POPULARITY
Presenting episode 115 of the Skwigly Animation Podcast! In this episode we welcome Chris Sanders, director of the Dreamworks feature 'The Wild Robot' out in UK cinemas now and adapted from Peter Brown's #1 New York Times bestseller. The epic adventure follows the journey of a robot—ROZZUM unit 7134, “Roz” for short — that is shipwrecked on an uninhabited island and must learn to adapt to the harsh surroundings, gradually building relationships with the animals on the island and becoming the adoptive parent of an orphaned gosling. Also discussed in this episode: Remembering Emma Calder, upcoming Manchester Animation Festival highlights, Cardiff Animation Festival's special presentation of Robert Morgan's 'Stopmotion', the return of Feathers McGraw in Wallace and Gromit's upcoming feature 'Vengeance Most Fowl', kvetching about 'Carol and the End of the World' and 'The New Norm', the furore around 'Velma', Mackinnon and Saunders' brilliant work on 'Beetlejuice Beetlejuice', and the completion of the second Skwigly book 'Intimate Animation' (due March 2025)
Chris and Alex continue their journey back through the Fantasy/Animation podcast with this reminder of an early episode looking at the Disney animated musical Aladdin (Ron Clements & John Musker, 1992), which featured as its special guest Steve Henderson - Editor of the Skwigly Online Animation Magazine and Director of the Manchester Animation Festival. Originally recorded as Episode 21 back in May 2020, this instalment appeared just before the Guy Ritchie-directed remake that was covered on the podcast almost exactly a year later, and marked Fantasy/Animation's first look at the Disney Renaissance, as well as featuring turns to the star voice, digital VFX imagery, and animation's own history of Orientalist imaginaries. **Fantasy/Animation theme tune composed by Francisca Araujo** **As featured on Feedspot's 25 Best London Education Podcasts**
Johannes Franke spricht mit dem Regisseur Toby Genkel über den Entstehungsprozess von Maurice der Kater. Der Film basiert auf dem Roman “The Amazing Maurice and His Educated Rodents” von Terry Pratchett und feierte seine Festivalpremiere im November 2022 auf dem Manchester Animation Festival und wurde Anfang 2023 auf dem Sundance Film Festival gezeigt. Sie sprechen auch über Toby Genkels Motivation, an Kinderfilmen zu arbeiten, und über die besonderen Herausforderungen, die ein Animationsfilm mit sich bringt.
O filme “Nayola”, a primeira longa-metragem de animação de José Miguel Ribeiro, retrata o impacto da guerra civil angolana na vida de três mulheres: Lelena (a avó), Nayola (a filha) e Yara (a neta). Inspirada na peça “A Caixa Preta”, de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, com argumento de Virgílio Almeida, o filme mostra que "as guerras nunca terminam" e que as lutas por um mundo melhor se podem perder se as vozes se calarem. Em 1995, Nayola deixa a sua bebé Yara com a avó, Lelena, para procurar o marido desaparecido em combate, durante a guerra civil angolana. Em 2011, Yara é uma "rapper" e activista dos direitos humanos perseguida pela polícia. Dois percursos paralelos que crescem em duas linhas temporais que não se conseguem encontrar. Duas vidas que reflectem um país dilacerado pelas guerras do passado que contaminam o presente. "Ninguém volta da guerra", ouve-se no filme "Nayola", uma história que também é de esperança por um futuro melhor enquanto houver vozes comprometidas com um sonho comum.O filme estreou em França simbolicamente a 8 de Março, Dia Internacional dos Direitos da Mulher, vai estrear em Angola a 31 de Março e chega aos cinemas portugueses a 13 de Abril. Depois do circuito dos festivais e de ter conquistado vários prémios, o realizador José Miguel Ribeiro diz que o maior prémio é que os angolanos sintam o filme como deles e começa por descrever como é que a luta pela construção de uma família também reflecte a luta pela construção de um país.RFI: Como é que resume a história do filme “Nayola”?José Miguel Ribeiro, Realizador de “Nayola”: Nayola conta a história de três gerações de mulheres angolanas que resistem e sonham com um país melhor e lutam por um país melhor, bem melhor, e tentam no meio dessa luta conciliar aquilo que é a construção de uma família com a construção de um país.