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O panorama econômico de final de 2025 é marcado por contrastes. Enquanto algumas das principais economias exibem resiliência surpreendente, outras patinam, compondo um quadro de crescimento fragmentado, que convive com o espectro de uma recessão global sincronizada. Organismos internacionais refletem essa dualidade em suas projeções: o FMI, por exemplo, elevou sua estimativa de alta do PIB mundial para 3,2% em 2025, ligeiramente acima do previsto meses antes. Thiago de Aragão, analista político Ainda assim, trata-se de um ritmo anêmico, a Allianz Trade chegou a projetar apenas 2,5%, o patamar mais baixo desde 2008 fora de anos de crise, carregado de divergências regionais. Tensões geopolíticas persistentes também pairam sobre o horizonte, freando o comércio global e alimentando incertezas. Não por acaso, alertas se acumulam: um novo choque protecionista, por exemplo, poderia inverter esse frágil equilíbrio. O economista-chefe do FMI chegou a notar que uma guerra comercial renovada entre Washington e Pequim seria um “risco muito significativo” para a economia mundial, capaz de reduzir sensivelmente as projeções de crescimento nos próximos anos. Ou seja, o mundo cresce, mas com o freio de mão puxado e olhando pelo retrovisor o perigo de um engavetamento econômico global. Nos Estados Unidos, o tom é de alívio, ainda que cauteloso. A tão anunciada recessão americana não deu as caras; ao contrário, a maior economia do mundo vem conseguindo algo próximo de um soft landing. A inflação arrefeceu sem empurrar o país ladeira abaixo, e o mercado de trabalho manteve-se robusto. Para analistas, a "recessão mais esperada de todos os tempos" não se concretizou. De fato, o desemprego segue baixo em termos históricos e a criação de empregos continua resiliente, mesmo após sucessivos aumentos dos juros pelo Federal Reserve. O consumo das famílias se sustentou em boa medida, os salários, por fim, voltaram a crescer mais rápido que os preços e os balanços corporativos mostraram fôlego. Com isso, o PIB americano surpreendeu. O FMI prevê 2,0% de expansão nos EUA em 2025, desempenho que, embora mais moderado que os 2,8% estimados para 2024, indica uma economia ainda vibrante e longe da contração. Bonança relativa Entretanto, nem tudo são flores na paisagem americana. Por trás da bonança relativa, espreitam desequilíbrios preocupantes. Um deles é o descompasso fiscal: Washington opera com déficits cronicamente altos, agora exacerbados pela combinação de cortes de impostos pós-2017 e gastos elevados. Em 2025, o rombo orçamentário deve ultrapassar 8% do PIB, alarmante para tempos de paz e prosperidade. A dívida pública cresce, e os juros altos tornaram seu peso mais difícil de ignorar. Não por acaso, até as agências de classificação de risco perderam a paciência: em maio, a Moody's rebaixou a nota de crédito soberano dos EUA (a derradeira avaliação AAA que restava), citando o aumento persistente da dívida e dos encargos com juros como motivos centrais. Outro ponto de atenção é a desigualdade dentro do país. A prosperidade agregada mascara disparidades internas gritantes, já que o “excepcionalismo” americano nem sempre beneficia o americano comum. Os ganhos econômicos têm se concentrado no topo da pirâmide, aprofundando um fosso social já histórico. Para se ter ideia, em 2023, famílias situadas no 95º percentil de renda ganharam em média 3,5 vezes a renda de uma família mediana, enquanto em 1980 essa razão era de 2,6. Em outras palavras, mesmo com pleno emprego, muitos trabalhadores não sentem os frutos do crescimento, o que confere um tom paradoxal à bonança, com um caldo de desigualdade e frustração latente em meio aos números positivos. Europa em marcha lenta Do outro lado do Atlântico, a Europa segue em marcha lenta. A zona do euro praticamente estagnou e flerta com a recessão técnica. Projeções recentes apontam para um crescimento em torno de 1% a 1,3% em 2025, com gigantes como a Alemanha mal saindo do zero (a economia alemã deve avançar apenas 0,3% neste ano após ter encolhido em 2024). O bloco europeu vem enfrentando o legado amargo da crise energética e inflacionária pós-pandemia. A inflação, embora em trajetória de queda, mostrou-se teimosa e permaneceu acima da meta por um período prolongado, corroendo o poder de compra e minando a confiança. Essa pressão inflacionária persistente exigiu do Banco Central Europeu uma postura dura: o BCE elevou os juros a níveis não vistos em mais de uma década, esfriando investimentos e consumo. Somente em meados de 2025 o banco central pôde pausar e até iniciar cortes modestos, à medida que a inflação finalmente cedeu para patamares próximos do objetivo de 2%. Mas o dano já estava feito. O alto custo do dinheiro e a incerteza econômica deixaram a Europa num limbo de crescimento pífio. Muitos falam em estagflação branda: a atividade mal se move enquanto os preços ainda não estão totalmente sob controle. Some-se a isso os desafios fiscais (vários governos aumentaram gastos com defesa e subsídios em meio a conflitos geopolíticos, atrasando ajustes nas contas públicas) e tem-se um continente em compasso de espera. O continente europeu termina 2025 lutando para não escorregar de vez, tentando conciliar a necessidade de estimular economias quase estagnadas com o dever de domar a inflação remanescente. Desaceleração na China Já a China enfrenta uma desaceleração estrutural que vem redesenhando o mapa do crescimento global. Após décadas de expansão vertiginosa, a segunda maior economia do mundo entrou numa fase mais contida. O FMI e a OCDE projetam cerca de 5% de crescimento chinês em 2025, ritmo que seria excelente para um país desenvolvido, mas que representa uma clara perda de fôlego para os padrões chineses. Vários fatores internos explicam essa mudança de marcha. O país está envelhecendo rapidamente, o que reduz a oferta de mão de obra e a taxa de poupança. Os ganhos de produtividade também arrefeceram, à medida que o modelo de investimento pesado em infraestrutura e indústria começa a mostrar rendimentos decrescentes. E há, sobretudo, a ressaca de uma bolha imobiliária que se formou ao longo da última década e estourou, deixando um rastro de problemas. Quatro anos após o pico da crise imobiliária, o setor de imóveis na China permanece instável. Grandes incorporadoras enfrentam dificuldades para honrar dívidas, projetos imobiliários foram paralisados e milhões de apartamentos novos encalham sem compradores, abalando