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A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema. Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia. [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé. E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar. E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí". Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha. Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?". [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas. O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso. [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa. Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?". [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele.
Dans cet épisode, Stephen Authier, président et chef de la direction d'ASDR, et Marco Rebuli, vice-président au développement des affaires, racontent l'évolution de l'entreprise depuis leur acquisition en 2006. Ils reviennent sur les débuts, la mise en place des premiers modules et les choix stratégiques qui ont permis à l'organisation de se démarquer dans le secteur minier. Ils expliquent aussi comment l'entreprise a élargi son expertise au fil des ans, en développant des solutions innovantes adaptées aux besoins changeants de l'industrie. Enfin, ils partagent leur vision de l'avenir du secteur minier et les défis à relever pour continuer à innover.
Tras la llegada de Donald Trump a la presidencia de Estados Unidos, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que si se eliminan las licencias petroleras, habrá una disminución de 4 mil millones de dólares en flujo de ingresos, repercutiendo en la capacidad de vender divisas, acelerando los niveles de inflación y la devaluación. Indicó que, por el modo de actuar de Trump en otras áreas, no se quedará sin hacer nada con Venezuela, explicando tres escenario posibles sobre las licencias petroleras en Venezuela. «El primer escenario es la eliminación de licencias, los efectos más rudos de esta política se sentirán a final de año» añadió. Oliveros recordó que los niveles de producción de Chevron, Repsol, Maurel and Prom, superan ligeramente los 300 mil barriles diarios, insistiendo en que. tras una medida como esto, eso no caerá a cero, ya que parte de esa producción la asumirá PDVSA, Destacó que la producción petrolera en Venezuela terminó el año pasado en 950 mil y en este escenario se perderían unos 250 mil barriles. Sin embargo, advirtió que el efecto más duro viene en cómo se vende el crudo con sanciones fuertes y los grandes descuentos. «El segundo escenario es que las licencias sean revisadas, hay restricciones, pero no eliminados del todo, habrán impactos, pero no serán tan drásticos como el primer escenario» acotó. El economista insistió en que, en un tercer escenario, se ve que en primera instancia se eliminen las licencias buscando algún acuerdo migratorio, y en el último escenario, y el menos probable, no pasará nada.
La Cámara de Representantes de Estados Unidos aprobó este lunes la Ley Bolívar, una legislación bipartidista diseñada para restringir las fuentes de financiamiento del gobierno venezolano Sobre dicha ley, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, explicó que si hay una mayor presión en las sanciones, hay un efecto directo en el flujo de dólar. Recordó que el Banco Central realizó el 19 de noviembre una intervención cambiaria de 21.5 millones de dólares, la mayor desde julio y la segunda más alta del año que busca contener la creciente demanda de divisas. «Era lógico que el gobierno desde su visión iba a hacer lo posible para corregir el problema cambiario» añadió. Oliveros indicó que hasta hace poco, el tipo de cambio estaba a 36 bs por dólar y ahora en 46 bs, que representa una devaluación 20%. Destacó que hay un problema estructural y una gran desconfianza en la moneda nacional, además de un desequilibrio donde solo el sector público es el generador de divisas. «Tenemos una oportunidad de oro para modificar el sistema cambiario. Hay que hacer un rediseño deltema cambiario» acotó. El economista resaltó que en una economía donde hay múltiples monedas con preeminencia de dólar y bolívar, se deben apalancar en eso para hacer un nuevo sistema. Insistió en que debería haber un sistema donde se permita que los dólares fluyan libremente en los bancos y haya créditos en dicha moneda, asegurando que no se renunciaría al bolivar, pero se permitiría que muchos dólares que están en manos de privados vuelvan al circuito de la economía. «Hay 7 mil millones de dólares en circulante de efectivo, en la banca hay solo 2 mil millones (…) esos dólares privados entrarían en la economía, bajando la presión a los temas de intervención y de demanda de divisas» dijo. También recalcó que la tasa oficial para el final del año podría llegara 55 bs por dolar para poder reducir el desequilibrio y así empezar el 2025 «con mejor pie».
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró, tras el triunfo de Donald Trump, que este ha dicho algunas cosas sin sentido sobre su respuesta hacia Venezuela, recalcando que para él es una gran interrogante cómo será el nuevo presidente de Estados Unidos con Venezuela y si volverá con la gran presión de su gobierno anterior en una dinámica distinta. Explicó que el tema clave son las sanciones porque tienen un gran impacto en temas numéricos. «Si las sanciones se mantienen exactamente igual a como está ahora, la economía puede tener un crecimiento en torno a 3,5% y probablemente la producción petrolera se estabilice en torno a unos 900 mil barriles diarios, los ingresos al estados venezolano por concepto de petróleo será de 15 mil millones» añadió. Oliveros advirtió que si se imponen sanciones que incluyan la eliminación de la licencia de Chevron, el panorama cambiará para Venezuela, el crecimiento bajará a cero, la producción petrolera podría caer a 650 mil y el flujo de ingresos podría caer en 40%. También te puede interesar: Trump asegura que su plan de deportación iniciará en Springfield con destino a Venezuela Alertó que Venezuela hoy en día es muy dependiente de esas decisiones exógenas, insistiendo en que la relación con el dólar y la inflación, viene por ingresos petroleros, que son el primer oferente de dólares del mercado y siendo el gobierno el exportador del 80% son quienes tiene las divisas. «Este ha sido un buen año para la economía, nuestros estimados hablan de un crecimiento en torno al 5% y la tasa de inflación más baja que puede mostrar el gobierno de Maduro por debajo de 30%, los números macros no son tan malos, pero con los niveles que hubo en 2021, se debe crecer mucho para que la gente lo sienta» acotó. El economista destacó que Venezuela necesita crecer a altas tasas y que se mantenga en el tiempo con acuerdos políticos e institucionales, pero esto no se dará hasta que se resuelva el problema político de base. Indicó que es un triunfo apoteósico para Trump porque ahora controlará las cámaras. «Este triunfo tendrá implicaciones legales directas por todo lo que ha vendido en su campaña. Hay temas claves como Rusia y Ucrania, ya que él declaró que lo resolverá, pero no ha dicho cómo. También ha amenazado con aranceles a China, Europa y México, aunque esta última puede ser un arma de negociación» dijo.