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“Hoje é a lei da selva”. É assim que o embaixador Roberto Azevêdo, ex-diretor da Organização Mundial do Comércio, define o atual status das relações comerciais entre países. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Azevêdo avalia como a OMC foi perdendo força ao longo dos anos. Ele analisa o papel da organização em meio à guerra comercial aberta por Donald Trump. Azevêdo, diretor-geral da OMC entre 2013 e 2020, conta como a organização foi criada para ser um espaço internacional de diálogo e solução de conflitos comerciais entre países. E relembra os alertas que fez sobre a necessidade de atualizar os sistemas de negociação da instituição. “O sistema multilateral ruiu, ele hoje não está funcionando", avalia. O embaixador analisa o recuo anunciado por Donald Trump, que nesta quarta-feira (9) reduzir para 10% as tarifas recíprocas a outros países pelo prazo de 90 dias. A exceção é a China, que retaliou as tarifas aplicadas pelos EUA, e agora terá taxas de importação de 125%. Azevêdo conclui ainda sobre quais as consequências globais da guerra comercial que parece escalar a cada dia.
Com as decisões de Donald Trump, a possibilidade de uma guerra comercial é cada vez mais palpável. A analista de Economia da CNN Thais Herédia, o analista de Internacional da CNN Lourival Sant'Anna, o diretor da CNN em Brasília, Daniel Rittner, e Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC, comentam o assunto.
Um dos cinco focos do Fórum Econômico de Davos este ano é impulsionar soluções para o enfrentamento da crise climática para “salvar o planeta”. Os revezes na política ambiental dos americanos já começaram no primeiro dia da volta de Donald Trump à Casa Branca, mas muitas empresas garantem que não darão marcha à ré neste processo – e o Brasil poderá se beneficiar dessa movimentação de recursos. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI Brasil a DavosO governo brasileiro foi à Suíça para vender o potencial do país e atrair investimentos – contando também com a fuga de alguns deles dos Estados Unidos nos próximos quatro anos. "Eu acho que o retrocesso na agenda ambiental e climática é ruim, não importa se você tem oportunidades ali ou não. Nós não temos tempo: precisamos fazer as coisas com velocidade”, destacou Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio e que agora atua em investimentos na economia verde."A temperatura está subindo e o fato de o Brasil eventualmente se beneficiar de uma coisa ou outra é importante, é bom para o país, mas não devemos celebrar muito, não. O que nós queremos é que a agenda ambiental e climática caminhe, e caminhe rápido”, disse Azevêdo, presidente global de operações da Ambipar, multinacional líder de soluções ambientais para as cadeias de negócios.O Brasil é uma potência ambiental pelas suas florestas, biodiversidade, clima e matriz energética. Além disso, acumula conhecimento científico e tecnológico nestes setores, incluindo o que há de mais moderno em agricultura sustentável e monitoramento de desmatamento."Acho que todos os setores precisam participar desse processo. Obviamente, o Brasil é uma liderança em energia limpa, mas a gente vem avançando em uma agricultura com recursos vindos de economia circular, com integração, agrofloresta”, complementou o vice-presidente de sustentabilidade da Ambipar, Rafael Tello. "Temos aí uma série de oportunidades.”O Instituto Arapyaú, filantropia com mais 15 anos de atuação, faz a ponte para viabilizar projetos de bioeconomia e soluções baseadas na natureza. A CEO Renata Piazzon aposta que "um vácuo" vai ser deixado pelos Estados Unidos, e avalia que a realização da COP 30 esse ano no país coloca o Brasil em um momento de "muita relevância".