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Nos 50 anos da independência de Cabo Verde, a RFI publica uma série de reportagens sobre este tema. Neste primeiro episódio, abordamos as raízes da revolta com algumas das pessoas que lutaram pela libertação nacional, como Pedro Pires, Osvaldo Lopes da Silva, Alcides Évora, Maria Ilídia Évora e Marline Barbosa Almeida, mas também com o historiador António Correia e Silva e o jornalista José Vicente Lopes. Foram mais de cinco séculos de dominação colonial, uma história marcada pelo comércio de pessoas escravizadas, ciclos de fome, secas e emigração forçada. A independência foi a 5 de Julho de 1975, mas a resistência começou muito antes, ainda que tenha sido a Geração Cabral a desencadear a luta de libertação e a conduzir Cabo Verde à independência. No século XIX, a elite letrada já manifestava uma atitude contestatária face ao poder colonial. Intelectuais como Eugénio Tavares, Pedro Cardoso, Luís Loff e, mais tarde, os chamados “claridosos” denunciaram os problemas que afectavam a população e exaltaram a singularidade e a identidade do povo cabo-verdiano. Na década de 1940, uma nova geração de intelectuais, inspirados pelos antecessores, passam a reivindicar o direito à independência. O historiador e sociólogo António Correia e Silva sublinha que a Geração Cabral é fruto de lutas anteriores, que o fantasma das fomes foi determinante para desencadear o movimento de libertação e que, nessa altura, a ideia de “independência se torna politicamente credível”. “Gabriel Mariano vai escrever um grande poema sobre a fome que se chama 'Capitão Ambrósio': 'Bandeira negra, negra bandeira da fome…'. Eu costumo dizer aos meus alunos que bandeira, negra e fome é um triângulo virado para o futuro e que a bandeira negra da fome era, na verdade, uma fome de bandeira, uma fome de independência”, descreve António Correia e Silva. “Essa geração de Amílcar Cabral, o grande salto é que, através de uma aliança pan-africana, aproveitando uma conjuntura pós-guerra, a criação das Nações Unidas e a ideia de autodeterminação que surge naquela altura, a ocorrência de algumas independências de países afro-asiáticos, países grandes como a Indonésia, a Índia, o Egipto, etc, tudo isto provoca a passagem, a violação do interdito, a passagem do intransponível limite que era a independência. Isto é, a independência torna-se pensável, mas mais, torna-se politicamente credível”, acrescenta o historiador. As grandes crises de fome em Cabo Verde entre 1941 e 1942 e entre 1947 e 1948 foram de uma violência brutal, com milhares de mortos. Em 1939, a população estava avaliada em 174 mil pessoas e caiu, em 1950, para 139 mil. Os sobreviventes emigravam em massa para as plantações de São Tomé e Príncipe, onde viviam, trabalhavam e muitos morriam em condições semelhantes às da escravatura. Outros conseguiam emigrar clandestinamente para espaços que não o do Império português. Na memória colectiva há um episódio trágico que não se esquece. Foi a 20 de Fevereiro de 1949, na cidade da Praia e ficou conhecido como o Desastre da Assistência. Centenas de pessoas, que aguardavam pela distribuição de refeições quentes, morreram quando caiu o muro do edifício dos Serviços de Assistência. Estima-se que mais de três mil pessoas se reuniam diariamente nesse espaço para receber a única refeição do dia. Dados oficiais apontavam para 232 vítimas, mas teme-se que o número tenha sido muito superior. Muitas vítimas foram enterradas em valas comuns no Cemitério da Várzea, embrulhadas em lençóis, por falta de caixões. Alcides Évora era uma criança nessa altura, mas lembra-se de ter visto as valas comuns. “Eu comecei a ter uma certa revolta interna desde o início da década de 40. Na altura, eu tinha sete ou oito anos e presenciei a fome de 47. Ainda lembro quando houve o desastre da assistência em que foram transportados, feridos e mortos do local para o Hospital da Praia. Havia tantos mortos. Inclusive muitas casas ficaram fechadas porque não houve nenhum sobrevivente da família que pudesse abrir a porta das suas residências. Da mesma forma, assisti ao enterro na Várzea, na vala comum, em que punham um grupo de cadáveres, depois deitavam o cal e depois punham outra camada de mortos e assim sucessivamente. É algo que ficou gravado na memória. Isto também me fez despertar uma certa revolta interna contra o sistema colonial português”, recorda. Gil Querido Varela também testemunhou a fome de 1947 e viu crianças a morrerem. Por isso, a revolta foi inevitável e quando surgiu a oportunidade aderiu à luta clandestina nas fileiras do PAIGC em Cabo Verde. “Quem já tinha visto a fome de 47 - que eu vi - não ficava sem fazer nada. Vi crianças a morrerem de fome, corpos inflamados de fome. Vi mães com crianças mortas nas costas, não as tiravam para poderem achar esmola. Os colonialistas troçavam do povo, da fome do pobre. Quando veio o PAIGC, entrei rápido. Quem viu aquela fome, era impossível para não lutar. Só quem não tem sentimento”, lembra Gil Querido Varela, que nos leva, num outro episódio ao Campo de Concentração do Tarrafal. A fome também ensombra as memórias de Marline Barbosa Almeida. Foi a partir daí que ela decidiu juntar-se à luta, também na clandestidade. Quis ver a sua terra “livre e independente”. “Nós, que nascemos nos anos 40, 50, vimos aquele período de fome, em que morreram muitas pessoas e o culminar foi o Desastre da Assistência, que matou dezenas, para não dizer centenas de pessoas. Daí cresceu em nós uma certa revolta que não estava classificada politicamente, mas era uma revolta contra a situação de Cabo Verde. Mais tarde, eu, como lia muito - eu devorava livros – fui-me apercebendo das desigualdades, da opressão, do que era necessário para que saíssemos do jugo do colonialismo”, conta Marline Barbosa Almeida, em sua casa, na Praia. No livro “Cabo Verde - Um Corpo que se Recusa a Morrer - 70 anos de fome - 1949-2019”, o jornalista José Vicente Lopes fala sobre o Desastre da Assistência, considerando que a luta de libertação do PAIGC teve como um dos motores a fome que assolava desde sempre o arquipélago. “Este livro fala de um acontecimento que houve em Cabo Verde, que foi o Desastre de Assistência de 1949, e cobre a história de Cabo Verde de 1949 a 2019, numa perspectiva da questão alimentar em Cabo Verde, a história das fomes, o impacto que isto foi tendo nos cabo-verdianos até desembocar inclusive na criação do PAIGC. O PAIGC foi uma reacção à calamidade famélica que foi sucedendo em Cabo Verde desde o século XVI ao século XX porque até 1949, quando se dá o Desastre de Assistência, qualquer seca que acontecesse em Cabo Verde matava no mínimo 10.000, 20.000 pessoas”, sublinha o jornalista, acrescentando que “o espectro da fome não desapareceu porque, apesar de todos os investimentos feitos, apesar de tudo o que se conseguiu fazer, mesmo um bom ano agrícola, um bom ano de chuvas em Cabo Verde, Cabo Verde não consegue produzir mais de 20% das suas necessidades alimentares, logo, 80% tem que ser importado”. As violências coloniais eram de toda a ordem. Maria Ilídia Évora tinha cinco anos quando viu o pai a ser espancado por brancos. A imagem nunca mais a deixou, assim como o medo incontrolável sempre que via alguém de pele branca. Mais tarde, ela viria a integrar um grupo de cabo-verdianos que foi treinado em Cuba para desencadear a guerrilha em Cabo Verde e viria ainda a trabalhar em hospitais durante a guerra na Guiné. “Uma pessoa a bater em alguém que não fez nada, a bater daquela maneira como baterem no meu pai, uma criança não entende. Eu não entendi. Nunca entendi. Até conhecer o Amílcar, para mim, o branco era o diabo. Eu considerava o branco uma coisa muito ruim. Bater em alguém que não fez nada, que só estava lá porque quis conviver com um patrício amigo, não tinha sentido. Porque para a gente, amizade é amizade. Ele não foi fazer nada, ele não tinha nada nas mãos, nem nos pés, nem em nenhum lugar, e acharam que era um inimigo a ser abatido. Essa coisa nunca me saiu da cabeça”, conta-nos na sua casa, no Mindelo. Todas estas circunstâncias alimentaram a coragem dos que acreditaram na luta. Muitos deles, depois de terem passado no Liceu Gil Eanes, em São Vicente, depois na Casa dos Estudantes do Império, em Portugal, acabariam por "dar o salto". Em 1961, dezenas de angolanos, mas também moçambicanos e cabo-verdianos nacionalistas fogem clandestinamente de Portugal e protagonizam uma fuga massiva histórica para França nas barbas do salazarismo. Vários acabaram por ser figuras de destaque nas lutas de libertação nacional e, mais tarde, ocuparam também postos de relevo nos novos Estados. Pedro Pires foi um dos que escolheu seguir Amílcar Cabral, o líder da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde. Era o momento de deixar tudo para trás e arriscar por uma causa. “Chegou um momento em que era preciso alguém correr riscos. Não quer dizer que todos iam correr riscos, mas tinha chegado o momento em que aqueles que achassem que podiam correr riscos ou aqueles que achassem que estivessem no dever de correr riscos, no dever da solidariedade e no dever de serviço em favor do seu país, do seu povo, decidiu correr o risco. Mas o risco é inerente a qualquer decisão e aí nós optamos ou ficar parados e não fazer nada ou então agir e correr riscos. Eu acho que tem sempre resultados, com maiores ou menores dificuldades. O facto de corrermos risco, podemos mudar muita coisa. Foi o que aconteceu connosco. Nós éramos um grupo que saiu na mesma altura ou no mesmo dia, éramos cerca de 60 jovens que decidiram correr o risco”, resume o antigo comandante. Osvaldo Lopes da Silva, comandante de artilharia mobilizado na Guiné, também correu o risco e esteve nessa fuga. Ele recorda esse pontapé de saída para a luta de libertação. “Atravessámos a fronteira de autocarro. Foram vários grupos, cada um foi à sua maneira. Depois, estivemos concentrados nas cercanias de San Sebastian. Quando íamos atravessar a fronteira, o elemento na fronteira que devia facilitar a nossa saída, tinha desaparecido. De forma que fomos presos. Estivemos dois dias na prisão central de San Sebastian e, às tantas, de repente, aparece o director da prisão com um discurso todo terceiro-mundista que 'o povo, o governo da Espanha estiveram sempre ao lado daqueles que lutam pela liberdade, pela independência, etc, etc'. Para nós, foi uma grande surpresa e fomos postos em liberdade. E a verdade é que, pelos documentos que reuniram, viram que essa gente não são maltrapilhos quaisquer, são gente com qualificação”, lembra. Muitos dos que estiveram nessa fuga, tinham frequentado e cultivado a reafricanização dos espíritos num dos principais berços da contestação ao colonial fascismo português: a Casa dos Estudantes do Império. Foi criada em 1944, em Lisboa, pelo próprio regime ditatorial para apoiar os jovens “ultramarinos” que fossem estudar para a “metrópole”, e encerrada em 1965. Duas décadas em que foi uma escola de consciencialização política do nacionalismo africano, fosse na sede lisboeta ou nas delegações de Coimbra e no Porto, ajudando à criação dos movimentos de libertação das colónias portuguesas em África. Outro centro de pensamento anticolonial foi o Centro de Estudos Africanos, em cujo grupo fundador esteve o futuro pai das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Amílcar Cabral foi também vice-presidente da Casa dos Estudantes do Império em 1951. A sua segunda esposa, Ana Maria Cabral, também por lá passou e recorda a importância do local para a contestação. “Fui levada pelos meus irmãos mais velhos e não havia só bailes, havia encontros, havia reuniões sobre a situação dos nossos países, em especial quando os franceses e os ingleses começaram a dar a independência às suas antigas colónias. Seguimos todo o processo dessas independências. Nós todos éramos Lumumba e Nkrumah. Nós seguíamos a luta dos outros povos, dos povos das colónias e não só das colónias em África”, explica Ana Maria Cabral. Muitos dos que passaram pela Casa dos Estudantes do Império vieram a assumir importantes responsabilidades na luta anticolonial e de libertação dos antigos territórios em África, como Amílcar Cabral, Vasco Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade, Eduardo Mondlane, Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano e Miguel Trovoada. Pedro Pires também conheceu de perto a Casa dos Estudantes do Império. Aquele que foi comandante e destacado dirigente político-militar do PAIGC na luta de libertação, assim como o principal arquitecto do Acordo de Lisboa para a independência, resume que a luta contra a opressão colonial foi desencadeada pelo próprio colonialismo. “É o próprio sistema colonial, que não dava resposta às necessidades e às dificuldades, enfim, às crises por que passava a Cabo Verde, mas também que não se interessava especialmente em encontrar soluções para esses problemas. O percurso histórico de Cabo Verde é trágico, em certa medida, porque os cabo-verdianos tiveram que enfrentar situações extremamente complicadas e difíceis de fome, secas, fugas, ter que buscar por outras vias as soluções e o próprio sistema que não dava resposta às necessidades e às exigências, para não dizer também aos sonhos daqueles que queriam ver o país numa via diferente. Portanto, o colonialismo era um sistema de bloqueio e era indispensável lutar contra ele, a fim de abrir novas perspectivas ao país para realizar os seus objectivos, os seus sonhos, mas também por uma coisa muito simples: para ter uma vida melhor”, considera Pedro Pires. Foi para buscar essa “vida melhor” que estes homens e mulheres abrem o caminho para a luta de libertação, da qual vamos recordar alguns momentos nos próximos episódios. Pode ouvir aqui as entrevistas integrais feitas aos diferentes convidados.