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, advierte que el país tiene una necesidad creciente de créditos no satisfecha, informando que la cartera de créditos venezolana es de 2300 millones, es decir, casi 2,5 puntos de PIB, cuando en América Latina está en torno a 40%. Resalta que al reducir el encaje y llegar a un 10 o 15%, esa cartera pasaría de 2,5 puntos de PIB a más de 4 puntos de PIB, sin embargo, insiste en que el encaje pesa, pero no es el único factor que influye. «Los otros factores serían, la crisis en Venezuela donde perdimos el 80% de nuestro tamaño y eso arrastró a la banca, haciendo que su caída sea mayor que la contracción de la economía» añade. Oliveros destacó que Venezuela tiene un problema estructural del crédito, señalando que pasar de 2,5 puntos de PIB a más de 4 puntos de PIB, es un avance, pero falta mucho más. También explica que no es solo cambiar el encaje legal, sino modificar el marco regulatorio y replantear la banca en una economía que es multimoneda. Tras la llegada del mandatario venezolano a los BRICS, asegura que la principal utilidad que busca Venezuela ahí, es entrar en un bloque que salga del “stablishment global comercial”. Te puede interesar: Tamara Herrera: Con descuento en encaje bancario se liberan fondos disponibles para conceder créditos y bajar demanda de divisas El economista indica que, en un artículo del portal The Economist, se dice que Putin busca, a través de los BRICS, crear una estructura económica financiera que no dependa del dólar ya que las sanciones los sacan del sistema global de pago que se hace en dólares. Agrega que en la medida en que se sumen más países con seriedad a los BRICS, se avanza en crear nuevas redes de comercio e intercambios comerciales en otras monedas. «Las relaciones internacionales, no son solo eso, también son relaciones geopolíticas y más después de la pandemia donde se dieron cuenta que las cadenas de suministro se pueden alterar de un momento a otro y que puede haber escasez muy rápido» acota.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que, a pesar del contexto actual, los sectores de tecnología, alimentación y servicios profesionales, tendrán un crecimiento. Indicó que este año el sector que más ha tenido expansión es tecnología, con un crecimiento estimado de 15% que abarca servicios de telecomunicaciones como el aumento de la fibra óptica. Oliveros destacó que luego le sigue alimentos, liderado por la agroindustria, siendo este el gasto prioritario de las familias que destinan más del 70% del presupuesto a la comida. Señaló que en tercer lugar están los servicios profesionales como odontólogos, médicos, contadores, donde hay una mejora en el tarifario. «La proliferación de nuevos negocios como supermercados, farmacias y tiendas, también tendrá un auge porque se perdió la cultura del ahorro y la gente prefiere gastar» acotó. Resaltó que la banca ha crecido por el aumento de liquidez, al igual que el sector salud que abarca medicamentos y clínicas. El socio-director de Ecoanalítica recalcó que el último sector es el petrolero que ha aumentado la producción y su desempeño. «Sectores como construcción y manufactura no han tenido un crecimiento similar al de otros rubros» dijo. Sugirió, ante el crecimiento desigual de los sectores en Venezuela, que las empresas se concentren en las dinámicas y variables que si pueden controlar, buscando comprender su entorno y ser flexibles en los cambios que son necesarios para el progreso de la empresa. Te puede interesar: La clave para una lonchera con alimentos balanceados es planificar El economista explicó que las compañías deben ver quién es su cliente, por los cambios en hábitos, y construir una propuesta de valor distinta para ellos. También aseguró que deben evaluar la estructura interna de costos, procesos y metodologías porque la población tiene grandes limitaciones de ingreso y es muy sensible al precio, por eso se deben optimizar los procesos para mejorar la oferta. «El crecimiento de la economía no es tan evidente en las condiciones en las que estamos… En Venezuela, lamentablemente crecer económicamente no significa que todo el mundo mejora» añadió. La resistencia del sector privado en Venezuela ha sido a pesar de su entorno tan adverso, a pesar de la mejora en la relación púbico-privada, se deben introducir mejoras importantes, estimular el crédito, introducir cambios en materia cambiaria, la política salarial debe estimular que los ingresos de la gente crezcan
Asdrúbal Oliveros, economista y socio – director de Ecoanalítica, propuso monotributos, un solo impuesto que pagan pequeños negocios, para ayudan a incentivar la formalidad en Venezuela. Advirtió que se necesitan reformas para la constitución de compañías, ya que son procesos engorrosos en Venezuela y muchos prefieren operar en la informalidad, también indicó que son necesarios cambios en la estructura tributaria que es muy rígida, haciendo distinciones entre emprendimientos y grandes empresas. «Los servicios públicos también inhiben el crecimiento de las industrias… El financiamiento es una gran traba porque es insuficiente, se necesita construir un ecosistema de apoyos a microempresarios» añadió. Oliveros explicó que el emprendimiento es un universo dentro de la dinámica empresarial y no choca necesariamente con la empresa. Aseguró por una estructura regulatoria muy agresiva, incluso en materia impositiva, muchos negocios han visto una salida en la informalidad, aportando a la competencia desleal. «Para muchos consumidores esto no importa porque solo buscan el mejor precio, pero en perspectiva, una estructura informal, donde se vive del hoy y no hay un plan de negocio para el crecimiento, no contribuye al desarrollo del país, es un elemento de supervivencia» acotó. Por su parte, Ricardo Antequera, presidente de la Cámara de Franquicias, destacó que el 2024 sigue siendo un año de aprendizaje permanente para el sector. Insistió en que hoy en día el concepto de colaboración está más vigente que nunca, mostrándonos cómo modelos tradicionales se están adaptando para darle espacio a nuevos emprendimientos. «La colaboración se ha convertido en la mejor herramienta para salir adelante mientras algunos se replantean el modelo» dijo. Carlos Aguiló, emprendedor en serie y Co Ceo del Wave Tech Hub, recordó que el inicio del año 2014 fue de mucha expectativa por el evento electoral, preparándose así para que en el segundo semestre del año hubiera cierto espacio de paz institucional para avanzar en comercialización que se ha retrasado. Resaltó que el emprendimiento tecnológico es el que más se ha movido en Venezuela. «En el emprendimiento tecnológico podemos ver nuevas marcas que tratan de llenar unas brechas por falta de financiamiento, no hay claridad en movilidad, no hay facilidad en los precios… La tecnología en las franquicias es vital, hay cambiado mucho los precios» señaló.
