Versão em áudio das Lives do Janelas Filosóficas, este projeto de extensão do Departamento de Filosofia, do IFCH/UFRGS, consiste em uma série de palestras sobre diferentes tópicos de Filosofia, tendo como intuito atingir o público leigo interessado em Filosofia e Ciências Humanas.
Janelas Filosóficas - 19ª sessão - 15.12.2021 - Encerramento da 3ª edição. Participantes: Equipe do Janelas Filosóficas Convidado: Audino vilão Estamos de partida... infelizmente! Foi uma edição linda, com muitas pessoas ótimas apresentando, debatendo , contrapondo... Mas como o ano, também estamos chegando ao final! Para a saidera da 3ª edição, convidamos o filósofo da quebrada, Audino Vilão! (Visitem e sigam seu canal no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCdYn...) Audino nos presenteia com sua presença para nos contar do seu canal, das últimas lives, os últimos livros lidos, quanta filosofia ele desenrolou desde a sua última visita ao nosso Janelas, no ano passado... Vem com a gente, não perde a última parada da Van Filosofia do Janelas Filosóficas!!
Janelas Filosóficas III - 18ª sessão - 06.12.2021 Painelistas: Rosangela Amaral de Almeida e Luisa Gimeno Sobre Medicina, Psiquiatria, Psicanálise, Artes, Literatura e Filosofia, lógica da vida, teoria e prática... A sessão de hoje do Janelas Filosóficas traz duas médicas, amigas inquietas, um pouco não normais, com o desejo de escutar, cuidar e se expressar, trazem suas reflexões ao longo de mais de 35 anos de prática médica.
Janelas Filosóficas III - 17ª sessão - 30.11.2021 Palestrante: Luciano Mattuella Debatedor: Fernando Carlucci “Tragédia”, nos explica Luciano, é tomada aqui na sua acepção clássica. O indivíduo trágico é aquele que está submetido - um sujeito, portanto - a um destino que parece ter-lhe sido antecipadamente traçado. Pensemos no próprio Édipo que, mesmo tentando mudar voluntariamente a sua sina, acaba por realizar a profecia de que desposaria a mãe e mataria o pai. O sujeito trágico vê a sua vontade reduzida ao automatismo de uma lógica pré-existente. Em outros termos, é permeável aos efeitos do discurso antecipatório do destino, do grande Outro, para falarmos lacanês. Um dos horizontes de uma análise é ajudar o analisante a estar advertido dessas antecipações e, com sorte, poder tornar-se autor de sua própria narrativa - mas sem, com isso, fazer a suposição de não ser determinado pelo que lhe foi demandado. É a partir do campo da demanda que surge o desejo. Como operar a Psicanálise em um contexto como o atual, que pouco a pouco produz um apagamento do passado e uma fragilização da memória? Parece que algo vem se rompendo na nossa relação com o passado, o que surge no campo político, por exemplo, na prevalência da falácia da meritocracia (“todos partimos do mesmo lugar”) e da crítica às cotas (“não tenho nada a ver com o que aconteceu antes de eu nascer”). É sobre isso e muito mais a 17ª sessão (3ª ed.) do Janelas Filosóficas de hoje!
Janelas Filosóficas III - 16ª sessão - 29.11.2021 Painelista: Fábio Caprio Leite de Castro Debatedor: Fernando Carlucci A 16ª sessão (3ª ed.) do Janelas Filosóficas fará uma discussão sobre o livro "Fenomenologia da Depressão - Aspectos constitutivos da vivência depressiva", lançado em outubro de 2021 pela coleção luso-brasileira Fenomenologia e Cultura (editoras PUC-Rio, Nau e Documenta - Portugal), de Fabio Castro. A hipótese fundamental do livro é que a abordagem fenomenológico-existencial, sem descartar outras abordagens como a neurocientífica e a sociológica, se mostra necessária para a interrogação sobre a definição e o sentido da depressão, na medida em que conduz a uma compreensão dos aspectos constitutivos da vivência depressiva. Para tanto, torna-se imprescindível reconstituir as principais contribuições do diálogo interdisciplinar entre a filosofia e a psicopatologia fenomenológica. Com isso, torna-se possível estabelecer uma análise da vivência depressiva através de seus aspectos constitutivos essenciais. Para debater com Fabio, Fernando Carlucci, que participou da sessão do dia 23.11 deste Bloco Psychê e Filosofia, e gentilmente disponibilizou-se ao debate.
Janelas Filosóficas III - 15ª sessão - 23.11.2021 Painelista: Fernando Carlucci Debatedor: Eros Carvalho O que são doenças mentais? Seriam estados da mente causados por desequilíbrios bioquímicos do cérebro? Seriam formas de experiência da consciência propriamente patológicos? Ou será que doenças mentais ocorrem em sociedades que rejeitam formas de existência desviantes? Para estudar esses problemas, existe a disciplina da filosofia da psiquiatria, que dedica-se a debater as categorias usadas para diagnosticar, compreender e tratar doenças mentais. Nesse sentido, para responder às perguntas acima, a filosofia tem feito um esforço junto à psicologia evolutiva, à psicologia social, à neurociência, assim como à genética, para oferecer um conceito coerente desses fenômenos. Acontece que ao passo que todas estas ciências têm ampliado nosso conhecimento, elas têm também pulverizado formas explicativas e modelos causais. É assim que nasce o problema da integração explicativa que desejo tratar em nosso encontro no Janelas Filosóficas. Debatendo com ele, o professor de Filosofia da UFRGS Eros Carvalho, cuja pesquisa dialoga diretamente com os temas abordados por Fernando.
