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Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #51: No inverno, apresentar palidez e arroxeamento nas extremidades do corpo pode indicar fenômeno de Raynaud

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Mar 23, 2021 26:14


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, professora da Divisão de Imunologia Clínica no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre o fenômeno de Raynaud. Na entrevista, a professora explica o que é o fenômeno de Raynaud, seus sintomas, diagnóstico e o tratamento da manifestação.   O que é o fenômeno de Raynaud O fenômeno de Raynaud, explica Maria Carolina, é o quadro clínico do indivíduo que, ao entrar em contato com o frio, apresenta palidez nas extremidades do corpo, principalmente nas mãos, onde os dedos podem ficar arroxeados, de cinco até 20 minutos. A manifestação também pode acometer pés, nariz e orelhas. Segundo a professora, ainda há poucas investigações sobre os fatores de risco para o fenômeno, mas existem algumas especulações sobre influências genéticas. A médica também informa que “nem sempre” a condição constitui doença e que há “uma grande parcela da população que apresenta esse fenômeno”, sendo “só uma manifestação que aparece e desaparece e não causa nenhuma consequência”, o que é chamado de fenômeno de Raynaud primário. As mulheres entre 15 a 40 anos de idade são as mais atingidas pela condição, conta a professora.   Maria Carolina também explica que o fenômeno pode ser desencadeado por estímulos emocionais e que isso pode acontecer diversas vezes durante o dia. A grande frequência da manifestação pode indicar associação do fenômeno a doenças.  Fenômeno de Raynaud associado a doenças Algumas características indicam maior gravidade do fenômeno de Raynaud, quando este é chamado de secundário. Sintomas prolongados com duração maior de 15 minutos, “mãos muito arroxeadas”, com formigamento e dores, e até feridas nas pontas dos dedos são alertas para relação com outros problemas de saúde, informa a professora. E, às vezes, o fenômeno pode estar associado às doenças colagenosas, como o lúpus e a esclerose sistêmica. Tabagismo, “doenças nos vasos”, problemas na tireoide e até algumas medicações também são condições que podem desencadear o quadro de Raynaud, informa Maria Carolina. Diagnóstico e tratamento do fenômeno de Raynaud O médico reumatologista é o profissional capacitado para investigar a condição, por meio de avaliação clínica, diálogo com paciente e exames de sangue e de urina, explica a professora. Além disso, o exame de capilaroscopia periungueal auxilia na diferenciação dos tipos de fenômeno de Raynaud.   Ao se sentir incomodado com os sintomas do fenômeno de Raynaud primário, o indivíduo que apresenta a condição deve manter o corpo aquecido, como “usar casaco e luvas”. “E, na insuficiência dessas medidas, medicamentos vasodilatadores podem ser alternativa para a manifestação”, afirma Maria Carolina. Já para o paciente com o fenômeno de Raynaud secundário, “essas medidas são obrigatórias”: aquecimento e medicações. E, no tratamento de doenças associadas ao Raynaud, o fenômeno pode apresentar melhoras. Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.  Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Pílula Farmacêutica #62: Para tratar cada tipo de vírus existe um medicamento antiviral com princípio ativo específico

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Mar 23, 2021 7:01


As infecções causadas por vírus estão entre as principais causas de mortalidade no mundo. Atualmente, com o aumento dos casos de doentes com covid-19, muito tem se falado sobre a busca de um medicamento antiviral para tratar a doença. No Pílula Farmacêutica desta semana, a acadêmica Kimberly Fuzel fala sobre a classificação dos medicamentos antivirais e como eles atuam.  Segundo Kimberly, os medicamentos antivirais são uma classe de medicamentos voltada para tratar doenças causadas por vírus. Ela explica que os vírus são formados por ácidos nucleicos conhecidos por DNA ou RNA, apresentando características diferentes, mas, de modo geral, o material genético deles está envolvido sobre um núcleo composto de proteínas coberto por um capsídeo que também é composto de proteínas. “Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, eles precisam entrar no núcleo das células para aproveitar as vias metabólicas delas e então se reproduzir. Alguns vírus conseguem até mesmo integrar seu DNA ao do hospedeiro, fazendo com que, mesmo depois de tratado, o paciente possa apresentar sintomas da infecção novamente quando é exposto ao vírus, como no caso do herpes, por exemplo.”   Classificações dos medicamentos antivirais Dentro da classe de antivirais existem algumas classificações, já que para cada tipo de vírus existe um medicamento antiviral com princípio ativo específico para conseguir eliminar e bloquear suas funções. Os principais fármacos ativos dos medicamentos antivirais são: os inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, que agem inibindo a enzima transcriptase ao se incorporarem no DNA do vírus e, dessa forma, a tornam defeituosa para a multiplicação. Alguns exemplos são o Efavirenz, a Etravirina e a Nevirapina.  Os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa também agem da mesma forma, ou seja, inibindo a enzima transcriptase no DNA do vírus para que ela se torne defeituosa e não se multiplique; alguns exemplos são o Tenofovir, a Estavudina e a Lamivudina, entre outros. “Os inibidores da protease bloqueiam a síntese de proteína do vírus, o que impede que eles amadureçam e se reproduzam em outras células.” Inibidores da DNA-polimerase atuam bloqueando a síntese de DNA do vírus, impedindo o alongamento da sua cadeia, como é o exemplo do Aciclovir, entre outros medicamentos. Os inibidores de fusão do HIV, como o nome já diz, são responsáveis por impedir o vírus HIV de entrar nas células de defesa do organismos e se reproduzir. Outra classe são os fármacos imunomoduladores, que atuam direto no sistema imunológico, ativando a cascata de sinalização que leva à produção de proteínas antivirais, como, por exemplo, a proteinocinase R, interrompendo o mecanismo de tradução nas células infectadas pelo vírus. Os medicamentos mais conhecidos dessa classe são os Interferons e a Imunoglobulina.  E, por fim, temos ainda os inibidores da liberação e desmontagem viral, que inibem a ação da enzima neuraminidase do vírus, como, por exemplo, no vírus influenza. Essa enzima é importante para a replicação viral, porque atua no processo de liberação de partículas virais formadas nas células infectadas para depois se reproduzirem em outra célula e, ao bloquear a ação dessa enzima, os vírus não conseguem deixar a célula hospedeira, evitando uma maior disseminação do vírus no organismo. Alguns medicamentos dessa classe são o Zanamivir, a Amantadina, entre outros.  Medicamento antiviral e covid-19  Recentemente foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso do medicamento antiviral Remdesivir, sendo este o primeiro medicamento recomendado para o tratamento da covid-19 no Brasil. Após ter seu uso analisado durante meses pela Anvisa, o Remdesivir mostrou potencial para ser um grande aliado no combate ao coronavírus, mas, apesar disso, o medicamento mostrou algumas ressalvas, não podendo ser utilizado por todos.  O Remdesivir foi desenvolvido para tratar o ebola e, assim como outros medicamentos antivirais, passou a ser testado para o tratamento da covid-19. Esse medicamento atua diminuindo ou interrompendo a replicação do vírus no organismo.  Segundo uma das pesquisas publicadas no New England Journal of Medicine, a recuperação dos pacientes se mostrou mais rápida com o uso do Remdesivir, reduzindo o tempo de uso de suporte de oxigênio e também de hospitalização. Duas semanas depois dessa publicação, a Organização Mundial da Saúde divulgou uma atualização em suas diretrizes contraindicando o uso do medicamento, considerando que ainda não existia uma comprovação científica forte sobre sua eficácia.  Mas a indicação do medicamento não se resume à forma leve, moderada ou grave da doença, ela está mais ligada à apresentação de alguns sintomas específicos, como a pneumonia, combinada com a necessidade de oxigênio suplementar, mas sem fazer uso de ventilação mecânica. Ainda segundo a Anvisa, diz Kimberly, esse antiviral só pode ser utilizado em ambiente hospitalar, ou seja, em casos em que o paciente está internado, já que é necessário ter o acompanhamento da equipe médica durante todo o tratamento, que geralmente dura de cinco a dez dias, e por isso a comercialização do mesmo foi restringida.  “O Remdesivir é apenas uma forma de auxílio no tratamento para a covid-19, ele pode diminuir a chance do paciente com um caso grave precisar usar o respirador, mas ainda existem muitas incertezas no seu uso e, por isso, está longe de ser uma cura, sendo necessário que a pessoa seja vacinada mesmo depois de ter sido tratada com o medicamento.” Pílula Farmacêutica   Apresentação: Kimberly Fuzel e Giovanna Bingre Produção: Professora Regina Célia Garcia de Andrade e Rita Stella Co-produção: Rita Stella Edição geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda e quarta, às 10h40 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS . 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Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #51: No inverno, apresentar palidez e arroxeamento nas extremidades do corpo pode indicar fenômeno de Raynaud

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Mar 23, 2021 26:14


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, professora da Divisão de Imunologia Clínica no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre o fenômeno de Raynaud. Na entrevista, a professora explica o que é o fenômeno de Raynaud, seus sintomas, diagnóstico e o tratamento da manifestação.   O que é o fenômeno de Raynaud O fenômeno de Raynaud, explica Maria Carolina, é o quadro clínico do indivíduo que, ao entrar em contato com o frio, apresenta palidez nas extremidades do corpo, principalmente nas mãos, onde os dedos podem ficar arroxeados, de cinco até 20 minutos. A manifestação também pode acometer pés, nariz e orelhas. Segundo a professora, ainda há poucas investigações sobre os fatores de risco para o fenômeno, mas existem algumas especulações sobre influências genéticas. A médica também informa que “nem sempre” a condição constitui doença e que há “uma grande parcela da população que apresenta esse fenômeno”, sendo “só uma manifestação que aparece e desaparece e não causa nenhuma consequência”, o que é chamado de fenômeno de Raynaud primário. As mulheres entre 15 a 40 anos de idade são as mais atingidas pela condição, conta a professora.   Maria Carolina também explica que o fenômeno pode ser desencadeado por estímulos emocionais e que isso pode acontecer diversas vezes durante o dia. A grande frequência da manifestação pode indicar associação do fenômeno a doenças.  Fenômeno de Raynaud associado a doenças Algumas características indicam maior gravidade do fenômeno de Raynaud, quando este é chamado de secundário. Sintomas prolongados com duração maior de 15 minutos, “mãos muito arroxeadas”, com formigamento e dores, e até feridas nas pontas dos dedos são alertas para relação com outros problemas de saúde, informa a professora. E, às vezes, o fenômeno pode estar associado às doenças colagenosas, como o lúpus e a esclerose sistêmica. Tabagismo, “doenças nos vasos”, problemas na tireoide e até algumas medicações também são condições que podem desencadear o quadro de Raynaud, informa Maria Carolina. Diagnóstico e tratamento do fenômeno de Raynaud O médico reumatologista é o profissional capacitado para investigar a condição, por meio de avaliação clínica, diálogo com paciente e exames de sangue e de urina, explica a professora. Além disso, o exame de capilaroscopia periungueal auxilia na diferenciação dos tipos de fenômeno de Raynaud.   Ao se sentir incomodado com os sintomas do fenômeno de Raynaud primário, o indivíduo que apresenta a condição deve manter o corpo aquecido, como “usar casaco e luvas”. “E, na insuficiência dessas medidas, medicamentos vasodilatadores podem ser alternativa para a manifestação”, afirma Maria Carolina. Já para o paciente com o fenômeno de Raynaud secundário, “essas medidas são obrigatórias”: aquecimento e medicações. E, no tratamento de doenças associadas ao Raynaud, o fenômeno pode apresentar melhoras. Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.  Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #89: Saúde bucal do brasileiro pode avançar com maior inserção da assistência odontológica na atenção básica à saúde

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 22, 2021 10:00


Como todos sabem, uma boa saúde bucal é essencial para a saúde como um todo. Para evitar problemas de saúde dos mais simples até os mais graves, manter uma boa higiene bucal também é primordial.  E foi pensando nisso que a Federação Dentária Internacional (FDI) instituiu, em 2007, o Dia Mundial da Saúde Bucal, comemorado no dia 20 deste mês. No relatório final de conferência paralela a outro evento que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, ficou estabelecido que a saúde bucal é parte integrante da saúde geral do indivíduo e está diretamente relacionada às condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio-ambiente, como também ao acesso aos serviços de saúde e à informação, sendo responsabilidade e dever do Estado a sua manutenção. Como anda a saúde bucal do brasileiro depois dessas iniciativas? Para responder a essa pergunta, o Momento Odontologia desta semana convidou a professora Ana Estela Haddad, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP. Para a professora, temos o que comemorar no Dia Mundial da Saúde Bucal.  Ana Estela relembra que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostraram que em 1998 aproximadamente 19% da população brasileira nunca tinha ido ao dentista. Já em 2008, dez anos depois, esse porcentual caiu para 11%, “com a inclusão de 22 milhões de brasileiros com acesso ao atendimento odontológico”.  Além disso, segundo dados de 2018 do Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Brasil é o país com maior número de dentistas no mundo, com mais de 312,4 mil profissionais da área. “A odontologia brasileira é mundialmente reconhecida”, destaca a professora, que ainda recorda que o Brasil alcançou a 2° colocação em produção científica mundial, relacionada à área de odontologia. Ações de saúde bucal na atenção básica  O Brasil ainda implantou, em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal, que envolveu a ampliação do acesso às ações e serviços de saúde bucal na atenção básica, com a inclusão das equipes de saúde bucal na estratégia de saúde da família e a criação dos centros de especialidade odontológica. Números mais atuais mostram que são, aproximadamente, 24 mil equipes de saúde bucal e 1.120 centros de especialidade odontológica no País. “Sem dúvida, a criação do acesso impactou positivamente os indicadores de saúde bucal.” Dados do IBGE de 2019 mostram que 34 milhões de brasileiros, com mais de 18 anos, perderam 13 dentes ou mais, e 14 milhões de pessoas perderam todos os dentes. Na mesma pesquisa, o IBGE apontou que menos da metade dos brasileiros consultou um dentista nos 12 meses anteriores ao levantamento. A professora reconhece que a oportunidade de fazer com que todo conhecimento e evidências científicas produzidos no Brasil sejam revertidos em impacto positivo e relevância social “está na adoção do modelo de atenção à saúde do SUS e na inclusão da saúde bucal neste modelo”. Conta a professora que a abordagem populacional, o fortalecimento das ações de saúde bucal na atenção básica e a atuação a partir da demanda populacional “é o que pode conduzir o País à melhora da saúde bucal da população”. Nesse caso, as políticas de prevenção à cárie podem ajudar o País a mudar esse cenário, já que “se tem evidências que possamos agir, no nível individual e coletivo e de políticas públicas, para que cada criança cresça sem cárie”, afirma Ana Estela. A professora conta que diversas pesquisas comprovam que o açúcar de adição representa um fator de risco comum, tanto para cárie quanto para doenças crônicas não transmissíveis, que estão entre as principais causas de mortalidade na fase adulta. Um estudo publicado em 2014 demonstrou a associação entre a presença de doença periodontal em gestantes e adolescentes e o aumento no consumo de açúcar de adição. “Pesquisas como essas levam a uma teoria de integração entre a cárie e a doença periodontal no rol das doenças crônicas não transmissíveis.” Por situações como essa, o dentista assume um papel protagonista, por ser o primeiro profissional a identificar sinais relacionados e fatores de risco ao futuro possível aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. “Como geralmente isso acontece antes do aparecimento, é possível atuar preventivamente sobre esse fator de risco”, avalia a professora. O futuro da assistência à saúde bucal no Brasil A odontologia pode ser responsável por descobrir e tratar problemas ainda mais graves, como o câncer bucal. Isso porque, segundo a professora, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que são registrados aproximadamente 15 mil novos casos da doença no Brasil a cada ano. Desse total, cerca de 50% resultam em óbitos, por falta do diagnóstico precoce. “O futuro da saúde bucal deve ser compreender e considerar, cada vez mais, a saúde bucal como parte da atenção integral à saúde da população, sendo planejada e implantada como parte de uma política nacional de saúde, de saúde pública e integrada ao SUS”, reforça Ana Estela. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #50: Tremor essencial afeta principalmente as mãos e não tem cura