a confiança de famílias e investidores. Esse esfriamento drástico no mercado imobiliário é particularmente preocupante porque imóveis foram, por muito tempo, um motor central da economia chinesa (representando direta ou indiretamente até um terço do PIB). O resultado é que a China agora flerta perigosamente com riscos deflacionários. “As perspectivas continuam preocupantes na China, onde o setor imobiliário ainda se encontra instável”, afirmou Pierre-Olivier Gourinchas, do FMI, acrescentando que os riscos à estabilidade financeira estão elevados e crescendo, com demanda fraca por crédito e a economia à beira de uma armadilha de deflação e dívida. Em suma, a era do crescimento chinês de dois dígitos ficou para trás. Isso tem implicações globais: a menor demanda chinesa por insumos e commodities já se faz sentir em países que dependem dessas exportações, e a Ásia emergente como um todo perdeu um pouco de tração sem a mesma locomotiva de antes. O mundo acostumou-se a contar com a China como catalisadora do crescimento; agora, observa apreensivo a gigante asiática lidar com seus próprios dilemas domésticos. Contexto de apreensão para a América Latina Para a América Latina, esse contexto internacional é motivo de apreensão, ainda que com alguns matizes positivos. A região tem uma longa tradição de vulnerabilidade a choques externos, mas em 2025 mostrou certa resiliência inesperada. O FMI projeta que a América Latina e Caribe cresça 2,4% em 2025, ritmo modesto porém ligeiramente melhor do que se antecipava anteriormente (a OCDE igualmente prevê uma região “crescendo lentamente” nos próximos anos). Parte desse desempenho se deve a um alívio na frente inflacionária local e à ação ágil de bancos centrais latino-americanos, que subiram juros cedo e agora começam a baixá-los conforme a inflação recua. Além disso, as exportações de commodities deram um fôlego providencial: no primeiro semestre de 2025, as vendas externas foram o principal motor de crescimento na América Latina, com destaque para o cobre chileno, a manufatura mexicana e o agronegócio no Brasil, Argentina e vizinhos. A safra agrícola brasileira recorde e a demanda externa aquecida por alimentos e minérios ajudaram a evitar uma desaceleração mais forte. Contudo, os fundamentos econômicos latino-americanos ainda inspiram cuidado. Muitos países saíram da pandemia com dívida pública elevada e espaço fiscal reduzido, após gastos emergenciais que salvaram vidas mas esgotaram cofres. Isso significa que governos da região têm pouca munição para reagir a uma nova crise global, ao contrário, alguns já enfrentam pressão para ajustar contas e reconquistar credibilidade fiscal. Ademais, a dependência de matérias-primas persiste como uma faca de dois gumes: garante ganhos em tempos de boom de commodities, mas expõe a região a volatilidades externas. Se a economia chinesa espirrar, exportadores sul-americanos de minério de ferro, soja ou petróleo provavelmente pegarão um resfriado. Da mesma forma, um aperto monetário adicional nos EUA, com juros mais altos, poderia provocar fuga de capitais e desvalorização cambial nos mercados latino-americanos, desestabilizando inflação e investimentos. Em síntese, a América Latina permanece altamente atrelada aos humores das grandes potências e aos ciclos globais. Como pontuou a OCDE, a região deve seguir avançando devagar, limitada por inflação ainda alta em diversos países e por políticas públicas sem muito fôlego fiscal para estimular a demanda. O lado bom é que, até aqui, conseguiu evitar recuos graves; o lado preocupante é que tal resistência talvez se esgote caso os ventos externos mudem para tempestade. Recessão sincronizada? Diante desse mosaico global, a pergunta inevitável é: quão perto estamos de uma recessão mundial sincronizada? Por enquanto, o cenário básico ainda indica crescimento, fraco, mas crescimento, não uma contração simultânea em todas as frentes. No entanto, os riscos estão à espreita e não são triviais. Basta um deslize maior de política econômica ou um choque geopolítico para alinhar os astros de forma negativa. Imagine-se, por exemplo, que o Fed (o banco central dos EUA) aperte ou tarde demais os juros, precipitando enfim a recessão que não ocorreu em 2023-24; ao mesmo tempo, a Europa seguiria estagnada e a China desaceleraria ainda mais, formando uma tempestade perfeita. Não é um cenário absurdo, de fato, no início deste ano o próprio FMI reconheceu que a probabilidade de uma recessão global em 2025 havia praticamente dobrado, de cerca de 17% para 30%, dada a conjunção de riscos comerciais e financeiros então presentes. Essa estimativa foi feita com todas as letras pelo economista-chefe do Fundo em abril, enfatizando que, embora não se esperasse oficialmente uma recessão, “os riscos associados a essa possibilidade aumentaram consideravelmente”. E ainda que desde então algumas tensões tenham arrefecido (evitou-se, por exemplo, uma escalada tarifária completa entre EUA e China, e a inflação global cedeu um pouco mais), o fato é que navegamos em águas incertas. O ano termina com uma sensação mista: por um lado, 2025 surpreendeu pela resiliência, o pior não se materializou e vários países desviaram das armadilhas que muitos previam; por outro, a fragilidade subjacente permanece. O crescimento segue desigual e sustentado por fios tênues de demanda aqui e acolá. A qualquer tranco mais forte, esses fios podem se romper, sincronizando as quedas e transformando fragmentação em recessão generalizada. Em suma, vivemos um equilíbrio instável. A economia global mostrou vigor para aguentar os trancos até agora, mas continua sob a sombra de um possível revés sincronizado. A prudência, portanto, continua sendo a palavra de ordem, tanto para os formuladores de política quanto para os observadores desse complexo tabuleiro geoeconômico mundial.
Neste episódio analisamos as propostas de alteração à lei laboral avançadas pelo Governo que levaram as duas centrais sindicais a convocar a greve geral que decorreu nesta quinta-feira - e notamos que os dois lados da barricada usam os mesmos factos para chegar a conclusões diferentes. Na segunda parte colocamos o foco na reunião de política monetária do Banco Central Europeu, marcada para a próxima semana. E para a forma como uma entrevista veio abalar a expectativa sobre a evolução da economia do velho continente, das taxas de juro diretoras e até da sucessão de Christine Lagarde. Com Paulo Ribeiro Pinto e Leonor Mateus Ferreira numa edição de Hugo Neutel.
