POPULARITY
Categories
pWotD Episode 3109: Zohran Mamdani Welcome to popular Wiki of the Day, spotlighting Wikipedia's most visited pages, giving you a peek into what the world is curious about today.With 3,842,842 views on Wednesday, 5 November 2025 our article of the day is Zohran Mamdani.Zohran Kwame Mamdani (born October 18, 1991) is an American politician who is the mayor-elect of New York City. A member of the Democratic Party and the Democratic Socialists of America, he has served as a member of the New York State Assembly from the 36th district since 2021, representing the Queens neighborhood of Astoria.Mamdani was born in Kampala, Uganda, to academic Mahmood Mamdani and filmmaker Mira Nair, both of whom hail from India. Mamdani immigrated to Cape Town, South Africa, when he was five years old and then to the United States when he was seven, settling in New York City. Mamdani graduated from the Bronx High School of Science and received a bachelor's degree with a major in Africana studies from Bowdoin College in Maine in 2014. After working as a housing counselor and musician, Mamdani entered local New York City politics as a campaign manager for Khader El-Yateem and Ross Barkan. He was first elected to the New York State Assembly in 2020, defeating five-term incumbent Aravella Simotas in the Democratic primary. He was reelected without opposition in 2022 and 2024.In October 2024, Mamdani announced his candidacy for mayor of New York City in the 2025 election. In June 2025, Mamdani won the Democratic primary in an upset victory over Andrew Cuomo. He was elected mayor in the November 4 general election against Cuomo, who ran as an independent, and Republican nominee Curtis Sliwa, with 50.4% of the vote. Mamdani campaigned on an affordability-focused platform in support of fare-free city buses, universal public child care, city-owned grocery stores, LGBTQ rights, a rent freeze on rent-stabilized units, additional affordable housing units, comprehensive public safety reform, and a $30 minimum wage by 2030. Mamdani also supports tax increases on corporations and those earning above $1 million annually. Mamdani is the first Indian-American, first Ugandan-American, first Muslim, first millennial, and second democratic socialist New York City mayor-elect after David Dinkins. He is expected to assume office on January 1, 2026.This recording reflects the Wikipedia text as of 03:13 UTC on Thursday, 6 November 2025.For the full current version of the article, see Zohran Mamdani on Wikipedia.This podcast uses content from Wikipedia under the Creative Commons Attribution-ShareAlike License.Visit our archives at wikioftheday.com and subscribe to stay updated on new episodes.Follow us on Mastodon at @wikioftheday@masto.ai.Also check out Curmudgeon's Corner, a current events podcast.Until next time, I'm neural Gregory.
®Il collega Gianluca Diana ha vinto il prestigioso premio giornalistico internazionale Marco Luchetta, nella sezione dedicata ai programmi radiofonici. Il concorso premia lavori dedicati alla tematica delle violenze e delle sopraffazioni sui bambini. La preparazione artigianale del sapone è una tradizione di lunga data in Sierra Leone. Ad inizio anni Novanta viene abbandonata la vecchia ricetta che prevedeva l'utilizzo di ingredienti naturali in favore dell'utilizzo della soda caustica. Nasce in quel momento l'Africana Soap che allo stato liquido si presenta trasparente come l'acqua e in quello solido, sotto forma di polvere bianca, esattamente uguale a zucchero e sale. La possibilità di essere confuso è un rischio concreto che progressivamente diviene una vera e propria piaga sociale. Ad oggi, sono migliaia le persone che ingerendo l'Africana Soap, non possono più alimentarsi normalmente per il resto della vita. Soprattutto i piccoli pazienti in età neonatale e infantile, che vengono chiamati “bambini soda”. Per continuare a mangiare, nel migliore dei casi sono costretti a continue dilatazioni dell'esofago per via endoscopica, nel peggiore e più frequente, possono alimentarsi unicamente con un tubo da gastrostomia che si immette direttamente nello stomaco. L'unico luogo dell'intero paese dove è possibile intervenire è l'ospedale di Emergency di Goderich, centro nazionale di riferimento sia per le ustioni all'esofago causate dall'ingestione di soda caustica che per la traumatologia. Le storie dell'Africana Soap dalla realizzazione alla vendita, dalla cura all'assistenza, dallo stigma della disabilità fino ad una geniale resilienza, sono raccontate da donne e uomini sia fuori che dentro il nosocomio presente in Sierra Leone dal 2001.Prima emissione: 23 aprile 2025undefined
Join us for an exciting opportunity to engage with two remarkable speakers! Africana history professor Manu Ampim will shed light on the pressing issue of the ongoing genocide in Sudan. With his profound expertise, Professor Ampim will share a detailed timeline highlighting the historical attacks on indigenous Africans by Arab groups. Before Professor Ampim takes the mic, you’ll hear from Sinclair Skinner, a dedicated businessman and humanitarian from Washington, D.C. He will share inspiring updates from his recent trip to China and discuss his impactful 'I Love Black People' campaign.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Novedades en AfricaPachanga con la estrella del afrobeats nigeriano Burna Boy, sonidos urbanos cameruneses con James BKS y desde Senegal con Cheikh Ibra Fam. También, tenemos el afrobeat combativo de las brasileñas Funmilayo Afrobeat Orchestra y el semba angoleño de Paulo Flores En la segunda parte, Kimi Djabaté de Guinea Bissau, Oumou Sangaré de Mali, Orchestre Poly-Rythmo de Benín, Mose Fan Fan de la República del Congo y Thomas Mapfumo de Zimbabwe. Disfruta de todos ellos !! Track List Burna Boy - Dem Dey Burna Boy - Empty Chairs Funmilayo Afrobeat - Ponte Do Ponte James BKS - Wetin U Go Choose Cheikh Ibra Fam - Gnou Mbollo Paulo Flores - Acordeon Kimi Djabaté - Dindin Oumou Sangaré - Djama Kaissoumou Orchestre Poly-Rythmo de Cotonu - Se We Non Nan Mose Fan Fan - Sherita Thomas Mapfumo - Mhondoro
O Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, acaba na segunda-feira de ser declarado oficialmente vencedor das presidenciais com um pouco mais de 53% dos votos, face ao seu principal rival Issa Tchiroma Bakary, com um pouco mais de 35% dos sufrágios. Biya, 92 anos, encaminha-se deste modo para um oitavo mandato de sete anos, apesar de o seu adversário Tchiroma ter vindo a reclamar a vitória antes mesmo da divulgação dos resultados definitivos das eleições de 12 de Outubro e apesar da forte contestação na rua, com um balanço de pelo menos quatro mortos e múltiplos danos materiais. A repressão das manifestações da oposição no passado fim-de-semana com denúncias de um uso excessivo da força pelas autoridades mereceram condenações por parte da União Africana e da União Europeia que se declararam "preocupadas com as violações dos Direitos Humanos", enquanto as Nações Unidas apelaram, por sua vez, à "contenção, à abertura de investigações e ao fim da violência". Apesar de o poder ter anunciado que pretende responsabilizar penalmente Tchiroma pelos incidentes dos últimos dias, o líder de oposição apela os seus apoiantes a permanecer "determinados mas pacíficos". Este contexto tenso vem sobrepor-se a uma situação já por si delicada, num país onde se estima que 40% dos habitantes vive abaixo do limiar da pobreza, onde permanece activo o conflito entre a maioria francófona e a minoria anglófona da população e onde ataques esporádicos de grupos jihadistas colocam em questão a segurança do território. Para o professor de Relações Internacionais na Universidade Técnica de Angola, Osvaldo Mboco, a reeleição de Paul Biya pode ser um indicador das "fragilidades das instituições africanas". RFI: Depois de mais de quarenta anos no poder, Paul Biya foi reeleito para um oitavo mandato. Como se pode interpretar esta situação? Osvaldo Mboco: A vitória do Presidente demonstra, até certo ponto, as fragilidades das instituições africanas na corporação do próprio processo eleitoral. Durante os 42 anos de governação, o país não tem conhecido grandes avanços significativos do ponto de vista económico, social e político. E isto agrava-se em função daquilo que é a visão dos jovens que querem mudança. Ou seja, se maioritariamente os eleitores são jovens, que não estão comprometidos com a história e que já nasceram com o Presidente no poder, esses jovens querem a alternância política. Então, é uma vitória, até certo ponto, agridoce, à medida em que há vários distúrbios e até pessoas que morreram, fruto das reivindicações daquilo que provavelmente foi um resultado eleitoral que não corresponde à vontade popular dos eleitores nas urnas. E tanto era assim que o seu principal opositor Issa Tchiroma reclama a vitória e cenários como estes têm estado a acontecer não só agora nestas eleições. Se nós nos lembrarmos Maurício Kamto, que no processo eleitoral passado foi o segundo candidato mais votado, também reclamou e juridicamente foi impedido de concorrer às eleições deste ano. O Presidente tem uma idade já avançada e é o Presidente que está no poder há mais tempo a nível do continente africano. Está agora com 92 anos. Quando terminar o seu mandato, estará aproximadamente com 99 anos. E todos nós sabemos as limitações humanas de um indivíduo que já está com uma idade acima dos 90 anos. Isto também não é bom para a consolidação do Estado de Direito democrático e pensamos que este mandato será completamente desastroso em função das reivindicações, das críticas e das reclamações que apontam irregularidades e a falta de transparência no próprio processo eleitoral. RFI: O principal rival de Paul Biya, Issa Tchiroma Bakary, reclama para si a vitória nas presidenciais. É previsível que as manifestações continuem, que haja uma espécie de movimento de desobediência civil que venha a prolongar-se e que haja mais incidentes? Osvaldo Mboco: A reclamação da oposição ou de quem está na oposição em África dos resultados eleitorais é comum e é transversal em muitos países africanos. Normalmente, os partidos políticos na oposição e os candidatos na oposição reclamam as irregularidades do processo, a falta de transparência e, muitas vezes que os resultados atribuídos não representam a vontade popular expressa nas urnas pelos eleitores. Mas em muitos casos, elas têm fundamento em função do próprio processo eleitoral, que não é inclusivo, não é participativo. Em alguns momentos, não é transparente e há alguns incidentes que decorrem do próprio processo eleitoral. Entretanto, as manifestações poderão continuar ao nível do país, com uma situação tensa. Também a África já nos brindou com muitos exemplos em que as manifestações pós-eleitorais normalmente não alteram o