POPULARITY
Em Angola, o Bloco Democrático terá convenção nacional este fim-de-semana para votar e eleger novos órgãos sociais. Em Moçambique, novo episódio de tensão no partido. Nove membros da Assembleia Municipal alegam terem sido destituidos por contestarem Ossufo Momade. A UNICEF alerta que o conflito no Sudão está a provocar a desnutrição a 13 mil crianças. E este fim-de-semana há Bundesliga na sua DW.
A actualidade desta semana em África ficou designadamente marcada pela visita de dois dias que o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, efectuou ao Ruanda, país cujas tropas apoiam o exército moçambicano na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado, no extremo norte do país. No âmbito desta deslocação, foi assinado em Kigali o Acordo sobre o Estatuto da Força que regula a presença das tropas ruandesas que lutam contra os grupos armados em Cabo Delgado, um documento apresentado como um instrumento padrão regido pelo direito internacional. Apesar de o Presidente moçambicano explicar que o acordo militar assinado com o Ruanda não prevê o aumento do contingente desse país em Cabo Delgado, os termos desse protocolo não deixaram de suscitar interrogações no seio da sociedade civil moçambicana. Noutro aspecto, no rescaldo das eleições gerais de 9 de Outubro de 2024, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) notificou 12 dos 37 partidos políticos que participaram nas eleições gerais para corrigirem irregularidades na utilização dos fundos atribuídos durante a campanha eleitoral. Para o Presidente da Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), a ausência da Frelimo, partido governamental neste processo é questionável. Ainda na actualidade moçambicana, esta semana esteve eminentemente virada para questões económicas. Foi inaugurada segunda-feira e decorre ainda até este domingo em Marracuene a 60.ª edição da FACIM, Feira Internacional de Maputo, um evento que reúne mais de 3 mil expositores e cuja importância foi destacada pelo Presidente da República durante a cerimónia de abertura. Foi neste contexto que a fundição de alumínio Mozal suspendeu contratos com 20 empresas nacionais, deixando mais de mil pessoas em situação de desemprego. Esta informação foi avançada pelo Presidente da Confederação Económicas de Mocambique, CTA, Álvaro Massingue que apontou esta como sendo consequência directa do anúncio da suspensão das actividades pela fundição até Março do próximo ano, caso não se encontre uma solução para o fornecimento de energia eléctrica, após o término do contracto actual com a Eskom. Na Guiné-Bissau, os advogados da coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva - Terra Ranka afirmam que está em curso um plano para impedir a participação do seu líder, Domingos Simões Pereira, nas eleições presidenciais do próximo mês de Novembro, sendo que também denunciam alegadas irregularidades no processo eleitoral. Também esta semana, o Primeiro-Ministro guineense Braima Camará foi hospitalizado de urgência no Senegal após sentir-se mal durante a cerimónia de tomada de posse de novos membros do Conselho de Estado, na capital. Entretanto, a RFI apurou que pelo menos até esta sexta-feira, o chefe do governo guineense ainda se encontrava no Senegal, mas que estava a a recuperar e que tenciona regressar em breve à Guiné-Bissau. Noutra actualidade, aqui em França, o Presidente Emmanuel Macron recebeu esta semana no palácio do Eliseu o seu homólogo senegalês Diomaye Faye, ambos tendo manifestado a vontade de reforçar os elos entre os dois países, depois de meses de algum distanciamento, desde a chegada ao poder das novas autoridades no Senegal no ano passado. Um dos indícios mais flagrantes da nova tonalidade das relações bilaterais foi a saída no passado mês de Julho dos cerca de 300 militares franceses que ainda se encontravam no país, isto a pedido do poder do Senegal. Em Cabo Verde, a França tem estado a apoiar a ilha de São Vicente a se reerguer após a destruição causada pela tempestade Erin. Um navio da Marinha Francesa, com técnicos, mecânicos e engenheiros, chegou esta semana à ilha cabo-verdiana para apoiar a resposta às necessidades após a tempestade que provocou nove mortos e dois desaparecidos naquela ilha. Relativamente desta vez à actualidade de São Tomé e Príncipe, o antigo primeiro-ministro, Patrice Trovoada, manifestou a intenção de ocupar o seu lugar de deputado da Assembleia Nacional. Expedientes já foram feitos para que a sua reintegração seja efectivada. Em Angola, a equipa da casa tornou-se campeã africana de basquetebol após a sua vitória, na final, no domingo, face ao Mali por 70-43. O Presidente angolano, João Lourenço, saudou na segunda-feira a vitória da selecção angolana pela conquista deste que é o seu 12.º título de campeã africana da modalidade.
Em Angola, o Presidente da CNE foi aprovado como juiz conselheiro do Tribunal Supremo. Analista levanta questões de ética e de Direito. Daniel Chapo está de visita ao Ruanda. Analista diz à DW que o PR de Moçambique foi renegociar divida referente à presença de tropas ruandesas em Cabo Delgado. Nos EUA, novo tiroteio em massa matou 2 crianças e feriu 17 pessoas numa escola católica em Minneapolis.
Em Moçambique, concurso público de 1,7 milhões de euros gera polémica no setor agrícola. Sociedade civil exige transparência e legalidade. Em Angola, juiz presidente do Supremo renuncia por motivos de saúde. O magistrado está a ser investigado por alegações de corrupção. Ataques russos matam 19 na Ucrânia. UE promete sanções. Três países europeus ativam sanções ao Irão por incumprimento nuclear.
