro y en ese momento ellos están bailando ahí.Chris: Qué fascinante. Me encanta ese sentido, esa onda que, que hay tanta diversidad, en la forma, los caminos, las celebraciones que se niegue un poco [00:20:00] ese sentido occidental que es como de siempre asumir o buscar una sola respuesta, una sola historia, una sola manera, de actuar, de entender.Y así fue sorprendiente para mí por leer, por investigar las historias de Esquipulas y de las peregrinaciones porque encontré muchas historias diversas. Entonces voy a leer un poquito de lo que encontré y me gustaría escuchar de ustedes, si se podrían comentar un poco de si hay sentidos de "eso es como puro chisme o es un rumor" o si hay capas y capas dentro de las historias de Esquipulas y las peregrinaciones.Entonces, pues la primera va que "en la ciudad sagrada de Copán se celebraban grandes fiestas en honor [00:21:00] a dios maya Ek-Kampulá que significa: 'el que empuja las nubes', pues se le atribuía el poder de alejar las lluvias y permitir los días del sol necesarios para preparar la siembra.Ek-Kampulá que era de color negro, estaba rodeado con una antorcha en la mano izquierda. Su figura se puede apreciar en las graduadas de uno de los templos de Copán." Ahora, el segundo."Algunos relatos dicen que la figura del cristo negro fue ordenada por los conquistadores españoles en Guatemala en ese momento para facilitar la conversión de los pueblos locales al cristianismo."Ahora, el próximo. "Las leyendas piadosas afirman que la imagen se oscureció debido a los misioneros españoles que deseaban convertir a los [00:22:00] nativos que adoraban a la deidad nebulosa pagana Ek-Kampulá en el área que también era representada como una figura oscura." Entonces, supongo que mi pregunta es como, ¿Cuántas de estas historias han escuchado Y ¿Cuáles historias son las meras meras verdaderas según ustedes? O si hay capas y capas y capas de historias en qué todas merecen su lugar.Jairo: Yo creería que, Copán tiene un papel bien importante dentro de lo que estamos hablando. Ahora es un sitio arqueológico del área residencial o el castillo, por así decirlo, y los templos de la gente maya de ese tiempo, recordemos que es el clásico. Y pues esta ciudad fue colonizada por otra ciudad que se llama Quiriguá, que está siempre en las riberas del Río Motagua, un río muy [00:23:00] importante que comunica toda la parte de las montañas de Guatemala con el Caribe. Y en Copán si hay muchas expresiones espirituales. Seguro, Anny nos va a ampliar un poco más de esto. Pero lo que yo he visto son muchas expresiones, rituales espirituales y también, un centro de peregrinaje como tal ya fungía Copán. O sea, ya era una capital política, religiosa y cultural muy importante que está muy cerca de Esquipulas. Es increíblemente como un sitio maya tan importante del clásico está tan cerca a una ciudad, que es tan importante para todo el área mesoamericana. Es decir, desde México hasta Costa Rica, conocen al cristo negro de Esquipulas. Y pues también algo que a mi me llama la atención relacionado a lo que acabas de decir es como, Esquipulas, pues si es un referente para la gente pues católica, la gente católica que no es maya va [00:24:00] también a Esquipulas como una forma de peregrinaje, pero, a mi me llama mucho la atención, la práctica también de la espiritualidad maya y otras espiritualidades que se llevan a cabo en Esquipulas, no?quizás no es tan directamente relacionado con la figura que acabas de mencionar, que yo he escuchado como Ek-Chuah, sino que es esta figura de la piedra de los compadres, que es una leyenda, no? Una leyenda de adulterio, por así decirlo, en el cual hay dos piedras que están pegadas en alusión a dos amigos que llegan al peregrinaje de cristo negro de Esquipulas y en un acto sexual, estos compadres se quedan pegados como castigo por haber cometido el adulterio. Esa es la leyenda. Y en esa piedra, pues se practica la espiritualidad maya, es decir a pocos ni siquiera un kilómetro de la de la basílica del cristo negro de Esquipulas, puedes ver esta piedra donde la gente coloca, [00:25:00] pues, sus candelas, su incienso y hay altares dedicados completamente a la espiritualidad maya dentro del mismo pueblo.Entonces esto va un poco aunado a lo que nos decía Anny no? Como la figura de cristo negro, también es muy representativa y es la reminiscencia de algo que se practicó muy fuertemente durante la época prehispánica.Yo no descartaría del todo, pues el valor de Ek-Chuah dentro de estas prácticas espirituales y que sí, definitivamente los españoles, trataron de tomar elementos de la de la espiritualidad maya que ya eran importantes para imponer la religión católica. Pero la gente maya, yo siempre lo digo, fue muy estratega y lo es hasta la fecha para continuar resistiendo, practicando, pues la espiritualidad tamizado con elementos católicos y con este significado profundo.Anny: Sí, yo también voy a coincidir un poquito en el [00:26:00] tema de no descartaría la relación que se tiene con Ek-Chuah, porque está asociado con la deidad Chortí. El otro punto que tú hablabas del tema, un tanto político, sí hay algunos historiadores, políticos que justamente, enuncian este uso de figuras que está asociada con el trabajo y sobretodo, digamos a la carga y explotación laboral de los campesinos, y cómo también estas zonas fueron como fuertemente impactadas durante el tiempo de la colonia. Entonces eso, yo tampoco lo, lo descartaría y tampoco diría que es un mito. Por ejemplo, yo, sé que la antigua población de Esquipulas, fue una de las ciudades en este punto incendiadas por los españoles durante la invasión aquí a Guatemala el 1525 verdad?[00:27:00] En el centro de la plaza de Esquipulas, según cómo lo relatan, decía que habían, cuatro árboles de de pochotl que es la ceiba, que la ceiba pues ahí si que para nosotros es un árbol sagrado, verdad? Porque bajo sus sombras, siempre se han realizado ceremonias vinculadas con prácticas agrícolas, que duraban desde el solsticio de invierno hasta el equinoccio de primavera.Entonces se iniciaban más o menos también en esta zona por el 21 de diciembre, pero tenían ritualidades más unciosas, por ejemplo, como el 15 de enero. Y de ahí que parte que una de las fechas propicias para visitar Esquipulas sea 15 de enero. Entonces, las otras fechas de celebración que iban entre el equinoccio y el solsticio.Del 15 de enero al 25 de febrero, más o menos 40 días. Porque en 40 días estábamos viendo que se operaba el paso del sol por el cenit en la otra banda del [00:28:00] trópico, en un punto en donde estaba hasta cierto punto equidistante del círculo máximo de la tierra, donde según la posición del sol, se tomaba la medida del tiempo en que se produciría