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Mar 16, 2021 23:36


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Vitor Tumas, professor de Neurologia do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre o tremor essencial (TE). Na entrevista, o professor explica o que é o distúrbio, suas causas, seus sintomas e o diagnóstico e tratamento do tremor essencial. O que é o tremor essencial O tremor essencial é uma doença definida pela presença de tremores nas mãos, embora possa acometer outras partes do corpo, como é o caso de tremores na voz, na boca, na cabeça e nos membros inferiores. Geralmente, os tremores são benignos, e podem se manifestar em duas idades: na faixa de 20 a 30 anos de idade e depois dos 50 e 60 anos de idade, sendo esse o grupo mais atingido. Mas esses tremores podem se transformar em problema quando tornam dificultosas tarefas comuns do cotidiano, como o ato de segurar uma xícara ou um talher. Tumas alerta para o ouvinte não confundir tremor essencial com doença de Parkinson. Sintomas e causas do tremor essencial Na maioria dos casos, o sintoma do tremor essencial são os tremores, afirma o professor. Mas pessoas de idade mais avançada podem apresentar outras características, como a perda de coordenação e equilíbrio, e até risco de perda de audição associada ao distúrbio. Tumas esclarece também que, o tremor essencial não é uma “doença degenerativa progressiva”, embora a piora dos tremores possa acontecer em pessoas idosas. Além disso, o tremor essencial é uma doença hereditária, conta o professor, “embora não tenha sido identificado um gene específico para a doença”. E, em situações de tensão e após atividades físicas, os tremores se tornam mais intensos. O médico também explica qual a relação entre o consumo de álcool e o tremor essencial. Diagnóstico e tratamento do tremor essencial “A doença tem diagnóstico clínico, principalmente por meio de exame neurológico”, informa o médico. Existem “medicamentos por via oral que reduzem o tremor”,  normalmente de forma contínua, sendo o propranolol e a primidona os fármacos mais eficazes. Mas, esclarece Tumas, o tremor essencial não tem cura. Assim, medicação e até mesmo o tratamento cirúrgico e outras formas alternativas são paliativos. Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.  Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #88: Odontologia digital: entenda o que é, benefícios e como é feita 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 15, 2021 8:04


Os últimos anos estão marcados pela evolução da tecnologia, que fez com que milhões de atividades migrassem para o universo on-line. A internet chegou em todas as áreas e, como não poderia deixar de ser, na saúde também. E com a odontologia não poderia ser diferente. Seja para agilizar as consultas, planejar tratamentos, ou facilitar a comunicação entre profissional e paciente, uma coisa é fato: a era digital chegou aos consultórios odontológicos.  O Momento Odontologia desta semana recebe a professora Regina Maura Fernandes, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, que explicou o conceito de odontologia como “a aplicação da tecnologia para otimizar os tratamentos odontológicos”. A modalidade reúne diversas ferramentas que possibilitam, entre outras coisas, agilizar as consultas clínicas e mecanizar a produção de próteses, por exemplo.  Benefícios da tecnologia “Um benefício importante é a facilidade na comunicação entre o profissional e o paciente”, destaca a professora. Além disso, as imagens tridimensionais ampliadas em alta resolução permitem analisar os problemas e compartilhar as soluções.  E já pensou em evitar a colocação dos moldes nos dentes, que podem ser extremamente desconfortáveis? Com a odontologia digital, isso também é possível, através de escaneamentos intraorais. “O escaneamento é menos invasivo e mais ágil que os moldes convencionais. O paciente vê em tempo real a situação dos seus dentes e analisa os planejamentos propostos”, afirma Regina Maura. Os recursos digitais também permitem reduzir o número de consultas durante o tratamento e a sua finalização. A professora explica que, por conta dos métodos digitais, hoje é mais fácil para o dentista mostrar as vantagens de aderir ao tratamento proposto e definir as melhores intervenções para cada caso.  “Os profissionais também se beneficiam da odontologia digital”, diz Regina Maura. É que agora é possível padronizar e digitalizar processos que eram totalmente manuais. “Também é possível visualizar os resultados previsíveis dos tratamentos, aumentar a produtividade e diminuir os erros dentro dos tratamentos. “E ainda há facilidade e rapidez na comunicação entre as diferentes especialidades, pelo compartilhamento eficaz dessas informações”, destaca.   Importância da odontologia digital Engana-se quem pensa que a modalidade traz benefícios só para profissionais e pacientes. A odontologia digital também pode ser muito importante para o meio ambiente. É que uma ferramenta bastante usada na prática digital é a radiologia 2D, que é digitalizada e permite que o profissional obtenha informações importantes para o diagnóstico, com rapidez e precisão. E com o uso dessa ferramenta, o profissional vai produzir menos impacto ao meio ambiente, “já que não há o processamento com substâncias químicas”.  Outra ação importante no uso da odontologia digital diz respeito aos exames 3D. Conta a professora que “como as tomografias computadorizadas fazem a reconstrução em terceira dimensão, elas são capazes de detectar pequenas fraturas e até formação de tumores”.  Captura de informações  A captura de informações para um tratamento odontológico digital pode ser feita pelos mais variados meios. Câmeras fotográficas, smartphones e tablets, que são aparelhos comuns no cotidiano, podem ser usados para uma avaliação ortodôntica, por exemplo.  Além disso, existem equipamentos específicos para a prática, como o scanner intraoral, impressora 3D, aplicativos para desenhar o sorriso, software para o desenho da peça protética, fresadoras, que são máquinas capazes de processar e usinar as peças protéticas e aparelhos, e fornos específicos para a arte final das restaurações.  Regina Maura destaca, ainda, que um dos aplicativos mais usados na odontologia digital foi desenvolvido por um brasileiro, formado na Faculdade de Odontologia (FO) da USP. Trata-se do Desenho Digital do Sorriso (DSD, na sigla em inglês), idealizado por Christian Coachman.  O aplicativo se baseia em fotos e vídeos da face, com parâmetros que permitem avaliar a melhor relação entre os dentes, gengivas, lábios e face em movimento, harmonizando o sorriso e o rosto do paciente. Cursos e expectativa para o futuro  A professora informa que há cursos específicos para atuar na odontologia digital e a especialização nesta área está em fase de reconhecimento pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). De acordo com Regina Maura, o mercado odontológico mundial teve um crescimento médio anual em torno de 5%, entre 2018 e 2020, por conta da consciência e do aumento dos cuidados com a saúde bucal, envelhecimento da população e avanços tecnológicos. Mas, para ela, o futuro da odontologia digital no Brasil “é bem desafiador”. Isso porque o Brasil é o país com maior número de profissionais da área, com aproximadamente 330 mil dentistas, de acordo com o levantamento do Conselho Federal de Odontologia em 2019.  Assim, ela ressalta a importância dos profissionais estarem conectados a técnicas inovadoras, tecnologias e tendências para um mercado tão competitivo. Além disso, a professora lembra que “as ferramentas tecnológicas não substituem a odontologia humanizada.” Ela alerta para o fato de que “o dentista não trata dentes, mas sim pessoas”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #87: Entenda a relação entre feridas na língua e a sífilis

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 8, 2021 9:34


Muitos podem não saber, mas as feridas que aparecem na língua podem ser sinais de sífilis e, nesses casos, todo cuidado é pouco. Essas condições, que podem parecer simples no início, precisam ser cuidadas, para que não virem algo grave no futuro, pois podem levar, inclusive, à morte.  No Momento Odontologia desta semana, a professora Cássia Maria Fischer Rubira, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, conta que é mais comum aparecerem lesões como feridas, rachaduras, manchas e erupções na língua e, quando isso acontece, é importante que a pessoa procure um profissional da saúde, para que seja executado um exame clínico minucioso e determinar a possível causa dessa lesão.  A professora alerta que toda alteração do aspecto normal da língua é um motivo de preocupação. Segundo Cássia, a presença de lesões na língua é considerada um distúrbio em relação à saúde bucal e também pode refletir doenças sistêmicas, como a anemia. “Lesões localizadas na língua podem ser resultado de doenças de origem infecciosa, traumática ou até mesmo neoplásica.”  Por terem vários tipos de origem, é essencial que o diagnóstico seja feito corretamente, para que essas condições sejam tratadas de forma adequada. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento só podem ser feitos por um profissional, seja ele um cirurgião dentista ou um médico.  Sífilis A professora explica que a sífilis é causada por uma bactéria, é uma doença infectocontagiosa, sistêmica, e a sua transmissão é predominantemente sexual, ou seja, o primeiro contato com a bactéria se dá nas partes íntimas.  Quando o contato com essa bactéria se dá fora dessas áreas (íntimas), normalmente acontece na cavidade bucal e, na maioria das vezes, nos lábios e na língua. “Com isso, ocorre a presença de uma ferida, devido ao contato com essa bactéria”, destaca Cássia.  Nesses casos, é uma ferida que não cicatriza, presente na boca por mais ou menos um mês e que não provoca dor. Normalmente ela regride espontaneamente e, por isso, “a pessoa não procura o auxílio de um profissional”.  Características “A sífilis é conhecida por várias fases da doença, devido à sua cronicidade”, explica Cássia. A doença tem a fase primária, quando há contato com a bactéria. Depois, vem a fase secundária, que pode ser um pouco mais duradoura. E, por fim, a terciária, a mais grave. Conta Cássia que “o indivíduo não tratado pode evoluir para a fase terciária e apresentar grandes nódulos na língua”. Tratamento  Quando a sífilis for diagnosticada, através de exames laboratoriais, provas sorológicas, ou até mesmo biópsia, o paciente tem que ser encaminhado para o serviço médico, que vai tratar com antibiótico, que é efetivo e faz com que a doença seja eliminada.  “O indivíduo portador de sífilis prejudica a si mesmo e aos outros”, alerta a professora. Como é uma doença infectocontagiosa e a sua transmissão é predominantemente sexual, um portador de sífilis pode transmitir a condição para o seu parceiro ou sua parceira. Além disso, a mulher portadora de sífilis, que esteja grávida, pode passar para o feto também.  A doença tem que ser tratada de forma correta, respeitando a medicação e o prazo prescritos. Se a condição não for tratada, ou for tratada incorretamente, pode avançar para a fase mais grave, que traz complicações sérias para órgãos como o coração e cérebro, levando o paciente à morte. “A prevenção é fundamental e o tratamento deve ser o mais precoce possível.”  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Saúde sem Complicações #48: Entenda o que é como tratar o herpes zóster ocular

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Mar 2, 2021 27:54


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe João Marcelo Furtado, professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP para falar sobre o herpes zóster ocular. O médico conta o que é essa infecção, quais suas causas e sintomas e, ainda, apresenta as formas de tratamento e prevenção da doença.  Causas do herpes zóster ocular Segundo o professor, o herpes zóster ocular é causado pelo vírus da varicella-zoster, também causador da catapora e de alterações na pele chamadas popularmente de cobreiro. O vírus, explica, pode acometer os olhos diretamente ou como manifestação secundária das lesões da pele. O mais grave, alerta Furtado, é que o herpes zóster pode levar à perda de visão. As lesões do herpes zóster na pele, geralmente, ocorrem em apenas um lado do corpo, informa o professor, de pessoas com histórico de catapora. Essas pessoas também podem desenvolver o herpes zóster ocular, em que as lesões atingem a pálpebra, causando inchaço e outras complicações associadas, bem como alterações da superfície e até do interior dos olhos .  Sintomas do herpes zóster ocular O quadro clássico da infecção, afirma Furtado, é marcado por mal estar não específico, semelhante ao de um resfriado. Vermelhidão na pele associada à coceira e dores também são manifestações do herpes zoster ocular. Após alguns dias infectado, é comum o paciente apresentar lesões associadas ao inchaço, aumento de dores e das vesículas, que formam crostas. Tratamento do herpes zóster ocular Furtado diz que uma pessoa saudável pode melhorar sem tratamento. Mas iniciar as medicações já no começo da infecção “aumenta a chance de ela ter menos dores, dela melhorar mais rápido e até de ter menos complicações no futuro”.  O tratamento para a herpes zóster normalmente é o antiviral, por via oral, de sete a dez dias, de acordo com a evolução da doença; o que vale para a forma de lesão na pele também. E, “dependendo do quadro ocular, a gente vai associar ou não anti-inflamatórios, que podem ser colírios”. O oftalmologista também informa como é possível tratar a infecção grave.  Por ser uma doença transmissível, Furtado ainda explica ao ouvinte os cuidados necessários para não transmitir a doença para outras pessoas. E, para prevenir a infecção, o professor cita a vacina para o herpes zóster para pessoas acima de 50 anos, mas informa que tem alto custo e não está disponível na rede pública.   Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.  Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Saúde sem complicações - USP
Saúde sem Complicações #48: Entenda o que é como tratar o herpes zóster ocular

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Mar 2, 2021 27:54


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe João Marcelo Furtado, professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP para falar sobre o herpes zóster ocular. O médico conta o que é essa infecção, quais suas causas e sintomas e, ainda, apresenta as formas de tratamento e prevenção da doença.  Causas do herpes zóster ocular Segundo o professor, o herpes zóster ocular é causado pelo vírus da varicella-zoster, também causador da catapora e de alterações na pele chamadas popularmente de cobreiro. O vírus, explica, pode acometer os olhos diretamente ou como manifestação secundária das lesões da pele. O mais grave, alerta Furtado, é que o herpes zóster pode levar à perda de visão. As lesões do herpes zóster na pele, geralmente, ocorrem em apenas um lado do corpo, informa o professor, de pessoas com histórico de catapora. Essas pessoas também podem desenvolver o herpes zóster ocular, em que as lesões atingem a pálpebra, causando inchaço e outras complicações associadas, bem como alterações da superfície e até do interior dos olhos .  Sintomas do herpes zóster ocular O quadro clássico da infecção, afirma Furtado, é marcado por mal estar não específico, semelhante ao de um resfriado. Vermelhidão na pele associada à coceira e dores também são manifestações do herpes zoster ocular. Após alguns dias infectado, é comum o paciente apresentar lesões associadas ao inchaço, aumento de dores e das vesículas, que formam crostas. Tratamento do herpes zóster ocular Furtado diz que uma pessoa saudável pode melhorar sem tratamento. Mas iniciar as medicações já no começo da infecção “aumenta a chance de ela ter menos dores, dela melhorar mais rápido e até de ter menos complicações no futuro”.  O tratamento para a herpes zóster normalmente é o antiviral, por via oral, de sete a dez dias, de acordo com a evolução da doença; o que vale para a forma de lesão na pele também. E, “dependendo do quadro ocular, a gente vai associar ou não anti-inflamatórios, que podem ser colírios”. O oftalmologista também informa como é possível tratar a infecção grave.  Por ser uma doença transmissível, Furtado ainda explica ao ouvinte os cuidados necessários para não transmitir a doença para outras pessoas. E, para prevenir a infecção, o professor cita a vacina para o herpes zóster para pessoas acima de 50 anos, mas informa que tem alto custo e não está disponível na rede pública.   Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.  Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Momento Odontologia #86: Saúde bucal na gravidez: mitos, verdades e cuidados

