Podcasts about exactamente

  • 383PODCASTS
  • 613EPISODES
  • 28mAVG DURATION
  • 5WEEKLY NEW EPISODES
  • Jun 12, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about exactamente

Latest podcast episodes about exactamente

MENTOR360
Presentaciones Efectivas, Cómo Aplicarlas - re:INVÉNTATE con Luis Ramos

MENTOR360

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 42:43


En este episodio de PowerSkills, abordamos las 10 situaciones más críticas donde una presentación puede catapultar o destruir tu carrera profesional. ¿Te has quedado en blanco cuando tu jefe te pide que presentes sin aviso? ¿Has visto cómo proyectos inferiores consiguen presupuesto mientras el tuyo muere en comités? ¿Sabes qué decir exactamente cuando tienes que comunicar un fracaso o competir por una promoción? La realidad es brutal: el 67% de las decisiones ejecutivas se toman en los primeros 5 minutos de una presentación. No importa cuánto sepas si no sabes comunicarlo cuando más importa. En este episodio aprenderás: ✅ El script exacto para conseguir €500K de presupuesto ✅ Cómo presentar un fracaso y salir fortalecido - la técnica que Microsoft usó con Windows Phone ✅ La estructura para competir por una promoción hablando del futuro, no del pasado ✅ Cómo manejar a escépticos, crisis, clientes furiosos y las temidas "presentaciones sorpresa" ✅ 10 scripts palabra por palabra para las situaciones más críticas de tu carrera No te hablo de teoría. Te digo qué decir EXACTAMENTE cuando tu carrera está en juego.Recuerda: No es lo que sabes, es cómo lo presentas. La diferencia entre el éxito y el fracaso profesional a menudo se decide en 15 minutos de presentación.Déjanos ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ para ayudarnos a llegar a más personas con este contenido transformador: re:INVÉNTATE en Spotify y Apple Podcasts.¿Tienes preguntas o quieres compartir tus progresos en el desarrollo de este PowerSkill? Etiquétame en Instagram (@librosparaemprendedores) en una stories o deja tus comentarios y opiniones sobre este episodio.✨ ¡Hoy comienza tu re:Invención!

Mediodía COPE
"Si la caída de Koldo ha provocado la de Ábalos, la de Santos puede causar el destrozo definitivo"

Mediodía COPE

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 5:03


Es la una, las doce en Canarias.Qué tal, soy Jorge Bustos, bienvenido al mediodía de este jueves 12 de junio. ¿Hueles eso? ¿No reconoces este olor que flota en el ambiente? Sí, es olor a carne quemada. En concreto de la carne quemada de todas las manos socialistas que se han puesto en el fuego por Santos Cerdán. En este momento se están carbonizando las manos de María Jesús Montero, Félix Bolaños, Óscar López, Óscar Puente, Pilar Alegría y por supuesto, Pedro Sánchez, que confirmó a Santos Cerdán en el cargo de secretario de Organización hace solo siete meses, cuando Aldama ya había señalado al navarro por el cobro de mordidas. Pero la soberbia de Pedro le llevó a desoír esa advertencia y ahora le toca improvisar el control de daños. Porque los daños van a ser profundos. De momento el juez Puente del Tribunal Supremo le ha invitado a declarar de manera voluntaria, porque es aforado. Exactamente lo mismo que hizo con Ábalos antes de pedir el suplicatorio ...

Ana Francisca Vega
En su colaboración para MVS Noticias con Ana Francisca Vega, Luis Miguel González, director editorial del diario El Economista, habló sobre el dólar anémico: suma 21 semanas a la baja frente a las principales monedas. ¿Qué implicaciones tiene para

Ana Francisca Vega

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 7:02


En entrevista para MVS Noticias con Ana Francisca Vega, Angela Molina, colaboradora de MVS Noticias, habló sobre Laureano, el árbol que podría vencer a la inmobiliaria. Vecinos de la Benito Juárez piden declararlo patrimonio natural para evitar que sea talado por una constructora. "Exactamente hace un año, el 13 de junio de 2024, fue que se declaró patrimonio natural este árbol que mencionas, Eugenio, igual en la alcaldía Benito Juárez, y que fue una lucha de meses, o sea fueron ocho meses", dijo.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
PNUD aposta na “transição energética” e “financiamento” dos Grandes Estados Oceânicos

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 9:04


No decurso da 3.ª Conferência do Oceano das Nações Unidas (UNOC3), a decorrer em Nice, o PNUD organizou uma "Mesa Redonda Ministerial sobre os SIDS". Marcos Neto, secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, em entrevista à RFI, explica que a política do PNUD para estes “gigantes oceânicos” se baseia na “diversificação da economia”, “transição energética” e “financiamento”. No decurso da 3.ª Conferência do Oceano das Nações Unidas (UNOC3), a decorrer até sexta-feira em Nice, França, o PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - organizou, esta segunda-feira, 09 de Maio, uma "Mesa Redonda Ministerial sobre os SIDS", os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento. Em cima da mesa, dois temas em destaque: o lançamento da Iniciativa "Rising Up for SIDS" (Mobilizar-se pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento) e o "One Ocean Finance" (Financiamento para o Oceano).Marcos Neto, secretário-geral Adjunto das Nações Unidas, administrador assistente do PNUD e director do Gabinete de Apoio às Políticas e Programas, em entrevista à RFI, explica que a política do PNUD para estes “gigantes oceânicos” se baseia na “diversificação da economia”, “transição energética” e “financiamento”.RFI: O PNUD lançou esta estratégia “Rising Up for SIDS”. Em termos práticos, em que é que consiste e que mudanças traz para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento?Marcos Neto: Os países, as pequenas ilhas insulares, na verdade, achamos que eles têm um nome mal dado, em vez de serem chamados de pequenos países insulares, deviam ser chamados de países gigantes oceânicos. O PNUD trabalha com 30 dos 39 países que são ilhas. E essa estratégia é a continuação de uma estratégia que já tínhamos, comprovando o compromisso permanente, a prioridade permanente que o PNUD dá para as pequenas ilhas. Enfoca basicamente em três grandes pilares: um pilar que é a diversificação da economia das ilhas, tomando muito em consideração a economia azul. Segundo elemento prende-se com uma questão de adaptação climática e de preparar os países para ter uma resiliência mais forte com relação aos problemas climáticos.No sentido de os países já estarem preparados para essas consequências das alterações climáticas?Exactamente, até porque as consequências já são uma realidade, não é mais uma questão futura. Já estamos com a frequência de furacões e a frequência de desastres cada vez maior.Também é um processo de transição energética. Esses países são muito dependentes de processos de importação de energia, na maior parte dos casos, eles importam [energia] fóssil. Importam diesel. Eles são muito pouco contribuintes ao problema climático, a emissão deles é muito, muito pequena. O trabalho de transição energética não é uma questão tanto de resolver o problema global de emissões climáticas, mas é um processo de transição económica. A balança comercial desses países é altamente afectada na parte de importação pela importação de diesel, pela importação de energia fóssil.Se conseguíssemos fazer a transição desses países para uma energia renovável, local, solar, eólica, geotérmica ou até oceânica, eventualmente, transformaríamos a economia deles para sempre, ao reduzir o que eles têm que importar em dólares ou em euros de energia. Então esse é um dos elementos mais importantes que junta a questão climática com a questão da transição económica.O terceiro pilar do nosso trabalho é exactamente garantir o acesso a finanças para eles. Esses países sofrem um processo muito desigual nas estruturas de finanças internacionais, porque são considerados basicamente países de ingresso médio. Porquê? Porque eles têm um PIB per capita alto. Então, não têm acesso às finanças concessionárias internacionais. E, ao mesmo tempo, têm alto nível de dívida pública.De endividamento.De endividamento. Eles têm um problema financeiro, de acesso de finanças para fazer essa transição energética, para se prepararem para o clima, para investir em educação e saúde, que é um absurdo.E é nesse e nesse caso que entra o PNUD e que tenta inverter essa situação do acesso às finanças ou que tenta de alguma forma conseguir esse financiamento para esses países?Exactamente. A nível mundial, com as Nações Unidas lideradas pelo secretário-geral, já faz muito tempo que estamos pedindo uma reforma profunda da arquitectura de finanças internacionais. Inclusive, isso será discutido daqui a um mês em Sevilha, na Espanha, na quarta reunião de financiamento do desenvolvimento, logo depois da reunião dos oceanos.E, para além disso, a gente trabalha com esses países tentando acertar os orçamentos, tentando ver como podem aceder ao mercado de capitais em termos que são bons para eles. Todos esses aspectos. A gente trabalha tanto na questão política de ‘advocacy' a nível mundial, como país por país, em tentar ajustar as finanças públicas deles e ajudar eles a aceder a esse mercado de capital.Nesta questão da transição económica, essa economia Inclusiva garante que os grupos mais vulneráveis não ficam de fora, não ficam à margem desta transição, mulheres jovens, comunidades mais vulneráveis. Como é que isso acontece?A gente tem um princípio básico de não deixar ninguém para trás, não deixar ninguém para trás. Significa que começamos com quem já está atrás para não deixar um ‘gap' muito grande. E nesse aspecto, tem juventude, mulheres, grupos que são marginalizados ou por questões de raça ou de género. A gente tenta sempre trabalhar tanto do ponto de vista da política pública, com os governos. A gente trabalha muito na questão de que os orçamentos públicos desses países tenham uma lente de género, uma lente de mulher, que eles possam ver as mulheres no orçamento público. Como a gente trabalha no processo de empreendedorismo e empreendedorismo de mulheres, empreendedorismo de jovem, transição digital para que não deixe para trás mulheres e jovens. Isso é um pilar fundamental de todo o trabalho do PNUD.E tendo em conta esta estratégia “Rising Up for SIDS”, o PNUD espera alcançar os resultados em quanto tempo?Por quatro anos. Essa estratégia se junta ao nosso novo plano estratégico, que começa a partir do início do ano que vem e vai até 2029. Então, são quatro anos. Mas antes disso, é um processo de continuação, criado em cima do que já deu certo.No que toca à plataforma “One Ocean Finance”, de que forma é que pode ser efectivamente desbloqueado financiamento?Essa plataforma, que tem vários parceiros, dá tanto assistência técnica para os países como trabalha em processos de instrumentos financeiros específicos. Por exemplo, garantias. Se a gente conseguisse, dentro dessa plataforma, botar processos de parcerias que possam gerar garantias para que esses países tenham uma nota de risco melhor do que o que eles têm hoje, isso vai atrair o capital com termos melhores.Mas aqui falamos que aqui falamos, por exemplo, também do sector privado?Claro, porque no final das contas, quem investe é o sector privado, mas o sector privado na hora de investir sempre toma em consideração as notas de risco que são dadas aos países. A nota de risco desse país não é boa. Então, colocar instrumentos financeiros como garantia, melhorar políticas públicas domésticas que gerem um processo de mudanças dos riscos que os países têm e que são percebidos pelos exteriores, vai atrair o sector privado.Qual é a esperança que o PNUD deposita nesta terceira cimeira sobre os oceanos das Nações Unidas?Eu acho que é preciso olhar para essa reunião e ver duas coisas importantes: a consolidação da importância económica, social e ambiental dos oceanos e, dentro dessa importância, dessa consolidação, dessa a elevação como prioridade, dos papéis das ilhas, dos pequenos países insulares. É importante para consolidar e para demonstrar que esses países precisam de mudanças mundiais para que eles tenham uma realidade, eles são os mais vulneráveis ao clima, com menos acesso a financiamento, para se protegerem contra o clima. Isso tem que mudar. Então, eu acho que essa reunião combinada com a reunião de Sevilha de financiamento para desenvolvimento, que vem daqui a um mês depois, combinado com a COP 30, no Brasil, pode ajudar muito a consolidar essa realidade fundamental que a gente precisa. Acho que a segunda parte é ter um processo mundial de encontrar ferramentas, encontrar plataformas específicas que possam começar a implementar na prática, no dia-a-dia, o que está saindo dessas conversas mais políticas. Nesse caso, o Ocean Finance Facility, do PNUD e de outros parceiros, é importante, o fundo de recifes de corais é outro papel importante. Eu acho que tem todo um elemento aqui que é fundamental para essas conferências, tanto do ponto de vista de consolidação política, de prioridades, quanto de ter respostas práticas que ajudem as pessoas no dia-a-dia na vida deles. Não faz muito sentido ficar só na retórica.

Convidado
UNOC3 “é uma oportunidade de acção” para “dar prioridade àquilo que o oceano representa”

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 7:47


Arranca esta segunda-feira, em Nice, França, a 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3). Em cima da mesa o reforço da mobilização global para a preservação e uso sustentável dos oceanos. A UNOC3 é co-presidida pela França e pela Costa Rica. Os Estados Unidos são os grandes ausentes da cimeira. O presidente da associação ambientalista portuguesa ZERO, Francisco Ferreira defende que esta conferência “é uma oportunidade de acção” para “dar prioridade àquilo que o oceano representa”. RFI: O que é que a ZERO espera desta terceira conferência sobre os Oceanos?Francisco Ferreira: Nós achamos que esta conferência será, sem dúvida, mais um marco importante de discussão e, acima de tudo, de dar relevo e prioridade àquilo que é o oceano, quer do ponto de vista dos serviços que nos presta, quer da absoluta necessidade da sua salvaguarda e protecção e também do “sofrimento” que o oceano, com as grandes crises climática, da biodiversidade, da exploração de recursos, tem sofrido.Se não fosse o oceano, a temperatura da nossa atmosfera não estaria apenas a 1,6 graus acima da era pré-industrial, como esteve em 2024, mas muitos mais graus acima porque tem sido o oceano, através do seu aquecimento, com consequências dramáticas - nomeadamente para os bancos de coral, para o oxigénio que consegue estar dissolvido nos oceanos - que tem acomodado esse aumento temperatura.Portanto, o oceano tem de ser salvo e nós precisamos de o proteger e salvaguardar.Esta conferência, apesar de não se esperar realmente resoluções vinculativas e é algo que decorre da sua própria natureza, vai, sem dúvida, juntar um conjunto de líderes e uma oportunidade de acção que para nós é extremamente importante. Esperamos o estímulo ao aumento das ratificações para conseguirmos a entrada em vigor do Tratado do Alto Mar. Estamos com 29 países que já ratificaram. E são precisos 60 para a ratificação do Tratado do Alto Mar?Exactamente. Estamos a falar de um território que representa mais de 70% do oceano e que é fundamental ser reconhecido como bem comum da humanidade e gerido com base na ciência, e com base também na equidade entre os vários países.Por outro lado, também é crucial que tenhamos, do ponto de vista científico, esta possibilidade- de tal como para o clima- termos um Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, para a Biodiversidade também um painel semelhante, dedicarmos o mesmo tipo de relevo, de juntar os melhores cientistas e a melhor informação e conhecimento para gerir o oceano. E essa plataforma para nós é, sem dúvida, um aspecto muito relevante.Há, ainda, outros aspectos que achamos cruciais: a participação de grupos minoritários que são cruciais para a sua sustentabilidade económica e social na gestão do oceano - os pescadores de pequena escala, os povos indígenas - e, por outro lado, ainda, a necessidade de darmos um relevo realmente muito maior ao oceano no quadro das alterações climáticas.À semelhança daquilo que acontece com as diferentes COP, Cimeira das Nações Unidas para o Clima, não podemos ter aqui mais do mesmo? Os documentos que saem destas conferências não são vinculativos, o que faz com que não haja consequências para os países que não os respeitem.Essa, aliás, a principal crítica da parte da Zero e também da Oikos, uma outra organização mais ligada ao desenvolvimento - estamos a acompanhar juntos esta conferência - é que realmente podemos ter determinadas acções que têm um peso vinculativo grande, como é o caso do Tratado do Alto Mar, mas muitas das outras decisões, inclusive aquilo que venha a ser a adopção do “Plano de Acção de Nice para o Oceano”, a “Declaração do Nice para a Acção no Oceano”, tudo isso, pura e simplesmente, poderá passar não mais do que meras intenções.De boa vontade?De boa vontade e não vincular realmente os países. Sem dúvida que, para nós, é esta discussão multilateral entre os vários países que é fundamental fazer e, portanto, a conferência é, sem dúvida alguma, uma enorme mais-valia. Perde por, no quadro internacional, não ter uma expressão vinculativa, principalmente no que diz respeito à mobilização de recursos financeiros, no que diz respeito às metas de protecção e salvaguarda, mas indirectamente -e esse é o nosso apelo - há tratados, convenções, essas sim, com um espírito mais vinculativo. Por exemplo, a Convenção da Biodiversidade ou da Diversidade Biológica e a própria Convenção do Clima, onde poderei integrar a valência dos oceanos de uma forma muito mais importante do que tem acontecido, principalmente no clima. Na Convenção do Clima, os oceanos têm tido uma menção e uma é uma atenção muito reduzida face aquilo que tem sido o papel dos oceanos, quer na redução dos impactos quer nas consequências para o oceano de termos temperaturas mais elevadas e mais dióxido de carbono na atmosfera.Em relação a Portugal, qual é o ponto da situação das políticas em relação precisamente à protecção do oceano?Portugal ratificou recentemente o Tratado para o Alto Mar e, portanto, é uma excelente notícia. Mas, por outro lado, no que diz respeito à limitação de várias áreas em termos de conservação da natureza nas zonas costeiras do continente e, por outro lado, também naquilo que são ameaças em relação a áreas que foram recentemente anunciadas, como foi o caso das áreas marinhas protegidas dos Açores e onde se quer flexibilizar determinada pesca - e o mesmo se passa na Madeira - temos aqui uma certa contradição entre alguma ambição que Portugal tem demonstrado e ameaças ou a falta de concretização daquilo que Portugal já deveria ter feito e assegurado de forma muito clara em termos de apoio.Há um outro aspecto também importante, Portugal alinhou naquilo que respeita à exploração dos fundos marinhos numa moratória para até 2050 - infelizmente não é para sempre - não embarcar nesse tipo de exploração, nomeadamente de materiais críticos no fundo do mar, na zona da sua jurisdição.

Agropopular
09:00H | 07 JUN 2025 | Agropopular

Agropopular

Play Episode Listen Later Jun 7, 2025 59:00


César Lumbreras. Agropopular. Cope. Estar informado. Efectivamente, esto es Agropopular. Saludos de César Lumbreras. Luego, ¿qué hora marca el reloj del estudio, Eugenia? Exactamente las 9:38 segundos. Pues eh, hemos escuchado eh parte de las campanadas aquí en el reloj de la plaza de Adanero. Si llevan con nosotros desde las 8:30, nuestro agradecimiento y si se incorporan ahora a nuestra audiencia, también nuestro agradecimiento. Quédense con nosotros porque tenemos muchas cosas que contar, por ejemplo, el pregón que hoy lleva por título ¿Por quién doblan las campanas? Hoy por los ...

¡Buenos días, Javi y Mar!
08:00H | 03 JUN 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 1:00


En punto de la mañana, esto es Cadena 100. Bueno, yo antes pensaba que para comer bien había que hacer dieta y pasar hambre, pero un día hice clic y me di cuenta de que lo que hay que hacer es comer sano y equilibrado. Exactamente, Javi, con el seguro igual. Si pensabas que un buen seguro de hogar sería carísimo y tendrías que pagar por coberturas que no necesitas, pues haz clic y con Verti podrás elegir las coberturas que realmente necesitas y gestionarlo todo desde su app. Así que además que sepas que te regalan 100 € al cambiarte. Haz clic, pasa tu seguro de hogar a Verti y llévate hasta ...

Historias Jasidicas
Ayudé EXACTAMENTE a Quien Más lo Necesitaba

Historias Jasidicas

Play Episode Listen Later May 27, 2025 9:00


Video #6️⃣1️⃣7​ – ¡Una historia que te va a conmover! ✨

Agustina Ferrand
♥️✨

Agustina Ferrand

Play Episode Listen Later May 26, 2025 2:55


¿Por qué la risa, Julio, un día tan gris en un país tan abatido? Quizá porque es lo que nos vuelve más livianos. Lo que nos desdramatiza y quita el peso de la espalda. Que, por cierto, tanto nos hace daño.¿Por qué la risa, Julio? Porque seguramente tenga mucho más poder que la tristeza. Que es lo que precisamente necesita el poder para perpetuarse, como bien lo descubrió Gilles Deleuze, "ciudadanos tristes, abatidos, no felices, no pensantes". Eso es lo que quieren de nosotros.Ay, es que cuando la carcajada se dibuja en la escena es como canta Wos y no otra cosa: No pueden convencerte de que la magia no existe. Entonces hacerse bien se vuelve un desafío superado. Y por qué no... un futuro mucho más osado o mucho menos acomplejado. Lo que suceda primero. Como me gusta decirle.Y además porque no tengo ningún problema en esperarla o hacerle cosquillitas en la mente. Siempre que la intrepidez me lo permita, por supuesto.Para sabernos felizmente entrelazadas. O para separarnos y llevarnos, cual lágrima que se abrazó a otra lágrima. Entonces de ahí nació la alegría. De sabernos "ya no solas" en el camino. De entendernos, claramente, compañera y compañía. Que no es poco. Ni demasiado. Precisamente porque podemos. Exactamente porque es liviano. Te deseo más túneles útiles y menos drama. Que pa' todo lo demás ya existen las noticias.Con Amor: Agustina

24 horas
Manuela Carmena, exalcaldesa de Madrid: "La política parlamentaria ahora es exactamente igual que la que se hacía en el siglo XIX"

24 horas

Play Episode Listen Later May 23, 2025 23:51


Manuela Carmena, abogada y exconcejala del Ayuntamiento de Madrid, ha visitado el informativo '24 horas de RNE' con Lalo Tovar para presentar su libro 'Imaginar la vida. Cuatro décadas transformando lo público'. La jueza analiza la situación de las instituciones sociales y lo complicado que es su evolución: "Me preocupa muchísimo que la manera en la que llevamos a cabo la política parlamentaria ahora, es exactamente igual que la que se hacía en el siglo XIX", afirma. Enfatiza en la manera de hacer discursos en la actualidad, "en la que se busca ver quién dice la gracieta del bobo", "una actividad de odio con el adversario político", por eso se pregunta: ¿Qué sentido tiene ahora una manera de hacer política a base de discursos? Para Carmena, la gestión no se explica en un discurso, sino "escuchando a las personas afectadas por una situación", "me encantaría que las reuniones de los políticos, las pudieran escuchar los ciudadanos y participar en ellas", propone. Sobre su experiencia en la alcaldía de Madrid, reconoce que le pareció muy interesante, aunque le "permitió conocer lo absurdo que era la manera de hacer política", concluye. Escuchar audio

Desayuno Royale
Qué es un AGUJERO NEGRO Exactamente

Desayuno Royale

Play Episode Listen Later May 12, 2025 27:12


Los agujeros negros se desprenden de las ecuaciones de la Teoría de la Relatividad General de Einstein. Sin embargo, son tan peculiares que ni el propio Einstein creía que pudieran existir esa rotura del espacio tiempo.

Convidado
Sudão declara Emirados Árabes Unidos como “Estado agressor”

Convidado

Play Episode Listen Later May 7, 2025 12:07


O governo sudanês rompeu, esta terça-feira, as relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos que declarou como um "Estado agressor" por, alegadamente, fornecer armas aos paramilitares que lutam contra o exército regular. O anúncio surge um dia depois de o Tribunal Internacional de Justiça se ter declarado "manifestamente incompetente" para julgar a queixa apresentada pelo Sudão contra os Emirados Árabes Unidos por cumplicidade no genocídio no Darfur. Neste programa, Daniela Nascimento, especialista no Sudão, analisa os últimos acontecimentos no país que vive “a pior crise humanitária do mundo” e onde não se prevê um desescalar da situação “num futuro próximo”. Desde Abril de 2023, o Sudão está mergulhado numa guerra civil entre o exército regular, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido, uma milícia paramilitar sob o comando de Mohamed Hamdan Daglo. Estima-se que o conflito tenha provocado dezenas de milhares de mortes, cerca de 13 milhões de deslocados e a “pior crise humanitária do mundo", de acordo com a ONU.Nos últimos três dias, as Forças de Apoio Rápido têm realizado ataques de drones contra várias infra-estruturas em Porto-Sudão, sede provisória do governo sudanês, o qual acusa os Emirados Árabes Unidos de fornecerem armas aos paramilitares. Entretanto, o Tribunal Internacional de Justiça manifestou-se “incompetente” para julgar a queixa de Cartum que acusa Abu Dhabi de cumplicidade no genocídio no Darfur.Esta terça-feira, o governo sudanês cortou relações diplomáticas com os Emirados, mas a investigadora Daniela Nascimento diz que “o impacto não será significativo” a nível económico. Já do ponto de vista político, “a acusação muito grave de estar a pactuar, a colaborar e a financiar o genocídio no Darfur deixará algumas marcas”, mesmo que os Emirados Árabes Unidos o neguem.RFI: Qual é a implicação da monarquia petrolífera dos Emirados Árabes Unidos na guerra que está a devastar o Sudão há dois anos?Daniela Nascimento, Professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: “O envolvimento tem sido reportado recorrentemente desde o início desta guerra, por via do apoio que tem sido dado do ponto de vista militar às Forças de Apoio Rápido. Grande parte desta investida militar por parte deste grupo paramilitar que confronta e que contesta também o controlo e o poder das Forças Armadas sudanesas tem sido muitíssimo impulsionado e promovido por actores externos ao conflito. No caso dos Emirados Árabes Unidos, esse envolvimento tem sido referido sistematicamente pelo general al-Burhan em vários momentos do conflito, sendo que os acontecimentos dos últimos dias remetem para o fornecimento de drones e armamento militar que esteve implicado nos ataques em Porto-Sudão, capital de facto do governo do exército sudanês liderado pelo general al-Burhan, e que vem reforçar esta acusação de que os Emirados Árabes Unidos têm estado directamente investidos no apoio às Forças de Apoio Rápido e, obviamente, considerando-os como uma parte do conflito. Foi isto também que motivou a queixa do Sudão junto do Tribunal Internacional de Justiça, acusando os Emirados Árabes Unidos de estarem a apoiar aquilo que consideram ser um genocídio em curso, sobretudo na região do Darfur.”O Tribunal Internacional de Justiça disse que é “manifestamente incompetente” para julgar a queixa. Como é que vê a resposta deste tribunal? “É a resposta possível, tendo em conta as circunstâncias e o enquadramento que permite ao Tribunal Internacional de Justiça actuar. Aquilo que foi referido sobre esta decisão do Tribunal Internacional de Justiça é muito claro: no momento de ratificação da Convenção para a Prevenção e Sanção do Crime de Genocídio por parte dos Emirados Árabes Unidos em 2005, tendo em conta aquela que é a margem de manobra que é dada aos Estados no momento de ratificar importantes tratados internacionais, nomeadamente na área dos direitos humanos, os Emirados Árabes Unidos fizeram uma reserva no momento da ratificação, referindo que esta ratificação não abriria a possibilidade ao Tribunal Internacional de Justiça de julgar casos em que os Emirados Árabes Unidos fossem acusados por outro Estado. Porque é assim que o tribunal funciona, com queixas de Estados contra Estados relativamente à participação em crimes de genocídio. Portanto, a sua adesão a esta Convenção foi sobretudo numa lógica de uma certa assunção de responsabilidade na dimensão de prevenção de crimes de genocídio, mas sempre que os Emirados Árabes Unidos fossem implicados - como está agora a ser o caso - em acusações de alegados crimes de genocídio, o Tribunal Internacional de Justiça não tem jurisdição para julgar esses casos.”Porque é que o Sudão é importante para os Emirados Árabes Unidos? Há quem fale do ouro, não é? “Sim. É, sobretudo, o acesso facilitado aos recursos naturais, a recursos importantes, e é também um interesse do ponto de vista de alguma influência e controlo do ponto de vista regional, do ponto de vista territorial, também numa zona que tem sido sempre bastante disputada.”Há quem diga que os Emirados também buscam combater a influência saudita no Sudão e conter a ascensão do islamismo político e da Irmandade Muçulmana…“Exactamente. Era outra ideia que queria partilhar porque há aqui uma tensão também do ponto de vista daquelas que são as influências das diferentes partes envolvidas neste conflito: as forças sudanesas e as Forças de Apoio Rápido, sendo que historicamente os regimes militares no Sudão têm tido um apoio significativo da Arábia Saudita e, inclusivamente, noutros contextos de instabilidade e de violência, nomeadamente no Iémen, foram sendo também reportadas situações de envolvimento de tropas sudanesas, por exemplo, em apoio àquela que é também a luta da Arábia Saudita contra os hutis no Iémen.Há aqui toda uma dinâmica regional bastante mais ampla e que favorece a oportunidade a estes actores regionais que se vão implicando nestes contextos. Não são os únicos, podemos falar do Egipto, do Sudão do Sul ou do Uganda em algum momento que servem de factores de desestabilização acrescida. E, obviamente, esta desestabilização tem um propósito de algum tipo de contrapartida e de benefício, seja ele político, seja ele económico e material.”Uma parte significativa do ouro extraído no Darfur seria exportada para os Emirados Árabes Unidos. Abu Dhabi é um grande centro de comércio de metais preciosos no mundo. Com este corte das relações diplomáticas, como é que fica a questão do ouro sudanês que ia para os Emirados? “O impacto não será significativo. O facto de ter cortado relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos não vai necessariamente ter este impacto directo na continuidade de um apoio, eventualmente, menos explícito, sendo que não é necessariamente assumido. Os Emirados Árabes Unidos têm negado. Convém ressalvar isso.”Os Emirados Árabes Unidos desmentem qualquer implicação…“Mas a verdade é que a dinâmica no terreno - e tendo em conta a imensa instabilidade - este reforço da posição militar das Forças de Apoio Rápido com estes ataques a Porto-Sudão, que permitiram uma espécie de entrada numa região que estava supostamente controlada pelas Forças Armadas sudanesas, vai continuar a permitir, quanto mais não seja por baixo da mesa, que o ouro continue a circular, enquanto as Forças de Apoio Rápido considerarem que esse apoio lhes é bastante favorável.O acesso aos recursos será garantido a partir do momento em que as forças controlam uma parte significativa do território onde estas reservas se concentram. Essa possibilidade irá manter-se até que haja efectivamente uma mudança significativa do rumo do conflito e se consiga, eventualmente um desescalar da violência e se encontre um caminho alternativo para esta situação.”Disse que o impacto deste corte de relações diplomáticas não será significativo a nível económico ou a nível de circulação do ouro. A outros níveis haverá alguma consequência? “É difícil fazer essa cenarização. De facto, acho que há um objectivo político de marcar uma posição política por parte do governo sudanês, mesmo no que toca a um potencial envolvimento dos Emirados Árabes Unidos numa eventual solução de apaziguamento deste conflito porque isso também tem sido colocado em vários momentos.Houve aqui uma tomada de posição política. Tem havido várias tentativas de colocar essa pressão sobre os Emirados Árabes Unidos no sentido de fragilizar a posição das Forças de Apoio Rápido, mas, obviamente, também temos de ter aqui em consideração que as Forças de Apoio Rápido não se fazem valer apenas do apoio dos Emirados Árabes Unidos. Há outros actores que também têm estado bastante investidos nesse apoio e que têm os mesmos interesses de acesso a estes recursos. Por exemplo, o Grupo Wagner de que não se fala tanto, mas também tem tido um papel importante.Do ponto de vista político, do ponto de vista daquilo que é a imagem dos Emirados Árabes Unidos, fica aqui esta marca de uma ligação muito directa entre aquilo que está a acontecer no Sudão - este cenário de violência – e uma acusação muito grave que é a de estar a pactuar, a colaborar e a financiar o genocídio no Darfur, o que inevitavelmente deixará algumas marcas.”Ainda que, mais uma vez, os Emirados Árabes Unidos desmintam qualquer implicação?“Claro que sim. Faz parte, obviamente, das dinâmicas político-diplomáticas de não assumir directamente o envolvimento em situações que são consideradas situações graves, em que se têm cometido actos de violência muito significativos, em que há esta acusação de um crime particularmente grave e que, do ponto de vista da condenação internacional, é particularmente simbólico e importante. Ou seja, esta ideia do genocídio tem uma carga - dirão alguns que se calhar essa carga já se perdeu também, tendo em conta os acontecimentos noutros contextos do globo - mas não deixa de ter uma carga importante do ponto de vista da responsabilidade que incute sobre a comunidade internacional. Portanto, inevitavelmente, a postura dos Emirados Árabes Unidos será sempre de negar esse envolvimento directo para também não fragilizar a sua posição noutros contextos políticos e geopolíticos e económicos.”Para quando e em que circunstâncias o desescalar do conflito?“Não o prevejo para um futuro próximo. Houve quem considerasse que estes últimos desenvolvimentos no Sudão, nomeadamente o retomar do controlo da capital, há uns meses, por parte das Forças Armadas sudanesas, pudesse ter como efeito alguma fragilização do papel das Forças de Apoio Rápido, alguma desmotivação ou falta de condições para continuar esta guerra. Enquanto as duas partes sentirem que têm a ganhar em continuar esta guerra, dificilmente se conseguirá uma via de entrada, uma oportunidade séria, para um cessar-fogo que possa permitir condições para se iniciar um processo negociado. Independentemente dos cenários possíveis que têm sido suscitados até no sentido de uma eventual secessão da região controlada pelas Forças de Apoio Rápido, nomeadamente o Darfur. Há aqui vários cenários que têm sido colocados em cima da mesa para uma espécie de via de resolução deste conflito. A meu ver, ainda não estão efectivamente criadas as condições para que isso aconteça. Também não antevejo aqui grande vontade, por parte de grandes actores do sistema internacional ou organizações com alguma capacidade de intervenção até mais musculada, para que isso aconteça. Enquanto o Sudão se mantiver um bocadinho fora do radar mediático da agenda internacional, dificilmente se conseguirá este apaziguamento, essa desescalada da situação no Sudão, infelizmente. Continuaremos aqui a ter meses de intenso confronto militar com os custos humanos dramáticos e terríveis que temos tido no Sudão.”

