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Cornélio é mais uma daquelas pessoas que Lucas em seus escritos dá visibilidade.Ele chama a atenção por ser um militar romano com a patente de centurião – comandante de um destacamento ou regimento composto por 100 soldados. Mas apesar de não ser da etnia, da raça judaica, ele é apresentado como temente ao Deus dos judeus. No livro de Atos, Lucas rompe o exclusivismo judaico, mostrando que havia gentios tementes a Deus que a graça estava alcançando e a Igreja precisava acolhê-los. A narrativa de Atos 10 é estratégica porque cruza a experiência do Cornélio com a de Pedro, marcando uma transição do elitismo judaico para a inclusão dos gentios na Igreja. Havia pessoas como Cornélio, que mesmo não tenho raízes judaicas, tinham aprendido acerca de Deus e confiavam Nele, por isso Pedro conclui, conforme registram os v.34-35:“Então Pedro começou a falar: "Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo.”E aqui temos uma boa definição de piedade: “Piedade envolve temer a Deus e fazer o que é justo.”Ou seja, piedade transforma a pessoa! Piedade é a evidência de que a pessoa deixou de viver longe do temor a Deus e passou a fazer a vontade de Deus!Piedade é temer e fazer! Deus aceita todo aquele que O teme e faz o que é justo!A história de Cornélio é bonita porque ele tem uma experiência marcante com Deus, segue as orientações de Deus para convidar Pedro pra vir até a sua casa, reúne seus parentes e amigos para ouvir Pedro e ao final acontece o batismo deles!É uma narrativa que retrata uma piedade transformadora! Retrata um indivíduo que não é só um estrangeiro, mas faz parte do império opressor que, vivendo em temor e piedade, vai experimentando transformação em sua vida.#igrejabatista #igrejanaoelugar #somosalife #reflexão #piedade #vidapiedosa
“O Extraordinário Percurso da Comunidade Portuguesa de França” é uma série documental em oito episódios que fala sobre os portugueses e lusodescendentes de hoje em França, mas também recorda os que fugiram de Portugal no século XVI, os que combateram na Primeira Guerra Mundial e os que participaram na Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial. A série é realizada por Carlos Pereira, director do mais conhecido jornal das comunidades por terras francesas, o LusoJornal, e está a ser difundida na RTP Internacional, ficando disponível online. RFI: “Por que é que a série se chama ‘O Extraordinário Percurso da Comunidade Portuguesa de França'? O que é que este percurso tem de tão extraordinário? Carlos Pereira, Realizador de “O Extraordinário Percurso da Comunidade Portuguesa de França”: “Eu acho que este percurso é, de facto, é extraordinário. A grande massa dos portugueses que chegaram nos anos 50, 60, não sabia ler, não sabia escrever. Eram, no melhor dos casos, iletrados, mas numa grande parte eram analfabetos e conseguindo dar a volta à situação, trabalhando muito, conseguiram impor-se e estar em França como se fosse quase em Portugal. Eu acho que este percurso é mesmo um percurso extraordinário. E depois, ao trabalhar sobre este percurso, apercebi-me que isto já vinha de antes dos portugueses que participaram na Primeira Guerra Mundial, que estiveram na Segunda Guerra Mundial e que fizeram um trabalho importante também de resistência durante a ocupação nazi. Procurando ainda melhor, vimos que já os judeus portugueses que chegaram cá durante a Inquisição fizeram um trabalho impressionante de integração em França. Iniciei aí este percurso que inicia no século XVI e que chegou até hoje.” Quantos portugueses e lusodescendentes é que vivem hoje em França? Ainda são uma “comunidade invisível” como outrora ficou conhecida? “Essa pergunta já responde, de facto, que é uma comunidade invisível, isto é, nós não sabemos dizer o número exacto de portugueses que moram em França. Hoje ninguém tem estes números. Isto é sintomático. Nem Portugal