Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Renata Lo Prete vai conversar com jornalistas e analistas da TV Globo, do G1, da GloboNews e dos demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e trazer um ângulo diferente dos assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo, além…
The O Assunto podcast is a true gem in the world of journalism. Hosted by Renata Lo Prete, this podcast offers incredible interviews and informative discussions on a wide range of topics. One of the best aspects of this podcast is Renata's excellent interviewing skills. She has a knack for asking thought-provoking questions that really draw out meaningful insights from her guests. Her interviewing style is engaging, making it easy for listeners to stay captivated throughout each episode.
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Convidados: José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), e Nívio Nascimento, pesquisador do Fórum de Segurança Pública. A recente onda de intoxicação por metanol jogou luz em um problema antigo: o mercado ilegal de bebidas. Cerca de 1/3 do mercado de bebidas é dominado por produtos ilegais, segundo estimativas de associações do setor. Um mercado lucrativo e que cresce à sombra da fiscalização, causando prejuízos na arrecadação de impostos e colocando a vida de consumidores em risco. Para entender o tamanho do problema, Natuza Nery conversa com José Eduardo Cidade, presidente da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD). É ele quem explica como funciona a cadeia de produção ilegal, por que as bebidas destiladas são mais falsificadas do que as fermentadas (cerveja e vinho) e o que é preciso fazer para acabar com este mercado paralelo, que prejudica fabricantes legais e consumidores. Depois, Natuza conversa com Nívio Nascimento, assessor de Relações Internacionais do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele relembra em que momento o crime organizado passou a ver no mercado ilegal de bebidas um setor lucrativo e medidas que podem ser adotadas para combater esse tipo de crime.
Convidados: Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres; e David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. 127 milhões de veículos. Este é o número da frota brasileira, segundo cálculos do Ministério dos Transportes. Parte desta frota está nas mãos de 20 milhões de brasileiros que não têm carteira de habilitação. A Secretaria Nacional de Trânsito diz que 50,4% dos donos de moto não estão habilitados – cerca de 16,5 milhões de motoristas. O país registrou 34,8 mil mortes no trânsito em 2023, segundo dados do Atlas da Violência, divulgado em maio pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Somos o terceiro país no ranking de mortes no trânsito, atrás apenas da China e da Índia. É neste contexto que o presidente Lula deu aval para o fim da obrigatoriedade de autoescola para tirar a Carteira Nacional de Habilitação. Uma consulta pública sobre o tema foi aberta na quinta-feira (2) para discutir o tema. O governo alega que o custo elevado para tirar a CNH – entre R$ 3 mil e R$ 4 mil – tem levado milhões de brasileiros a dirigir sem carteira de motorista. Para explicar os prós e os contras dessa ideia, Natuza Nery conversa com dois especialistas em trânsito. Primeiro, ela ouve Paulo Cesar Marques da Silva, doutor em Estudos de Transporte pela Universidade de Londres e professor da UnB. É ele quem aponta os pontos positivos do fim da obrigatoriedade de autoescolas no país. “O que tem sido observado é uma fuga do processo de habilitação”, diz Paulo, que já trabalhou como engenheiro de tráfego da Prefeitura de Salvador e na Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro. Depois, quem fala é David Duarte Lima, doutor em segurança de trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas. Ele expõe os argumentos contra o fim das autoescolas. Para ele, o fim da obrigatoriedade "pode tirar do candidato à habilitação a possibilidade de adquirir conhecimentos de forma mais concreta, sólida e estruturada”.
Convidados: Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, e Thatiane Piscitelli, professora de Direito Tributário da FGV-SP. Por unanimidade, os deputados aprovaram o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. Foram 493 votos a favor em votação na noite da quarta-feira. Agora, o texto vai ao Senado. Pelos cálculos do governo, 10 milhões de contribuintes devem ser beneficiados. A proposta do governo foi enviada à Câmara em março para corrigir distorções na tabela do IR – criada para tributar mais quem ganha mais, a tabela não é corrigida integralmente desde 1996. Para compensar a isenção, o governo propôs a tributação com uma alíquota progressiva de até 10% de rendimentos acima de R$ 600 mil por ano - trabalhadores que têm o salário como única fonte de renda não serão afetados, já que o desconto do imposto é feito automaticamente no contracheque. Para explicar como surgiu esse desbalanço na tabela do IR, Natuza Nery conversa com Tathiane Piscitelli, doutora em direito tributário pela USP e professora de Direito Tributário da FGV-SP. Ela discute o que significa justiça tributária no Brasil. Participa também Valdo Cruz, comentarista da GloboNews. Antes, Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, analisa o texto que foi à votação depois de meses de negociações. Ele explica também quais propostas foram apresentadas por deputados, especialmente em relação às chamadas compensações.
Convidado: Carlos Henrique Dias, produtor da TV Globo. Mais de 20 casos de intoxicação por metanol em bebidas contaminadas estão em investigação em São Paulo. Até a noite da terça-feira (30), cinco mortes haviam sido confirmadas. Números que chamam a atenção: a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar se outros estados receberam lotes falsificados de bebidas contaminadas. O metanol é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. Sem cheiro, a substância causa dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia, taquicardia, convulsões e visão turva. Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Carlos Henrique Dias, da TV Globo em São Paulo. É ele quem relata como as primeiras suspeitas de intoxicação surgiram no início da semana passada, no dia 22 de setembro. Carlos explica como as investigações começaram, o que disseram vítimas da intoxicação e como o alerta primeiro soou em hospitais de São Paulo. O jornalista explica em detalhes o que as investigações das polícias Federal e Civil apontam e por que os casos investigados fogem do padrão usual de intoxicação por metanol no país.
Convidado: Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Em 8 de setembro, a Polônia relatou que drones sobrevoaram o país sem autorização. Desde então, Romênia, Estônia e Dinamarca registraram invasão aérea de seus territórios. Todos estes países integram a Otan. Governos europeus apontam todos os dedos para Moscou: afirmam que se trata de uma ofensiva russa e que há um padrão de intimidação. O Kremlin nega. Em discurso na Assembleia Geral da ONU no fim de semana, o chanceler russo Sergei Lavrov fez acusações contra a Ucrânia, negou que Moscou esteja planejando um ataque contra a Europa e ameaçou quem agredir a Rússia. Para analisar a possibilidade de os drones serem russos e as consequências da reação preliminar da Otan, Natuza Nery conversa com Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da USP. Ele avalia a hipótese de que a Rússia esteja testando as defesas antiaéreas e o monitoramento dos países que integram a aliança militar que prevê que, caso um de seus membros sejam atacados, o bloco deve se defender.
Escrita em 1791, a Primeira Emenda da Constituição americana tem como base garantir cinco liberdades fundamentais: a de religião, de expressão e de imprensa, além do livre direito de reunião e de petição dos cidadãos americanos. Mais de dois séculos depois, a discussão sobre liberdade de expressão ganha volume, na esteira de decisões tomadas pelo governo de Donald Trump e em casos de grande repercussão, como a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel. Para explicar o que é a Primeira Emenda e o que, na prática, ela estabelece sobre liberdade de expressão, Natuza Nery conversa com o advogado Thiago Amparo. Doutor pela Central European University, Thiago é professor de Direito Internacional da FGV-SP. Thiago compara o conceito de liberdade de expressão nos EUA e no Brasil à luz das diferenças entre as constituições dos dois países. E analisa as medidas e os argumentos usados pelo governo Trump para cercear a liberdade de imprensa ao exigir a aprovação de reportagens sobre o Pentágono e, também, para impedir protestos.
