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Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #89: Saúde bucal do brasileiro pode avançar com maior inserção da assistência odontológica na atenção básica à saúde

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 22, 2021 10:00


Como todos sabem, uma boa saúde bucal é essencial para a saúde como um todo. Para evitar problemas de saúde dos mais simples até os mais graves, manter uma boa higiene bucal também é primordial.  E foi pensando nisso que a Federação Dentária Internacional (FDI) instituiu, em 2007, o Dia Mundial da Saúde Bucal, comemorado no dia 20 deste mês. No relatório final de conferência paralela a outro evento que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, ficou estabelecido que a saúde bucal é parte integrante da saúde geral do indivíduo e está diretamente relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio-ambiente, como também ao acesso aos serviços de saúde e à informação, sendo responsabilidade e dever do Estado a sua manutenção. Como anda a saúde bucal do brasileiro depois dessas iniciativas? Para responder a essa pergunta, o Momento Odontologia desta semana convidou a professora Ana Estela Haddad, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP. Para a professora, temos o que comemorar no Dia Mundial da Saúde Bucal.  Ana Estela relembra que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostraram que em 1998 aproximadamente 19% da população brasileira nunca tinha ido ao dentista. Já em 2008, dez anos depois, esse porcentual caiu para 11%, “com a inclusão de 22 milhões de brasileiros com acesso ao atendimento odontológico”.  Além disso, segundo dados de 2018 do Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Brasil é o país com maior número de dentistas no mundo, com mais de 312,4 mil profissionais da área. “A odontologia brasileira é mundialmente reconhecida”, destaca a professora, que ainda recorda que o Brasil alcançou a 2° colocação em produção científica mundial, relacionada à área de odontologia. Ações de saúde bucal na atenção básica  O Brasil ainda implantou, em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal, que envolveu a ampliação do acesso às ações e serviços de saúde bucal na atenção básica, com a inclusão das equipes de saúde bucal na estratégia de saúde da família e a criação dos centros de especialidade odontológica. Números mais atuais mostram que são, aproximadamente, 24 mil equipes de saúde bucal e 1.120 centros de especialidade odontológica no País. “Sem dúvida, a criação do acesso impactou positivamente os indicadores de saúde bucal.” Dados do IBGE de 2019 mostram que 34 milhões de brasileiros, com mais de 18 anos, perderam 13 dentes ou mais, e 14 milhões de pessoas perderam todos os dentes. Na mesma pesquisa, o IBGE apontou que menos da metade dos brasileiros consultou um dentista nos 12 meses anteriores ao levantamento. A professora reconhece que a oportunidade de fazer com que todo conhecimento e evidências científicas produzidos no Brasil sejam revertidos em impacto positivo e relevância social “está na adoção do modelo de atenção à saúde do SUS e na inclusão da saúde bucal neste modelo”. Conta a professora que a abordagem populacional, o fortalecimento das ações de saúde bucal na atenção básica e a atuação a partir da demanda populacional “é o que pode conduzir o País à melhora da saúde bucal da população”. Nesse caso, as políticas de prevenção à cárie podem ajudar o País a mudar esse cenário, já que “se tem evidências que possamos agir, no nível individual e coletivo e de políticas públicas, para que cada criança cresça sem cárie”, afirma Ana Estela. A professora conta que diversas pesquisas comprovam que o açúcar de adição representa um fator de risco comum, tanto para cárie quanto para doenças crônicas não transmissíveis, que estão entre as principais causas de mortalidade na fase adulta. Um estudo publicado em 2014 demonstrou a associação entre a presença de doença periodontal em gestantes e adolescentes e o aumento no consumo de açúcar de adição. “Pesquisas como essas levam a uma teoria de integração entre a cárie e a doença periodontal no rol das doenças crônicas não transmissíveis.” Por situações como essa, o dentista assume um papel protagonista, por ser o primeiro profissional a identificar sinais relacionados e fatores de risco ao futuro possível aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. “Como geralmente isso acontece antes do aparecimento, é possível atuar preventivamente sobre esse fator de risco”, avalia a professora. O futuro da assistência à saúde bucal no Brasil A odontologia pode ser responsável por descobrir e tratar problemas ainda mais graves, como o câncer bucal. Isso porque, segundo a professora, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que são registrados aproximadamente 15 mil novos casos da doença no Brasil a cada ano. Desse total, cerca de 50% resultam em óbitos, por falta do diagnóstico precoce. “O futuro da saúde bucal deve ser compreender e considerar, cada vez mais, a saúde bucal como parte da atenção integral à saúde da população, sendo planejada e implantada como parte de uma política nacional de saúde, de saúde pública e integrada ao SUS”, reforça Ana Estela. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #88: Odontologia digital: entenda o que é, benefícios e como é feita 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 15, 2021 8:04


Os últimos anos estão marcados pela evolução da tecnologia, que fez com que milhões de atividades migrassem para o universo on-line. A internet chegou em todas as áreas e, como não poderia deixar de ser, na saúde também. E com a odontologia não poderia ser diferente. Seja para agilizar as consultas, planejar tratamentos, ou facilitar a comunicação entre profissional e paciente, uma coisa é fato: a era digital chegou aos consultórios odontológicos.  O Momento Odontologia desta semana recebe a professora Regina Maura Fernandes, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, que explicou o conceito de odontologia como “a aplicação da tecnologia para otimizar os tratamentos odontológicos”. A modalidade reúne diversas ferramentas que possibilitam, entre outras coisas, agilizar as consultas clínicas e mecanizar a produção de próteses, por exemplo.  Benefícios da tecnologia “Um benefício importante é a facilidade na comunicação entre o profissional e o paciente”, destaca a professora. Além disso, as imagens tridimensionais ampliadas em alta resolução permitem analisar os problemas e compartilhar as soluções.  E já pensou em evitar a colocação dos moldes nos dentes, que podem ser extremamente desconfortáveis? Com a odontologia digital, isso também é possível, através de escaneamentos intraorais. “O escaneamento é menos invasivo e mais ágil que os moldes convencionais. O paciente vê em tempo real a situação dos seus dentes e analisa os planejamentos propostos”, afirma Regina Maura. Os recursos digitais também permitem reduzir o número de consultas durante o tratamento e a sua finalização. A professora explica que, por conta dos métodos digitais, hoje é mais fácil para o dentista mostrar as vantagens de aderir ao tratamento proposto e definir as melhores intervenções para cada caso.  “Os profissionais também se beneficiam da odontologia digital”, diz Regina Maura. É que agora é possível padronizar e digitalizar processos que eram totalmente manuais. “Também é possível visualizar os resultados previsíveis dos tratamentos, aumentar a produtividade e diminuir os erros dentro dos tratamentos. “E ainda há facilidade e rapidez na comunicação entre as diferentes especialidades, pelo compartilhamento eficaz dessas informações”, destaca.   Importância da odontologia digital Engana-se quem pensa que a modalidade traz benefícios só para profissionais e pacientes. A odontologia digital também pode ser muito importante para o meio ambiente. É que uma ferramenta bastante usada na prática digital é a radiologia 2D, que é digitalizada e permite que o profissional obtenha informações importantes para o diagnóstico, com rapidez e precisão. E com o uso dessa ferramenta, o profissional vai produzir menos impacto ao meio ambiente, “já que não há o processamento com substâncias químicas”.  Outra ação importante no uso da odontologia digital diz respeito aos exames 3D. Conta a professora que “como as tomografias computadorizadas fazem a reconstrução em terceira dimensão, elas são capazes de detectar pequenas fraturas e até formação de tumores”.  Captura de informações  A captura de informações para um tratamento odontológico digital pode ser feita pelos mais variados meios. Câmeras fotográficas, smartphones e tablets, que são aparelhos comuns no cotidiano, podem ser usados para uma avaliação ortodôntica, por exemplo.  Além disso, existem equipamentos específicos para a prática, como o scanner intraoral, impressora 3D, aplicativos para desenhar o sorriso, software para o desenho da peça protética, fresadoras, que são máquinas capazes de processar e usinar as peças protéticas e aparelhos, e fornos específicos para a arte final das restaurações.  Regina Maura destaca, ainda, que um dos aplicativos mais usados na odontologia digital foi desenvolvido por um brasileiro, formado na Faculdade de Odontologia (FO) da USP. Trata-se do Desenho Digital do Sorriso (DSD, na sigla em inglês), idealizado por Christian Coachman.  O aplicativo se baseia em fotos e vídeos da face, com parâmetros que permitem avaliar a melhor relação entre os dentes, gengivas, lábios e face em movimento, harmonizando o sorriso e o rosto do paciente. Cursos e expectativa para o futuro  A professora informa que há cursos específicos para atuar na odontologia digital e a especialização nesta área está em fase de reconhecimento pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). De acordo com Regina Maura, o mercado odontológico mundial teve um crescimento médio anual em torno de 5%, entre 2018 e 2020, por conta da consciência e do aumento dos cuidados com a saúde bucal, envelhecimento da população e avanços tecnológicos. Mas, para ela, o futuro da odontologia digital no Brasil “é bem desafiador”. Isso porque o Brasil é o país com maior número de profissionais da área, com aproximadamente 330 mil dentistas, de acordo com o levantamento do Conselho Federal de Odontologia em 2019.  Assim, ela ressalta a importância dos profissionais estarem conectados a técnicas inovadoras, tecnologias e tendências para um mercado tão competitivo. Além disso, a professora lembra que “as ferramentas tecnológicas não substituem a odontologia humanizada.” Ela alerta para o fato de que “o dentista não trata dentes, mas sim pessoas”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #87: Entenda a relação entre feridas na língua e a sífilis

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 8, 2021 9:34


Muitos podem não saber, mas as feridas que aparecem na língua podem ser sinais de sífilis e, nesses casos, todo cuidado é pouco. Essas condições, que podem parecer simples no início, precisam ser cuidadas, para que não virem algo grave no futuro, pois podem levar, inclusive, à morte.  No Momento Odontologia desta semana, a professora Cássia Maria Fischer Rubira, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, conta que é mais comum aparecerem lesões como feridas, rachaduras, manchas e erupções na língua e, quando isso acontece, é importante que a pessoa procure um profissional da saúde, para que seja executado um exame clínico minucioso e determinar a possível causa dessa lesão.  A professora alerta que toda alteração do aspecto normal da língua é um motivo de preocupação. Segundo Cássia, a presença de lesões na língua é considerada um distúrbio em relação à saúde bucal e também pode refletir doenças sistêmicas, como a anemia. “Lesões localizadas na língua podem ser resultado de doenças de origem infecciosa, traumática ou até mesmo neoplásica.”  Por terem vários tipos de origem, é essencial que o diagnóstico seja feito corretamente, para que essas condições sejam tratadas de forma adequada. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento só podem ser feitos por um profissional, seja ele um cirurgião dentista ou um médico.  Sífilis A professora explica que a sífilis é causada por uma bactéria, é uma doença infectocontagiosa, sistêmica, e a sua transmissão é predominantemente sexual, ou seja, o primeiro contato com a bactéria se dá nas partes íntimas.  Quando o contato com essa bactéria se dá fora dessas áreas (íntimas), normalmente acontece na cavidade bucal e, na maioria das vezes, nos lábios e na língua. “Com isso, ocorre a presença de uma ferida, devido ao contato com essa bactéria”, destaca Cássia.  Nesses casos, é uma ferida que não cicatriza, presente na boca por mais ou menos um mês e que não provoca dor. Normalmente ela regride espontaneamente e, por isso, “a pessoa não procura o auxílio de um profissional”.  Características “A sífilis é conhecida por várias fases da doença, devido à sua cronicidade”, explica Cássia. A doença tem a fase primária, quando há contato com a bactéria. Depois, vem a fase secundária, que pode ser um pouco mais duradoura. E, por fim, a terciária, a mais grave. Conta Cássia que “o indivíduo não tratado pode evoluir para a fase terciária e apresentar grandes nódulos na língua”. Tratamento  Quando a sífilis for diagnosticada, através de exames laboratoriais, provas sorológicas, ou até mesmo biópsia, o paciente tem que ser encaminhado para o serviço médico, que vai tratar com antibiótico, que é efetivo e faz com que a doença seja eliminada.  “O indivíduo portador de sífilis prejudica a si mesmo e aos outros”, alerta a professora. Como é uma doença infectocontagiosa e a sua transmissão é predominantemente sexual, um portador de sífilis pode transmitir a condição para o seu parceiro ou sua parceira. Além disso, a mulher portadora de sífilis, que esteja grávida, pode passar para o feto também.  A doença tem que ser tratada de forma correta, respeitando a medicação e o prazo prescritos. Se a condição não for tratada, ou for tratada incorretamente, pode avançar para a fase mais grave, que traz complicações sérias para órgãos como o coração e cérebro, levando o paciente à morte. “A prevenção é fundamental e o tratamento deve ser o mais precoce possível.”  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #86: Saúde bucal na gravidez: mitos, verdades e cuidados

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 1, 2021 6:48


A gravidez é um momento de muitas dúvidas por parte da gestante, tanto com ela quanto para o bebê. Cuidar da saúde em geral é fundamental para a mãe e para a criança, e a saúde bucal, especialmente, é muito importante neste momento.  Os cuidados com a saúde bucal da mulher grávida são os mesmos de qualquer pessoa, mas é preciso se atentar a algumas questões específicas. Quem garante é a professora Mariana Minatel Braga Fraga, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do programa Momento Odontologia desta semana. “É preciso focar no controle da higiene bucal, para evitar a cárie e a doença periodontal, doenças comuns durante a gestação, e,ainda, no controle da dieta”, explica a professora. Essas doenças são comuns na gravidez, porque as gestantes costumam se alimentar mais, principalmente alimentos doces. Mariana ainda alerta que “é importante cuidar para que isso não se exceda ao longo do dia”. Os dentes durante a gravidez É comum que os dentes da mulher sofram algumas alterações durante o período de gestação, mas a professora ressalta que esses problemas não têm relação com a gravidez em si. Segundo Mariana, os dentes estão sempre passando pela desmineralização e remineralização, processo que ocorre naturalmente e não em função da gravidez. “Um desequilíbrio nesse processo, causado pelo biofilme presente sobre a superfície dos dentes, leva a alterações. Na gravidez, isso acontece porque a grávida come mais vezes, especialmente alimentos açucarados.” Diferente do que muitos pensam, a gravidez não enfraquece os dentes, garante Mariana. Essa história “não passa de um mito”, ressalta. Ela ainda destaca que “o bebê não rouba o cálcio ou os minerais do dente da mãe”. A explicação, diz a professora, é a gestante ter cárie pela alteração nos hábitos alimentares e o consequente processo de desmineralização e remineralização. Riscos para o bebê A cárie dentária durante a gravidez não prejudica diretamente o bebê, mas pode estar relacionada a algumas questões que precisam ser acompanhadas por um profissional. A cárie pode liberar substâncias na corrente sanguínea, que são capazes de alterar a contração uterina e induzir a um parto prematuro. “O mesmo acontece com doenças periodontais, portanto, é necessário o acompanhamento, mesmo antes do período de gravidez.”  Mau hálito Segundo a professora, a gravidez não tem relação direta com o mau hálito, mas algumas situações que a mulher enfrenta, sim. Entre as condições estão a xerostomia, mais conhecida como boca seca, a ingestão frequente de alimentos, especialmente os adoçados, e falta de higienização correta. Mariana ainda explica que, por conta do forte enjoo, muitas grávidas não conseguem fazer a higienização da língua, o que também pode favorecer o mau hálito. Anestesia Muito se fala que a grávida não pode tomar anestesia, mas, se necessário, “ela deve tomar anestesia”, destaca Mariana. “Se a grávida precisar de algum procedimento que possa gerar dor é preciso anestesiar, porque é muito mais danoso para ela sentir dor do que tomar anestesia.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #86: Saúde bucal na gravidez: mitos, verdades e cuidados

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Mar 1, 2021 6:48


A gravidez é um momento de muitas dúvidas por parte da gestante, tanto com ela quanto para o bebê. Cuidar da saúde em geral é fundamental para a mãe e para a criança, e a saúde bucal, especialmente, é muito importante neste momento.  Os cuidados com a saúde bucal da mulher grávida são os mesmos de qualquer pessoa, mas é preciso se atentar a algumas questões específicas. Quem garante é a professora Mariana Minatel Braga Fraga, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do programa Momento Odontologia desta semana. “É preciso focar no controle da higiene bucal, para evitar a cárie e a doença periodontal, doenças comuns durante a gestação, e,ainda, no controle da dieta”, explica a professora. Essas doenças são comuns na gravidez, porque as gestantes costumam se alimentar mais, principalmente alimentos doces. Mariana ainda alerta que “é importante cuidar para que isso não se exceda ao longo do dia”. Os dentes durante a gravidez É comum que os dentes da mulher sofram algumas alterações durante o período de gestação, mas a professora ressalta que esses problemas não têm relação com a gravidez em si. Segundo Mariana, os dentes estão sempre passando pela desmineralização e remineralização, processo que ocorre naturalmente e não em função da gravidez. “Um desequilíbrio nesse processo, causado pelo biofilme presente sobre a superfície dos dentes, leva a alterações. Na gravidez, isso acontece porque a grávida come mais vezes, especialmente alimentos açucarados.” Diferente do que muitos pensam, a gravidez não enfraquece os dentes, garante Mariana. Essa história “não passa de um mito”, ressalta. Ela ainda destaca que “o bebê não rouba o cálcio ou os minerais do dente da mãe”. A explicação, diz a professora, é a gestante ter cárie pela alteração nos hábitos alimentares e o consequente processo de desmineralização e remineralização. Riscos para o bebê A cárie dentária durante a gravidez não prejudica diretamente o bebê, mas pode estar relacionada a algumas questões que precisam ser acompanhadas por um profissional. A cárie pode liberar substâncias na corrente sanguínea, que são capazes de alterar a contração uterina e induzir a um parto prematuro. “O mesmo acontece com doenças periodontais, portanto, é necessário o acompanhamento, mesmo antes do período de gravidez.”  Mau hálito Segundo a professora, a gravidez não tem relação direta com o mau hálito, mas algumas situações que a mulher enfrenta, sim. Entre as condições estão a xerostomia, mais conhecida como boca seca, a ingestão frequente de alimentos, especialmente os adoçados, e falta de higienização correta. Mariana ainda explica que, por conta do forte enjoo, muitas grávidas não conseguem fazer a higienização da língua, o que também pode favorecer o mau hálito. Anestesia Muito se fala que a grávida não pode tomar anestesia, mas, se necessário, “ela deve tomar anestesia”, destaca Mariana. “Se a grávida precisar de algum procedimento que possa gerar dor é preciso anestesiar, porque é muito mais danoso para ela sentir dor do que tomar anestesia.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #85: Mau hálito pode ser sintoma de algo errado no organismo

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 22, 2021 9:59


A sensação de estar com mau hálito, por si só, já causa uma apreensão enorme. Agora, já imaginou conviver com esse problema diariamente? Ter mau hálito pode ser bastante difícil para quem sofre com a condição, que tem nome e causas específicas: halitose.  Em entrevista ao programa Momento Odontologia desta semana, o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, explicou que “a halitose é um sinal de má higiene oral ou de algo errado no organismo”.  Causas do mau hálito O professor contou que antigamente acreditava-se que as maiores causas de halitose estavam relacionadas ao aparelho digestivo ou ao trato respiratório superior, mas que “hoje já se sabe que cerca 95% das causas são bucais”.  Entre as principais causas estão a saburra lingual, que é o biofilme que fica no dorso da língua; a doença periodontal; alimentos em decomposição entre os dentes; causas sistêmicas, como sinusite, problemas nas vias respiratórias ou até mesmo refluxo.  “Mas a maior parte das causas é a de sujeiras no dorso da língua, doença periodontal, doenças de gengiva e falta do uso de fio dental, provocando decomposição de alimentos”, resume Pedrazzi.  Sintomas  Além do mau hálito, a halitose pode ter outros sintomas ou sinais. “Um deles é a boca seca”, explica Pedrazzi. Além disso, a sensação de garganta colando e dificuldade em falar também podem ser indicativos.  E a halitose pode trazer ainda mais problemas, caso suas bactérias não sejam removidas do dorso da língua. “Algumas bactérias podem ser deglutidas, o que pode levar esse biofilme até os pulmões, chegar nos brônquios e provocar uma pneumonia por aspiração.”  Tratamento O tratamento pode ser bem simples e, na maioria dos casos, se resume a melhorar a higiene bucal, com uso de fio dental e higienizador de língua. Já em casos como uma doença periodontal, o tratamento envolve uma cirurgia.  Pedrazzi explica que o dentista também pode recomendar uma grande ingestão de água para o paciente, o que pode ser muito importante. Isso porque a xerostomia, popularmente conhecida como boca seca, “provoca mau hálito pela decomposição de alimentos, micro-organismos e também células epiteliais descamadas”.  Mas se o problema persistir mesmo com o tratamento, o paciente deve procurar um cirurgião-dentista. Caso o problema não seja resolvido, ele poderá ser encaminhado para um médico do trato respiratório, como um otorrinolaringologista ou gastroenterologista.  Pedrazzi ainda dá uma dica para saber qual o possível causador da halitose. “O paciente deve usar enxaguante bucal por cerca de uma semana, a cada refeição. Se o problema melhorar, diminuir ou até mesmo desaparecer, a causa é bucal.”   Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #85: Mau hálito pode ser sintoma de algo errado no organismo

