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Os holofotes do mundo das artes estão voltados para Madri. Desde o último dia 5, a capital espanhola recebe a 44ª edição da ARCOmadrid, uma das mais importantes feiras internacionais de arte contemporânea. Em 2025, o evento conta com a presença de cerca de 200 galerias, sendo 20 delas brasileiras, e destaca a Amazônia. Percorrer os pavilhões 7 e 9 do Ifema, centro de eventos que abriga a feira, é encontrar as mais diversas técnicas e mensagens de artistas. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriO projeto “Wametisé: ideias para um amazofuturismo” é a seção central da ARCOmadrid 2025. A curadoria, compartilhada entre Denilson Baniwa e María Wills, em colaboração com o Instituto de Estudos Pós-Naturais, convida o público a mergulhar nas múltiplas Amazônias possíveis. Baniwa enfatiza que a Amazônia vai muito além de um espaço geográfico que necessita de proteção. “É um espaço que precisa ser escutado, precisa ser entendido a partir da sua floresta, a partir das pessoas que convivem ali”, pontua.A Manaus Amazônia é uma das galerias representadas. Criada em 2016, a galeria brasileira iniciou suas atividades no mercado local, fomentando a cultura do colecionismo na região. Agora, estreia no circuito internacional na ARCOmadrid, trazendo obras de Duigó, Dhiani Pa'saro e Paulo Desana. Por meio da pintura, marchetaria e fotografia, as obras expostas destacam uma Amazônia que, muitas vezes, ficou à margem de espaços como esse, como analisa Carlysson Sena, fundador da Manaus Amazônia Galeria.Sena observa que a região amazônica esteve muito tempo afastada dos processos de desenvolvimento do mercado da arte. “Nós somos também um grito de resistência dentro da Amazônia. E agora abertos para receber todas as pessoas do mundo”, reforça.Arte amazônica para dialogar com o mundoQuem também promove uma abertura da Amazônia para o mundo, com base em novos paradigmas que permitam que os povos amazônicos falem de si e por si, é a artista Uýra. Ela defende a expressão artística como alternativa para a transmissão de mensagens comumente ignoradas pela política institucional.“A arte tem sido esse caminho possível para dialogar com o resto do mundo. Nos reapresentar de uma forma muito mais real, humana – e também não humana – e menos exótica e colonial”, afirma. A artista argumenta que o “imaginário afixado na cabeça do mundo” sobre a realidade amazônica é perigoso, por limitar a Amazônia a uma floresta verde, contínua, sem culturas e sem saberes.Para Uýra, o protagonismo dos povos amazônicos no processo de reapresentação da Amazônia ao mundo é essencial. “Há mais coisas ditas sobre a Amazônia do que as ditas por nós. O que estamos fazendo é só dizer por nós mesmas quem nós somos e de onde viemos”, explica.Na ARCOmadrid, Uýra apresenta a obra Lama, uma fotoperformance na qual aparece coberta de lama, em meio ao azul da água, entrelaçada com plantas de diferentes tipos. A escolha da mistura de terra e água transmite uma mensagem que vai além da estética. “A obra aborda a importância de construir algo novo, algo bonito, algo relevante a partir das diferenças”, como as que existem entre os dois elementos que formam a lama.Luta coletivaA Carmo Johnson Projects, que também faz parte do espaço curatorial amazônico, representa a artista Naine Terena e o Coletivo Mahku. Naine Terena mescla elementos da natureza com fitas de cetim em tecelagens que evocam histórias ancestrais. Já o Mahku constrói uma identidade visual coletiva para refletir sobre a vida amazônica por meio da pintura.O representante da galeria, Nicolas Davenport, conta que o coletivo Mahku tem um projeto de