Convidado: Guga Chacra, comentarista da TV Globo, da GloboNews e colunista do jornal O Globo. Sem visto para entrar nos EUA, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por videoconferência na Assembleia Geral da ONU. Em uma fala que durou quase 20 minutos, Abbas condenou os ataques do Hamas de 7 de outubro, afirmou que o grupo terrorista não terá papel em um futuro governo e agradeceu aos mais de 140 países, incluindo aliados históricos dos EUA, que reconhecem o Estado Palestino – entre eles a França e o Reino Unido, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas e anunciaram apoio nesta semana. O discurso de Abbas foi feito um dia antes de o premiê de Israel falar na ONU. Benjamin Netanyahu é esperado nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense, aliado de Donald Trump, já afirmou categoricamente que “não haverá um Estado Palestino”. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Guga Chacra analisa o que disse Abbas e projeta o que esperar da fala de Netanyahu na ONU – e da reação da comunidade interacional. O comentarista da Globo e da GloboNews avalia que Netanyahu chega “poderoso e, ao mesmo tempo, isolado pela comunidade internacional”.
Convidados: Laura Marise, pesquisadora e criadora do ‘Nunca vi 1 Cientista', e Romulo Negrini, vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo e coordenador de obstetrícia do Hospital Albert Einstein. Nesta quarta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não há evidências científicas conclusivas que liguem o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo. A declaração foi feita após, no início da semana, Donald Trump relacionar o uso de Tylenol ao autismo. A associação foi feita pelo presidente dos EUA em um pronunciamento ao lado de Robert Kennedy Jr, secretário de Saúde conhecido por ser uma voz antivacina e por propagar teorias conspiratórias. Nome comercial do paracetamol, o Tylenol é um dos remédios mais usados do mundo para dor e febre. Reconhecido como seguro para mulheres grávidas, ele é alternativa para o ibuprofeno, medicamento não recomendado para uso durante a gravidez. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a farmacêutica Laura Marise para responder o que os estudos dizem sobre o uso de paracetamol e sobre o transtorno do espectro autista. Doutora em biociências e biotecnologia pela Unesp, Laura é uma das criadoras do projeto de divulgação científica “Nunca vi 1 cientista”. Ela atenta para o perigo de espalhar informações sem comprovação científica e responde o que as pesquisas revelam sobre o aumento do diagnóstico de autismo no mundo. Depois, Natuza recebe o médico Romulo Negrini. Vice-presidente da comissão de parto da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e coordenador médico de Obstetrícia do Hospital Albert Einstein, ele alerta sobre a necessidade de cada mulher procurar orientação médica durante a gravidez. E reforça que o uso do paracetamol é reconhecido como seguro para gestantes, quando usado sob orientação médica.
Convidado: Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Como é tradição, o presidente brasileiro fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Por 18 minutos, Lula defendeu a soberania nacional, destacou a importância da pauta ambiental e de organismos internacionais, mencionou a defesa da democracia no Brasil e defendeu a independência de um Estado palestino. Logo após Lula, foi a vez de Donald Trump. Em seu mais longo discurso na ONU, Trump falou por mais de 50 minutos. E o que se viu foi um completo antagonismo a Lula: críticas à ONU e ataques a imigrantes. O presidente dos EUA classificou as mudanças climáticas como “uma farsa” e defendeu seu tarifaço. Até que, surpreendentemente, Trump relatou um breve encontro com Lula nos bastidores, dizendo ter tido "uma química excelente" com o brasileiro. O presidente dos EUA afirmou que deve fazer uma reunião com Lula na semana que vem – encontro ainda sem detalhes e visto com cautela pela diplomacia brasileira. Para explicar os antagonismos dos discursos de Trump e Lula e o que pode significar uma aproximação entre os dois, Natuza Nery conversa com Guilherme Casarões, cientista político e professor da Florida International University. Casarões classifica as divergências entre eles e aponta quais as perspectivas de negociação entre EUA e Brasil depois de meses de deterioração nas relações entre os países.
Convidado: Thomas Traumann, jornalista e comentarista da GloboNews. No dia seguinte às manifestações pelo país contra a PEC da Blindagem e contra a anistia, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a hora é de “tirar da frente pautas tóxicas”. Na semana passada, foi Motta quem pautou a PEC e a urgência do projeto para anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em conversa com Natuza Nery, o jornalista Thomas Traumann avalia o tamanho dos protestos realizados em todas as capitais do país no último domingo (21). Thomas explica como os atos simbolizam uma mudança na capacidade de mobilização de grupos ligados à esquerda, depois de parte da direita priorizar os interesses da família Bolsonaro. Thomas fala também sobre como as sanções anunciadas pelos EUA contra autoridades brasileiras colocam mais um elemento de tensão política no ar. “Isso foi feito de forma mesquinha, para criar constrangimento para o presidente Lula”, diz, ao citar o discurso do presidente brasileiro desta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU.
Convidada: Deisy Ventura, jurista e professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública da USP. Em outubro de 2021, o relatório final da CPI da Covid apontou uma série de erros, ações e omissões da gestão Jair Bolsonaro que contribuíram para que o Brasil atingisse a trágica marca de 700 mil mortos pelo coronavírus. Agora, quase quatro anos depois, a responsabilização pela condução da Saúde na pandemia começa a engatinhar. Semana passada, com base neste relatório da CPI da Covid, o ministro do STF Flávio Dino abriu um inquérito para que a Polícia Federal investigue a conduta de Bolsonaro e 23 aliados – entre eles os três filhos mais velhos do ex-presidente. Neste episódio, Natuza Nery ouve Deisy Ventura, autora de um estudo que analisou mais de 3 mil normas adotadas pela gestão Bolsonaro relacionadas à pandemia de Covid. O estudo comandado por ela ofereceu dados para a instalação da CPI, em 2021. Jurista e professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, Deisy explica o que é o chamado “crime de epidemia” e ressalta por que pautas de saúde não podem ser “material eleitoral barato”. Ela também afirma a importância de não esquecer os crimes cometidos durante a pandemia.
Convidado: Fernando Abrucio, prof. FGV-SP e comentarista GloboNews. Em pouco mais de 48 horas, os deputados aprovaram a PEC da Blindagem e a urgência para analisar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Decisões que beneficiam a classe política e se distanciam das necessidades reais do povo – justamente quem os deputados devem representar no Congresso. Um descolamento que tem reflexos para a população e para os poderes Executivo e Judiciário, expondo uma tensão crescente em Brasília. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Fernando Abrucio avalia que este é “o pior momento da Câmara desde a redemocratização”. Professor da FGV-SP e comentarista da GloboNews, Abrucio aponta as consequências deste momento para o país. Ele analisa por que, apesar da forte reação nas redes sociais contra a PEC da Blindagem, os parlamentares aprovaram o projeto: “o medo de ser condenado ou preso hoje é maior do que o medo de perder votos”, diz. Juntos, Natuza e Abrucio apontam ainda o que é preciso para inverter o atual momento e destacam a importância das eleições legislativas de 2026.