el fenómeno de la tierra que ya fuera el fenómeno del niño o de la niña, como se le nombra, verdad?Exactamente, se hacía esto dentro de los días comprendidos del 20 al 31 de enero, que es cuando se operan como los fenómenos en los hemisferios, y de ahí es como de donde viene esta creencia de las cabañuelas, de cuando muy va iniciando el año más o menos por ahí, entonces hay como una relación también ciclo-agrícola y por eso es que a mí no se me hace como un mito el hecho que está asociado con Ek-Chuah porque Ek-Chuah de hecho está asociado con en este, no me gusta llamarlo Dios, pero con la energía del trabajo, verdad? Porque me parece que esa es como la expresión correcta. En cuanto a lo del señor de Esquipulas, la [00:29:00] relación de las ceremonias con la natividad de cristo, digamos, así como el establecimiento de la festividad del señor de Esquipulas el 15 de enero, pues si siguen teniendo continuidad con las formas religiosas prehispánicas en el área maya guatemalteca, los antiguos habitantes de Esquipulas, si hay un relato, de Castañeda que lo mencionan en lo en el 55 que se dice que , "adoraban a un Dios que era el protector de las siembras de la cosecha y del trabajo."Esto lo dice, este historiador "que seguramente él dice no pertenecía a las deidades mesoamericanas, especialmente al panteón mexica, universado en momentos previos a la llegada de los españoles. La representación antropomorfa de las deidades no era desconocida en Mesoamérica, por el contrario, era abundante y generalizada desde Sinaloa hasta Honduras. [00:30:00] Además, 'del Dios principal,' el comenta fray Diego Durán, 'él hace como una alusión, con Tezcatlipoca, que él dice era una piedra muy relumbrante y negra como azabache obsidiano. Piedra de la que ellos hacen navajas y cuchillos para cortar.' Además, ciudades era de palo entallada en una figura de un hombre todo negro de las sienes para abajo con la frente, narices y boca blanca, de color de indio bestia" dice él, "de algunos atavíos galanos a su indiano modo a lo primero que tenía era unos ojeras de oro y otras de plata. En el labio bajo tenía un bezote de laverde cristalino en el que está metida una pluma verde y otras veces es azul, que después de afuera parece esmeralda o rubí. Era este bezote como un geme de largo encima de coleta de caballos que tenían la cabeza. Entonces, lo que se puede apreciar en esta descripción [00:31:00] de Tezcatlipoca corresponde casi literalmente a lo que se pudo percibir como la primera figura del cristo negro, especialmente en la representación de las imágenes talladas en madera que se veneraban en las ciudades periféricas del imperio mexica. La diferencia en el atuendo de ambas deidades radican las connotaciones religiosas de cada una de las culturas, materias, simbologías, espirituales y atributos, pero en esencial es parecido e indescutible indiscutible.Recordemos que la celebración principal, digamos de la obsidiana de Tezcatlipoca y de lo que tú mencionabas relacionado con el tema de las lluvias, pues era justamente esto, la petición para que lloviera, sobre todo por ser tierras en este punto, muy áridas, muy secas . Y bueno, yo me quedo por aquí.Chris: Bueno, muchas gracias Anny y Jairo, para explicar un poco de eso. Entonces, [00:32:00] así, me gustaría preguntar cómo dar los cambios en los objetos de los mayas a los cristianos y la naturaleza de la peregrinación, hacia el turismo. Es una pregunta rara, pero, ¿Ustedes creen que los viejos alimentos, o energías, o antepasados todavía se alimentan?Es decir, para vivir en un lugar ya una década que tiene una sequía, que también saqueo, que va empeorando y empeorando, poco a poco me voy pensando si hay una falta de rezos de conocimiento, de recuerdo, de memoria, de ofrendas. Anny: Bueno, yo es en realidad esta sequía saqueo, esta crisis climática y toda la crisis alrededor de la tierra, a mí, en lo [00:33:00] personal y tanto en lo comunitario, a mí me parece que es una crisis a nivel comunitaria, nacional, mundial en donde todos los territorios, se han visto afectados. Por ejemplo, así como aquí en Guatemala, que tenemos zonas como muy áridas, muy secas, que por su propia condición geográfica en donde han estado, sin duda se ha intensificado en estos últimos años, derivado del saqueo del recurso natural, sobre todo en estas zonas del oriente de Guatemala que son montañas que están, pues ahí si que dedicadas a la explotación de material para la construcción. Hablemos de piedra, hablemos de arena, hablemos de cal, por ejemplo, y de otros elementos que son para la explotación minera. Así como hay otros aquí en Guatemala, donde pues la zona es bastante húmeda, pero sus montañas son [00:34:00] propicias para el oro, para la plata, para el cobre, para el zinc y para otros elementos. Entonces, yo si siento que aparte de que falte de repente un toj, un pagamento, o un Xukulem, como nosotros decimos, dar la gratitud a la tierra que sin duda, pues es evidente cuando, y eso es evidencia no solo en la explotación de la tierra, sino que es evidencia en el sentir de las personas, porque usualmente, se piensa que un peregrinaje únicamente es ir a ver una figura, verdad? O una persona, una deidad, un cristo, ir a esa energía y sentir la energía para yo recargarme, sin considerar que yo al momento que también me voy a recargar de esa energía, estoy siendo un tanto extractivista muchas veces con mi práctica. Pero mi práctica también va más allá de enajenarme de qué está pasando, porque si bien es cierto, tengo ahí al cristo negro frente a mí y soy muy devota, pero entender que el cristo negro también puede estar [00:35:00] presente en las montañas, en los ríos, en los valles, en los lagos, en las cuencas y en todo eso que a mí me da de comer, en todo eso que a mí me permite vivir. Entonces, yo creo que más allá de que falta un rezo, yo sí creo que falta mucha conciencia, mucho trabajo espiritual de hacerle ver a las personas, a los peregrinos, a las peregrinas que mi ruta de peregrinaje, o sea, por donde yo paso, existe porque hay un territorio, un territorio que es ajeno a mi territorio, pero que aun así yo paso porque voy a ver algo en específico, pero que eso también tiene un impacto y que eso también tiene una responsabilidad. Preocuparme por todo lo común que pasa alrededor de de mi territorio, de mi país, del mundo, por ejemplo. Entonces, Mas allá de yo decirte si mira, Chris, falta que la gente reze, falta que la gente ofrende para que ya no haya sequía, que si bien es cierto, tiene una parte súper importante, es muy espiritual y que nosotros que [00:36:00] hemos visto que es verdad. O sea, no es un mito, no es una mentira, sino que es verdad, pero tiene que ir de la mano la ritualidad