reivindicação territorial e recuperação histórica da cultura indígena. “O lema é ‘vende tela, compra terra'. Existe esse processo de reivindicação territorial para conseguir preservar o espaço e a cultura deles vivos”, destaca.Galeria veteranaFora do eixo curatorial amazônico, no programa geral da ARCOmadrid, a Galeria Luciana Brito também representa o Brasil. Presente na feira de 1998 até 2019, a galeria retorna à edição de 2025 trazendo artistas históricos como Geraldo de Barros, Waldemar Cordeiro e Regina Silveira, além de Ivan Navarro, Rafael Carneiro, Gabriela Machado, Caio Reisewitz e Bosco Sodi.Segundo a galerista Luciana Brito, a ARCO é uma feira essencial para a arte latino-americana, já que, por estar na Europa, oferece acesso direto a colecionadores, diretores de museus e curadores europeus. Ao mesmo tempo, de acordo com ela, a feira atrai um público latino-americano significativo – incluindo argentinos, colombianos, mexicanos e brasileiros. Identidade negra em focoAlém do programa “Wametisé: ideias para um Amazofuturismo” e do programa geral, a ARCOmadrid apresenta duas outras seções com curadoria especial: “Opening. Novas Galerias”, dedicada a galerias jovens, e “Perfis | Arte latino-americana”, voltada para a valorização da produção artística regional. É justamente nessa última que figura a Galeria Cerrado, mais uma representante brasileira no circuito artístico internacional.A presença da Galeria Cerrado em Madri marca sua estreia em feiras internacionais. A vinda à Espanha aconteceu depois de uma visita do curador José Esparza ao projeto Sertão Negro, do artista Dalton Paula. “Sertão Negro é um ateliê-escola onde ele (Dalton Paula) provê esse espaço, toda essa estrutura para que os artistas com quem convive – que ele chama de residentes – possam produzir ali, de forma conjunta, mas cada um com seu trabalho autoral”, relata Luiza Vaz, diretora da Cerrado.Os visitantes encontram na mostra trabalhos de Dalton Paula e também projetos de artistas jovens que estão sendo mostrados pela primeira vez na capital espanhola, como Tor Teixeira, Abraão Veloso, Genor Sales e Lucélia Maciel. Por meio de técnicas como a pintura, a tapeçaria e a escultura, os residentes do projeto Sertão Negro exploram diversas perspectivas da negritude, enriquecendo o diálogo sobre o tema.Oportunidade para galerias brasileirasAo analisar o panorama da feira, o consultor de arte Brunno Silva observa que a ARCOmadrid serve como uma porta de entrada para colecionadores europeus no mercado brasileiro e latino-americano. Segundo ele, o público é receptivo e interessado nas várias manifestações culturais do Brasil e da América Latina. Ele também destaca a diversidade da representação brasileira no evento. “É interessante observar essas 20 galerias. Quando a gente anda pela feira e observa as obras que elas trouxeram, a gente não vê 20 galerias iguais. Muito pelo contrário, a gente vê diversas formas de ilustrar a pluralidade dessas galerias dos artistas que elas representam”, comenta.“Além do mais, é claro, é sempre importante ver essa profissionalização do mercado de arte brasileiro, e o mercado europeu é bastante importante de um ponto de vista global”, acrescenta Silva. Para ele, a presença das galerias brasileiras na ARCOmadrid contribui para “consolidar a importância da arte brasileira no mundo”.Dezesseis das 20 galerias brasileiras participantes da ARCOmadrid 2025 contaram com o apoio do projeto Latitude, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT).A ARCOmadrid, que inicialmente recebeu apenas o público especializado, abriu suas portas para o público na sexta-feira (7). As visitas podem ser feitas até o domingo, 9 de março.