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Mar 1, 2021 6:48


A gravidez é um momento de muitas dúvidas por parte da gestante, tanto com ela quanto para o bebê. Cuidar da saúde em geral é fundamental para a mãe e para a criança, e a saúde bucal, especialmente, é muito importante neste momento.  Os cuidados com a saúde bucal da mulher grávida são os mesmos de qualquer pessoa, mas é preciso se atentar a algumas questões específicas. Quem garante é a professora Mariana Minatel Braga Fraga, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do programa Momento Odontologia desta semana. “É preciso focar no controle da higiene bucal, para evitar a cárie e a doença periodontal, doenças comuns durante a gestação, e,ainda, no controle da dieta”, explica a professora. Essas doenças são comuns na gravidez, porque as gestantes costumam se alimentar mais, principalmente alimentos doces. Mariana ainda alerta que “é importante cuidar para que isso não se exceda ao longo do dia”. Os dentes durante a gravidez É comum que os dentes da mulher sofram algumas alterações durante o período de gestação, mas a professora ressalta que esses problemas não têm relação com a gravidez em si. Segundo Mariana, os dentes estão sempre passando pela desmineralização e remineralização, processo que ocorre naturalmente e não em função da gravidez. “Um desequilíbrio nesse processo, causado pelo biofilme presente sobre a superfície dos dentes, leva a alterações. Na gravidez, isso acontece porque a grávida come mais vezes, especialmente alimentos açucarados.” Diferente do que muitos pensam, a gravidez não enfraquece os dentes, garante Mariana. Essa história “não passa de um mito”, ressalta. Ela ainda destaca que “o bebê não rouba o cálcio ou os minerais do dente da mãe”. A explicação, diz a professora, é a gestante ter cárie pela alteração nos hábitos alimentares e o consequente processo de desmineralização e remineralização. Riscos para o bebê A cárie dentária durante a gravidez não prejudica diretamente o bebê, mas pode estar relacionada a algumas questões que precisam ser acompanhadas por um profissional. A cárie pode liberar substâncias na corrente sanguínea, que são capazes de alterar a contração uterina e induzir a um parto prematuro. “O mesmo acontece com doenças periodontais, portanto, é necessário o acompanhamento, mesmo antes do período de gravidez.”  Mau hálito Segundo a professora, a gravidez não tem relação direta com o mau hálito, mas algumas situações que a mulher enfrenta, sim. Entre as condições estão a xerostomia, mais conhecida como boca seca, a ingestão frequente de alimentos, especialmente os adoçados, e falta de higienização correta. Mariana ainda explica que, por conta do forte enjoo, muitas grávidas não conseguem fazer a higienização da língua, o que também pode favorecer o mau hálito. Anestesia Muito se fala que a grávida não pode tomar anestesia, mas, se necessário, “ela deve tomar anestesia”, destaca Mariana. “Se a grávida precisar de algum procedimento que possa gerar dor é preciso anestesiar, porque é muito mais danoso para ela sentir dor do que tomar anestesia.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #86: Saúde bucal na gravidez: mitos, verdades e cuidados

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Mar 1, 2021 6:48


A gravidez é um momento de muitas dúvidas por parte da gestante, tanto com ela quanto para o bebê. Cuidar da saúde em geral é fundamental para a mãe e para a criança, e a saúde bucal, especialmente, é muito importante neste momento.  Os cuidados com a saúde bucal da mulher grávida são os mesmos de qualquer pessoa, mas é preciso se atentar a algumas questões específicas. Quem garante é a professora Mariana Minatel Braga Fraga, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, convidada do programa Momento Odontologia desta semana. “É preciso focar no controle da higiene bucal, para evitar a cárie e a doença periodontal, doenças comuns durante a gestação, e,ainda, no controle da dieta”, explica a professora. Essas doenças são comuns na gravidez, porque as gestantes costumam se alimentar mais, principalmente alimentos doces. Mariana ainda alerta que “é importante cuidar para que isso não se exceda ao longo do dia”. Os dentes durante a gravidez É comum que os dentes da mulher sofram algumas alterações durante o período de gestação, mas a professora ressalta que esses problemas não têm relação com a gravidez em si. Segundo Mariana, os dentes estão sempre passando pela desmineralização e remineralização, processo que ocorre naturalmente e não em função da gravidez. “Um desequilíbrio nesse processo, causado pelo biofilme presente sobre a superfície dos dentes, leva a alterações. Na gravidez, isso acontece porque a grávida come mais vezes, especialmente alimentos açucarados.” Diferente do que muitos pensam, a gravidez não enfraquece os dentes, garante Mariana. Essa história “não passa de um mito”, ressalta. Ela ainda destaca que “o bebê não rouba o cálcio ou os minerais do dente da mãe”. A explicação, diz a professora, é a gestante ter cárie pela alteração nos hábitos alimentares e o consequente processo de desmineralização e remineralização. Riscos para o bebê A cárie dentária durante a gravidez não prejudica diretamente o bebê, mas pode estar relacionada a algumas questões que precisam ser acompanhadas por um profissional. A cárie pode liberar substâncias na corrente sanguínea, que são capazes de alterar a contração uterina e induzir a um parto prematuro. “O mesmo acontece com doenças periodontais, portanto, é necessário o acompanhamento, mesmo antes do período de gravidez.”  Mau hálito Segundo a professora, a gravidez não tem relação direta com o mau hálito, mas algumas situações que a mulher enfrenta, sim. Entre as condições estão a xerostomia, mais conhecida como boca seca, a ingestão frequente de alimentos, especialmente os adoçados, e falta de higienização correta. Mariana ainda explica que, por conta do forte enjoo, muitas grávidas não conseguem fazer a higienização da língua, o que também pode favorecer o mau hálito. Anestesia Muito se fala que a grávida não pode tomar anestesia, mas, se necessário, “ela deve tomar anestesia”, destaca Mariana. “Se a grávida precisar de algum procedimento que possa gerar dor é preciso anestesiar, porque é muito mais danoso para ela sentir dor do que tomar anestesia.” Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #85: Mau hálito pode ser sintoma de algo errado no organismo

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 22, 2021 9:59


A sensação de estar com mau hálito, por si só, já causa uma apreensão enorme. Agora, já imaginou conviver com esse problema diariamente? Ter mau hálito pode ser bastante difícil para quem sofre com a condição, que tem nome e causas específicas: halitose.  Em entrevista ao programa Momento Odontologia desta semana, o professor Vinícius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, explicou que “a halitose é um sinal de má higiene oral ou de algo errado no organismo”.  Causas do mau hálito O professor contou que antigamente acreditava-se que as maiores causas de halitose estavam relacionadas ao aparelho digestivo ou ao trato respiratório superior, mas que “hoje já se sabe que cerca 95% das causas são bucais”.  Entre as principais causas estão a saburra lingual, que é o biofilme que fica no dorso da língua; a doença periodontal; alimentos em decomposição entre os dentes; causas sistêmicas, como sinusite, problemas nas vias respiratórias ou até mesmo refluxo.  “Mas a maior parte das causas é a de sujeiras no dorso da língua, doença periodontal, doenças de gengiva e falta do uso de fio dental, provocando decomposição de alimentos”, resume Pedrazzi.  Sintomas  Além do mau hálito, a halitose pode ter outros sintomas ou sinais. “Um deles é a boca seca”, explica Pedrazzi. Além disso, a sensação de garganta colando e dificuldade em falar também podem ser indicativos.  E a halitose pode trazer ainda mais problemas, caso suas bactérias não sejam removidas do dorso da língua. “Algumas bactérias podem ser deglutidas, o que pode levar esse biofilme até os pulmões, chegar nos brônquios e provocar uma pneumonia por aspiração.”  Tratamento O tratamento pode ser bem simples e, na maioria dos casos, se resume a melhorar a higiene bucal, com uso de fio dental e higienizador de língua. Já em casos como uma doença periodontal, o tratamento envolve uma cirurgia.  Pedrazzi explica que o dentista também pode recomendar uma grande ingestão de água para o paciente, o que pode ser muito importante. Isso porque a xerostomia, popularmente conhecida como boca seca, “provoca mau hálito pela decomposição de alimentos, micro-organismos e também células epiteliais descamadas”.  Mas se o problema persistir mesmo com o tratamento, o paciente deve procurar um cirurgião-dentista. Caso o problema não seja resolvido, ele poderá ser encaminhado para um médico do trato respiratório, como um otorrinolaringologista ou gastroenterologista.  Pedrazzi ainda dá uma dica para saber qual o possível causador da halitose. “O paciente deve usar enxaguante bucal por cerca de uma semana, a cada refeição. Se o problema melhorar, diminuir ou até mesmo desaparecer, a causa é bucal.”   Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #46: Câncer de pênis é raro, mas tem alto índice de mortalidade

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 16, 2021 24:38


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Rodolfo Borges dos Reis, para falar sobre o câncer de pênis. Na entrevista, o urologista conta como é essa doença, seus sintomas e variações e como preveni-la. Causas do câncer de pênis Segundo o professor Reis, como um crescimento desordenado de células malignas, o câncer pode acontecer no pênis e formar um tumor. Entre as variações de tumores, existem os mais agressivos, o verrugoso e aqueles que provocam lesões superficiais. Reis informa que o tipo espinocelular é o que mais atinge a população masculina, devido à irritação da pele, associada à má higiene do pênis ou ao papiloma vírus humano (HPV). O professor também explica ao ouvinte a relação entre a enfermidade e a condição de fimose. O especialista adianta que o câncer peniano corresponde a apenas 1% dos casos de tumores que atingem o homem e está relacionado a fatores ambientais e comportamentais, ou seja, não é hereditário. Informa ainda que, geralmente, a doença surge por volta dos 50 anos de idade.   Sintomas e prevenção do câncer de pênis O professor Reis orienta os homens a ficarem atentos a lesões que não cicatrizam ou que crescem rapidamente, procurando o médico urologista para diagnóstico, uma vez que a doença é curável. Mas, quando já está espalhado, alerta, a mortalidade é alta. Entre as formas de prevenção do câncer peniano estão a higiene adequada do pênis, utilizando água e sabão sempre, bem como após as relações sexuais, e o uso de preservativos. Realizar o autoexame, a cirurgia de fimose para seus portadores e evitar o tabagismo também são maneiras de prevenir a doença. Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #46: Câncer de pênis é raro, mas tem alto índice de mortalidade

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Feb 16, 2021 24:38


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Rodolfo Borges dos Reis, para falar sobre o câncer de pênis. Na entrevista, o urologista conta como é essa doença, seus sintomas e variações e como preveni-la. Causas do câncer de pênis Segundo o professor Reis, como um crescimento desordenado de células malignas, o câncer pode acontecer no pênis e formar um tumor. Entre as variações de tumores, existem os mais agressivos, o verrugoso e aqueles que provocam lesões superficiais. Reis informa que o tipo espinocelular é o que mais atinge a população masculina, devido à irritação da pele, associada à má higiene do pênis ou ao papiloma vírus humano (HPV). O professor também explica ao ouvinte a relação entre a enfermidade e a condição de fimose. O especialista adianta que o câncer peniano corresponde a apenas 1% dos casos de tumores que atingem o homem e está relacionado a fatores ambientais e comportamentais, ou seja, não é hereditário. Informa ainda que, geralmente, a doença surge por volta dos 50 anos de idade.   Sintomas e prevenção do câncer de pênis O professor Reis orienta os homens a ficarem atentos a lesões que não cicatrizam ou que crescem rapidamente, procurando o médico urologista para diagnóstico, uma vez que a doença é curável. Mas, quando já está espalhado, alerta, a mortalidade é alta. Entre as formas de prevenção do câncer peniano estão a higiene adequada do pênis, utilizando água e sabão sempre, bem como após as relações sexuais, e o uso de preservativos. Realizar o autoexame, a cirurgia de fimose para seus portadores e evitar o tabagismo também são maneiras de prevenir a doença. Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #84: Entenda o que é o abscesso dentário: causas, sintomas e tratamento

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 15, 2021 5:49


Você conhece o abscesso dentário? A condição, provocada por uma bactéria, pode prejudicar crianças e adultos e levar à necessidade de cirurgia plástica, e até mesmo à morte, se não tratada de forma correta.  O programa Momento Odontologia desta semana conversou com Marco Antônio Húngaro Duarte, professor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O professor explicou que “o abscesso dentário é uma inflamação no ápice do dente, caracterizada pela formação de pus”.  Sintomas do abscesso dentário Os sintomas do abscesso dentário ocorrem em três fases. A primeira, a fase inicial, é quando ele está em volta da raiz do dente. Na segunda fase, chamada de fase intraóssea, o paciente apresenta inchaço no rosto. Já a terceira fase é quando o abscesso rompe o osso e chega na região submucosa, continuando o inchaço no rosto, porém, flutuante. Prevenção e tratamento  Segundo o professor, a “prevenção do abscesso dentário é feita, primeiro, como a prevenção da cárie”, para evitar que o tecido dentário se modifique ou se contamine. Mas, caso isso aconteça, é preciso fazer um tratamento odontológico o mais rápido possível, “para evitar que a infecção evolua para um abscesso dentário”.  Tratar o problema é de extrema importância, já que, “se o abscesso não for tratado, ou for tratado de forma inadequada, o inchaço pode demorar para desaparecer ou pode evoluir para a região submandibular, formando uma complicação séria, que pode levar o paciente à morte”. A condição, explica o professor, é chamada de Angina de Ludwig.  Além disso, existem situações em que, se o abscesso dentário não for tratado a tempo, o inchaço pode drenar externamente, formando uma fístula, que pode deixar uma cicatriz no rosto do paciente, que vai precisar de tratamento plástico, caso se incomode com a estética. Mas, quando tratado corretamente, o abscesso dentário evolui para a fase de sanidade entre 24 e 48 horas, no máximo, e, com isso, os sintomas já desaparecem. Abscesso dentário nas crianças As crianças, ao contrário do que se possa pensar, também podem apresentar abscesso dentário, e “as causas e sintomas são os mesmos que nos adultos”. O professor alerta que, a partir dos 6 anos de idade, fase em que os últimos dentes da cavidade bucal da criança já são permanentes, os pais devem prestar atenção para esse tipo de problema.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #83: Odontologia hospitalar traz qualidade de vida para pacientes internados

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 8, 2021 9:37


A chamada odontologia hospitalar, como o próprio nome diz, é a prática odontológica dentro do âmbito hospitalar, seja ele um hospital ou uma clínica, como as de oncologia, por exemplo. E ela pode aparecer em diversas situações no nosso cotidiano, como explica a professora Karem Lopes Ortega, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no podcast Momento Odontologia desta semana.  “A prática da odontologia hospitalar pode ser feita em pacientes com problemas comportamentais ou graves de saúde, que não podem ser atendidos em consultórios odontológicos convencionais, ou que possam precisar de algum outro auxílio mais urgente”, explica a professora.  Odontologia hospitalar em UTI Pacientes em UTI ou CTI, que apresentem quadros de urgência odontológica ou pessoas que se envolveram em graves acidentes físicos ou que apresentam uma infecção bucal, também podem receber o auxílio de um cirurgião-dentista dentro do hospital.  A professora ressalta que o atendimento ou o tratamento odontológico pode ser feito em qualquer ambiente, mas requer algumas mudanças, já que o local não conta com todos os equipamentos de um consultório dentário convencional. “O maior diferencial para atender o paciente na UTI é o cirurgião-dentista, que tem que estar capacitado para esse atendimento.” Qualidade de vida do paciente internado Karem destaca que o cirurgião-dentista pode praticar qualquer tipo de atendimento, seja no hospital ou na clínica, tudo dependerá do ambiente em que o profissional está inserido. Então, “se o dentista estiver em um hospital de oncologia, o foco está voltado para melhorar a qualidade de vida do paciente”, mas, de uma forma geral, o profissional deve intervir “em qualquer situação de dor ou infecção”.  Para a professora, “existe sempre a necessidade de ter atendimento odontológico em um hospital, já que o paciente não pode sair do local”. Segundo ela, se o paciente sentir dor ou tiver uma infecção, ele precisa ser tratado, pensando na sua qualidade de vida, já abalada por uma internação.  A professora contou como é o trabalho e a rotina de um cirurgião-dentista que atua dentro do ambiente hospitalar e que não há especializações nessa área, mas “cursos de habilitação para esses profissionais”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #83: Odontologia hospitalar traz qualidade de vida para pacientes internados