Pedro Pacheco, presidente de la Asociación Bancaria de Venezuela (ABV), resaltó la importancia de reestructurar la deuda externa del país para que ingresen nuevas inversiones. Recordó que en el 2017 Venezuela hizo un incumplimiento de sus obligaciones de pago de la deuda externa y entró en default. «En un país donde se necesitan grandes cantidades de inversión, hasta que no se reestructure esa deuda, difícilmente entrarán nuevos capitales e inversores que permitan el crecimiento sostenido del país» añadió. Pacheco indicó que el país puede crecer de forma continua durante los próximos 10 o 20 años por encima de los dos dígitos “haciéndolo medianamente bien”, sin embargo, insistió en que se necesita una disposición desde el punto de vista legal para alcanzar esta meta. Destacó que hace tres semanas, la vicepresidencia y la presidencia hicieron anuncios relacionados con impulsar préstamos a emprendedores, además de comunicados sobre la discusión del encaje legal de la que no se tienen detalles. «Actualmente el encaje legal es del 73%, esta supone ser una medida temporal. El encaje real es de 43% porque hay una serie de deducciones que temporalmente la metodología te permite hacer» acotó. El presidente de la Asociación Bancaria de Venezuela, aseguró que lo ideal es que el encaje legal esté por debajo del 43%, informando que se estima que se tendrá el anuncio en las próximas semanas y se podrá ver el efecto en el crédito. También te puede interesar: Asdrúbal Oliveros advierte que Venezuela tiene una deuda equivalente a 150 puntos del PIB, muy por encima de lo que se produce Explicó que se ha solicitado que se simplifiquen los procesos de créditos a emprendedores tras el anuncio de 300 mil préstamos. «Esta es una buena decisión, esta economía podría tener 30 mil millones en créditos, el trecho por recorrer es amplio y la banca tiene esa capacidad instalada porque no ha dejado de invertir en tecnología como el pago móvil» señaló.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que, de acuerdo con un reciente estudio de la empresa para determinar la formas en que paga un venezolano en 10 estados del país, los pagos en bolívares representan el 71%, mientras que los pagos en divisas representan el 29%. Explicó que en las aproximadamente 25 mil transacciones se pudo ver que hay una supremacía importante en el uso del bolívar. «Hay mayor disposición de bolívares, además los medios de pago se han optimizado. El problema es la brecha cambiaria, ya que el dólar se está valorando como un bien de alto valor, no quiere ser usado» añadió. También advirtió que la gente prefiere cambiar los dólares a la tasa más alta, insistiendo en que no se veían estas proporciones de pagos en bolívares desde hace mucho. Oliveros indicó que en bienes básicos como alimentos y medicinas, los pagos en bolívares exceden el 85%, mientras que en electrónicos, electrodomésticos hay una proporción 60-40. Destacó que más de la mitad de estas transacciones en bolívares se hacen por punto de venta, aunque el pago móvil sigue creciendo al igual que el biopago. «Muchos proveedores ligados a tecnología e importados, exigen pagos en dólares… En agosto la liquidación de dólares cayó en 400 millones, una contracción de 60% provocando que las empresas se vuelvan más estrictos en los pagos y sus condiciones» acotó. El economista resaltó que se debe controlar la brecha cambiaria porque complica la dinámica de operación de las empresas. Señaló que los dólares que se están vendiendo hoy en día son los que vienen de la actividad petrolera. «El Banco Central de Venezuela podría hacer más dando una señal de movimiento en la tasa oficial porque esta no refleja las condiciones de equilibrio de la economía y debe ajustarse» dijo. Informó que el objetivo de corto plazo debería ser llevar el dólar a 40 bs en los próximos 30 días. El socio- director recalcó que ese nivel de devaluación es manejable, no provocará un desbordamiento inflacionario y será de ayuda a la economía como un estabilizador del mercado. «Es mejor una devaluación controlada por parte del BCV a entrar en una situación de caos. En la medida que la brecha vuelva a nivel aceptables por debajo de 5% se normaliza la actividad comercial» añadió.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, advirtió que la disposición de los venezolanos para gastar ha bajado por la situación política. Explicó que el mayor impacto de la situación en la economía se da por la incertidumbre. «Cuando los niveles de incertidumbre son tan altos, se genera una paralización en los negocios» añadió. Oliveros indicó que la expectativa del país y el mundo empresarial ante las elecciones del 28 de julio era que la dinámica política se normalizara. Destacó que la mayor preocupación para las empresas es dilucidar cómo podrá ser la gestión de la economía de aquí al final de año. «La baja inflación tiene varios factores, hay acciones de política económica, la dolarización que funciona como un ancla y un consumidor que es muy cuidadoso con los precios, haciendo que las empresas deban contener los ajustes de precios» acotó. También señaló que la tasa anual está en 50%, la más baja en los últimos 10 años, a pesar de que el salario de los venezolanos sigue siendo «precario». El economista aseguró que la ejecución de gasto del mes de julio ha sido la más alta del año. «La liquidación de dólares alcanzó niveles de mil millones en el mes, es el monto más alto de liquidación de divisas desde que se implementó este sistema de intervención desde 2019» dijo.
Asdrúbal Oliveros, socio director de la firma Ecoanalítica, indicó que cada año las intervenciones cambiarias son mayores. Dicha aseveración parte de la reciente develación de julio como el mes de mayor costo de intervención cambiaria en los últimos años, con 250 millones de dólares. El economista afirmó que esto responde a un problema estructural en la economía venezolana: la ausencia de confianza en el bolívar. «Es necesario otro tipo de políticas fiscales y monetarias que restablezca la confianza en la moneda y no forzar el proceso», precisó.
El economista Asdrúbal Oliveros planteó dos escenarios referentes a las medidas necesarias para una nueva etapa económica de Venezuela, de cara a las elecciones del 28 de julio. El socio director de la firma Ecoanalítica aclaró que para el inicio de un nuevo ciclo en el país, con cual sea el candidato victorioso en los comicios presidenciales, estos resultados deben ser reconocidos. «Solo a partir de este reconocimiento, Venezuela pudiera crecer sostenidamente, que es lo que se necesita (…) que la economía tenga un tamaño adecuado», para darle respuesta a los ciudadanos.
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Seguimos los acontecimientos en la península ibérica y en este programa Asdrúbal Barca no tendrá un minuto de descanso, pues se enfrentará a las artimañas de Abilix, la deserción en sus filas y encima, a los hermanos Cornelio Escipión, que harán lo posible por impedirle irse a Italia. Este episodio forma parte de la serie SPQR - La República romana, de Roma Aeterna, puedes escuchar todos los programas que la incluyen aquí: https://go.ivoox.com/bk/10427835 🐺¡No te lo pierdas y compártelo con todo el mundo!🐺 ¡Apoya a Roma Aeterna suscribiéndote desde 1,49 euros al mes! https://www.ivoox.com/support/918392 ¡Suscríbete al canal de youtube de Antigua Roma al Día y completa tu experiencia romana! https://www.youtube.com/@antigua_Roma El Desguace, con Marta G Navarro: https://go.ivoox.com/rf/101038650 - Correo: Romaaeternapodcast@gmail.com - Twitter: @RomaAeternaFM - Instagram: @RomaAeternaPodcast - Ko-Fi (chupito de garum): https://ko-fi.com/romaaeterna - Tienda latostadora: https://www.latostadora.com/romaaeterna - Tienda RedBubble: https://www.redbubble.com/es/shop/ap/128907479 - Linktree, con todas las cosillas que voy haciendo: https://linktr.ee/IbanMartin - Grupo de telegram: https://t.me/GrupoRomaAeterna - Canal de telegram: https://t.me/CanalRomaAeterna - Canal de Whatsapp: https://whatsapp.com/channel/0029VaR4Gpx7YScyu0iC1P2j - Lista de Spotify con las canciones del programa: https://open.spotify.com/playlist/1l03nC2Ezqwn2KquDl5Zdl?si=50ee678d16a242e0 ¿Quieres anunciarte en Roma Aeterna? https://advoices.com/roma-aeterna ¡Muchas gracias por escucharme, esto no sería posible sin ti!
