VOZES DA VEZ é o programa da Novabrasil que celebra as novidades da cultura brasileira. É um talk-rádio-show que mistura entrevistas intimistas e divertidas com a música feita hoje no Brasil. O programa navega pela pluralidade e diversidade da cultura brasileira, com convidados semanais que transitam pela música e pelas artes em geral. No comando do microfone, a apresentadora, jornalista, radialista e curadora musical Fabiane Pereira.
Um papo entre duas pessoas que se admiram é bonito de se ouvir.Nesta conversa, o DJ, pesquisador musical e criador do selo Joia Moderna, Zé Pedro, se mostra à vontade com Fabiane Pereira. Fala da infância, de música, amores, sucesso, medos, ídolos, redes sociais e melancolia como se não estivesse no rádio. Mas ele está, então aproveita.
Ana Cañas está pra jogo. Sempre esteve, mas agora com estofo e estrada. Numa conversa bem no estilo ‘sincerona', Ana fala sobre Belchior (“Belchior me transformou”), psicanálise (“precisamos acolher nossas sombras”), Ney Matogrosso, feminismo, relacionamentos amorosos e “Vida Real”, seu novo disco. Papo de comadre com muita ternura.
Patrícia Palumbo é radialista - das melhores que nós temos! - jornalista e diretora musical do documentário “Luiz Melodia: no coração do Brasil” que está em cartaz nos cinemas de todo país. Nesta conversa falaremos, sobretudo, do negro gato do Estácio que através da arte ascendeu socialmente mas sempre cantou suas raízes. “Luiz Melodia é um dos artistas mais importantes da geração dele”, afirma Palumbo e ninguém discorda dela. Melodia influenciou gerações e ajudou a pavimentar o que conhecemos como música popular brasileira. Participações especiais: Criolo e Mahmundi, dois artistas que ao mergulharem na obra de Melodia, elevaram as suas próprias.
Arnaldo Antunes é dos artistas mais criativos do país. Seja no experimental ou no popular, no solo ou ao lado de seus parceiros dos Titãs, a obra de Arnaldo sempre aponta pro futuro. Seu álbum mais recente “Novo Mundo” é prova disso, um disco que nos ajuda a tomar consciência de muitas coisas, um trabalho que acolhe, mas também alerta (“a velocidade da informação é assustadora”). Em “Novo Mundo”, Arnaldo mais uma vez se reinventa e nos apresenta algumas respostas, não todas porque um artista de verdade quer que a gente pense por conta própria.
Michel Alcoforado é antropólogo e comunicador. Esta conversa parte do seu livro recém lançado “De tédio, ninguém morre: pistas para entender os nossos tempos”. Falamos também sobre suas percepções relacionadas a um tempo cada vez mais acelerado, como o rádio e a TV são formadores do povo brasileiro (“nenhum lugar do mundo tem mídias tradicionais tão interessantes”), a importância da antropologia na era Google (“a antropologia nos dá consciência"), religião, filhos (“criamos filhos para inventar futuros”) e sobre o Brasil profundo. Uma conversa tão boa que você nem sente passar.
Junior como você nunca ouviu. No Vozes desta semana, a fã e a jornalista se encontram. Assim como milhares de pessoas que hoje são 40+, Fabi cresceu ouvindo “Sandy & Junior”. E essa admiração é explicitada num papo gostoso em que Junior, muito à vontade, relembra sua trajetória. Nesta conversa, você vai ouvir um artista que amadureceu diante do público (“os traumas não foram poucos”), que só se apropriou da própria voz só aos 40 anos (“sinto o frescor desta novidade”), que voltou a abraças o pop – para alegria dos fãs -, e que apesar da fama, sempre foi honesto com seu lado artístico (“tenho uma história que me permite não repetir fórmulas”). Com vocês, Junior, quatro ponto zero.