con mi práctica, tiene que ir de la mano mi discurso con lo que yo estoy haciendo y con los enunciados y los postulados que yo tengo en mi compromiso con la tierra, verdad? Osea, para mí ese es como, como el punto focal, verdad?Jairo: Sí, Chris y Anny pues, también he de añadir que, mucho de la modernidad y la facilidad para poder llegar a establecer una ruta de peregrinaje, también, pues influye dentro de las prácticas sociales y culturales, y pues si de tal vez, una ofrenda o un rezo, también estoy de acuerdo con Anny en ese sentido, es la conciencia de las personas, no? Y no se trata en el caso de la gente, pues católica de ser anticuados y de decir, bueno, vamos a irnos callados todo el [00:37:00] camino, aunque eso es una práctica que hacía la gente antes, verdad? Lo nombro como la gente antigua de Mixco lo dice. Ya no se tiene el respeto, dice la gente, por llegar y ir en una ruta de oración y de pedir o de agradecer. Y pues, por tanto, llevar una actitud de respeto, sino que ya se toma como un viaje de excursión y puede llegar a pasar, cualquier cosa dentro de ese viaje a excepción que se visita a la basílica y se visita a cristo negro. Pero dentro de ese viaje también de muchas personas ya no toman en cuenta el significado, o siquiera la ruta en la que están atravesando, verdad?Creo que es parte de la influencia occidental, de alguna forma de los medios también, que no han difundido pues, esta historia, porque esto que estamos hablando no te lo cuentan en los medios de comunicación. Ni siquiera dentro de la iglesia católica. La iglesia católica te dice que está cristo negro de Esquipulas, que es un día reconocido [00:38:00] dentro de la espiritualidad, por así decirlo, guatemalteca, religiosidad popular, como querramos llamarlo, pero no te hacen este trasfondo histórico que hay dentro de él, verdad?Pues la iglesia católica se encarga de lo litúrgico si vamos a llamarlo de esa forma, se hace una misa, se participa dentro de las misas. Pues hay frailes franciscanos que están constantemente bendiciendo lo que se compra como souvenir dentro del lugar. Pero que más que una oración que haga falta, creo que si hace falta entender un poco más que es lo que estamos haciendo, pero pues es parte del cambio socio cultural influido, como digo por lo occidental de alguna forma, que está permeando pues esta memoria histórica en cuanto a la visita del cristo negro. No digo que deje de ser fuerte porque esto tiene muchísima fuerza todavía dentro del contexto mesoamericano.Chris: Claro, claro, [00:39:00] gracias a ustedes dos. Pues la mayoría de las pláticas en el podcast, son críticas, de lo que falta, lo que no hay, en en el mundo, en la cuestión del movimiento de viaje de devoción también, y agradecimiento.Bueno es obvio como las dinámicas transaccionales o capitalistas, etc afectan los movimientos de la gente. Cómo se proceden, como llegan, como piensen en sus movimientos, también queremos pensar en otros mundos, y parte de eso, tiene que ver con lo que algunos llaman la hospitalidad radical. Es decir, como lo más básico, según yo, la hospitalidad local, enraizado, para el extraño o extranjero o extranjera, etc. Entonces, tengo curiosidad por saber ¿Qué tipo de hospitalidad [00:40:00] radical ustedes han encontrado en Esquipulas o en la peregrinación, si es que han encontrado algo.Anny: Bueno, no te voy a hablar como mucho de esto, porque no tengo como una experiencia, porque no ha sido mi búsqueda también, como encontrar esto. Siento que es como un paso como más personal individual, quizá de de soledad, pero de de sentirte bien en el, así que solo, en el buen sentido.Te puedo decir que hay gente que tiene como muchas experiencias, verdad? De de encontrarse con las personas que abren las puertas de su casa para que estén, para que visiten, para que entren. Claro, ahorita pues mucha situación ha cambiado. Siento que la seguridad ya no es la misma. La situación que atraviesa Guatemala. La conflictividad que se ha ido acrecentando en estos últimos años con estas [00:41:00] miradas fascistas también, con la división entre iglesias, por ejemplo, entre protestantes fascistas, radicales, y protestantes neopentecostales. Y todavía medio que la iglesia evangélica presbiteriana, que es la que intenta mediar entre ambas y la iglesia católica. Todo esto, además que el oriente de Guatemala está catalogado como zonas de bastante menudeo de narco, corredores de narcotráfico también. Entonces, todas estas situaciones políticas y geopolíticas han ido modificando mucho el hecho de que tú busques tu propia protección y que la gente también, cuando no son épocas de de peregrinaje, no tiendan a abrir sus casas, sino que quizás las abren más como para cuando hay un poquito más de afluencia, pero ya es como muy poco ver este tipo de dinámicas. Lo otro es que mucha gente mayor, digamos de la zona ya ha [00:42:00] fallecido. Y pues ha quedado como gente joven, inclusive gente que no es ya de Esquipulas, sino que por tema laboral ha migrado ahí, entonces ya va perdiendo como un sentido de pertenencia, verdad? De como ese sentido de comunidad. Pero si algo yo puedo rescatar de hace como mucho tiempo y que nos queda de repente el bonito recuerdo y la historia que quizá Jairo quiere hablar ahí un poquito, es de cómo se fueron tejiendo ciertas rutas comerciales entre por ejemplo, Oaxaca, Mixco y la gente de que aprovechaba para ir a Esquipulas. Y también como pensar cómo fueron cambiando también los productos de consumo, porque ahora, pues, vemos una invasión de productos plásticos, verdad? Provenientes de China, de estas grandes pirámides de estafa que y de explotación de mano de obra en Malasia, que te viene producto chino también de por allá o de la india, por ejemplo. Vemos como la entrada de mucho de este, [00:43:00] de este producto, verdad?Entonces tampoco es que podamos estar hablando como de esta comunidad, o de encontrar como redes de comunidad en cuanto a la economía o en cuanto a la producción, porque es ahí si que tú sabes que el capitalismo es voraz y la globalización y todos estos factores que están pasando en este momento son muy crueles con las dinámicas y las formas de vida de acuerparnos, de querernos, de apapacharnos y que se intensifica cada vez más.Creo que ahí si que lo importante es, nombrarlo para que si alguien quizá no se había dado cuenta de cómo se han ido afectando las dinámicas. Pues ahora lo, se se pueda ver, verdad? Y que a veces también es un poco como egoísta de mi parte, porque ves ahí vamos al hecho de que, como yo solo lo voy una vez allá, pues no me importa al final, como si tejo o no tejo, verdad? Puede ser que sea el pensamiento de alguien, verdad? Bueno, yo [00:44:00] solo voy una vez, yo