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 22, 2021 9:59


A sensação de estar com mau hálito, por si só, já causa uma apreensão enorme. Agora, já imaginou conviver com esse problema diariamente? Ter mau hálito pode ser bastante difícil para quem sofre com a condição, que tem nome e causas específicas: halitose.  Em entrevista ao programa Momento Odontologia desta semana, o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, explicou que “a halitose é um sinal de má higiene oral ou de algo errado no organismo”.  Causas do mau hálito O professor contou que antigamente acreditava-se que as maiores causas de halitose estavam relacionadas ao aparelho digestivo ou ao trato respiratório superior, mas que “hoje já se sabe que cerca 95% das causas são bucais”.  Entre as principais causas estão a saburra lingual, que é o biofilme que fica no dorso da língua; a doença periodontal; alimentos em decomposição entre os dentes; causas sistêmicas, como sinusite, problemas nas vias respiratórias ou até mesmo refluxo.  “Mas a maior parte das causas é a de sujeiras no dorso da língua, doença periodontal, doenças de gengiva e falta do uso de fio dental, provocando decomposição de alimentos”, resume Pedrazzi.  Sintomas  Além do mau hálito, a halitose pode ter outros sintomas ou sinais. “Um deles é a boca seca”, explica Pedrazzi. Além disso, a sensação de garganta colando e dificuldade em falar também podem ser indicativos.  E a halitose pode trazer ainda mais problemas, caso suas bactérias não sejam removidas do dorso da língua. “Algumas bactérias podem ser deglutidas, o que pode levar esse biofilme até os pulmões, chegar nos brônquios e provocar uma pneumonia por aspiração.”  Tratamento O tratamento pode ser bem simples e, na maioria dos casos, se resume a melhorar a higiene bucal, com uso de fio dental e higienizador de língua. Já em casos como uma doença periodontal, o tratamento envolve uma cirurgia.  Pedrazzi explica que o dentista também pode recomendar uma grande ingestão de água para o paciente, o que pode ser muito importante. Isso porque a xerostomia, popularmente conhecida como boca seca, “provoca mau hálito pela decomposição de alimentos, micro-organismos e também células epiteliais descamadas”.  Mas se o problema persistir mesmo com o tratamento, o paciente deve procurar um cirurgião-dentista. Caso o problema não seja resolvido, ele poderá ser encaminhado para um médico do trato respiratório, como um otorrinolaringologista ou gastroenterologista.  Pedrazzi ainda dá uma dica para saber qual o possível causador da halitose. “O paciente deve usar enxaguante bucal por cerca de uma semana, a cada refeição. Se o problema melhorar, diminuir ou até mesmo desaparecer, a causa é bucal.”   Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO),

Jornal da USP
Momento Odontologia #84: Entenda o que é o abscesso dentário: causas, sintomas e tratamento

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 15, 2021 5:49


Você conhece o abscesso dentário? A condição, provocada por uma bactéria, pode prejudicar crianças e adultos e levar à necessidade de cirurgia plástica, e até mesmo à morte, se não tratada de forma correta.  O programa Momento Odontologia desta semana conversou com Marco Antônio Húngaro Duarte, professor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O professor explicou que “o abscesso dentário é uma inflamação no ápice do dente, caracterizada pela formação de pus”.  Sintomas do abscesso dentário Os sintomas do abscesso dentário ocorrem em três fases. A primeira, a fase inicial, é quando ele está em volta da raiz do dente. Na segunda fase, chamada de fase intraóssea, o paciente apresenta inchaço no rosto. Já a terceira fase é quando o abscesso rompe o osso e chega na região submucosa, continuando o inchaço no rosto, porém, flutuante. Prevenção e tratamento  Segundo o professor, a “prevenção do abscesso dentário é feita, primeiro, como a prevenção da cárie”, para evitar que o tecido dentário se modifique ou se contamine. Mas, caso isso aconteça, é preciso fazer um tratamento odontológico o mais rápido possível, “para evitar que a infecção evolua para um abscesso dentário”.  Tratar o problema é de extrema importância, já que, “se o abscesso não for tratado, ou for tratado de forma inadequada, o inchaço pode demorar para desaparecer ou pode evoluir para a região submandibular, formando uma complicação séria, que pode levar o paciente à morte”. A condição, explica o professor, é chamada de Angina de Ludwig.  Além disso, existem situações em que, se o abscesso dentário não for tratado a tempo, o inchaço pode drenar externamente, formando uma fístula, que pode deixar uma cicatriz no rosto do paciente, que vai precisar de tratamento plástico, caso se incomode com a estética. Mas, quando tratado corretamente, o abscesso dentário evolui para a fase de sanidade entre 24 e 48 horas, no máximo, e, com isso, os sintomas já desaparecem. Abscesso dentário nas crianças As crianças, ao contrário do que se possa pensar, também podem apresentar abscesso dentário, e “as causas e sintomas são os mesmos que nos adultos”. O professor alerta que, a partir dos 6 anos de idade, fase em que os últimos dentes da cavidade bucal da criança já são permanentes, os pais devem prestar atenção para esse tipo de problema.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #84: Entenda o que é o abscesso dentário: causas, sintomas e tratamento

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 15, 2021 5:49


Você conhece o abscesso dentário? A condição, provocada por uma bactéria, pode prejudicar crianças e adultos e levar à necessidade de cirurgia plástica, e até mesmo à morte, se não tratada de forma correta.  O programa Momento Odontologia desta semana conversou com Marco Antônio Húngaro Duarte, professor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O professor explicou que “o abscesso dentário é uma inflamação no ápice do dente, caracterizada pela formação de pus”.  Sintomas do abscesso dentário Os sintomas do abscesso dentário ocorrem em três fases. A primeira, a fase inicial, é quando ele está em volta da raiz do dente. Na segunda fase, chamada de fase intraóssea, o paciente apresenta inchaço no rosto. Já a terceira fase é quando o abscesso rompe o osso e chega na região submucosa, continuando o inchaço no rosto, porém, flutuante. Prevenção e tratamento  Segundo o professor, a “prevenção do abscesso dentário é feita, primeiro, como a prevenção da cárie”, para evitar que o tecido dentário se modifique ou se contamine. Mas, caso isso aconteça, é preciso fazer um tratamento odontológico o mais rápido possível, “para evitar que a infecção evolua para um abscesso dentário”.  Tratar o problema é de extrema importância, já que, “se o abscesso não for tratado, ou for tratado de forma inadequada, o inchaço pode demorar para desaparecer ou pode evoluir para a região submandibular, formando uma complicação séria, que pode levar o paciente à morte”. A condição, explica o professor, é chamada de Angina de Ludwig.  Além disso, existem situações em que, se o abscesso dentário não for tratado a tempo, o inchaço pode drenar externamente, formando uma fístula, que pode deixar uma cicatriz no rosto do paciente, que vai precisar de tratamento plástico, caso se incomode com a estética. Mas, quando tratado corretamente, o abscesso dentário evolui para a fase de sanidade entre 24 e 48 horas, no máximo, e, com isso, os sintomas já desaparecem. Abscesso dentário nas crianças As crianças, ao contrário do que se possa pensar, também podem apresentar abscesso dentário, e “as causas e sintomas são os mesmos que nos adultos”. O professor alerta que, a partir dos 6 anos de idade, fase em que os últimos dentes da cavidade bucal da criança já são permanentes, os pais devem prestar atenção para esse tipo de problema.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #83: Odontologia hospitalar traz qualidade de vida para pacientes internados

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 8, 2021 9:37


A chamada odontologia hospitalar, como o próprio nome diz, é a prática odontológica dentro do âmbito hospitalar, seja ele um hospital ou uma clínica, como as de oncologia, por exemplo. E ela pode aparecer em diversas situações no nosso cotidiano, como explica a professora Karem Lopes Ortega, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no podcast Momento Odontologia desta semana.  “A prática da odontologia hospitalar pode ser feita em pacientes com problemas comportamentais ou graves de saúde, que não podem ser atendidos em consultórios odontológicos convencionais, ou que possam precisar de algum outro auxílio mais urgente”, explica a professora.  Odontologia hospitalar em UTI Pacientes em UTI ou CTI, que apresentem quadros de urgência odontológica ou pessoas que se envolveram em graves acidentes físicos ou que apresentam uma infecção bucal, também podem receber o auxílio de um cirurgião-dentista dentro do hospital.  A professora ressalta que o atendimento ou o tratamento odontológico pode ser feito em qualquer ambiente, mas requer algumas mudanças, já que o local não conta com todos os equipamentos de um consultório dentário convencional. “O maior diferencial para atender o paciente na UTI é o cirurgião-dentista, que tem que estar capacitado para esse atendimento.” Qualidade de vida do paciente internado Karem destaca que o cirurgião-dentista pode praticar qualquer tipo de atendimento, seja no hospital ou na clínica, tudo dependerá do ambiente em que o profissional está inserido. Então, “se o dentista estiver em um hospital de oncologia, o foco está voltado para melhorar a qualidade de vida do paciente”, mas, de uma forma geral, o profissional deve intervir “em qualquer situação de dor ou infecção”.  Para a professora, “existe sempre a necessidade de ter atendimento odontológico em um hospital, já que o paciente não pode sair do local”. Segundo ela, se o paciente sentir dor ou tiver uma infecção, ele precisa ser tratado, pensando na sua qualidade de vida, já abalada por uma internação.  A professora contou como é o trabalho e a rotina de um cirurgião-dentista que atua dentro do ambiente hospitalar e que não há especializações nessa área, mas “cursos de habilitação para esses profissionais”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #83: Odontologia hospitalar traz qualidade de vida para pacientes internados

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 8, 2021 9:37


A chamada odontologia hospitalar, como o próprio nome diz, é a prática odontológica dentro do âmbito hospitalar, seja ele um hospital ou uma clínica, como as de oncologia, por exemplo. E ela pode aparecer em diversas situações no nosso cotidiano, como explica a professora Karem Lopes Ortega, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no podcast Momento Odontologia desta semana.  “A prática da odontologia hospitalar pode ser feita em pacientes com problemas comportamentais ou graves de saúde, que não podem ser atendidos em consultórios odontológicos convencionais, ou que possam precisar de algum outro auxílio mais urgente”, explica a professora.  Odontologia hospitalar em UTI Pacientes em UTI ou CTI, que apresentem quadros de urgência odontológica ou pessoas que se envolveram em graves acidentes físicos ou que apresentam uma infecção bucal, também podem receber o auxílio de um cirurgião-dentista dentro do hospital.  A professora ressalta que o atendimento ou o tratamento odontológico pode ser feito em qualquer ambiente, mas requer algumas mudanças, já que o local não conta com todos os equipamentos de um consultório dentário convencional. “O maior diferencial para atender o paciente na UTI é o cirurgião-dentista, que tem que estar capacitado para esse atendimento.” Qualidade de vida do paciente internado Karem destaca que o cirurgião-dentista pode praticar qualquer tipo de atendimento, seja no hospital ou na clínica, tudo dependerá do ambiente em que o profissional está inserido. Então, “se o dentista estiver em um hospital de oncologia, o foco está voltado para melhorar a qualidade de vida do paciente”, mas, de uma forma geral, o profissional deve intervir “em qualquer situação de dor ou infecção”.  Para a professora, “existe sempre a necessidade de ter atendimento odontológico em um hospital, já que o paciente não pode sair do local”. Segundo ela, se o paciente sentir dor ou tiver uma infecção, ele precisa ser tratado, pensando na sua qualidade de vida, já abalada por uma internação.  A professora contou como é o trabalho e a rotina de um cirurgião-dentista que atua dentro do ambiente hospitalar e que não há especializações nessa área, mas “cursos de habilitação para esses profissionais”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #82: Causas e consequências de dentes a mais e a menos em crianças e adultos

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 1, 2021 6:55


O podcast Momento Odontologia desta semana trata de dois assuntos que precisam de uma atenção especial, principalmente por parte dos pais: a agenesia, que é a ausência de um ou mais dentes na boca, e os supranumerários, que, ao contrário, são os dentes a mais na cavidade bucal.  Dentes a mais na boca Segundo conta Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, entre os sinais que os pais podem perceber, para as duas situações, estão a demora para os dentes permanentes aparecerem na boca da criança ou então quando um dente permanente de um lado da cavidade bucal já nasceu e o mesmo dente do outro lado ainda não.  O professor ainda conta que o local mais comum de surgir um dente a mais é entre os nossos incisivos, os chamados “dentes da frente”. Mas Carvalho ressalta que isso “poderá causar problemas de espaço nas arcadas e um mau posicionamento dos dentes na boca como um todo, com uma desarmonia facial”. Outros problemas, só que menos comuns, são a ocorrência de cistos e de reabsorção de parte das raízes do dente mais próximo ao supranumerário. “Por isso, enfatizamos a necessidade de as crianças passarem por consultas com o cirurgião-dentista ou o odontopediatra, para diagnóstico precoce dessa e de outras condições bucais.” Falta de dentes No caso da agenesia, a falta de dente, uma das situações mais comuns é o dente de leite associado ao dente permanente que não foi formado não cair ou demorar muito mais tempo para cair. Outras situações associadas a essa ausência são os problemas oclusais, de desarmonia facial e de problemas estéticos.  Ouça a entrevista completa com o professor Fabrício Kitazono de Carvalho ao Momento Odontologia no player abaixo.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #82: Causas e consequências de dentes a mais e a menos em crianças e adultos

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Play Episode Listen Later Feb 1, 2021 6:55


O podcast Momento Odontologia desta semana trata de dois assuntos que precisam de uma atenção especial, principalmente por parte dos pais: a agenesia, que é a ausência de um ou mais dentes na boca, e os supranumerários, que, ao contrário, são os dentes a mais na cavidade bucal.  Dentes a mais na boca Segundo conta Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, entre os sinais que os pais podem perceber, para as duas situações, estão a demora para os dentes permanentes aparecerem na boca da criança ou então quando um dente permanente de um lado da cavidade bucal já nasceu e o mesmo dente do outro lado ainda não.  O professor ainda conta que o local mais comum de surgir um dente a mais é entre os nossos incisivos, os chamados “dentes da frente”. Mas Carvalho ressalta que isso “poderá causar problemas de espaço nas arcadas e um mau posicionamento dos dentes na boca como um todo, com uma desarmonia facial”. Outros problemas, só que menos comuns, são a ocorrência de cistos e de reabsorção de parte das raízes do dente mais próximo ao supranumerário. “Por isso, enfatizamos a necessidade de as crianças passarem por consultas com o cirurgião-dentista ou o odontopediatra, para diagnóstico precoce dessa e de outras condições bucais.” Falta de dentes No caso da agenesia, a falta de dente, uma das situações mais comuns é o dente de leite associado ao dente permanente que não foi formado não cair ou demorar muito mais tempo para cair. Outras situações associadas a essa ausência são os problemas oclusais, de desarmonia facial e de problemas estéticos.  Ouça a entrevista completa com o professor Fabrício Kitazono de Carvalho ao Momento Odontologia no player abaixo.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #80: Cuidar da higiene bucal pode evitar doenças cardiovasculares

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Dec 7, 2020 6:36


É comum ouvir que higienizar corretamente os dentes, usar fio dental e ter uma alimentação saudável podem evitar doenças bucais. Mas, além disso, ter uma boa higiene bucal pode prevenir, também, doenças em outras partes do corpo, inclusive, cardiovasculares.  “As infecções bucais podem, sim, levar a outras doenças distantes da cavidade bucal”, afirma Adriana Sant’Anna, professora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), ao programa Momento Odontologia desta semana. Entre os problemas citados pela professora estão doenças cardiovasculares, o nascimento de bebês prematuros e de baixo peso e a diabete. Além disso, ela destaca as doenças pulmonares obstrutivas crônicas e até o Alzheimer.  Segundo a professora, “existem dois mecanismos pelos quais a doença periodontal pode se relacionar com as doenças sistêmicas”. Um deles é através da migração de bactérias, da boca para outras partes do corpo, onde se instalam, e dão início a uma lesão. A outra forma é quando essas bactérias presentes na boca geram um potencial inflamatório sistêmico, induzindo a secreção de mediadores inflamatórios no sangue, o que acaba levando ao agravamento de condições sistêmicas, ou até mesmo a desenvolvimento de lesões em sítios distantes da cavidade bucal.  “O risco é maior quando o paciente tem doenças periodontais mais graves, como a periodontite avançada”, destaca Adriana, que ainda alerta sobre manter uma boa higiene bucal como essencial para a prevenção de doenças sistêmicas, aquelas que atingem outras regiões e tecidos do corpo.  “Por isso, é importante ir frequentemente ao cirurgião-dentista, se alimentar corretamente e ter também, uma condição de saúde sistêmica adequada”, ressalta.  A endocardite é uma doença que geralmente é associada a problemas bucais. Adriana explica que ela é “uma doença infecciosa, causada por bactérias, em uma reação cruzada com os músculos do coração”. Além disso, alerta que “nem sempre ela é causada por problemas bucais” e que essa relação só é feita por causa das bactérias que colonizam a cavidade bucal e que levam a essa reação com os tecidos dos músculos cardíacos. “Mas também existem bactérias que ficam na pele, por exemplo, e que também estão associadas com a endocardite”, destaca.  A endocardite pode apresentar riscos para os pacientes, desde que eles apresentem “alterações cardiovasculares graves, consideradas de alto risco, como o uso de válvulas cardíacas, ou pessoas que já tiveram endocardite”. Segundo Adriana, esses pacientes, considerados de alto risco, precisam ser avaliados pelo cirurgião dentista e nenhum procedimento invasivo, que gere sangramento, pode ser feito sem uma cobertura de antibiótico profilático. Apesar disso, diz, “o uso da antibioticoterapia profilática não garante que o paciente não desenvolverá a endocardite, mas pode minimizar bastante o risco”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #80: Cuidar da higiene bucal pode evitar doenças cardiovasculares

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Dec 7, 2020 6:36


É comum ouvir que higienizar corretamente os dentes, usar fio dental e ter uma alimentação saudável podem evitar doenças bucais. Mas, além disso, ter uma boa higiene bucal pode prevenir, também, doenças em outras partes do corpo, inclusive, cardiovasculares.  “As infecções bucais podem, sim, levar a outras doenças distantes da cavidade bucal”, afirma Adriana Sant’Anna, professora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), ao programa Momento Odontologia desta semana. Entre os problemas citados pela professora estão doenças cardiovasculares, o nascimento de bebês prematuros e de baixo peso e a diabete. Além disso, ela destaca as doenças pulmonares obstrutivas crônicas e até o Alzheimer.  Segundo a professora, “existem dois mecanismos pelos quais a doença periodontal pode se relacionar com as doenças sistêmicas”. Um deles é através da migração de bactérias, da boca para outras partes do corpo, onde se instalam, e dão início a uma lesão. A outra forma é quando essas bactérias presentes na boca geram um potencial inflamatório sistêmico, induzindo a secreção de mediadores inflamatórios no sangue, o que acaba levando ao agravamento de condições sistêmicas, ou até mesmo a desenvolvimento de lesões em sítios distantes da cavidade bucal.  “O risco é maior quando o paciente tem doenças periodontais mais graves, como a periodontite avançada”, destaca Adriana, que ainda alerta sobre manter uma boa higiene bucal como essencial para a prevenção de doenças sistêmicas, aquelas que atingem outras regiões e tecidos do corpo.  “Por isso, é importante ir frequentemente ao cirurgião-dentista, se alimentar corretamente e ter também, uma condição de saúde sistêmica adequada”, ressalta.  A endocardite é uma doença que geralmente é associada a problemas bucais. Adriana explica que ela é “uma doença infecciosa, causada por bactérias, em uma reação cruzada com os músculos do coração”. Além disso, alerta que “nem sempre ela é causada por problemas bucais” e que essa relação só é feita por causa das bactérias que colonizam a cavidade bucal e que levam a essa reação com os tecidos dos músculos cardíacos. “Mas também existem bactérias que ficam na pele, por exemplo, e que também estão associadas com a endocardite”, destaca.  A endocardite pode apresentar riscos para os pacientes, desde que eles apresentem “alterações cardiovasculares graves, consideradas de alto risco, como o uso de válvulas cardíacas, ou pessoas que já tiveram endocardite”. Segundo Adriana, esses pacientes, considerados de alto risco, precisam ser avaliados pelo cirurgião dentista e nenhum procedimento invasivo, que gere sangramento, pode ser feito sem uma cobertura de antibiótico profilático. Apesar disso, diz, “o uso da antibioticoterapia profilática não garante que o paciente não desenvolverá a endocardite, mas pode minimizar bastante o risco”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #79: Condição popularmente chamada de dente de giz pode afetar 20% das crianças e trazer prejuízos em diversas áreas

