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Brasília sediou o 11º. Fórum Parlamentar do BRICS, com foco em equidade, liderança e cooperação internacional, em um momento decisivo para a redefinição das relações multilaterais e da promoção da equidade de gênero. A conferência reuniu lideranças femininas dos países-membros e associados para discutir o papel estratégico das mulheres no desenvolvimento sustentável, inovação e diplomacia. O encontro teve como tema central “Mulheres, Poder e Transformação: Liderando a Nova Agenda do Sul Global” e reuniu chefes de Estado, ministras, parlamentares, empresárias, acadêmicas, ativistas e representantes da sociedade civil dos países do bloco.
O Congresso Nacional promove nesta semana o 11º Fórum Parlamentar do Brics com a participação de aproximadamente 150 deputados ou senadores de 15 nações. Além de parlamentares dos 11 membros permanentes do bloco, formado inicial por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o encontro contará com delegações de países parceiros, como Cuba, Bolívia, Nigéria, Cazaquistão e Belarus. Entre os temas debatidos estarão iniciativas legislativas na área de regulação da Inteligência Artificial, saúde global, crise climática, desenvolvimento econômico, reforma na governança mundial para paz e segurança e sobre a participação das mulheres nos diversos temas. Em entrevista à Rádio Eldorado, o embaixador Rubens Barbosa, que preside o Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), disse que não há expectativa de consenso entre todos os participantes no documento a ser divulgado ao final do encontro, mas destacou que os países devem reforçar a necessidade cooperação entre as nações emergentes do chamado Sul Global.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Congresso Nacional recebe, entre os dias 3 e 5 de junho, o XI Fórum Parlamentar do Brics , com a participação de 31 casas legislativas e cerca de 150 parlamentares de outros países. Neste 2025, o Brasil ocupa a presidência do Brics, com o lema ‘Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável', tem como um dos temas prioritários as mudanças climáticas. O jornalista Cesar Mendes conversou com Laís Sacramento, consultora do Senado e especialista em meio ambiente, sobre os temas. Laís fala sobre o financiamento climático, o papel fundamental na transição para uma economia verde, sustentável e com menos emissões de gases do efeito estufa. A consultora também destaca o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, adotado pelas 196 nações signatárias do Acordo de Paris (2015) e explica os quatro eixos prioritários propostos pelo Brasil para o Grupo de Trabalho sobre Meio Ambiente do Brics.
Depois de anos ao lado de Planet Hemp e Seletores de Frequência, BNegão chega na praça com o primeiro trabalho solo, Metamorfoses, Riddims e Afins. Segundo ele, o trabalho consagra a transição do músico para as raízes brasileiras e latinas, se distanciando de influências que formaram outros trabalhos do artista. Sem medo de se posicionar, BNegão Conversa Bem Viver.Foto: Jozzuu
No Fórum CELAC-China, Lula reforçou a união regional, a luta contra desigualdades e defendeu mais protagonismo do Sul Global. O presidente também destacou a importância da COP 30 e criticou distorções no comércio internacional e na governança global.Sonoras:
Na China, Lula garante US$ 1 bilhão em investimentos para produção de SAF no Brasil e firma parcerias em energia renovável, tecnologia e agroindústria. Comércio entre os países bate recorde e reforça aliança estratégica entre as maiores economias do Sul Global.Sonoras:
TUTAMÉIA acompanha ao vivo primeiros momentos do encontro dos presidentes Lula e Putin no Kremlian, depois da grande parada militar e das cerimonias no marco dos 80 anos da vitoria da União Soviética sobre o nazismo.LULA disse: Vivemos em tempos muito difíceis. Muitas das coisas que acreditávamos que aconteceriam depois da Segunda Guerra Mundial, como o fortalecimento do multilateralismo, o fortalecimento da ONU, o crescimento do livre comércio, acreditávamos que essas coisas aconteceriam a longo prazo, para que houvesse garantias de paz no mundo. Mas, infelizmente, não vivemos nessa paz hoje.As decisões que foram tomadas e que foram expressas pelo Presidente dos Estados Unidos, a política tarifária para todos os países, enterram a questão do livre comércio, a questão do fortalecimento do multilateralismo e também enterram o respeito pelas nações livres, que não podemos esquecer.Minha visita hoje tem como objetivo fortalecer a construção da nossa parceria estratégica. O Brasil tem interesse político, cultural e comercial, e também temos interesse na Rússia em tecnologia e ciência. Da sua parte, também há muitos interesses no Brasil. Somos nações enormes, estamos em lados opostos do globo.Nós somos o Sul Global e agora temos a oportunidade de criar algo que fará nossos relacionamentos comerciais crescerem. Temos cerca de 12,5 bilhões de dólares [em volume de negócios] – um fluxo bastante deficitário para o Brasil. Mas vemos que há potencial de crescimento, e ele é muito grande. É por isso que estamos aqui.
Bom dia 247: Lula aposta tudo no Sul Global (11.5.25) by TV 247
O novo mapa do IBGE põe o Brasil no centro do mundo e vira o Sul para cima. Não é só cartografia — é geopolítica simbólica. A mensagem é clara: “o Sul Global lidera”. Mas a inversão esbarra em convenções técnicas e ignora marcos históricos, culturais e políticos. Até onde a simbologia política pode redesenhar o mundo?Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGKSe você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/paulofilho90Siga-nos no Twitter - https://x.com/PauloFilho_90Siga-nos no Linkedin - https://www.linkedin.com/in/paulo-filho-a5122218/Siga-nos no Instagram - https://www.instagram.com/blogdopaulofilho/ Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
NESTA EDIÇÃO. Ásia volta a ganhar protagonismo nas exportações da Petrobras, com queda nas vendas para os EUA. Aneel recomenda renovação do contrato de distribuição da EDP Espírito Santo, primeira das 18 concessionárias em análise de extensão do contrato. Com acordo aprovado em assembleia, Eletrobras fica desobrigada de investir nas obras da usina nuclear de Angra 3. Companhia também elegeu novo conselho de administração. Portugal e Espanha têm fornecimento de energia restabelecido após apagão; Rystad vê dificuldades para equilibrar o fornecimento intermitente das renováveis na região. No Rio, ministros das Relações Exteriores dos Brics pedem financiamento climático e industrialização de minerais críticos em países do Sul Global.
Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro Papa latino-americano, o primeiro jesuíta a chegar ao topo da Igreja Católica e, a par do seu humanismo e progressismo, levou até ao Vaticano uma visão do mundo vinda das “periferias” – da fé, da sociedade e também das geográficas, do que hoje se chama de Sul Global. Poucos dias após a sua morte, aos 88 anos, Teresa de Sousa e Carlos Gaspar discutem o seu legado, o seu “exemplo”, os debates “impossíveis” que começou na Igreja, mas também o seu posicionamento controverso sobre a invasão russa da Ucrânia ou as relações com a República Popular da China. Num pontificado acompanhado pela ascensão dos populismos, da xenofobia, da extrema-direita e da guerra, qual é hoje a verdadeira influência do Papa e da Igreja Católica nas relações internacionais? “Francisco conseguiu, a nível mediático, [representar] a ideia de um ‘anti-Trump’”, diz Teresa de Sousa no episódio desta semana do podcast Diplomatas. “Ele era a figura que mais rebatia, pelo seu exemplo, a ideia dos autocratas e dos que se vêem a si próprios como homens fortes”, defende a jornalista. “Ele encarna muito a figura do anti-Trump, do homem bom, do homem que apela ao melhor das pessoas – quer sejam americanos, europeus ou latino-americanos –, quando Trump apela ao pior das pessoas.” Neste episódio, discutiu-se ainda a disponibilidade do Governo dos Estados Unidos para reconhecer a anexação russa da Crimeia, aceitar o congelamento da linha da frente na sua configuração actual e proibir a entrada da Ucrânia na NATO no futuro. O reconhecimento da anexação da península ucraniana pela Federação Russa, em 2014, seria “uma ruptura com o mais antigo dos princípios da diplomacia norte-americana, que vem dos tempos do isolacionismo, que é a de não tomar posição em relação a disputas territoriais”, sublinha Carlos Gaspar. “Do ponto de vista da diplomacia americana, é uma viragem importante. Nem sequer a China reconhece a anexação da Crimeia”, nota o investigador do IPRI-NOVA. “É uma concessão excessiva e difícil de explicar.”See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em apenas oitenta dias, os pilares da globalização liberal começaram a ruir, minados por quem mais beneficiou dela: os próprios Estados Unidos. Mas será o trumpismo uma ideologia estruturada para refazer o mundo, ou apenas um sintoma de declínio imperial? A Europa vê-se paralisada entre dois polos: a antiga aliança com os EUA — agora hostis — e a ascensão de uma China confiante, que se posiciona como o centro de uma nova ordem global. Num cenário multipolar, o velho continente corre o risco de se tornar irrelevante. A Nova Rota da Seda simboliza esta transição, com a China a assumir o papel de maior investidor global, especialmente no Sul Global. Estaremos perante um novo imperialismo ou uma nova visão da globalização? Bruno Maçães, político e académico, mergulha nas consequências do trumpismo, no papel transformador da China e no colapso da ideia de “Ocidente”. Através da sua experiência internacional e pensamento estratégico, oferece pistas sobre um mundo em mutação — onde a estabilidade do passado já não é garantida.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Bom dia 247_ Lula_ um herói do Sul Global _29_3_25_ by TV 247