¡Buenos días, Javi y Mar!
09:00H | 28 ABR 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025


Estamos ya casi en mayo. Sí, estamos en mayo ya. Estamos ya casi en el Día de la Madre. Ay, sí, es verdad. Sí, sí, sí, prepárate. Eso hay que tenerlo pendiente. Te pasa lo mismo todos los cumpleaños. Todos los cumpleaños. El tuyo es en febrero, ¿verdad? Exactamente. Bueno, con un solazo por delante, empezamos la última semana de abril, los últimos días de abril sin nubes y sin lluvia y con el termómetro además muy de finales de abril, que se agradece. A los que tuvieran programado un viaje a Roma para la semana que viene, lo mejor es que se vayan haciendo la idea de que no van a poder ver la ...

Convidado
Activista político denuncia "actos ilegais" na Guiné-Bissau

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 28, 2025 9:26


O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou na quinta-feira, 24 de Abril, que qualquer pessoa armada que tente desestabilizar o país será "eliminada". O activista político guineense, Sumaila Djaló, lembra o envolvimento das Forças Armadas na Guiné-Bissau na invasão do Supremo Tribunal de Justiça e da Assembleia Nacional Popular, considerando as acções ilegais e contrárias à Constituição guineense. RFI: Como interpretas estas declarações do General Biague Na N'tan sobre a eliminação de quem perturbar a ordem? Há riscos para os direitos humanos?Sumaila Djaló: Os riscos sempre existiram e continuam a existir contra os direitos humanos na Guiné-Bissau, desde que Umaro Sissoco Embaló assumiu o poder unilateralmente em 2020. Essa posse, e os expedientes subsequentes contra a Constituição da República, tiveram a cobertura das Forças Armadas. Recordamo-nos do papel central dos militares na posse, por exemplo, de Nuno Nabiam, imediatamente após a posse de Umaro Sissoco Embaló, com forte apoio militar naquela altura, tanto por militares no activo como na reserva. Assim começou a cumplicidade entre as Forças Armadas e o poder actualmente instituído.As declarações do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biague Na N'tan, revelam a continuidade da crescente militarização do poder na Guiné-Bissau. Não é a primeira vez que este chefe militar organiza espécies de conferências de imprensa com cariz político, ameaçando adversários políticos de Umaro Sissoco Embaló que, pela Constituição, não deveriam ser adversários dos militares, visto que estes estão impedidos de exercer actividade política.Essas declarações são dirigidas não só contra a oposição política, mas também contra cidadãos e movimentos não partidários que se opõem a este regime autoritário. Quando o Chefe do Estado-Maior fala de perturbadores que, mesmo presos, continuam a ameaçar a ordem pública insita-nos a recordar que houve uma alegada tentativa de golpe de Estado em 2022.Em Fevereiro de 2022...Exactamente. Cerca de 50 pessoas, entre civis e militares, foram detidas nessa altura. As detenções foram denunciadas pela Liga Guineense dos Direitos Humanos e pelos advogados das pessoas detidas como sendo ilegais. Três anos depois, essas pessoas continuam presas em Bissau, sem julgamento e sem liberdade, apesar do Tribunal Superior Militar ter determinado a sua libertação, por falta de provas.O que aconteceu foi que o Chefe do Estado-Maior mandou prender os juízes do Tribunal Superior Militar que emitiram esse acórdão. Portanto, é o próprio Chefe do Estado-Maior que impede a justiça militar de funcionar. Quem é, então, o verdadeiro perturbador da ordem pública é o próprio Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.Há ainda outra questão importante: sempre que o Chefe do Estado-Maior vem a público com este tipo de declarações, que são verdadeiras declarações de guerra contra a oposição política e o povo guineense, fá-lo em momentos em que Umaro Sissoco Embaló está a atropelar gravemente a Constituição.Que atropelos constitucionais estão a ocorrer agora?Estamos a falar da detenção e perseguição do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, entre outras violações graves das liberdades democráticas. Para além disso, o Presidente da República está fora do mandato constitucional de cinco anos.Devíamos ter realizado eleições legislativas e presidenciais, mas não houve eleições após a dissolução inconstitucional da Assembleia Nacional Popular.O Supremo Tribunal de Justiça também está sob ameaça de manipulação para a escolha do novo Presidente. A Comissão Nacional de Eleições encontra-se com a sua direcção caducada há mais de dois anos. Todas estas situações configuram um golpe constitucional liderado por Umaro Sissoco Embaló.As Forças Armadas, que deveriam defender a Constituição, estão, pelo contrário, a apoiar a ditadura de Sissoco Embaló, sufocando a oposição política e os direitos fundamentais do povo guineense.Que impacto têm estas declarações do General Biague Na N'tan no ambiente político e social, a poucos meses de eleições?É paradoxal porque, ao mesmo tempo que apela aos militares para se afastarem da política, ele está constantemente a fazer conferências de imprensa de caráter político, de caráter totalmente político. E o impacto disso é a construção de discursos que silenciem a oposição política legalmente constituída, mas também movimentos sociais e populares que têm lutado pela democracia e pelo resgate do caminho para a democratização na Guiné-Bissau.É também uma forma de condicionar o processo eleitoral que se avizinha porque o poder das armas, associado ao poder político ilegalmente detido neste momento por Umaro Sissoco Embaló, que é como ele mesmo se auto-intitula, o único chefe na Guiné-Bissau, é uma prova de todos os ingredientes à mistura para termos um processo eleitoral não pacífico, com riscos de não ser justo nem transparente, e a Guiné Bissau tero seu processo democrático, a piorar mais do que a destruição que essa democracia frágil enfrenta neste momento. Mais do que a ditadura que está consolidada, é preciso dizer isso de forma muito clara neste momento no nosso país. Nós estamos a falar de um país, infelizmente, com um histórico longo de golpes de Estado. Nunca houve na Guiné-Bissau um golpe de Estado levado a cabo por grupos armados fora das Forças Armadas, e quem tem responsabilidades de controlar as Forças Armadas é o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, não políticos da oposição, nem o povo desarmado.Portanto, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas deve preocupar-se, sim, com o facto de serem militares que conduziram o processo de invasão ao Supremo Tribunal de Justiça e a instituição de um Presidente à força, à margem da lei, e também com a invasão da Assembleia Nacional Popular, impedindo o funcionamento legal desse órgão, a mando de um poder político. Estas acções deveriam preocupar, sim, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, porque consubstanciam uma actuação das Forças Armadas contrária ao que a Constituição manda.Que papel pode ter a comunidade internacional se continuar a haver sinais de pressão ou violações de direitos civis durante o período eleitoral?Não há um período, na minha perspectiva, em que a comunidade internacional, através da sua intervenção na Guiné-Bissau, tenha manifestado clara complicidade com a destruição de instituições democráticas e a consolidação de um regime absolutamente autoritário. Tivemos o caso da CEDEAO, que não só admitiu Umaro Sissoco Embaló que já tinha comprovado, em dois anos, o seu autoritarismo, como também lhe permitiu presidir à cimeira dos chefes de Estado dessa organização.Mas, neste momento, temos a CPLP, outra instituição internacional da qual a Guiné-Bissau faz parte, a preparar-se para entregar a presidência da sua cimeira a Umaro Sissoco Embaló. Sem aprender com o grave erro cometido pela CEDEAO. Para além destas duas organizações, temos também uma indiferença total das Nações Unidas e da União Africana.Sabemos que, no quadro do entendimento com a organização sub-regional, é delegada a esta organização a responsabilidade de acompanhar os Estados-membros. Mas quando esta organização demonstra a incapacidade de ajudar a resolver problemas de ataque à democracia nesses Estados-membros, a ONU e a União Africana deveriam assumir as suas responsabilidades, e não o estão a fazer.Por que motivo não o estão a fazer?Há muitos interesses envolvidos. Não podemos esquecer que essas organizações têm no seu interior países com relações próximas com a Guiné-Bissau. E eu posso dar exemplos: países com relações históricas mais próximas com a Guiné-Bissau acabam por influenciar a actuação destas instituições internacionais. Um deles é Portugal, que, em termos de relação histórica com a Guiné-Bissau, tem um presidente da República que se mostrou cúmplice com a ditadura, e todos nós acompanhámos essa cumplicidade ao longo dos últimos anos.Outro exemplo é o Senegal que, apesar de ter mudado de poder, o Macky Sall, padrinho de Umaro Sissoco Embaló já não é Presidente da República, não tem tido, no quadro da CEDEAO, uma posição firme a favor da democratização no país vizinho, a Guiné-Bissau. Tanto que o novo Presidente deu sinais de estar aberto a uma relação com o ditador, apesar de o seu próprio poder ter nascido da luta contra uma ditadura no Senegal, nomeadamente quando convidou esse sujeito para participar nas comemorações da independência do Senegal, no passado dia 4 de Abril.Portanto, temos todas estas cumplicidades e todos estes interesses geopolíticos que condicionam o que tem acontecido na Guiné-Bissau. Eu não sou da opinião de que a comunidade internacional seja a principal responsável pelo que tem acontecido no nosso país são os principais responsáveis são os actores políticos internos e, neste momento em particular, o principal responsável é quem está à frente de um regime ditatorial; e esse tem nome: Umaro Sissoco Embaló.

Convidado
Angola: MPLA “capturou o Estado e não é possível falar numa CNE independente”

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 8:42


A reeleição do juiz Manuel Pereira da Silva para o cargo de Presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola está a ser contestada pela sociedade civil e pela UNITA, que fala numa escolha “eivada de ilegalidades”. Já o partido no poder, MPLA, afirma que esta escolha resulta “da lei”. António Ventura, jurista e director da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada de Angola, reconhece que há motivos para considerar a reeleição do Presidente da CNE ilegal. Há motivos para considerar ilegal a reeleição do juiz Manuel Pereira da Silva para o cargo de Presidente da Comissão Nacional Eleitoral de Angola?Sim, há motivos, em função do contexto em que são preparados os processos eleitorais em Angola. Quem está no poder, há todo este tempo, controla todos os instrumentos do poder e, consequentemente, a Comissão Eleitoral e as comissões provinciais. E, tendo a maioria no Parlamento, usa e abusa dessa maioria para introduzir leis cuja constitucionalidade é questionável e, muitas vezes, até para exercer maior controlo sobre a Comissão Nacional Eleitoral. Infelizmente, temos uma comissão eleitoral cujo modelo resulta de acordos políticos firmados em 1992. A representação é maioritariamente partidária. É certo que tivemos uma ligeira alteração, porque o número de votos e de assentos aumentou para a oposição, concretamente para a UNITA. No entanto, o MPLA entende que esta alteração substancial não pode ter impacto sobre o número de comissários indicados pelo partido e, por isso, introduziu um mecanismo de indicação de comissários, repartindo – com base em cálculos que só a maioria consegue explicar – a possibilidade de a UNITA indicar mais comissários, atribuindo essa mesma prerrogativa aos outros partidos da oposição.Refere-se ao processo de concurso para a eleição do Presidente da CNE de Angola?Não, refiro-me ainda à composição da Comissão Eleitoral. Todavia, realizou-se um concurso para o provimento do cargo de presidente da Comissão Nacional Eleitoral, liderado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, no qual foram anunciados os requisitos para o efeito. Propositadamente – esse é o nosso entendimento – foram introduzidos requisitos que já se sabia que iriam favorecer o actual Presidente da CNE.Um concurso feito para beneficiar o Presidente da CNE?Sim. Um dos requisitos, por exemplo, era o de que o candidato, para ser eleito, teria de ter experiência em processos eleitorais durante um longo período.O que é o caso do juiz Manuel Pereira da Silva?Exactamente. Ora, no nosso contexto legal, se o juiz ou a Comissão Nacional Eleitoral deve ser liderada por um juiz, não se pode exigir do juiz experiência em gestão de processos eleitorais. Quando o legislador optou por propor um juiz para liderar a Comissão Nacional Eleitoral, fê-lo porque entendeu que essa pessoa deveria possuir alguma independência, imparcialidade e uma actuação que não fosse permanentemente questionada no contexto das disputas políticas.A UNITA, o principal partido da oposição em Angola, apresentou uma providência cautelar para tentar travar a tomada de posse do presidente da CNE, que, entretanto, foi indeferida pelo Tribunal Constitucional. Essa providência não tem fundamento jurídico?A providência tem fundamento jurídico. O que sucede é que o Tribunal Constitucional, com todo o respeito pelos juízes que o integram, dificilmente decide a favor dos partidos da oposição. E, nesse quesito, a jurisprudência tem sido clara: o Tribunal Constitucional não “andou” bem.O presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos do Parlamento, António Paulo, do MPLA, afirmou que a escolha do presidente da Comissão Nacional Eleitoral e a tomada de posse pela Assembleia Nacional resultam da lei. O que é que isto quer dizer?Resulta da lei, até aí não há dúvida. Mas trata-se de uma interpretação casuística e oportunista por parte dos deputados do MPLA. Porque se temos um processo que, desde o início, foi viciado para favorecer o actual presidente da CNE, então, mesmo que seja legal, não é legítimo. Este processo está viciado desde o princípio. Na altura, a sociedade civil já tinha questionado os requisitos que haviam sido propositadamente colocados para beneficiar o actual presidente da CNE. A contestação não é recente; remonta ao concurso de 2019 e às últimas eleições gerais. A primeira eleição também já tinha sido questionada, inclusive com processos em tribunal.O juiz Manuel Pereira da Silva, que preside à Comissão Nacional Eleitoral desde 19 de Fevereiro de 2020, viu a sua idoneidade ser contestada. Considera que ele não reúne condições éticas nem legais para exercer o cargo?Do ponto de vista da experiência eleitoral, acredito que, ao longo dos anos em que participou nas comissões provinciais e na Comissão Nacional, tenha adquirido – provavelmente – experiência técnica em processos eleitorais. No que toca à integridade, independência e imparcialidade, essas são, evidentemente, questionáveis. Nas últimas eleições, realizadas em 2022, o então presidente da CNE tomou decisões e emitiu directivas – muitas das quais contrárias à lei – sobretudo no que respeita à observação eleitoral, com o objectivo de impedir os cidadãos de exercer controlo sobre o processo eleitoral, de forma a garantir que este fosse justo e transparente.Essa realidade reforça a ideia de que a CNE não é independente e que actua como uma extensão dos interesses do partido no poder?Estamos agora a assistir a uma tentativa de alteração da Lei Orgânica das Eleições Gerais, introduzindo pontos que já resultaram de decisões do presidente da Comissão Nacional Eleitoral. Por exemplo, pretende-se, mais uma vez, aumentar a distância entre a contagem e a publicação das actas nos locais de eleição.As actas que, até agora, permitiam à sociedade civil acompanhar o processo eleitoral…Exactamente. O controlo genérico por parte da sociedade civil, ao nível dos locais de votação. E é precisamente esse controlo que se pretende eliminar da lei, impedindo os cidadãos de permanecerem nos locais para verificar e publicar as actas. A intenção é obrigá-los a esperar em casa, em frente à televisão, pela divulgação dos resultados.A UNITA apela à manifestação. Acredita que essas manifestações irão ocorrer?Com certeza, é provável que ocorram. No entanto, o Governo controla de forma autoritária todas as forças de segurança – polícia, forças armadas, serviços de inteligência – e, obviamente, irá utilizar todos os meios ao seu dispor para controlar, perseguir e, em última instância, reprimir essas manifestações, com o apoio dos meios de comunicação social que o servirão. É necessário afirmar com clareza que vivemos sob um regime autoritário, pois o partido no poder capturou todas as estruturas do Estado, e não é possível falar em eleições livres, justas, pacíficas, transparentes e, naturalmente, numa Comissão Nacional Eleitoral que se queira independente e imparcial.

Ciência
Água pública contaminada em Moçambique já causou mortes, diz relatório

Ciência

Play Episode Listen Later Apr 22, 2025 11:04


Em Moçambique, um recente relatório revela que a água pública apresenta altos níveis de contaminação, pondo em risco a saúde dos cidadãos que a consomem. O problema, de dimensão nacional mas com especial incidência nos municípios de Maputo, Matola e Tete, resultou em vómitos, diarreias, alastramento da cólera e até mesmo em óbitos,  de acordo o Observatório Cidadão para a Saúde.  No relatório, publicado a 8 de Abril de 2025, a organização denuncia as "falhas no tratamento e fiscalização da água para consumo humano", questionando a "responsabilidade do Governo em Moçambique". Para além da recolha de dados laboratoriais, o relatório baseia-se também no testemunho de cidadãos que descrevem a "água turva" a jorrar pelas torneiras e relatam as consequentes doenças.Os riscos para a saúde de quem consome estas águas contaminadas são reais, desde a contracção da diarreia - uma das principais causas da mortalidade infantil em Moçambique, ou da cólera. Nos piores casos, o consumo de águas contaminadas resultou em mortes, esclarece ainda o coordenador do Observatório do Cidadão para a Saúde, António Mathe. O relatório já esteve entre as mãos de decisores políticos e aguarda-se a implementação de novas medidas, tendo em conta que Moçambique é signatário da norma internacional ISO 24500 que define padrões de qualidade de água. RFI: O que está em causa neste relatório? António Mathe: Os nossos testes laboratoriais sobre a qualidade da água mostraram a existência de água imprópria para o consumo, a nível nacional, e tanto na rede pública como na rede privada. Isto contradiz as estatísticas do Governo, que afirmam que o fornecimento de água potável se verifica em 84% das zonas urbanas e 39% ao nível das zonas rurais. Estes dados poderão ser uma ilusão porque continuamos a ter grande parte da população moçambicana sem acesso à água potável.Há situações em que, mesmo a olho nu, é possível perceber que a água que jorra nas torneiras constitui um risco à saúde pública, devido à cor e ao odor da água. Quando avaliamos os problemas reais a nível das regiões onde fizemos esta auscultação, através de inquéritos e testes laboratoriais realizados no Laboratório Nacional de Água, percebemos que os resultados são contrários àquilo que são os dados oficiais do Governo.Esta água públicada mostra sinais de que tipos de contaminação? Em muitas situações vem contaminada com com bactérias fecais, sinais de ferrugem... Que acarretam grandes problemas de saúde pública, principalmente de origem hídrica. Doenças como a cólera, a diarreia. Esta diarreia constitui uma das principais causas da mortalidade infantil em Moçambique e, portanto, constitui um grande desafio. Para além de problemas estomacais, vómitos que são reportados após as comunidades consumirem uma água imprópria.Houve casos que necessitaram hospitalizações?Sim. No ano passado por exempl, houve casos que resultaram em cólera, por exemplo na província de Cabo Delgado. Em Manica morreram três pessoas. Na província de Nampula, uma das províncias mais populosas do país, registaram-se 34 óbitos, e dois óbitos na província de Niassa.Mas verifica-se uma ligação directa entre estas mortes e o consumo de água contaminada?Sim, como se sabe um dos principais determinantes sociais de saúde é justamente o acesso a água potável e o saneamento básico. Dois factores que têm estado em causa nas nossas avaliações, principalmente na zona Norte do país e nas regiões mais populosas.Por outro lado, continuamos a ter mitos e tabus sobre alguns produtos para purificação da água. E grande parte da população moçambicana simplesmente não tem condições para comprar água purificada ou galões, nem água mineral.Como é que fazem os cidadãos que, por falta de recursos, não têm outra opção a não ser beber a água supostamente potável mas contaminada? Alguns explicam que fervem a água antes de a consumir apra eliminar quaisquer vectores de transmissão de doenças? Bom, esta é uma situação que muitas comunidades têm adoptado. Mas é um recurso que é utilizado na ausência do compromisso e da responsabilidade do Governo. Tem que haver uma melhor coordenação com o Ministério das Obras Públicas, responsável pelas infraestruturas, e os municípios. A garantia de saneamento básico vai condicionar as questões de doenças que surgem, principalmente na época chuvosa.Qual é o impacto da época chuvosa na qualidade da água para consumo? Na época chuvosa surgem várias nuances ligadas a doenças de origem hídrica. Em Moçambique a questão da garantia do saneamento básico e acesso a água potável ainda não é uma realidade. Temos regiões como Tete, por exemplo, por causa das indústrias que existem lá, os solos tornam-se sensíveis para a criação de bactérias. Tal como a presença de produtos químicos nos subsolos dessas áreas onde se faz exploração de minérios?Exatamente. Este também é um factor de risco quando falamos em doenças de origem hídrica. A cólera é ainda um grande desafio em Moçambique. A diarreia também continua a ser um grande desafio.E continuamos a ter uma estratégia multissetorial governamental a falhar. Falta coordenação entre os vários sectores do Governo. É preciso que haja uma maior responsabilidade na supervisão da qualidade da água. Porque aumenta o número de casos de cólera, de diarreia, mas também o número de óbitos.Significa que os serviços públicos estão a negligenciar a saúde de milhares dos seus cidadãos? Faltam técnicos qualificados, faltam investimentos, o que seria necessário?Bom, é um conjunto de factores que vão explicar todos, todos essas problemáticas. Por exemplo, a expansão da infraestruturas não é acompanhada de qualidade. E essa falta de qualidade enfraquece as questões ligadas à saúde pública.Enquanto isto acontecer, o sector da saúde vai sentir-se cada vez mais pressionado e despender de recursos que podiam ser utilizados para resolver outros desafios urgentes, como é o caso da desnutrição crónica infantil.Estes testes laboratoriais, uma vez mais, mostraram a falta de compromisso, a negligência das autoridades reguladoras, que continuam a fornecer água sem qualidade. E acima de tudo, assistimos à violação de um direito humano fundamental que é o acesso à água potável.O relatório recorda que as doenças relacionadas com a água não-portável matam mais de 3 milhões de pessoas por ano no mundo...Exactamente. Isso mostra, uma vez mais, que é o momento do nosso Governo levar estas questões muito a sério, porque está a criar situações de óbito a nível do país. E é importante perceber que enquanto isto acontecer no médio e longo prazo, a situação de consumo de água imprópria pode criar outros danos e problemas, outros problemas de saúde. Este relatório chegou às mãos de algum decisor político? Foi feita alguma denúncia junto das autoridades? As autoridades reagiram a estes dados?Os nossos relatórios são lidos e analisados pelo Governo. Inclusive, marcámos um encontro com autoridades governamentais que lidam com a questão do fornecimento de água e colocaram algumas algumas questões sob o ponto de vista da resolução destas destas problemáticas. Porque, na verdade, o que nós queremos fazer é influenciar o Governo no processo decisório e o processo decisório tem que estar directamente ligado à salvaguarda dos direitos humanos. E esta é, no final, a nossa intenção influenciar o governo a tomar boas medidas, boas práticas no contexto da governação.E houve até agora, alguma reacção por parte do Governo, ou seja, de dizerem, por exemplo, que vão tomar medidas para tentar remediar a situação?Nós percebemos que enquanto não formos os "watch dogs" a fazer a nossa advocacia sobre as problemáticas existentes, as autoridades governamentais nunca vão reagir.Portanto, a intervenção da sociedade civil do Observatório foi muito importante, e suscitou a marcação deste encontro para podermos dialogar e mostrar que caminhos estas autoridades podem ou devem seguir para que, de facto, as comunidades tenham água potável, tratada e segura.

Convidado
Papa Francisco foi "o pai, amigo e avô" que “provocou e exortou a Humanidade”

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 21, 2025 10:14


O cardeal Américo Aguiar é um dos quatro cardeais portugueses que vão participar no conclave para a eleição do sucessor do Papa Francisco e espera que o escolhido dê continuidade ao legado de “fraternidade” que Francisco deixou. O mais jovem cardeal português diz que o Papa Francisco deu atenção às pessoas e às periferias mais diversas, que “provocou e exortou a Humanidade” com as suas mensagens e recorda-o como “um pai, um amigo e um avô” que se deliciou com pastéis de Belém na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. RFI: Qual é o legado que deixa o Papa Francisco?Cardeal Américo Aguiar: “A palavra que resume o pontificado, o legado, é ‘fraternidade'. Ou seja, o Papa Francisco, neste seu pontificado, desde 2013, provocou, convidou, exortou, sensibilizou a humanidade toda ao gosto de nos redescobrirmos verdadeiramente, irmãos. Que o outro, a outra, que é de outro país, que é de outra religião, que é de outra raça, que é de outra proveniência, que é de outra sensibilidade, que tem gostos diversos, não é um problema, nem um obstáculo, nem uma ameaça, é um irmão. Sendo um irmão, somos todos irmãos e todos juntos somos capazes de fazer o que for necessário para a felicidade e para a alegria de “todos, todos, todos”, como nos ensinou o Papa Francisco em Lisboa. É, por isso, que eu acho que o grande legado, acima de tudo, a grande herança com que ficámos todos, cristãos, católicos, não crentes, é este desafio, a redescoberta desta fraternidade universal.”Essa mensagem de fraternidade não foi um pouco manchada por algumas críticas. É que o Papa Francisco suscitou tanto fervor, quantas críticas… Quais foram as medidas que, se calhar, mudaram uma página no Vaticano? “O que o Papa Francisco nos propôs, o que o Papa Bento XVI nos propunha, o que o nosso querido e saudoso Papa João Paulo II também nos propôs, foi sempre o Evangelho e o Evangelho, já no tempo de Jesus, teve as consequências que teve. Eu acredito que cada homem, cada mulher, cada crente, cada homem e mulher de boa vontade, em cada circunstância, faz uma leitura dos acontecimentos e reage e adere ou não adere àquilo que são as propostas. O Papa Francisco foi-nos acompanhando, foi-nos provocando para esse caminho. Há coisas que ficaram resolvidas e decididas, outras que não, mas sempre naquilo que ele nos pedia que aprendêssemos com o estilo sinodal, ou seja, ouvirmo-nos todos uns aos outros, cada um tem uma opinião, cada um tem uma sensibilidade e, depois, escolhermos em conjunto aquilo que possa ser o caminho comum, apesar daquilo que nos torna diferenciados, por ventura. Esse é o desafio maior que nós temos pela frente. É óbvio que nestes 13 anos, quer na Igreja, quer fora da Igreja, há homens e mulheres que entenderam de modo diferente, sentem de modo diferente, mas isso nunca é problema, isso é a riqueza da diversidade dos filhos de Deus.”O combate aos abusos sexuais no seio da Igreja Católica foi uma das suas bandeiras. Foi uma luta que deu frutos?“Eu acredito, creio e sei que sim. Aliás, a situação que a sociedade, em geral, vive em relação à questão do abuso de menores não tem nada a ver com o antes. E ainda bem. Por exemplo, falando da situação de Portugal, o 2019 e depois de 2019, a situação é totalmente diferente. Nós aprendemos todos a colocar a vítima no lugar que lhe é devido, no respeito, na protecção, a fazer tudo para que nada se volte a repetir. Aquele slogan do Papa “tolerância zero” e “transparência total” fizeram caminho e fazem parte agora do quotidiano de todos. Infelizmente ainda não está resolvido na totalidade, seja no contexto da Igreja, seja no contexto da sociedade, mas é um assunto que temos de continuar a acompanhar, sem distrações sequer.”O Papa Francisco discursou sobre grupos marginalizados, sobre os refugiados, sobre a população LGBTQ+. Que peso é que estes discursos tiveram e podem continuar a ter? Haverá uma continuidade no seio do Vaticano?“Se eu falei há bocadinho de fraternidade, naquilo que significa a palavra legado, eu agora posso falar naquilo que foi uma marca muito portuguesa, muito Jornada Mundial da Juventude 2023 e que é o tal “todos, todos, todos”. Ou seja, o Papa dizia muitas vezes que o importante é a pessoa. Aliás, numa entrevista com jovens, a certa altura, ele diz que o importante é o substantivo, não os adjectivos. Portanto, nós temos que ter presente - e eu acredito e rezarei para que o próximo Papa, o próximo pontificado, não deixe de ter esta palavra e esta força desta palavra repetida no coração e na mente e naquilo que é a atenção às periferias mais diversas, mas, acima de tudo, às pessoas e a cada pessoa.”Mais do que rezar, o cardeal Américo Aguiar tem um poder de voto. No colégio cardinalício há quatro cardeais portugueses eleitores para o conclave que irá escolher o sucessor de Francisco. Há mais cardeais lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense. Desta vez poderia haver um Papa de língua portuguesa?“Neste dia, esse não é propriamente o assunto nem mais prioritário, nem que deva merecer da minha parte alguma reflexão. O que eu quero que aconteça naquilo que disse é que nós nos abramos àquilo que será o sopro do Espírito Santo. Eu acredito profundamente que estes mais de 140 homens que estarão na Capela Sistina, cada um à sua maneira, com o seu modo de ser, com a sua história de vida, adaptar-se-à e adaptar-se-à com o seu coração e com a sua mente para sentir aquilo que o Espírito Santo de Deus diz à Igreja em relação àquilo que será o sucessor de Pedro.” Há 137 cardeais eleitores, 108 foram escolhidos pelo Papa Francisco. A sucessão do Papa Francisco deverá ser marcada pela continuidade daquilo que ele defendia? Acredita que isso pode acontecer? “Acredito, quero acreditar e, do que me toca a mim, farei para que assim seja.” O Papa Francisco apelou à acção no combate às alterações climáticas. Isto foi recordado pela ONU esta segunda-feira. Até que ponto foi importante esta mensagem?“Nós não podemos esquecer - e vou usar a imagem – que nunca tínhamos tido um ‘Papa verde' e, por isso, o Papa, quer com a ‘Laudato si', quer o ‘Laudato Deum', se não estou enganado, no quinto aniversário da ‘Laudato si', digamos que formalmente, institucionalmente e com documento formal da parte da Igreja assinado por um Papa, foi um pronunciamento muitíssimo importante para colocar a Igreja na frente daquilo que significa a salvaguarda do planeta, a urgência e o grito da Mãe Terra, do planeta, para aquilo que significa a possibilidade de não termos muita margem de manobra para salvaguardar o planeta que é a nossa casa comum. Os pronunciamentos do Papa, as suas palavras, os seus gestos e as suas decisões fizeram dele efectivamente o ‘Papa verde'.” Outra encíclica feita por ele foi um alerta contra o populismo e o neoliberalismo, a ‘Fratelli tutti”. Este foi também um combate, mas serviu para alguma coisa? No domingo de Páscoa, quando ele fez a última aparição pública, o seu testamento espiritual, digamos assim, foi para denunciar o populismo, o agravamento dos actuais conflitos armados, o desrespeito das liberdades fundamentais…“Isto tem tudo a ver com a palavra-chave que é a fraternidade. Eu explico: quando o bem comum sai do centro da mesa de reuniões, quando o bem comum desaparece da sala, desaparece a pessoa, o critério da pessoa humana. E quando o chefe de Estado, o chefe de um partido, o responsável de um governo, o pai de família, o bispo, o padre ou cardeal, quando sai do centro da preocupação a pessoa humana e o bem comum, as coisas começam a correr mal. E é o que nós temos assistido um pouquinho nos tempos que vivemos. Quando o Papa nos chama, nos exorta, nos provoca à fraternidade universal, está a colocar no meio da mesa, no meio da sala, no coração, no centro do coração, a preocupação pela pessoa, por cada pessoa. Acho que não precisamos de muitas explicações para entender que os tempos que vivemos agora não são de ter a pessoa no centro e muito menos o bem comum.”Conheceu pessoalmente o Papa Francisco? Como é que o descreve? “O mais normal que possa imaginar. Um pai, um amigo, um avô. E eu não posso esquecer, durante a preparação da Jornada Mundial da Juventude, em que várias vezes tivemos reuniões em privado. Não esqueço o abraço confortável, o cheirinho a café que partilhávamos.”O gosto pelo futebol?“Exactamente, o São Lourenço dele. Aqui em Lisboa, na Jornada Mundial da Juventude, no almoço com jovens, a certa altura, há uma jovem, que lhe pergunta se ele já tinha provado os pastéis de Belém. E ele olha para mim com ar de crítica e diz assim: ‘Já me falaram, mas ninguém me ofereceu.' E eu percebi e mandei uma mensagem ao presidente da Câmara, o engenheiro Carlos Moedas, para ele me salvar e enviar uns pastéis de nata que chegaram passado pouco tempo. Sei que nesse dia e no dia seguinte se maravilhou a degustar os pastéis de Belém!”