resultado eleitoral. Elas continuam. Muitas pessoas morrem, o governo aumenta aquilo que é o aparato policial e militar, também acaba por militarizar as ruas. Mas ainda assim, não recua do ponto de vista dos resultados eleitorais, porque entende que este é um período de tensão, de crise e que atinge o seu momento mais alto, mas depois, tendencialmente vai decrescendo e depois volta-se à normalidade do próprio país. RFI: Julga que o poder vai negociar com a parte adversa para se chegar a um entendimento e acalmar a rua? Osvaldo Mboco: Bem, eu penso que é uma das saídas, mas se ela (a oposição) faz essa negociação, ela automaticamente também perde o apoio popular ou do segmento da população que está a manifestar. E se cai no descrédito, é muito perigoso para querer se reeleger daqui a sete anos. Pode pagar uma factura muito alta do ponto de vista político, daquilo que são as suas pretensões e ambições. Não estou aqui a defender que o candidato da oposição deve empurrar os jovens às ruas para manifestarem como se fossem carne de canhão. Mas estou aqui a dizer que ele deve se posicionar como um político na oposição e pressionar a acção governativa. Não deve estar a mentalizar os jovens para ir às ruas, porque os jovens reconhecem e sabem o seu posicionamento, a sua visão enquanto eleitores. Mas estou aqui a dizer que ele deve também se posicionar enquanto líder na oposição que vai reivindicar aquilo que são os resultados eleitorais. Mas é importante sublinhar que nenhuma campanha política, nenhuma ambição política de se chegar à presidência, deve estar acima daquilo que é o interesse nacional, deve estar acima daquilo que é a segurança e a estabilidade do próprio país, deve estar acima daquilo que é o bem maior que é a vida humana. Então, é fundamental que o líder da oposição não apele para manifestações violentas ao nível das ruas dos Camarões. RFI: Para além da crise pós-eleitoral, os Camarões também enfrentam uma crise socioeconómica com, em pano de fundo, o eterno conflito entre a parte anglófona do país é a parte francófona. Osvaldo Mboco: Sim, esse tem sido também um dos grandes problemas a que a liderança do próprio Presidente Paul Biya não conseguiu dar respostas. E a forma de governação também afasta um segmento do ponto de vista da unicidade do próprio país. Porque, como fez referência, os Camarões, basicamente, são um país dividido com uma parte anglófona e outra francófona. E isto pode e cria algum desequilíbrio de estabilidade. Mas a par disto, à má gestão, à corrupção que se instalou no próprio país, tem também as questões em volta de um terrorismo que vai preocupando o país e, sem grande resposta do ponto de vista de segurança, isto põe em causa a própria estabilidade do país e cria alguma fragilidade do ponto de vista da segurança do próprio país.
No final da semana passada decorreu em Paris a décima edição do salão de arte africana AKAA, Also Known As Africa, uma mostra reunindo galerias de várias partes com um foco sobre a criação vinda do continente africano e da diáspora. Nesta feira cuja organização coincidiu com a Basel Paris, uma mostra internacional que transforma por alguns dias Paris no maior museu do mundo, estiveram duas galerias baseadas em Portugal que apresentaram grandes nomes ou figuras emergentes das artes plásticas dos países de África Lusófona. A RFI falou com os responsáveis dessas duas galerias, Janire Bilbao e Carlos Cabral Nunes, mas igualmente com dois artistas, Renée Gagnon, artista luso-canadiana conhecida designadamente por uma série de fotografias que fez nos musseques de Luanda no final dos anos 70 e ainda o guineense radicado aqui em Paris, Nú Barreto, que já ouviram nas nossas antenas por ser também um dos organizadores da bienal de Bissau. Foi com ele que decidimos abrir a nossa visita deste salão, de olhos postos sobre uma das obras que apresentou nesta que não foi a sua primeira participação no certame. O artista guineense propôs designadamente um grande painel em forma de bandeira americana feita de retalhos, com as cores do continente africano, amarelo, vermelho, verde e estrelas negras caídas no chão. Os "Estados Desunidos de África". "Acho que o comparativo com a bandeira americana terá um pé bastante curto, porque é uma metáfora. Eu fui recuperar a bandeira americana porque é a América e os Estados Unidos da América. O essencial na União aqui é os 'Estados Desunidos da África'. E então o que me interessava era recuperar esse simbolismo da dimensão, porque achei que também que a África tem uma dimensão superior aos Estados Unidos, estamos a falar em termos de superfícies. Mas se reparar, as cores foram invertidas. Porquê? Eu inverti porque eu estou a falar do continente africano. Daí, fui buscar as cores mais utilizadas nas bandeiras das nações africanas. Verde, amarelo, vermelho e preto. Usamos sempre preto. Eu uso as estrelas de cores pretas nesse trabalho. Daí que para esse comparativo entre os Estados Unidos e esta bandeira é só isto. O resto é uma forma de questionamento que eu, enquanto artista, faço, vou abordando diferentes temáticas e em cada bandeira que eu vou criando", esclarece. O verde, o amarelo, o vermelho são também as cores dominantes colocadas por cima das fotografias a preto e branco que Renée Gagnon tirou há cinquenta anos nos nos bairros da lata da capital angolana, em plena guerra civil. A história por detrás de uma obra de arte pode ser ela também um autêntico romance. "Eu fui acompanhar um amigo meu, um belo português, que ia montar uma agência de publicidade em Luanda e eu também estava interessada no tipo de construção dos musseques que são os 'bidonvilles' de Luanda. O interesse destas casas precárias é que elas são feitas de restos de embalagem de caixas e queria mostrar que, mesmo assim, são bonitas. Há uma vontade das pessoas que constroem, de fazer uma casa bonita. E então comecei a circular nos musseques, a ver como é que era. Com a Guerra da Independência, recebi uma bolsa da Fundação Gulbenkian para ir fotografar os musseques, porque havia incêndios e tinham medo que os musseques acabassem por desaparecer da cidade. E eu, como era uma coisa histórica, queria muito fixar isso do ponto de vista sociológico e do ponto de vista artístico", começa por recordar a artista. "Tinha pedido um Jipe para chegar às portas dos musseques porque havia esse combate dentro dos musseques e um guarda com uma arma no bolso, escondida, vestido à paisana para me mostrar os caminhos que eu podia tomar. Então fui ver e falar com as pessoas e fui muito bem recebida. As pessoas diziam 'vem fotografar a minha casa. A minha casa é bonita'. E então estava muito entusiasmada. Eu trabalhava das oito horas da manhã até ao pôr-do-sol. E agora, 50 anos depois, eu retomei estas fotografias que estavam inéditas, decidindo trabalhar sobre elas. E fiz para este salão e fiz fotografias pintadas porque lá na África não há cor, o sol come tudo e então as cores que eu pus em cima das fotografias a preto e branco são minhas cores", conta ainda a fotógrafa que refere não ter mais regressado a Angola desde essa época. "Estava muito triste com a guerra", explica a artista que todavia revela que em breve, no próximo mês de Fevereiro, volta pela primeira vez a Luanda para apresentar as suas fotografias. Renée Gagnon, fez parte, juntamente com o pintor moçambicano Ernesto Shikhani ou ainda a ceramista, também ela de Moçambique, Reinata Sadimba, dos artistas cujas obras foram colocadas em destaque neste salão pela Perve Galeria, um espaço no coração de Lisboa, que tem trabalhado para dar a conhecer o fervilhar da criação artística dos países de África Lusófona. Entrevistado pela RFI, o director desta estrutura, Carlos Cabral Nunes, uma presença assídua do salão, lamenta que a arte de África Lusófona não seja mais conhecida e que as instituições culturais em Portugal não demonstrem mais interesse. "Há ainda muito a fazer e eu penso que isso é uma responsabilidade também nossa. Quando digo nossa, é em Portugal, porque é o país da União Europeia que de facto tem uma possibilidade de ajudar nesse processo de internacionalização, desde logo dos mestres de língua portuguesa em África e, por essa via, depois também chegar às novas gerações e dar, no fundo, esse apoio para uma certa continuação de um discurso que é um discurso com uma matriz cultural própria", diz o galerista. "Por exemplo, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Chiado, presumo que não tenha nada relativo a estes grandes mestres de língua portuguesa. A própria colecção do Estado português também tem uma escassez tremenda. O próprio Museu Berardo, a Colecção Berardo, não. E por aí fora. Quer dizer, há excepções, a própria Gulbenkian, também tem muito pouca coisa. E, portanto, há aí uma grande lacuna", observa Carlos Cabral Nunes. "Posso dar um exemplo muito recente, uma das obras mais impactantes que apresentámos na Frieze Masters, em Londres, que foi destacada na feira pelo Observer, pelo Monde, pelo quotidiano de arte, etc. O embaixador de Portugal em Londres perguntou-me 'mas esta obra, porque é que não fica em Portugal?' E eu disse 'Eu por mim até estava disposto a fazer um preço especial'. Mas não posso andar a bater às portas, a pedir para ficarem com a obra. E é óbvio que é uma obra que de repente entra num circuito internacional e tem uma série de museus de várias partes interessadas na sua aquisição. E nós queremos, de facto, que as obras cheguem ao público desde logo. Continuamos muito presos, infelizmente, àquela noção que eu gostava que já tivesse morrido há muitos anos, do 'Orgulhosamente Sós'", conclui. Também presente no salão, a Movart Gallery dá igualmente destaque aos nomes já conhecidos ou ainda por descobrir da África Lusófona, como o mestre angolano António Olé ou o fotógrafo moçambicano Mário Macilau, cuja foto a preto e branco estilizada de uma mulher foi a "capa" do visual da mostra. A responsável desta galeria considera que subsiste muito por fazer na divulgação do trabalho dos artistas de África Lusófona. "Ainda é um bocadinho desconhecida por aí. A nossa missão é importante, de dar a conhecer e contar estas histórias para todo o mundo", considera a galerista para quem se "está no início de um grande caminho que ainda há a percorrer". Janire Bilbao não deixa contudo de apontar que "muitas vezes parece um pouco constrangedor, porque é um nicho muito pequeno e às vezes é preciso mais apoio das instituições". A fechar a nossa visita pelo salão AKAA, voltamos a ouvir Nú Barreto, não só na qualidade de artista mas também de curador de eventos culturais que tal como Janire Bilbao e Carlos Cabral Nunes, julga que ainda há muito caminho a percorrer para valorizar a criação africana, em primeiro lugar no próprio continente. "Os africanos sempre criaram. Essa criação sempre foi acompanhada e desenvolvida. E continua a ser. Agora, o que acontece é uma escassez em termos de promoção, em termos de divulgação dessas sabedorias e a própria forma de tentarem conter essa criação, esse dinamismo todo criativo que existe para que possa ser desenvolvido e o continente possa usufruir desses valores todos. Infelizmente, o desequilíbrio do continente, as formas de fazerem no continente, em certos países ou na maioria dos países, faz com que esses valores tenham tendência a se exportarem e ficarem fora, onde vão brilhar lá fora. No meu caso, o meu país não tem nada estruturado. Não existe uma política cultural no meu país para que as coisas possam funcionar como deveriam ser", aponta Nú Barreto. "Há países que estão a sair aos poucos. Benim, Costa do Marfim, África do Sul. É um caso um pouco particular. Gana, Nigéria. Estão a sair aos poucos. Estão a propor coisas bastante interessantes em termos do desenvolvimento cultural, de promoção da cultura dentro do próprio país. Sentia-me muito feliz que muitos países tentassem encontrar, em conformidade com as suas realidades, a forma de proporcionar mais, de apoiar mais a cultura, porque ninguém vive sem cultura", conclui o artista guineense. Eis mais algumas imagens apanhadas no salão AKAA:
O Fala Carlão marcou presença no Rio+Agro, direto do Rio de Janeiro/RJ, em uma cobertura especial para o Canal do Boi que reuniu grandes nomes e destacou o protagonismo do agro fluminense.Entre os destaques, Fabiana Villa Alves, adida agrícola do Brasil para a Etiópia e União Africana; Marcello Brito, secretário-geral do Consórcio Amazônia Legal; e Victor Tinoco, superintendente do MDA no Rio de Janeiro, falaram sobre o papel estratégico do estado e o impacto do agro em diferentes regiões e setores.Foi um encontro que reforçou a importância do Rio de Janeiro como ponto de convergência entre sustentabilidade, inovação e desenvolvimento, mostrando que o agro é parte essencial do presente e do futuro do Brasil.
In this episode of BG Ideas, we speak with Dr. Sidra Lawrence, Associate Professor of Ethnomusicology, and Dr. Amy-Rose Forbes-Erickson, Associate Professor of Theatre and Performance Studies at Bowling Green State University. Together, they were recipients of the ICS Interdisciplinary Team-Teaching Program, through which they co-designed and co-taught a course titled Africana Performance and the Aesthetics of Resistance. Through the Team-Teaching Program, their course brought students into conversation with the history of Black theatre and music from the 1960s to the present, highlighting how artistic expression has long served as a form of cultural resistance. Drawing on dramatic literature, performance, and sound, Dr. Lawrence and Dr. Forbes-Erickson encouraged students to think critically about the intersections of colonialism, race, gender, and sexuality, and to consider how genres such as jazz, rap, and hip-hop, have shaped political and creative movements across time. In this robust discussion, we reflect on the rewards and challenges of collaborative teaching, exploring how their disciplinary perspectives came together to create a dynamic and inclusive learning environment. We also learn how Black performance and music traditions continue to influence activism, community building, and the ongoing pursuit of liberation both in the United States and around the world.A transcript of this episode can be found here.
¡Vótame en los Premios iVoox 2025! Comenzamos con ilustres músicos africanos que han vuelto al estudio de grabación: el etíope Mulatu Astatqe, creador del ethio-jazz, las sudafricanas Mahotella Queens con sus vibrantes ritmos de Soweto, y el Maestro Dekula, guitarrista de rumba congoleña. Más novedades con el virtuoso de la kora, Suntou Susso de Gambia Además, volvemos con la música de la caboverdiana Elida Almeida, el rapero ghanés Blitz The Ambassador, la banda maliense de guitarras Bamba Wassoulou Groove, la fusión de makossa camerunés y afrodisco de Bill Loko y el gran maestro de la rumba keniata, Samba Mapangala. Disfruta !! Track List Mulatu Astatqe - Yekermo Sew Mulatu Astatqe - Yekatit Mahotella Queens - Melodi Ya Lla Maestro Dekula - Pingu La Maisha Suntou Susso - Yirolu Bala Elida Almeida - Eh Ka Bo Blitz The Ambassador - Victiry Bamba Wassoulou Groove - Donzo Djine Bill Loko - Nen Lambo Samba Mapangala - Safari
Moçambique: Homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe está por esclarecer um ano depois. Israel e o Hamas afirmam estar comprometidos com a trégua na Faixa de Gaza. Analistas questionam a suspensão de Madagáscar da União Africana.
Um ano após o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, em Moçambique, polícia continua sem dar respostas. Analistas questionam suspensão de Madagáscar da União Africana. Learning by Ear - Aprender de Ouvido.
Na Guiné-Bissau, o Supremo Tribunal de Justiça não incluiu Domingos Simões Pereira na lista definitiva de candidatos às eleições presidenciais. Em Angola, o Presidente João Lourenço anunciou a atribuição de medalhas comemorativas dos 50 anos da Independência a Jonas Savimbi e Holden Roberto, depois de muitas críticas pela ausência destes nomes nas listas de condecorações. Em Moçambique, é o primeiro aniversário do duplo homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe e em Cabo Verde festeja-se o apuramento para o Mundial de Futebol de 2026. Na Guiné-Bissau, o Supremo Tribunal de Justiça não incluiu Domingos Simões Pereira, principal líder da oposição, na lista definitiva de candidatos à presidência da República nas eleições gerais de 23 de Novembro. A candidatura da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, às eleições legislativas também não foi aceite. Esta será a primeira vez que o PAIGC, histórico partido da libertação, fica de fora de uma corrida eleitoral na Guiné-Bissau. A lista definitiva das candidaturas às eleições presidenciais foi divulgada esta sexta-feira e Domingos Simões Pereira disse à RFI que “a intenção clara” é afastá-lo do escrutínio e acusou o actual Presidente Umaro Sissoco Embaló de ter “medo de o enfrentar nas urnas”. Na terça-feira, jornalistas de três rádios locais de Bissau, nomeadamente a Capital FM, foram impedidos de cobrir a conferência de imprensa do Supremo Tribunal de Justiça quando este divulgou a lista provisória das candidaturas validadas. Tiago Seide, director da capital FM, disse à RFI que não foi apresentada nenhuma justificação. Por outro lado, na segunda-feira, a Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau condenou com veemência o rapto e o espancamento de Luís Vaz Martins, antigo líder da Liga Guineense de Direitos Humanos e actual presidente da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau. Em Angola, na quarta-feira, o Presidente João Lourenço anunciou, na mensagem sobre o Estado da Nação, na Assembleia Nacional, que os signatários dos Acordos de Alvor, incluindo Jonas Savimbi e Holden Roberto, os fundadores da UNITA e da FNLA, vão ser lembrados com a medalha comemorativa dos 50 anos da Independência de Angola. O gesto - disse o Presidente - é enquadrado no espírito de "perdão e reconciliação”. Esta decisão surge após muitas críticas pela ausência destes nomes nas listas de condecorações já atribuídas no âmbito dos 50 anos da independência nacional. O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, lembrou que foi um “processo muito longo”, marcado pela rejeição na Assembleia do “reconhecimento aos pais da nação” e “uma série imensa de não aceitações individuais de condecorações”. Além disso, Adalberto Costa Júnior sublinha que Jonas Savimbi e Holden Roberto devem ser reconhecidos “por mérito” e não por perdão. Por outro lado, Nimi A Simbi, presidente da FNLA, considerou a distinção de Holden Roberto como um reconhecimento do papel do partido “para a libertação de Angola”. Na terça-feira, Angola foi eleita membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o triénio 2026-2028. As autoridades angolanas referem que esta eleição resulta do “reconhecimento dos avanços institucionais e do compromisso do país com a dignidade humana”. Porém, há vozes que denunciam que "o país não respeita os direitos humanos". Esta sexta-feira, em Luanda, um grupo e defensores dos direitos humanos convocou uma vigília para apelar à libertação de activistas detidos em Julho quando se manifestavam contra o aumento do preço do combustível e dos transportes. Em Moçambique, este sábado, 18 de Outubro, marca o primeiro aniversário do duplo homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe, algo que desencadeou meses de protestos em Moçambique depois das eleições gerais de Outubro de 2024. Agora, o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou que, até Dezembro, estará em actividade uma fundação inspirada em Elvino Dias, conhecido como “advogado do povo”. Venâncio Mondlane responsabilizou os "esquadrões da morte" pelo duplo homicídio dos seus apoiantes. No distrito de Memba, na província costeira de Nampula, no norte de Moçambique, a população continua com medo depois dos ataques terroristas de 30 de Setembro e 3 Outubro, contou o administrador do distrito, Manuel Cintura. Em Cabo Verde, segunda-feira foi dia de festa com o apuramento inédito da selecção para o Mundial de Futebol. Os Tubarões Azuis venceram o Essuatíni por três a zero no Estádio Nacional, na cidade da Praia. O selecionador cabo-verdiano, Pedro Leitão Brito, connhecido por “Bubista”, descreveu a união entre jogadores como factor essencial para o apuramento. Em São Tomé e Príncipe, o grupo HBD do empresário Mark Shuttleworth anunciou que vai suspender o seu investimento na ilha do Príncipe. Os governos central e regional mostraram vontade de reverter a situação. Em Madagáscar, esta sexta-feira tomou posse como Presidente o coronel Michael Randrianirina, comandante de uma unidade de elite, três dias depois de ter anunciado que as forças armadas locais iam tomar conta do país e após três semanas de protestos contra o governo. O golpe militar foi condenado pelas Nações Unidas e levou à exclusão provisória de Madagáscar da União Africana. O presidente deposto, Andry Rajoelina, está em paradeiro desconhecido, após ter fugido da ilha por temer pela própria vida durante a rebelião. Porém, o coronel Michael Randrianirina rejeita falar em golpe de Estado. O líder da oposição queniana, Raila Odinga, morreu na quarta-feira, aos 80 anos, na Índia, onde recebia cuidados médicos. Odinga marcou profundamente a história política do Quénia. Foi várias vezes candidato à presidência e foi primeiro-ministro entre 2008 e 2013. No funeral de Estado, esta sexta-feira, dezenas de pessoas ficaram feridas num movimento de pânico, um dia depois de três pessoas terem morrido quando as forças de segurança abriram fogo contra um estádio onde decorria uma homenagem a Raila Odinga.