Esta semana em África ficou marcada pelo desporto com o AfroBasket e ainda no campeonato de futebol de jogadores internos, o CHAN. Trazemos-lhe ainda a visão do nosso correspondente em Cabo Verde com as consequências da tempestade Erin. A semana no continente africano é marcada igualmente pelo possível regresso do grupo Wagner... os sinais de alerta vêm de Angola, de onde também esta semana Daniel Chapo apelou ao reforço regional no combate ao terrorismo. Esta semana em Moçambique, Daniel Chapo apelou ao reforço do compromisso regional no combate ao terrorismo, sublinhando que a ameaça não se limita apenas à província de Cabo Delgado, no norte do país, mas representa um risco para toda a região da África Austral... Em Angola a questão do possível regresso do grupo Wagner está cada vez mais na ordem do dia... Segundo Lou Osborn, do organismo "All eyes on Wagner", as operações de influência russa são agora mais discretas. Passam pela "African Initiative" e, simultaneamente, pela mobilização da Africa Corps, entidade que sucedeu às antigas estruturas militares da Wagner, sob a orientação do Kremlin. Ainda em Angola vinte pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante a disputa de um poço de água entre os membros das comunidades Mucubais e Nhaneca-Humbi na província do Namibe, sul de Angola. O Governador provincial confirma a ocorrência justificando-a como ligada à complexidade étnica da região, apesar de a seca ser o grande problema ... Esta semana trouxemos-lhe também a visão do nosso correspondente em Cabo Verde, dando conta das consequências da tempestade Erin que se abateu sobre a ilha de São Vicente no passado dia 11 de agosto... No desporto esta semana fica marcada pelo Basket e futebol. No que diz respeito ao AfroBasket grande destaque para o confronto entre países lusófonos, Angola e Cabo Verde onde a selecção anfitriã do Torneio venceu os cabo-verdianos por 90 a 80, num jogo que teve uma assistência recorde de 12700 espectadores... Menos sorte teve a selecção angolana de Futebol no Chan, campeonato de jogadores internos, que terminou no quarto lugar com quatro pontos no Grupo A com um triunfo, um empate e duas derrotas. Apenas os dois primeiros dos quatro grupos da primeira fase se apuraram para os quartos-de-final. Gogoró, internacional angolano de 30 anos, analisou a participação de Angola neste torneio.
Em Angola, o executivo angolano pretende acabar com a figura do “lotador”, a figura que angaria passageiros nas paragens de táxi. Província do Namibe: Falta de água desencadeia lutas sangrentas entre comunidades. Organizações da sociedade civil angolana apelam à seleção de futebol da Argentina para não ir a Angola para um jogo amigável.
Zelensky e frente unida europeia reunem hoje com Trump sobre detalhes da cimeira com Putin. Em Angola, jusrista não acredita que suspensão de João Lourenço da liderança do MPLA tenha pernas para andar. No futebol alemão, o Bayern Munique conquistou a Supertaça. Neste jornal, não perca mais um episódio da sua radionovela, Learning By Ear - Aprender de ouvido.
Neste programa, voltamos aos temas que marcaram a semana na África Lusófona, em Cabo Verde, o Governo cabo-verdiano declarou estado de calamidade na sequência das fortes chuvas e inundações que causaram nove mortos e danos significativos em infra-estruturas. Em Moçambique, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique aceitou o registo do partido Anamola, do político e ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane e em Angola A edição de 2025 do Afrobasket arrancou esta semana em Luanda. Esta semana, Cabo Verde enfrentou fortes chuvas e inundações nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, resultando em nove mortos e danos significativos em infra-estruturas. O governo declarou estado de calamidade e prometeu apoio às vítimas, incluindo realojamento e reconstrução, com ajuda internacional. Em Moçambique, continuam os ataques terroristas em Cabo Delgado, obrigando populações a fugir. Foi também reconhecido oficialmente o novo partido político de Venâncio Mondlane, Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo -ANAMOLA. Em Angola, dois cidadãos russos e dois angolanos foram detidos, suspeitos de envolvimento em terrorismo e falsificação de documentos. Além disso, arrancou em Luanda o Afrobasket 2025, evento marcante no ano em que o país celebra os 50 anos de independência.
Em Mocambique, investigadores comentam expansão da insurgência em Cabo Delgado. Em Angola, jurista explica porque é que o ano parlamentar terminou sem a aprovação do pacote legislativo autárquico. Neste jornal, analisamos ainda as conversações entre a Ucrânia, aliados e EUA antes da reunião de sexta-feira no Alasca entre Trump e Putin.
Em Angola, Polícia Nacional garante que a situação de segurança pública no país "é estável". Israel vai lançar "muito em breve" ofensiva contra a cidade de Gaza, afirma primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Acompanhe ainda mais um episódio da radionovela Learning by ear – Aprender de Ouvido.
Os protestos em Luanda, capital de Angola. Situação preocupante na Costa do Marfim. Sudão vs Emirados Árabes. E o Giro completo por África.APOIE O PDL no PIX: contatopontadelanca@gmail.comApresentação: Marcus Carvalho e Luis Fernando FilhoParticipações: JUREMA (Angola), Márcio Paulo e Cesar Augusto ChidozieQuadro: Márcio PauloEdição: Luis Fernando FilhoASSINE nossos planos no APOIA-SE (cartão ou boleto): https://apoia.se/pontalancapdl#Angola #Africa #Geopolitica
Neste programa, voltamos aos temas que marcaram a semana na África Lusófona. Em Angola,um grupo de cidadãos angolanos exige, em petição pública, a “destituição imediata” do Presidente da República, João Lourenço. Na Guiné-Bissau, o Presidente Umaro Sissoco Embaló, nomeou o empresário Braima Camará para o cargo de primeiro-ministro, Em Moçambique, a Direcção Provincial de Educação e Cultura de Cabo Delgado anunciou que pelo menos 87 escolas estão encerradas na sequência de ataques dos terroristas. Em Angola, um grupo de cidadãos exige, em petição pública, a “destituição imediata” do Presidente da República, João Lourenço. Acusam o chefe de Estado de “repressão, autoritarismo, violações sistemáticas dos direitos humanos e execuções sumárias”. A iniciativa é coordenada pelo Movimento Cívico Mudei e visa exigir a destituição imediata do Presidente angolano, justificando a exigência com os princípios constitucionais que asseguram o direito à vida, dignidade da pessoa, liberdade de manifestação, reunião, expressão, informação e protecção contra a tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. De acordo com o relatório policial, pelo menos 30 pessoas morreram, incluindo um agente da polícia, mais de 200 ficaram feridas e mais de 1.200 foram detidas, na sequência dos últimos tumultos. Num apelo da Ordem dos Advogados, mais de 500 advogados mobilizaram-se para defender os cidadãos detidos na sequência dos tumultos e actos de vandalismo registados em Luanda e no interior do país entre 28 e 30 de Julho passado, depois da greve convocada por taxistas contra o aumento do preço dos combustíveis no país. Durante os tumultos, várias empresas foram alvo de pilhagens e vandalismo, levando o Governo a anunciar uma linha de crédito no valor de 50 milhões euros destinados a 162 empresas. Segundo o executivo, os fundos devem servir para restaurar infra-estruturas, repor stocks, garantir o pagamento de três meses de salários e preservar os postos de trabalho nas empresas afectadas. Em Moçambique, a Direcção Provincial de Educação e Cultura de Cabo Delgado, no norte do país, anunciou que pelo menos 87 escolas estão encerradas na sequência de ataques dos terroristas ao distrito de Chiúre. Na Guiné-Bissau, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, nomeou o empresário Braima Camará para o cargo de primeiro-ministro, em substituição de Rui Duarte de Barros, segundo um decreto presidencial. O empresário e político guineense afirmou que a principal prioridade é organizar eleições legislativas e presidenciais no dia 23 de Novembro Em Cabo Verde, os três municípios da ilha do Fogo e o da Brava estão a debater a criação de uma empresa intermunicipal de transporte marítimo para melhorar a conectividade regional e impulsionar o desenvolvimento económico local.