Os holofotes do mundo das artes estão voltados para Madri. Desde o último dia 5, a capital espanhola recebe a 44ª edição da ARCOmadrid, uma das mais importantes feiras internacionais de arte contemporânea. Em 2025, o evento conta com a presença de cerca de 200 galerias, sendo 20 delas brasileiras, e destaca a Amazônia. Percorrer os pavilhões 7 e 9 do Ifema, centro de eventos que abriga a feira, é encontrar as mais diversas técnicas e mensagens de artistas. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriO projeto “Wametisé: ideias para um amazofuturismo” é a seção central da ARCOmadrid 2025. A curadoria, compartilhada entre Denilson Baniwa e María Wills, em colaboração com o Instituto de Estudos Pós-Naturais, convida o público a mergulhar nas múltiplas Amazônias possíveis. Baniwa enfatiza que a Amazônia vai muito além de um espaço geográfico que necessita de proteção. “É um espaço que precisa ser escutado, precisa ser entendido a partir da sua floresta, a partir das pessoas que convivem ali”, pontua.A Manaus Amazônia é uma das galerias representadas. Criada em 2016, a galeria brasileira iniciou suas atividades no mercado local, fomentando a cultura do colecionismo na região. Agora, estreia no circuito internacional na ARCOmadrid, trazendo obras de Duigó, Dhiani Pa'saro e Paulo Desana. Por meio da pintura, marchetaria e fotografia, as obras expostas destacam uma Amazônia que, muitas vezes, ficou à margem de espaços como esse, como analisa Carlysson Sena, fundador da Manaus Amazônia Galeria.Sena observa que a região amazônica esteve muito tempo afastada dos processos de desenvolvimento do mercado da arte. “Nós somos também um grito de resistência dentro da Amazônia. E agora abertos para receber todas as pessoas do mundo”, reforça.Arte amazônica para dialogar com o mundoQuem também promove uma abertura da Amazônia para o mundo, com base em novos paradigmas que permitam que os povos amazônicos falem de si e por si, é a artista Uýra. Ela defende a expressão artística como alternativa para a transmissão de mensagens comumente ignoradas pela política institucional.“A arte tem sido esse caminho possível para dialogar com o resto do mundo. Nos reapresentar de uma forma muito mais real, humana – e também não humana – e menos exótica e colonial”, afirma. A artista argumenta que o “imaginário afixado na cabeça do mundo” sobre a realidade amazônica é perigoso, por limitar a Amazônia a uma floresta verde, contínua, sem culturas e sem saberes.Para Uýra, o protagonismo dos povos amazônicos no processo de reapresentação da Amazônia ao mundo é essencial. “Há mais coisas ditas sobre a Amazônia do que as ditas por nós. O que estamos fazendo é só dizer por nós mesmas quem nós somos e de onde viemos”, explica.Na ARCOmadrid, Uýra apresenta a obra Lama, uma fotoperformance na qual aparece coberta de lama, em meio ao azul da água, entrelaçada com plantas de diferentes tipos. A escolha da mistura de terra e água transmite uma mensagem que vai além da estética. “A obra aborda a importância de construir algo novo, algo bonito, algo relevante a partir das diferenças”, como as que existem entre os dois elementos que formam a lama.Luta coletivaA Carmo Johnson Projects, que também faz parte do espaço curatorial amazônico, representa a artista Naine Terena e o Coletivo Mahku. Naine Terena mescla elementos da natureza com fitas de cetim em tecelagens que evocam histórias ancestrais. Já o Mahku constrói uma identidade visual coletiva para refletir sobre a vida amazônica por meio da pintura.O representante da galeria, Nicolas Davenport, conta que o coletivo Mahku tem um projeto de reivindicação territorial e recuperação histórica da cultura indígena. “O lema é ‘vende tela, compra terra'. Existe esse processo de reivindicação territorial para conseguir preservar o espaço e a cultura deles vivos”, destaca.Galeria veteranaFora do eixo curatorial amazônico, no programa geral da ARCOmadrid, a Galeria Luciana Brito também representa o Brasil. Presente na feira de 1998 até 2019, a galeria retorna à edição de 2025 trazendo artistas históricos como Geraldo de Barros, Waldemar Cordeiro e Regina Silveira, além de Ivan Navarro, Rafael Carneiro, Gabriela Machado, Caio Reisewitz e Bosco Sodi.Segundo a galerista Luciana Brito, a ARCO é uma feira essencial para a arte latino-americana, já que, por estar na Europa, oferece acesso