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 30, 2020 7:49


Uma malformação do esmalte dentário, que provoca o aparecimento de  manchas branco-amareladas ou amarronzadas, é a Hipomineralização Molar-Incisivo, ou, simplesmente, “dente de giz”. Essa condição altera a qualidade e dureza do dente afetado, que fica mais poroso, enfraquecido, dolorido, e mais fácil de ser atingido pela cárie dental, o que prejudica a qualidade de vida, especialmente, de crianças.  A condição é “a mais comum e prejudicial malformação do esmalte dentário de crianças”, explica Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, que participa do Momento Odontologia desta semana. “Chamamos de Hipomineralização Molar-Incisivo porque os dentes mais afetados são os molares e incisivos permanentes e porque o problema é a falta de minerais no dente, como, por exemplo, o cálcio da estrutura dental.” A condição afeta cerca de 20% das crianças, especialmente, entre 5 e 6 anos de idade, porque “nessa idade é muito comum que as crianças tenham autonomia de escovar os próprios dentes, o que pode contribuir para que os pais só percebam essas alterações de cor nos dentes quando as crianças reclamam de dor ou outro sintoma”, explica Carvalho. Ele ainda conta que, quando os pais procuram o tratamento odontológico, muitas vezes os dentes já estão quebrados ou com cárie. Por isso, “é importante que os pais de crianças nessa idade tentem notar pequenas alterações de cor nos dentes, ou levar as crianças ao dentista logo que os dentes aparecem na boca”. O professor explica que não há uma causa única para o problema. Ele destaca que problemas de saúde nos três primeiros anos de vida da criança podem causar o “dente de giz” e que também podem existir fatores genéticos para a condição. “Ela é mais frequente em crianças nascidas prematuras, com baixo peso, em doentes celíacos e em crianças com infecções recorrentes de ouvido”, destaca. Uma outra dificuldade da doença é a prevenção. “Como não se tem certeza da causa, também não se tem uma fórmula ou medicamento para prevenir.” A principal consequência da condição é o aumento da sensibilidade dolorosa, diz o professor. Ele ainda explica que o dente que tem essa malformação é muito poroso, então, “estímulos que não geram dor em dentes normais geram dor nos dentes afetados, como tomar um líquido mais frio, mastigar, escovar os dentes e até mesmo respirar pela boca”. A partir disso, surge o termo “dente de giz”, já que o giz é um material quebradiço e o dente com essa malformação também, por ser mais sensível. A Hipomineralização Molar-Incisivo também atinge os chamados “dentes da frente”, prejudicando a estética, e causando baixa autoestima. “Isso tudo junto gera aumento da ansiedade, estresse familiar e prejuízo na qualidade de vida dessas crianças.” Se estiver com dúvidas se seu filho ou sua filha está com essa malformação, o professor ressalta que a primeira opção é de consultar um cirurgião-dentista, de preferência o Odontopediatra. “Diagnóstico precoce leva à necessidade de resolução de problemas mais simples, com menor sofrimento por parte das crianças, maior conforto e menos custo para o tratamento”, enfatiza. Além disso, é “fundamental aumentar o nível de informação de todos e as pessoas que estão em contato com crianças devem conhecer mais sobre problemas como este, que prejudicam a qualidade de vida”. Para mais informações é só acessar as redes sociais da Odontopediatria USP Ribeirão no Facebook e no Instagram. Por lá, você vai encontrar uma série de imagens e posts educativos sobre este e outros assuntos de saúde bucal. Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #78: Estresse causado pela pandemia pode trazer problemas para a mandíbula 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 23, 2020 7:28


A Disfunção Temporomandibular, também conhecida como DTM, não é muito comum ao público em geral, mas pode trazer uma série de problemas na região mandibular, aquela que fica na face e é uma das responsáveis pelo movimento da nossa boca.  Além disso, a pandemia de covid-19 pode ter uma ligação direta com essa condição, além de prejudicar e trazer problemas para os movimentos da mandíbula. É o que conta o pesquisador Fernando Rodrigues de Carvalho, do Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no Momento Odontologia desta semana. “A DTM tem forte associação com estresse e, neste momento de pandemia, em que estamos sob forte estresse, seja por medo ou por insegurança quanto ao contágio, ou até mesmo por questões sociais, com perda de emprego e renda, isso pode ocasionar um aumento na tensão muscular, na região da face, ocasionando a dor”, destaca Carvalho.  Entre os sintomas presentes na DTM estão a dor na face, ou na região da articulação temporomandibular, que faz a conexão da mandíbula com a cabeça; dificuldade e dor na abertura da boca; crepitação, que é a sensação de ter areia nessa articulação; dores na lateral da cabeça frequentes e a dificuldade na mastigação.  O professor ressalta que “existem vários fatores que ocasionam a disfunção temporomandibular”. Um dos motivos seria um trauma direto na região da articulação. Fatores emocionais, como estresse, ou sistêmicos, como uma artrite reumatoide, também podem ocasionar o problema. Além disso, o professor ressalta como possível fator hábitos parafuncionais, como o bruxismo. Mas ele alerta que uma doença é diferente da outra. “A pessoa que tem bruxismo não necessariamente tem DTM”, frisa.  A DTM pode trazer algumas consequências para o paciente, como a diminuição na capacidade de realizar atividades, como mastigação, deglutição e fonação. “Mas, além disso, ela ainda prejudica na qualidade do sono, diminui a capacidade laboral, ocasionando um quadro depressivo, diminuindo a qualidade de vida”, alerta Carvalho.  Para evitar a doença, o professor destaca que o importante é ter uma vida saudável, controlando o estresse e tendo hábitos saudáveis de alimentação, além de praticar exercícios físicos e ter boa qualidade e tempo de sono.  Por ter vários fatores que podem ocasionar o problema, também existem vários tipos de tratamento, “isso vai depender do tipo da Disfunção Temporomandibular que o paciente apresenta”, ressalta o professor. Entre os tratamentos mais populares estão o uso de relaxantes musculares, a terapia comportamental cognitiva, que ajuda a diminuir o estresse, o uso de placas interoclusais, que são placas que ficam entre os dentes, e a terapia a laser.  Para Patrícia Moreira de Freitas, professora do Departamento de Dentística e coresponsável pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da FO-USP, o uso de laser é um dos mais recomendados. É que, “com essa fonte de luz, nós conseguimos realizar a terapia de fotobiomodulação, capaz de promover analgesia, modulação de processo inflamatório e acelerar o processo de cicatrização”, destaca ela. Por conta disso, o paciente apresenta menos dor e também aumenta e melhora a amplitude dos movimentos de mandíbula.  A terapia por laser é oferecida tanto no serviço público quanto no privado, mas a professora destaca que “é importante entender que ela não pode ser feita de forma isolada, mas, sim, associada a outras abordagens na DTM”.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #78: Estresse causado pela pandemia pode trazer problemas para a mandíbula 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 23, 2020 7:28


A Disfunção Temporomandibular, também conhecida como DTM, não é muito comum ao público em geral, mas pode trazer uma série de problemas na região mandibular, aquela que fica na face e é uma das responsáveis pelo movimento da nossa boca.  Além disso, a pandemia de covid-19 pode ter uma ligação direta com essa condição, além de prejudicar e trazer problemas para os movimentos da mandíbula. É o que conta o pesquisador Fernando Rodrigues de Carvalho, do Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no Momento Odontologia desta semana. “A DTM tem forte associação com estresse e, neste momento de pandemia, em que estamos sob forte estresse, seja por medo ou por insegurança quanto ao contágio, ou até mesmo por questões sociais, com perda de emprego e renda, isso pode ocasionar um aumento na tensão muscular, na região da face, ocasionando a dor”, destaca Carvalho.  Entre os sintomas presentes na DTM estão a dor na face, ou na região da articulação temporomandibular, que faz a conexão da mandíbula com a cabeça; dificuldade e dor na abertura da boca; crepitação, que é a sensação de ter areia nessa articulação; dores na lateral da cabeça frequentes e a dificuldade na mastigação.  O professor ressalta que “existem vários fatores que ocasionam a disfunção temporomandibular”. Um dos motivos seria um trauma direto na região da articulação. Fatores emocionais, como estresse, ou sistêmicos, como uma artrite reumatoide, também podem ocasionar o problema. Além disso, o professor ressalta como possível fator hábitos parafuncionais, como o bruxismo. Mas ele alerta que uma doença é diferente da outra. “A pessoa que tem bruxismo não necessariamente tem DTM”, frisa.  A DTM pode trazer algumas consequências para o paciente, como a diminuição na capacidade de realizar atividades, como mastigação, deglutição e fonação. “Mas, além disso, ela ainda prejudica na qualidade do sono, diminui a capacidade laboral, ocasionando um quadro depressivo, diminuindo a qualidade de vida”, alerta Carvalho.  Para evitar a doença, o professor destaca que o importante é ter uma vida saudável, controlando o estresse e tendo hábitos saudáveis de alimentação, além de praticar exercícios físicos e ter boa qualidade e tempo de sono.  Por ter vários fatores que podem ocasionar o problema, também existem vários tipos de tratamento, “isso vai depender do tipo da Disfunção Temporomandibular que o paciente apresenta”, ressalta o professor. Entre os tratamentos mais populares estão o uso de relaxantes musculares, a terapia comportamental cognitiva, que ajuda a diminuir o estresse, o uso de placas interoclusais, que são placas que ficam entre os dentes, e a terapia a laser.  Para Patrícia Moreira de Freitas, professora do Departamento de Dentística e coresponsável pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da FO-USP, o uso de laser é um dos mais recomendados. É que, “com essa fonte de luz, nós conseguimos realizar a terapia de fotobiomodulação, capaz de promover analgesia, modulação de processo inflamatório e acelerar o processo de cicatrização”, destaca ela. Por conta disso, o paciente apresenta menos dor e também aumenta e melhora a amplitude dos movimentos de mandíbula.  A terapia por laser é oferecida tanto no serviço público quanto no privado, mas a professora destaca que “é importante entender que ela não pode ser feita de forma isolada, mas, sim, associada a outras abordagens na DTM”.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #77: Uso de laser na odontologia pode ajudar pacientes oncológicos 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 16, 2020 8:59


O laser está cada vez mais presente em várias áreas da saúde e para diversas finalidades, inclusive na odontologia. Ele pode ser usado no clareamento dos dentes, cicatrização, cirurgias e até mesmo como forma de prevenção da mucosite, causada em pacientes oncológicos que estão fazendo tratamento de quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  “Eles são divididos em laser de alta intensidade, que são lasers cirúrgicos, que agem pelo calor, e os lasers de baixa intensidade, que aceleram o metabolismo das células no local irradiado e não agem pelo calor”, resume a professora Carla Damante, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, ao podcast Momento Odontologia.  Ela ainda conta que os lasers são usados em uma terapia chamada fotobiomodulação, que acelera a cicatrização após cirurgias, reduz a dor e o inchaço após a cirurgia, além de ajudar em tratamentos de lesões como afta, herpes e mucosite, uma inflamação que acomete pacientes oncológicos que estão recebendo quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  Além disso, o laser, em conjunto com um corante azul, usado na terapia fotodinâmica antimicrobiana, serve para matar micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. “Essa terapia pode ser utilizada no tratamento periodontal, de problemas de inflamação gengival, na endodontia, que é o tratamento de canal, na fase de descontaminação do canal e também na descontaminação de dentaduras.”  A professora explica que, para o tratamento de fotobiomodulação, o laser deve ser aplicado imediatamente após a cirurgia e, depois, as aplicações são repetidas durante as semanas seguintes. No caso dos pacientes com mucosite, eles recebem a aplicação no próprio hospital. Na terapia fotodinâmica antimicrobiana, a gengiva ou o canal do dente é irrigado com corante azul e, em seguida, é aplicado o laser. Vai haver uma reação fotoquímica, que mata as bactérias. E, no caso de cirurgias a laser, ele age com o calor, que é controlado, para não se dissipar para os outros tecidos.  Nesses casos, a maioria dos tratamentos com laser é complementar ao tratamento convencional e aplicado no pós-operatório. Por isso, a utilização dos lasers traz algumas vantagens, como reduzir a necessidade de medicamentos, “já que ele tem um efeito anti-inflamatório e analgésico, de redução de dor, e também acelera a cicatrização da cirurgia”. Além disso, cirurgia a laser, na maioria das vezes, não necessita de sutura, ou seja, não é preciso dar pontos no local e o pós-operatório é semelhante ao convencional.  Carla garante que os lasers cirúrgicos são seguros, “já que o calor aplicado é  bastante controlado”. Ela ressalta que muitos pacientes têm medo em utilizar o laser, pensando que ele pode provocar câncer. Mas destaca que não há perigo algum. “Se pensarmos no espectro eletromagnético da luz, o espectro da luz visível seria as cores do arco-íris, começando no vermelho e terminando no violeta. As radiações de laser utilizadas na odontologia estão no infravermelho, no vermelho, enquanto as radiações que causam câncer estão na outra ponta, que são raios ultravioleta. Então, é uma radiação bem distante daquelas que causam câncer ou alguma alteração em DNA.” No caso de cirurgias realizadas com o laser de alta intensidade, a recuperação é semelhante a uma cirurgia convencional, explica a professora. “Já quando se utiliza o laser de baixa intensidade, para acelerar a cicatrização de feridas, é possível ter uma recuperação mais rápida, com menos dor e com uma melhor qualidade de vida para o paciente”, destaca. Ela ainda garante que não há efeitos colaterais no uso do laser e que a única desvantagem do laser é que ele pode causar danos na retina. “Portanto, em qualquer procedimento realizado a laser, todas as pessoas presentes na sala devem utilizar os óculos de proteção”, alerta a professora.  Carla ainda ressalta que pacientes oncológicos, que vão passar por quimioterapia ou radioterapia de cabeça e pescoço, devem procurar um profissional que aplique laser, porque existem alguns quimioterápicos específicos que causam a mucosite, que, dependendo do grau, é tão grave que o paciente não consegue nem engolir a própria saliva, se alimentar, ingerir líquidos, e isso prejudica muito a recuperação. Nessas situações, os lasers têm tido efeitos benéficos e são usados como forma de prevenção. “Uma ou duas aplicações de laser antes do início da quimioterapia e o paciente nem desenvolve essa lesão.”  Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #77: Uso de laser na odontologia pode ajudar pacientes oncológicos 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 16, 2020 8:59


O laser está cada vez mais presente em várias áreas da saúde e para diversas finalidades, inclusive na odontologia. Ele pode ser usado no clareamento dos dentes, cicatrização, cirurgias e até mesmo como forma de prevenção da mucosite, causada em pacientes oncológicos que estão fazendo tratamento de quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  “Eles são divididos em laser de alta intensidade, que são lasers cirúrgicos, que agem pelo calor, e os lasers de baixa intensidade, que aceleram o metabolismo das células no local irradiado e não agem pelo calor”, resume a professora Carla Damante, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, ao podcast Momento Odontologia.  Ela ainda conta que os lasers são usados em uma terapia chamada fotobiomodulação, que acelera a cicatrização após cirurgias, reduz a dor e o inchaço após a cirurgia, além de ajudar em tratamentos de lesões como afta, herpes e mucosite, uma inflamação que acomete pacientes oncológicos que estão recebendo quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  Além disso, o laser, em conjunto com um corante azul, usado na terapia fotodinâmica antimicrobiana, serve para matar micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. “Essa terapia pode ser utilizada no tratamento periodontal, de problemas de inflamação gengival, na endodontia, que é o tratamento de canal, na fase de descontaminação do canal e também na descontaminação de dentaduras.”  A professora explica que, para o tratamento de fotobiomodulação, o laser deve ser aplicado imediatamente após a cirurgia e, depois, as aplicações são repetidas durante as semanas seguintes. No caso dos pacientes com mucosite, eles recebem a aplicação no próprio hospital. Na terapia fotodinâmica antimicrobiana, a gengiva ou o canal do dente é irrigado com corante azul e, em seguida, é aplicado o laser. Vai haver uma reação fotoquímica, que mata as bactérias. E, no caso de cirurgias a laser, ele age com o calor, que é controlado, para não se dissipar para os outros tecidos.  Nesses casos, a maioria dos tratamentos com laser é complementar ao tratamento convencional e aplicado no pós-operatório. Por isso, a utilização dos lasers traz algumas vantagens, como reduzir a necessidade de medicamentos, “já que ele tem um efeito anti-inflamatório e analgésico, de redução de dor, e também acelera a cicatrização da cirurgia”. Além disso, cirurgia a laser, na maioria das vezes, não necessita de sutura, ou seja, não é preciso dar pontos no local e o pós-operatório é semelhante ao convencional.  Carla garante que os lasers cirúrgicos são seguros, “já que o calor aplicado é  bastante controlado”. Ela ressalta que muitos pacientes têm medo em utilizar o laser, pensando que ele pode provocar câncer. Mas destaca que não há perigo algum. “Se pensarmos no espectro eletromagnético da luz, o espectro da luz visível seria as cores do arco-íris, começando no vermelho e terminando no violeta. As radiações de laser utilizadas na odontologia estão no infravermelho, no vermelho, enquanto as radiações que causam câncer estão na outra ponta, que são raios ultravioleta. Então, é uma radiação bem distante daquelas que causam câncer ou alguma alteração em DNA.” No caso de cirurgias realizadas com o laser de alta intensidade, a recuperação é semelhante a uma cirurgia convencional, explica a professora. “Já quando se utiliza o laser de baixa intensidade, para acelerar a cicatrização de feridas, é possível ter uma recuperação mais rápida, com menos dor e com uma melhor qualidade de vida para o paciente”, destaca. Ela ainda garante que não há efeitos colaterais no uso do laser e que a única desvantagem do laser é que ele pode causar danos na retina. “Portanto, em qualquer procedimento realizado a laser, todas as pessoas presentes na sala devem utilizar os óculos de proteção”, alerta a professora.  Carla ainda ressalta que pacientes oncológicos, que vão passar por quimioterapia ou radioterapia de cabeça e pescoço, devem procurar um profissional que aplique laser, porque existem alguns quimioterápicos específicos que causam a mucosite, que, dependendo do grau, é tão grave que o paciente não consegue nem engolir a própria saliva, se alimentar, ingerir líquidos, e isso prejudica muito a recuperação. Nessas situações, os lasers têm tido efeitos benéficos e são usados como forma de prevenção. “Uma ou duas aplicações de laser antes do início da quimioterapia e o paciente nem desenvolve essa lesão.”  Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #76: Quatro a cada dez crianças apresentam algum tipo de malformação no esmalte dentário 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 9, 2020 9:31


Nossos dentes, quando estão se formando, estão sujeitos a diversos tipos de problemas, desde aqueles causados por doenças sistêmicas e traumas locais até mutações genéticas. Esses problemas podem fazer com que apareçam  defeitos nos dentes, entre eles no desenvolvimento do esmalte, a parte mais visível do dente. No programa Momento Odontologia desta semana, o professor Fabrício Kitazono de Carvalho, do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, fala sobre o esmalte dentário e os defeitos mais comuns na sua formação.  Carvalho explica que o esmalte dentário é o tecido mais duro de todo o corpo humano, e é a parte visível dos dentes. Enquanto os ossos têm por volta de 70% de conteúdo mineral, no esmalte são mais de 95%. Outra característica do esmalte é o de não se regenerar espontaneamente, ou seja, uma vez formado e consolidado, já não se forma mais. “Em outras palavras, não cicatriza nem se repara, no máximo ganha minerais superficialmente, geralmente da nossa própria saliva.” Carvalho lembra que esses defeitos podem aparecer na cavidade bucal da criança como manchas esbranquiçadas ou amareladas, ou mesmo com uma fenda ou fossa na sua superfície, que deveria ser brilhante e lisa. “Os defeitos do esmalte dentário podem levar a outros problemas, como aumento da sensibilidade dolorosa, o risco à cárie e de fraturas, impactando na estética bucal e na qualidade de vida das crianças que os possuem.”  Dados da literatura mostram que ao somar todos os tipos de defeitos de desenvolvimento quatro a cada dez crianças até 12 anos de idade devem apresentar algum tipo de malformação de esmalte dentário visível. Esses defeitos se apresentam em dois grupos: a hipoplasia de esmalte, quando  o dente apresenta alguma fenda, fossa, ranhura ou um “buraco” na superfície do esmalte. E a hipomineralização de esmalte, quando a forma e contorno do dente são normais, mas sua superfície aparece com algum tipo de mancha ou opacidade de cor diferente do normal.  O mais comum é esses defeitos aparecerem num único dente, mas também podem aparecer em mais de um e muito raramente em todos, tanto nos de leite como nos permanentes. “Existe a amelogênese imperfeita, uma desordem genética-hereditária raríssima, que leva a alterações em todos os dentes, tanto nos de leite como nos permanentes, causando muitos problemas clínicos aos seus portadores.”  A causa mais comum para defeitos do esmalte dentário em vários dentes ao mesmo tempo é a fluorose dentária, que aparece em vários grupos de dentes permanentes ao mesmo tempo e é resultado da ingestão em quantidade maior que a recomendada de fluoretos durante a infância. Os fluoretos estão presentes na água que bebemos e nas pastas de dente, por isso “os órgãos responsáveis devem dosar e controlar rigorosamente a quantidade de fluoretos na água de abastecimento, e, em casa, devemos tomar bastante cuidado para não usar uma quantidade exagerada de pasta de dente quando vamos escovar os dentes das nossas crianças, e muito menos deixá-las comer pasta de dente, o que pode ser muito mais comum do que imaginamos”. A Hipomineralização Molar-Incisivo, ou HMI, é um tipo mais específico de hipomineralização, ou seja, um defeito na qualidade do esmalte, que se apresenta com uma deficiência no seu conteúdo mineral, caracterizada por uma mancha bem demarcada, de cor que pode variar entre um branco mais pálido a até um amarelado ou mesmo acastanhado. Essa mancha lembra o aspecto de um giz ou mesmo como se o dente estivesse formado em algum lugar por farinha ou cal. “Na HMI o esmalte pode ficar quebradiço e muito poroso, causando na criança muitas vezes sintomatologia dolorosa e muita facilidade para quebrar e maior risco para aparecimento de cárie. A HMI é bastante comum, com uma média de cerca de 20% de prevalência no Brasil e no mundo. Ou seja, cerca de uma a cada cinco crianças acima de 6 anos de idade pode apresentar este tipo de problema de esmalte. O professor lembra que as hipoplasias e as hipomineralizações podem ser bastante comuns e afetam muito a qualidade de vida da criança, por isso necessitam sempre serem avaliadas por um cirurgião-dentista ou odontopediatra.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #76: Quatro a cada dez crianças apresentam algum tipo de malformação no esmalte dentário 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 9, 2020 9:31