Olá, ouvintes! Diversas pesquisas apontam para um fenômeno tão interessante quanto curioso que ocorre no Brasil: as classes emergentes – grupo formado por pessoas que saíram da miséria no século XXI e ascenderam socialmente – tendem a votar na extrema-direita. Mas você sabia que esse não é um fenômeno exclusivamente brasileiro? Ele também pode ser observado em outros países do Sul Global.Neste episódio, discutimos a relação entre as extremas-direitas e as classes emergentes. Para isso, exploramos algumas transformações do capitalismo global no século XXI e como elas criaram as bases materiais para o crescimento desses movimentos. Também analisamos as semelhanças entre países como Brasil, Índia e Filipinas, que, ao apresentarem um bom desempenho econômico nas últimas décadas e retirarem milhões de pessoas da miséria, registraram um forte apoio a políticos de perfil autoritário.Por fim, examinamos dados que revelam como as classes emergentes foram um dos principais grupos de apoio a Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Além disso, analisamos as pesquisas atuais de aprovação do governo Lula, que mostram que esse segmento está entre os mais insatisfeitos.Ficou interessado? Então coloque seu fone, dê o play e aproveite mais um episódio do Estação Brasil!Se você gostou do episódio, considere apoiar nosso trabalho para manter o Estação no ar.Pix: estacaobrasilfm@gmail.comOu torne-se membro em: apoia.se/estacaobrasilfm
Neste episódio, recebemos novamente Felipe Pepe, autor e organizador de The CRPG Book: A Guide to Computer Role-Playing Games, que voltou a nossa mesa virtual para conversar sobre o livro de Brendan Keogh, The Videogame Industry Does Not Exist: Why We Should Think Beyond Commercial Game Production. Neste livro, o autor descreve a precária realidade da produção de videogames e porque devemos buscar uma nova alternativa. "A indústria de videogames, somos invariavelmente informados, é um negócio multibilionário de alta tecnologia conduzido por grandes corporações na América do Norte, Europa e Leste Asiático. Mas, na realidade, a maioria dos videogames hoje é feita por pequenos grupos de pessoas trabalhando com orçamentos apertados, confiando em plataformas de software existentes e disponíveis gratuitamente e esperando, muitas vezes em vão, chegar ao estrelato — em suma, pessoas trabalhando como artistas. Visando diretamente essa desconexão entre percepção e realidade, The Videogame Industry Does Not Exist apresenta uma imagem mais precisa e matizada de como a vasta maioria dos fabricantes de videogames trabalha." Leia também A Colonização da História dos Video Games, artigo do Felipe que foi citado durante o episódio e ouça sua última participação no Regras do Jogo #204 – CRPGs, imprensa de games e o Sul Global. Ajude a financiar o Holodeck Design no Apoia.se e Orelo.cc ou fazendo doações pelo PicPay. Siga o Holodeck Design no Twitter, Facebook, Instagram e TikTok e entre no grupo para ouvintes do Telegram! Nossos episódios são gravados ao vivo em nosso canal na Twitch e YouTube, faça parte também da conversa. Participantes Fernando Henrique Anderson do Patrocínio Felipe Pepe Cupons de Desconto regrasdojogo – 10% Descontos em todas as camisas da Veste Esquerda. Músicas: Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remix
A entrada em vigor das novas taxas alfandegárias entre Estados Unidos e China impacta a economia dos dois países – e uma das estratégias de Pequim para reagir à ofensiva de Donald Trump é reforçar a cooperação e influência chinesas junto aos países em desenvolvimento. Dependente das exportações, a China fortalece os caminhos abertos pelo projeto Novas Rotas da Seda na América do Sul, na África e na própria Ásia. No começo do mês, o presidente americano subiu para 20% as tarifas de importação para todos os produtos chineses. O governo do presidente Xi Jinping respondeu, a partir desta semana, com taxas de 15% direcionadas a setores agrícolas americanos, em especial soja, milho e frango.Os Estados Unidos estão entre os principais clientes da China: compram cerca de 15% das suas exportações. “A China não quis ir além nessa guerra comercial e ressaltou que ela é uma fonte de estabilidade, em um mundo multilateral. Ela se coloca como o país sensato da história”, observa Mary-Françoise Renard especialista em economia do desenvolvimento, com foco na China, e professora emérita da Universidade Clermont Auvergne. “Ela visou setores e empresas que constituem berços eleitorais trumpistas, mas dos quais, Pequim não é muito dependente. Desde a primeira eleição de Trump e ainda mais depois da segunda, ela diversificou muito os seus parceiros comerciais – ela compra bem mais soja do Brasil, por exemplo.”O ambicioso Novas Rotas da Seda, projeto de investimentos em infraestruturas nos países do Sul global, se insere neste contexto – sobretudo depois do primeiro mandato de Trump. Enquanto o presidente americano faz ameaças aos seus parceiros comerciais, Pequim prometeu financiar mais de US$ 50 bilhões em três anos nos países africanos.Em novembro de 2024, poucos dias depois da eleição de Trump para um novo governo, Xi Jinping promoveu um giro pela América Latina e fechou mais de 60 acordos de cooperação. Também inaugurou o que será o maior porto da região, o complexo portuário de Chancay, no Peru, com financiamento chinês.Dinâmica ganha-ganhaNos últimos anos, a maioria dos países latino-americanos e africanos alçou Pequim ao posto de maior parceiro comercial, lembra Benjamin Bürbaumer, professor assistente de Economia Internacional na Sciences Po de Bordeaux, e autor de Chine/ Etats Unis: le capitalisme contre la mondialisation ("China e Estados Unidos, o capitalismo contra a globalização", em tradução livre).“O programa compensa um pouco os desequilíbrios macroeconômicos internos da China, mas ao financiar infraestruturas no resto do mundo, na África, na América Latina ou na Ásia, responde a uma necessidade real desses países. Segundo a ONU, a cada ano faltam entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão de investimentos em infraestruturas, e esse valor foi crescendo justamente depois do Consenso de Washington, nos anos 1980, quando os Estados Unidos passaram a exigir que os países pobres reembolsassem as suas dívidas e adotassem políticas de austeridade”, relembra o especialista. “É esse problema que a China vem, em parte, compensar – e não o faz por caridade, afinal isso a ajuda a reequilibrar a sua própria economia”, salienta.As taxas americanas chegam num momento de desaceleração econômica chinesa, com uma crise imobiliária persistente, consumo interno baixo e nível elevado de poupança, efeitos crônicos das políticas voltadas à exportação das últimas quatro décadas. O governo de Pequim acaba de anunciar um novo plano para estimular o crescimento e a geração de empregos, mas falhou em não oferecer medidas de apoio ao consumo das famílias, avalia Mary-Françoise Renard.“Não foram medidas estruturais. É claro que elas podem apoiar, indiretamente, a demanda, mas para dar uma ideia, o peso da demanda no PIB chinês é de menos de 40% e nos Estados Unidos é de quase 69%”, disse a autora de La Chine dans l'économie mondiale – entre dépendance et domination ("A China na Economia Mundial: entre dependência e dominação”, em tradução livre). “Mesmo que a China conseguisse subir 10 pontos nesse índice, ela ainda seria o país que menos consome”.A equação entre consumo interno baixo e nível alto de investimentos deixa o país intrinsecamente dependente do comércio exterior, frisa a economista. É por isso que, apesar da diversificação de parceiros, Pequim deve continuar buscando trazer Washington para a mesa de negociações.
As ameaças de Trump ao BRICS, com tarifas de 100% contra a desdolarização, nada mais são do que a face brutal do imperialismo norte-americano, que busca perpetuar sua dominação sobre a Latinoamérica e o Sul Global. A resistência do bloco, liderada pelo Brasil, é um passo crucial na luta por soberania e justiça, desafiando a hegemonia do dólar e construindo alternativas anti-imperialistas.Contamos neste episódio com a participação de Luiz Aguiar, doutor em História Comparada pela UFRJ, especializado em Geopolítica e Relações Internacionais, que nos ajudou a compreender o panorama geral dessa questão.______Acesse ohistoriante.com.brConheça os cursos do prof. Luiz Aguiar: História da Política Externa Brasileira e Introdução à Geopolítica das Grandes Potências______APOIE O HISTORIANTE! No apoia.se/historiante ou no app da Orelo, contribua com R$4 mensais. Além de nos ajudar, você tem acesso ao nosso grupo de recompensas! Você também pode colaborar com qualquer valor em nosso PIX ohistoriante@gmail.com______Cast: Cleber Roberto, Pablo Magalhães e Katiane Bispo.Edição: Reverbere EstúdioCapa: foto de Shutterstock/Oleg Elkov. Waving flags of the BRICS countries against the clear blue sky. The summit of Brazil, Russia, India, China and South Africa. 1417142897______Leia os artigos do Portal Águia, nosso parceiro de conteúdos!______OUÇA O HISTORIANTE NA ORELO! A cada play nós somos remunerados, e você não paga nada por isso! https://orelo.cc/ohistoriante______OUÇA NOSSA PLAYLIST______- OBRIGADO APOIADORES! Alex Andrade; Aldemir Anderson; Andreia Araujo de Sousa; Aciomara Coutinho; Arley Barros; Bruno Gouvea; Carolina Yeh; Charles Guilherme Rodrigues; Eduardo dos Santos Silva; Eliezer Gomes Fernandes; Frederico Jannuzzi; Flavya Almeida; Flávio Cavalcante Veiga; Flávio José dos Santos; Helena de Freitas Rocha e Silva; Hélio de Oliveira Santos Junior; Jarvis Clay; João Victor Dias; João Vitor Milward; Jorge Caldas Filho; Juliana Duarte; Juliana Fick; Katiane Bispo; Marcelo Raulino Silva; Marco Paulo Figueiredo Tamm; Márcia Aparecida Masciano Matos; Núbia Cristina dos Santos; Poliana Siqueira; Raquel; Ronie Von Barros Da Cunha Junior; Sae Dutra.