direto a colecionadores, diretores de museus e curadores europeus. Ao mesmo tempo, de acordo com ela, a feira atrai um público latino-americano significativo – incluindo argentinos, colombianos, mexicanos e brasileiros. Identidade negra em focoAlém do programa “Wametisé: ideias para um Amazofuturismo” e do programa geral, a ARCOmadrid apresenta duas outras seções com curadoria especial: “Opening. Novas Galerias”, dedicada a galerias jovens, e “Perfis | Arte latino-americana”, voltada para a valorização da produção artística regional. É justamente nessa última que figura a Galeria Cerrado, mais uma representante brasileira no circuito artístico internacional.A presença da Galeria Cerrado em Madri marca sua estreia em feiras internacionais. A vinda à Espanha aconteceu depois de uma visita do curador José Esparza ao projeto Sertão Negro, do artista Dalton Paula. “Sertão Negro é um ateliê-escola onde ele (Dalton Paula) provê esse espaço, toda essa estrutura para que os artistas com quem convive – que ele chama de residentes – possam produzir ali, de forma conjunta, mas cada um com seu trabalho autoral”, relata Luiza Vaz, diretora da Cerrado.Os visitantes encontram na mostra trabalhos de Dalton Paula e também projetos de artistas jovens que estão sendo mostrados pela primeira vez na capital espanhola, como Tor Teixeira, Abraão Veloso, Genor Sales e Lucélia Maciel. Por meio de técnicas como a pintura, a tapeçaria e a escultura, os residentes do projeto Sertão Negro exploram diversas perspectivas da negritude, enriquecendo o diálogo sobre o tema.Oportunidade para galerias brasileirasAo analisar o panorama da feira, o consultor de arte Brunno Silva observa que a ARCOmadrid serve como uma porta de entrada para colecionadores europeus no mercado brasileiro e latino-americano. Segundo ele, o público é receptivo e interessado nas várias manifestações culturais do Brasil e da América Latina. Ele também destaca a diversidade da representação brasileira no evento. “É interessante observar essas 20 galerias. Quando a gente anda pela feira e observa as obras que elas trouxeram, a gente não vê 20 galerias iguais. Muito pelo contrário, a gente vê diversas formas de ilustrar a pluralidade dessas galerias dos artistas que elas representam”, comenta.“Além do mais, é claro, é sempre importante ver essa profissionalização do mercado de arte brasileiro, e o mercado europeu é bastante importante de um ponto de vista global”, acrescenta Silva. Para ele, a presença das galerias brasileiras na ARCOmadrid contribui para “consolidar a importância da arte brasileira no mundo”.Dezesseis das 20 galerias brasileiras participantes da ARCOmadrid 2025 contaram com o apoio do projeto Latitude, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT).A ARCOmadrid, que inicialmente recebeu apenas o público especializado, abriu suas portas para o público na sexta-feira (7). As visitas podem ser feitas até o domingo, 9 de março.
Denilson Baniwa – Brasília by Bienal de São Paulo
Denilson Baniwa, artista da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, comenta sobre as diferenças no trabalho de curadoria e de criação artística, a partir de sua experiência como curador do Pavilhão Brasileiro na Bienal de Veneza 2024, e enfatiza a relevância da representatividade indígena nos mais diferentes espaços. "Em obras" é o podcast da Fundação Bienal de São Paulo, oferecido pela Bulgari. Uma experimentação em áudio com artistas, curadores e convidados da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Em 14 episódios, esta temporada propõe uma continuação – dentro dos seus ouvidos – das experiências, encontros e inspirações da exposição.
Louise Lenate Ferreira da Silva, arquiteta e urbanista, curadora da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, e Denilson Baniwa, artista da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, mergulham na história do Parque Ibirapuera e no significado do terreno que abriga a Bienal de São Paulo, explorando suas tensões e contradições ao longo do tempo. Em Obras é o podcast da Fundação Bienal de São Paulo, oferecido pela Bulgari. Uma experimentação em áudio com artistas, curadores e convidados da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Em 14 episódios, esta temporada propõe uma continuação – dentro dos seus ouvidos – das experiências, encontros e inspirações da exposição.