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Con respecto a la situación de Citgo, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, advirtió que Venezuela tiene una deuda equivalente a 150 puntos del PIB, alertando que esto está muy por encima de lo que se produce. Recordó que Venezuela dejó de pagar su deuda, aumentándola a 150 mil millones de dólares y haciendo que los acreedores busquen tener su pago. «Citgo seguirá siendo una filial de PDVSA hasta después de que empiece el nuevo periodo el 10 de enero de 2025, este es un proceso largo» añadió. Oliveros señaló que es un activo estratégico de un mercado energético que puede ser importante para Venezuela. También te puede interesar: Venezuela cobró deuda de 500 millones a Haití en el marco de Petrocaribe Destacó que el 15 de julio no se va a subastar Citgo, solo habrá una audiencia para conocer una fase de oferta. «El riesgo de perder Citgo es alto» acotó.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, alertó sobre las razones de la reciente subida del precio del dólar en el país. Recordó que Venezuela tiene un mercado a través de las mesas de cambio de los bancos donde la tasa es la del Banco Central de Venezuela (BCV), insistiendo en que ahí se hacen el grueso de las transacciones del sector privado. Explicó que en estas últimas semanas, dada la dinámica electoral, la inyección de bolívares ha sido muy grande y las necesidades de dólares han aumentado y no hay suficientes. Oliveros indicó que esa demanda se traslada al mercado paralelo, resaltando que el BCV está vendiendo dólares para cerrar la brecha entre la tasa oficial y el dólar paralelo que genera muchas distorsiones. Aseguró que esta dinámica se verá mucho esta semana, señalando que el país está en una campaña electoral y la ejecución de gasto aumentará con los días, trasladándose al mercado cambiario por más disposición que tenga el gobierno de vender divisas. El economista recalcó que muchos de estos dólares que se venden, no se dan de inmediato y muchos bancos y empresas están recibiendo divisas que les adjudicaron hace 5 o 6 semanas, generando distorsión. Añadió que al tener una tasa de cambio muy por debajo de su punto de equilibrio, hay una presión de demanda. “No creemos que el dólar llegue a 100 bs ni en el corto ni mediano plazo, pero es a lo que debería estar de acuerdo con el punto de equilibrio” acotó. El socio-director de Ecoanalítica pidió que se revisara la política del tipo de cambio y permitir un mayor deslizamiento.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que previo a las elecciones del 28 de julio, el país está viendo un aumento del gasto público por parte del gobierno que empezó en la última semana de abril y que ha afectado la estabilidad cambiaria. Explicó que este gasto está por encima del promedio y genera un impacto en la dinámica de actividad y más inestabilidad en materia cambiaria. Oliveros indicó que la brecha entre la tasa de cambio oficial y paralela se ha abierto, afectando la dinámica de los precios y comercial, insistiendo en que la mayoría de los establecimientos usa la tasa oficial para cobrar, pero muchos de sus proveedores usan la paralela. «Hay más bolívares en la calle y estos buscan drenarse a través del mercado cambiario y las mesas de cambio no tienen divisas suficientes para esta demanda» añadió. Destacó que pare esto, el gobierno tiene dos estrategias, o mayor liquidación o permitir que la tasa oficial se deslice un poco. También advirtió que esta mayor ejecución de gasto se incrementará esta semana. El economista señaló que el flujo de dinero del gobierno viene del tema petrolero, aunque este se ha complicado un poco con la eliminación de la licencia 44. Alertó que el flujo interno de aumento de impuesto también ha sido significativo y se ha convertido en un una gran fuente de ingresos. El socio-director de Ecoanalítica recalcó que el gobierno está dándole mayor calidad al gasto que está haciendo con créditos a jóvenes, mujeres y ancianos, atacando una población importante. «El sector privado tiene mucha incertidumbre sobre lo que pasará en la política, llevándolo a ser muy cauteloso, pero cualquier acto extraordinario está paralizado por los momentos hasta ver como se desenvuelve esto» acotó.
Tras la proyección de la CEPAL de un crecimiento de 4% para Venezuela, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, advirtió que este no se hace evidente en todos los sectores de la población. Explicó que esta cifra no se traduce en bienestar para la población, solo indica que el volumen de actividad tiene una tasa de crecimiento, pero los problemas, especialmente al ser estructurales, no se han resuelto. Oliveros indicó que, para alcanzar bienestar y ver mejoras en la población, se debe crecer mucho y de forma sostenida. «Este crecimiento no es en todos los sectores ni para toda la población, la desigualdad de ingresos sigue y el sector empresarial es quien más capitaliza este crecimiento, pero a medida que este sea sostenido, se sentirá en el resto de la población» añadió. Destacó que los organismos internacionales como el FMI y la CEPAL, tienen modelos robustos y globales, insistiendo en que sus ajustes son independientes de las coyunturas internas. También te puede interesar: Experto augura crecimiento económico después de las elecciones presidenciales en julio El economista resaltó que la CEPAL debe estar viendo como macrotendencia que este es un año electoral donde el tema petrolero se ha mantenido y no han conseguido factores hasta ahora para cambiar estos estimados. «En Ecoanalítica tenemos una previsión parecida a la CEPAL en estos momentos, ligeramente por encima con 5%. Todo crecimiento es positivo considerando que es una economía que cayó muchísimo» acotó. También aseguró que la inflación se ha reducido de forma importante, es decir que su ritmo de crecimiento es más lento. Tras un escenario en el que gane la oposición o que el gobierno se mantenga y tome medidas correctas, recalcó que hay un elemento crucial que es si la elección es reconocida o no internacionalmente. «Esto podría implicar quitar las sanciones, volver a tener peso en organismos multilaterales. El 28 de julio nos jugamos crecer a grandes tasas de forma sostenida, si se garantiza inversión, reestructuración de deuda y se toman medidas para sanear la crisis y estar en 8 o 10 años a la par de otras economías latinoamericanas» dijo. Alertó que de seguir la diatriba política, continuará una economía estancada con bajo crecimiento.