tem estes números, nem também França tem estes números, portanto não sabemos. É uma comunidade muito grande que está em todo o lado. Encontramos os portugueses na política, nas associações, no desporto, na cultura, os empresários... Agora, o número exacto, quantos somos, não sabemos responder a essa pergunta.” Muitas vezes os políticos falam em um milhão, um milhão e meio de portugueses em França... “Ouve-se de tudo. Fala-se entre um milhão e duzentos mil e um milhão e quinhentos mil. Já aí entra esta diferença que é bastante grande, mas estima-se que esta comunidade ande por aí. Há muitos lusodescendentes que não têm a nacionalidade portuguesa, que não estão registados, que podiam ser portugueses a qualquer momento. E depois também há as mulheres e os maridos de portugueses que também podiam ser portugueses a qualquer momento se fossem pedir a nacionalidade e isto faria certamente números muito maiores.” Como é que surgiu a ideia de fazer esta série documental? “Era importante contar esta história. O que nós fazemos no LusoJornal regularmente é contar esta história, a história contemporânea de portugueses que moram em França. Não há nada ou há muito pouco registado em vídeo, isto é, não há muitos documentários sobre os portugueses de França.” Há os documentários do realizador José Vieira. “Pois houve alguns documentários do José Vieira, mas há muito poucos documentários sobre os portugueses de França e são muito sobre a história, sobre ‘o salto', sobre antes do ‘salto' ou depois do ‘salto' e não tanto sobre os portugueses de hoje e eu quis dar a minha contribuição. Propus à RTP, a RTP também queria fazer um trabalho sobre isto, apareci num bom momento, na boa altura, a compra estabeleceu-se, fizemos este acordo e a série foi feita em oito episódios por enquanto. Espero que haja uma segunda série, era importante que se retratasse este percurso e, sobretudo, que se fizesse uma fotografia actual de uma comunidade enorme, como já dissemos, mas que é tão desconhecida em Portugal e em França. Ainda recentemente, neste último episódio sobre os judeus, houve muita gente que me ligou e que me disse que não conhecia esta história, nem portugueses nem franceses.” Qual é essa história dos judeus portugueses em França? “Os judeus saíram de Portugal durante a Inquisição e uma parte pequena, apesar de tudo, veio instalar-se em França, onde também não podia haver a prática judaica. O rei Henrique II decide permitir a instalação deles em Bordéus - ou na faixa entre Bordéus, Hendaye e Bayonne - dizendo que eles também não são judeus, porque tinham sido convertidos à força em Portugal, cristãos novos, e arranjando ali alguns argumentos decide autorizá-los a ficar. Dali foram-se expandindo no país inteiro e deram um primeiro-ministro Pierre Mendès France, o Georges Mendel, os irmãos Pereira, isto é, desenvolveram os caminhos-de-ferro em França, as termas, fizeram aqui impérios e depois chegou a Segunda Guerra Mundial e veio estragar um pouco esta comunidade já que muitos deles foram deportados e mortos. Ficaram uma sinagoga portuguesa em Paris, outra em Bordéus e outra em Bayonne, onde se pratica ainda agora o rito português que é um rito muito específico, embora já não sejam portugueses a ocupá-las ou muito poucos a frequentá-las e são os judeus da África do Norte que, entretanto, sendo também sefarditas, embora pratiquem um rito diferente, foram-se habituando a praticar o rito português, já que estas sinagogas obrigam, por estatuto, que se siga o rito português até ao fim dos tempos. Depois ficou um cemitério judeu em Bordéus e o primeiro cemitério judeu em Paris que ainda hoje é possível visitar se for pedida autorização ao consistório. Eu visitei e filmei. Ainda ficaram alguns rastos desta comunidade e eu acabo o documentário no Josué Ferreira, que é um lusodescendente que acabou por ser a primeira mulher rabina a ser ordenada em França e que