Convidados: Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília; e Renato Stanziola Vieira, advogado e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Em dois turnos e com apoio de quase todos os partidos da Casa – foram cerca de 350 votos favoráveis –, a Câmara aprovou a PEC da Blindagem, que agora será votada agora no Senado. A proposta estabelece uma nova regra para a investigação de crimes cometidos por parlamentares: uma vez aprovada a PEC, serão os próprios deputados e senadores que votarão se um processo poderá ou não ser aberto contra um colega de Congresso. O texto aprovado na Câmara prevê ainda que a votação para a abertura de processos contra parlamentares será secreta. Este ponto foi viabilizado em uma manobra regimental orquestrada pelo presidente da Casa. Ainda na noite de quarta-feira (17), Hugo Motta (Republicanos-PB) pautou a votação da urgência do PL da Anistia – que foi aprovada com mais de 300 votos favoráveis. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Elisa Clavery, repórter da GloboNews em Brasília, sobre os detalhes do texto da PEC da Blindagem e qual o clima para a votação da proposta no Senado: ela explica que, de olho nas eleições de 2026, os senadores estão preocupados com a reação das redes sociais e devem fugir de “pautas polêmicas”. Participa também o advogado criminalista Renato Stanziola Vieira, sócio do Kehdi Vieira Advogados. Mestre e doutor em direito processual penal pela USP e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Renato avalia a constitucionalidade da PEC e diz por que ela é um sinal de fragilidade democrática.
Convidados: Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo, e Rafael Alcadipani, prof. da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Assassinado na última segunda-feira no litoral paulista, Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022 – ele estava à frente da Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Na última segunda-feira (15), Ruy foi vítima de uma emboscada realizada por bandidos de máscara, colete à prova de balas e fortemente armados: ele foi perseguido, capotou o carro e foi alvejado por mais de 20 tiros de fuzil. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Kleber Tomaz, repórter do g1 São Paulo que cobre o crime organizado há duas décadas. Kleber relembra como o ex-delegado teve papel fundamental na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa PCC, em 1999. Ele traça o perfil de Ruy e relata quais as linhas de investigação sobre o crime. Depois, Victor entrevista Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Alcadipani responde que tipo de proteção ex-agentes de segurança deveriam ter após a aposentadoria, e aponta as evidências de que os executores planejaram o crime. O professor relembra também qual a influência do crime organizado na Baixada Santista e a importância da região para facções criminosas.
Convidados: Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, prof. Berea College nos EUA. Assassinado na última quarta-feira (10), o ativista conservador era apoiador de Donald Trump e tinha trânsito na Casa Branca. Kirk discursava para jovens estudantes na Universidade Utah Valley quando foi baleado. Com o slogan “prove que eu estou errado”, ele atraía multidões, especialmente jovens – público que potencializou a vitória de Trump na última eleição presidencial dos EUA. O caso expõe um nível perigoso de polarização nos EUA: o país registrou mais de 100 casos de violência política nos últimos 12 meses, com quase 50 mortes. Entre os casos está o atentado contra dois parlamentares democratas e o incêndio provocado na casa do governador da Pensilvânia. Tudo na esteira da tentativa de assassinado de Trump, em julho do ano passado, durante a campanha eleitoral. Neste episódio, Natuza Nery recebe Nilson Klava, correspondente da Globo nos EUA, e Carlos Gustavo Poggio, professor de Ciência Política do Berea College, no Kentucky. Klava descreve o momento do crime e conta o que ouviu de estudantes que presenciaram o assassinato. Ele responde qual é o status da investigação e qual era o papel de Kirk na política americana atual. Depois, Poggio analisa o histórico de violência política nos EUA e traça paralelos com as décadas de 1960 e 1970, quando uma série de assassinatos abalou o país. Ele responde qual o potencial do caso Kirk aumentar ainda mais o discurso de ódio nos EUA e conclui que a própria democracia está em risco quando há um processo de “desumanização” de adversários.
Convidado: Marcos Nobre, prof. Unicamp e pesquisador Cebrap Definida a pena ao ex-presidente Jair Bolsonaro, as forças políticas passam à fase de rearranjo de forças. Como ficam a direita, a extrema-direita e o centrão no Brasil após a condenação do ex-presidente por atentado contra a democracia? Para responder a esta e outras perguntas, Natuza Nery recebe Marcos Nobre, professor titular de filosofia política da Unicamp e pesquisador do Cebrap, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Para Marcos, o bolsonarismo segue ativo e presente como força social, digital e política, a pouco mais de um ano para as eleições presidenciais de 2026. O professor afirma que, mesmo fora das urnas e cumprindo pena, Bolsonaro segue como referência da direita e com forte liderança. Marcos reflete como o resultado do julgamento na 1ª Turma do Supremo é o espelho de um Brasil onde há duas visões de mundo opostas. Ele analisa como sai a força política da família Bolsonaro a partir da condenação do ex-presidente, e como fica o bolsonarismo. E conclui como ficam as instituições brasileiras após a decisão histórica tomada pelo STF na última semana.
Convidados: Felipe Recondo, Reynaldo Turollo Jr., Pierpaolo Botino, Thiago Bottino, Oscar Vilhena e Gustavo Binenbojm Entre os dias 2 e 11 de setembro, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado. Entre os julgados estavam militares de alta patente. A última quinta-feira (11) entrou para a história. Durante as duas últimas semanas, O Assunto contou a história dos fatos que levaram ao julgamento e acompanhou de perto as quase 36 horas de sessões. Da tentativa de golpe à condenação, O Assunto publica neste sábado (13) um registro detalhado de como Bolsonaro e militares de alta patente chegaram ao banco dos réus e saíram condenados por atentar contra a democracia brasileira.
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Pela primeira vez na história, um ex-presidente é condenado por crimes contra a democracia. Por 4 votos a 1, a 1ª Turma do STF condenou Jair Bolsonaro, e outros 7 réus por 5 crimes. A pena imposta ao ex-presidente é de 27 anos e 3 meses de prisão. Além de Bolsonaro, foram condenados Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada). Neste episódio, Natuza Nery recebe três convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, Gustavo Binenbojm , prof. Faculdade de Direito da UERJ, e Oscar Vilhena, prof. Faculdade de Direito da FGV-SP. Repórter do g1 que acompanhou de dentro do STF todas as sessões do julgamento, Turollo explica como foram os votos que levaram à condenação de Bolsonaro e dos outros réus. Ele relata o clima entre os ministros no dia seguinte ao voto de Luiz Fux - único dos magistrados a pedir a absolvição do ex-presidente. Ele conta como foi feita a definição das penas e o que acontece a partir de agora. Quem desenha os significados políticos e históricos da condenação é Oscar Vilhena. “Tivemos a prevalência da lei sob a barbárie”, diz o professor. Vilhena analisa as pressões internas por anistia e a ameaça externa vinda dos EUA – Donald Trump chamou a condenação de “terrível” e o secretário de Estado americano prometeu resposta à decisão. O professor conclui: “a partir de hoje, quem tem compromisso com a democracia tem que estar mais atento do que nunca”. Depois, Natuza Nery recebe Gustavo Binenbojm para falar dos argumentos jurídicos apresentados por Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. É ele quem sinaliza como os quatro ministros que votaram pela condenação, analisaram “o filme” golpista, enquanto Fux apontou fatos isolados para justificar seu pedido de absolvição.