El choque entre Roma y Cartago es inevitable en el Mediterráneo, con el ascenso de la ciudad eterna no hay sitio para dos imperios. Los Barca lo saben y han puesto sus ojos en la península ibérica para tratar de compensar la derrota en la primera guerra Púnica y prepararse para la nueva que vendrá y que ya está de algún modo escrita en los acuerdos de paz y en lo más profundo del devenir de la historia antigua. Con la épica de Amílcar, Asdrúbal y sobre todo Aníbal cruzando los Alpes y acechando Roma comenzará a sellarse el final del dominio cartaginés. Hoy en El Abrazo del Oso completamos un capítulo imprescindible que transformó la historia para siempre. Serie completa De Fenicia a Cartago aquí: https://elabrazodeloso.es/wordpress/tag/de-fenicia-a-cartago/ El Abrazo del Oso 28x25 Guion: Francisco Muriana y Yolanda Barreno Dirección y producción: Eduardo Moreno Navarro Si te gusta el Abrazo del Oso y quieres acceder a más contenidos extra, puedes ayudarnos pinchando en el botón 'apoyar' aquí en iVoox. O pásate por www.patreon.com/elabrazodeloso ¡GRACIAS! www.elabrazodeloso.es iVoox: https://go.ivoox.com/sq/3737 Programa publicado originalmente el 5 de mayo de 2024. Camisetas, bolsas, tazas: www.latostadora.com/elabrazodeloso Canal de Telegram para estar informado: https://t.me/+T6RxUKg_xhk0NzE0 Grupo abierto de Telegram para conversar con el equipo y la audiencia: https://t.me/+tBHrUSWNbZswNThk Twitch: https://www.twitch.tv/elabrazodeloso Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Tras el anuncio de que Estados Unidos reimpondrá las sanciones sobre Venezuela si no se cumplen los Acuerdos de Barbados para una elección libre, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica , aseguró que, aunque esto no será bueno, no representará una tragedia para la economía venezolana. Explicó que el escenario más probable es un marco restrictivo en término de sanciones, pero que no llevará al país a la crisis de hace unos años. Oliveros indicó que se debe contemplar que es altamente probable que la licencia 44 sea revocada, ya que, tras la primera advertencia, este fue el escenario más probable «La licencia 44 es muy amplia, abarca muchas áreas, petróleo, oro, sistema financiero y deuda, así que no necesariamente tiene que revocarse completa, sino en aspectos puntuales. Puede ser revocada y sustituida por una más restrictiva» añadió. Destacó que el marco tan flexible planteado por esa licencia va a desaparecer, insistiendo en que la gran desventaja de esta es que solo duraba 6 meses y ningún inversionista podía planificar con algo que durará tan poco tiempo. El economista alertó que esto también hizo que los beneficios de la licencia fueran muy limitados, sin embargo, esta permitió la importación importante de aditivos y diluyentes para mejorar el tema combustible y permitió ventas hacia India. «Nuestro escenario base manteniéndose la licencia era de un crecimiento de 10% con ingresos de 17 mil millones al año por la vía petrolera, en este marco de una licencia revisada o revocada, sería de 5% con ingresos de 14 mil millones, es decir que el gobierno tendría una disminución de ingresos de 3 mil millones que no es suficiente para que el gobierno ceda en la negociación política” acotó. También señaló que las sanciones son una consecuencia, siendo el problema base la incapacidad de que los acuerdos políticos se respeten y procuren la recuperación del país. El socio-director de Ecoanalítica indicó que no se espera una gran devaluación ni aumento de inflación si se revoca la licencia, advirtiendo que el problema de las importaciones no son las sanciones, sino la caída del consumo. «La operación de Chevron, Eni y Repsol está amparada por la licencia 41 que no está en revisión» dijo.
Tras el rumor que EE.UU. no renovará la licencia temporal que alivió las sanciones en Venezuela a menos que avancen los compromisos de elecciones libres y justas este año, Luis Oliveros, economista, profesor universitario y decano de la Facultad de Ciencias Económicas y Sociales de la Unimet, advirtió que, aunque la flexibilización venga, el ruido de un posible regreso de sanciones hace que las perspectivas económicas en el país se vean afectadas. Indicó que los actores económicos se frenan, y con la incertidumbre y volatilidad, pareciera que no fuera a arrancar el tema económico. «Si volvemos al escenario de no flexibilización de sanciones, el primer efecto en la industria petrolera venezolana es no vender en los mercados naturales como EE.UU. ni Europa, vendiendo, como hace unos meses, a mercados asiáticos» añadió. Oliveros explicó que mantener el ritmo de intervenciones cambiarias que tiene el gobierno en este momento se le hace cuesta arriba. También resaltó que Venezuela es un país muy distinto con sanciones y sin sanciones, insistiendo en que estas están hechas para generar un daño económico que obligue a un cambio político. Recordó que el problema económico del país vino mucho antes de las sanciones. «Quien diga que el problema económico del país se generó por las sanciones está mintiendo» dijo. «Yo creo que más alivio de sanciones es imposible, máximo mantenerlas. El mejor escenario ahorita es que haya cambios, pero no tan profundos en el tema petrolero, porque como le mantienes a Chevron una licencia, pero le dices que no a Eni y Repsol» acotó. El economista aseguró que el crecimiento económico del 10% que se propuso en su momento para este año, ya no está en el tapete, apuntando a un 4%, pero con una economía distinta. También te puede interesar: ¿Volverán las sanciones? Esto dice Asdrúbal Oliveros Alertó que la Venezuela de hace 10 años no volverá, ya que la actual perdió el 70% de su tamaño y tendrá muchos problemas para crecer porque tiene problemas estructurales como el tema de la luz. «Citgo es recuperable sólo si el gobierno y oposición se sientan a resolver los problemas de la empresa y su cantidad de acreedores que reclaman pago. Citgo ha sido un problema de sobreendeudamiento del país, se usó como garantía del país para seguir endeudándose» señaló.
De acuerdo con el excanciller Aguiar, tanto México como Ecuador cometieron faltas en cuanto al derecho internacional. Esto, recalcó, es una parte de lo que viene sucediendo ya hace tiempo entre estos dos países. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Tras el estudio de dolarización realizado por Ecoanalítica para el mes de febrero, Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de esa empresa, aseguró que 45% de las transacciones que se realizan en el país son en divisas, es decir, menos de la mitad. Informó que el 55% de las transacciones en el país se hacen en bolívares, insistiendo en que la razón está ligada a la estabilidad cambiaria y a la reducción de la tasa de inflación. «Tenemos ya varios meses con el tipo de cambio prácticamente anclado al cambio oficial en torno a 36 bs por dólar, eso le empieza a dar confianza a la gente en la moneda» añadió. Oliveros advirtió que con el IGTF los pagos en divisas también han dejado de crecer, ya que este funciona, no tanto como un ingreso que cambia mucho, pero tiene un rol de contención frente al uso de los dólares. Explicó que las tres ciudades donde más se usan divisas son San Cristóbal, donde el 80% de los pagos se hacen con una moneda distinta al bolívar, pero comúnmente son los pesos colombianos, seguido por Margarita con 68,5% y Lechería con 66%. «Casi el 90% de las divisas que se usan en San Cristóbal son pesos» acotó. También destacó que las tres ciudades donde más se usa el bolívar son Barquisimeto con 41%, Caracas con 34% y Mérida con 16% de pagos con bolívares. También te puede interesar: Pagos con tarjetas en divisas están exonerados del IGTF hasta 2025: ¿Qué debemos saber? El economista indicó que cuanto más costos es el bien, más dolarización hay. «74% de los pagos en electrodomésticos se hacen con divisas, en electrónica 71% y en repuestos 80%» dijo. Resaltó que la mayoría de las transacciones fueron en alimentos, así que lo que pasa ahí es determinante para el estudio. El socio-director de Ecoanalítica señaló que 44% de los pagos de alimentos fueron en divisas, en servicios de salud 40,6% y en cuidado personal 39%. «Repuesto y electrodomésticos son rubros que requieren un poco más de ahorro y planificación» recalcó. Insistió en que el efectivo sigue siendo rey en todos los rubros ya que 74,2% de las transacciones en divisas se hacen en efectivo, disminuyendo el pago en aplicativos como Zelle. Este estudio que se realizó durante el mes de febrero, abarcó 10 ciudades del país, 41 mil transacciones en 482 establecimientos comerciales y 7 rubros; electrodomésticos, repuestos, electrónica, ropa, calzado, alimentos, servicios de salud y cuidado personal.