Apiaká, Baniwa, Guajajara, Jiripancó, Krenak, Miranha, Kanindé, Pataxó, Xukuru, Yanomami: esses são apenas alguns dos 266 povos indígenas que vivem hoje no Brasil (Fonte: Instituto Socioambiental), em um território de mais de oito milhões de quilômetros quadrados. Portanto, falar de cultura alimentar indígena significa falar de pluralidade de rios, mares, chapadas, florestas, caças, peixes, tubérculos, frutas, raízes… Significa falar de milhares de anos de tradição, de aprendizado, de relação equilibrada com a natureza, de saberes ancestrais. Se você aprendeu que a "comida básica de índio" era a mandioca, bom, taí um erro comum: apesar de mandioca e seus derivados serem a base da alimentação de diversos povos da Amazônia - e com eles, os povos não-indígenas terem aprendido a comer farinha, a usar tucupi e a preparar tapioca -, há povos em outras partes do Brasil que tinham sua principal fonte alimentar no milho e na batata-doce, por exemplo. Fato: sabemos pouco demais sobre os povos originários do Brasil e sua relação com o alimento e, como colonizados, damos muito mais crédito aos imigrantes europeus e japoneses pela construção do que chamamos hoje de culinária brasileira do que aos africanos escravizados e aos indígenas, as bases da nossa cultura alimentar. Indígenas sabem plantar ou são só coletores-caçadores?Produzem alguma coisa? Para abordar esses e outros temas, minha convidada é Deborah Martins. Inndígena do povo Pataxó, Deborah é chef de cozinha, formada em Direito, graduanda em Gastronomia, ativista pela soberania alimentar dos povos indígenas, pelo Direito Humano à Alimentação Adequada e por uma gastronomia política.Support the show
Prišiel z amazonského pralesa, z osady obývanej prevažne domorodcami z etniky Baniwa, ktorá slúžila v minulosti pre účely saleziánskeho kláštora. Nezisková organizácia EDS - Brazílske lekárske expedície - pripravila svoju už 50. expedíciu a na tomto mieste postavila mobilnú nemocnicu (už druhý krát na tomto mieste); za viac ako týždeň fungovania nemocnice vykonali: 408 operácií (sivý zákal, pruhy a iné) a 2300 vyšetrení v ambulanciách. Taktiež darovali 660 okuliarov. Pôsobenie Romana Nemca ako dobrovoľníka na expedícii: v prvej fáze pomáhal stavať mobilnú nemocnicu - teda 3 veľké hangáre/stany. Po príchode lekárov a pacientov foto-dokumentoval celú expedíciu. Od tradičného života domorodých obyvateľov až po chirurgické zákroky na operačnej sále. Jeho cesty zaujímali Martina Jurča.
Neste episódio de Diálogos em Sul Maior, o entrevistado é o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Gersem Baniwa. No centro da entrevista estará o manejo do mundo na visão indígena. Gersem Baniwa é indígena do povo Baniwa, de São Gabriel da Cachoeira (AM). Foi secretário municipal de educação de São Gabriel da Cachoeira, co-fundador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Atualmente, é coordenador geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC), diretor-presidente do Centro Indígena de Estudos e Pesquisa (CINEP) e professor do curso de Licenciatura Específica Formação de Professores Indígenas da UFAM. O programa foi conduzido pelas professoras Angela Roberti (LPPE-IFCH/UERJ) e Beatriz Bissio (NIEAAS/UFRJ) e pelo jornalista Paulo Cannabrava Filho. Diálogos em Sul Maior é fruto da parceria entre o Laboratório de Pesquisa e Práticas de Ensino em História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ, o Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Ásia, África e as Relações Sul-Sul do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a Revista Diálogos do Sul, um projeto de mídia alternativa como espaço de reflexão sobre o Brasil, a América Latina e as relações Sul-Sul. Nossa proposta é estabelecer o diálogo entre a universidade e a sociedade civil, compreendendo nossa inserção no Sul Global não apenas como um espaço geográfico ou geopolítico, mas como uma ideia integradora de um mundo melhor, de desconstrução de hegemonias do Norte, na libertação integral do Sul. Programa gravado em 18 de junho de 2021. Disponível no canal do LPPE no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8wSb6c5cP1s #Brasil #LPPE #educacao #IFCH #UERJ #Diálogos em Sul Maior #NIEAAS #UFRJ #IFCS #MANEJO DO MUNDO #BANIWA #INDÍGENAS #POVOS ORIGINÁRIOS Arte da capa: Patrick Dansa --- Send in a voice message: https://anchor.fm/lppe/message
Com curadoria da pesquisadora indígena Naine Terena, "Véxoa: Nós sabemos" apresenta 23 artistas/coletivos de diferentes regiões do país na Pinacoteca em São Paulo. É possível acompanhar Véxoa por meio da #PinadeCasa, nos canais YouTube e Facebook. Na sexta-feira, dia 19, às 18h o bate-papo on-line aborda o tema "Futuros da arte indígena no Brasil". Ouça!