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. A sessão em que o ministro Luiz Fux deu seu voto durou mais de 13 horas. Fux votou pela absolvição de Jair Bolsonaro de todos os cinco crimes pelos quais o ex-presidente responde no julgamento por tentativa de golpe. Com isso, o placar está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Logo no início da manhã, Fux abriu uma série de divergências em relação ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, e pediu a anulação do processo por falta de competência do STF para julgar Bolsonaro e os outros sete réus. No diário do 4º dia do julgamento de Bolsonaro, o repórter do g1 Reynaldo Turollo Jr. detalha o voto de Fux, os pontos de divergência abertos por ele e os argumentos usados pelo ministro para pedir a absolvição do ex-presidente no processo da trama golpista. Turollo revela também quais foram as reações dos ministros da 1ª Turma ao ouvirem as longas horas do voto de Fux – e como as argumentações do ministro foram recebidas pelas defesas dos réus. Depois, Natuza Nery volta a conversar com Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV-SP. Vilhena se debruça sobre o voto de Fux e analisa os argumentos jurídicos apresentados pelo ministro ao votar pela absolvição de Bolsonaro. O professor responde quais são as implicações jurídicas das discordâncias entre Fux e Moraes no processo: “Isso põe por terra que o ministro Moraes é um tirano e que ninguém pode votar contra ele dentro do tribunal.”
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Oscar Vilhena Vieira, professor da Faculdade de Direito da FGV-SP. 2 a 0. Esse é o placar parcial do julgamento de Jair Bolsonaro e de outros 7 réus por tentativa de golpe de Estado na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (9), dois ministros votaram: Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Moraes, que é relator do julgamento, abriu a votação, apontou o ex-presidente como líder de organização criminosa e votou pela condenação de todos os réus. Na sequência, Dino também se colocou a favor da condenação dos réus, mas com culpabilidades diferentes entre eles. Neste episódio, O Assunto retoma o diário do julgamento. Natuza Nery recebe Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 que acompanha de dentro as sessões no Supremo. Turollo relata como Moraes e Dino sustentaram seus votos, qual o clima na Corte e como os pedidos de condenação repercutiram nas defesas dos réus. Depois, a conversa é com Oscar Vilhena Vieira, professor de Direito da FGV. Vilhena, que é mestre em direito pela Universidade Columbia e doutor em Ciência Política pela USP, analisa os significados dos votos de Moraes e Dino. E conclui como este é um julgamento extraordinário do ponto de vista histórico: “ele rompe com a tradição brasileira de impunidade daqueles que rompem com o Estado Democrático de Direito”.
Convidada: Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. No 7 de setembro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às ruas em várias capitais do país pedir a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro de 2021 e atacar o Judiciário. Às vésperas de a 1ª Turma do STF retomar o julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, a data que comemora a Independência do Brasil teve atos políticos da direita e da esquerda. E um discurso ganhou protagonismo: o de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Na Avenida Paulista, Tarcísio pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar a anistia. E fez críticas a Alexandre de Moraes, ao dizer que “ninguém mais aguenta a tirania” do ministro. Dentro do Supremo, a fala do governador de São Paulo provocou a reação de Gilmar Mendes e do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Nesta segunda-feira (8), Barroso afirmou que o julgamento de Bolsonaro é “sobre provas, não disputa política ou ideológica”. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Juntas, elas avaliam a mudança de tom de Tarcísio e a escalada dos ataques feitos por ele ao Judiciário. Andréia relata qual foi a reação ao discurso do governador de São Paulo dentro do Supremo, a situação dele após o 7 de Setembro e como os atos de apoiadores de Bolsonaro foram recebidos dentro do governo.
Convidados: Marina Dias, repórter do The Washington Post em Brasília, e Marcelo Lins, comentarista e apresentador do GloboNews Internacional. “Lição de democracia”, “algo que os EUA não conseguiram fazer”, “o julgamento mais importante”. Estes são alguns dos termos usados pela imprensa internacional para definir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe – um evento que faz os olhos de vários países se voltarem ao Brasil, como explicam em conversa com Natuza Nery os jornalistas Marina Dias e Marcelo Lins. Repórter do jornal The Washington Post em Brasília, Marina Dias compara o momento histórico brasileiro com o dos EUA, onde Donald Trump não foi responsabilizado por ter instigado os atos de 6 de janeiro de 2021. Na ocasião, apoiadores de Trump invadiram o Congresso americano para evitar a certificação de Joe Biden como presidente. Marina fala também sobre os desafios de explicar ao mundo a situação e as particularidades da política brasileira. E conta os bastidores da entrevista que fez com o ministro Alexandre de Moraes. Depois, Natuza conversa com Marcelo Lins, comentarista da GloboNews e apresentador do GloboNews Internacional. Lins analisa as lições que o Judiciário brasileiro dá ao mundo democrático ao julgar um ex-presidente e militares de alta patente acusados de tramar um golpe de Estado. "Não adianta fingir que o que aconteceu não aconteceu. Uma tentativa clara de ruptura com a ideia de executar lideranças políticas importantes, tudo não pode passar impune”, diz.
Convidado: Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Enquanto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro começava no Supremo Tribunal Federal, um movimento foi costurado em outro ponto da Praça dos Três Poderes. No Congresso, a pressão pela anistia aos responsáveis pelo 8 de janeiro de 2023 ganhou tração. A pauta virou prioridade de parlamentares da oposição e ganhou o apoio do Centrão – durante a semana, a federação União Progressista anunciou o desembarque do governo para ajudar a fazer o projeto andar. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou nesta quinta-feira (4) que o tema ainda está em discussão e que a definição sobre a análise está em aberto. No Senado, uma proposta alternativa está em debate. Enquanto isso, o presidente Lula afirmou que a mobilização contra o perdão aos crimes pela tentativa de golpe devem ser “uma batalha também do povo”. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Bernardo Mello Franco para explicar por que o movimento pela anistia ganhou força justamente quando Bolsonaro é julgado no STF. Colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN, Bernardo analisa as atuações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) a favor da anistia – e os interesses deles por trás desta pauta. E conclui: “por essa tradição de conciliação e de impunidade que a história do Brasil viu golpes se repetindo”.
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília; e Thiago Bottino, professor de direito da FGV-Rio No segundo dia de julgamento de Jair Bolsonaro e de mais 7 réus, quatro defesas foram ouvidas pela 1ª Turma do Supremo – entre elas a do ex-presidente. A sessão durou pouco mais de três horas, e acabou no início da tarde. Em suas falas, os advogados de Bolsonaro e de generais de alta patente tentaram desqualificar as provas, e voltaram a questionar a delação de Mauro Cid e a conduta do ministro Alexandre de Moraes à frente do processo. No segundo diário do julgamento, Natuza Nery volta a conversar com Reynaldo Turollo Jr., repórter do g1 em Brasília que acompanha as sessões de dentro do Supremo. Turollo relata quais foram os principais pontos da sessão, entre eles o momento em que, na avaliação de especialistas, a defesa de Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) “entregou a cabeça de Bolsonaro”. Depois, a conversa é com Thiago Bottino, professor de Direito da FGV-RJ. Bottino analisa as falas das defesas, e responde como a estratégia adotada pelos advogados dos réus pode refletir na definição das penas. Ele compara também a atuação das defesas no Supremo com a defesa política feita por apoiadores do ex-presidente.