Convidado
"Medidas do Governo devem beneficiar todos os moçambicanos e não apenas a Frelimo"

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 10, 2025 8:17


A duas semanas de cumprir 100 dias de governação, o executivo do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, executou menos de metade dos indicadores a que se tinha proposto cumprir. A esta realidade junta-se a insustentabilidade das finanças do país, com a dívida pública a atingir uma marca histórica de 14,3 mil milhões de euros e a pobreza a alcançar 65% da população. Em entrevista à RFI, André Mulengue, investigador do Centro para a Democracia e Desenvolvimento de Moçambique, dá nota negativa aos primeiros dias de governação do Presidente Daniel Chapo, defendendo que as medidas implementadas devem beneficiar todos os moçambicanos e não apenas os membros da Frelimo.A duas semanas de cumprir 100 dias de governação, o executivo do Presidente moçambicano Daniel Chapo executou metade dos indicadores a que se tinha proposto cumprir. Que avaliação faz dos primeiros 100 dias de governação?Na verdade, é menos da metade, uma vez que foram cumpridas apenas 48 medidas. A avaliação que fazemos é negativa. Já tínhamos alertado para o facto de as medidas do Presidente Daniel Chapo serem medidas completamente desfasadas da realidade do país, principalmente do contexto político, económico e social que o país está a atravessar.É um balanço negativo porque, se não se cumpre aquilo a que se tinha proposto atingir nos primeiros 100 dias, é sinal de que não se vai cumprir com as promessas constantes do programa quinquenal do Governo nos próximos 5 anos.A primeira-ministra, Benvinda Levy, faz outra análise e cita promessas feitas neste plano dos 100 dias, nomeadamente a criação do fundo de desenvolvimento económico local. Estas medidas, a seu ver, são importantes para o país?A questão do Fundo de Desenvolvimento Local é discutível. Primeiro, é preciso haver fiscalização, para que possamos ver, de facto, se este indicador foi cumprido na sua plenitude. Depois, outra questão muito importante são os critérios para a atribuição deste fundo. Já tivemos, no passado, um fundo, programas com as mesmas características do que este, mas que eram usados para o clientelismo, para a compra de consciências. Portanto, havendo esta iniciativa, é preciso que seja uma iniciativa para beneficiar todos os moçambicanos e não para beneficiar os membros do partido.As autoridades moçambicanas afirmam que estas medidas são para gerar mais postos de trabalho e rendimentos para os moçambicanos…No passado, a experiência não foi boa e receamos que se faça o mesmo.Porém, neste plano de acção, continuam por pagar as dívidas aos fornecedores de bens e serviços ao Estado, horas extras dos sectores da saúde e educação. Como é que se justifica este atraso nos pagamentos?A questão do pagamento aos fornecedores do Estado, dos empresários, nem sequer devia fazer parte destes indicadores. É uma dívida antiga e que devia ter sido paga pelo anterior Governo. A meu ver, estas dívidas não deviam fazer parte deste plano de governação, pois neste momento há coisas mais importantes, estruturantes, que devem ser feitas em Moçambique. Por exemplo, a questão da pacificação do país, do diálogo genuíno e verdadeiro, deve ser a prioridade. Sem isso, todo o resto não vai acontecer. A economia não vai crescer se o país continuar instável.Moçambique atingiu, pela primeira vez, a marca histórica de 1 trilião de meticais, ou seja, 14,3 mil milhões de euros em dívida pública. Segundo o balanço do plano económico e social de 2024. Como é que foi contraída esta dívida?Veja, uma coisa interessante é que estes números, muitas vezes assustadores, aparecem sempre quando começa um novo Governo.Está aqui a dizer que há uma certa desresponsabilização?Estas dívidas, na sua maioria, não são contraídas para beneficiar o país. Por essa razão, penso ser importante perceber o que é que foi feito com esse dinheiro. As dívidas ocultas foram contraídas durante a governação do Presidente Armando Guebuza e não beneficiaram os moçambicanos, muito pelo contrário, agravaram a situação e a condição de vida das pessoas.Por isso, digo que essas dívidas são sempre contraídas na parte final dos mandatos e a história mostra que esse dinheiro, muitas vezes, serve para financiar a corrupção. Esse dinheiro serve para o Presidente, quando deixa o poder, sentir que tem dinheiro suficiente para viver, para manipular e, inclusive, para alimentar os esquadrões de morte e toda uma campanha de propaganda contra os opositores do regime, mas também contra a sociedade civil, os activistas, os defensores de direitos humanos.Que margem tem o Presidente Daniel Chapo para criar postos de trabalho e industrializar o país com uma dívida tão elevada?Já é sabido que a dívida moçambicana é insustentável. A insustentabilidade da dívida dificulta o acesso aos mercados internacionais para se financiarem. O que acontece é que Moçambique tem que se voltar para dentro e tem de procurar, tem que disputar dinheiro com os empresários locais. Isso já fragiliza o empresariado e toda a actividade privada, que concorre naturalmente para o crescimento da economia e para o desenvolvimento do país.A Confederação das Associações Económicas de Moçambique, que congrega o sector privado, apelou para o adiamento das negociações do reajuste salarial para Agosto. Qual é o impacto que poderá ter este adiamento do reajuste salarial?Pode gerar descontentamento da população. Como sabe, o custo de vida subiu, mas o salário continua baixo. Porém, numa certa parte, o empresariado tem razão: não se aumenta o salário quando não se produz. O ambiente político que se vive no país, com a crise pós-eleitoral e com as más decisões políticas do partido no poder, não ajudou.O executivo moçambicano diz que vai avançar com a renegociação dos contratos que envolvem os mega projectos que exploram os recursos minerais de Moçambique. Esta é uma solução para o Governo conseguir mais fundos para desenvolver o país?É uma questão bastante complexa, mas penso que, se alguma coisa não está bem nos contratos entre o Estado moçambicano e as multinacionais, é importante renegociar. Os recursos devem beneficiar os moçambicanos e, se há cláusulas que prejudicam os moçambicanos, não há dúvidas de que temos que ir para essa renegociação.O Presidente Daniel Chapo afirma que, 20 anos depois, Moçambique já não é o mesmo e nem pensa da mesma forma…E não é. Por exemplo, a exploração do gás de Inhambane não está a beneficiar os moçambicanos. Exactamente. Há ainda a Mosal, exploração de aço, o carvão em Tete, os rubis em Cabo Delgado, e é preciso perceber se esses contratos estão a beneficiar apenas as multinacionais. É necessário que o Estado discuta com as multinacionais para ver o que é que efectivamente está a acontecer e, se algo não estiver bem, é preciso regularizar.

¡Buenos días, Javi y Mar!
08:00H | 02 ABR 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025


Un pie por la cara mía esta noche por el Skype. Nada lo puedo yo hacer, es que a veces que escribir nunca las hacen bien, no querrás saber de mí. Si no puedo entender lo tonta que fui. Es cuestión de tiempo y fe. Mil años con otros mil más. Son suficientes para amar. Estoy aquí queriéndote, ahogándome. Entre fotos y cuadernos, entre cordones y recuerdos que estoy yo diciéndome, cambiándome. Un pie por la cara mía esta noche. Estoy aquí. Shakira, en Buenos días Javi Mar. Exactamente, en Cadena 100 a las ocho en punto de la mañana. Bueno, Luz, tengo ganas de hacer planes. A la playa o descubrir ...

¡Buenos días, Javi y Mar!
09:00H | 01 ABR 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025


Lovefool. Cardigans. En Buenos días Javi Mar. Son. Tiri tiri tiri. Bueno, son las nueve de la mañana. Exactamente y esto es Cadena 100. A mí esto me suena, Luz. Te suena Javi, te suena seguro, ¿cómo no te va a sonar si es Línea Directa? Lo que igual no te suena tanto es que el seguro de coche en Línea Directa está entre los mejor valorados en España. Así que si estás pensando en cambiar tu seguro de coche, en Línea Directa te mejoran el precio directamente. Llama al 917 700 700 o entra en lineadirecta.com. Línea Directa, el valor de ser directo. Sí señor, a las 9:01 de la mañana, buenos días ...

The End of Tourism
S6 #3 | La Peregrinacion Entre Mundos | Anny Puac & Jairo Lemus