Janelas filosóficas III - 14ª sessão - 10.11.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro, do mundo e ancestralidade" - Encerramento. Painelistas: Marcelo Guimarães, Paulo Malafaia, Priscilla Spinelli A partir das contribuições apresentadas nas sessões iniciais do Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade", pretende-se repensar os desafios e as possibilidades do ensino de Filosofia realizado nas escolas, ampliando suas referências para além da nossa formação acadêmica canônica, que costuma ter como eixo a Filosofia de matriz europeia e norte-americana. O conteúdo da comunicação será elaborado a partir das falas dos participantes do curso, mas vale enfatizar a importância e a necessidade de conhecermos outras matrizes de pensamento e de nos perguntarmos sobre a amplitude do diálogo e da escuta que a formação filosófica nas universidades nos permite exercer. Com isso, pretende-se apontar para a possibilidade de fazer e ensinar filosofia em interação com outros terreiros, para além do pensamento transmitido nas caravelas da colonização, contribuindo para a construção de uma escola que não se reduza a ser uma “fábrica de branquitude”.
Janelas Filosóficas III - 13ª sessão - 09.11.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES INDÍGENAS Painelista: Daniel Munduruku Mediadora: Maria Aparecida Bergamaschi A literatura indígena é uma realidade que já se inscreve na identidade nacional. A questão que se impõe é como ela pode superar o estigma de ser literatura sem deixar de ser indígena. Isso é possível? Como torná-la um novo paradigma capaz de superar a própria e canônica literatura brasileira? Essa conversa com Daniel Munduruku estabelecerá algumas respostas para que isso possa ser pensado pelas novas gerações de escritores e escritoras, indígenas ou não.
Janelas Filosóficas III - 12ª sessão - 08.11.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES INDÍGENAS Painelistas: Márcia Luisa Tomazzoni e Isael Pinheiro Mediadora: Maria Aparecida Bergamaschi Com a mediação da querida Cida Bergamaschi (FACED/UFRGS), o doutorando Isael Pinheiro e a mestra Márcia Tomazzoni versarão sobre a vida e o pensamento Guarani, desde as suas perspectivas: Isael, indígena Guarani; Márcia, não indígena, professora de escola indígena. Isael e Márcia apresentarão suas reflexões, intituladas, respectivamente, "Vida e Pensamento Guarani" e "Interculturalidade e descolonização desde a escola indígena Mbyá Guarani". Isael abordará diretamente o tema do nosso minicurso, compartilhando conosco sua visão de mundo. Márcia relatará aspectos importantíssimos de sua pesquisa de mestrado, em que um olhar descolonizado se abriu para enxergar e melhor compreender as imagens e a oralidade carregadas de cosmologia dos Guarani.
Janelas Filosóficas III - 11ª sessão - 01.11.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES INDÍGENAS. Palestrante: Gersem Baniwa (UFAM) Mediadora: Maria Aparecida Bergamaschi (FACED/UFRGS) Dando sequência às sessões do minicurso “Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade”, o professor indígena Gersem Baniwa (UFAM) estará conosco para explicar com palavras o que só pode ser plenamente compreendido com a vivência: o Bem Viver baseado em uma geopolítica natural e cósmica, que implica solidariedade, generosidade, complementaridade, reciprocidade, coletividade e comunhão cósmica. Mediando a sua presença entre nós, estará a professora Maria Aparecida (Cida) Bergamaschi (FACED/UFRGS).
Janelas Filosóficas III - 10ª sessão - 27.10.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES NEGRAS Palestrante: Valter Silvério Mediadora: Priscilla Spinelli As crianças que se desenvolvem fazendo uso da internet e da tecnologia digital tendem a se sentir bem à vontade para usá-las. Apropriando-se dessas tecnologias para fins pessoais e criativos, o self tem o potencial de se tornar mais complexo e multifacetado. Criando a si mesmas através da tecno-socialização, essas crianças estabelecem conexões, laços e comunidades. Como a convergência da crise sanitária e da crise política, bem como a sua incidência nos sistemas educacionais e o contato íntimo com a tecnologia, nos permitem reimaginar a sociedade brasileira a partir do ambiente escolar? No interior dessas convergências, há algum questionamento próprio da juventude negra acerca das relações hierárquicas de ensino-aprendizagem em sala de aula? A sessão de hoje do Janelas Filosóficas buscará fornecer elementos para respostas a essas questões, com Valter Silvério.
Janelas Filosóficas III - 9ª sessão - 25.10.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES NEGRAS Palestrante: Maria Isabel Gonçalves Mediadoras: Desirée Medeiros e Priscilla Spinelli Pelas aulas de filosofia nas comunidades rurais da Chapada Diamantina - BA, Maria Isabel Gonçalves nos conduzirá por uma trilha que começa em uma simples conversa dos estudantes com as suas avós e se estende pela investigação dos segredos escondidos nas paisagens por onde passaram seus ancestrais, pelos saberes e histórias guardados em cada família. A proposta consiste em chegar a um rico arsenal de fatos que podem reconstituir um imaginário já em esquecimento, tão necessário de ser recuperado se quisermos saber quem somos. Sobre o título, Maria explica: A palavra 'floriá' representa o nosso jeito de dizer o verbo “florear”, no sentido de poetizar os saberes, decolonizar o pensamento, ir em busca das mães das narrativas que são as nossas iaiás, em suas poéticas que nos formam em identidade. É a junção de “flor” (visão popular do feminino) + “iyá” (“mãe”, no yorubá). Iyaiá é mãe da mãe, como eram chamadas as avós em algumas comunidades da Chapada Diamantina. Yayá é a árvore gameleira para os Payayás da Chapada Diamantina.