Céu é cantora, compositora e atriz. Sim, você leu certo, ela acaba de estrear nos cinemas na cinebiografia sobre Ney Matogrosso e nessa entrevista ela falou sobre essa experiência (“Ney é uma explosão”). No papo com a jornalista Fabiane Pereira, a artista também fala sobre o processo de gravação do seu álbum mais recente, Novela. Conta como e por quê foi parar na Costa Oeste dos Estados Unidos para realizar esse novo trabalho, explica como inclui em suas músicas temas contemporâneos como o empoderamento feminino e diz que, aos 45 anos, já sabe ser protagonista de sua própria novela (“Tem muita brasilidade na palavra novela”). Céu também afirma que tudo já foi feito quando o assunto é música mas que é obrigação dos artistas de hoje honrar esse legado. Papo bom com artista boa sempre é uma boa pedida.
As entrevistas do Vozes da Vez estão de volta e a temporada 2025 promete conversas profundas como esta. Seu Jorge é o primeiro convidado do ano e nessa entrevista, ele revisita a própria história. Fala sobre ancestralidade, sobre a importância de Xande de Pilares, Paulo Moura e Marcelo Yuka em sua trajetória (“Eu quis ser da música para fazer amigos”). Relembra o surgimento da “febre” Farofa Carioca (“O Farofa tinha cheiro de Rio de Janeiro”), fala do orgulho que sente por ter trabalhado com as Fernanda's mais premiadas do Brasil (Montenegro e Torres), cita o Carnaval como festa formadora do nosso povo, se rende aos encantos da Bahia (“Eu me sinto em casa em Salvador”) e conta com exclusividade tudo sobre seu novo álbum, Baile à la Bahia, um disco com vocação para a festa.
Brisa Flow á uma artista múltipla. Filha de artesãos chilenos, a cantora, compositora e rapper canta sobre o amor e sua origem, indígena e latina. Neste papo, falamos sobre maternidade, transformações e movimentos. Uma troca afetuosa para encerrar a temporada de entrevistas do Vozes da Vez em 2024.
Ele é o momento. Jota Pê acaba de ganhar três Grammy's Latino. O paulista de Osasco é um dos nomes emergentes da música brasileira mais incensado da atualidade e neste bate papo descontraído você vai entender os processos criativos que levaram o artista a estar no topo da “Nova MPB”. Se você ainda não ouviu “Se meu peito fosse o mundo”, se faça esse favor.
Jorge Du Peixe é um dos artistas mais extraordinários do país. Cantor, compositor, nordestino, engajado e dedicado a música, é também integrante fundador e vocalista da banda Nação Zumbi. Garimpeiro nato, ele tem um trabalho voltado para a arte de resistência e de resgate. Nesse papo, falamos sobre tudo, tudo mesmo. Uma viagem sonora pelos últimos trinta anos. Vale muito o play.
Sued Nunes é cantora e compositora nascida no Recôncavo Baiano. Sua música é portal para abordar temas que a atravessam como mulher, negra e de axé. Voz potente da MPB (música preta brasileira), traz também a religiosidade em suas canções. Nesta conversa, Sued que teve seu segundo álbum patrocinado pela Natura Musical fala de “Segunda-feira”. Após viralizar com o hit "Povoada" de seu disco de estreia, Sued quer trilhar novos caminhos e fazer com que suas criações cheguem a mais pessoas. Uma conversa musical que nos conecta com o sagrado.
Erica Malunguinho é uma mulher extraordinária. Nasceu em Recife, foi eleita em 2018 como deputada estadual por São Paulo, sendo a primeira mulher trans eleita no Brasil. Nesta conversa, ela conta um pouco sobre sua trajetória, suas lutas e vivências. Mestra em estética e história da arte pela USP e idealizadora do Aparelha Luzia, um quilombo contemporâneo, um espaço de produções artísticas e intelectuais localizado na capital paulista, Erica tem muito a nos ensinar. Na semana que celebramos Zumbi dos Palmares, Erica afirma que arte e cultura precisam fazer parte do cotidiano, se tornar ordinário.