voy a lo que voy y no me importa pues si hay alguien ahí que me pueda acuerpar, recibir o lo que sea.Entonces también como estas dinámicas, estos pensamientos frívolos que también por la misma dinámica de la vida, de la economía y demás, se intensifican no? Entonces, pues yo pues yo, eso te podría decir.Jairo: Si, dentro de como el capitalismo, el sistema capitalista, ha influido también dentro de estas dinámicas. Yo puedo nombrar puntualmente durante las últimas veces que he ido a Esquipulas, justo desde acá de Mixco, como pues lo económico ha afectado, o sea, el nivel socioeconómico también determina lo que vas a llegar a hacer verdad? Porque muchas personas de que vienen de acá, ni siquiera pues ya piensan en hospedarse, sino que van en la noche, madrugada de un día, y se quedan en [00:45:00] el bus o solo van y peregrinan, rezan, dejan sus candelas, no se paga hotel y regresan, verdad? Eso ha sido en un par de ocasiones. Si bien, pues hay ahora opciones de hospedaje digámoslo de diferentes tipos, que se suelen reservar con anticipación. También está esta otra situación, que también deja un poco de lado a lo que se solía hacer de preparar comida, de llevar ya huevos duros, como le decimos nosotros, huevos cocidos con salsa de tomate, eso es muy de viajar en este contexto de Mixco, los tamales de viaje que les llamaban también que es básicamente pasta de maíz cocida con la tusa, que es la cáscara del maíz. Estos tamales, pues servían para eso, para poder mermar el hambre mientras se llegaba a Esquipulas y que ahora esto ha sido poco a poco reemplazado justo lo que nombraba Anny, por productos pre-elaborados, frituras, que no tienen ningún [00:46:00] sustento, ni siquiera enlazan, con la memoria de la cocina, sino que técnicamente es algo que se desecha. Y claro, la basura, también otro papel importante, porque tenemos poca educación o ninguna en cuanto al ambiente y las empresas que nos hacen responsables de sus paquetes, de sus sobrecitos, de sus botellas y todo esto, resulta en los caminos y, pues sí, es una ruta de peregrinaje, pero también hay basura plástica, verdad? Dentro de esa ruta de peregrinaje. Y, pues, nombrar también, este era un poquito la cereza del del pastel que yo quería dejar para esta conversación, porque, como las dinámicas económicas han afectado rutas comerciales y de peregrinaje que puede que lleven alrededor de 2 mil años de existir, verdad? Tu que te desenvuelves en Oaxaca, puedes preguntar sobre cristo negro de Esquipulas y vas a encontrar a mucha gente que es devota al cristo negro de Esquipulas [00:47:00] y que probablemente tengan una réplica, pues en varios lugares de Oaxaca. Sobre todo el área, pues de el Istmo, verdad? En el, en el área también, zapoteca, vas a encontrar mucha gente que es devota y producto, pues de ello eso, ya lo tenemos, pues registrado antropológicamente. Ya no se da, pero gracias a las abuelas de mi pueblo esto sobrevive y es como nosotros, como Mixco estamos en medio de una ruta comercial entre básicamente, el centro de México y el oriente de Guatemala que está hacia allá. Entonces, pues Esquipulas está casi, en un punto distinto a esta ruta, verdad?Pues hay una memoria de de cómo nuestra gente antigua de Mixco interactuaba comercialmente con gente que venía del centro de México. Y esto lo tenemos evidente en el uso de la indumentaria maya del Poqomam de Mixco, que tiene muchísima influencia de la indumentaria que viene del pueblo [00:48:00] zapoteca, y del pueblo mixteca, en Oaxaca y producto de ello, sé que en el audio no saldrá, pero lo voy a describir. Tenemos acá estas fajas, estas fajas vienen de santo Tomás Jalieza en Oaxaca. Las famosas fajas de Jalieza, que se utilizan en Oaxaca y que formaban parte de la indumentaria antigua de Mixco. Esto cambió más o menos a mediados de los años 60s.Hay memoria, yo escuché de boca de muchas de las señoras antiguas de acá de mi pueblo que decían, venían las mexicanas a vendernos ropa, técnicamente, pero no es la ruta de Tapachula moderna, ahora que se va por la costa, sino que se refieren a textiles. Y esto encontramos fotos, inclusive fotografías del siglo 19, de finales del siglo 19, principios del siglo 20 en el que vemos el uso de estas fajas, y las reconocemos técnicamente por esta figura que seguro, pues ya la, la verás más representada en en Oaxaca. [00:49:00] La gente acá en Mixco le dice a esto los bailadores, en Oaxaca les tienen un nombre, ahora específicamente, no lo recuerdo, pero es gracias a este danzante o bailador que reconocemos las fajas que vienen de ese lugar porque en Guatemala no encuentras ninguna otra faja que sea de este material, porque es lana, o bien puede ser bastante grueso el tejido en telar de cintura con estos diseños.Entonces, gracias a Abisaí Navarro, que ojalá pueda escuchar este material, es un amigo que es de Oaxaca, quien conocí por las redes sociales, en quien básicamente se ha dedicado a documentar las expresiones culturales también de Oaxaca y de la espiritualidad en los pueblos mixteca y zapoteca. Y él me envió estas fajas desde Oaxaca. Osea, yo ya no puedo decir las compré con señoras oaxaqueñas. Yo como mixqueño, no las compré con ellas porque ahora vienen en bus, la dinámica comercial cambió y además en Mixco ya no se usa la [00:50:00] indumentaria maya, de uso diario. Este es por un lado, y por el otro lado, también tenemos a este otro lugar que se llama Yalalag, que es gente zapoteca también, en el cual usan esta prenda sobre la cabeza, ellos le llaman tlacoyales o rodetes, que consiste pues en lana cruda, de de oveja teñida, colocado sobre la cabeza, que es la emulación, pues a una serpiente. Esto, pues, tampoco esto no lo traje de Oaxaca, esto lo conseguí pues gracias a una historiadora justamente de Chichicastenango que Anny conoce, María Jacinta Xón, ella pues su papá se dedicó muchísimo tiempo, y ella también se ha dedicado, pues a la elaboración de hilos y a la obtención de la seda, y el papá de ella que ya descansa, pues fue con quien pudimos investigar un poco de dónde venía esta lana. Esta lana ya no se produce ni siquiera en Chichicastenango, en el contexto de Anny, sino [00:51:00] que básicamente esta es la última que él tuvo la oportunidad de teñir, pero es exactamente la misma lana que inclusive él desconocía su procedencia sin pintar, de dónde venía.Y ahora esto ni siquiera aquí en Guatemala se consigue, entonces es la evidencia de cómo Mixco en medio de una ruta comercial entre básicamente todo el área de el Istmo y la costa sur hacia el oriente de Guatemala, que es otro mundo que, de no haber llegado la invasión española y de no haber este sistema que de alguna forma ha ladinizado decimos nosotros, o sea despojado de su identidad