É uma história que se baseia no texto teatral "A Caixa Preta" do angolano José Eduardo Agualusa e do moçambicano Mia Couto. O que é que o levou a querer adaptar esta obra?Quando descobri a obra que me foi mostrada pelo Jorge António, um amigo realizador que vive em Angola há mais de trinta anos, foi ele que mostrou a peça de teatro antes de ela ser publicada. O que me pareceu interessante nessa peça de teatro era essa dimensão humana destas três mulheres e a forma como tocadas pela guerra, uma guerra imensa que foi a guerra da libertação - são 13 anos mais 27 anos de guerra civil - foi um percurso enorme de sofrimento do povo angolano.O que eu gostei na peça de teatro é essa dimensão humana e quando digo humana é porque todas estas três personagens têm as suas qualidades, mas também têm os seus segredos, os seus lados menos positivos e todas elas lutam e mostram-se de uma forma bastante humana. Essa dimensão humana das personagens foi uma das coisas que mais gostei, a forma como eles as escreveram, como nós tentámos depois também trazê-la de uma forma, se calhar, mais simbólica. Acrescentámos a viagem da Nayola ao passado, à procura de marido, que não existia na peça de teatro; introduzimos uma Medusa que é uma 'rapper' que também não existia como 'rapper' na história do Mia Couto e do Agualusa. Houve um trabalho de contaminação também da história de Angola e daquilo que nós fomos acompanhando: o caso do Luaty Beirão e dos 15 activistas que foram presos. Enfim, o filme demorou nove anos e durante esses nove anos o mundo não esteve parado, esteve sempre a mudar e casos como a morte de George Floyd foram casos que me influenciaram nas tomadas de decisões artísticas também.Falou da dimensão humana, mas há também uma dimensão militante muito forte de mulheres. A história anda à volta de três mulheres. Todas elas lutam à sua maneira: uma vai para a guerra; a outra faz rap e é procurada pela polícia porque, como diz um dos personagens "o rap é guerrilha" e o poder estava "com medo das músicas" dela. No quarto da Yara temos um cartaz a dizer "Feminists" e estreou o filme em França a 8 de Março, Dia Internacional dos Direitos da Mulher. Quis mostrar esta força das mulheres? Era necessário?Eu acho que sim. Continua a ser necessário. Infelizmente continuamos num mundo muito machista, onde o espaço das mulheres tem que ser conquistado com luta e com força e são, de facto, as mulheres que têm feito essa luta. Eu acho que é nossa obrigação - também homens - juntar-nos a essa luta e antecipar esse equilíbrio na sociedade porque já não se compreende como é que temos uma sociedade continuamente machista que impõe às mulheres um desgaste todos os dias de energia para conseguirem coisas que os homens já têm há tanto tempo.A música está sempre no filme. Até na guerra civil um dos soldados tem uma guitarra e na Luanda de 2011 do filme a Yara é uma "rapper" perseguida como já foi Luaty Beirão e tantos outros. No filme, conta com as vozes de Bonga e da "rapper" Medusa que dá voz a Yara. A cantiga como arma também guiou o filme?Sim, aliás, a música com que nós fechamos o filme é a música do Bonga 'Mona Ki Ngi Xiça', que foi uma música do primeiro álbum que ele já gravou na Holanda - quando teve de fugir do regime fascista português e refugiar-se na Holanda - e essa música por si só, e também todas as primeiras músicas do Bonga, eram essa manifestação de resistência e de luta. Primeiro, ainda contra o ocupante, o colonisador Portugal e, depois, a Yara, neste momento, é a luta contra a injustiça social que ela identifica no país e pelas quais ela se defende. A luta continua. A democracia e a conquista dos direitos e da justiça num país não é nada que se possa dizer que está conquistado e está garantido. É uma luta permanente, constante e talvez para os europeus é mais visível a de Angola, mas na Europa há muitas lutas também ainda a fazer e há muitas conquistas que se podem perder.Porque é que quis focar-se em Angola? Que memórias de África é que o levaram a querer fazer este filme sobre Angola?Eu cresci com álbuns do meu pai na Guiné-Bissau que foi militar das forças portuguesas na altura da guerra colonial - como muitos portugueses que não tiveram alternativa, era imposta essa permanência e essa luta contra as colónias. Eu cresci a ver álbuns do meu pai em cima de árvores, vestido de militar, com macacos ao lado. Imagens que eu, na minha inocência de criança, achava muito exóticas e muito distantes. Depois fui crescendo, felizmente tivemos o 25 de Abril em Portugal, a chegada da democracia, a independência das colónias, mas infelizmente fui acompanhando a guerra civil, especialmente em Angola e Moçambique, mas em Angola com mais violência e que durou ainda mais tempo.Angola não é propriamente um tema distante de mim, acho que de nenhum português. Mas conhecia muito pouco Angola, confesso, e quando comecei este trabalho tive que reconhecer a minha ignorância e fazer uma longa pesquisa de mais de cinco anos a ler tudo o que apanhava, a ler também altos autores para além do Agualusa, Pepetela, fazer a minha investigação pessoal para depois, já num processo criativo, poder fechar os livros, escutar a minha memória dessa experiência que foi longa e grande e onde aprendi muito.Aprendi essencialmente a sair da minha posição de ocidental porque essa é talvez a grande aprendizagem deste processo criativo de fazer este filme. É que em Portugal e na Europa