“A gente é a única filantropia brasileira que faz parte de um grupo maior de filantropos, Funders Table, que investe mais de US$ 4 bilhões na agenda de mudanças climáticas. Já teve sinalizações de mudança de uso do recurso para países em desenvolvimento – muito do recurso da filantropia global em clima que seria usado para apoio a projetos nos Estados Unidos, parte dele deve migrar para outros países emergentes”, avaliou. "Eu acho que esse é o caso do Brasil, então acho que é um ano que a gente precisa mostrar soluções, coisas que já deram certo e que o Brasil já colocou em escala. Restauração é uma das coisas”, frisou.Desconfiança nos projetosAgroecologia, agricultura regenerativa e soluções tecnológicas para um agro mais sustentável, como biofertilizantes, também têm potencial de atração, sublinha Piazzon. Mas nos diferentes painéis sobre o tema em Davos, dois bloqueios para apostar no país foram repetidamente evocados: confiança nos projetos e segurança regulatória, jurídica e institucional.“Nada disso vai acontecer de forma natural e espontânea. Não é uma dádiva divina. Você tem os recursos, mas você precisa ter políticas públicas que ajudam nesse sentido”, explicou Azevêdo. "Precisa ter um ambiente internacional que favoreça o trânsito dos serviços e mercadorias que são transacionados na economia verde brasileira e para o mundo. E, sobretudo, precisa trazer para o exterior uma narrativa mais sofisticada sobre o que acontece no país”, notou.A Re.green é uma das empresas que atua para atrair capital privado para a restauração de florestas no Brasil. O CEO Tiago Picolo reconhece que "não é fácil” transmitir a segurança da qual os investidores precisam."Pelo lado da iniciativa privada, eu acho que você precisa ter uma proposta de valor e uma equipe muito bem estruturada. Não tem segurança política suficiente para compensar um projeto mal feito ou pessoas que não têm experiência ou não estão estruturadas, uma equipe estruturada para fazer isso”, disse. "Na Re.green, a gente focou muito nisso, em trazer os cientistas que realmente conhecem do assunto, trazer as pessoas da área florestal para gerar essa segurança."Leia tambémCOP29: gastar mais em energias fósseis do que na transição "é suicídio planetário", diz Carlos NobreRenata Piazzon, do Instituto Arapyaú, recomenda que o país consolide um a visão de longo prazo sobre a sustentabilidade, independentemente do governo no Planalto."O Brasil precisa olhar para além de COP 30, porque o mundo não acaba em Belém. Falta a construção de uma visão de país para os próximos dez anos, a visão do Brasil que vai estar aí depois das eleições de 2026”, afirmou.Interesse no mercado de carbono brasileiroA perspectiva do mercado regulado de carbono é outro aspecto que impulsiona o fluxo de recursos externos para o país desenvolver projetos socioambientais. No fim do ano, o governo aprovou no Congresso e sancionou a lei que cria as bases para essas transações.Pela sua diversidade ambiental, o Brasil é apontado como o país com maior potencial do mundo na geração de créditos. Durante o fórum, a Microsoft anunciou a ampliação de um projeto de restauração de áreas de floresta nativa na Mata Atlântica e na Amazônia, passando de 16 mil para 33 mil hectares."Não é uma coisa de curto prazo, vai demorar. Passou uma lei, mas tem um monte de regulamentações que têm que ser desenvolvidas nos próximos anos. Mas é um sinal bem positivo”, comentou Tiago Picolo.Leia tambémEm Davos, ministro Silveira diz que Brasil abrirá mão do petróleo quando países ricos cumprirem promessasMas para que este mercado realmente funcione – e não seja apenas uma espécie de licença para as empresas continuarem a emitir livremente gases de efeito estufa –, é preciso garantir a integridade da oferta e da demanda dos projetos."Esse negócio da baixa integridade no mercado é uma faca de dois gumes, porque, por um lado, muitas pessoas – as empresas – ficam fora do jogo, sentam no banco de reserva esperando para entrar no campo, e me gera um trabalho de ter que explicar como é que eu me diferencio”, observou. "Por outro lado, quem quer estar no jogo aumentou muito o sarrafo, então são poucos que conseguem transmitir essa confiança, essa integridade."Rafael Tello salienta que a capacidade de auditar os resultados dos créditos que o Brasil negociar "vai ser cobrada”. "A gente precisa trabalhar com essa realidade, mas tem, sim, interesse. Precisa de cooperação, de transparência, precisa de seriedade. É uma visão de longo prazo”, pontuou também o executivo da Ambipar. "A gente não vai resolver isso de um dia para o outro, então a gente precisa trabalhar passo a passo, de forma consistente, para materializar essa potência que a gente tem no Brasil”, resumiu.