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 8, 2021 9:37


A chamada odontologia hospitalar, como o próprio nome diz, é a prática odontológica dentro do âmbito hospitalar, seja ele um hospital ou uma clínica, como as de oncologia, por exemplo. E ela pode aparecer em diversas situações no nosso cotidiano, como explica a professora Karem Lopes Ortega, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no podcast Momento Odontologia desta semana.  “A prática da odontologia hospitalar pode ser feita em pacientes com problemas comportamentais ou graves de saúde, que não podem ser atendidos em consultórios odontológicos convencionais, ou que possam precisar de algum outro auxílio mais urgente”, explica a professora.  Odontologia hospitalar em UTI Pacientes em UTI ou CTI, que apresentem quadros de urgência odontológica ou pessoas que se envolveram em graves acidentes físicos ou que apresentam uma infecção bucal, também podem receber o auxílio de um cirurgião-dentista dentro do hospital.  A professora ressalta que o atendimento ou o tratamento odontológico pode ser feito em qualquer ambiente, mas requer algumas mudanças, já que o local não conta com todos os equipamentos de um consultório dentário convencional. “O maior diferencial para atender o paciente na UTI é o cirurgião-dentista, que tem que estar capacitado para esse atendimento.” Qualidade de vida do paciente internado Karem destaca que o cirurgião-dentista pode praticar qualquer tipo de atendimento, seja no hospital ou na clínica, tudo dependerá do ambiente em que o profissional está inserido. Então, “se o dentista estiver em um hospital de oncologia, o foco está voltado para melhorar a qualidade de vida do paciente”, mas, de uma forma geral, o profissional deve intervir “em qualquer situação de dor ou infecção”.  Para a professora, “existe sempre a necessidade de ter atendimento odontológico em um hospital, já que o paciente não pode sair do local”. Segundo ela, se o paciente sentir dor ou tiver uma infecção, ele precisa ser tratado, pensando na sua qualidade de vida, já abalada por uma internação.  A professora contou como é o trabalho e a rotina de um cirurgião-dentista que atua dentro do ambiente hospitalar e que não há especializações nessa área, mas “cursos de habilitação para esses profissionais”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #44: Entenda o que é afonia e como se prevenir

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Feb 3, 2021 27:40


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora Lílian Neto Aguiar, coordenadora do Laboratório de Investigação de Voz e da Fala da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre afonia, também conhecida como rouquidão ou perda da voz. Na entrevista, a professora fala sobre as causas, o tratamento e a prevenção para essa manifestação. Causas da afonia Segundo a professora Lílian, trata-se de uma manifestação do organismo, mais especificamente da laringe, decorrente de diversos fatores ambientais e psicológicos, como a ansiedade generalizada, estresse e nervosismo. Mas a doença caracterizada pela ausência de voz também pode ser desencadeada por inflamações na garganta ou cordas vocais, alergias e substâncias irritantes, como o tabaco. Lílian destaca algumas dicas importantes na prevenção da afonia. Beber bastante água, não fumar, não exagerar na ingestão de bebidas alcoólicas, evitar gritar ou falar com forte intensidade ajudam a evitar o problema. Além dessas medidas, a professora diz ser importante procurar auxílio preventivo e tratamento com profissionais da fonoaudiologia. Tratamento da afonia  Nem sempre o problema é simples, por isso a especialista chama a atenção para a necessidade de investigação e cuidado com a afonia, principalmente quando ela persiste por mais de 15 dias. Nesses casos, pode indicar problemas mais sérios e o ideal é sempre buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista.    Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde Sem Complicações #44: Entenda o que é afonia e como se prevenir

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 3, 2021 27:40


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora Lílian Neto Aguiar, coordenadora do Laboratório de Investigação de Voz e da Fala da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre afonia, também conhecida como rouquidão ou perda da voz. Na entrevista, a professora fala sobre as causas, o tratamento e a prevenção para essa manifestação. Causas da afonia Segundo a professora Lílian, trata-se de uma manifestação do organismo, mais especificamente da laringe, decorrente de diversos fatores ambientais e psicológicos, como a ansiedade generalizada, estresse e nervosismo. Mas a doença caracterizada pela ausência de voz também pode ser desencadeada por inflamações na garganta ou cordas vocais, alergias e substâncias irritantes, como o tabaco. Lílian destaca algumas dicas importantes na prevenção da afonia. Beber bastante água, não fumar, não exagerar na ingestão de bebidas alcoólicas, evitar gritar ou falar com forte intensidade ajudam a evitar o problema. Além dessas medidas, a professora diz ser importante procurar auxílio preventivo e tratamento com profissionais da fonoaudiologia. Tratamento da afonia  Nem sempre o problema é simples, por isso a especialista chama a atenção para a necessidade de investigação e cuidado com a afonia, principalmente quando ela persiste por mais de 15 dias. Nesses casos, pode indicar problemas mais sérios e o ideal é sempre buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista.    Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Momento Odontologia #82: Causas e consequências de dentes a mais e a menos em crianças e adultos

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Feb 1, 2021 6:55


O podcast Momento Odontologia desta semana trata de dois assuntos que precisam de uma atenção especial, principalmente por parte dos pais: a agenesia, que é a ausência de um ou mais dentes na boca, e os supranumerários, que, ao contrário, são os dentes a mais na cavidade bucal.  Dentes a mais na boca Segundo conta Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, entre os sinais que os pais podem perceber, para as duas situações, estão a demora para os dentes permanentes aparecerem na boca da criança ou então quando um dente permanente de um lado da cavidade bucal já nasceu e o mesmo dente do outro lado ainda não.  O professor ainda conta que o local mais comum de surgir um dente a mais é entre os nossos incisivos, os chamados “dentes da frente”. Mas Carvalho ressalta que isso “poderá causar problemas de espaço nas arcadas e um mau posicionamento dos dentes na boca como um todo, com uma desarmonia facial”. Outros problemas, só que menos comuns, são a ocorrência de cistos e de reabsorção de parte das raízes do dente mais próximo ao supranumerário. “Por isso, enfatizamos a necessidade de as crianças passarem por consultas com o cirurgião-dentista ou o odontopediatra, para diagnóstico precoce dessa e de outras condições bucais.” Falta de dentes No caso da agenesia, a falta de dente, uma das situações mais comuns é o dente de leite associado ao dente permanente que não foi formado não cair ou demorar muito mais tempo para cair. Outras situações associadas a essa ausência são os problemas oclusais, de desarmonia facial e de problemas estéticos.  Ouça a entrevista completa com o professor Fabrício Kitazono de Carvalho ao Momento Odontologia no player abaixo.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #82: Causas e consequências de dentes a mais e a menos em crianças e adultos

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Feb 1, 2021 6:55


O podcast Momento Odontologia desta semana trata de dois assuntos que precisam de uma atenção especial, principalmente por parte dos pais: a agenesia, que é a ausência de um ou mais dentes na boca, e os supranumerários, que, ao contrário, são os dentes a mais na cavidade bucal.  Dentes a mais na boca Segundo conta Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, entre os sinais que os pais podem perceber, para as duas situações, estão a demora para os dentes permanentes aparecerem na boca da criança ou então quando um dente permanente de um lado da cavidade bucal já nasceu e o mesmo dente do outro lado ainda não.  O professor ainda conta que o local mais comum de surgir um dente a mais é entre os nossos incisivos, os chamados “dentes da frente”. Mas Carvalho ressalta que isso “poderá causar problemas de espaço nas arcadas e um mau posicionamento dos dentes na boca como um todo, com uma desarmonia facial”. Outros problemas, só que menos comuns, são a ocorrência de cistos e de reabsorção de parte das raízes do dente mais próximo ao supranumerário. “Por isso, enfatizamos a necessidade de as crianças passarem por consultas com o cirurgião-dentista ou o odontopediatra, para diagnóstico precoce dessa e de outras condições bucais.” Falta de dentes No caso da agenesia, a falta de dente, uma das situações mais comuns é o dente de leite associado ao dente permanente que não foi formado não cair ou demorar muito mais tempo para cair. Outras situações associadas a essa ausência são os problemas oclusais, de desarmonia facial e de problemas estéticos.  Ouça a entrevista completa com o professor Fabrício Kitazono de Carvalho ao Momento Odontologia no player abaixo.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #43: Anticoncepcional dificulta diagnóstico de menopausa precoce

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Dec 15, 2020 26:28


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e ginecologista Ana Carolina Japur de Sá, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a insuficiência ovariana, mais conhecida como menopausa precoce. A professora conta que o termo menopausa é utilizado para caracterizar a parada das menstruações, decorrente do declínio das atividades dos ovários, na qual a mulher deixa de ovular e perde sua fertilidade. Segundo ela, o episódio tende a ocorrer por volta dos 50 anos; porém, pode acontecer antes e, quando antecede qualquer idade antes dos 40 anos, é definida como precoce.  Ana Carolina explica que as causas do problema são diversas e podem estar relacionadas a alterações genéticas, realização de tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, além de complicações e cirurgias no ovário e até mesmo doenças autoimunes. O termo menopausa precoce, apesar de ser o mais usado popularmente, tem sido evitado pelos especialistas, pois os quadros podem ser reversíveis em alguns casos. Assim, diz a especialista, o nome correto para o problema é insuficiência ovariana. A incidência do problema é baixa, atingindo cerca de 1% das mulheres no mundo. E, apesar de ser reversível, tende a ser descoberto tardiamente, principalmente entre as pacientes que tomam anticoncepcional. A médica afirma que o uso do contraceptivo, nesses casos, impede a percepção dos sintomas, dificultando o diagnóstico. Ana Carolina chama a atenção para as consequências da insuficiência ovariana prematura, que envolve disfunção sexual, infertilidade, ondas de calor, perda da massa óssea. É que, por acontecer muito cedo, pode evoluir para osteoporose e até mesmo problemas cardiovasculares. Segundo a professora, o tratamento para o problema inclui reposição de hormônios como estrogênio e progesterona. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde Sem Complicações #43: Anticoncepcional dificulta diagnóstico de menopausa precoce

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Dec 15, 2020 26:28


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e ginecologista Ana Carolina Japur de Sá, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a insuficiência ovariana, mais conhecida como menopausa precoce. A professora conta que o termo menopausa é utilizado para caracterizar a parada das menstruações, decorrente do declínio das atividades dos ovários, na qual a mulher deixa de ovular e perde sua fertilidade. Segundo ela, o episódio tende a ocorrer por volta dos 50 anos; porém, pode acontecer antes e, quando antecede qualquer idade antes dos 40 anos, é definida como precoce.  Ana Carolina explica que as causas do problema são diversas e podem estar relacionadas a alterações genéticas, realização de tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, além de complicações e cirurgias no ovário e até mesmo doenças autoimunes. O termo menopausa precoce, apesar de ser o mais usado popularmente, tem sido evitado pelos especialistas, pois os quadros podem ser reversíveis em alguns casos. Assim, diz a especialista, o nome correto para o problema é insuficiência ovariana. A incidência do problema é baixa, atingindo cerca de 1% das mulheres no mundo. E, apesar de ser reversível, tende a ser descoberto tardiamente, principalmente entre as pacientes que tomam anticoncepcional. A médica afirma que o uso do contraceptivo, nesses casos, impede a percepção dos sintomas, dificultando o diagnóstico. Ana Carolina chama a atenção para as consequências da insuficiência ovariana prematura, que envolve disfunção sexual, infertilidade, ondas de calor, perda da massa óssea. É que, por acontecer muito cedo, pode evoluir para osteoporose e até mesmo problemas cardiovasculares. Segundo a professora, o tratamento para o problema inclui reposição de hormônios como estrogênio e progesterona. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde Sem Complicações #42: É preciso diferenciar fobia social de timidez

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Dec 8, 2020 27:28


O Saúde Sem Complicações desta semana recebe o psicólogo Lucas Lotério, pesquisador do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Psicologia da Saúde (LEPPS) do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, para falar sobre fobia social.  Segundo Lotério, fobia social é um transtorno psicológico, caracterizado por situações de medo e desconforto, desencadeado por interações e exposições sociais. Trata-se de um transtorno  bastante comum no Brasil, adianta o psicólogo, informando que são diagnosticados mais de 150 mil novos casos a cada ano no País.  Pessoas que apresentam doenças como depressão, ansiedade ou que passaram por estresse pós-traumático estão no grupo de risco para desenvolver a fobia social. Conta Lotério que são essas as pessoas mais propensas a desenvolver os principais sintomas do transtorno, que envolvem medo irracional de julgamentos e de ser constrangido, além de sintomas físicos como sudorese, taquicardia, aumento da pressão arterial, dores de cabeça e até mesmo náusea. São sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.  Ao falar sobre os sintomas do transtorno, o psicólogo chama a atenção para que seja feita a distinção entre fobia social e timidez. Diferente da timidez, a fobia social faz com que o indivíduo evite ao máximo lugares com muitas pessoas e atividades e interações que possam gerar julgamentos. Além disso, as pessoas tímidas não apresentam sintomas físicos tão sérios. O psicólogo explica que o diagnóstico deve ser realizado por um médico psiquiatra, que é o profissional capacitado para avaliar a intensidade e a duração dos sintomas do paciente. Segundo ele, o tratamento para a fobia social é realizado com o auxílio de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos receitados pelo psiquiatra em conjunto com psicoterapia. A abordagem, geralmente, é a cognitiva comportamental, mas outras também são capazes de tratar o transtorno, desde que realizadas por um profissional da psicologia. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #80: Cuidar da higiene bucal pode evitar doenças cardiovasculares

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Dec 7, 2020 6:36


É comum ouvir que higienizar corretamente os dentes, usar fio dental e ter uma alimentação saudável podem evitar doenças bucais. Mas, além disso, ter uma boa higiene bucal pode prevenir, também, doenças em outras partes do corpo, inclusive, cardiovasculares.  “As infecções bucais podem, sim, levar a outras doenças distantes da cavidade bucal”, afirma Adriana Sant’Anna, professora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), ao programa Momento Odontologia desta semana. Entre os problemas citados pela professora estão doenças cardiovasculares, o nascimento de bebês prematuros e de baixo peso e a diabete. Além disso, ela destaca as doenças pulmonares obstrutivas crônicas e até o Alzheimer.  Segundo a professora, “existem dois mecanismos pelos quais a doença periodontal pode se relacionar com as doenças sistêmicas”. Um deles é através da migração de bactérias, da boca para outras partes do corpo, onde se instalam, e dão início a uma lesão. A outra forma é quando essas bactérias presentes na boca geram um potencial inflamatório sistêmico, induzindo a secreção de mediadores inflamatórios no sangue, o que acaba levando ao agravamento de condições sistêmicas, ou até mesmo a desenvolvimento de lesões em sítios distantes da cavidade bucal.  “O risco é maior quando o paciente tem doenças periodontais mais graves, como a periodontite avançada”, destaca Adriana, que ainda alerta sobre manter uma boa higiene bucal como essencial para a prevenção de doenças sistêmicas, aquelas que atingem outras regiões e tecidos do corpo.  “Por isso, é importante ir frequentemente ao cirurgião-dentista, se alimentar corretamente e ter também, uma condição de saúde sistêmica adequada”, ressalta.  A endocardite é uma doença que geralmente é associada a problemas bucais. Adriana explica que ela é “uma doença infecciosa, causada por bactérias, em uma reação cruzada com os músculos do coração”. Além disso, alerta que “nem sempre ela é causada por problemas bucais” e que essa relação só é feita por causa das bactérias que colonizam a cavidade bucal e que levam a essa reação com os tecidos dos músculos cardíacos. “Mas também existem bactérias que ficam na pele, por exemplo, e que também estão associadas com a endocardite”, destaca.  A endocardite pode apresentar riscos para os pacientes, desde que eles apresentem “alterações cardiovasculares graves, consideradas de alto risco, como o uso de válvulas cardíacas, ou pessoas que já tiveram endocardite”. Segundo Adriana, esses pacientes, considerados de alto risco, precisam ser avaliados pelo cirurgião dentista e nenhum procedimento invasivo, que gere sangramento, pode ser feito sem uma cobertura de antibiótico profilático. Apesar disso, diz, “o uso da antibioticoterapia profilática não garante que o paciente não desenvolverá a endocardite, mas pode minimizar bastante o risco”.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #41: Controle do peso corporal é o melhor remédio contra a artrose