Em Angola, organizações da sociedade civil exigem uma investigação independente às mortes ocorridas durante os protestos. As ONG querem que o PR seja incluído na lista de pessoas a investigar.A escassez e a especulação estão a fazer disparar os preços do gás de cozinha em várias zonas de Angola, denuncia o ativista Edson Neto.Em Moçambique, os trabalhadores exigem um aumento do salário mínimo.
OMS apoia processo que abarca planos, reforço de capacidades e mobilização de recursos; até setembro, campanha executada pelas autoridades e parceiros pretende que 95% de menores sejam vacinados em cada localidade angolana.
Em Angola, ativista Laura Macedo denuncia ameaças de violação e de morte. Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, quer alargar o debate público sobre quadro jurídico da comunicação social. Presidente da Costa do Marfim anuncia candidatura a quarto mandato e gera controvérsia no país.
Neste programa, voltamos aos temas que marcaram a semana na África Lusófona. Em Angola, os tumultos provocaram pelo menos 30 vítimas mortais e quase 300 feridos e mais de 1500 detenções. Em Moçambique, a nova vaga de violência em Cabo Delgado teria feito cerca de 47 mil deslocados, de acordo com uma ONG. Na Guiné-Bissau, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou “uma escalada intolerável de violência institucionalizada” no país. Em Angola, os tumultos em várias províncias provocaram, pelo menos, 30 vítimas mortais e quase 300 feridos. Até quinta-feira, tinham sido detidas mais de 1500 pessoas. Os incidentes começaram na sequência de uma paralisação dos serviços de táxis, em protesto contra a subida do preço dos combustíveis e das tarifas de transportes públicos. O vice-presidente da Associação da Nova Aliança dos Taxistas (ANATA) de Angola, Rodrigues Catimba, foi detido, esta quinta-feira, em Benguela, de acordo com a irmã mais velha do activista, Mariaque Catimba. O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU reclamou às autoridades angolanas “investigações rápidas, exaustivas e independentes sobre as mortes de, pelo menos, 22 pessoas, bem como sobre as violações dos direitos humanos associadas” durante os protestos em Luanda. Por outro lado, a Associação Justiça Paz e Democracia, pela voz do seu presidente Serra Bango, denunciou casos de “execuções sumárias” e pediu a responsabilização do Estado por não garantir a segurança dos cidadãos. A nova vaga de violência em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, fez cerca de 47 mil deslocados, de acordo com a ONG Instituto de Psicologia Paz de Moçambique. Um número muito superior ao adiantado pelo ministro moçambicano da Defesa, Cristóvão Chume, que disse que os últimos ataques causaram entre 11 mil e 12 mil deslocados. Esta quinta-feira, Cristóvão Chume mostrou-se preocupado com a onda de novos ataques em Cabo Delgado. Entretanto, esta sexta-feira, elementos associados ao grupo extremista Estado Islâmico reivindicaram o ataque de 24 de Julho em Chiúre e a morte de 18 paramilitares ‘naparamas'. Esta semana, a UNICEF, Fundo das Nações Unidas para Infância, estimou que cerca de 3,4 milhões de crianças precisam de assistência humanitária em Moçambique. Em causa, a insegurança armada no norte do país e o surto de cólera que afecta, principalmente, a província de Nampula. Na região centro de Moçambique, sete distritos da província de Sofala enfrentam uma seca severa devido a factores combinados como a falta de chuva e as pragas. A situação deixou 50 mil famílias com necessidade de ajuda alimentar urgente, revela o delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres em Sofala, Aristides Armando. Moçambique registava, no início da semana, 17 casos positivos da Mpox. Todos os casos foram notificados no Niassa, província que faz fronteira com a República do Malawi. O porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, garante que o país está a implementar acções para travar a propagação da doença. Na Guiné-Bissau, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou esta segunda-feira o que descreveu como “uma escalada intolerável de violência institucionalizada” no país, marcada por perseguições sistemáticas, detenções arbitrárias, tortura, agressões a jornalistas e, mais recentemente, a alegada execução sumária de Mamadu Tanu Bari, agente de segurança afecto à Presidência da República. Já o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou estar “com reserva” em admitir a morte do seu segurança, que a família disse ter sido assassinado e o corpo atirado ao rio Mansoa. Em declarações aos jornalistas, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros, Sissoco Embaló afirmou que não pretendia falar do assunto por se encontrar sob investigação da Polícia Judiciária e da Inteligência Militar. Em Cabo Verde, o Estado foi condenado pelo Tribunal Arbitral a pagar cerca de 40 milhões de euros à CV Interilhas por violação de contrato, mas o governo rejeita a decisão e garante que vai até ao limite para proteger o interesse público. Odair Santos Em São Tomé e Príncipe, na segunda-feira, a ministra da Justiça, Vera Cravid, admitiu que uma em cada três mulheres no arquipélago “já foi vítima de violência física”, disse que isso é o reflexo de “normas culturais enraizadas” e que o governo as quer travar com um novo mecanismo de apoio às vítimas.