“África-Europa: Acabar com a Dependência Estrutural: o Momento da Verdade face à Auto-ilusão” é o novo livro do economista guineense Carlos Lopes, que ocupou o cargo de Alto Representante da União Africana para as Parcerias com a Europa. A obra aborda a dependência estrutural nas relações entre África e Europa, propondo uma reflexão sobre a auto-ilusão e a necessidade de mudanças nas abordagens de ajuda e desenvolvimento. No livro, fala sobre a dependência estrutural nas relações entre África e Europa. De que forma se pode acabar com essa dependência? Essa dependência não pode ser explicada apenas com factos políticos ou com teoria económica. Necessita de mais profundidade para se poder entender que as narrativas foram construídas através de uma história muito complexa, dos dois lados, e que leva a que haja um determinado número de condicionalismos que fazem crescer uma mentalidade difícil de mudar. Tive de recorrer à psicologia para poder explicar alguns destes fenómenos. É por isso que o título do livro inclui a expressão "auto-ilusão", um fenómeno estudado na psicologia: quando as pessoas enfeitam a realidade e utilizam técnicas manipuladoras para que essa "verdade" construída seja a que prevalece. Infelizmente, encontrei esse defeito, se assim lhe podemos chamar, dos dois lados da equação: tanto do lado dos europeus, como do lado dos africanos. Por razões diferentes, evidentemente, mas ambos confortáveis com esta forma de interpretação das relações, o que impede a tal transformação estrutural. Fala na fragmentação das abordagens africanas, que têm sido estrategicamente exploradas pela Europa nas negociações. Como se pode ultrapassar essa divisão interna e criar uma posição mais forte entre os países africanos? Essa divisão dos africanos já é uma consequência. O principal problema é a ideia de que se pode, com altruísmo e uma certa forma de compensação pelos erros do passado, tirar os países africanos da sua condição de menos desenvolvidos. É essa a justificação ideológica da ajuda ao desenvolvimento. Pensa-se que, através dessa ajuda, se podem operar grandes modificações. Na realidade, essa ajuda insere-se num sistema que não permite mudanças estruturais, a não ser em casos muito excepcionais. Defende uma diplomacia africana mais proactiva. O que tem impedido os países africanos de adoptarem essa postura mais assertiva nas negociações com a União Europeia? O que impede é o facto de, devido às características que mencionei, a União Europeia conseguir escolher facilmente os interlocutores que falarão como gostaria de ouvir. Portanto, há auto-ilusão. Escolhem-se os países para determinados tipos de reuniões, conferências, eventos, dando-se atenção àqueles que se comportam "bem", para usar uma linguagem simples. As pessoas pensam que, ao fazerem aquilo que lhes pedem, vão receber compensações: mais ajuda, mais acesso, mais visibilidade, mais protagonismo. Este jogo faz com que África apareça sempre dividida. É evidente que os africanos poderiam ter o à-vontade político para superar isto, mas é preciso ver que estas divisões têm raízes históricas muito profundas, que descrevo em detalhe no livro, e que são difíceis de mudar. O conceito de “auto-ilusão” é central no livro. Pode explicar o impacto dessa “auto-ilusão” nas decisões políticas no continente africano e como se reflecte nas relações com a Europa? Esse conceito faz com que os europeus não mudem a sua postura em relação a África, e, portanto, estejam a perder terreno. Outros parceiros do continente, que não têm esse tipo de dificuldade nem esse “pedigree” histórico, abordam as coisas de forma diferente. No lado africano, como a Europa continua a ser o principal doador, o bloco com mais comércio e onde existe mais investimento (em termos de stock, não necessariamente em novos investimentos), a falta de uma relação clara e transparente com a Europa afecta também as relações com os outros parceiros. Essa é, digamos, a perenidade do problema. Temos de o superar através de várias formas de negociação, que tentei introduzir enquanto Alto Representante da União Africana, mas falhei. Por isso, senti a obrigação de explicar as razões mais profundas. Daí a ideia do livro. Estas razões passam também pelo legado colonial, tema presente no livro. De que forma as narrativas colonialistas moldam ainda hoje as relações entre os dois blocos, sobretudo em matéria económica? Sobretudo em matéria económica. Por exemplo, temos a teoria das vantagens comparativas, que é conhecida dos economistas, mas que no caso africano é usada para perpetuar a ideia de que as vantagens comparativas africanas são a exportação de matérias-primas, exactamente o modelo colonial. Mantém-se uma estrutura económica colonial que se traduz em várias práticas: em matéria de transportes, os investimentos mais importantes continuam a ser os que facilitam a exportação de matérias-primas para os portos, e não para servir a economia doméstica; as políticas macroeconómicas visam sobretudo garantir o cumprimento das obrigações internacionais e não necessariamente reduzir a pobreza da população. Acabamos por ser reféns de uma ideia colonial, apenas com uma nova roupagem. Critica a ajuda internacional e sugere que ela perpetua o subdesenvolvimento. Quais seriam, na sua opinião, os mecanismos mais eficazes para que a ajuda se torne uma força real para o desenvolvimento sustentável? Para mim, é relativamente fácil dizer onde a ajuda poderia ser importante, transformadora e significativa: na regulação internacional. Por exemplo, em matéria de comércio: os países africanos são penalizados de várias formas. A “Rodada de Doha”, aprovada há 17 anos na OMC, visava fazer do comércio um instrumento de desenvolvimento, mas nunca foi implementada, em parte por oposição de países europeus. Outro exemplo: a regulação financeira. Os países africanos enfrentam avaliações de risco que não condizem com a realidade. Comparando os dados macroeconómicos de África com os da América Latina ou da Ásia, vemos que as taxas de juro para os empréstimos africanos são muito mais elevadas, apesar de os indicadores africanos, por vezes, serem melhores. Também em matéria de investimento: o retorno sobre o investimento em África é dos melhores, segundo a Organização do Comércio das Nações Unidas. Mas isso não se traduz em mais investimento. Este ano, por exemplo, as projecções do Banco Mundial e do FMI indicam que África será o continente que mais crescerá, pela primeira vez, ultrapassando a Ásia. Mas esta não é a percepção generalizada. A França tem tido influência sobre muitos países africanos e é muitas vezes acusada de manter dinâmicas neocoloniais. Como vê actualmente a posição da França em relação a África? Vejo uma posição de perda de influência. Numa altura em que a França se dá conta de que deveria mudar a sua postura ,por ser considerada excessivamente marcada por uma visão neocolonial, fá-lo de forma atabalhoada, o que provoca o efeito contrário: um afastamento ainda maior. É um lugar-comum, mas os jovens africanos vêem a atitude francesa como demasiado intrusiva nos processos políticos dos seus países. Lamentavelmente, a França está em perda. E nos sistemas políticos não existe vácuo, esse espaço é rapidamente ocupado por outros. Mas existe espaço para uma mudança genuína na abordagem da França? Existe. Claro que sim. Bastava, por exemplo, que os bancos franceses mais importantes vissem em África como os turcos, chineses, vietnamitas ou indianos estão a ver: uma oportunidade de expansão. Mas, em vez disso, os bancos franceses estão a retirar-se. Isso revela uma percepção de risco contrária à tendência mundial. Sugere que África deveria explorar o seu potencial em comércio, tecnologia e ambiente. Quais são os obstáculos actuais para o continente afirmar-se internacionalmente? Antes de mais, é preciso reconhecer que, em qualquer das megatendências mundiais, demográfica, climática ou tecnológica, o mundo precisa de África. Demografia: o envelhecimento da população mundial favorece o crescimento do consumo em África, onde a população continua a crescer. O Clima: em energias renováveis e minerais críticos, África é essencial para a transição ecológica; Tecnologia: apesar da inovação não estar centrada em África, a complexidade crescente das tecnologias torna-as mais difíceis de absorver por populações envelhecidas. Ora, os nativos digitais do futuro estão em África. Em 2050, um em cada dois jovens no mundo será africano. Temos de repensar o conceito de risco. Este ainda é avaliado com base em parâmetros ultrapassados pelas megatendências actuais. Enquanto isso não mudar, continuaremos a negligenciar o papel central que África terá no futuro. Qual seria, a seu ver, o maior passo a ser dado pelos líderes africanos e europeus para garantir que as futuras gerações não herdem estas dinâmicas de poder desigual que ainda dominam estas relações? Acabar com a auto-ilusão. E isso começa por ter a noção de que a maioria dos conceitos que utilizamos hoje para interpretar o processo de desenvolvimento está errada. São conceitos que devem ser cada vez mais ancorados nas experiências recentes, nomeadamente nas transições bem-sucedidas dos países da Ásia, do Sudeste Asiático e, mais recentemente, da Índia. Temos, portanto, um corpo de conhecimento que nos permite sair da auto-ilusão com factos reais. Como foi possível, por exemplo, que um país como o Vietname se transforme num colosso exportador, como é hoje? Como foi possível que um país com índices de pobreza muito elevados, como o Laos, consiga alcançar, digamos, patamares aceitáveis de desenvolvimento? Como é que um país como Bangladesh, que era um dos países com maior densidade populacional entre os menos desenvolvidos, seja hoje uma potência industrial? Portanto, temos exemplos concretos. E esses exemplos, infelizmente, não são frequentemente encontrados em África.