O WW especial deste domingo (12) colocou em pauta as possíveis diretrizes do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e as possíveis consequências. Comentam sobre o assunto os especialistas Solange Srour, diretora de macroeconomia do UBS Global Wealth (GWM), Fabio Kanczuk, diretor de macroeconomia do ASA Investments e Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Domingão do Carlão conversa com Roberto Azevêdo, o Embaixador brasileiro, que foi Presidente da Organização Mundial do Comércio e atualmente é Presidente da Iniciativa Internacional para o Agronegócio Brasileiro da ABAG. Uma prosa com um dos maiores conhecedores do tabuleiro internacional nas questões do comércio global. Um Domingão imperdível direto de Dubai! Fala aí, Embaixador! Assista outra entrevista com Roberto Azevêdo: 1: https://www.youtube.com/watch?v=7oOUqdVZEEQ
Domingão do Carlão conversa com Roberto Azevêdo, o Embaixador brasileiro, que foi Presidente da Organização Mundial do Comércio e atualmente é Presidente da Iniciativa Internacional para o Agronegócio Brasileiro da ABAG. Uma prosa com um dos maiores conhecedores do tabuleiro internacional nas questões do comércio global. Um Domingão imperdível direto de Dubai! Fala aí, Embaixador! Assista outra entrevista com Roberto Azevêdo: 1: https://www.youtube.com/watch?v=7oOUqdVZEEQ
Salve, salve, CACDista! Nesta edição especial do Resumo Semanal, faremos a Retrospectiva do Ano de 2020: > Janeiro: Relações EUA-Irã, Base brasileira na Antártica, Processo de anexação da Cisjordânia, Brasil no Fórum de Davos, Conselho Amazônia; > Fevereiro: Brexit, Apoio dos EUA à adesão do Brasil a OCDE, Situação na Líbia; > Março: Situação em Idilib na Síria, Nicolás Maduro é indiciado como narcotraficante pelos EUA, A desvalorização de outras moedas frente ao dólar, Início da pandemia de COVID-19; > Abril: Crise de demanda nos mercados de Petróleo, Mercosul, Embraer X Boeing, UE e México - Acordo de Livre Comércio; > Maio: Tentativa de invasão à Venezuela, Governo de coalizão em Israel, Saída de Roberto Azevêdo da OMC, Open Skies; > Junho: China X Índia, Coreias, Global Trends, Kosovo; > Julho: Lei de Segurança chinesa, China X EUA, Barragem no Nilo, Missões a Marte; > Agosto: Explosão em Beirute, Protestos em Belarus, Golpe no Mali, Renúncia de Shinzo Abe; > Setembro: Normalização das relações entre Israel e vizinhos árabes, Incêndios no Pantanal, Brasil e a AGNU, Eleições do BID; > Outubro: Eleições na Bolívia, Plebiscito no Chile, Eleições da OMC, Conflito em Nagorno-Karabakh; > Novembro: Eleições presidenciais nos EUA, Apagão no Amapá, Crise sucessória no Peru, Etiópia e o conflito na região de Tigray, Cúpula do G20; > Dezembro: Vacinas, Eleição na Venezuela, Negociações para o pós-Brexit, Cúpula do MERCOSUL. O nosso Resumo Semanal é liberado toda sexta-feira, nele você encontrará um resumo das principais notícias da semana.
O embaixador Roberto Azevêdo foi diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) por sete anos. Anunciou sua saída prematura em agosto, um ano antes de terminar o segundo mandato. A conversa aborda sua carreira e o impacto das relações comerciais internacionais no cotidiano das pessoas.