Em Angola, mortes, caças às bruxas, julgamentos sumários e ainda indícios de tensão social nalgumas regiões do país continuam a fazer ecos da já terminada greve dos taxistas, que terá motivado a desordem popular. Na capital angolana, já é visível a reabertura tímida de alguns centros comerciais, sendo que uns ainda permanecem encerrados, o que condiciona a vida de várias famílias, que também receiam a fúria da polícia. A cronologia dos três dias de paralisação dos serviços de táxi, devido ao aumento dos combustíveis, causou a destruição de estabelecimentos públicos e privados e a morte de vários cidadãos. Dados oficiais apontam para mais de 30 mortos, centenas de feridos e milhares de detidos, mas vídeos partilhados nas redes sociais contrariam os números do Governo. Ana Mabuila, de 33 anos, antiga moradora da CAOP, em Viana, é apenas uma das vítimas mortais não contabilizadas nas estatísticas do Governo. As redes sociais fizeram questão de a enumerar e viralizar a sua morte nesta quarta-feira, 30, para o conhecimento do mundo, como lamentam os irmãos da malograda, Victor e José Mabuila. “A dedicação e o crescimento de uma criança, não é fácil. A mãe estava aqui, minha irmã estava aqui, estava a dar tudo para a criança dela. Fazia de tudo. Agora, o marido está mesmo aí sentado e estava de viagem. Chegou só ontem de noite. Veio mal, não trabalha, não tem nada, é motoqueiro. Enche e repara pneus, não sei como vamos sair desta situação. Espero que o governo olhe para este caso de grande responsabilidade. Por amor de Deus, se faz favor", diz Victor Mabuila. “O tio não trabalha. Onde é que ele vive? Vive na casa de arrenda. A própria irmã vive na casa de arrenda. O marido vende ferro, não tem possibilidade de conseguir assumir a responsabilidade dessas crianças que deixaram. O próprio Estado que matou que assuma a responsabilidade dessas crianças. Dar a casa às crianças, pôr o homem no trabalho, para conseguir cuidar daquelas crianças. Deixou um bebé com 7 meses que não tem alguém para conseguir a cuidar”, acrescenta. “Não temos nada. Dormimos aqui fora. Vizinhos e o próprio marido. Acabou. Nem o próprio Estado que fez o próprio crime, nem chegou a perguntar, nem de vir visitar. Nem o próprio comandante da polícia”, queixa-se o parente. Mas, ainda assim, o Ministro angolano do Interior, Manuel Homem, insiste que a situação de segurança pública no país está controlada e estável, quando ainda há relatos de execuções sumárias, detenções e clima de tensão nalgumas localidades de Angola. “A situação de segurança pública no país é calma. Os órgãos da Segurança Nacional do Ministério do Interior, ao nível do país, estão empenhados com forças e meios para assegurar que exista a normalidade que se impõe. Queremos transmitir aos cidadãos angolanos e à comunidade residente do nosso país que continuaremos empenhados em assegurar que a segurança pública no nosso país não sofrerá alterações que inviabilizem a vida social de todos nós”, garante o governante. Na Lunda Norte, por exemplo, o rasto terá provocado seis mortos e continua a causar a detenção de muitos jovens. O activista Fiel Muaco descreve o cenário a partir da Lunda Norte. “Na verdade, na província da Lunda Norte, onde me encontro também, esta greve abrangeu e houve muitos tiroteios. E nesta altura existem nas esquadras muitos jovens que estão lá detidos. Para além dos feridos, falando assim no Lucapa, temos um ferido, no Dundo temos feridos e morte. Só que estas mortes no Dundo, as pessoas falam de duas pessoas a quatro, mas tudo ainda está no segredo dos deuses. Como os hospitais são deles, estão a querer esconder isso aqui, para não sair á tona. Mas em todo caso, eles prometeram continuar a deter pessoas. Mas o clima está mal, porque mesmo a polícia está sempre de alerta, o que indica que o clima não está favorável”, denunciou Fiel Muaco. Para a satisfação dos habitantes de Luanda, os transportes colectivos retomaram parcialmente a circulação em vários pontos da capital. O porta-voz da Empresa Pública de Transporte Colectivo de Luanda (TCUL), André Gomes, confirma que os autocarros começaram a circular nesta quarta-feira, 30 de Julho, tentando normalizar o serviço em meio às dificuldades operacionais. “Pelo facto da paralisação e vandalização dos autocarros, dizer que a TCUL teve, infelizmente, mais de 10 autocarros vandalizados. Isto é muito preocupante. E sabemos que deixamos também de arrecadar valores. Mas para a TCUL é, de facto, necessário os valores ou a receita. Mas o mais importante é mesmo aquilo que é a nossa responsabilidade de transportar a população. Para isso, dois dias, deixamos de transportar mais de 500 mil passageiros. Deixamos de arrecadar mais de 48 milhões de kwanzas”, lamenta André Gomes. “Nós temos uma frota de mais de 70 autocarros. Nós os vamos começar a colocar num funcionamento normal. Estamos a falar de Deolinda Rodrigues. Estamos a falar da estrada de Catete, Mutamba, Viana. Vamos para Benfica, Ilha de Luanda. Nós estamos a preparar-nos, de facto, para o funcionamento normal. E estamos aqui para servir a população”, explica ainda o director. A Igreja Católica também repudiou a actuação da polícia e a vandalização de património público e privado. Dom José Manuel Imbamba, líder da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), apela ao civismo e ao diálogo. “É preciso que não fiquemos tranquilos perante este evento de vandalismo, de arruaças, este evento de desordem, de violência, de desobediência, este evento de vícios, de roubalheira, este evento que não ajuda a elevar a nossa dignidade”, começa por declarar o sacerdote. “Não podemos ficar indiferentes, não podemos ficar tranquilos só olhando os efeitos. Temos que ir às causas, temos que ver porque este estado de situação está a acontecer. Temos que ver a qualidade das nossas respostas, a qualidade das nossas políticas públicas, a qualidade do nosso empenho profissional, a qualidade do nosso empenho cívico, a qualidade da nossa entrega para que o bem que depende de mim, a acção boa que depende de mim, não falte aos nossos irmãos, a quem somos chamados a servir”, recomenda o religioso. “Este é o esforço que temos que fazer para que verdadeiramente o diálogo flua entre nós. A capacidade de escuta seja permanente, a capacidade de discernimento seja permanente, a capacidade de escolhermos coisas boas, coisas dignas para os nossos irmãos seja permanente. E é este esforço que hoje convido todos nós a fazermos, sobretudo apelando aos nossos jovens para que não caiam nestas desgraças”, exortou o prelado católico. Refira-se que desde quarta-feira, começaram a ser julgadas as pessoas suspeitas de terem participado nas pilhagens e actos de vandalismo ocorridos durante os três dias de greve observados pelos taxistas de Luanda em protesto contra a subida do preço do combustível e, num sentido mais lato, contra o aumento do custo de vida. Apesar de estes incidentes se terem registado durante o bloqueio encetado na segunda-feira, os representantes dos taxistas dissociaram-se destes actos e condenaram veementemente os distúrbios.