A expansão da inteligência artificial para os mais diversos campos torna a questão da regulamentação do seu uso cada vez mais urgente, em meio a uma concorrência mundial crescente. Espremida entre o controle estatal da China e a flexibilidade dos Estados Unidos, a Europa busca se diferenciar com uma IA protetora dos usuários – mesmo que este caminho a deixe para trás nesta corrida. A União Europeia adotou em 2024 a legislação mais completa do mundo sobre a tecnologia. O “respeito da vida dos cidadãos” está no foco do texto do IA Act, que impõe transparência sobre o seu uso, exigências de normas para áreas consideradas sensíveis, como educação e segurança, e até proibições de uso da IA quando for contrário aos valores europeus, a exemplo do sistema de notação de pessoas que existe na China.Enquanto isso, nos Estados Unidos, um dos primeiros atos da desregulamentação generalizada prometida pelo presidente Donald Trump foi reverter o frágil mecanismo que havia sido instaurado pelo ex-presidente Joe Biden em matéria de inteligência artificial.Este foi um dos principais temas debatidos na Cúpula para a Ação sobre a Inteligência Artificial, realizada em Paris nesta segunda e terça-feira. “Nós apoiamos a regulação: como se tem dito, a IA é importante demais para não ser regulada, mas deve ser regulada de forma inteligente”, disse a diretora global de Políticas de Concorrência do Google, Astri Van Dyke, em um painel do Business Day, evento paralelo da cúpula. “Temos que ter uma visão dos riscos e analisar setor por setor. Os riscos da IA na saúde serão diferentes do da indústria, por exemplo”, complementou. Já Adam Cohen, diretor de Impacto Econômico da OpenAi, considera que, neste momento de desenvolvimento da tecnologia, regras mais flexíveis favorecem o surgimento de novos players. “As regras e regimes de compliance podem criar obstáculos. Só para dar uma ideia de comparação, na OpenAI somos 2 mil colaboradores, o que é menos do que só o time jurídico do Google”, disse o executivo da criadora do ChatGPT. “Não temos o mesmo nível de recursos. O impacto que as obrigações podem ter é muito importante”, comentou.Regulação poder preservar a concorrência Solange Viegas dos Reis, diretora jurídica da OVHCloud, líder europeia em armazenamento de dados, afirma que um dos principais papeis da regulação é justamente proteger a concorrência justa. Representando um setor em que 70% do mercado é dominado por três big techs americanas (Amazon, Microsoft e Google), ela avalia que o mercado sozinho não garantirá essas salvaguardas.“A regulação não é automaticamente sinônimo de freio à competição. Se ela for adaptada, ela pode ajudar à competição”, observa. “Hoje, o que se passa é que tem uma diferença muito grande de capacidade de desenvolvimento entre empresas americanas e europeias – as grandes empresas da tech são americanas e as europeias são muito menores. Mas podemos ver que a regulação pode ajudar todo o tecido industrial e econômico a se desenvolver. E temos um diferencial importante, na comparação com os competidores, que é a proteção dos dados e a soberania sobre eles”, destaca.Solange compara as empresas de IA com as outras indústrias, dentre as quais muitas não se importam de recorrer ao trabalho infantil ou desrespeitar normas ambientais.“Não é porque, em certos países, a IA é feita num faroeste que devemos aceitá-la. Sabemos que o mercado europeu é importante para várias empresas no mundo inteiro, incluindo as americanas”, salientou. “Como o nosso mercado é importante, nós podemos impor regras que permitam acessá-lo. Essas regras têm que permitir que a atividade econômica flua com boas condições, mas também podem impedir que pessoas que venham do faroeste apliquem os métodos delas na Europa.”IA tem interesse em manter indústrias criativas O presidente da Autoridade da Concorrência francesa, Benoît Coeuré, disse que o risco é a IA se tornar uma gigantesca indústria da exploração de dados, na qual as grandes companhias captarão, legal ou legalmente, informais sigilosas ou protegidas por direitos autorais.“Nós temos que tomar cuidado para nos prevenir disso, e balancear os interesses da IA contra os de outros quesitos, inclusive sociais, mas também de propriedade intelectual, da indústria da mídia, da proteção privacidade e tantos outros. Essa discussão só começou e acredito que encontraremos um caminho a seguir”, frisou. “Estou confiante porque é do maior interesse das companhias de IA proteger a produção dos dados, seja de conhecimento, de música, de notícias, de filmes. O seu maior interesse de longo prazo vai ser proteger esse ecossistema criativo, do qual ela depende”, explicou. O presidente francês, Emmanuel Macron, defende que é essencial manter “a confiança” das pessoas na inteligência artificial e pregou uma “regulação mundial” desta tecnologia, embora tenha reconhecido que os excessos podem abalar o seu desenvolvimento.Governança inclusiva da IAO Brasil segue por essa linha: ao lado de Paris, Brasília é uma das 29 signatárias da Parceria Mundial pela Inteligência Artificial, promovida pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) para pregar boas práticas na utilização da tecnologia. Em uma mesa redonda da cúpula, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira defendeu uma governança inclusiva da IA.“As Nações Unidas não devem estar apenas no centro das discussões sobre IA, mas no centro de qualquer iniciativa de tomada de decisão. Defendemos um diálogo aberto, equitativo e inclusivo, sempre reconhecendo as necessidades e prioridades de cada país, e acreditamos que a implementação do Pacto Digital Global deve estar no centro do nosso ‘road map'”, afirmou o chanceler.Vieira lembrou que a governança da inteligência artificial foi uma das prioridades da presidência brasileira do G20, no ano passado, e também será um dos principais objetivos da presidência do Brasil do Brics em 2025. “Os países do Sul Global precisarão ser ouvidos se quisermos alcançar soluções sustentáveis para problemas duradouros e evitar uma nova exclusão digital entre países de diferentes níveis de desenvolvimento”, evocou.No encerramento da cúpula, nesta terça (11), nem os Estados Unidos, nem o Reino Unido assinaram a proposta de comunicado final do evento, que defendeu uma “IA inclusiva e sustentável” do ponto de vista energético.