depois mudou de nome e de sexo e agora é Josué Ferreira e é rabino na comunidade liberal em Montpellier. É um lusodescendente que se converteu ao judaísmo e hoje é um rabino.” Outro episódio, difundido em Junho, chama-se “Lusodescendentes e politicamente implicados em França”. O que é que representam estes luso-eleitos no mapa político francês em termos de números e em termos de visibilidade da própria emigração portuguesa? “Segundo a Cívica, portanto, a associação dos autarcas de origem portuguesa, há por volta de 8.000 autarcas de origem portuguesa. Este número também não é fácil de verificar. No LusoJornal verificámos uma boa parte, uns 80%, e este número não deverá andar muito longe daí. Isto chega-se lá através dos nomes, mesmo se depois há os Costas que até poderão ser espanhóis. Ou então, por exemplo, uma autarca que tinha o apelido francês devido ao casamento, mas que é portuguesa. Portanto, 8.000 representam muito e os portugueses - repito - chegaram cá praticamente analfabetos. Eles não conheciam o sistema francês e descobriram tudo. Houve aqui todo um trabalho de afirmação, digamos assim. Há os autarcas, depois há os deputados. Há quatro deputados actualmente na Assembleia Nacional Francesa e nós entrevistámos dois deles. Depois, entrevistámos os presidentes de câmara, vereadores em Paris, na região parisiense, mas também em Clermont-Ferrand, onde há uma comunidade grande portuguesa e há, aliás, uma deputada de lá. No fim, na altura em que filmámos, uma lusodescendente tinha chegado ao Parlamento português: era a Nathalie Oliveira e ela conta também esse percurso de como é que fazendo um percurso no PS francês, ela acabou por ser eleita deputada em Portugal, apesar de muitas dificuldades. Era o retorno, no fundo, da moeda, era o regressar a Portugal enquanto deputada.” Há outro episódio que tem como título “Associações Portuguesas de França - Uma teia de Influências”. Qual é que tem sido a importância do movimento associativo português em França? E por que é que de 900 associações portuguesas no final dos anos 90, hoje há muito poucas? “Hoje há muito menos associações portuguesas em França porque o problema hoje não é o mesmo. Nos anos 70 e 80, ainda não havia internet, ainda não havia redes sociais, ainda não era possível ver a televisão portuguesa em França e, por isso, as pessoas juntavam-se numa associação e a associação era o terreno que eles constituíam aqui. Hoje, isso já não é preciso, isso já não é prioridade. As pessoas iam a uma associação muitas vezes encontrar trabalho, encontrar casa, encontrar mulher ou marido, até nos grupos de folclore. Isso hoje já não é uma prioridade e, portanto, muda-se muito os objectivos e há muitas associações que não se souberam adaptar e que vão certamente acabar. Há muitas que já acabaram. Eu escolhi apenas grandes associações que fazem a diferença, já que evidentemente eu não podia entrevistar 900 e tal associações.” Quantas associações há hoje? “Não sei e esse é também um problema. É que nós não sabemos exactamente o número de associações que existem em França. Em França, é muito fácil criar uma associação, isto é, duas pessoas juntam-se e vão declarar a associação. Demora três ou quatro dias e custa 20 e tal euros. Há muitas associações que depois existem no papel e não existem na prática. Enfim, é completamente impossível dizer o número de associações portuguesas que há em França. Agora, eu escolhi umas oito ou nove e escolhi aquelas que se impuseram mais, ou porque construíram edifícios enormes que estão actualmente a dinamizar e a ceder às próprias Câmaras Municipais ou então, como em Dijon e em Clermont-Ferrand, ou a associação de Pontault-Combault que faz um festival enorme todos os anos que é já uma festa da própria cidade, embora seja organizada por uma associação portuguesa. Isso acontece em Clermont-Ferrand também. Também escolhi a Associação de Nanterre porque