Manifestações desta semana tiveram pelo menos 22 mortos; comunicado menciona violações de direitos humanos associadas aos protestos; relatos apontam a detenção de mais de 1 mil pessoas nos protestos.
A violência vivida em Luanda na segunda-feira com barricadas nas estradas e pilhagens é um sintoma da insatisfação dos angolanos face ao aumento do custo de vida e à falta de futuro dos jovens angolanos, com a população a revoltar-se face à indiferença dos dirigentes políticos. Em Angola, segunda-feira foi marcada por um dia de violência na capital, com cinco mortos, várias lojas pilhadas e confrontos entre populares e polícias após os aumentos dos custos dos combustíveis terem levado à greve dos táxis, que transportam quase 90% da populaçõa de Luanda e arredores no dia-a-dia. Hoje a principal cidade angolana está calma, mas as razões do descontentamento mantêm-se, já que ao aumento dos combustíveis se vem juntar um aumento geral dos preços que torna difícil a vida da população como descreve a activista angolana Laura Macedo em entrevista à RFI. "A baixa de Luanda está tranquila. Estamos a ouvir relatos de que há ainda alguns focos de cidadãos a tentarem assaltar algumas lojas, alguns empreendimentos. Mas desde ontem que estão todos fechados. Todas as lojas ontem à tarde estavam todas fechadas. Luanda neste momento está parada", explicou a activista. Há várias semanas que um grupo de figuras da sociedade civil, incluindo Laura Macedo, estão a organizar protestos contra o aumento dos combustíveis, mas essas passeatas pacíficas nunca conseguiram ser levadas até ao fim devido à intervenção da polícia. "Os angolanos estão há uns anos a passar por muitas dificuldades, com os seus rendimentos a não chegarem para por o básico em casa. Mesmo as pessoas da classe média, o custo de vida está tão alto que não se consegue. E espoletou, com a subida dos combustíveis, o aumento dos transportes, que são os táxis colectivos, porque nós não temos transportes públicos. Quem pagava 700 kwanzas numa viagem está a pagar 1800 ou 1400 kwanzas porque estes carros passaram a fazer rotas curtas, subiram o preço porque o Governo autorizou que eles subissem os preços. O governo ao tentar calar a revolta ou uma possível revolta destes transportadores privados sobre o aumento do preço dos combustíveis provocou um descontentamento maior na população. Portanto, a população está a ver que o governo não está minimamente preocupado com eles. Então isto gera uma revolta", indicou Laura Macedo. Este aumento dos combustíveis é ainda mais difícil de compreender pela população já que acontece num país produtor de petróleo, um paradoxo difícil de aceitar para os angolanos. "Este é um paradoxo que a gente está a viver desde que somos independentes e que se vêm e que vem vindo a agudizar. Outra revolta grande que a população tem é o facto do Presidente da República estar preocupado em aparecer lá fora, em aparecer bem e está a fazer uma comemoração dos 50 anos da independência como se nós fossemos um povo feliz. Não, nós não somos um povo feliz. Ele próprio, presidente da República, não é um homem feliz. Ele não pode ser um homem feliz, porque da maneira que nós temos a situação, como é que você vai, por exemplo, aceitar que continuem a ver crianças na rua que continua a ver a seca no sul de Angola a atirar pessoas para a morte. [...] O paradoxo é a governação que o MPLA nos infringe. A má governação que eles nos infringem. Este é o paradoxo. E neste momento ainda há gente na rua à procura de onde é que vai assaltar. Nós temos miúdos completamente desenfreados. A culpa é deles? A culpa é dos pais deles? Não, a culpa é do sistema, porque nós temos um sistema que proporciona este tipo de atitude", concluiu Laura Macedo.
Em Angola, partidos opositores históricos MPLA e a UNITA alcançam consensos na futura Lei de Organização e do Funcionamento das Eleições Gerais. Angola volta a ser palco de protestos este sábado, dia 26.07, contra o aumento dos preços dos combustíveis e dos transportes públicos. E a França vai reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU.
Bissau acolhe hoje a XV cimeira da CPLP sob o lema da segurança alimentar. Em Angola, a UNITA ficou de fora da tomada de posse dos membros da CNE. Ativista diz que oposição acredita demais nas instituições. Em Moçambique, alguns membros da sociedade civil estão a ser acusados de levarem vidas no minimo, faustosas..
A Guiné-Bissau assume a presidência rotativa da CPLP.Em Angola, cresce o descontentamento popular. Está agendada uma segunda ronda de manifestações contra o aumento do custo de vida. O RADAR DW desta sexta-feira aprofundou este tema, com análise ao enredo económico que está a apertar o bolso dos cidadãos angolanos. Vamos acompanhar o essencial do programa.
Em Angola, ex-dirigente sindical na empresa de Transporte Coletivo Urbano de Luanda critica o cancelamento da greve. Em Moçambique, a desnutrição crónica está a flagelar as crianças da província de Nampula. Especialista aponta as razões. Analisamos ainda como os mais jovens estão a sofrer na pele e na mente, as consequências de manifestações violentas no Quénia.
Príncipe Harry segue os passos de Diana e atravessa campo de minas em Angola40d29263-fe62-
Em Angola, faz-se o balanço dos protestos contra o aumento do preço dos combustíveis. Os organizadores acusam a polícia de violência.Comandantes da Polícia da República de Moçambique detidos por assalto em Nampula. Muhammadu Buhari: Entre elogios e críticas, o legado de um ex-Presidente.