Referente a los nuevos métodos de financiamiento en Venezuela, Asdrúbal Oliveros, economista y socio – director de Ecoanalítica, aseguró que hay que diferenciar entre el crédito bancario y estas modalidades que le permiten al usuario pagar por cuotas sin intereses. Explicó que los comercios deben tener mucho cuidado con esto porque, dependiendo de cómo se diseñe el producto, puede entrar en regulaciones de la Sudeban. «Por ejemplo la aplicación Cashea, que es de pago por cuotas sin intereses, esta está regulada por Sudeban» añadió. Oliveros indicó que si se saca una publicidad de figuras de este tipo con condiciones que no son las idóneas, el negocio puede estar sujeto a inspección y multa por parte de entes como este. También te puede interesar: Urge reactivar el crédito bancario en Venezuela para incrementar producción y frenar inflación, señala economista Recordó que por la euforia de los comerciantes y sus ansias de vender, en ocasiones sacan una propuesta de este tipo, pero si no está bien pensada puede ser «un dolor de cabeza«. «Hay generaciones que no saben lo que es un crédito y su primera experiencia cercana es Cashea» acotó. El economista insistió en que la tasa de morosidad del venezolano es buena, es un buen pagador, sin embargo, hizo un llamado a los comercios a diseñar bien los productos de financiamiento incluyéndoles un perfil de riesgo que tome en cuenta la morosidad, el fraude y las personas ficticias. Por su parte, Ginette González, periodista y ancla del programa ‘2 + 2' en Unión Radio Noticias, señaló que los créditos en Venezuela son limitados a pesar de los esfuerzos que se han hecho, sin embargo, los comercios sacaron sus propios métodos, como Cashea. Resaltó que métodos como este no son realmente créditos porque no se cobran intereses, pero si se paga por partes. «Los comercios también empezaron a sacar sus propios créditos…Hay analistas que se han preguntado ¿a qué nivel hemos llegado que tenemos que financiar hasta una entrada de cine?» dijo. La periodista destacó que en diciembre se pudo ver con ropa y zapatos, que estas modalidades están en el microcomercio, sin embargo, informó que se ha visto en equipamiento del hogar, cocina, muebles. Recalcó que, respecto a las ofertas, que hay que fijarse, especialmente en productos de farmacia, ya que muchos no han cumplido la cadena de frío y tratando de ahorrarse algo terminan gastando más.
- Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que este año la devaluación en el país no se desbordará porque el gobierno tiene una mejora en su flujo de ingresos. Sin embargo, explicó que la inflación está por encima de la devaluación, provocando presiones a futuro en la devaluación que, aunque no se concreten este año, son una bomba de tiempo. Oliveros destacó que «no es descabellado» que ocurra una reducción de la inflación en Venezuela, indicando que, la manera de gastar sin crear presión inflacionaria, es teniendo buenos ingresos que permitan contener el tipo de cambio. «Parte de los dólares que voy a percibir por ingresos, los destino a ventas masivas en el mercado cambiario para contener el dólar a pesar de aumentar el gasto público, evitando que la inflación se desborde» añadió. También resaltó que se espera que este año los ingresos del estado venezolano incrementen por la relajación de las sanciones, sin embargo, existe mucha incertidumbre con este tema. El economista señaló que en la elección presidencial, siendo la más grande de las elecciones, se espera que el gobierno tenga todos los incentivos para tratar de mejorar su competitividad electoral. Advirtió que en una dinámica electoral lo prioritario será gastar, insistiendo en que el gobierno no va a sacrificar esa capacidad de gasto por tener la inflación a raya, pero todo dependerá de los ingresos. «Creo que la estrategia del gobierno de vender dólares en el mercado cambiario, seguirá para contener un poco la tasa de cambio» acotó. El socio-director de Ecoanalítica alertó que el rescate del bolívar se hace con acciones que busquen la confianza, especialmente con disciplina fiscal. Recalcó que se necesita que las políticas económicas sean sostenibles en el tiempo y que los actores que deciden en el BCV tengan cierta independencia, al igual que la dinámica económica no esté sometida a temas políticos. «Es difícil para el común denominador percibir estas mejoras. El ritmo de subida de los precios es más lento que en otros años, pero igual suben, afectando a la gente, además, los salarios en promedio están más bajos de lo necesario para vivir» dijo. Aseguró que la desconexión de la gente con el tema de la inflación y si representa un mejora, se debe a los bajos ingresos de los trabajadores. «El común de la gente confunde crecimiento con bienestar, este primero no garantiza el bienestar»
In the first of a three-part series, Asdrúbal talks about leaving his home and family in Venezuela and making the long journey to Carbondale. He's part of a group of over a hundred migrants who have arrived in the Roaring Fork Valley in recent months.
Tras el artículo publicado por el portal «Tal Cual» sobre un aumento del presupuesto nacional de 40% con respecto a 2023, Asdrúbal Oliveros, socio-director de Ecoanalítica, aseguró que este estaría basado en el aumento en el flujo de ingreso por la relajación de sanciones y los gastos que conlleva un año electoral. Explicó que el presupuesto de la nación tiene años que no se publica de manera convencional. Oliveros resaltó el primer elemento a destacar en el tema del alivio de sanciones es que se elimina el descuento con que se vende el petróleo, insistiendo en que, aunque no aumente la producción petrolera, hay un aumento importante en el flujo de ingresos por esto. Indicó que en el Presupuesto de la Nación de 2024 hay que mirar cuánto se va a destinar en sueldos y salarios, en inversiones e infraestructura y se contempla endeudamiento. «El Gobierno esta subestimando sus ingresos 2024, como está acostumbrado, para luego manejar de forma discrecional estos recursos» añadió. El economista destacó que es una necesidad el crédito porque es el vehículo que permite el financiamiento. Señaló que en Venezuela desde 2017 hay una caída del crédito y hoy es muy pequeño. «Nuestra cartera de créditos, que ha subido gracias al esfuerzo de los bancos, está a 1300 millones de dólares, que equivale a 1.5 del PIB mientras que en América Latina es de 40» acotó. También recalcó que se espera que en 2024 haya aumento en el crédito para empresas, recalcando que `para particulares será difícil por el contexto del encaje legal. El socio-director de Ecoanalítica aseguró que hoy en día el encaje no tiene sentido porque ahora el crédito no genera presión cambiaria por la indexación de estos. «2024 será un año de crecimiento para Venezuela, la duda es cuanto será la cifra. Desde nuestra firma estimamos 9%. Mucho desde el rubro de servicios profesionales» dijo.