The End of Tourism

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 69:04


Mis entrevistados en este episodio son Anny Gabriela Ventura Puac y Jairo Chamalé Lemus. Anny es ajquij(guía espiritual), politóloga e investigadora, actual curadora en jefe de Espacio/C. Nacida en Chuwila, Chichicastenango, Quiché, Guatemala. Es mujer Maya Kiche con identidad diversa, sanadora y contadora del tiempo. Tiene estudios en Ciencias Políticas y Sociales, Relaciones Internacionales y una especialidad en ODS para Naciones Indígenas. Es confundadora de Espacio C, en dónde se ha desempeñado como gestora cultural desde 2013 y curadora en Jefe desde 2023.En Guatemala su trabajo está presente en diversos espacios sociales, políticos y culturales, como consultora independiente para organizaciones no gubernamentales, trabajando con niñas, mujeres y adolescentes mayas y no mayas a nivel nacional, en temas concretos como empoderamiento político, salud (diabetes / VIH) y sanación desde la Cosmovisión Maya.Jairo es persona disidente, del territorio Poqomam de Mixco, viajero e investigador se la religiosidad popular, las expresiones culturales y la espiritualidad de su contexto cercano. Es guía de turismo y estudiante de antropología.Notas del EpisodioAnny y Jairo y el Cristo NegroEl camino de peregrinacion entre Mixco y OaxacaQuirio Catano y las origines del cristo negroLas diversas formas de sacrificar y bailarLas colonizaciones de EquipulasEl base de cristo negro en el mundo maya/mexicaEl crisis climatico y la falta de ofrendasLas consecuencias de la perdida de hospitalidadLa memoria vivida del intercambio intercultural antiguaTarea Abisaí Navarro María Jacinta Xón / Proyecto Tux Cocina Gourmet de OrigenHoja de Pacaya - InstagramLos Cofrades Chichicastenango - Instagramespacio/C arte+memoria - InstagramTranscripcion en espanol (English Below)S6 - Anny Puac & Jairo - Peregrinacion a EsquipulasChris: [00:00:00] Bienvenida y bienvenido al podcast El Fin del Turismo Annie y Jairo. Gracias a ambos por acompañarme hoy. Me encantaría que pudieran contarles a nuestros oyentes desde dónde llaman y cómo aparece el mundo ahí para cada uno de ustedes.Anny: Muchas gracias, Chris y buenos días a quienes nos escuchen o buenas tardes o buenas noches, dependiendo su zona horaria.Mi nombre es Anny y yo le saludo desde el territorio maya K'iche' de Chuwila, K'iche' Guatemala específicamente.Jairo: Buenos días a ambos, para mi un gusto estar por acá. Sawe ta inteer winaq (Buenos días a todas y todos) mucho gusto desde el territorio pues Poqomam de Mixco y también desde las cercanías a la ciudad de Guatemala, pues gracias por esta [00:01:00] oportunidad para compartir conocimiento.Chris: Y gracias a ustedes dos. Yo estoy aquí en Oaxaca y el mundo parece obviamente un poco raro. Bueno, quizás no es obvio, pero parece más raro día por día. Estamos aquí hoy para hablar de Esquipulas en Guatemala. Y Esquipulas es el lugar de varias iglesias que han abergado al cristo negro de la ciudad, que es famosa por sus supuestos milagros durante los últimos cuatro siglos.De manera similar, la peregrinación al santuario es la más grande de América Central y la segunda más grande de las Américas, con lo que leí, 5 millones de personas que lo visitan cada año. Ahora, para empezar, ¿Estarían dispuestos a explicar que impulsó a cada uno [00:02:00] de sus intereses o relaciones con este lugar y la práctica de la peregrinación?Anny: Sí, por supuesto Chris. Pues, yo desde como mi relación, digamos personal o individual como familia, yo tengo, digamos, como clara la idea de cuando inician estas peregrinaciones, de pronto, cuando yo ya tenía unos siete u ocho años de edad, así, para decirte que yo tengo claridad, pero cuando yo retrocedo a los archivos de la familia, pues veo que el tema de peregrinar a Esquipulas, pues comienza con mis abuelas.Jairo: Entonces yo te podría decir que dentro de mi familia, la peregrinación a Esquipulas , así quizá llevará mínimamente unos 80 años presente en la familia, sobre todo del lado de [00:03:00] mi abuela materna. Que ella es de un territorio K'iche' de Quetzaltenango, en donde pues empezaban el viaje, en conjunto, allá fuera un viaje de barrio organizado por el barrio, o era un viaje familiar, entonces se iban uno o dos buses en aquel tiempo cuando no había tanto transporte, verdad? Era un lujo también irse por alguna ruta en donde hubiera paso para bus. Y pues, lo que no se pudiera transitar ya en bus, pues se hacía caminando, se hacían burros, pero, más o menos por ahí viene un poquito la historia de de cómo inician estas rutas de peregrinaje en mi familia, digamos. Con el caso de nosotros, yo no tengo conciencia de pequeño de haber, pues, llegado a Esquipulas. Bueno, hay un dato bien interesante, cuando yo cumplo 40 días de haber nacido, mi familia decide llevarme a [00:04:00] Esquipulas, eso pues está en el archivo fotográfico de la familia como agradecimiento, porque al final nací con... nací bien.Jairo: Y entonces la familia decide peregrinar es el dato más cercano que tengo de la personal de las idas a Esquipulas. Claro, esto siempre lo he tenido muy familiarizado dentro de mi contexto cercano, puesto que la gente pues de mi municipio suele ir justo organizada en excursiones de las diferentes organizaciones religiosas que hay en mi municipio.Estas, pues designan fechas y son buses llenos de aproximadamente 50 personas. Cada bus suelen llegar hasta tres, de acá de Mixco, pues que se van para para Esquipulas. Y ese es algo bien interesante porque es pues, parte de la modernidad, digámoslo ir en bus, pero hay muchas anécdotas de las personas de acá del pueblo que [00:05:00] cuentan cómo, pues iban de una forma más rústica, verdad? Que podía ser, pues en peregrinaje caminando, que no era la única peregrinación, de hecho la del cristo negro de Esquipulas. Hoy puntualmente, vamos a hablar de ella.Pero pues están también las peregrinaciones Antigua Guatemala que está aquí cerquita, aquí detrás de nosotros hay un cerro que es el cerro Alux. Este cerro se cruzaba, pues caminando, todavía lo hace la gente caminando porque detrás del cerro está, pues la bajada para llegar a la Antigua Guatemala.Chris: Gracias. Gracias a ustedes. Pues así, por conocer un poco más de sus historias, como de peregrinación, me gustaría saber un poco más si se podrían ofrecer algo de la larga historia de Esquipulas, del cristo negro y pues, ¿Cómo se originó la la peregrinación? ¿De donde viene esa historia?.Jairo: Bueno, como lo mencioné antes, diciendo algunas [00:06:00] palabras en el idioma poqomam. Es el idioma que se hablaba, pues en nuestro pueblo. Lo voy a decir nuevamente más despacio para, pues, describirles que es lo que dije, técnicamente es:Sawe' ta inteer winaq, kiroo wilkee' chipam ma' q 'oriik taqee, reh ma' ojeer winaq reh qatinimiit Mixko' buenos días a todos. Qué gusto pues poder compartir estas palabras y también un poco de la historia de la gente antigua de nuestro pueblo. Porque pues, la verdad es que el peregrinaje a Esquipulas está muy relacionado e intrínseco con la gente de Mixco y justamente también con el territorio oaxaqueño. Mi nombre, pues es Jairo, Jairo Andrés Chamale Lemus. Yo pues pertenezco a este territorio, a la gente maya poqomam. De acá es la mitad de mi familia de mis antepasados. Y , pues me dedico al turismo. Yo soy guía [00:07:00] de turistas de hace aproximadamente ocho años ya desde que me gradué muy joven. Y, pues me he dedicado justo a peregrinar para que las personas conozcan también el contexto histórico de Guatemala y de las diferentes expresiones culturales, religiosas y también de resistencia de la gente en el territorio de lo que ahora conocemos como Guatemala.Pues también, soy estudiante de la carrera de antropología, de la licenciatura específicamente en antropología, y pues me he dedicado también a estudiar el caso del idioma maya poqomam en Mixco, que es una comunidad muy cercana a la ciudad de Guatemala, que hemos tenido pues un impacto, demográfico y social, pues bastante fuerte, pues debido al crecimiento del área metropolitana de la ciudad de Guatemala. Es algo a lo que me he dedicado a estudiar durante los últimos años. Y también, pues, a [00:08:00] documentarlo, porque tenemos muchas prácticas culturales y espirituales en nuestro pueblo, que han ido desapareciendo conforme este avance demográfico de la ciudad, muchísimas gracias. Rontyoox aq'oo taAnny: Bueno Chris. En realidad hay un registro, digamos histórico, donde dice que el primer peregrinaje que se inicia a Esquipulas, fue en Marzo 1595, cuando la imagen sale del taller de este señor escultor Quirio Cataño, que sale hacia Esquipulas, hacia Chiquimula. Esto está al oriente de Guatemala. Nosotros lo conocemos como la zona caliente de de Guatemala. Pero es la zona, digamos, como caliente árida. Es un territorio en donde hay comunidad Xinca, Popti', si no estoy mal Chortí también. Y pues, la producción que se [00:09:00] tiene por las tierras de por allá, estamos hablando de frutas de algunas plantas, de algunos tubérculos más o menos, pero más que todos se dedican a la fruta, verdad.Esta primera peregrinación la documenta y la registra el cronista, que se llama Miguel Álvarez. Y él dice que, cuando cuando salióó del taller y se dirigió hacia Esquipulas la imagen iba haciendo diferentes milagros en todo el recorrido hasta llegar a la basílica. Entonces habían personas que le pedían justamente que, que por favor que la imagen pasara por lo menos una noche dentro de la casa de las personas para, bendecirlo. Y Y más o menos se calcula cada año, digamos en la actualidad, ahora en Guatemala y en alrededor de 300 mil personas de todo el mundo, más que todo entre México, Centroamérica, países del sur, por ejemplo de Perú [00:10:00] de Ecuador de Ecuador, Bolivia, si no estoy mal, es como mucha la cantidad de gente que llega, más o menos entre noviembre, que ahorita es como una fecha de noviembre y diciembre y todo enero, digamos, esas son como los tres meses de muchísima más afluencia de personas que llegan llegan a la basílica, verdad? Entonces se le puede llamar romerías, se le puede llamar una peregrinacion que peregrinación, usualmente, pues ahí si que las personas que visitan puede ser que hagan así como un día de visita nada más o puede ser que pueda prolongarse una visita hasta por 10, 15 días, verdad?De la ciudad de Guatemala, hasta Esquipulas hay una distancia más o menos como entre unos 220 a 250 kilómetros y se recorre, si vas como en romería, pasando por lugares como muy puntuales de toda la peregrinación, en promedio [00:11:00] cada día tú vas haciendo un tramo de 40 kilómetros, al día, digamos si tu intención es ir en peregrinaje así. Entonces eso es más o menos como más datos históricos y el relato, verdad?Chris: Y estoy un poco curioso, dentro de las estancias, al llegar a Esquipulas, si yo fuera peregrinando, por ejemplo, ¿ Qué haría? ¿Se van parando para hacer sus rezos? Me gustaría saber por alguien que nunca ha hecho una peregrinación, como aparecía esos días antes de venir.Anny: Bueno, yo te voy a contar un poquito el relato de de mi familia porque mi abuela materna, ella sí era una señora, pues muy católica, no? Entonces, pues ella, su peregrinaje, digamos para ella, era su sacrificio, verdad? En el año, decir bueno, por agradecimiento [00:12:00] a mi salud, a los milagros que me concedió, porque era como muy devota. Era el hecho de salir en ruta de peregrinaje. ¿Qué implicaba esto? Inclusive, preparar comida para no digamos como perder el tiempo, tú pensando en qué comer durante el camino, porque la idea para ellos y para ellas era, pues, ir en como en recogimiento, en rezo constante, en oración, digamos en petición, ir como parando cada cierto tiempo, verdad? Cada 40 kilómetros, porque que ya dentro de la comunidad, católica-cristiana, hay puntos que están como marcados dentro de la ruta en donde tú puedes ir parando con cada familia, porque puede ser que tengan una réplica de la imagen del cristo negro, porque de hecho, cuando fue la primera peregrinación, puede ser que esta familia haya sido una de las [00:13:00] familias que recibió por primera vez el cristo negro.Entonces se convierte como en ese punto de de parada, verdad? Entonces, cuando hacen ese punto de parada, pues ya bajan. Bajan a hacer oración, bajan a platicar y a convivir con las personas de pronto, a compartir un alimento. Ya sentir, pues, así que también como su fé, su devoción, pero al mismo tiempo su convivencia, su alegría en este, en este tramo de compartir no?.Entonces eso digamos, es lo que usualmente, pues se ve. Yo también he visto otras personas que, por ejemplo, ya cuando quedan unos, son los últimos 20 kilómetros de recorrido por ejemplo, descienden de sus vehículos y caminan de rodillas esos 20 kilómetros hasta llegar a la basílica. Entonces, pues, los ves, ya puede ser que sea solo el papá con con el hijo, o el papá y la mamá, o pues la diversidad de personas que puedan llegar, que van y que pues hacen su penitencia, y [00:14:00] entregan digamos, pues su sacrificio de esta forma. Así como hay personas que puede ser que, que durante toda su ruta de peregrinaje, hay un ejemplo de unos, de unas personas cercanas a nosotros que tienen un conjunto de marimba, de música, y pues lo que hacen es que van con un vehículo y van ejecutando música todo el trayecto hasta llegar a Esquipulas, y ya cuando llegan a la basílica, bajan con sus instrumentos y se dedican a cantar ya sea una canción, un tiempo, verdad?Ahí, entonces, pues yo creo que depende, varía mucho de lo que te puedas tú dedicar o el agradecimiento que tú quieras pues dar, o a lo que, pues, lo que tu corazón salga, no? En mi caso como muy puntual, pues nosotros hacemos el recorrido completo los 220 kilómetros en vehículo hasta llegar a Esquipulas. Y luego, pues ahí ya, o sea, nos establecemos [00:15:00] y como nuestras dinámicas son un tanto como diferentes porque yo no soy católica. Yo soy de la cosmovisión maya, y pues ahí he crecido buena parte de mi vida. Mi concepción como de ver esta ruta de peregrinaje es diferente, porque si bien es cierto el que el cristo negro, pues es una figura de un cristo crucificado cristiano, Jesús, nosotros aprendimos a ver cómo la historia del pueblo Poptí y Chorti y Chortí, en cuanto a que esta ruta de peregrinaje es bien interesante, porque durante toda tu ruta más, más o menos, me atrevería a decir que tal vez un 70 de la ruta, tú vas encontrando montañas de obsidiana, entonces es una ruta que en sí es una ruta de sanación y para nosotros, digamos dentro de la cosmovisión maya está muy relacionada con el Nahual Tijax, que es la obsidiana y para [00:16:00] quizá buena parte de Oaxaca o de su Istmo o de la cultura Náhuatl, por ejemplo, está relacionado con Tezcatlipoca que era justamente esta veneración de esta mujer que decían que era brillante y color de cobrizo y de nigriso verdad? Y por tanto, Y pues tú sabes que ambas piedras o estos relatos que nos cuentan, pues es justamente sanación y de ahí que nosotros creemos que por eso el cristo negro es tan milagroso cuando se trata de temas de salud.Jairo: Desde nuestro lado, por así decirlo, forma parte ya de un peregrinaje que no solamente se hace el 15 de enero. Claro, el 15 de enero es el día establecido para hacer el peregrinaje de cristo negro de Esquipulas. Pero pues, muchos de los grupos que les comentaba que son bastante diversos acá en Mixco, grupos religiosos principalmente católicos, o pues sincretizados de [00:17:00] alguna forma, establecen también estas visitas como parte de su organización dentro del grupo de personas que inciden.Y entonces si, justamente dentro del bus, también se suele, pues, ir rezando el rosario, que es esta práctica de ir rezando las novenas con un orden establecido con cantos y la gente, pues suele ir desde que salen de ciudad de Guatemala o desde que salen de acá desde Mixco, que hay que cruzar la ciudad y luego la ruta hacia el oriente de Guatemala, la gente va haciendo estas oraciones cada cierto tiempo, pero depende mucho del grupo y de qué tan católico sea de alguna forma, porque hay grupos que solamente lo hacen como una excursión claro. El fin principal es de la visita, pues a la basílica del cristo negro y la veneración de cristo negro como tal.Y, pues solamente llegan en en el bus hasta la basílica y algo que caracteriza mucho a la cultura de [00:18:00] Mixco, es el, la quema de pólvora. A nosotros nos fascina la pólvora y cuando llegamos a Esquipulas justamente esa es la premisa, no? Llegar a quemar bombas de sonido, de sonido estridente en aviso que la gente de Mixco ya llegó.Y también fuegos pirotécnicos de colores. Es bien curioso porque depende mucho del grupo y a lo que el grupo, pues aunque sea católico o sincretizado con lo maya, a lo que este grupo religiosamente se dedique, encaminado a eso va la actividad que se va a realizar allá.Tengo conocimiento de un grupo que, de hecho, ya se documentó a gracias al CECEG, al Centro de Estudios Culturales de la Universidad de San Carlos, de Guatemala, es el grupo El Baile de Moros de los Seis Toritos, que es básicamente un grupo de danza tradicional que nace en la aldea Lo De Bran que está acá en Mixco siempre dentro [00:19:00] del área metropolitana y ellos, pues se dedican a bailar El Torito. El Torito es básicamente la representación de una danza que se hace en alusión a dueños de una finca y el trato hacia los animales. Entonces los animales tienen una especie de de revelación contra este dueño de la finca, una historia bien, sutilmente contada desde lo maya también. Y entonces van a hacer esta representación de la danza a Esquipulas. Esto lo hacen justamente para la fiesta del cristo negro. Bailan todo el día, durante tres días seguidos frente al atrio de la iglesia de Esquipulas, mientras millones de personas visitan la basílica de cristo negro y en ese momento ellos están bailando ahí.Chris: Qué fascinante. Me encanta ese sentido, esa onda que, que hay tanta diversidad, en la forma, los caminos, las celebraciones que se niegue un poco [00:20:00] ese sentido occidental que es como de siempre asumir o buscar una sola respuesta, una sola historia, una sola manera, de actuar, de entender.Y así fue sorprendiente para mí por leer, por investigar las historias de Esquipulas y de las peregrinaciones porque encontré muchas historias diversas. Entonces voy a leer un poquito de lo que encontré y me gustaría escuchar de ustedes, si se podrían comentar un poco de si hay sentidos de "eso es como puro chisme o es un rumor" o si hay capas y capas dentro de las historias de Esquipulas y las peregrinaciones.Entonces, pues la primera va que "en la ciudad sagrada de Copán se celebraban grandes fiestas en honor [00:21:00] a dios maya Ek-Kampulá que significa: 'el que empuja las nubes', pues se le atribuía el poder de alejar las lluvias y permitir los días del sol necesarios para preparar la siembra.Ek-Kampulá que era de color negro, estaba rodeado con una antorcha en la mano izquierda. Su figura se puede apreciar en las graduadas de uno de los templos de Copán." Ahora, el segundo."Algunos relatos dicen que la figura del cristo negro fue ordenada por los conquistadores españoles en Guatemala en ese momento para facilitar la conversión de los pueblos locales al cristianismo."Ahora, el próximo. "Las leyendas piadosas afirman que la imagen se oscureció debido a los misioneros españoles que deseaban convertir a los [00:22:00] nativos que adoraban a la deidad nebulosa pagana Ek-Kampulá en el área que también era representada como una figura oscura." Entonces, supongo que mi pregunta es como, ¿Cuántas de estas historias han escuchado Y ¿Cuáles historias son las meras meras verdaderas según ustedes? O si hay capas y capas y capas de historias en qué todas merecen su lugar.Jairo: Yo creería que, Copán tiene un papel bien importante dentro de lo que estamos hablando. Ahora es un sitio arqueológico del área residencial o el castillo, por así decirlo, y los templos de la gente maya de ese tiempo, recordemos que es el clásico. Y pues esta ciudad fue colonizada por otra ciudad que se llama Quiriguá, que está siempre en las riberas del Río Motagua, un río muy [00:23:00] importante que comunica toda la parte de las montañas de Guatemala con el Caribe. Y en Copán si hay muchas expresiones espirituales. Seguro, Anny nos va a ampliar un poco más de esto. Pero lo que yo he visto son muchas expresiones, rituales espirituales y también, un centro de peregrinaje como tal ya fungía Copán. O sea, ya era una capital política, religiosa y cultural muy importante que está muy cerca de Esquipulas. Es increíblemente como un sitio maya tan importante del clásico está tan cerca a una ciudad, que es tan importante para todo el área mesoamericana. Es decir, desde México hasta Costa Rica, conocen al cristo negro de Esquipulas. Y pues también algo que a mi me llama la atención relacionado a lo que acabas de decir es como, Esquipulas, pues si es un referente para la gente pues católica, la gente católica que no es maya va [00:24:00] también a Esquipulas como una forma de peregrinaje, pero, a mi me llama mucho la atención, la práctica también de la espiritualidad maya y otras espiritualidades que se llevan a cabo en Esquipulas, no?quizás no es tan directamente relacionado con la figura que acabas de mencionar, que yo he escuchado como Ek-Chuah, sino que es esta figura de la piedra de los compadres, que es una leyenda, no? Una leyenda de adulterio, por así decirlo, en el cual hay dos piedras que están pegadas en alusión a dos amigos que llegan al peregrinaje de cristo negro de Esquipulas y en un acto sexual, estos compadres se quedan pegados como castigo por haber cometido el adulterio. Esa es la leyenda. Y en esa piedra, pues se practica la espiritualidad maya, es decir a pocos ni siquiera un kilómetro de la de la basílica del cristo negro de Esquipulas, puedes ver esta piedra donde la gente coloca, [00:25:00] pues, sus candelas, su incienso y hay altares dedicados completamente a la espiritualidad maya dentro del mismo pueblo.Entonces esto va un poco aunado a lo que nos decía Anny no? Como la figura de cristo negro, también es muy representativa y es la reminiscencia de algo que se practicó muy fuertemente durante la época prehispánica.Yo no descartaría del todo, pues el valor de Ek-Chuah dentro de estas prácticas espirituales y que sí, definitivamente los españoles, trataron de tomar elementos de la de la espiritualidad maya que ya eran importantes para imponer la religión católica. Pero la gente maya, yo siempre lo digo, fue muy estratega y lo es hasta la fecha para continuar resistiendo, practicando, pues la espiritualidad tamizado con elementos católicos y con este significado profundo.Anny: Sí, yo también voy a coincidir un poquito en el [00:26:00] tema de no descartaría la relación que se tiene con Ek-Chuah, porque está asociado con la deidad Chortí. El otro punto que tú hablabas del tema, un tanto político, sí hay algunos historiadores, políticos que justamente, enuncian este uso de figuras que está asociada con el trabajo y sobretodo, digamos a la carga y explotación laboral de los campesinos, y cómo también estas zonas fueron como fuertemente impactadas durante el tiempo de la colonia. Entonces eso, yo tampoco lo, lo descartaría y tampoco diría que es un mito. Por ejemplo, yo, sé que la antigua población de Esquipulas, fue una de las ciudades en este punto incendiadas por los españoles durante la invasión aquí a Guatemala el 1525 verdad?[00:27:00] En el centro de la plaza de Esquipulas, según cómo lo relatan, decía que habían, cuatro árboles de de pochotl que es la ceiba, que la ceiba pues ahí si que para nosotros es un árbol sagrado, verdad? Porque bajo sus sombras, siempre se han realizado ceremonias vinculadas con prácticas agrícolas, que duraban desde el solsticio de invierno hasta el equinoccio de primavera.Entonces se iniciaban más o menos también en esta zona por el 21 de diciembre, pero tenían ritualidades más unciosas, por ejemplo, como el 15 de enero. Y de ahí que parte que una de las fechas propicias para visitar Esquipulas sea 15 de enero. Entonces, las otras fechas de celebración que iban entre el equinoccio y el solsticio.Del 15 de enero al 25 de febrero, más o menos 40 días. Porque en 40 días estábamos viendo que se operaba el paso del sol por el cenit en la otra banda del [00:28:00] trópico, en un punto en donde estaba hasta cierto punto equidistante del círculo máximo de la tierra, donde según la posición del sol, se tomaba la medida del tiempo en que se produciría el fenómeno de la tierra que ya fuera el fenómeno del niño o de la niña, como se le nombra, verdad?Exactamente, se hacía esto dentro de los días comprendidos del 20 al 31 de enero, que es cuando se operan como los fenómenos en los hemisferios, y de ahí es como de donde viene esta creencia de las cabañuelas, de cuando muy va iniciando el año más o menos por ahí, entonces hay como una relación también ciclo-agrícola y por eso es que a mí no se me hace como un mito el hecho que está asociado con Ek-Chuah porque Ek-Chuah de hecho está asociado con en este, no me gusta llamarlo Dios, pero con la energía del trabajo, verdad? Porque me parece que esa es como la expresión correcta. En cuanto a lo del señor de Esquipulas, la [00:29:00] relación de las ceremonias con la natividad de cristo, digamos, así como el establecimiento de la festividad del señor de Esquipulas el 15 de enero, pues si siguen teniendo continuidad con las formas religiosas prehispánicas en el área maya guatemalteca, los antiguos habitantes de Esquipulas, si hay un relato, de Castañeda que lo mencionan en lo en el 55 que se dice que , "adoraban a un Dios que era el protector de las siembras de la cosecha y del trabajo."Esto lo dice, este historiador "que seguramente él dice no pertenecía a las deidades mesoamericanas, especialmente al panteón mexica, universado en momentos previos a la llegada de los españoles. La representación antropomorfa de las deidades no era desconocida en Mesoamérica, por el contrario, era abundante y generalizada desde Sinaloa hasta Honduras. [00:30:00] Además, 'del Dios principal,' el comenta fray Diego Durán, 'él hace como una alusión, con Tezcatlipoca, que él dice era una piedra muy relumbrante y negra como azabache obsidiano. Piedra de la que ellos hacen navajas y cuchillos para cortar.' Además, ciudades era de palo entallada en una figura de un hombre todo negro de las sienes para abajo con la frente, narices y boca blanca, de color de indio bestia" dice él, "de algunos atavíos galanos a su indiano modo a lo primero que tenía era unos ojeras de oro y otras de plata. En el labio bajo tenía un bezote de laverde cristalino en el que está metida una pluma verde y otras veces es azul, que después de afuera parece esmeralda o rubí. Era este bezote como un geme de largo encima de coleta de caballos que tenían la cabeza. Entonces, lo que se puede apreciar en esta descripción [00:31:00] de Tezcatlipoca corresponde casi literalmente a lo que se pudo percibir como la primera figura del cristo negro, especialmente en la representación de las imágenes talladas en madera que se veneraban en las ciudades periféricas del imperio mexica. La diferencia en el atuendo de ambas deidades radican las connotaciones religiosas de cada una de las culturas, materias, simbologías, espirituales y atributos, pero en esencial es parecido e indescutible indiscutible.Recordemos que la celebración principal, digamos de la obsidiana de Tezcatlipoca y de lo que tú mencionabas relacionado con el tema de las lluvias, pues era justamente esto, la petición para que lloviera, sobre todo por ser tierras en este punto, muy áridas, muy secas . Y bueno, yo me quedo por aquí.Chris: Bueno, muchas gracias Anny y Jairo, para explicar un poco de eso. Entonces, [00:32:00] así, me gustaría preguntar cómo dar los cambios en los objetos de los mayas a los cristianos y la naturaleza de la peregrinación, hacia el turismo. Es una pregunta rara, pero, ¿Ustedes creen que los viejos alimentos, o energías, o antepasados todavía se alimentan?Es decir, para vivir en un lugar ya una década que tiene una sequía, que también saqueo, que va empeorando y empeorando, poco a poco me voy pensando si hay una falta de rezos de conocimiento, de recuerdo, de memoria, de ofrendas. Anny: Bueno, yo es en realidad esta sequía saqueo, esta crisis climática y toda la crisis alrededor de la tierra, a mí, en lo [00:33:00] personal y tanto en lo comunitario, a mí me parece que es una crisis a nivel comunitaria, nacional, mundial en donde todos los territorios, se han visto afectados. Por ejemplo, así como aquí en Guatemala, que tenemos zonas como muy áridas, muy secas, que por su propia condición geográfica en donde han estado, sin duda se ha intensificado en estos últimos años, derivado del saqueo del recurso natural, sobre todo en estas zonas del oriente de Guatemala que son montañas que están, pues ahí si que dedicadas a la explotación de material para la construcción. Hablemos de piedra, hablemos de arena, hablemos de cal, por ejemplo, y de otros elementos que son para la explotación minera. Así como hay otros aquí en Guatemala, donde pues la zona es bastante húmeda, pero sus montañas son [00:34:00] propicias para el oro, para la plata, para el cobre, para el zinc y para otros elementos. Entonces, yo si siento que aparte de que falte de repente un toj, un pagamento, o un Xukulem, como nosotros decimos, dar la gratitud a la tierra que sin duda, pues es evidente cuando, y eso es evidencia no solo en la explotación de la tierra, sino que es evidencia en el sentir de las personas, porque usualmente, se piensa que un peregrinaje únicamente es ir a ver una figura, verdad? O una persona, una deidad, un cristo, ir a esa energía y sentir la energía para yo recargarme, sin considerar que yo al momento que también me voy a recargar de esa energía, estoy siendo un tanto extractivista muchas veces con mi práctica. Pero mi práctica también va más allá de enajenarme de qué está pasando, porque si bien es cierto, tengo ahí al cristo negro frente a mí y soy muy devota, pero entender que el cristo negro también puede estar [00:35:00] presente en las montañas, en los ríos, en los valles, en los lagos, en las cuencas y en todo eso que a mí me da de comer, en todo eso que a mí me permite vivir. Entonces, yo creo que más allá de que falta un rezo, yo sí creo que falta mucha conciencia, mucho trabajo espiritual de hacerle ver a las personas, a los peregrinos, a las peregrinas que mi ruta de peregrinaje, o sea, por donde yo paso, existe porque hay un territorio, un territorio que es ajeno a mi territorio, pero que aun así yo paso porque voy a ver algo en específico, pero que eso también tiene un impacto y que eso también tiene una responsabilidad. Preocuparme por todo lo común que pasa alrededor de de mi territorio, de mi país, del mundo, por ejemplo. Entonces, Mas allá de yo decirte si mira, Chris, falta que la gente reze, falta que la gente ofrende para que ya no haya sequía, que si bien es cierto, tiene una parte súper importante, es muy espiritual y que nosotros que [00:36:00] hemos visto que es verdad. O sea, no es un mito, no es una mentira, sino que es verdad, pero tiene que ir de la mano la ritualidad con mi práctica, tiene que ir de la mano mi discurso con lo que yo estoy haciendo y con los enunciados y los postulados que yo tengo en mi compromiso con la tierra, verdad? Osea, para mí ese es como, como el punto focal, verdad?Jairo: Sí, Chris y Anny pues, también he de añadir que, mucho de la modernidad y la facilidad para poder llegar a establecer una ruta de peregrinaje, también, pues influye dentro de las prácticas sociales y culturales, y pues si de tal vez, una ofrenda o un rezo, también estoy de acuerdo con Anny en ese sentido, es la conciencia de las personas, no? Y no se trata en el caso de la gente, pues católica de ser anticuados y de decir, bueno, vamos a irnos callados todo el [00:37:00] camino, aunque eso es una práctica que hacía la gente antes, verdad? Lo nombro como la gente antigua de Mixco lo dice. Ya no se tiene el respeto, dice la gente, por llegar y ir en una ruta de oración y de pedir o de agradecer. Y pues, por tanto, llevar una actitud de respeto, sino que ya se toma como un viaje de excursión y puede llegar a pasar, cualquier cosa dentro de ese viaje a excepción que se visita a la basílica y se visita a cristo negro. Pero dentro de ese viaje también de muchas personas ya no toman en cuenta el significado, o siquiera la ruta en la que están atravesando, verdad?Creo que es parte de la influencia occidental, de alguna forma de los medios también, que no han difundido pues, esta historia, porque esto que estamos hablando no te lo cuentan en los medios de comunicación. Ni siquiera dentro de la iglesia católica. La iglesia católica te dice que está cristo negro de Esquipulas, que es un día reconocido [00:38:00] dentro de la espiritualidad, por así decirlo, guatemalteca, religiosidad popular, como querramos llamarlo, pero no te hacen este trasfondo histórico que hay dentro de él, verdad?Pues la iglesia católica se encarga de lo litúrgico si vamos a llamarlo de esa forma, se hace una misa, se participa dentro de las misas. Pues hay frailes franciscanos que están constantemente bendiciendo lo que se compra como souvenir dentro del lugar. Pero que más que una oración que haga falta, creo que si hace falta entender un poco más que es lo que estamos haciendo, pero pues es parte del cambio socio cultural influido, como digo por lo occidental de alguna forma, que está permeando pues esta memoria histórica en cuanto a la visita del cristo negro. No digo que deje de ser fuerte porque esto tiene muchísima fuerza todavía dentro del contexto mesoamericano.Chris: Claro, claro, [00:39:00] gracias a ustedes dos. Pues la mayoría de las pláticas en el podcast, son críticas, de lo que falta, lo que no hay, en en el mundo, en la cuestión del movimiento de viaje de devoción también, y agradecimiento.Bueno es obvio como las dinámicas transaccionales o capitalistas, etc afectan los movimientos de la gente. Cómo se proceden, como llegan, como piensen en sus movimientos, también queremos pensar en otros mundos, y parte de eso, tiene que ver con lo que algunos llaman la hospitalidad radical. Es decir, como lo más básico, según yo, la hospitalidad local, enraizado, para el extraño o extranjero o extranjera, etc. Entonces, tengo curiosidad por saber ¿Qué tipo de hospitalidad [00:40:00] radical ustedes han encontrado en Esquipulas o en la peregrinación, si es que han encontrado algo.Anny: Bueno, no te voy a hablar como mucho de esto, porque no tengo como una experiencia, porque no ha sido mi búsqueda también, como encontrar esto. Siento que es como un paso como más personal individual, quizá de de soledad, pero de de sentirte bien en el, así que solo, en el buen sentido.Te puedo decir que hay gente que tiene como muchas experiencias, verdad? De de encontrarse con las personas que abren las puertas de su casa para que estén, para que visiten, para que entren. Claro, ahorita pues mucha situación ha cambiado. Siento que la seguridad ya no es la misma. La situación que atraviesa Guatemala. La conflictividad que se ha ido acrecentando en estos últimos años con estas [00:41:00] miradas fascistas también, con la división entre iglesias, por ejemplo, entre protestantes fascistas, radicales, y protestantes neopentecostales. Y todavía medio que la iglesia evangélica presbiteriana, que es la que intenta mediar entre ambas y la iglesia católica. Todo esto, además que el oriente de Guatemala está catalogado como zonas de bastante menudeo de narco, corredores de narcotráfico también. Entonces, todas estas situaciones políticas y geopolíticas han ido modificando mucho el hecho de que tú busques tu propia protección y que la gente también, cuando no son épocas de de peregrinaje, no tiendan a abrir sus casas, sino que quizás las abren más como para cuando hay un poquito más de afluencia, pero ya es como muy poco ver este tipo de dinámicas. Lo otro es que mucha gente mayor, digamos de la zona ya ha [00:42:00] fallecido. Y pues ha quedado como gente joven, inclusive gente que no es ya de Esquipulas, sino que por tema laboral ha migrado ahí, entonces ya va perdiendo como un sentido de pertenencia, verdad? De como ese sentido de comunidad. Pero si algo yo puedo rescatar de hace como mucho tiempo y que nos queda de repente el bonito recuerdo y la historia que quizá Jairo quiere hablar ahí un poquito, es de cómo se fueron tejiendo ciertas rutas comerciales entre por ejemplo, Oaxaca, Mixco y la gente de que aprovechaba para ir a Esquipulas. Y también como pensar cómo fueron cambiando también los productos de consumo, porque ahora, pues, vemos una invasión de productos plásticos, verdad? Provenientes de China, de estas grandes pirámides de estafa que y de explotación de mano de obra en Malasia, que te viene producto chino también de por allá o de la india, por ejemplo. Vemos como la entrada de mucho de este, [00:43:00] de este producto, verdad?Entonces tampoco es que podamos estar hablando como de esta comunidad, o de encontrar como redes de comunidad en cuanto a la economía o en cuanto a la producción, porque es ahí si que tú sabes que el capitalismo es voraz y la globalización y todos estos factores que están pasando en este momento son muy crueles con las dinámicas y las formas de vida de acuerparnos, de querernos, de apapacharnos y que se intensifica cada vez más.Creo que ahí si que lo importante es, nombrarlo para que si alguien quizá no se había dado cuenta de cómo se han ido afectando las dinámicas. Pues ahora lo, se se pueda ver, verdad? Y que a veces también es un poco como egoísta de mi parte, porque ves ahí vamos al hecho de que, como yo solo lo voy una vez allá, pues no me importa al final, como si tejo o no tejo, verdad? Puede ser que sea el pensamiento de alguien, verdad? Bueno, yo [00:44:00] solo voy una vez, yo voy a lo que voy y no me importa pues si hay alguien ahí que me pueda acuerpar, recibir o lo que sea.Entonces también como estas dinámicas, estos pensamientos frívolos que también por la misma dinámica de la vida, de la economía y demás, se intensifican no? Entonces, pues yo pues yo, eso te podría decir.Jairo: Si, dentro de como el capitalismo, el sistema capitalista, ha influido también dentro de estas dinámicas. Yo puedo nombrar puntualmente durante las últimas veces que he ido a Esquipulas, justo desde acá de Mixco, como pues lo económico ha afectado, o sea, el nivel socioeconómico también determina lo que vas a llegar a hacer verdad? Porque muchas personas de que vienen de acá, ni siquiera pues ya piensan en hospedarse, sino que van en la noche, madrugada de un día, y se quedan en [00:45:00] el bus o solo van y peregrinan, rezan, dejan sus candelas, no se paga hotel y regresan, verdad? Eso ha sido en un par de ocasiones. Si bien, pues hay ahora opciones de hospedaje digámoslo de diferentes tipos, que se suelen reservar con anticipación. También está esta otra situación, que también deja un poco de lado a lo que se solía hacer de preparar comida, de llevar ya huevos duros, como le decimos nosotros, huevos cocidos con salsa de tomate, eso es muy de viajar en este contexto de Mixco, los tamales de viaje que les llamaban también que es básicamente pasta de maíz cocida con la tusa, que es la cáscara del maíz. Estos tamales, pues servían para eso, para poder mermar el hambre mientras se llegaba a Esquipulas y que ahora esto ha sido poco a poco reemplazado justo lo que nombraba Anny, por productos pre-elaborados, frituras, que no tienen ningún [00:46:00] sustento, ni siquiera enlazan, con la memoria de la cocina, sino que técnicamente es algo que se desecha. Y claro, la basura, también otro papel importante, porque tenemos poca educación o ninguna en cuanto al ambiente y las empresas que nos hacen responsables de sus paquetes, de sus sobrecitos, de sus botellas y todo esto, resulta en los caminos y, pues sí, es una ruta de peregrinaje, pero también hay basura plástica, verdad? Dentro de esa ruta de peregrinaje. Y, pues, nombrar también, este era un poquito la cereza del del pastel que yo quería dejar para esta conversación, porque, como las dinámicas económicas han afectado rutas comerciales y de peregrinaje que puede que lleven alrededor de 2 mil años de existir, verdad? Tu que te desenvuelves en Oaxaca, puedes preguntar sobre cristo negro de Esquipulas y vas a encontrar a mucha gente que es devota al cristo negro de Esquipulas [00:47:00] y que probablemente tengan una réplica, pues en varios lugares de Oaxaca. Sobre todo el área, pues de el Istmo, verdad? En el, en el área también, zapoteca, vas a encontrar mucha gente que es devota y producto, pues de ello eso, ya lo tenemos, pues registrado antropológicamente. Ya no se da, pero gracias a las abuelas de mi pueblo esto sobrevive y es como nosotros, como Mixco estamos en medio de una ruta comercial entre básicamente, el centro de México y el oriente de Guatemala que está hacia allá. Entonces, pues Esquipulas está casi, en un punto distinto a esta ruta, verdad?Pues hay una memoria de de cómo nuestra gente antigua de Mixco interactuaba comercialmente con gente que venía del centro de México. Y esto lo tenemos evidente en el uso de la indumentaria maya del Poqomam de Mixco, que tiene muchísima influencia de la indumentaria que viene del pueblo [00:48:00] zapoteca, y del pueblo mixteca, en Oaxaca y producto de ello, sé que en el audio no saldrá, pero lo voy a describir. Tenemos acá estas fajas, estas fajas vienen de santo Tomás Jalieza en Oaxaca. Las famosas fajas de Jalieza, que se utilizan en Oaxaca y que formaban parte de la indumentaria antigua de Mixco. Esto cambió más o menos a mediados de los años 60s.Hay memoria, yo escuché de boca de muchas de las señoras antiguas de acá de mi pueblo que decían, venían las mexicanas a vendernos ropa, técnicamente, pero no es la ruta de Tapachula moderna, ahora que se va por la costa, sino que se refieren a textiles. Y esto encontramos fotos, inclusive fotografías del siglo 19, de finales del siglo 19, principios del siglo 20 en el que vemos el uso de estas fajas, y las reconocemos técnicamente por esta figura que seguro, pues ya la, la verás más representada en en Oaxaca. [00:49:00] La gente acá en Mixco le dice a esto los bailadores, en Oaxaca les tienen un nombre, ahora específicamente, no lo recuerdo, pero es gracias a este danzante o bailador que reconocemos las fajas que vienen de ese lugar porque en Guatemala no encuentras ninguna otra faja que sea de este material, porque es lana, o bien puede ser bastante grueso el tejido en telar de cintura con estos diseños.Entonces, gracias a Abisaí Navarro, que ojalá pueda escuchar este material, es un amigo que es de Oaxaca, quien conocí por las redes sociales, en quien básicamente se ha dedicado a documentar las expresiones culturales también de Oaxaca y de la espiritualidad en los pueblos mixteca y zapoteca. Y él me envió estas fajas desde Oaxaca. Osea, yo ya no puedo decir las compré con señoras oaxaqueñas. Yo como mixqueño, no las compré con ellas porque ahora vienen en bus, la dinámica comercial cambió y además en Mixco ya no se usa la [00:50:00] indumentaria maya, de uso diario. Este es por un lado, y por el otro lado, también tenemos a este otro lugar que se llama Yalalag, que es gente zapoteca también, en el cual usan esta prenda sobre la cabeza, ellos le llaman tlacoyales o rodetes, que consiste pues en lana cruda, de de oveja teñida, colocado sobre la cabeza, que es la emulación, pues a una serpiente. Esto, pues, tampoco esto no lo traje de Oaxaca, esto lo conseguí pues gracias a una historiadora justamente de Chichicastenango que Anny conoce, María Jacinta Xón, ella pues su papá se dedicó muchísimo tiempo, y ella también se ha dedicado, pues a la elaboración de hilos y a la obtención de la seda, y el papá de ella que ya descansa, pues fue con quien pudimos investigar un poco de dónde venía esta lana. Esta lana ya no se produce ni siquiera en Chichicastenango, en el contexto de Anny, sino [00:51:00] que básicamente esta es la última que él tuvo la oportunidad de teñir, pero es exactamente la misma lana que inclusive él desconocía su procedencia sin pintar, de dónde venía.Y ahora esto ni siquiera aquí en Guatemala se consigue, entonces es la evidencia de cómo Mixco en medio de una ruta comercial entre básicamente todo el área de el Istmo y la costa sur hacia el oriente de Guatemala, que es otro mundo que, de no haber llegado la invasión española y de no haber este sistema que de alguna forma ha ladinizado decimos nosotros, o sea despojado de su identidad a la gente maya. Y, pues, tendríamos una gran diversidad también de personas en aquel territorio. Y pues es un poco de las dos prendas que acá en Mixco se utilizan todavía por las mujeres que participan en las cofradías, pero los nos hace pensar en las mujeres de Oaxaca también. Es bien curioso. Tengo un video que lo describe, si gustan lo pueden ver allá en mis redes sociales, [00:52:00] aparezco como "hoja de pacaya" y hay un video donde hablo de esto del tecoyal justamente.Anny: Si, Chris y algo que yo, quería como agregar nada más a la conversación. Es el hecho de que, en medio de esta forma de turismo que muchas veces es gentrificador y que también como que estas dinámicas de ir y venir hace que justamente todo alrededor de lo que sucede en Esquipulas pues cambie su dinámica Si bien es cierto, ahora cuando vas tú a Esquipulas, ya hay hoteles de repente, tal vez no de cadena, pero si de cinco estrellas. La gente ha intentado mantener hoteles que sean como de su familia. Pero eso no quita, por ejemplo, que ya haya más lugares de recreación, de consumo, de compra y de intercambio comercial.Porque pues tú sabes que al final, la situación económica, creo que a nivel mundial no es del todo buena para ninguno, [00:53:00] verdad? Entonces, pues siempre se busca la manera como de irte agenciando de ciertos fondos. Pero, ahora que lo pienso mejor, digamos en esta conversación, yo si puedo ver algo muy especial. Por ejemplo, aquí en Guatemala, hay dos lugares más en donde hay peregrinación a ver a cristo negro, que no tienes que ir a Esquipulas y que lo encuentras, aquí, de de donde yo vivo más o menos es a una hora, se llama Chinique de Las Flores. Y luego de Chinique de Las Flores a más o menos como unas tres horas, puedes llegar a Cunén. Cunén, también aquí en K'iche', que son estas, rutas de peregrinación para ir a ver también, réplicas del cristo negro de Esquipulas, pero que entonces ahí si te puedo decir que estamos encontrando aquello que una vez encontramos en Esquipulas [00:54:00] hace más de 400 años por así decirlo, 300 años.Entonces, lo estamos volviendo a encontrar ahí porque, claro, son zonas todavía de pronto un poco más pequeñas, en donde todavía el ambiente es más, comunal, comunitario, en donde, pues todavía es de pueblo, le decimos nosotros, todavía sí que está la esencia conservada de un pueblo. Entonces no se convierte en un lugar para ir a quedarte y pasar ahí una semana, que sé yo, sino que se convierte en un lugar de visita, de recogimiento de sí, ir a hacer tu tu peregrinaje, tu oración, tu penitencia.Entonces, a mí me parece que ahí todavía es en donde, donde se encuentra una esencia muy, muy rica.Chris: Pues, gracias a las energías, a los dioses y dioses que todavía hay lugares y gente que honran esas, esas tradiciones y las de también como Jairo [00:55:00] mencionó, que pues la memoria también está pegado dentro del textil, de tejido, justo tambien he visto como una una bebida chocolatosa tradicional aquí en Oaxaca que, según algunas personas tiene su origen en en el K'iche'. Aunque, se dice que ese proceso, esa receta no existe en el K'iche' ahora, pero todavía la memoria existe dentro de esas prácticas no? Entonces la cuestión de la hiper movilidad y el sentido de guerra constante en muchos sentidos en el el mundo contemporáneo, ¿Cómo piensan que, la peregrinación o las posibilidades de peregrinar pueden ofrecernos una manera, o maneras, o caminos a [00:56:00] socobar, la hiper movilidad, a la guerra, la comida chatarra como mencionaron, estas dinámicas y estructuras económicas que, pues nos están matando poco a poco? ¿Qué clave puede tener la peregrinación en un mundo donde queremos vivir?Anny: Pues yo creo que la responsabilidad de cada uno de nosotros que, que vamos con llevar también mensajes de esperanza, o sea, siempre hay rutas no? Está la ruta migratoria, está la ruta de la mariposa monarca. Está que esa peregrinación que hacen, van y vienen, y estas peregrinaciones que nosotros también hacemos como personas humanas, independientemente de si seamos cristianos o no, pero siempre hay una ruta que tú buscas de peregrinaje para sanar tus [00:57:00] dolores, tus enfermedades, tus traumas, tus miedos, así sea que tú vayas a peregrinar a una montaña, un volcán, un cerro, a una iglesia, a una basílica a donde sea.A mí lo importante, y lo que me parece a mi súper esperanzador es que tú tengas como también ese compromiso de compartir una luz con quienes tú te vayas encontrando en el camino. Puede ser que también tu peregrinaje entonces no parta desde el hecho de, ah voy a ir pensando solo en rezos, no, sino que, ¿Qué también puedo yo compartir en el camino?O sea que otras rutas también puedo ir yo dejando, mencionando, creo que esto lo hemos logrado con bastante efectividad cuando pensamos en las rutas migratorias y como podemos echarle una mano a les compas migrantes verdad?, Entonces a mí me parecería que una estrategia pues muy parecida, podría ayudar bastante, a ver esto con otros ojos y a ver esto, pues más allá de, [00:58:00] o sea, que que siempre podemos hacer varias cosas, cuando tenemos de repente solo una finalidad, pero al final podemos ir haciendo como mucho, entonces yo creo que como mensaje yo, eso te dejaría, o sea que, pues al final en medio de toda esta hiper movilidad, pues que la aprovechemos, no solo para quemar codos, sino para ir dejando otros mensajes a la gente, verdad? De cómo también nos vamos moviendo, movilizando, qué vamos pensando y qué está pasando alrededor del mundo. Jairo: Sí, bueno, entender que nuestras dinámicas han cambiado con el tiempo, que somos una generación que nos tocó ver cambios abismales dentro de las dinámicas de como nos hemos relacionado con otras personas, cómo aprendemos incluso porque ahora pues gracias a la hiper movilidad también, inclusive, pues a la tecnología conocemos nuevas cosas, pero no dejar de lado el en el caso, pues de la gente que peregrina, verdad? Las [00:59:00] reflexiones que hacíamos, el por qué se hace, un poquito, y también el que hacer de nosotros cuando vamos a un lugar y cuando nos movemos, verdad? El hecho de verdad estoy comprando con las personas que son de allí o me estoy yendo a meter un supermercado, de verdad esto beneficia la comunidad o esto beneficia a una empresa, pues que al final explota personas y que les compra super barato y regateado el producto, verdad? Creo que se ha mantenido, pues al menos en Esquipulas esa dinámica de consumir, pues lo que es de allí, la gente, pues esfuerza mucho porque saben que hay, personas de muchos contextos que vienen a ese lugar, por lo menos una vez al año. Entonces, entender estas dinámicas, creo que es un reto también dentro de nuestro contexto y entender también que el humano siempre se ha movido. Gracias a las personas [01:00:00] antiguas que se movieron hace 3 mil años hacia acá es que nosotros tenemos estas evidencias históricas y aprender de esas movilidades también, cómo nosotros generamos un buen impacto cuando nos estamos moviendo, pienso.Chris: Que vamos aprendiendo y recordando a la vez, cómo movernos con respeto y agradecimiento y devoción a lo que nos da vida. Vamos a asegurar que las imágenes de esos textiles hermosas, van a salir con el episodio, en el sitio web web de El Fin del Turismo. Y también los nombres y contactos si quieren de los compas que mencionaste Jairo. Y pues ha sido como un gran conversación, y me dan muchas ganas de seguir con esa [01:01:00] cuestión de peregrinación.Y en el nombre de de nuestros oyentes, me gustaría ofrecerles mis a agradecimientos más sinceros a ambos ustedes por acompañarnos hoy, y estar dispuestos a enfrentar y luchar con algunas de las contradicciones y pues también las colonizaciones que han afectado al acto y al arte de la peregrinación en nuestros tiempos. Si los oyentes tienen ganas a conocer más de lo que ustedes hacen en la vida, ¿Hay una manera de comunicar o conectar?Anny: Sí, por supuesto, en nuestras redes personales, yo soy la curadora en jefe actual de Espacio C, en Chichicastenango, entonces pues por ahí pueden , encontrarme en Instagram, o en Facebook, se escribe [01:02:00] ESPACIO/C ARTE+MEMORIA. Y luego en mis redes personales, por si alguien pues también desea buscar. Yo me encuentro en Instagram como "Anny Puac," así me pueden encontrar a mí también en Instagram para que pues vean, de pronto un poquito también de, de mi trabajo y, luego en nuestras redes comerciales como Los Cofrades Chichicastenango, así me pueden, nos pueden ir encontrando y pues ahora Jairo.Jairo: Gracias. Yo he tratado de crear contenido no de lleno, tampoco tan comercial. He hecho reflexiones en cuanto a estos elementos, ahí sí que de ambos lados, verdad? De la espiritualidad en Guatemala en general, tanto de lo católico como de lo maya, y cómo esto tiene un punto medular, es un poquito lo que ha sido mi [01:03:00] premisa durante los últimos años, evidenciar que no es netamente todo católico, cristiano y que hay elementos pues de la espiritualidad maya que prevalecen como lo que hablamos hoy.Me pueden encontrar pues, como Hoja de Pacaya en las redes sociales. La hoja de pacaya es la que se usa para decorar en las puertas de las fiestas acá en el contexto pues de Guatemala. La pacaya es una palma. También se come la flor durante los viajes, justo durante los peregrinajes. La flor de la pacaya se envuelve con huevo y se le pone salsa de tomate encima y es algo muy para viajar. Y pues, a la hoja de pacaya le dicen dentro del contexto guatemalteco a las personas que les gusta la fiesta y que no se pierden ninguna.Entonces es un poco la premisa de mi usuario, porque pues sí, me gusta documentar las fiestas, pues que se llevan a cabo en Guatemala con trasfondo, quizá de análisis [01:04:00] y de reflexión. Y pues, gracias por el espacio. Estoy muy agradecido por ello, a ambos. Chris: De nuevo, muchísimas gracias a ustedes dos por sus tiempos hoy, por sus reflexiones y sus compromisos en el mundo, en la vida. Anny: Qué gusto conocerte también. Y pues ahí estamos siempre en comunicación. Yo te de con un fuerte abrazo y no haber un fuerte abrazo a tierra que de Oaxaca también.English TranscriptionChris: [00:00:00] Welcome to the podcast The End of Tourism Annie and Jairo. Thank you both for joining me today. I would love for you to tell our listeners where you are calling from and what the world looks like there for each of you.Anny: Thank you very much, Chris, and good morning to everyone listening, or good afternoon or good evening, depending on your time zone.My name is Anny and I greet you from the K'iche' Mayan territory of Chuwila, K'iche' Guatemala specifically.Jairo: Good morning to both of you, it's a pleasure to be here. Sawe ta inteer winaq (Good morning to all of you) a pleasure from the Poqomam territory of Mixco and also from the outskirts of Guatemala City, thank you for this [00:01:00] opportunity to share knowledge.Chris: And thank you both. I'm here in Oaxaca and the world seems obviously a little weird. Well, maybe not obviously, but it seems weirder by the day. We're here today to talk about Esquipulas in Guatemala. And Esquipulas is the site of several churches that have housed the Black Christ of the town, which is famous for its supposed miracles for the past four centuries.Similarly, the pilgrimage to the shrine is the largest in Central America and the second largest in the Americas, with, from what I read, 5 million people visiting it every year. Now, to start, would you be willing to explain what prompted each of [00:02:00] your interests or relationships with this place and the practice of pilgrimage?Anny: Yes, of course Chris. Well, from my personal or individual relationship as a family, I have, let's say, a clear idea of when these pilgrimages began, suddenly, when I was about seven or eight years old, so, to tell you that I have clarity, but when I go back to the family archives, well, I see that the issue of going on pilgrimage to Esquipulas, well, it begins with my grandmothers.Jairo: So I could tell you that within my family, the pilgrimage to Esquipulas, well, maybe it has been present in the family for at least 80 years, especially on my maternal grandmother's side . She is from a K'iche' territory in Quetzaltenango , where they would begin the trip, together, there was a neighborhood trip organized by the neighborhood, or it was a family trip, so one or two buses would go at that time when there wasn't much transportation, right? It was also a luxury to go by some route where there was a bus stop. And well, what couldn't be traveled by bus, well, it was done on foot, they used donkeys, but, more or less that's where the story of how these pilgrimage routes began in my family, let's say.In our case, I was not aware of having arrived in Esquipulas when I was little. Well, there is a very interesting fact, when I was 40 days old, my family decided to take me to [00:04:00] Esquipulas, so that is in the family's photo archive as a thank you, because in the end I was born with... I was born well.Jairo: And then the family decides to go on a pilgrimage. This is the closest information I have about the person going to Esquipulas. Of course, I have always been very familiar with this within my immediate context, since people from my municipality tend to go organized in excursions from the different religious organizations that exist in my municipality.These, well, designate dates and are buses filled with approximately 50 people. Each bus usually arrives up to three, from here in Mixco, well, they go to Esquipulas. And that is something very interesting because it is, well, part of modernity, let's say going by bus, but there are many anecdotes from people from here in town who [00:05:00] tell how, well, they went in a more rustic way, right? It could be, well, on a walking pilgrimage, which was not the only pilgrimage, in fact that of the black Christ of Esquipulas. Today, specifically, we are going to talk about it.But there are also the pilgrimages to Antigua Guatemala, which is very close by. Here behind us there is a hill called Alux Hill. This hill was crossed on foot, and people still do so on foot, because behind the hill is the descent to get to Antigua Guatemala.Chris: Thank you. Thank you all. So, to learn a little more about your stories, like the pilgrimage, I would like to know a little more if you could offer something about the long history of Esquipulas, of the black Christ and well, how did the pilgrimage originate? Where does that story come from?Jairo: Well, as I mentioned before, saying some [00:06:00] words in the Poqomam language. It is the language that was spoken, well, in our town. I'm going to say it again more slowly to, well, describe to you what I said, technically it is:closely related and intrinsic to the people of Mixco and also to the Oaxacan territory.My name is Jairo, Jairo Andrés Chamale Lemus. I belong to this territory, to the Poqomam Mayan people. Half of my family and my ancestors are from here. And, well, I am dedicated to tourism. I have been a tourist guide for approximately eight years , since I graduated very young. And, well, I have dedicated myself to pilgrimages so that people also learn about the historical context of Guatemala and the different cultural, religious and also resistance expressions of the people in the territory of what we now know as Guatemala.Well, I am also a student of anthropology, specifically a bachelor's degree in anthropology, and I have also dedicated myself to studying the case of the Poqomam Mayan language in Mixco, which is a community very close to Guatemala City, which has had a very strong demographic and social impact, due to the growth of the metropolitan area of Guatemala City. It is something that I have dedicated myself to studying during the last few years. And also, well, to [00:08:00] documenting it, because we have many cultural and spiritual practices in our town, which have been disappearing as the city's demographic advances, thank you very much. Rontyoox aq'oo ta Anny: Well Chris . In fact there is a record, let's say historical , which says that the first pilgrimage to Esquipulas was in March 1595 , when the image left the workshop of this sculptor Quirio Cataño, heading towards Esquipulas, towards Chiquimula. This is in the east of Guatemala. We know it as the hot zone of Guatemala. But it is the zone, let's say, like hot arid . It is a territory where there is a Xinca, Popti' community, if I'm not mistaken, Chortí as well . And so, the production that is [00:09:00] They have in the lands over there, we are talking about fruits from some plants, some tubers more or less, but most of them are dedicated to fruit, right ?This first pilgrimage is documented and recorded by the chronicler, who is called Miguel Álvarez. And he says that, when he left from the workshop and headed towards Esquipulas, the image was performing different miracles along the way until reaching the basilica . Then there were people who asked him precisely that, please, that the image spend at least one night inside the house of people to bless it. And more or less it is estimated every year, let's say currently, now in Guatemala and around 300 thousand people from all over the world, mostly between Mexico, Central America, southern countries, for example from Peru [00:10:00] from Ecuador from Ecuador, Bolivia, if I'm not mistaken, it is like a lot of people who arrive, more or less between November, which right now is like a date from November to December and all of January, let's say, those are like the three months with the greatest influx of people who arrive at the basilica, right? So you can call it a pilgrimage , you can call it a pilgrimage, what pilgrimage, usually, well there if the people who visit can do like a day's visit only or it can be that a visit can be extended for up to 10, 15 days, right?From Guatemala City to Esquipulas there is a distance of approximately 220 to 250 kilometers and if you go on a pilgrimage, you go through very specific places along the entire pilgrimage, on average [00:11:00] Every day you are doing a stretch of 40 kilometers, a day, let's say if your intention is to go on a pilgrimage like that . So that's more or less like more historical data and the story, right?Chris: And I'm a little curious, inside the estancias, when I arrive at Esquipulas, if I were on a pilgrimage, for example, what would I do? Do they stop to say their prayers? I would like to know from someone who has never made a pilgrimage, how it looked those days before coming.Anny: Well, I'm going to tell you a little bit about my family's story because My maternal grandmother, she was a lady, very Catholic, right? So, for her, her pilgrimage, let's say, was her sacrifice, right? In the year, to say well, out of gratitude [00:12:00] to my health, to the miracles that she granted me, because she was very devout. It was the fact of going on a pilgrimage route. What did this imply? Even preparing food so as to not say waste time, thinking about what to eat along the way, because the idea for them was, well, to go in a kind of contemplation, in constant prayer, in prayer, let's say in petition, to stop every so often, right? Every 40 kilometers, because within the Catholic-Christian community, there are points that are marked within the route where you can stop with each family, because they may have a replica of the image of the black Christ, because in fact, when the first pilgrimage was, this family may have been one of the [00:13:00] families who first received the black Christ.So it becomes like that stopping point, right? So, when they make that stopping point, they go down. They go down to pray, they go down to talk and to socialize with people, maybe, to share a meal. And to feel, well, like thei