a la gente maya. Y, pues, tendríamos una gran diversidad también de personas en aquel territorio. Y pues es un poco de las dos prendas que acá en Mixco se utilizan todavía por las mujeres que participan en las cofradías, pero los nos hace pensar en las mujeres de Oaxaca también. Es bien curioso. Tengo un video que lo describe, si gustan lo pueden ver allá en mis redes sociales, [00:52:00] aparezco como "hoja de pacaya" y hay un video donde hablo de esto del tecoyal justamente.Anny: Si, Chris y algo que yo, quería como agregar nada más a la conversación. Es el hecho de que, en medio de esta forma de turismo que muchas veces es gentrificador y que también como que estas dinámicas de ir y venir hace que justamente todo alrededor de lo que sucede en Esquipulas pues cambie su dinámica Si bien es cierto, ahora cuando vas tú a Esquipulas, ya hay hoteles de repente, tal vez no de cadena, pero si de cinco estrellas. La gente ha intentado mantener hoteles que sean como de su familia. Pero eso no quita, por ejemplo, que ya haya más lugares de recreación, de consumo, de compra y de intercambio comercial.Porque pues tú sabes que al final, la situación económica, creo que a nivel mundial no es del todo buena para ninguno, [00:53:00] verdad? Entonces, pues siempre se busca la manera como de irte agenciando de ciertos fondos. Pero, ahora que lo pienso mejor, digamos en esta conversación, yo si puedo ver algo muy especial. Por ejemplo, aquí en Guatemala, hay dos lugares más en donde hay peregrinación a ver a cristo negro, que no tienes que ir a Esquipulas y que lo encuentras, aquí, de de donde yo vivo más o menos es a una hora, se llama Chinique de Las Flores. Y luego de Chinique de Las Flores a más o menos como unas tres horas, puedes llegar a Cunén. Cunén, también aquí en K'iche', que son estas, rutas de peregrinación para ir a ver también, réplicas del cristo negro de Esquipulas, pero que entonces ahí si te puedo decir que estamos encontrando aquello que una vez encontramos en Esquipulas [00:54:00] hace más de 400 años por así decirlo, 300 años.Entonces, lo estamos volviendo a encontrar ahí porque, claro, son zonas todavía de pronto un poco más pequeñas, en donde todavía el ambiente es más, comunal, comunitario, en donde, pues todavía es de pueblo, le decimos nosotros, todavía sí que está la esencia conservada de un pueblo. Entonces no se convierte en un lugar para ir a quedarte y pasar ahí una semana, que sé yo, sino que se convierte en un lugar de visita, de recogimiento de sí, ir a hacer tu tu peregrinaje, tu oración, tu penitencia.Entonces, a mí me parece que ahí todavía es en donde, donde se encuentra una esencia muy, muy rica.Chris: Pues, gracias a las energías, a los dioses y dioses que todavía hay lugares y gente que honran esas, esas tradiciones y las de también como Jairo [00:55:00] mencionó, que pues la memoria también está pegado dentro del textil, de tejido, justo tambien he visto como una una bebida chocolatosa tradicional aquí en Oaxaca que, según algunas personas tiene su origen en en el K'iche'. Aunque, se dice que ese proceso, esa receta no existe en el K'iche' ahora, pero todavía la memoria existe dentro de esas prácticas no? Entonces la cuestión de la hiper movilidad y el sentido de guerra constante en muchos sentidos en el el mundo contemporáneo, ¿Cómo piensan que, la peregrinación o las posibilidades de peregrinar pueden ofrecernos una manera, o maneras, o caminos a [00:56:00] socobar, la hiper movilidad, a la guerra, la comida chatarra como mencionaron, estas dinámicas y estructuras económicas que, pues nos están matando poco a poco? ¿Qué clave puede tener la peregrinación en un mundo donde queremos vivir?Anny: Pues yo creo que la responsabilidad de cada uno de nosotros que, que vamos con llevar también mensajes de esperanza, o sea, siempre hay rutas no? Está la ruta migratoria, está la ruta de la mariposa monarca. Está que esa peregrinación que hacen, van y vienen, y estas peregrinaciones que nosotros también hacemos como personas humanas, independientemente de si seamos cristianos o no, pero siempre hay una ruta que tú buscas de peregrinaje para sanar tus [00:57:00] dolores, tus enfermedades, tus traumas, tus miedos, así sea que tú vayas a peregrinar a una montaña, un volcán, un cerro, a una iglesia, a una basílica a donde sea.A mí lo importante, y lo que me parece a mi súper esperanzador es que tú tengas como también ese compromiso de compartir una luz con quienes tú te vayas encontrando en el camino. Puede ser que también tu peregrinaje entonces no parta desde el hecho de, ah voy a ir pensando solo en rezos, no, sino que, ¿Qué también puedo yo compartir en el camino?O sea que otras rutas también puedo ir yo dejando, mencionando, creo que esto lo hemos logrado con bastante efectividad cuando pensamos en las rutas migratorias y como podemos echarle una mano a les compas migrantes verdad?, Entonces a mí me parecería que una estrategia pues muy parecida, podría ayudar bastante, a ver esto con otros ojos y a ver esto, pues más allá de, [00:58:00] o sea, que que siempre podemos hacer varias cosas, cuando tenemos de repente solo una finalidad, pero al final podemos ir haciendo como mucho, entonces yo creo que como mensaje yo, eso te dejaría, o sea que, pues al final en medio de toda esta hiper movilidad, pues que la aprovechemos, no solo para quemar codos, sino para ir dejando otros mensajes a la gente, verdad? De cómo también nos vamos moviendo, movilizando, qué vamos pensando y qué está pasando alrededor del mundo. Jairo: Sí, bueno, entender que nuestras dinámicas han cambiado con el tiempo, que somos una generación que nos tocó ver cambios abismales dentro de las dinámicas de como nos hemos relacionado con otras personas, cómo aprendemos incluso porque ahora pues gracias a la hiper movilidad también, inclusive, pues a la tecnología conocemos nuevas cosas, pero no dejar de lado el en el caso, pues de la gente que peregrina, verdad? Las [00:59:00] reflexiones que hacíamos, el por qué se hace, un poquito, y también el que hacer de nosotros cuando vamos a un lugar y cuando nos movemos, verdad? El hecho de verdad estoy comprando con las personas que son de allí o me estoy yendo a meter un supermercado, de verdad esto beneficia la comunidad o esto beneficia a una empresa, pues que al final explota personas y que les compra super barato y regateado el producto, verdad? Creo que se ha mantenido, pues al menos en Esquipulas esa dinámica de consumir, pues lo que es de allí, la gente, pues esfuerza mucho porque saben que hay, personas de muchos contextos que vienen a ese lugar, por lo menos una vez al año. Entonces, entender estas dinámicas, creo que es un reto también dentro de nuestro contexto y