organiza uma feira de produtos portugueses e aqui há também esta dimensão comercial ou de promoção regional de produtos endógenos num outro país. Escolhi a associação O Sol de Portugal que foi a primeira associação juvenil a ser criada em França, é uma associação em Bordéus que tem a particularidade de até agora nunca nenhum homem a ter dirigido e sempre foi dirigida por mulheres e tem experimentado, de há uns anos para cá, uma nova fórmula que é uma co-presidência. Portanto, actualmente há três mulheres a presidir a esta associação.” De todos os episódios, quais são aqueles que mais o marcaram? “Eu gostei muito de realizar os episódios sobre a Resistência e sobre os judeus, já que eu tinha feito uma sinopse inicial e ela acabou por ser completamente alterada. Isto é, eu fui aprendendo tanta coisa nova durante a própria realização que fui alterando. Esses dois marcaram-me muito. Portugal é um país neutro na Segunda Guerra Mundial e afinal eu entrevistei famílias de pessoas que foram fuziladas devido a serem resistentes, de pessoas que foram levadas num comboio para campos de concentração alemães e morreram no comboio, deitaram-nos do comboio abaixo. Isto é, aprendi muito em relação a estes dois episódios um pouco mais históricos. O episódio sobre o fado eu gostei muito de o ter realizado. Há um mundo fadista português aqui. Eu mostrei esse mundo fadista e gostei bastante. E depois todos os outros. Gostei dos empresários, do desporto, da cultura. Esses ainda não passaram, ainda vão passar agora. São episódios muito engraçados que mostram coisas novas e o importante é que eu agora receba mensagens de gente que me diga ‘Nunca vi isto assim, com este olhar'. Um olhar global, digamos assim. Aprendi muito. Fico contente por saber isso e por ter conseguido dar esta imagem global e de levar coisas novas que as pessoas não sabiam.” Vamos a esse universo fadista em França. Que universo é? “É um universo muito feminino, mas isto é a circunstância do tempo porque houve já mais homens a cantar fado no passado, mas actualmente é um universo muito feminino e, portanto, eu fui buscar uma cantora que é a Mónica Cunha, que aprendeu a cantar em Portugal e que veio para cá dar aulas de português e acabou por se impor aqui também enquanto fadista. Também fui buscar uma jovem que já nasceu cá, que nunca viveu em Portugal e que, à força de corrigir o sotaque, ela impõe-se no meio fadista aqui como uma grande fadista, a Jenyfer Raínho. Fui buscar uma francesa, a Lizzie, que não tem absolutamente nada a ver com Portugal e que um dia viu na televisão uma reportagem, viu alguém a cantar e disse ‘Eu adoro esta música'. Hoje ela fala um português perfeito e canta muito bem. Fui buscar pessoas que vêm de outros horizontes, isto é, da bossa nova, por exemplo, como é o caso da Tânia Raquel Caetano e que se aproximou a seguir do fado. Fui buscar um músico como o Philippe de Sousa, que viveu até muito pouco tempo em Portugal, mas que é um fadista, ou melhor, ele toca viola inicialmente, depois descobre a guitarra de fado e hoje leva essa guitarra de fado a outros universos do jazz, portanto com outras músicas, de outros horizontes menos convencionais e isso interessou-me muito. Pelo meio, há o Jean-Luc Gonneaud, um especialista de fado, francês, que um dia foi a Lisboa, já há muitos anos, porque fez um estágio em Lisboa e apostou com um irlandês que iam cantar um fado. No dia em que iam cantar, o irlandês disse que não ia. Ele foi e cantou o fado ‘O Marceneiro'. Desde aí ele é muito conhecido no mundo fadista em Portugal também, e muitas vezes assume esta ponte entre a França e Portugal.” Fala-se muito nas histórias de sucesso de empresários portugueses... Também as aborda... “O meu objectivo não era ficar naqueles empresários que nós já conhecemos todos e que são empresários de sucesso. Eu fui à procura de nova gente e encontrei, por exemplo, o Michel Vieira, em