Os europeus são os campões mundiais da poupança: € 10 trilhões (R$ 63,7 trilhões) estão parados em contas seguras e com baixo rendimento no bloco, uma fortuna que a Comissão Europeia busca agora mobilizar. Um plano que alia educação financeira, produtos mais acessíveis e incentivos fiscais foi lançado no começo do mês, de olho em trazer esse dinheiro para a economia real. Entre os países ricos, ninguém poupa mais do que os europeus, um dos impactos de longo prazo das duas guerras mundiais no continente. Além do aspecto cultural, outro entrave é que o sistema financeiro no bloco não é totalmente integrado e transparente, uma barreira para os cidadãos tirarem o dinheiro da poupança para investir em ações. “O problema principal não é o nível de poupança em si, mas a orientação dela. Em todos os países europeus, os investimentos a risco, em empresas e no sistema produtivo em geral, são relativamente limitados”, afirma Luc Arrondel, diretor de pesquisas do prestigioso CNRS, na França, e professor da Paris School of Economics (PSE). “Se comparamos com os países anglo-saxões, por exemplo, a grande diferença é que a França ou a Alemanha não têm fundos de pensão, que poderiam apoiar os investimentos de longo prazo.” Angelo Riva, professor de finanças da Inseec Business Scholl e pesquisador associado da PSE, complementa: “Nos Estados Unidos, tem o sistema consolidated tape, que permite aos investidores acessarem qualquer bolsa, graças a um circuito seguro. Na prática, se você quiser comprar ações da Google na Bolsa de Boston, você pode e é automático. Na Europa, é mais complicado”, aponta. Rendimento negativo na poupança Bruxelas avalia que os trilhões da poupança dos europeus poderiam impulsionar o sistema produtivo no bloco, em plena crise, enquanto Estados Unidos e China protagonizam uma acirrada guerra industrial. O dinheiro, ao contrário, permanece paralisado a rendimentos próximos de zero ou até negativos, como ocorreu durante o período de inflação alta na zona, em 2023 e 2024. Um primeiro passo será tirar do papel um produto comum a todos os países: a União da Poupança e do Investimento, com ações, obrigações e fundos a partir de € 10. O objetivo é atrair investimentos de particulares em pequenas e médias empresas, para acelerar a transição energética e apoiar grandes projetos do bloco. Angelo Riva salienta o impacto da fraca educação financeira dos cidadãos, que, num contexto de grandes incertezas econômicas, afeta a sensibilidade ao risco. Ele também destaca o problema de intermediação entre os correntistas e os bancos. “Na Europa, não é muito fácil, para as pessoas pouco familiarizadas com mercados financeiro, investimentos e finanças em geral, confiarem nos conselhos de alguém. Tem um trabalho a ser feito junto aos bancários, que muitas vezes não têm as informações mais corretas ou atualizadas para oferecer”, observa. “Os clientes também têm muita dificuldade de compreender as diferenças entre as ofertas dos bancos”, indica. Dinheiro embaixo do colchão Neste contexto, uma nota do Banco Central Europeu sobre o uso do dinheiro em espécie em tempos de crise causou confusão. A instituição relatou a iniciativa de alguns estados-membros, como a Holanda e a Áustria, de recomendarem a seus cidadãos manterem em casa um certo valor em dinheiro vivo, “em caso de crise maior”. O montante sugerido, entre € 70 e € 100 por integrante da família, deve ser suficiente para cobrir os gastos de até 72h. O relatório logo foi associado ao temor de uma expansão da guerra da Rússia contra a Ucrânia pelo continente, mas segundo os especialistas ouvidos pela RFI, esta não é uma leitura adequada do estudo. Para Luc Arrondel, são as eventuais crises de energia ou de informática que estão na mira do BCE. “Em tempos de crise, as pessoas buscam liquidez, por segurança. Acho que existe uma certa angústia com a possibilidade de não ser possível fazer pagamentos pelos meios digitais”, diz o especialista em poupança. “E isso é algo bem racional, na verdade: ter um pouco de liquidez para aguentar dois ou três dias, caso não seja possível, por qualquer razão, ter acesso aos pagamentos digitais.” A pane generalizada no sistema energético na Espanha e em Portugal em abril exemplifica a pertinência da precaução, concorda Angelo Riva. O pesquisador da INSEEC lembra que, muito antes dos pagamentos digitais, uma greve bancária na Irlanda causou o fechamento dos bancos durante seis meses, em 1970. Neste período, os irlandeses instauraram um sistema próprio de pagamentos por cheques e garantias, que compensou a escassez de dinheiro em espécie em circulação. “São eventos que os economistas chamam de extremos, ou seja, muito pouco prováveis, mas que são possíveis, e se precaver deste risco não chega ser um grande esforço para os cidadãos”, frisa.
A disputa entre as duas superpotências pelo domínio do setor automotivo parece ter chegado à reta final e com um cenário preocupante para os europeus. Enquanto a produção no bloco freia, o rolo compressor chinês acelera. A RFI conversou com Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis, para entender as estratégias e necessidades da União Europeia nessa corrida. Artur Capuani, correspondente da RFI em Bruxelas “Não podemos deixar que a China e outros conquistem esse mercado”. A frase da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu discurso anual ao Parlamento Europeu é um misto de temor e determinação que sublinha bem o momento decisivo da indústria automobilística na Europa. Entre a pressão por descarbonizar o transporte, o aumento dos custos de energia e a concorrência cada vez mais feroz da China, o setor tenta redefinir suas bases para permanecer competitivo e seguir como um dos pilares da economia do bloco, empregando quase 14 milhões de trabalhadores direta e indiretamente (mais de 6% dos empregos totais da UE). Mas, pelo menos por enquanto, o setor automotivo serve como um exemplo fundamental da falta de planejamento dos europeus. A necessidade de um plano mais robusto para enfrentar a crise do setor levou Von der Leyen a se reunir por três vezes neste ano com representantes da indústria para discutir medidas de apoio. O chamado Plano de Ação, lançado em março pela Comissão e que prevê a injeção de €1,8 bilhão para a produção de baterias de carros, ainda não surtiu efeito e segue com dificuldades de tração. Os números mais recentes da indústria automotiva europeia escancaram esse cenário. A produção de automóveis na UE caiu 2,8% no primeiro semestre de 2025, enquanto na China houve um salto de 12,3%. A discrepância também é observada nos números totais. A superpotência asiática é disparada a maior fabricante de veículos do mundo, produzindo mais de 2 milhões de automóveis por mês em 2025, enquanto a Europa, em segundo lugar, não chega a 1 milhão. As montadoras europeias demonstram crescente preocupação com a crise que afeta o setor. “Precisamos que a União Europeia nos ajude a reduzir a base de custos, porque enfrentamos uma situação de desvantagem em relação aos fabricantes chineses”, afirma Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis), em entrevista exclusiva à RFI. “Temos uma eletricidade mais cara e infraestrutura de recarga insuficiente, o que torna o mercado muito lento para gerar escala.” O enfraquecimento das fabricantes de carros impacta principalmente no mercado de trabalho. Em diversos países europeus, como Alemanha e Suécia, a indústria automotiva emprega uma parcela significativa dos trabalhadores, chegando a mais de 10% em alguns casos. No último ano, os alemães registraram uma baixa de mais de 50 mil empregos nesse segmento, o que reverberou em toda a economia europeia. O pedido urgente das fabricantes ganha coro também no relatório de competitividade elaborado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-primeiro ministro italiano Mario Draghi. O documento de 400 páginas foi encomendado pela Comissão e é tido como uma bússola do projeto econômico da UE. Na avaliação do italiano, a Europa enfrenta um dilema. A crescente dependência da China pode oferecer o caminho mais barato e eficiente para atingir as metas de descarbonização. Mas essa concorrência também representa uma ameaça às indústrias europeias de tecnologia limpa e automotiva. Segundo o relatório, a curto prazo, o principal objetivo do setor deve ser evitar o êxodo da produção para outros países e combater a aquisição de fábricas e empresas europeias por estrangeiros. Sobre a competição com o mercado asiático, De Vries reconhece a qualidade dos carros chineses e defende uma abordagem pragmática para conciliar sustentabilidade e competitividade. “Não é uma questão de abandonar as metas de descarbonização, mas de fazê-las