entender también que el humano siempre se ha movido. Gracias a las personas [01:00:00] antiguas que se movieron hace 3 mil años hacia acá es que nosotros tenemos estas evidencias históricas y aprender de esas movilidades también, cómo nosotros generamos un buen impacto cuando nos estamos moviendo, pienso.Chris: Que vamos aprendiendo y recordando a la vez, cómo movernos con respeto y agradecimiento y devoción a lo que nos da vida. Vamos a asegurar que las imágenes de esos textiles hermosas, van a salir con el episodio, en el sitio web web de El Fin del Turismo. Y también los nombres y contactos si quieren de los compas que mencionaste Jairo. Y pues ha sido como un gran conversación, y me dan muchas ganas de seguir con esa [01:01:00] cuestión de peregrinación.Y en el nombre de de nuestros oyentes, me gustaría ofrecerles mis a agradecimientos más sinceros a ambos ustedes por acompañarnos hoy, y estar dispuestos a enfrentar y luchar con algunas de las contradicciones y pues también las colonizaciones que han afectado al acto y al arte de la peregrinación en nuestros tiempos. Si los oyentes tienen ganas a conocer más de lo que ustedes hacen en la vida, ¿Hay una manera de comunicar o conectar?Anny: Sí, por supuesto, en nuestras redes personales, yo soy la curadora en jefe actual de Espacio C, en Chichicastenango, entonces pues por ahí pueden , encontrarme en Instagram, o en Facebook, se escribe [01:02:00] ESPACIO/C ARTE+MEMORIA. Y luego en mis redes personales, por si alguien pues también desea buscar. Yo me encuentro en Instagram como "Anny Puac," así me pueden encontrar a mí también en Instagram para que pues vean, de pronto un poquito también de, de mi trabajo y, luego en nuestras redes comerciales como Los Cofrades Chichicastenango, así me pueden, nos pueden ir encontrando y pues ahora Jairo.Jairo: Gracias. Yo he tratado de crear contenido no de lleno, tampoco tan comercial. He hecho reflexiones en cuanto a estos elementos, ahí sí que de ambos lados, verdad? De la espiritualidad en Guatemala en general, tanto de lo católico como de lo maya, y cómo esto tiene un punto medular, es un poquito lo que ha sido mi [01:03:00] premisa durante los últimos años, evidenciar que no es netamente todo católico, cristiano y que hay elementos pues de la espiritualidad maya que prevalecen como lo que hablamos hoy.Me pueden encontrar pues, como Hoja de Pacaya en las redes sociales. La hoja de pacaya es la que se usa para decorar en las puertas de las fiestas acá en el contexto pues de Guatemala. La pacaya es una palma. También se come la flor durante los viajes, justo durante los peregrinajes. La flor de la pacaya se envuelve con huevo y se le pone salsa de tomate encima y es algo muy para viajar. Y pues, a la hoja de pacaya le dicen dentro del contexto guatemalteco a las personas que les gusta la fiesta y que no se pierden ninguna.Entonces es un poco la premisa de mi usuario, porque pues sí, me gusta documentar las fiestas, pues que se llevan a cabo en Guatemala con trasfondo, quizá de análisis [01:04:00] y de reflexión. Y pues, gracias por el espacio. Estoy muy agradecido por ello, a ambos. Chris: De nuevo, muchísimas gracias a ustedes dos por sus tiempos hoy, por sus reflexiones y sus compromisos en el mundo, en la vida. Anny: Qué gusto conocerte también. Y pues ahí estamos siempre en comunicación. Yo te de con un fuerte abrazo y no haber un fuerte abrazo a tierra que de Oaxaca también.English TranscriptionChris: [00:00:00] Welcome to the podcast The End of Tourism Annie and Jairo. Thank you both for joining me today. I would love for you to tell our listeners where you are calling from and what the world looks like there for each of you.Anny: Thank you very much, Chris, and good morning to everyone listening, or good afternoon or good evening, depending on your time zone.My name is Anny and I greet you from the K'iche' Mayan territory of Chuwila, K'iche' Guatemala specifically.Jairo: Good morning to both of you, it's a pleasure to be here. Sawe ta inteer winaq (Good morning to all of you) a pleasure from the Poqomam territory of Mixco and also from the outskirts of Guatemala City, thank you for this [00:01:00] opportunity to share knowledge.Chris: And thank you both. I'm here in Oaxaca and the world seems obviously a little weird. Well, maybe not obviously, but it seems weirder by the day. We're here today to talk about Esquipulas in Guatemala. And Esquipulas is the site of several churches that have housed the Black Christ of the town, which is famous for its supposed miracles for the past four centuries.Similarly, the pilgrimage to the shrine is the largest in Central America and the second largest in the Americas, with, from what I read, 5 million people visiting it every year. Now, to start, would you be willing to explain what prompted each of [00:02:00] your interests or relationships with this place and the practice of pilgrimage?Anny: Yes, of course Chris. Well, from my personal or individual relationship as a family, I have, let's say, a clear idea of when these pilgrimages began, suddenly, when I was about seven or eight years old, so, to tell you that I have clarity, but when I go back to the family archives, well, I see that the issue of going on pilgrimage to Esquipulas, well, it begins with my grandmothers.Jairo: So I could tell you that within my family, the pilgrimage to Esquipulas, well, maybe it has been present in the family for at least 80 years, especially on my maternal grandmother's side . She is from a K'iche' territory in Quetzaltenango , where they would begin the trip, together, there was a neighborhood trip organized by the neighborhood, or it was a family trip, so one or two buses would go at that time when there wasn't much transportation, right? It was also a luxury to go by some route where there was a bus stop. And well, what couldn't be traveled by bus, well, it was done on foot, they used donkeys, but, more or less that's where the story of how these pilgrimage routes began in my family, let's say.In our case, I was not aware of having arrived in Esquipulas when I was little. Well, there is a very interesting fact, when I was 40 days old, my family decided to take me to [00:04:00] Esquipulas, so that is in the family's photo archive as a thank you, because in the end I was born with... I was born well.Jairo: And then the family decides to go on a pilgrimage. This is the closest information I have about the person going to Esquipulas. Of course, I have always been very familiar with this within my immediate context, since people from my municipality tend to go organized in excursions from the different religious organizations that exist in my municipality.These, well, designate