Nossos dentes, quando estão se formando, estão sujeitos a diversos tipos de problemas, desde aqueles causados por doenças sistêmicas e traumas locais até mutações genéticas. Esses problemas podem fazer com que apareçam  defeitos nos dentes, entre eles no desenvolvimento do esmalte, a parte mais visível do dente. No programa Momento Odontologia desta semana, o professor Fabrício Kitazono de Carvalho, do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, fala sobre o esmalte dentário e os defeitos mais comuns na sua formação.  Carvalho explica que o esmalte dentário é o tecido mais duro de todo o corpo humano, e é a parte visível dos dentes. Enquanto os ossos têm por volta de 70% de conteúdo mineral, no esmalte são mais de 95%. Outra característica do esmalte é o de não se regenerar espontaneamente, ou seja, uma vez formado e consolidado, já não se forma mais. “Em outras palavras, não cicatriza nem se repara, no máximo ganha minerais superficialmente, geralmente da nossa própria saliva.” Carvalho lembra que esses defeitos podem aparecer na cavidade bucal da criança como manchas esbranquiçadas ou amareladas, ou mesmo com uma fenda ou fossa na sua superfície, que deveria ser brilhante e lisa. “Os defeitos do esmalte dentário podem levar a outros problemas, como aumento da sensibilidade dolorosa, o risco à cárie e de fraturas, impactando na estética bucal e na qualidade de vida das crianças que os possuem.”  Dados da literatura mostram que ao somar todos os tipos de defeitos de desenvolvimento quatro a cada dez crianças até 12 anos de idade devem apresentar algum tipo de malformação de esmalte dentário visível. Esses defeitos se apresentam em dois grupos: a hipoplasia de esmalte, quando  o dente apresenta alguma fenda, fossa, ranhura ou um “buraco” na superfície do esmalte. E a hipomineralização de esmalte, quando a forma e contorno do dente são normais, mas sua superfície aparece com algum tipo de mancha ou opacidade de cor diferente do normal.  O mais comum é esses defeitos aparecerem num único dente, mas também podem aparecer em mais de um e muito raramente em todos, tanto nos de leite como nos permanentes. “Existe a amelogênese imperfeita, uma desordem genética-hereditária raríssima, que leva a alterações em todos os dentes, tanto nos de leite como nos permanentes, causando muitos problemas clínicos aos seus portadores.”  A causa mais comum para defeitos do esmalte dentário em vários dentes ao mesmo tempo é a fluorose dentária, que aparece em vários grupos de dentes permanentes ao mesmo tempo e é resultado da ingestão em quantidade maior que a recomendada de fluoretos durante a infância. Os fluoretos estão presentes na água que bebemos e nas pastas de dente, por isso “os órgãos responsáveis devem dosar e controlar rigorosamente a quantidade de fluoretos na água de abastecimento, e, em casa, devemos tomar bastante cuidado para não usar uma quantidade exagerada de pasta de dente quando vamos escovar os dentes das nossas crianças, e muito menos deixá-las comer pasta de dente, o que pode ser muito mais comum do que imaginamos”. A Hipomineralização Molar-Incisivo, ou HMI, é um tipo mais específico de hipomineralização, ou seja, um defeito na qualidade do esmalte, que se apresenta com uma deficiência no seu conteúdo mineral, caracterizada por uma mancha bem demarcada, de cor que pode variar entre um branco mais pálido a até um amarelado ou mesmo acastanhado. Essa mancha lembra o aspecto de um giz ou mesmo como se o dente estivesse formado em algum lugar por farinha ou cal. “Na HMI o esmalte pode ficar quebradiço e muito poroso, causando na criança muitas vezes sintomatologia dolorosa e muita facilidade para quebrar e maior risco para aparecimento de cárie. A HMI é bastante comum, com uma média de cerca de 20% de prevalência no Brasil e no mundo. Ou seja, cerca de uma a cada cinco crianças acima de 6 anos de idade pode apresentar este tipo de problema de esmalte. O professor lembra que as hipoplasias e as hipomineralizações podem ser bastante comuns e afetam muito a qualidade de vida da criança, por isso necessitam sempre serem avaliadas por um cirurgião-dentista ou odontopediatra.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #75: Tratamentos ortodônticos trazem inúmeros benefícios também para pacientes adultos 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Oct 26, 2020 9:31


É comum escutar que os tratamentos ortodônticos, como a fixação de aparelhos, por exemplo, devem ser realizados durante a infância ou adolescência, já que se tem a impressão que, quanto mais velho a pessoa fica, há menos chances de o tratamento dar certo. Mas isso não é verdade. “É possível, sim, colocar aparelho ortodôntico em qualquer idade”, diz a professora Lylian Kazumi Kanashiro, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP. O aparelho ortodôntico no adulto pode ser indicado em muitas situações, seja para melhorar a estética, nos casos em que o paciente perdeu um dente, ou então para buscar uma mordida mais equilibrada. A professora explica que existem algumas diferenças no tratamento ortodôntico de um adulto para o de uma criança ou adolescente. A primeira diz respeito à complexidade do problema, já que, “na criança, a oclusão ainda está em desenvolvimento, então, ela tende a ser menos complexa”.  Já a segunda diferença acontece nas situações em que o desvio da mordida não está relacionado somente à posição errada dos dentes. Às vezes, o problema pode estar em uma ou nas duas bases ósseas que seguram os dentes, que são a maxila e a mandíbula. “Em adultos, não é possível contar com o crescimento. Então, se for preciso corrigir a maxila ou a mandíbula, terá que ser feito por meio de cirurgia ortognática”, explica a professora.  Lylian destaca que, para que o paciente adulto inicie um tratamento ortodôntico, é fundamental que a gengiva e o osso que seguram os dentes estejam saudáveis, porque “não se deve realizar movimentos dentários enquanto existir uma doença periodontal ativa”.  Além disso, ressalta que o tempo de uso do aparelho é praticamente o mesmo, independentemente da faixa etária. “Os principais fatores que interferem no tempo do tratamento são a complexidade do caso, o objetivo do tratamento e a colaboração do paciente”, destaca Lylian, que ainda acrescenta que quebras e perdas do aparelho, faltas às consultas e o uso inadequado de elásticos também são fatores que alteram diretamente o tempo do tratamento.  Os cuidados que o paciente adulto deve ter durante o tratamento ortodôntico são os mesmos das crianças e adolescentes. No caso dos dentes, o objetivo tem que ser a prevenção de cáries, manchas permanentes no esmalte dos dentes e de perdas ósseas. O paciente também deve evitar alimentos e bebidas com açúcar e carboidratos entre as refeições principais. Quanto aos cuidados com o aparelho, o objetivo deve ser evitar a quebra dos aparelhos fixos. “Para isso, o paciente deve evitar alimentos com consistência dura, colocar os alimentos na boca em porções pequenas e criar o hábito de comer devagar, para que a força mastigatória não exerça uma pressão excessiva e quebre os bráquetes”, destaca a professora.  Outra questão abordada é se a falta de dente impede a colocação de um aparelho ortodôntico. Lylian afirma que não e que a ortodontia pode influenciar positivamente esses pacientes. “No caso em que foram perdidos um ou mais dentes, pode-se planejar o fechamento total do espaço existente ou regularizar os espaços para a recolocação mais adequada de uma prótese ou implante”, explica a professora. Ela ainda diz que os planejamentos dos casos com perdas dentárias são realizados em conjunto com dentistas de outras especialidades.  Pacientes idosos também podem realizar tratamento ortodôntico. “Com o aumento da expectativa de vida, somada ao estilo de vida mais ativo das pessoas na terceira idade, a busca pelo tratamento ortodôntico tem aumentado bastante nos consultórios”, destaca Lylian. É que como elas procuram uma melhor qualidade de vida, também “buscam a estética e a melhora da função, como a mastigação”. Ela ainda aconselha que pessoas da terceira idade, que precisam ou tenham que fazer algum tratamento, devem procurar um dentista.  A professora destaca que o tratamento ortodôntico em adultos, pensando na estética, pode aumentar, inclusive, a autoestima do paciente. “Mas os benefícios do tratamento ortodôntico não se resumem somente à estética”, alerta. Há um benefício funcional relevante, porque, quando o paciente tem uma mordida equilibrada “tem também a prevenção de problemas na gengiva, de desgastes e fraturas dos dentes”. Além disso, a higienização se torna mais fácil e, com tudo isso, “o paciente adulto terá condições de manter seus dentes intactos e saudáveis ao longo de toda a sua vida”.  Ouça este episódio completo do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia # 74: Pacientes oncológicos precisam de tratamento bucal diferenciado  

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Oct 19, 2020 8:52


O tratamento do câncer é sempre um momento delicado na vida do paciente. Mas, nesse período, é importantíssimo manter a higiene em dia, com cuidados ainda mais especiais com a saúde bucal, que pode ter graves prejuízos por conta dos procedimentos feitos contra a doença. Sobre esses cuidados, o Momento Odontologia ouviu o professor Paulo Sérgio da Silva Santos, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O especialista explicou que, se necessário tratamento bucal, este deve ser feito antes da quimioterapia ou radioterapia, especialmente quando o câncer é na região da cabeça e do pescoço, pois “as infecções presentes na boca podem se agravar e causar complicações ainda mais graves”.  Além disso, diz o professor, é preciso manter os cuidados durante o tratamento, pois há possibilidade de surgirem outros problemas. Um deles é a mucosite oral, que são úlceras na boca, decorrentes da quimioterapia ou radioterapia, “que comprometem a saúde bucal do paciente e atrapalham, inclusive, a alimentação e a fala dele”.  Existem, também, as chamadas infecções oportunistas, que são provocadas por bactérias, vírus ou fungos, e que podem aparecer durante esse período do tratamento do câncer. “Essas infecções são graves e podem começar na boca e se disseminar pelo corpo”, alerta. Para o professor, a mucosite oral exige prevenção, que não evita o aparecimento do problema, mas ajuda a diminuir a gravidade das manifestações bucais. Nesses casos, os cuidados devem permanecer durante todo o período do tratamento. Mas o professor ressalta que, durante a quimioterapia ou a radioterapia, os pacientes não podem realizar qualquer tratamento odontológico. O ideal é que sejam feitos apenas procedimentos de urgência. “Como o tratamento contra o câncer causa uma queda na imunidade do paciente, qualquer intervenção mais extensa ou invasiva pode provocar um problema grave na boca e abrir uma porta para infecções.”  O professor ressalta, ainda, que “quanto menos bactéria na boca, menos complicações os pacientes terão durante o tratamento do câncer”. É importante prevenir problemas bucais antes do tratamento, porque quando eles aparecem durante esse período, “é muito complicado continuar cuidando da higiene oral da forma correta”. Santos destaca que existem escovas e cremes dentais específicos para pacientes oncológicos, porque, “durante a quimioterapia, muitos pacientes têm náuseas ou vômitos e o creme dental pode acentuar esses problemas”.  Além de uma boa avaliação, existem procedimentos preventivos que precisam ser realizados na boca antes do início do tratamento, como, por exemplo, remoção de cáries, tratamentos de doenças nas gengivas, onde há bactérias graves que podem se alastrar e provocar infecções, e até extrações dentárias, se for necessário. “É muito importante observar se há outras doenças, outras infecções na boca, que podem se agravar durante o tratamento contra o câncer.”  Os cuidados não podem parar após o tratamento, alerta o professor. Isso porque existem complicações tardias da quimioterapia e da radioterapia, como a redução da saliva e até mesmo cáries que aparecem em razão da quimioterapia, por exemplo. O acompanhamento do cirurgião-dentista é ainda mais importante, pois deve diagnosticar, fazer o tratamento e prevenir complicações. Esse profissional pode avaliar possíveis sinais de recidiva do câncer ou de metástase, células provenientes de outras partes do corpo que podem se manifestar na boca. Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #73: Afta pode aparecer em qualquer região da boca e incomoda bastante, mas existe tratamento

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Oct 5, 2020 2:21


Com certeza você já teve na boca aquela feridinha arredondada, branco amarelada no centro e com uma mancha avermelhada ao redor, a chamada afta. Ela pode aparecer na língua, nas bochechas, no céu da boca e até na garganta, e incomoda bastante.  Para entender as causas das aftas, que também são conhecidas como úlceras aftosas recorrentes, o programa Momento Odontologia desta semana recebeu a pós-doutoranda em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, Maya Fernanda Manfrin Arnez, Segundo a professora, a afta é “definida como uma úlcera, que varia de tamanho, quantidade e que pode aparecer em qualquer região da boca”. Suas causas podem ser variadas, como traumas locais, infecções, alergias ou alterações fisiológicas, metabólicas e até mesmo emocionais.  Qualquer pessoa pode ter afta, mas a professora destaca que elas “são mais comuns em pessoas do sexo feminino”. Ela ocorre mais na infância e na adolescência e até mesmo na vida adulta, só que com menos frequência, já que “sua severidade diminui com a idade”. Além disso, pessoas com doenças sistêmicas, crônicas ou com baixa imunidade, geralmente, têm mais aftas. As feridinhas incomodam por um tempo, já que “geralmente desaparecem em um período entre sete e 14 dias”. Mas existem alguns tratamentos para as aftas, como o bochecho, visto como “tratamento de escolha para a higienização bucal e alívio dos sintomas”. Além disso, podem ser utilizados anestésicos ou corticoides tópicos. Para os casos mais severos, são usados corticoides sistêmicos. A professora ainda lembra que, muitas vezes, as aftas são confundidas com herpes simples. Ela ressalta que as aftas não são contagiosas e que “o vírus do herpes simples não causa aftas”.  Ouça no player acima o programa Momento Odontologia, com a pós-doutoranda em Odontopediatria da Forp, Maya Fernanda Manfrin Arnez, que falou sobre as conhecidas aftas. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #73: Afta pode aparecer em qualquer região da boca e incomoda bastante, mas existe tratamento

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Oct 5, 2020 2:21


Com certeza você já teve na boca aquela feridinha arredondada, branco amarelada no centro e com uma mancha avermelhada ao redor, a chamada afta. Ela pode aparecer na língua, nas bochechas, no céu da boca e até na garganta, e incomoda bastante.  Para entender as causas das aftas, que também são conhecidas como úlceras aftosas recorrentes, o programa Momento Odontologia desta semana recebeu a pós-doutoranda em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, Maya Fernanda Manfrin Arnez, Segundo a professora, a afta é “definida como uma úlcera, que varia de tamanho, quantidade e que pode aparecer em qualquer região da boca”. Suas causas podem ser variadas, como traumas locais, infecções, alergias ou alterações fisiológicas, metabólicas e até mesmo emocionais.  Qualquer pessoa pode ter afta, mas a professora destaca que elas “são mais comuns em pessoas do sexo feminino”. Ela ocorre mais na infância e na adolescência e até mesmo na vida adulta, só que com menos frequência, já que “sua severidade diminui com a idade”. Além disso, pessoas com doenças sistêmicas, crônicas ou com baixa imunidade, geralmente, têm mais aftas. As feridinhas incomodam por um tempo, já que “geralmente desaparecem em um período entre sete e 14 dias”. Mas existem alguns tratamentos para as aftas, como o bochecho, visto como “tratamento de escolha para a higienização bucal e alívio dos sintomas”. Além disso, podem ser utilizados anestésicos ou corticoides tópicos. Para os casos mais severos, são usados corticoides sistêmicos. A professora ainda lembra que, muitas vezes, as aftas são confundidas com herpes simples. Ela ressalta que as aftas não são contagiosas e que “o vírus do herpes simples não causa aftas”.  Ouça no player acima o programa Momento Odontologia, com a pós-doutoranda em Odontopediatria da Forp, Maya Fernanda Manfrin Arnez, que falou sobre as conhecidas aftas. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #72: Os fumantes têm 85% mais chances de desenvolver periodontite do que os não fumantes

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Sep 28, 2020 5:04


A periodontite é uma doença inflamatória crônica, que afeta a gengiva e o osso, que são tecidos que dão suporte aos dentes. Essa infecção é causada por bactérias e, se não for tratada corretamente, pode levar até mesmo à perda de dentes.  Mas o problema pode ser ainda pior em pessoas fumantes, segundo a professora Marinella Holzhausen Caldeira, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do Momento Odontologia desta semana. “O tabagismo enfraquece o nosso sistema imunológico, ou seja, pode diminuir a proteção do nosso organismo no combate contra as bactérias que causam a periodontite.”  Além disso, ela lembra que “a incidência de periodontite em fumantes é muito alta”. Segundo a professora, os fumantes têm 85% mais de chances de desenvolver o problema do que uma pessoa não fumante. Outro fator de risco neste caso é que “fumantes podem ter resultados desfavoráveis no tratamento da periodontite” A prevenção da doença depende da adoção de bons hábitos de higiene oral, como escovar os dentes, usar fio dental e fazer  visitas frequentes ao dentista. Mas a professora ressalta que o importante é não fumar. É que “mesmo com bons hábitos de higiene oral, os fumantes apresentam maior risco de perder dentes por periodontite”.  Já o tratamento pode ser simples e envolve a raspagem da raiz do dente ou remoção de tártaro. Além disso, os dentistas também podem prescrever bochechos ou antibióticos. Mas, em casos mais graves, são necessárias cirurgias para correção das gengivas ou do osso, prejudicados pela periodontite. Nesses casos, a professora destaca que “o fumo interfere diretamente na cicatrização”.  O tabagismo pode até atrapalhar o descobrimento da doença, já que “o fumo esconde o primeiro sinal da inflamação da gengiva, que é o sangramento”. Por conta disso, a periodontite pode progredir de uma maneira silenciosa em fumantes. Apesar disso, é possível perceber outras alterações, como mau hálito, mudanças na posição dos dentes, dor e até mesmo a sensação de que os dentes estão mais compridos, “por conta da retração das gengivas”.  Para evitar problemas como a periodontite, os fumantes precisam tomar alguns cuidados específicos. A professora ressalta que “a escovação dos dentes, logo após fumar, pode diminuir um pouco as manchas nos dentes e também o mau hálito” comuns em fumantes. Mas lembra que isso não é suficiente para bloquear os efeitos sistêmicos do cigarro. “A melhor solução para a saúde bucal, e geral, continua sendo parar de fumar.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #72: Os fumantes têm 85% mais chances de desenvolver periodontite do que os não fumantes

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Play Episode Listen Later Sep 28, 2020 5:04


A periodontite é uma doença inflamatória crônica, que afeta a gengiva e o osso, que são tecidos que dão suporte aos dentes. Essa infecção é causada por bactérias e, se não for tratada corretamente, pode levar até mesmo à perda de dentes.  Mas o problema pode ser ainda pior em pessoas fumantes, segundo a professora Marinella Holzhausen Caldeira, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do Momento Odontologia desta semana. “O tabagismo enfraquece o nosso sistema imunológico, ou seja, pode diminuir a proteção do nosso organismo no combate contra as bactérias que causam a periodontite.”  Além disso, ela lembra que “a incidência de periodontite em fumantes é muito alta”. Segundo a professora, os fumantes têm 85% mais de chances de desenvolver o problema do que uma pessoa não fumante. Outro fator de risco neste caso é que “fumantes podem ter resultados desfavoráveis no tratamento da periodontite” A prevenção da doença depende da adoção de bons hábitos de higiene oral, como escovar os dentes, usar fio dental e fazer  visitas frequentes ao dentista. Mas a professora ressalta que o importante é não fumar. É que “mesmo com bons hábitos de higiene oral, os fumantes apresentam maior risco de perder dentes por periodontite”.  Já o tratamento pode ser simples e envolve a raspagem da raiz do dente ou remoção de tártaro. Além disso, os dentistas também podem prescrever bochechos ou antibióticos. Mas, em casos mais graves, são necessárias cirurgias para correção das gengivas ou do osso, prejudicados pela periodontite. Nesses casos, a professora destaca que “o fumo interfere diretamente na cicatrização”.  O tabagismo pode até atrapalhar o descobrimento da doença, já que “o fumo esconde o primeiro sinal da inflamação da gengiva, que é o sangramento”. Por conta disso, a periodontite pode progredir de uma maneira silenciosa em fumantes. Apesar disso, é possível perceber outras alterações, como mau hálito, mudanças na posição dos dentes, dor e até mesmo a sensação de que os dentes estão mais compridos, “por conta da retração das gengivas”.  Para evitar problemas como a periodontite, os fumantes precisam tomar alguns cuidados específicos. A professora ressalta que “a escovação dos dentes, logo após fumar, pode diminuir um pouco as manchas nos dentes e também o mau hálito” comuns em fumantes. Mas lembra que isso não é suficiente para bloquear os efeitos sistêmicos do cigarro. “A melhor solução para a saúde bucal, e geral, continua sendo parar de fumar.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #71: Problemas de saúde bucal podem facilitar a progressão da obesidade 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 8:44


A obesidade é uma doença que já se tornou um problema de saúde pública, por conta de sua gravidade e prevalência. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 55% da população está com excesso de peso, enquanto quase 20% está obesa. Além de afetar a saúde de uma forma geral, a obesidade também pode estar relacionada à saúde bucal do indivíduo. É que “a obesidade é uma doença inflamatória e crônica, e pode estar relacionada a problemas da saúde bucal com a mesma natureza”, como explica Silvia Perez, professora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, no Momento Odontologia desta semana.  Entre os problemas bucais relacionados à obesidade estão a doença periodontal e a cárie dentária, por exemplo. A professora ainda alerta para o problema conhecido como erosão, que é o desgaste da superfície externa dos dentes, causado por alimentos ácidos. Outro problema é o bruxismo, já que “o indivíduo obeso, muitas vezes, tem um certo grau de ansiedade, e por conta disso pode ranger os dentes, o que causa um desgaste”. Silvia destaca que “são vários os problemas que acometem a condição bucal e que podem facilitar a progressão da obesidade”.  Segundo a professora, esses problemas são causados, principalmente, pela alimentação do paciente. Além de consumir alimentos como vegetais, frutas, carnes e alimentos secos, ricos em vitaminas e minerais essenciais, o indivíduo deve evitar alimentos industrializados, que além de não oferecer toda vitamina e minerais que o indivíduo precisa, ainda tem o valor calórico muito elevado. Silvia ainda destaca a ineficiência mastigatória, porque, “se o indivíduo não tem a capacidade de fragmentar os alimentos em tamanhos apropriados, por conta de uma doença periodontal, uma cárie ou a perda de um dente, ele terá que consumir alimentos mais pastosos, que são mais gordurosos e menos saudáveis”.  Sobre o tratamento, a professora alerta que, já no início, o cirurgião-dentista deve observar que “a obesidade traz consigo muitas comorbidades”, o que deve ser levado em consideração. “Além de observar as condições bucais, o profissional deve observar quais são as condições sistêmicas desse paciente. Este paciente é portador de uma síndrome metabólica, que oferece maiores complicações para o indivíduo. Então, os procedimentos oferecidos a este paciente precisam ser muito bem planejados.” O paciente também tem papel fundamental nesse tratamento e, “além dos cuidados com a higiene bucal, deve manter uma regularidade de visitas ao cirurgião-dentista”, para fazer o acompanhamento de uma possível progressão de alguma doença, o que é de extrema importância, garante a professora. É que se uma doença como a periodontal não for acompanhada, o paciente corre o risco de perder um dente. “Nós queremos que as pessoas vivam cada vez mais e melhor, mantendo sua qualidade de vida”, destaca. “A nossa recomendação é que as pessoas não analisem somente a saúde bucal, a saúde geral ou a obesidade. Nós temos que entender o todo que envolve o paciente.” Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no link acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #70: Higienização correta da boca pode evitar a língua saburrosa e o mau hálito