funcionar em conjunto com uma indústria forte. Precisamos de mais flexibilidade e realismo”, explica. Nos planos da Comissão Europeia para virar essa mesa, está o lançamento de um projeto de incentivo à produção de veículos elétricos pequenos e baratos. “Milhões de europeus querem comprar carros europeus acessíveis. Por isso, também devemos investir em veículos pequenos e com preços acessíveis, tanto para o mercado europeu quanto para atender ao aumento da demanda global. Acredito que a Europa deve ter o seu próprio carro elétrico”, explicou Ursula von der Leyen. Tarifas ou subsídios? Antes mesmo de Trump propagar a guerra tarifária pelo mundo, o mercado automobilístico já levava China e Europa para essas trincheiras, em um duelo de porcentagens. Em 2024, a UE implementou 35,3% de tarifas de importação sobre veículos elétricos chineses, com o objetivo de frear o avanço desses modelos mais baratos e estimular a produção local. O argumento central é que os subsídios concedidos pelo governo chinês conferem aos veículos do país uma vantagem desleal. A medida provocou reação imediata de Pequim, que anunciou em resposta a taxação em 39% do conhaque europeu, afetando produtores tradicionais do bloco. E, ainda assim, a estratégia europeia parece não ter sido suficiente para bloquear o avanço dos elétricos chineses. As importações de carros da China para a Europa cresceram 36%, alcançando 465 mil unidades no primeiro semestre deste ano. Já as exportações europeias para a China despencaram 42%. Seriam então os subsídios também a solução para a Europa se tornar mais competitiva? Não, pelo menos na opinião da diretora-geral da ACEA. “Não acho que subsidiar seja a solução mágica. Precisamos de mais energias renováveis, mas também precisamos que a disponibilidade de eletricidade seja constante, que a rede seja modernizada para que haja disponibilidade o tempo todo", pondera De Vries. Acordo Mercosul-UE Apesar do cenário desafiador, a executiva vê oportunidades em acordos comerciais internacionais, como a parceria UE-Mercosul. “É muito importante que esse acordo tenha recebido sinal verde. Acredito que ele será benéfico para a indústria automotiva dos dois lados. Vai impulsionar as exportações e fortalecer a colaboração entre os setores automotivos da Europa e do Mercosul", defende De Vries. Leia na íntegra a entrevista com Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA (Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis). RFI: Quais deveriam ser as prioridades da indústria europeia para que ela continue competitiva em relação à China? Sigrid de Vries: Em primeiro lugar, precisamos de bons carros, produtos competitivos, e acredito que nossos membros estão colocando isso no mercado. Agora, também em diferentes faixas de preço: carros pequenos, médios e grandes. Temos visto que eles estão sendo bem recebidos. Portanto, há uma disputa real, mas a competição na indústria automobilística não é algo novo, sempre houve muita concorrência. Os chineses estão fabricando carros muito bons, então existe, claro, esse elemento competitivo. O que precisamos da União Europeia é de ajuda para reduzir nossa base de custos, porque enfrentamos uma situação de desvantagem em relação aos fabricantes chineses. Pagamos mais caro pela eletricidade. Não há infraestrutura de recarga suficiente para tornar os carros elétricos atraentes para a maioria das pessoas na Europa. O mercado avança devagar demais, o que prejudica o bom funcionamento e também impede que alcancemos a escala necessária. E escala é essencial, tanto no mercado quanto na produção industrial, para reduzir custos. Esse é um grande tema no momento. RFI - E como você imagina que os custos de energia podem cair? A solução seria oferecer subsídios, como faz o governo chinês, mesmo sendo isso algo que muitos europeus criticam e que motivou a taxação de produtos chineses? Ou há outro caminho? SV - É uma questão muito complexa, ainda mais porque estamos vivendo uma transição energética. Trata-se de uma transformação sistêmica. Não acredito que subsidiar seja a solução mágica. Pode ajudar, por exemplo, a estimular a demanda do consumidor. Em qualquer transformação, é preciso ativar o mercado; depois de certo ponto, ele se torna autossustentável e os subsídios deixam de ser necessários. No caso da energia, é uma boa pergunta o que pode ser feito, porque produzir energia na Europa é caro. Precisamos de mais fontes renováveis, mas também é necessário garantir que o fornecimento de eletricidade seja constante, o que é um grande desafio. A rede elétrica precisa ser modernizada para garantir disponibilidade o tempo todo. Não posso dizer se isso deve ser feito via subsídios ou outras medidas, mas sabemos que é um grande problema, não só para a indústria automobilística, mas também para outros setores importantes da Europa. E precisa ser enfrentado, porque quando conversamos com empresas que querem construir fábricas de baterias na Europa, elas sempre citam dois grandes obstáculos para viabilizar economicamente seus investimentos: o primeiro é o preço da energia e o segundo é o tempo para conseguir licenças. As autorizações demoram demais. RFI - Nessa corrida, há o risco de que as metas de sustentabilidade fiquem em segundo plano diante da busca por competitividade? SV - Não, acredito que esses dois objetivos precisam caminhar melhor lado a lado. No momento, o principal foco é a descarbonização, mas é preciso ter uma indústria forte para alcançar as metas de descarbonização. Precisamos de mais pragmatismo, de uma checagem de realidade e de manter o pé no acelerador da transformação. No caso da indústria automotiva, o caminho principal é o da eletrificação. Mas, para chegar lá, precisamos mudar a forma de fazer essa transição, com mais pragmatismo e flexibilidade. Não podemos perder de vista as metas de descarbonização, mas precisamos dar mais importância à competitividade e à segurança econômica. Isso é essencial também para que as metas ambientais sejam atingidas. RFI - Nesse contexto, você acredita que há espaço para o hidrogênio e os combustíveis sintéticos? SV - Certamente há um papel para essas tecnologias, porque precisamos de todas as soluções possíveis para descarbonizar nossas economias. É provavelmente um papel mais de longo prazo, porque atualmente ainda é caro, a infraestrutura não está pronta e os custos são altos. Mas tudo começa com um modelo de negócio viável e um ambiente competitivo, e, a partir daí, pode funcionar. O elétrico é o caminho principal, então o hidrogênio e os combustíveis sintéticos devem ser usados em uma pequena parcela, especialmente nos carros novos. No entanto, hoje existem mais de 250 milhões de carros circulando na Europa, e eles também precisam ser descarbonizados. Portanto, é necessário agir também no lado dos combustíveis. RFI - A Alemanha apoia o acordo da União Europeia com o Mercosul, em grande parte pelos benefícios que ele pode trazer ao setor automotivo. Como você acha que esse acordo impactaria a indústria europeia como um todo? SV - É muito importante que esse acordo tenha recebido sinal verde. Acredito que ele será benéfico para a indústria automotiva dos dois lados. Vai impulsionar as exportações e fortalecer a colaboração entre os setores automotivos da Europa e do Mercosul. Hoje vemos uma tendência à desglobalização e ao protecionismo, mas acredito que abrir mercados de maneira justa beneficia a todos, não apenas as indústrias, mas também os consumidores, que têm acesso a melhores preços, mais competição e mais inovação. É algo positivo. Claro, precisa ser feito de forma cuidadosa, e o acordo com o Mercosul prevê uma redução gradual das barreiras comerciais, como normalmente acontece. Isso ajuda na adaptação, e no fim das contas é algo muito positivo. RFI - Esse acordo também é importante por causa do acesso a matérias-primas. Esse é um tema central quando falamos em carros elétricos e na indústria automotiva? SV - Sim, esse é outro aspecto fundamental que torna o acordo tão bom e oportuno. Precisamos de parcerias estratégicas para garantir o fornecimento de matérias-primas, e esse é um exemplo de que isso é possível, com benefícios claros para ambos os lados. É algo muito positivo e necessário.
Com uma postura mais restritiva na política monetária e a promessa de manter o Banco de Portugal afastado da influência partidária, Álvaro Santos Pereira traçou esta quarta-feira, no Parlamento, as linhas gerais do mandato que inicia em breve como governadorSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Os responsáveis do Banco Central Europeu vão estar reunidos hoje em Frankfurt para decidirem se mexem novamente nas taxas de juro. Análise de Pedro Sousa Carvalho.