dates and are buses filled with approximately 50 people. Each bus usually arrives up to three, from here in Mixco, well, they go to Esquipulas. And that is something very interesting because it is, well, part of modernity, let's say going by bus, but there are many anecdotes from people from here in town who [00:05:00] tell how, well, they went in a more rustic way, right? It could be, well, on a walking pilgrimage, which was not the only pilgrimage, in fact that of the black Christ of Esquipulas. Today, specifically, we are going to talk about it.But there are also the pilgrimages to Antigua Guatemala, which is very close by. Here behind us there is a hill called Alux Hill. This hill was crossed on foot, and people still do so on foot, because behind the hill is the descent to get to Antigua Guatemala.Chris: Thank you. Thank you all. So, to learn a little more about your stories, like the pilgrimage, I would like to know a little more if you could offer something about the long history of Esquipulas, of the black Christ and well, how did the pilgrimage originate? Where does that story come from?Jairo: Well, as I mentioned before, saying some [00:06:00] words in the Poqomam language. It is the language that was spoken, well, in our town. I'm going to say it again more slowly to, well, describe to you what I said, technically it is:closely related and intrinsic to the people of Mixco and also to the Oaxacan territory.My name is Jairo, Jairo Andrés Chamale Lemus. I belong to this territory, to the Poqomam Mayan people. Half of my family and my ancestors are from here. And, well, I am dedicated to tourism. I have been a tourist guide for approximately eight years , since I graduated very young. And, well, I have dedicated myself to pilgrimages so that people also learn about the historical context of Guatemala and the different cultural, religious and also resistance expressions of the people in the territory of what we now know as Guatemala.Well, I am also a student of anthropology, specifically a bachelor's degree in anthropology, and I have also dedicated myself to studying the case of the Poqomam Mayan language in Mixco, which is a community very close to Guatemala City, which has had a very strong demographic and social impact, due to the growth of the metropolitan area of Guatemala City. It is something that I have dedicated myself to studying during the last few years. And also, well, to [00:08:00] documenting it, because we have many cultural and spiritual practices in our town, which have been disappearing as the city's demographic advances, thank you very much. Rontyoox aq'oo ta Anny: Well Chris . In fact there is a record, let's say historical , which says that the first pilgrimage to Esquipulas was in March 1595 , when the image left the workshop of this sculptor Quirio Cataño, heading towards Esquipulas, towards Chiquimula. This is in the east of Guatemala. We know it as the hot zone of Guatemala. But it is the zone, let's say, like hot arid . It is a territory where there is a Xinca, Popti' community, if I'm not mistaken, Chortí as well . And so, the production that is [00:09:00] They have in the lands over there, we are talking about fruits from some plants, some tubers more or less, but most of them are dedicated to fruit, right ?This first pilgrimage is documented and recorded by the chronicler, who is called Miguel Álvarez. And he says that, when he left from the workshop and headed towards Esquipulas, the image was performing different miracles along the way until reaching the basilica . Then there were people who asked him precisely that, please, that the image spend at least one night inside the house of people to bless it. And more or less it is estimated every year, let's say currently, now in Guatemala and around 300 thousand people from all over the world, mostly between Mexico, Central America, southern countries, for example from Peru [00:10:00] from Ecuador from Ecuador, Bolivia, if I'm not mistaken, it is like a lot of people who arrive, more or less between November, which right now is like a date from November to December and all of January, let's say, those are like the three months with the greatest influx of people who arrive at the basilica, right? So you can call it a pilgrimage , you can call it a pilgrimage, what pilgrimage, usually, well there if the people who visit can do like a day's visit only or it can be that a visit can be extended for up to 10, 15 days, right?From Guatemala City to Esquipulas there is a distance of approximately 220 to 250 kilometers and if you go on a pilgrimage, you go through very specific places along the entire pilgrimage, on average [00:11:00] Every day you are doing a stretch of 40 kilometers, a day, let's say if your intention is to go on a pilgrimage like that . So that's more or less like more historical data and the story, right?Chris: And I'm a little curious, inside the estancias, when I arrive at Esquipulas, if I were on a pilgrimage, for example, what would I do? Do they stop to say their prayers? I would like to know from someone who has never made a pilgrimage, how it looked those days before coming.Anny: Well, I'm going to tell you a little bit about my family's story because My maternal grandmother, she was a lady, very Catholic, right? So, for her, her pilgrimage, let's say, was her sacrifice, right? In the year, to say well, out of gratitude [00:12:00] to my health, to the miracles that she granted me, because she was very devout. It was the fact of going on a pilgrimage route. What did this imply? Even preparing food so as to not say waste time, thinking about what to eat along the way, because the idea for them was, well, to go in a kind of contemplation, in constant prayer, in prayer, let's say in petition, to stop every so often, right? Every 40 kilometers, because within the Catholic-Christian community, there are points that are marked within the route where you can stop with each family, because they may have a replica of the image of the black Christ, because in fact, when the first pilgrimage was, this family may have been one of the [00:13:00] families who first received the black Christ.So it becomes like that stopping point, right? So, when they make that stopping point, they go down. They go down to pray, they go down to talk and to socialize with people, maybe, to share a meal. And to feel, well, like thei
Exactamente en el momento de la fracción del Pan, los de Emaús reconocen al Señor. No al ver su rostro ni al oír su voz. Hagamos nosotros igual: el misterio de humildad infinita de la Sagrada Eucaristía ha de ser un tema constante de nuestra reflexión. Porque nunca accederemos a tocar su profundidad.