Lyon, que ninguém conhece e é o maior empresário português de França. Ele já nasceu cá porque os pais vieram para cá, o pai era bate-chapas, a mãe era mulher-a-dias e resolveram instalar-se aqui por mero acaso. Ele conta a história no filme. Ele fez um CAP, que é um diploma de base a seguir à quarta classe, e aprendeu a ser electricista. Andou a trabalhar nas obras e não gostou, disse que tinha muito frio, voltou à escola e resolveram propor-lhe uma especialização em electrodomésticos. Ele começa a reparar máquinas de lavar a louça e a roupa e, a partir daí, entra numa empresa ainda estagiário, vai crescendo, chega a chefe técnico, chefe comercial, depois director-geral e compra a empresa ao patrão. A empresa devia ter uns 12 milhões de euros naquela altura e ele começa a comprar outras empresas e comprou uma por 500 milhões de euros - é até hoje o único empresário sem sequer o 12° ano a obter um crédito de 500 milhões de euros. E se tudo funcionar bem, como ele espera, agora em 2025 ele vai chegar ao fim do ano e vai ter mil milhões de volume de negócios. Portanto, será o maior empresário português em França a entrar no grupo das 300 maiores empresas francesas. É uma história impressionante. Ele costuma dizer: 'Só foi possível por eu ser português, porque eu não estou a ver como é que vão dar um crédito a uma pessoa assim que chega e que não tem estudos nenhuns, que vem pedir um crédito de 500 milhões de euros, é só mesmo por eu ser português e eles reconhecerem o facto de ser trabalhador.'” O Carlos Pereira também aborda os portugueses no mundo cultural francês... “Em relação à cultura, o meu objectivo não é de contar os portugueses que estão a dominar os centros culturais ou teatros aqui em Paris porque essa é uma história que já muita gente conhece. Fui buscar pessoas que estão em horizontes muito diversos. É muito difícil fazer um episódio como este sobre a cultura ou sobre o desporto, já que há tanta gente a fazer cultura, a fazer desporto em domínios diferentes. Fui buscar uma realizadora, a Cristelle Alves Meira, fui buscar um coreógrafo que tem uma companhia em Bayonne que está a funcionar muito bem, o Fábio Lopes, foi buscar um pianista, Ricardo Vieira... Isto é, fui buscar várias pessoas a trabalharem em ramos diferentes e juntei-as de maneira a mostrar precisamente a diversidade, sem ser um catálogo onde se mostra tudo. Há muita gente que infelizmente não consegui pôr, mas o objectivo era mostrar que há gente em várias áreas. Mostrei isso também no desporto. Não queria falar só sobre futebol. Isso é um grande erro, pensar que os portugueses de França são todos adeptos de futebol e fazem todos futebol. Há portugueses em muitas outras áreas, no futebol também, é evidente, mas os portugueses dominam o futsal francês, há modalidades mais pequeninas, como o bilhar, os matraquilhos e a pelota basca que tem uma federação portuguesa que nasceu em França. A minha ideia era mostrar a diversidade e não tanto fazer um inventário de quem faz o quê.” A série “O Extraordinário Percurso da Comunidade Portuguesa de França” pode ser vista no site da RTP.
Obra se inspira na mitologia grega para refletir disputa entre a música contrapontística e o “estilo galante”
A premiada escritora Monique Malcher está na praça de livro novo. "Degola" encontra a justa medida entre a ternura e a violência para contar a história de Sol, cuja infância numa ocupação de terra em Manaus traz memórias que evidenciam a diferença entre o sofrimento intrínseco à condição humana e aquele erigido no barro da injustiça social.
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La ronda de consultas abierta por el presidente del Gobierno, Pedro Sánchez, tras el tsunami provocado por las revelaciones en torno al que fuera su número tres en el PSOE, Santos Cerdán, ha retratado el maltrecho estado de relaciones con sus socios, marcado por una ruptura total de confianza.