Denilson Baniwa conta sobre como enxerga seu trabalho nas artes plásticas enquanto forma de resistência e ampliação da luta do movimento indígena. Ele salienta que os não indígenas devem notar que os temas dos povos originários são do interesse de todos. Este depoimento foi gravado em 2019. Saiba mais sobre o artista no Mapeamento do Mekukradjá: https://www.itaucultural.org.br/sites/mekukradja/?location=denilsonbaniwa Apresentado por Daniel Munduruku, o podcast Mekukradjá é produzido pelo núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.
Denilson Baniwa foi o vencedor do PIPA Online 2019. O artista nasceu na aldeia Darí, no Amazonas, e traz em seus trabalhos referências culturais à aldeia indígena de origem, misturando esses símbolos com elementos urbanos. O trabalho de Denilson reforça a luta pelos direitos dos povos indígenas e pela preservação das florestas.
Nessa segunda parte do especial Covid-19 queremos reconhecer as vozes de comunidades e povos que estão sendo impactados pela pandemia mas que não estão nas principais capas de jornais. Diariamente somos informados sobre o impacto do novo coronavírus na população brasileira. Porém, dificilmente sabemos fazer o recorte necessário sobre as “diversas populações” que temos no país. A desigualdade social é um fator já comprovado sobre a influência de quem está sendo mais afetado. Além disso, temos grupos marginalizados que ainda são mais “esquecidos”, principalmente nas políticas públicas. Neste episódio#4, escutamos o ex-dirigente nacional do MST; uma representante da comunidade quilombola Pontinha, de Minas Gerais, e um professor indígena da etnia Baniwa, para percebermos como eles estão enfrentando a pandemia e o descaso do governo.
Neste programa, Ricardo Cunha Lima conversa com Ciça Fittipaldi (ilustradora) e Cristina Ibarra (designer) para refletir sobre a relação da ilustração, o design e as temáticas indígenas. Ciça nos conta como sua experiência em aldeias indígenas do Brasil e outros países do mundo tem marcado profundamente sua trajetória profissional. Aproveitamos e falamos também da sua experiência como professora universitária, focando na relação entre design e ilustração. Ciça Fittipaldi, ilustradora paulistana, indicada diversas vezes ao Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil. Cristina Ibarra, designer e professora doutora da Universidade Federal de Pernambuco, estuda as relações do design e da antropologia. Links Links que o Ancara cita na introdução Rádio Yandê https://radioyande.com/ YBY Festival http://ybyfestival.com/ Arte Indígena contemporânea Caboco http://caboco.tv/ Denílson Baniwa https://www.behance.net/denilsonbaniwa Yacunã Tuxá https://www.instagram.com/yacunatuxa/ Livros do Ailton Krenak Ideias para adiar o fim do mundo https://www.amazon.com.br/dp/B07RNQB854/ref=dp-kindle-redirect?_encoding=UTF8&btkr=1 O amanhã não está a venda https://www.amazon.com.br/amanh%C3%A3-n%C3%A3o-est%C3%A1-%C3%A0-venda-ebook/dp/B0876HG28P Ciça Fittipaldi na Amazon: t.ly/rw5S Itaú cultural: t.ly/vlqx Blog das letrinhas (entrevista): t.ly/vlqx Walter Ono - bit.ly/2Twn5fl COLE - Congresso de Leitura do Brasil - bit.ly/3clGVCF Instituto Uka - Casa dos Saberes Ancestrais - bit.ly/3cpnJnw https://www.facebook.com/ukainstituto/ Ailton Krenak - bit.ly/38gIqii Ailton Krenak - Ideias para adiar o fim do mundo - bit.ly/2VJhe9c Cacique Biraci Brasil - bit.ly/3agpB0b Eduardo Viveiros de Castro - t.ly/P5V81 Ai Weiwei - t.ly/1V7lB Olafur Eliasson - https://www.olafureliasson.net/ Museu Paraense Emílio Goeldi - Goeldiwww.museu-goeldi.br Museu do Índio - www.museudoindio.gov.br Museu Plinio Ayrosa Cristina Ibarra - Instagram @cris_ibarrah https://ufpe.academia.edu/MariaCristinaIbarra