A vitória indígena contra o governo do Pará, a encruzilhada da COP 30, petróleo na margem equatorial e o suicídio desenvolvimentista.Com Alessandra Orofino, Bruno Torturra e Gregorio Duvivier
Nosso 7º episódio da temporada de férias com o Morcego é com Syed Farid Alatas e Vineeta Sinha, discutindo, a sociologia no Sul Global .Partimos do livro publicado pela Editora Funilaria e pela Fundação Lauro Campos e Marielle Franco: A teoria sociológica para além do Cânone.."A necessidade de mais um texto sobre pensamento e teorias sociais precisa ser justificada diante das obras já existentes, publicadas e utilizadas nos cursos sobre teoria sociológica ao redor do mundo. Embora muitos desses textos sejam bem redigidos e úteis para estudantes e outros que almejam iniciar-se no campo da teoria sociológica, são, em geral, acometidos por dos importantes vieses que seguem definindo não apenas a teoria, mas todo o campo da sociologia - os vieses do eurocentrismo e do androcentrismo. Referimo-nos aqui, especificamente, à tendência de negligenciar as fontes não ocidentais e as vozes femininas no tocante ao período formativo de desenvolvimento da teoria sociológica"..Site da Clio Operária: https://www.cliooperaria.com/Drive das leituras (Roteiros da 4ª temporada disponibilizado no drive sobre a quarta temporada):https://mega.nz/folder/UYNwQZZS#rCNoahoz13hVy7Elyc4YmgLink especifico: https://mega.nz/fm/kZUShLKD.CUPONS DE DESCONTO:#MorcegoNaAutonomia (cupom de desconto de 20% nos livros da Autonomia Literária) - https://autonomialiteraria.com.br/loja/.Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais para ficar sempre por dentro dos nossos conteúdos:.Instagram: @morcego_marcos_BlueSky: marcosmorcego@bsky.socialYoutube: https://www.youtube.com/livescavernadomorcegoTwitch: twitch.tv/cavernamorcego.Colabore com a Caverna do Morcego, seja um apoiador:Apoio coletivo:apoia.se/cavernamorcegopicpay: @ marcos.morcegopix e email de contato: podcastmorcego@gmail.com.Equipe:Roteiro/edição : Marcos MorcegoVoz/Postagem: Marcos MorcegoCapa: Geovane Monteiro / @geovanemonteiro.bsky.social / @geovanedesenheiro
Nos últimos anos, duas preocupações cresceram entre a maioria dos governantes na Europa, na União e fora dela. A primeira foi a tensão com a Rússia, provocada pela guerra na Ucrânia. Na esteira dos Estados Unidos e da Otan, a maioria dos países europeus alinhou-se ao apoio financeiro e militar do governo de Kiev. Flávio Aguiar, analista políticoA segunda foi a de que, com o crescimento dos partidos de extrema direita, a pauta de quase todos os governantes e partidos europeus, da centro-esquerda à direita tradicional, passou a assimilar de modo mais orgânico o repúdio a imigrantes e refugiados, sobretudo àqueles que vêm do antigo Terceiro Mundo, hoje Sul Global, e aos oriundos dos países muçulmanos.A Rússia, a “invasão” do espaço europeu por aqueles considerados como estranhos a seu universo cultural e até religioso, o suposto terrorismo importado dos países árabes: eis um coquetel explosivo que alimenta alguns dos pesadelos mais aterrorizantes de governantes e governados preocupados em preservar os valores tidos por eles como autenticamente europeus, em torno da democracia liberal e do liberalismo econômico.Agora um novo pesadelo veio se juntar aos já mencionados: a posse, a partir desta segunda-feira (20), de Donald Trump em seu segundo mandato na Casa Branca.Jamais um presidente norte-americano acumulou tantos poderes. Ele tem a seu lado a maioria nas duas casas do Congresso em Washington, uma sólida maioria na Suprema-Corte, que lhe garantiu imunidade criminal enquanto estiver no cargo, e o alinhamento explícito de duas das maiores Big Techs mundiais, lideradas por Elon Musk e Mark Zuckerberg. Outras devem aderir a este verdadeiro consórcio digital, informativo ou des-informativo, conforme o ponto de vista favorável ou crítico a elas.Elon Musk já apontou suas baterias para a Europa, aliando-se explicitamente aos partidos de extrema-direita em alguns países, como o Reino Unido e a Alemanha. Zuckerberg promete suspender o sistema de verificação da credibilidade das informações que circularem na sua Big Tech.Os problemas europeus, entretanto, não têm raízes apenas em fontes definidas como externas. A própria Europa navega num mar de turbulências e incertezas.Os governos da dupla principal da União Europeia, França e Alemanha, estão fragilizados. Em 2024 a França teve quatro primeiros-ministros. O atual, François Bayrou, escapou de um voto de desconfiança na Assembleia Nacional fazendo concessões ao Partido Socialista, entre elas a de rediscutir a proposta de reforma de Previdência Social defendida pelo presidente Emmanuel Macron.Na Alemanha, o primeiro ministro social-democrata, Olaf Scholz, enfrentará uma eleição difícil em fevereiro. De momento, as pesquisas de intenção de voto são amplamente desfavoráveis a seu partido.Partidos de extrema direita estão no poder na Hungria e na Itália, e acossam os governos da Escandinávia, antes um verdadeiro santuário da social-democracia. Na Áustria, o Partido da Liberdade, de extrema direita, foi o mais votado na última eleição e agora tenta formar um governo de coalizão com a direita tradicional.O Acordo de Shengen, que prevê a livre circulação entre os países europeus, está ameaçado, porque vários deles estão restabelecendo controles policiais em suas fronteiras terrestres.Desafios econômicosA economia da União Europeia está fragilizada. O alinhamento da Alemanha, que representa 30% do PIB da Zona do Euro, com o governo de Kiev terminou por provocar a interrupção do fornecimento do gás russo para o país. A indústria alemã entrou em recessão, acossada pela concorrência chinesa na produção de veículos elétricos e prejudicada pela turbulência no comércio mundial, graças à guerra na Ucrânia e o conflito no Oriente Médio. A Alemanha segue sendo a principal exportadora e importadora de produtos europeus. Uma crise nela atinge todo o continente.Até a recente assinatura do Acordo de Parceria entre a União Europeia e o Mercosul é fonte de desavenças, com a Alemanha desejando sua rápida implementação, enquanto o setor agropecuário, da Espanha à Polônia, faz-lhe forte oposição.Trump e seus aliados são imprevisíveis. O que fará ele na Ucrânia? No Oriente Médio? Serão suas afirmações de anexar o Canal do Panamá, a Groenlândia e o Canadá apenas blefes retóricos?Deste quadro complicado extrai-se uma única certeza: a Europa enfrentará dias de profundas incertezas pelos próximos quatro anos do mandato de Trump..
Na última semana de novembro, a COP 29 foi encerrada, em Baku no Azerbaijão, com um acordo sobre a nova meta de financiamento climático global. A mídia em geral e oficialmente o próprio governo brasileiro classificaram de insuficiente 300 bilhões de dólares anuais para suprir necessidades dos países em desenvolvimento. Em entrevista a Marco Antonio Soalheiro no Mundo Político, o biólogo, doutor em ecologia pela UFMG e diretor do instituto Bem Ambiental, Thiago Metzker, que participou da conferência do clima, concorda que é bem menos do que o 1 trilhão de dólares estimado inicialmente, mas é três vezes os 100 bilhões anuais pagos pelos países ricos desde 2020. O biólogo defende que os municípios, estados, países do Sul Global precisam agora é de capacitação para aplicar os recursos disponíveis. Com a eleição de Donald Trump, Thiago diz que há uma tendência de recuo do país nos compromissos assumidos frente às mudanças climáticas. Mas em contrapartida, a China deve participar de forma mais efetiva, se aproximando estrategicamente do Sul Global. O biólogo afirma que a prioridade Cop30 é acelerar a agenda de adaptação aos eventos extremos de mudanças climáticas. E que o Brasil se prepara para liderar essa agenda global.
Estimam os analistas que, até 2050, o mundo terá 200 milhões de migrantes climáticos. A previsão consta do último relatório da Organização Internacional das Migrações (OIM) intitulado "Migrações e Alterações Climáticas". As pessoas forçadas a deslocarem-se por questões climáticas não estão contempladas nas políticas internacionais de refugiados e imigração. Estimam os analistas que, até 2050, o mundo terá 200 milhões de migrantes climáticos. A previsão consta do último relatório da Organização Internacional das Migrações (OIM) intitulado "Migrações e Alterações Climáticas". O estudo analisa cenários prováveis de alterações climáticas, desastres naturais, migrações e desenvolvimento, com o objectivo de aumentar a consciência sobre o tema e encontrar soluções para desafios futuros.Diz o documento que embora sejam crescentes, as consequências das alterações climáticas para as populações humanas são incertas e imprevisíveis. As pessoas forçadas a deslocarem-se por questões climáticas não estão contempladas nas políticas internacionais de refugiados e imigração.Mariana Gomes, integra a delegação da OIM nesta COP29, e um dos objectivos é tentar fazer figurar a mobilidade climática e os refugiados na maior parte dos textos do encontro. Estou aqui como representante da Organização Internacional das Migrações, com o objectivo de tentar colocar a mobilidade climática e os refugiados na maior parte dos textos, uma vez que são uma facção da parte dos fundos, perdas e danos e da mitigação. Em declarações à RFI, a activista portuguesa defendeu ainda a necessidade de reformar a COP, em linha com a carta aberta publicada a semana passada e subscrita pelo ex-secretário geral da ONU Ban Ki-Moon, a antiga responsável pelas questões climáticas Christiana Figueras, entre outros. No documento, reconhecem que ao longo dos últimos 28 anos de negociações climáticas foram “alcançados importantes marcos diplomáticos”, como “um consenso notável com mais de 195 países comprometidos a trabalhar para limitar o aquecimento global a 1,5°C”. Todavia, na actual moldura, as COP's já não servem o propósito inicial.O problema é: o espaço e o espaço correcto, e o conceito é o conceito correcto, mas a forma como estamos a negociar os vários tópicos - adaptação, financiamento e mitigação - não é a mais correcta.Conseguimos perceber, ano após ano, que não sai absolutamente nada de concreto e mensurável que nos permita dizer que se avançou efectivamente no combate às alterações climáticas. Pelo contrário, todos os anos, as emissões aumentam e devíamos estar a diminuir drasticamente as emissões. Depois chegamos a uma COP como esta, acolhida num petro-estado e, desde o início, marcada por escândalos de tentativas de corrupção e de negócios de petróleo e de gás.Não faz sentido uma COP estar a acontecer num país que tem zero compromissos em combater a crise climática. Logo à partida já temos um sinal qual é que vai ser o resultado desta desta COP. Questionada sobre a questão do financiamento climático, a presidente e fundadora da Associação Último Recurso, uma associação jovem pela justiça climática, responde que “os números avançados estão muito longe dos 3 triliões por ano, a serem mobilizados para o Sul Global para conseguir cobrir as perdas e danos, adaptação e mitigação. Eu acredito que até podemos conseguir negociar um número, mas vai estar muito longe daquilo que é necessário.”A COP29 decorre até sexta-feira, dia 22 de Novembro, em Baku, capital do Azerbaijão.