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo segundo episódio desta digressão, evocamos a luta de libertação e a independência de Moçambique vista a partir de Portugal. A guerra de libertação e a proclamação da independência foram um sismo na História de Moçambique mas também de Portugal que a partir de 1975 reintegrou as suas fronteiras iniciais, na periferia da Europa. Membro eminente da diáspora moçambicana em Lisboa, o artista Lívio de Morais viveu boa parte da sua vida nesse Portugal já sem império. Chegado em 1971 para estudar Belas-Artes, ele fundou a sua família e foi docente na zona de Lisboa. Em entrevista à RFI, ele começou por contar os seus primeiros tempos difíceis, como líder estudantil e militante independentista, enfrentando o racismo e o medo de ser preso pela PIDE, a polícia política. "Eu estava na associação como um dos dirigentes da Associação da Escola de Belas Artes e nós éramos rebeldes. E através da arte é possível fazer política. Eu desconfiava. Tive colegas, um de Cabo Verde, outro não sei de onde que fugiram. Foram para a Holanda, porque o ambiente não estava nada bom. Os professores tinham tendência a querer chumbar-nos. Sentia se o racismo dentro da faculdade e nós normalmente não comíamos dentro da faculdade e íamos andando de um lado para o outro. Procurávamos onde havia sossego e paz. Juntávamo-nos e falávamos sempre da política", começa por contar o artista. "O que era incómodo era poder se falar na luta de libertação. Porque aqui a Frelimo era considerada terrorista. Portanto, eu não podia declarar-me ‘terrorista', ou seja, da Frelimo. E, portanto, era apolítico por fora. Mas entre nós, africanos, não tínhamos outra linguagem" recorda o antigo professor que ao lembrar-se da atmosfera vivenciada aquando do 25 de Abril de 1974, fala de um sentimento de "inebriamento". "Estivemos a tocar tambores -e eu ainda tenho o meu tambor que andei a tocar- contentes, confiantes que estava tudo bem e que tudo ia resultar. Claro, havia uma certa dúvida sobre o fim da guerra, se até ao ano seguinte, na independência, se não teria um retorno, porque conforme a História, as coisas podem dar em golpe de estado", recorda Lívio de Morais referindo contudo nunca ter pensado em regressar ao seu país por considerar ser mais útil permanecendo no seio da Diáspora. Olhando para o seu país de longe, o pintor e escultor mostra-se algo crítico relativamente às escolhas que têm sido feitas. "Às vezes fico baralhado. Não sei se tenho que falar ou não, porque coisas absurdas acontecem. Todo o mal de Moçambique tem a ver com a administração da economia. Tem a ver com a distribuição da riqueza. Tem a ver com o desenvolvimento regional, porque há uma concentração em Maputo. A primeira coisa que Moçambique deveria fazer era efectivamente espalhar esse desenvolvimento, essa riqueza de norte a sul, com certo equilíbrio", considera Lívio de Morais. Relativamente a Portugal e à forma como é encarado, o artista que é muito activo na vida da zona onde reside, nas imediações de Lisboa, fala dos preconceitos que ainda podem subsistir. "O racismo é camuflado, está na mente das pessoas, não é aberto como era no tempo que eu estava como estudante. Quando eu estava a namorar, em 1976. Eram palavrões de todo o lado, como se tivesse cometido algum erro. Mas agora é normal, porque Portugal tem muitas culturas. Eu, pelo menos procuro lapidar logo que aparece uma cena dessas. A ideia que há sobre o africano na Europa. Os meus filhos são portugueses, mas têm a mistura da cor da mãe portuguesa e a mistura da cor do pai, que é moçambicano. O mundo tem que ser assim", diz Lívio de Morais que sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal considera que "é uma vitória do racismo", mas que ele não vai prevalecer. "Não vão conseguir acabar com os africanos, com os indianos ou com os cidadãos do Bangladeche. Como nós, em Moçambique, não estamos interessados em acabar com os que nos querem. Quem vai a Moçambique, sendo portugueses, ingleses, franceses, etc, nós aceitamos porque é um meio de investimento, de desenvolvimento, de turismo, de bom conviver, da paz e vai ao encontro dos Direitos Humanos. O que dizem os Direitos Humanos? O ser humano é livre de escolher onde se sente seguro, onde se sente melhor para sua sobrevivência e vivência. Queiramos ou não queiramos, vamos nos aperceber que dentro de dez, 20, 30 anos, não haverá essa diferença que existia no passado dos pretos, dos brancos, dos amarelos", lança Lívio de Morais. 50 anos depois de Moçambique e de outros países de África Lusófona acederem à independência, falta ainda mudar a percepção desse passado em Portugal, apesar de ter existido um consenso contra a guerra colonial no seio da população portuguesa, diz Bernardo Pinto da Cruz, investigador especializado nesse período ligado à Universidade Nova de Lisboa. "Os estudos que existem acerca da opinião pública no último período do imperialismo português apontam que havia, de facto, um consenso contra a guerra colonial. Consenso esse que se refletia na composição das Forças Armadas e, depois do Movimento das Forças Armadas, que vieram a dar o 25 de Abril de 1974. Todavia, nós sabemos que grande parte da população era analfabeta e a iliteracia pesava muito num contexto em que a censura era recorrente, quotidiana", começa por constatar o estudioso. Sobre a forma como se apresenta a narrativa em torno da descolonização após o 25 de Abril, o investigador considera que "há duas fases distintas". "Até 1994-95, há uma espécie de cristalização de um tabu acerca da guerra colonial. Um tabu marcado sobretudo por um imaginário da esquerda. E, portanto, aqui temos um duplo legado. Portanto, o legado da descolonização é o legado da transição para a democracia. Depois, em 1994-95, dá-se uma explosão da memória. Pelo menos é assim que os historiadores e os cientistas políticos falam acerca desse período. Explosão da memória, em que a esse imaginário de esquerda começa a ser contraposto um imaginário de direita em que se começa a reequacionar a bondade da descolonização, o próprio processo de descolonização. E essa fase segue, grosso modo, uma desmobilização do tema da descolonização como um tema quente que era debatido no Parlamento português", diz o especialista em ciência política. Questionado sobre alguns dos efeitos da descolonização em Portugal, nomeadamente o regresso dos chamados ‘retornados' ao país dos seus antepassados, Bernardo Pinto da Cruz baseia-se nas conclusões de um livro recente da autoria do investigador João Pedro Jorge. "Foram encarados com suspeição por parte dos portugueses, também por parte de uma certa esquerda que temia que os ‘retornados' viessem engrossar as fileiras de apoio aos movimentos reacionários. Mas o que nós hoje sabemos é que foram uma força muitíssimo importante para a consolidação do Estado providência português, isto é, medidas assistencialistas de bem-estar. Os ‘retornados' foram uma força viva que permitiu ao Estado português reorientar-se de uma ditadura para a democracia", diz o universitário ao referir que o preconceito que existia em relação a essa categoria da população portuguesa tende agora a diluir-se. Sobre os militares que combateram nas diversas frentes na Guiné, em Moçambique e Angola, o pesquisador dá conta das contradições às quais ele e seus pares têm de fazer frente. "Temos aqui um problema para fazer investigação. Por um lado, honrar a memória é também honrar as necessidades que esses veteranos de guerra têm hoje em dia. (…) Por outro lado, nós temos de encarar de frente o problema dos crimes de guerra. E quando queremos encarar de frente os crimes de guerra, nós sabemos que eventualmente vamos estar a mexer não só com as memórias dessas pessoas, mas também com as suas famílias. Acabaremos sempre por contribuir também para a estigmatização dessas pessoas", refere Bernardo Pinto da Cruz. Evocando o caso ainda mais delicado dos africanos que combateram sob bandeira portuguesa, o especialista da descolonização diz que a única forma de lidar com com esse "dualismo em que se quer encerrar as pessoas é, talvez recuperarmos o papel do Estado português, das Forças Armadas portuguesas no aliciamento, no recrutamento forçado dessas pessoas". Por fim, ao comentar a crescente tentação que existe em Portugal de "branquear" o seu passado colonial, Bernardo Pinto da Cruz refere que "a visão mais corrente dentro da academia portuguesa é a da necessidade de descolonizar as mentes. E isso é sobretudo verbalizado por sociólogos do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, que fizeram um trabalho importantíssimo acerca do que se costuma chamar de ‘amnésia histórica'. Essa ‘amnésia histórica ‘a propósito do colonialismo seria, no entender desses investigadores, um resultado do enorme impacto da ideologia oficial do Estado Novo que é o luso-tropicalismo. E esse luso-tropicalismo ainda hoje perdura nas mentes dos portugueses e, portanto, nós precisamos de descolonizar as mentes dos portugueses. Eu sou muito céptico a respeito disso. Eu reconheço o importantíssimo trabalho destes investigadores, mas eu sou muito céptico acerca do impacto que uma ideologia pode ter na prática para acreditarem a despeito de toda a prova empírica em contrário, de que Portugal não era um país racista. As últimas sondagens, por exemplo, do ano passado, a respeito dos 50 anos do 25 de Abril, mostram justamente isso : mais de metade dos portugueses acredita que o desenvolvimento dos povos foi a característica-chave do colonialismo português. Eu não discuto isso. Agora, dizer que isso está correlacionado a uma ‘amnésia histórica', eu não acredito. As pessoas sentem-se mais à vontade para falar, até porque têm uma oferta partidária hoje que lhes permite falar muito mais abertamente desse tópico", considera o estudioso acerca do racismo em Portugal. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui: Podem também ver aqui algumas das obras do artista moçambicano Lívio de Morais, recentemente expostas no Centro Cultural Lívio de Morais, na zona de Sintra, no âmbito da celebração dos 50 anos da independência de Moçambique:
Guerras, rumores, catástrofes, inversão de valores… tudo isso já foi previsto nas Escrituras. As profecias estão se cumprindo diante dos nossos olhos e a volta de Jesus nunca esteve tão próxima.Assista até o final e reflita: por que você demora tanto para resolver a Salvação da sua alma?