Depois de mais de um ano a cortar juros, o Banco Central Europeu parece agora confortável em fazer uma pausa, apoiado por um crescimento económico acima do esperado e desemprego em mínimos históricoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Na segunda edição deste boletim você confere:- GPS de avião da presidente da Comissão Europeia é desativado por suspeita de interferência russa;- Presidente do Banco Central Europeu alerta risco de desequilíbrio na economia mundial com interferência de Trump no FED;- Boletim Focus aponta aumento na expectativa do PIB desse ano. O Boletim Rádio Gazeta Online é um conteúdo produzido diariamente com as principais notícias do Brasil e do mundo. Esta edição contou com a apresentação das monitoras Beatriz Martins e Maju Blanes, do curso de Jornalismo.Escute agora!
A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação desceu para 3,385% em julho, menos 9,4 pontos base que no mês anteriorSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Banco Central Europeu mantém taxas de juros estáveis; no Brasil, mercados aguardam IPCA-15 de julho.
Possibilidade de acordo comercial entre EUA e Europa ajudam ativos globais. Banco Central Europeu decide taxa de juros.
Mário Centeno parte hoje para Frankfurt, onde vai participar numa reunião (será a última?) do Banco Central Europeu, amanhã e depois. O seu mandato como governador do Banco de Portugal terminou no sábado passado, mas o governo só anunciará o seu sucessor na quinta-feira. Quem quer que seja, não será a primeira escolha e, depois do primeiro-ministro ter dito que Mário Centeno cumpre todos os requisitos para ocupar o lugar, especulou-se se Centeno pode, afinal, suceder a Centeno. Tendo em conta as relações entre as partes, é pouco provável. Neste episódio, conversamos com o director do Expresso, João Vieira Pereira. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Yara Cordeiro debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, a divulgação do CPI de junho nos EUA seguiu mostrando moderação na parte de serviços, mas refletindo efeitos das tarifas na parte de bens – assim como no PPI. As vendas no varejo vieram mais fortes. A pressão política sobre o Fed aumentou, com o Trump e congressistas defendendo cortes imediatos e ventilando nomes para substituir o Powell no comando da autoridade monetária. No âmbito comercial, o Trump seguiu anunciando novas tarifas, como sobre matérias-primas, além de ameaçar elevar ainda mais as tarifas sobre a Europa, indicando a continuidade da escalada protecionista. No Brasil, o governo manteve a retórica de defesa da soberania e busca por negociação sobre as tarifas americanas, mas o ambiente político foi tensionado por novas medidas do STF contra o Bolsonaro, que foi alvo de medidas cautelares. O Departamento do Comércio dos EUA também iniciou uma investigação sobre práticas comerciais no Brasil. A reunião de conciliação entre o Executivo e o Legislativo sobre o IOF terminou sem acordo, e o ministro Alexandre de Moraes decidiu pela manutenção do decreto do governo, com exceção do risco sacado. As pesquisas de opinião divulgadas indicaram melhora na aprovação do governo. Nos EUA, a parte curta da curva de juros apresentou leve fechamento, e a parte longa leve abertura, e as bolsas tiveram desempenho positivo – S&P 500 +0,59%, Nasdaq +1,25% e Russell 2000 +0,23%. No Brasil, o jan/35 abriu 28 bps, o Ibovespa caiu 2,06% e, o real, 0,35%. Na próxima semana será importante acompanhar os dados de atividade nos EUA, a reunião do Banco Central Europeu, o IPCA-15 e o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas no Brasil. Não deixe de conferir!
A inflação anual na área do euro subiu ligeiramente para 2% em junho, face aos 1,9% registados no mês anterior, segundo os últimos dados do EurostatSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O que podemos esperar em termos de inflação e juros para os próximos tempos? Como a literacia financeira impacta a estabilidade das empresas e famílias? A volatilidade veio para ficar? No podcast MoneyBar desta semana, temos a honra de receber uma das mulheres mais influentes do mundo, Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), para uma conversa sobre economia, literacia financeira, poupança, investimentos e muito mais. Inscreva-se na Masterclass “Investir Agora”: https://bit.ly/MasterclassInvestirAgora Inscreva-se na lista de Espera do Curso “Do Zero à Liberdade Financeira”: https://bit.ly/Lista-de-Espera-Curso Subscreva a Newsletter: Newsletter MoneyLab – https://bit.ly/NewsletterMoneyLab Junte-se ao grupo de Telegram: https://bit.ly/moneylab-telegram Redes Sociais Instagram: https://www.instagram.com/barbarabarroso Facebook: https://www.facebook.com/barbarabarrosoblog/ Subscreva os canais de Youtube: https://www.youtube.com/barbarabarroso https://www.youtube.com/moneylabpt Para falar sobre eventos, programas e formação: https://www.moneylab.pt Disclaimer: Todo o conteúdo presente neste podcast tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui uma recomendação ou qualquer tipo de aconselhamento financeiro.
Christine Lagarde não se compromete com descidas na reunião marcada para final de julho. Apesar de a inflação ter regressado aos 2%. Este episódio teve moderação de João Silvestre, editor executivo do Expresso, e contou com a participação de Gonçalo Almeida, jornalista do Expresso. A edição esteve a cargo de Gustavo Carvalho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, olhamos para a decisão do BCE desta quinta-feira. Sem surpresas, o Banco Central Europeu voltou a baixar as taxas de juro de referência na Zona Euro, mas começa a haver pouca margem para reduzir mais. Depois espreitamos o processo do IPO do Novo Banco, numa altura em que os acionistas aprovaram a abertura do capital em bolsa. Venda direta ou IPO? Há dois caminhos para o banco que aguarda ainda luz verde da CMVM para o prospeto da operação. Com Leonor Mateus Ferreira e Hugo Neutel. Cláudia Arsénio é a anfitriã.
Investidores ainda monitoram decisão do Banco Central Europeu, que deve reduzir os juros.
No cenário internacional, Banco Central Europeu decide taxa de juros. No Brasil, pesquisa mostra que vantagem de Lula diminui em relação aos adversários em 2026.
Ouça o que movimentou o mercado nesta quinta-feira.
Quase metade dos portugueses têm pelo menos um produto de crédito, mas será que sabem a diferença entre TAN e TAEG? Quantos leem as letras pequenas dos contratos ou sabem que fatores devem ter em conta para escolher o crédito mais indicado?Além de permitir antecipar rendimentos individuais, o crédito é também uma ferramenta essencial do Banco Central Europeu para controlar a inflação. Estima-se, no entanto, que 1 em cada 5 pessoas no mundo não tenha acesso a crédito.Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes conversam sobre as vantagens e desvantagens do crédito e o peso que pode ter no orçamento familiar. Exploram também estratégias e dicas práticas para lidar com situações de sobre-endividamento e para tomar decisões financeiras mais informadas.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISBursztyn, Ferman, Fiorin, Kanz, Rao, (2018), «Status Goods: Experimental Evidence from Platinum Credit Cards», The Quarterly Journal of Economics, Vol 133, Issue 3, 1561–1595Agarwal, Sumit and Presbitero, Andrea and Silva, André F. and Wix, Carlo, (2025), «Who Pays For Your Rewards? Redistribution in the Credit Card Market», SSRN«How grocery shopping data is unlocking financial inclusion», Fórum Económico MundialBanco de Portugal: Central de Responsabilidades de CréditoBanco de Portugal: Taxas de juro no crédito aos consumidoresBanco de Portugal: Crédito à habitação (séries estatísticas)«International Survey of Adult Financial Literacy», OCDE Relatório do 4º inquérito à literacia financeira da população portuguesa (2023)«7 regras de ouro para usar o cartão de crédito», ECO«Why you should repay your mortgage early», The Economist«Juntar Créditos: Baixe a Prestação Com Crédito Consolidado», ObservadorBIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.