As pessoas com deficiência representam 16% da população mundial e cerca de 80% vivem em países do Sul Global, com maior vulnerabilidade aos efeitos das alterações climáticas. O presidente da Associação cabo-verdiana de Deficientes, Bernardino Gonçalves, defende a necessidade de incluir as pessoas com deficiência nestas negociações e lembra que a questão da paz também deveria estar em cima da mesa. As pessoas com deficiência representam 16% da população mundial e cerca de 80% vivem em países do Sul Global, com maior vulnerabilidade aos efeitos das alterações climáticas. Estas pessoas são frequentemente as mais afectadas pelos desastres climáticos. Todavia apenas 8% dos planos de resposta a catástrofes, em todo o mundo, evocam explicitamente as necessidades das pessoas com deficiência, incluindo os planos de evacuação. Diz o Inquérito Global de 2023 sobre Pessoas com Deficiência e Desastres, conduzido pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), que o mundo deve agir face às falhas inaceitáveis na protecção das pessoas com deficiência contra desastres.Os resultados do estudo mostram progressos limitados na inclusão de pessoas com deficiência nos últimos 10 anos, sem diferenças significativas entre regiões.A participar pela primeira vez numa Cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas está o presidente da Associação cabo-verdiana de Deficientes, Bernardino Gonçalves. Em entrevista à RFI, o dirigente associativo falou na importância das organizações não-governamentais nos avanços das acções climáticas e também da necessidade de incluir as pessoas com deficiência nestas negociações:As pessoas com deficiência pagam um preço mais elevado [nos efeitos das alterações climáticas]. Desde logo na evacuação, por exemplo, quando se diz que tem de ser rápido, temos essas limitações, somos afectados de maneira mais severa.Daí que haja a necessidade de participarmos de forma efectiva, desde a tomada de decisão até à implementação, porque muitas vezes há o risco de trazerem políticas prontas para serem implementados, mas que na prática são de difícil implementação porque não foram pensadas connosco.Em Baku, as partes retomaram esta segunda-feira, 18 de Novembro, as negociações "num momento crítico" da conferência sobre o clima da ONU. Os resultados da primeira semana de negociações na COP29 foram praticamente nulos, segundo a opinião geral. O objectivo é estabelecer no quadro das Nações Unidas um financiamento anual de cerca de 1.000 mil milhões de dólares em ajuda climática para os países em desenvolvimento. Bernardino Gonçalves lembra que a questão do financiamento é muito importante, nomeadamente para os países em desenvolvimento, mas sublinha que a paz também deveria estar em cima da mesa. “Até que ponto a paz que não temos contribui negativamente para as respostas às alterações climáticas?”, questiona. Há muita coisa a correr. Não pude acompanhar tudo, mas a minha sensação é que estamos numa “COP do financiamento”, está a falar-se do financiamento, mas parece-me que há um assunto que está a passar ao lado: até que ponto a paz, que não temos, neste momento no mundo, contribui negativamente para as respostas às alterações climáticas?Que fundos estão a ser alocados para esta terceira guerra mundial em pedaços?Até que ponto isto está a desviar atenção, energia e recursos que poderíamos estar a concentrar na crise climática?”.O presidente da Associação cabo-verdiana de Deficientes apela por fim à “rebeldia da esperança” para ajudar a lidar com as mudanças climáticas.
Essa semana falamos amplamente sobre os jogos de luta, sua importância na Ásia e a ligação com os países do Sul Global, que a partir de uma realidade precarizada, abraçou jogos como The King of Fighters e Street Fighter. Para falar sobre isso, recebemos diretamente do site Jogabilidade, Fernando Tengu, jornalista e tradutor que acompanha a cena de jogos de luta há décadas. Ajude a financiar o Holodeck Design no Apoia.se e Orelo.cc ou fazendo doações pelo PicPay. Siga o Holodeck Design no Twitter, Facebook, Instagram e TikTok e entre no grupo para ouvintes do Telegram! Nossos episódios são gravados ao vivo em nosso canal na Twitch e YouTube, faça parte também da conversa. Participantes Fernando Henrique Anderson do Patrocínio Fernando Tengu Cupons de Desconto regrasdojogo – 10% Descontos em todas as camisas da Veste Esquerda. Músicas: Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remix Nujabes – World without words
Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e presidente do Instituto Feira Preta, fala sobre empreendedorismo negro no Brasil, consumo e a trajetória do debate de raça desde que fundou a iniciativa, há 22 anos. A empresária faz um paralelo com o futebol e aponta um engajamento maior da geração atual, simbolizada pelo jogador Vini Jr., em comparação com as anteriores, como a de Neymar. Ao relatar a experiência na Feira Preta, a executiva reforça a importância do olhar que teve para o movimento mercadológico, além do ativismo. Hoje em expansão internacional, Adriana aborda ainda como tem se conectado a outras redes e defende: "Começamos a olhar a diáspora africana como um sexto território. Nesse sentido, nosso trabalho não tem fronteiras e começamos a estabelecer relação com outros países e iniciativas que trabalham com a questão racial e o empoderamento econômico. Acreditamos no levante do Sul Global e no levante econômico da população negra e indígena.” Siga o Falas W2W para não perder os próximos programas e acompanhe o Women to Watch em outros canais: Site: https://womentowatch.com.br Instagram: @womentowatchbrasil LinkedIn: https://www.linkedin.com/showcase/womentowatchbrasilSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Na última semana, ocorreram os encontros da Cúpula dos Brics, na cidade de Kazan, Rússia. O encontro foi marcado pelas declarações conjuntas sobre papel da organização em fundamentar uma nova ordem internacional multilateral, contrapondo-se, assim, à hegemonia norte-americana. No episódio de hoje do QG debatemos as principais temáticas levantadas pela cúpula do BRICS, além dos impactos à política internacional decorrentes dessa maior aproximação dos países do Sul Global. Roteiro: Matheus Bomfim e Thauane Tinôco Apresentadores: Letícia Laganaro e Raquel D'Almeida Edição: Letícia Laganaro
Sobre Economia Política da Comunicação e da Cultura, canal do grupo de pesquisa Economia Política da Comunicação e da Cultura (EPCC) da Fundação Casa de Rui Barbosa. Autor do podcast: Vitor Vieira Ferreira, membro bolsista do grupo de pesquisa EPCC da FCRB. Podcast sobre o texto "O sul global e os desafios pós-coloniais na era digital", escrito por João Francisco Cassino e que corresponde ao Capítulo 1 do livro “Colonialismo de dados - como opera a trincheira algorítmica na guerra neoliberal”, publicado pela Editora Autonomia Literária em 2021 e organizado pelo próprio João Francisco Cassino, Joyce Souza, Doutora em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC e Sérgio Amadeu da Silveira, mestre e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Coordenação do canal: Dra. Eula D.T.Cabral. Análise e correção do roteiro e fichamento do episódio: Dra. Eula D.T.Cabral. Conheça o nosso grupo de pesquisa! Site: https://epccbrasil.wixsite.com/epcc2 Canal no Youtube: EPCC Brasil - https://www.youtube.com/channel/UC7niIPYHyPTpr24THJx-hiw/featured Página no Facebook: EPCC - Economia Política da Comunicação e da Cultura Instagram: @epcc.brasil Email: coloquio.epcc@gmail.com
O movimento religioso pentecostal, surgido nos Estados Unidos no começo do século 20, espalhou-se rapidamente pelo Sul Global, desafiando o Vaticano a intensificar seus esforços de evangelização entre muçulmanos, principalmente depois dos atentados extremistas de 11 de setembro de 2001. Com as guerras no Afeganistão e no Iraque tornando perigosa a presença de missionários americanos, cristãos latino-americanos foram mobilizados para dar continuidade a essa missão global. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkNo livro Soul by Soul (Columbia Global Reports, 2023), a jornalista Adriana Carranca aborda a expansão do cristianismo evangélico pentecostal usando como fio condutor a experiência de uma família missionária brasileira que se muda para o Afeganistão. Carranca é uma jornalista conhecida por seu trabalho como correspondente de guerra, tendo coberto conflitos no Oriente Médio, na Ásia e na África, além de temas como direitos humanos, questões de gênero e política internacional.A Rádio França Internacional conversou com a autora durante o lançamento de sua primeira obra em inglês no teatro Martin E. Segal, na Universidade da Cidade de Nova York, na última terça-feira (17). Ela falou sobre as razões para o crescimento exponencial do número de missionários brasileiros no Brasil e no exterior.Segundo ela, um movimento pouco conhecido vem ganhando força nos últimos anos: famílias brasileiras estão indo, de forma clandestina, para países de maioria muçulmana, como Afeganistão, Iraque e Síria, com o objetivo de evangelizar esses povos. Por isso, o encontro com um casal brasileiro, dono de uma pizzaria em Cabul, levantou as suspeitas da experiente repórter: "Na época, pensei que eles poderiam ser mercenários, pessoas independentes que vão lutar nesses países por contrato, ou então traficantes, porque o Afeganistão tem muito ópio", relembra. No entanto, logo ficou claro que essa família tinha outro propósito: disseminar a fé cristã em regiões de difícil acesso.O Brasil, embora tenha uma forte tradição católica, desponta como o segundo país que mais envia missionários evangélicos ao exterior. "É um número absurdo de pessoas", comenta Adriana. Esse crescimento tem suas raízes no movimento pentecostal, que, no início, se espalhou pela América Latina com a premissa de que a palavra de Deus estava sendo distorcida