Convidados: Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília, e Pierpaolo Bottini, professor de Direito da USP. Às 9h11 do dia 2 de setembro, a 1ª Turma do STF abriu a sessão para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 7 réus por golpe de Estado. Ao ler seu relatório neste primeiro dia de julgamento, o ministro Alexandre de Moraes deu recados sobre seu voto. O procurador-geral, Paulo Gonet, mostrou as provas da acusação e falou que não é preciso “ordem assinada” para que haja tentativa de golpe. E os advogados de 4 réus apresentaram suas estratégias de defesa. Quem relata como foi o primeiro dia de julgamento é Reynaldo Turollo Jr, repórter do g1 em Brasília. Em conversa com Natuza Nery, Turollo faz um diário do julgamento histórico. Ele destaca os principais pontos das falas de Moares, Gonet e das defesas. Turollo conta como foi o clima no Supremo, e responde o que esperar desta quarta-feira, dia 2 do julgamento, quando será a vez da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro defendê-lo. Depois, Natuza conversa com Pierpaolo Bottini, advogado e professor de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP. Bottini analisa os recados políticos de Alexandre de Moraes ao ler seu relatório, os argumentos usados na acusação da PGR e as estratégias das defesas de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, almirante Almir Garnier e de Anderson Torres.
Convidado: Felipe Recondo, jornalista e autor dos livros “Os Onze” e “O Tribunal: como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária”. A partir desta terça-feira (2), o Brasil assistirá a um julgamento inédito. Pela primeira vez um ex-presidente e militares de alta patente vão ser colocados no banco dos réus sob a acusação de crimes contra a democracia. Segundo a denúncia da PGR, Jair Bolsonaro e outros 7 aliados integravam o chamado “núcleo crucial” da trama golpista que tentou mudar o resultado da última eleição presidencial. Bolsonaro, Alexandre Ramagem (ex-Abin), Almiri Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil) serão julgados pela 1ª Turma do STF. Neste episódio de O Assunto, Natuza Nery conversa com o jornalista Felipe Recondo para explicar tudo o que é preciso saber para acompanhar as sessões do STF a partir desta terça-feira. Espacializado na cobertura do Supremo e autor dos livros “Os Onze” e “O Tribunal”, Recondo detalha como será o rito do julgamento e o que esperar de cada um dos dias. Ele relembra a denúncia da PGR, os crimes apontados contra os réus e qual a expectativa em torno dos votos dos cinco ministros que compõem a 1ª Turma do Supremo.
Convidado: Ariel Palacios, correspondente da Globo e da GloboNews em Buenos Aires. Depois de quase dois anos no comando da Casa Rosada, Javier Milei já viveu ondas de altos e baixos em sua aprovação. Eleito com o discurso da antipolítica e com a promessa de que daria conta da conturbada economia argentina, ele enfrenta seu pior momento na presidência do país. O gatilho para a crise de Milei é o escândalo que envolve sua irmã, Karina, que é secretária da presidência e a quem chama de ‘El Jefe' (‘O Chefe', em espanhol). O caso veio à tona após a divulgação de áudios de Diego Spagnuolo, amigo pessoal dos irmãos Milei que ocupava o cargo de diretor da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência. Nas gravações, Spagnuolo cita a participação de Karina em um esquema de corrupção na compra de medicamentos — a irmã do presidente ficaria com 3% dos 8% da propina cobrada em todos os contratos do departamento. A turbulência se soma à desconfiança da população e do setor financeiro sobre a política econômica de Milei: depois de uma queda expressiva da inflação, os preços voltaram a subir. Tudo isso às vésperas de duas importantes eleições: para representantes da província de Buenos Aires, em 7 de setembro; e para deputados e senadores nacionais, em 26 de outubro. Para explicar a crise no governo da Argentina, Natuza Nery conversa com Ariel Palacios, correspondente da Globo e da GloboNews em Buenos Aires. Ele fala sobre a relação umbilical dos irmãos Milei e o peso das denúncias de corrupção para a imagem do presidente.
Convidados: César Tralli, apresentador da Globo e da GloboNews, e Bruno Tavares, repórter da Globo. Batizada de Carbono Oculto, a megaoperação desta quinta-feira (28) mostrou a atuação do grupo criminoso PCC em um complexo esquema que envolve o setor de combustíveis e instituições da Faria Lima, principal polo financeiro do país. Considerada a maior operação contra o crime da história do país, a investigação expôs como facções criminosas invadiram os postos de gasolina e penetraram no sistema financeiro. Segundo as investigações, o grupo criminoso usou agentes infiltrados em fintechs e fundos de investimentos para que o dinheiro do crime não fosse rastreado. A Receita Federal afirma que os criminosos movimentaram R$ 52 bilhões nos últimos 4 anos por meio das fintechs, empresas que usam a tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma mais simples e rápida que bancos tradicionais – e com quase nenhuma fiscalização do setor público. “Fintechs viraram um buraco negro”, resume César Tralli em conversa com Natuza Nery neste episódio. Apresentador da Globo e da GloboNews, Tralli relata o que ouviu de investigadores e conta como a investigação contra o crime organizado chegou ao coração financeiro do país. Antes, Natuza conversa com Bruno Tavares, repórter da Globo que primeiro revelou a megaoperação contra o PCC. Ele explica como essa investigação nasceu e responde por que o setor de combustíveis é tão atrativo para a prática de crimes.
Convidado: Cláudio Couto, cientista político e professor da FGV A chamada PEC da Blindagem voltou à pauta da Câmara após o acordo para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) retomasse a cadeira dele, tomada por deputados da oposição em um motim no início do mês. Junto com o texto que blinda políticos, também está em discussão sobre o fim do foro privilegiado e o projeto que cria novas regras para que partidos entrem com ações no Supremo. Nesta quarta-feira (27), Motta afirmou que a discussão em torno do texto é um “direito do Congresso” e tem como objetivo dar maior “independência” à atividade parlamentar. Até o fim da noite da quarta-feira, o texto ainda estava em aberto e não havia consenso para a votação. Na prática, a PEC da Blindagem pode dificultar investigações sobre parlamentares, como explica o cientista político Cláudio Couto em conversa com Natuza Nery neste episódio. “A gente vai criar uma oligarquia que pode ficar de costas para a sociedade”, avalia o professor da FGV. Cláudio explica também como uma combinação de fatores fez com que o pacote de propostas avançasse neste momento no Congresso, às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
Convidados: José Hamilton Ribeiro, jornalista brasileiro que cobriu a Guerra do Vietnã, e Artur Romeu, diretor para América Latina da ONG Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o escritório de Direitos Humanos da ONU, 247 profissionais de imprensa morreram em Gaza desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em outubro de 2023. O Comitê para a Proteção de Jornalistas contabiliza 197 mortes. São números maiores do que a soma de todos os jornalistas mortos nas guerras do Vietnã, Iugoslávia e Afeganistão e mais as duas guerras mundiais. E é uma conta que não para de crescer: na segunda-feira (25), um novo ataque israelense ao Hospital Nasser, em Khan Younis, assassinou 20 pessoas, cinco delas profissionais de imprensa. Neste episódio, Natuza Nery conversa com José Hamilton Ribeiro, autor de “O Gosto da Guerra”, livro em que narra sua cobertura da Guerra do Vietnã para a revista Realidade, em 1968. Jornalista da Globo por mais de quatro décadas, ele carrega no corpo a marca da cobertura de uma guerra: ao pisar em uma mina terrestre, perdeu uma perna. Participa também do episódio Artur Romeu, diretor para a América Latina da ONG Repórteres Sem Fronteiras. Ele aponta quais são os principais direitos garantidos a jornalistas em zonas de conflito e explica por que o trabalho da imprensa é fundamental para que o mundo saiba o que acontece numa guerra, para além dos relatórios oficiais divulgados pelas partes envolvidas.