Esta semana, destaque para a visita do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, à Casa Branca, nos Estados Unidos. São Tomé e Príncipe celebra 50 anos de independência, relembrando os desafios dos primeiros povoadores. Em Moçambique, antigos ex-responsáveis do país enfrentam investigações por violações de direitos humanos após as manifestações que ocorreram depois das eleições gerais. Em Angola, o aumento das tarifas dos táxis gera preocupação face à crise económica. O Presidente guineense, que também mantêm uma boa relação com a Rússia enalteceu as relações com os Estados Unidos deixando claro que apoia as diferentes acções diplomáticas americanas, nomeadamente no Médio oriente e no conflito entra a Rússia e a Ucrânia. Por seu lado, o presidente norte-americano, Donald Trump declarou que este fórum tinha como objectivo reforçar laços económicos, especialmente minerais estratégicos como o ouro e as terras raras, questões de segurança e promover investimentos multilaterais entre os países africanos e os Estados Unidos. Mamadu Jao, ex-director do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa de Guiné-Bissau (INEP), considera que a diplomacia guineense está a avançar na direcção certa e deve continuar a construir relações comerciais com outras nações. São Tomé e Príncipe assinala neste sábado 50 anos de independência. A nossa enviada especial Catarina Falcão que realizou uma série de reportagens analisou a chegada dos portugueses ao arquipélago equatorial no século XV. Armindo Ceita Espírito Santo, economista são-tomense e autor de uma obra sobre a história do país, admite as dificuldades com que se defrontaram os primeiros povoadores. Em Moçambique, o ex-ministro do Interior, foi esta quarta-feira, prestar declarações na Procuradoria-Geral da República, na sequência de uma queixa apresentada por várias organizações da sociedade civil. Tal como o antigo Comandante-Geral da Polícia, Bernardino Rafael, ouvido na passada segunda-feira, Pascoal Ronda é acusado de estar entre os responsáveis por homicídios e violações de direitos humanos cometidos pela polícia durante os protestos que se seguiram às eleições. André Mulungo, representante do Centro de democracia e direitos humanos - CDD diz que o ex-comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael, e o antigo ministro do interior, Pascoal Ronda, devem ser responsabilizados. Segundo a plataforma ‘DECIDE' cerca de 400 pessoas foram mortas, 750 baleadas e mais de 3 mil feridas durante as manifestações que seguiram às eleições gerais de 9 de Outubro de 2024. Nesse período mais de 7 mil pessoas foram detidas. André Mulungo diz ter provas suficientes para justificar a queixa contra Bernardino Rafael e Pascal Ronda. Ainda no Moçambique, Ο MISA Moçambique exige que o Ministério da Defesa Nacional que investigue e se pronuncie sobre os actos de “tortura psicológica, intimidação e confisco temporário de material jornalístico” levados a cabo por agentes das Forças de Defesa e Segurança contra um grupo de 16 jornalistas. O acto ocorreu, na semana passada, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado. A reportagem é de Orfeu Lisboa Em Angola o serviço de táxi aumentou nesta segunda-feira de 100 kwanzas, passando de 200 para 300 kwanzas (0,28 euros), resultado do reajustamento do preço do gasóleo. Populares discordam com a medida, por considerarem que as novas tarifas vão agravar ainda mais o custo de vida das famílias, sufocadas pela crise económica.
Moçambique propõe trocar dívida por crédito de carbono e financiamento "deve começar" pelas estradas, diz académico. Na Nigéria, líderes da oposição formam coligação para enfrentar Bola Tinubu nas eleições de 2027. Em Angola, realizada primeira telecirurgia robótica num momento histórico para a medicina africana.
Em Angola, a UNITA contesta composição da CNE. Analista reconhece que a reclamação tem fundamento. Terminou a cimeira EUA-África, com a maior potência económica do mundo a prometer investimento de mais de 100 mil milhões de dolares. No Quénia, manifestantes assinalaram um ano dos protestos antigovernamentais sangrentos com nova onda de violência policial. África despediu-se do Mundial Clubes FIFA.
Esta semana, a actualidade no continente africano ficou marcada pela crise energética em São Tomé e Príncipe e pela decisão da justiça moçambicana colocar em liberdade Ângela Leão — esposa do antigo diretor dos Serviços Secretos — e Ndambi Guebuza — filho do ex-chefe de Estado — condenados a 12 anos de prisão pelo envolvimento no caso das dívidas ocultas. A crise energética em São Tomé e Príncipe marcou a actualidade no país que chegou a ser ameaçado de apagão pela empresa Tesla STP. Na quinta-feira, a empresa turca voltou atrás e anunciou a suspensão do corte no fornecimento de energia no arquipélago e disse estar disposta a negociar com o Governo são-tomense. Ainda no país, as antigas instalações da estação de rádio da Voz da América foram oficialmente entregues ao Estado. O Governo recebeu os bens, mas ainda não anunciou qualquer plano para o futuro daquele espaço. Segundo as autoridades norte-americanas, o encerramento da estação — depois de mais de 30 anos de emissões — deve-se aos avanços tecnológicos. Em Moçambique, o Centro de Democracia e Direitos Humanos mostrou-se indignado com a decisão da Justiça de colocar em liberdade Ângela Leão — esposa do antigo diretor dos Serviços Secretos — e Ndambi Guebuza — filho do ex-chefe de Estado — condenados a 12 anos de prisão pelo envolvimento no caso das dívidas ocultas. Em Angola, mais de 40 peregrinos angolanos que se encontravam retidos em Telavive, na sequência da crise entre Israel e o Irão, regressaram esta semana a Luanda. O encerramento dos escritórios do ACNUR na capital angolana deverá agravar as vulnerabilidades dos refugiados no país, sobretudo dos congoleses e ruandeses. Em declarações à Lusa, o diretor em exercício do Serviço Jesuíta aos Refugiados, João Sebastião Samuel, antevê dias difíceis — inclusive para a própria ONG dos padres católicos — que todos os dias recebe quase dez refugiados em busca de assistência. Na Guiné-Bissau, um grupo de 50 médicos que se encontram em formação na Venezuela está a enfrentar dificuldades devido aos atrasos nos salários, que deveriam ser pagos pelo executivo. O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, alertou para a "irresponsabilidade dos pais e encarregados de educação", numa altura em que várias crianças têm desaparecido ou aparecido mortas em diferentes localidades do país. As declarações foram feitas à saída de uma audiência com a Polícia Judiciária. Bubacar Turé acrescentou ainda que, desde março deste ano, cinco crianças morreram em circunstâncias misteriosas. Em Cabo Verde, será inaugurado neste sábado o terminal de cruzeiros no Mindelo, na ilha de São Vicente. O primeiro terminal do país permitirá melhorar as condições de receção dos cruzeiros e começou a ser construído em 2022 por um consórcio luso-cabo-verdiano, formado pelas empresas Mota-Engil e Empreitel Figueiredo. O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considera a infraestrutura um reforço da posição já assumida pela ilha de São Vicente "no segmento do turismo de cruzeiros", permitindo receber mais escalas e embarcações de maior porte. O terminal conta com instalações para turistas e um cais de 400 metros de comprimento por 20 de largura.
Irão e Israel entraram no quinto dia de conflito. Em Angola, analista afirma que a criação recente de vários partidos políticos, a 2 anos das eleições gerais, trata-se de um "negócio". Analisamos ainda a situação política na Tanzânia que está a gerar tensões, sobretudo com os países vizinhos como o Quénia. No futebol, jogou-se mais um dia do Mundial de Clubes FIFA nos EUA.