As relações entre o Judiciário e o Governo Federal ficaram ainda mais abaladas após as declarações do ministro Gilmar Mendes sobre a Ala Militar do governo. Segundo o ministro, o Exército se associou a um “genocídio” ao falar sobre a condução do governo frente à pandemia de COVID-19. Neste episódio do BMJ Podcast, nossos especialistas Alexis Barroso, Bruna Kassama, Fernanda César e Lucas Fernandes comentam os principais destaques políticos da semana, como a reação dos militares às declarações de Gilmar Mendes, o anúncio de Roberto Azevêdo, que deixará o cargo de diretor-geral da OMC; a retomada das discussões sobre a Reforma Tributária no Congresso Nacional, além do andamento de outras importantes medidas econômicas e a aprovação da MP 944, que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE).
Saída do diplomata brasileiro Roberto Azevêdo força que a Organização Mundial do Comércio (OMC) entre numa corrida contra o tempo para buscar novo diretor em meio à pandemia do novo coronavírus. Uma parceria da Agência Radioweb com a Rádio França Internacional.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) inicia nesta semana a fase de consultas para a escolha do seu novo diretor-geral, depois que o brasileiro Roberto Azevêdo pediu demissão do cargo. A saída do diplomata se consolidou na semana passada, um ano antes do previsto, e deixou a organização à deriva: desidratada pelo boicote americano, a OMC pode ficar em suspenso no mínimo até a definição das eleições nos Estados Unidos, em novembro. Na Europa, a imprensa não perdoou a retirada de Azevêdo no meio da crise histórica gerada pela pandemia de coronavírus. A influente The Economist diz que a partida deixa a organização “manca”, enquanto o jornal suíço Le Temps assinala que a antecipação do fim do mandato representa “um capitão que abandona o navio” em plena tempestade. A rapidez com que Azevêdo assumiu o novo posto, de vice-presidente de Relações Públicas da PepsiCo, também levantou questionamentos quanto à ética da decisão. "Acho que houve uma mistura de gêneros entre o seu trabalho em uma instituição pública e, imediatamente depois, sem sequer transição, passar para uma atuação privada. Isso levanta dúvidas, não ajuda a reforçar a legitimidade da instituição e me parece que cai mal”, comenta o diretor do Centro de Estudos Prospectivos e Informações Internacionais de Paris (CEPII), Sébastien Jean. "Acho que a urgência não é preparar a conferência ministerial do ano que vem, como ele alegou ao sair, mas sim gerenciar a crise atual. Não me convenci dos argumentos dele para encurtar o seu mandato, muito menos da maneira como foi feito. Ele deixou a OMC em plena crise sanitária, econômica e comercial que estamos atravessando", diz o analista francês. Multilateralismo em xeque Ex-colega de Azevêdo na área econômica do Itamaraty, o diplomata e professor universitário Paulo Roberto de Almeida conhece como poucos a história da OMC e ressalta que a eleição do brasileiro representou "um marco histórico na diplomacia multilateral” do país. Há 25 anos, a organização atua no enquadramento das regras internacionais de comércio e na solução de conflitos entre os países. “A OMC corresponde aos nossos interesses. Temos todos o interesse no multilateralismo, na solução de controvérsias”, destaca Almeida, que acaba de lançar o livro "Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira". "É a única forma de a gente se defender de salvaguardas e medidas unilaterais arbitrárias pelas potências hegemônicas. É o que está ocorrendo sob Trump, desde o início, em 2017, com a sobretaxa do alumínio e do aço, inclusive contra seus parceiros do Nafta e o