Madagáscar vive uma fase de instabilidade política com a saída de Andry Rajoelina, forçada por três semanas de protestos da geração Z. O coronel Michael Randrianirina, 51 anos, crítico do antigo Presidente, assume esta sexta, 17 de Outubro, a liderança da “Refundação da República”, legitimado pelo Tribunal Constitucional. Promete governo de transição civil, referendo constitucional e eleições em até dois anos. A União Africana (UA) suspendeu esta quarta-feira, 15 de Outubro, Madagáscar por considerar a mudança política anti-constitucional, enquanto a União Europeia apela ao diálogo e ao respeito pelas regras democráticas, evitando classificar os acontecimentos como golpe de Estado. Para analisar a situação política em Madagáscar falámos com o professor de Ciência Política da Universidade de Rovuma, em Nampula, no norte de Moçambique, Arcénio Cuco, que contextualiza a crise malgaxe à luz de dinâmicas mais amplas do continente africano. Questionado sobre o facto de o exército afirmar responder às reivindicações populares, mas historicamente também ter desempenhado papéis de poder. Até que ponto é que este movimento pode ser considerado uma ruptura com o passado ou uma repetição de ciclos políticos malgaxes, o investigador responde ser preciso analisar a situação "olhando para eventos anteriores. Temos de nos lembrar que a chegada de Rajoelina ao poder também se deveu a uma reivindicação das massas em Madagáscar, e isso forçou a deposição de Ravalomanana.” Segundo Arcénio Cuco, os acontecimentos não podem ser lidos de forma isolada: “A outra questão fundamental é olharmos para os eventos que estão a acontecer nos últimos anos em África. Fica evidente que os africanos já não se revêem nos governos que estão no poder, justamente pela incapacidade em responder às demandas sociais e económicas dos seus países, e isso leva à reivindicação das populações. O exemplo do que estou a dizer é o que se assistiu no Sahel nos últimos anos e em Moçambique em particular, com manifestações violentas em 2023 e 2024. Aliás, mesmo com esses sinais, os governos não têm sido capazes de responder às ansiedades dos seus povos”. Essa incapacidade gera convulsões recorrentes, acrescenta. “Os nossos governos africanos não estão a conseguir responder às ansiedades dos seus povos, e isso leva a convulsões na maior parte dos países. Como aconteceu com Ravalomanana, que também fugiu para a África do Sul após ser deposto, e como se sente hoje com a União Africana a não reconhecer a chegada dos militares ao poder em Madagáscar. Mas a grande questão é o significado da presença militar no poder em África: em que medida isto será benéfico ou perigoso para os africanos?”, questiona. Os protestos das últimas três semanas foram marcados pela mobilização da geração Z. Para Arcénio Cuco, o fenómeno merece reflexão: “O que é que os movimentos que se levantaram durante a Primavera Árabe produziram em termos de resultados significativos para a transformação social e económica? Essa pergunta é fundamental também em relação a estas novas ondas de golpes em África: será que as pessoas que chegam ao poder através desses movimentos estarão em condições de responder às ansiedades daqueles que os apoiaram, como a geração Z em Madagáscar, ou estaremos a caminhar para a implantação de ditaduras no continente?” A saída de Andry Rajoelina do país contou com apoio logístico francês, facto que provocou reacções internas e externas. O académico considera problemática essa associação: “É uma questão delicada vincular a França à protecção de Rajoelina, porque entraríamos outra vez na discussão sobre a expulsão da própria França dos países do Sahel que passam por situações similares. Não sei se não deveríamos repensar a política externa francesa para África. Qual deve ser a posição da França em relação aos países africanos, sobretudo no que diz respeito aos interesses dos malgaxes em particular? Quando falo dos malgaxes, refiro-me também ao Níger, ao Burkina Faso. É preciso que a França se questione sobre a sua posição em África”, sublinha. A suspensão de Madagáscar pela União Africana pode, segundo Arcénio Cuco, revelar-se um erro estratégico: “É uma questão muito complicada porque poderíamos dizer que é uma reedição do que aconteceu quando a CEDEAO criticou e sancionou países que introduziram governos militares. Talvez a melhor medida não fosse a suspensão, mas sim criar-se uma comissão para entender melhor o que está a acontecer em Madagáscar. Dá a impressão de que as instituições multilaterais e regionais não trabalham no sentido de satisfazer os interesses dos povos, limitando-se a aplicar sempre as mesmas medidas: suspensão e tentativa de repor dirigentes depostos”. Em comparação, a resposta da União Europeia é vista, pelo investigador, de forma mais positiva. “Eu penso que sim, que é prudência. Esta posição da União Europeia é a que a União Africana deveria ter tomado. A prudência neste momento é necessária, como a UE está a demonstrar, procurando compreender porque é que a geração Z se levantou contra o governo e porque é que os militares colaboraram na deposição de Rajoelina. São questões fundamentais”, defende. Michael Randrianirina prometeu eleições no prazo de dois anos, mas o académico moçambicano mostra-se céptico: “É um pouco complicado. Temos de olhar para a experiência africana em contextos de golpes. Os militares quase sempre prometem eleições, mas, no fundo, percebemos que é uma promessa que depois não se cumpre. O Sahel é um exemplo inequívoco. Se os militares malgaxes cumprirem a promessa, será algo inédito e positivo, sobretudo no que diz respeito à devolução do poder a civis. Mas a experiência obriga a desconfiar”, concluiu.
¡Vótame en los Premios iVoox 2025! Novedades en AfricaPachanga con el último disco de una de las grandes estrellas de la música africana, el senegalés Cheikh Lô, el grupo de adolescentes y chicas beninesas Star Feminine Band y el congoleño Jupiter. Nuevas reediciones con la Zig Zag Band desde Zimbabwe y la Assase Ase junto a Ebo Taylor, un tema del recopilatorio "Ghana Special: Highlife" En la segunda parte, los guineanos Tabanka Djaz, el angoleño Carlos Lamartine, los malienses Super Rail Band, el congoleño Sam Mangwana junto a Franco Luambo Makiadi, y la despedida con ngoma tanzano de la mano de la Orchestre Safari Sound. Espero que te guste la selección de hoy !! Track List Cheikh Lô - Doylou Cheikh Lô - Nilelefe Star Feminine Band - Jusqu Au Bout Du Monde Jupiter - Congo Blinders Zig Zag Band - Nyamutamba Newambwe Assase Ase - Ohiani Sua Efir Tabanka Djaz - Todos Os Sentidos Carlos Lamartine - Miguel Eve Super Rail Band - Silanidé Sam Mangwana - Bowane Choc Orchestre Safari Sound - Burhani Mlanzi
Comissão sobre Direitos Humanos da ONU no Sudão do Sul apela a uma resposta decisiva do bloco regional e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pedindo justiça, transição credível e responsabilização.
The US government under Donald Trump has recently been escalating its campaign to destabilise South Africa including false charges against the South African government as regards its treatment of the Africana population and fake videos claiming genocide against the white population. Trump is supported in these strategies by a group of ultra wealthy US individuals of South Afican origin who are determined to protect white privilege, waekjen the ANC and silence South African support for the Palestinian people.