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Sep 14, 2020 3:11


As crianças até os 7 ou 8 anos ainda não apresentam a destreza motora necessária para a correta higienização bucal, incluindo a língua. Assim, é comum aparecer a língua saburrosa. Outra alteração comum na língua são as fissuras. Essas duas alterações são os temas do Momento Odontologia desta semana, com Gisele Carvalho Inácio, doutoranda em Odontopediatria na Faculdade de Odontologia da USP em Ribeirão Preto. Gisele explica que a língua saburrosa é uma alteração benigna da língua, em que, clinicamente, pode-se observar áreas esbranquiçadas que aparecem por conta do acúmulo de placa bacteriana e restos alimentares, que se depositam na superfície da língua por falta de higiene. “Geralmente, o paciente não apresenta dor ou incômodo, mas pode alterar o paladar e causar mau hálito.” O tratamento é baseado na higienização correta da língua, com uso de escova dental ou raspador de língua.  Já a língua fissurada é uma alteração comum e se apresenta como numerosos sulcos ou fissuras presentes na superfície dorsal da língua, que podem variar de 2 mm a 6 mm de profundidade e acometer de 2% a 5% da população e é mais comum nos homens.  A causa da língua fissurada pode ser hereditária, mas pode estar associada à língua geográfica, que já foi tema do Momento Odontologia (leia aqui). “A idade do paciente e alguns fatores locais podem contribuir para o seu desenvolvimento”, diz Gisele.  Geralmente, a língua fissurada não precisa de tratamento específico, pois não apresenta sintomas, mas algumas pessoas podem ter discreta queimação e dor. Mas é necessária a correta higienização da língua para evitar o acúmulo de restos de alimentos que podem causar irritação, desconforto e mau hálito.  Gisele lembra que a língua fissurada e a língua saburrosa são alterações comuns que são observadas na população. O diagnóstico precoce favorece o esclarecimento da família em relação à causa e aos cuidados específicos para promover saúde bucal, sendo necessário que pelo menos uma vez ao dia os pais ou responsáveis façam a higiene da boca da criança, até os 7 ou 8 anos.  Ouça no player acima o episódio na íntegra do Momento Odontologia. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #70: Higienização correta da boca pode evitar a língua saburrosa e o mau hálito

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Play Episode Listen Later Sep 14, 2020 3:11


As crianças até os 7 ou 8 anos ainda não apresentam a destreza motora necessária para a correta higienização bucal, incluindo a língua. Assim, é comum aparecer a língua saburrosa. Outra alteração comum na língua são as fissuras. Essas duas alterações são os temas do Momento Odontologia desta semana, com Gisele Carvalho Inácio, doutoranda em Odontopediatria na Faculdade de Odontologia da USP em Ribeirão Preto. Gisele explica que a língua saburrosa é uma alteração benigna da língua, em que, clinicamente, pode-se observar áreas esbranquiçadas que aparecem por conta do acúmulo de placa bacteriana e restos alimentares, que se depositam na superfície da língua por falta de higiene. “Geralmente, o paciente não apresenta dor ou incômodo, mas pode alterar o paladar e causar mau hálito.” O tratamento é baseado na higienização correta da língua, com uso de escova dental ou raspador de língua.  Já a língua fissurada é uma alteração comum e se apresenta como numerosos sulcos ou fissuras presentes na superfície dorsal da língua, que podem variar de 2 mm a 6 mm de profundidade e acometer de 2% a 5% da população e é mais comum nos homens.  A causa da língua fissurada pode ser hereditária, mas pode estar associada à língua geográfica, que já foi tema do Momento Odontologia (leia aqui). “A idade do paciente e alguns fatores locais podem contribuir para o seu desenvolvimento”, diz Gisele.  Geralmente, a língua fissurada não precisa de tratamento específico, pois não apresenta sintomas, mas algumas pessoas podem ter discreta queimação e dor. Mas é necessária a correta higienização da língua para evitar o acúmulo de restos de alimentos que podem causar irritação, desconforto e mau hálito.  Gisele lembra que a língua fissurada e a língua saburrosa são alterações comuns que são observadas na população. O diagnóstico precoce favorece o esclarecimento da família em relação à causa e aos cuidados específicos para promover saúde bucal, sendo necessário que pelo menos uma vez ao dia os pais ou responsáveis façam a higiene da boca da criança, até os 7 ou 8 anos.  Ouça no player acima o episódio na íntegra do Momento Odontologia. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #69: Odontologia Legal se consolida e se expande como campo de atuação para o cirurgião-dentista

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Aug 31, 2020 9:01


A odontologia, como muitos sabem, conta com várias áreas de atuação. Uma delas é a Odontologia Legal, como prevê o inciso 4° do artigo 6° da Lei 5.081, que regulamenta o exercício da profissão do cirurgião-dentista. Nos últimos anos, o odontólogo legal esteve presente em casos de grande repercussão, como acidentes aéreos e a tragédia em Brumadinho. “A odontologia forense é um campo de atuação pericial do cirurgião-dentista”, explica o professor Rogério Nogueira de Oliveira, do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, ao Momento Odontologia desta semana. Segundo Oliveira, o trabalho é amplo, já que vai “desde a identificação humana até atribuições da deontologia, o estudo dos direitos e deveres no campo da atuação profissional”.  A especialização na área cresceu bastante e Oliveira acredita que o aprofundamento desse campo de atuação está avançado, já que “tem uma consolidação e cursos de formação pelo Brasil inteiro”. Existem cursos de assessoria para empresas, treinamentos e atualização em perícia, além de auditorias odontológicas, e, “com recursos on-line, as facilidades aumentam e as distâncias diminuem”, destaca o professor. Além disso, a área de atuação também foi expandida. Apesar de a maior parte ser nos âmbitos cível e criminal, “outra possibilidade é a atuação de assessoria, para indústrias e empresas”. Nesse caso, o profissional pode ajudar defendendo a empresa em casos de atendimento ao consumidor, em problemas com produtos vendidos. “As possibilidades são inúmeras e vão muito além da comparação dos elementos dentários.” Com a área em crescimento, Oliveira ressalta que a Odontologia Legal está “consolidada e reconhecida nacionalmente”. Além disso, enfatiza a representação internacional pelas pesquisas produzidas e publicadas e pela “participação efetiva de brasileiros nas entidades internacionais”. O futuro, segundo o professor, é promissor. “Haverá um aumento das demandas, porque está tendo um aumento da qualificação adequada e isso pode ser um espaço para esses profissionais que estão se especializando.” Ouça no player acima o episódio completo do Momento Odontologia desta semana. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #69: Odontologia Legal se consolida e se expande como campo de atuação para o cirurgião-dentista

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 31, 2020 9:01


A odontologia, como muitos sabem, conta com várias áreas de atuação. Uma delas é a Odontologia Legal, como prevê o inciso 4° do artigo 6° da Lei 5.081, que regulamenta o exercício da profissão do cirurgião-dentista. Nos últimos anos, o odontólogo legal esteve presente em casos de grande repercussão, como acidentes aéreos e a tragédia em Brumadinho. “A odontologia forense é um campo de atuação pericial do cirurgião-dentista”, explica o professor Rogério Nogueira de Oliveira, do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, ao Momento Odontologia desta semana. Segundo Oliveira, o trabalho é amplo, já que vai “desde a identificação humana até atribuições da deontologia, o estudo dos direitos e deveres no campo da atuação profissional”.  A especialização na área cresceu bastante e Oliveira acredita que o aprofundamento desse campo de atuação está avançado, já que “tem uma consolidação e cursos de formação pelo Brasil inteiro”. Existem cursos de assessoria para empresas, treinamentos e atualização em perícia, além de auditorias odontológicas, e, “com recursos on-line, as facilidades aumentam e as distâncias diminuem”, destaca o professor. Além disso, a área de atuação também foi expandida. Apesar de a maior parte ser nos âmbitos cível e criminal, “outra possibilidade é a atuação de assessoria, para indústrias e empresas”. Nesse caso, o profissional pode ajudar defendendo a empresa em casos de atendimento ao consumidor, em problemas com produtos vendidos. “As possibilidades são inúmeras e vão muito além da comparação dos elementos dentários.” Com a área em crescimento, Oliveira ressalta que a Odontologia Legal está “consolidada e reconhecida nacionalmente”. Além disso, enfatiza a representação internacional pelas pesquisas produzidas e publicadas e pela “participação efetiva de brasileiros nas entidades internacionais”. O futuro, segundo o professor, é promissor. “Haverá um aumento das demandas, porque está tendo um aumento da qualificação adequada e isso pode ser um espaço para esses profissionais que estão se especializando.” Ouça no player acima o episódio completo do Momento Odontologia desta semana. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 24, 2020 9:40


Quando se fala em saúde bucal, uma coisa muito comum entre os brasileiros são as restaurações, também chamadas de obturações. Nelas, o profissional dentista usa um determinado material para recuperar e resgatar a parte danificada do dente para que ele resgate a sua função. A odontologia evoluiu muito, não só em relação aos materiais, mas também quanto aos instrumentos utilizados nesse procedimento. A evolução no processo de restauração dentária é o tema do Momento Odontologia desta semana, com o professor Rafael Francisco Lia Mondelli, do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. Segundo o professor, uma das primeiras grandes novidades foi a caneta de alta rotação, que permitiu aos profissionais da odontologia o preparo dos dentes para uma restauração mais rápida e efetiva.   Outros instrumentos também evoluíram e a odontologia ficou menos invasiva, o que levou à preservação de uma maior área do dente a ser restaurada. Mondelli ressalta que “outra evolução foi a adesão às estruturas dentárias”. O professor destaca o uso das estruturas de esmalte, em que “se aplica um sistema adesivo, para que dê retenção” ao dente. “E não só isso: se antes era possível somente fazer a polimerização química, depois surgiu a possibilidade de fazer a polimerização através da luz. É um material que permite substituir as estruturas dentais perdidas.” O professor lembra que, ao mesmo tempo, aconteceu a evolução dos sistemas cerâmicos e também houve um avanço das tecnologias, que trouxe mais rapidez e qualidade para muitos procedimentos, além do surgimento dos cimentos resinosos adesivos. Tudo isso, diz o professor, faz parte do processo de restauração que, “como o próprio diz, é restaurar o elemento dental que sofreu alguma consequência, por uma lesão de cárie, uma erosão química, por exemplo”.  A restauração pode ser feita de formas diferentes. A direta, mais utilizada, pode ser feita através de “uma resina composta, tanto nos dentes anteriores quanto nos posteriores”. Outro material que pode ser utilizado é o cimento de Ionômero de Vidro, “que pode servir como material restaurador provisório e/ou, então, definitivo, dependendo da situação clínica”. O professor ressalta que houve um grande desenvolvimento nas restaurações indiretas, com as conhecidas porcelanas, um processo um pouco mais trabalhoso. “Tem que fazer o preparo do elemento dental, uma moldagem que vai ser confeccionada em laboratório e depois cimentada na cavidade do dente preparado.” Mondelli alerta que as restaurações precisam ser bem-feitas, “para que não tenha o risco de uma infiltração ao longo do tempo e ter que fazer novas restaurações”. Ele explica que isso pode ser um risco, já que “pode ter uma perda maior da estrutura dental”. O professor ressalta que os materiais utilizados têm um tempo de vida útil, “que varia pela característica e propriedades do material, a habilidade do operador e o tamanho da cavidade”. Ao comparar as restaurações diretas e indiretas, Mondelli destaca que “a resina composta tem uma vida útil menor que a porcelana”.  Com as crianças, a situação não é diferente. “É extremamente importante ter o controle da cárie na cavidade bucal das crianças e orientar que elas devem fazer a higienização adequada”, destaca. Segundo Mondelli, esses cuidados são essenciais, porque “quanto melhor o controle, melhor vai ser a dentição permanente”. E os cuidados, que devem começar na infância, precisam ser mantidos na vida adulta. Aliás, os cuidados com os dentes restaurados “são os mesmos que temos com os que não têm restauração”. Manter a higienização adequada vai ser essencial no processo, já que “vai colaborar para que o paciente tenha um tempo maior de vida útil dessa restauração”. Ouça o episódio completo do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes

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Play Episode Listen Later Aug 24, 2020 9:40


Quando se fala em saúde bucal, uma coisa muito comum entre os brasileiros são as restaurações, também chamadas de obturações. Nelas, o profissional dentista usa um determinado material para recuperar e resgatar a parte danificada do dente para que ele resgate a sua função. A odontologia evoluiu muito, não só em relação aos materiais, mas também quanto aos instrumentos utilizados nesse procedimento. A evolução no processo de restauração dentária é o tema do Momento Odontologia desta semana, com o professor Rafael Francisco Lia Mondelli, do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. Segundo o professor, uma das primeiras grandes novidades foi a caneta de alta rotação, que permitiu aos profissionais da odontologia o preparo dos dentes para uma restauração mais rápida e efetiva.   Outros instrumentos também evoluíram e a odontologia ficou menos invasiva, o que levou à preservação de uma maior área do dente a ser restaurada. Mondelli ressalta que “outra evolução foi a adesão às estruturas dentárias”. O professor destaca o uso das estruturas de esmalte, em que “se aplica um sistema adesivo, para que dê retenção” ao dente. “E não só isso: se antes era possível somente fazer a polimerização química, depois surgiu a possibilidade de fazer a polimerização através da luz. É um material que permite substituir as estruturas dentais perdidas.” O professor lembra que, ao mesmo tempo, aconteceu a evolução dos sistemas cerâmicos e também houve um avanço das tecnologias, que trouxe mais rapidez e qualidade para muitos procedimentos, além do surgimento dos cimentos resinosos adesivos. Tudo isso, diz o professor, faz parte do processo de restauração que, “como o próprio diz, é restaurar o elemento dental que sofreu alguma consequência, por uma lesão de cárie, uma erosão química, por exemplo”.  A restauração pode ser feita de formas diferentes. A direta, mais utilizada, pode ser feita através de “uma resina composta, tanto nos dentes anteriores quanto nos posteriores”. Outro material que pode ser utilizado é o cimento de Ionômero de Vidro, “que pode servir como material restaurador provisório e/ou, então, definitivo, dependendo da situação clínica”. O professor ressalta que houve um grande desenvolvimento nas restaurações indiretas, com as conhecidas porcelanas, um processo um pouco mais trabalhoso. “Tem que fazer o preparo do elemento dental, uma moldagem que vai ser confeccionada em laboratório e depois cimentada na cavidade do dente preparado.” Mondelli alerta que as restaurações precisam ser bem-feitas, “para que não tenha o risco de uma infiltração ao longo do tempo e ter que fazer novas restaurações”. Ele explica que isso pode ser um risco, já que “pode ter uma perda maior da estrutura dental”. O professor ressalta que os materiais utilizados têm um tempo de vida útil, “que varia pela característica e propriedades do material, a habilidade do operador e o tamanho da cavidade”. Ao comparar as restaurações diretas e indiretas, Mondelli destaca que “a resina composta tem uma vida útil menor que a porcelana”.  Com as crianças, a situação não é diferente. “É extremamente importante ter o controle da cárie na cavidade bucal das crianças e orientar que elas devem fazer a higienização adequada”, destaca. Segundo Mondelli, esses cuidados são essenciais, porque “quanto melhor o controle, melhor vai ser a dentição permanente”. E os cuidados, que devem começar na infância, precisam ser mantidos na vida adulta. Aliás, os cuidados com os dentes restaurados “são os mesmos que temos com os que não têm restauração”. Manter a higienização adequada vai ser essencial no processo, já que “vai colaborar para que o paciente tenha um tempo maior de vida útil dessa restauração”. Ouça o episódio completo do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #67: Mucocele e rânula são lesões comuns na boca

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 17, 2020 3:35


As bolhas de saliva, comuns nos lábios e na parte interna da boca de crianças, são lesões benignas da mucosa oral, resultado da ruptura de um dos vários ductos salivares. Essas lesões têm nomes estranhos, mucocele e rânula. Quando aparecem nos lábios, na língua, no palato mole  – a parte de trás do céu da boca, ou na mucosa jugal – a parte interna das bochechas são chamadas de mucocele. Já quando aparecem no assoalho da boca, embaixo da língua, são as rânulas. No Momento Odontologia desta semana, Gisele Carvalho Ignácio, doutoranda em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, conta as características dessas bolhas e como tratá-las.  Essas lesões, segundo Gisele, surgem frequentemente como resultado de um trauma local, embora, em alguns casos, esse histórico não seja observado. “A mucocele pode apresentar-se com variação de 1 milímetro a vários centímetros de tamanho. No lábio inferior é a região mais comum e as lesões podem durar vários dias e até anos.” Já a rânula pode ser caracterizada como uma bolha azulada, flutuante e abaulada no assoalho da boca. Algumas lesões mais profundas podem se apresentar com coloração normal. “Além da localização diferente da mucocele, as rânulas tendem a ser maiores, podendo ocupar todo o assoalho da boca, promovendo inclusive a elevação da língua”, explica. Gisele lembra que a mucocele acomete desde bebês recém-nascidos até pacientes idosos, e algumas lesões são de curta duração, se rompem e cicatrizam sem intervenções. “Quando às lesões, não apresentam resolução espontânea ou são recorrentes e podem ser indicados desde tratamentos conservadores até tratamentos cirúrgicos. Para a rânula, pode ser indicada a drenagem do cisto e também cirurgia.” A especialista garante que o diagnóstico precoce é de extrema importância para um tratamento eficaz e seguro.  Ouça na íntegra, no player acima, o episódio completo do Momento Odontologia desta semana. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #66: Dente pode ser considerado um órgão?

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 10, 2020 5:19


O dente pode ser considerado um órgão e, como qualquer outro do corpo humano, sua doação é de extrema importância. Seja um dente de leite que caiu ou até mesmo um permanente que tenha sido extraído, o dente não deve ser descartado e tem destinos apropriados, como os biobancos ou bancos de dentes, como explica o professor José Carlos Pettorossi Imparato, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no Momento Odontologia desta semana.  Imparato ressalta que independentemente da condição do dente, ele deve ser doado. “Doar um dente é como doar um órgão, é fundamental.” E os locais adequados para essas doações são as faculdades de Odontologia, diz o professor. “A FO USP é pioneira no mundo neste aspecto de recebimento de dentes, que são emprestados aos alunos para que eles não passem por riscos, por exemplo, de comprar dentes humanos”, destaca o professor. “O biobanco de dentes da FO tem um termo de doação e os dentes são usados para pesquisa. Já o banco de dentes não tem um termo e os dentes são utilizados para o ensino”, explica. O professor ainda completa informando que “todos esses dentes são armazenados em água sob refrigeração e trocados de tempo em tempo”.  Para o professor, as pessoas ainda não têm a informação de os que dentes são órgãos. Para Imparato, a discussão nem deveria existir. “Infelizmente, grande parte da população ainda não entende que o dente é um órgão. Assim como outros órgãos do corpo humano, ele tem funções específicas, como cortar, moer e triturar.” Para o professor, “o problema está relacionado a fatores que envolvem questões sociais, econômicas e culturais”.  Imparato indica que “os primeiros cuidados de prevenção e orientação devem ser dados para a gestante, para que a família comece a compreender que o dente deve ser cuidado, de maneira consciente”. O professor ressalta que cada profissional terá um método de trabalho para cada paciente, para “interferir, de maneira positiva, nos hábitos alimentares e de higiene do núcleo familiar”. Segundo ele, com os dentes higienizados corretamente e a dieta controlada, as chances de uma doença bucal se desenvolver diminui e “mesmo em pacientes onde já exista, ela não vai avançar”.  O professor ainda alerta que, caso um paciente perca o dente, é preciso fazer a reposição. O problema, segundo Imparato, são as mentiras criadas diante do assunto. “Temos que tirar os mitos que ouvimos por aí de que o tratamento endodôntico causa problema de saúde. Isso faz mal para a população.” E, se você perdeu um dente ou seu filho perdeu um dente de leite, lembre-se ele pode ser doado. A USP mantém faculdades de Odontologia em três cidades do Estado, em São Paulo, Ribeirão Preto e Bauru, todas recebem doações. Ouça este episódio completo do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #65: Enxaguantes bucais não devem substituir a escovação e o fio dental

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 3, 2020 9:18


//jornal.usp.br/wp-content/uploads/2020/07/MOMENTO-ODONTOLÔGIA_03_AGOSTO_ROSE-TALAMONE_-ENXAGUANTES-BUCAIS.mp3 download do áudio Para uma boa higiene bucal é preciso escovar os dentes e usar o fio dental a cada refeição, mas muita gente também tem o hábito de fazer bochechos com antisséptico bucal, ou simplesmente enxaguante bucal. Mas esses enxaguantes são somente métodos complementares para a higiene bucal, que auxiliam no controle da placa e da gengivite, como explica a professora Adriana SantAnna, da disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, no Momento Odontologia desta semana.  A professora alerta que não são todas as pessoas que precisam usar o enxaguante após a higienização. “A pessoa que não tem doença bucal, como gengivite, periodontite ou cárie, não precisa usar enxaguante após a higienização, mas deve fazer consultas regulares ao dentista, pelo menos uma vez a cada seis meses, para a profilaxia e receber orientação profissional.”  Dependendo da situação clínica, o cirurgião-dentista pode fazer a indicação de um enxaguante e determinar o tipo e a forma de uso. “A substância deve ser efetiva para a finalidade específica, como, por exemplo, aqueles que têm alto risco de cárie ou têm gengivite é necessário enxaguantes com propriedades antiplaca ou antigengivite. Mas a indicação precisa ser sempre do cirurgião-dentista.”  Os enxaguantes também podem ser coadjuvantes no tratamento da exposição radicular, quando a gengiva fica exposta e causa aquela dorzinha chata no contato com algo gelado, por exemplo. “Os enxaguantes ajudam muito na redução dessa sensibilidade e os mais utilizados normalmente contêm flúor e outras substâncias ativas com a função de fechar os túbulos dentinários expostos (canais microscópicos que ficam por baixo da superfície do esmalte até o interior do dente, chamado de polpa) para diminuírem a sensação de dor. “O uso nessas circunstâncias também não é tratamento, é um método adjunto, que ajuda nos sintomas. O tratamento é o cirurgião-dentista quem vai indicar.” Sobre algumas publicações científicas associarem o uso exagerado de enxaguantes bucais ao desenvolvimento de câncer, Adriana diz que o assunto é controverso, alguns estudos não relacionam, mas outros, in vitro, sugerem essa possibilidade. A professora lembra que enxaguantes são à base de álcool, substância considerada agente carcinogênico.  Os enxaguantes, segundo Adriana, também não devem ser utilizados por pessoas que têm alergia aos seus componentes, situação rara, mas que pode acontecer. “Não precisa ser utilizado quando o paciente é saudável, não tem doença bucal, como, por exemplo, cáries, gengivite e periodontite.”  A professora reafirma que o método de prevenção primário é a escova e o uso do fio dental. “Algumas pessoas tendem a substituí-los, deixam de escovar os dentes, e fazem bochechos com enxaguantes, mas eles não substituem em nada a escova e o fio dental, eles se somam”, alerta.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #64: Machuquei meu dente! E agora?