pela Igreja Católica. "Eles começaram a traduzir a Bíblia para várias línguas, com a ideia de que precisavam espalhar a palavra de Deus, pois acreditavam que a Igreja Católica estava distorcendo essa mensagem", explica.O pentecostalismo encontrou terreno fértil na América Latina, em parte devido à mistura de influências culturais e religiosas. "Foi facilmente aceito, também pela influência africana na região. O pentecostalismo prega que não há hierarquia na igreja, que todos são filhos de Deus e qualquer pessoa pode receber o Espírito Santo", aponta a autora. Esse modelo igualitário atraiu muitas pessoas, especialmente nas comunidades mais pobres. "No Brasil, a mensagem era: 'Você pode se tornar pastor, mesmo que não saiba ler ou escrever, porque o poder do Espírito Santo vai te guiar'", conta.Reserva de missionários na América LatinaA expansão desse movimento foi significativa, e, em 2002 e 2003, líderes começaram a ver os perigos de enviar missionários americanos para regiões de conflito, como o Afeganistão. "Houve muitos casos de assassinatos, e os líderes se perguntavam o que fazer. Foi quando perceberam que tinham um 'exército' não utilizado na América Latina. Decidiram enviar latino-americanos, pois eles não eram alvos de ataques como os americanos", explica Adriana.Após o atentado de 11 de setembro de 2001, o cenário se tornou ainda mais arriscado para os americanos. "O campo ficou muito perigoso, e então começaram a enviar latino-americanos em massa para o Oriente Médio e a Ásia", acrescenta. Os missionários latino-americanos, sem depender de grandes recursos, encontravam maneiras de se sustentar. "Eles não precisavam do dinheiro das igrejas americanas para sobreviver. Arranjavam o que fazer por lá", comenta.O trabalho missionário, no entanto, é cercado de complexidades. No Afeganistão, por exemplo, a maioria dos convertidos eram hazaras, uma minoria étnica e religiosa historicamente perseguida pelos talibãs. "Os talibãs são de etnia pashtun, enquanto os hazaras são uma minoria xiita. Eles são historicamente massacrados e perseguidos", diz Adriana. Ela não tem dúvidas de que parte das conversões acontece por necessidade de segurança, ajuda humanitária e pelo sentimento de estarem sendo abandonados por seus próprios irmãos de fé. "Os irmãos muçulmanos estão me matando, estão me perseguindo", relata.Pobreza no Afeganistão não assusta brasileirosUm outro fator curioso quanto à facilidade de adaptação dos missionários brasileiros em zonas de conflito é que a realidade de violência e pobreza no Afeganistão não choca tanto os missionários brasileiros quanto os americanos. "A pobreza no Afeganistão não é tão chocante para o brasileiro como é para os americanos. A própria violência também não assusta tanto. O Brasil, em termos de assassinatos, é o país com o maior número", ressalta Adriana. Em comparação, segundo ela, o Afeganistão, em números, é mais seguro do que o Brasil.Além do Oriente Médio, muitos missionários brasileiros tais como os que compõem a família central do livro de Carranca passam a ver a crise dos refugiados como uma oportunidade para evangelizar na Europa. "Viram isso como uma bênção", explica a jornalista. Para esses missionários, tudo faz parte de um plano maior. "Para eles, tudo era um plano de Deus desde o começo", conclui Carranca.
O movimento religioso pentecostal, surgido nos Estados Unidos no começo do século 20, espalhou-se rapidamente pelo Sul Global, desafiando o Vaticano a intensificar seus esforços de evangelização entre muçulmanos, principalmente depois dos atentados extremistas de 11 de setembro de 2001. Com as guerras no Afeganistão e no Iraque tornando perigosa a presença de missionários americanos, cristãos latino-americanos foram mobilizados para dar continuidade a essa missão global. Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkNo livro Soul by Soul (Columbia Global Reports, 2023), a jornalista Adriana Carranca aborda a expansão do cristianismo evangélico pentecostal usando como fio condutor a experiência de uma família missionária brasileira que se muda para o Afeganistão. Carranca é uma jornalista conhecida por seu trabalho como correspondente de guerra, tendo coberto conflitos no Oriente Médio, na Ásia e na África, além de temas como direitos humanos, questões de gênero e política internacional.A Rádio França Internacional conversou com a autora durante o lançamento de sua primeira obra em inglês no teatro Martin E. Segal, na Universidade da Cidade de Nova York, na última terça-feira (17). Ela falou sobre as razões para o crescimento exponencial do número de missionários brasileiros no Brasil e no exterior.Segundo ela, um movimento pouco conhecido vem ganhando força nos últimos anos: famílias brasileiras estão indo, de forma clandestina, para países de maioria muçulmana, como Afeganistão, Iraque e Síria, com o objetivo de evangelizar esses povos. Por isso, o encontro com um casal brasileiro, dono de uma pizzaria em Cabul, levantou as suspeitas da experiente repórter: "Na época, pensei que eles poderiam ser mercenários, pessoas independentes que vão lutar nesses países por contrato, ou então traficantes, porque o Afeganistão tem muito ópio", relembra. No entanto, logo ficou claro que essa família tinha outro propósito: disseminar a fé cristã em regiões de difícil acesso.O Brasil, embora tenha uma forte tradição católica, desponta como o segundo país que mais envia missionários evangélicos ao exterior. "É um número absurdo de pessoas", comenta Adriana. Esse crescimento tem suas raízes no movimento pentecostal, que, no início, se espalhou pela América Latina com a premissa de que a palavra de Deus estava sendo distorcida pela Igreja Católica. "Eles começaram a traduzir a Bíblia para várias línguas, com a ideia de que precisavam espalhar a palavra de Deus, pois acreditavam que a Igreja Católica estava distorcendo essa mensagem", explica.O pentecostalismo encontrou terreno fértil na América Latina, em parte devido à mistura de influências culturais e religiosas. "Foi facilmente aceito, também pela influência africana na região. O pentecostalismo prega que não há hierarquia na igreja, que todos são filhos de Deus e qualquer pessoa pode receber o Espírito Santo", aponta a autora. Esse modelo igualitário atraiu muitas pessoas, especialmente nas comunidades mais pobres. "No Brasil, a mensagem era: 'Você pode se tornar pastor, mesmo que não saiba ler ou escrever, porque o poder do Espírito Santo vai te guiar'", conta.Reserva de missionários na América LatinaA expansão desse movimento foi significativa, e, em 2002 e 2003, líderes começaram a ver os perigos de enviar missionários americanos para regiões de conflito, como o Afeganistão. "Houve muitos casos de assassinatos, e os líderes se perguntavam o que fazer. Foi quando perceberam que tinham um 'exército' não utilizado na América Latina. Decidiram enviar latino-americanos, pois eles não eram alvos de ataques como os americanos", explica Adriana.Após o atentado de 11 de setembro de 2001, o cenário se tornou ainda mais arriscado para os americanos. "O campo ficou muito perigoso, e então começaram a enviar latino-americanos em massa para o Oriente Médio e a Ásia", acrescenta. Os missionários latino-americanos, sem depender de grandes recursos, encontravam maneiras de se sustentar. "Eles não precisavam do dinheiro das igrejas americanas para sobreviver. Arranjavam o que fazer por lá", comenta.O trabalho missionário, no entanto, é cercado de complexidades. No Afeganistão, por exemplo, a maioria dos convertidos eram hazaras, uma minoria étnica e religiosa historicamente perseguida pelos talibãs. "Os talibãs são de etnia pashtun, enquanto os hazaras são uma minoria xiita. Eles são historicamente massacrados e perseguidos", diz Adriana. Ela não tem dúvidas de que parte das conversões acontece por necessidade de segurança, ajuda humanitária e pelo sentimento de estarem sendo abandonados por seus próprios irmãos de fé. "Os irmãos muçulmanos estão me matando, estão me perseguindo", relata.Pobreza no Afeganistão não assusta brasileirosUm outro fator curioso quanto à facilidade de adaptação dos missionários brasileiros em zonas de conflito é que a realidade de violência e pobreza no Afeganistão não choca tanto os missionários brasileiros quanto os americanos. "A pobreza no Afeganistão não é tão chocante para o brasileiro como é para os americanos. A própria violência também não assusta tanto. O Brasil, em termos de assassinatos, é o país com o maior número", ressalta Adriana. Em comparação, segundo ela, o Afeganistão, em números, é mais seguro do que o Brasil.Além do Oriente Médio, muitos missionários brasileiros tais como os que compõem a família central do livro de Carranca passam a ver a crise dos refugiados como uma oportunidade para evangelizar na Europa. "Viram isso como uma bênção", explica a jornalista. Para esses missionários, tudo faz parte de um plano maior. "Para eles, tudo era um plano de Deus desde o começo", conclui Carranca.
Cortejada pelo Ocidente, pela China e pela Rússia, admirada pelo Sul Global, a Índia é um caso sério de diplomacia, que vale a pena acompanhar – nomeadamente numa altura em que Vladimir Putin lhe reservou pompa e circunstância, a mesma com que os EUA a tinham agraciado há um ano.
Baseada em Londres. a jornalista e advogada Sara Vivacqua conta ao TUTAMÉIA bastidores da campanha pela libertação do jornalista e fala do contexto político que propiciou a soltura. Também avalia o papel da mídia e a importância da participação poplar em todo esse processo. Inscreva-se no TUTAMÉIA TV e visite o site TUTAMÉIA, https://tutameia.jor.br, serviço jornalístico criado por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena. Acesse este link para entrar no grupo AMIG@S DO TUTAMÉIA, exclusivo para divulgação e distribuição de nossa produção jornalística: https://chat.whatsapp.com/Dn10GmZP6fV...