Investidores ainda monitoram decisão do Banco Central Europeu, que deve reduzir os juros.
O BCE reduziu as três taxas de juro diretoras em 25 pontos base. A taxa de remuneração dos depósitos passou a fixar-se nos 2%, o valor mais baixo desde dezembro de 2022See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em março, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo diminuiu pelo décimo quinto mês consecutivo, passando de 1,83% para 1,69%. Portugal é o quarto país entre os 27 do euro onde os bancos menos pagam dinheiro pelos depósitosSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No primeiro trimestre deste ano, o banco lucrou 137 milhões de euros, uma subida de 13% em relação ao mesmo período do ano passadoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
CBDC - o "mal-amado" Euro Digital está ao virar da esquina. Em Outubro de 2025 já sai a versão final da proposta do Banco Central Europeu. E depois disso a tua vida financeira nunca mais vai ser a mesma. Se hoje já percebeste que o dinheiro desvaloriza: prepara-te para o tabuleiro mudar novamente. As regras da finança mudam e este é o motivo pelo qual tu vais querer ter Bitcoin da forma certa. Percebe os detalhes por trás dos bastidores, o que te espera com uma moeda digital que é programável, e porque as tuas finanças precisam de Criptomoedas. Keep up! Crypto Yuan, a Jogada Chinesa https://www.youtube.com/watch?v=DnL2STSwvMM&t=14s Info - Mentoria CRIPTO MASTER 365 https://pages.schoolofself.pt/4eae7ZKZ/Criptomaster365 Se queres assinar a minha newsletter ainda antes de ela começar, este é o link: https://marketing.egoi.page/4e9e7ZKZ/signup?= JUNTA-TE À NOSSA COMUNIDADE DISCORD:
Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, o Banco Central Europeu cortou a taxa de juros em 0,25% - apesar de ter sido a magnitude esperada, o tom veio um pouco mais dove que a expectativa, sob as óticas de inflação e de atividade. Nos EUA, foram divulgados dados de varejo um pouco melhores que a expectativa - mas ainda referentes a março, antes do anúncio das tarifas; e “soft data” referentes a abril, já refletindo expectativa de contração da atividade. No âmbito de política monetária, um dos membros do Fed, Christopher J. Waller, começou a semana com falas mais dovish, focando no efeito transitório da inflação; mas o presidente da entidade, Jerome Powell, seguiu com tom mais hawk e cauteloso. No Brasil, foi enviado ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, cuja notícia positiva foi a manutenção das metas fiscais de superávit até 2029. Nos EUA, os juros fecharam (vértice de 5 anos -22 bps), e as bolsas tiveram desempenho misto – S&P -1,5%, Nasdaq -2,31% e Russell2000 +1,1%. No Brasil, os juros também fecharam (jan/35 -28 bps), o Ibovespa subiu 1,54% e, o real, 1,03%. Na próxima semana será importante acompanhar os dados de atividade (PMIs) nos EUA e na Europa; o IPCA-15 aqui no Brasil; e a reunião de primavera do FMI. Não deixe de conferir!
Japão e EUA iniciam tratativas para negociar tarifas. Banco Central Europeu decide taxa de juros.
Os economistas do Banco Central Europeu já tinham alertado que as tarifas norte-americanas iriam aumentar a inflação a curto prazo, mas acrescentaram que era preciso cautela nas decisões sobre as taxas de juroSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo situou-se nos 1,98% em fevereiro. Portugal é o quinto país entre os 27 do euro onde os bancos menos pagam pelo dinheiro depositadoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
E mais: Trump gera mais incertezas do que a pandemia, diz VP do Banco Central Europeu.Confira nossa playlist
A Caixa Geral de Depósitos foi a instituição financeira com o melhor resultado. No ano passado, lucrou mais de mil e setecentos milhões de euros, um novo recorde. A análise deste tema é feita pelo jornalista da secção de Economia do Expresso Diogo CavaleiroSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No quarto trimestre do ano passado, o PIB da zona euro avançou 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. Já a economia europeia cresceu 1,4% no último trimestre de 2024. No que diz respeito ao emprego, o Eurostat estima que, entre outubro e dezembro do ano passado, o número de pessoas empregadas aumentou 0,1% na área do euro e 0,2% na União Europeia, em comparação com o trimestre anteriorSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Pela segunda vez este ano, o BCE reduziu as três taxas de juro diretoras em 25 pontos base. A taxa de remuneração dos depósitos desceu dos atuais 2,75% para os 2,5%See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal já tinha dito à Reuters que a compra do Novo Banco pela Caixa Geral de Depósitos poderia trazer consequências “sistémicas” para o sector. A análise deste tema foi feita pelo jornalista da secção de Economia do Expresso, Diogo CavaleiroSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Em média, os bancos portugueses oferecem uma taxa de remuneração de 0,01% nos depósitos à ordem e de 2,16% nos depósitos a prazo, segundo o Banco de Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Será que podemos contar com mais uma descida nas taxas de juro? Hoje com Pedro Sousa Carvalho.