continuamos muito limitados na capacidade de nos meter no lugar dos africanos. E quando lá estamos e quando começamos a aproximar-nos, aí é que vemos a distância entre aquilo que é o olhar de África sobre a Europa e o olhar da Europa sobre a África. É uma distância enorme.Vamos então ao processo criativo. As máscaras africanas são um padrão central no filme, mas também as cores quentes, os rituais, as pontes entre vivos e mortos. Como é que construiu o universo gráfico de Nayola?As máscaras influenciam a arte na Europa há muito tempo, desde o Picasso, com o Cubismo que teve influência das máscaras; o Modigliani que também utilizou muito as máscaras para um momento da criação da sua obra. Eu estudei essa arte contemporânea e não podia ficar indiferente à capacidade de síntese e à beleza e força gráfica das máscaras. Para mim, as máscaras africanas já me influenciavam nos meus filmes anteriores, antes de eu fazer um filme africano.Quando eu decidi avançar para este projeto, era óbvio que as máscaras tinham que ser centrais na construção dos personagens até porque elas também são referidas na própria peça de teatro do Mia e do Agualusa. Há um momento em que a Yara diz: "Toda a gente devia usar uma máscara que mostrasse aquilo que nós realmente somos". Com base nessa evidência, nessa presença das máscaras na peça, eu fiz uma pesquisa ainda mais profunda e tentei encontrar uma coerência para a utilização das máscaras e, até, do design das personagens que justificasse também porque é que usamos máscaras. Usamos as máscaras para nos proteger ou para nos mostrarmos? É um questionamento que eu faço no filme e desenvolvo, depois, graficamente as personagens.Parece que o desenho e as cores acompanham tempos paralelos. O passado, de Nayola, à procura do marido na guerra e no mato, e o presente, de Yara, em Luanda. Houve essa vontade de marcar graficamente diferentes universos e tempos?Sim, porque, na verdade, o momento presente é o pós-guerra, o passado é a guerra. Se há alguma coisa que a guerra tem é a intensidade. Tudo é intenso. Na guerra não há meio termo. O que se sente, o que se vive, o que se sofre, é tudo intenso e eu tentei graficamente mostrar essa intensidade com a utilização de uma paleta gráfica muito forte, com cores fortes como os amarelos, os laranjas, os vermelhos, os verdes puros, quase puros. Uma textura, também, sem ser muito trabalhada, crua, e um movimento a nível da animação. Usámos o 2D no passado e animação 3D no presente. Uma animação 2D também muito expressiva e muito intensa e, portanto, eu faço esse contraste entre um passado intenso e plasticamente marcante para um presente mais próximo do fotográfico, uma visão fotográfica com uma dimensão também mais real, se quisermos. É desse contraste que se cria a relação entre um país em paz e o país em guerra e como a guerra continua a tocar a paz do país, mesmo depois de já ter acabado. É esse zigue-zague porque o filme é construído com saltos temporais do presente para o passado exactamente para reforçar essa ideia de que o passado continua a influenciar-nos mesmo que já esteja um bocadinho distante.Uma das frases mais pungentes do filme é "Ninguém volta da guerra". Há também outra frase: "Lutam melhor os que têm belos sonhos. As armas também matam sonhos". Que mensagem é que quis deixar com este filme para a Angola de 2023?Eu acho que é para Angola, mas é para o mundo todo também. Eu acho que as lutas, as guerras nunca terminam. Aliás, eu estava agora a ver uma entrevista de uma viagem que fizemos a Angola em que estivemos a mostrar o filme. Estivemos em Luanda, Benguela e Lubango e há uma das pessoas que nós entrevistámos que nos disse de uma forma que eu acho muito directa e muito visível que a guerra continua. A guerra, claro que não tem se calhar essa dimensão de guerra no sentido de uma violência mais bárbara, mas é uma guerra de procura de um país melhor, de um país sonhado, das pessoas se reverem naquilo que é o seu país, de sentirem que estão a construir qualquer coisa que é um sonho comum e isso, para mim, é fundamental não só em Angola como no mundo todo.A guerra, essas batalhas pela justiça, pela paz, pela distribuição equitativa da riqueza, pela tolerância, são guerras todos os dias. A Yara representa isso, representa a nova geração de jovens comprometidos com um mundo melhor que não se consegue se ficarmos todos em casa. Esse mundo só se consegue quando as pessoas saem e mostram aquilo que querem e não se resignam àquilo que é a condição que lhes querem impor. Eu acho que essa luta, no dia em que nós nos calarmos, ela é perdida, portanto, é importante as pessoas ouvirem-se e fazerem-se ouvir.E o José Miguel Ribeiro não pretende calar-se... Teve antestreia em Luanda, em Fevereiro, e chega ao circuito comercial angolano no final de Março. Quando exactamente e como é que tem sido a recepção em Angola?Na