Brasil." Almeida frisa que, com a ascensão de Jair Bolsonaro e o alinhamento automático da diplomacia brasileira aos Estados Unidos, a atuação de Azevêdo ficou comprometida. O presidente americano se recusa a renovar os juízes do órgão de solução de controvérsias da OMC, o que resultou na paralisação da entidade desde dezembro. "A OMC pode fazer muito pouco por ela atualmente, quem quer que seja o seu futuro diretor-geral, porque o problema está, hoje, no governo Trump. O problema está no sistema de solução de controvérsias da OMC, onde temos a Europa, a China e a maior parte dos países membros que precisam restaurar a capacidade da OMC de atuar nessa questão”, resume o diplomata. Resistência à China O impasse ocorre num momento de profundas mudanças no comércio internacional, dominado cada vez mais pela China. Há anos, as antigas potências – Europa e Estados Unidos – resistem à ascensão chinesa, sobretudo na tecnologia. Porém, sob Trump, essa recusa se transformou em conflito aberto, à revelia da OMC. "Obama já tinha o problema da pressão dos lobbies protecionistas americanos contra a China, que estava roubando empregos de americanos. Pelo antiglobalismo, o anitimultilateralismo, Trump destruiu tudo que os Estados Unidos fizeram desde Brettom Woods e, especificamente, desde o Nafta”, indica o ex-diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais. "Denunciou o TPP, acabou com a possibilidade do acordo transatlântico com a União Europeia. Ele terminou com tudo, foi um destruidor, tal um elefante destrambelhado numa loja de cristais." Neste contexto desafiador, Sébastien Jean avalia que o futuro diretor-geral precisa ter um perfil "extremamente diplomático”, mas também "visibilidade política” para encarar iniciativas ambiciosas junto à cúpula dos governos, em busca da cooperação perdida. "Claramente, a OMC está muito enfraquecida, mas ela oferece um quadro institucional para as relações comerciais internacionais sem paralelo, que seria extremamente difícil de substituir. Ela tem um grande valor e pode ter um papel muito importante, enquanto mecanismo estruturado de diálogo, negociações, de transparência, pela observação dos pares, e de solução de conflitos”, sublinha o especialista francês, membro do Conselho de Análise Econômica (CAE). “O caso entre os Estados Unidos e a China deixa muito claro o quanto os conflitos bilaterais são muito mal resolvidos: se não há terceiros para arbitrar, os países nunca chegam a um bom acordo.” Desafios da economia digital Paulo Roberto de Almeida é mais cético quanto à capacidade de a organização avançar nos novos desafios digitais, que representam o futuro do comércio. “Nas transações digitais, o comércio eletrônico e a propriedade intelectual, da nova economia digital, são muito difíceis de taxar. O Facebook já quer criar a sua moeda virtual – essa é a próxima fase”, adverte o diplomata. "A China está criando uma moeda digital que, em 20 ou 30 anos, vai superar o dólar. A China está muito mais avançada do que os Estados Unidos e a Europa nas transações digitais." Por enquanto, a OMC sequer conseguiu chegar a um acordo para um diretor interino: Trump não aceitou que um dos quatro diretores-adjuntos, um alemão apoiado pela maioria dos países-membros, assumisse o cargo até a escolha do novo diretor-geral. Oito candidatos concorrem nesta primeira etapa da eleição do futuro chefe da entidade – um vem da América do Sul, o mexicano Jesús Seade, experiente diplomata em negociações comerciais. A escolha, marcada para 7 de novembro, ocorre por consenso. Aos poucos, a lista vai se enxugando, na medida em que os favoritos conquistam apoio dos países-membros.