¡Vótame en los Premios iVoox 2025! Comenzamos con novedades con la excelente cantante sudanesa Amira Kheir, con raperos y raperas con influencias africanas, como son el alemán Frenna, la británica Little Simz y el congoleño Baloji. Además, el último éxito de la rumba congoleña con Innos'B. Además, makossa con el camerunés Jo Tongo, fusiones latinas con los senegaleses Orchestra Baobab, chimurenga de Zimbabwe con The Storm, highlife de Ghana con Alhaji K. Frimpong, rumba congoleña con Papa Wemba y música juju nigeriana con I.K. Dairo. Disfruta !! Track List Amira Kheir - River Amira Kheir - Sudani Frenna - Zaazaa Little Simz - Lion Baloji - KOOK Innoss-B - Chilling Jo Tongo - Stand Up Now Orchestra Baobab - Samaxol Fatou Diop The Storm - Nyaya Dzinonetsa Alhaji K. Frimpong - KyenKyen Papa Wemba - Mukaji Wanyi I.K. Dairo - Okete
O Congresso de Reconciliação Nacional, organizado pela Igreja Católica angolana realiza-se na primeira semana de Novembro, antecedendo as celebrações dos 50 anos de independência. O Presidente da República João Lourenço confirmou a sua presença, a convite dos bispos da Conferência. Os mesmos que, recentemente, teceram duras críticas contra "a corrupção, a fome e a pobreza". Que temas serão debatidos neste Congresso e a que consensos pode chegar a sociedade angolana? Inicialmente previsto para 29 e 30 de Outubro, o Congresso de Reconciliação Nacional foi adiado para a primeira semana de Novembro, após concertação com o chefe de Estado. O Presidente João Lourenço, que confirmou a sua presença no evento, não se encontrava disponível nas primeiras datas devido a uma cimeira da União Africana, segundo informou à imprensa local o Padre Celestino Epalanga. Questionámos o mestre angolano em Ciência Política Almeida Henriques sobre este Congresso aberto a todos os cidadãos angolanos e não só aos fiéis católicos. O que revela a presença, simbólica ou política, do Presidente da República neste evento que se quer reconciliador e que advém num contexto social tenso de recentes manifestações, tentativas de greve e denúncias de detenções arbitrárias. RFI: Como define o contexto em que se vai realizar este Congresso? Professor Almeida Henriques: Temos que olhar para a paz de uma forma extensiva. A paz não é só o calar das armas e se calhar temos de adicionar um outro elemento, a justiça social. Justiça social gera paz. Agora, é verdade que o contexto geopolítico não respira a saúde que se precisava. Numa perspectiva económica, a balança que se coloca, normalmente, é a da cesta básica. Quando a cesta básica está desenquadrada, normalmente a tensão começa-se a fazer sentir, do ponto de vista de insatisfação social. O Estado deve garantir a segurança, a justiça e a paz social. Portanto, quem não garantir esses elementos é melhor não existir. É assim que se pensa em ciência política. Ora bem, para o caso angolano, esses elementos existem. Mas na dimensão que se pretende? Obviamente não. Agora, o que é que se precisa fazer? Ler os sinais dos tempos, compreender os fenómenos e encontrar soluções para que de facto se busque o desejável. É este também o propósito do Congresso de Reconciliação Nacional. O que pensa da presença do Presidente da República neste evento? O Chefe de Estado, para além de ser Presidente da República, é um cidadão e ele é parte do processo da justiça social e da reconciliação nacional. A sua presença é simbólica e dá uma outra dimensão, dá uma outra aceitação de que as entidades políticas e religiosas estão unidas em torno de um propósito. Logo, não é estranho que o Presidente João Lourenço marque presença. Estarão também os líderes de outros partidos políticos, por exemplo, os partidos políticos da oposição? Em princípio, sim. E devem estar. Porque se não estiverem, estariam desvinculados do processo de paz e justiça social. A Igreja sempre está na linha de frente naquilo que é a pacificação dos espíritos. O cidadão angolano ainda assim, vive alguns efeitos, sobretudo os mais adultos, de um passado recente e às vezes a presença duma palavra divina reconforta o cidadão, e reconcilia o cidadão com o seu irmão. Portanto, a Igreja é um parceiro incondicional do Estado. Há poucos dias, no fim da II Assembleia Plenária Anual, a Igreja Católica teceu duras críticas às autoridades políticas, denunciando, entre outros, a corrupção como sendo "a pior desgraça dos últimos 50 anos", a fome e a pobreza. Estas realidades vão ser abordadas neste Congresso de Reconciliação Nacional? Em que medida é que podem ser alcançados consensos? Precisamos de perceber um detalhe. Este Congresso não será para acabar com a fome nem com a pobreza, mas é para apresentar indicadores daquilo que se vive e perspectivar mudanças. Buscar caminhos sólidos que possam alavancar a economia. Buscarmos a estabilidade social, buscarmos a proteção social, buscarmos a assistência social, tudo isto olhando pelos mecanismos de combate à corrupção. Existem esses mecanismos, sim, mas precisamos de encontrar novas ferramentas. Porque não vamos dizer que a corrupção terminou. Ninguém pode dizer. Concretamente que temas serão debatidos neste Congresso? Vou buscar um elemento muito importante. Nós recentemente tivemos uma situação insólita. Vimos a vandalização dos bens públicos e eu lhe confesso, até 1991, isto era quase que impossível. Porquê? Porque era altura da construção da personalidade do cidadão angolano naquilo que era o amor à pátria, o espírito de pertença... Mas isso ficou desvalorizado porque a liberdade começou a ser confundida com a libertinagem. Estes valores têm que ser resgatados. E no discurso político, tem que se saber abordar elementos como estes. Como da questão da corrupção. Porque mais do que falar da paz, vai se falar desses elementos. Não tem como não se falar disto. Os discursos políticos não vão falar apenas "olhem, temos 50 anos de independência e hoje vamos preparar a Festa da Independência". Não. Política não é isto. E também a Igreja Católica não vai aparecer ali com discursos de preparar champanhe para o dia dos festejos dos 50 anos. Não vai ser isto. Há ainda outro tema recente. Várias organizações da sociedade civil angolana apelaram à comunidade internacional e à Igreja para não ficarem em silêncio diante das detenções arbitrárias e das mortes durante as manifestações, nomeadamente as de Julho. Acredita que o tema vai ser debatido e, se não o for, que reconciliação nacional é possível obter neste contexto? Cada área tem a sua responsabilização. É garantida a liberdade do cidadão angolano poder manifestar a sua vontade. E é normal que aconteça um cidadão reclamar, buscar justiça internacional, segurança internacional. Poderá ter havido excessos, mas na verdade, os excessos foram precipitados pelo próprio cidadão. Efectivamente, pode ter havido excesso de zelo. O excesso de zelo pode-se traduzir num crime, porque ninguém tem direito de tirar a vida. Nisto estamos todos de acordo. Se a sociedade civil tiver um momento de intervenção no Congresso, obviamente fará menção a isto. Mas se for tratado neste fórum, pode não ser um tema pacificador. Enquanto analista da vida política e social angolana, que mensagem gostaria que fosse passada ao povo angolano neste Congresso de Reconciliação Nacional? Que o povo angolano, digamos, sinta que o que nos une é mais importante e supremo do que aquilo que nos desune. Tenhamos o mesmo sentimento de partilha, tenhamos o mesmo sentimento de construção de uma sociedade equilibrada. E para que nós também, enquanto cidadãos, tenhamos orgulho da nossa cidadania, para que não tenhamos uma conduta que põe em causa a segurança nacional, porque somos nós que temos que proteger a nossa liberdade. Somos nós que temos que proteger a segurança nacional. E é verdade. Somos nós que temos que exigir os direitos que nos são, digamos, reservados por lei. Portanto, tudo tem que gerar equilíbrio, mas sempre esse equilíbrio dentro dos princípios de paz e justiça social, senão mesmo de reconciliação nacional. Em Setembro deste ano, cinco organizações da sociedade civil instaram as Nações Unidas (ONU) a liderar uma investigação internacional independente sobre a morte de centenas de angolanos durante a greve dos taxistas, entre os dias 28 e 30 de Julho. As ONGs disponibilizam-se para fornecer todas as provas e documentação necessárias para apoiar a busca por justiça. Pouco tempo antes, no início do mês de Setembro, a justiça suspendeu a tentativa de outro movimento grevista. Os jornalistas da imprensa pública apelaram à greve, pela primeira vez desde a independência em 1975, para reivindicar melhores condições laborais. A greve foi suspensa pelo Tribunal de Luanda, que invocou uma "violação ao direito fundamental dos cidadãos se informarem". O Sindicato dos Jornalistas Angolanos afirmou continuar determinado na reivindicação dos seus direitos, sem todavia avançar com o movimento de greve.
Growing up as a Black kid in Chicago, Dr. Marcia Chatelain says she learned more about Black history from McDonald's than from her fancy prep school. Now, she's a professor of Africana studies at the University of Pennsylvania. In her Pulitzer Prize-winning book, Franchise: The Golden Arches in Black America, Dr. Chatelain explores the role that McDonald's has played in Black communities since its founding in the 1940s. In many places, McDonald's has been a community hub and a pathway to business ownership for Black entrepreneurs. But it's also been a tool for those seeking to preserve segregation. We dig into the chain's complicated legacy. Plus, Dan and his family stop in at a very special McDonald's on Long Island. Check out the story Dr. Chatelain is quoted in: “Red Lobster Is Betting on Black Diners With Its Brand Comeback.”This episode originally aired on Jun 14, 2021 and was produced by Dan Pashman, Emma Morgenstern, Andres O'Hara, Tracey Samuelson, and Jared O'Connell. The Sporkful production team includes Dan Pashman, Emma Morgenstern, Andres O'Hara, Kameel Stanley, and Jared O'Connell. Publishing by Shantel Holder.Right now, Sporkful listeners can get three months free of the SiriusXM app by going to siriusxm.com/sporkful. Get all your favorite podcasts, more than 200 ad-free music channels curated by genre and era, and live sports coverage with the SiriusXM app. Hosted by Simplecast, an AdsWizz company. See pcm.adswizz.com for information about our collection and use of personal data for advertising.
Hola Mix(ed)tape listeners! Today we'll be listening to Herencia Africana by Yuri Buenaventura. In this song Yuri seeks to highlight and pay homage to the African heritage in Colombia. Musically, the song has a playful transition back and forth between salsa and rumba guaguancó, the latter an insistent call, pulling us back, closer to the African and Afro-Latin roots of Latin American and Caribbean culture.Were we listening? We hope this track helps to add value to your listening and awareness in your dancing!Find all of our Were You Listening? episodes here.For more info and resources check our website here and our YouTube channel here.Contact us at: themixedtapepodcast@gmail.comIf you like the music we use check our playlists here.Host/Director of Series: Andrés Hincapié, PhDOriginal Episode Script: Melissa Villodas, PhDSound Editor: Melissa Villodas, PhD
¡Hola mi gente del Mix(ed)tape Podcast! Hoy estaremos escuchando la canción Herencia Africana de Yuri Buenaventura. En esta canción Yuri Buenaventura busca resaltar y honrar la herencia africana de Colombia. Musicalmente, la canción tiene un juego de transición entre salsa y rumba guaguancó, esta última funcionando como un llamado insistente que nos hala y nos regresa a esas raíces africanas y afrolatinas de la cultura latinoamericana y caribeña. ¿Estábamos escuchando? Encuentra todos los episodios de la serie aquí.Para más información sobre nuestras fuentes échale un vistazo a nuestro sitio web aquí y a nuestro canal de Youtube aquí.Contáctanos en: themixedtapepodcast@gmail.comSi te gustó la música que utilizamos, encuéntrala en nuestros playlists aquí.Host/Director de la serie: Andrés Hincapié, PhDEditor de Audio: Andrés Hincapié, PhDTraducción del episodio: Carlos Javier Félix, Andrés Hincapié, PhD
Presidente João Lourenço, que também lidera a União Africana, pediu revitalização do sistema multilateral, combate às desigualdades globais e resposta urgente à crise climática; ele destacou papel de Angola na mediação de conflitos no continente africano.