La variación del tipo de cambio siempre es un tema que da de qué hablar en Venezuela ¿Qué esta pasando con el dólar? ¿Por qué sube o baja? o en este caso se ha "estabilizado". Hablar de economía en Venezuela está asociado a hablar del dólar, por qué sube o baja y ¿Cuáles son las estimaciones de los expertos? Sin duda entender el dólar, o tratar de entenderlo a partir de la data y la historia del país es uno de los roles de nuestro tertulio Asdrúbal Oliveros y su firma Ecoanalítica y el día de hoy nos actualiza acerca de qué ha pasado este año con el dólar, así como cuales son las proyecciones del mismo (a partir del modelo y data que se debe ir ajustando), lo cual resulta muy útil para todos los que hacemos vida en el país. Bien dice nuestro tertulio que en Venezuela tenemos un "trauma económico" con el dólar, pues muchos dicen que no hay dolar caro, mientras que otros entienden que manejar de manera adecuada los bolívares, dólares y el precio de tus productos es una de las cualidades de los gerentes venezolanos hoy en día. Como segundo tema conversamos acerca de los ETF ¿Qué son? ¿Cuál es su valor como instrumento de inversión? nuestro tertulio José Miguel Farías nos comparte su experiencia en este interesante tema. No podemos despedirnos sin agradecer a nuestros patrocinantes Clabe Ganadera, Venezuelan Cargo Brokers, Banplus, Rem Media Consulting y Bpoint de Supercable. #venezuela #dolar #economia #podcastvenezolano
Los venezolanos votarán el domingo en un referéndum para decidir si el país debe crear un estado propio dentro de una amplia franja de su vecina Guyana, rica en petróleo; una medida que ha sido denunciada por Guyana como un paso hacia la anexión y ha suscitado preocupaciones de un posible conflicto militar entre las dos naciones sudamericanas. En entrevista, Asdrúbal Aguiar, exministro del Interior y Justicia de Venezuela, analiza este proceso de consulta y los riesgos que implica.Para conocer sobre cómo CNN protege la privacidad de su audiencia, visite CNN.com/privacidad
Los venezolanos votarán el domingo en un referéndum para decidir si el país debe crear un estado propio dentro de una amplia franja de su vecina Guyana, rica en petróleo; una medida que ha sido denunciada por Guyana como un paso hacia la anexión y ha suscitado preocupaciones de un posible conflicto militar entre las dos naciones sudamericanas. En entrevista, Asdrúbal Aguiar, exministro del Interior y Justicia de Venezuela, analiza este proceso de consulta y los riesgos que implica.Para conocer sobre cómo CNN protege la privacidad de su audiencia, visite CNN.com/privacidad
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que la masa de dólares en Venezuela es cuatro veces lo que se tiene en bolívares, insistiendo en que puede ser un impulso al mercado de valores. Explicó que es necesario que el mercado de capitales se abra a la dolarización en Venezuela. Oliveros indicó que se mantiene la previsión que de continuar la relajación de sanciones, la economía puede crecer entorno a 8 o 10%, y quizás más si se dan otras condiciones. Destacó que la recuperación del consumo pasa por la recuperación del salario y estos no se decretan, se dan si se aumenta la productividad. El economista resaltó que la plena recuperación del consumo va a venir atada a la recuperación del salario. «Si el año próximo hay más movimiento en ventas, hay un dinamismo que se puede dar en la economía con buenos resultados en el sector privado y se puede traducir en mejores salarios» añadió. Señaló que el año que viene, el Gobierno tendrá más flujo de ingresos y en el escenario más conservador tendrá 65% más. También te puede interesar: Oliveros asegura que en Ecoanalitica registran que precios en dólares de productos han bajado en Venezuela. El socio-director de Ecoanalítica recalcó que en elecciones legislativas el gobierno no ha gastado tanto, pero esta no es una elección de este tipo, pero aquí se juega el poder y reconocimiento internacional, implicando una ejecución de gasto mayor, pero no se desbordará «Venezuela tiene una capacidad instalada para un país que no existe, por eso debe ser usada para exportar y nuestro mercado natural es la región andina y debe trabajarse para ello a pesar de la competencia» acotó. Recordó que el mercado inmobiliario es de nichos en Venezuela, determinado por zonas especificas de algunas ciudades del país. Oliveros insistió en que mientras no haya crédito en Venezuela, será muy complicado que el sector inmobiliario crezca como se necesita. «Hay que potenciar el sistema de emprendimiento. Es un sector que necesita recursos y formación. Venezuela necesita una reforma de la Seguridad Social» dijo.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que en 2024 se pueden ver algunos signos de mejora en el país si se mantiene la dinámica como está con los acuerdos que se firmaron y hay una mejora de flujo de caja para el Ejecutivo. Indicó que este podrá tener más recursos para tratar de aumentar el gasto público y salarios. Oliveros explicó que el gran problema en Venezuela es que, para poder garantizar un crecimiento sostenido en el tiempo, se deben atacar los problemas estructurales, y eso pasa por la construcción de acuerdos. Destacó que hay factores estructurales que pesan sobre Venezuela más allá de la dinámica de la coyuntura. «Los problemas de servicios públicos, impiden el normal desenvolvimiento de las actividades productivas» añadió. Resaltó que estas fallas impiden que se incremente la capacidad de producción en muchas industrias, además de la falta de créditos. El economista recordó que las fallas de combustible afectan esta dinámica generando problemas para el transporte terrestre en el país. «El sector privado para suplir esta falla ha tenido que hacer grandes inversiones para poder garantizar tener electricidad, entre otros servicios y esto afecta su estructura de costos» acotó. Señaló que el factor más relevante que incide en la contracción de este año, es la pérdida del poder adquisitivo. El socio-director de Ecoanalítica recalcó que el año pasado hubo una ligera recuperación de poder adquisitivo que permitió un aumento importante del consumo. «El consumo privado creció el 15% el año pasado, pero esa mejora no se mantuvo en el tiempo» dijo. También advirtió que el país está inmersos en un círculo vicioso cuyo elemento central es la falta de poder adquisitivo que incide fuertemente el consumo y desacelera la economía. Informó que los problemas estructurales son de solución larga y amerita consenso entre los actores. «La desigualdad hay que trabajarla y es un problema de solución lenta y multifactorial donde hay elementos ligados a políticas públicas despolitizadas»