De 10 a 14 de junho estará um pouco por toda a cidade de Braga o Despertar. Um movimento de cidadãos incluido no programa da Braga 25 - Capital Portuguesa da Cultura que durante o último ano esteve a programa o programa que os bracarenses e os visitantes vão poder usufruir ao longo desta semana.Estivemos à conversa com Ana Bragança e Cadu Cinelli que contam um pouco do programa, onde as bicicletas também vão estar incluidas, com os passeios afetivos.
Félix da Costa revela que há interesse em levar a Fórmula E para Lisboa. "Já estivemos mais longe"
Estivemos a ouvir os lançamentos dos portugueses Jarda "Rockaine" e Viledög "Appetites". O Paulo descobriu as bandas Cloak e Nite. O Gustavo fala das bandas crossover que foram sugeridas pelo Hugo Rebelo num video da World of Metal. Regressamos com a rubrica "Gustavo Vai ao Baú", aqui sobre um passatempo que houve no programa de rádio Selva do Asfalto.Episódio com o apoio da Hellsmith: https://hellsmith.eu/Disponível nas plataformas de podcasts.Patreon - https://www.patreon.com/laughbangingiTunes - http://itunes.apple.com/podcast/laughbanging/id1082156917Spotify - https://open.spotify.com/show/1acJRKPw6ppb02ur51bOVkFacebook - https://facebook.com/laughbanging#laughbangingpodcast #podcast #portugal #heavymetal #hellsmithmetalmerch #thrashmetal #crossover
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"Não foi possível crescer mais, mas fizemos tudo o que pudemos". Assim começou o presidente da Iniciativa Liberal o agradecimento aos militantes do partido, na sua primeira reação aos resultados eleitorais. "Olhando para a campanha que fizemos, não teria feito nada diferente. Estivemos à altura das circunstâncias, fizemos uma campanha positiva. Com energia renovada, continuaremos iguais a nós próprios, com a firmeza de que é o único partido que confia nos portugueses", afirmou na noite de 18 de maio, perto das 23h30. Acompanhe aqui a Grande Noite Eleitoral da SIC. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Estivemos a ouvir os lançamentos dos Arch Enemy "Blood Dynasty" (Century Media Records), Pestifer "Ravaging Fury" (Larvae Records / Iron, Blood and Death Corporation) e Firemage "Ignis". O Gustavo fala das suas covers de guitarra. Episódio com o apoio da Hellsmith: https://hellsmith.eu/Disponível nas plataformas de podcasts.Patreon - https://www.patreon.com/laughbangingiTunes - http://itunes.apple.com/podcast/laughbanging/id1082156917Spotify - https://open.spotify.com/show/1acJRKPw6ppb02ur51bOVkFacebook - https://facebook.com/laughbanging#laughbangingpodcast #podcast #portugal #heavymetal #hellsmithmetalmerch #deathmetal #powermetal
Episódio Especial !Estivemos no ESARH e conhecemos muitas das novas tendências do RH!Além disso, conversamos com diversos amigos, clientes e convidados ao vivo!Veja nesse episódio um resumo de tudo isso!!
O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou nesta terça-feira, 8, à GloboNews que "não faz sentido algum" discutir anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.“Não faz sentido algum discutir anistia neste ambiente e os próprios presidentes das duas Casas [Câmara e Senado] têm consciência disso.Seria a consagração da impunidade em um fato que foi e é extremamente grave.Estivemos muito perto de um golpe de estado, uma tragédia política. Isso é extremamente grave”, disse o ministro decano do Supremo.Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Não perca nenhum episódio! Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber as notificações. #PapoAntagonista Chegou o plano para quem é Antagonista de carteirinha. 2 anos de assinatura do combo O Antagonista e Crusoé com um super desconto de 30% adicional* utilizando o voucher 10A-PROMO30. Use o cupom 10A-PROMO30 e assine agora: papo-antagonista (https://bit.ly/promo-2anos-papo) (*) desconto de 30% aplicado sobre os valores promocionais vigentes do Combo anual. Promoções não cumulativas com outras campanhas vigentes. Promoção limitada às primeiras 500 assinaturas.
Estivemos na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra onde falámos de carros, carreira e IA com Teresa Lameiras Diretora de Comunicação e Marca no Grupo SIVA.
Dança como rebelião e celebração. O coreógrafo português Marco da Silva Ferreira traz para o Festival de Dança de Perth o espetáculo Carcaça, que tem como base a dança de rua. Estivemos na pré-estreia do filme 'Ainda Estou Aqui' em Melbourne. Em Portugal, pesquisas dão a um militar, o almirante Henrique Gouveia e Melo, como favorito para próximo presidente da república. Neymar que fechou com Santos, vai vestir a camisa 10 de Pelé e que assim deixa a lista dos dez jogadores mais bem pagos no mundo.