Reportagem recente publicada pela agência de notícias Deutsche Welle (Matheus Gouvea de Andrade, “Exportação de agrotóxicos banidos na U. E. segue em alta”, 19/06/2024) denuncia que vários pesticidas proibidos na União Europeia continuam a ser produzidos em países-membros para serem exportados para o Sul Global. E o Brasil está entre os maiores consumidores desses produtos perigosos. Flávio Aguiar, analista políticoEm 2020 a Comissão Europeia, órgão executivo da União, comprometeu-se a promover o banimento dessa produção. Entretanto, especialistas e ONGs que atuam sobre o tema apontam que aparentemente este compromisso foi “esquecido”. E a produção e a exportação continuam volumosas e lucrativas.Estudo publicado em abril deste ano (“EU Pesticides Ban. What could be the consequences?” - “O banimento dos pesticidas da União Europeia. Quais seriam as consequências?”) revela que 36% dos pesticidas importados da União Europeia pelo Brasil são proibidos na Europa. No caso do México e do Peru este percentual chega a 50%.No nosso país a campeã deste tipo de importação e uso nocivos é a soja, produzida pelo agronegócio de norte a sul e de leste a oeste no país.Um dos produtos produzidos na U.E. e importados pelo Brasil é a atrazina que, além de usada na soja, é utilizada também na produção de milho. Uma concentração excessiva deste produto pode prejudicar as glândulas e órgãos do sistema endócrino, que produz hormônios para o organismo, afetando a capacidade reprodutiva, podendo causar alguns tipos de câncer. Além disto, a atrazina pode contaminar a água e afetar por meio desta a vida dos insetos, como as abelhas. Ela está proibida na União Europeia desde 2004, mas o Brasil continua a importação do produto em larga escala. Junto com os glifosatos ela é um dos produtos mais importados pelo país, a partir da União Europeia, chegando a 200 toneladas por ano.Segundo relatório da ONG Public Eye, somente em 2018 a União Europeia exportou quase 82 mil toneladas de 41 pesticidas proibidos em seu território. Os campeões desta exportação foram pela ordem, Itália, Alemanha, Holanda, França, Espanha e Bélgica.No caso da Alemanha, 8,2% de suas exportações de agrotóxicos eram de produtos proibidos na União Europeia. Em 2022, a Alemanha exportou 18.360 toneladas de pesticidas proibidos na União. Segundo João Camargo, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e co-autor do estudo sobre exportações europeias de agrotóxicos proibidos no continente, isto demonstra um comportamento decepcionante por parte do Partido Verde, que integra o atual governo de Berlim.Brasil importa produtos proibidos em outros paísesA pesquisadora Márcia Montanari, da Universidade Federal do Mato Grosso, aponta que 30% dos pesticidas usados no Brasil estão proibidos em outros países. São 40 substâncias perigosas, 11 das quais provêm da União Europeia.Reportagem também da Deutsche Welle, publicada em 2022, afirma que a cada 2 dias morre um brasileiro por contaminação com agrotóxicos, sobretudo crianças e adolescentes de até 19 anos, segundo dados da ONG Friends of Earth Europe.A pesquisadora da Universidade de São Paulo Larissa Mies Bombardi, hoje vivendo na Europa, autora dentre outras obras do livro “Agrotóxicos e colonialismo químico”, publicado em 2023, corrobora o dado, lembrando que as maiores vítimas deste tipo de envenenamento são crianças, mulheres, indígenas e camponeses. Segundo ela, o Brasil padece também de subnotificações sobre o tema. Para cada caso notificado, lembra, pode haver até outros 50 não notificados por serem seus efeitos menos dramáticos ou não identificados corretamente.Por fim, cabe ressaltar que estas exportações europeias de produtos nocivos à saúde têm também um efeito bumerangue. Muitos produtos, como a soja, importados de outros países, trazem de volta para a Europa os efeitos nocivos das contaminações.
Lula falou, durante evento na Suíça, em criar um projeto de inteligência artificial para o sul global com o objetivo de “competir com os países mais ricos”.Segundo o petista, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) precisa trabalhar com a ONU e países para que “a gente construa um projeto de Inteligência Artificial que seja do Sul Global, para que a gente possa competir com os países mais ricos, que, ao criar a Inteligência Artificial, tentam manipular o restante da humanidade”.Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante: https://bit.ly/planosdeassinatura Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Victor Ângelo, antigo representante do secretário-geral da ONU, não compreende a hesitação do Governo. Insiste que Portugal podia "mostrar ao Sul Global" que o "mundo não está dividido em dois".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Boa parte da categoria docente federal espalhada pelo Brasil está em greve! Pois então, se formos elencar todos os motivos pelos quais os professores estão parados, podemos lcitar a reestruturação da carreira, a revogação do novo ensino médio, a recomposição orçamentária das IFES, a recomposição salarial e o "revogaço" de medidas e decretos dos governos Bolsonaro e Temer. Mas todas essas pautas são reflexo de um problema muito mais profundo e estrutural, que corrói o cerne do Estado e destrói instituições. Estamos falando das medidas austeras que são muito comuns hoje em dia e impostas por países do Norte Global, subordinando países do Sul Global. Todas essas medidas são características do nosso tempo, tempos em que vivemos cada vez mais o recrudescimento do neoliberalismo. Mas devemos estar preparados e utilizar de todas as formas possíveis para combater esse tipo de medida. Por isso, a ASPUV entrevista no programa de hoje o diretor do DIEESE, Fausto Augusto Júnior, para entender mais sobre esse fenômeno e como ele afeta em muito as nossas vidas.
Um relatório tornado público essa semana indica que Nestlé acrescenta açúcar a produtos destinados ao público infantil a partir dos 6 meses de idade. Além disso, indicou que há uma assimetria importante: os produtos em questão: linha Ninho e Mucilon, não têm açúcar adicionado na Europa, apenas no Sul Global. Área de membros do blog Ciência Low-Carb: Clique Aqui! Estamos no Instagram: Dr. Souto - Sari Fontana Para ser avisado sobre cada novo episódio e receber os links das matérias mencionadas e as referências bibliográficas por e-mail, cadastre-se gratuitamente em https://drsouto.com.br/podcast Adquira seu livro - UMA DIETA ALÉM DA MODA: Amazon (também na versão Kindle)
O objetivo de Luiz Inácio Lula da Silva ao promover o chamado Sul Global é aumentar o protagonismo do Brasil. O presidente brasileiro tem reforçado essa ideia de divisão bem definida durante suas viagens pelo mundo. As nações que poderiam estar em um novo bloco geopolítico são majoritariamente localizadas no hemisfério sul. Entre os países, que o presidente Lula quer unir neste eixo, estão aqueles que possuem desafios semelhantes, sejam eles econômicos ou sociais.
Recebemos novamente Felipe Pepe, autor e organizador do livro The CRPG Book: A Guide to Computer Role-Playing Games , para conversar mais sobre CRPGs. Abordamos também o papel da imprensa na manutenção da hegemonia do Norte Global na cobertura de games, contra as similaridades que os países do Sul Global vivenciam. Ouça também a participação anterior de Felipe Pepe no Regras do Jogo #103 – A História dos RPGs Chineses. Ajude a financiar o Holodeck Design no Apoia.se ou fazendo doações pelo PicPay. Siga o Holodeck no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e entre em nosso grupo de Discord do Regras do Jogo. Nossos episódios são gravados ao vivo em nosso canal na Twitch, faça parte também da conversa. Participantes: Fernando Henrique Anderson do Patrocínio Felipe Pepe Citado no Episódio How Black Myth: Wukong Developer's History of Sexism Is Complicating its Journey to the West Indicações do Episódio Suikoden The Videogame Industry Does Not Exist, de Brendan Keogh Perfil Super Pixel News Perfil VirtualSEAsia Hero's Adventure:Road to Passion For All Mandkind Cupons de Desconto regrasdojogo – 10% Descontos em todas as camisas da Veste Esquerda. Músicas: Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remix Crystal Castles – Vanished
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar que países ricos e industrializados estabeleçam metas mais ambiciosas no enfrentamento às mudanças climáticas e financiem projetos relacionados ao tema nos países pobres e em desenvolvimento em discurso na COP28, em Dubai. Segundo Lula, muitos países do chamado "Sul Global" (antigo Ter ceiro Mundo) não terão condições de implementar suas metas ou assumir novos compromissos. "Não falou nada de petróleo, mas, ao mesmo tempo, o Brasil está discutindo a entrada ou não na Opep e Lula acaba de sair de países grandes produtores do óleo, além de tratar de parcerias com Mohammad bin Salman. São mensagens dúbias. Para o público do Clima e Meio Ambiente, o discurso é um. Já no ambiente onde o Brasil é produtor de Petróleo, é outro", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar que países ricos e industrializados estabeleçam metas mais ambiciosas no enfrentamento às mudanças climáticas e financiem projetos relacionados ao tema nos países pobres e em desenvolvimento em discurso na COP28, em Dubai. Segundo Lula, muitos países do chamado "Sul Global" (antigo Ter ceiro Mundo) não terão condições de implementar suas metas ou assumir novos compromissos. "Não falou nada de petróleo, mas, ao mesmo tempo, o Brasil está discutindo a entrada ou não na Opep e Lula acaba de sair de países grandes produtores do óleo, além de tratar de parcerias com Mohammad bin Salman. São mensagens dúbias. Para o público do Clima e Meio Ambiente, o discurso é um. Já no ambiente onde o Brasil é produtor de Petróleo, é outro", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pauta:1) G20 NA INDIA: FOI MESMO UMA VITÓRIA PARA O SUL GLOBAL?2) PUTIN SE ENCONTRA COM KIN JONG UN 3) ESTAMOS DE OLHO4) BOA NOTÍCIA
O jornalista angolano José Gama e a professora de direitos humanos Laura Macedo comentam neste episódio do podcast Latitude as falas do presidente Lula sobre levar empresários brasileiros para fazer negócios em Angola. Eles comentam os desvios de corrupção com a Odebrecht e falam do regime corrupto liderado por João Lourenço, herdeiro político de José Eduardo dos Santos. Apoie o jornalismo independente. O Antagonista está concorrendo ao prêmio IBEST 2023. Categoria 'Canal de Política' vote: https://app.premioibest.com Categoria 'Canal de Opinião' vote: https://app.premioibest.com Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
A relação entre o mundo do trabalho e as diferentes tecnologias agrupadas pelo conceito do Metaverso coloca em perspectiva a discussão sobre o valor e a proteção de trabalhadores na era da web 3.0. Esse debate traz à tona questões como a regulação das relações de trabalho, a privacidade e proteção de dados pessoais de trabalhadores e a construção de identidades no Metaverso, incluindo o uso de avatares. Para debater o tema com mais profundidade e lançar o novo estudo ‘Metaverso e Trabalho', convidamos Fabricio Barili e Marcos Oliveira, autores do relatório produzido para o diVerso, laboratório de estudos do ITS sobre Metaverso, para um bate-papo sobre as implicações da tecnologia no mundo do trabalho na sociedade contemporânea, especialmente no contexto do Sul Global. Também participou do debate Nina Desgranges, pesquisadora de GovTech do ITS, com a mediação de Cristina Alves, pesquisadora de GovTech do ITS.