According to the World Health Organization, coronaviruses are a large family of viruses that cause diseases ranging from the common cold to more serious diseases. Covid -19 is a type of coronavirus that now affects more than 162 countries out of 195. This outbreak is serious! And in this program you can find more information and ways to prevent the spread. Listen, download and share for free. Voices: Eliane Guilherme Image: Washing Hands Music "Burn Your Village to the Ground" by A Tribe Called Red. Used with permission. Links: Coronavirus, World Health Organization https://www.who.int/en/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-public/q-a-coronaviruses Production and editing: Edson Krenak and Shaldon Ferris This is an Indigenous Rights Radio production. Our programs are free to listen, download and broadcast.
Denilson Baniwa, do povo indígena Baniwa é natural do Rio Negro, interior do Amazonas. Seus trabalhos expressam sua vivência enquanto ser indígena do tempo presente, mesclando referências tradicionais e contemporâneas indígenas e se apropriando de ícones ocidentais para comunicar o pensamento e a luta dos povos originários em diferentes linguagens, meios digitais e performances. Artista plástico, designer, publicitário e um dos cofundadores da Rádio Yandê.
Nesta edição os alunos contam sobre a história dos Baniwa, uma comunidade indígena, relatando sua língua, local onde vivem, tradições e sobre sua cultura.
O podcast NERVOS Entrevista #16, sem querer, chega temático para este Dia do Índio, destacando o filme Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018), de Renée Nader Messora e João Salaviza, que estreou nesta quinta (18) no circuito comercial. A produção luso-brasileira estreou mundialmente na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2018, onde ganhou o Prêmio Especial do Júri, mas já passou por diversos festivais nacionais e internacionais. Misturando documentário e ficção, o longa acompanha o jovem Ihjãc que, após um encontro com o espírito do seu falecido pai, se vê obrigado a realizar a festa pelo fim do luto pela figura paterna e também recebe o chamado para se tornar um xamã, um dever do qual ele quer escapar, indo até se refugiar na cidade. Em entrevista à nossa editora Nayara Reynaud, a diretora e fotógrafa brasileira Renée Nader Messora conta como sua longa relação com o povo Krahô, trabalhando com a sua comunidade desde 2009 no coletivo de cinegrafistas indígenas Mentuwajê Guardiões da Cultura, ajudou a encontrar a história real que inspirou a narrativa. O cineasta português João Salaviza também comenta sobre o aprendizado no decorrer do processo de produção, durante os nove meses em que permaneceram rodando o filme na aldeia. O casal ainda destaca as diferenças de olhar para a obra nas plateias por quais passou pelo mundo, entre outros detalhes na conversa que você pode ouvir aqui. Ouça no lugar que você quiser: SoundCloud | Spotify | Deezer | iTunes | Google Podcasts | Feed | Download > 7s: Introdução > 3min: Entrevista com os diretores Renée Nader Messora e João Salaviza sobre Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos > 24min58s: Conexões Nervosas > 29min32s: Encerramento Conexões Nervosas > João Salaviza: toda a produção cinematográfica indígena brasileira, em particular, o filme Ketuwajê, do coletivo Mentuwajê Guardiões da Cultura: www.youtube.com/channel/UCN5-Ubh5NI_1O8kc9Evh48w/videos > Renée