Janelas Filosóficas III - 8ª sessão - 18.10.2021 - Minicurso "Concepções de si, do outro e do mundo, e Ancestralidade" - Parte 1: VOZES NEGRAS Palestrante: Halina Leal Mediadores: Santiago Alves e Priscilla Spinelli Nossa convidada de hoje, Halina Leal falará sobre as reflexões de bell hooks acerca da educação, a qual teve influência direta da proposta educacional de Paulo Freire, articulando questões teóricas com demandas de grupos socialmente subalternizados. Com e para além de Freire, hooks parte de suas experiências (como mulher, negra, professora e educadora) no desenvolvimento de reflexões que nos convocam a pensar uma educação libertadora que envolva crítica e acolhimento; uma educação libertadora em que a prática se faça presente e que o engajamento entre professoras/es e estudantes ocorra de tal forma que conduza à consciência sobre o lugar de cada um/a na e para além da sala de aula. Nessa perspectiva, busca-se analisar alguns aspectos da educação libertadora segundo bell hooks e em que medida tal educação pode contribuir para a superação de distintas formas de opressão e dominação sociais.
Janelas Filosóficas III - 7ª sessão - 13.10.2021 Painelistas: André Pares, Fábio Gai Pereira, João Francisco Rodrigues, Jaques Schaefer Mediadores: Priscilla Spinelli, Ricardo Crissiuma e Scheila Thomé Uma conversa com quatro dedicados e experientes professores da rede municipal de educação de Porto Alegre sobre por que a filosofia não deve sair do Ensino Fundamental... e sobre por que não podemos deixar a filosofia fora de nenhuma escola!
Janelas Filosóficas III - 6ª sessão - 11.10.2021 Painelistas: Hiago Soares e Beatriz Pinheiro A partir das obras "Vida precária: os poderes do luto e da violência" e "Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto?", da filósofa Judith Butler, Hiago Soares e Beatriz Pinheiro conversarão sobre duas temáticas relacionadas e complementares. A primeira delas perguntará pelas vidas invisibilizadas, não passíveis de luto: que enquadramentos determinam quais vidas importam e quais vidas não são apreendidas enquanto tais, sendo, portanto, socialmente mortas? A segunda temática aponta para as estratégias midiáticas e de guerra daqueles que usam os direitos LGBTs para projetar uma imagem comercial e progressista (pinkwashing), ao mesmo tempo em que realizam uma limpeza étnica e o encarceramento. Dentro dessa perspectiva, será abordada, ainda, a problemática feita por Butler referente às armadilhas das políticas sexuais.
Janelas Filosóficas III - 5ª sessão - 27.09.2021 Painelista: Atena Beauvoir Debatedores: Santiago Alves e Desirée Medeiros Abrindo o bloco Vivência LGBTQIA+ e Filosofia, a escritora e educadora Atena Beauvoir vem questionar a noção de liberdade de si que é permitida em um mundo dado como natural, normal e comum, que é autorizado e incentivado a rejeitar e excluir o artificial, o diferente e o que está fora da norma. Pergunta Atena: Haverá um dia uma sociedade capaz de assumir a diversidade como fonte legítima da existência humana ou seremos fadadas à extinção da pluralidade de existires? Para conversar com Atena, os graduandos em Filosofia Santiago Alves e Desirée Medeiros, mediando também as perguntas e comentários do público.
Janelas Filosóficas III - 4ª sessão - 21.09.2021 Painelista: Ronald Augusto Debatedor: Paulo Faria Finalizando o bloco Poesia, Criação e Filosofia, Ronald Augusto, poeta e ensaísta, e o professor Paulo Faria conversarão sobre o aspecto não documental da obra de Ronald, discutindo a questão acerca do gênero literário em sua constante hesitação entre som e sentido.
Janelas Filosóficas III - 3ª sessão - 14.09.2021 Painelista: Paola Zordan Debatedora: Mariana Vasconcellos O que era Ars Philosophorum? Quando termina a arte e inicia a filosofia? Há limite para disciplinas cuja tradição aproxima os conceitos? A partir de alguns questionamentos em torno de saberes que se formam e deformam a arte de acordo com contextos e culturas, a proposta será tratar a arte em suas relações com a loucura e com o pensamento filosófico. O intuito da 3ª sessão da 3ª edição do Janelas Filosóficas é movimentar o pensamento através de palavras e das práticas que palavras vêm, ou não, traduzir.
Janelas Filosóficas III - 2ª sessão - 13.09.2021 Painelistas: Telma Scherer e Jorge Bucksdricker Telma Scherer e Jorge Bucksdricker, egressos do curso de Filosofia da UFRGS, discutem as relações entre filosofia, literatura e artes visuais, a partir de suas experiências e publicações. Bucksdricker abordará a presença do pensamento filosófico nas suas experiências nos campos da literatura e das artes visuais; Telma nos presenteará com relações entre filosofia e literatura a partir de seus dois romances, Lugares ogros e As avessas, e dos livros de poesia Squirt e O sono de Cronos.
Abram alas e ajeitem-se confortavelmente no sofá que a Van Filosofia está passando para anunciar a chegada da 3ª edição do Janelas Filosóficas! Integrantes da equipe organizadora estarão na telinha para um bate-papo descontraído sobre Filosofia e para apresentar a programação especial dessa edição! Vai ter interdisciplinaridade com poesia e escrita criativa, conversas LGBTQIA+, minicurso sobre ancestralidade... Não percam!