semana que estivemos, e que foi uma semana muito intensa, estivemos com os produtores belgas, também nos acompanharam produtores franceses, com o Jorge António que vive lá e o Henrique, a Medusa também andou connosco. A sensação que tive foi que as pessoas primeiro se emocionaram muito e também se riram muito porque a cena do tio e do sobrinho, que afinal descobrem que estão a lutar em lados contrários, é uma cena hilariante no sentido em que as guerras muitas vezes sabemos como as começamos, mas depois já não sabemos bem porque é que elas existem, porque as pessoas às tantas estão todas a lutar do mesmo lado mas lutam umas contra as outras.O que me tocou mais também foi sentir que as pessoas sentiram o filme como um filme angolano. Um filme que é deles, que é a realidade de Angola, são as lutas deles e é a Angola do passado mas também uma Angola do presente e do futuro. E aí foi o que eu tentei também fazer porque a peça de teatro foi escrita pelo Mia Couto e pelo Agualusa algures em 2011 e esta dimensão mais actual trazida pela Medusa foi também uma intenção de não fazer um filme só a falar do passado mas que fale também do presente e do futuro. Os angolanos reveem-se neste filme, naquilo que são as suas lutas actuais também por um país mais justo, mais equilibrado, mais democrático. Enfim, o país é uma construção, nunca acaba, mas eu fiquei assim muito tocado de os ver falar do filme como se estivessem a falar de um filme angolano. Para mim, é o maior prémio que posso ganhar depois de fazer este filme, é sentir os angolanos a sentirem o filme como um filme deles, que é isso que eu tentei fazer.Quando é que o filme se vai estrear exactamente em Angola?Em Angola é 31 de Março. Em Portugal, sai a 13 de Abril. Em França, vai continuar, estreou na semana passada. Na Holanda, já há uma data de estreia também a 13 de Abril. Na Bélgica, ainda não está anunciada e irá sair também no Brasil. Estes são os países que eu posso confirmar hoje que vão fazer o filme sair em sala.Precisamente, o filme é uma co-produção com a Bélgica, França, Holanda e Portugal. Como é que foi viabilizado financeiramente e quanto é que custou?O filme teve um custo total de três milhões e duzentos mil euros, sabendo que nós em Portugal conseguimos arranjar 46% mais ou menos deste orçamento. Portanto, era preciso arranjar o resto. Um filme de animação com este valor nem sequer é um filme muito caro. Os filmes de longas-metragens rondam os dez milhões de euros na Europa, um preço médio, portanto, nós nem nos ousámos a fazer um filme muito europeu nesse sentido do preço. Agora, fomos criativos, trabalhámos com equipas, com pessoas muito talentosas em todos estes países. A vantagem da co-produção é que é um trabalho colaborativo, sempre, fazer um filme. Se tivermos coprodutores que nos entendem, que estão em sintonia connosco, como foi o caso, a JPL, a S.O.I.L e a il Luster são três produtoras que desenvolvem muito o seu trabalho com uma base muito grande de filmes de autor. Todos nós estávamos em sintonia que é uma obra artística aquilo que nós queremos fazer, não tínhamos ambições de fazer blockbusters e estivemos sempre muito em sintonia. Depois foi preciso distribuir o trabalho, dividir o filme, tentámos manter uma escala pequena na produção em cada país e em vez de concentrarmos em cada país uma parte da execução do filme como se costuma fazer: por exemplo, faz-se a animação num país, depois a intercalação noutro, depois a pintura noutro. Nós tentámos manter em todos os países estas fases, dividindo o filme, uma vez que o filme é um quase road movie, é um filme de percurso, com estilos gráficos também diferentes em vários momentos - temos pintura animada, desenho animado, 3D - fizemos essa divisão mais do princípio ao fim para cada país do que especializar cada país só numa fase da produção. Isso fez com que as equipas trabalhassem de uma forma mais próxima do filme, verem o segmento que é feito nesse país, a verem esse segmento do princípio ao fim a ser construído. Na verdade, trabalhamos muito próximo daquilo que é a forma de trabalhar quando se fazem curtas-metragens.O cinema de animação de autor em Portugal está a dar cartas. Houve o primeiro filme português candidato efectivo aos Óscars ,‘Ice Merchants' de João González, algo que já podia ter acontecido com Regina Pessoa que chegou à short list dos Óscars. Com esta longa, você esteve no festival de animação de Annecy com este filme e já conquistou vários prémios em 2022. Ou seja, o cinema de animação de autor português realmente está a dar cartas, apesar de não ter assim tanto dinheiro? Eu acho que o cinema de animação é curioso porque ele inicia-se com o Abi Feijó num primeiro filme que ele consegue o apoio do Instituto Português do Cinema que, na altura, não tinha concursos só para a animação, portanto, os concursos eram para cinema na generalidade, ele