Ciência
Pobreza e falta de acesso à saúde fomentam tuberculose em Angola

Ciência

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 9:10


A tuberculose continua a ser um problema de saúde pública significativo em Angola. Em 2020, o Relatório Global sobre a Tuberculose da OMS indicava uma taxa de incidência de cerca de 361 casos por 100.000 habitantes no país, ou seja, uma das taxas mais altas do mundo. Em 2024, em Luanda, foram registados quase 29.000 casos de tuberculose e mais de 1.000 mortes. Neuza Lazzari, chefe do Departamento de Saúde Pública do Gabinete Provincial de Luanda, afirmou que a tuberculose está muitas vezes associada a condições deficientes de higiene e à falta de acesso a cuidados de saúde. Em 2024, em Luanda, foram registados quase 29.000 casos de tuberculose e mais de 1.000 mortes. Qual é a principal causa da elevada incidência de tuberculose na capital angolana?A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, transmitida pelo ar, que afecta principalmente os pulmões, mas pode também afectar outros órgãos.É preciso compreender que não há qualquer diferença entre a tuberculose que afecta os angolanos, actualmente, e a tuberculose diagnosticada em outros países.No entanto, a tuberculose está mais ligada a condições, principalmente deficientes, de higiene, e em Angola essa situação é mais frequente.Uma situação de pobreza, a falta de acesso a cuidados de saúde e condições de vida precárias contribuem para o aumento de casos de tuberculose?Sim. Sendo uma doença muito mais frequente em pessoas de nível socioeconómico baixo, a tuberculose também pode afectar pessoas com nível socioeconómico mais alto.Passo a explicar: eu posso ser uma pessoa pobre e trabalhar numa residência de alguém rico, mas com uma imunidade baixa. Nessa situação, essa pessoa está sob o risco de apanhar a doença, não porque vive em situação de pobreza, mas porque está exposta à contaminação, uma vez que se trata de uma doença provocada pelo contacto com as gotículas de saliva expelidas pela pessoa infectada.Por exemplo, as pessoas fumadoras, que têm HIV, pacientes que fazem diálise, com cancro e que tenham uma imunidade baixa são pessoas que podem ser facilmente contagiadas com a bactéria.Estas pessoas que acabou de citar fazem parte do grupo mais vulnerável, mas também há os idosos e as crianças…Exactamente. Também é uma doença muito comum nos serviços prisionais, devido ao aglomerado que lá se vive. São, muitas vezes, locais fechados, com pouca circulação de ar. Portanto, é também um grupo de risco.Quantas pessoas foram afetadas pela tuberculose em Luanda? Qual é a taxa de mortalidade associada a esta endemia?Posso apresentar apenas os dados relativos a 2024 na província de Luanda, lembrando que anteriormente a capital angolana tinha nove municípios e agora tem 16 municípios. No entanto, entre Janeiro e Dezembro de 2024, foram notificados 28.761 casos e registaram-se 1.040 óbitos neste período.Em 2023, foi apresentado um plano de luta contra a tuberculose. Estes números, que acabou de detalhar, significam que as medidas tomadas pelas autoridades falharam?Não! Se compararmos 2024 com 2023, houve uma redução do número de casos de tuberculose. Mas para nós, não obstante ter-se registado uma redução de casos, uma morte é sempre uma morte. O nosso objectivo é deixar de ter uma elevada taxa de incidência de tuberculose.No entanto, a saúde não trabalha sozinha. Existe a doença, existem os programas e existem os esforços do Governo para apetrechar as unidades e garantir a disponibilidade de medicamentos.Mas temos outros factores, como o da pobreza, fazendo com que a pessoa infectada acabe por infectar outras pessoas. Por isso, defendemos que as pessoas que vivem em condições de pobreza devem receber mais apoio social.Quais são as medidas do Governo para prevenir a tuberculose?Uma das coisas fundamentais, que é responsabilidade do Governo, é disponibilizar a vacina BCG desde a infância. Evitar os aglomerados, sabendo que em muitas residências que têm apenas um quarto e uma sala coabitam três ou quatro famílias. São estas condições que vemos não só na capital, na província de Luanda, mas também no interior do país.Por exemplo, as pessoas que têm a doença, mas que ainda não estão em tratamento, vão expelindo o bacilo e, se estiverem em contacto com outras pessoas, vão infetá-las. Por isso, essas pessoas devem usar máscara. Também deve ser feita uma busca activa nas comunidades, realizada pelos profissionais de saúde e também por agentes comunitários, para identificar as pessoas que têm a doença e que, por algum motivo, não estão a fazer a medicação. Essas pessoas devem ser encaminhadas para as unidades sanitárias para cumprirem o tratamento.O que acontece, muitas vezes, é que o paciente chega demasiado tarde ao hospital, ou então desenvolveu resistência ao antibiótico…Sim, e por isso fazemos palestras nas escolas, nas igrejas, nos mercados, nos serviços prisionais e nas instituições. Há um grupo da área de promoção da Saúde que faz essa sensibilização — todos os dias — nas unidades sanitárias. Os médicos e enfermeiros fazem uma pequena palestra matinal sobre os riscos que podem surgir para a saúde se não respeitarem o tratamento.Existe algum apoio internacional para combater esta doença?A nível da província de Luanda, temos a colaboração do Programa Nacional de Combate à Tuberculose e recebemos apoio técnico também da Organização Mundial da Saúde.Existe um plano para fortalecer o sistema de saúde em Luanda, para prevenir futuros casos de tuberculose?Existe o Plano Nacional definido pelo Ministério da Saúde de Angola para a província de Luanda. Temos consciência de que precisamos melhorar o diagnóstico laboratorial, principalmente com o GeneXpert [um sistema de diagnóstico molecular que utiliza a tecnologia PCR para detectar o DNA de micobactérias, incluindo o Mycobacterium tuberculosis], um aparelho que nem todas as unidades disponibilizam.Conhecendo o número de casos, associado à situação de extrema pobreza que se vive na província de Luanda, o GeneXpert seria um aparelho importante para detectar os casos de resistência múltipla, porque muitas vezes esses pacientes mudam de unidade sanitária e os técnicos de saúde não sabem se o paciente continua noutra unidade, se cancelou as consultas ou se abandonou o tratamento.Precisamos melhorar as estruturas das unidades de tratamento e diagnóstico. Enquanto província de Luanda, contávamos com a unidade do Centro de Endemias e Tratamento, a unidade que faz o internamento dos pacientes com tuberculose. Agora, com a nova divisão política, Luanda perdeu essa unidade. Continuamos a ter boas relações com a direcção da instituição, mas seria importante, a nível da província de Luanda, identificar outra unidade com capacidade similar para atender estes casos, para evitar as distâncias e diminuir a procura pelos serviços devido às distâncias. [Em 2024, a província de Luanda contava com 21 unidades de tratamento e 40 unidades de diagnóstico para a tuberculose].A tuberculose é uma doença tratável, se for diagnosticada precocemente. No entanto, continua a ser uma das doenças mais infecciosas e mortais em todo o mundo. Como se explica essa realidade?As condições socioeconómicas, de extrema pobreza, representam uma grande dificuldade na luta contra a tuberculose. Hoje em dia, em Angola, com os transtornos económicos e o encerramento de unidades privadas, principalmente após a pandemia de Covid, há uma maior procura pelos serviços públicos. Essa procura provoca uma sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde.Confirma-se uma sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde?Sim, a tuberculose é um problema, mas a malária é praticamente o prato do dia a dia, acabando por ser a principal causa não só de atendimento, como de internamento.

Convidado
Reconquista do Palácio Presidencial do Sudão “não significa início do fim da guerra”

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 14:19


No Sudão, esta sexta-feira, o exército anunciou ter retomado o controlo do Palácio Presidencial em Cartum que estava nas mãos das Forças de Apoio Rápido, há mais de dois anos, desde o início da guerra civil que provocou a maior crise humanitária do mundo. Esta é “uma guerra pelo poder” entre o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido, o general Hemedti, explica a especialista no Sudão, Daniela Nascimento, para quem a reconquista do Palácio Presidencial do Sudão “não significa necessariamente início do fim da guerra”. RFI: O que significa a retoma do controlo do Palácio Presidencial pelas forças do exército?Daniela Nascimento, Professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: “Não sabemos exatamente o que significa, no sentido em que o controlo do Palácio Presidencial - que é obviamente importante do ponto de vista daquela que tem sido a estratégia militar das Forças Armadas sudanesas contra as Forças de Apoio Rápido com quem disputam o poder nos últimos quase dois anos -  é um passo apenas no sentido de retomar o controlo da totalidade do território sudanês. É obviamente importante, mas as implicações desta reconquista, por assim dizer, ficam ainda por esclarecer porque dependerá da forma como as Forças de Apoio Rápido também responderão a esta perda de controlo de uma parte importantíssima do território porque simbolicamente o Palácio Presidencial é a representação do poder. Portanto, teremos agora que aguardar qual será o desenvolvimento e a resposta a esta alteração naquilo que é o jogo militar entre as duas partes.”Este pode ser o início do fim da guerra? Está confiante? “São um pouco mais pessimista. Não considero que este seja o início do fim do conflito, no sentido em que os últimos desenvolvimentos nesta guerra que, de alguma maneira, também permitiram este passo importante na tomada do controlo do Palácio e da capital sudanesa, nos dão alguns indícios de que do lado das Forças Armadas sudanesas, e em particular do general al-Burhan, não parece haver grande vontade de negociar um eventual cessar-fogo ou criar condições para um eventual cessar-fogo, partindo exactamente desta posição mais privilegiada agora do ponto de vista deste controlo territorial. Aqui há umas semanas, um mês talvez, o general al-Burhan tinha anunciado - também na sequência de uma conquista importante de uma parte do território da capital, Cartum -  a sua decisão de criar aquilo a que se chama um governo tecnocrático que iria ficar responsável pela gestão do país em tempo de guerra e que isso serviria também para alavancar aquela que era a sua estratégia de reconquista do controlo do país. Mas deixou muito claro, nessa altura, que não iria haver qualquer tipo de inclusão das Forças de Apoio Rápido e do General Hemedti neste processo, a não ser que se alterassem as condições militares e estratégicas no território. Portanto, pode ter até o efeito contrário, no sentido em que as Forças de Apoio Rápido podem usar esta derrota no sentido de se reforçar. Reforçar trincheiras e levar a um recrudescimento da resposta militar. Não nos podemos esquecer que, do ponto de vista militar, as Forças de Apoio Rápido são fortes e conseguiram manter uma posição importante nesta guerra durante estes últimos dois anos, em virtude também de um apoio que tem tido de forças externas, nomeadamente o Grupo Wagner.”Quem são estas Forças de Acção Rápidas e como é que elas têm conseguido controlar quase todo o Oeste do país? “Há aqui uma circunstância muito particular que é o de estas Forças de Apoio Rápido, lideradas pelo General Hemedti, serem forças que foram criadas há anos e estiveram até envolvidas naquele que foi um episódio dramático da vida do Sudão - o genocídio no Darfur em 2003. O general Hemedti foi um dos responsáveis pelo genocídio no Darfur, patrocinado pelo então Presidente Omar al-Bashir. Desde essa altura que estas forças se mantiveram com alguma capacidade de intervenção militar no território sudanês.Com a queda do regime de al-Bashir em 2019, em resultado das várias manifestações até da sociedade civil e que contaram com o apoio do Exército, com o apoio do general al-Bhuran, e desta figura que, entretanto, se foi destacando que é o general Hemedti…”Aliados na altura, não é?“Exatamente, que se aliaram numa primeira fase, num processo que idealmente teria dado lugar a um processo de transição democrática, de transição do poder militar para o poder civil, portanto de criação de um governo civil no Sudão, que era a vontade da maioria da população. Os militares alinharam com esse objectivo, mas a dada altura afastaram-se desse processo e boicotaram-no, assumindo novamente o controlo militar do país em 2023. É nessa altura que estas duas figuras se desentendem também do ponto de vista daquilo que era a sua ideia de poder e, sobretudo, do papel e do lugar que estas Forças de Apoio Rápido poderiam vir a ter no quadro das Forças Armadas sudanesas. Desde essa altura escalou-se para uma guerra civil com dois líderes que disputam o poder a todo o custo, numa guerra brutal, que criou aquela que é considerada, pelas Nações Unidas, como uma das maiores crises do momento. E, portanto, nós estamos aqui claramente com dois lados com uma capacidade militar significativa.Esta reconquista importante pelas Forças Armadas sudanesas pode ter aqui efeito de reajuste da estratégia militar de ambos os lados, mas, a meu ver, não significa necessariamente que seja o início do caminho para o fim da guerra.” Falou na maior crise humanitária do mundo, algo que foi reconhecido pela ONU. Como é que está a população e o país, dois anos depois do início desta guerra? “Está numa situação dramática. Do ponto de vista da crise de deslocação forçada, da crise alimentar, as consequências desta guerra têm sido devastadoras. Estamos a falar de milhões de pessoas deslocadas e directamente afectadas por esta guerra. Condições de segurança muitíssimo frágeis, que impedem inclusivamente as organizações humanitárias, em particular as organizações internacionais de âmbito humanitário, de actuar no terreno. Quer dizer, em termos de números, os números são assustadores. Estamos a falar de cerca de 13 milhões de pessoas forçadas a deslocar-se, quase 10 milhões de deslocados internos, milhares de refugiados que se vêem forçados a fugir para países vizinhos, onde as condições de segurança, de estabilidade, de sobrevivência, não são as melhores: o Sudão do Sul que também tem uma guerra; o Chade, que vive ainda um período de bastante instabilidade. É, de facto, uma situação devastadora.”Mais a fome, não é?“Mais a fome. É das maiores crises de fome da actualidade e dos últimos anos, que obviamente se agravará na sequência destes últimos desenvolvimentos do ponto de vista de política norte-americana e de corte significativo nos fundos. É uma situação dramática do ponto de vista humanitário, a que acrescem também  situações absolutamente trágicas do ponto de vista de violações sistemáticas dos direitos humanos. As acusações de alegadas campanhas de limpeza, de genocídio até, na região do Darfur, pelas Forças de Apoio Rápido, são várias e têm sido reportadas por inúmeras organizações.”E depois vão-se  encontrando valas comuns…“Exactamente. É uma guerra pelo poder que se faz à custa claramente da população civil, que é usada como arma de guerra, como alvo, como moeda de troca e que coloca a população sudanesa, mais uma vez, numa situação absolutamente dramática do ponto de vista humanitário e das violações a que tem sido sujeita. Há relatos de violação como arma de guerra contra mulheres, meninas e até bebés. Os últimos relatos de organizações humanitárias dão-nos conta de violação de crianças com menos de um ano, o que é, obviamente, uma campanha de terror que é levada a cabo no contexto da guerra no Sudão.”No meio deste terror e desta guerra de poder, qual é a solução para o conflito? “A solução para o conflito - para este e para tantos outros que nunca estão claramente ou parecem nunca estar no centro das prioridades - é o apoio por parte dos actores externos, no sentido de se conseguir um cessar-fogo. Ou seja, tentar chamar as partes à negociação, tentar que efectivamente se baixem as armas e se inicie um processo negocial que permita efectivamente condições para que a guerra tenha fim e que se inicie um processo de transição, de reconstrução pós-violência e que, de alguma maneira, coloque no centro das prioridades as expectativas muito legítimas de paz da população do Sudão e não as condições das partes beligerantes. Eu sei que isto pode parecer um pouco utópico, inviável, mas verdadeiramente uma guerra com esta dimensão - uma guerra com estes contornos, que é semelhante a outras guerras com as mesmas características e para as quais tem sido extremamente difícil chegar a um fim formal da guerra como ponto de partida para o fim verdadeiramente estrutural da guerra e criação de condições para a paz justa -  parece-me que esse investimento sério, do ponto de vista de criação de condições para cessar-fogo e, a partir daí, condições para a paz, é essencial. Mas isso implica, obviamente, vontade política também de quem tem alguma capacidade de influenciar estas dinâmicas de violência, de assumir essa posição e esse compromisso. Pouco se fala de organizações regionais envolvidas na tentativa de resolução. As várias tentativas que tivemos, neste caso, falharam em grande medida também por ser difícil convencer as partes a negociar, mas tem que haver pelo menos tentativa e iniciativa nesse sentido, caso contrário, entramos numa espiral de guerra que nunca termina.”A agenda diplomática mundial é dominada por outras guerras, mas dá a ideia que não se fala do Sudão. Há guerras de primeira e de segunda? Por que é que não se fala do Sudão? Ou tão pouco? “Não se fala do Sudão, não se fala do Sudão do Sul, não se fala de tantas outras realidades de violência. Pouco se tem falado, por exemplo, na guerra e na instabilidade que se tem visto também recrudescer na zona dos Grandes Lagos, no Congo, onde têm morrido milhares de pessoas. Pouco ou nada se fala sobre essas situações de violência e de guerra. Isso explica-se pela falta de importância política, de importância estratégica de muitos destes conflitos relativamente àquelas que são as prioridades de agenda dos actores com mais capacidade de se afirmarem e de investirem nestes contextos.Estamos claramente com as atenções focadas na Ucrânia - e bem, ou seja, não significa que deixe de se falar e de se investir na paz na Ucrânia - mas isso não pode ser à custa da negligência e do esquecimento, do ignorar de circunstâncias de guerra que são igualmente dramáticas e, eventualmente, até mais, com consequências humanas mais devastadoras neste momento e que exigiria, obviamente, um reequilibrar das atenções políticas e mediáticas destas guerras. O Sudão já foi muito importante na agenda internacional. Deixou de ser importante a partir do momento em que há um acordo de paz entre o Norte e o Sul em 2005. A partir desse momento, nem a guerra no Sudão do Sul interessou ou importou aos actores que estiveram tão investidos na tentativa da busca de paz no Sudão. Parece-me que há aqui esta circunstância infeliz de estarmos perante uma guerra em contextos que verdadeiramente não interessam à maioria dos actores da comunidade internacional.”

Vida em França
O que explica a crise diplomática entre a França e a Argélia?

Vida em França

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 14:17


Esta semana, acentuou-se a crise diplomática entre Paris e Argel. A Argélia recusou a lista de 60 cidadãos argelinos que a França pretende expulsar e o ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, prometeu uma “resposta gradual”. O que explica a degradação das relações entre os dois países nos últimos tempos? “A tensão não é de agora”, sublinha o historiador Victor Pereira, apontando para toda a violência do passado colonial francês na Argélia a que se somam, agora, “motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia”. Esta segunda-feira, a Argélia recusou a lista de 60 cidadãos argelinos que a França pretende expulsar, quase um mês depois de o ministro francês do Interior ter revelado que o autor do ataque que matou uma pessoa em Mulhouse, a 22 de Fevereiro, tinha previamente tido várias ordens de expulsão do território, mas foram todas rejeitadas pelas autoridades argelinas.Agora, o ministro francês do Interior, Bruno Retailleau, promete uma “resposta gradual”, que pode passar pela redução de vistos para os trabalhadores argelinos - segundo a ministra do Trabalho – ou até pelo fim dos “vistos diplomáticos” e pela convocação do embaixador de França na Argélia, na opinião do ministro da Justiça.O braço-de-ferro começou, no fim de Julho de 2024, com o reconhecimento pelo Presidente Emmanuel Macron da soberania marroquina sobre o Sahara Ocidental e teve novo episódio com a detenção do escritor franco-argelino, Boualem Sansal, a 16 de Novembro, em Argel e que continua preso.O que se passa entre Paris e Argel?  Victor Pereira, historiador especialista das migrações, aponta “motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia”, mas relembra que “a tensão não é de agora” e tem como base todo o passado colonial francês na Argélia.RFI: Quais são os motivos que explicam este braço-de-ferro entre Paris e Argel?Victor Pereira, Historiador: "Há vários motivos, tanto em Argel quanto em Paris. Em Paris, temos um governo dirigido por François Bayrou, com ministros muitos deles de direita. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, é da direita republicana e sabe que para uma parte do eleitorado dele e do eleitorado do Rassemblement National, o partido de Jean-Marie Le Pen, o tema da Argélia é sempre um tema que funciona, entre aspas, na oposição à Argélia. Há uma parte do Rassemblement National que foi constituído por antigos colonos ou militares que não queriam a independência da Argélia e que acham sempre que a Argélia não respeita a França, que a Argélia devia ter continuado a ser um departamento francês. O Bruno Retailleau era pouco conhecido há seis meses e tornou-se um dos políticos mais conhecidos em França, ele sabe muito bem que temas abordar para ser conhecido e ele aborda isto. Como o governo está pouco seguro de si próprio, conseguiu passar o Orçamento, mas François Bayrou não parece um primeiro-ministro que imponha uma linha, então há já uma posição bastante importante do ministro de Negócios Estrangeiros, que é um macronista histórico, e o Retailleau joga agora a carta dele e já está a fazer ameaças e chantagens de sair. Depois, na Argélia, obviamente que a própria ditadura argelina não está muito segura depois das manifestações e protestar contra a França, a antiga colónia, falar dos crimes que houve durante a guerra e da colonização, é sempre um tema que pode esconder as tensões internas."Esta tensão então não é de agora. Tem a ver com a própria história e as relações entre França e Argélia? "Não, essa tensão não é de agora. Esta tensão vem de 130 anos da presença francesa na Argélia, uma presença colonial com violências, com guerra, com tortura durante a guerra da Argélia, com repressão, com o facto de a população ter sido colocada à parte no próprio país e ter uma situação subalterna. Desde a independência de 1962, as relações nunca foram completamente pacíficas."Houve pedido de desculpas? Houve "reparação"? "Nos últimos anos, o François Hollande e sobretudo o Emmanuel Macron que, no início do seu primeiro mandato, tentou pacificar as relações entre Argélia e França. Por exemplo, Macron disse que os arquivos deveriam ser abertos para se conhecer a história da colonização da guerra da Argélia, coisa que já tinha feito no fim dos anos 90 o Lionel Jospin, o que tinha permitido ter muitas investigações sobre a guerra da Argélia, nomeadamente sobre o uso da tortura durante a guerra da Argélia. Emmanuel Macron tentou, falando da tortura e do caso do desaparecimento do matemático Maurice Audin, admitindo que tinham sido as forças militares francesas que o tinham raptado e que ele tinha sido morto por militares franceses. Então, ele fez vários sinais. Entretanto, na Argélia, a ditadura argelina conheceu uma contestação muito forte há alguns anos. A FLN está no poder desde 1962, usa o combate contra a França como a principal legitimação, quando a própria população argelina, 60 anos depois, quer a liberdade, quer mais repartição das riquezas. O governo ao usar a colonização na Argélia é uma forma de unir a população à volta da memória contra a presença francesa."O ministro do Interior falou em “resposta gradual”, invoca-se a possibilidade de redução de vistos para os trabalhadores argelinos, por exemplo. Quais é que poderão ser as consequências para a população, nomeadamente para os emigrantes argelinos que vivem em França ou que querem ir para França?"Já há vários anos que o tema dos acordos que existem entre a França e a Argélia são um ponto no debate e muitas vezes num debate que é pouco informado e que é um debate político à direita. Há um ponto importante: para acabar com a guerra da Argélia, houve o Tratado de Evian que permitia o fim da guerra e as relações entre os dois países. Em 1962, franceses e argelinos concordam em pôr em funcionamento uma livre circulação entre Argélia e França. Nessa altura, a França tinha um pouco menos de um milhão de europeus na Argélia. A ideia, quando foi negociado o tratado, é que os europeus na Argélia iriam ficar - ou grande parte deles iriam ficar - na Argélia. O que não aconteceu. Logo em Julho de 1962 houve o regresso maciço de europeus para França e essa livre circulação ficou, mas ficou sobretudo em vantagem dos cidadãos argelinos que continuaram a vir para França. Em 1962, muitos pensavam que como a Argélia se ia tornar independente, a emigração de argelinos para França ia reduzir, mas isso não aconteceu. Então, houve várias tentativas, da parte francesa, de reduzir a emigração argelina para França. Houve um novo acordo em 1965, em 1968 houve limites quantitativos, por isso, os argelinos, que antes de 1962 eram franceses e podiam circular livremente entre a Argélia e a França, desde então, houve vários entraves à livre circulação dos argelinos em França."Quantos cidadãos argelinos vivem em França actualmente?"Teria de verificar, mas imagino que seja por volta de 500 mil, um pouco mais que os portugueses, mas por volta dos 500 mil."O que é que representa em termos de comunidade estrangeiras em França? "É uma das mais antigas. Mas só se conta as pessoas que têm a nacionalidade argelina, não conta as pessoas que também são francesas e os filhos de argelinos em França que tinham nacionalidade francesa porque os pais eram franceses porque a Argélia era francesa até 1962. Se incluirmos os argelinos e os franceses de origem argelina, o número é mais importante. O debate sobre os vistos é um debate antigo que a extrema-direita usa muito com esse discurso de ter um certo controlo sobre a imigração argelina em França, usando o medo que venham demasiados argelinos para França - há pessoas que poderiam vir porque têm tios, pais, primos, amigos. Isso é uma coisa que as autoridades francesas sempre quiseram tentar restringir."Como é que os governos de Paris e Argel estão a lidar com esta crise diplomática e como é que isso pode acicatar a xenofobia contra os argelinos que vivem em França?"Como eu disse no início, estamos num período em que em ambos os países há pessoas que têm interesse em acicatar o conflito. É o caso em França do ministro do Interior e mesmo do próprio Gérald Darmanin [ministro da Justiça]. Então, há uma ala à direita vinda do Partido Les Républicains que acha que é preciso ter uma posição dura contra a Argélia, sabendo que isso é um ponto popular, entre aspas, junto da extrema-direita. E há essa vontade de estar à frente do debate público, de serem conhecidos, como é o caso de Bruno Retailleau e de Gérald Darmanin, com essa ideia de que vão tirar votos ao Rassemblement National, com uma posição muito dura sobre a Argélia, devido a essa posição da Argélia no imaginário da extrema-direita francesa.Na Argélia, há um interesse do governo em mostrar uma dureza perante a França e mostrar que a Argélia é um país autónomo, que a Argélia não vai ter uma posição subalterna perante Paris. Então temos agora todos os ingredientes porque podemos pensar que se Emmanuel Macron tivesse um governo no qual poderia ter mais influência, talvez as tensões seriam mínimas ou menos importantes, mas a configuração actual pode fazer que isso se torne um tema candente nas próximas semanas e nos próximos meses por motivos eleitoralistas em França e políticos na Argélia."Na sexta-feira, no jornal Le Monde, um colectivo de cidadãos franco argelinos, entre os quais o reitor da Grande Mesquita de Paris, lamentou que se tenha “normalizado a ideia que alguns franceses tenham constantemente de provar que pertencem à nação”. Quer comentar?"A população argelina, os filhos de argelinos, os netos e bisnetos têm que provar que são franceses, mas são franceses hávárias décadas. Há um racismo anti-argelino, anti-muçulmano. Os argelinos concentram vários dos ódios que existem na extrema-direita francesa ou em parte da sociedade francesa devido à guerra e ao facto de serem muçulmanos ou vistos como muçulmanos. Essas tensões vêm alimentar esse ódio anti-argelino que existe em França e, obviamente, isso torna a vida de muitos compatriotas franceses muito mais difícil porque há sempre uma suspeição sobre a lealdade deles, a lealdade como franceses, mas também lealdade quando há casos de ataques ou de actos terroristas que envolvam pessoas com família ligada à Argélia. Essas declarações mostram bem a situação muito difícil que vivem pessoas que apenas querem viver pacificamente e trabalhar em França, onde nasceram ou os próprios avós nasceram."A 27 de Fevereiro, o primeiro-ministro falou na necessidade de um largo debate sobre “o que é ser francês” [com o lançamento de “convenções cidadãs descentralizadas”]. Este debate é sensato no contexto político actual? "Essa declaração do primeiro-ministro François Bayrou parece uma repetição do que já aconteceu durante o mandato de Nicolas Sarkozy, quando Nicolas Sarkozy promoveu um debate sobre a identidade nacional e até criou um Ministério da Identidade Nacional. Esse debate não serviu para grande coisa, a não ser alimentar uma certa xenofobia. Muitas vezes, o tema da imigração parece ser o tema usado por políticos em dificuldade. François Bayrou estava em grande dificuldade devido ao caso de Notre-Dame de Bétharram, que é um caso de uma instituição católica onde durante décadas crianças tiveram maus tratos..."E foram vítimas de pedofilia. "Exactamente. E com alegado conhecimento de várias entidades políticas, incluindo o próprio François Bayrou. Quando as situações internas são complicadas, o tema da imigração sempre permite tentar criar uma forma de fugir alguns problemas. Por isso, não sei se esse debate vai avançar e podemos duvidar muito da utilidade deste debate, a não ser o ser uma nova forma de expressão de uma xenofobia."Enquanto historiador, o que é ser francês? "Para um historiador, “o que é ser francês?” não é uma pergunta fácil porque há vários livros de história sobre este tema. Alguns historiadores dizem que é uma coisa muito simples: são pessoas que obtiveram a nacionalidade francesa e há várias formas de obter a nacionalidade francesa - ter nascido em França de pais franceses; ter nascido em França de pais estrangeiros, mas ter pedido a nacionalidade francesa. Isto é, muitas vezes é um falso debate porque há muitos actos feitos por pessoas francesas, netas e bisnetas de franceses, que são contra os valores que a própria República Francesa defende. Há franceses que defendem a monarquia. São menos franceses por isso? Não parece. Em França, há sempre um grande debate sobre a laicidade. Os homens políticos franceses muitas vezes confundem o que é a definição da laicidade e viu-se há pouco tempo com um caso sobre futebol e o Ramadão. Por isso, este não é um debate fácil, é um debate jurídico, mas, muitas vezes, os homens públicos falam de valores e eles próprios não são muito respeitadores e coerentes com esses valores. Por isso, acho que é, em grande parte, um falso debate para tentar não falar de outros problemas."

Medita.cc
2025-03-12 Renueva tu fe eucarística

Medita.cc

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 28:57


Exactamente en el momento de la fracción del Pan, los de Emaús reconocen al Señor. No al ver su rostro ni al oír su voz. Hagamos nosotros igual: el misterio de humildad infinita de la Sagrada Eucaristía ha de ser un tema constante de nuestra reflexión. Porque nunca accederemos a tocar su profundidad.