Cabo Verde destacou-se na edição 2024 da Web Summit, em Lisboa, como o único país africano presente, com um espaço de exposição próprio e uma delegação composta por 15 startups. O Secretário de Estado da Economia Digital de Cabo Verde, Pedro Lopes, reiterou o compromisso do governo em transformar o país numa referência tecnológica na África Ocidental. A participação na Web Summit resultou numa nova parceria estratégica com a Microsoft, ampliando as oportunidades para os jovens cabo-verdianos. Quais é que são os principais objetivos da participação Especialmente com a presença de 15 startups nas áreas de saúde, bem estar, comércio, recrutamento, marketing digital e muitas outras. Pedro Lopes: O principal objectivo é multiplicar oportunidades. É nosso dever, enquanto governo, criar oportunidades para os jovens terem palco neste grande certame internacional. Nós queremos ser uma referência de tecnologia na costa ocidental africana e para isso é preciso nós capacitamos os nossos jovens e colocamos estes jovens também no centro do mundo tecnológico. Digo sempre que não é preciso ser um adivinho para perceber que o futuro do mundo será desenhado nestes certames tecnológicos. Cabo Verde quer estar presente e estar aqui com os nossos, com os nossos talentos. Queremos ganhar visibilidade, queremos mostrar que também temos uma palavra a dizer e queremos um um assento nesta mesa que será, com toda a certeza, a mesa do desenvolvimento económico através da tecnologia e da inovação.Cabo Verde é o único país africano com um espaço de exposição próprio na WebSummit. O que é que representa para Cabo Verde ser reconhecido e ter esta visibilidade?É uma visibilidade que é ganha pela aposta do governo. Temos ganho continuamente visibilidade graças àquilo que são as conquistas das nossas startups. Os rankings internacionais mostram isso mesmo. Nós também este ano fomos convidados para ter um espaço para falar, para ser orador, junto do ministro de Marrocos para falar sobre as oportunidades dos ecossistemas e as interseções entre políticas públicas e economia digital. E este é o reconhecimento da comunidade internacional da tecnologia nas nossas startups e naquilo que temos vindo a fazer no nosso país. Anunciámos uma importante parceria com a Microsoft, um gigante tecnológico onde vamos ter cada vez mais inteligência artificial ao serviço da educação, ao serviço dos servidores públicos também, para que depois os cabo-verdianos possam ter uma melhor qualidade de vida e possam também, como eu disse, serem atores e não só espetadores deste mundo em mudança.A prova de que esta presença contribui para a internacionalização das startups cabo-verdianas.Sim, com toda a certeza. Estamos aqui a falar de startups cabo-verdianas que conectam com os melhores, estão sempre em contacto com o que melhor se faz no mundo e a nossa presença aqui também tem muita visibilidade. Também estivemos presentes na The Next Web na Holanda, estivemos na HumanTech em Paris, um evento sobre tecnologia para meninas e mulheres. Estivemos no GITEX, em Marrocos. Ou seja, nós queremos antecipar as tendências, queremos dizer presente nestes palcos internacionais e com toda a certeza isto vai fazer a diferença no futuro dos nossos jovens e no futuro do nosso país.Referiu-se ao facto de ter participado no Painel sobre Ecossistemas de Inovação, no qual participou ao lado de Marrocos, descreveu as políticas públicas e o investimento que têm sido implementadas em Cabo Verde para apoiar a inovação e o desenvolvimento digital. Como é que estas iniciativas podem ajudar a atrair mais investidores e parcerias internacionais?O dever do governo deve ser este: criar as infra-estruturas certas, formar as pessoas, capacitar cada vez mais jovens e depois de ter uma legislação que pode atrair mais empresas de tecnologias a estabelecerem-se em Cabo Verde. Já temos várias empresas internacionais que estão a trabalhar em Cabo Verde com talento cabo-verdiano, queremos continuar a fazê-lo e nós somos pequenos, mas queremos ser relevantes neste mundo que está em mudança. A nossa pequenez permite nos ser também mais ágeis, mais flexíveis. Acho que isto é uma vantagem para um pequeno Estado insular como Cabo Verde.Com um aumento do número de startups tecnológicas em Cabo Verde. Qual é que tem sido o impacto da plataforma GO Global na promoção de empresas do país, no cenário internacional?Esta nossa presença faz com que a gente tenha mais visibilidade e por isso é que eu fiz referência os rankings internacionais, onde Cabo Verde começa a figurar, pela primeira vez, nos rankings internacionais do sector privado por aquilo que é feito na área da governação eletrónica no país. Nos últimos anos, nos últimos seis, sete anos, temos feito uma aposta directa no empreendedorismo de base tecnológica, uma aposta reforçada na área da formação, faz com que o país consiga conquistar cada vez mais postos relativamente àquilo que são os rankings de inovação. Continuamos a subir nestes rankings. Óbvio que nós contribuímos para os rankings, mas é um reconhecimento bom e é aquilo que temos feito é conseguir este reconhecimento através de todos os esforços do governo, mas também das nossas startups. Elas é que são a razão também da nossa subida neste ranking.Fez referência ao facto de o governo cabo-verdiano ter investido na transformação digital. Pergunto-lhe quais é que são os próximos passos para fortalecer ainda mais o ecossistema digital e garantir que as startups e as empresas cabo-verdianas se integrem de forma sustentável no mercado global?O próximo ano será fundamental porque teremos a abertura oficial, que já está em funcionamento, mas teremos a abertura oficial do nosso parque Tecnológico. O portal consular que foi uma referência este ano para os cabo-verdianos porque puderam aceder aos serviços consulares através do seu telemóvel ou do seu computador. No próximo ano vai ser expandido para todos os cabo-verdianos, não só os que vivem fora de Cabo Verde.Estes são dois momentos marcantes: A questão do portal Consular ser um portal digital para todos os cabo-verdianos e o Parque Tecnológico para acolhermos mais empresas tecnológicas internacionais para desenvolvermos mais talento nacional e apoiarmos a que os jovens cabo-verdianos possam criar as suas próprias empresas e sermos uma referência, como disse, para conquistarmos aquilo que é o nosso objectivo, que é ser uma referência na costa ocidental africana. Nós somos Cabo Verde, as ilhas Tech da costa ocidental africana.Fala deste portal consular, em que medida é que ele pode ser inovador e o que é que pode acrescentar? Ele é inovador excatamente porque coloca todos os serviços públicos ao serviço dos cidadãos através de um clique. Eu acho que nós temos de centralizar esta ideia, que as pessoas têm que se deslocar a redes físicos para ter acesso a serviços que são os serviços dos cidadãos. Nós temos que fazer fazer isso. Então, uma nação arqueológica como Cabo Verde, mas também uma nação diaspórica já deu o espaço. Agora é o tempo de nós colocarmos cabo de qualquer ilha, desde Santo Antão à Brava, para poder ter acesso a estes serviços digitais e poder fazer uso daquilo que são os seus direitos enquanto cidadão.O tema principal da edição deste ano da Web Summit foi a inteligência artificial, a A.I., com vários sub temáticas como a regulamentação, a durabilidade, as questões éticas?Acho que estamos cada vez mais a falar do impacto que a inteligência artificial pode ter na vida das pessoas, mas acho que temos que a narrativa tem que passar de medo para oportunidade. Senti isto este ano com várias empresas a apresentar várias soluções tecnológicas que utilizam a inteligência artificial ao serviço das pessoas. Houve uma mudança fundamental na perspectiva em que a inteligência artificial se apresenta cada vez mais como uma oportunidade. Acho que temos que ver isso mesmo: As pessoas andam com receio da inteligência artificial, mas um pequeno país como Cabo Verde, por exemplo, deve ver a inteligência artificial como uma grande oportunidade. Acho que esta é a grande oportunidade para um pequeno Estado insular, a de aproveitar a inteligência artificial para fazer um Leap Frog. Para nós, a mensagem é clara: Não há que ter medo, jhá que agarrar a oportunidade da inteligência artificial multiplicar e desenvolver o nosso país através desta ferramenta.Esta edição da WebSummit decorreu uma semana depois da eleição de Donald Trump à presidência norte-americana. Durante este evento falou-se, debateu-se sobre as questões das representações das empresas tecnológicas norte-americanas com esta reeleição, de Donald Trump?Vamos esperar para ver. Eu acho que os Estados têm, os cidadãos têm o direito de votar em quem entender melhor. Os Estados Unidos elegeram o Presidente Donald Trump como o Presidente da América, vão ter que se adaptar. Mas também acredito que o Presidente americano queira criar riqueza no seu país e as empresas americanas actuam em mercados globais. Por isso acho que as coisas não vão mudar nesse sentido. Óbvio que o mundo vai ficar cada vez mais definido por blocos políticos, mesmo na área do digital, mas isso faz parte da realidade do nosso mundo. Nós, enquanto Cabo Verde, sabemos quais são os valores que nós defendemos e não abdicamos deles. Por isso é que o nosso país também é reconhecido pela nossa estabilidade democrática, pela dignidade humana e pelo desenvolvimento da educação e da economia e com o foco na sustentabilidade. A partir daí é preciso percebemos como é que podemos, como eu disse, ser actores deste mundo em constante mudança.A Web Summit decorreu entre os dias 10 e 13 de Novembro, em Lisboa, e reuniu mais de 70.000 participantes, 1000 investidores e um número recorde de 2750 startups.
Estivemos com António Costa nas primeiras horas do mandato como presidente do Conselho Europeu. Como é a nova vida do ex-primeiro-ministro? Rita Tavares, enviada especial, é a nossa convidada.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O mundo tornou-se novamente exterior, absurdamente exterior, ao ponto de nos causar arrepios, mas a nós, hoje, tudo nos faz mossa. Nestas transfusões de sangue amarelo recebidas dos sistemas digitais, estamos cada vez mais uns bichos de aviário. E dividimos tudo em categorias, e temos infinitos protocolos de segurança, de desinfecção. Cá dentro, aquilo que nos provoca cócegas são as luzes, os sons, todas essas cores a pintalgar o cenário, e os ecrãs com as suas informações habituais. "Superfícies, superfícies, não há perigo se as atravessarmos, se estivermos nelas ou elas em vós. Fazei por continuardes superficiais, com as vossas emissões superficiais para receptores superficiais", aconselha Michaux. Lá fora chove, bátegas d'água, e tudo isso perturba o sinal. Nós mesmos somos afectados, o ambiente torna-se malsão. O espírito, o mecanismo cerebral tropeça, manobrando com dificuldade. Mas o que se há-de fazer? São cada vez mais constantes os temporais. Às vezes acordamos com a sensação de ter engolido uns baldes, e tudo isso nos subiu à cabeça. Esta, meio vacilante, começa a pregar-nos partidas, às vezes dolorosas. Estas nossas consciências subornadas pelo consumo até à letargia têm-se revelado bastante frágeis, escondemo-nos nessas superfícies, e as nossas ideias foram-se adaptando a meros reflexos, sem verdadeira profundidade. Quando falha a luz é uma autêntica catástrofe. E o pior é que sem essas meditações guiadas pela fiada de projectores, o vazio com o seu rumor de penas coloca-se a nosso lado e põe-se a devorar-nos o fígado. De resto, a companhia é terrível. Estamos cercados de toda a espécie de canalhas cuja obra são as suas infindáveis justificações. “Há muitos que, deixando cair um amigo, um amor ou o peso de um dever, se desculpam, a seus próprios olhos, evocando a obrigação de fidelidade para consigo mesmos — que é, muitas vezes, apenas o modo mais cómodo e cobarde de se enganarem a si mesmos. Pois quantas pessoas existirão capazes de conhecer tão exactamente as leis da sua própria evolução para poderem saber se essa infidelidade em relação a uma pessoa ou a uma coisa não era, ao mesmo tempo, o pior que cometeram em relação a si próprios?” Assim o viu Arthur Schnitzler. Vivemos cobardemente encerrados nas mais podres fantasias, sendo evidente como as crenças actuais se mostram cada vez mais débeis. "Aqui o limbo além o paraíso além o inferno/ que cheiro a despegado meu general". Tivemos a ambição de sair a investigar o nunca visto, derrotando cada um dos nossos caprichos, até sentirmos de novo algo que se pareça com um ímpeto famélico, fazendo desabrochar em nós um vício urgente, que nos sustente para o resto dos dias, confiando-nos à desgraça mais certa. Mas nisto tudo, de tanto nos tirarmos o pulso, levarmos em conta os indicadores deste evidente desgaste, que diagnóstico se pode fazer? Alguém ali levantou a mão... Talvez uma pergunta nos pudesse transportar noutra direcção. Mas esse é um dos dramas do nosso tempo. Quem é que ainda formula perguntas com real empenho em que lhe respondam? Descontando as crianças, quase ninguém. De tanto nos cuspirem em cima essa música que faz as vezes da consciência, já não sabemos exactamente onde começa ou acaba a nossa própria cabeça. Desfizeram o nosso juízo de tanto o mexerem com a colher de pau do senso comum. Seria terrível se falhasse a luz, mas talvez, passados uns meses, os pensamentos autónomos ressuscitassem. Estou outra vez a tremer, e sinto a falta de um braço que possa apertar. Deixa-me ler-te uma coisa do avô Teodoro: “Num dos seus ensaios, Aldous Huxley levantou a questão de quem, num lugar de diversão, estará realmente a divertir-se. Com a mesma justiça, pode perguntar-se quem é que a música para entretenimento ainda entretém. Na verdade, parece complementar a redução das pessoas ao silêncio, o desaparecimento da fala como expressão, a incapacidade de se comunicar de todo. Habita as bolsas de silêncio que se desenvolvem entre pessoas moldadas pela ansiedade, pelo trabalho e por uma docilidade pouco exigente. Por todo o lado, assume, sem dar nas vistas, o papel mortalmente triste que lhe coube no tempo e na situação específica dos filmes mudos. É apercebida apenas como música de fundo. Se já ninguém consegue falar, certamente já ninguém consegue ouvir." Já era muito tarde, desta vez. Esta tendência de formarmos bandas de três, andando à chuva, cobrindo distâncias com o vento a soprar e encher as velas do improviso é o que ainda assegura esta noivadiagem. Desta feita, foi o Bruno Peixe Dias quem exumou a estrela sextavada que há no corpo do rio, e trouxe o seu embalo profano habituado a carregar aos ombros filósofos completamente derramados e a soluçar dos prostíbulos até às moradas familiares, inventando pelo caminho as aventuras mais cativantes, de tal modo que as mulheres os acolhem como heróis épicos nesta Ulisseia à deriva. Hoje, não houve festa. Estivemos ali debaixo do telheiro a ouvir o piano ronceiro da chuva, e lá fomos do gargarejo para aclarar a garganta até à serenata que, se não serve para pagar as contas, pelo menos acalora.