Sociedade civil moçambicana exige responsabilização de envolvidos em desfalque em receitas do gás natural. Em Angola, Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC-FAC) nega rendição de dissidentes. Encontro entre o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e Donald Trump encarado com ceticismo pelo sul-africanos.
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro Papa norte-americano e analisamos o perfil do novo líder da Igreja Católica. Em Moçambique, na província de Manica, profissionais de saúde e utentes têm sido alvos de ataques dos "homens-catana". Em Angola, moradores da província do Cuando Cubango queixam-se da subida dos preços dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes.
Governo moçambicano anuncia redução do preço das portagens. Em Angola, campos minados ainda ameaçam o progresso no Corredor do Lobito. Toma posse hoje o novo chanceler alemão Friedrich Merz.
Em Moçambique, alegado líder do grupo paramilitar Naparamas, que atua em Nampula, acusa Venâncio Mondlane e a sua equipa de recrutamento do grupo para semear terror e desordem na região em troca de emprego. Em Angola, o PRA-JA denuncia ataques no Cuando Cubango durante o último mês de abril em que se celebrou a paz e a reconciliação nacional. Analisamos a negociação de paz entre a RDC e o Ruanda.
Em Angola, o Tribunal de Luanda julga esta segunda-feira oito dirigentes do Movimento dos Estudantes Angolanos, detidos no sábado durante uma marcha contra as más condições das escolas em Luanda. Vaticano começa a preparar a sucessão do Papa Francisco. Leverkusen venceu e adiou a festa de campeão do Bayern Munique. E mais um episódio da radionovela Learning by Ear - Aprender de Ouvido.
Esta semana, o governo da RD Congo e o grupo M23 divulgaram no Qatar uma declaração conjunta a favor de uma trégua. Na Guiné-Bissau, Bubacar Turé foi ouvido pela justiça para esclarecer as denuncias sobre a morte de pacientes em tratamento no centro de hemodiálise. Já em Moçambique, cinco membros du groupo paramilitar Naparamas foram abatidos pelas Forças de Defesa e Segurança. Em Cabo Verde, faltam trabalhadores. Em Angola, o país enfrenta forte taixa de mortalidade infantil devido à cólera. Neste 23 Abril de 2025, O governo congolês e o grupo antigovernamental M23, actualmente envolvidos em negociações no Qatar, publicaram pela primeira vez na quarta-feira uma declaração conjunta em que dizem querer "trabalhar em prol da conclusão de uma trégua". Uma declaração que surge após anos de conflito, sucessivas violações de cessar-fogo e fracassos nas diversas tentativas de mediação do conflito.Entrevistado por a jornalista da nossa redação Carina Branco, Sérgio Calundungo coordenador do Observatório Político e Social de Angola, analisa a situação, descartando uma boa notícia, mas descarta que nenhuma garantia foi dada por ambos os partidos que estas tréguas não possam ser violadas.Guiné-Bissau : Bubacar Turé ouvido pela justiça do país Na Guiné-Bissau, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, foi ouvido pelo Ministério Público em Bissau para esclarecer as denuncias sobre a morte de pacientes em tratamento no centro de hemodiálise do Hospital Simão Mendes, feitas em meados de abril. Após a audiência, a defesa de Turé, representada pela advogada Beatriz Furtado, informou que o seu cliente foi ouvido como denunciante, sem nenhuma medida de coação. Moçambique : Cinco membros do grupo Naparamas abatidos pela políciaNo Moçambique, o Comando-Geral da Polícia moçambicana confirmou que, na semana passada, cinco membros do grupo paramilitar Naparamas foram mortos em confrontos com as Forças de Defesa e Segurança, em Nampula. O ataque ocorreu no posto administrativo de Mutuali, onde o grupo tentou agredir as forças de Defesa com diversas armas. Cabo Verde : Falta de mão-de-obra necessita recrutar cidadãos estrangeiros segundo o GovernoEm Cabo Verde, a falta de mão-de-obra em setores como a construção civil e a agricultura tem sido um tema recorrente da actualidade. Na terça-feira, o ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, reconheceu que o país enfrenta um défice de trabalhadores e destacou a necessidade de recrutar cidadãos de outros países para superar essa carência.Angola : Cólera causa forte taixa de mortalidade infantil Angola regista a terceira maior taxa de mortalidade infantil em África por causa da cólera. As crianças menores de 10 anos são as mais afectadas, e a taxa de mortalidade cumulativa é de 10,6%. As províncias mais afectadas incluem Cuanza Sul, Zaire e Luanda.
Vários líderes mundiais lamentam morte do Papa Francisco. Que legado deixará o chefe da Igreja Católica? Em Angola, o parlamento volta a debater esta semana lei sobre eleições, mas autárquicas continuam na gaveta. Oposição critica.
Em Angola, ativistas criticam existência de casas novas vazias e vandalizadas enquanto o país atravessa crise na habitação. Neste jornal, analisamos até onde vão os interesses da Rússia na Líbia e não perca a reportagem em que a DW se infiltrou no mercado internacional do tráfico de órgãos. O Real Madrid foi eliminado pelo Arsenal e o Inter deixou para trás o Bayern Munique nos 1/4 de final.
O edil de Quelimane, Manuel de Araujo, desafia o Presidente Daniel Chapo a abrir a porta a investigações de organizações internacionais. Em Angola, jornalista alerta que a desunião da oposição apenas beneficia um partido. Analisamos o reacendimento do conflito entre o Mali e a Argélia. No futebol, Barcelona e PSG perderam, mas resistiram e seguem para as meias-finais da Liga dos Campeões.
Em Moçambique, analista questiona narrativa do governo quanto ao enfraquecimento dos grupos terroristas em Cabo Delgado. Em Angola, o Governo lançou uma consulta pública sobre a proposta de alteração da Lei da Liberdade Religiosa e de Culto. À DW, professor universitário afirma que é preciso haver regulamentação. Analisamos a guerra no Sudão que entra no terceiro ano de conflito.
Venâncio Mondlane quer criar um novo partido político. Será que isso é bom para a oposição? Habitantes das cidades de Maputo, Matola e Tete consomem ÁGUA contaminada da rede pública e privada. Em Angola, os números de casos de cólera continuam a subir, apesar das promessas do executivo.