Vida em França
França: Mulheres no sector privado ganham menos que os homens

Vida em França

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 7:22


Um estudo do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Económicos indica que o salário médio das mulheres francesas que trabalham no sector privado era, em 2023, 22% inferior ao dos homens. O estudo explica que o salário relativamente baixo das mulheres se deve, em parte, a um volume anual de trabalho 9,3% inferior ao dos homens, uma vez que as mulheres trabalham mais em tempo parcial. Cristina Semblano, economista, afirma que as desigualdades se devem a um problema estrutural que continua a prejudicar as mulheres no mercado de trabalho. Desde 1972 que o princípio da igualdade de remuneração entre mulheres e homens está consagrado na lei francesa. Como é que se explicam estas desigualdades?As desigualdades têm várias explicações. Poderei começar por dizer que elas são gritantes, sabendo, nomeadamente, que a comunidade internacional tinha, há uns anos, dado 2030 como meta para eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres. Todavia, esta desigualdade explica-se por várias razões. Uma delas está ligada ao tempo de trabalho e ao volume de trabalho fornecido pelas mulheres, que é menor, uma vez que estas não estão em plena actividade durante todo o ano. As mulheres trabalham muito mais em tempo parcial do que os homens, um trabalho que lhes é muitas vezes imposto.O estudo diz que são as mulheres que ocupam cargos executivos que são as mais afectadas e que essas desigualdades aumentam à medida que a carreira avança...Esta realidade deve-se a um problema de mentalidade ou a um problema estrutural da diferença de género. E não é só em França que isto acontece. Em Portugal, verificamos exactamente a mesma coisa. Ou seja, à medida que as qualificações das mulheres aumentam  -não forçosamente as qualificações, mas o lugar que elas ocupam na hierarquia é mais importante -maior é a disparidade em relação aos homens.Porém, mesmo com horários de trabalho idênticos, o salário médio das mulheres é 14,2% inferior ao dos homens. Porque é que o trabalho dos homens é mais valorizado?É uma boa pergunta, que gostaria de poder responder. Vivemos num país onde o lema do primeiro mandato de Emmanuel Macron era a igualdade de género. Efectivamente, isso não se está a verificar. Basta olhar para as finanças públicas francesas, que não têm nada de feministas.O orçamento do Ministério da Igualdade de Género representa 0,02% do orçamento, deixando claro que não há vontade de diminuir as desigualdades entre homens e mulheres. Trata-se de um sistema que precisa dessa desigualdade entre homens e mulheres, nacionais e imigrantes. É um sistema baseado na exploração e, portanto, a mulher é um produto que vale a pena empregar para explorar.Um outro factor, que é muito importante, está associado ao facto de as mulheres ocuparem cargos em sectores menos valorizados e mesmo precários. A saúde, a educação, os cuidados, a protecção infantil, etc. São os sectores que mais empregam mulheres e são aqueles que lhes pagam menos.É fundamental uma mudança de mentalidade?É fundamental que aqueles que nos governam não desvalorizem estes sectores. São sectores que têm de ser altamente valorizados. São sectores fundamentais do ponto de vista humano, do ponto de vista da coesão social, indispensáveis à vida.Há ainda a questão da maternidade. De que forma é que a maternidade ainda continua a lesar as mulheres no mercado de trabalho?A maternidade continua a agravar a situação das mulheres e a situação tende a piorar. A maternidade é algo incoerente, porque tem a ver com a sociedade inteira. São as mulheres que engravidam, que suportam o tempo da gravidez e o parto... Mas deveria competir à sociedade a resolução dos problemas ligados à maternidade. Ora, não é esse o caso. A mulher tem de ser individualmente menorizada, tem de ser vítima pela sua situação de maternidade.Quando as mulheres denunciam as desigualdades salariais, são muitas vezes acusadas de estar a criar mau ambiente, podendo até ser vítimas de retaliação por parte dos superiores hierárquicos...Exactamente. As mulheres estão abandonadas a elas próprias. Elas lutam, integram colectivos, fazem greve, mas estamos num tempo em que não estar de acordo com o pensamento mainstream ou com as regras vigentes é ser polémico. E não é só no caso das mulheres. Quando exprimo uma opinião que não é a opinião global, quando não somos consensuais, somos acusados de ser polémicos.A seu ver, o que precisa de ser feito? Que regras devem ser alteradas para combater esta desigualdade?Os poderes públicos devem começar por consagrar orçamentos maiores para lutar contra as desigualdades entre homens e mulheres. No caso das empresas, por exemplo, devem ser divulgados os salários. Que tipo de medidas, na sua opinião, devem ser adoptadas nas empresas para acabar com estas desigualdades?Em França, há um grande segredo em relação aos salários. Eu sou a favor da divulgação dos salários nas empresas. Nas empresas, estamos aqui numa relação de dominação. Tanto os homens como as mulheres estão numa situação de submissão e, por conseguinte, é evidente que é muito mais fácil reinar, tendo em conta que as relações de dominação existem.Nesta política de silêncio à volta dos salários, é mais fácil para as empresas terem este poder sobre os assalariados?As empresas têm poder sobre os assalariados. A relação entre o patronato e o assalariado é uma relação assimétrica. É evidente que, em relação à mulher, ela é ainda mais assimétrica.

Vida em França
França: Quais são as melhores opções de financiamento das pensões?

Vida em França

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 8:10


O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões, numa altura em que os sindicatos exigem a revogação da lei que estabelece que os franceses devem trabalhar até aos 64 anos. Vários modelos estão em cima da mesa e dividem a sociedade, nomeadamente o aumento das cotizações, a redução do valor da reforma ou o sistema por capitalização. O professor de Finanças da Universidade de Paris, Carlos Vinhas Pereira, afirma que o aumento da idade de reforma e o modelo de capitalização poderão ser as soluções para responder ao desequilíbrio do modelo de repartição, impactado pelo declínio demográfico.  O primeiro-ministro francês, François Bayrou, abriu a porta à possibilidade de se realizar um referendo sobre a reforma do sistema de pensões em França. Esta é a melhor solução?Talvez a pergunta devesse ser feita de outra forma: os franceses estão ou não de acordo em arriscar a possibilidade de, a partir de um certo momento, o sistema não ser capaz de pagar as pensões.Neste momento, os franceses recebem as pensões que estão baseadas num equilíbrio financeiro. Nesta reunião, as autoridades, os parceiros sociais e os representantes das empresas tentam encontrar uma solução para não desequilibrar o sistema de repartição, que é o único sistema que a França tem.A verdade é que, actualmente, muitos franceses são favoráveis a que uma parte do sistema seja feita através do modelo de capitalização, uma possibilidade que tem sido, até à data, recusada pelas instituições.O sistema de reformas francês é deficitário desde a década de 70. O que falhou neste sistema de repartição?O modelo de repartição está baseado na demografia, na esperança de vida e indexado à inflação. O que acontece é que, hoje em dia, já não consegue compensar o reforço que é necessário para este sistema.Para as pessoas nos perceberem, o modelo de repartição é um modelo de duplo pagamento, ou seja, uma geração faz descontos que permitem pagar as reformas da geração anterior e também faz descontos para as próprias reformas...Exactamente. Ou seja, podemos dizer que é um financiamento por gerações e também está baseado na taxa de mortalidade. Com o aumento da esperança de vida, o número de anos a pagar a reforma aumentou, mas temos menos pessoas a fazer descontos. Esta situação levou a um desequilíbrio no modelo de repartição.Uma das medidas defendidas passa por baixar o valor das reformas. Esta pode ser a resposta?É uma das possibilidades. Porém, politicamente, é muito complicado. Em França, existem cerca de 24 milhões de reformados e dizer a essas pessoas, que já descontaram, que vão receber menos e perder poder de compra é muito difícil. É mais fácil, efectivamente, entrar dentro do sistema mais tarde.Ou seja, aumentar a idade da partida para a reforma?Sim. Alargar o número de anos para poder partir para a reforma, neste momento, chega para equilibrar o sistema de pensões francês, contando também com uma taxa de crescimento e mais pessoas a cotizar. Aqui, é preciso não esquecer as pessoas que estão no desemprego e que não fazem descontos.A crise no sector do imobiliário e os conflitos mundiais têm contribuído para o aumento do desemprego, o que nos leva a pensar que o Governo também está a considerar que terá de voltar a fazer uma reforma no sistema de pensões em 2030.Todavia, o Governo está a pensar em fazer uma lista de profissões que terão um tratamento diferente, ou seja, não partirão aos 64, mas poderão sair com uma base de trimestres de cotizações, podendo essas pessoas aceder à reforma antes dos 64 anos.Uma das soluções que tem sido também avançada é o modelo de capitalização. Uma das vantagens seria contornar a crise demográfica. Concorda?Sim, permite contornar. Neste momento, os franceses têm nas suas contas poupança cerca de 6 mil milhões de euros que estão colocados em obrigações sem risco. Estas economias não permitem ter um crescimento muito importante, nem são utilizadas no financiamento das empresas, nem no crescimento económico.Se olharmos para o modelo de capitalização, com o horizonte de aplicação dos fundos muito alargado (30 ou 40 anos), é possível fazer aplicações mais arriscadas, ou seja, financiar as empresas, comprar acções com a possibilidade de ter rendimentos muito mais importantes e chegar à reforma com o montante de capitalização que vai compensar uma eventual perda que se poderia ter no sistema de repartição.Porém, muitas são as vozes a afirmar que são os mais ricos que conseguem ter um bom plano de capitalização. Como é que se pode permitir que todas as pessoas tenham acesso a esses planos de poupança reforma, isentos de impostos?Um jovem pode começar, e muitos deles já o fazem. O que está em causa é a proporcionalidade. Os 6 mil milhões de euros a que me refiro não são detidos pelos mais ricos. Estou a falar de pequenas contas, não de grandes fortunas, nem de fundos de investimento.Em vez de pôr as economias num Livret A (conta poupança), poderia ser aplicada num sistema que será criado, com incentivos fiscais e com algum controlo do Estado. Uma espécie de fundo soberano constituído pela França, onde as pessoas pudessem colocar as poupanças, mas com um único objectivo: preparar a reforma.Olhando para a evolução da nossa sociedade, acredita que o sistema de repartição será, no futuro, substituído pelo sistema de capitalização?Com o declínio demográfico, se não houver uma política familiar, não vai ser possível manter o modelo de repartição. A partir de certo momento, terá de haver um sistema de capitalização associado ao modelo de repartição.

Ciência
"Terras raras são essenciais para as tecnologias"

Ciência

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 8:46


O Presidente ucraniano afirmou que Ucrânia está pronta para assinar acordo de terras raras com os EUA. A expectativa era de que Volodymyr Zelensky assinasse o acordo na semana passada, quando esteve em Washington. As terras raras ucranianas, essenciais para várias indústrias, encontram-se em áreas controladas pelas forças russas, dificultando a exploração de recursos, explica o geólogo moçambicano e professor na UniLucungo, na Beira, Ubaldo Gemusse. RFI: O que são terras raras e por que é que são tão importantes?Ubaldo Gemusse: As Terras Raras são um conjunto de 16 elementos químicos. Nós aprendemos na química que existem alguns elementos que são considerados raros não pela sua ocorrência, mas pela fraca abundância em determinado território. A Ucrânia e a Rússia têm o privilégio de conter esses recursos geológicos, que são raros e têm uma importância muito vasta nas tecnologias, por exemplo, na fabricação de baterias e em carros eléctricos. São considerados raros pela sua fraca abundância na natureza.Há terras raras em África?Temos em Moçambique, no Zimbábue, na África do Sul, no Congo. Temos muito desse recurso raro, principalmente em Moçambique, por exemplo, no norte e centro do país, como a Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Encontramos os elementos de terras raras, encontramos as terras raras nesses locais.Está a falar de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, onde existe um conflito armado desde 2017. Está a falar de terras raras na Ucrânia, ocupadas pela Rússia. Estava a referir também que há terras raras na RDC, onde existe também um conflito há muitos anos. Existe uma associação entre os sítios onde há terras raras e a presença de conflitos?Sim. Começando por Moçambique, no norte, por exemplo, temos uma das maiores ocorrências de grafite, outro recurso importante em África. Em Cabo Delgado, temos em Palma e são dois distritos onde existem grandes concessões para explorar esses recursos. No caso do grafite, ele é um recurso actualmente utilizado em tecnologias ou em nanotecnologias. Isso faz com que as grandes potências procurem esse recurso. Sendo Moçambique um país mais vulnerável, facilmente podemos ser corrompidos e entregar, como se fosse, o ouro ao bandido.O mesmo acontece com a Ucrânia. A Ucrânia também possui outros recursos além do grafite, como o lítio, que é extremamente raro. Sabemos que na Ucrânia há algumas argilas que contêm lítio, e não são muitos os locais que possuem lítio. O lítio actualmente é utilizado na fabricação de baterias. Mas além do lítio e do grafite, sabemos que desses 17 elementos que compõem as terras raras, estão o itérbio, o neodímio, o cério e o samário, encontrados em diversos minerais raros. Concretamente, esses elementos são mais frequentes na Ucrânia, na Rússia e um pouco em Moçambique.É possível extrair minerais raros em zonas de conflito, quais são os maiores desafios geográficos?Sim, é possível. E muitas vezes, a extracção desses recursos é feita a partir de grandes concessões. Por exemplo, a nossa lei em Moçambique, o nosso regulamento mineiro, determina que todo recurso táctico deve ser gerido a partir da concessão mineira. Para se obter uma concessão mineira é necessário ter capacidade financeira. Muitas vezes, os conflitos acontecem próximos ao local de exploração. Existem também alguns aspectos geopolíticos. As grandes potências, ou os financiadores, controlam os depósitos minerais. Quando se tratam de minerais estratégicos, elas controlam esses recursos e subsidiam algum valor à população local, ao governo. No caso de Moçambique, por exemplo, sendo um país pobre, o risco é maior para quem venha explorar. Portanto, o governo e a população saem a perder. Quando existem essas situações, não é muito aconselhável.Há impactos na exploração de recursos naturais sobre o meio ambiente e as populações locais?Há impactos. Geralmente, quando se fala de exploração mineira em Moçambique, primeiro é necessário adquirir o título de concessão mineira. Depois de obter a concessão, só se pode explorar a área se se tiver a licença ambiental. Essa licença exige um processo que começa com a instrução do processo. Nesse caso, a base do processo é fazer uma consulta pública à comunidade, informando as partes interessadas sobre as fases da exploração do recurso, desde a fase de instalação. Se formos pegar a nossa lei em Moçambique, o Decreto 54 sobre o Ambiente, a primeira fase é a licença de instalação, ou provisória, que permite o acesso ao local. Depois, há a licença de exploração ou operação desse recurso. Desde o início até o fim, no processo de legalização ambiental e da exploração mineral, as pessoas vão entender que ali haverá uma exploração. Muitas vezes, as empresas que vêm para explorar trazem grandes investimentos, como milhões de dólares ou euros, por exemplo. Existe uma responsabilidade social que elas têm para com a comunidade local. Algumas cumprem, mas na maior parte das vezes é complicado. Há falta de fiscalização local. No entanto, algumas empresas em Moçambique, por exemplo, têm responsabilidade social. Quando falamos de terras raras, não é apenas uma questão local, mas uma dependência global.Existem países que dominam esse monopólio. Falo, por exemplo, da China. Se fizermos uma pesquisa sobre quem é o maior produtor e exportador, perceberemos que a China lidera, seguida pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela União Europeia. Já fiz algumas pesquisas sobre o lítio e, no passado, quando estava a fazer a minha tese, percebi que, por exemplo, nos Estados Unidos, nos anos 80 e 90, já tinham uma noção sobre os depósitos de lítio. Consideravam o lítio um elemento estratégico, mas nunca divulgaram as suas reservas. Sabemos que, por exemplo, em Portugal, há grandes reservas de lítio, e sabemos qual é a quantidade. Mas nos Estados Unidos e na China, essas informações dificilmente são divulgadas. Isso cria uma dependência de informação. O interessante é que, actualmente, a China é a maior produtora e exploradora do mundo.Portanto, a China tem o monopólio?Sim, tem o monopólio. A China dita o preço, o custo e a venda desses recursos a nível global. São esses os aspectos que vemos em relação à dependência desses recursos. Se formos pesquisar as matérias-primas utilizadas nos armamentos, perceberemos que as terras raras são essenciais para a fabricação das tecnologias militares mais recentes. A guerra é essa.Daí a importância e a procura das terras raras?Exactamente. Por exemplo, actualmente enfrentamos problemas com as mudanças climáticas. Alguns países já estão conscientes de que, em poucos anos, os carros movidos a combustíveis fósseis, como o petróleo, vão deixar de circular. A tendência é para carros elétricos. De onde vem essa matéria-prima? Deve haver uma fonte e essa fonte são as terras raras, como o lítio, o neodímio, a grafite, entre outros. Esses são os elementos que estão em alta.

Urbana Play Noticias
Trump consideraría negociar un acuerdo de libre comercio con la Argentina y cruce Manes-Santiago Caputo: Audios del 4 de marzo por Urbana Play

Urbana Play Noticias

Play Episode Listen Later Mar 4, 2025 13:47


Al ser consultado por un posible acuerdo de libre comercio con Argentina, Donald Trump respondió: "Consideraré lo que sea y Argentina… Creo que él es genial, por cierto. Creo que es un gran lider. Hace un gran trabajo. Hace un trabajo fantástico. Miramos cosas, estamos mirando a Reino Unido con cosas, no tienen que ser tarifas, pero las tarifas son fáciles, rápidas, son eficientes y traen justicia”. El enviado especial del Departamento de Estado de Estados Unidos para América Latina, Mauricio Claver-Carone, declaró ante la consulta por un posible acuerdo de Libre Comercio entre Argentina y Estados Unidos: "Yo creo que el presidente Trump ha sido muy claro en el sentido de que no estamos buscando nuevos tratados de libre comercio. Lo que tenemos son tratados de comercio justos y equitativos. Y en ese sentido, obviamente, quisiéramos trabajar con Argentina, creo que hay una oportunidad de trabajar con Argentina. Yo creo que algún tipo de acuerdo que pueda proporcionar más inversiones, oportunidades. Pero los acuerdos de libre comercio, como se conocían en los años noventas, ya esa etapa en nuestra historia terminó. ¿Entonces qué sería, un acuerdo de promoción de inversiones? Yo creo que es mucho más factible un acuerdo de promoción de inversiones que un acuerdo de libre comercio”.Javier Milei se refirió a la nota en el New York Times: “Un problema de terceros con terceros no es un problema mío. No es un problema mío ni de mis funcionarios. O sea, es un problema de terceros con terceros. En el caso de que hubiera sucedido. Exactamente. De hecho, en la propia nota son todos condicionales, o sea, se cuidan bien de no... porque no dejan de ser chimentos de peluquería”.Facundo Manes detalló sobre las amenazas que recibió de Santiago Caputo: “Acá lo que pasó es que el hombre más poderoso de la Argentina me amenazó y todo el mundo sabe que es el hombre más poderoso que maneja los servicios de inteligencia, que en Argentina los servicios de inteligencia siempre se usaron para perseguir a los argentinos, nunca para predecir cómo desarrollarnos, para apagar periodistas, para perseguir a opositores, para inventar causas judiciales, esos servicios de inteligencia los maneja Caputo, maneja la AFIP que te persigue, pero te pueden inventar cualquier cosa, maneja los trolls con plata del estado, o sea la gente que vino a combatir la casta usa la plata de la política o del estado para amedrentar a opositores y entonces todo el país lo sabe a eso, parece más poderoso que Milei, Caputo. Y esa persona me amenazó, fue evidente en estas filmaciones”. El influencer libertario Fran Fijap acusó al Diputado Manes de mentir sobre lo ocurrido en el cruce con Santiago Caputo: “Acá el problema es Manes, o sea, Manes fue el violento, Manes es el que estuvo en todo momento faltándole el respeto al presidente, y no fue Caputo, y es más, vuelvo a repetir, o sea, la persona que estaba ahí esperando era Manes, Esteban, es un mentiroso, salieron todos los videos, salió a decir que primero que le pegó Caputo, después que algo salió a decir en Twitter, y lo último salió a decir que le pegué yo, es mentira, es un mentiroso”. Noticias del martes 4 de marzo por María O'Donnell y el equipo de De Acá en Más por Urbana Play 104.3 FMSeguí a De Acá en Más en Instagram y XUrbana Play 104.3 FM. Somos la radio que ves. Suscribite a #Youtube. Seguí a la radio en Instagram y en XMandanos un whatsapp ➯ Acá¡Descargá nuestra #APP oficial! ➯ Android ➯ iOS

Convidado
Apontamentos sobre "O Petróleo de Angola - Uma História colonial" de Franco Tomassoni

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 18:56


Está actualmente disponível nas livrarias em Portugal o livro "O Petróleo de Angola - Uma História colonial (1881-1974)" de Franco Tomassoni, doutorado em estudos sobre globalização e investigador do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, o Emprego e a Protecção Social em Lisboa, cuja obra que vem na sequência de várias pesquisas anteriormente feitas sobre o ouro negro em Angola. Ao folhearmos este livro, esboça-se um império colonial português que vê na exploração de petróleo de Angola uma janela para consolidar a sua posição política e económica num mundo em que convive com potências muito mais fortes e concentradas, como o império francês ou britânico.Contudo, em vez de ser uma oportunidade para a administração de Lisboa, o petróleo angolano acaba por cair quase por completo nas mãos de interesses privados que vão acabar por ditar a própria existência do império.Esta é a história que nos conta o investigador Franco Tomassoni na entrevista que concedeu à RFI, uma história que começa em finais do século XIX, com as primeiras missões de geólogos no interior de territórios praticamente desconhecidos, e que termina com os movimentos anticoloniais sustentados nomeadamente por boicotes às companhias que apoiam o regime colonial português, em finais da década de 60 e início dos anos 70.RFI: Quando e como começa a história da prospecção de petróleo em Angola?Franco Tomassoni: Já no final do século XIX começa a estruturar-se aquilo que eu defino como um programa extractivista para as colónias portuguesas. Esse programa é um programa que emerge num espaço geográfico bastante amplo, como eu reconstruo no livro. Esse programa deve-se muito à missão que foi feita nos Estados Unidos por um geólogo português que, voltando depois a Lisboa, dá uma conferência na Sociedade de Geografia e começa a estruturar um programa pela exploração das terras e dos recursos minerais de Angola. Estamos, grosso modo, em 1880. E este interesse avança já rapidamente, chegando a formular-se a primeira lei das minas, que também inclui a exploração de todo o subsolo angolano em 1906, que é depois actualizada com uma lei sobre a exploração petrolífera em 1909. E logo de seguida, começam um conjunto de explorações do território que envolvem várias companhias petrolíferas internacionais, designadamente belgas, francesas, britânicas e americanas. Trata-se da primeira fase de prospecção, porque nunca se chega, no fundo, a encontrar poços economicamente sustentáveis. Mas os primeiros projectos de exploração, vasta do ponto de vista petrolíferos, mas não só de Angola, começam mesmo no início do século XX.RFI: O que é também interessante nesses primórdios da prospecção do petróleo em Angola é que efectivamente fala nas missões de geólogos. Muitas dessas missões não são propriamente financiadas pelo próprio Estado, mas por companhias privadas. E coloca se, no fundo, já uma questão que continua muito actual, que é o uso da ciência para funções práticas, ou seja, a prospecção de recursos e não simplesmente pela ciência, pelo conhecimento, nunca é uma coisa gratuita.Franco Tomassoni: Sim, exactamente. Esta é uma coisa que é recorrente até aos anos 70, que é onde depois a minha investigação pára. Ou seja, nós observamos que grandes missões de geólogos no território angolano são financiadas por empresas privadas às quais o Estado português garantia essa concessão. E o que é que acontecia? Acontecia que essas grandes missões de prospecção do território adquiriam um conjunto de informações sobre as riquezas minerais do território angolano, que não partilhavam com o seu concessionário, o Estado português, mas antes pelo contrário, era o Estado português a pagar os custos de defesa porque havia vários geólogos que foram mortos nessas missões exactamente pela revolta das populações locais que não se queriam submeter a este processo de colonização. Portanto, o Estado português pagava os custos de defesa. Mas estes geólogos, estas grandes empresas, mantinham o conhecimento do território em posse privada, sem, pois, transmitir as informações essenciais do Estado. É um processo de acumulação, de dominação do conhecimento que depois tem um desenvolvimento e um paradigma que depois se estende até aos anos 70.RFI: Para além de não ter propriamente pessoal qualificado para saber exatamente o que é que existe em termos de recursos minerais e de petróleo em Angola, também não há absolutamente ninguém para fiscalizar as actividades dessas empresas em Angola, enquanto outras potências têm um número infinito de pessoas qualificadas para vigiar e para ter completamente sob controlo essas actividades.Franco Tomassoni: Exatamente. Ou seja, o que nós observamos das fontes, dos arquivos e em particular, no Arquivo Ultramarino é exactamente isso. Nós temos na administração portuguesa uma ausência de figuras importantes que dispunham do conhecimento. Mais uma vez, a dominação privada do conhecimento, que é das partes técnicas, quer das dimensões de mercadorização do próprio petróleo por parte dos agentes privados. A administração portuguesa não tinha, por exemplo, engenheiros que conseguissem ler os relatórios que as empresas privadas enviavam. Já no final dos anos 60, para a administração colonial portuguesa. Portanto, a administração colonial portuguesa não dispunha dos conhecimentos para a gestão autónoma da indústria e não dispunha dos conhecimentos para fiscalizar a actividade dessas empresas. Ou, dito de outra forma, o que existia nos contratos de concessão entre as empresas e o poder metropolitano, simplesmente, em muitos casos não se dava porque o governo não tinha capacidade, não tinha conhecimento, não tinha uma malha administrativa suficientemente capilar e capaz de poder fiscalizar esta actividade. Isso teve depois impacto a nível do território colonial de várias maneiras. Vale a pena assinalar, por exemplo, o facto de que representantes do poder colonial de Angola se opõe a um certo tipo de complacência chamada mesmo "complacência" do governo metropolitano perante estas empresas. Ou, por exemplo, como o Governo português, por influência destas companhias, orientava a sua relação com organizações internacionais como a Organização Internacional do Trabalho. É bastante interessante notar como, desde a segunda metade dos anos 60, a Comissão de Petróleo da Organização Internacional do Trabalho pedia ao Governo português informações sobre qual é que eram as condições de trabalho ou os contratos em vigor no sector petrolífero. O Governo português não dava essa resposta porque dizia "se nós damos informações a estas instituições internacionais, poderíamos, por exemplo, comprometer a nossa relação com grandes interesses petrolíferos na colónia". Portanto, é interessante ver também que papel os investimentos petrolíferos em Angola tiveram no posicionamento nas instituições internacionais do Governo metropolitano de Lisboa.RFI: Recuando um pouco no tempo, quando é que começa exactamente a exploração de petróleo em Angola e aonde?Franco Tomassoni: A exploração petrolífera economicamente sustentável começa em 1955 na zona do Congo Interior, do Kwanza e nos arredores de Luanda. É uma exploração pouco significativa pelos volumes de exploração da altura à escala mundial. É uma exploração que já no início dos anos 60, começa a ser significativa no contexto angolano, porque pode tornar a colónia autosuficiente. E rapidamente também todo o conjunto das colónias e do Império. Mas digamos que o chamado "Eldorado do petróleo angolano" dá-se no enclave de Cabinda. No enclave de Cabinda, a exploração petrolífera como actividade económica começa no final dos anos 60, em Novembro de 1967 e tem um desenvolvimento muito, muito rápido e é um aumento muito rápido dos volumes extraídos e comercializado. E é em Cabinda que nós observamos todo um conjunto de impactos efectivos desse território. Acho que vale a pena aqui sublinhar dois impactos. Já observamos um pouco uma dimensão "macro", que tem a ver o impacto desses investimentos no posicionamento internacional. Se quisermos, num nível intermédio, podemos observar, por exemplo, como esses investimentos em Cabinda são relevantes ao ponto de alterar mesmo a divisão administrativa do território. A nível "micro" são ainda mais interessantes porque há um conjunto de relatórios da PIDE que, por exemplo, demonstram o impacto dos trabalhadores expatriados, portanto americanos, canadianos, noruegueses e britânicos que trabalhavam na indústria petrolífera em Cabinda no final dos anos 60. Esses relatórios recolhem um conjunto de informações, por exemplo, uma dificuldade de integração entre esses "expats" e a população local. Os relatórios descrevem, por exemplo, rixas nocturnas ou o aparecimento em Cabinda de um fluxo migratório que vem de Luanda, de prostituição branca, que servia, exactamente essas comunidades de expatriados. São elementos bastante interessantes, porque tem a ver com a transformação da paisagem social e económica. Por exemplo, um outro impacto desses grandes investimentos, é uma subida -faz um pouco lembrar os tempos presentes em Lisboa - mas é uma subida abrupta dos preços da habitação, de aluguer. O custo de habitação torna-se também insustentável para boa parte da população em Cabinda, porque o mercado começa a orientar-se exactamente para essa comunidade de "expats".RFI: Entretanto, o que é também interessante no caso de Cabinda é que Portugal, entrega a exploração do petróleo de Cabinda, praticamente de mão beijada para os americanos, para a companhia Gulf. Como é que se poderia explicar o facto de Portugal, no fundo, ter dado aquilo praticamente ao desbarato?Franco Tomassoni: Explica-se por várias razões. Portugal tinha um grande interesse, obviamente, em encontrar aliados internacionais no contexto económico. É uma coisa que na minha investigação procuro frisar: é esta ideia de um império fechado e de um governo metropolitano que faz algo pelos interesses económicos dos grandes grupos portugueses, é uma ideia coxa. Não é uma ideia que corresponde totalmente à verdade. O Governo português, já depois da Segunda Guerra Mundial, começa a perceber que existe um conjunto de reivindicações anticoloniais à escala global, que não apenas reivindica uma independência política, mas reivindica uma independência económica. E, nesse sentido, vê de bom grado a possibilidade de entregar a exploração dos seus recursos a interesses internacionais. Exactamente em oposição ao aparecimento de um conjunto de reivindicações anticoloniais que também procura um reequilíbrio nos mecanismos de distribuição da riqueza. Portanto, há, digamos assim, uma aliança de facto daquilo que eu chamo o "campo conservador", que é composto por essas potências coloniais e por grandes interesses económicos à escala internacional que se opõe ao processo de descolonização. Depois, há um factor relevante de que já falamos: a incapacidade do Estado português de adquirir conhecimento e de formar os seus quadros para uma gestão autónoma dos recursos petrolíferos. Uma incapacidade também de direccionar o investimento para essas mesmas explorações. E depois, há um contexto em que a burocracia imperial é facilmente cooptada por esses grandes interesses. Relativamente a isto, gostava aqui de dar dois exemplos. Como disse antes, a Lei de Minas é uma lei de 1906 que nunca foi alterada substantivamente. O que acontece é que na segunda metade dos anos 60, Rui Patrício, então secretário do Fomento Ultramarino, dá uma entrevista numa comissão interna que se ocupava da exploração mineira na colónia. Diz "Temos que actualizar esta lei". Poucos meses depois, com a Gulf declarar a exploração económica da colónia, Rui Patrício, que tinha dito que essa lei era desadequada à época, dá uma entrevista no "Diário Popular" a dizer no fundo que "a Lei de Minas de 1906 não tem que ser tocada, porque é uma lei que permite uma certa flexibilidade de mercado". Portanto, muda radicalmente esta posição. Do outro lado temos o Vasco Garin, o Vasco Garin, que tinha sido o embaixador português junto das Nações Unidas e depois junto da embaixada nos Estados Unidos. E depois torna-se administrador na Cabinda Gulf Oil, que é a subsidiária da empresa Gulf, que se ocupa da exploração petrolífera em Cabinda. E Vasco Garin consegue negociar com o Governo português um conjunto de preços e medidas económicas que são muito mais convenientes para a companhia privada de que aquelas que se aplicavam à escala internacional. Portanto, Vasco Garin, um representante do Estado, do aparelho estatal português, da diplomacia portuguesa, da grande burocracia pública, passa a ser director de uma empresa privada e a negociar condições mais favoráveis para essa empresa face ao governo português do que aquelas que se aplicavam internacionalmente.RFI: O que também condicionou o próprio império português, no fundo, foram as pressões internacionais e o boicote à própria Gulf nos Estados Unidos, as reivindicações das populações negras nos Estados Unidos, que também incidiam sobre os próprios direitos à autodeterminação das populações ainda sob o regime colonial. O que é que nos pode dizer sobre esse aspecto?Franco Tomassoni: Era exatamente esse aspecto que eu queria colocar, porque acho que esse é um aspecto interessantíssimo. É um caso aliás nada conhecido. E eu reconstruo no detalhe nesse livro. E, no fundo, reflecte como a internacionalização dos interesses económicos no Império português correspondia também a uma coordenação internacional da luta contra o colonialismo português. Acontecem várias iniciativas de boicote à Gulf nos Estados Unidos pelo seu apoio ao governo português em vários territórios dos Estados Unidos. Mas o caso mais interessante é, eventualmente, aquilo que acontece na Universidade de Harvard. A Universidade de Harvard detinha acções da companhia petrolífera Gulf. E o que acontece é que há vários pedidos por parte de estudantes e professores para a Universidade de Harvard para retirar e vender as suas acções na Gulf, exactamente porque a Gulf apoiava o colonialismo português em Angola. Então a Universidade de Harvard decide organizar uma missão para verificar a situação no terreno e os resultados da missão, claramente, são favoráveis à manutenção da Universidade de Harvard como accionista da Gulf. Então começa um conjunto de mobilizações que chegam à ocupação da reitoria da Universidade de Harvard, exactamente em solidariedade com a luta anticolonial. Nesse mesmo contexto, emerge um conjunto de figuras bastante importante. Uma delas, Randall Robinson, que participa do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos que também estão cansados com determinadas coisas. Achavam que esses movimentos não eram suficientemente radicais ou pelo menos não respeitavam um conjunto de reivindicações. E vai à procura de outros tipos de relações e de orientações políticas em África e vai, designadamente a Tanzânia. A Tanzânia, naqueles anos, entre finais dos anos 60 e princípio dos anos 70, a sua capital, Dar Es Salaam, é uma cidade extremamente interessante, porque o Randall Robinson vai lá a encontrar líderes dos movimentos anticoloniais portugueses, quer da luta anticolonial em Moçambique, quer da luta anticolonial na Guiné, quer da luta anticolonial em Angola. Mas encontra também outro conjunto de figuras. Por exemplo, estavam o Giovanni Arrighi, o Clyde Mitchell, o Wallerstein, que eram professores na Rodésia e depois da declaração unilateral da independência da Rodésia, da declaração da supremacia branca, são expulsos do país e também de lá. Portanto, Dar Es Salaam torna-se, um contexto atravessado exactamente por esses diferentes grupos que se encontram, que se unem e produzem grandes elaborações teóricas que, ainda hoje, formam e interessam a realidade e, do outro lado, os vários projectos de construção do socialismo no chamado socialismo africano e a mobilização estudantil na Tanzânia que se opunha ao governo independente para não ser suficientemente consequente. Portanto, é a versão de um retrato da luta anticolonial profundamente internacionalizada. E, sobretudo, a reconstrução de um facto que ninguém conhecia, que é exatamente a acção dos estudantes de Harvard. Uma acção à qual a embaixada portuguesa nos Estados Unidos se opõe, levando à frente uma campanha mediática muito forte que eu descrevo ao pormenor no livro.