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Maratona do Natal, prova em que faltou água, exige retratação das pessoas que falaram que faltou água na prova. Eu entendi certo?#CriadorPorEsporte #corrida #corredores #corridaderua #corredoresderua #corridaderuabrasil
Em Newcastle, Inês Estradas sentiu apenas efeitos ligeiros das grandes inundações. Por estes dias na Suíça há encontro e espectáculo de tunas portuguesas. Edição Isabel Gaspar Dias
Emanuel Bomfim e Leandro Cacossi conversam com a cineasta Marianna Brennand, que fala sobre o lançamento do seu primeiro longa de ficção, “Manas”. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Recibimos al escritor Luis García Montero y a Azucena Rodríguez para hablar del documental 'Almudena', un retrato íntimo de Almudena Grandes que permite conocer el lado íntimo de una escritora a la que, la literatura, le salvó la vida.
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Documental que desvela la autentica realidad el sistema colonial español en Guinea Ecuatorial. Retrata los duros años de la posguerra y el racionamiento, y esta diminuta colonia se transforma para muchos españoles en Tierra de Promision.
Carolina Gölcher Umaña."Impactante. Trágica y horrorosa es la miniserie británica Adolescencia de Netflix. Retrata una verdad desprendida dolorosamente desde la primera secuencia hasta la última: el fatídico derrumbe de un adolescente. Trabajo de psicoanalista y encuentro que pocas cosas conmueven tanto como el sufrimiento de un niño o un adolescente, porque es un sufrimiento que puede ser mudo, un decir sin palabras..."#larevistacr @larevistacr www.larevista.cr #carolinagolcher
"A maior história de amor da humanidade contada em canções". Essa é a frase que define o musical Notas da Paixão, segundo o idealizador do projeto, Nícolas Pedrinha. O jovem interpreta Jesus Cristo no espetáculo que retrata o caminho entre a condenação e a morte do filho de Deus, período denominado de Paixão de Cristo. Nesta sexta-feira (18), fiéis e admiradores poderão contemplar, gratuitamente, mais uma edição do musical, que será realizado às 20 horas, no Parque da Prainha, em Vila Velha. O projeto conta com equipe voluntária e músicas autorais para retratar um dos momentos mais importantes da tradição cristã. Em entrevista à CBN Vitória, Nícolas Pedrinha conta os detalhes deste ano. Ouça a conversa completa!
O Senado lança o documentário “Quando Elas se Movimentam”, uma produção da TV Senado que destaca a resiliência e força de mulheres negras brasileiras. Ouça a entrevista com a diretora da produção, Suzana Lira, e com a atriz Luana Xavier. O filme conta a trajetória de três mulheres negras que desafiaram as estatísticas, conquistam espaços e escrevem suas próprias narrativas, abrindo caminhos para outras gerações. O documentário será exibido, nesta terça-feira (24) no Cine Brasília, com entrada gratuita.
Episódio sobre o show 502 que ocorreu dia 20/03/25 no Villa Portal Bar em Cajamar
Episódio sobre os shows 500 e 501 que ocorreram dias 06/03 no Hillarius SP abrindo pra Re Said e 16/03 em Mongaguá abrindo pro Gio Lisboa
03 11-03-25 LHDW Capello retrata a Guardiola por su personalidad y méritos deportivos. 'Su arrogancia' le ha podido y le ha costado varias Champions
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Episodio 582 de Contralínea En Vivo conducido por Nancy Flores: -Expediente de la DFS retrata a Claudio X González Laporte como enemigo del bienestar social- Transmisión 15 de abril de 2024 Contralínea se transmite de lunes a viernes a las 10hrs (hora centro de México). Encuéntranos en Facebook, YouTube, X (antes Twitter), TikTok, Instagram, WhatsApp y Telegram como Contralínea. Escúchanos en Spotify, Apple Podcast e Ivoox como Contralínea Audio.
La vida de Julián Cañas, más conocido en el rap como Mañas Ru-fino cambió por completo hace un par de años, tras la muerte de su amigo y compañero en el grupo Doble Porción, Santiago Marín, más conocidos como Métricas Frías. Ese cambió es lo que retrata Vértigo, su más reciente producción, compuesta por cinco temas que hablan de la incertidumbre de la vida, de ese ir y venir entre lo mejor y lo peor.