Episódio especial. Estivemos no bairro para perceber o que mudou desde a morte de Odair Moniz. Uma visita guiada por Mário Linhares, presidente da Associação Ad Gentes.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Estivemos a ouvir a demo dos portugueses Sadistik Warfare "Seeds of Hate" (Selvajaria Records), a discografia de Dawn Treader (sugerida por um patrono) e o álbum dos The Crown "Crown of Thorns" (Metal Blade). Episódio com o apoio da Hellsmith: https://hellsmith.eu/ Disponível nas plataformas de podcasts. Patreon - https://www.patreon.com/laughbanging iTunes - http://itunes.apple.com/podcast/laughbanging/id1082156917 Spotify - https://open.spotify.com/show/1acJRKPw6ppb02ur51bOVk Facebook - https://facebook.com/laughbanging #laughbangingpodcast #podcast #portugal #heavymetal #hellsmithmetalmerch #deathmetal #blackmetal #thrashmetal
Olá amigos! Estamos de volta para mais um episódio extra, e dessa vez trazemos um breve relato da nossa experiência da D23 Brasil, que aconteceu pela primeira vez aqui em terras brasileiras, em São Paulo, entre os dias 8, 9 e 10 de novembro de 2024. Estivemos por lá em um dos dias do evento […]
A cantora e compositora britânica Jesuton, radicada em Portugal, está de volta com um novo projeto musical que promete impactar o público brasileiro. Com o lançamento de “Alerta Vermelho” esta semana, Jesuton dá continuidade à sua jornada artística com seu quarto álbum, intitulado ‘HOJE', que será o primeiro em língua portuguesa, com lançamento agendado para março de 2025. Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa,“Estou muito feliz de começar este projeto com uma estética e sons bem diferentes de tudo que eu a fiz na minha carreira. A ideia era mesmo mergulhar em 'brasilidades', as coisas que me encantaram ao longo dos anos que morei no Rio de Janeiro, e pessoas com quem tive uma identificação muito forte", diz a cantora.Ela explica que o projeto nasceu da vontade de querer se aproximar mais das pessoas e dos fãs que a acompanharam nos mais de dez anos de vivência no Brasil. "Eu queria muito fazer este projeto, de me sentir parte da comunidade brasileira não somente no Brasil, mas ao redor mundo”, explica Jesuton."Alerta Vermelho" é um single que flerta entre o desejo e a racionalidade, abordando os alertas emocionais desencadeados por paixões intensas que desafiam a lógica. Jesuton, que ganhou destaque no Brasil em 2012 ao fazer performances nas ruas do Rio de Janeiro, descreve a canção como um chamado à reflexão.“Eu queria que ‘Alerta Vermelho' fosse um lembrete de que, apesar das dificuldades, existe uma força latente em cada um,” disse a artista, ressaltando que a faixa reflete suas vivências pessoais e a intensidade dos tempos atuais. “Essa música nasceu de um período difícil, mas transformador. Fala sobre encontrar coragem onde antes parecia haver só medo,” acrescentou a cantora nascida em Londres, de ascendência nigeriana e jamaicana.Temáticas profundas e reflexões emocionaisA canção também é uma exploração das complexidades dos relacionamentos e a importância de reconhecer os sinais de alerta que podem surgir. Com elementos de soul e pop, "Alerta Vermelho" destaca a poderosa voz de Jesuton que já' lançou três álbuns no Brasil: Encontros (2012), Show Me Your Soul (2014) e seu primeiro autoral, HOME (2017).A participação do pianista e compositor carioca Jonathan Ferr é um destaque da nova faixa. Jesuton fala da sinergia entre os dois, mencionando que sempre houve o desejo de trabalharem juntos. “Trabalhar com pessoas que entendem a cultura e o sentimento por trás da língua fez toda a diferença. Foi uma verdadeira colaboração,” afirmou Jesuton, enfatizando a importância de criar um ambiente autêntico para o público de lingua portuguesa.Segundo Jesuton, o dia da gravação com o produtor musical Vincee, com quem trabalha desde 2018, foi “desafiador”. “Estivemos em um belo estúdio com um piano de cauda e eu tive que direcionar o Jonathan para o caminho que eu imaginava, já que o instrumental estava quase todo pronto e mapeado já. E é uma honra, vai falar o que pra ele? O cara é um monstro dos teclados! Estou muito contente com o resultado final e com a participação dele, especialmente porque consegui tratar o piano como uma voz, dando ao Jonathan o destaque que ele merece”.A faixa “Alerta Vermelho” foi sendo desenvolvida ao longo dos anos. “Eu e Vincee temos uma parceria muito natural. A letra aconteceu bem rápido, foi bem fluido. A nossa parceria é antiga e fomos desenvolvendo este som que é um pouco mais pop e fala sobre relacionamentos que você sabe que não vão dar certo, mas mesmo assim você tem tanta vontade que acaba entrando nele”, explica a cantora que lançou recentemente o single “Boy lixo” também em português.Reflexões sobre amor e relacionamentoA letra de "Alerta Vermelho" expressa uma mistura de vulnerabilidade e força, refletindo emoções como paixão, insegurança e a necessidade de proteção emocional em relacionamentos. Jesuton utiliza sua arte para abrir um diálogo sobre as complexidades das dinâmicas amorosas, convidando os ouvintes a refletirem sobre sua própria felicidade e saúde emocional. “O som que criamos remete à tensão e tesão nessa negociação emocional. A música consegue abordar isso com leveza, mas o assunto não deixa de ser significativo para mim: muitas lutas internas minhas acontecem no campo de cabeça versus coração”, explica Jesuton.Além disso, a artista revela que este single é apenas o começo de uma nova fase criativa, com mais composições em português a caminho. “Estou empolgada para compartilhar mais da minha música com o Brasil. Sinto que é uma forma de agradecer ao país que me acolheu com tanto carinho,” disse a cantora, enfatizando que a faixa foi pensada para as pistas de dança.Com uma trajetória marcada por interpretações emocionantes e uma voz marcante, Jesuton teve canções em trilhas sonoras de diversas novelas e colaborações com grandes nomes da música brasileira como Seu Jorge, Marcelo D2, Ana Carolina e Maria Gadu. A cantora de 39 anos conquistou o Brasil com sua autenticidade e se firmou como uma artista que traduz sentimentos com intensidade e verdade.Com “Alerta Vermelho”, Jesuton oferece ao público uma canção que toca nas complexidades da vida, convidando os ouvintes a refletirem sobre a importância da coragem e da resiliência. A faixa já está disponível nas principais plataformas digitais.“Espero que as pessoas encontrem conforto e coragem na música. Que ela sirva de companhia para quem estiver enfrentando alguma batalha,” compartilhou.
Pesquisa acadêmica aponta falhas no sistema de pensão alimentícia na Austrália. Brasileira que conseguiu sair de um relacionamento abusivo conta que hoje recebe menos de A$40 por mês de pensão do ex-marido. Estivemos no Brazil Fest, que aconteceu no Queen Victoria Market, em Melbourne. Delegado brasileiro é o novo chefe da Interpol, a maior organização policial do mundo. Sete pessoas morreram em cinco dias em Portugal por atrasos no serviços de emergência. Depois briga com técnico e rescisão de contrato, lateral Marcelo pode até parar de jogar futebol.