consegue um primeiro apoio e ele e o Fernando Galrito são a geração que luta pelo apoio ao cinema em concursos separados da imagem real.Isso foi uma conquista enorme porque criou uma base financeira para a produção que tem dado resultados ao longo destes últimos anos e, portanto, há gerações de realizadores como o Vasco [Sá] e o David [Doutel], a Laura [Gonçalves] que fizeram um percurso como eu fiz. Eu comecei por trabalhar nos filmes do Abi Feijó, do Zepe e depois um dia comecei a fazer os meus. E a maior parte destes realizadores têm esta escola, que é não só as escolas que existem em Portugal e que ensinam o cinema de animação, mas depois quando entram no mercado de trabalho começam a trabalhar em filmes de outros realizadores até um dia terem a sua oportunidade e começarem o seu percurso como realizador. Essa conquista ao nível das curtas já existe e felizmente, à excepção do ano 2011 em que não houve apoio ao cinema, tem-se mantido regular. Agora, havia aqui o salto a dar para as longas-metragens que felizmente foi dado, há uma longa-metragem apoiada de dois em dois anos no ICA. É provável que nos próximos anos, com os candidatos que estão a propor e com o desenvolvimento do cinema de animação, faça mais sentido que o concurso em vez de ser bianual seja anual. Depois, há aqui um lado que nós não temos tão desenvolvido como a Espanha, que está aí mesmo ao lado, e que é a indústria do cinema de animação. A mim pessoalmente como realizador talvez não me interesse tanto, mas como produtor pode ser um caminho também para criar mais escala de produção, começar a trabalhar também para uma escala onde é possível mais facilmente encontrar mercado e dar oportunidade aos portugueses que são formados nas escolas portuguesas de poderem continuar a trabalhar em Portugal sem terem que emigrar. Porque o que acontece muitas vezes em Portugal é termos formação, temos já algumas escolas em várias zonas do país, mas quando o talento é grande, os animadores acabam a trabalhar para fora. Pronto, isso é uma conversa longa e podemos um dia falar sobre isso, mas parece-me a mim que o cinema de animação, ao nível do filme de autor de curta-metragem, é um cinema que já conquistou quase todos os prémios que existem, só falta mesmo o Óscar. No maior festival de animação de França, que é o festival de Annecy, a Regina Pessoa já ganhou esse festival, enfim, já tivemos realizadores nos maiores festivais do mundo.Agora, para mim, é este o salto que falta dar. As longas, demos o salto nos últimos anos. Saiu a minha longa no ano passado e saiu a longa do Nuno Beato também e irão sair outras em breve, há mais duas longas que estão em produção. Acho que as longas-metragens vão-se começar a afirmar. Para mim, a grande questão aqui está no salto das séries de animação, que Espanha é um país fortíssimo em séries e em França também é muito forte, e nós em Portugal é quase inexistente. Isso prende-se, julgo eu, com dois passos que têm que ser dados. Um que me parece que é o mais importante que é as televisões fazerem investimentos significativos na produção de séries de animação em Portugal, o que não acontece neste momento. O outro é também o ICA, Instituto Português de Cinema, começar a apoiar as séries de animação com valores mais substanciais porque uma série de animação não se faz com 500 mil euros. Uma série são vários episódios, dependendo da duração de cada episódio podem ser várias horas de programação e precisam de financiamentos que rondem os três milhões, no mínimo. Portanto, o custo desta longa é o mínimo de um trabalho de uma série com alguma dimensão. Julgo que é isso que falta em Portugal. Acho que as curtas vão continuar, as longas, espero eu, que se vão instalar e ganhar esse espaço que já estão a conquistar e falta este salto que é o salto da produção de conteúdos de séries.Coproduzido entre Portugal, França, Bélgica e Holanda, "Nayola" esteve em vários festivais em 2022, ano em que conquistou vários prémios, nomeadamente de Melhor Longa Metragem de Animação no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México, no Animest Film Festival, na Roménia, no Manchester Animation Festival, no Reino Unido, no Anilogue International Animation Festival in Budapest & Vienna, na Hungria, no Afrykamera African Film Festival, na Polónia, (onde também conquistou o Prémio do Público). O Prémio do Público também foi para « Nayola » na Mostra de Cinema de São Paulo, no Brasil, assim como no Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, em Portugal. Houve, ainda, o Prémio BE TV da Melhor Longa Metragem da Seleção Oficial do Festival Internacional do Filme de Animação de Bruxelas (Anima), assim como o Cocomics Best Music e DHL Diversity prize no Bucheon International Animation Festival, na Coreia do Sul. O filme esteve, também, em competição na Selecção Oficial no Festival de Annecy, em França.