What does it mean to read the New Testament through the lens of disability and mental health? In this episode of Biblical Time Machine, Helen Bond is joined by Professor Louise Lawrence (University of Exeter), whose groundbreaking 2018 book Bible and Bedlam explores how the ancient world understood “madness” and how modern interpretations can carry ableist and sanist assumptions.Together, they discuss different models of disability, whether Jesus' healings reinforce or subvert stigma, and how metaphors of disability shape the language of the New Testament. Louise also reflects on “sane privilege” in biblical scholarship, how autism has been read into Nicodemus' encounter with Jesus, and what we might learn from Africana writer Bessie Head. SUPPORT BIBLICAL TIME MACHINE If you enjoy the podcast, please (pretty please!) consider supporting the show through the Time Travellers Club, our Patreon. We are an independent, listener-supported show (no ads!), so please help us continue to showcase high-quality biblical scholarship with a monthly subscription.DOWNLOAD OUR STUDY GUIDE: MARK AS ANCIENT BIOGRAPHYCheck out our 4-part audio study guide called "The Gospel of Mark as an Ancient Biography." While you're there, get yourself a Biblical Time Machine mug or a cool sticker for your water bottle.Support the showTheme music written and performed by Dave Roos, creator of Biblical Time Machine
Diverse Voices Book Review host Hopeton Hay interviewed Nathalie Etoke, author of BLACK EXISTENTIAL FREEDOM. Published in 2022, BLACK EXISTENTIAL FREEDOM explores how Black freedom transcends political and economic success and lies in affirming one's humanity in the face of systemic dehumanization. Etoke draws on historical experiences, Black cultural expressions, and philosophical traditions to highlight the inner and collective struggles of people of African descent across the diaspora. She emphasizes that existential agency—making choices even under oppressive conditions—is a form of resistance and a testament to enduring hope. Nathalie Etoke is a Professor of Francophone and Africana Studies at the Graduate Center, CUNY. She specializes in literature and cinema of Francophone sub-Saharan Africa, Black French studies, queer studies in Africa and the Caribbean, and Africana existential thought.
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/african-american-studies
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/new-books-network
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/american-studies
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Even before they were recognized as citizens of the United States, Black women understood that the fights for civil and human rights were inseparable. Over the course of two hundred years, they were at the forefront of national and international movements for social change, weaving connections between their own and others' freedom struggles around the world. Without Fear: Black Women and the Making of Human Rights (W.W. Norton, 2025) tells how, during American history, Black women made humans rights theirs: from worldwide travel and public advocacy in the global Black press to their work for the United Nations, they courageously and effectively moved human rights beyond an esoteric concept to an active, organizing principle. Acclaimed historian Keisha N. Blain tells the story of these women—from the well-known, like Ida B. Wells, Madam C. J. Walker, and Lena Horne, to those who are still less known, including Pearl Sherrod, Aretha McKinley, and Marguerite Cartwright. Blain captures human rights thinking and activism from the ground up with Black women at the center, working outside the traditional halls of power. By shouldering intersecting forms of oppression—including racism, sexism, and classism—Black women have long been in a unique position to fight for freedom and dignity. Without Fear is an account of their aspirations, strategies, and struggles to pioneer a human rights approach to combating systems of injustice. Dr. Keisha Blain is a professor of Africana studies and history at Brown University. She is a Guggenheim, Carnegie, and New America Fellow, and author—most recently of the National Book Critics Circle Award finalist Until I Am Free. You can find her on LinkedIn, Instagram, X, and Facebook. You can find host Sullivan Summer at her website, on Instagram, and on Substack. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/book-of-the-day
Em Moçambique, morte de adolescente reacende debate sobre abusos policiais. Governo angolano lança campanha para formar polícias em Direitos Humanos, línguas nacionais e linguagem gestual. África perde anualmente 88 mil milhões de dólares devido a lavagem de dinheiro e corrupção, aponta relatório da União Africana.
In the United States, the back-to-school season signals more than just a return to “traditional” classrooms—in a moment of open white nationalist warfare on our common humanity, it is also a moment for renewed reflection on origins, connections, and relationships. This fall, a new iteration of that search in the discipline of Africana Studies takes shape with the launch of “The Black University,” an open public course running in parallel with a Howard University class that initiates students into a deeper investigation of the meaning and purpose of Black educational institutions. Rooted in our ongoing project to “Jailbreak the Black University,” the course will center on uncovering the origins of Africana Ways of Knowing, Governance formations, and the search for connected traces of Movement and Memory. As our annual Kemetic (Ancient Egyptian) Study Tour draws to a close, we are guided by a central conviction: A search for “foundational Blackness” is essential to understanding and advancing the intellectual and cultural traditions of the African world. This pursuit of “foundational Blackness”—tracing the origins, structures, and living memory of Africana educational and cultural practices—is a critical effort for reimagining and revitalizing Black institutions today.JOIN KNARRATIVE: https://www.knarrative.com it's the only way to get into #Knubia, where these classes areheld live with a live chat.To shop Go to:TheGlobalMajorityMore from us:Knarrative Twitter: https://twitter.com/knarrative_Knarrative Instagram: https://www.instagram.com/knarrative/In Class with Carr Twitter: https://twitter.com/inclasswithcarrSee Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
La epidemia de mpox, la viruela del mono, sigue siendo motivo de preocupación en gran parte de África un año después de que la agencia de salud de la Unión Africana la declarara emergencia de salud pública. En países como Sierra Leona la situación sigue siendo muy grave y MSF acaba de abrir en el país un hospital para tratar a los pacientes afectados por esta enfermedad. Carlos Arias Vicente es responsable médico para la región de América Latina y el Caribe.Escuchar audio
Our Annual Nile Valley study tour continues the process of strengthening the work of Africana Studies as a tool for jailbreaking the university and renewing deeper traditions of community-centered education. Inspired by a 1996 exchange between Greg Kimathi Carr and Jacob Carruthers—where Carruthers urged embracing language and concepts from Mdw Ntr over attempting to repurpose European concepts as a form of Africana hermeneutics—this week's reflections link Carruthers' notion of ancient Kemet's governance-through-education process to the “Black University” as a concept. Against a Social Structure hellbent on bending collective memory to serve exclusion, fear, and hatred, this annual study tour affirms education as the highest expression of self-determined nationhood, peoplehood, and statehood. This fall, Carr will teach The Black University in a public format, constructing a syllabus open to all, to explore African people's uncompromising commitment to communal intellectual life, rooted in ancestral guidance and seeking to inspire others to join in liberating knowledge from institutional restraints.JOIN KNARRATIVE: https://www.knarrative.com it's the only way to get into #Knubia, where these classes areheld live with a live chat.To shop Go to:TheGlobalMajorityMore from us:Knarrative Twitter: https://twitter.com/knarrative_Knarrative Instagram: https://www.instagram.com/knarrative/In Class with Carr Twitter: https://twitter.com/inclasswithcarrSee Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
*This is the Free Content version of my interview with Dr. Tristán Kapp. To access the full interview, please consider joining Tier 1 by becoming a Patreon member; alternatively, this episode is also available for a one-time purchase at Patreon. www.patreon.com/RejectedReligion.My guest for the month of June is Dr. Tristán Kapp.Tristán is an interdisciplinary researcher, writer, and speaker specialising in comparative religion, esotericism, secularism, and conspirituality. His work examines new and alternative religious movements, secularism, and the intersections of religion, politics, and sexuality. He holds a PhD in Religious Studies from the University of Pretoria, where his thesis explored sex magick as post-theistic spirituality across Eastern, Western, and African esotericism. He also holds an MDiv (focused on Systematic & Historical Theology) and BDiv (focused on Dogmatics & Christian Ethics).As an advocate for the normalisation and destigmatisation of secularism, alternative religions, and marginalised spiritualities, Tristán engages in public education, media commentary, and community support. His insights have been featured in podcasts, news media, and academic conferences worldwide.He is also the founder of Alterity Counselling, a virtual counselling practice supporting individuals from diverse spiritual and non-religious backgrounds across the globe. His non-profit advocacy with the South African Pagan Rights Alliance (SAPRA)—as an executive member, spokesperson, and interfaith officer—along with his community paralegal work, informs his approach to research, activism, and counselling. In this interview, Tristán discusses portions of his captivating dissertation, titled, “Secret self-knowledge: considering sex magick as post-theistic spirituality in Eastern, Western, and African Esotericism.” Highlights of this engaging discussion include:- Tristán's ideas about a ‘post-theistic spiritual practice,' that distances itself from an external deity and moves toward a non-traditional or non-religious spirituality, with creativity in terms of co-existence between the divine and the individual;- The underrepresentation of Eastern and African regions with regard to esotericism;- The negativity surrounding sexuality and the expression of it, including taboos and fetishes (drawing for example on Foucault);- The inclusion of Conspirituality in this discourse, and how it relates to the notion of the Self;- Examples of Eastern esoteric sexual practices and what these offer with regard to knowledge of the Self;- The issue of colonialism and slavery as it relates to Africana esoteric religions;- How sexuality and the Self are understood in both African Traditional Religion and the Sangoma Tradition;- The syncretic expressions of the African diaspora as found in African-American Conjure or Supernaturalism;- The notion of ubuntu, that states a person is a person because of other people;- His conclusions after all of his research and his future endeavors.PROGRAM NOTESDissertation: https://www.researchgate.net/publication/386987710_Secret_self-knowledge_considering_sex_magick_as_post-theistic_spirituality_in_Eastern_Western_and_African_Esotericism