Convidado: Carlos Melo, cientista político e professor do Insper O tarifaço de Donald Trump, somado ao conteúdo das conversas entre Jair Bolsonaro, o filho Eduardo e o pastor Silas Malafaia, tem efeitos claros na imagem da direita alinhada ao ex-presidente. Nesta segunda-feira (25), uma nova rodada da pesquisa divulgada pelo instituto Quaest mostra que 52% dos brasileiros afirmam que Jair Bolsonaro participou de uma tentativa de golpe de Estado – razão pela qual o ex-presidente será julgado a partir da semana que vem. Nos últimos dias, dados obtidos pela pesquisa da Quaest já haviam evidenciado que 55% dos brasileiros consideram a prisão domiciliar de Bolsonaro justa. E 69% disseram que Eduardo Bolsonaro age nos EUA para defender interesses próprios e de sua família – isso porque Trump justificou o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros com uma suposta “perseguição” a Jair. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Carlos Melo para explicar o atual momento da direita e seus dilemas a partir de um racha no núcleo bolsonarista. Cientista político e professor do Insper, Carlos Melo analisa a situação dos governadores que apoiam e são apoiados por Bolsonaro. Ele olha com lupa para as condições que irão definir candidaturas ao Palácio do Planalto em 2026.
Convidado: Victor Hugo Silva, repórter de tecnologia do g1. Eles armazenam e processam as informações usadas todos os dias por bilhões de pessoas ao redor do planeta. Os data centers (centro de dados) abrigam os servidores responsáveis por processar todas as informações que estão no ambiente digital. Eles são de diversos tipos, mas um deles tem despertado especial interesse de empresas de tecnologia: os usados para inteligência artificial. Os data centers para IA mobilizam uma corrida por espaços físicos adequados. Esse tipo de instalação demanda muito mais potência — e, consequentemente, exige mais capacidade para resfriamento. É por isso que esse eles são vistos como um risco para o meio ambiente, por demandar alto consumo de água. Com sua alta capacidade de produção de energia renovável, o Brasil desperta o interesse de gigantes de tecnologia para a construção de data centers para IA. Enquanto isso, o governo diz preparar um plano para atrair investimentos para transformar o país em um polo mundial de centro de dados. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com o repórter do g1 Victor Hugo Silva, que explica quais são diferentes tipos de data centers e o impacto desses centros para o meio ambiente. Victor Hugo relata as promessas de inovação nos centros de processamentos de dados para inteligência artificial e as discussões que cercam o tema. E responde: faz diferença ter um data center perto de você?
A música “Leão” se tornou a mais ouvida da década no Brasil após a morte de Marília Mendonça. Seu sucesso alavancou a carreira do rapper Xamã, compositor da canção, e mostrou o potencial lucrativo dos trabalhos póstumos da cantora.
Convidados: Paulo Velasco, professor de Política Internacional da UERJ, e Thiago Rodrigues, professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF. Os EUA enviaram seis navios de guerra para a costa venezuelana. O envio faz parte de uma missão oficial para combater o narcotráfico, segundo o governo dos EUA, que oferece US$ 50 milhões de dólares de recompensa a quem levar à prisão de Nicolás Maduro. A Casa Branca promete usar “toda a força” contra o regime venezuelano. Em resposta, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos. As movimentações representam uma escalada na já conturbada relação entre EUA e Venezuela, como explica Paulo Velasco em conversa com Victor Boyadjian neste episódio. Professor de Política Internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Velasco relata qual a situação política, econômica e social da Venezuela – e detalha por que o narcotráfico no país se tornou uma preocupação para os EUA. Ele, que é autor do livro “A Venezuela e o chavismo em perspectiva”, avalia as chances de a tensão entre os dois lados crescer. Depois, a conversa é com Thiago Rodrigues, professor no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense. Ele responde o que caracteriza um “narcoestado” e se a Venezuela pode ser enquadrada neste conceito. Autor de “Política e drogas nas Américas: uma genealogia do narcotráfico”, Thiago conclui quais são as possíveis consequências para o Brasil caso Trump resolva escalar ainda mais a ofensiva contra Maduro.
Convidado: César Tralli, apresentador da Globo e da GloboNews. A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no processo penal sobre a trama golpista. Na mesma investigação, a PF apreendeu o passaporte e o telefone celular do pastor Silas Malafaia. O pastor é suspeito de liderar uma ação para coagir ministros do Supremo a suspender a ação penal contra Jair Bolsonaro. No relatório, a PF reuniu áudios e mensagens do ex-presidente, do filho dele e de Malafaia. Para os investigadores, o conteúdo revela um conjunto de ações para buscar a impunidade de Jair Bolsonaro. Nas mensagens há um documento que, segundo a PF, indica que o ex-presidente cogitou pedir asilo ao governo argentino de Javier Milei. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe César Tralli para explicar o que foi revelado pela PF nesta quarta-feira e quais os próximos passos da investigação. Tralli detalha o conteúdo do relatório que levou ao indiciamento de Bolsonaro e Eduardo, e relembra como esta investigação começou. Ele revela bastidores da operação da PF que mirou Silas Malafaia, abordado por agentes federais assim que chegou ao Brasil vindo do exterior.
Convidados: Maristela Basso, professora de Direito Internacional da USP, e Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN. O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino decidiu que leis de outros países só têm efeito no Brasil com aval do STF. A decisão do ministro foi tomada no âmbito de um debate jurídico ligado às tragédias de Mariana e Brumadinho — e nada tem a ver com a Lei Magnitsky, aplicada contra o também ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Mas, na prática, acaba blindando Moraes. Nesta terça-feira, o ministro esclareceu que o Brasil vai continuar respeitando decisões de Cortes Internacionais. Também nesta terça, as ações dos bancos em bolsas perderam valor, já que a decisão de Dino levantou dúvidas sobre os impactos para bancos e empresas que operam no Brasil e no exterior. Para explicar a decisão de Dino e seus impactos, Victor Boyadjian conversa com Maristela Basso, professora de Direito Internacional da USP. Ela responde quais os trâmites envolvidos para que uma decisão tomada em um país seja cumprida em território brasileiro. Ela, que trabalha com a execução de sentenças estrangeiras há mais de 40 anos, avalia a que tipo de imbróglio os bancos estão submetidos após a decisão do ministro Dino. Depois, Victor recebe Maria Cristina Fernandes, colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN. A jornalista avalia o atual momento da escalada da relação entre EUA e Brasil, e conta o que ouviu de agentes do mercado sobre a decisão de Dino. (ATUALIZAÇÃO: na manhã desta quarta-feira (20), o gabinete de Flávio Dino procurou a produção de O Assunto e esclareceu que, em sua decisão, o ministro não tira do STJ a competência de homologar decisões estrangeiras, ressaltando o seguinte trecho da decisão publicada na última segunda-feira (18): "IV) qualquer violação aos itens II e III constitui ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes, portanto presume-se a ineficácia de tais leis, atos e sentenças emanadas de país estrangeiro. Tal presunção só pode ser afastada, doravante, mediante deliberação expressa do STF, em sede de Reclamação Constitucional, ofertada por algum prejudicado, ou outra ação judicial cabível, ressalvada a competência disposta no art. 105, I, “i”, da CF.")
Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Três dias depois de ir até o Alasca encontrar com o russo Vladimir Putin, o presidente dos EUA recebeu o ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca. Em jogo, os termos para uma negociação pelo fim da guerra na Ucrânia - iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. Diferente do que aconteceu em fevereiro, quando foi humilhado por Trump, Zelensky foi recebido em clima menos hostil. Após o encontro, o presidente dos EUA disse que vai preparar uma reunião trilateral com Zelensky e Putin para discutir a paz na Ucrânia. Presentes no encontro, os líderes europeus pediram garantias de segurança ao continente para negociar com a Rússia. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV. Pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, Oliver analisa os significados das reuniões feitas entre Trump, Zelensky e líderes europeus nesta segunda-feira. Oliver responde qual é o futuro político do presidente ucraniano caso Zelensky concorde em ceder parte do território do país à Rússia. E conclui como fica o tabuleiro geopolítico no caso de haver um consenso pela paz.
Convidadas: Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, e Nay Macedo, psicóloga. O vídeo do influenciador Felca expôs um problema antigo: a adultização de crianças e adolescentes e o uso de imagens de menores para monetizar nas redes sociais. A publicação soma mais de 40 milhões de visualizações e rompeu bolhas na sociedade. Uma enxurrada de projetos sobre o tema surgiu no Congresso. Mais de 60 projetos tratam do assunto no parlamento – e um deles está mais avançado, o PL 2628, já aprovado no Senado e atualmente na Câmara. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil, para explicar que projeto é esse. Ela aponta os principais pilares do texto, já apelidado de “PL Felca”. Para Laís, o vídeo do influenciador pressionou os parlamentares a agirem. Ela fala como a proteção de crianças e adolescentes deve ser encarada coletivamente, envolvendo políticas públicas, empresas de tecnologia e a sociedade civil. Victor recebe também a psicóloga Nay Macedo, especialista em proteção infanto-juvenil na era digital. Nay explica o que é adultização - e diferencia quais são os tipos de exposição de menores nas redes sociais, entre eles o chamado “sharenting”. A psicóloga fala dos impactos da adultização para crianças e adolescentes – tanto do ponto de vista comportamental quanto cognitivo. E conclui quais são as melhores práticas para que os responsáveis preservem a imagem de menores na internet – ela conta por que mesmo conteúdos considerados inocentes e inofensivos podem representar uma “isca” para a pedofilia.
No projeto mais ambicioso da carreira, Marília Mendonça viajou se apresentando de surpresa - e de graça - em diferentes capitais do país. Foi uma forma de retribuir o carinho dos fãs, que também tiveram as vidas transformadas por sua partida.
Convidado: Guga Chacra, comentarista da Globo, da GloboNews e da rádio CBN, e colunista do jornal O Globo Em entrevista à Fox News no início do mês de agosto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu admitiu que “tem a intenção” de assumir o domínio total da Faixa de Gaza. A operação não tem data oficial para começar, mas as forças armadas de Israel já afirmam controlar 75% do território. A decisão foi alvo de críticas imediatas da comunidade internacional: ONU, Rússia e China condenaram a expansão da ação militar de Israel; e até tradicionais aliados, como a União Europeia e o Reino Unido, fizeram coro. Tudo isso enquanto os pedidos de cessar fogo crescem diante da crise humanitária a qual os palestinos estão submetidos. Neste episódio, Victor Boyadjian recebe Guga Chacra, comentarista da Globo, da GloboNews e da rádio CBN, e colunista do jornal O Globo. Guga comenta os objetivos militares e políticos de Netanyahu e analisa o status atual do conflito e da possibilidade da solução de dois Estados.
Convidados: José Roberto Mendonça de Barros, economista, e Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews Exatamente uma semana após o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros vendidos para os EUA entrar em vigor, o governo brasileiro anunciou um pacote de medidas para socorrer exportadores. No tripé do pacote estão três pontos: crédito para empresas prejudicadas, incentivo tributário e compra de produtos que seriam vendidos para os EUA. Em contrapartida, o governo exige que todos os empregos sejam mantidos. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Ana Flor, colunista do g1 e comentarista da GloboNews. Além de explicar os principais pontos das medidas anunciadas, a jornalista detalha como o pacote foi recebido pelos setores atingidos pelo tarifaço. Ela fala também sobre quais estratégias seguem na mesa do governo brasileiro para responder ao governo Trump. Depois, a conversa é com o economista José Roberto Mendonça de Barros. Ele analisa a efetividade das medidas e o impacto delas a longo prazo para a economia brasileira. Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 1995 e 1998, José Roberto avalia também como o tarifaço pode impulsionar setores da economia brasileira a se remodelarem e buscarem novos mercados.
Convidado: Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington A emergência da vez para Donald Trump é o que ele chamou de “estado de caos” na capital dos EUA – ele diz que "o crime está fora de controle" na cidade. A Casa Branca autorizou Guarda Nacional e polícia, controladas pelo governo, a agirem para combater a violência e para expulsar os criminosos e os sem-teto. Autoridades locais e dados oficiais, no entanto, dizem não haver crise de violência. Ao fazer o anúncio do “Dia da Libertação” de Washington, Trump listou diversas capitais latino-americanas - entre elas Brasília -, e citou números diferentes dos oficiais sobre os dados de violência. Os 800 soldados da Guarda Nacional e os 120 agentes do FBI começaram a chegar à capital americana nesta terça-feira (12). Ao decretar a intervenção federal, o presidente invocou uma lei nunca antes usada para estes fins. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Mauricio Moura para explicar o que está por trás da tomada de Washington pelo presidente dos EUA. Direto da capital dos EUA, o professor da Universidade George Washington relembra que a intervenção na cidade foi uma promessa de Trump. Mauricio traça paralelos com a intervenção feita no 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano invadiram o Congresso dos EUA, e responde as consequências de mais uma escalada autoritária de Trump.
Convidada: Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP O Anuário da Segurança, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, informa que em 2024 o Brasil teve 1.492 feminicídios — o maior número desde 2015. As tentativas de feminicídio também cresceram 19%, chegando a 3.870 casos. Já em 2025, no dia 26 de julho, um novo caso de tentativa de feminicídio virou notícia em todo o país. Dentro do elevador de um prédio em Natal, Rio Grande do Norte, câmeras de segurança registraram uma agressão brutal: um homem espancou a namorada com mais de 60 socos. Ela ficou com o rosto desfigurado; ele foi preso. Uma semana depois, um episódio muito parecido tomou o noticiário: também dentro de um elevador, desta vez em Brasília, no Distrito Federal, uma mulher foi agredida com socos, chutes e pontapés pelo companheiro. Ele também foi preso, mas, neste caso, indiciado por lesão corporal, com agravante de violência doméstica — um crime com pena muito menor. Neste episódio, Victor Boyadjian conversa com Maíra Recchia, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB-SP, para explicar o que está por trás do crescimento, ano após ano, da violência contra a mulher. Maíra comenta também os casos de Natal e de Brasília e analisa por que eles foram enquadrados como crimes diferentes.