El influencer Llados y recién iluminado espiritual, ha sido investigado por la psicóloga Claudia Nicolasa que se infiltró como seguidora y con la colaboración de una psicóloga experta en sectas y un ex-seguidor concluyó que las mentorías de Llados en efecto actúan como una secta diciendo que si alguien no pone en tela de jucio los conocimientos que él imparte, sus seguidores dejen de tener contacto con esas personas, da igual que sean amigos o familia. Exactamente igual que hacen las sectas
Ford Mustang, Ford Mustang… ¡Ya vale de Ford Mustang! Que sí, que mola mucho, pero el “VER-DA-DE-RO” deportivo norteamericano, el más representativo, el que más ha aportado estética y técnicamente, no es el Ford Mustang… ¡para nada! ¿Y cuál es entonces? Está claro… ¡el Chevrolet Corvette! No te lo crees… te lo voy a demostrar. Gracias a nuestros amigos de la revista “CEROaCIEN” hicimos un monográfico del Corvette… que terminaba en el C3, que era la portada de la revista… pero es que, del Corvette, desde que nació en 1953 hasta ahora… ¡ha habido 8 generaciones! Hablaremos de todas. 1953. Nace un mito, el C1. Chevrolet quería “rejuvenecer” la imagen de esta marca de GM… y Harley Earl, diseñador jefe de la marca llevaba mucho tiempo queriendo diseñar y producir un deportivo. Convenció a Edward N. Cole, ingeniero jefe de Chevrolet y pensaron en utilizar una carrocería deportiva, atractiva y ligera, montarla en chasis pequeño y poner un motor “gordo”. Y en 1953 en el mismísimo Waldorf Astoria de Nueva York se presentó el Chevrolet Corvette. El diseño de Robert McLean, atrevido y con mucha personalidad, fue todo un éxito. Y aunque al principio este C1 dio algunos problemas de fiabilidad, no paró de evolucionar y a llegó a llevar motores V8 de hasta 5,4 litros y hasta 365 CV. 1962. C2, ¡otra cosa! Mientras en el Ford Mustang la segunda generación era casi un paso atrás, en este caso Chevrolet fue muy atrevida. El concepto de coche deportivo, divertido de conducir y ligero para los cánones norteamericanos, se mantenía… ¡pero no tenía nada que ver! Para comenzar, ya hay versión Coupé que nunca tuvo el C1 recurre a los faros escamoteables y la parte posterior era muy original. Además, contaba con suspensión trasera independiente y llegó a llevar motores de hasta 7 litros y 425 CV. 1967: C3, el “Coca-Cola”. Este C3 fue conocido en España y otros países hispano hablantes como el “Coca Cola” por sus formas vistas desde arriba. En los países angloparlantes se le denomino “The Shark”. El “tiburón” y estuvo en producción nada menos que 14 años. Su secreto… ¡una estética impresionante! El diseño de Larry Shinoda era y es todo un espectáculo. Quizás haya otros Corvette más impresionantes, pero más bonitos, no. 1983. C4, más sofisticado y práctico. Este modelo lo pude probar, nada menos que el ZR-1 con motor V8 de 5 litros, con culatas retocadas por Lotus y 411 CV. En foto no tanto, pero “cara a cara” era impresionante, no solo gracias al diseño de Jerry Palmer, sino también gracias a tu tamaño… 1996. C5, copiando a los japoneses. La primera vez que me dijeron que este diseño era una copia o al menos estaba inspirado en los japoneses Nissan 300ZX y Mazda RX-7 fui un poco escéptico… luego me he dado cuenta de que es evidente. Casi os diría que más en el Mazda, pues parece un RX-7 que ha tomado anabolizantes. No es una crítica para su diseñador, John Cafaro, que a mi entender hizo un buen trabajo, porque en estos tiempos los coches japoneses eran en los USA y en todo el mundo un verdadero referente, sobre todo en cuanto a calidad de acabados… y este C5 en este sentido mejoraba netamente al C4. 2004. C6, más de lo mismo. GM nunca ocultó que en realidad el C6 era una evolución y mejora del C5, algo más pequeño, ligero y con motores más potentes y eficientes. Pero si piensas que este C6 aporto poco a la saga, te equivocas, pues creo que con este modelo llega un punto de inflexión. ¿A qué me refiero? A que el Corvette, aunque se recorta en tamaño, “crece” como concepto, ascendiendo de la categoría de “deportivo” y acercándose a la de super-deportivo, con motores de hasta 638 CV en su versión tope de gama, como motor de solo 6 litros, compresor y no turbo y esos 638 CV. 2013. C7, muy actualizado. En este caso más que decir que el C7 es una evolución del C6 me gusta más decir que es una actualización, desde el punto de vista estético, con una línea similar, pero más moderna y aerodinámica, pero también en el plano técnico, con la llegada de la inyección directa. El motor de 6 litros recibe no solo la inyección directa, sino también el sistema de apertura de válvulas variable, lo que permite subir la potencia hasta los 461 CV reduciendo el consumo. Este Corvette ya pretende ser más superdeportivo que deportivo, no solo por su mecánica, sino por el empleo del carbono y el aluminio en su chasis y por sus asientos de cuero cosidos a mano… sofisticado, lujoso, eficiente y muy deportivo. 2020. C8, un salto espectacular. No solo es el motor central, no solo es el nuevo chasis, no solo es la estética… es que el motor tope de gama rebasa una cifra mítica… la de los ¡1.000 CV! Exactamente 1079 CV. Sinceramente, a mí con las versiones de 664 o 679 CV creo que me llega.
Congregation of the Living Word, a Messianic Jewish Congregation
Read Your Bible Part 2: Read Your Bible Again, For The First Time - English and Spanish. Why do you need to read your Bible through, cover to cover, if you have read it already in the past? That is exactly why you should! This is a translation of a podcast originally recorded on July 13, 2021. Lea su Biblia Parte 2: Lea su Biblia de nuevo, por primera vez - Inglés y Español. ¿Por qué necesita leer su Biblia de principio a fin, si ya la ha leído en el pasado? Exactamente por eso debe hacerlo. Esta es una traducción de un podcast grabado originalmente el 13 de julio de 2021.
Hoy te quiero hablar de un tema que para mí es muy importante para crecer sin trabajar de más, sin tener la agenda colapsada, sin terminar agotadas.Y es el FOCO extraordinario que nos permite conseguir grandes resultados mucho más rápido, con disfrute y paz mental.Muchas veces me preguntan cómo nos organizamos internamente, siendo un equipo 100% remoto. Porque no estamos en la misma oficina, ni siquiera en el mismo país, yo no hablo todos los días con ellas, y sin embargo estoy MUY tranquila, sabiendo que cada una sabe en qué se tiene que estar enfocando y se está enfocando en eso.Y lo mismo me pasa a mí: sé exactamente qué tengo que hacer ese día y cómo eso impacta en los planes y resultados grandes del negocio. En el episodio de hoy te comparto qué es lo que nos permite trabajar con este foco extraordinario, para que puedas aplicarlo en tu negocio, tanto si ahora tienes equipo como si no.Encuentra las notas completas del episodio en: https://www.naylanorryh.com/ep146-como-se-en-que-enfocarmeSi te gusta lo que escuchas, déjame una reseña ¡así me entero!Si no quieres perderte ningún episodio, suscríbete ¡así te llegan apenas estén!Y si tienes ganas de seguir la conversación, te espero en @naylanorryh
«—Yo soy el pan de vida —declaró Jesús—. El que a mí viene nunca pasará hambre y el que en mí cree nunca más volverá a tener sed». Juan 6: 35 Escrito por la Mayor Candelaria Elías Para más información sobre nuestro Ministerio, visita: https://salvationarmysoundcast.org/palabrasdevida
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¿Qué es un fantasma? ¿Por qué se habla de apariciones en diferentes culturas del mundo? En este episodio, Chuy Campos nos acompaña para hablar sobre espectros en diferentes países y culturas.
Dicen que nadie aprende por cabeza ajena, pero como creadora de contenido a creadora de contenido es mi deber, mi responsabilidad, mi tarea contarte de mis errores y esperar… esperar que puedas evitarlos y hacerlo todo mejor, mucho mejor. Si no sabes cuándo y cómo comenzar a multiplicar tu contenido en otras redes sociales, ¡dale play para contarte mi experiencia!