O Malvado Agostinho - Fundamentos do CalvinismoReferências BibliográficasABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. São Paulo: Martins Fontes, 2007.ABBAGNANO, Nicola. História da filosofia. Tradução de J. L. V. M. e M. P. M. Martins Fontes, 2014.AGOSTINHO. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 1999.AGOSTINHO. Retratações. Tradução de Nair de Assis Vieira. São Paulo: Paulus, 2012.CARNES, Earle Edwin. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 2. ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016.FERRATER MORA, José. Dicionário de filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.GEISLER, Norman. Enciclopédia de apologética. São Paulo: Vida, 2002.GONZALEZ, Justo L. Tradições cristãs: uma história da teologia. Tradução de George L. Warnock. São Paulo: Vida Nova, 2018.HEINEMANN, Uta Hank. Eunucos por amor ao reino de Deus: ascetismo, castidade e mutilação na história do cristianismo. Tradução de Guilherme Gontijo Flores. São Paulo: Paulus, 2014.PEARCEY, Nancy. Verdade absoluta: libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.REALE, Giovanni. História da filosofia. v. 2. São Paulo: Paulus, 2007.SKARSAUNE, Oskar. À sombra do templo: os primeiros cristãos em relação a Israel. Tradução de Márcio Redondo. São Paulo: Editora Vida, 2005.WILSON, Ken. Fundamentos do calvinismo agostiniano. São Paulo: Fonte Editorial, 2013.Quer Ajudar o canal? Veja como:*Pix:https://widget.livepix.gg/embed/e47d6...*Apoie o Canal:https://apoia.se/canaldosocran*Áudios Venda:-CONCEITO DE HISTÓRIA NA FILSOFIA EM ARENDT:https://go.hotmart.com/I73309280Y?dp=1-O QUE É FASCISMO:https://go.hotmart.com/Y72077629D?dp=1
El equipo de La Trinchera repasa la actualidad semanal con las últimas declaraciones de Víctor de Aldama y el nuevo intento de asalto a la justicia
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Federico analiza con Vidal Quadras e Inda la reacción de Sánchez al informe que la UCO ha remitido al juez que investiga al Fiscal General del Estado.
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Luis Herrero analiza con Rosa Belmonte, Emilia Landaluce, Yésica Sánchez y Ángels Hernández la prensa rosa.
O governo federal cobra uma retratação formal do Carrefour sobre as declarações do CEO da empresa que pede veto à compra de carne produzida pelos países do Mercosul. A repercussão chegou até ao presidente da Câmara dos Deputados. Arthur Lira criticou a medida anunciada pela rede de supermercados francesa de suspender a compra de carne de países do Mercosul, que chamou de "protecionismo exagerado". O ministro da agricultura Carlos Fávaro voltou a falar com o jornalismo da RECORD sobre o assunto e disse que a embaixada francesa vai mediar a retratação por parte da empresa. Veja também nesta edição do JR 24 Horas: ex-presidente Jair Bolsonaro nega participação em suposto plano de golpe de Estado.
Black Friday do Cambly aqui No Pé do Ouvido - menor preço da história da plataforma, e inglês com planos a partir de R$39/mês! Use o código BF24MEIO para ter o seu desconto agora! Acesse já cambly.biz/bf24meio! Brasil exige retratação formal do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, por declarações sobre carne do Mercosul. E Bompard deve escrever carta ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Jair Bolsonaro nega qualquer envolvimento em planos de golpe de Estado, mas admite ter considerado medidas 'dentro dos limites da Constituição'. Procurador especial dos EUA recomenda rejeição de processos contra Donald Trump por subversão eleitoral e manuseio incorreto de documentos. Taylor Swift pode ultrapassar Drake em número de vitórias no Billboard Music Awards. Documentário sobre primeira visita dos Beatles aos EUA será lançado no Disney+. Nvidia cria editor de música com IA capaz de gerar sons inéditos. Essas e outras notícias você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Juan Pablo Polvorinos analiza las cesiones de Sánchez al separatismo que han llevado a este diario a acusarse de gobernar a placer del nacionalismo.