Neste episódio do BMJ Podcast, nossos especialistas Alexis Barroso, Bruna Kassama, Fernanda César e Lucas Fernandes comentam os principais destaques políticos da semana, como a reação dos militares às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e também o anúncio de Roberto Azevêdo, que deixará o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) em agosto, assim como os principais indicados para ocupar o cargo e os desafios que o novo diretor deve enfrentar. Outra pauta importante da semana foi a retomada das discussões sobre a Reforma Tributária no Congresso Nacional. Nossos convidados falam sobre as negociações do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a Câmara e o Senado, que se mostram empenhados em andar com a proposta. Além do andamento de outras importantes medidas econômicas para o enfrentamento à crise sanitária, como a aprovação da Medida Provisória (MP) 944/2020, que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE) com crédito para pagar salários em pequenas e médias empresas durante a pandemia. Participantes: Alexis Barroso, Bruna Kassama, Fernanda César e Lucas Fernandes
Em entrevista exclusiva a Claudio Dantas, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, comenta as razões de sua renúncia antecipada, após quase dois mandatos consecutivos no comando da organização. Ele também analisa o movimento crescente de contestação a organismos multilaterais e o efeito da pandemia no comércio internacional e nas relações diplomáticas. "Eu sabia que muitos iam pensar que estou saindo porque é um momento difícil ou que não deveria estar saindo. Mas se eu ficar, não vou estar ajudando. É muito gratificante, mas também muito desgastante." Segundo Azevêdo, a pandemia da Covid-19 está acelerando um processo de "mudanças estruturais que já vinha acontecendo". "As tensões na classe média, a mudança do tipo de emprego, o desemprego em massa em áreas em que a tecnologia vem tomando conta. Isso é a base, inclusive, de fenômenos eleitorais. A pandemia está tornando isso mais visível e acelerando alguns processos. Essas transformações são estruturais e vão continuar. Eu sair agora ou daqui a um ano, não vai fazer a menor diferença." Para o diplomata, "boa parte dos empregos perdidos na atual crise não voltará ou voltará com outras características". As tensões sociais causadas por isso repercutem nacionalmente, mas também no plano internacional. "Essas tensões criaram um movimento político de contestação do sistema, do que quer que esteja em vigor. A mesma lógica se aplica ao multilateralismo. Muitos acham que é preciso mudar. O chefe de um organismo internacional que tenha juízo pode até não concordar, mas não pode ignorar essa contestações. Se você não ouve, não tem como dar resposta, qualquer que seja. Se não reagir, a tendência é ser atropelado", afirma Azevêdo, que ficou conhecido pela capacidade de buscar consensos.
The World Trade Organization is at a crossroads and may be facing its most difficult test in its twenty-five-year history after the sudden resignation of its Brazilian Director- General, Mr. Roberto Azevêdo. With the uncertainties surrounding Brexit which is also likely to dampen global growth, the sudden departure of Mr. Azevêdo could not have come at a worse time. In an interview with the New York Times, Mr. Josh Lipsky, Director of the Global Business and Economics Program at the Atlantic Council said to lose the leader of the WTO is a serious blow and There is a broken global trading system, and it needs leadership to fix it. According to the IMF, global growth will shrink by at least 3 per cent this year due to the novel coronavirus. The frequent spats between the United States and China over tariffs, subsidies, dumping, protection of intellectual property rights, forced transfer of technology and other trade and investment restrictions have contributed to significant tensions and near animosity in global trade. --- This episode is sponsored by · Afrolit Podcast: Hosted by Ekua PM, Afrolit shares the stories of multi-faceted Africans one episode at a time. https://open.spotify.com/show/2nJxiiYRyfMQlDEXXpzlZS?si=mmgODX3NQ-yfQvR0JRH-WA Support this podcast: https://anchor.fm/newscast-africa/support
Bom momento, CACDista! No nosso resumo da semana, vamos falar sobre: - O fechamento de sete embaixadas brasileiras no Caribe e na África; - A saída antecipada de Roberto Azevêdo do cargo de diretor-geral da OMC; - O risco de o Brasil voltar para o Mapa da Fome da ONU; - Os ataques, no Afeganistão, que provocaram mais de 50 mortes; - O acidente, no Estreito de Ormuz, que matou 19 iranianos; - A Eslovênia, o primeiro país europeu a declarar o fim da epidemia de Covid-19.