Conversamos com o advogado tributarista Yuri Wawrick Cambraia, especialista em crimes à ordem tributária e econômica, que dedica-se à defesa de pessoas físicas e jurídicas frente ao fisco. Instagram: https://www.instagram.com/yuri.cambraia/ Vídeos complementares Conversa sobre Bitcoin e Lavagem de Dinheiro com o Dr. Felipe Américo de Moraes https://www.youtube.com/watch?v=JFaSTyE9V2w Novas exigência de declaração do Bitcoin. Será que rompeu a Curva de Laffer? https://www.youtube.com/watch?v=f9t6d8shWkQ 00:00 - Introdução 00:05 - Convidado Yuri Wawrick Cambraia 01:44 - A receita federal quer saber a origem das suas transações 04:06 - Lei das offshores (L14754) 05:03 - Aprendizado com os vídeos dos Bitcoinheiros 06:52 - Usar somente Bitcoin simplifica o processo de declaração 10:07 - Tributação de doações 11:17 - Como explicar CoinJoin para a receita federal? 13:53 - Invasão de privacidade da receita federal 17:00 - Exigências da receita federal quanto carteiras de Bitcoin 18:27 - Como explicar as compras de bitcoin com P2P para a receita federal? 19:15 - Em que ano começou o controle de Cripto ativos no Brasil? 24:07 - Qual a natureza jurídica do Bitcoin? 24:35 - Devo declarar os Bitcoins no imposto de renda? 25:45 - Quem mais sofre com a malha fina, quem declara ou não declara os bitcoins comprados? 27:00 - O que diferencia a infração civil da criminal? 33:33 - Lei 8137 de 1990 - Crimes contra a ordem econômica 35:40 - Como sair das armadilhas tributárias? 36:42 - Punição fiscal por presunção intenção de crime 42:03 - Qual a diferença entre o anonimato e a privacidade? 45:30 - Como contornar os problemas fiscais do Brasil? 49:26 - As pessoas vão gostar das CBDCs?(Central Bank Digital Currency) 52:51 - Criação de normativas fiscais pelo estado 55:22 - Absurdo dos crimes tributários 57:04 - Qual é a definição de lavagem de dinheiro no Brasil? 1:03:13 - Como se defender de acusações de ocultação de bens? 1:08:10 - Absurdos da lei tributária brasileira 1:08:32 - O DREX vai acabar com a corrupção no Brasil? 1:09:35 - Brasil será o primeiro experimento das CBDCs 1:10:23 - Brasil é referência mundial em tecnologia de fiscalização fiscal 1:11:35 - Como comprar bitcoins em um país controlado pelas CBDCs? 1:13:29 - O estado transforma toda sociedade em criminosos 1:16:16 - A regulação forçada irá fazer os indivíduos procurarem meios de fugir do controle? 1:18:26 - Compartilhamento de dados entre empresas privadas e o governo 1:21:24 - A percepção popular sobre sonegação de impostos 1:22:58 - Uso das leis para extorsão estatal no pagamento de impostos 1:25:37 - O que os Bitcoinheiros devem e não devem fazer para evitar problemas fiscais? 1:30:41 - Como vender bitcoin sem ter problemas com a receita federal? 1:32:42 - A lei brasileira não entende o que é o Bitcoin 1:37:17 - A troca de bitcoin entre os indivíduos é uma das soluções pros problemas fiscais 1:39:00 - Use regras fiscais a seu favor 1:40:43 - O Bitcoin pode ser um substituto ao dinheiro físico nas negociações informais? 1:44:10 - Curva de Laffer e a super tributação 1:45:15 - A pressão tributária incentiva as negociações informais 1:50:06 - Tributação sobre consumo afeta os mais pobres 1:53:18 - Declaração do Banco Central Europeu sobre o enriquecimento com Bitcoin 1:55:11 - O Bitcoin expõem os problemas da economia fiat 1:59:09 - Critica do Barack Obama ao Bitcoin 2:00:37 - Se receber intimação fale com seu advogado 2:01:23 - Como é feita uma intimação por problema tributário? 2:06:25 - Contato Yuri Wawrick Cambraia ________________ APOIE O CANAL https://bitcoinheiros.com/apoie/ ⚡ln@pay.bitcoinheiros.com ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Este conteúdo foi preparado para fins meramente informativos. NÃO é uma recomendação financeira nem de investimento. As opiniões apresentadas são apenas opiniões. Faça sua própria pesquisa. Não nos responsabilizamos por qualquer decisão de investimento que você tomar ou ação que você executar inspirada em nossos vídeos.
Em agosto, o IPCA registrou uma deflação de -0,02%, influenciada pela queda nos preços dos alimentos, afastando um pouco a inflação do teto da meta, pouco antes da decisão sobre a taxa de juros no Brasil. Com isso, o Itaú ajustou suas projeções, prevendo um ciclo de alta da Selic, que pode superar 11% até o início de 2025. Na Europa, o Banco Central Europeu cortou os juros para estimular uma economia em desaceleração e ameaçada por uma possível recessão. Esses são os assuntos debatidos no Investidor em Foco de hoje, que conta com Renata Colombo, Sabrina Lima e Martin Iglesias. Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/itaupersonnalite/ Essa é uma comunicação geral sobre investimentos. Antes de contratar qualquer produto, confira sempre se é adequado ao seu perfil.
Nossos sócios Gabriel Abelheira, Sarah Campos e Yara Cordeiro debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, o foco ficou voltado para os dados de mercado de trabalho nos EUA, como JOLTs, ADP e Payroll, todos sinalizando tendência de desaceleração. Um dos diretores do Fed, Christopher Waller, falou hoje, afirmando que definir o ritmo e a magnitude dos cortes de juros será desafiador, mas que a atividade não parece estar colapsando, ao nosso ver revelando preferência inicial por ajustes graduais. No Canadá, o banco central cortou a taxa de juros em 0,25%, como amplamente esperado, com dados de emprego também reafirmando contexto de desaceleração. No Japão, os dados de salário vieram acima do esperado, e os membros do BoJ seguiram falando em subir juros caso os preços evoluam conforme a expectativa. No Brasil, o governo apresentou o PLOA de 2025 ao final da última semana: como esperado, com receitas otimistas e despesas também otimistas com relação às projeções a mercado. Ainda, foi divulgado o PIB do 2º trimestre desse ano, bem mais forte que a expectativa, puxado por demanda doméstica e setores sensíveis a política monetária, com revisão altista do 1º trimestre. Por fim, foi agendada a sabatina do indicado para a próxima presidência do BCB, Gabriel Galípolo, que ocorrerá 08/10. Nos EUA, o juro de 1 ano fechou 31 bps, enquanto as bolsas tiveram desempenho bastante negativo - S&P500 -4,25%, Nasdaq -5,89% e Russell2000 -5,69%. No Brasil, o jan/26 fechou 26 bps, o Ibovespa caiu 1,05% e o real ficou próximo a estabilidade (+0,13%). Na próxima semana será importante acompanhar a decisão do Banco Central Europeu, números de inflação dos EUA, China e Brasil, além de dados de atividade (comércio e serviços) por aqui. Não deixe de conferir!
O movimento de conscientização ambiental nas empresas ganhou força após a pandemia. O Banco Central Europeu, player importante no mercado ESG, exige que empresas cumpram regras ambientais para manter investimentos, que, hoje, são de €350 bilhões. Recentemente, o BCE anunciou medidas ainda mais rigorosas. Não dá mais pra ignorar, o ESG veio para ficar e só vai crescer globalmente. Gostou do episódio? Avalie e mande o seu comentário aqui na plataforma. MINHAS REDES SOCIAIS: - Instagram: http://bit.ly/ricamnoinsta - Telegram: https://t.me/ricardoamorimoficial - Twitter: http://bit.ly/ricamnotwitter - Youtube: http://bit.ly/youtubericam - Facebook: http://bit.ly/ricamnoface - Linkedin: http://bit.ly/ricamnolinkedin E-MAIL Mande suas sugestões para marketing@ricamconsultoria.com.br COTAR PALESTRA: https://bit.ly/consulte-ricam CRÉDITOS: ricamconsultoria.com.br
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta quarta-feira, (03/07/2024): Inquérito da Polícia Federal sobre a fraude contábil na Americanas aponta que bancos e corretoras alertaram a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – autarquia que tem a função de fiscalizar o mercado de capitais – sobre operações suspeitas de vendas de ações da varejista, informam Carlos Eduardo Valim e Marcelo Godoy. De acordo com a investigação, Credit Suisse e XP Investimentos avisaram o colegiado antes da divulgação do rombo bilionário na varejista, em janeiro de 2023. O Itaú apresentou indícios sobre uso de informações privilegiadas nas negociações após as inconsistências contábeis se tornarem públicas. A BSM Supervisão de Mercados, entidade autorreguladora do mercado de capitais, entregou à CVM uma “extensa lista de pessoas que teriam realizado operações de tal natureza”. E mais: Economia: Lula diz que governo ‘tem de fazer alguma coisa' para segurar o dólar Internacional: Centro e esquerda unem candidaturas para tentar frear ultradireita na França Política: A duas semanas do recesso, Lira e Pacheco correm para deixar ‘marcas' Metrópole: Motoristas de ônibus da cidade de SP anunciam greve para hoje Caderno 2: Arte e heróis em mostras imersivasSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Mercados na expectativa pelo corte de juro do Banco Central Europeu. Comece seu dia com todas as informações essenciais para a abertura da bolsa com o Morning Call da Genial! O time da Genial comenta sobre as bolsas asiáticas, europeias e o futuro do mercado americano, além da expectativa para os mercados de ações, câmbio e juros. O Morning Call da Genial é transmitido, de segunda a sexta, às 8h45. Ative as notificações do programa e acompanhe ao vivo!