Presenting the sixth and final episode of 'Intimate Animation' season 4, brought to you by the online animation magazine skwigly.com Join Skwigly's Ben Mitchell and Laura-Beth Cowley as they explore, discuss and interview the talents behind animation that deals with adult themes of love, relationships and sexuality. In the first ever live episode of Intimate Animation, recorded during the Manchester Animation Festival, we meet director Phil Wall and producer Chloe Beale of Strange Acre Studios, discussing their recently-completed BFI-funded short film 'Woodland' which tells the story of arborists Alastair and Fergus who struggle to reveal their love to the narrow-minded village community they live amongst. Also joining us is Julia Wiza to talk about her Nottingham Trent University thesis film 'Bogdanka', a tale of a young woman soon to be wed, inspired by Slavic mythology. Presented by Ben Mitchell and Laura-Beth Cowley Recorded at HOME Manchester Produced and edited by Ben Mitchell Thanks to Manchester Animation Festival and the HOME Manchester tech team
Recorded live at the Manchester Animation Festival. Following the UK premiere of the documentary Satoshi Kon: The Illusionist, Michael and Jake discuss the film, as well as Satoshi Kon's life and work, with contributions and questions from the audience.Join us on Patreon for ad-free and bonus episodes, Discord access and show footnotes and more: Patreon.com/ghibliothequeEmail us: ghibliotheque@gmail.com or follow us on Twitter @ghibliotheque and Instagram @ghibliotheque.pod.@MichaelJLeader – Michael@jakehcunningham – Jake@_stephwatts - Steph Get bonus content on Patreon Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Presenting the fourth episode of 'Intimate Animation' season 4, brought to you by the online animation magazine skwigly.com Join Skwigly's Ben Mitchell and Laura-Beth Cowley as they explore, discuss and interview the talents behind animation that deals with adult themes of love, relationships and sexuality. In this episode we meet Alberto Mielgo, whose film 'The Windshield Wiper' is nominated for Best Animated Short Film at the 2022 Academy Awards. The film, which premiered last year at the Cannes Directors' Fortnight, is produced by Mielgo (pinkman.tv) and Leo Sanchez (Leo Sanchez Studio) and addresses the question "What is love?" through a series of intimate, interwoven glimpses into people's lives. Mielgo's previous work includes the enthusiastically-received, Annie Award and triple Emmy-winning 'Love Death + Robots' episode 'The Witness', as well as his similarly accoladed production design work on Disney's 'Tron Uprising' with other commercial projects including work for 'Gorillaz', 'Harry Potter', 'Spiderman: Into the Spider-Verse' and the video game 'Beatles Rockband'. Also discussed in this episode: More on the British Animation Awards including award wins for previous Intimate Animation guests Renee Zhan, Anna Ginsburg and Caitlin McCarthy, love and sex-themed highlights from Miyu Distribution's new YouTube channel Bang Bang, the Manchester Animation Festival's new events strand MAF Presents and the return of Cardiff Animation Festival in April. Presented by Ben Mitchell and Laura-Beth Cowley Interview conducted by Ben Mitchell Produced and edited by Ben Mitchell
The Gray Report is here. Sort of. A bit of it. The tiny few pages the police would allow. And it's just enough for everyone except the Prime Minister to say its damning but for Johnson to assume he's safe enough to spend the rest of his days ambushed by cakes. Another week of exactly the sort of horror you'd expect from Britain in 2022, but in joke form. Plus a chat with Steve Henderson (@Mr_S_Henderson) at the Manchester Animation Festival (@mcranimation) on how the government are even ruining kids TV. Manchester Animation Festival: https://www.manchesteranimationfestival.co.uk/SKWIGLY: https://www.skwigly.co.uk/Listen to me on the Cross Border Interviews podcast: https://pod.fo/e/108d7aListen to Kat Day on the Pseudopod this week: https://pod.fo/e/108d74BRITISH BOXERS – GET 15% OFF WITH THE CODE ON THE PODCAST: https://british-boxers.com/Donate to the Patreon at www.patreon.com/parpolbroBuy me a coffee at https://ko-fi.com/parpolbroOR FIND THE ACAST SUPPORTER BUTTON WHEREVER IT ISREVIEW THE PODCAST AT: https://lovethepodcast.com/parpolbroUSUAL PODCAST WIFFLE:LOOK AT TIERNAN'S WEBSITE: www.tiernandouieb.co.uk/Follow us on Twitter @parpolbro, on Facebook at https://www.facebook.com/groups/ParPolBro/ and the fancy webpage at http://www.partlypoliticalbroadcast.co.ukMusic by The Last Skeptik (@thelastskeptik) – https://www.thelastskeptik.com/ – Subscribe to his podcast Thanks For Trying here.SIGN UP TO NEXT UP COMEDY AT: www.nextupcomedy.com/tiernanisgreatSupport this show http://supporter.acast.com/partlypoliticalbroadcast. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
In this episode, Jo and Andy discuss the future of UK animation with Tom Box, co-founder of Blue Zoo Animation, Lindsey Adams founder of Daily Madness, and Steve Henderson, CEO of Manchester Animation Festival.