05 02-10-24 LHDW El Barça golea al Young Boys, ¿Retrata esta victoria a Flick en Pamplona?, Ferran Torres a debate, no acaba de romper en el actual Barça
Vasilisa Stepanenko, periodista y productora del documental “20 días en Mariúpol”, relata los horrores de la guerra durante la invasión de Rusia a Ucrania. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
Héctor Torres es una de las voces literarias más destacadas que abordan la Venezuela de hoy. Cursó estudios de Informática, pero luego se dedicó de lleno a la escritura y la literatura. Fue fundador y editor del portal literario www.ficciónbreve.org, una revista digital de literatura venezolana. Además, creó el Premio de la Crítica a la Novela del Año en 2009 y organizó la Semana de la Nueva Narrativa Urbana entre 2005 y 2010. Torres ha publicado dos libros de cuentos y la novela "La huella del bisonte", la cual fue finalista de la Bienal Adriano González León y consolidó su carrera literaria. También ha escrito cuatro libros de crónicas, un género que cada vez gana más espacio en su obra. Junto a la periodista Albor Rodríguez, Héctor es fundador y editor de la organización La Vida de Nos, cuyo portal se especializa en la investigación periodística y en la crónica como género. Torres es un escritor, profesor y promotor de proyectos editoriales que ha dejado una importante huella en la literatura venezolana.
En la sede de Caja Rural puede verse la exposición de fotografías cuya autoría es Erasmo Fenoy, quien ha sido reconocido esta misma semana con el premio Fotoperiodistas de Aragón. Charlamos con este profesional de la información.
RETRATAÇÃO OFICIAL. Eu gostaria de corrigir a Fake News do meu shorts anterior. Anteriormente, disse que Boulos trabalha na comissão no Congresso Nacional para livrar Janones das acusações de rachadinha. Foi um erro alegar que Guilherme Boulos trabalha, ferindo o seus valores e o do seu partido. Por isso, peço desculpas. Quer relatórios sobre quando comprar ou vender Bitcoin e uma plataforma de educação junto com isso? https://bit.ly/RelatoriosRadicais Cansou de estar sozinho como Libertário? https://www.catarse.me/apoiadoresradicais Quer fugir do Brasil? Nos contate: https://www.settee.io/ https://youtube.com/c/Setteeio Nos acompanhe no Telegram: https://t.me/ideiasradicais
Solo en 2022, los médicos españoles expidieron más de mil millones de recetas. En los países ricos el consumo de medicamentos aumenta sin cesar y, sin embargo, no parece que mejore la salud de la ciudadanía. A esta realidad se asoman las páginas de Crónica de una sociedad intoxicada (Península). Un libro que es una crítica argumentada del consumo abusivo de medicamentos y de la industria farmacéutica. Unas páginas a las que nos asomamos con su autor, Joan-Ramon Laporte, catedrático emérito de Terapéutica y Farmacología Clínica en la Universidad Autónoma de Barcelona, experto en farmacovigilancia y colaborador de la Organización Mundial de la Salud.Escuchar audio
Un estudio reciente de Screen Diversity Australia revela que, aunque la diversidad de personajes y profesionales en TV y plataformas de streming ha mejorado, no refleja la realidad social.
01 19-03-24 LHDW Óscar Puente parece Churchill en comparación con Buruaga. La retrata con el 'timo' de La Pasiega. Ha rebajado la euforia sobre el proyecto
En este episodio de La Cafetera de Radiocable.com analizamos noticias cómo la situación en Gaza, las reacciones a las últimas revelaciones sobre la «Operación Cataluña» y
Daniel Muñoz repasa el gran discurso de Milei en el que sin paños calientes habló a los argentinos de forma adulta y recibió una ovación.