Te invitamos a pensarnos de una manera diferente echando un rápido vistazo a la rica y muy diversa Historia Africana. Hoy en día el llamado “sur global” se contrapone al norte por experiencias históricas similares que probablemente sólo América Latina, África y el Sudeste Asiático comparten. Nuestros pueblos pueden comprenderse más a sí mismos al escuchar las historias de los demás, conociendo otras luchas por conquistar la libertad. En esta entrega te ofrecemos un análisis sobre cómo funcionó el sistema global de la colonia, la importancia de las narrativas y el dominio mental, y el poder de establecer límites políticos en un mapa. Recopilando acontecimientos estelares del siglo XIX y el siglo XX, recordamos experiencias africanas de descolonización, como la de Etiopía y Mussolini, la Francia de Vichy durante la ocupación nazi, Kenia y los Mao Mao, el panarabismo y la nacionalización del canal del Suez, la revolución de los claveles en Portugal, y el caso sudafricano liderado por Mandela. Todo esto con la esperanza de que, al revisitar el pasado africano, construyamos un mejor futuro. Notas del episodio Este episodio fue traído a ustedes gracias a Boston Scientific Si quieres conocer más detalles sobre las historias aquí contadas, te recomendamos consultar el libro de Diana Uribe “África, nuestra tercera raíz”, una investigación profunda sobre la configuración del continente africano y su diáspora en Colombia. Si estás interesado en comprender más a fondo cómo funciona la distinción entre civilización y barbarie, visita el libro “Orientalismo” de Edward W. Said, un clásico histórico que se ocupa de analizar la configuración de la mirada hegemónica occidental sobre otros pueblos. Si lo que buscas es analizar cómo el poder de los imperios europeos continuaron influenciando las realidades africanas después de sus procesos de descolonización, te sugerimos revisar el texto conceptual del historiador camerunés Achille Mbembe, “Necropolítica”. Si quieres indagar sobre cómo las naciones africanas se han ocupado durante las últimas décadas en descolonizar sus culturas, te invitamos a escuchar la charla “El peligro de una sola historia” ofrecida por la literata nigeriana Chimamanda Adichie. Si quieres leer una buena novela de ficción africana que de cuenta de las realidades de sus pueblos, te recomendamos “Todo se desmorona” de Chinua Achebe. Gracias de nuevo a nuestra comunidad de Patreons por apoyar la producción de este episodio. Si quieres unirte, visita www.dianauribe.fm/comunidad Sigue mis proyectos en otros lugares: YouTube ➔ youtube.com/@DianaUribefm Instagram ➔ instagram.com/dianauribe.fm Facebook ➔ facebook.com/dianauribe.fm Sitio web ➔ dianauribe.fm Twitter ➔ x.com/DianaUribefm LinkedIn ➔ www.linkedin.com/in/diana-uribe
In Southwest Atlanta, students as young as five years old are learning how to imagine a future well beyond what they can see. It’s happening at the OURCHIVES Summer Camp at Imhotep Academy. Recently, Rose Scott and the “Closer Look” team visited the campus. Scott talked with students, parents and cofounders Melek Dexter and Dr. Assata Moore. They discussed the goal of the 8-week camp and explained how they are teaching subjects such as calculus, critical thinking, “top secret” history – that’s grounded in confidence, imagination and African epistemology. Plus, Malcolm-Jamal Warner has died at 54. The multi-talented superstar is best known for his role as Theo Huxtable on "The Cosby Show." Warner, an Emmy-nominated actor and Grammy award-winning poet, is being remembered as a gifted artist. Rose talks with Nsenga Burton — an award-winning journalist, entrepreneur and editor-in-chief of The Burton Wire — and Dr. Maurice Hobson, an author, historian and professor of Africana studies and history at Georgia State University. They reflect on Warner’s creative body of work, his life and his legacy. Burton also shares details about her recently published op-ed that focuses on Warner’s life.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A rethinking of African American religious history that focuses on the development and evolution of Africana spiritual traditions in Jim Crow New Orleans. When Zora Neale Hurston traveled to New Orleans, she encountered a religious underworld, a beautiful anarchy of spiritual life. In Underworld Work, Ahmad Greene-Hayes follows Hurston on a journey through the rich tapestry of Black religious expression from emancipation through Jim Crow. He looks within and beyond the church to recover the diverse leadership of migrants, healers, dissidents, and queer people who transformed their marginalized homes, bars, and street corners into sacred space. Greene-Hayes shows how, while enclosed within an antiblack world, these outcasts embraced Africana esotericisms--ancestral veneration, faith healing, spiritualized sex work, and more--to conjure a connection to freer worlds past and yet to come. In recovering these spiritual innovations, Underworld Work celebrates the resilience and creativity of Africana religions. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/african-american-studies
A rethinking of African American religious history that focuses on the development and evolution of Africana spiritual traditions in Jim Crow New Orleans. When Zora Neale Hurston traveled to New Orleans, she encountered a religious underworld, a beautiful anarchy of spiritual life. In Underworld Work, Ahmad Greene-Hayes follows Hurston on a journey through the rich tapestry of Black religious expression from emancipation through Jim Crow. He looks within and beyond the church to recover the diverse leadership of migrants, healers, dissidents, and queer people who transformed their marginalized homes, bars, and street corners into sacred space. Greene-Hayes shows how, while enclosed within an antiblack world, these outcasts embraced Africana esotericisms--ancestral veneration, faith healing, spiritualized sex work, and more--to conjure a connection to freer worlds past and yet to come. In recovering these spiritual innovations, Underworld Work celebrates the resilience and creativity of Africana religions. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/new-books-network
A rethinking of African American religious history that focuses on the development and evolution of Africana spiritual traditions in Jim Crow New Orleans. When Zora Neale Hurston traveled to New Orleans, she encountered a religious underworld, a beautiful anarchy of spiritual life. In Underworld Work, Ahmad Greene-Hayes follows Hurston on a journey through the rich tapestry of Black religious expression from emancipation through Jim Crow. He looks within and beyond the church to recover the diverse leadership of migrants, healers, dissidents, and queer people who transformed their marginalized homes, bars, and street corners into sacred space. Greene-Hayes shows how, while enclosed within an antiblack world, these outcasts embraced Africana esotericisms--ancestral veneration, faith healing, spiritualized sex work, and more--to conjure a connection to freer worlds past and yet to come. In recovering these spiritual innovations, Underworld Work celebrates the resilience and creativity of Africana religions. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices Support our show by becoming a premium member! https://newbooksnetwork.supportingcast.fm/american-studies
Falando sobre implementação da Área de Livre Comércio Continental Africana, subsecretária-geral aponta prioridade na cadeia de valor para atuação e implementação do acordo continental; iniciativa pode aumentar empregos, crescimento e industrialização num mercado de 1,3 bilhão de pessoas.
This week, Zachary hosts a conversation with Jeremi and Dr. Peniel Joseph about his new book, Freedom Season, which describes the pivotal significance of 1963 in the Civil Rights Movement, highlighting key events such as the Birmingham protests, the March on Washington, the Birmingham church bombing, and the assassination of JFK. This week, instead of the usual poem, we set the scene with an audio excerpt of Martin Luther King Jr. reading from his "Letter from Birmingham Jail." Peniel Joseph holds a joint professorship appointment at the LBJ School of Public Affairs and the History Department in the College of Liberal Arts at The University of Texas at Austin. He is also the founding director of the LBJ School's Center for the Study of Race and Democracy. His career focus has been on “Black Power Studies,” which encompasses interdisciplinary fields such as Africana studies, law and society, women's and ethnic studies, and political science. Prior to joining the UT faculty, Joseph was a professor at Tufts University, where he founded the school's Center for the Study of Race and Democracy to promote engaged research and scholarship focused on the ways issues of race and democracy affect people's lives. In addition to being a frequent commentator on issues of race, democracy and civil rights, Joseph wrote the award-winning books “Waiting ‘Til the Midnight Hour: A Narrative History of Black Power in America, “Dark Days, Bright Nights: From Black Power to Barack Obama," and “Stokely: A Life" as well as “The Black Power Movement: Rethinking the Civil Rights-Black Power Era” and “Neighborhood Rebels: Black Power at the Local Level.”" His most recent book is "Freedom Season: How 1963 Transformed America's Civil Rights Revolution."
Donald Trump almoçou na Casa Branca com cinco líderes africanos entre sorrisos, elogios e promessas. Em Moçambique, a estrada Mueda–Negomano, no norte do país, está a transformar a ligação com a Tanzânia e a impulsionar o comércio regional. Analisamos ainda a visão da União Africana para uma circulação sem restrições em todo o continente que está a enfrentar vários obstáculos.
Sean Carroll's Mindscape: Science, Society, Philosophy, Culture, Arts, and Ideas
It is common to refer to philosophy as "a series of footnotes to Plato." But in the original quote, Alfred North Whitehead was more careful: he limited his characterization to "the European philosophical tradition." There are other traditions, both ancient and ongoing: Chinese philosophy, Indian philosophy, Africana philosophy, and various indigenous philosophies. For the most part, these do not get nearly as much attention in European and American schools as the European tradition does. Bryan Van Norden argues for expanding philosophy's geographical scope, to the benefit of philosophy in general.Blog post with transcript: https://www.preposterousuniverse.com/podcast/2025/06/23/319-bryan-van-norden-on-philosophy-from-the-rest-of-the-world/Support Mindscape on Patreon.Bryan Van Norden received his Ph.D. in philosophy from Stanford University. He is currently James Monroe Taylor Chair in Philosophy at Vassar College and Chair Professor in the School of Philosophy at Wuhan University. Among his books are Introduction to Classical Chinese Philosophy and Taking Back Philosophy: A Multicultural Manifesto. He is a recipient of Fulbright, National Endowment for the Humanities, and Mellon fellowships.Web siteVassar web pagePhilPeople profileWikipediaAmazon author pageSee Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.