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jun 29, 2020 6:49


Um problema que aflige os pais ou qualquer adulto que está próximo é quando uma criança quebra ou arranca um dente inteiro. Esse tipo de acidente pode acontecer nas brincadeiras e praticando esportes, em casa, na escola, no parque ou na rua, e são mais comuns do que se imagina. No ano passado, só no serviço de trauma oferecido pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP foram feitos mais de 800 procedimentos em crianças e adolescentes vítimas de dente quebrado ou arrancado. Esse volume levou os profissionais, que atendem no setor, a criar o projeto  Machuquei meu dente! E agora? para orientar pais, cuidadores e educadores sobre o que fazer nesses casos.  No Momento Odontologia desta semana, a acadêmica Camila Roberta Garrefa Dagostini, da Forp, que participa do projeto, conta que a melhor conduta é  sempre procurar o dente perdido, seja só um pedaço ou o dente inteiro. No caso de pedaço, colocar num pote com água e procurar o dentista, pois, nesse caso, a dentina pode ficar exposta. Se o dente saiu por inteiro, pegar pela coroa (a parte branca mais arredondada), lavar rapidamente em água corrente e, se conseguir, colocar de volta na boca no local de onde saiu. Se não conseguir, colocar no leite e procurar o dentista no prazo de uma hora.  Se o pedaço do dente ou o dente inteiro não forem encontrados, o dentista também deve ser procurado o mais rápido possível, pois, quando se quebra um dente, normalmente, a dentina é exposta e pode exigir um tratamento de canal. “No caso do dente inteiro, o melhor é o reimplante dental, mas, se ele não for encontrado, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para verificar se o dente não está totalmente intruído (quando o dente se desloca para dentro do osso alveolar).  “Se realmente o dente for perdido, o dentista vai verificar a melhor solução para cada caso.” Sobre as ocorrências do trauma, Camila diz que existem duas situações, as que envolvem o paciente e as que envolvem o ambiente. Quando relacionadas aos pacientes, os mais sujeitos ao trauma são aqueles que têm má oclusão, como os dentes para a frente, por exemplo. Já em relação ao ambiente, as ocorrências mais comuns acontecem em creches, clubes, escolas, quadras de esportes,  ou qualquer lugar que tenha várias crianças correndo e brincando juntas, pois ficam sujeitas a tropeçar, se esbarrar ou cair. Camila lembra que a prevenção ao trauma dental está sempre ligada à orientação aos professores, pais e cuidadores. Os pacientes adolescentes ou jovens adultos com má oclusão devem ser orientados a procurar um tratamento ortodôntico e, para aqueles que praticam esportes de contato, como lutas, que usem protetores bucais. “Mas é essencial que as crianças sejam sempre supervisionadas por um adulto.” Para finalizar, a acadêmica informa que, no caso de acidente com dente decíduo, mais conhecido como dente de leite, se acontecer a perda de um pedaço, é preciso procurar o dentista o mais rápido possível, pois o que sobrou pode ficar com uma parte cortante e machucar a boca da criança. Se o acidente arrancar o dente inteiro, “a literatura não recomenda o reimplante, pois pode gerar um dano ao dente permanente”, finaliza. Ouça na íntegra este episódio do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #64: Machuquei meu dente! E agora?

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Jun 29, 2020 6:49


Um problema que aflige os pais ou qualquer adulto que está próximo é quando uma criança quebra ou arranca um dente inteiro. Esse tipo de acidente pode acontecer nas brincadeiras e praticando esportes, em casa, na escola, no parque ou na rua, e são mais comuns do que se imagina. No ano passado, só no serviço de trauma oferecido pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP foram feitos mais de 800 procedimentos em crianças e adolescentes vítimas de dente quebrado ou arrancado. Esse volume levou os profissionais, que atendem no setor, a criar o projeto  Machuquei meu dente! E agora? para orientar pais, cuidadores e educadores sobre o que fazer nesses casos.  No Momento Odontologia desta semana, a acadêmica Camila Roberta Garrefa Dagostini, da Forp, que participa do projeto, conta que a melhor conduta é  sempre procurar o dente perdido, seja só um pedaço ou o dente inteiro. No caso de pedaço, colocar num pote com água e procurar o dentista, pois, nesse caso, a dentina pode ficar exposta. Se o dente saiu por inteiro, pegar pela coroa (a parte branca mais arredondada), lavar rapidamente em água corrente e, se conseguir, colocar de volta na boca no local de onde saiu. Se não conseguir, colocar no leite e procurar o dentista no prazo de uma hora.  Se o pedaço do dente ou o dente inteiro não forem encontrados, o dentista também deve ser procurado o mais rápido possível, pois, quando se quebra um dente, normalmente, a dentina é exposta e pode exigir um tratamento de canal. “No caso do dente inteiro, o melhor é o reimplante dental, mas, se ele não for encontrado, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para verificar se o dente não está totalmente intruído (quando o dente se desloca para dentro do osso alveolar).  “Se realmente o dente for perdido, o dentista vai verificar a melhor solução para cada caso.” Sobre as ocorrências do trauma, Camila diz que existem duas situações, as que envolvem o paciente e as que envolvem o ambiente. Quando relacionadas aos pacientes, os mais sujeitos ao trauma são aqueles que têm má oclusão, como os dentes para a frente, por exemplo. Já em relação ao ambiente, as ocorrências mais comuns acontecem em creches, clubes, escolas, quadras de esportes,  ou qualquer lugar que tenha várias crianças correndo e brincando juntas, pois ficam sujeitas a tropeçar, se esbarrar ou cair. Camila lembra que a prevenção ao trauma dental está sempre ligada à orientação aos professores, pais e cuidadores. Os pacientes adolescentes ou jovens adultos com má oclusão devem ser orientados a procurar um tratamento ortodôntico e, para aqueles que praticam esportes de contato, como lutas, que usem protetores bucais. “Mas é essencial que as crianças sejam sempre supervisionadas por um adulto.” Para finalizar, a acadêmica informa que, no caso de acidente com dente decíduo, mais conhecido como dente de leite, se acontecer a perda de um pedaço, é preciso procurar o dentista o mais rápido possível, pois o que sobrou pode ficar com uma parte cortante e machucar a boca da criança. Se o acidente arrancar o dente inteiro, “a literatura não recomenda o reimplante, pois pode gerar um dano ao dente permanente”, finaliza. Ouça na íntegra este episódio do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #63: Cirurgia ortognática corrige deformidades e anomalias dos maxilares

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Jun 22, 2020 9:40


Cirurgia ortognática corrige deformidades ou anomalias dos maxilares, ou seja, alterações de crescimento da maxila e mandíbula que podem causar problemas funcionais e estéticos. Para falar sobre essa cirurgia, o Momento Odontologia desta semana ouviu o professor Fernando Melhem Elias, da disciplina de Cirurgia da Faculdade de Odontologia (FO) da USP.  Segundo Melhem, esse procedimento pode ser feito quando cessada a fase de crescimento do indivíduo, em casos excepcionais pode ser antecipado, e não existe idade máxima. “Costuma ser necessária quando o encaixe dos dentes não é passível de correção com outros métodos, como, por exemplo, o uso exclusivo de aparelho ortodôntico.”  Nos últimos anos, diz o professor, o fácil acesso a informações, com o aparecimento da internet, levou as pessoas a se sentirem mais seguras para tomar a decisão de se submeter ao procedimento, e os novos recursos tecnológicos também influenciaram nessa decisão. Mas alerta que é um procedimento complexo e não isento de risco e complicações, por isso requer experiência do cirurgião, um ambiente hospitalar seguro e um serviço de anestesia bem alinhado com a duração e as características do procedimento.  “Felizmente, esses riscos têm sido minimizados com a experiência profissional e o desenvolvimento dos recursos utilizados.” O indivíduo que vai se submeter a uma cirurgia ortognática precisa de um preparo ortodôntico, com planejamento conjunto entre cirurgião e ortodontista, “para corrigir o posicionamento dos dentes e preparo das arcadas para a cirurgia, para que os dentes se encaixem adequadamente durante a cirurgia”.  Os recursos tecnológicos atuais permitiram uma novidade na cirurgia ortognática, a simulação virtual, com isso pode-se prever no computador detalhes da cirurgia e o paciente visualizar o resultado final. A FO-USP criou um protocolo para as cirurgias ortognáticas, que, atualmente, é utilizado por profissionais de todo o País.  O tratamento de deformidades e anomalias não termina com a cirurgia ortognática em si, após o procedimento o paciente ainda precisa passar por outras etapas. “O paciente será submetido à fase de finalização ortodôntica, onde pequenos ajustes serão feitos para o refinamento da oclusão dentária e, em alguns casos, será preciso também fonoterapia.” É possível, em alguns casos, prevenir problemas em razão de deformidades e anomalias, para que o paciente não necessite de cirurgia. Para isso, é preciso um conjunto de medidas que começam desde o nascimento e vão até o término do crescimento, e envolve desde amamentação no peito até controle de problemas alérgicos e respiratórios, por exemplo.  O professor Melhem dá algumas dicas para aqueles que vão se submeter a uma cirurgia ortognática: avaliar bem os objetivos do tratamento; escolher a equipe de profissionais de acordo com critérios técnicos; criar  uma atitude mental positiva sobre o tratamento e compartilhar com os familiares. “Esse é um procedimento previsível e eficaz para a solução de vários problemas, mas precisa ser bem indicado e bem realizado. É acessível à maioria da população nos serviços públicos e privados de saúde, onde existem profissionais bem qualificados.”  Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #62: A fonoaudiologia e a odontologia são profissões complementares 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jun 15, 2020 9:46


Você já deve ter consultado um fonoaudiólogo para fazer testes de audição ou conhece alguém que já fez isso. Também pode ter utilizado os serviços desse profissional para você ou para seu filho, como, por exemplo, para melhorar o posicionamento da língua quando colocou aparelho nos dentes.  Mas saiba que a atuação dos fonoaudiólogos vai muito além desses processos. Esse profissional entra em ação sempre que alguém apresentar dificuldades e alterações em relação à comunicação, oral ou escrita, na audição ou alimentação, e ainda em aspectos respiratórios. Na comunicação humana ele pode aprimorar seus padrões, como acontece com as intervenções feitas em profissionais que têm a voz como instrumento de trabalho, os cantores e locutores, por exemplo. Enfim, o fonoaudiólogo atua nas diferentes fases da vida, desde o nascimento até o envelhecimento e mesmo em situações de normalidade ele pode propiciar um melhor desempenho das habilidades de comunicação e alimentação.   Como o fonoaudiólogo atua na mesma área do corpo humano, num mesmo sistema que o cirurgião-dentista, o Momento Odontologia desta semana conversou com a professora Giedre Berretin-Felix, do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, para saber mais sobre a interação entre essas duas profissões.  “O papel da fonoaudiologia é complementar ao trabalho do cirurgião-dentista, uma vez que a fonoaudiologia trabalha com as funções orofaciais, como a respiração, a mastigação, a deglutição e a fala, funções essas desempenhadas pelas estruturas da cavidade oral. O cirurgião-dentista é responsável pelos aspectos estruturais morfológicos relacionados à boca, assim a fonoaudiologia complementarmente aborda os aspectos funcionais, pois, muitas vezes, corrigindo a forma, a função se restabelece.”  Ainda segundo a professora, essa interação começa desde a primeira fase da vida, com os bebês e crianças, passando pela adolescência, pelo adulto jovem, pela meia-idade, até chegar à terceira idade. Giedre destaca que, havendo alteração no resultado do teste da orelhinha (exame realizado pelo fonoaudiólogo no recém-nascido para detectar problemas de audição), o bebê precisa de acompanhamento em centros de referência, para que o diagnóstico da deficiência auditiva seja confirmado ou não, e, se confirmado, para que tenha o mais precocemente possível acesso aos tratamentos e procedimentos de reabilitação adequados às suas necessidades.  Um dos papéis mais conhecidos no trabalho conjunto entre fonoaudiólogo e cirurgião-dentista é quando a criança ou adolescente coloca aparelho ortodôntico. “Nesse caso, havendo respiração oral pode haver alterações importantes das musculaturas da cavidade oral, o que pode levar a dificuldades para alcançar o sucesso no tratamento ortodôntico. Além disso, quando houver alteração na mastigação, na deglutição ou na fala, após a movimentação e correção da posição dos dentes pela odontologia, a fonoaudiologia também deverá atuar para que a ação dos músculos envolvidos nessas funções aconteça de forma que não prejudique o sucesso do trabalho odontológico.” Sempre que houver perda de dentes, diz a professora, haverá compensações e adaptações da musculatura da cavidade oral para as funções de mastigar, deglutir e falar e essas compensações e adaptações podem permanecer após a colocação de próteses ou implantes. “Nesse caso é fundamental para o indivíduo aprender a se comunicar e a se alimentar usando essas próteses e implantes e aí pode ser necessário o trabalho do fonoaudiólogo.” Outras situações descritas pela professora são os casos de cirurgias da boca e áreas próximas, as chamadas cirurgias bucomaxilofaciais e, ainda, as Disfunções Temporomandibulares, as chamadas DTMs. “Até para melhorar nosso sono podemos contar com o fonoaudiólogo.”  A professora explica que ambas as profissões, odontologia e fonoaudiologia, atuam numa mesma área do corpo humano, num mesmo sistema. “Mas a odontologia está mais voltada para as questões morfológicas e a fonoaudiologia para a reabilitação e readequação funcional, são profissões complementares.”  Ouça o Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #62: A fonoaudiologia e a odontologia são profissões complementares 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Jun 15, 2020 9:46


Você já deve ter consultado um fonoaudiólogo para fazer testes de audição ou conhece alguém que já fez isso. Também pode ter utilizado os serviços desse profissional para você ou para seu filho, como, por exemplo, para melhorar o posicionamento da língua quando colocou aparelho nos dentes.  Mas saiba que a atuação dos fonoaudiólogos vai muito além desses processos. Esse profissional entra em ação sempre que alguém apresentar dificuldades e alterações em relação à comunicação, oral ou escrita, na audição ou alimentação, e ainda em aspectos respiratórios. Na comunicação humana ele pode aprimorar seus padrões, como acontece com as intervenções feitas em profissionais que têm a voz como instrumento de trabalho, os cantores e locutores, por exemplo. Enfim, o fonoaudiólogo atua nas diferentes fases da vida, desde o nascimento até o envelhecimento e mesmo em situações de normalidade ele pode propiciar um melhor desempenho das habilidades de comunicação e alimentação.   Como o fonoaudiólogo atua na mesma área do corpo humano, num mesmo sistema que o cirurgião-dentista, o Momento Odontologia desta semana conversou com a professora Giedre Berretin-Felix, do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, para saber mais sobre a interação entre essas duas profissões.  “O papel da fonoaudiologia é complementar ao trabalho do cirurgião-dentista, uma vez que a fonoaudiologia trabalha com as funções orofaciais, como a respiração, a mastigação, a deglutição e a fala, funções essas desempenhadas pelas estruturas da cavidade oral. O cirurgião-dentista é responsável pelos aspectos estruturais morfológicos relacionados à boca, assim a fonoaudiologia complementarmente aborda os aspectos funcionais, pois, muitas vezes, corrigindo a forma, a função se restabelece.”  Ainda segundo a professora, essa interação começa desde a primeira fase da vida, com os bebês e crianças, passando pela adolescência, pelo adulto jovem, pela meia-idade, até chegar à terceira idade. Giedre destaca que, havendo alteração no resultado do teste da orelhinha (exame realizado pelo fonoaudiólogo no recém-nascido para detectar problemas de audição), o bebê precisa de acompanhamento em centros de referência, para que o diagnóstico da deficiência auditiva seja confirmado ou não, e, se confirmado, para que tenha o mais precocemente possível acesso aos tratamentos e procedimentos de reabilitação adequados às suas necessidades.  Um dos papéis mais conhecidos no trabalho conjunto entre fonoaudiólogo e cirurgião-dentista é quando a criança ou adolescente coloca aparelho ortodôntico. “Nesse caso, havendo respiração oral pode haver alterações importantes das musculaturas da cavidade oral, o que pode levar a dificuldades para alcançar o sucesso no tratamento ortodôntico. Além disso, quando houver alteração na mastigação, na deglutição ou na fala, após a movimentação e correção da posição dos dentes pela odontologia, a fonoaudiologia também deverá atuar para que a ação dos músculos envolvidos nessas funções aconteça de forma que não prejudique o sucesso do trabalho odontológico.” Sempre que houver perda de dentes, diz a professora, haverá compensações e adaptações da musculatura da cavidade oral para as funções de mastigar, deglutir e falar e essas compensações e adaptações podem permanecer após a colocação de próteses ou implantes. “Nesse caso é fundamental para o indivíduo aprender a se comunicar e a se alimentar usando essas próteses e implantes e aí pode ser necessário o trabalho do fonoaudiólogo.” Outras situações descritas pela professora são os casos de cirurgias da boca e áreas próximas, as chamadas cirurgias bucomaxilofaciais e, ainda, as Disfunções Temporomandibulares, as chamadas DTMs. “Até para melhorar nosso sono podemos contar com o fonoaudiólogo.”  A professora explica que ambas as profissões, odontologia e fonoaudiologia, atuam numa mesma área do corpo humano, num mesmo sistema. “Mas a odontologia está mais voltada para as questões morfológicas e a fonoaudiologia para a reabilitação e readequação funcional, são profissões complementares.”  Ouça o Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #61: Gotículas de saliva também podem transmitir mononucleose infecciosa

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jun 8, 2020 8:17


Se a pandemia despertou em você a vontade e a necessidade, claro, em adquirir a mesma etiqueta social dos orientais, como usar máscaras, não ficar tocando nas pessoas, lavar as mãos com frequência e usar álcool gel; saiba que esses hábitos também podem evitar que você adquira outros vírus, como o epstein-barr, por exemplo. Esse vírus é responsável pela mononucleose infecciosa, doença respiratória mais conhecida como “doença do beijo”. E esse é o tema do Momento Odontologia desta semana. A mononucleose não é tão agressiva e perigosa quanto o novo coronavírus, mas pode trazer uma série de desconfortos, como os que ocorreram com o jornalista Michel Sitnik, que passou 30 dias com sintomas variados, como fraqueza, prostração, dor de garganta, muita febre e enjoo.  Segundo a pós-doutoranda Maya Fernanda Manfrin Arnez, do Programa de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, a mononucleose infecciosa é uma doença contagiosa causada por um vírus da família do herpes, conhecido como epstein-barr, e pode ser adquirida na infância ou durante a gestação, “mas é na adolescência que se observam as manifestações agudas e autolimitadas”.  O fato de ser uma doença que se manifesta na adolescência fez com que Sitnik demorasse para ter o diagnóstico da mononucleose, pois no seu caso ela apareceu aos 30 anos. Já o gerente industrial André Vivas Valim, de 42 anos, não fugiu à regra. A mononucleose se manifestou aos 19 anos e ele só descobriu em função da experiência do médico que o atendeu, pois o exame de laboratório não apontou a infecção, o que é comum acontecer na primeira semana da doença, segundo especialistas. Os sintomas de Valim foram semelhantes aos que afetaram Sitnik, mas duraram menos tempo, cerca de 15 dias.  Maya alerta que os sintomas podem ir além e causar hipertrofia de gânglios e aumento do baço. “Os sinais na cavidade bucal são pontos avermelhados e úlcera no ‘céu da boca’, com presença de dor, ardor, inchaço e aumento das amígdalas, provocando dificuldade respiratória.”  Sitnik não sabe onde foi contaminado, mas Valim tem certeza que foi por um beijo trocado.  “O tempo decorrido desde a exposição ao vírus até os primeiros sintomas da doença dura em torno de sete a 14 dias. O desaparecimento da doença ocorre entre quatro e seis semanas”, informa a odontopediatra.  Sobre o tratamento, Maya diz que consiste em aliviar os sintomas e usar terapia de suporte, como ingestão de líquidos e repouso, como fez Valim, que teve prescrito pelo médico um anti-inflamatório. Já Sitnik sentiu um pouco mais os efeitos, mesmo com o tratamento de suporte, levando 30 dias para melhorar e perdendo 10 kg durante o período crônico da doença.  Ouça o Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #61: Gotículas de saliva também podem transmitir mononucleose infecciosa