Diante da repressão, exploração e destruição das liberdades que o sistema escravocrata no Brasil impunha, as resistências do povo negro foram fundamentais. Em especial a luta cotidiana das mulheres escravizadas pelos seus direitos fortaleceu os laços das famílias negras em nosso país. Hoje, falamos sobre as resistências destas mulheres cativas no regime escravagista.Recebemos Jesus Hellen Leal Conceição, mestranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Maranhão, integrante do grupo NEÁFRICA - Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre África e o Sul Global, e pesquisadora do tema.______Cast: Pablo Magalhães, Joyce Oliveira e Cleber RobertoEdição: Reverbere EstúdioCapa: detalhe do quadro "Mulher negra sentada, vista frontal", de Félix Vallotton, 1911______MATRICULE-SE NO MINICURSO "Ditadura Militar: os anos de chumbo no Brasil" no link______OUÇA O HISTORIANTE NA ORELO! A cada play nós somos remunerados, e você não paga nada por isso! https://orelo.cc/ohistoriante______Use o cupom de desconto Historiante20 no site da Editora Contexto e aproveite para adquirir o livro "Nações e nacionalismo" de Florian Bieber, que mencionamos no episódio!______APOIE O HISTORIANTE! No apoia.se/historiante ou no app da Orelo, contribua com R$4 mensais. Além de nos ajudar, você tem acesso ao nosso grupo de recompensas!______- OBRIGADO APOIADORES! Adma Karycelle Rocha; Adriana Monteiro Santos; Ana Paula de Oliveira; Andreia Araujo de Sousa; Arley Barros; Bruno Gouvea; Carolina Yeh; Charles Guilherme Rodrigues; Clessio Cunha Mendes; Danilo Terra de Oliveira; Eduardo dos Santos Silva; Elza Roza da Costa; Frederico Jannuzzi; Flavya Almeida; Flávio José dos Santos; Helena de Freitas Rocha e Silva; Jamille Padoin; João Victor Dias; João Vitor Milward; Juliana Duarte; Juliana Fick; Katiane Bispo; Marcelo Raulino Silva; Marco Paulo Figueiredo Tamm; Maria Mylena Farias Martins; Márcia Aparecida Masciano Matos; Núbia Cristina dos Santos; Poliana Siqueira; Raquel; Reinaldo Coelho; Ronie Von Barros Da Cunha Junior; Sae Dutra; Sibeli de Oliveira Schneider; Taís Melero; Tatiany Araújo Ludgerio; Javis Clay Costa Rodrigues; Tiago Victor Vieira Aranha.
Débora Baldin retoma sua coluna no Tese Onze para discutir a política externa do terceiro Governo Lula, principalmente a questão da soberania de países emergentes frente ao poder dos EUA. Na América do Sul, há um retomada de foco rumo à UNASUL e o MERCOSUL. Em termos globais, há o caminho de uma articulação preferencial entre países do Sul Global, dentre os destaques recentes temos a Dilma Rousseff assumindo a presidência do Banco do BRICS e a visita de Lula à China, em que a proposta da desdolarização do comércio ganhou destaque mundial por colocar em cheque um dos pilares da hegemonia estadunidense. Chega mais pra acompanhar a análise de nossa especialista em Relações Internacionais. Referências e indicações: http://teseonze.com.br/referencias Para apoiar o projeto do Tese Onze: http://apoia.se/teseonze Ficha técnica: Editora-chefe: Sabrina Fernandes Assistência editorial: Samuel Silva Borges Pesquisa, roteiro e vídeo: Debora Baldin Edição de vídeo: Vitor Ávila e Debora Baldin Interpretação em Libras: Gilberth Santos Legendagem em português: Samuel Silva Borges Referências https://www.brasildefato.com.br/2023/02/11/retorno-da-venezuela-ao-mercosul-interessa-ao-brasil-mas-outros-membros-devem-impor-obstaculo https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-03/brasil-com-posicao-passiva-na-crise-entre-russia-e-ucrania-diz https://www.youtube.com/watch?v=KF_Vhi2W3pg&ab_channel=TVPUC https://www.seudinheiro.com/2023/internacional/china-brasil-rota-da-seda-rens/ https://www.youtube.com/watch?v=Xz1Ti6CK8wc&ab_channel=Poder360 https://www.youtube.com/watch?v=lEtbqwrpHkM&ab_channel=Lula Leituras Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. Capa. Ha-Joon Chang. Unesp, 2004 - 266 páginas. A opção Sul-Americana - Reflexões sobre política externa (2003-2016). Textos selecionados do Marco Aurélio Garcia. https://fpabramo.org.br/publicacoes/w... O BRICS nas relações internacionais contemporâneas, Augusto Leal Rinaldi (Appris, 2021) Epistemologias do Sul, (org) Paula Meneses e Boaventura Santos, (Almedina, 2010) Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho, Malcom Ferdnand, (Ubu, 2022) Ensaios sobre a Colonialidade do Poder, Anibal Quijano, (Ediciones del Signo, 1999) Raça, Nação e Classe: As identidade ambíguas, Étienne Balibar e Immanuel Wallerstein, (Boitempo, 2021) A África na Política Internacional - O sistema interafricano e sua inserção mundial, Paulo Fagundes Visentini, (Juruá, 2012). Políticas da Inimizade, Achille Mbembe, (N-1, 2020) A Razão Africana, Muryatan Barbosa, (Todavia, 2020) Adam Smith em Pequim: origens e fundamentos do século XXI, Giovanni Arrighi, (Boitempo, 2008) China - O socialismo do século XXI, Elias Jabour e Alberto Gabriele, (Boitempo, 2021) Os Condenados da Terra, Frantz Fanon, (Zahar, 2022)
Saudações pessoas! No episódio dessa semana recebemos de volta a magnânima Tatiana Vargas Maia para uma conversa sobre a extrema-direita em diversos países do Sul Global. Tatiana, junto com Rosana Pinheiro-Machado, está lançando o livro “The Rise of the Radical Right in the Global South” (A Ascenção da Direita Radical no Sul Global), que reúne artigos sobre as direitas radicais no Brasil, Índia, Filipinas, África do Sul e um panorama sobre a América Latina. Começamos discutindo a própria noção de Sul Global e os fenômenos que conectam países tão distantes a tragetórias comuns: colonialismo, escravidão, imperialismo. Partimos então para uma discussão de porque é importante pensar em como produzir conhecimento sobre as direitas radicais que não necessariamente precise ser mediado pelas discussões dos EUA e Europa. Se a crise de 2008 parece funcionar como um vetor explicativo super eficaz para se pensar o Trumpismo, o Brexit e os bons resultados eleitorais de partidos neofascistas europeus, ela não teve a mesma força no Brasil e além. Falamos sobre as similaridades entre o Brasil e as Filipinas para além dos excelentes memes, e como o narcotráfico, a ditadura militar e o populismo penal midiático marcam a extrema-direita lá e cá. Ao mesmo tempo, Brasil e Índia foram de “democracias vibrantes” na primeira década do século XXI para países marcados pela emergência de atores políticos dispostos a destruir, de forma lenta e gradual, a própria democracia que os alçou ao poder.