Como é que um economista define o projeto Europeu? Como é que a Europa e as suas instituições estão presentes na nossa vida? Para que é que precisamos do Banco Central Europeu? Hoje, falamos com Rui Maciel, economista que já passou pela Ministério das Finanças, pelo Banco de Portugal e pelo Banco Central Europeu e que já viveu em três países europeus. Afinal, o que significa ser cidadão europeu e porque é que devemos MESMO ir às urnas dia 9? Uma conversa entre dois europeístas convictos, capazes também de criticar o que precisa ainda de ser feito na Europa. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/do-zero/message
Nossos sócios Gabriel Abelheira, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, o destaque foi a divulgação da inflação americana de março, que veio acima do esperado e com uma composição ruim – puxada principalmente pela parte de serviços. Na contramão, as inflações dos países europeus para o mesmo mês seguiram surpreendendo de forma baixista, e o Banco Central Europeu reconheceu os avanços, sinalizando que, caso o cenário-base se confirme, há espaço para o primeiro corte de juros ocorrer em junho. O Banco Central do Canadá também reconheceu a melhoria dos índices de preço, abrindo a porta para o processo de flexibilização monetária. Por fim, o risco de piora da guerra segue presente, com novas notícias a respeito de possíveis ataques do Irã a Israel. No Brasil, também foi divulgada a inflação de março, que veio melhor que o esperado, inclusive nos núcleos – apesar de haver algum desconforto ainda com o patamar de serviços subjacentes. Foram divulgados também as vendas no varejo, mais fortes; e a pesquisa mensal de serviços, mais fraca que a expectativa. Um dos diretores do BCB, Paulo Pichetti, fez uma comunicação na qual buscou tranquilizar o mercado e sinalizar o próximo corte de magnitude de 0,50%. Nos EUA, os juros abriram, com destaque para o vértice de 5 anos (+16 bps), e as bolsas desvalorizaram – S&P500 -1,56% e Nasdaq -0,58%. No Brasil, os juros também refletiram o movimento global (jan/26 +16 bps), e o Ibovespa caiu 0,67%. A semana foi marcada por fortalecimento do dólar frente a maioria das moedas (DXY +1,64%). Na próxima semana será importante acompanhar os dados de atividade nos EUA; dados de inflação e mercado de trabalho no Reino Unido; comunicação de diversas autoridades monetárias no encontro do FMI; e, por aqui, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Não deixe de conferir!
Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, o destaque foram os números de emprego nos Estados Unidos: houve criação de vagas acima do esperado, sem revisão baixista para os meses anteriores – como estava sendo observado nas últimas divulgações. A taxa de desemprego voltou para 3,8%, após elevação em fevereiro, e os pedidos semanais de auxílio desemprego seguem perto das mínimas. Foram divulgados também dados de atividade: o ISM de manufaturas voltou para patamar expansionista, e o ISM de serviços trouxe uma composição mais benigna com relação aos preços. Por fim, houve rumores de um possível ataque do Irã a Israel. No Brasil, foi divulgada a produção industrial de fevereiro, um pouco pior que a expectativa, mas sem impactos relevantes para as perspectivas de crescimento. Ainda, foram veiculadas diversas notícias a respeito de uma possível demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçando os receios sobre intervenção na estatal. Nos EUA, o juro de 2 anos abriu 13 bps, enquanto o de 30 anos abriu 21 bps; o S&P500 caiu 0,95% e o Nasdaq 0,80%. No Brasil, os juros também abriram (jan/29 +28 bps), o Ibovespa e o real desvalorizaram 1%. O petróleo subiu mais de 4%. Na próxima semana será importante acompanhar dados de inflação nos EUA e no Brasil, a reunião do Banco Central Europeu e a evolução do noticiário ligado a Petrobras. Não deixe de conferir!
Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Yara Cordeiro debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, já no final dessa semana, observamos a revisão do CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos. Entre as alterações, houve atualizações para toda série de 2023, sinalizando uma inflação de melhor composição e mais cadente. Na zona do euro, a Conselheira do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, concedeu entrevista dizendo ser importante evitar uma redução prematura das taxas de juros, mesmo diante dos indícios de desaceleração da economia na região com a divulgação da produção industrial. Na China, autoridades anunciaram medidas para estabilizar o mercado, além de uma série de ajustes nas regras de negociação das ações, que foram determinantes para recuperação dos ativos de risco do país. No Brasil, a Ata do Copom não trouxe grandes novidades sobre o ritmo de cortes, porém a autoridade monetária demonstrou estar vigilante com o comportamento do mercado de trabalho. Além disso, tivemos a divulgação do IPCA de janeiro, apresentando um resultado acima das expectativas, com alguma pressão nos itens mais sensíveis à política monetária. Nos EUA, a dinâmica benigna da atividade econômica, somada às falas mais hawks por parte de alguns membros do FED, levaram a um movimento de abertura da curva de juros ao redor do mundo. A taxa de juros americana de 2 anos abriu 11bps, enquanto a taxa mais longa, de 10 anos, abriu 15bps. O S&P500 subiu 1,37%, Nasdaq 1,81%, e o dólar se manteve estável. No Brasil, os juros acompanharam o movimento de alta, e o Ibovespa subiu 0,66%. Na próxima semana será fundamental acompanhar a divulgação do CPI nos EUA, além da fala do Christopher Waller, membro do FED, que tem sido um importante porta voz, podendo trazer mais clareza sobre a condução da política monetária norte americana. No Brasil, em função do feriado de Carnaval teremos uma agenda mais esvaziada. Não deixe de acompanhar!
Bolsas globais operam de lado enquanto os investidores digerem os resultados empresariais e aguardam a reunião do Banco Central Europeu e importantes dados dos EUA.
Assuntos internos russos e portugueses, com os juros de Lagarde à mistura, no debate do Eixo do Mal em podcast. O balanço de um fim de semana alucinante a Leste, também conhecido como ''o assunto interno da Rússia'', como algumas chancelarias ocidentais chamaram à rebelião do grupo Wagner e do líder Yevgeny Prigozhin do último fim de semana, ficando a 200 quilómetros da capital russa. Há muitas teorias para tentar explicar o que aconteceu, mas é difícil perceber o que realmente se passa no regime de Putin. Entretanto Christine Lagarde esteve em Sintra, no painel final do Fórum anual do Banco Central Europeu, para lembrar que a subida dos juros será para manter e que os governos devem terminar com as ajudas iniciadas para combater a crise provocada pela pandemia e a crise energética. O Eixo do Mal foi emitido na SIC Notícias a 29 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.