Partida de Xadrez é o nome do espaço de debate do Negócios sobre os grandes temas da actualidade económica com os comentadores residentes António Ramalho e Gonçalo Moura Martins e moderação de Maria João Babo. Quinzenalmente, à s segundas-feiras, disponÃvel em todas as aplicações de podcast e no site www.negocios.pt.
Com uma dimensão equivalente a 55 vezes a Parque Expo, o projeto do Parque Cidades do Tejo, apresentado pelo Governo, prevê a construção de 25 mil habitações, a reabilitação de antigas áreas industriais, novas travessias do rio ou espaços de lazer, investigação e cultura. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins explicam o que vai representar este plano para a Área Metropolitana de Lisboa, mas atribuem-lhe também riscos.
A crise que provocou a queda do Governo de Luís Montenegro levanta a questão sobre a forma como os políticos são escrutinados. Neste episódio, Gonçalo Moura Martins e António Ramalho explicam o que é a ética na política, falam da avaliação que é feita hoje às suas capacidades e comportamentos e lamentam a perda de talento na vida pública.
Neste episódio, gravado ao vivo na Bolsa de Turismo de Lisboa, olhamos para este setor que em 2024 voltou a bater máximos históricos. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins analisam o impacto dos atuais cenários de instabilidade em Portugal e no mundo e apontam os caminhos para que o turismo possa aproveitar o espaço que tem para continuar a crescer.
Neste episódio olhamos para o Banco Português de Fomento, criado em novembro de 2020 como banco promocional do Estado, que nunca conseguiu efetivamente ser. Gonçalo Moura Martins e António Ramalho explicam a importância desta entidade para a dinamização da economia, a complementaridade que deve ter com a banca comercial e o que tem de fazer para ser bem- sucedido nesta “segunda vida” anunciada pelo Governo, que já disse que não há espaço para errar.
A imposição de Donald Trump de taxas alfandegárias a produtos europeus e a retaliação que se pode esperar da União Europeia são o tema deste episódio. Apesar de todas as incertezas que ainda existem, António Ramalho e Gonçalo Moura Martins não têm dúvidas que o protecionismo norte-americano vai acabar num problema que é o aumento dos preços.
A privatização da TAP é o tema deste episódio. O Governo quer voltar a vender a companhia aérea este ano e Lufthansa, Air France-KLM e grupo IAG são os candidatos mais fortes. Gonçalo Moura Martins e António Ramalho consideram inevitável a venda da transportadora no atual momento de consolidação do setor na Europa, defendem que seja tendencialmente integral e apontam os pontos fortes e fracos dos três gigantes da aviação que se perfilam como compradores.
As perspetivas para 2025 são o tema deste episódio. O Banco Central Europeu terminou 2024 a descer as taxas de juro, mas a inflação ainda pode vir a ser um problema real e prejudicar essa trajetória este ano. A desvalorização da moeda única face ao dólar preocupa António Ramalho e Gonçalo Moura Martins, que alertam ainda para as consequências na Europa de uma guerra comercial com os EUA de Trump.
As crises políticas na Alemanha e em França são o tema deste episódio. Gonçalo Moura Martins e António Ramalho explicam as diferenças entre as duas maiores economias da zona euro, analisam o impacto da atual instabilidade no resto da Europa e apontam incertezas quanto à forma como vão conseguir encontrar soluções.
O fim do corte de 5% nos salários dos titulares de cargos políticos, em vigor desde 2010, é o tema deste episódio. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins defendem que é necessário repor essa percentagem do rendimento no imediato, mas também sustentam que é preciso definir para o futuro melhores condições remuneratórias, caso contrário afastam-se os melhores e convidam-se os piores para essas funções.
O Plano de Ação para a Comunicação Social é o tema deste episódio. A mudança nos hábitos de consumo de informação e o papel das plataformas digitais internacionais puseram em causa o modelo de negócio das empresas de media. Gonçalo Moura Martins e António Ramalho consideram as 30 medidas propostas pelo Governo insuficientes para inverter a situação e apontam caminhos para o Estado financiar um setor fundamental para a democracia.