Painelista: Marice Fiuza Geletkanicz Debatedora: Tatiana Nunes da Rosa A 23ª sessão (2ª edição) do Janelas Filosóficas propõe a socialização e o debate da tese "Danças do Ventre: uma perspectiva dialógica", que investigou a concepção bakhtiniana da relação intrínseca entre vida e arte, e o embasamento teórico do Círculo que nos faz atentar à relevância semântica de objetos não verbais. À luz da arquitetônica bakhtiniana e da noção de gêneros discursivos, há a reflexão sobre o que constitui o conteúdo, o material e a forma em cada dançar. Após uma breve contextualização do estudo, Dança e Letras/Linguística Aplicada se unem em diálogo, buscando revisitar as questões aí implicadas. A ênfase, agora, é estimular provocações através dessa interação viva a fim de renovar compreensões quanto ao que as bailarinas, autoras-criadoras, trazem como especificidades discursivas em termos de significação e sentido; ao que constitui as relações dialógicas na Dança como uma possibilidade outra de perceber esse objeto estético. Marice e Tatiana conversarão sobre o desafio de leitura da Dança como discurso, por se tratar de um objeto estético que fala visualmente.
Painelistas: Milena Bravo e Jéssica Valmorbida Como primeiro contato, o título do filme a ser comentado nesta sessão do Janelas Filosóficas já nos coloca uma questão: o que a expressão “garota exemplar” significa? A partir desta, outras questões surgem: para quem ela é exemplar e, para quem ela é um exemplo? Quem constrói a imagem exemplar dela? Quais qualidades e desejos se encaixam nessa imagem? Essas perguntas nortearão o debate que trará conceitos trabalhados nas teorias filosófico-feministas para a análise do filme e da construção de seus personagens. Assista o filme e venha debater sobre a sua narrativa, personagem e contextos conosco!
Palestrante: Wellington Navarro Debatedora: Liliam Ramos A sessão de hoje tem por objetivo interpelar o conjunto de textos sobre literatura latino-americana publicados por Guerreiro Ramos na revista Cultura Política no ano de 1941. As publicações selecionadas para esta apresentação correspondem ao período de formação científica do autor que, nas décadas subsequentes, se tornaria um dos mais notáveis sociólogos do país. Ao tomar como objeto obras de literatos e sobre a literatura de Nuestra América, Guerreiro desenvolveu uma análise sociológica na qual a forma literária operava como expressão estética da vida material. Portanto, a partir deste diálogo entre sociologia e literatura, é possível evidenciarmos as preocupações metodológicas, estéticas e políticas que orientaram a produção teórica de Guerreiro Ramos e sua atualidade para pensarmos uma sociologia da literatura contemporânea.
Que tal uma conversa sobre os padrões que se desenharam na nossa cultura do corpo que dança e do corpo pode (ou não) dançar? Quais os desafios, as ciladas e as armadilhas envolvidas em tempos de afirmação da diversidade, da inclusão, da democracia (ou da ameaça a tudo isso)... Afinal, que corpo pode dançar? Que dança estamos sendo convidados a dançar no cenário atual? É ao som dessas questões que o baile filosófico do Janelas ocorrerá dia 29.03, às 19h. Vem dançar e filosofar com a gente!
Será a ingenuidade ou a falta de consciência da estrutura social algo des-responsabilizador? Será o desejo de ascensão fragmentador da solidariedade? Será a transformação das gentes em ferramentas alienadora de si e da sua relação com os outros? Quando a família dos Kim e dos Park se encontram, a sociedade contemporânea é posta na tela. Coloque seu pitaco cinematográfico-estético-econômico-social-político-ético-ontológico-antropológico favorito na mochila e venha discutir conosco. E não esqueça daquela pedra, tão metafórica!
Ganhou destaque recentemente a corrente de pensamento que argumenta que uma literatura, como arte narrativa ficcional, pode ser considerada filosofia moral. O professor André Klaudat, acompanhado do professor Eduardo Vicentini, caracterizará essa corrente e perguntará sobre que filosofia moral é esta. A seguir, abordará a pergunta sobre se a companhia dos livros, que buscamos e cultivamos, poderia ter um propósito especificamente moral distinto desse previsto por aquela filosofia. Esse é o tema da nossa 18ª sessão da 2ª edição do Janelas Filosóficas!
A ideia da 17ª sessão da 2ª edição do Janelas Filosóficas é mostrar que a leitura filosófica de filmes é apenas uma expansão da atividade do espectador de dar sentido aos filmes. Como atividade, exige apenas prática e dedicação (não há mistério!). Em um experimento socrático, Nykolas Motta, que há 9 anos faz análise de filmes e se dedica a pesquisar a relação entre cinema e filosofia há praticamente o mesmo tempo, fará com alguns voluntários uma leitura ao vivo e sem combinação prévia de dois curtas do cinema mudo. Na sequência, todos refletirão sobre o que fizeram, buscando pensar as competências envolvidas na leitura filosófica bem como sua natureza.
Nesta sessão de 8M do Janelas Filosóficas, trazemos 3 mulheres que percorrem ou percorreram seu caminho formativo na Filosofia da UFRGS pensando acerca da presença das mulheres na Filosofia, como pesquisadoras e filósofas, para tecer algumas reflexões urgentes. Ser mulher muda alguma coisa quando a tarefa é fazer filosofia? Como seria possível incentivar a participação e atuação de mulheres na filosofia? O que é fazer filosofia de uma perspectiva feminina e feminista? Como pensar a filosofia como uma atividade aberta, inclusiva, capaz de agregar uma pluralidade e entrecruzamento de perspectivas? A conversa desta segunda, com Graziella, Marloren e Milena, abordará essas e outras questões importantes neste 8M, o dia internacional das mulheres.
A sessão de hoje traz a professora Inara Zanuzzi provocando algumas questões acerca da ética, do dever, das nossas ações: Se fazemos algo porque nos interessa fazer, então não fazemos porque é nosso dever, e ao contrário, se fazemos porque é nosso dever, então não é porque nos interessa? E, se fazemos por dever, então fazemos de algum modo por obrigação e, portanto, não é algo que nos sentimos atraídos a fazer? Acompanhada pelo doutorando em Filosofia Pedro Capra, Inara apresentará para essas questões possíveis respostas da ética antiga e, em especial, da ética de Aristóteles.