Nesta semana, o vídeo em íntegra da reunião ministerial citada por Sérgio Moro em seu depoimento à Polícia Federal, foi apresentado a representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia-Geral da União (AGU). O nome do presidente Jair Bolsonaro também ganhou destaque com a apresentação de seus exames de COVID-19, atestando negativo. Neste episódio do BMJ Podcast, nossos especialistas Ana Paula Abritta, Leon Rangel, Lucas Fernandes e Mauro Cazzaniga falam sobre os desdobramentos do caso, comentam o artigo publicado no Estadão do vice-presidente general Hamilton Mourão, que repercutiu como uma crítica velada a Bolsonaro, assim como sua postura em tentar amenizar as relações com a China. A atualização dos estados a adotarem as medidas de lockdown, assim como os efeitos para economia e até mesmo para as próximas eleições, também são analisados por nossos convidados. Eles também falam sobre as previsões para as próximas eleições, como um adiamento no calendário e uma possível mudança nos perfis de candidatos após uma pandemia como a do coronavírus. Nosso sócio-fundador, Welber Barral, comenta em especial, a saída de Roberto Azevêdo da Organização Mundial do Comércio (OMC) e como isso deve afetar o setor de comércio no Brasil.
Roberto Azevêdo, the director general of the World Trade Organization, discusses how to fix the global economy; we find out how print sectors are faring during the pandemic; and we check in on Canada’s online vigil for the victims of its worst mass shooting.
The IMF-World Bank Annual meetings bring together people from around the world to discuss issues that affect the global economy. This year’s meetings were held in Bali, Indonesia, and one issue at the top of the agenda was the rising backlash to globalization by workers who feel they’re losing jobs to trade and immigration. Roberto Azevêdo, Director General of the World Trade Organization dispels those claims, and in this podcast, the IMF’s Camilla Andersen asks Azevêdo why he thinks international trade has been under fire of late. PHOTO: Roberto Azevêdo, World Trade Organization’s Director General, says trade and immigration should not be blamed for employment woes. (IMF photo)
The World Trade Organization is the referee for 164 trading partners, each with their own political and economic agendas. Lately, those agendas have gotten more complicated — especially with President Trump’s tariff blitz. Roberto Azevêdo, head of the W.T.O., tells us why it’s so hard to balance protectionism and globalism; what’s really behind the loss of jobs; and what he’d say to Trump (if he ever gets the chance).
Stephen Sackur is in Geneva to talk to the head of the World Trade Organisation Roberto Azevêdo. The WTO is supposed to oversee free and fair global trade but right now, the organisation risks looking impotent and even irrelevant. President Donald Trump is making good on his promises on tariffs and protectionism and the Chinese are threatening to respond in kind. What can the WTO do to avoid a global trade war? (Photo: Roberto Azevedo at the second day of the summit of G7 nations 2015. Credit: Sean Gallup/Getty Images)
Stephen Sackur is in Geneva to talk to the head of the World Trade Organisation Roberto Azevêdo. The WTO is supposed to oversee free and fair global trade but right now, the organisation risks looking impotent and even irrelevant. President Donald Trump is making good on his promises on tariffs and protectionism and the Chinese are threatening to respond in kind. What can the WTO do to avoid a global trade war? (Photo: Roberto Azevedo at the second day of the summit of G7 nations 2015. Credit: Sean Gallup/Getty Images)
HARDtalk's Stephen Sackur speaks to Roberto Azevêdo, the Director General of the World Trade Organisation, an institution dedicated to banning protectionism and freeing up global trade. But maybe the WTO is out of step with the spirit of the age. From Donald Trump's protectionist messages to the Brexit vote in Britain. There seems to be a backlash against economic globalisation. So, is the WTO swimming against a powerful tide?
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, está em Beijing, em missão oficial. Em discurso proferido nesta segunda-feira na Universidade Internacional de Economia e Negócios, ele agradeceu o apoio chinês para o acordo alcançado em Bali, na reunião ministerial da OMC no ano passado.