Convidados: Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington. Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Na extensa lista de países tarifados por Donald Trump, os fundadores do grupo estão entre os que receberam as taxas mais altas. O Brasil é o que tem maior tarifação, de 50%. Ao nosso lado, uma surpresa: um país que se sentou à mesa para negociar com Donald Trump e que chegou a construir acordos com o americano. Trata-se da Índia. Os produtos indianos que entram nos EUA são tarifados em 50%, soma da tarifa base de 25% que o país recebeu mais a penalização de 25% por conta da compra de petróleo da Rússia. Em busca de soluções conjuntas, lideranças dos países fundadores do Brics conversam entre si – como ocorreu entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Em entrevista a Alan Severiano, Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), analisa se há ou não fraturas nas relações entre EUA e os Brics. Barbosa, que foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington, ainda responde como ele vê o posicionamento estratégico do Itamaraty diante da crise tarifária global. Depois, para falar sobre os laços cada vez mais estreitos do Brasil com a China, a conversa é com Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil China. Ele apresenta o status da relação comercial entre os dois países e explica onde estão os investimentos mais estratégicos da China por aqui.
Em meados dos anos 2010, Marília Mendonça liderou a primeira geração feminina da música sertaneja e mudou a linguagem de um estilo historicamente masculino. Hoje, músicas que colocam a mulher no centro da narrativa são muito bem-sucedidas nas paradas. Os ótimos números da cantora Simone Mendes são prova disso.
Convidado: Thomas Traumann, comentarista da GloboNews A terça-feira, 5 de agosto, marcou a volta dos trabalhos do Congresso após recesso de julho. O que se viu naquele dia, no entanto, foi o início de um protesto de parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro. Eles ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em manifestação contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no dia anterior. No Senado, foram 47 horas de bloqueio dos trabalhos. Na Câmara, a obstrução durou 36 horas – e só terminou depois da entrada de Arthur Lira (PP-AL, ex-presidente da Casa) nas negociações. Neste episódio, Alan Severiano recebe Thomas Traumann para analisar a situação do Congresso e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), após o motim de parlamentares bolsonaristas. Thomas avalia que, ao ser impedido de sentar-se na própria cadeira, Motta sai fragilizado do que é “uma crise que entra para a história” da Câmara. Ele analisa também o mérito do que está sendo negociado – e com quem – para que o Congresso volte ao trabalho: uma pauta que atende aos interesses corporativos dos parlamentares.
Convidados: Roberto Peixoto, repórter do g1. E Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, em Belém. A menos de 100 dias do início da Conferência do Clima, uma crise se instalou sobre os preços das hospedagens para o evento na capital paraense, marcado para novembro. Na semana passada, 25 países escreveram uma carta pressionando para que o Brasil mude a sede do maior evento climático do mundo. Nesta quarta-feira (6), o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que os planos estão mantidos: “não há plano B”. Neste episódio, Alan Severiano recebe o repórter do g1 Roberto Peixoto para explicar por que os preços de hospedagem viraram um problema, e quais os riscos de esvaziamento da Conferência do Clima. Enviado especial a Belém, Roberto relata como está a cidade a poucos meses da COP30 e quais as críticas apresentadas por ambientalistas e por outros países à organização da conferência. Depois, Alan conversa com Guilherme Guerreiro Neto, repórter do site Sumaúma, que faz a cobertura de temas relacionados à crise climática a partir da Amazônia. Morador da capital paraense, Guilherme fala como a população local tem sido impactada, com obras por toda a cidade e aumento no preço de aluguéis. Ele responde como a crise da hospedagem pode atingir o legado da primeira COP realizada na Amazônia.
Matias Spektor e Bernardo Mello Franco são os convidados de Alan Severiano neste episódio para explicar e avaliar as reações do Congresso e da Casa Branca, após Jair Bolsonaro ter a prisão domiciliar decretada. Professor de Relações Internacionais da FGV de São Paulo, Matias Spektor analisa as pressões comerciais e políticas emitidas pela Casa Branca em favor do ex-presidente brasileiro. Ainda na segunda-feira, horas depois da decisão do ministro do STF, o Departamento de Estado dos EUA voltou a mirar em Alexandre de Moraes. Em um post, o escritório americano que cuida das relações com a América Latina declarou que o ministro do Supremo é um "violador de direitos humanos", em uma nova ofensiva contra as instituições brasileiras. Depois, Alan fala com o Bernardo Mello Franco, que é colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Bernardo analisa o movimento da oposição ao governo, que na terça-feira (5) anunciou a obstrução dos trabalhos do Congresso. Parlamentares que apoiam Bolsonaro afirmaram que só vão deixar as mesas diretoras da Câmara e do Senado após a aprovação do que eles chamam de “pacote de pacificação do país”, que inclui três medidas: anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, a votação do impeachment de Alexandre de Moraes, e a proposta que acaba com o foro privilegiado de parlamentares.
No fim da tarde da segunda-feira (4), o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”. Uma dessas postagens ocorreu no domingo (3) na conta do filho e senador, Flávio Bolsonaro, para repercutir atos a favor de Bolsonaro em cidades do país. Flávio apagou a postagem. Moraes também proibiu visitas e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente. A Polícia Federal fez buscas no local e recolheu um aparelho celular. A defesa de Bolsonaro nega que ele tenha descumprido as medidas cautelares impostas por Moraes. Para explicar o que levou à decisão de Moraes, Alan Severiano conversa com Rafael Mafei, professor da Faculdade de Direito da USP e da ESPM. Mafei fala quais os embasamentos jurídicos para aplicar a prisão domiciliar contra Bolsonaro e responde o que muda, na prática, nas restrições impostas ao ex-presidente. Depois, Alan recebe Andréia Sadi, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Andréia analisa o momento da decisão, e relata que a avaliação de outros ministros do Supremo é de que Bolsonaro deixou o ministro “sem saída” ao descumprir medidas impostas por ele. Ela repercute ainda as reações de aliados de Bolsonaro após ele ter a prisão domiciliar decretada.
Na última sexta-feira (1°), a Justiça italiana manteve a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela era considerada foragida desde junho, quando foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Ela deixou o Brasil em maio, passou pelos EUA e se mudou para a Itália. Zambelli foi presa no dia 29 de julho em Roma, quando autoridades cercaram o prédio em que ela estava para evitar que a deputada licenciada fugisse. Zambelli, que tem cidadania italiana, diz querer cumprir pena na Itália. O Brasil pediu a extradição dela. Para explicar como funciona o processo de extradição e as próximas etapas após a Itália confirmar que Zambelli vai continuar presa, Alan Severiano conversa com Vladimir Aras. Integrante do Ministério Público há mais de 30 anos, Aras foi secretário de cooperação internacional da Procuradoria-Geral da República de 2013 a 2017. Ele responde se o fato de Zambelli ter cidadania italiana muda algo no processo – e compara o caso dela com o de outros brasileiros presos no país, e de estrangeiros detidos no Brasil. Depois, Alan recebe Octávio Guedes. Colunista do g1 e comentarista da GloboNews, ele fala o que pode acontecer com o mandato da parlamentar. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que a Casa vai avaliar a cassação de Zambelli. Guedes responde qual a situação política da deputada dentro da Câmara.
Aos 12 anos, Marília Mendonça começou a criar músicas sobre sentimentos que ainda nem havia experimentado. Seu talento para a composição e seu orgulho de ser brega criaram o estilo "mariliônico", que influencia o sertanejo até hoje.