O que acontece com o formado em Filosofia? Terá outro trabalho além de… fazer qualquer outra coisa que nada tem a ver com Filosofia? Mas é possível fazer alguma coisa que não tenha nada a ver com Filosofia? E se ele seguir com a Filosofia, o que ele fará? Na sessão inaugural, de um conjunto de 4 sessões que compõem o Ciclo “Formados em Filosofia na UFRGS”, vamos conhecer um pouco da trajetória de quatro ex-alunos que concluíram a graduação em Filosofia na UFRGS. Para abrir os trabalhos, através de uma conversa com Jeferson, Maria Eugênia, Matheus e Thiago, saberemos o que aconteceu com eles, que escolheram seguir trabalhando com Filosofia após a graduação. Como e onde vivem? Como se locomovem e do que se alimentam? Que sonhos tinham e que realidade arrebatadora os capturou após a conquista do diploma? Os principais desafios da profissão que escolheram, as conquistas, e até algumas perguntas impossíveis de serem respondidas, como ‘O que é Filosofia?' farão parte dessa conversa.
Nesta sessão do Janelas Filosóficas, Douglas Rodrigues Barros e Gilberto Tedeia conversarão sobre o ódio à filosofia, partindo de exemplos de destituição de crenças estabelecidas pela filosofia, que permeiam os diversos momentos da existência humana e chegam até os dias atuais. Nossos convidados partirão do pressuposto de que a filosofia ainda é capaz de provocar exaltação que não raras vezes termina em delírio fanático em seus inimigos. O convite para abandonar as certezas continua, por isso, ao mesmo tempo, fascinante e perigoso. Para o poder constituído – a estabilidade e manutenção econômico-social de uma ordem qualquer – o problema da filosofia é que ao interpretar o mundo, ela acaba por demonstrar seus limites e, por consequência, ao demonstrar tais limites, ela convida a ultrapassá-los. Nesse sentido, a filosofia ao destituir os saberes abre o campo do saber ao pensamento político. É à luz dessas noções que a 13ª sessão da 2ª edição do Janelas Filosóficas investigará o nascimento e a permanência do ódio à filosofia.
Nosso palestrante, Eduardo Vicentini de Medeiros, explica o que acontecerá nesta 12ª sessão do Janelas Filosóficas: “A família é a base da sociedade e o casamento é o cimento da família. Estou inclinado a concordar com estas duas afirmações e imagino que a maioria de vocês também concordam. Mas qual casamento? Qual família? Fica o lembrete: o conceito de “família tradicional” é uma ficção. Quanto mais plural for a nossa concepção sobre o casamento, igualmente elástica será a nossa concepção de família. Mas afinal de contas, o que é o casamento? Eu sei, muitas respostas são possíveis e é bom que seja assim. No entanto, acredito que podemos convergir na direção de um mínimo múltiplo comum. O casamento é uma técnica de coordenação para resolver problemas sociais recorrentes.” Esta conversa no Janelas Filosóficas pretende discutir alguns destes pontos e apresentar um pouco do que rolou no evento Till Reason Do Us Part, do qual Eduardo foi um dos idealizadores.
Inaugurando fevereiro, dia 01.02.2021, não tem carnaval, mas tem passeio de van online, às 19h! Van Filosofia: Uma excursão pelas mentes turbulentas dos graduandos em filosofia Na van: Angélica Cordonet / Catharina Hernandez / Desirée Medeiros / Dominique Quevedo / Heyner Mercado / Horst Siegmann / Matheus Brum / Milena Martin. E as contribuições do pessoal que nos assiste e nos acompanha nas redes sociais! No roteiro: - Visitação ao memorial do Janelas Filosóficas; - Trilha pelas florestas do ensino; - Sobrevoos pelos cânions metafísicos; - Cascatas de dúvidas e um mergulho no lago das questões morais! Não percam: a melhor trip deste verão!!!!
Na primeira sessão de 2021 do Janelas Filosóficas, o professor Jônadas Techio nos falará sobre o seu livro A Ameaça do Solipsismo (publicado em inglês: The Threat of Solipsism, pela De Gruyter: https://www.degruyter.com/view/title/...). O livro explora as conexões entre a visão do jovem Ludwig Wittgenstein sobre a verdade do solipsismo, seu posterior tratamento acerca da possibilidade de uma linguagem privada, e a visão de Stanley Cavell sobre a verdade do ceticismo. Por meio de leituras atentas de escritos representativos de ambos os autores, Jônadas argumenta que uma compreensão adequada do solipsismo e do ceticismo exige que se leve em conta um conjunto de dificuldades existenciais subjacentes, relacionadas a um desapontamento com a finitude -- em particular, com o ônus de ter de nutrir constantemente as frágeis conexões com o mundo e com outros que constituem as condições de possibilidade para seres finitos alcançarem significado. Ao apresentar as reflexões de Wittgenstein e de Cavell sobre esses tópicos em uma ordem que reflete a cronologia de seus escritos, o resultado é uma articulação coesa de alguns aspectos subestimados de suas metodologias filosóficas que tem o potencial de reorientar a interpretação de suas obras.
Como podemos descrever de que modo constituímos na consciência a percepção de um objeto temporalmente estendido, como uma melodia? E como podemos descrever de que modo se dá para mim a experiência de um outro eu (o alter ego)? E, assim, como é possível a empatia? Em que medida a experiência intersubjetiva é determinante para constituirmos o mundo? As respostas a essas perguntas serão apresentadas pela professora Scheila Thomé nesta sessão do Janelas Filosóficas desde uma perspectiva fenomenológica. Para tanto serão discutidos conceitos decisivos da Fenomenologia de Edmund Husserl tais como consciência, intencionalidade, corpo próprio (Leib), temporalidade e intersubjetividade. Por fim, a professora buscará esclarecer o modo como Husserl caracteriza a Fenomenologia, a saber, como uma forma de idealismo transcendental fenomenológico.