En el marco de la visita de Nicolás Maduro a China en búsqueda de «tomar experiencias de crecimiento de China para aplicarlas en Venezuela», Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, recordó que la literatura económica refleja que no puedes replicar al 100% modelos de un país a otro. Explicó que en estos traspasos siempre el peso de las idiosincrasias, las instituciones y la historia es grande. Oliveros indicó que el desarrollo chino engloba una industrialización grande que la convierte en la fábrica del mundo y Venezuela, por el contrario, está lejos de eso. «Venezuela está sufriendo un proceso de desindustrialización muy agresivo. China produce en masa y a bajo costo, mientras que producir en Venezuela es muy costoso» añadió. Destacó que con esta visita pareciera que se quieren buscar recursos y reactivar la relación, que en el plano político se ha mantenido, pero en el plano económico ha tenido altibajos. El economista aseguró que se busca revitalizar esas relaciones, sobre todo porque en los próximos meses el gobierno venezolano buscara mantenerse en el poder y reelegirse. Referente a la falta de activación de relaciones con EE.UU. insistió en que cabe la visión de pensar que prefieren hacer negocios con China porque se sienten más cómodos políticamente. «Sería excelente venderle petróleo a EE.UU. porque han sido nuestros socios históricos, tenemos intereses con Citgo, nuestro petróleo es bien recibido porque tiene las maquinarias para él» acotó. Señaló que poder venderle petróleo a EE.UU. sería positivo porque se vendería sin descuentos y reduciría la deuda con Chevron que es el suplidor más importante del mercado cambiario, ayudando a que la devaluación no sea peor. El socio-director de Ecoanalítica indicó que la posible reactivación del sector petrolero generaría también un gran impacto en zonas que viven del petróleo como Zulia y Anzoátegui. «Para Venezuela también es muy importante reactivar la venta directa de crudo a China» dijo. También explicó que no esperábamos un nivel de contracción como el que ha tenido la economía venezolana en los primeros 8 meses del año, esperando que haya alguna reactivación en los últimos meses.
Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que dentro de los últimos dos meses, los precios en divisas han caído, pero no los precios en bolívares. Explicó que si se suben los precios en dólares, los usuarios y no comprarán. Oliveros destacó que en julio y agosto, los precios en dólares han sido negativos y uno de los sectores que más ha sufrido esa baja es el de restaurantes. «Ya no pueden seguir subiendo los precios de los menús porque sino quienes van ya no podrán ir» añadió. Con respecto las cifras de cierres de restaurantes que dio la cámara encargada, indicó que cuando ocurren estas dinámicas de inversiones masivas en un sector, este se satura, y llega el un punto en el que abrir un restaurante está por encima de la capacidad real de demanda. «No hay en Caracas suficientes personas que puedan ir a un restaurante para la cantidad que hay» acotó. El economista resaltó que el universo que enfrentan las empresas venezolanas tiene que ver con distintos aspectos adversos. También te puede interesar: Ecoanalítica: solo 1 de cada 5 dólares en Venezuela circulan dentro del sistema financiero Advirtió que los costos de producción están creciendo por las ineficiencias del país, competencia desleal y dinámica del tipo de cambio, encareciendo sus precios. «El consumidor está en condiciones adversas y está ávido de un producto más barato y no está viendo si tiene los permisos o no» dijo. Señaló que el país se ha fracturado y hay muchos países en uno, asegurando que las dinámicas cambian de una ciudad a otro, haciendo que se deban cambiar las estrategias.
Ecoanalítica muestra el peso que está teniendo en el presupuesto familiar mensual el pago de la gasolina a 0,50 centavos. Alimentos ocupa el 55%, medicina 15% y en tercer lugar la gasolina. Asdrúbal Oliveros, economista y socio-director de Ecoanalítica, aseguró que hoy en día en Venezuela, gasolina y transporte es el tercer elemento de peso en el presupuesto familiar. Explicó que el país pasó de ser una economía con unos niveles de subsidios enormes y una expresión de ese era el tema del valor de las tarifas, nadie lo consideraba importante, a un gran encarecimiento. Oliveros indicó que Venezuela ha pasado a un extremo donde los servicios se han encarecido muchísimo y mientras los salarios siguen siendo muy bajos, generando una gran desigualdad. «A diferencia de otros países donde se cuida el consumo de agua y electricidad por los altos costos, aquí eso no pasaba» añadió. Advirtió que se ha perdido la calidad de vida por el encarecimiento del país y la falta de salarios a esta altura. También destacó que la escasez de combustible en áreas del país tiene un gran paso, ya que hasta el combustible dolarizado puede escasear. «Hay una disminución del peso de la gasolina subsidiada, cada vez son menos las bombas con gasolina subsidiada, entonces, pagar 0.5 dólares por litro tiene un peso en el presupuesto familiar» acotó. El economista resaltó que Caracas es hoy de las ciudades más caras de Latinoamérica. Recordó que antes del 2012, en Venezuela se fueron acumulando los problemas y no se prestaba atención a las señales. También te puede interesar: Lo que debe saber del abastecimiento de gasolina en Venezuela «En la campaña de ese año hubo un gasto público enorme porque el objetivo del gobierno era ganar a toda costa y viene en 2013 con la resaca de este daño» dijo. El socio-director de Ecoanalítica señaló que en 2013 muere Hugo Chávez y el país ya tenía un problema de flujo de caja importante como consecuencia de este gran gasto. Recalcó que si en ese momento se hubieran tomaron los correctivos con programas de estabilización y Venezuela no hubiese llegado a los niveles de crisis del 2015 al 2018, exacerbando los desequilibrios. «Venezuela tiene potencialidades para competir con el mundo con el tema energético, gas y petroquímica» aclaró.
Asdrúbal Aguiar agosto 14 de 2023
Asdrúbal Aguiar- jurista, político y escritor venezolano. Profesor Titular de Derecho Internacional y DDHH Tema: conversaciones de Petro con la oposición venezolana
Jake and Jordan begin the show by discussing the Astros signing of José Abreu. Is this franchise experiencing Enlightened Absolutism under the rule of Jim Crane? Then, they touch on the insanity that is the Aaron Judge bidding war. Next, they are joined by Daniel Álvarez-Montes from El Extrabase (@DanielAlvarezEE) to talk about the Venezuelan Home Run derby, Asdrúbal Cabrera's punch in the Winter League that resulted in an all out brawl, and more. Finally, the boys bring on Producer Chris to talk about the Socceroos incredible win over Denmark.