Tiganá Santana é poeta, pesquisador, cantor, curador, compositor, multiartista e professor de artes nas universidades da Bahia e de São Paulo. Tiganá foi o primeiro compositor a apresentar um disco com canções em línguas africanas no Brasil. Baiano, intelectual e repleto de referências, o artista está no Vozes da Vez para falar sobre seu 7º disco, “Caçada Noturna”. Mas a conversa rendeu e ele falou também sobre ancestralidade, processos criativos, linguagens, colonialidade e concessões. No mês de Zumbi, nada melhor do que ouvir um de seus descendentes.
Rashid é cantor, compositor e rapper. O artista acaba de lançar PORTAL, seu novo álbum com nove faixas e participações luxuosas de Péricles, Melly, Lagom e Lenine. Nessa conversa, Rashid fala sobre as dores e as delícias da paternidade, relembra os rappers que vieram antes e influenciaram sua trajetória artística e de vida, fala sobre a experiência de canetar uma canção para Alaíde Costa e da sua relação intrínseca com o tempo. Papo reto e bom à beça.
Thalma de Freitas está de volta. A cantora e compositora que passou dez anos morando nos Estados Unidos e fazendo participações bissextas no Brasil está entre nós e veio pra ficar. Nesta entrevista ela fala sobre seu espírito livre, seu bom gosto pela música herdado do pai (o maestro Laércio de Freitas, morto recentemente), relembra como foi a experiência de conviver intimamente com João Donato e Wilson das Neves, dois grandes mestres da nossa música. Num bate papo descontraído, Thalma fala ainda sobre maternidade, racismo, sorte e erros.
Zélia Duncan, essa artista gigante, completa 60 anos de vida e nesta conversa com Fabiane Pereira reflete sobre sua caminhada. Zélia é camaleoa e seus diversos álbuns tentam dar vazão a tanta criatividade e poesia. Num papo descontraído, a artista relembra passagens de sua carreira que marcam sua bem sucedida trajetória. Fala também sobre poesia, a cobrança da indústria, sobre Rita Lee, Mutantes, Luiz Tatit, Caetano Veloso e Itamar Assumpção. Afirma que gosta mais dela hoje do que antes e que ser ouvida é importante. Uma entrevista imperdível, daquelas pra se ouvir e ouvir de novo.
Paulo Miklos dispensa apresentações. Seja solo ou em grupo, o titã é um artista conhecido e reverenciado do Oiapoque ao Chuí. Nesse papo com Fabiane Pereira, Miklos fala sobre os novos projetos depois de finalizar a turnê antológica que reuniu, novamente nos palcos, todos os integrantes dos Titãs. Ele também relembra sua fase de estudante, o início na música, o interesse pelas artes dramáticas, afirma que cantar é o que lhe faz feliz e que a arte sempre o leva pela mão. Uma conversa que vai de Adoniram Barbosa a Nando Reis passando por Serginho Groisman é imperdível, né?
Fafá de Belém é uma das artistas mais importantes da música popular brasileira. Nascida no Pará, ela leva no nome sua origem e é uma grande devota de Nazinha, Nossa Senhora de Nazaré, a rainha do Círio de Belém. A cantora está no Vozes da Vez para nos contar mais e melhor sobre o que acontece na maior festa mariana do mundo neste mês de outubro. Fafá, artista nortista de grande projeção, sempre lutou pela democratização dos espaços midiáticos para “sua gente” e nessa luta contínua tem conseguido espaços importantes para que a cultura amazônica se destaque. Uma conversa cheia de axé e fé.
Ana Lima Cecílio é a curadora da 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) cujo autor homenageado é o jornalista e escritor João do Rio. Nesta entrevista exclusiva, Ana conta como começou a se interessar pelos livros, fala sobre a importância de uma festa literária conhecida internacionalmente num país como o Brasil, explica o por quê da escolha de João do Rio como homenageado deste ano, afirma que a FLIP está a cada edição mais plural e que abrir conversas é o que norteia a festa. Uma conversa literária cheia de bossa.