Não poderia finalizar a história desse projeto, ao menos na faase que conhecemos, sem ligar pro nosso queridíssimo ROLÊ! Espero que curtam esse papo de véio sobre o tempo, o fim e as mudanças e sintam saudade de episódios assim, como eu vou sentir
Daniel Chapo é o candidato da Frelimo, partido no poder, às eleições presidenciais de Moçambique. Por indisponibilidade de agenda, Daniel Chapo não falou com a RFI, pelo que ouvimos Ludmila Maguni, porta-voz da Frelimo e Secretária do Comité Central para a área de Comunicação e Imagem. Ludmila Maguni apresenta-o como um “candidato de esperança e de mudança” e explica quais as principais medidas da sua candidatura. Entre elas, defender a soberania e integridade territorial, fazer com que os megaprojectos beneficiem os moçambicanos e construir infraestruturas mais resilientes face às alterações climáticas. As eleições gerais em Moçambique estão marcadas para o próximo dia 9 de Outubro. Na corrida à presidência do país estão quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) , sem representaçao parlamentar. Hoje ouvimos Ludmila Maguni, porta-voz da Frelimo, que começa por enumerar as prioridades do candidato Daniel Chapo. RFI: Quais as três principais medidas da candidatura de Daniel Chapo à Presidência da República?Ludmila Maguni, Porta-Voz da Frelimo e Secretária do Comité Central para a área de Comunicação e Imagem: A candidatura de Daniel Chapo é baseada no manifesto eleitoral do partido Frelimo, em que este manifesto olha para áreas de prioridade. Essas áreas de prioridade são cinco. A primeira prioridade é a questão de defender a soberania e a integridade territorial. A segunda prioridade do seu manifesto é investir no capital humano e no fortalecimento das instituições. A terceira prioridade é transformar a estrutura da economia e melhorar a qualidade de vida do povo moçambicano. A quarta prioridade olha para a questão de desenvolver infra-estruturas resilientes às mudanças climáticas e, por fim, a prioridade número cinco olha para consolidar as relações com a região, com o continente e com o resto do mundo. O manifesto eleitoral fala, como disse, da soberania e da defesa da integridade territorial. O que é preciso fazer para acabar com a violência e a insurgência em Cabo Delgado? É principalmente por causa disso que o manifesto tem, no seu primeiro pilar, a questão da soberania e a questão da paz. Propõe-se principalmente olhar para a questão do reforço da nossa Força de Defesa e Segurança para poder proteger a zona norte, mas também a questão de mantermos a paz que já conseguimos até ao momento. Então, o fortalecimento do Estado de direito democrático, justiça social e estas questões é que estão nesta prioridade que é o primeiro pilar porque o que defende o manifesto e o próprio candidato é que, sem termos esta integridade territorial, será muito difícil conseguirmos olhar para as outras áreas de desenvolvimento como um todo. No manifesto eleitoral e nas prioridades que nos indicou, também se fala na questão económica. Fala-se em alcançar a “independência económica” e na campanha foi falado na renegociação dos mega-projectos entre o Estado e as multinacionais. Porquê esta opção é como é que se pode pôr em marcha?A principal questão é que quando olhamos para os mega-projectos queremos que estes mega-projectos beneficiem, em primeira instância, os moçambicanos que vivem próximo dos projectos, mas também a Moçambique como um todo. Então, a questão do conteúdo local e outras questões que possam alavancar o território mais próximo em primeira instância e o resto do país é que precisa ser aprofundada. Penso que a questão do conteúdo local vai ser muito focalizada para conseguirmos que os moçambicanos beneficiem daquilo que são os projectos que têm lugar no seu território. Falou-me da questão das infraestruturas resilientes às mudanças climáticas. Ora, Moçambique é um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo. Como é que se pode mitigar o impacto das alterações climáticas em Moçambique?As nossas infra-estruturas são o primeiro alvo quando temos algum evento climático severo. Já iniciámos e quer-se dar continuidade a construir infra-estruturas mais resilientes que possam aguentar estes eventos cíclicos. Mas também temos que ver como é que conseguimos ter acções que visem a redução dos assentamentos informais e outras questões que podem afectar aquilo que é a situação que temos vivenciado quando temos ciclones, cheias e outras questões. A questão da infra-estrutura resiliente está bastante patente naquilo que é o manifesto. Como é que se vão pagar essas infra-estruturas e as políticas públicas que defendem, tendo em conta, por exemplo, que a dívida pública em Moçambique impede o país de se endividar mais? Uma das questões que o próprio candidato tem defendido é que nós temos capacidade interna de produzir, produzir para fora. Estivemos a falar aqui dos recursos naturais e estes podem entrar para aquilo que é o investimento para o desenvolvimento de Moçambique. Então, teremos que estar muito mais focados, quando se fala dos mega-projectos, em como é que estes podem alimentar a economia para investirmos em outras áreas de actuação e de desenvolvimento.Como é que se combate a corrupção no país que ficou conhecido internacionalmente pelas dívidas ocultas, tanto mais que o partido Frelimo lidera o país há 49 anos?A questão do combate à corrupção é um processo que consideramos contínuo. O Presidente Nyusi, quando entrou, falou bastante desta questão e pôs em prática várias acções para a questão do combate à corrupção. Pensamos que é uma questão de continuar a aprimorar os mecanismos. Temos a questão da legislação, que está já a ser implementada no âmbito do combate à corrupção; o trabalho que o Gabinete do Combate à Corrupção tem feito, a Procuradoria, entre outros. Mas temos que ver como é que, em todos os sectores, temos acções que garantam que a corrupção seja combatida, seja no sector da educação, seja no sector de transportes e em todos os outros sectores. Então, pensamos que não só a questão da legislação, mas acções bastante práticas que garantam que a corrupção não seja um factor que, no final do dia, afecta o desenvolvimento harmonioso de um país. São questões que devem ser colocadas em prática. Entende que para os eleitores possa haver alguma desconfiança em votar no candidato do partido que está no poder desde a independência do país, tendo em conta que, ao longo de muitos anos, houve várias acusações de corrupção, de má gestão da coisa pública, houve o escândalo das dívidas ocultas…. Isso não pode refrear os eleitores?O candidato tem sido bastante pragmático em relação à corrupção e tem demonstrado que ele quer garantir que o seu mandato seja um mandato em que o assunto da corrupção não seja um problema ao seu processo de governação. Então, penso que o trabalho que ele tem estado a fazer, falar do manifesto e daquilo que são as propostas dele em relação ao combate à corrupção, irão, no final, ajudar a que o eleitorado entenda qual é o seu posicionamento em relação a este assunto e como é que ele promete trabalhar para garantir o combate a este mal que enferma, de alguma forma, a nossa sociedade e enferma o desenvolvimento do nosso país.O candidato Daniel Chapo concorre pela primeira vez à Presidência da República. Tem 47 anos, é jovem, mas representa mais uma vez um partido que está no poder desde a independência. Porque é que as pessoas devem votar em Daniel Chapo?Porque Daniel Chapo fala em mudança e tem estado a dizer continuamente que não é possível fazermos as coisas da mesma forma e esperarmos um resultado diferente. Ele garante que, trazendo mudança, podemos trazer uma nova forma de desenvolver Moçambique, mas também é um candidato que é visto com bastante esperança, principalmente por ser um candidato tão jovem que a juventude consegue rever-se nele e acredita que a juventude realmente pode trazer mudança. Penso que é esta confiança que o candidato Chapo traz, um candidato de esperança e de mudança. Que avaliação é que faz da campanha eleitoral? Houve algumas organizações da sociedade civil que acusaram a Frelimo de uso indevido de bens públicos durante a campanha. Como é que o partido responde? Nós, como partido, desde o princípio deste processo, foi dado um código de conduta aos nossos membros de como é que devíamos actuar e, principalmente, a proibição do uso de bens que não sejam do partido para fazer a campanha eleitoral. Temos feito este apelo repetidamente aos nossos camaradas para garantir a separação porque sabemos que há aquilo que é do Governo e do Estado e há aquilo que é do partido. Então, continuamos a fazer esse apelo junto dos nossos camaradas para que essas situações não sejam vivenciadas durante a campanha eleitoral. Em relação à campanha em si, tem estado a correr bem. Tivemos a oportunidade de percorrer todo o país, a maior parte dos distritos do país. Levámos a nossa mensagem sobre aquilo que é o nosso manifesto eleitoral e qual seria o nosso plano de governação para os próximos cinco anos, quando a Frelimo vencer estas eleições, e a mensagem do partido tem estado a ser bastante bem recebida em todos os pontos do país por onde temos passado. Falou da separação do Estado e do partido, mas houve uma organização da sociedade civil que denunciou o facto de o candidato ter estado com o Presidente da África do Sul, ao lado da ministra dos Negócios Estrangeiros.É preciso verificar se ela estava como ministra dos Negócios Estrangeiros ou membro da Comissão Política que ela é. Então, é preciso lembrar que a ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique é membro da Comissão Política do partido Frelimo que acompanhava o candidato numa viagem internacional.
Falo con Orlando Riveira, presidente de Bonsai A Estrada, sobre as actividades deste mes de outubro que contarán co experto Juan Liñares, que atesora premios nacionais e case corenta anos de experienza no mundo do bonsai. Impartirá, este sábado 5 de outubro, un obradoiro de traballo do Bonsai no local social de Baloira (A Estrada). A xornada estará dividida en dúas quendas de mañá e tarde. 🔊"As actividades están abertas para todo o mundo que se queira achegar a coñecer o mundo do bonsai". 🔊"Estivemos na Feira do moble e é moi gratificante ver como a xente se sorprende e valora o traballo que facemos". 🔊"Temos moita sorte de poder contar con Juan Liñares, Juan Mª Calvo e moitos outros expertos que nos axudan a mellorar". 📅 Sábado 5 de outubro 🕣 10.00 h - 14.00h e de 16:30 ata 20:30. Prezo: 10€ socios / 20€ non socios 🗺️ Local Social de Baloira 👉 Máis Información BONSAI A ESTRADA: ✔️ Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100093280054054 ✔️ Instagram: https://www.instagram.com/bonsaiaestrada/ ☎️ Teléfono: 649888435 ☎️ Teléfono: 665826022 🎙️ "SUSCRÍBETE" ao podcast👍 👉MÁIS ENTREVISTAS: https://www.ivoox.com/podcast-salta-da-cama_sq_f1323089_1.html 👉Máis Información e outros contidos: ✔️Facebook: https://www.facebook.com/PabloChichas ✔️Twitter: https://twitter.com/pablochichas ✔️Instagram: https://www.instagram.com/pablochichas/ ✔️Clubhouse: @pablochichas ✔️Twich: https://www.twitch.tv/pablochichas