Skwigly.com presents Animation One-To-Ones featuring Ben Mitchell in conversation with Czech filmmaker and educator Michaela Pavlátová. Having previously appeared on the Skwigly podcast strand Intimate Animation to discuss her short film work including the Annecy Cristal-winning 'Tram', Michaela's latest project is 'My Sunny Maad', a feature-length animated adaptation of Petra Prochazkova's 'Frišta'. Produced by Negativ, Sacreblue Productions and BFILM, the film tells the story of Herra, a Czech woman who moves to Afghanistan to be with her husband Nazir and his family; when their hopes to have a child of their own don't turn out as planned, the couple take in the ailing Maad, a young boy who proves to be an anchoring presence in Herra's tumultuous life. Following inclusion at this year's Annecy festival, 'My Sunny Maad' is playing at the Manchester Animation Festival and as part of the 25th edition of the Czech Centre's Made in Prague cultural festival this month.
Presenting episode 103 of the Skwigly Animation Podcast! In this episode we preview event highlights from this year's upcoming Manchester Animation Festival and welcome Mikey Please and Dan Ojari to discuss their Aardman/Netflix seasonal short 'Robin Robin'. Presented by Ben Mitchell and Steve Henderson Interview conducted by Laura-Beth Cowley Edited and produced by Ben Mitchell Music by Ben Mitchell
Presenting episode 102 of the Skwigly Animation Podcast! In this episode we review and discuss highlights from this year's Annecy International Animated Film Festival, including standout shorts in competition, Mikey Please and Dan Ojari's upcoming Aardman/Netflix special 'Robin Robin', Erick Oh's immersive short 'Namoo', Marq Evans's Will Vinton documentary 'ClayDream', Alberto Vázquez's 'Unicorn Wars', Jorge Gutierrez's 'Maya and the Three', Netflix's adult animation slate including the stop-motion anthology series 'The House'. We also welcome the legendary filmmaking team of Joanna Quinn and Les Mills to discuss their filmography and working history including their latest short 'Affairs of the Art', which received the Special Jury Distinction for Direction at Annecy. Also discussed this episode: Reflections on ten years of Skwigly for Ben and Steve, the announcement of Robert Morgan's feature film debut 'Stopmotion', the fiddly UX of online animation festivals and the Manchester Animation Festival's current call-for-entries. Presented by Ben Mitchell and Steve Henderson Interview conducted and edited by Steve Henderson Edited and produced by Ben Mitchell Music by Ben Mitchell
We decided it was about time animators and voiceovers got to know each other a bit better, so we joined forces with the world famous Manchester Animation Festival to put everyone in the same room! In this episode: Animation Director Kitty Taylor (Charlie and Lola, Dennis and Gnasher, Tree Fu Tom etc) helps us figure out how we can all work more collaboratively AND We are exorbitantly proud to present the international premiere of "Escapado", a new piece of writing by Mark Oswin (Dangermouse etc), featuring characters designed by Hammo, and brought to life by our multi-talented actors Kenny Blyth, Lisa Graydon, Kate Harbour, Verity Henry, Dave Jones and Greg Jones. See all the characters for yourself HERE and join us in the Facebook group HERE ALSO... Want to get involved in something very exciting? Scripts Out Loud has just been launched by a couple of absolute champions; Julie Ann Dean and Rhian Marston-Jones. It's a regular event bringing together voiceovers and animation writers, and you can get updates on Instagram and Twitter. This episode is sponsored by Black Cat Music and Source Connect Theme tune written and performed by Martin Stirrup under this Creative Commons license. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/thevosocial/message
Presenting the 94th episode of the Skwigly podcast! In this episode we meet Alex Dowding, producer at Amsterdam-based production studio Submarine whose projects include the recent Amazon Prime original series 'Undone', an international co-production with The Tornante Company, Boxer vs. Raptor and Hive House Project created by Raphael Bob-Waksberg and Kate Purdy. Also discussed in this episode: The strong critical response to 'Shaun the Sheep: Farmageddon', the lukewarm critical response to 'The Addams Family' remake, the fight for the 'South Park' streaming rights, upcoming Manchester Animation Festival highlights, the British Animation Awards and Autour de Minuit's Rosto graphic novel campaign. Presented by Ben Mitchell and Steve Henderson Interview conducted by Ben Mitchell Edited and produced by Ben Mitchell Music by Ben Mitchell
In episode 21, Chris and Alex are joined by Steve Henderson - Editor of the Skwigly Online Animation Magazine and Co-Director of the Manchester Animation Festival, and Senior Lecturer in Animation at the Manchester School of Art - to discuss the Disney animated musical Aladdin (Ron Clements and John Musker, 1992). With the live-action/CG remake soon to hit cinema screens, this episode provides the perfect opportunity to revisit what has made this popular cel-animated fantasy so enduring among audiences. Expect all your wishes granted as the conversation turns to reflexivity and narration, the Disney Renaissance, star voices and vocal artistry, the film’s use of digital visual effects, Orientalist discourse and the representation of ‘Otherness,’ and even the Gulf War. You’ve never had a friend like this podcast!