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Jun 8, 2020 8:17


Se a pandemia despertou em você a vontade e a necessidade, claro, em adquirir a mesma etiqueta social dos orientais, como usar máscaras, não ficar tocando nas pessoas, lavar as mãos com frequência e usar álcool gel; saiba que esses hábitos também podem evitar que você adquira outros vírus, como o epstein-barr, por exemplo. Esse vírus é responsável pela mononucleose infecciosa, doença respiratória mais conhecida como “doença do beijo”. E esse é o tema do Momento Odontologia desta semana. A mononucleose não é tão agressiva e perigosa quanto o novo coronavírus, mas pode trazer uma série de desconfortos, como os que ocorreram com o jornalista Michel Sitnik, que passou 30 dias com sintomas variados, como fraqueza, prostração, dor de garganta, muita febre e enjoo.  Segundo a pós-doutoranda Maya Fernanda Manfrin Arnez, do Programa de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, a mononucleose infecciosa é uma doença contagiosa causada por um vírus da família do herpes, conhecido como epstein-barr, e pode ser adquirida na infância ou durante a gestação, “mas é na adolescência que se observam as manifestações agudas e autolimitadas”.  O fato de ser uma doença que se manifesta na adolescência fez com que Sitnik demorasse para ter o diagnóstico da mononucleose, pois no seu caso ela apareceu aos 30 anos. Já o gerente industrial André Vivas Valim, de 42 anos, não fugiu à regra. A mononucleose se manifestou aos 19 anos e ele só descobriu em função da experiência do médico que o atendeu, pois o exame de laboratório não apontou a infecção, o que é comum acontecer na primeira semana da doença, segundo especialistas. Os sintomas de Valim foram semelhantes aos que afetaram Sitnik, mas duraram menos tempo, cerca de 15 dias.  Maya alerta que os sintomas podem ir além e causar hipertrofia de gânglios e aumento do baço. “Os sinais na cavidade bucal são pontos avermelhados e úlcera no ‘céu da boca’, com presença de dor, ardor, inchaço e aumento das amígdalas, provocando dificuldade respiratória.”  Sitnik não sabe onde foi contaminado, mas Valim tem certeza que foi por um beijo trocado.  “O tempo decorrido desde a exposição ao vírus até os primeiros sintomas da doença dura em torno de sete a 14 dias. O desaparecimento da doença ocorre entre quatro e seis semanas”, informa a odontopediatra.  Sobre o tratamento, Maya diz que consiste em aliviar os sintomas e usar terapia de suporte, como ingestão de líquidos e repouso, como fez Valim, que teve prescrito pelo médico um anti-inflamatório. Já Sitnik sentiu um pouco mais os efeitos, mesmo com o tratamento de suporte, levando 30 dias para melhorar e perdendo 10 kg durante o período crônico da doença.  Ouça o Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #60: Diagnóstico do novo coronavírus pela saliva é mais rápido e barato

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Jun 1, 2020 9:01


Uma das formas mais comuns de transmissão do novo coronavírus, o sars-cov-2, é pelas suas partículas, que também ficam alojadas na cavidade oral, na saliva e nas secreções das vias aéreas superiores. O professor Paulo Henrique Braz da Silva, da Faculdade de Odontologia da USP, campus de São Paulo, acaba de publicar na revista Oral Diseases o artigo Sars-cov-2: O que a saliva pode nos dizer? junto com colegas brasileiros, um chinês e uma italiana. No artigo, os pesquisadores falam sobre as vantagens do uso da saliva para o diagnóstico de contaminação pelo novo coronavírus, como agilidade e custo, por exemplo. E, ainda, que o indivíduo pode fazer sua própria coleta, não expondo o profissional de saúde. No Momento Odontologia desta semana, ele alerta sobre o perigo das partículas do vírus presentes na saliva e sobre o comportamento do vírus na boca.  Braz da Silva explica que o diagnóstico sobre a presença do novo coronavírus na cavidade oral é feito no material genético colhido que passa por análise molecular.  Além da eficácia dos exames feitos com saliva, esse material é importante “na busca por um medicamento para o tratamento da infecção pelo novo coronavírus, e até mesmo para uma futura vacina”. O pesquisador lembra que as únicas medidas atualmente para evitar o contágio pelo novo coronavírus continuam sendo o isolamento social e o uso de máscaras.  Também alerta para as fake news e mensagens de WhatsApp com fórmulas para bochechos que supostamente evitam o contágio ou a permanência do vírus na boca. Sobre a cavidade oral, concluiu que outros vírus também habitam esse ambiente e não vão necessariamente causar doenças, pelo contrário, podem ser benéficos. Ouça no áudio acima a íntegra do Momento Odontologia.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #60: Acidente de trânsito é a maior causa de fraturas faciais

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later May 18, 2020 8:04


Em 12 anos de estatísticas coletadas, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) contabilizou, somente nas rodovias federais, quase dois milhões de acidentes de trânsito. Essa é a principal causa, por exemplo, de fraturas na face — tema do Momento Odontologia de hoje, que entrevista Eduardo Sanches Gonçales, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) USP. Enquanto, entre os homens, a maioria absoluta das fraturas é resultado de acidentes de trânsito, entre as mulheres, outra ocorrência se destaca: a violência doméstica. Segundo levantamento do banco nacional de dados sobre traumas do Colégio Americano de Cirurgiões, entre 2007 e 2012, de 5.503 pacientes adultos que sofreram agressões, 63% eram mulheres. Na maioria das vezes em que há fratura na face, é necessária cirurgia, “a menos que não haja deslocamento ou déficit funcional; isso é mais comum em fraturas de nariz e do osso zigomático”, pontua Eduardo Gonçales. A título de esclarecimento, vale destacar que o osso zigomático se encontra na parte superior das bochechas, próximo aos olhos. A especialidade da cirurgia bucomaxilofacial é de um odontologista. Ao médico cabe a condução da anestesia geral e o tratamento de problemas associados, como lesões ortopédicas e neurológicas. As fraturas mais comuns são as nasais e as do osso zigomático, de acordo com pesquisa realizada pela FOB em parceira com o Hospital de Base de Bauru. Ouça no áudio acima a íntegra do Momento Odontologia. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #59: Língua geográfica pode causar ardência e sensibilidade

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later May 11, 2020 6:12


Nicolas Braga, administrador e gerente de Inteligência, tem 39 anos e, desde os 5 ou 6 anos de idade, convive com a chamada língua geográfica. Essa alteração na língua é o tema do Momento Odontologia desta semana, com a doutoranda em Odontopediatria Gisele Carvalho Inácio, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP. Gisele explica que língua geográfica, também chamada de glossite migratória, é uma condição benigna que acomete principalmente crianças. Geralmente é detectada durante o exame clínico de rotina da cavidade bucal. As lesões ocorrem em 1% a 3% da população e o sexo feminino é mais afetado que o masculino, o que torna o que ocorreu com Braga quase uma exceção. As lesões apresentam-se como múltiplas áreas bem demarcadas de vermelhidão que, geralmente, aparecem na ponta ou nas bordas laterais da língua. As lesões aparecem de súbito e desaparecem dentro de alguns dias ou semanas, podendo reaparecer em uma área diferente posteriormente. A língua geográfica não é contagiosa, segundo Gisele, e suas causas ainda não são claramente determinadas pela ciência; podem ter caráter genético, estar associadas a deficiências nutricionais e estresse, entre outras. No caso de Braga, muito provavelmente, a causa é genética, uma vez que a avó também tinha a lesão. Braga relata que sentia muito desconforto, especialmente com alimentos ácidos e determinados tipos de queijo, mas nada que atrapalhasse o consumo desses produtos. “Coisas ácidas, como abacaxi, tomate e limão, além de alguns queijos, davam ardor na língua; eu evitava alguns deles, mas as coisas que eu mais gostava eu comia e aguentava um pouquinho.” Por se tratar de uma condição benigna, Gisele diz que não é indicado nenhum tratamento específico; porém, se o paciente relatar dor ou ardência durante a alimentação, é recomendado fazer o que Braga fazia, ou seja, evitar alimentos e bebidas ácidas e quentes. Braga encerra dizendo que a fase mais difícil foi na adolescência e que até hoje ainda tem a lesão, com ardor, principalmente com alimentos ácidos, mas o incômodo é muito menor. Ouça no áudio acima a íntegra do Momento Odontologia. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #58 Qual a importância do SUS para os brasileiros?

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later May 4, 2020 5:47


Como falar de política no momento atual? Esta missão não é fácil. Vivemos tempos em que falar de política nem sempre é tão fácil e prazeroso. Nós, como seres sociais, integrados em grupos e em coletivos, fazemos política o tempo todo e somos influenciados por decisões políticas a cada segundo de nossas vidas. Por isso, é importante conhecer essas ações. Para falar dessas decisões, as chamadas políticas públicas, o Momento Odontologia conversou com as professoras Fernanda Campos de Almeida Carrer e Janaina Galeazi, ambas do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da USP, campus de São Paulo. As professoras lembram que políticas públicas são definidas como um conjunto de ações, programas e decisões tomadas por gestores públicos com a finalidade de assegurar direitos da população e promover o bem-estar da sociedade. Por terem como objetivo garantir direitos de grupos ou segmentos sociais, culturais, étnicos e econômicos, é muito importante que essas políticas sejam construídas a partir da participação, direta ou indireta, da sociedade.  E, ainda, que as políticas sejam planejadas a partir de áreas associadas ao bem-estar, entre elas: saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança. “Elas estão ligadas a direitos garantidos por lei para os cidadãos e cabe às políticas públicas assegurá-las.” A saúde, desde a Constituição de 1988, é considerada um direito de todos e dever do Estado. As políticas públicas no setor, portanto, visam a garantir que esse direito seja posto em prática, através do oferecimento de serviços de saúde para todos. “O maior marco histórico no Brasil em políticas públicas no setor foi a criação do Sistema Único de Saúde, o nosso SUS, um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo!”  Antes dele, o sistema público apenas prestava assistência aos trabalhadores vinculados à Previdência Social. Com o SUS, todos poderiam ter acesso a um sistema de saúde, portanto, um sistema universal, o que explica seu primeiro princípio doutrinário: a universalização.  As professoras explicam que as ações do SUS vão muito além do atendimento médico, passam também pela vigilância sanitária, políticas de saúde para grupos específicos e, ainda, pela Política Nacional de Saúde Bucal, conhecida como Brasil Sorridente, implementada em 2004, que, desde então, ampliou o acesso aos serviços de saúde bucal no Brasil. “É uma das maiores políticas públicas de saúde bucal no mundo, e, após dez anos de sua implementação, mais de 7 milhões de pessoas passaram a ter acesso à água tratada e fluoretada e 44 % das crianças aos 12 anos estavam livres de cárie.” Segundo o médico e professor Drauzio Varela, o SUS foi a maior revolução da saúde no Brasil, um patrimônio que não tem nada a ver com partidos políticos ou bandeiras ideológicas, pois saúde não é mercadoria e todos têm o direito de acesso ao que há de melhor para prevenção, cura e recuperação. Para Fernanda e Janaina, isso não significa que o SUS seja perfeito, “mas para qualificá-lo temos que parar que denegrir sua imagem e lutar por mais recursos e maior compromisso do Estado com seu crescimento e fortalecimento”. As professoras finalizam com o alerta sobre a necessidade de que cada cidadão conheça os planos que seus governantes têm para a saúde, educação, segurança pública, “um direito que deve ser exercido por todos cotidianamente”. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #57: Extrair dentes do siso pode beneficiar higienização da boca

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Apr 27, 2020 7:32


Na adolescência, é comum ter que extrair os dentes do siso ou “do juízo”, como a maioria das pessoas se referem aos nossos terceiros molares, presentes no final da arcada dentária, tanto na parte superior como na inferior e dos dois lados. O Momento Odontologia desta semana dá detalhes sobre esse assunto, com o professor Eduardo Sanches Gonçales, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP.  Os terceiros molares são chamados de dentes do siso, ou do juízo, por nascerem durante a adolescência na maioria das pessoas. Como são os últimos a se formarem, esses dentes são os últimos a nascerem. No entanto, é possível que algumas pessoas não tenham esses dentes, o que não indica nenhum problema, segundo o professor Gonçales. “Quando um dente não se forma, chamamos de agenesia dentária, que é relativamente comum, especialmente em relação aos terceiros molares”, explica. O grau de dificuldade da operação de extração dos terceiros molares depende da posição dos dentes, da quantidade de osso e do número, da formação e da anatomia das raízes, por exemplo. O dentista aponta que “dependendo dessa classificação, será definido se os quatro dentes serão removidos em um mesmo procedimento ou serão retirados um por um”.  Se houver indicação e não forem removidos, esses dentes podem acarretar dano ou prejuízo para o paciente, como infecções localizadas, dores, cáries, problemas de gengiva e até cistos e tumores que se relacionam com esses dentes. “Se, por outro lado, não houver indicação de remoção e mesmo assim forem extraídos, isso vai facilitar a higienização e o procedimento acaba sendo benéfico”, informa o professor. Com a permanência dos terceiros molares, o professor alerta para a higienização, pois eles são difíceis de serem alcançados pela escova e fios dentais, portanto, a extração profilática é o mais indicado, “assim, a pessoa vai higienizar adequadamente o segundo molar e não vai sofrer com cáries e problemas na gengiva.”  Para finalizar, Gonçales lembra que os terceiros molares são dentes como quaisquer outros e dores relacionadas a esses dentes decorrem de cáries ou problemas na gengiva e, no caso dos terceiros molares, principalmente, de pericoronarite, inflamação decorrente da infecção da gengiva que cobre total ou parcialmente a coroa desses dentes. “O tratamento da pericoronarite é basicamente a limpeza da região, que deve ser feita pelo cirurgião-dentista, e consiste na remoção mecânica de resíduos de alimentos por meio de irrigação do local com soro fisiológico, associado ou não com antisséptico bucal e, no caso de inflamação, associado também ao uso de antibióticos”, ressalta.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #55: Os dentes também podem ter lentes de contato

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Apr 13, 2020 6:58


Quando falamos em lentes de contato, logo pensamos nas oftalmológicas. Mas você sabia que podemos ter lentes de contato também nos dentes? Neste episódio do Momento Odontologia, o professor Claudio Sendyk, da Faculdade de Odontologia da USP em São Paulo, fala mais sobre esse tratamento, que tem sido muito procurado em odontologia para melhorar a forma e a estética do sorriso.  As lentes são lâminas de cerâmicas muito finas (de 0,1 a 0,5 mm) e altamente resistentes que são coladas sobre os dentes, no esmalte ou na dentina, para corrigir forma, tamanho e cor. Podem ser também pequenos fragmentos para completar espaços entre os dentes, correções após tratamento ortodôntico ou melhorar a relação oclusal, a forma como os dentes se tocam durante a mordida. Quando são maiores ou mais espessas, são chamadas de laminados dentais, e vão de 0,5 a 2,5mm. Os materiais geralmente utilizados são zircônia e dissilicatos de lítio, uma vez que a resina dura por menos tempo e é mais suscetível a manchamentos. Quanto aos custos dos procedimentos com os materiais indicados , os valores são semelhantes, variando quanto ao estado de preservação do dente. Uma vez cimentadas, as lentes raramente descolam, e devem durar aproximadamente 10 anos se o paciente cuidar da prevenção e da higiene bucal de forma adequada. Na procura de longevidade nas restaurações dentais, devem sempre ser avaliados diversos fatores, como o tamanho da cavidade a ser restaurada, sua profundidade, a relação oclusal, a resistência do material, sua espessura, sua capacidade de desgaste quando em uso e também os anseios e o comprometimento do paciente com o tratamento. Com o desenvolvimento da inteligência artificial, mudanças na “febre da estética dental” podem acontecer muito rápido, possibilitando a modificação de forma e cor em elementos dentais saudáveis. Saiba mais ouvindo este episódio do podcast Momento Odontologia. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #54: Hipersensibilidade dentinária possui diversos tratamentos possíveis

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Apr 6, 2020 9:21


A hipersensibilidade dentinária é uma das consequências das lesões cervicais não cariosas. Danos no esmalte do dente podem expor a dentina, que possui terminações nervosas e, em contato com baixas ou altas temperaturas, disparam sinais de dor aguda intensa. Por isso, há a sensação de dor ao tomar sorvete, consumir alimentos quentes ou ácidos. Segundo a professora Linda Wang, da área de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP em Bauru, as consequências da perda do esmalte do dente e da dentina são variáveis e dependem de fatores como idade, comportamento do paciente e grupos dentários que foram comprometidos. Adverte que a perda do tecido que protege o dente pode causar comprometimentos funcionais e facilitar o acúmulo de biofilme, levando à necessidade de restauração.  O afastamento da gengiva, que pode expor o tecido interno, é comumente causado por escovação exagerada e também causa sensibilidade. Nesse caso, o tratamento é feito com agentes que possam reduzir a sensação de dor. Além disso, no caso de perdas dentárias significativas e perceptíveis, é indicada a restauração. “Se houver uma perda significativa que atinja mais o tecido gengival e se houver o envolvimento de tecido ósseo, pode haver necessidade de cirurgia, porém é mais difícil de acontecer.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #53: Gengivoestomatite herpética primária é comum em crianças até cinco anos

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 5:50


O nome parece complicado, gengivoestomatite herpética primária, mas nada mais é do que a manifestação do organismo quando ele entra em contato, pela primeira vez, com o vírus herpes tipo 1. É muito comum em crianças de seis meses a cinco anos. Mas pode também aparecer em crianças mais velhas, adolescentes e adultos que ainda não tiveram exposição a esse vírus. Quem fala mais sobre a gengivoestomatite herpética primária e a herpes labial recorrente, no Momento Odontologia de hoje, é Maya Fernanda Manfrin Arnez, pós-doutoranda do programa de pós-graduação em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP em Ribeirão Preto.  Ela diz que, após a infecção primária, o vírus do herpes fica inativado nos nervos sensoriais e o indivíduo sempre servirá como um reservatório natural. A reativação desse vírus, que pode ser desencadeada por diversos fatores, como febre, estresse emocional, traumatismo local, exposição solar, exposição ao frio ou queda da imunidade, é conhecida como herpes labial recorrente.  Na gengivoestomatite herpética primária, inicialmente a criança apresenta sintomas de mal-estar, dor muscular, febre alta, irritabilidade e hipertrofia de gânglios, conhecida como “íngua”. Posteriormente, há o aparecimento na cavidade bucal de lesões vesiculares contendo um líquido branco ou amarelo. Esta fase é altamente contagiosa. Após 24 horas, as vesículas rompem-se e se unem formando úlceras dolorosas na boca, semelhantes às aftas. O período que decorre desde a exposição ao vírus até os primeiros sintomas da doença dura em torno de dois a dez dias.  O tratamento para a gengivoestomatite herpética primária geralmente é apenas para alívio dos sintomas e para auxiliar a higienização bucal, utilizando-se bochecho de clorexidina a 0,12%. Além disso, deve-se associar uma dieta pastosa, que contenha alimentos não ácidos e com abundante ingestão de líquidos, para evitar a desidratação. Pode-se usar os antivirais sistêmicos, porém, esses medicamentos devem ser receitados por um médico ou odontopediatra e devem ser utilizados no início do aparecimento dos sintomas, para que haja regressão mais rápida das lesões. Para o herpes labial recorrente, também não há um tratamento específico. O tratamento realizado visa a melhorar os sintomas e acelerar a cura. O uso de antiviral tópico é indicado previamente ao aparecimento das vesículas e o uso de antivirais sistêmicos é indicado para os casos mais graves. Outra opção de tratamento para o herpes labial recorrente é a aplicação terapêutica de laser de baixa potência para regressão da sintomatologia e do ciclo das lesões.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #51: Fissura labiopalatina atinge uma em cada 650 crianças no Brasil