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Dec 1, 2020 29:21


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o ortopedista Ricardo Antonio Tavares, especialista em cirurgia do joelho e trauma do membro inferior e médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, para falar sobre artrose.  Segundo o ortopedista, a artrose é uma doença sistêmica que pode atingir qualquer articulação do corpo, da ponta do dedo até articulações grandes como o quadril. O problema, diz, ocorre devido ao desgaste da cartilagem, responsável por proporcionar suavidade aos movimentos. Entre os principais sintomas da artrose estão dores, crepitação (que são os sons feitos pelas articulações) e até deformidades nos membros atingidos. E as causas da doença, segundo o médico, podem ser decorrentes de problemas reumáticos, mas também podem ser desencadeadas por questões pós-traumáticas, além de outros motivos classificados como idiopáticos (sem causa conhecida).  Tavares diz que a artrose é muito mais prevalente nos idosos, entretanto, jovens não estão livres da doença, que geralmente é resultado de excesso de movimentos repetitivos e de levantamento de peso, fraturas e traumas. Segundo o ortopedista, a artrose não tem cura e é uma doença progressiva, entretanto, os tratamentos podem controlar os sintomas sem a perda da qualidade de vida.  O diagnóstico é feito através de exames clínicos, radiografias e, em alguns casos, são necessários outros exames mais sofisticados de imagens. Segundo o ortopedista, o tratamento deve ser iniciado com a mudança no estilo de vida do paciente, com a prática regular de exercícios físicos, alimentação adequada e, em alguns casos, o emagrecimento do indivíduo. Segundo ele, nenhum remédio é mais eficiente para a artrose do que o controle do peso corporal do paciente, entretanto, também pode ser necessário o uso de medicamentos, suplementos e até mesmo cirurgia. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pe

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #41: Controle do peso corporal é o melhor remédio contra a artrose

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Dec 1, 2020 29:21


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o ortopedista Ricardo Antonio Tavares, especialista em cirurgia do joelho e trauma do membro inferior e médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, para falar sobre artrose.  Segundo o ortopedista, a artrose é uma doença sistêmica que pode atingir qualquer articulação do corpo, da ponta do dedo até articulações grandes como o quadril. O problema, diz, ocorre devido ao desgaste da cartilagem, responsável por proporcionar suavidade aos movimentos. Entre os principais sintomas da artrose estão dores, crepitação (que são os sons feitos pelas articulações) e até deformidades nos membros atingidos. E as causas da doença, segundo o médico, podem ser decorrentes de problemas reumáticos, mas também podem ser desencadeadas por questões pós-traumáticas, além de outros motivos classificados como idiopáticos (sem causa conhecida).  Tavares diz que a artrose é muito mais prevalente nos idosos, entretanto, jovens não estão livres da doença, que geralmente é resultado de excesso de movimentos repetitivos e de levantamento de peso, fraturas e traumas. Segundo o ortopedista, a artrose não tem cura e é uma doença progressiva, entretanto, os tratamentos podem controlar os sintomas sem a perda da qualidade de vida.  O diagnóstico é feito através de exames clínicos, radiografias e, em alguns casos, são necessários outros exames mais sofisticados de imagens. Segundo o ortopedista, o tratamento deve ser iniciado com a mudança no estilo de vida do paciente, com a prática regular de exercícios físicos, alimentação adequada e, em alguns casos, o emagrecimento do indivíduo. Segundo ele, nenhum remédio é mais eficiente para a artrose do que o controle do peso corporal do paciente, entretanto, também pode ser necessário o uso de medicamentos, suplementos e até mesmo cirurgia. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #79: Condição popularmente chamada de dente de giz pode afetar 20% das crianças e trazer prejuízos em diversas áreas

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 30, 2020 7:49


Uma malformação do esmalte dentário, que provoca o aparecimento de  manchas branco-amareladas ou amarronzadas, é a Hipomineralização Molar-Incisivo, ou, simplesmente, “dente de giz”. Essa condição altera a qualidade e dureza do dente afetado, que fica mais poroso, enfraquecido, dolorido, e mais fácil de ser atingido pela cárie dental, o que prejudica a qualidade de vida, especialmente, de crianças.  A condição é “a mais comum e prejudicial malformação do esmalte dentário de crianças”, explica Fabrício Kitazono de Carvalho, professor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, que participa do Momento Odontologia desta semana. “Chamamos de Hipomineralização Molar-Incisivo porque os dentes mais afetados são os molares e incisivos permanentes e porque o problema é a falta de minerais no dente, como, por exemplo, o cálcio da estrutura dental.” A condição afeta cerca de 20% das crianças, especialmente, entre 5 e 6 anos de idade, porque “nessa idade é muito comum que as crianças tenham autonomia de escovar os próprios dentes, o que pode contribuir para que os pais só percebam essas alterações de cor nos dentes quando as crianças reclamam de dor ou outro sintoma”, explica Carvalho. Ele ainda conta que, quando os pais procuram o tratamento odontológico, muitas vezes os dentes já estão quebrados ou com cárie. Por isso, “é importante que os pais de crianças nessa idade tentem notar pequenas alterações de cor nos dentes, ou levar as crianças ao dentista logo que os dentes aparecem na boca”. O professor explica que não há uma causa única para o problema. Ele destaca que problemas de saúde nos três primeiros anos de vida da criança podem causar o “dente de giz” e que também podem existir fatores genéticos para a condição. “Ela é mais frequente em crianças nascidas prematuras, com baixo peso, em doentes celíacos e em crianças com infecções recorrentes de ouvido”, destaca. Uma outra dificuldade da doença é a prevenção. “Como não se tem certeza da causa, também não se tem uma fórmula ou medicamento para prevenir.” A principal consequência da condição é o aumento da sensibilidade dolorosa, diz o professor. Ele ainda explica que o dente que tem essa malformação é muito poroso, então, “estímulos que não geram dor em dentes normais geram dor nos dentes afetados, como tomar um líquido mais frio, mastigar, escovar os dentes e até mesmo respirar pela boca”. A partir disso, surge o termo “dente de giz”, já que o giz é um material quebradiço e o dente com essa malformação também, por ser mais sensível. A Hipomineralização Molar-Incisivo também atinge os chamados “dentes da frente”, prejudicando a estética, e causando baixa autoestima. “Isso tudo junto gera aumento da ansiedade, estresse familiar e prejuízo na qualidade de vida dessas crianças.” Se estiver com dúvidas se seu filho ou sua filha está com essa malformação, o professor ressalta que a primeira opção é de consultar um cirurgião-dentista, de preferência o Odontopediatra. “Diagnóstico precoce leva à necessidade de resolução de problemas mais simples, com menor sofrimento por parte das crianças, maior conforto e menos custo para o tratamento”, enfatiza. Além disso, é “fundamental aumentar o nível de informação de todos e as pessoas que estão em contato com crianças devem conhecer mais sobre problemas como este, que prejudicam a qualidade de vida”. Para mais informações é só acessar as redes sociais da Odontopediatria USP Ribeirão no Facebook e no Instagram. Por lá, você vai encontrar uma série de imagens e posts educativos sobre este e outros assuntos de saúde bucal. Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Saúde Sem Complicações #40: Entenda o que é transtorno de personalidade borderline

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Nov 24, 2020 30:57


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e médica psiquiatra Cristiane Von Werne Baes, do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Cristiane, que também coordena o Ambulatório de Transtornos de Humor e de Personalidade do Hospital das Clínicas da FMRP, fala sobre o transtorno de personalidade borderline. Segundo a especialista, a palavra borderline vem do inglês e pode ser traduzida para o português como limítrofe, pois esse tipo de transtorno é caracterizado por oscilações na personalidade, que variam entre a neurose e a psicose. Os pacientes que sofrem de borderline também apresentam forte instabilidade no humor, comportamento, autoimagem e funcionamento. Além disso, a professora afirma que são indivíduos bastante sensíveis, que expressam grande dificuldade para lidar com o estresse e os problemas cotidianos. Cristiane conta que o transtorno de personalidade ocorre com muito mais frequência em mulheres, devido a fatores multicausais, que podem estar relacionados a aspectos genéticos e, principalmente, ambientais como abusos sexuais ou verbais sofridos, traumas e negligência de cuidados na infância. É uma pessoa, explica a médica, que tende a apresentar dificuldades nos relacionamentos interpessoais, os quais tendem a ser muito instáveis e intensos. “São pessoas que oscilam muito entre idealização e desvalorização. Ou o sujeito que elas se relacionam é a melhor pessoa do mundo ou a pior do mundo.” Também manifestam sintomas como o sentimento de vazio interior, medo de serem abandonadas pelos entes queridos, raiva intensa, impulsividade, comportamentos suicidas e automutilantes.  Apesar dos diversos sintomas comuns aos pacientes que têm o transtorno, a professora conta que o diagnóstico é bastante difícil de ser feito e requer muita cautela. Geralmente, é necessária mais de uma consulta para realizar o diagnóstico, sendo extremamente importante realizar uma avaliação do histórico do indivíduo, da evolução dos sintomas e, muitas vezes, também é necessário ouvir os relatos dos familiares.  Cristiane conta que o diagnóstico também é dificultado pelo fato de as pessoas com borderline tenderem a buscar atendimento somente em momentos de crise que, geralmente, estão relacionados a episódios de depressão, ansiedade, abuso de álcool e drogas ou tentativa de suicídio. Além disso, segundo a professora, os pacientes apresentam bastante dificuldade de entender que se trata de uma doença e diferenciar o borderline de um “jeito de ser”. A professora também explica que o diagnóstico deve ser feito após os 18 anos de idade, quando a personalidade está completamente formada. Segundo Cristiane, o transtorno é crônico, porém, existem tratamentos que controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida. Os tratamentos envolvem principalmente a realização de psicoterapia e medicamentos antipsicóticos e antidepressivos. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #78: Estresse causado pela pandemia pode trazer problemas para a mandíbula 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 23, 2020 7:28


A Disfunção Temporomandibular, também conhecida como DTM, não é muito comum ao público em geral, mas pode trazer uma série de problemas na região mandibular, aquela que fica na face e é uma das responsáveis pelo movimento da nossa boca.  Além disso, a pandemia de covid-19 pode ter uma ligação direta com essa condição, além de prejudicar e trazer problemas para os movimentos da mandíbula. É o que conta o pesquisador Fernando Rodrigues de Carvalho, do Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no Momento Odontologia desta semana. “A DTM tem forte associação com estresse e, neste momento de pandemia, em que estamos sob forte estresse, seja por medo ou por insegurança quanto ao contágio, ou até mesmo por questões sociais, com perda de emprego e renda, isso pode ocasionar um aumento na tensão muscular, na região da face, ocasionando a dor”, destaca Carvalho.  Entre os sintomas presentes na DTM estão a dor na face, ou na região da articulação temporomandibular, que faz a conexão da mandíbula com a cabeça; dificuldade e dor na abertura da boca; crepitação, que é a sensação de ter areia nessa articulação; dores na lateral da cabeça frequentes e a dificuldade na mastigação.  O professor ressalta que “existem vários fatores que ocasionam a disfunção temporomandibular”. Um dos motivos seria um trauma direto na região da articulação. Fatores emocionais, como estresse, ou sistêmicos, como uma artrite reumatoide, também podem ocasionar o problema. Além disso, o professor ressalta como possível fator hábitos parafuncionais, como o bruxismo. Mas ele alerta que uma doença é diferente da outra. “A pessoa que tem bruxismo não necessariamente tem DTM”, frisa.  A DTM pode trazer algumas consequências para o paciente, como a diminuição na capacidade de realizar atividades, como mastigação, deglutição e fonação. “Mas, além disso, ela ainda prejudica na qualidade do sono, diminui a capacidade laboral, ocasionando um quadro depressivo, diminuindo a qualidade de vida”, alerta Carvalho.  Para evitar a doença, o professor destaca que o importante é ter uma vida saudável, controlando o estresse e tendo hábitos saudáveis de alimentação, além de praticar exercícios físicos e ter boa qualidade e tempo de sono.  Por ter vários fatores que podem ocasionar o problema, também existem vários tipos de tratamento, “isso vai depender do tipo da Disfunção Temporomandibular que o paciente apresenta”, ressalta o professor. Entre os tratamentos mais populares estão o uso de relaxantes musculares, a terapia comportamental cognitiva, que ajuda a diminuir o estresse, o uso de placas interoclusais, que são placas que ficam entre os dentes, e a terapia a laser.  Para Patrícia Moreira de Freitas, professora do Departamento de Dentística e coresponsável pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da FO-USP, o uso de laser é um dos mais recomendados. É que, “com essa fonte de luz, nós conseguimos realizar a terapia de fotobiomodulação, capaz de promover analgesia, modulação de processo inflamatório e acelerar o processo de cicatrização”, destaca ela. Por conta disso, o paciente apresenta menos dor e também aumenta e melhora a amplitude dos movimentos de mandíbula.  A terapia por laser é oferecida tanto no serviço público quanto no privado, mas a professora destaca que “é importante entender que ela não pode ser feita de forma isolada, mas, sim, associada a outras abordagens na DTM”.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Momento Odontologia #78: Estresse causado pela pandemia pode trazer problemas para a mandíbula 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 23, 2020 7:28