Esta semana, em Moçambique voltou a viver ataques terroristas em Cabo Delgado, enquanto em Sofala, sete viaturas foram atacadas por homens desconhecidos. Em Angola, a queda do preço do petróleo pode impactar o Orçamento de 2025, mas a Sonangol garante o cumprimento das metas de produção. Na Guiné-Bissau, denúncias apontam mortes de pacientes por falta de hemodiálise no Hospital Simão Mendes. Em São Tomé e Príncipe, investigações contra corrupção envolvem oito ministérios. Em Moçambique, as aldeias do distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, no norte do país, foram alvo de novos ataques terroristas. Este surge numa altura de crescente violência na região, que coincide com o anúncio da Total sobre o refinanciamento do seu mega projeto no norte do país. Os ataques ocorrem após declarações de Daniel Chapo, que afirmou que os grupos armados estavam em debandada. No entanto, conforme indicado por Abdul Tavares, Coordenador Provincial para Cabo Delgado do Centro Para Democracia e Direitos Humanos, a situação continua preocupante.O ministro do Interior de Moçambique, Paulo Chachine, reconheceu a continuidade dos ataques terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado, sinalizando uma preocupação com a segurança na região.Ainda esta semana, em Moçambique, sete viaturas foram atacadas ao longo da estrada nacional número 1, na província de Sofala, no centro do país. Um grupo de homens desconhecidos atacou as viaturas, saqueando bens dos automobilistas e passageiros, incluindo um transporte público. A polícia local, sob comando de Ernesto Madungue, iniciou investigações sobre as motivações do ataque, e garantiu que a circulação foi restabelecida de forma normal, após o controlo da situação.Angola: Impactos da guerra comercialA guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem levado à queda do preço do petróleo no mercado internacional, com o barril do tipo Brent cotado a 60,79 dólares, abaixo da previsão de 70 dólares considerada no Orçamento Geral do Estado de 2025, em Angola. Apesar dessa queda, a Sonangol, empresa estatal de petróleo, assegura que cumprirá as metas de produção estabelecidas pelo governo angolano, com a produção de um milhão e 98 mil barris por dia. No entanto, o presidente da Sonangol, Sebastião Martins, reconhece que os impactos da guerra comercial, especialmente no preço do petróleo, podem afectar as projecções económicas de Angola, exigindo possíveis ajustes no orçamento nacional.Guiné-Bissau: Denúncia sobre mortes por falta de cuidados em hemodiáliseNa Guiné-Bissau, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, fez uma denúncia ao revelar que todos os pacientes submetidos à hemodiálise no Hospital Simão Mendes faleceram. Embora não tenha fornecido números exactos, a denúncia destaca a falta de condições adequadas para o tratamento. A Liga já tinha alertado o governo sobre a complexidade do tratamento de hemodiálise, apontando a carência de equipamentos adequados e de profissionais qualificados para garantir a segurança dos pacientes.São Tomé e Príncipe: Operação de combate à corrupçãoEm São Tomé e Príncipe, o ministério Público conduziu uma operação denominada SAFE, Sistema de Administração Financeira do Estado, para investigar possíveis crimes de peculato, burla e associação criminosa. O Procurador-Geral da República, Kelve Nobre Carvalho, informou que oito ministérios foram alvo da investigação, com o objectivo de esclarecer eventuais práticas criminosas dentro da administração pública. A operação visa reforçar a luta contra a corrupção no país.Senegal e Angola: Fortalecimento de laços económicosPor fim, em Dacar, Senegal, decorreu o primeiro Fórum Económico entre Senegal e Angola, no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA). O evento, que contou com a presença de mais de cem empresários dos dois países, com vista a estreitar os laços económicos e explorar novas oportunidades comerciais. A secretária de Estado do Comércio de Angola, Augusta Fortes, destacou a possibilidade de reactivar acordos comerciais bilaterais e mencionou avanços nas áreas de transportes aéreos e agricultura, como parte da agenda de cooperação futura entre os dois países.
Especialista angolano em relações internacionais diz que falta capacidade à União Africana para resolver problemas como o conflito na RDC. Em Angola, a exploração de petróleo na Bacia do Etosha-Okavango preocupa ambientalistas e defensores dos direitos humanos. Destacamos os 60 anos de existência do serviço amárico da DW e da sua influência em mais de 120 milhões de etíopes.
Venâncio Mondlane anuncia cessar da violência após encontro com o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo. Em Angola, o gasóleo está mais caro e o aumento pode desencadear protestos, diz analista. Província moçambicana de Sofala enfrenta crise alimentar sem precedentes.
A DW África está de luto: Morreu o jornalista Luciano da Conceição. Em Moçambique, ativista Wilker Dias exige responsabilização criminal de Bernardino Rafael, ex-Comandante Geral da Polícia, e Pascoal Ronda, o antigo Ministro do Interior. Em Angola, partidos extraparlamentares descontentes com reeleição do Presidente da CNE.
Venâncio Mondlane acusa Procuradoria-Geral da República de parcialidade. Encerramento de sedes da RENAMO não é só um problema do partido, mas do país, diz analista. Em Angola, julgamento dos generais angolanos "Kopelipa" e "Dino" arrancou com críticas da defesa ao processo.
Sissoco Embaló marca eleições gerais para novembro. Mas a decisão não colhe consenso. Ataque à caravana de Mondlane é um aviso ao político, diz académico. Em Angola, faltam meios e condições de trabalho nos tribunais.
Donald Trump e Volodymyr Zelensky protagonizaram esta tarde discussão acesa frente à imprensa. Quem paga a fatura das viagens de Sissoco Embaló ao estrangeiro? Em Angola, nova juíza do Constitucional "pode marcar a diferença". Carnaval volta a invadir as ruas de Bona.
Carlos Barbosa, um influente membro da RENAMO e ex-apoiante de Venâncio Mondlane, conta em exlusivo à DW o dia em que sobreviveu a um ataque do alegado esquadrão da morte. Na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira diz à DW que o país é agora um "não Estado", com o fim do mandato do Presidente Sissoco Embaló. Em Angola, reportamos as dificuldades de mobilidade dos novos gestores dos 162 municípios.
Em Angola, jornalistas despedidos pela Rádio Despertar acusam a UNITA de ter orientado a direção da rádio a impedir a criação de núcleo sindical. Assinalamos neste jornal os 140 anos da Conferência de Berlim, que dividiu e marcou o continente africano até hoje. Em entrevista exclusiva à DW, o ator e realizador luso-guineense, Welket Bungué, falou sobre os seus projetos futuros.