A necessidade de a Europa ser autossuficiente em matéria de defesa é o tema deste episódio. No atual contexto de tensões geopolíticas, e perante a tendência de isolamento norte-americano, António Ramalho e Gonçalo Moura Martins analisam a forma como a União Europeia deve refundar a sua indústria de defesa e quais os obstáculos a uma política comum.
A proposta de Orçamento do Estado para 2025 é o tema deste 18.º episódio. Se a manutenção da disciplina nas contas públicas e a redução da dívida merecem aplausos de Gonçalo Moura Martins e António Ramalho, os gestores também encontram alguns riscos nos valores assumidos para o preço do petróleo, crescimento das exportações ou receita das contribuições extraordinárias. Já pelo consumo interno e pelo setor empresarial do Estado pode haver folgas que compensem.
O relatório sobre o futuro da competitividade europeia, elaborado por Mário Draghi, é o tema deste 17.º episódio. No documento, o ex-presidente do BCE assume que a Europa está perante um desafio existencial e aponta caminhos para que recupere vantagem competitiva face à China e aos EUA. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins analisam as forças e as fraquezas desse contributo para o debate sobre a competitividade europeia.
A forma como o país se deve posicionar perante a imigração é o tema deste episódio. Numa altura em que são já mais de um milhão os estrangeiros a viver legalmente no país, Gonçalo Moura Martins e António Ramalho não têm dúvidas que este é um tema estrutural, que não se resolve com quotas e que as empresas, os municípios e a sociedade podem ser a resposta para a sua integração e retenção bem- sucedidas.
Depois de terem apresentado lucros de mais de 2,6 mil milhões de euros na primeira metade de 2024, os principais bancos portugueses chegarão ao fim deste ano com 5 mil milhões de capital excedentário. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins apontam o destino que deve ser dado a esse excesso de capital, o qual passa por aumentar a remuneração aos acionistas, mas simultaneamente por estimular a economia através da concessão de crédito.
A baixa produtividade do trabalho em Portugal é o tema deste 14.º episódio. O problema é “grave” e “não tem uma única solução”, concordam Gonçalo Moura Martins e António Ramalho, que defendem que a grande mudança tem de ocorrer na organização das empresas. A flexibilidade laboral, garantem, é o novo normal e quem não se adaptar perderá capacidade de contratar e reter talento.
O mega-pacote de medidas com que o Governo quer acelerar a economia é o tema deste 13.º episodio. Além da descida da taxa de IRC, o programa desenha outras intenções até ao fim da legislatura em matérias como a atração de talento, a inovação ou a reindustrialização. António Ramalho e Gonçalo Moura Martins apontam as propostas bem conseguidas, as mais difíceis de compreender e executar, mas também as falhas que o plano apresenta.
A prometida descida gradual do IRC até 15% no final da legislatura é o tema deste 12.º episódio. Portugal tem hoje uma das taxas mais altas deste imposto entre os países da OCDE e para António Ramalho a necessidade de capitalização das empresas e de aumento da sua dimensão torna urgente essa redução. Já Gonçalo Moura Martins reconhece o mérito que a medida teria para o investimento e para a atividade empresarial, mas defende como prioridade o alívio da fiscalidade sobre o trabalho.
O Construir Portugal, a estratégica do Governo de Luís Montenegro para a habitação, é o tema deste 11.º episódio. O pacote de 30 medidas parece ir no bom sentido, mas para Gonçalo Moura Martins e António Ramalho tem equívocos como a redução do IVA na construção de casas para 6% sem uma data definida ou a taxa de esforço, no acesso dos jovens ao crédito à habitação, que tem de ser negociada.
Depois de ter subido as taxas de juro 10 vezes em 420 dias para travar a inflação na Zona Euro, que chegou a ultrapassar os 10%, o Banco Central Europeu tem agora condições técnicas e políticas para decidir um corte na reunião de 6 de junho, diz António Ramalho. Já Gonçalo Moura Martins entende que a descida podia ter tido lugar mais cedo, mas sublinha que, “apesar da política monetária tão restritiva, as economias tiveram capacidade de se defender dela”.