Nader Messora: oficinas Cinema de Aldeia e Mentuwajê Olhar e Sentir: vimeo.com/mentuwaje ; promovidas pelo Centro Cultural Kàjre: www.facebook.com/kajrepedrabranca > Rádio Yandê, primeira webrádio indígena no Brasil, criada em 2013 pelo Anápuáka e pela Aratykyra, mais conhecida como Renata Machado, ambos Tupinambás, junto com Denilson da etnia Baniwa; alguns materiais disponíveis no podcast Rádio Yandê e iniciando agora o Originárias, podcast que destaca os novos nomes da música indígena contemporânea: https://soundcloud.com/radioyande => Leia a crítica do filme Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos: www.nervos.com.br/single-post/2018/10/25/MostraSP2018-Dia8 *Músicas presentes no podcast (sob licença Creative Commons): “Content”, de Lee Rosevere; “Blind Love Dub”, de Jeris; e “Reusenoise_(DNB_Mix)”, de SpinningMerkaba
Neste episódio, entrevistamos o artista plástico e ativista indígena Denilson Baniwa, fundador da Rádio Yande – a primeira rádio indígena do Brasil. Conheça sua trajetória, compreenda um pouco da cosmogonia Baniwa, descubra quem foi a primeira feminista do universo e entenda quais estereótipos indígenas devem ser evitados por quem busca diálogo e respeito. Confira! [ERRATA: Diferente do que falei no episódio, Caingangue não significa “cara de macaco”. Estes seriam os Caiapós”] Na trilha desse episódio você escuta Bro MC's com Tupã e Eju Orendive. Apresentação e edição: Andriolli Costa. Vinheta de Abertura: Danilo Vieira Battistini, do podcast O Contador de Histórias. Logo do podcast: Mauro Adriano Muller – Portfólio. – Canto de abertura e encerramento do povo Ashaninka Este podcast é produzido graças aos apoiadores do PADRIM e do PicPAy. Apoie você também! Agradecemos aos apoiadores: Ana Lúcia Merege, Carolina Mancini, Daniel Burle, Daniel Freire, Débora Dalmolin, Diane Macagnan, Douglas Rainho, Euclides Vega, Geoci Silva, Ian Fraser, Janio Garcia, Koe, Maycon Torres, Michel Ronan, Rafael Joca Cardoso, Ricardo Santos, Roberto Silva. Comentado no episódio: Portfólio Denilson Baniwa Exposição Agro não é Pop Denilson com o quadro Antropofagia, da Tarsila Rádio Yande Lista de candidatos indígenas BRO MC's Instituto Sócio Ambiental Funai Indígenas se organizam e lançam 130 candidaturas em 24 estados Cobra Canoa Rádio Yande e a fuga dos estereótipos
Nesse episódio procuramos trazer para nossos ouvintes um pouco da realidade das mulheres indígenas brasileiras, quais suas principais pautas. Ter hoje uma candidata indígena à vice-presidência significa muito para esse movimento social, especialmente para as mulheres. Falar de mulheres indígenas é dizer que há feminismo indígena? Essa foi a nossa principal dúvida, e você pode aprender um pouco mais sobre essa realidade aqui também. Nossas Convidadas:Braulina Aurora Baniwa da aldeia Baniwa, situada na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, àno Alto Rio Negro/Guainía, estudante de antropologia na Universidade de Brasília e presidenta da Associação de Estudantes Indígenas da UnB.Valéria Paye da aldeia Kaxuyana, situada na região Tucumaque, no Pará, na fronteira entre Brasil e Suriname, Bacharel em sociologia pela Universidade de Brasília. Caleidoscópio · Artigo da Livia Gimenes · Livro Mulheres Indígenas · Video #MenosPreconceitoMaisÍndio · Video Voz das Mulheres Indigenas Saiba mais sobre o Olhares em: olharespodcast.com.br Música utilizada na abertura do Episódio:I dunno by grapes (c) copyright 2008 Licensed under a Creative Commons Attribution (3.0) license.http://dig.ccmixter.org/files/grapes/16626 Ft: J Lang, Morusque