“Você não é você. Você é eu,” diz Schwarzenegger, que é Hauser, para Schwarzenegger, que é Quaid. Será essa uma afirmação significativa como “penso, logo existo”, ou será mero palavrório para dar falsa intelectualidade a mais um filme de ação? É possível encontrar profundidade, e de forma não acidental, nos blockbusters? O CineMaromba é uma iniciativa que procura ler filosoficamente filmes de ação. Nessa conversa, os cinemarombeiros falarão da proposta, da sua tentativa de ver nos arrasa-quarteirões a intersecção entre a filosofia, o cinema e o público não-acadêmico. Como exercício e exemplificação, tratarão de O Vingador do Futuro. Pega a pipoca e vem falar de Schwarzie, ceticismo e identidade pessoal!
Na 7ª sessão do Janelas Filosóficas, Francisco Rüdiger, professor do Departamento de Filosofia da UFRGS e Carlos Winckler, mestre em Sociologia pela UFRGS e ativista social, conversarão sobre o âmbito da Sociologia e sobre um retorno à filosofia da práxis. Reinhart Koselleck falou, em 1959, de crítica e crise como vetores de nossa entrada na modernidade. 60 anos depois não faltam sinais de que a trajetória daquela última tem levado à crise histórico-filosófica da crítica. Para fazer frente a tanto, defender-se-á, na fala, um retorno à filosofia da práxis. Seria esta, talvez, a única forma de fornecer àquela categoria (a crítica) uma fundamentação histórico-fenomenológica supostamente capaz de impedir a caída da teoria no subjetivismo irresponsável. Argumentar-se-á que, fora a adoção de um construtivismo radical como premissa do pensamento, não há mais como, racionalmente, sustentar uma atitude crítica em meio à pesquisa e análise social - referências da presente linha de raciocínio. Trata-se de apresentar um projeto de investigação que, considerando o marco filosófico embasado em Marx e Heidegger, retoma as origens, segue a trajetória e dialoga criticamente com o marxismo ocidental, a partir da teoria da ação e do individualismo sociológico (Weber). Lista de presença, que será aberta durante a live e fechada em 07.12.2020: https://forms.gle/uvWiqaZ3JfaE2S6f7
Como os professores e professoras de Filosofia veem que as suas aulas impactam nas vidas de seus alunos e alunas? Gelson Weschenfelder, O Filósofo dos Quadrinhos, relatará a sua proposta de aproximação entre os heróis e a filosofia, a qual visa auxiliar diretamente alunas e alunos em situação de vulnerabilidade. Fábio Gai Pereira é professor de Filosofia no Ensino Fundamental: como seus alunos e alunas se apropriam das conversas travadas em sala de aula? Professor e professora de Institutos Federais, Fábio Mendes e Andréia Meinerz falarão desde a perspectiva de docentes de adolescentes: qual a recepção da Filosofia no IF Restinga e no IF Gravataí? Essas são as questões que guiarão a nossa sessão do dia 24.11, do I Encontro de Filosofia e Ensino do RS, que ocorre no interior do Janelas Filosóficas: universidade aberta à sociedade.
Uma das consequências que podemos tirar da ideia de que são os cidadãos que constituem e operam as instituições democráticas é a de que é preciso discutir a formação e educação dos cidadãos. Em que medida o Estado deve ser o agente primordial dessa formação e educação, inibindo que instituições de ensino sirvam para transmitir uma visão particular de mundo aos estudantes? A filosofia parece cumprir um papel em relação a isso, mas qual? Como fazer da educação e da esfera pública um espaço pujante capaz de promover a emancipação dos sujeitos e o convívio democrático? Na 5ª sessão do Janelas Filosóficas, fazendo parte igualmente do I Encontro de Filosofia e Ensino do RS, Nikolay Steffens e Ricardo Crissiuma buscarão delinear respostas a essas questões. Nossos convidados abordarão também a educação como um direito do cidadão, especificando em que medida ela deveria fomentar o desenvolvimento de habilidades e práticas que permitam aos estudantes perceber o outro como um parceiro em um processo cooperativo de aprendizagem. Por fim, Nikolay e Ricardo refletirão sobre as potencialidades e os limites, como experiência democrática nas práticas da educação, de dois Programas de bolsas: o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID - e a Residência Pedagógica - RP. Lista de presença JANELAS FILOSÓFICAS (será aberta durante a live e fechada em 30.11.2020): https://forms.gle/nF7ovGit8kVLcv269
Em mais uma sessão especial do Janelas Filosóficas, Inara Zanuzzi, Mitieli Seixas da Silva e Renato Fonseca discutirão a contribuição dos programas Pibid e Residência Pedagógica na formação de professores e no currículo das licenciaturas das suas Universidades. O professor Rafael Cortes falará sobre os impactos desses programas para os alunos e professores do Ensino Médio, com base na sua experiência e atuação no Colégio de Aplicação da UFRGS.