A eliminação das portagens nas antigas Scut aprovada no Parlamento e a alteração do financiamento do sistema rodoviário são o tema deste nono episódio. O regresso ao modelo do contribuinte-pagador merece fortes críticas de Gonçalo Moura Martins e António Ramalho, que avisam que a medida vai em contraciclo com as políticas europeias de mobilidade e transição climática, não é a forma de proteger as populações do interior e é um desastre financeiro agora e para as gerações futuras.
O crescimento do turismo em Portugal e os seus impactos são o tema deste oitavo episódio. 2023 foi o melhor ano de sempre, com 30 milhões de turistas e receitas de 25 mil milhões de euros, mas António Ramalho não tem dúvidas que pelo menos até ao final da década esta atividade continuará a ser determinante para as finanças públicas. O país deve, contudo, antecipar o que aconteceu em muitas cidades que acabaram expostas ao turismo de massas e à tensão com os residentes, diz Gonçalo Moura Martins, defendendo a qualificação do turismo e a sua dispersão no território.
A escassez da água é o tema deste sétimo episódio. Apesar de estarmos a caminhar para um stress hídrico a nível global, Portugal ainda é autossuficiente. No entanto, para o continuar a ser tem não só de adequar comportamentos mas também a infraestrutura, ao nível do armazenamento, de transvases, de redução das perdas e de reutilização. Projetos para o imediato que Gonçalo Moura Martins estima em 3,6 a 4 mil milhões de euros. Já António Ramalho acredita que a água é um recurso que Portugal não deve apenas preservar, mas de onde pode tirar proveito económico e vantagens competitivas.
O futuro aeroporto de Lisboa é o tema deste sexto episódio. Mais de 50 anos e duas dezenas de localizações depois, espera-se agora do novo Governo uma decisão rápida. A Comissão Técnica Independente recomendou uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas que evolua para um hub intercontinental. Mas deve o país avançar para este conceito de aeroporto, mais caro e ambicioso, ou optar por uma solução dual, mais barata, que preserve o aeroporto existente?
Os resultados excepcionais da banca portuguesa em 2023 são o tema deste quinto episódio. No ano passado, Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, BPI e Novo Banco somaram lucros de 4,3 mil milhões de euros, impulsionados pela escalada da margem financeira à boleia da subida das taxas de juro do BCE. Os bancos foram rápidos a aumentar os juros cobrados nos empréstimos, mas lentos a elevar os que pagam nos depósitos, mantendo também o nível das comissões. Gonçalo Moura Martins e António Ramalho analisam estes lucros “históricos e irrepetíveis” e a possibilidade de, no atual contexto, a banca ter tido maior contenção.
O resultado das eleições legislativas, que deu uma vitória por curta margem à AD e fez o país virar à direita, é o tema deste quarto episódio. Depois das promessas de um choque fiscal, de um aumento do salário mínimo para 1.000 euros em 2028 ou de um crescimento de 3,4% da economia no final da legislatura, o que se espera agora do novo Governo? António Ramalho e Gonçalo Moura Martins analisam os resultados eleitorais e apontam as prioridades para a economia e para as empresas.
O regime dos residentes não habituais é o tema deste terceiro episódio. Este estatuto, criado em 2009, veio permitir a novos residentes beneficiar durante 10 anos de uma taxa de IRS de 20% no caso dos rendimentos do trabalho e de 10% sobre as pensões. É uma injustiça fiscal para quem já mora em Portugal, onde a taxa de IRS pode ir até aos 53%? Ou o modelo foi eficaz ao atrair profissionais de atividades de alto valor acrescentado que de outra forma não teriam vindo para o país?
A crise na habitação é o tema do segundo episódio. Apesar de Portugal ser um país de proprietários, a falta de oferta de casas tem resultado na subida dos preços e dificultado o acesso ao mercado. A redução de impostos e a cedência de terrenos são duas possibilidades ao alcance do Estado para acelerar a construção de alojamento acessível. Para Gonçalo Moura Martins, “a quantidade de terrenos do Estado e das autarquias poderia ser imediatamente disponibilizada com base em concursos públicos”. Já António Ramalho defende “uma política de redução fiscal temporária que acelere a previsibilidade a investidores”.
A alta velocidade ferroviária é o tema do primeiro episódio, com a prioridade dada à ligação de Lisboa à Galiza em detrimento de uma linha para Madrid.