La rosa de los vientos
¿Son las mentorías de Llados una secta?

La rosa de los vientos

Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 24:20


El influencer Llados y recién iluminado espiritual, ha sido investigado por la psicóloga Claudia Nicolasa que se infiltró como seguidora y con la colaboración de una psicóloga experta en sectas y un ex-seguidor concluyó que las mentorías de Llados en efecto actúan como una secta diciendo que si alguien no pone en tela de jucio los conocimientos que él imparte, sus seguidores dejen de tener contacto con esas personas, da igual que sean amigos o familia. Exactamente igual que hacen las sectas 

El Garaje Hermético de Máximo Sant
Chevrolet Corvette: El mejor deportivo americano

El Garaje Hermético de Máximo Sant

Play Episode Listen Later Dec 24, 2024 22:16


Ford Mustang, Ford Mustang… ¡Ya vale de Ford Mustang! Que sí, que mola mucho, pero el “VER-DA-DE-RO” deportivo norteamericano, el más representativo, el que más ha aportado estética y técnicamente, no es el Ford Mustang… ¡para nada! ¿Y cuál es entonces? Está claro… ¡el Chevrolet Corvette! No te lo crees… te lo voy a demostrar. Gracias a nuestros amigos de la revista “CEROaCIEN” hicimos un monográfico del Corvette… que terminaba en el C3, que era la portada de la revista… pero es que, del Corvette, desde que nació en 1953 hasta ahora… ¡ha habido 8 generaciones! Hablaremos de todas. 1953. Nace un mito, el C1. Chevrolet quería “rejuvenecer” la imagen de esta marca de GM… y Harley Earl, diseñador jefe de la marca llevaba mucho tiempo queriendo diseñar y producir un deportivo. Convenció a Edward N. Cole, ingeniero jefe de Chevrolet y pensaron en utilizar una carrocería deportiva, atractiva y ligera, montarla en chasis pequeño y poner un motor “gordo”. Y en 1953 en el mismísimo Waldorf Astoria de Nueva York se presentó el Chevrolet Corvette. El diseño de Robert McLean, atrevido y con mucha personalidad, fue todo un éxito. Y aunque al principio este C1 dio algunos problemas de fiabilidad, no paró de evolucionar y a llegó a llevar motores V8 de hasta 5,4 litros y hasta 365 CV. 1962. C2, ¡otra cosa! Mientras en el Ford Mustang la segunda generación era casi un paso atrás, en este caso Chevrolet fue muy atrevida. El concepto de coche deportivo, divertido de conducir y ligero para los cánones norteamericanos, se mantenía… ¡pero no tenía nada que ver! Para comenzar, ya hay versión Coupé que nunca tuvo el C1 recurre a los faros escamoteables y la parte posterior era muy original. Además, contaba con suspensión trasera independiente y llegó a llevar motores de hasta 7 litros y 425 CV. 1967: C3, el “Coca-Cola”. Este C3 fue conocido en España y otros países hispano hablantes como el “Coca Cola” por sus formas vistas desde arriba. En los países angloparlantes se le denomino “The Shark”. El “tiburón” y estuvo en producción nada menos que 14 años. Su secreto… ¡una estética impresionante! El diseño de Larry Shinoda era y es todo un espectáculo. Quizás haya otros Corvette más impresionantes, pero más bonitos, no. 1983. C4, más sofisticado y práctico. Este modelo lo pude probar, nada menos que el ZR-1 con motor V8 de 5 litros, con culatas retocadas por Lotus y 411 CV. En foto no tanto, pero “cara a cara” era impresionante, no solo gracias al diseño de Jerry Palmer, sino también gracias a tu tamaño… 1996. C5, copiando a los japoneses. La primera vez que me dijeron que este diseño era una copia o al menos estaba inspirado en los japoneses Nissan 300ZX y Mazda RX-7 fui un poco escéptico… luego me he dado cuenta de que es evidente. Casi os diría que más en el Mazda, pues parece un RX-7 que ha tomado anabolizantes. No es una crítica para su diseñador, John Cafaro, que a mi entender hizo un buen trabajo, porque en estos tiempos los coches japoneses eran en los USA y en todo el mundo un verdadero referente, sobre todo en cuanto a calidad de acabados… y este C5 en este sentido mejoraba netamente al C4. 2004. C6, más de lo mismo. GM nunca ocultó que en realidad el C6 era una evolución y mejora del C5, algo más pequeño, ligero y con motores más potentes y eficientes. Pero si piensas que este C6 aporto poco a la saga, te equivocas, pues creo que con este modelo llega un punto de inflexión. ¿A qué me refiero? A que el Corvette, aunque se recorta en tamaño, “crece” como concepto, ascendiendo de la categoría de “deportivo” y acercándose a la de super-deportivo, con motores de hasta 638 CV en su versión tope de gama, como motor de solo 6 litros, compresor y no turbo y esos 638 CV. 2013. C7, muy actualizado. En este caso más que decir que el C7 es una evolución del C6 me gusta más decir que es una actualización, desde el punto de vista estético, con una línea similar, pero más moderna y aerodinámica, pero también en el plano técnico, con la llegada de la inyección directa. El motor de 6 litros recibe no solo la inyección directa, sino también el sistema de apertura de válvulas variable, lo que permite subir la potencia hasta los 461 CV reduciendo el consumo. Este Corvette ya pretende ser más superdeportivo que deportivo, no solo por su mecánica, sino por el empleo del carbono y el aluminio en su chasis y por sus asientos de cuero cosidos a mano… sofisticado, lujoso, eficiente y muy deportivo. 2020. C8, un salto espectacular. No solo es el motor central, no solo es el nuevo chasis, no solo es la estética… es que el motor tope de gama rebasa una cifra mítica… la de los ¡1.000 CV! Exactamente 1079 CV. Sinceramente, a mí con las versiones de 664 o 679 CV creo que me llega.

Congregation of the Living Word, a Messianic Jewish Congregation
Read Your Bible  Part 2  -   Read Your Bible Again, For The First Time  -  English and Spanish

Congregation of the Living Word, a Messianic Jewish Congregation

Play Episode Listen Later Nov 29, 2024 3:59


Read Your Bible  Part 2:  Read Your Bible Again, For The First Time  -  English and Spanish.  Why do you need to read your Bible through, cover to cover, if you have read it already in the past? That is exactly why you should! This is a translation of a podcast originally recorded on July 13, 2021. Lea su Biblia Parte 2:  Lea su Biblia de nuevo, por primera vez - Inglés y Español.  ¿Por qué necesita leer su Biblia de principio a fin, si ya la ha leído en el pasado? Exactamente por eso debe hacerlo. Esta es una traducción de un podcast grabado originalmente el 13 de julio de 2021.

Buscadores de la verdad
UTP327 Ojos bien abiertos

Buscadores de la verdad

Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 125:24


Hoy la entradilla será breve, estoy bastante mal de la garganta todavía y recién salido de una de las peores tragedias que haya vivido la comunidad valenciana en mucho tiempo. Nos han matado. Nos han aterrorizado y nos han esclavizado. Hoy mismo no se podia circular libremente por la provincia de Valencia en pos de esos confinamientos climáticos que serán el arma definitiva antes de que nos suelten a los extraterrestres por las calles… Les quiero traer dos pequeños textos, el primero escrito por jarella, una ingeniera que se expatrío en Francia y que era una asidua de burbuja punto info antes de ser tomada por las hordas woke globalistas del gobierno español. Habla de tochovista, un forero que en 2005 previo perfectamente la burbuja inmobiliaria…dentro del foro llamado burbuja je, je, je y creado mucho antes de que nadie hablase de burbujas. Según las sagradas escrituras de “Tochovista”, en 2009, cuando todo el mundo ya empezaba a ver el negror del descalabro de la burbuja inmobiliaria y por extensión de toda la economía española, cuando los afligidos “burbumoris” pensaban que no había salvación y que íbamos a morir cienes y cienes de veces, nuestro profeta “Tochovista” nos dijo que no nos apenáramos, que lo que venía no era miseria, sino, siete años de abundancia, siete años en los que deberíamos prepararnos de “viandas”, herramientas, energía, oro, plata y plomo como hacen los hermanos de “La Iglesia de Jesucristo de los Santos de los Últimos Días”. Este 2016 es el último año de abundancia, 2017 será un año de transición y tribulaciones, y finalmente como dios revelo a José, en este caso a nuestro profeta “Tochovista”, que después de estos siete años de abundancia llegaran los siete años de gran escasez, enfermedades, hambre, odio, desidia y guerras, siete años horribles que pasaran y dejaran paso a una nueva forma de vivir, “me libre el señor de vivir tiempos interesantes”. Herejes, respetar el santo mes del credo “burbumori”, octubre es un mes sagrado y dura hasta el 13 de noviembre. ¡Arrepentiros herejes! que el día está cerca, y a pesar de haber escuchado las predicaciones de “tochovista”, no hicisteis caso, cayeron en saco roto sus enseñanzas como el trigo que cae entre piedras y tierras llenas de sal. ¡Herejes! muchos pagareis con vuestra vida después de un gran sufrimiento. Palabra de “Tochovista”. Con “Tochovista” nada me falta. El segundo es este texto que yo escribí en 2017 sobre la desintegración que inexorablemente sufría España: La titule, Oda al mar. Hoy, durante la comida, tuve una conversación interesante. Hablábamos, cómo no, de economía. Concretamente, sobre los casi medio millón de cargos políticos que, lamentablemente, mantenemos en este país. En un momento álgido, expresé que bastarían entre 80.000 y 100.000 puestos para gobernar con eficacia. Es decir, nos sobran alrededor de 400.000 políticos. Fue entonces cuando un comensal saltó al debate. Resultó ser un diputado provincial del PSOE en Castilla-La Mancha. Le comenté, sin rodeos, que su puesto podría ser prescindible. A esto, claro, respondió con argumentos sobre la libertad de elección y otras justificaciones. Conversando, me reveló que también era concejal de un pequeño pueblo, sin cobrar por ello. "Ah, entonces seguramente su sueldo lo dona al partido, ¿verdad?" le dije con ironía. "Exactamente", respondió. Añadió que además era autónomo y que su pequeño negocio estaba sufriendo por la caída del consumo. "Claro", le repliqué, "es que los productos que consumen 'sus señorías' suelen venir de fuera…". Tras un breve intercambio de pareceres y un "yo soy de los buenos", la conversación tomó un tono más directo. "Cuando llegue la ola, no distinguirá entre honrados y corruptos", le advertí. Él intentó tranquilizarme, "No estamos tan mal". Pero yo, en confianza, le respondí: "Quizá tú no, que puedes permitirte comer fuera a diario" (aunque, claro, estábamos en el único bar decente de un pequeño pueblo en la serranía de Cuenca). No todos los días se puede dialogar con alguien de "la casta", aunque en este caso fuera de la “castita". Animo a todos a crear opinión. No se trata de inculcar ideas, sino de despertar el pensamiento crítico. Busquen, investiguen… Por ejemplo, vean las votaciones del Senado sobre el IRPF. Aún queda tiempo antes de que la gran ola nos alcance, pero, ¿creamos barreras? ¿Nos refugiamos en la montaña? ¿O advertimos a quienes aún miran pasivamente el horizonte? Cuando esa ola se levante, será imparable. Y tristemente, su impacto será democrático; no elegirá a quién arrastrar. Las olas más violentas avanzarán al frente, y las suaves, de ritmo rizado, no aparecerán hasta que la marea haya entrado tierra adentro. Cada vez que un político nos insta a "apretarnos el cinturón" mientras compra una mansión o redecora sus oficinas a costa de todos, se escucha más cerca el susurro de la tormenta que traerá esa gran ola. Que luego no digan que no estaban avisados. ………………………………………………………………………………………. La Albufera tiene 21500 hectáreas. Eso son 215 millones de metros cuadrados. Si hacemos una media de 400 litros metro cuadrado obtenemos: 215,000,000m2×400litros m2=86,000,000,000litros Por lo tanto, el total es de 86 mil millones de litros. El embalse de Forata tiene una capacidad máxima de 37 hectómetros cúbicos, lo que equivale a 37,000 millones de litros de agua. Obviamente ni rompiéndose de golpe lograríamos una descarga tres veces más grande... ………………………………………………………………………………………. Y ya para terminar quiero contarles una anécdota que sucedió con uno de los actores principales del saqueo al que sometieron a esta depuradora del área metropolitana de Valencia: Enrique Crespo el ex alcalde por el Partido Popular de Manises y presidente nato de la Junta Local Fallera que invitaba a costa de su gestión en la depuradora, …afortunado ganador de la lotería de navidad que pasa de poseer más de 100 décimos a uno (como relataba el diario.es el 05/06/2014) y vicepresidente de la Diputación de Valencia justamente en el área dedicada a las infraestructuras. Enrique Crespo ex alcalde de Manises y presidente de la Emshi y también de Emarsa Un señor imputado por el juez Vicente Ríos en un delito de desvío de dinero público en Emarsa de nada mas y nada menos que de 40 millones de euros dilapidados en «traductoras rumanas» entre otras obras benéficas. Un señor al que también se le investigó por presuntamente haber desviado 22 millones de euros conseguidos en la lotería. Un señor que tal y como titulaba El Mundo en «La lista de regalos de Emarsa» publicado el 07/02/2013 tenía a buena parte de los que surcan y surcaban (bien trajeados, eso sí) la ola valenciana «a remojo». Imaginen la escena, mi vecino, un titulado universitario tras dos años en paro cara a cara con este «cara». Estaba solo, completamente solo, desamparado en medio de una acera. Accesible, sin guardaespaldas, ni amigos, ni chupopteros, ni gentuza fanboy de su partido…nadie. Este vecino mio lo encaró directamente y lo saludó por su nombre. (los diálogos son reales aunque aproximados, transcritos de memoria de la conversación mantenida con mi vecino) Hola Enrique como estas- le espetó a bocajarro Ho..Hola, bien, como estas tu-contesto el antiguo jerifalte. Pues peor que tu, llevo mas de dos años en paro y vivo gracias al sueldo que gana mi mujer- dijo mi vecino. Lo siento, yo también estoy jodido ya que me han imputado en numerosos casos-aseveró el antiguo alcalde. !Pues algo habrás hecho¡- le dijo enfatizando mi vecino. !Que va¡ .He tenido la mala suerte de que algunos de mis subordinados se han ido de putas y se lo han gastado en droga–se quejaba resignado Enrique. Pues algo no habrás hecho bien. ¿Para eso estabas tú controlando, no?- dijo el topógrafo en paro. Que no, que no…que me engañaron. Si yo simplemente recibía órdenes…si yo tirara de la manta se liaba una gorda- le dijo con sorna. !Pues tire, tire¡ Por cierto cuando estaba Vd a cargo de los proyectos de obra de la diputación, bien que hizo alguna que otra cosa mal, ¿no?- le soltó de nuevo mi vecino. !Mal en la diputación¡ Si Valencia ha crecido gracias a la Diputación- se quejó el otro. Pues yo estuve trabajando en el puente que une Manises con Paterna y menuda chapuza de obra. Se paralizo durante mas de dos años por falta de presupuesto. Se escondieron los restos del antiguo puente debajo del cauce del río, ni siquiera se emplearon en las zapatas del nuevo tal como pregonaron Vds. a los cuatro vientos. Y no digo nada de como se inflo un presupuesto de 5 millones de euros hasta acabar pagando 18 millones para sustituir un puente por otro.- le informo mi vecino. Bueno, bueno…eso tiene otra interpretación…-se excuso dando largas el ex-alcalde. ¿Bueno y que hace aquí, solo?- Enfatizo mi vecino. Esperando para entrar a una celebración familiar en un restaurante, tengo que ir hacia allí- dijo Crespo, señalando hacia donde se dirigía antes de hablar con mi vecino. Estaban en las cercanías del hotel Neptuno…enfrente hay una zona donde hay algún restaurante pijillo. Imagino que nuestro insigne alcalde saldría de pernoctar en dicho hotel y no iba a coger un taxi para atravesar 500 metros…supongo que este buen señor siempre se desplazara en taxi. Pues yo voy a coger el tranvía de vuelta, si quiere lo acompaño.- sentenció mi vecino. Ambos siguieron andando, esta vez callados…una vez llegaron hasta las cercanías de la parada donde iba mi vecino se despidieron. Bueno, Enrique, ya sabe si tiene algún trabajo para un topógrafo ya sabe…-soltó mi vecino sin esperar mucha respuesta. Ya, ya…hasta luego- se despidió el ex-alcalde ………………………………………………………………………………………. Conductor del programa UTP Ramón Valero @tecn_preocupado Un técnico Preocupado un FP2 IVOOX UTP http://cutt.ly/dzhhGrf BLOG http://cutt.ly/dzhh2LX Ayúdame desde mi Crowfunding aquí https://cutt.ly/W0DsPVq Invitados Dra Yane #JusticiaParaUTP @ayec98_2 Médico y Buscadora de la verdad. Con Dios siempre! No permito q me dividan c/izq -derecha, raza, religión ni nada de la Creación. https://youtu.be/TXEEZUYd4c0 ………………………………………………………………………………………. Enlaces citados en el podcast: COMUNIDAD VALENCIANA: EN LA CRESTA DE LA OLA https://tecnicopreocupado.com/2023/04/06/comunidad-valenciana-en-la-cresta-de-la-ola/ La verdadera zona cero de la DANA fue Chiva https://x.com/tecn_preocupado/status/1855546229100351910 Hilo sobre el puente atirantado de Manises https://x.com/tecn_preocupado/status/1856761984684831013 ………………………………………………………………………………………. Música utilizada en este podcast: Tema inicial Heros ………………………………………………………………………………………. Epílogo Emilio Cervini - Abrir los Ojos https://www.youtube.com/watch?v=mVgE01fBWPE

Mercado Abierto
¿Cuál es exactamente el tratamiento fiscal de una donación?

Mercado Abierto

Play Episode Listen Later Nov 6, 2024 5:04


La Educación Financiera y la solidaridad van de la mano en este espacio protagonizado por Pablo Melchor, fundador y presidente de la Fundación Ayuda Efectiva, que nos explica cuál es el tratamiento fiscal de una donación.

Nacion Podcaster
¿Quién es exactamente la industria del podcasting?

Nacion Podcaster

Play Episode Listen Later Oct 25, 2024 29:14


He escuchado a Cristina Mitre leer una carta a su gente y eso me ha desbloqueado varios temas que tengo enquistados, el contenido es puramente como un episodio Premium, pero quiero ponerlo en abierto para que todas las Mitres del mundo lo escuchen, porque es importante que vayamos en esa dirección. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Buscadores de la verdad
UTP322 Simbología en el Six Kings Slam