Nesta sessão especial do Janelas Filosóficas, Gisele Secco e Ronai Rocha conversarão sobre sentidos e lugares interdisciplinares da Filosofia. Gisele iniciará discutindo alguns elementos conceituais importantes para a escolha de temas para aulas de filosofia. Ela mostrará como as disciplinas escolares contribuem, isoladamente, para a escolha desses temas a fim de, na sequência, evidenciar como algumas fronteiras dessas disciplinas se desfazem sem, no entanto, deixar de ativar e mobilizar saberes específicos. Alguns casos servirão como ilustração para a sua proposta. Ronai visitará alguns pontos da nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular) a fim de conectar com a discussão e ilustrações oferecidas por Gisele, vislumbrando o que pode acontecer a partir desta conexão. Seu enfoque serão as competências de argumentação, ligando-as com as potencialidades filosóficas das figuras de linguagem, como as metáforas. Lista de presença para quem participa do Janelas Filosóficas: https://forms.gle/pGfjiLwmpzLnf1Hv6 Lista de presença para quem participa do I Encontro de Filosofia e Ensino do RS: https://forms.gle/h1Mi3iVALk3ajGuZ9
Liberdade e direitos: aspectos do pensamento jurídico dos jesuítas no Brasil colonial Palestrante: Alfredo Storck Debatedor: Wladimir Lisboa Os últimos anos têm conhecido um grande desenvolvimento nos estudos da filosofia escolástica tardia. Temos visto, assim, proliferar estudos que procuram contextualizar pensadores dos séculos XVI, XVII e XVIII por relação ao pensamento medieval, apontando soluções de continuidade e eventuais distanciamentos em respeito à tradição escolástica. No caso da América Latina, esse fenômeno tem sido investigado por historiadores da filosofia que procuram resgatar a produção filosófica desenvolvida por autores que atuaram nas colônias espanhola e portuguesa e que têm buscado identificar os traços característicos do que pode ser chamado de uma escolástica colonial. Esta sessão abordará as noções de liberdade e direitos com ênfase em pensadores que atuaram no Brasil colonial. Com isso, buscar-se-á sugerir que as principais ideias defendidas por esses autores podem ser melhor avaliadas se consideradas à luz da tradição de pensamento político e jurídico praticada pela Companhia de Jesus. Lista de presença, que será aberta durante a live e fechada dia 18.11.2020: https://forms.gle/w6L4FzxhhZd2ZFUh6
(09/11/2020) A sessão inaugural da 2ª edição do Janelas Filosóficas, intitulada Democracia no divã, traz Manuela Mattos e Luciano Mattuella, ambos Psicanalistas e Doutores em Filosofia, para conversar sobre algumas relações entre psicanálise, filosofia e democracia. Luciano apresentará a hipótese de uma etiologia política para a neurose, mostrando como diferentes contextos do laço social produzem formas distintas de relação do sujeito com a Cultura. Ele buscará mostrar que o atual discurso cínico esvazia a potência da palavra, corroendo os alicerces civilizatórios e democráticos supostos à época da invenção da Psicanálise. Manuela, por sua vez, abordará o tema da democracia no divã através de um diálogo entre as psicanálises de Freud e Lacan, e as filosofias críticas de Benjamin e Adorno, observando alguns efeitos dos discursos políticos totalitários em voga no laço social. Ela buscará também abordar psicanalistas e filósofos contemporâneos que costumam trabalhar nesta imbricação teórica. Lista de Presença, que será aberta durante a live e fechará dia 16.11.2020: https://forms.gle/KVCQf2x7yH35GC3a8
Sessão especial do Janelas Filosóficas, que será também o fechamento da Semana Acadêmica da Filosofia da UFRGS de 2020 e o encerramento da 1ª edição do Janelas (calma, não acabou, não: na outra semana já iniciamos a 2ª edição!). Nela, receberemos os Profs. Drs. João Carlos Salles (UFBA) e Ronai da Rocha (UFSM) para pensarmos sobre a universidade democrática e o papel do ensino superior em Filosofia para a sua manutenção. Esta atividade vai contar ainda com a Ma. Graziella Mazzei (UFRGS) na mediação.
Na quarta-feira, 28/10, às 19h, a Profa. Dra. Gisele Secco (UFSM) vai apresentar o seu trabalho a respeito da Filosofia da Matemática intitulado "Provas e programas: notas sobre o advento de uma cultura matemática". A atividade será mediada pelo Me. Rodrigo Sabadin. Essa atividade será uma atividade especial da Semana Acadêmica da Filosofia da UFRGS de 2020 integrada ao projeto de extensão Janelas Filosóficas.
Eixo: Democracia e desafios contemporâneos Painelista: Eduardo Vicentini de Medeiros Teria a família Real Britânica orquestrado o acidente de carro que levou à morte da Princesa Diana? O assassinato do presidente Kennedy foi planejado pela KGB? O novo coronavírus foi produzido em laboratórios chineses como parte de uma estratégia de guerra biológica do governo da China? Estas e muitas outras teorias conspiratórias têm ocupado a imaginação das pessoas no mundo todo. Uma rápida pesquisa no Google descortina um leque infindável e crescente de sítios dedicados a teorias conspiratórias. O apetite por essas teorias é tão grande que já há também uma indústria por trás de muitas delas, para a venda de camisetas e a organização de eventos etc. Assim, o fenômeno das teorias conspiratórias levanta uma série de questões que são do interesse da filosofia. O que é uma teoria da conspiração? Há um traço comum a todas as teorias ditas conspiratórias? É razoável acreditar em teorias conspiratórias ou a propensão a crer nelas revela vieses cognitivos que comprometem a racionalidade do crente? Devemos nos preocupar com a difusão de teorias conspiratórias? Neste episódio do Janelas Filosóficas, essas e outras questões serão abordadas pelos painelistas Eduardo Vicentini de Medeiros (UFSM) e Eros Moreira de Carvalho (UFRGS). Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Eixo Pluralidades Filosóficas Convidada: Atena Beauvoir Debatedora: Euleax de Lima Pereira Quais caminhos o pensamento humano percorre para compreender suas relações sociais dentro de grupos humanos e como as forças de poder e de existência se encontram frente às pluralidades de identidades diversas? Como o conceito de pornografia política produz, nas construções epistemológicas do senso comum, um atávico preconceito de superficialidade frente a assuntos como economia, educação, saúde, cultura, segurança e nacionalidade? É em torno dessas e outras questões que Atena Beauvoir se debruçará no nosso Janelas Filosóficas. Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Eixo Pesquisas em Filosofia Convidado: David Horst Debatedores: Rogério Severo, Pedro Noguez e Vinicius Rodrigues Muitos sustentam que a racionalidade doxástica é uma questão de resposta imediata às evidências. Mas o que é, para aquele que crê, ser responsivo às evidências? Nesta sessão do Janelas Filosóficas, o professor David Horst apresentará e defenderá uma nova resposta a esta questão, baseada na ideia de que a racionalidade doxástica é uma virtude doxástica. Segundo ele, a formação racional de crenças é imediatamente responsiva à evidência porque é o exercício de uma virtude doxástica. David considerará primeiro as visões segundo as quais os crentes racionais respondem imediatamente às suas evidências, seja porque visam a verdade ou porque a crença está sujeita a uma norma constitutiva da verdade (ou ambas). Mas essas opiniões são, em última análise, insatisfatórias. Por fim, David buscará mostrar que o seu próprio relato baseado na virtude diferirá de outros relatos recentes da racionalidade doxástica que apelam para a virtude ou noções semelhantes (como competência, habilidade ou capacidade). Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Eixo: Democracia e desafios contemporâneos Convidados: Fabiano Santos, Newton Bignotto A atual pandemia contribuiu para disseminar comportamentos, por parte dos governantes, que muitos acreditavam ter desaparecido. Muitos desses comportamentos são vistos como parte de novas formas de populismo ou de resgate de versões antigas do mesmo fenômeno. Em nossa apresentação, procuraremos elucidar os vínculos que unem a busca por um acesso privilegiado ao povo, que caracteriza governantes como os presidentes do Brasil e dos EUA, ao fenômeno do "cesarismo", que serviu para definir regimes autoritários de outras épocas. Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Eixo Pluralidades Filosóficas Convidado: Rogério Severo Debatedores, Eduardo Vicentini de Medeiros e Santiago Alves Castro Uma das contribuições mais importantes das ciências sociais brasileiras à cultura acadêmica mundial tem sido a descrição -- por parte de Eduardo Viveiros de Castro e seus colaboradores -- da linguagem, conceitos, costumes e cosmologia dos índios que aqui vivem. Para os índios, a identidade de animais, objetos, pessoas e ações tem uma "qualidade perspectiva" e varia conforme o corpo de quem percebe aquele animal, objeto, pessoa ou ação. Uma mesma entidade pode ser uma onça para mim e uma pessoa para outra onça. Não são as características biológicas ou físicas daquela entidade que definem a sua identidade, mas o corpo de quem a vê. A cosmologia indígena implica a existência de diversas naturezas, cada uma delas relativa a um ponto de vista. Ela é, nesse sentido, bem diferente do chamado "relativismo cultural" tão comum em nosso meio acadêmico, segundo o qual há uma só natureza física que é concebida de modos diversos em culturas diversas. Essa palestra apresenta o perspectivismo ameríndio e discute algumas de suas implicações para a filosofia e para cultura brasileira, isto é, para quem nós somos. Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Link do filme: https://www.youtube.com/watch?v=-a-_yClxcAc&ab_channel=CinematecaSandino Convidados: Paulo Faria e Nykolas Motta Quatro capítulos do romance de Elio Vittorini Le Donne di Messina (1964) descrevem a tentativa de constituição por um grupo de operários e camponeses, após o fim da Segunda Guerra Mundial, de uma comunidade em que não há propriedade privada dos meios de produção e todas as deliberações são tomadas em regime de democracia direta. Adaptando o texto de Vittorini, Huillet e Straub procedem a uma meticulosa decomposição da gramática do cinema. Nas antípodas da cinematografia stalinista de Eisenstein, Huillet e Straub suprimem toda representação da luta de classes, devolvendo ao espectador a tarefa de pensar e viver, por sua própria conta e risco, os conflitos a que Vittorini deu voz. “Ser radical”, escreveu Marx, “é tomar as coisas pela raiz. Mas a raiz para o homem é o próprio homem.” Rejeitando esse comunismo antropocêntrico, Huillet e Straub tomam o partido por uma cinematografia que torna manifesto que a raiz, para o homem, é o mundo que ele habita – e essa é a chave para superar (entre outras coisas) o conflito entre operários e camponeses. Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas
Eixo Pesquisas em Filosofia Convidados: Sílvia Altmann e Renato Fonseca A distinção entre pensamento e percepção é fundamental a qualquer descrição adequada de nossa experiência. Uma coisa, dizemos, é ver uma maçã vermelha sobre a mesa; outra, pensar “há uma maçã vermelha (diante de mim) sobre a mesa”. Não obstante essa distinção, a relação entre os dois tem sido tópico de discussão na filosofia contemporânea: “conceitualistas” sustentam que nossa percepção mobiliza capacidades conceituais que, paradigmaticamente, se fazem presentes no pensamento e no juízo (sejam conceitos como “maçã” e “vermelho”, sejam conceitos de outra ordem); “não-conceitualistas” o negam. Nossa pesquisa – que procuraremos expor em linhas gerais e de maneira acessível nesta sessão do Janelas Filosóficas – explora qual seria a posição de Kant sobre questões que animam esse debate recente, dadas as suas considerações sobre a distinção e a relação entre as faculdades da “sensibilidade” e do “entendimento” (considerações cujo significado permanece controverso, o que se faz notar no curioso fato de que tanto conceitualistas quanto não-conceitualistas evoquem Kant como precursor). Links: Instagram: janelas_filosoficas Facebook: @janelasfilosoficas Youtube: IFCHdaUFRGS Youtube: Janelas Filosoficas