Hollywood star Christian Slater and director Sam Yates discuss David Mamet's Pulitzer Prize-winning play Glengarry Glen Ross, in which Slater is currently starring.Professor Marston and the Wonder Women is a film based on the true story of William Moulton Marston, his wife and his mistress who created Wonder Woman. It explores the creation of the female super hero as well as their poly-amorous relationship which saw them shunned by society. Film critic Karen Krisanovich reviews.As more allegations are made of sexual assault towards young men, it has been announced that all Kevin Spacey's scenes in new film All the Money in the World are to be reshot with a different actor. We find out from special effects director Jonathan Fawkner how to practically go about reshooting scenes, and ask if this sets a precedent for actors who fall from grace in Hollywood.Ivor Wood was the animator behind much-loved classic children's TV series including The Magic Roundabout, The Herbs, The Wombles and Postman Pat. Ahead of the Manchester Animation Festival, Ivor Wood's widow Josiane and animator Joseph Wallace discuss Ivor Wood's legacy and the stories behind Dougal, Parsley the Lion and Sage the Owl. Presenter: John Wilson Producer: Edwina Pitman.
And were back with another AFA Podcast Having taken last week off and with some exciting things coming up we decided to have a quieter catchup episode this week So join Chris Rachael and Dan as we catch up with the latest news and discuss some of the latest animation that weve been watching First we talk about the upcoming ANNY Best Of Fest then preview the Manchester Animation Festival 005 and Milo Murphys Law 012 Then its on to the newest Moana Trailer 018 and the announcement of more One Punch Man 037 Then we round up What Weve Been Watching 044 which this week includes South Park Digimon Tri Pokemon Generations and Transformers The Movie Show notes at animationforadultscom
SEGMENT EPISODE! Adobe Flash is rebranding itself as "Adobe Animate," Stephen went to the Manchester Animation Festival & CTNx 2015, Gravity Falls is ending and Disney released an awesome clip from the upcoming movie Zootopia, we do our first ever 'Creator Spotlight' on animator Jamil Lahham for his animated short "Dirty Laundry Day," we take an audience question, and finally we cover the rest of the stories which broke in November with Rapid Fire! Listen for The Krunkus, "oh my god... they Kilkenny," slow loris THX and "they'll probly pulla peanuz." I would love to hear what you think about this episode in the comments section below. Please Rate & Review us on iTunes Topics & Timestamps: (9:57) Stephen went to the Manchester Animation Festival (15:40) ... and also CTNx 2015 in Burbank, where we had our RubberOnion meetup with you listeners! (23:51) Animation News of the Week... (24:20) BREAKING: Adobe Flash is rebranding itself as Adobe Animate!! (31:39) Zootopia's "sloth" trailer (41:24) Animated Short before Peanuts "Cosmic Scrat-tastrophe" (50:51) Gravity Falls is coming to an end, says creator Alex Hirsch (1:00:00) Creator Spotlight - Jamil Lahham "Dirty Laundry Day" (1:36:34) RubberOnion's FIRST EVER "Animation Battle" - call for topics! (1:42:21) Audience Question: "It's good advice to consume and produce art outside of your primary medium. So what kind of non-animation creative media (writing, sculpture, theater, painting, music, etc.) do you make? (assuming you do, of course)" ~Jason van Gumster (1:52:08) RAPID FIRE!!!!!!! Media Referenced During this Episode: CREATOR SPOTLIGHT: Jamil Lahham's animated short "Dirty Laundry Day" Instagram image referenced at the 15min mark A photo posted by Stephen Brooks (@rubberonion) on Nov 17, 2015 at 3:21pm PST Zootopia "sloth" trailer Slow Loris THX (watch with us at 29:41!) Ice Age: Collision Course Animated Short "Cosmic Scrat-tastrophe" Check out more of your hosts: Stephen Brooks Rob Yulfo And please Rate/Review us on iTunes Subscribe on SoundCloud ... and Rate/Review us on Stitcher while you're at it! (=