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Estivemos a ouvir os novos álbuns de Blood Feast "Infinite Evolution" (Hells Headbangers Records) e Nile "The Underworld Awaits Us All" (Napalm Records). Fomos ver os concertos de Ramp (Amora) e Bizarra Locomotiva + Tara Perdida (Corroios). Para o fim, falamos da prestação dos Gojira nos Jogos Olímpicos e dos Final Exit. Episódio com o apoio da Hellsmith: https://hellsmith.eu/ Disponível nas plataformas de podcasts. Patreon - https://www.patreon.com/laughbanging iTunes - http://itunes.apple.com/podcast/laughbanging/id1082156917 Spotify - https://open.spotify.com/show/1acJRKPw6ppb02ur51bOVk Facebook - https://facebook.com/laughbanging #laughbangingpodcast #podcast #portugal #heavymetal #hellsmithmetalmerch #deathmetal #thrashmetal
Marina Correia é a embaixadora da equipa olímpica de Cabo Verde em França. Campeã mundial de longboard dancing e figura de destaque entre os jovens atletas em França, Marina disse em entrevista à RFI que se sente uma ponte entre os dois países. Marina Correia é uma figura incontornável do desporto em França Em 2020, esta cabo-verdiana de 26 anos instalada em Nice, no Sul do país, desde os 14, foi consagrada campeã mundial de long board dancing freestyle. Poucos anos depois, Marina é actualmente embaixadora da equipa olímpica de Cabo Verde em França, um grande motivo de orgulho e uma forma especial de viver estes Jogos Olímpicos de Paris como explicou em entrevista à RFI."É uma honra para mim ser embaixadora da equipa de Cabo Verde em França. Quando soube, fiquei muito contente porque nasci em Cabo Verde, mas vivo cá em França, por isso tenho uma dupla cultura e penso que foi uma escolha natural da parte deles. Estou muito contente"Marina acompanhou os atletas olímpicos num estágio em Parthenay, no Oeste de França, antes dos Jogos Olímpicos. Foram momentos emotivos, de tranquilidade e de paz antes da confusão de Paris."Vivemos muitas emoções. Estivemos juntos realmente como uma pequena família, brincávamos uns com os outros e era muito descontraído. Não havia muita pressão, ao contrário do que se poderia esperar. Estávamos muito relaxados, brincávamos uns com os outros e, ao mesmo tempo, continuámos a treinar muito. Acordávamos cedo e tínhamos uma rotina de treino. Portanto, a preparação física é muito importante. Depois disso, havia os treinos e muito descanso. Eles têm cuidado com o que comem, mas na verdade é mais o importante era passar tempo juntos. Mais com a família, mais descontração do que pressão. Porque acho que a pressão está, de facto, nos próprios Jogos. E entre nós, vamos dar-nos a força. Dissemos a nós próprios que tudo ia correr bem e que, apesar de sermos um país pequeno que o mundo não conhece, somos um grande país porque somos muito pequenos no mundo, mas brilhamos e essa é a beleza de Cabo Verde"Para Marina Correia viver estes Jogos Olímpicos ao lado da equipa cabo-verdiana tem sido um privilégio."Sou actualmente a ponte entre os dois países, através da minha forma de comunicar com a diáspora, com os cabo-verdianos que vivem no país. Sinto que é diferente de alguém que nasceu aqui. Eu nasci em Cabo Verde, por isso sei como é a vida lá. Cresci lá até aos catorze anos. E depois cresci aqui em França, desde os catorze anos até aos 26. Por isso, de facto, sou metade-metade dos dois países e sinto-me tanto francesa como cabo-verdiana. Com a minha idade, 26 anos não é algo que acontece a todos serem escolhidos como embaixadores num evento como os Jogos Olímpicos. Para mim é um privilégio. Portanto, há muito trabalho por detrás disto. É também um privilégio conviver com grandes desportistas, ter várias oportunidades. São experiências que levarei para o resto da minha vida, e só tenho boas recordações"Chegada a França aos 14 anos, foi no desporto, nomeadamente no longboard, um skate mais comprido que permite outro tipo de movimentos, que Marina encontrou um ponto de contacto com os outros jovens da sua idade, já que para além da mudança de país teve também de se adaptar a uma nova língua."Cheguei a França, a Nice, com a minha mãe, a minha irmã mais nova e o meu padrasto, que é francês já cá estava. Eles casaram-se, viemos para cá por razões familiares, e, quando cheguei, tentei integrar-me um pouco. Eu jogava futebol, mas tive de me adaptar a esta nova cultura, a este novo país, e fazer novos amigos. Havia também a questão da língua. Tinha de aprender francês. No início foi um pouco difícil, especialmente na escola. Mas com o tempo, através do desporto, do longboard, consegui encontrar a minha identidade, afirmar-me, gostar de mim tal como sou e, gradualmente, construir uma carreira através da dança no longboard. Tudo aconteceu por acaso. Tinha uns amigos na escola quejá praticava, o que despertou a minha curiosidade e faço-o desde 2016, ou seja, há quase dez anos"O longboard pode ser considerado com um primo do skate, sendo menos praticado e não sendo ainda modalidade olímpica."Não é a mesma modalidade do skate, somos da mesma família, mas é muito diferente. Ainda não está nos Jogos Olímpicos. O longboard é uma prancha mais longa que se pratica em terrenos planos O skate, por outro lado, é mais praticado em skateparks, embora também se possa fazer em terreno plano. Mas não é de todo a mesma disciplina, mesmo que sejam parecidos. Gostaria que o longboard se tornasse uma disciplina olímpica. Penso que o longboard tem um lugar nos Jogos Olímpicos, tal como o skate, o breakdance e o BMX. Mas, neste momento, acho que ainda não estamos em condições de estar nos Jogos Olímpicos, porque ainda há problemas com o júri. Ou seja, ainda não está pronto para os Jogos Olímpicos. Penso que ainda vai demorar algum tempo até estarmos realmente prontos"Quanto ai seu futuro, Marina gostava de vir a representar a França ou Cabo Verde nos Jogos Olímpicos quando o longboard integrar as modalidades olímpicas, mas também quer dedicar-se à sua carreira de modelo e continuar a contar a sua história em livro ou documentário."Espero que evoluir no bom sentido e espero que um dia o longboard esteja nos Jogos Olímpicos e que eu passa representar Cabo Verde ou a França. Vai ser um dos dois países, a gente vai ver. E eu gostaria muito de escrever um livro também e fazer um filme, participar em algum filme ou mesmo realizar o meu próprio filme da minha carreira. Eu vivo o dia a dia evejo como as coisas correm, porque também tenho uma carreira como modelo e estou, a brincar com estas duas carreiras", concluiu.
Te convidamos a conhecer um pouco do Grupo Bom Futuro no Mato Grosso. Estivemos na Algodoeira Bom Futuro em Campo Verde e conversamos com os gestores de diferentes áreas.Divino Onaldo entrevista:Tiago Goeks, Gerente de Recursos Humanos, Comunicação e Marketing e Responsabilidade Social da Algodoeira Bom Futuro;Elaine Lourenço, Gerente Ambiental da Algodoeira Bom Futuro;Renata Pimentel, Coordenadora Jurídica da Área Trabalhista da Algodoeira Bom Futuro;Tema: Responsabilidade Ambiental, Social e de Governança do Grupo Bom Futuro. ⏰ 12:00h às 13:00h
A comitiva de Timor-Leste que participa nos Jogos Olímpicos de Paris é composta por quatro atletas: Jolanio Guterres e Imelda Belo na Natação, Ana da Costa no Taekwondo e Manuel Ataide em Atletismo. O chefe de missão da delegação olímpica de Timor Leste, Mateus da Cruz, espera Timor-Leste conquiste a primeira medalha olímpica. A delegação timorense chegou a Paris no domingo, 21 de Julho, é composta por 11 pessoas. O chefe de missão da delegação olímpica de Timor-Leste, Mateus da Cruz, espera que os atletas conquistem a primeira medalha olímpica para Timor-Leste.RFI: O que espera da participação de Timor-Leste nestes Jogos Olímpicos?Mateus da Cruz: O Presidente da República timorense pediu aos atletas dedicação e disciplina. Os atletas presentes dos Jogos Olímpicos não estão aqui para passear. Estamos preparados para a competição.Quem são os atletas que representam Timor-Leste?Há três atletas com bolsa estudo do Comité Internacional do Desenvolvimento Olímpico, eles têm bolsas de estudo durante quatro anos. Há cinco atletas com bolsas de estudo, dois deles não se conseguiram qualificar, apenas três conseguiram a qualificação para estar aqui.Chegaram à Aldeia Olímpica no domingo foram bem recebidos. Como é que são as condições?São normais, em todos os lugares é a mesma coisa. Estivemos muito tempo à espera no aeroporto e tivemos de esperar 4 horas aqui pela validação do crachá. A viagem de Timor-Leste a Paris demora 18 horas foi cansativo.Depois de superada essa fase logística mais complicada, entrando dentro da Aldeia Olímpica, as condições são boas?As condições são normais, ainda nos estamos a organizar. Precisamos mais de mesas, cadeiras para criar um espaço de escritório do Comité Olímpico. Não há espaço para que todos os elementos das delegações participem na cerimónia de abertura. Somos 11 pessoas, mas só seis pessoas podem para participar na cerimónia de abertura. Quem não participar não tem televisão para acompanhar a transmissão em directo na Aldeia Olímpica.Quem é que vai participar na cerimónia de abertura?Eu como chefe da missão timorense com outro responsável e os quatro atletas.O que é que se pode esperar da cerimónia de abertura?Eu não sei o que vai acontecer na cerimónia de abertura porque nada foi revelado. Temos uma reunião entretanto para obter informação sobre o que acontece na cerimónia de abertura.Já participou noutros Jogos Olímpicos? Já fui chefe de missão da delegação timorense nos Jogos Olímpicos em Sydney, na Grécia, no Rio de Janeiro, em Londres e no Japão também.Depois de uma viagem cheia de turbulências, os atletas devem estar descansar. Quando é que são os primeiros treinos?Na segunda-feira decidi que não haveria treino, foi um dia para descansar. Os treinos começaram na terça-feira. Temos horários fixos da comissão organizadora. A natação tem o próprio estádio para treinar, existem também horários de treinos e depois transporte. Estamos preparados para a competição, mas sabem que as condições em Timor-Leste são diferentes, por exemplo não existe nenhuma piscina olímpica no nosso país. Os atletas estão na Austrália, na Indonésia, na Malásia. Um deles passou seis meses em França.O objectivo de Timor-Leste é conquistar a sua primeira medalha?Esperamos que Taekwondo tenha a primeira medalha de Timor-Leste. Vamos ver porque a atleta taekwondo já participou em várias competições internacionais e tem projecção nos Jogos asiáticos.Para os atletas timorenses esta é a primeira vez que estão a participar no maior evento desportivo mundial?Sim, são os quatro novos atletas que se estreiam nos Jogos Olímpicos. É também a primeira vez que estão em França.
Voltámos! Estivemos sem gravar tanto tempo mas a vida não parou de acontecer...mudanças vieram, bem como, novas reflexões sobre o sentido e o valor da vida. Afinal, todos os dias somos postos à prova sobre como lidar com as surpresas boas e más, as novas rotinas, o sentido das pequenas coisas. Acompanhem-nos!
Estivemos presentes na Rádio Acreditar - 87,6 FM de Itumirim (MG) para falar sobre o Alterna Fut e bater um papo sobre a carreira de jornalista esportivo. Confira a entrevista, mediada por Giovani Silva.
Estivemos em Dubai três vezes e apesar do destino ter ganhado fama por conta de seus prédios modernistas e experiências luxuosas, não foi isso o que mais nos chamou atenção, e sim, o seu lado mais histórico e cutural.É possível sim sair do óbvio em uma viagem a Dubai e neste episódio te mostramos como. Vem saber mais sobre a história e cultura de Dubai, nos Emirados Árabes.
Estivemos à conversa com Rodrigo Ovide, treinador das duplas Gemma Triay e Claudia Fernández e Paquito Navarro e Juan Lebrón.
Adriana Cardoso, veterana da seleção brasileira de handebol feminino, já está 100% recuperada da lesão no joelho. Ela conversou com a RFI e se diz preparada para os Jogos Olímpicos Paris 2024. A ponta-direita da seleção brasileira, de 33 anos, está cada vez mais perto do sonho de participar dos Jogos mas, até lá, está focada em terminar a temporada pela equipe do Buducnost, clube de Montenegro com uma história relevante no handebol europeu e que joga na Champions League. “Eu estou em um momento de fim de temporada com o meu time. Estamos no último mês e teremos três jogos: dois pela liga de Montenegro e um jogo pela Copa", contou Adriana. “Agora posso dizer que estou 100% recuperada da minha lesão no joelho. Fiquei fora das quadras três meses me recuperando, mas já no último mês estive treinando 100% com o meu time e até estive com a Seleção Brasileira num treinamento na Polônia”, explica a jogadora conhecida como “Doce”.“Os dias estão voando e daqui a pouco chega Paris. Mas eu acho que tenho controlado bem essa ansiedade. Tenho focado no agora, porque primeiro tenho que terminar a minha temporada aqui com o clube e terminar bem e saudável”, afirma.Treinamento intensivoNesta fase final da temporada, Cardoso tem um plano de preparo intenso. “Treino sete vezes por semana, pelo menos. Às vezes até temos sessão dobrada que inclui o treino na academia. Eu tenho ainda um trabalho extra, preparado pelo treinador físico da seleção. Faço três treinos extras na semana, então dá um total de dez sessões de treinamentos", enumera. Os treinos extras estão direcionados a melhorar a parte física da atleta, cujo objetivo é terminar a temporada sem lesões.“Cumpro sessões de academia e corrida. Como eu ainda tenho que cumprir o calendário aqui do time, a gente está tendo um cuidado para eu não ter over training e tendo cuidado para não ter lesões por conta disso”, explica a jogadora, que terá uns dias de descanso antes de começar os treinos individuais, preparatórios para a fase de treinamento que acontecerá em junho, no Rio de Janeiro.Em abril, Adriana foi convocada para a concentração do Brasil na Europa. “A concentração na Polônia foi muito boa. Estivemos dez dias lá onde fizemos testes físicos, muitos treinos e dois jogos amistosos contra a Seleção da Polônia. Ganhamos o primeiro e perdemos o segundo, mas saímos de lá com uma sensação boa de que estamos trabalhando no caminho certo”, afirma.Preparação psicológicaSegundo Adriana, a preparação psicológica nesta reta final para os Jogos Olímpicos também é muito importante. “Falta pouquinho, menos de três meses para começar os jogos. Eu estou bastante ansiosa e pensando lá na frente, tentando também acalmar meu coração e dar um passo de cada vez", resume. “A parte mental é muito importante, não só a parte física. E eu venho trabalhando isso com o meu psicólogo. Então está tudo bem e está tudo se encaminhando”, afirma, confiante.“Meu psicólogo esportivo é um ex-atleta, então ele entende bem este mundo que a gente vive. Já trabalhamos juntos há cinco anos, temos encontros semanais e está sendo muito importante nesta minha fase agora de reabilitação da lesão e visando o meu objetivo final, o meu sonho participar dos Jogos Olímpicos de Paris", afirma.Sobre os times que vão para Paris, ela não tem dúvidas que será uma competição muito difícil. “São 12 equipes que vão para Paris e todas são muito fortes. Nós caímos no grupo B, que é talvez o grupo menos difícil, porque o grupo A está bem complicado. O grupo A é onde estão os países nórdicos, que tem muita história no handebol, mas as atuais campeãs estão no nosso grupo", detalha. “E também tem o time da casa. Elas vão vir com certeza muito fortes ness campeonato". Segundo Cardoso, todos os jogos "serão muito complicados e a seleção não poderá relaxar em nenhum deles”.A próxima concentração acontecerá em junho no Rio de Janeiro e será uma fase de treinamento onde irão estar 21 jogadoras. “Ficaremos lá quase um mês concentradas. Só então sairá a lista das jogadoras que irão ser convocadas para os Jogos Olímpicos de Paris. Serão convocadas 17 jogadoras ao todo: 14 ficarão na vila olímpica e as outras 3 ficam fora pois serão chamadas apenas se houver necessidade devido a contusões”, explica.Vaga em Paris ainda não está garantidaA tão sonhada vaga ainda não está garantida para nenhuma atleta, nem mesmo para Adriana Cardoso, uma das jogadoras mais experientes da seleção brasileira de handebol feminino. Apesar de o Brasil já ter a vaga para a Olimpíada em Paris após ter conquistado o ouro nos Jogos Pan-americanos de Santiago, no Chile, ano passado, as atletas ainda não têm a convocação oficial, gerando ansiedade e incertezas.“A gente continua se preparando fisicamente, mas também temos que cuidar da parte psicológica", repete a atleta. “Temos de segurar esta ansiedade porque o Brasil tem a vaga, mas nós, atletas, ainda não. A convocação só vai sair lá na frente, bem perto do embarque para os Jogos Olímpicos de Paris", reitera Cardoso, que já competiu em Tóquio 2020. "A briga vai ser bonita porque temos atletas muito boas aqui na concentração, mas só irão 17”, desabafa a ponteira que foi a artilheira e marcou 33 gols no Pan de 2023.
Estivemos à conversa com Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, sobre o lançamento do prémio Lisboa Innovation for All que desafia empreendedores a apresentar soluções inovadoras na educação, saúde e integração de migrantes.
Estivemos à conversa com Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, sobre o lançamento do prémio Lisboa Innovation for All que desafia empreendedores a apresentar soluções inovadoras na educação, saúde e integração de migrantes.
Estivemos perto de trazer os 3 pontos de Fão, mas o Braga B teve um penalti ainda mais tardio que o nosso que lhes deu um empate num jogo que nos podia ter catapultado para a luta pelo segundo lugar. Ainda assim, a esperança continua acesa, retirámos um ponto em relação ao terceiro lugar e perspectivámos o que falta jogar neste campeonato, com especial foco para o jogo do próximo sábado com o Atlético, lanterna vermelha desta fase de apuramento de campeão. Um episódio com a participação de Guilherme Imperial, Filipe Fernandes e José David Lopes.
O fim de semana foi de competições por todos os lugares do mundo para eleger os novos campeões nacionais. Tem muita gente de roupa nova essa semana! Aqui no Brasil não foi diferente e vamos falar sobre o que rolou em Cascavel/PR com a participação do nosso Gregario PRO Nicolas Sessler e também com a presença da campeã de resistência Tota Magalhães e o campeão de crono Diego Mendes.Estivemos mais uma vez no palco do L'Etape Rio e ele também está na pauta. Ainda tem o aquecimento pro Tour, o Europeu de MTB, a CIMTB em Nova Lima, Miguel Angel Lopez e muito mais!Esse episódio é um oferecimento de Session Brasil (@sessionbrasil). We Make you Faster. Visite o site: http://www.sessionbrasil.com.brThis podcast uses the following third-party services for analysis: Chartable - https://chartable.com/privacy
O fim de semana foi de competições por todos os lugares do mundo para eleger os novos campeões nacionais. Tem muita gente de roupa nova essa semana! Aqui no Brasil não foi diferente e vamos falar sobre o que rolou em Cascavel/PR com a participação do nosso Gregario PRO Nicolas Sessler e também com a presença da campeã de resistência Tota Magalhães e o campeão de crono Diego Mendes.Estivemos mais uma vez no palco do L'Etape Rio e ele também está na pauta. Ainda tem o aquecimento pro Tour, o Europeu de MTB, a CIMTB em Nova Lima, Miguel Angel Lopez e muito mais!Esse episódio é um oferecimento de Session Brasil (@sessionbrasil). We Make you Faster. Visite o site: http://www.sessionbrasil.com.brThis podcast uses the following third-party services for analysis: Chartable - https://chartable.com/privacy
Esta semana o AMP virou-se para um novo projecto de black metal açoriano que promete dar cartas num futuro muito próximo. Estivemos à conversa com o André Sousa (Astaroth) que nos contou tudo sobre este projecto Mournolith Abyss e também revelou novidades sobre o seu outro projecto drvsca bem como algumas considerações sobre a serie Rabo de peixe não fosse ele micaelense. A não perder! https://mournolithabyss.bandcamp.com/track/brimstone-confession
Acompanhe a inauguração da fábrica da HORSCH em Curitiba/PR . Nesta nova unidade industrial serão fabricadas todas as linhas de plantio, manejo de solo e tratos culturais. Conheça os carregadores frontais da Marispan. Estivemos em Goiás para te mostrar os benefícios em utilizar os implementos da marca para maior produtividade e agilidade no campo. Veja as tecnologias da HOVER 500 da Jacto que garantem redução de perdas, maior precisão e qualidade durante a colheita. Fique por dentro das últimas notícias do setor no quadro Notícias das Marcas com a jornalista Elaine Valdez.
Em que Martim e Hugo resolvem pôr uma marquise de alumínio no seu palazzo renascentista.
Hoje o papo vai ser sobre o SXSW 2023! Estivemos lá presencialmente e vamos falar sobre os principais temas abordados nesse evento que trata sobre as principais tendências em tecnologia para os próximos anos. Vem ver quem acompanha a gente neste papo!
Estivemos em Jundiai! E contamos com a presença dos queridos amigos e patronos Guilherme Garcia, Pércio Brunelli e Bruno Caldeira para contar um pouco sobre como foi o primeiro concurso nacional de cerveja artesanal caseira! Vem com a gente!
Estivemos à conversa com o compositor Bruno Bizarro em directo através da nossa página de Instagram, sendo que não foi possível recuperar a primeira parte desta conversa, devido a um problema técnico, mas podem ouvir aqui boa parte desta conversa sobre música, bandas-sonoras, composição para filmes, etc.
Esta semana o Azores Metal Podcast orgulha-se de vos trazer uma bela entrevista a uma das bandas nacionais com mais sucesso nos últimos anos. Estivemos à conversa com a Sandra Oliveira, vocalista da banda que nos contou tudo sobre uma das bandas do género com maior base de fãs a nível nacional.
Estivemos no dérbi de Manchester e no dérbi do Norte de Londres e voltamos ao podcast para analisar a rodada da Premier League com entrevistas exclusivas.
Estreia de gala do Antony em um novo United começando a engatar sob o comando de Ten Haag. Estivemos nos principais jogos da rodada e voltamos ao pub para debater com muita resenha e entrevistas exclusivas.
Discutimos porque Liverpool e Manchester City é a nova melhor e maior rivalidade do futebol inglês. Estivemos em Anfield, Old Trafford e Stamford Bridge nesta rodada e trazemos ao podcast entrevistas exclusivas, bastidores e áudios da torcida. Com participação de um brasileiro que teve uma "baita" aventura no norte da Inglaterra.