Buscadores de la verdad

Play Episode Listen Later Oct 16, 2024 40:29


Bienvenidos a este vídeo donde vamos a hablar sobre la simbología que aparece en el video promocional de La Six Kings Slam con Djokovic, Nadal, Alcaraz, Sinner, Medvedev y Rune. El Six Kings Slam es un torneo de exhibición de tenis que se celebrará en Riad, Arabia Saudita, del 16 al 19 de octubre de 2024, como parte del evento Riyadh Season. Este torneo reunirá a seis de los mejores jugadores de tenis del mundo, incluidos grandes leyendas y jóvenes estrellas. Los participantes confirmados son Novak Djokovic, Rafael Nadal, Carlos Alcaraz, Jannik Sinner, Daniil Medvedev y Holger Rune. El formato del torneo es de eliminación directa, con dos jugadores (Djokovic y Nadal) avanzando directamente a las semifinales. Los enfrentamientos iniciales serán entre Sinner vs. Medvedev y Rune vs. Alcaraz el 16 de octubre, y los ganadores se enfrentarán a Djokovic y Nadal al día siguiente. Tras un día de descanso el 18 de octubre, la final y el partido por el tercer lugar se disputarán el 19 de octubre. Este evento no está sancionado por la ATP, por lo que no otorga puntos de ranking, pero ofrece grandes premios económicos. Cada jugador recibirá un mínimo de 1.5 millones de dólares solo por participar, y el ganador obtendrá el mayor premio en la historia del tenis: 6 millones de dólares 002 Lo primero que podemos ver es una especie de restos arqueológicos en medio de un desierto de arena y un circulo mitad ODS y mitad azul junto al nombre de la entidad que lo organiza, El Riyadh Season. 003 El Riyadh Season es un festival cultural y de entretenimiento organizado anualmente en Riad, la capital de Arabia Saudita. Este evento forma parte de la iniciativa más amplia llamada Saudi Vision 2030, un ambicioso plan del gobierno saudí para diversificar la economía del país y reducir su dependencia del petróleo, impulsando sectores como el turismo, el entretenimiento y el deporte. La organización de este evento está a cargo de la Autoridad General de Entretenimiento de Arabia Saudita, encabezada por Turki Al-Sheikh, un influyente empresario y político que también es asesor del gobierno saudí y ha estado detrás de varias iniciativas para atraer eventos deportivos y de entretenimiento de renombre mundial. Desde su creación en 2019, Riyadh Season ha incluido conciertos de artistas internacionales, espectáculos teatrales, competiciones deportivas (incluidos eventos de la WWE, boxeo, fútbol y ahora tenis con el Six Kings Slam), y exposiciones culturales que atraen a millones de visitantes. El objetivo del Riyadh Season es no solo ofrecer entretenimiento de clase mundial, sino también posicionar a Arabia Saudita como un destino global para el turismo y los grandes eventos internacionales, al mismo tiempo que promueve la modernización social dentro del país. 004 Estos objetivos de desarrollo sostenible vienen impulsados por la ONU mediante la implantación mundial de la Agenda 2030. Todo el mundo, incluso los que parecerían estar en posiciones antagónicas, desde los jesuitas hasta personajes supuestamente de izquierdas como Pablo Iglesias. Un dirigente que como el mismo decía utilizo la crisis sanitaria del Covid 19 para impulsar la Agenda 2030, en forma de palanca, o más bien de esvástica. Los Objetivos de Desarrollo Sostenible llamados en su acrónimo como ODS tienen las manos manchadas de sangre y pretenden hacer aquello que decia el Foro Económico Mundial de “no tendrás nada y serás feliz”. Mientras unos tenistas multimillonarios se repartirán unos cuantos millones de dólares una gran cantidad de la población cada vez será más pobre. 005 Luego vemos unas letras de película épica que nos anuncian “La llamada de los reyes”, el proceso mágico ritual para convocar a unos reyes dioses del tenis. La escena siguiente nos muestra el interior de ese monumento que se aprecia en la superficie del desierto sumergiéndonos en un enorme aljibe. Un deposito monumental de agua en pleno desierto. Esto es una inversión simbólica clara entre la sequedad de la superficie y la humedad de las profundidades. Allí tres personajes con antorchas están buscando el mecanismo que permitirá reunir a los seis reyes del tenis que disputarán este torneo. El que avanza primero se nota que es el jefe ya que va mejor vestido y tiene una mascara de hierro de más calidad. No se les ve portar armas por lo que se nos antoja bastante extraño que todos lleven mascaras protectoras y el que hace se jefe porte un yelmo de este estilo. Se trata de un casco parecido al de los espartanos pero con el protector de la nariz que baja tapando la boca y los laterales cerrados. Mas tarde nos muestran una imagen donde se ve a seis figuras jugando al tenis y lo que nosotros entendemos como una pirámide truncada en el centro, donde la parte superior esta formado por una especie de trofeo que tiene un ojo, vamos, lo que viene siendo la pirámide truncada con el ojo que todo lo ve arriba. Todo con aires egipcios y una mística de semidioses paganos. En cuanto a lo de elegir seis reyes del tenis nos parece que esta relacionado con los seis reyes judios que aparecen en la fachada de la Basílica de El Escorial y que pudimos leer en el capitulo 2 del articulo Los reyes del tiempo de puntal de dios. ¿Al igual que nos podemos preguntar como aparecen reyes judios en un lugar tan catolico nos preguntamos porque aparecen una especie de semidioses paganos en un evento patrocinado por un pais fervoroso creyente del Islam? 006 Después se les ve atravesar lo que parecen unos pilares flotando en el aire, algo que ya vimos en la película “el chico de oro” cuando Eddie Murphy debe encontrar la daga de Ajanti, un artefacto místico y poderoso que juega un papel crucial en la trama. Aunque aqui no van con la cautela del señor Murphy si no haciendo volteretas y chuleandose. Los tres enmascarados llegan a una cámara hexagonal con un gran tragaluz en forma hexagonal por donde penetra la luz. 006a Luz que llega exactamente en el segundo 33. Esto nos recuerda a la torre octogonal de la Iglesia modernista de San José en Le Havre. La iluminación llega a un altar hexagonal en forma cenital. En la forma como nos muestran la escena diríamos que vemos un ojo encima de dicho altar. La puerta por la que han penetrado a la cámara se cierra tras ellos y vemos claramente como las paredes representan a los 6 reyes del tenis. El jefe saca una gema verde, posiblemente una esmeralda, con forma de pirámide. Eso va a ser el activador para reclamar la presencia de estos seis reyes del tenis. Recordemos que el billete de dólar es verde y contiene múltiples hexagramas. Entendemos que hablan de dinero, ya el millón y medio de dólares por participar sumado a los 6 millones que percibirá el ganador son suficiente reclamo para venir al desierto a jugar tres partidos de tenis. La zona donde encaja la joya en forma de pirámide tiene estilo mudéjar como los techos de muchas de nuestras iglesias cristianas como la Iglesia de la Anunciación de cortes de Baza en Granada. Cuando desde el altar se inicia el proceso de encendido de esta maquina mágica que debe llamar a los reyes observamos las tres fases de la Luna que se dedican en honor de Hecate. 007 Hécate es una antigua diosa griega asociada con la magia, la brujería, las encrucijadas y el inframundo. A menudo se la representa como una deidad triple, vinculada a las tres fases de la luna: creciente, llena y menguante, simbolizando los ciclos de nacimiento, vida y muerte. En la Wicca, Hécate es honrada como una poderosa diosa lunar y protectora de los misterios. Su culto incluye rituales nocturnos, invocaciones en momentos de transición o cambio, y ofrendas en lugares liminales como cruces de caminos. Los wiccanos la veneran como una guía espiritual, especialmente en trabajos relacionados con la magia y la protección. 008 Aparecen unas ondas encima de esas fases lunares simbolizando el poder de la Luna sobre el agua. Y es en este momento cuando los seis paneles de piedra se encienden o activan con la luz que desprende el altar y que se enfoca en una especie de sensores bajo cada uno de ellos. Podemos ver bien tres de los paneles. A la derecha Medvedev a lomos de un oso gigante, en medio a Alcaraz viendo su propio reflejo y a la izquierda a Djokovic rodeado de lobos y flotando en el aire en un cementerio de raquetas. Aqui es cuando la esmeralda verde se convierte en una pelota de tenis dorada al ser encerrada dentro de dicho objeto que surge del altar. Tras esto la pelota empieza a levitar y tras ella surge una mano dorada que le imprime velocidad de rotación, en clara alusión al saque de la pelota en el tenis que surge también de las manos del tenista. La pelota empieza a girar mas y mas rápido hasta que en una explosión de energia asciende por la torre hexagonal disparada como si se tratase de una bala disparada por un cañón. Las piedras habrían aplastado a los enmascarados, pero nos muestran un fundido a negro mientras la salida de la pelota nos recuerda al pelo alborotado de un unicornio rosa. La pelota atraviesa las dunas del desierto hasta dirigirse a una pista de tenis espejada que refleja la figura de un Carlos Alcaraz ataviado con un traje plateado que nos recuerda mas a un traje espacial que al equipamiento de un tenista. Vemos una clara intencionalidad de mostrar la pista con forma de paralelogramo, del típico monolito que nos mostró Kubrick en 2001, una Odisea del Espacio. La forma en que baja el plano es muy parecida a la famosa escena con la conjunción del Sol y la Luna que nos mostró el famoso director de esa aventura espacial. Alcaraz parece estar jugando solo pero una especie de robot aparece de la nada cuando la pelota choca la pista y le devuelve la jugada exactamente en el minuto 11 segundos mientras la raqueta adopta la forma de un ojo apenas perceptible por nuestro cerebro. La cámara nos muestra un primer plano de la cara del robot que nos recuerda mucho a los robots de metal liquido que aparecían en Terminator. El reflejo en su cara del horizonte se nos antoja una linea negra como la rendija del visor del mutante llamado Cíclope de la patrulla X. Lo que decíamos sobre Terminator nos es confirmado cuando el tenista español le hace un agujero al robot al devolverle la pelota de tenis, viéndose a través de un agujero en la espalda del robot. 009 Veremos que el orden de aparición en el clip se debe a la edad y la importancia de los jugadores, aunque deberían haber comenzado por el jugador con menor puntuación en la ATP que es Rafael Nadal, que se ha retirado un 10 del 10, o sea, en un 11 masónico que no aparece en el top 20 debido a su ausencia por lesiones y falta de actividad reciente. Sin embargo Nadal será junto con Novak Djokovic - No. 1 del mundo (9,725 puntos) los que pasen directamente a semifinales y son mostrados al final del clip. Los otros jugadores son, Carlos Alcaraz con el puesto numero 2 de la ATP con 8,805 puntos, Jannik Sinner - No. 3 (8,310 puntos), Daniil Medvedev - No. 4 (7,765 puntos) y en ultimo lugar Holger Rune con el numero 7 (3,875 puntos). Suponemos que no han contado con los tenistas que ocupan el puesto quinto, Alexander Zverev y sexto, Andrey Rublev, por contar ya con un ruso. Alcaraz se encuentra con la bola que lo anda buscando y le da el raquetazo exactamente en el primer minuto y 33 segundos. Iremos viendo a lo largo del trailer como hay momentos cruciales siempre al llegar a los 33 segundos, un nivel muy importante dentro de la masonería. 010 En la siguiente escena vemos al tenista italiano Jannik Sinner ataviado como un centurión romano disparando pelotas de tenis a una figura de David de Miguel Angel con la cara del tenista. Una visión apresurada nos llevaría a la conclusión de que esta destruyendo la escultura, pero es todo lo contrario, la está esculpiendo con sus pelotazos y lo vemos enorgullecerse por ello. Dispara bolas en una sala cuyo suelo nos recuerda una trama de cubos en 3D y es a la vez un ajedrezado masónico. Lo vemos como retira la piedra entre los dedos indice y pulgar de la mano izquierda de la escultura. Luego observamos como se sopla el polvo del mármol que ha caído en su hombro derecho mientras en su hombro izquierdo luce una enorme pajarita. 011 Si buscáis sobre corbatas o pajaritas y masonería vais a encontrar un enorme montón de paginas que os venderán todo tipo de estos elementos dotados de toda la simbología que envuelve a la masonería como las escuadras, el compas, los círculos con un punto, los rombos, el sol, estrellas, escaleras y por supuesto el archiconocido ajedrezado blanco y negro masónico. El uso de la pajarita (o corbata de lazo) en la masonería tiene connotaciones simbólicas que se alinean con el carácter discreto y formal de la orden. La pajarita, al igual que otros elementos del vestuario masónico, se usa en ceremonias y reuniones para simbolizar ciertos valores y principios fundamentales de la masonería. La masonería, como sociedad esotérica, otorga importancia al simbolismo y la indumentaria es parte de ese lenguaje simbólico. En este contexto, la pajarita se asocia a menudo con la sobriedad, elegancia y uniformidad, aspectos clave en los rituales masónicos. El atuendo formal es un reflejo de los ideales de respeto y seriedad en los trabajos de la logia. Además, algunos estudios sugieren que la pajarita, debido a su forma de nudo en el centro, puede estar vinculada simbólicamente al concepto de equilibrio y dualidad, temas recurrentes en la filosofía masónica. Si bien no todos los masones adoptan la pajarita como un accesorio esencial, en varias logias, especialmente en ceremonias más formales, se usa para resaltar la naturaleza solemne del evento. Este uso es menos explícito que otros símbolos masónicos, como el mandil o el compás, pero forma parte de la estética que subraya el orden y la tradición dentro de la masonería. Lo que resulta aún más increíble es que el propio invento de la corbata sea evidentemente utilizado a modo de ritual sin que la gente común se aperciba de ello. Os voy a leer un pequeño extracto del Codex Magica de Texe Marrs un libro imprescindible para poder empezar a reconocer estos símbolos utilizados abiertamente por las sociedades secretas que a su vez practican todo tipo de rituales satanico luciferinos. Este texto nos habla de algo tan mundano, normal y aparentemente aburrido como son las corbatas: “La fraternidad masónica enseña el objetivo ilusorio de que todos los que son iniciados en sus filas están unidos por la "Corbata Mística" de la comunión. Por supuesto, esto es una alegoría, y sin embargo la corbata parece tener un lugar especial en la tradición y la simbología masónicas. Se cree que tanto el corbatín como la corbata tradicional son de diseño simbólico masónico. La corbata tiene dos triángulos que descienden, uno más grande y otro más pequeño. Está atado con un "nudo" en el cuello, lo que significa solidaridad y unidad. El cuello en sí, como parte de la anatomía humana, representa la virtud del sacrificio. En términos de una orden o sociedad secreta, simboliza el sacrificio del individuo para el bien común de la organización. La corbata también se ve como un puente a otros dos triángulos: los del cuello de la camisa. Todos los triángulos, en el lazo y en el cuello de la camisa, tienen su punta, o lanza, hacia abajo, hacia el reino que es la fuerza controladora de la Masonería.” La lanza de longinos apuntando hacia abajo, hacia el reino de Satanas, eso es lo que simboliza todo esto. 012 Mira con orgullo a su obra como constructor, como masón, viéndose reflejado en la cara de la estatua. De repente la pelota que disparo Alcaraz cae exactamente por en medio de la bóveda de cristal rectangular y penetra por la cabeza de la escultura troceandola. El tenista ha cambiado el semblante y devuelve de un raquetazo la pelota destructora de esculturas enviándola al más profundo oceano. 013 La siguiente escena está protagonizada por el tenista danés Holger Rune y suponemos que por eso lo han caracterizado como un guerrero vikingo. No se trata de un simple barco vikingo si no de una escuadra completa de barcos como podemos ver si ampliamos la imagen. Es bastante desconocido que los vikingos llegaron a atacar ciudades tan al sur como Sevilla en el año 844 DC. La imagen se centra en uno de los drakkar vikingos mostrándonos el mascarón de proa en forma de cabeza de dragón con cuernos. Y no, nunca existieron dichos mascarones de proa. Los dragones con cuernos en los mascarones de proa de los drakkar vikingos no son históricamente precisos. Los vikingos sí usaban mascarones de proa en forma de criaturas, especialmente dragones o serpientes, que tenían una función simbólica para infundir temor en los enemigos y proteger la nave. Sin embargo, los cuernos son un mito que se asocia erróneamente con la cultura vikinga, en gran parte debido a interpretaciones artísticas del siglo XIX. Este mito de los cuernos también se aplica a los cascos vikingos, ya que no hay evidencia arqueológica de que los vikingos usaran cascos con cuernos. Los artefactos históricos, como los barcos de Oseberg y Gokstad, muestran que los vikingos preferían diseños más realistas y simples en sus barcos, sin incluir detalles tan extravagantes como los cuernos en los dragones. 014 Nos llama la atención el tocado de este guerrero vikingo en el que vemos la cara de una mujer. No hay constancia de que ninguna mujer vikinga tomase parte en las invasiones vikingas. Luego nos destacan a un vikingo con una herida de espada en el ojo derecho. Es una gran herida que nos recuerda un rayo, precisamente se trata del mismo ojo que lucia David Bowie en la famosa canción Starman. La pelota de tenis se acerca a toda velocidad y este guerrero es el único que se apercibe de ello. 014a Exactamente en el segundo minuto y 33 segundos del trailer, tenemos otro momento crucial en un numero maestro. Rápidamente crean una formación en tortuga con los escudos para intentar soportar el impacto. Por supuesto la formación adopta una forma hexagonal. Ya saben la relación del hexágono con el poder oscuro que nos gobierna. El hexágono está relacionado con el culto a Saturno, al hipercubo y también con la masonería, esto tiene raíces muy antiguas. El 9 11 se puede entender como un culto al hipercubo, o sea, a Saturno. Podemos simbolizarlo como las dos columnas que guardan los secretos de la masonería con su escuadra y su compás o un hexagrama dentro de un círculo. Como he dicho antes, el culto al hexágono significa culto a Saturno, Cronos o el tiempo. La propia NASA nos mostró cómo en un polo del planeta anillado había un hexágono y en el otro un pentágono. Desde muy antiguo los magos negros o hechiceros llevaban el llamado Talisman de Saturno, Salomón o de Renfan (nombre de un demonio) observese como una cara es un pentágono y la otra un hexágono. El culto al cubo negro, Saturno, proviene como digo de la antigüedad, pero se le sigue rindiendo culto hoy dia. No faltaron hexágonos y cabras satánicas en la inauguración del túnel de San Gotardo en Suiza. El culto al cubo es a la vez el culto al 9 11 o el culto a la serpiente infinita. La representación de dicho cubo muestra 8 vértices y una pajarita en medio, un símbolo del infinito, lo cual nos lleva a la estrella de 8 puntas o estrella de Isthar. 015 Atraviesa la vela bicolor vikinga y destruye la apretada formación como si fuese de plastilina. Vemos volar a los guerreros, sus escudos y sus armas, destacando algunas espadas como si fueran cruces. Curiosamente algunas se remarcan como cruces invertidas. Y no se trata de una mera casualidad ya que se mantienen en el tiempo y centradas…tu cerebro lo ha visto. Tras esto volvemos a ver al tenista danés en primer plano teniendo el mascaron de proa detrás de el. Así que parece que tenga cuernos, pero en una mirada más cercana nos recuerda a una mariposa con las alas desplegadas para volar. Las pavesas que flotan en el aire nos recuerda también al vuelo de las mariposas. Ahora veremos que es el rayo lo que da poder a este guerrero vikingo, a este rey del tenis, para enfrentarse a la bola que los está llamando. Despliega una espada y de esta surge una raqueta con forma hexagonal, los rayos y truenos van a darle la fuerza necesaria para golpear la bola. 016 El raquetazo hace que la pelota de tenis abra las aguas como lo hizo Moises en la huida de Egipto. Una escena con un ruso a lomos de un oso gigante en un mundo donde vemos la fuerza del agua, lado izquierdo de la imagen, y del fuego, lado derecho. Esto se remarca cuando Daniil Medvedev hace saltar al oso para recepcionar la bola. Un primer plano con el tenista dando un raquetazo precisamente cuando el Sol está en su ocaso centrándose la raqueta en la zona de dicha puesta de Sol. Es la oscuridad la que le da el poder de devolución de la pelota de tenis. 017 Vamos a irnos ahora a la isla de Mallorca. La bola desciende sobre la isla del tenista mallorquin destacando como veis los dos cuernecitos que forman la bahía de Pollensa. La Bahía de Pollensa, ubicada en la costa norte de Mallorca, está llena de paisajes impresionantes y algunas leyendas locales que han perdurado a lo largo del tiempo. Una de las más populares es la historia relacionada con los "cuernos", unas formaciones rocosas en el entorno del cabo de Formentor, que algunos dicen que parecen cuernos saliendo del mar. Uno de los mitos más conocidos es el de un antiguo demonio que, según cuenta la leyenda, habitaba en esta región. La historia habla de un diablo que acechaba las aguas de la bahía, aterrorizando a los marineros y habitantes de la zona. Este ser malvado, con cuernos que sobresalían como las mismas rocas, causaba tormentas violentas y hacía naufragar a los barcos que navegaban cerca de su dominio. Sin embargo, el demonio fue finalmente derrotado por un monje cristiano que vivía en un monasterio cercano. Se dice que el monje invocó a las fuerzas divinas, y el demonio fue desterrado, quedando atrapado en las rocas de la bahía, sus cuernos visibles para siempre en forma de las formaciones rocosas. Otro cuento popular menos oscuro es el que conecta las formaciones rocosas con la mitología clásica. Algunas versiones locales sugieren que los "cuernos" son el rastro de criaturas mitológicas, como los faunos o sátiros, que habitaban en los bosques y montañas cercanas. Se cree que, en tiempos antiguos, estas criaturas acudían a la bahía para festejar durante la noche, dejando huellas mágicas en el paisaje. En resumen, la Bahía de Pollensa no solo es un lugar de belleza natural, sino también un sitio lleno de mitos que entrelazan elementos sobrenaturales y místicos con la naturaleza. Estas historias han ayudado a mantener un aire de misterio en la zona, haciendo que la bahía no solo sea un destino turístico, sino también un punto de interés para aquellos curiosos por la cultura y las leyendas mallorquinas. 018 Es famosa la propaganda que luce Rafael Nadal que parecen los "cuernos de una cabra”. Oficialmente está relacionada con el logotipo de su patrocinador deportivo Nike. Desde hace años, Nadal lleva una línea de ropa y accesorios que luce el logotipo de un toro estilizado. Este logotipo representa al "Toro de Manacor", el apodo que se le ha dado a Nadal en referencia a su tenacidad y fuerza en la cancha, además de su lugar de origen, Manacor, en la isla de Mallorca. El toro es un símbolo poderoso, asociado tradicionalmente con la fuerza, la determinación y el coraje, cualidades que definen el estilo de juego de Nadal. El logotipo muestra una cabeza de toro con cuernos prominentes, que a veces puede recordar visualmente a los "cuernos de una cabra", pero está inspirado en la figura del toro. Nadal ha adoptado este símbolo como parte de su imagen de marca, reforzando su identidad en el mundo del deporte. El símbolo es especialmente relevante en España, donde el toro tiene una fuerte carga cultural. Sin embargo, en el contexto del tenis y de la imagen de Nadal, la representación del toro con los cuernos tiene más que ver con su mentalidad feroz y la implacable lucha que exhibe en la cancha. Esta imagen ha acompañado a Nadal durante gran parte de su carrera, volviéndose un ícono fácilmente reconocible para sus fans. Nadal es una figura iconica en los medios de comunicación y como celebridad tuvo un papel destacado al pedir que la gente se pusiese la mascarilla, aceptase los estados de alarma ilegales o se vacunase con una pócima experimental. Vendió un montón de bozales con su silueta tras ponerla de moda al ganar Roland Garros. Hablaremos después de su papel supuestamente antagonista en este tema frente a su máximo rival Djkovic. 019 La pelota mensajera cae cerca del cabo de Ferrutx en uno de los entornos naturales mas restringidos de Mallorca dentro del parque natural de la península de Levante. Un paraje donde hacer salir al monstruo de la tierra, a Rafael Nadal. Y lo hace exactamente en el minuto 3 y 33 segundos, ya saben como les gusta el 33 a estos tipos. Rafael Nadal es el indiscutible rey de la tierra batida, un guerrero imparable que domina este terreno como si fuera una extensión de su propio ser. En la pista de arcilla, se transforma en un auténtico monstruo de arena, absorbiendo cada golpe de sus oponentes y devolviendo con más fuerza, como si la tierra misma alimentara su poder. Cada desliz sobre el polvo rojizo deja huellas imborrables, símbolos de su resistencia y tenacidad inquebrantable. Nadal no solo juega en la tierra; es la tierra, una fuerza elemental que moldea su leyenda con cada raquetazo, implacable y devastador como una tormenta de polvo. 020 Se pone en marcha un proceso donde los trozos de tierra que ha arrancado la pelota de tenis terminan convirtiéndose en un tenista gigante. “El monstruo de la tierra batida” mira como la pelota de tenis crea un eclipse anular de Sol al igual que ocurrió este pasado 2 de octubre pudiendo observarlo bien solo desde tierra de fuego. Vemos, como de nuevo, el poder de la oscuridad es el que supuestamente otorga sus poderes a estos reyes del tenis. ¿Nos están diciendo subliminalmente que han firmado un pacto con el rey de las tinieblas? Tras devolver la pelota, se resquebraja la figura de tierra y aparece en carne y hueso el tenista de Manacor tapando con su potente brazo izquierdo el Sol, apenas visible entre nubes de polvo. En la imagen satelital que vemos a continuación vemos como la bola sale proyectada desde una zona cercana a esos cuernos de la bahía de Pollensa que comentamos antes. Obviamente no se trata de un error de racord si no de una forma de volver a destacar esos cuernos naturales que tiene la isla. El raquetazo más bien parece la estela que deja el lanzamiento de un misil balístico. 021 Suponemos que la pelota se dirige a Kopaonik que es definitivamente la montaña serbia más famosa y el centro de esquí más grande de Serbia. Un enorme parque natural donde hay, por supuesto, lobos. La raqueta de tenis atravesada por una bola se antoja un ojo y a través de el vemos al tenista serbio flotando en el aire. Los lobos se dirigen hacia el desde direcciones opuestas, todas las direcciones están controladas. Luego observamos como seis lobos forman de nuevo un hexágono, ya saben, marca de la casa. La pelota de tenis hace su aparición rozando una montaña y casi provocando un alud. Entonces vemos en una imagen circular como Djokovic flota en el aire vestido como un mago. 022 Los lobos le avisan de la inminente llegada de la bola. Pero el permanece impasible en estado de meditación mientras levita en el aire. Poco a poco se produce un primer plano de la cara del tenista serbio apreciando que esta con los ojos cerrados. ¿Saben en que minuto abre los ojos? Ja, ja, ja, sí, precisamente en el cuarto minuto y 33 segundos, en ese 33 que es tan importante para ellos y que simboliza que han llegado a un estadio profundo de maestría o iluminación. Como dice Zawezo en su canción 33: 022a (propia canción) “Que tan importante es el número 33 para los ocultos Hagamos un examen Jesús llevo a cabo 33 milagros y muchos como el A la edad de 33 (Unju!) Fue crucificado, maltratado y enterrado (Yeah!) A la edad de 33 (Walah) Resucita al tercer día 33 grados conectando profecías (Arrgh!) Que tan especial es el número 33 Es lo que queremos entender El rey David reino en total por 40 años Pero en Jerusalén fuen′ 33 3, 6, 9 uva, purple, testla El número arquitecto del universo se refleja 33 columnas, 33 de altura Busca la geometría en la arquitectura 33 rangos, 33 miembros 33 sectores en el mundo entero La columna vertebral humana Adecuadamente cuenta con 33 vértebras Nuestro cuerpo resuena en 33 octavas Mientras la tierra resuena en 33 armónicas” 023 La pelota se posiciona y detiene frente a la cara del tenista e inmediatamente se detiene y congela. Este a su vez pasa de levitar y pone los pies en tierra. Djokovic procede a lanzar un aullido de lobo, dando a entender que su fuerza procede del espíritu de este animal. 024 El espíritu del lobo ha sido asociado, en diversas tradiciones paganas y cultos esotéricos, con una fuerza oscura que encarna lo salvaje, lo indomable y lo oculto. En culturas antiguas, el lobo simbolizaba la conexión con lo primigenio y lo instintivo, siendo venerado en rituales que buscaban canalizar su poder para acceder a dimensiones ocultas de la psique y del mundo espiritual. En algunas prácticas esotéricas, el lobo representaba el lado sombrío del alma, una energía que debía ser comprendida y dominada, pero que también implicaba el riesgo de perderse en el caos y la oscuridad. Esta figura oscura encarnaba tanto la libertad como el peligro inherente a los misterios más profundos de la naturaleza y del ser humano. Volvemos a ver por tanto como la fuerza de estos reyes del tenis procede del mundo oscuro y oculto. Por supuesto, todo esto son elucubraciones y suposiciones que se hacen sin animo de ofender, calumniar ni insultar a nadie. Tan solo buscamos el conocimiento y la verdad. 025 Un lado oscuro de Djokovic que pudimos ver durante los JJOO de Paris alabando a la medalla con el hexágono satanico guardada en un armario de Louis Boutton. 025a (video 0202.mp4) Por cierto, aqui podemos ver a Djokovic rezando ante este baúl. Y es que los héroes que crea el poder-religión para que existan dos bandos y por tanto se genere la dualidad que les permita generar dos polos energéticos son muy necesarios para mantener el sistema tal y como esta. La supuesta revolución anti vacunas que genero este tenista al negarse a inocularse la supuesta vacuna del covid queda empañada cuando miramos en profundidad los hechos. Es más que evidente que este ídolo de masas acompaña sus fotos icónicas con los mismos signos, en este caso el ojo de Horus, que el resto de iconos mundiales. Aquí vemos como su hermana, que es la que gestiona su fundación para apoyar a los niños, le manda un mensaje de agradecimiento a Marina Abramovic que parece que en este video es nuestro portador de la oscuridad. También pidió apoyo a los Clinton en 2013. 025b Un verdadero despierto y más siendo cristiano jamás habría besado de esa manera la medalla satánica de los JJOO de París en forma de hexágono. 026 Tras el raquetazo definitivo, ya que este es el sexto rey oscuro convocado por la bola, veremos como esta va ganando en velocidad y energia conforme avanza hasta llegar a convertirse en el ojo de este trofeo. Nos recuerda un poco a esas esculturas de culto a Baal, o Moloch al que se le ofrecían bebes en sacrificio. Algo que todavía se hace por ejemplo a través de la vacunación. 027 La luz pasa de verde a rojo y es entonces cuando se activa una especie de mecanismo de lava y fuego que terminara conformando una pista de tenis en el suelo. Destacan como cuando dos lineas se cruzan producen una mayor energia, ya saben aquello de encontrar al diablo en los cruces de caminos que cantaba Dylan. Vemos a los seis reyes posando junto a la pirámide truncada que es el propio trofeo en medio de llamas, humo y pavesas. Diriamos que estamos en el infierno. La pista de tenis se ve junto a la silueta de la ciudad donde se disputara el torneo, en Riad, Arabia Saudita, como parte de las festividades de la Riyadh Season en 2024. Se destaca en la imagen el Kingdom Centre, también conocido como Kingdom Tower o Kingdom Center Point, un rascacielos icónico ubicado en Riad, la capital de Arabia Saudita. Nos recuerda a la famosa Barad-dûr (‘torre oscura’ en sindarin) la torre ficticia descrita por el escritor británico J. R. R. Tolkien, que aparece en su novela El Señor de los Anillos. Vemos su arco parabólico invertido iluminado en color violeta, el color del andrógino, el color de la era de Horus, de la combinación del rojo y el azul, de las columnas del Sol rojo y la Luna azul. La inversión simbólica de estos colores la pudimos ver en una escena de Eyes Wid Shut de Kubrick donde el hombre vestía de azul y la mujer de rojo. Una pelota en llamas y al fondo esa icónica torre iluminada de lila, del color del poder. La competencia se desarrollará del 16 al 19 de octubre de 2024, ofreciendo la posibilidad de volver a ver jugar a Nadal tras su retirada que anuncio el 10 del 10…esto es un 11 simbólicamente. Vemos muy importante y simbólica la fecha de la celebración de los partidos con ese 11 que se forma con las primeras cifras y ese 6 9 que simboliza la eternidad, el yin y el yang, lo que nos daría también un 9 11. El trailer finaliza mostrando otras vez los colorines de la Agenda 2030 y como en Arabia Saudi comparten los ideales de todo esto mostrando su compromiso con Visión 2030. ………………………………………………………………………………………. …. UTP Ramón Valero @tecn_preocupado Un técnico Preocupado un FP2 IVOOX UTP http://cutt.ly/dzhhGrf BLOG http://cutt.ly/dzhh2LX Ayúdame desde mi Crowfunding aquí https://cutt.ly/W0DsPVq ………………………………………………………………………………………. Enlaces citados en el podcast: La Six Kings Slam con Djokovic, Nadal, Alcaraz, Sinner, Medvedev y Rune pinta realmente bien. https://x.com/jmgmoron/status/1840084411716370464 ………………………………………………………………………………………. Música utilizada en este podcast: Tema inicial Heros Zawezo - 33º https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=6iCZ2yjLPDY ………………………………………………………………………………………. Epílogo Canción sobre Shangri-La (autor desconocido) La canción está inspirada en la mítica ciudad utópica de Shangri-La, que aparece en la novela Lost Horizon (1933) de James Hilton, que fue adaptada al cine en 1937 como Horizontes perdidos (o Lost Horizon en inglés). La novela y la película retratan un lugar de paz y armonía en los Himalayas, y el concepto de Shangri-La ha sido un símbolo de paraíso terrenal en la cultura popular.

Cuarto Milenio (Oficial)
El cierre de Iker: Supe, de inmediato, que nada iba a ser exactamente igual

Cuarto Milenio (Oficial)

Play Episode Listen Later Oct 13, 2024 12:06


Iker Jiménez comienza el ‘Cierre’ de esta semana recordando su pasado en Mediaset, ocho años antes de que comenzara a emitirse ‘Cuarto Milenio’. Lo hizo como reportero en un programa de Telecinco que se llamaba ‘Zoom’ y añade que había trabajado de manera puntual en varias cadenas de televisión. Todo cambió cuando empezó a emitirse ‘Cuarto Milenio’ en Cuatro, pues era un trabajo televisivo más continuado y, a partir de entonces, la cosa cambió. Recuerda Iker que, al día siguiente de haberse emitido el primer programa de ‘La nave del misterio’, bajó al supermercado y escuchó lo que dos mujeres mayores dijeron sobre él. “Ese debe ser bueno, entonces”, fueron sus palabras al ver a Iker coger unos yogures. Y es que las mujeres pusieron en valor esa marca concreta por el hecho de que Iker los estaba cogiendo: “Parece que, en aquel 2005, la televisión tenía una potencia enorme sobre el criterio de la gente”, comenta Iker, que añade que las mujeres terminaron cogiendo esos yogures (aunque él se decantó por otros). En ese momento, Iker Jiménez fue consciente de que su vida iba a cambiar a partir de entonces: “Supe, de inmediato, que nada iba a ser exactamente igual”. Al hilo de esto, Iker Jiménez hace una interesante reflexión sobre su trayectoria profesional, la televisión y el éxito. Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Onda CEO con Nayla Norryh
#146 - Cómo sé exactamente en qué enfocarme cada día para avanzar hacia mis objetivos sin distraerme

Onda CEO con Nayla Norryh

Play Episode Listen Later Oct 8, 2024 14:57


Hoy te quiero hablar de un tema que para mí es muy importante para crecer sin trabajar de más, sin tener la agenda colapsada, sin terminar agotadas.Y es el FOCO extraordinario que nos permite conseguir grandes resultados mucho más rápido, con disfrute y paz mental.Muchas veces me preguntan cómo nos organizamos internamente, siendo un equipo 100% remoto. Porque no estamos en la misma oficina, ni siquiera en el mismo país, yo no hablo todos los días con ellas, y sin embargo estoy MUY tranquila, sabiendo que cada una sabe en qué se tiene que estar enfocando y se está enfocando en eso.Y lo mismo me pasa a mí: sé exactamente qué tengo que hacer ese día y cómo eso impacta en los planes y resultados grandes del negocio. En el episodio de hoy te comparto qué es lo que nos permite trabajar con este foco extraordinario, para que puedas aplicarlo en tu negocio, tanto si ahora tienes equipo como si no.Encuentra las notas completas del episodio en: https://www.naylanorryh.com/ep146-como-se-en-que-enfocarmeSi te gusta lo que escuchas, déjame una reseña ¡así me entero!Si no quieres perderte ningún episodio, suscríbete ¡así te llegan apenas estén!Y si tienes ganas de seguir la conversación, te espero en @naylanorryh

Hablemos Paja
El Pingüino y Agatha saben EXACTAMENTE lo que son!

Hablemos Paja

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024 12:30


El pingüino esta en lo más TOP de la calidad de series, mientras que Ágatha quiere lograr entretener y ser de calidad con bajo presupuesto. AMBAS series lo están logrando.

Maravillosas Palabras de Vida
¿Tú Sabes Exactamente Quién Eres?

Maravillosas Palabras de Vida

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 14:30


«—Yo soy el pan de vida —declaró Jesús—. El que a mí viene nunca pasará hambre y el que en mí cree nunca más volverá a tener sed». Juan 6: 35 Escrito por la Mayor Candelaria Elías   Para más información sobre nuestro Ministerio, visita: https://salvationarmysoundcast.org/palabrasdevida

Nutrición y Salud con el Dr.Hernández
Colágeno ¿Para qué sirve exactamente?

Nutrición y Salud con el Dr.Hernández

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 9:34


Descubre el verdadero uso del colágeno y cómo te puede beneficiar en tu salud.

Hora 25
"Volvamos a la fonoteca": Aimar Bretos analiza cómo la derecha repite exactamente los mismos mensajes que usó para que Sánchez reconociera a Guaidó

Hora 25

Play Episode Listen Later Sep 11, 2024 3:06


Hola SEO |
El truco de 3 segundos que retiene al 90% de tu audiencia

Hola SEO |

Play Episode Listen Later Sep 1, 2024 9:08


3,2,1... ¿Sigues aquí? Felicidades, acabas de experimentar el poder de un hook efectivo.Estoy aplicando en este contenido algunas estrategias para mejorar la retención de mi audiencia y te las voy a contar con todo detalle.¿Sabes qué? La mayoría de la gente que consume mis contenidos no pasa del primer párrafo.O ven los primeros segundos del vídeo y se van.Ciao, adiós, buenas tardes.Horas de curro invertidas en preparar una información que es interesante y nos la cargamos en el primer párrafo.¿Por qué pasa esto?¿Ya estás suscrito a Fail Again?¿Por qué no retenemos a nuestra audiencia?Todos hemos empezado a leer una newsletter o ver un vídeo y a los pocos segundos sentir una sensación y decidir salir de ese contenido.¿Por qué? Vamos a explorar los 3 motivos principales:* Incumplir la promesa: si el titular o el asunto no se alinea con el contenido, si eres puro clickbait, te aseguro que la retención va a ser un desastre.* Desplome de autoridad: si al comenzar a consumir tu contenido empiezo a dudar de tu información, de tus conocimientos y otros aspectos, seguramente me voy a marchar.* Contenido aburrido o complicado: quizá la información es interesante, pero te estás haciendo muy pesado o lo complicas demasiado. Me voy.Estos tres motivos pueden dispararse en cuestión de segundos y se estima que la retención a los 30 segundos o 100 palabras es la frontera más complicada de conquistar.Qué podemos hacer para mejorar la retenciónDamos por sentado que tu contenido es bueno y útil, así que nos vamos a centrar en cómo lo presentamos para mejorar la retención de nuestra audiencia.Te voy a contar los 2 puntos clave que he tocado para mejorar la retención y además, te voy a dar la herramienta que he creado para poder hacer esto de forma rápida con cada episodio que publique.Vamos a ello.Primer párrafo y HookTus contenidos, al igual que los míos, tienen un inicio.Ese inicio es la clave.Y te lo voy a precisar más.Las primeras 100 palabras de tu newsletter o tu vídeo van a jugar un papel fundamental en el éxito de tu contenido.Este es el espacio temporal que tienes para: lanzar la idea, conectar y retener.¿Cómo se consigue esto?Con un buen hook, claro.Un Hook es un recurso narrativo que capta la atención del público y hace que se involucre en nuestro contenido.Si sacas algo del contenido de hoy que sea esto: Todos tus contenidos necesitan Hooks. Si no los has pensado, no estás siendo efectivo.¿Y cómo podemos crear Hooks?Estos ganchos se caracterizan por llamar nuestra atención. Nos atraen la mirada y nos incitan a seguir consumiendo.¿Cómo hacen esto? Pues apoyándose en disparadores psicológicos que están más que estudiados y testados. Tocan algo en nuestro cerebrito y ya nos han enganchado.Hay muchos tipos y en la newsletter de este episodio te dejo 10 ejemplos muy claros.* Pregunta intrigante: ¿Sabías que puedes duplicar tus ventas con un simple cambio?* Cita impactante: "El éxito no es la clave de la felicidad. La felicidad es la clave del éxito." - Albert Schweitzer* Estadística sorprendente: El 80% de las personas abandona el carrito en las tiendas online.* Historia breve: Hace tres años, Juan estaba en la ruina. Hoy, gracias a este método, es millonario.* Beneficio claro: Aprende inglés en solo 3 meses sin salir de casa aunque seas murciano.* Testimonio real: "Gracias a este programa, logré perder 10 kilos en 2 meses." - Marta G.* Declaración sorprendente: ¡El secreto para una piel perfecta está en tu cocina!* Misterio o intriga: Este es el truco que los expertos en copywriting no quieren que sepas.* Problema y solución: ¿Cansado de las manchas difíciles en las axilas de las camisetas? Aquí tienes la solución definitiva.* Humor: Si los lunes fueran zapatos, serían crocs.Hace un tiempo te diría que crear tus propios hooks es una cosa super complicada y que necesitas tener muchos conocimientos en persuasión, copy y demás, pero desde que tenemos acceso a herramientas de generación de contenido IA la barrera de acceso a buenos Hooks ha bajado muchísimo.Tengo una IA entrenada específicamente en proponer buenos hooks.¿Te interesa? Pues sigue escuchando leyendo.Retención en el cuerpo del contenidoYa te he hecho llegar hasta aquí, estás dentro del cuerpo del contenido, pero sigo luchando contra tus pensamientos de huida.No te voy a dejar escapar.Y para ello, tengo que seguir construyendo un contenido con recursos que mantengan tu atención.¿Cuáles son esos recursos con los que te estoy enganchando?Pues hay un montón y aquí te voy a lanzar los que para mí son más efectivos:Preguntas y más preguntasNo sé si te has dado cuenta, pero desde que ha comenzado la publicación no he parado de lanzarte preguntas.Exactamente cada párrafo, incluso a veces más.Esto es fundamental para mantenerte inmerso en la conversación. Estás interactuando conmigo, esto no soy yo hablando al aire. Lo que quiero que me sigas.¿De acuerdo?

Hoy por Hoy
Las crónicas de Sastre | Exactamente qué, cómo y a cambio de qué

Hoy por Hoy

Play Episode Listen Later Jul 30, 2024 1:56


Esquerra pedía la llave de la caja y ahora dice que le han dado la caja: recaudar, liquidar y gestionar todos los impuestos

Dr. Peter Burgos Vega, PsyD - Almas en Espejo
¡Cómo Superar la infidelidad sin Destruir la Comunicación de Pareja! Dr. Peter Burgos-Vega, Psy.D

Dr. Peter Burgos Vega, PsyD - Almas en Espejo

Play Episode Listen Later Jul 26, 2024 17:40


Como bien sabrá, cuando una relación enfrenta uno de estos episodios, los cuales en muchas ocasiones puede ser muy traumático, uno de los primeros síntomas más graves que son evidenciados de manera inmediata en la relación es la pérdida de comunicación.En la manera como tiene que interactuar o relacionarse con su pareja, se torna infructuosa, se puede tornar destructiva, o como mencioné, la comunicación se colapsa porque la credibilidad se perdió. Se colapsó la confianza en dicha relación. Por lo tanto, no es sorpresa que cuando una relación está enfrentando un episodio de esta magnitud, usted encuentre que las partes involucradas hablan más desde la referencia del yo en vez de hablar como nosotros. ¡Exactamente, la parte afectada comienza en un estado de supervivencia, un estado de crisis y sus planteamientos y demandas, entonces comienza a ser impactada desde una manera donde tengo que salvarme yo ante el asalto traumatico del evento que sufre!Visite "Almas en Espejo": almasenespejo.comPágina de Facebook: drpeterburgosvegaPagina Web: https://peterburgos.wixsite.com/websiteCanal de YouTube: https://www.youtube.com/c/PeterBurgosVegaChannelEmail: peterburgos@yahoo.com

Enigmas sin resolver
¿Qué es exactamente un fantasma?

Enigmas sin resolver

Play Episode Listen Later Jul 21, 2024 31:38


¿Qué es un fantasma? ¿Por qué se habla de apariciones en diferentes culturas del mundo? En este episodio, Chuy Campos nos acompaña para hablar sobre espectros en diferentes países y culturas. 

Mamita Emprendedora
Aprende de mi error: cuándo exactamente publicar en otra plataforma | 165

Mamita Emprendedora

Play Episode Listen Later Jun 25, 2024 13:10


Dicen que nadie aprende por cabeza ajena, pero como creadora de contenido a creadora de contenido es mi deber, mi responsabilidad, mi tarea contarte de mis errores y esperar… esperar que puedas evitarlos y hacerlo todo mejor, mucho mejor. Si no sabes cuándo y cómo comenzar a multiplicar tu contenido en otras redes sociales, ¡dale play para contarte mi experiencia!