A Disfunção Temporomandibular, também conhecida como DTM, não é muito comum ao público em geral, mas pode trazer uma série de problemas na região mandibular, aquela que fica na face e é uma das responsáveis pelo movimento da nossa boca.  Além disso, a pandemia de covid-19 pode ter uma ligação direta com essa condição, além de prejudicar e trazer problemas para os movimentos da mandíbula. É o que conta o pesquisador Fernando Rodrigues de Carvalho, do Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, no Momento Odontologia desta semana. “A DTM tem forte associação com estresse e, neste momento de pandemia, em que estamos sob forte estresse, seja por medo ou por insegurança quanto ao contágio, ou até mesmo por questões sociais, com perda de emprego e renda, isso pode ocasionar um aumento na tensão muscular, na região da face, ocasionando a dor”, destaca Carvalho.  Entre os sintomas presentes na DTM estão a dor na face, ou na região da articulação temporomandibular, que faz a conexão da mandíbula com a cabeça; dificuldade e dor na abertura da boca; crepitação, que é a sensação de ter areia nessa articulação; dores na lateral da cabeça frequentes e a dificuldade na mastigação.  O professor ressalta que “existem vários fatores que ocasionam a disfunção temporomandibular”. Um dos motivos seria um trauma direto na região da articulação. Fatores emocionais, como estresse, ou sistêmicos, como uma artrite reumatoide, também podem ocasionar o problema. Além disso, o professor ressalta como possível fator hábitos parafuncionais, como o bruxismo. Mas ele alerta que uma doença é diferente da outra. “A pessoa que tem bruxismo não necessariamente tem DTM”, frisa.  A DTM pode trazer algumas consequências para o paciente, como a diminuição na capacidade de realizar atividades, como mastigação, deglutição e fonação. “Mas, além disso, ela ainda prejudica na qualidade do sono, diminui a capacidade laboral, ocasionando um quadro depressivo, diminuindo a qualidade de vida”, alerta Carvalho.  Para evitar a doença, o professor destaca que o importante é ter uma vida saudável, controlando o estresse e tendo hábitos saudáveis de alimentação, além de praticar exercícios físicos e ter boa qualidade e tempo de sono.  Por ter vários fatores que podem ocasionar o problema, também existem vários tipos de tratamento, “isso vai depender do tipo da Disfunção Temporomandibular que o paciente apresenta”, ressalta o professor. Entre os tratamentos mais populares estão o uso de relaxantes musculares, a terapia comportamental cognitiva, que ajuda a diminuir o estresse, o uso de placas interoclusais, que são placas que ficam entre os dentes, e a terapia a laser.  Para Patrícia Moreira de Freitas, professora do Departamento de Dentística e coresponsável pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia (Lelo) da FO-USP, o uso de laser é um dos mais recomendados. É que, “com essa fonte de luz, nós conseguimos realizar a terapia de fotobiomodulação, capaz de promover analgesia, modulação de processo inflamatório e acelerar o processo de cicatrização”, destaca ela. Por conta disso, o paciente apresenta menos dor e também aumenta e melhora a amplitude dos movimentos de mandíbula.  A terapia por laser é oferecida tanto no serviço público quanto no privado, mas a professora destaca que “é importante entender que ela não pode ser feita de forma isolada, mas, sim, associada a outras abordagens na DTM”.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #39: Não tratar rinite pode trazer graves consequências

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Nov 17, 2020 26:47


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e médica otorrinolaringologista Fabiana Cardoso Pereira Valera, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre rinite. A professora explica que a rinite é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz, que provoca obstrução nasal, mais conhecida como nariz entupido. Além deste, a rinite também causa sintomas comuns como espirros, secreções e coceira no nariz. Fabiana conta que existe mais de um tipo de rinite, porém, a mais comum é a rinite alérgica, causada por alergias como as provocadas pela poeira, pelos de animais domésticos e até mesmo fungos. Segundo a médica, outros tipos de rinite são mais raros e podem estar relacionados à gravidez, à presença de substâncias no ambiente de trabalho ou doméstico, entre outros. Além dos sintomas, a rinite também traz consequências para a qualidade de vida do paciente. “É comum que os sintomas da rinite piorem durante a noite, quando a pessoa deita para dormir, dificultando que o paciente tenha uma boa noite de sono. Além disso, a sensação do nariz estar escorrendo o tempo todo atrapalha as atividades do dia a dia do paciente”, afirma a professora. A doença não tem cura, adianta Fabiana, mas tratamentos regulares controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente. Alguns dos possíveis tratamentos são realizados com sprays nasais, lavagem do nariz com soro fisiológico e medicamentos orais. Nos casos de rinite alérgica, é recomendada a busca pela imunoterapia, realizada com o médico alergista.  A professora também explica que a falta de tratamento adequado para a doença aumenta as chances de o paciente apresentar outras infecções graves, como a otite e a rinossinusite, por exemplo. Fabiana também chama a atenção para o risco do desenvolvimento de apneia obstrutiva do sono, devido à força realizada para conseguir respirar enquanto dorme. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #39: Não tratar rinite pode trazer graves consequências

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 17, 2020 26:47


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e médica otorrinolaringologista Fabiana Cardoso Pereira Valera, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre rinite. A professora explica que a rinite é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz, que provoca obstrução nasal, mais conhecida como nariz entupido. Além deste, a rinite também causa sintomas comuns como espirros, secreções e coceira no nariz. Fabiana conta que existe mais de um tipo de rinite, porém, a mais comum é a rinite alérgica, causada por alergias como as provocadas pela poeira, pelos de animais domésticos e até mesmo fungos. Segundo a médica, outros tipos de rinite são mais raros e podem estar relacionados à gravidez, à presença de substâncias no ambiente de trabalho ou doméstico, entre outros. Além dos sintomas, a rinite também traz consequências para a qualidade de vida do paciente. “É comum que os sintomas da rinite piorem durante a noite, quando a pessoa deita para dormir, dificultando que o paciente tenha uma boa noite de sono. Além disso, a sensação do nariz estar escorrendo o tempo todo atrapalha as atividades do dia a dia do paciente”, afirma a professora. A doença não tem cura, adianta Fabiana, mas tratamentos regulares controlam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente. Alguns dos possíveis tratamentos são realizados com sprays nasais, lavagem do nariz com soro fisiológico e medicamentos orais. Nos casos de rinite alérgica, é recomendada a busca pela imunoterapia, realizada com o médico alergista.  A professora também explica que a falta de tratamento adequado para a doença aumenta as chances de o paciente apresentar outras infecções graves, como a otite e a rinossinusite, por exemplo. Fabiana também chama a atenção para o risco do desenvolvimento de apneia obstrutiva do sono, devido à força realizada para conseguir respirar enquanto dorme. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Momento Odontologia #77: Uso de laser na odontologia pode ajudar pacientes oncológicos 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 16, 2020 8:59


O laser está cada vez mais presente em várias áreas da saúde e para diversas finalidades, inclusive na odontologia. Ele pode ser usado no clareamento dos dentes, cicatrização, cirurgias e até mesmo como forma de prevenção da mucosite, causada em pacientes oncológicos que estão fazendo tratamento de quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  “Eles são divididos em laser de alta intensidade, que são lasers cirúrgicos, que agem pelo calor, e os lasers de baixa intensidade, que aceleram o metabolismo das células no local irradiado e não agem pelo calor”, resume a professora Carla Damante, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, ao podcast Momento Odontologia.  Ela ainda conta que os lasers são usados em uma terapia chamada fotobiomodulação, que acelera a cicatrização após cirurgias, reduz a dor e o inchaço após a cirurgia, além de ajudar em tratamentos de lesões como afta, herpes e mucosite, uma inflamação que acomete pacientes oncológicos que estão recebendo quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  Além disso, o laser, em conjunto com um corante azul, usado na terapia fotodinâmica antimicrobiana, serve para matar micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. “Essa terapia pode ser utilizada no tratamento periodontal, de problemas de inflamação gengival, na endodontia, que é o tratamento de canal, na fase de descontaminação do canal e também na descontaminação de dentaduras.”  A professora explica que, para o tratamento de fotobiomodulação, o laser deve ser aplicado imediatamente após a cirurgia e, depois, as aplicações são repetidas durante as semanas seguintes. No caso dos pacientes com mucosite, eles recebem a aplicação no próprio hospital. Na terapia fotodinâmica antimicrobiana, a gengiva ou o canal do dente é irrigado com corante azul e, em seguida, é aplicado o laser. Vai haver uma reação fotoquímica, que mata as bactérias. E, no caso de cirurgias a laser, ele age com o calor, que é controlado, para não se dissipar para os outros tecidos.  Nesses casos, a maioria dos tratamentos com laser é complementar ao tratamento convencional e aplicado no pós-operatório. Por isso, a utilização dos lasers traz algumas vantagens, como reduzir a necessidade de medicamentos, “já que ele tem um efeito anti-inflamatório e analgésico, de redução de dor, e também acelera a cicatrização da cirurgia”. Além disso, cirurgia a laser, na maioria das vezes, não necessita de sutura, ou seja, não é preciso dar pontos no local e o pós-operatório é semelhante ao convencional.  Carla garante que os lasers cirúrgicos são seguros, “já que o calor aplicado é  bastante controlado”. Ela ressalta que muitos pacientes têm medo em utilizar o laser, pensando que ele pode provocar câncer. Mas destaca que não há perigo algum. “Se pensarmos no espectro eletromagnético da luz, o espectro da luz visível seria as cores do arco-íris, começando no vermelho e terminando no violeta. As radiações de laser utilizadas na odontologia estão no infravermelho, no vermelho, enquanto as radiações que causam câncer estão na outra ponta, que são raios ultravioleta. Então, é uma radiação bem distante daquelas que causam câncer ou alguma alteração em DNA.” No caso de cirurgias realizadas com o laser de alta intensidade, a recuperação é semelhante a uma cirurgia convencional, explica a professora. “Já quando se utiliza o laser de baixa intensidade, para acelerar a cicatrização de feridas, é possível ter uma recuperação mais rápida, com menos dor e com uma melhor qualidade de vida para o paciente”, destaca. Ela ainda garante que não há efeitos colaterais no uso do laser e que a única desvantagem do laser é que ele pode causar danos na retina. “Portanto, em qualquer procedimento realizado a laser, todas as pessoas presentes na sala devem utilizar os óculos de proteção”, alerta a professora.  Carla ainda ressalta que pacientes oncológicos, que vão passar por quimioterapia ou radioterapia de cabeça e pescoço, devem procurar um profissional que aplique laser, porque existem alguns quimioterápicos específicos que causam a mucosite, que, dependendo do grau, é tão grave que o paciente não consegue nem engolir a própria saliva, se alimentar, ingerir líquidos, e isso prejudica muito a recuperação. Nessas situações, os lasers têm tido efeitos benéficos e são usados como forma de prevenção. “Uma ou duas aplicações de laser antes do início da quimioterapia e o paciente nem desenvolve essa lesão.”  Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #77: Uso de laser na odontologia pode ajudar pacientes oncológicos 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 16, 2020 8:59


O laser está cada vez mais presente em várias áreas da saúde e para diversas finalidades, inclusive na odontologia. Ele pode ser usado no clareamento dos dentes, cicatrização, cirurgias e até mesmo como forma de prevenção da mucosite, causada em pacientes oncológicos que estão fazendo tratamento de quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  “Eles são divididos em laser de alta intensidade, que são lasers cirúrgicos, que agem pelo calor, e os lasers de baixa intensidade, que aceleram o metabolismo das células no local irradiado e não agem pelo calor”, resume a professora Carla Damante, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, ao podcast Momento Odontologia.  Ela ainda conta que os lasers são usados em uma terapia chamada fotobiomodulação, que acelera a cicatrização após cirurgias, reduz a dor e o inchaço após a cirurgia, além de ajudar em tratamentos de lesões como afta, herpes e mucosite, uma inflamação que acomete pacientes oncológicos que estão recebendo quimioterapia ou radioterapia na cabeça ou pescoço.  Além disso, o laser, em conjunto com um corante azul, usado na terapia fotodinâmica antimicrobiana, serve para matar micro-organismos, bactérias, vírus e fungos. “Essa terapia pode ser utilizada no tratamento periodontal, de problemas de inflamação gengival, na endodontia, que é o tratamento de canal, na fase de descontaminação do canal e também na descontaminação de dentaduras.”  A professora explica que, para o tratamento de fotobiomodulação, o laser deve ser aplicado imediatamente após a cirurgia e, depois, as aplicações são repetidas durante as semanas seguintes. No caso dos pacientes com mucosite, eles recebem a aplicação no próprio hospital. Na terapia fotodinâmica antimicrobiana, a gengiva ou o canal do dente é irrigado com corante azul e, em seguida, é aplicado o laser. Vai haver uma reação fotoquímica, que mata as bactérias. E, no caso de cirurgias a laser, ele age com o calor, que é controlado, para não se dissipar para os outros tecidos.  Nesses casos, a maioria dos tratamentos com laser é complementar ao tratamento convencional e aplicado no pós-operatório. Por isso, a utilização dos lasers traz algumas vantagens, como reduzir a necessidade de medicamentos, “já que ele tem um efeito anti-inflamatório e analgésico, de redução de dor, e também acelera a cicatrização da cirurgia”. Além disso, cirurgia a laser, na maioria das vezes, não necessita de sutura, ou seja, não é preciso dar pontos no local e o pós-operatório é semelhante ao convencional.  Carla garante que os lasers cirúrgicos são seguros, “já que o calor aplicado é  bastante controlado”. Ela ressalta que muitos pacientes têm medo em utilizar o laser, pensando que ele pode provocar câncer. Mas destaca que não há perigo algum. “Se pensarmos no espectro eletromagnético da luz, o espectro da luz visível seria as cores do arco-íris, começando no vermelho e terminando no violeta. As radiações de laser utilizadas na odontologia estão no infravermelho, no vermelho, enquanto as radiações que causam câncer estão na outra ponta, que são raios ultravioleta. Então, é uma radiação bem distante daquelas que causam câncer ou alguma alteração em DNA.” No caso de cirurgias realizadas com o laser de alta intensidade, a recuperação é semelhante a uma cirurgia convencional, explica a professora. “Já quando se utiliza o laser de baixa intensidade, para acelerar a cicatrização de feridas, é possível ter uma recuperação mais rápida, com menos dor e com uma melhor qualidade de vida para o paciente”, destaca. Ela ainda garante que não há efeitos colaterais no uso do laser e que a única desvantagem do laser é que ele pode causar danos na retina. “Portanto, em qualquer procedimento realizado a laser, todas as pessoas presentes na sala devem utilizar os óculos de proteção”, alerta a professora.  Carla ainda ressalta que pacientes oncológicos, que vão passar por quimioterapia ou radioterapia de cabeça e pescoço, devem procurar um profissional que aplique laser, porque existem alguns quimioterápicos específicos que causam a mucosite, que, dependendo do grau, é tão grave que o paciente não consegue nem engolir a própria saliva, se alimentar, ingerir líquidos, e isso prejudica muito a recuperação. Nessas situações, os lasers têm tido efeitos benéficos e são usados como forma de prevenção. “Uma ou duas aplicações de laser antes do início da quimioterapia e o paciente nem desenvolve essa lesão.”  Ouça o episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #38: Alzheimer é a causa mais comum de demência entre os idosos

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 10, 2020 29:32


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor e especialista em Geriatria Julio Cesar Moriguti, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre demências.  Condição caracterizada pela perda da função cerebral, na demência o indivíduo apresenta problemas cognitivos, de memória e raciocínio, que afetam também a linguagem, o comportamento e alteram a própria personalidade do paciente, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo. Segundo o professor, existem vários tipos de demências, sendo a mais comum nos idosos a demência irreversível, provocada pela doença de  Alzheimer. Moriguti diz que esse tipo de desordem engloba mais de 50% de todos os tipos de demência nas pessoas de idade avançada. Algumas demências, comenta o professor, são potencialmente reversíveis se tratadas rapidamente em seu início. É o caso das causadas por hidrocefalia de pressão normal, tumores no lóbulo frontal do cérebro, tireoidites, pseudodemência depressiva, alterações do lúpus, renais e hepáticas. No entanto, para os demais tipos, Moriguti explica que a doença é progressiva, tendo como principais sintomas os ligados a esquecimentos frequentes de fatos, afazeres e nomes importantes. A evolução da demência de leve para uma fase avançada varia de caso para caso; porém, adianta o professor, em média progride para quadros graves entre seis e oito anos.  Moriguti afirma que as demências podem provocar delírios na fase mais avançada da doença. Mas, se acontecerem abruptamente, necessitam de investigações rápidas de especialistas, pois podem ser indícios de Acidente Vascular Cerebral e infarto, por exemplo.  Como forma de retardar a evolução da doença, o professor lembra das atividades físicas, dos treinamento de memória, da leitura, palavras cruzadas e Sudoku como importantes aliados para os idosos acometidos pela demência em fase leve. Já os quadros mais avançados precisam de auxílio de profissionais, como terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas.  Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #38: Alzheimer é a causa mais comum de demência entre os idosos

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Nov 10, 2020 29:32


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor e especialista em Geriatria Julio Cesar Moriguti, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre demências.  Condição caracterizada pela perda da função cerebral, na demência o indivíduo apresenta problemas cognitivos, de memória e raciocínio, que afetam também a linguagem, o comportamento e alteram a própria personalidade do paciente, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo. Segundo o professor, existem vários tipos de demências, sendo a mais comum nos idosos a demência irreversível, provocada pela doença de  Alzheimer. Moriguti diz que esse tipo de desordem engloba mais de 50% de todos os tipos de demência nas pessoas de idade avançada. Algumas demências, comenta o professor, são potencialmente reversíveis se tratadas rapidamente em seu início. É o caso das causadas por hidrocefalia de pressão normal, tumores no lóbulo frontal do cérebro, tireoidites, pseudodemência depressiva, alterações do lúpus, renais e hepáticas. No entanto, para os demais tipos, Moriguti explica que a doença é progressiva, tendo como principais sintomas os ligados a esquecimentos frequentes de fatos, afazeres e nomes importantes. A evolução da demência de leve para uma fase avançada varia de caso para caso; porém, adianta o professor, em média progride para quadros graves entre seis e oito anos.  Moriguti afirma que as demências podem provocar delírios na fase mais avançada da doença. Mas, se acontecerem abruptamente, necessitam de investigações rápidas de especialistas, pois podem ser indícios de Acidente Vascular Cerebral e infarto, por exemplo.  Como forma de retardar a evolução da doença, o professor lembra das atividades físicas, dos treinamento de memória, da leitura, palavras cruzadas e Sudoku como importantes aliados para os idosos acometidos pela demência em fase leve. Já os quadros mais avançados precisam de auxílio de profissionais, como terapeutas ocupacionais, psicólogos e fisioterapeutas.  Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Momento Odontologia - USP
Momento Odontologia #76: Quatro a cada dez crianças apresentam algum tipo de malformação no esmalte dentário 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Nov 9, 2020 9:31


Nossos dentes, quando estão se formando, estão sujeitos a diversos tipos de problemas, desde aqueles causados por doenças sistêmicas e traumas locais até mutações genéticas. Esses problemas podem fazer com que apareçam  defeitos nos dentes, entre eles no desenvolvimento do esmalte, a parte mais visível do dente. No programa Momento Odontologia desta semana, o professor Fabrício Kitazono de Carvalho, do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, fala sobre o esmalte dentário e os defeitos mais comuns na sua formação.  Carvalho explica que o esmalte dentário é o tecido mais duro de todo o corpo humano, e é a parte visível dos dentes. Enquanto os ossos têm por volta de 70% de conteúdo mineral, no esmalte são mais de 95%. Outra característica do esmalte é o de não se regenerar espontaneamente, ou seja, uma vez formado e consolidado, já não se forma mais. “Em outras palavras, não cicatriza nem se repara, no máximo ganha minerais superficialmente, geralmente da nossa própria saliva.” Carvalho lembra que esses defeitos podem aparecer na cavidade bucal da criança como manchas esbranquiçadas ou amareladas, ou mesmo com uma fenda ou fossa na sua superfície, que deveria ser brilhante e lisa. “Os defeitos do esmalte dentário podem levar a outros problemas, como aumento da sensibilidade dolorosa, o risco à cárie e de fraturas, impactando na estética bucal e na qualidade de vida das crianças que os possuem.”  Dados da literatura mostram que ao somar todos os tipos de defeitos de desenvolvimento quatro a cada dez crianças até 12 anos de idade devem apresentar algum tipo de malformação de esmalte dentário visível. Esses defeitos se apresentam em dois grupos: a hipoplasia de esmalte, quando  o dente apresenta alguma fenda, fossa, ranhura ou um “buraco” na superfície do esmalte. E a hipomineralização de esmalte, quando a forma e contorno do dente são normais, mas sua superfície aparece com algum tipo de mancha ou opacidade de cor diferente do normal.  O mais comum é esses defeitos aparecerem num único dente, mas também podem aparecer em mais de um e muito raramente em todos, tanto nos de leite como nos permanentes. “Existe a amelogênese imperfeita, uma desordem genética-hereditária raríssima, que leva a alterações em todos os dentes, tanto nos de leite como nos permanentes, causando muitos problemas clínicos aos seus portadores.”  A causa mais comum para defeitos do esmalte dentário em vários dentes ao mesmo tempo é a fluorose dentária, que aparece em vários grupos de dentes permanentes ao mesmo tempo e é resultado da ingestão em quantidade maior que a recomendada de fluoretos durante a infância. Os fluoretos estão presentes na água que bebemos e nas pastas de dente, por isso “os órgãos responsáveis devem dosar e controlar rigorosamente a quantidade de fluoretos na água de abastecimento, e, em casa, devemos tomar bastante cuidado para não usar uma quantidade exagerada de pasta de dente quando vamos escovar os dentes das nossas crianças, e muito menos deixá-las comer pasta de dente, o que pode ser muito mais comum do que imaginamos”. A Hipomineralização Molar-Incisivo, ou HMI, é um tipo mais específico de hipomineralização, ou seja, um defeito na qualidade do esmalte, que se apresenta com uma deficiência no seu conteúdo mineral, caracterizada por uma mancha bem demarcada, de cor que pode variar entre um branco mais pálido a até um amarelado ou mesmo acastanhado. Essa mancha lembra o aspecto de um giz ou mesmo como se o dente estivesse formado em algum lugar por farinha ou cal. “Na HMI o esmalte pode ficar quebradiço e muito poroso, causando na criança muitas vezes sintomatologia dolorosa e muita facilidade para quebrar e maior risco para aparecimento de cárie. A HMI é bastante comum, com uma média de cerca de 20% de prevalência no Brasil e no mundo. Ou seja, cerca de uma a cada cinco crianças acima de 6 anos de idade pode apresentar este tipo de problema de esmalte. O professor lembra que as hipoplasias e as hipomineralizações podem ser bastante comuns e afetam muito a qualidade de vida da criança, por isso necessitam sempre serem avaliadas por um cirurgião-dentista ou odontopediatra.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Momento Odontologia #76: Quatro a cada dez crianças apresentam algum tipo de malformação no esmalte dentário 

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 9, 2020 9:31


Nossos dentes, quando estão se formando, estão sujeitos a diversos tipos de problemas, desde aqueles causados por doenças sistêmicas e traumas locais até mutações genéticas. Esses problemas podem fazer com que apareçam  defeitos nos dentes, entre eles no desenvolvimento do esmalte, a parte mais visível do dente. No programa Momento Odontologia desta semana, o professor Fabrício Kitazono de Carvalho, do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, fala sobre o esmalte dentário e os defeitos mais comuns na sua formação.  Carvalho explica que o esmalte dentário é o tecido mais duro de todo o corpo humano, e é a parte visível dos dentes. Enquanto os ossos têm por volta de 70% de conteúdo mineral, no esmalte são mais de 95%. Outra característica do esmalte é o de não se regenerar espontaneamente, ou seja, uma vez formado e consolidado, já não se forma mais. “Em outras palavras, não cicatriza nem se repara, no máximo ganha minerais superficialmente, geralmente da nossa própria saliva.” Carvalho lembra que esses defeitos podem aparecer na cavidade bucal da criança como manchas esbranquiçadas ou amareladas, ou mesmo com uma fenda ou fossa na sua superfície, que deveria ser brilhante e lisa. “Os defeitos do esmalte dentário podem levar a outros problemas, como aumento da sensibilidade dolorosa, o risco à cárie e de fraturas, impactando na estética bucal e na qualidade de vida das crianças que os possuem.”  Dados da literatura mostram que ao somar todos os tipos de defeitos de desenvolvimento quatro a cada dez crianças até 12 anos de idade devem apresentar algum tipo de malformação de esmalte dentário visível. Esses defeitos se apresentam em dois grupos: a hipoplasia de esmalte, quando  o dente apresenta alguma fenda, fossa, ranhura ou um “buraco” na superfície do esmalte. E a hipomineralização de esmalte, quando a forma e contorno do dente são normais, mas sua superfície aparece com algum tipo de mancha ou opacidade de cor diferente do normal.  O mais comum é esses defeitos aparecerem num único dente, mas também podem aparecer em mais de um e muito raramente em todos, tanto nos de leite como nos permanentes. “Existe a amelogênese imperfeita, uma desordem genética-hereditária raríssima, que leva a alterações em todos os dentes, tanto nos de leite como nos permanentes, causando muitos problemas clínicos aos seus portadores.”  A causa mais comum para defeitos do esmalte dentário em vários dentes ao mesmo tempo é a fluorose dentária, que aparece em vários grupos de dentes permanentes ao mesmo tempo e é resultado da ingestão em quantidade maior que a recomendada de fluoretos durante a infância. Os fluoretos estão presentes na água que bebemos e nas pastas de dente, por isso “os órgãos responsáveis devem dosar e controlar rigorosamente a quantidade de fluoretos na água de abastecimento, e, em casa, devemos tomar bastante cuidado para não usar uma quantidade exagerada de pasta de dente quando vamos escovar os dentes das nossas crianças, e muito menos deixá-las comer pasta de dente, o que pode ser muito mais comum do que imaginamos”. A Hipomineralização Molar-Incisivo, ou HMI, é um tipo mais específico de hipomineralização, ou seja, um defeito na qualidade do esmalte, que se apresenta com uma deficiência no seu conteúdo mineral, caracterizada por uma mancha bem demarcada, de cor que pode variar entre um branco mais pálido a até um amarelado ou mesmo acastanhado. Essa mancha lembra o aspecto de um giz ou mesmo como se o dente estivesse formado em algum lugar por farinha ou cal. “Na HMI o esmalte pode ficar quebradiço e muito poroso, causando na criança muitas vezes sintomatologia dolorosa e muita facilidade para quebrar e maior risco para aparecimento de cárie. A HMI é bastante comum, com uma média de cerca de 20% de prevalência no Brasil e no mundo. Ou seja, cerca de uma a cada cinco crianças acima de 6 anos de idade pode apresentar este tipo de problema de esmalte. O professor lembra que as hipoplasias e as hipomineralizações podem ser bastante comuns e afetam muito a qualidade de vida da criança, por isso necessitam sempre serem avaliadas por um cirurgião-dentista ou odontopediatra.  Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima.  Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Saúde Sem Complicações #37: Pessoas com vitiligo sofrem preconceito

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 3, 2020 26:31


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora Helena Barbosa Lugão, da Divisão de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre vitiligo. A professora explica que o vitiligo é uma doença de pele não transmissível, caracterizada por manchas brancas no corpo. Diz que o vitiligo é bastante comum, atingindo cerca de duas a cada 100 pessoas. Trata-se de uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos, células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação da pele do indivíduo.  O vitiligo, segundo a especialista, não apresenta causas bem definidas, podendo ocorrer por fatores genéticos ou externos, como o estresse, e a existência de outras doenças autoimunes, como diabete e tireoidite, por exemplo.  A professora explica que a doença passa por períodos de ativação e estabilidade. Quando o vitiligo está em fase ativa, quando novas manchas estão aparecendo, os tratamentos são realizados com medicamentos corticoides e imunomoduladores, em forma de cremes e comprimidos. Já na fase estável, são realizados tratamentos para estimular a repigmentação da pele, que podem ser realizados com exposição solar ou com câmeras de radiação ultravioleta, sempre com o acompanhamento de um médico dermatologista. Mesmo não sendo doença grave ou transmissível, e apesar das várias ações recentes na mídia, desmistificando a questão (como a participação de modelos com vitiligo em campanhas publicitárias para cosméticos, por exemplo), as pessoas com vitiligo ainda sofrem preconceitos que podem afetar a autoestima. Por isso, a professora Helena afirma ser importante o acompanhamento psicológico nesses casos. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS  

Saúde sem complicações - USP
Saúde Sem Complicações #37: Pessoas com vitiligo sofrem preconceito

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Nov 3, 2020 26:31


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora Helena Barbosa Lugão, da Divisão de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre vitiligo. A professora explica que o vitiligo é uma doença de pele não transmissível, caracterizada por manchas brancas no corpo. Diz que o vitiligo é bastante comum, atingindo cerca de duas a cada 100 pessoas. Trata-se de uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos, células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação da pele do indivíduo.  O vitiligo, segundo a especialista, não apresenta causas bem definidas, podendo ocorrer por fatores genéticos ou externos, como o estresse, e a existência de outras doenças autoimunes, como diabete e tireoidite, por exemplo.  A professora explica que a doença passa por períodos de ativação e estabilidade. Quando o vitiligo está em fase ativa, quando novas manchas estão aparecendo, os tratamentos são realizados com medicamentos corticoides e imunomoduladores, em forma de cremes e comprimidos. Já na fase estável, são realizados tratamentos para estimular a repigmentação da pele, que podem ser realizados com exposição solar ou com câmeras de radiação ultravioleta, sempre com o acompanhamento de um médico dermatologista. Mesmo não sendo doença grave ou transmissível, e apesar das várias ações recentes na mídia, desmistificando a questão (como a participação de modelos com vitiligo em campanhas publicitárias para cosméticos, por exemplo), as pessoas com vitiligo ainda sofrem preconceitos que podem afetar a autoestima. Por isso, a professora Helena afirma ser importante o acompanhamento psicológico nesses casos. Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde Sem Complicações #36: Sepse pode ser revertida, mas depende da saúde do paciente e de tratamento precoce

Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Oct 27, 2020 29:18


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e enfermeira Angelita Maria Stabile, do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, para falar sobre infecções e sepse. A professora explica que as infecções são caracterizadas pela invasão de microrganismos patogênicos (bactérias, vírus, fungos ou protozoários) no corpo. Já as inflamações, comumente confundidas com as infecções, são, na verdade, respostas do organismo, provocadas pelo próprio sistema imunológico, a algum tipo de agressão como cortes, queimaduras e pancadas, por exemplo. Angelita diz que as infecções são muito comuns e também que apresentam graus de gravidade diferentes. Variam desde uma simples unha encravada até infecções que já se iniciam de maneira grave, como a meningite bacteriana ou pneumonia.  A gravidade das infecções, segundo a professora, é definida por fatores como o tipo de microrganismo causador da infecção, a demora para iniciar o tratamento e também a qualidade do sistema imunológico do paciente. E os tratamentos dependem da causa e do local da infecção. As infecções causadas por bactérias são tratadas por antibióticos e as causadas por fungos, por antifúngicos, e assim por diante. Também pode ser necessária a remoção cirúrgica do foco infeccioso, como nos casos de abscesso, por exemplo.     Ao falar sobre a sepse, a professora explica tratar-se de um quadro clínico muito grave, com grande risco de morte, causada por uma resposta desregulada e muito intensa do sistema imunológico a uma infecção. Angelita conta que, na tentativa de eliminar o microrganismo invasor, o corpo acaba por utilizar toda a sua capacidade imunológica, danificando outras células do corpo. A professora adianta que a sepse não apresenta sintomas específicos, uma vez que são respostas imunológicas e também podem estar relacionadas ao mau funcionamento dos órgãos. Portanto, os sintomas podem envolver hipotermia ou febre alta, aumento da frequência cardíaca e respiratória, confusão mental e a diminuição da pressão arterial sistólica. O importante no tratamento da sepse, segundo Angelita, é que seja iniciado o mais rápido possível, logo após o diagnóstico, para evitar a evolução para os quadros mais graves.  O tratamento envolve antimicrobianos, administração de fluidos, como o soro e, em caso de baixa pressão arterial, medicamentos vasopressores. Além disso, Angelita conta que o paciente com sepse geralmente precisa de ventilação mecânica e de uma equipe multiprofissional.  O quadro de sepse pode ser revertido, porém, depende de fatores como a qualidade da saúde do paciente, do início precoce do tratamento, da disponibilidade dos leitos de cuidados intensivos, de equipamentos adequados e, também, de profissionais treinados.  Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Momento Odontologia #75: Tratamentos ortodônticos trazem inúmeros benefícios também para pacientes adultos 

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Oct 26, 2020 9:31


É comum escutar que os tratamentos ortodônticos, como a fixação de aparelhos, por exemplo, devem ser realizados durante a infância ou adolescência, já que se tem a impressão que, quanto mais velho a pessoa fica, há menos chances de o tratamento dar certo. Mas isso não é verdade. “É possível, sim, colocar aparelho ortodôntico em qualquer idade”, diz a professora Lylian Kazumi Kanashiro, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP. O aparelho ortodôntico no adulto pode ser indicado em muitas situações, seja para melhorar a estética, nos casos em que o paciente perdeu um dente, ou então para buscar uma mordida mais equilibrada. A professora explica que existem algumas diferenças no tratamento ortodôntico de um adulto para o de uma criança ou adolescente. A primeira diz respeito à complexidade do problema, já que, “na criança, a oclusão ainda está em desenvolvimento, então, ela tende a ser menos complexa”.  Já a segunda diferença acontece nas situações em que o desvio da mordida não está relacionado somente à posição errada dos dentes. Às vezes, o problema pode estar em uma ou nas duas bases ósseas que seguram os dentes, que são a maxila e a mandíbula. “Em adultos, não é possível contar com o crescimento. Então, se for preciso corrigir a maxila ou a mandíbula, terá que ser feito por meio de cirurgia ortognática”, explica a professora.  Lylian destaca que, para que o paciente adulto inicie um tratamento ortodôntico, é fundamental que a gengiva e o osso que seguram os dentes estejam saudáveis, porque “não se deve realizar movimentos dentários enquanto existir uma doença periodontal ativa”.  Além disso, ressalta que o tempo de uso do aparelho é praticamente o mesmo, independentemente da faixa etária. “Os principais fatores que interferem no tempo do tratamento são a complexidade do caso, o objetivo do tratamento e a colaboração do paciente”, destaca Lylian, que ainda acrescenta que quebras e perdas do aparelho, faltas às consultas e o uso inadequado de elásticos também são fatores que alteram diretamente o tempo do tratamento.  Os cuidados que o paciente adulto deve ter durante o tratamento ortodôntico são os mesmos das crianças e adolescentes. No caso dos dentes, o objetivo tem que ser a prevenção de cáries, manchas permanentes no esmalte dos dentes e de perdas ósseas. O paciente também deve evitar alimentos e bebidas com açúcar e carboidratos entre as refeições principais. Quanto aos cuidados com o aparelho, o objetivo deve ser evitar a quebra dos aparelhos fixos. “Para isso, o paciente deve evitar alimentos com consistência dura, colocar os alimentos na boca em porções pequenas e criar o hábito de comer devagar, para que a força mastigatória não exerça uma pressão excessiva e quebre os bráquetes”, destaca a professora.  Outra questão abordada é se a falta de dente impede a colocação de um aparelho ortodôntico. Lylian afirma que não e que a ortodontia pode influenciar positivamente esses pacientes. “No caso em que foram perdidos um ou mais dentes, pode-se planejar o fechamento total do espaço existente ou regularizar os espaços para a recolocação mais adequada de uma prótese ou implante”, explica a professora. Ela ainda diz que os planejamentos dos casos com perdas dentárias são realizados em conjunto com dentistas de outras especialidades.  Pacientes idosos também podem realizar tratamento ortodôntico. “Com o aumento da expectativa de vida, somada ao estilo de vida mais ativo das pessoas na terceira idade, a busca pelo tratamento ortodôntico tem aumentado bastante nos consultórios”, destaca Lylian. É que como elas procuram uma melhor qualidade de vida, também “buscam a estética e a melhora da função, como a mastigação”. Ela ainda aconselha que pessoas da terceira idade, que precisam ou tenham que fazer algum tratamento, devem procurar um dentista.  A professora destaca que o tratamento ortodôntico em adultos, pensando na estética, pode aumentar, inclusive, a autoestima do paciente. “Mas os benefícios do tratamento ortodôntico não se resumem somente à estética”, alerta. Há um benefício funcional relevante, porque, quando o paciente tem uma mordida equilibrada “tem também a prevenção de problemas na gengiva, de desgastes e fraturas dos dentes”. Além disso, a higienização se torna mais fácil e, com tudo isso, “o paciente adulto terá condições de manter seus dentes intactos e saudáveis ao longo de toda a sua vida”.  Ouça este episódio completo do Momento Odontologia no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Saúde Sem Complicações #35: Síndrome de Marfan não tem cura, mas é possível tratar os problemas decorrentes

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Oct 20, 2020 27:02


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor Victor Evangelista de Faria Ferraz, especialista em aconselhamento genético em câncer, oftalmogenética, genética e saúde pública, do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre síndrome de Marfan. O professor diz que a síndrome de Marfan é uma condição genética rara, que afeta os ossos, coração, pele e olhos. Segundo Ferraz, os pacientes com a síndrome apresentam dedos compridos, corpo alto e magro, além de problemas oculares, cardiovasculares e ortopédicos.  O professor conta que a gravidade da síndrome se manifesta de maneira bastante variada entre os pacientes, até mesmo dentro de uma mesma família. Ferraz diz que o diagnóstico deve ser feito por especialistas de diferentes áreas e geralmente é realizado durante o crescimento ou depois da adolescência, com o desenvolvimento já concluído.  Segundo o professor, a síndrome de Marfan não tem cura, mas é possível tratar e até mesmo curar alguns problemas decorrentes dela. Ferraz diz que assim como o diagnóstico, o tratamento requer cuidado multiprofissional, com  geneticista, ortopedista, cardiologista e oftalmologista, além de fisioterapeuta. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde Sem Complicações #35: Síndrome de Marfan não tem cura, mas é possível tratar os problemas decorrentes

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Play Episode Listen Later Oct 20, 2020 27:02


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor Victor Evangelista de Faria Ferraz, especialista em aconselhamento genético em câncer, oftalmogenética, genética e saúde pública, do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre síndrome de Marfan. O professor diz que a síndrome de Marfan é uma condição genética rara, que afeta os ossos, coração, pele e olhos. Segundo Ferraz, os pacientes com a síndrome apresentam dedos compridos, corpo alto e magro, além de problemas oculares, cardiovasculares e ortopédicos.  O professor conta que a gravidade da síndrome se manifesta de maneira bastante variada entre os pacientes, até mesmo dentro de uma mesma família. Ferraz diz que o diagnóstico deve ser feito por especialistas de diferentes áreas e geralmente é realizado durante o crescimento ou depois da adolescência, com o desenvolvimento já concluído.  Segundo o professor, a síndrome de Marfan não tem cura, mas é possível tratar e até mesmo curar alguns problemas decorrentes dela. Ferraz diz que assim como o diagnóstico, o tratamento requer cuidado multiprofissional, com  geneticista, ortopedista, cardiologista e oftalmologista, além de fisioterapeuta. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Momento Odontologia # 74: Pacientes oncológicos precisam de tratamento bucal diferenciado  

Momento Odontologia - USP

Play Episode Listen Later Oct 19, 2020 8:52


O tratamento do câncer é sempre um momento delicado na vida do paciente. Mas, nesse período, é importantíssimo manter a higiene em dia, com cuidados ainda mais especiais com a saúde bucal, que pode ter graves prejuízos por conta dos procedimentos feitos contra a doença. Sobre esses cuidados, o Momento Odontologia ouviu o professor Paulo Sérgio da Silva Santos, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. O especialista explicou que, se necessário tratamento bucal, este deve ser feito antes da quimioterapia ou radioterapia, especialmente quando o câncer é na região da cabeça e do pescoço, pois “as infecções presentes na boca podem se agravar e causar complicações ainda mais graves”.  Além disso, diz o professor, é preciso manter os cuidados durante o tratamento, pois há possibilidade de surgirem outros problemas. Um deles é a mucosite oral, que são úlceras na boca, decorrentes da quimioterapia ou radioterapia, “que comprometem a saúde bucal do paciente e atrapalham, inclusive, a alimentação e a fala dele”.  Existem, também, as chamadas infecções oportunistas, que são provocadas por bactérias, vírus ou fungos, e que podem aparecer durante esse período do tratamento do câncer. “Essas infecções são graves e podem começar na boca e se disseminar pelo corpo”, alerta. Para o professor, a mucosite oral exige prevenção, que não evita o aparecimento do problema, mas ajuda a diminuir a gravidade das manifestações bucais. Nesses casos, os cuidados devem permanecer durante todo o período do tratamento. Mas o professor ressalta que, durante a quimioterapia ou a radioterapia, os pacientes não podem realizar qualquer tratamento odontológico. O ideal é que sejam feitos apenas procedimentos de urgência. “Como o tratamento contra o câncer causa uma queda na imunidade do paciente, qualquer intervenção mais extensa ou invasiva pode provocar um problema grave na boca e abrir uma porta para infecções.”  O professor ressalta, ainda, que “quanto menos bactéria na boca, menos complicações os pacientes terão durante o tratamento do câncer”. É importante prevenir problemas bucais antes do tratamento, porque quando eles aparecem durante esse período, “é muito complicado continuar cuidando da higiene oral da forma correta”. Santos destaca que existem escovas e cremes dentais específicos para pacientes oncológicos, porque, “durante a quimioterapia, muitos pacientes têm náuseas ou vômitos e o creme dental pode acentuar esses problemas”.  Além de uma boa avaliação, existem procedimentos preventivos que precisam ser realizados na boca antes do início do tratamento, como, por exemplo, remoção de cáries, tratamentos de doenças nas gengivas, onde há bactérias graves que podem se alastrar e provocar infecções, e até extrações dentárias, se for necessário. “É muito importante observar se há outras doenças, outras infecções na boca, que podem se agravar durante o tratamento contra o câncer.”  Os cuidados não podem parar após o tratamento, alerta o professor. Isso porque existem complicações tardias da quimioterapia e da radioterapia, como a redução da saliva e até mesmo cáries que aparecem em razão da quimioterapia, por exemplo. O acompanhamento do cirurgião-dentista é ainda mais importante, pois deve diagnosticar, fazer o tratamento e prevenir complicações. Esse profissional pode avaliar possíveis sinais de recidiva do câncer ou de metástase, células provenientes de outras partes do corpo que podem se manifestar na boca. Ouça este episódio do Momento Odontologia na íntegra no player acima. Momento Odontologia Produção e Apresentação: Rosemeire Talamone CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB) Edição Sonora: Gabriel Soares Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: segunda-feira, às 8h05 Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   Veja todos os episódios do Momento Odontologia     .

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Saúde sem Complicações #34: Alimentos funcionais são essenciais para uma vida saudável

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Oct 13, 2020 29:15


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a especialista em Genética e Bioquímica da Nutrição, Lusânia Maria Greggi Antunes, para falar sobre alimentos funcionais. Lusânia é professora do Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. A professora diz que todos os alimentos têm propriedades relacionadas à nutrição e palatabilidade, que é o sabor dos alimentos. No caso dos alimentos funcionais, além desses dois fatores, eles contêm elementos como vitaminas, carotenoides e antocianinas, que promovem saúde e previnem doenças quando consumidos regularmente.   Como exemplos, Lusânia cita a laranja, que é fonte de vitamina C, e o tomate, que contém carotenoide. Cita também até alguns alimentos processados, como o leite, que podem fornecer vitaminas e minerais para o corpo. Os alimentos funcionais, segundo a professora, atuam como antioxidantes no organismo, prevenindo o envelhecimento e várias doenças degenerativas, como câncer, hipertensão, diabete, doenças neurológicas e cardiovasculares. Como dica de saúde, Lusânia chama a atenção para a necessidade de consumir ao menos cinco porções desses alimentos diariamente. Eles são encontrados principalmente nas frutas e hortaliças. Segundo a professora, um exemplo de prato balanceado para o almoço seria a combinação entre arroz, feijão, brócolis, cenoura, algum tipo de carne e, para sobremesa, frutas como laranja, uva ou romã.   Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

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Saúde sem complicações - USP

Play Episode Listen Later Oct 13, 2020 29:15


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a especialista em Genética e Bioquímica da Nutrição, Lusânia Maria Greggi Antunes, para falar sobre alimentos funcionais. Lusânia é professora do Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. A professora diz que todos os alimentos têm propriedades relacionadas à nutrição e palatabilidade, que é o sabor dos alimentos. No caso dos alimentos funcionais, além desses dois fatores, eles contêm elementos como vitaminas, carotenoides e antocianinas, que promovem saúde e previnem doenças quando consumidos regularmente.   Como exemplos, Lusânia cita a laranja, que é fonte de vitamina C, e o tomate, que contém carotenoide. Cita também até alguns alimentos processados, como o leite, que podem fornecer vitaminas e minerais para o corpo. Os alimentos funcionais, segundo a professora, atuam como antioxidantes no organismo, prevenindo o envelhecimento e várias doenças degenerativas, como câncer, hipertensão, diabete, doenças neurológicas e cardiovasculares. Como dica de saúde, Lusânia chama a atenção para a necessidade de consumir ao menos cinco porções desses alimentos diariamente. Eles são encontrados principalmente nas frutas e hortaliças. Segundo a professora, um exemplo de prato balanceado para o almoço seria a combinação entre arroz, feijão, brócolis, cenoura, algum tipo de carne e, para sobremesa, frutas como laranja, uva ou romã.   Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Jornal da USP
Saúde Sem Complicações #33: Doenças crônicas não transmissíveis geralmente são silenciosas, mas oferecem sérios riscos

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Oct 6, 2020 27:44


O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o professor e especialista em Geriatria Julio Cesar Moriguti, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre doenças crônicas não transmissíveis.  Segundo o professor, essas são doenças caracterizadas por um lento desenvolvimento, longa duração e também por não serem contagiosas. E cita demência, depressão, diabete, hipertensão, obesidade, doenças respiratórias e reumáticas como exemplos bem frequentes de doenças crônicas não transmissíveis.  Moriguti diz que as doenças crônicas são bastante comuns e isso se deve principalmente ao aumento de expectativa de vida da população, já que essas enfermidades ocorrem com maior frequência entre os idosos. Entretanto, conta que a falta de atividade física, o tabagismo e a má alimentação são fatores que aumentam as possibilidades de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.  O professor chama a atenção para a gravidade dessas doenças que, muitas vezes, podem ser silenciosas e sem sintomas, mas muito perigosas, como no caso da diabete e da hipertensão, por exemplo. Portanto, segundo Moriguti, é extremamente importante que os pacientes realizem consultas médicas de rotina, com o objetivo de monitorar a saúde.   Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima. Saúde sem complicações Apresentação: Mel Vieira Produção: Mel Vieira e Flávia ColtriEdição: Rita Stella Edição Sonora: Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana Coordenação: Rosemeire Talamone Edição Geral: Cinderela Caldeira E-mail: ouvinte@usp.br Horário: terça-feira, às 13h. Veja todos os episódios da Saúde sem complicações Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS   .

Radio Survivor Podcast
Podcast #170.5 – Bonus: São Paulo FM Bandscan

Radio Survivor Podcast

Play Episode Listen Later Dec 5, 2018 48:17


Paul shares a few more details of his trip to Brazil, and then he and Eric listen to a bandscan of the FM dial recorded on a Sunday night in São Paulo, the country’s largest city. Christian radio? Check. Bad 80s pop music? Yep. One takeaway is that commercial radio everywhere kinda sucks, in general. […] The post Podcast #170.5 – Bonus: São Paulo FM Bandscan appeared first on Radio Survivor.

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