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 16, 2020 7:30


Popularmente conhecida como “lábio leporino”, a fissura labiopalatina é uma malformação mais comum do que se imagina. A prevalência no Brasil é de uma a cada 650 crianças nascidas. Apesar de ser cada vez mais frequente sua descoberta durante a gestação, a chegada de um bebê com fissura ainda provoca um choque e angústia aos pais e familiares.  Segundo a professora Cleide Felício de Carvalho Carrara, odontopediatra e assistente técnica de direção do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP em Bauru, a fissura labiopalatina é uma condição congênita em que há comprometimento da fusão dos processos faciais entre a quarta e oitava semanas de gestação. A fissura pode atingir diferentes estruturas, além de variar em forma e extensão. Pode ser uma fenda somente no lábio, atingindo ou não o nariz e a região dos dentes, acometer somente o palato (céu da boca) ou simultaneamente lábio e palato.  As causas não estão ainda totalmente esclarecidas, mas a fissura labiopalatina pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais, como deficiência nutricional da mãe, exposição da gestante a agentes tóxico-infecciosos, estresse e radiação ionizante durante o período de formação do bebê. Após o nascimento, o foco principal é o cuidado nutricional, visando ao ganho de peso e a um bom desenvolvimento global que favoreça condições para as primeiras cirurgias.  As principais implicações que as fissuras podem trazer ao indivíduo são dificuldade na alimentação, alterações na arcada dentária e na mordida, comprometimento do crescimento facial e do desenvolvimento da fala e da audição. Ao longo dos anos, essa condição pode inclusive trazer impactos sociais e emocionais, como o bullying. Quando não está associada a síndromes e outras anomalias, a fissura não impedirá que a criança se desenvolva intelectualmente, podendo frequentar a escola, ter atividade social e depois profissional.  O tratamento da fissura labiopalatina é um processo que se inicia desde o nascimento, seguindo durante o período de desenvolvimento e, dependendo do acometimento, até a fase adulta. As áreas de cirurgia plástica, odontologia e fonoaudiologia são consideradas o tripé do tratamento da fissura. No entanto, a equipe de apoio é indispensável para a reabilitação. Envolve áreas e especialidades como pediatria, genética, otorrinolaringologia, psicologia, fisioterapia, enfermagem, nutrição, serviço social, entre outras.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #50: HPV pode estar associado a lesões orais em crianças

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Play Episode Listen Later Mar 9, 2020 5:40


O papilomavírus humano, conhecido como HPV, é contagioso e geralmente transmitido por ato sexual, por isso é considerado uma doença sexualmente transmissível (DST). Raramente a contaminação ocorre via objetos. Porém, a propagação também pode ocorrer da mãe para o bebê durante a gravidez, no parto ou na amamentação. São mais de 100 tipos de HPV já descritos e podem causar verrugas ou lesões, sendo benignas ou malignas. Dos 100, cerca de 30 tipos de HPV afetam a mucosa oral frequentemente. Conforme o professor Francisco Wanderley Garcia de Paula e Silva, associado do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, na boca ocorre uma proliferação benigna do epitélio, induzida pelos HPV-6 e 11. “Aparece como um nódulo exofítico, ou seja, que cresce para fora do tecido e tem uma aparência de couve-flor. Podem ser brancas ou da mesma cor da mucosa e comumente são únicas e pequenas.” É também comum o aparecimento da verruga vulgar, semelhante à ação do papiloma, porém geralmente surge em maior número, pode se proliferar nas mais diversas partes do corpo e é resultado da infecção, principalmente, causada pelo HPV-2. Segundo Silva, “as lesões orais causadas pelo HPV são comuns em crianças, principalmente a verruga vulgar e o papiloma”. O tratamento basicamente é a remoção da lesão por cirurgia, no caso do papiloma, ou o congelamento das verrugas com nitrogênio líquido.  Nesta edição do Momento Odontologia conversamos com o professor Francisco Wanderley Garcia de Paula e Silva, associado do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #48: Procura por clareamento dental aumenta entre brasileiros

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 17, 2020 11:07


No Momento Odontologia desta semana o tema é clareamento dental. O professor Rafael Francisco Lia Mondelli, titular do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP, explica quais as vantagens e cuidados do procedimento.  Segundo o professor não existe restrição para a realização de clareamento para a grande maioria da população, a exceção é para grávidas ou mulheres que estão amamentando. E, ainda, para pacientes com dentina exposta e com sensibilidade cervical, além de pacientes que se submeteram a quimioterapia, radioterapia, ou com histórico de câncer. O professor fala ainda das opções de tratamento que incluem procedimentos caseiros e feitos em consultório. Ainda assim, todas as indicações devem ser feitas com a supervisão do cirurgião-dentista. Confira o podcast na íntegra com reportagem de Rosemeire Talamone. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #46: Lesões bucais

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 3, 2020 9:55


Neste episódio do Momento Odontologia, a professora Camila Galo, do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, explica o que são lesões bucais e como tratá-las. Ela conta que a distribuição das doenças que afetam a boca depende da faixa etária, etnia, condição socioeconômica, status imunológico e hábitos nocivos (como o tabagismo) da população avaliada. A afta é uma das lesões mais comuns, causada por mordidas acidentais durante a mastigação e até mesmo por problemas estomacais como gastrite. Nas crianças, algumas lesões comuns são a gengivoestomatite herpética primária e a candidose. Camila explica que a primeira corresponde ao primeiro contato da criança com o vírus do herpes simples, enquanto que a segunda, mais conhecida como sapinho, é comum nos primeiros 18 meses de vida devido a imaturidade do sistema imunológico frente ao contato com fungos. A docente também ressalta que as complicações bucais podem ocorrer também na terceira idade: “Na população idosa, de menor poder aquisitivo, são comuns as lesões reativas por próteses mal-adaptadas, como a estomatite protética e a hiperplasia fibrosa inflamatória”. Além disso, a exposição prolongada ao sol pode causar queilite actínica, uma lesão com potencial de transformação maligna que acontece no lábio inferior. Saiba mais sobre lesões bucais ouvindo o podcast na íntegra. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Letícia Acquaviva Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia#44: Fluoretar a água é uma das mais importantes medidas de saúde pública do século XX

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Play Episode Listen Later Dec 9, 2019 5:37


Você já deve ter ouvido falar que o flúor protege contra a cárie. Ele protege o esmalte dentário do ácido produzido pela metabolização da placa bacteriana. E é isso que produz a cárie, uma das doenças mais comuns na população mundial. Por isso, a adição desse elemento químico na pasta de dente e nas águas de abastecimento para o consumo humano é uma importante medida de saúde pública. Elas se complementam, diminuindo o risco da doença cárie. É sobre essa medida benéfica que a professora Simone Rennó Junqueira, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, fala nesta edição do podcast Momento Odontologia.  O flúor é um elemento químico presente naturalmente nas águas, sejam elas provenientes de fontes de superfície, como os rios e lagos, ou de fontes subterrâneas, como nascentes e poços. Geralmente, em concentrações muito pequenas, incapazes de promover o benefício esperado. Foi justamente a partir da observação de que crianças de um município, cuja água de consumo continha flúor, tinham menos cárie do que outras que moravam em município sem água fluoretada, que surgiu a ideia de adicionar artificialmente fluoretos na água de consumo humano, tendo em vista que a cárie era uma doença de grande prevalência na população e que trazia muitos incômodos, o que culminava com a extração dentária.  Assim, a utilização dos fluoretos como método preventivo contra a cárie dentária iniciou-se em 1945, nos Estados Unidos. A partir de então, vários países também adotaram a medida, inclusive o Brasil, em 1953, cuja regulamentação surgiu em 1974. No mundo todo, essa medida foi capaz de reduzir, em média, 60% da prevalência da cárie em crianças, após dez anos de uso contínuo. Não por acaso, a fluoretação das águas foi considerada uma das dez medidas de saúde pública mais importantes do século XX. O Brasil também apresentou uma importante redução da cárie em crianças e adolescentes. Em 1986, quando foi realizado o primeiro estudo epidemiológico nacional, a prevalência de cárie em crianças era muita alta, segundo os parâmetros da OMS, a Organização Mundial da Saúde. Algo em torno de quase sete dentes acometidos pela doença.  No último estudo, realizado em 2010, percebeu-se que a prevalência de cárie passou a ser baixa, passando para dois dentes afetados. A fluoretação das águas foi uma das responsáveis pelo feito. Crianças e adolescentes residentes em cidades brasileiras com fluoretação das águas apresentam um índice de cárie cerca de 1/3 menor do que aquelas residentes em cidades sem o benefício. Estima-se que pouco mais de 60% dos municípios brasileiros fazem a fluoretação, abrangendo uma cobertura populacional de 76%, uma das mais altas coberturas entre os dez países mais populosos do mundo. A condição indispensável para sua implementação é a existência de um sistema ou rede de tratamento e distribuição da água. Observa-se que os municípios de menor porte e baixo índice de desenvolvimento humano são os que têm mais dificuldade para implementar a política. Para que ocorra seu efeito preventivo, é necessário manter constante a concentração de fluoretos nas águas, em torno de 0,7 e 1,2 mg F/L, o que exige medidas precisas de vigilância sanitária. Por outro lado, o excesso na concentração também pode provocar fluorose, um distúrbio de desenvolvimento do esmalte dentário caracterizado por manchas opacas nos dentes, que se apresenta de forma simétrica. Esse risco ocorre quando elevados níveis de fluoretos são consumidos por crianças de até oito anos de idade. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone Co-Produção: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia#31: A importância da telessaúde no Brasil

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Play Episode Listen Later Sep 2, 2019 5:34


Na edição de hoje a professora Ana Estela Haddad, do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP, fala da importância da telemedicina e da telessaúde para o Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) editou em 2005 uma resolução recomendando aos seus 192 Estados membros, o Brasil incluído, o uso da telessaúde, ou seja, o uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância, como estratégia para a melhoria dos sistemas de saúde, em especial os públicos de acesso universal como o Sistema Único de Saúde, o SUS.  Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia#30 – Como aliviar os sintomas do nascimento dos dentes

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Play Episode Listen Later Aug 26, 2019 4:08


O nascimento dos dentes de leite no bebê pode ser acompanhado de maior irritabilidade, coceira, aumento da salivação, febre baixa, perda de apetite ou fezes amolecidas. No programa Dente de Leite de hoje vamos falar sobre as formas de aliviar esses sintomas. O maior desejo das mães é encontrar uma solução que elimine qualquer sintoma associado ao nascimento dos dentes de leite. Com esse objetivo, elas chegam angustiadas aos profissionais, que podem recomendar várias alternativas diferentes, incluindo o uso de remédios homeopáticos, colares de pedras (âmbar), técnicas de distração e relaxamento, soluções anestésicas, analgésicos, anti-inflamatórios ou antitérmicos. É preciso consultar um profissional antes de utilizar qualquer medicação para esta finalidade. A utilização de métodos muito mais simples e seguros podem trazer grande alívio ao bebê. Esses métodos incluem: massagem gengival com dedeiras, com os dedos da própria mãe, ou com o uso de mordedores, sempre muito bem higienizados. Existem alguns mordedores contendo em seu interior material que pode congelar quando levado ao freezer, que também alivia bastante os sintomas da erupção. Outra opção, é oferecer à criança alimentos mais duros e gelados, como uma maçã ou cenoura em pedaços grandes para que ela possa coçar as gengivas, sempre sob supervisão de um adulto para que ela não engasgue. Existem profissionais que recomendam fazer picolés com o próprio leite materno, leite artificial ou suco de frutas e oferecer para a criança. A aplicação de frio pode aliviar a dor e diminuir a coceira e o inchaço, mas deve ser evitado o contato prolongado dos objetos frios com a gengiva. É importante lembrar que esta é uma fase de desenvolvimento do bebê para uma nova etapa de sua vida. Uma atitude tranquila, carinhosa e segura dos pais pode ser o melhor remédio. Métodos simples sem uso de medicamentos  podem aliviar o desconforto durante o nascimento dos dentes! Visite nossa página Odontopediatria USP Ribeirao no Facebook e Instagram. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #28: Quais sintomas a criança pode apresentar com o nascimento dos dentes?

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Play Episode Listen Later Aug 12, 2019 3:15


Os sintomas que ocorrem durante o nascimento dos dentes é tema do programa Dente de Leite desta semana. Embora algumas vezes os dentes de leite possam aparecer na boca sem causar nenhum sintoma, na maioria dos casos há manifestações que podem incomodar tanto a criança como os pais. O nascimento dos dentes pode ser acompanhado de aumento na salivação, quando a criança fica babando, e coceira na gengiva, que faz com que coloque objetos na boca com maior frequência, seja brinquedos, o dedo, a mão ou a chupeta. A criança pode ainda ficar manhosa, irritada, perder o apetite e ter o sono agitado. Nessa fase a gengiva pode ficar mais avermelhada, arroxeada e inchada que o normal, podendo ocorrer febre baixa e fezes amolecidas. É importante saber que esses sintomas são passageiros e podem variar de criança para criança e de dente para dente. Mas, caso os sintomas se tornem muito intensos e persistirem por muito tempo, é importante consultar um profissional de saúde. Embora o nascimento dos dentes de leite possa trazer bastante incômodo e preocupar algumas mães, essa é uma fase bastante importante para a criança, pois a partir dela poderá receber alimentação mais sólida, morder e até mastigar os alimentos. Uma mastigação eficiente é muito importante para a sua saúde geral e para o desenvolvimento correto de suas estruturas bucais e faciais. O nascimento dos dentes pode causar coceira, irritação e até febres baixas. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Alexandra Mussolino de Queiroz Vinheta: Paola Mira e Lais Lima Pelozo Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #27: Prótese removível é alternativa para reposição do conjunto dentário

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Aug 5, 2019 4:46


O Momento Odontologia/Saúde Bucal desta semana, com o professor Roberto Chaib Stegun, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, discorre sobre a utilização de prótese removível. Os dentes têm como função primordial a redução de partículas de alimentos para uma melhor digestão. Ao perder algum dente, a capacidade de trituração dos alimentos é prejudicada, obrigando o sistema gastrointestinal a aumentar seu trabalho, possibilitando o surgimento de gastrite e úlceras. Dessa forma é fundamental que se reponha qualquer dente perdido e para isso o paciente pode utilizar uma prótese. A vantagem da prótese removível é que com apenas um aparelho o indivíduo pode recuperar diversas perdas dentais por arco superior e por arco inferior, ou seja, para a recuperação de diversos dentes perdidos dois aparelhos recuperam essa condição. A colocação e remoção da prótese é realizada após as refeições para a higienização, tanto dos dentes como da prótese. Já a decisão de dormir com ou sem a prótese é do cirurgião dentista, que vai avaliar a resultante das forças entre os dentes restantes quando dormimos com e sem a prótese. Com o tempo, a prótese sofre desgastes tanto onde estão os dentes artificiais quanto sobre o tecido abaixo dela, dessa forma haverá a necessidade de a cada três a cinco anos ser reavaliada a condição para sua troca ou ajuste. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #25: Tratamentos para câncer podem causar problemas bucais

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Play Episode Listen Later Jul 22, 2019 3:52


Neste Momento Odontologia/Saúde Bucal, se explica como a quimioterapia ou radioterapia na região da cabeça e do pescoço podem provocar complicações na boca de pacientes oncológicos. O problema é que, dependendo do nível das alterações, é necessária a suspensão temporária do tratamento contra o câncer. Entre as complicações, estão falta de saliva e mucosite oral — uma inflamação aguda da mucosa, que se manifesta por meio de vermelhidão ou até úlcera. As consequências desse quadro são: maior vulnerabilidade a micro-organismos, dores e problemas relacionados à mastigação dos alimentos. Com o uso de laser de baixa potência, um grupo da Faculdade de Odontologia da USP  busca prevenir e tratar essas doenças bucais. A técnica, que é analgésica, tem poder reparador e modulador do processo inflamatório. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #23: Como cuidar dos dentes na melhor idade?

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Play Episode Listen Later Jul 1, 2019 7:16


A terceira idade pode ser uma fase muito prazerosa da vida se houver um cuidado especial em relação à saúde, inclusive da boca. Saiba mais no Momento Odontologia/Saúde Bucal desta semana. Quando se tem próteses ou implantes a cautela com a gengiva é ainda mais importante. No caso do portador de uma dentadura, o ideal é que elas sejam substituídas a cada cinco anos, porque a parte que fica sob as próteses vai se desgastando com o passar do tempo. Esse tipo de paciente também deve fazer um autoexame semanal, já que o surgimento de anomalias deve ser avisado ao dentista o mais rápido possível. Entre outros problemas que acometem essa parcela da população estão a diminuição da quantidade de saliva, retração gengival, perda dos dentes inferiores e artroses que dificultam a empunhadura da escova. Tudo isso tem consequências como uma maior vulnerabilidade a infecções, perda de tonicidade da língua e sensibilidade dos dentes. É importante que em cada um desses casos o idoso procure por um dentista, a fim de ser orientado da melhor forma, e se a pessoa não tiver mais condição de realizar suas atividades diárias, um cuidador deve ser a solução. A boca também deve receber cuidados  intensivos porque pode se tornar uma porta para uma série de doenças, isto é, a qualidade de vida na terceira idade também depende de uma boa saúde bucal. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #21: Importância da saúde oral e implicações na saúde do atleta

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Play Episode Listen Later Jun 17, 2019 4:51


Com a finalidade de melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões, a especialidade Odontologia do Esporte estuda as doenças da cavidade oral no desempenho dos atletas, principalmente olímpicos. Reinaldo Brito e Dias, professor titular e responsável pela disciplina de Odontologia do Esporte do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais da Faculdade de Odontologia da USP, explica no Momento Odontologia/Saúde Bucal desta semana, que a falta de cuidado entre os profissionais de saúde e técnicos do entorno do atleta sobre a importância da saúde oral e sua implicação na saúde geral é um fator preocupante. A saliva traz informações importantes sobre as condições físicas e de saúde do atleta. A análise de marcadores bioquímicos fisiológicos pode determinar o ritmo de treinos, análise de tipo e quantidade de bactérias presentes. Possibilita também prevenir lesões musculares, problemas cardíacos, em articulações e aterosclerose, por exemplo, que podem comprometer um melhor desempenho do atleta. Ficha Técnica Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #19: Funcionamento do implante dentário e cuidados que ele demanda

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Play Episode Listen Later Jun 3, 2019 4:06


Há pouco tempo, quando se perdia um dente, os tratamentos mais eficazes disponíveis eram com pontes móveis, dentaduras ou pontes fixas. Essas alternativas não tinham boa fixação ou podiam causar desgaste nos dentes vizinhos. Surgiu, então, o implante dentário — que não conta com esses infortúnios. Nesta edição do Saúde Bucal, o professor Giuseppe Alexandre Romito, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, fala sobre implante dentário e os cuidados que o procedimento demanda. O implante é uma estrutura metálica, que é instalada no tecido ósseo saudável como substituição da raiz do dente perdido para servir de suporte para coroas dentais artificiais. Nesse processo, uma boa quantidade e qualidade óssea disponível no local que sofreu a perda é muito importante para um tratamento mais seguro. Caso isso não ocorra naturalmente, é possível conseguir essas condições por meio de procedimentos cirúrgicos. Depois de tudo feito, para aumentar as chances de sucesso de um implante, além de realizar os cuidados diários propostos pelo dentista, é também recomendado o retorno ao cirurgião para que ele possa diagnosticar possíveis problemas em seus estágios iniciais e, assim, tomar as devidas providências. Ficha técnica: Edição sonora: Gabriel Soares Produção: Rosemeire Talamone e Leticia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotfy, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming) Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #18: Como higienizar a boca do bebê após o nascimento dos dentes?

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later May 27, 2019 4:26


Nesta edição do Momento Odontologia/Dente de Leite, a professora Andiara De Rossi Daldegan, da disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP, fala qual a forma correta de higienizar a boca do bebê após a erupção do primeiro dente. Escova dental e pasta de dente com flúor, em pequena quantidade, são ferramentas importantes para que o responsável faça a escovação pelo menos uma vez ao dia.  Além disso, após o nascimento do segundo dente o fio dental já deve ser inserido no método. A profissional conta que o procedimento é essencial porque favorece o desenvolvimento de hábitos adequados, além de higienizar de maneira mais eficaz os dentes da criança. Apesar disso, caso haja muita dificuldade para fazer a limpeza dessa forma, o dentista pode indicar a continuação do uso da gaze ou das dedeiras por um tempo. Ficha técnica: Edição sonora: Gabriel Soares Vinheta: Lais Lima Pelozo e Paola Mira Produção: Rosemeire Talamone e Alexandra Mussolino de Queiroz Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotfy, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #17: Dente do Siso – remover ou não

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later May 21, 2019 4:04


Os terceiros molares – chamados de dente do siso – geralmente erupcionam no período entre o término da adolescência e o início da vida adulta, mas eles podem aparecer também em idades mais avançadas. Dependendo de diversos fatores, esses dentes podem permanecer inclusos no tecido ósseo, mas isso pode ocasionar lesões císticas ou tumores. Isso gera a velha dúvida: é necessário mesmo tirá-los? A opção de tratamento mais comum é a remoção, chamada de exodontia. A exodontia é, geralmente, um procedimento cirúrgico simples realizado em consultório odontológico sob anestesia local. Leves desconfortos causado pelo inchaço e pela dificuldade em abrir a boca após a cirurgia pode ocorrer, mas desaparece dentro de alguns dias, e o paciente volta a exercer suas atividades normais. As dores também podem ser tratadas com medicamentos como analgésicos, receitados pelo profissional dentista. A decisão de manter ou não esses dentes é acompanhada de suas respectivas consequências: a manutenção deles pode causar desde cáries a problemas mais sérios, enquanto que o processo de retirada também oferece riscos dependendo do caso. É sempre importante buscar orientação de um dentista para avaliar o caso e a necessidade de remover os sisos. A decisão deve ser do cirurgião dentista ou do cirurgião buco-maxilo-facial, junto com o paciente. Ficha técnica: Edição sonora: Gabriel Soares Vinheta: Cido Tavares Produção: Rosemeire Talamone e Letícia Acquaviva Para receber atualizações com novos episódios, assine o feed do podcast Momento Odontologia. Estamos também no Spotify, no iTunes, Google Podcasts, entre outros apps. E toda segunda-feira, às 8h05, na Rádio USP (93,7 FM em São Paulo, 107,9 em Ribeirão Preto e streaming). Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .