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Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten
Decisão do STJ muda regra sobre início do pagamento de benefícios do INSS quando segurado não apresentar todos os documentos ao instituto. Nessas situações, o benefício só começa a valer depois que o INSS for informado da ação judicial.
O The Last Dinner Party começou a se formar em 2019, mas só foi existir de fato e fazer seus primeiros shows depois da pandemia. Aí, veio o primeiro sucesso logo no primeiro single, “Nothing Matters” e um disco. Nessas, o quinteto foi acusado por alguns de ter sido “fabricado pela indústria” e elas chegam agora em 2025 ao 2º disco da carreira, o “From The Pyre”, assunto desse episódio.
O MP no Rádio de hoje trata dos crimes de trânsito, com a promotora de Justiça Suzane Maria Carvalho do Prado, do Ministério Público do Paraná. Durante a conversa ela fala da diferença entre uma infração e um crime de trânsito, aponta quais são os ilícitos mais comuns e as punições cabíveis nesses casos, tanto as administrativas, como multas ou a perda da carteira de habilitação, até a penas relacionadas a processos judiciais, como prisão e indenizações. Conforme o Anuário Estatístico de 2024 do Detran-PR, o Paraná tinha até dezembro uma frota total de 8.670.832 veículos cadastrados e registrou no ano passado 44.233 sinistros de trânsito, com 1.748 vítimas fatais e 45.127 não fatais (considerando vias urbanas e rodovias).
Quando o céu desmorona, as amizades femininas se revelam como sinônimo de acolhimento e espelhamento. São as amigas que nos lembram de que cuidar da gente é um ato de amor. Neste episódio, especial Outubro Rosa, a socióloga e psicanalista Ingrid Gerolimich conversa com Marcela Ceribelli fala sobre as construções amorosas para mulheres, e como as amizades femininas podem ser salvação. Principalmente para aquelas que, em tratamentos de saúde, são abandonadas por seus parceiros. Nessas horas, a rede de apoio entre mulheres se fortalece.O episódio é a convite de Molico, uma escolha leve, prática e consciente, e que entende que nutrição vai além do aspecto prático; é também ter um estado de presença e autenticidade que apenas uma amizade cultivada com cumplicidade pode nos suscitar.Referências citadas neste episódio:Livro "Um teto todo seu", Virginia WoolfLivro "Quando Deus era mulher", Merlin StonePesquisa "Esgotadas" - Think Olga: https://lab.thinkolga.com/esgotadas/Ingressos para Obvious no Divã, em Porto Alegre: https://uhuu.com/evento/rs/porto-alegre/obvious-no-diva-15328Clube do Livro Atlas do Feminino, com Marcela Ceribelli e TAG Livros: https://clube.taglivros.com/collab-marcelaceribelli/Nos acompanhe também:Instagram da Obvious: https://www.instagram.com/obvious.cc/TikTok da Obvious: https://www.tiktok.com/@obvious.ccChapadinhas de Endorfina: https://www.instagram.com/chapadinhasdeendorfina/Spotify: https://open.spotify.com/show/1592iJQt0IlC5u5lKXrbyS?si=0fbc7820427446b2Marcela Ceribelli no Instagram: https://instagram.com/marcelaceribelli/Ingrid Gerolimich no instagram: https://www.instagram.com/ingridgerolimich/Podcast Chapadinhas de Endorfina.doc, episódio #7: https://open.spotify.com/episode/2R2DqVhCl8QyzskFHrwJgU?si=uVRQkU9UTgaRkIPZk6kXzwPodcast Academia do Prazer, episódio #04 https://open.spotify.com/episode/1HtY2lIpq9zeTi4pRTaLy2?si=LO_ZyVeRTBuV-NPVkVnQ7QLivro “Sintomas — e o que mais aprendi quando o amor me decepcionou”, Marcela Ceribelli: https://a.co/d/9GvhMJmLivro "Aurora: O despertar da mulher exausta", Marcela Ceribelli https://a.co/d/2qUiCOwLivro "Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres", Ingrid Gerolimich: https://a.co/d/80JlL4gMarcela veste:Camisa e shorts: @lesclochesCalça: @nvnativozza
Todo Profissional de Compras já recebeu aquele “e-mail bomba”: um fornecedor ameaçando cancelar entregas, um cliente interno indignado com atrasos ou até uma questão crítica de compliance que estoura no meio da rotina. Nessas horas, a dúvida é inevitável: resolvo sozinho ou escalo para o meu gestor? Escalar um problema sem necessidade pode passar a impressão de falta de autonomia. Por outro lado, tentar resolver sozinho um caso que envolve riscos jurídicos, financeiros ou de reputação pode ser um erro grave. O equilíbrio está em saber avaliar o impacto real da mensagem, a urgência da resposta e a responsabilidade que cabe a cada nível da organização. Neste episódio do Café com Compras vai mergulhar nesse dilema. Vamos discutir casos reais, analisar critérios para tomada de decisão e compartilhar estratégias para lidar com situações de alta pressão sem comprometer a credibilidade da área de Compras. Porque no fim das contas, o Profissional de Compras não é apenas quem negocia preços. Ele é também quem aprende a desarmar bombas e a decidir quando chamar reforços.
Às vezes pensamos que Deus está atrasado ou até não compreendeu a urgência de uma situação específica. Quantas vezes imaginamos: até quando terei que passar por isso? Nessas horas de angústia, precisamos aprender algumas lições. Lázaro ficou doente, morreu e a demora de Jesus a atendê-lo podia parecer que ele não se importava. Porém, a demora de Jesus foi justamente por um propósito. A demora não significa que ele não ame, se importe e não tenha uma solução. Uma coisa morta não significa o fim, se Jesus está chegando.
Devocional do dia 23/08/2025 com o Tema: “Onde está Deus?’’ É fácil ter uma resposta pronta à pergunta no título. Porém, diante das angústias e tribulações, quase sempre nos sentimos como se Deus estivesse ausente ou confinado aos céus. Na leitura bíblica, Davi reage como se estivesse no limite da angústia, então expressa todo o seu esgotamento com absoluta transparência diante de Deus: "Até quando, SENHOR?" (v.1). Nessas circunstâncias, torna-se necessário lembrar que o Soberano está sempre conosco, até nos momentos de sofrimento. LEITURA BÍBLICA: Salmo 13.1-6 Até quando terei inquietações no íntimo e tristeza no coração dia após dia? Até quando o meu inimigo triunfará sobre mim? (Sl 13.2)See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao redor do mundo, a extrema direita transformou a transgressão em combustível político. A esquerda, que já foi sinônimo de contestação, parece ter esquecido como quebrar regras, e paga o preço por isso. Thomás Zicman de Barros, analista político A rebeldia virou de direita? Essa é a pergunta e o título do livro do jornalista e historiador argentino Pablo Stefanoni, radicado em Paris. Traduzido para o português pela Editora da Unicamp, o livro já tem alguns anos. Hoje, a pergunta soa menos como um enigma e mais como um diagnóstico precoce. Stefanoni estudou Javier Milei muito antes de ele se lançar candidato à presidência argentina, quando ainda era um bufão de programas de auditório convertido em deputado. E fez isso num momento em que, após a vitória de Biden contra Trump, muitos se deixaram levar por um otimismo enganoso: acreditavam que a “onda de extrema direita” havia sido contida e que a história voltaria a seu fluxo “normal”. Stefanoni escapou dessa miopia porque percebeu o surgimento de uma estética política que desafiava não só as instituições, mas também quem, por séculos, detinha o monopólio da contestação: a esquerda. A esquerda, historicamente, foi a força que ousava romper convenções, questionar hierarquias e expor as formas invisíveis de dominação. Era a esquerda quem quebrava tabus, desafiava a moralidade (e o moralismo) para expor a nu as injustiças. Nos anos 1960, a turma do Pasquim cunhou a expressão “esquerda festiva”, combinando boemia e política. Nas últimas décadas, no entanto, esse ímpeto transgressor foi se perdendo. A esquerda se tornou conservadora, quiçá “careta”: ao invés de questionar as regras, passou a multiplicar códigos de como se portar, de como falar e, com isso, perdeu o seu vigor. Em 2014, um famoso colunista brasileiro defendia a necessidade de uma “direita festiva”. Sem saber, estava traçando um programa para a década seguinte, de tamanha força que foi muito além dos desejos do próprio autor. A transgressão, o ato de quebrar regras, falar o proibido, ridicularizar o que é tido como sagrado, tem um apelo visceral. A psicanálise ajuda a entender por quê: todos somos atravessados por faltas, angústias e frustrações. É comum projetar nelas a sensação de que existem regras sociais nos controlando. Na transgressão existe uma promessa de gozo. É o triunfo da vontade do homem branco viril: a fantasia de poder fazer o que quiser, quando quiser, sem limites. E os incomodados que se mudem, para Cuba, de preferência! Essa promessa é sedutora, e o crescimento do discurso masculinista também bebe dessa fonte, sobretudo quando aparece embrulhada em discursos que se apresentam como “corajosos” e “politicamente incorretos”. Mas não se deve esquecer: a transgressão de extrema direita não emancipa ninguém. Muitos de seus militantes acreditam – com certa razão – que, por décadas, suas ideias foram tabu e suas vozes informalmente silenciadas. Antigas formas de dominação É inegável que as mudanças sociais e midiáticas recentes deram espaço a quem estava na periferia do debate. Mas para quem, exatamente? Não estamos falando aqui de discursos emancipatórios, democráticos, que questionam hierarquias sociais para ampliar direitos. O discurso transgressivo da extrema direita não abre espaço para novas liberdades, mas apenas reforça antigas formas de dominação. A quebra de tabus, nesse caso, serve para justificar a violência contra minorias, corroer direitos e aprofundar desigualdades. Sim, essa rebeldia tem limites. Às vezes a extrema direita dá passos maiores do que as pernas. A tomada do Capitólio em Washington, assim como o ataque à Praça dos Três Poderes em Brasília, foram tão transgressivos e violentos que afastaram mais gente do que atraíram. Por isso, alguns conservadores falam na necessidade de uma paradoxal extrema direita “moderada”, na necessidade de “normalização”, como seria o caso de Giorgia Meloni, líder neofascista italiana que hoje se apresenta como gestora responsável. Mas é preciso lembrar que normalização não é só a extrema direita parecer mais palatável: é também o centro se deslocar para a extrema direita, alterando o nosso referencial do que é “normal”. É o que vemos quando a direita espanhola incorpora o discurso do Vox, quando os gaullistas franceses ecoam ideias de Marine Le Pen, ou quando partidos como o trabalhista britânico e os social-democratas dinamarqueses endurecem suas posições migratórias para competir com seus adversários à extrema direita. Se esses outros partidos rumam à extrema direita é porque a sua força original não está na normalização, mas na transgressão. É isso que lhe garante energia e atração populista, sobretudo num contexto em que cada vez mais gente se vê precarizada. A precarização não é só econômica: ela é simbólica. A crise das formas tradicionais de vida social, como os sindicatos, e o triunfo de uma cultura individualista furtam dos cidadãos instrumentos simbólicos para a ação coletiva. Em outras palavras, deixam muita gente sem voz. Nessas circunstâncias, os discursos e performances transgressivas da extrema direita encontram eco no desejo de muitas pessoas por mudança e, sobretudo, por reconhecimento. Exatamente por isso, adotar uma postura defensiva e bem-comportada não basta para enfrentar a realidade. É preciso recuperar a dimensão transgressora, ousada, “ofensiva”, “festiva”, que um dia foi bandeira da esquerda: aquela que desafia a ordem não para oprimir, mas para ampliar a liberdade, a igualdade e a dignidade de todos. A pergunta de Stefanoni continua em aberto: se a rebeldia mudou de lado, a esquerda vai ter coragem de reconquistá-la?
Tassos Lycurgo é Professor Titular do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no Brasil, e Pesquisador Visitante do Reasons to Believe, na Califórnia, Estados Unidos. Ele também atuou nas faculdades de várias universidades, incluindo a Oral Roberts University (ORU), em Tulsa, Oklahoma, como professor visitante. Além de suas atividades acadêmicas, o Dr. Lycurgo é advogado (OAB/RN) e fundador e presidente do Ministério Defesa da Fé, onde atua como pastor.Lycurgo ocupou vários cargos ao longo de sua carreira, incluindo diretor nacional do Departamento de Patrimônio Imaterial e diretor nacional do Departamento de Cooperação e Fomento no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Brasil. Nessas funções, foi responsável pela gestão de relações internacionais e domésticas com outras instituições, como a UNESCO.Lycurgo obteve o doutorado em Educação (Matemática, Lógica) pela UFRN, em 2002, e o mestrado em Filosofia Analítica pela Universidade de Sussex (Reino Unido), em 1999. Fez pós-doutorado em Apologética Cristã na ORU e em Sociologia do Direito na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Brasil. Possui especialização em Direito Material e Processual do Trabalho pela Universidade Anhanguera (UNIDERP) e graduações em Direito (URCA), Filosofia (UFRN), Liderança Avançada (Haggai Institute, na Tailândia), Ministério Pastoral (RBT College, Oklahoma) e Estudos Bíblicos (RBT College).Tassos escreveu vários livros sobre diversos temas, incluindo filosofia, direito, educação, cultura e apologética cristã. Viaja frequentemente pelo país e internacionalmente para falar em conferências nos meios acadêmico e religioso. Nessas ocasiões, defende a fé com o objetivo de apresentar as razões históricas, científicas e filosóficas para seguir Jesus Cristo.Redes Sociais:Instagram: https://www.instagram.com/tassoslycurgo/Youtube: www.youtube.com/@lycurgo
É comum ouvirmos, nos consultórios ou nas academias, orientações como: “respire fundo”, “inspire pelo nariz, expire pela boca”, “aprenda a respirar corretamente durante o exercício”. Embora bem-intencionadas, essas recomendações costumam partir de uma compreensão equivocada — e até simplista — sobre o funcionamento do nosso corpo. O problema é que, ao tentar controlar demais a respiração, muitas pessoas acabam gerando ansiedade, descompassos e até hiperventilação. Nessas situações, o que era para ajudar, atrapalha. O ideal é permitir que o corpo faça o que sabe fazer: regular, com autonomia e precisão, cada inspiração e expiração. O âncora Jota Batista conversa, nesta segunda-feira (11), com o pneumologista Murilo Guimarães, no Canal Saúde.
Nessas últimas semana, estive passando por situações que sofreram transformações inimagináveis, mexeram comigo profundamente, e acredito que podem ser úteis para você, sua vida e seu emagrecimento também. Nesse episódio 507 vou te contar em detalhes!✨ Se você quer emagrecer sem se desconectar de si mesma, e aprender a escutar seu corpo e suas emoções, esse podcast é o seu espaço!
Quando o chefe da sinagoga se encontra em uma situação de muita dor e tristeza pela doença mortal de sua filha de 12 anos ele cai aos pés de Jesus. Seu pedido para que o Messias vá até sua casa é atendido, no entanto, uma mulher anônima, com um sangramento há 12 anos toca em Jesus. Ele para e da atenção ao sofrimento desta mulher. Nessas duas histórias simultâneas Jesus nos ensina que tudo tem o seu tempo no plano de Deus. Pregação do Rev. David Horta no Culto do dia 15 de junho na Igreja Presbiteriana Moriah em Americana-SP.
“Aqueles que saíram chorando, levando a semente para semear, voltarão cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita.”Salmos 126:6 NTLHHá vitória sem luta?Persistir em semear, mesmo em meio à dor e ao choro, é um ato de fé e sacrifício. Este Salmo nos ensina que essa atitude, mesmo diante das dificuldades, nos conduz à colheita e à alegria. Aquele que planta em meio às lágrimas colherá com cânticos de regozijo, porque a fidelidade de Deus nunca falha.Em algumas situações, semear não é apenas uma questão de princípio, mas de necessidade e sobrevivência. Nessas circunstâncias, o medo do fracasso pode gerar lágrimas e angústia, mas o Senhor nos chama a confiar n'Ele.A Palavra nos lembra: “Deus, que dá a semente para semear e o pão para comer, também dará a vocês todas as sementes que precisam” (2 Coríntios 9:10). Deus é o nosso provedor. Ele dá a semente para plantar, a água para irrigar e o crescimento que resulta na colheita. O nosso papel é semear, cuidar e confiar plenamente em Sua provisão e poder.Pensamento do dia:Você confia que Deus proverá tudo o que é necessário para a colheita?Oração:Senhor, mesmo em meio às lágrimas e aos desafios, ajuda-nos a continuar semeando com fé. Confiamos na Tua provisão e no Teu cuidado. Que possamos colher os frutos da Tua bondade no tempo certo e com alegria no coração. Em nome de Jesus, amém!Por Ubiratan Paggio#Fé #ConfiançaEmDeus #DeusProvedor@ubiratanpaggio @ubiratan.paggio
Uma Imersão para a cura da sua Criança Interior e Libertação dos seus Potenciais.Nessas 3 aulas, mais as 2 aulas extras você vai compreender sobre os traumas, cura e o resgate da sua criança interior, você vai descobrir como ativar seus potenciais para uma vida de sucesso.Dias 19, 20 e 21 de maio às 12hs. ( sempre ao meio dia )Aulas Extras: dias 22 e 23 de maio. ( sempre ao meio dia ) __________________________[CRONOGRAMA DA AULAS] • Aula 1 (19/05): Traumas e Condicionamento que Geram Escassezhttps://youtu.be/sYn3hrubKfE • Aula 2 (20/05): Cura e Resgate da sua Criança Interiorhttps://youtu.be/y5cpfXfssYA • Aula 3 (21/05): Ativação dos Potenciais para o Sucessohttps://youtu.be/CVjH5JdUD7Q__________________________[RESUMO DAS AULAS]Para receber os resumos das aulas entre no grupo do WhatsAppp:https://sendflow.pro/i/expressoes-alma__________________________Marcello Cotrim é uma figura notável no campo da metafísica, espiritualidade e desenvolvimento pessoal, com mais de 30 anos de experiência profissional, mas desde os 10 anos como autodidata, sempre buscou em bibliotecas tudo que houvesse disponível sobre poder da mente, fenômenos espirituais, inteligência emocional e aos 14 frequentou como buscador a Rosacruz, desfrutando dos livros que ali estavam disponíveis; com apenas 17 anos, já ministrava cursos e workshops de Projeciologia e Conscienciologia, buscando desbravar os os mistérios da consciência humana.Fundador de seu próprio espaço de conscientização, o Entrevidas, Cotrim conseguiu unir conceitos de diversas correntes filosóficas com um propósito comum: o crescimento e desenvolvimento humano.Sua escola não só forma milhares de alunos em Inteligência Espiritual, gerando equilíbrio e desenvolvimento mediúnico e paranormal, como também orienta para uma vida mais significativa no cumprimento da missão vida de cada um, além de propiciar uma maior compreensão acerca do processo de Evolução e Reconexão com o Divino em todo o Universo.Sua abordagem didática é revolucionária: ele simplifica para ensinar, incita a transformação pessoal sem ditar regras, e incentiva cada um a trilhar seu próprio caminho.Cotrim é, em essência, um inovador espiritual e um comunicador inspirador, cuja missão é despertar o potencial transformador inerente a cada indivíduo.
Uma Imersão para a cura da sua Criança Interior e Libertação dos seus Potenciais.Nessas 3 aulas, mais as 2 aulas extras você vai compreender sobre os traumas, cura e o resgate da sua criança interior, você vai descobrir como ativar seus potenciais para uma vida de sucesso.Dias 19, 20 e 21 de maio às 12hs. ( sempre ao meio dia )Aulas Extras: dias 22 e 23 de maio. ( sempre ao meio dia ) __________________________[CRONOGRAMA DA AULAS] • Aula 1 (19/05): Traumas e Condicionamento que Geram Escassezhttps://youtu.be/sYn3hrubKfE • Aula 2 (20/05): Cura e Resgate da sua Criança Interiorhttps://youtu.be/y5cpfXfssYA • Aula 3 (21/05): Ativação dos Potenciais para o Sucessohttps://youtu.be/CVjH5JdUD7Q__________________________[RESUMO DAS AULAS]Para receber os resumos das aulas entre no grupo do WhatsAppp:https://sendflow.pro/i/expressoes-alma__________________________Marcello Cotrim é uma figura notável no campo da metafísica, espiritualidade e desenvolvimento pessoal, com mais de 30 anos de experiência profissional, mas desde os 10 anos como autodidata, sempre buscou em bibliotecas tudo que houvesse disponível sobre poder da mente, fenômenos espirituais, inteligência emocional e aos 14 frequentou como buscador a Rosacruz, desfrutando dos livros que ali estavam disponíveis; com apenas 17 anos, já ministrava cursos e workshops de Projeciologia e Conscienciologia, buscando desbravar os os mistérios da consciência humana.Fundador de seu próprio espaço de conscientização, o Entrevidas, Cotrim conseguiu unir conceitos de diversas correntes filosóficas com um propósito comum: o crescimento e desenvolvimento humano.Sua escola não só forma milhares de alunos em Inteligência Espiritual, gerando equilíbrio e desenvolvimento mediúnico e paranormal, como também orienta para uma vida mais significativa no cumprimento da missão vida de cada um, além de propiciar uma maior compreensão acerca do processo de Evolução e Reconexão com o Divino em todo o Universo.Sua abordagem didática é revolucionária: ele simplifica para ensinar, incita a transformação pessoal sem ditar regras, e incentiva cada um a trilhar seu próprio caminho.Cotrim é, em essência, um inovador espiritual e um comunicador inspirador, cuja missão é despertar o potencial transformador inerente a cada indivíduo.
Um a um, os ex-líderes do PSD sentaram-se ao lado de Luís Montenegro para um almoço de celebração dos 51 anos do partido. Antes, alguns falaram aos jornalistas. Nessas declarações, foi destacada a “unidade dos sociais-democratas”, pediu-se “estabilidade”, ouviram-se críticas à “crispação” da campanha eleitoral e à anterior governação socialista e não faltou uma resposta a quem vê nesta iniciativa – que decorre em período de campanha eleitoral – um “regresso ao passado”. Mas a declaração mais marcante pertenceu ao antigo primeiro-ministro Passos Coelho, para quem a estabilidade política sem capacidade reformista de pouco serve.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A monitoração eletrônica é aplicável em quais situações? Nessas situações é obrigatória a imposição da monitoração eletrônica? Para qual hipótese a tornozeleira é medida essencial? Essas e outras questões são respondidas pelo Prof. Nucci neste episódio. Ouça agora mesmo.Você já viu as playlists específicas de cada tema abordadono podcast? Clique aqui: https://spoti.fi/3eFSLdb=========INDICAÇÕES NO PROGRAMASaiba tudo sobre a obra PACOTE ANTICRIME COMENTADO do Professor Nucci:http://bit.do/fpe4TConheça todos os livros do autor:bit.ly/GuilhermeNucciComentários, sugestões, críticas: contato@guilhermenucci.com.brSite: http://www.guilhermenucci.com.brFacebook: https://www.facebook.com/professorguilhermenucciInstagram: https://www.instagram.com/professor_guilherme_nucciLinkedIn: https://www.linkedin.com/in/professor-guilherme-nucciTwitter: https://twitter.com/GSNUCCI==========Guilherme de Souza Nucci é Livre-docente em Direito Penal, Doutor e Mestre em Direito Processual Penal pela PUC-SP. Professor concursado da PUC-SP, atuando nos cursos de Graduação e Pós-graduação (Mestrado e Doutorado). Desembargador na Seção Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Ontem, em nossa reunião das 18hs, fomos ministrados pelo nosso pastor Cleber Barros. Genêsis: 15:8-13 Toda crise, é DEUS nos impulsionando para iniciar uma nova etapa em nossas vidas. Nessas crises DEUS espera para se revelar numa nova versão para nós. DEUS está exigindo que nós saiamos do nosso comodismo. Que possamos entender até onde a palavra nos protege. Não podemos fazer nada sem a verdade presente de DEUS em nossos dias. Cuide do que Deus colocou em sua mão. Proteja para que as aves de rapina não roubem o que Deus te deu (Gênesis 15:11). Todo altar que DEUS recebe de nós, é um pacto conosco, haverá exigências. Deus é geracional, Ele não muda! 2 Crônicas 16:9 Sempre que enfrentamos lutas, é porque a palavra de DEUS nos encontrou. Só não passa por tribulações quem não tem uma palavra. Satanás não pode te tocar se o Cordeiro já estiver dentro de você. Genêsis 50:23-26 Em PESSACH, DEUS vem redimir nosso sangue, quando entregamos aquilo que ELE pede! Josué 1:4 Davi sempre vencia as guerras, porque só travava batalhas nos territórios que fora prometido por DEUS, portanto, nunca entre em territórios que DEUS não mandou. Josué 5:11-14 A Páscoa troca o nosso nome. Josué teve seu nome trocado; ele precisou renunciar o seu jeito. Deus nos " quebra", para nos rendermos a Ele e assim nos encontrar. Josué 6:4-10 Na Páscoa, para que DEUS me justifique, preciso casar com minha missão, e parar de me justificar. Não toque no que DEUS não te deu! É tempo de redenção, é PESSACH Vamos juntos!!
O município de Treviso está se preparando para receber uma nova área industrial nos próximos quatro anos. O projeto já está em andamento, e, no momento, o Governo Municipal realiza estudos para definir o local da construção e os tipos de empreendimentos que serão incentivados. Para viabilizar a iniciativa, a prefeitura garantiu um investimento de R$ 2 milhões, provenientes de um empréstimo do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Atualmente, Treviso já conta com uma área industrial localizada na entrada da cidade, em funcionamento há cerca de 20 anos. O espaço abriga empresas dos setores de mineração, reciclagem de plástico, fundição e pequenos negócios. Um dos principais desafios para a concretização do novo projeto é a escassez de terrenos planos no município. Diante disso, a administração municipal estuda investir em áreas de ACP do Carvão, que foram recuperadas pelo Governo Federal. Nessas regiões, o município possui propriedade sobre 27 hectares que antes eram utilizados pela Carbonífera Treviso, empresa que entrou em falência há oito anos. Para discutir a viabilidade do projeto com o Ministério Público Federal, a prefeitura de Treviso agendou uma audiência pública para abril. Como o estudo ainda está em andamento, a data de início da construção e da inauguração da nova área industrial ainda não foi definida. O secretário de planejamento da Prefeitura de Treviso, Zander Losso, abordou o tema em entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias nesta quarta-feira (26), detalhando os próximos passos da iniciativa e reforçando o compromisso da gestão municipal com o desenvolvimento econômico da cidade. Ouça a entrevista:
A equipe do cientista húngaro Dezső Németh, do Centro de Pesquisas em Neurociências de Lyon, na França, mostrou que as distrações pontuais, que surgem enquanto estamos ocupados, podem ser úteis na aquisição de certas habilidades, como aprender um novo instrumento ou idioma. Taíssa Stivanin, da RFI em ParisEstudos mostram que os seres humanos passam entre 30% e 50% do tempo divagando. Nessas horas, nossa atenção desvia do ambiente e da atividade que estamos realizando e criam “vida própria”. “Agora, por exemplo, durante a entrevista, você está falando comigo e me ouvindo, mas ainda assim, provavelmente está pensando em outras coisas que não estão relacionadas com a nossa conversa”, explicou o neurocientista Dezső Németh à RFI Brasil.Durante a execução de uma tarefa, mesmo se estamos totalmente concentrados, há momentos em que desligamos e nossos pensamentos se desconectam do que estamos fazendo. Os cientistas chamam esses períodos de “vagabundagem mental”, ou mind wondering, em inglês.“Durante cerca de 50 anos, a Ciência mostrou que este estado prejudicava a cognição, porque afetava a atenção”, diz o neurocientista. Os estudos mostraram durante décadas, ressalta, que esses momentos de distração poderiam afetar a memória de trabalho, um componente essencial da função executiva no cérebro. Ela é responsável pelo armazenamento temporário da informação pela memória de curto prazo e sua manipulação verbal ou visual. “Por exemplo, na escola, os alunos devem ouvir o professor está dizendo. Mas se estão no mundo da Lua, isso pode ser visto como um problema, porque não estão prestando atenção. Talvez por essa razão, não poderão executar a tarefa perfeitamente”, exemplifica.Outras pesquisas realizadas ao longo das últimas décadas, diz o cientista húngaro, comprovaram que esses momentos de distração influenciam também na produtividade dos adultos. Elas concluíram que, em excesso, a "vagabundagem mental" poderia até mesmo afetar o PIB e a economia, porque impedem o foco no trabalho, diminuindo a produtividade.O neurocientista húngaro questionou quais seriam os pontos positivos desses momentos em que nossos pensamentos derivam independentemente da nossa vontade. Para isso, ele e sua equipe recrutaram 135 pessoas para participar de testes online. Durante o exercício, uma imagem aparecia e desaparecia logo em seguida em uma das quatro janelas da tela. Os voluntários tinham que adivinhar em qual dos espaços vagos ela surgiria novamente.Questionados sobre o foco e o surgimento de pensamentos aleatórios durante a atividade, 117 participantes relataram ter pensado em outros assuntos pelo menos uma vez. A pesquisa mostrou que esses voluntários que divagaram durante o teste tiveram melhores resultados em comparação aos participantes que permaneceram focados, tentando entender, de forma consciente qual seria a sequência de aparecimento do desenho na tela. Aprendizagem implícitaA conclusão foi que sonhar acordado favorece a chamada aprendizagem implícita e as conexões cerebrais com o ambiente. “Você aprende mesmo sem perceber que está aprendendo alguma coisa. Nosso cérebro sempre está tentando descobrir modelos e estruturando o ambiente”, explica o neurocientista.Segundo o pesquisador, a aprendizagem implícita propiciada por essas distrações pontuais facilita a aquisição de novas habilidades, como tocar um instrumento, praticar um novo esporte ou aprender um idioma. Agora são necessárias mais pesquisas para determinar até que ponto esses momentos de divagação influenciam o processo de aprendizagem implícita apenas de forma positiva, ou se isso pode ser variável. É preciso diferenciar também, diz Dezső Németh o que acontece no cérebro durante a aquisição de conhecimentos totalmente novos e o aperfeiçoamento de competências já existentes.Consolidação da memóriaO processo cognitivo que envolve a "vababundagem mental" está conectado ao da consolidação da memória, que acontece durante o sono. Durante o estudo, a equipe do cientista húngaro também notou semelhanças entre esse estado mental e os observados no cérebro enquanto estamos dormindo, que ocorrem no córtex pré-frontal. “Esse processo cerebral está conectado ao fenônemo que chamamos em Neurociências de replay. Isso significa que, se você está executando uma tarefa em um determinado momento e começa a divagar, seu cérebro inconscientemente vai continuar repetindo essa tarefa, e isso vai ajudar na consolidação da memória”, explica o cientista húngaro.A hipótese da equipe, que ainda precisa ser comprovada, é que o cérebro simula as informações que estão chegando, e as reproduz como se estive rebobinando um filme. Durante esse processo, a aprendizagem provavelmente seria reforçada. É preciso também investigar, diz o pesquisador como as emoções envolvidas nos pensamentos que surgem enquanto estamos ocupados interfereria nesse processo.
CEO & Fundadora da RHLovers, Daniele Matos é reconhecida no Brasil como referência em Business Partner. Já desenvolveu mais de 2 mil profissionais de RH, que hoje fazem parte da Elite dos BPs no Brasil. Diariamente, mais de 80 mil pessoas acompanham seus conteúdos nas redes sociais. Hoje lidera um movimento, junto a comunidade de RH, que busca despertar o potencial e acelerar a mentalidade e comportamento de BP no contexto prático do novo RH.É Especialista em RH Estratégico e Business Partner, além de Palestrante e Mentora de BPs. Daniele tem mais de 15 anos de experiência na área de RH, com passagem por grandes empresas como Grupo Boticário, Renault, Grupo Kantar e Kienbaum, em posições estratégicas e de liderança, com foco em desenvolvimento organizacional e papel de Business Partner de RH. Nessas empresas foi desafiada por Líderes e Executivos C-Level a elevar diariamente a régua do RH e teve muito sucesso nas suas entregas e resultados, deixando um legado no mundo corporativo que a fez ser reconhecida e premiada no mercado como uma profissional diferenciada de RH, além de lhe trazer a experiência em desafios-chaves que a fizeram enxergar o poder de um posicionamento sólido, assertivo e estratégico na carreira de BP.Prêmios e indicações no mundo de RH:• Indicada 4x ao Top 5 Jovem Talento de RH Brasil pelo Top of Mind RH, sendo 2x eleita Top 1 na categoria.• Top 3 HR Influencers Brazil 2022 pela GoIntegro. • Top 100 People 2021, 2022 e 2024 da Feedz by TOTVS. • Top 50 RH&PEOPLE 2023 da Gama Academy. • Top 50 Influenciadores de RH do Prêmio iBest 2023.• Top 100 Influenciadores de RH pelo RH Summit 2024.• Top HR Influencers Brazil 2024 pela GoIntegro. ONDE ENCONTRAR A DANI:Instagram: https://www.instagram.com/danielematos_rhlovers/ Linkedin: https://www.linkedin.com/in/danielematosrhlovers/ Spotify: https://open.spotify.com/show/0e0IfzGQNTaWrpPZPFQePW?si=c224dfbfe5ec4139 / Youtube: https://www.youtube.com/@UC-7TGOvuR9RrbSUvxO_1t_A ----------------------------------------------------------------------------
*) O governo Lula identificou a questão do preço dos alimentos como uma das razões para a queda livre da popularidade do presidente da República. Nessas últimas semanas, o Planalto vem tentando achar alternativas para diminuir o problema. Entre elas, aquela ideia de zerar impostos de importação, sobre a qual falamos recentemente aqui no 15 Minuto. Uma ideia que tem a eficácia bastante questionada. O setor do agronegócio não vê com bons olhos a medida. Assim, mais uma vez, cria-se um atrito entre o governo Lula e o agro. É só mais um capítulo de uma relação que nunca foi boa. Em meio a tudo isso, a bancada do agro no Congresso prevê que as invasões de terras promovidas historicamente pelo grupo em abril, no chamado Abril Vermelho, podem ser impulsionadas, pelos recentes afagos do governo ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este episódio do podcast 15 Minutos fala sobre como, em meio à alta dos alimentos, Lula afaga o MST e acaba se afastando do agro. A convidada para falar do assunto é a Aline Rechmann, da equipe de República da Gazeta do Povo.
De uma infância pobre no Brasil até à liderança de um grande projeto de inserção social pelo esporte na França, o percurso de Alessandra Machado foi cheio de obstáculos e superação. Ela conseguiu realizar o sonho de fundar uma associação que ajuda mulheres de diferentes horizontes a conquistar o bem-estar e a emancipação. “É minha luta, porque eu cresci com mulheres, não tinha pai, era só mulher em volta de mim. E esse engajamento com as mulheres e o esporte para mim não é indissociável, porque o corpo da mulher é político. O movimento faz parte da emancipação e todo o processo da minha vida foi em volta disso, do movimento do corpo e da identidade de gênero”, disse Alessandra Machado à RFI.Filha única de mãe solteira, ela nasceu em Valença, no interior do Rio, e cresceu num ambiente de muita pobreza, mas seguiu o conselho materno de mergulhar nos livros e investir na educação. Em uma viagem à França, encontrou a oportunidade de uma vida melhor para fugir da “miséria econômica”.“A França era a minha América, minha oportunidade de quebrar meu destino de ser miserável e pobre”, conta. Ela chegou a trabalhar sem documentação legal, pensando principalmente em enviar dinheiro à sua família e, ao mesmo tempo, economizar para trazer as três filhas que ficaram no Brasil.“Eu trabalhei em restaurante, cuidando de crianças, posando como modelo viva para artistas. Trabalhei até 17 horas por dia para mandar dinheiro para o Brasil e melhorar a situação das minhas filhas”, lembra. Associação Passer'EllesDepois de trabalhar dez anos com o ex-marido em um comércio, Alessandra se separou e encontrou na zumba uma oportunidade de dar aulas de dança em Lille, no norte da França. Era o início de uma trajetória que a levou à Federação Francesa de Esporte e Ginástica, onde conquistou, aos 37 anos, seu primeiro diploma, de educadora esportiva.“Minha segunda formação foi num centro social, com mulheres. Eu senti uma coisa potente ali dentro. Essas mulheres de locais precários têm um poder de resiliência que existia na minha comunidade no Brasil. Foi com essa vontade de criar um coletivo de diversidade, através da animação nos bairros, e fazendo laços com minha história pessoal, que o Passer'Elles nasceu.”Hoje, já são 45 formações na bagagem, que contribuem para dar a base e sustentação ao projeto Passer'Elles. A iniciativa, criada em 2014, gira em torno de quatro eixos: esporte e vínculo social, esporte e saúde, diversidade inclusiva, e o nomadismo, uma vez que as atividades podem ser realizadas em diferentes locais para atingir um público mais amplo e diversificado.Nessas mais de duas décadas de atuação na região de Lille, a Associação Passer'Elles desenvolveu e propõe uma série de atividades: ginástica, zumba, atividades cardiorrespiratórias, pilates, caminhadas e até ciclismo.O esporte pode ser emancipador, mas não sistematicamente, na opinião da brasileira. "Se ele é performance, tem primeiro, segundo e terceiro lugar com pódio e pode ser excludente", argumenta. "Então, isso depende do meio, no qual você vai propor o teu projeto pedagógico para acompanhar alguém", afirma Alessandra. "Eu costumo dizer nas minhas aulas que o esporte é um instrumento. Por isso que os elementos fundadores, que são nossos pilares, podem dar segurança ao projeto”, acrescenta.Projeto "revolucionário"Os perfis das mais de 500 mulheres associadas são muito variados: empresárias, médicas, profissionais liberais, desempregadas e migrantes. “Nós podemos ser gratuitos para refugiados, requerentes de asilo, pessoas em situação irregular, pouco importa. Mas as pessoas que ganham mais, pagam mais. A gente junta no mesmo lugar a multiplicidade de pessoas desse país”, explica Alessandra. Acompanhada de uma equipe de 35 voluntárias e cinco educadoras para ajudá-la na realização, ela considera o projeto “revolucionário”. Aos 52 anos, Alessandra Machado pretende expandir o conceito de sua associação e contribuir para outros movimentos que tenham foco na ação social por meio do esporte.“Temos várias propostas de modelização com nossa federação e estamos trabalhando para a formação de educadoras inclusivas, que trabalhem o vínculo social, que chamamos de sócio-esporte. Nosso trabalho é focado nessas educadoras", explica a brasileira.Experiente, ela leva em conta que tudo é modulável, segundo os meios, a geografia, a história. "Não dá para simplesmente copiar um elemento e achar que ele vai funcionar em todos os lugares. Esse conceito de modelização é uma ideia utópica. Mas certamente alguém deve fazer a mesma coisa em algum lugar”, conclui Alessandra.
Nessas dicas de RPG, prepare sua rede de caçar borboletas, raquetes elétricas e inseticidas. Um enxame de insetos vai invadir suas mesas de RPG.Colecionador: Túlio CarneiroExterminadora de pragas: Carla CarneiroProfissional: Mine CarneiroO Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.Links:- Conheça nosso Patronato- Seja um Padrim do Movimento RPG- Assine o Picpay e ajude o site- Conheça mais Dicas clicando aqui.E-mail: contato@movimentorpg.com.br - Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.Voz: Palhaço: Túlio Carneiro | Mine Carneiro | Carla CarneiroEdição do Podcast: Senhor AArte da Capa: Raul GalliInsetos & RPGMúsicas: Music by from Pixabay
Nessas dicas de RPG, prepare sua rede de caçar borboletas, raquetes elétricas e inseticidas. Um enxame de insetos vai invadir suas mesas de RPG. Colecionador: Túlio Carneiro Exterminadora de pragas: Carla Carneiro Profissional: Mine Carneiro O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível. Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar. Links: - Conheça nosso Patronato - Seja um Padrim do Movimento RPG - Assine o Picpay e ajude o site - Conheça mais Dicas clicando aqui. E-mail: contato@movimentorpg.com.br - Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail. Insetos & RPG Voz: Túlio Carneiro | Mine Carneiro | Carla Carneiro Edição do Podcast: Senhor A Arte da Capa: Raul Galli Músicas: Music by from Pixabay
Imperativos são aquelas posturas necessárias para viver de acordo com a vontade de Deus. Um desses imperativos que ecoa em várias passagens bíblicas é “Acredite” – isto é: confie! Creia! Exerça fé!E um dos cenários em que isso ocorre é justamente em episódios de vulnerabilidade, onde há desilusão e desencanto, quando as forças faltam e fôlego quase não se tem por conta do quadro caótico em que a pessoa se encontra, em muitos casos em função das decisões que tomou!Nessas horas em que o entusiasmo falta e a tristeza e a decepção roubam a cena porque tomam conta da alma, sempre surge uma voz que clama: Acredite!E essa história do naufrágio de Paulo nos oferece excelente oportunidade de reflexão sobre esse tema!#igrejabatista #igrejanaoelugar #somosalife #reflexão #acredite
Oito pessoas ficaram feridas após um ataque de abelhas na área onde fica localizado o Cristo Redentor de Guaçuí, município do Sul do Espírito Santo. Segundo o superintendente da Vigilância em Saúde da cidade, Sandro Peixoto, o ataque começou após um homem subir no monumento do Cristo Redentor e entrar em um local de acesso restrito para o público, onde tinha uma colmeia. Ao fugir, o homem caiu e teve uma fratura exposta. A vítima passou por cirurgia e passa bem. As demais pessoas também foram socorridas. Nesta edição do "CBN Meio Ambiente e Sustentabilidade", o comentarista Marco Bravo fala sobre esse tipo de ocorrência. Ouça a conversa completa!
Há poucos anos, Maria Teresa Horta contava que ainda acordava sobressaltada com a ideia de que a PIDE lhe estava à porta. Nessas madrugadas, tinha que se voltar a surpreender com a recordação do 25 de Abril. A poetisa, jornalista, escritora, uma — a última — das "Três Marias", morreu esta terça-feira aos 87 anos. Este seu poema chama-se Liberdade.Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Como podemos redesenhar estratégias de conservação de biodiversidade em meio à crise do clima? Não é possível, hoje, bater o martelo a respeito da evolução das tendências climáticas — exatamente como e onde vão ocorrer, e em que grau de intensidade —, mas modelos científicos já predizem que os biomas ao redor do mundo sofrerão grandes alterações na composição de suas espécies. Ou seja: haverá novos ecossistemas, mas ainda existem incertezas sobre quais vão permanecer, e em que lugar do planeta. Por isso os dados de que dispomos são de difícil implementação em políticas públicas de preservação e uso da terra. De qualquer modo, é urgente que se enfrentem os desafios com as armas que hoje temos em mãos. E por que as mudanças climáticas põem em risco as espécies? Porque as condições do clima nas regiões onde elas vivem se tornam inadequadas à sua sobrevivência. Assim, sua subsistência pode depender de elas serem bem-sucedidas em alcançar regiões favoráveis, mas esse processo pode ser interrompido por paisagens ou barreiras que dificultam sua dispersão, como terras agrícolas e cidades. Dado esse contexto, uma das melhores e menos exploradas opções para evitar as extinções decorrentes de mudanças climáticas seria estabelecer uma rede sólida de reservas biológicas e parques nacionais, dentre outros. À mudança do clima se soma a uma série de ameaças que já afetam a conservação de espécies e ecossistemas, como a fragmentação de habitats e mudanças do uso do solo, incêndios e poluição, produzindo efeitos sinérgicos e de difícil previsão e monitoramento. Os maiores castigados pelas mudanças climáticas serão provavelmente os países tropicais, tais como o Brasil. Segundo os relatórios do IPCC - Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima -, poderão ocorrer uma série de inundações, em virtude da intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem. Nessas duas situações, a pecuária e a agricultura poderão ser prejudicadas, assim como a sobrevivência de diversas espécies. [...] Se as espécies precisam chegar a novas regiões conforme o clima muda, será que a atual rede de áreas protegidas serão efetivos esforços de preservação? A resposta, talvez uma das mais cruciais aos gestores preocupados com os ecossistemas naturais, urbanos e agrícolas, exige o uso de dados mais sólidos, supercomputadores e abordagens de ciências sociais que considerem a implementação dos modelos de mudanças climáticas e seu contexto de aplicação. Afinal, decisões sobre prioridades de subsistência são tomadas em ambientes do mundo real, onde a biodiversidade e seus movimentos são apenas um dos conjuntos de preocupações. É possível que existam milhões de pessoas em terras que seriam de interesse para políticas de preservação. Como promover a autonomia e a autodeterminação das pessoas que chamam essas terras de sua casa? Como integrá-las aos esforços para mitigar os impactos das modificações climáticas? Projetos para o futuro devem integrar o uso de dados mais sólidos e confiáveis de biodiversidade e cenários de mudanças climáticas com a participação das partes interessadas e dados de ciências sociais já no processo de concepção. Essa abordagem multifacetada é do interesse de todos, pois tem o potencial de otimizar o cumprimento de metas relacionadas ao bem-estar humano no curto e longo prazos. Mas, considerando a enorme lacuna que ainda existe entre ecologia, ciências sociais e governança ambiental, será que chegaremos lá a tempo de minimizar os impactos das alterações do clima? Fontes (créditos): https://serrapilheira.org/mudancas-climaticas-vao-criar-novos-ecossistemas/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Metas_de_Aichi Imagem (créditos): https://serrapilheira.org/mudancas-climaticas-vao-criar-novos-ecossistemas/ Ilustração: Valentina Fraiz - Por: Danilo Neves.
“Aqueles que saíram chorando, levando a semente para semear, voltarão cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita.”Salmos 126:6 NTLHHá vitória sem luta?Persistir em semear, mesmo em meio à dor e ao choro, é um ato de fé e sacrifício. Este Salmo nos ensina que essa atitude, mesmo diante das dificuldades, nos conduz à colheita e à alegria. Aquele que planta em meio às lágrimas colherá com cânticos de regozijo, porque a fidelidade de Deus nunca falha.Em algumas situações, semear não é apenas uma questão de princípio, mas de necessidade e sobrevivência. Nessas circunstâncias, o medo do fracasso pode gerar lágrimas e angústia, mas o Senhor nos chama a confiar n'Ele.A Palavra nos lembra: “Deus, que dá a semente para semear e o pão para comer, também dará a vocês todas as sementes que precisam” (2 Coríntios 9:10). Deus é o nosso provedor. Ele dá a semente para plantar, a água para irrigar e o crescimento que resulta na colheita. O nosso papel é semear, cuidar e confiar plenamente em Sua provisão e poder.Pensamento do dia:Você confia que Deus proverá tudo o que é necessário para a colheita?Oração:Senhor, mesmo em meio às lágrimas e aos desafios, ajuda-nos a continuar semeando com fé. Confiamos na Tua provisão e no Teu cuidado. Que possamos colher os frutos da Tua bondade no tempo certo e com alegria no coração. Em nome de Jesus, amém!Por Ubiratan Paggio#Fé #ConfiançaEmDeus #DeusProvedor@ubiratanpaggio @ubiratan.paggio
Pai, sei que minha vida é uma corrida quase sem fim. E, quantas vezes, tento completar a corrida sem Ti. Nessas situações, sempre perco o rumo, […]
A Fe Maidel cresceu achando que era doente por ser uma mulher trans. Na adolescência, ela procurou uma terapia de conversão para tentar ser curada e ficou 17 anos acompanhada de uma “profissional” que acreditava na “cura gay”. Desde os 8 anos de idade, Fe se sente feminina, mas se assumir como uma mulher trans não era uma possibilidade. Até porque a própria Fe achava que estava doente. A vontade de usar roupas femininas, aquela tristeza por se olhar no espelho e não se reconhecer a consumia por dentro, ao ponto dela procurar uma ajuda profissional (se podemos chamar assim). Ela achava que havia uma cura para toda aquela angústia. Uma psicóloga a convenceu de que a terapia de conversão poderia curá-la. E assim foram 17 longos anos da vida da Fe sendo atendida por alguém que tentou fazê-la acreditar que ela estava doente por se identificar pelo gênero feminino. Nessas quase duas décadas, Fe nunca se sentiu bem. Sua vida era uma montanha-russa com altos, muito altos e baixos a nível pré-sal. Mas independente de como ela se sentia, as roupas femininas sempre estavam escondidas para ela poder vestir quando o desespero batesse. Ainda assim, ela continuou na terapia de conversão. Ela foi levada a acreditar que estava doente. A angústia a fez procurar o curso de psicologia e ali as coisas começaram a fazer mais sentido pra ela. Em um dia bastante deprimido, Fe foi acolhida por um colega de classe que entendia o que ela estava passando. Ele era um homem trans. Ali foi o primeiro passo para ela entender que não estava triste por “estar doente”, mas porque ela não podia ser ela em sua essência: uma mulher trans. Quando entendeu isso, Fe se afastou da terapia de conversão, formou-se psicóloga e começou sua transição de gênero e se libertou de uma mentira: a cura. Hoje ela continua junto a sua esposa, com quem casou antes da transição, e as duas têm uma filha. Fe trabalha com foco no atendimento a pessoas trans e também com políticas públicas LGBT. Essa é uma parceria editorial com o projeto @fimdacura, que denuncia métodos de conversão de orientação sexual e identidade de gênero, informalmente chamados de “cura gay”. Apoiamos o projeto de lei 5034/2023, que equipara a prática da "cura gay" ao crime de tortura. Você também pode mostrar o seu apoio participando da petição no site fimdacura.com.br. Deixe sua assinatura e contribua com o #FimDaCura Compre o livro do ter.a.pia "A história do outro muda a gente" e se emocione com as histórias : https://amzn.to/3CGZkc5 Tenha acesso a histórias e conteúdos exclusivos do canal, seja um apoiador http://apoia.se/historiasdeterapia
Jiro Takahashi é um dos maiores nomes da história do mercado editorial brasileiro. Já faz quase 60 anos que Jiro se dedica à edição de livros. Nessas décadas, passou por editoras como Ática, Nova Fronteira, Ediouro, Editora do Brasil e Global, além de ter sido um dos fundadores da Estação Liberdade. Muita gente fundamental na literatura brasileira passou pelas suas mãos. Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade, por exemplo. Murilo Rubião, um dos meus favoritos, foi revelado num dos muitos trabalhos de Jiro. Ele fala sobre o peculiar autor de “O Pirotécnico Zacarias” no papo a seguir. Jiro costuma ser lembrado sobretudo pelas coleções que ajudou a criar. Ele é uma das cabeças por trás de tesouros da história literária brasileira, como a Nosso Tempo, a Para Gostar de Ler e sobretudo a Coleção Vaga-Lume. Sim, também conversamos sobre bastidores dessa série de livros pensados para jovens que até hoje mexe com as melhores lembranças de muitos leitores. No começo de maio, Jiro Takahashi recebeu o troféu Contribuição ao Mercado Editorial do Prêmio PublishNews. É mais um reconhecimento pela admirável carreira. O papel de um editor, os caminhos para a formação dos leitores e alguns dos livros fundamentais da vida de Jiro também foram assuntos da nossa conversa. * Aqui o caminho para a newsletter da Página Cinco: https://paginacinco.substack.com/ **A foto de Jiro usada na arte do podcast foi feita por Jedson Santos para o Publishnews
A catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul tem apresentado histórias emocionantes, de esperança, mas também de dor. Milhares de voluntários têm se desdobrado para conseguir minimizar os problemas enfrentados por milhares de famílias gaúchas. As doações também têm sido cruciais para abastecer a região com produtos que já estão em falta, como água. Há relatos de quem, mesmo ilhado, e correndo risco de vida, não quer deixar a sua casa com medo de furtos. Além disso, pessoas pararam o que estavam fazendo para poder preparar marmitas para os desabrigados e, ainda, há quem tenha se preocupado em receber os animais resgatados. Para piorar, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) avisa que uma nova frente fria no sul do Rio Grande do Sul vai provocar mais chuva e derrubar a temperatura nesta semana. O instituto emitiu um aviso de tempestade de nível vermelho para as regiões do Chuí, Rio Grande e Pelotas. Nessas localidades, há previsão de chuva superior a 60 mm/h ou maior que 100 mm/dia, ventos superiores a 100 km/h, e queda de granizo. Nos municípios mais a oeste, como Bagé, Alegrete e Barra do Quaraí, as chuvas terão menor intensidade, mas ainda assim podem provocar danos ao solo já encharcado. A questão é que essas tempestades devem ocorrer também sobre a Lagoa dos Patos, que tem ligação com o Rio Guaíba, que pega a capital Porto Alegre. Com isso, a situação de cheia do lago pode piorar e voltar a atingir a cidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no estado. Dessa forma, despesas que estiverem relacionadas à situação de calamidade pública devido às enchentes não precisarão passar por licitação, o que agiliza o socorro e a reparação dos danos. Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governo federal ainda não tem uma estimativa para o volume de recursos necessários para reconstrução do Estado. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defendeu a união dos Poderes Legislativo e Executivo em socorro das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Para falar mais sobre a atuação dos voluntários e as histórias de quem perdeu tudo nesta tragédia no Rio Grande do Sul, no ‘Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar com o repórter Luciano Nagel, que está em Porto Alegre. O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Leia 1 Samuel 30 “Davi ficou profundamente angustiado, pois os homens falavam em apedrejá-lo; todos estavam amargurados por causa de seus filhos e suas filhas. Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor, o seu Deus.” 1 Samuel 30:6 Reflita: Fortaleça-se no Senhor Você já se sentiu profundamente angustiado como Davi? Nessas horas é difícil encontrar uma saída ou um caminho, mas a decisão de Davi nos ajuda a entender como devemos agir nessas horas. Davi sabia que não teria forças para escapar da angústia e do problema em que estava, portanto, antes de fazer qualquer coisa ele fortaleceu-se no Senhor. Quando as dificuldades, pressões e trabalho forem muitos e você não conseguir achar uma saída, peça a Deus que coloque a própria força dele em você. Ore Pai amado, preciso da sua força! Quando as lutas são grandes sei que não consigo por mim mesma e só o Senhor pode me ajudar a vencer.
Composto por água e sais minerais, o suor serve para regular a temperatura do nosso organismo. Ele é produzido dentro de milhões de glândulas espalhadas pelo corpo inteiro, principalmente nas mãos, nos pés, virilhas e axilas. No verão, um adulto pode perder até 2,5 litros de água pelo suor. Geralmente homens suam mais que mulheres e pessoas obesas ou que se exercitam muito também costumam transpirar mais. Até aí, tudo bem. O problema é quando o suor deixa de ser um mecanismo natural do nosso corpo e se torna excessivo, podendo até causar mau cheiro pelo contato com as bactérias da pele. Nessas condições, além de causar desconforto pode ser motivo de constrangimento e vergonha. No episódio de hoje, vamos falar sobre o suor excessivo e o que podemos fazer para diminuir esse problema. Nosso convidado é o dermatologista Alexandre Filippo.
O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que defende o primeiro réu julgado pelos atos de 8 de janeiro, dirigiu-se a todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao final de sua sustentação oral para dizer que os eles são as pessoas mais odiadas no Brasil. Coelho é advogado de Aécio Lúcio Costa Pereira, julgado nesta quarta-feira (13), pela Corte por ter participado dos ataques às sedes dos Três Poderes. “Nessas bancadas aqui, nesses dois lados, senhores ministros, estão as pessoas mais odiadas deste país. Infelizmente, quantas fotos eu tenho com ministros desta corte. Muitas, muitas. Não vim ao velório de Sepúlveda Pertence, uma pessoa que eu amava muito, para não dizer que estava afrontado essa corte. Mas vossas excelências têm que ter a consciência que são pessoas odiadas neste país. Essa é uma realidade que alguém tem que dizer isso diretamente“, declarou o desembargador aposentado. Sebastião Salgado é alvo de reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ter ameaçado prender Alexandre de Moraes durante os protestos após a eleição do segundo turno, no ano passado. Os comentários foram feitos por ele enquanto atuava no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) e, após a aposentadoria, durante sua participação em eventos no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Também em sua manifestação no plenário do STF, o desembargador aposentado se disse intimidado pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. “Estou aqui denunciando em público […] Digo ao senhor, ministro Salomão, Vossa Excelência tentou me intimidar, mas não intimida, isso é tranquilo”, declarou. Sebastião Coelho também disse que o STF “é ilegítimo para este julgamento”, pois está tratando de réus sem foro privilegiado. Apoie o jornalismo independente. O Antagonista está concorrendo ao prêmio IBEST 2023. Categoria 'Canal de Política' vote: https://app.premioibest.com Categoria 'Canal de Opinião' vote: https://app.premioibest.com Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Durante a Escola do Amor Responde de hoje, uma aluna contou aos professores que está casada há cinco anos, mas com apenas dois meses de namoro ela descobriu que estava grávida. Passado um tempo de relacionamento, ela engravidou novamente. Quando o mais novo nasceu, o esposo da aluna quis se separar, mas acabaram voltando meses depois. Nessas idas e vindas, algumas coisas mudaram, inclusive, a aluna contou que engordou e, por isso, o esposo tem vergonha dela e não a leva para passear. Fora isso, ele começou a sair com os amigos e, pelas circunstâncias, foi motivado a pedir separação novamente. Ela o trata bem, só que é sempre ofendida por ele. A aluna não sabe até que ponto vale insistir no relacionamento por causa dos filhos ou não. Ela tem medo de sofrer ainda mais. O que fazer Ademais, outra aluna compartilhou que foi casada por 17 anos e, há cinco anos, está separada. O ex-marido se casou com uma pessoa 19 anos mais nova do que ele, mas se separou dela também. Com isso, ele se reaproximou da aluna. Ela perguntou aos professores se deve se aproximar dele, já que o ama ainda e também porque quer ajudá-lo, pois ele está em depressão. Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e Cristiane Cardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/edar/message
Mamileiros e mamiletes, o que inspira o Mamilos Cultura de hoje é o reality show Sobreviventes, da Netflix. No programa, 16 participantes que sabem muito quando o assunto é viver na natureza extrema competem por um prêmio em dinheiro. Porém, esses sobrevivencialistas precisam deixar de lado os princípios do lobo solitário e pensar como uma matilha, ou melhor, uma equipe. Nas condições climáticas e ecossistemas altamente desafiadores do Alasca, os times lutam pela fortuna e sobrevivência. Pra conversar sobre as reflexões que esse reality show inspira, Cris Bartis recebe Ana Freitas, que foi quem indicou o programa pra ela. Aperta o play e vamos juntos! _____ NOVALGINA A gente recebeu um monte de mensagens de ouvintes do Mamilos preocupados com a voz da Ju Wallauer depois da publicação do Mamilos 410, sobre o filme da Barbie. A Ju realmente tava doente, com dor de cabeça, febre, dor de garganta. Tava trabalhando e com 7 crianças de férias em casa. Claro que essas coisas nunca acontecem em dias tranquilos, né? Ela recorreu a chás e escalda pés pra aliviar os sintomas, mas precisou tomar um remédio pra segurar o tranco. Nessas horas o cuidado para aliviar os sintomas é essencial. Mas pode ser difícil escolher como tratá-los. Pra quem não sabe, Novalgina é uma marca de confiança que há mais de 100 anos ajuda a cuidar das famílias brasileiras. É a marca mais recomendada pelos médicos. Vale o que custa. Vale cada comprimido. Acesse novalgina.com.br para saber mais. Minibula: NOVALGINA® (dipirona monoidratada). Indicação: analgésico e antitérmico. M.S.: 1.8326.0351. O USO DO MEDICAMENTO PODE TRAZER ALGUNS RISCOS. Leia atentamente a bula. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Agosto/2023. MAT-BR-2303865. “É a marca mais recomendada pelos médicos”: IQVIA GPS FY'22 – Valores RX – Mercado de Analgésicos OTC. _____ FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br _____ CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda participa do nosso grupo especial no Telegram. É só R$9,90 por mês! Quem assina não abre mão. https://www.catarse.me/mamilos _____ Equipe Mamilos Mamilos é uma produção do B9 A apresentação é de Cris Bartis e Ju Wallauer. Pra ouvir todos episódios, assine nosso feed ou acesse mamilos.b9.com.br Quem coordenou essa produção foi Beatriz Souza. Com a estrutura de pauta e roteiro escrito por Cris Bartis e Ju Wallauer. A edição foi de Mariana Leão e as trilhas sonoras, de Angie Lopez. A coordenação digital é feita por Agê Barros. O B9 tem direção executiva de Cris Bartis, Ju Wallauer e Carlos Merigo. O atendimento e negócios é feito por Telma Zenaro.
Todos nós, em algum momento da vida, já experimentamos o sofrimento, em suas diversas formas: como doenças, tragédias, injustiças, perseguições ou até como consequência de nossos erros. Nessas ocasiões, inevitavelmente surgem inúmeros questionamentos sobre o porquê desses males em nossas vidas. Muitos, além de se questionarem, acabam nutrindo uma profunda revolta contra Deus, justamente por não entenderem por que Ele permite alguns males em vez de nos “blindar” contra todos eles. Porém, diante dessas situações, a única coisa que deveríamos entender — e aceitar — é que Deus, em sua sabedoria e bondade, sabe exatamente o que é melhor para nós e para a nossa salvação. Já nós, que muitas vezes nos deixamos guiar por critérios tortos, se tivéssemos todas as nossas vontades realizadas, estaríamos realmente num caminho de perdição. Esta homilia foi feita pelo Padre Paulo Ricardo no dia 25 de junho de 2023, 12.º Domingo do Tempo Comum, em Missa matutina na Paróquia Cristo Rei, de Várzea Grande (MT).
Segunda-feira, 5 de junho de 2023. Eu sou Leo Lopes e este é o Castnews, o podcast semanal de notícias para podcasters. Aqui você ouve, toda segunda-feira pela manhã, um resumo das principais notícias sobre o mercado de podcast no Brasil e no mundo. Os resultados de duas pesquisas da Edison Research sobre podcasts nos Estados Unidos, uma parceria entre o grupo Globo e a Obvious e a autobiografia da Rita Lee em formato de podcast estão entre as principais notícias que você vai ouvir nesta 18a. edição do Castnews! NOTÍCIAS: 1 – Essa semana nós vimos a divulgação pela empresa de pesquisa Edison Research dos resultados de duas pesquisas relacionadas à podcast nos Estados Unidos. A primeira delas lista as 30 principais redes de podcast americanas. Essa classificação das redes é determinada pelo alcance total da audiência dos programas, e não a plataforma ou aplicativo que os ouvintes usam para acessar os podcasts. Os três primeiros lugares do ranking foram ocupados pelo Spotify, a SiriusXM Podcast Network e a iHeartRadio. A outra pesquisa levantada pela empresa foi sobre o alcance dos podcasts mais populares dos Estados Unidos. Não foi uma grande surpresa, mas o relatório mostrou que a maioria do público de podcasts se concentra na superfície da podosfera americana. Os 1.000 podcasts mais bem sucedidos do país alcançam cerca de 81% dos ouvintes semanais, e a sobra de 19% dos ouvintes é dividida entre todos os outros podcasts menores e trabalhos independentes. Lembrando aqui que o Edison Podcast Metrics é o único serviço de medição de podcast que avalia o tamanho relativo da audiência, e também a demografia de todas as redes de podcast nos Estados Unidos. Você pode entrar agora em Castnews.com.br e conferir em detalhes os resultados das duas pesquisas. Ler a notícia completa Ler segunda notícia 02 – E a Quill Podcasting, uma empresa canadense de criação e gerenciamento de podcasts, realizou seu Prêmio Anual de Podcast, que reconhece os talentos e a criatividade no setor do podcasting. Os vencedores foram premiados em 19 categorias, incluindo: Melhor Podcast do Ano, Melhor Novo Podcast e Podcast Corporativo do Ano. A premiação da Quill também celebrou empresas, agências e produtos que estão fazendo diferença significativa na nossa indústria. É um material de análise muito bom pra quem procura inspiração de conteúdos e formatos pra aplicar no próprio podcast. É sempre interessante a gente ver o que tá funcionando pros outros produtores de conteúdo, pra ver se funciona pro nosso nicho também. A lista de premiados está disponível na íntegra no portal da Quill. Ler a notícia completa 03 – E enquanto alguns executivos desavisados de marketing estão questionando se o podcasting já teria alcançado o máximo do seu potencial, o CEO da iHeartMedia, Bob Pittman, respondeu com muita elegância, destacando que existe um aumento contínuo da audiência e do consumo de podcasts. Ele também falou que os podcasts estão superando outros meios de comunicação, e que não existe no momento qualquer previsão desse crescimento desacelerar. Vale lembrar que a iHeartMedia é uma empresa líder de mídia e entretenimento nos Estados Unidos, que tem uma forte presença tanto no rádio tradicional, quanto no mercado de podcasts. A divisão de podcast deles, inclusive, teve um crescimento de receita de dois dígitos no último ano, isso num mercado que só agora está entendendo o potencial da publicidade em podcasts. Então é, parece que o Bob tem um ponto importante aí… Ler a notícia completa AINDA EM NOTÍCIAS DA SEMANA: 04 – O portal jornalístico e de entretenimento NSC Total, lançou uma pesquisa para entender os hábitos de consumo de notícias no estado de Santa Catarina. A intenção da pesquisa é entender especialmente sobre as preferências dos ouvintes catarinenses em relação à podcasts jornalísticos, considerando que dois dos cinco programas mais ouvidos no Brasil em 2022 foram da categoria ‘Notícias'. O portal NSC destacou que os ouvintes consideram os podcasts uma fonte confiável de notícias e informações, e a pesquisa está de pé lá no site deles. Então se você quer participar da pesquisa e é de Santa Catarina, não deixe de acessar o NSC Total e deixar a sua contribuição. Ler a notícia completa 05 – A plataforma americana Hayti, agregadora de notícias para pessoas pretas, expandiu seu aplicativo para incluir o acesso a mais de dois mil podcasters negros. Com a nova seção de podcasts, os usuários podem ouvir, compartilhar e salvar o conteúdo de seus podcasters favoritos, focados nos temas importantes pra comunidade negra. O aplicativo Hayti tá disponível para download na Apple Store e no Google Play, mas como é um portal americano, só em inglês. Ler a notícia completa 06 – E alguns episódios depois de a gente noticiar que a BBC estava questionando a duração de vida dos podcasts independentes, A Whynow e o Verbal Diorama se uniram para lançar o primeiro Independent Podcast Awards, um prêmio inédito para podcasts independentes no Reino Unido e na Irlanda. Com o objetivo de celebrar o talento dos podcasters que produzem de forma independente e sem apoio financeiro, o evento vai ter mais de 18 categorias em que os podcasts vão poder concorrer. A cerimônia de premiação vai acontecer em Londres dia 12 de outubro, com apoio da Podbible e patrocínio de várias empresas. Os juízes e o conselho consultivo da premiação vão ser anunciados em breve, e a gente vai trazer essa notícia pra você assim que ela sair. Ler a notícia completa Ler segunda notícia E MAIS: 07 – Uma nova parceria formada na última semana integrou as marcas da Obvious ao portfólio digital da Globo. A junção inclui podcasts populares, como por exemplo o Bom Dia, Obvious, da Marcela Ceribelli e perfis nas redes sociais também. Os programas da marca agora vão ser disponibilizados no Globoplay e outras plataformas digitais da Globo, com exclusividade na venda de espaço publicitário. Além disso, tá previsto pro segundo semestre de 2023, o lançamento do videocast do Bom Dia Obvious. Essa parceria tá prometendo trazer uma nova dinâmica pra grade de conteúdos da Obvious, então vamos acompanhar pra ver os próximos capítulos da marca. Ler a notícia completa 08 – E é claro que essa semana também tem dicas pra produtores de podcast que querem sempre melhorar o seu programa. O tema dessa vez é como fidelizar os ouvintes do seu podcast. O artigo da Izabella Nicolau tem cinco dicas básicas, mas que fazem toda a diferença: conheça seu público-alvo, ofereça um bom conteúdo, capriche na qualidade, publique de forma consistente e interaja com a sua audiência. Lógico que lá no post tem a instrução completa de como essas estratégias podem impulsionar o sucesso do seu podcast e criar uma experiência única para os seus ouvintes, então não perca tempo e acesse agora Castnews.com.br . Ler a notícia completa HOJE NO GIRO SOBRE PESSOAS QUE FAZEM A MÍDIA: 09 – No último sábado, dia 3, a Nabecast e a ONG ReFavela (Rede de Favelas de Pernambuco) promoveram juntos um evento internacional sobre impactos positivos do podcast na vida de produtores, ouvintes e comunidades. O encontro, que foi transmitido ao vivo pelo YouTube e Facebook, contou com a participação de produtores brasileiros ao redor do mundo com nomes de peso: Patrícia Ramos, Ananda Garcia, Maristela Rosa, Márcio Dornellas e, é claro, o host Carlinhos Vilaronga. A conversa passou desde a vida nas comunidades até orientações para quem está começando na produção de podcasts, dicas, insights… Enfim, foi um papo realmente muito legal, e o conteúdo da live está disponível nas redes sociais. Vale muito a pena conferir na íntegra. Ler a notícia completa 10 – E a gente vai ter um momento “é mole?” no episódio de hoje: tem podcast sendo lançado de dentro da prisão domiciliar. Eu tô falando do novo podcast da Anna Delvey, a golpista que inspirou a série “Inventando Anna” da Netflix, e que tá detida em casa desde 2021. Pra quem não tá familiarizado com o nome, a Anna Delvey é aquela golpista russa que convenceu todo mundo que era uma socialite entre 2013 e 2017, e que usou da influência que ela teve com essa mentira, pra enganar pessoas – incluindo os verdadeiros socialites nova iorquinos. O podcast semanal, que vai se chamar “The Anna Delvey Show”, vai ser gravado no apartamento da Anna, onde ela vai conversar com convidados famosos, destrinchando questões de quebra de regras e o conceito de certo e errado em 2023. O podcast tem o apoio da Audio Up e da Audioboom, que vai fazer a distribuição e publicidade do programa. Embora a gente ainda não saiba a data oficial de lançamento, já tem trailer disponível no canal do YouTube da Audio Up. Ler a notícia completa SOBRE LANÇAMENTOS: 11 – Nessa última semana, foi lançado o podcast da autobiografia de Rita Lee, chamado “Rita Lee: Outra Autobiografia”. O podcast é um complemento ao conteúdo do livro de memórias lançado em 22 de maio, e traz tópicos inéditos e convidados especiais. O programa é conduzido pelos jornalistas Astrid Fontenelle e Guilherme Samora, que esperam que o projeto desperte o interesse dos ouvintes para a leitura do livro, e que também querem oferecer uma experiência mais próxima do universo da nossa eterna diva Rita Lee. O podcast já tá disponível nas principais plataformas de áudio, e o lançamento dos episódios tá sendo feito nas segundas-feiras, assim como o Castnews. Então hoje mesmo já tá saindo o terceiro episódio do programa, não deixa de conferir. Ler a notícia completa RECOMENDAÇÃO NACIONAL: 12 – E na recomendação dessa semana, eu tenho o prazer de trazer um podcast que faz parte do coletivo #MulheresPodcasters, que tá aí na função diária de fazer da podosfera brasileira um lugar mais diverso e inclusivo. Se você quer mergulhar no mundo da tecnologia sob a perspectiva feminina, o Emílias Podcast é indispensável. O Emílias é um projeto de extensão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde acontecem entrevistas muito bacanas com várias mulheres influentes no campo da computação. Nessas conversas são explorados temas como as motivações e os desafios enfrentados por essas profissionais, perspectivas dessas mulheres da computação e insights úteis pra quem trabalha na área. Os episódios são lançados quinzenalmente no Spotify, e em alguns episódios tem até vídeo, caso você faça parte do time que prefere “assistir podcast”. Então não deixa de conferir o trabalho das meninas, e de quebra aprender mais sobre tecnologia. Ler a notícia completa 13 – E nessa última semana saiu a data da próxima edição do UaiPod, um encontro de produtores e ouvintes de podcast em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento desse ano, o “UaiPod Reencontros e Recomeços” vai acontecer no dia 8 de julho de 2023 no Bar da Esquina, que fica na Rua Sergipe 146, no centro de BH. Então se você é de Belo Horizonte, Contagem ou região, já marca na sua agenda que no dia 8 de julho o seu encontro é com outros podcasters na UaiPod. E não se preocupa que a gente tá avisando com antecedência pra você se programar, mas quando estiver mais perto da data, vamos te lembrar do evento aqui no Castnews mais uma vez. Leia a notícia completa E não se esqueça que aqui no Castnews você sempre pode divulgar vagas de trabalho dentro da indústria de podcast. Podem ser vagas remuneradas ou pra participação em projetos. Precisa de um apresentador? Um editor? Um designer pra fazer suas vitrines? Manda pra gente no e-mail contato@castnews.com.br que essas vagas vão ser publicadas toda semana na nossa newsletter. Além disso, se você quiser que o seu podcast seja sugerido por aqui, você pode mandar uma pequena apresentação, um press kit do programa, e se a gente gostar ele aparece aqui na recomendação da semana. E essas foram as notícias desta décima oitava edição do Castnews! Você pode ler a íntegra de todas as notícias e assinar a newsletter semanal em castnews.com.br. Ajude o Castnews a crescer espalhando o link deste episódio em suas redes sociais e assinando o feed do podcast para receber em primeira mão os episódios assim que forem publicados. Você pode colaborar com o Castnews mandando seu feedback e sugestões de pauta para o email podcast@castnews.com.br. Siga também o @castnewsbr no Instagram e no Twitter e entre no canal público do Castnews no Telegram para receber notícias diariamente. O Castnews é uma iniciativa conjunta do Bicho de Goiaba Podcasts e da Rádiofobia Podcast e Multimídia. Participaram da produção deste episódio Bruna Yamasaki, Eduardo Sierra, Izabella Nicolau, Lana Távora, Leo Lopes, Renato Bontempo e Thiago Miro. Obrigado pelo seu download e pela sua audiência, e até semana que vem!
In this podcast we get into Nessas break from social media , our beliefs in psychics, mediums. Nessas experience running away from home. Where she sits now with here current beliefs on spirituality & god. What it's like being a woman. Can you be born bad ? Numerology , & Nessas new single American Jesus
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O princípio fundamental da vida espiritual é nos adequarmos àquilo que Deus quer ou permite em nossas vidas. Reclamações, resistências, esperneios e revoltas são inúteis quando, na vida cotidiana, somos colocados diante das adversidades. Nessas situações, o melhor a fazer, além de buscar resolver o problema concreto, é unirmos o nosso sofrimento ao de Cristo. Somente a partir dessa união de vontades, a nossa e a de Deus, seremos capazes de progredir na vida espiritual. Esta homilia foi feita no dia 22 de março de 2023, durante Missa matutina na Paróquia Cristo Rei, de Várzea Grande (MT).
Nessas últimas semanas, acompanhamos três discussões sobre a sexualidade de celebridades, mas por que vocês acham que a vida amorosa dos famosos acaba se tornando assunto público? O que de fato isso muda em nossas vidas? Um EP para refletir sobre o real papel de personalidades publicas e a comunidade queer. BICHA, OLHA ISSO! Thiago: Ted Lasso 3 temp Dantas e Paulo: Enxame Apoie o podcast: https://apoia.se/eaigaypodcast E aí Gay #272 apresentado por (Instagram / Twitter): Felipe Dantas (@apenasdantas / @dantas) Thiago Theodoro (@luxoeriqueza / @thiwitter) Paulo Corrêa (@paulorcorrea / @paulorcorrea_) Siga o E aí Gay? nas redes sociais! @eaigaypodcast no Instagram e Twitter.
O termo 'relação tóxica', como muitos outros, foi usado até quase esvaziar de sentido no ambiente virtual, mas se relacionar com pessoas emocionalmente instáveis, abusivas e imprevisíveis pode nos fazer perder o senso de identidade. Situações como preferir dizer que está errada (mesmo sabendo que está certa!) em qualquer discussão por medo de possíveis ameaças de término ou temer por situações sociais com seus amigos e família nas quais eles poderiam perceber as micro a gressões que você sofre. Também é preocupante quando tomamos extremo cuidado com nossas palavras e ações já que qualquer "erro" pode levar à explosão total. Nessas relações os humores são sempre imprevisíveis, você nunca sabe qual personalidade vai encontrar no dia - e teme que seja aquela que te faz sentir péssima sobre si mesma. Esse é um trecho do capítulo quatro do meu livro Aurora, o despertar da mulher exausta, que conversa perfeitamente com a obra escrita pela minha convidada de hoje. Bom Dia, Obvious! Hoje, Marcela Ceribelli e hoje conversa com a psicanalista, doutora em psicologia clínica e autora do livro De Olhos Abertos: Uma história não contada sobre relacionamento abusivo, Manuela Xavier em busca da resposta para a pergunta: o que vem depois de uma relação tóxica?
Meu cliente não me pagou, meu vizinho espalhou um boato contra mim no grupo do condomínio, acabei me envolvendo em um acidente de carro, recebi o famoso processindo... E agora? Nessas situações, a Lei Brasileira prevê que todo conflito de interesses jurídicos, entre direitos e deveres, deve passar por um Processo Judicial. Mas o que é, como são feitos, do que juízes e advogados se alimentam? Hoje, isso e muito mais, no SciCast.
Assista a aula Planejamento Antifrágil inscrevendo-se gratuitamente em http://planejamentoantifragil.com Observando a corrida eleitoral, com os malabarismos que os marqueteiros exigem de cada candidato, tentando transformar ogros em cavalheiros, ladrões em salvadores da pátria e estúpidos em luminares, uma reflexão sobre contextos é necessária. Operar em um ambiente político – ou de negócios - extremo e desconhecido se parece muito com dirigir por uma estrada sinuosa do interior em meio a uma neblina muito forte. Você não consegue ver muito adiante. Pode haver um buraco fundo à frente ou uma vaca andando sem destino. Dirigindo nessas condições, a resposta reflexiva é avançar devagar e quase que tatear pelo caminho. Mas essa não é uma opção em cenários onde a competição é muito intensa. Especialmente em política. Nessas ocasiões, temos de avançar amortecendo os impactos dos eventos inesperados, sem desacelerar, nem desestabilizar a organização inteira. Bem, já que com certeza haverá um buraco à frente, o que temos de ter? Tempo rápido de reação. Primeiro, porque mesmo pequenos choques têm um efeito cumulativo. As organizações, sejam elas empresas, partidos ou associações, são feitas de uma rede complexa de conexões com clientes, funcionários, fornecedores e com a sociedade. Operam em um ecossistema onde parceiros e concorrentes podem ser os mesmos. Com essa interconexão, as surpresas que atingem uma parte de um negócio ou de um ecossistema podem afetar as outras partes de maneiras difíceis de prever. Um escândalo com um deputado pode desestabilizar todo um partido. E se você passar por um buraco e continuar sem recuperar o controle, fica mais difícil desviar de qualquer obstáculo que surgir à frente. Em outras palavras, neste mundo maluco, a estabilidade é a exceção e não a regra. As organizações precisam de meios para se adaptarem às mudanças ambientais, sem pisar no freio todas as vezes. Quando o mundo está um caos, a estratégia precisa ser adaptativa para que seja eficaz. Você tem de planejar levando em consideração o imponderável. Foi Charles Darwin quem disse há quase 150 anos que “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Adaptação às mudanças é o nome do jogo. E na continuidade deste nosso papo, tenho umas dicas pra dar. Esta reflexão continua no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_DPghUbWcbY Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://mundocafebrasil.com