Clóvis Bulcão é escritor e historiador e, em parceria com o médico sanitarista Luiz Antonio Santini, acabou de lançar o livro “SUS: uma biografia: lutas e conquistas da sociedade brasileira”. Nesta conversa, Fabiane pede a Clóvis para explicar os capítulos mais importantes do livro e o autor faz uma radiografia do nosso Sistema Único de Saúde de maneira didática e objetiva. Daquelas conversas que valem compartilhar com os amigos porque tem muita informação relevante.
Paulo Vieira é o Brasil possível. O ator, humorista e apresentador mais popular da TV brasileira contemporânea está cheio de projetos – no ar e em produção. Nortista, Paulo sempre acreditou no poder transformador da educação e graças a essa crença, chegou aonde chegou. Paulo representa todos aqueles que sonham, mas especialmente aqueles que já entenderam que precisam correr dez vezes mais atrás quando não se está dentro dos padrões. Paulo quebrou paradigmas, chegou lá (sabe-se lá o que isso quer dizer) e ainda se tornou amigo de Lula, Xuxa, Caetano e Bethânia. Mas seu grande sonho é gravar um álbum. Alguém duvida que será um sucesso de critica e de público? Com vocês, o gigante, Paulo Vieira.
Depois de rodar o Brasil ao lado de Chico Buarque na turnê do artista, “Que tal um samba?”, Mônica Salmaso volta a percorrer o país e reencontrar o público com a turnê “Minha Casa”. Nesta conversa afetuosa, a intérprete que todo compositor quer chamar de sua fala sobre a identidade dos afetos, o Brasil pulsante, a força da criatividade e da resistência que a arte proporciona. As casas de Mônica são múltiplas, espalham-se pelos diferentes Brasis que a artista canta em sua obra.
Tássia Reis é uma cantora imensa que também compõe. Em dez anos de carreira, ela traz na bagagem cinco discos, considerando o mais recente, “Topo da minha cabeça” que será lançado na próxima semana. Nesta entrevista, ela adianta o que vem por aí e afirma que apesar do novo trabalho não ser um álbum de samba, ele contém samba. Aliás, o gênero musical acompanha a vida e a carreira da artista que também se dedica ao rap, a soul music e a outros ritmos afro-brasileiros. Tássia afirma nesse papo que um disco novo nunca é um ponto de chegada e sim um portal. Então convido a todos a entrarem por esse portal e conhecerem mais e melhor dessa artista que aprendeu a se celebrar.
Marcus Preto é curador artístico, produtor musical e muitas “otras cositas más”. Nesta conversa sincera, ele nos conta os bastidores dos seus encontros profissionais com Erasmo Carlos, Alaíde Costa, Gal Costa e tantos outros artistas. Fala sobre o início da sua carreira, sobre a geração de artistas – especialmente os paulistanos – que surgiram após a virada do milênio quando ele escrevia para a Folha de São Paulo e sobre os novos rumos da indústria da música. Um papo pra quem gosta de saber dos bastidores de um mercado que está em permanente mutação.
Alice Caymmi é herdeira de uma dinastia da MPB. Além disso é cantora, compositora e uma grande artista. Neste papo visceral, Alice fala sobre Maysa, família, sensibilidade artística, feminismo, processos estéticos, liberdade, sucesso, fracasso e muito mais. Daquelas papos pra ouvir e ouvir de novo.
Aíla é cantora, compositora, diretora, roteirista e uma baita militante amazônica. Aíla mistura arte e ativismo com propriedade e neste papo, ela fala sobre seu mais recente lançamento, o longa-doc “Mestras”. Vamos entender o que motivou a artista a dirigir um longa sobre as diversas mestras do Pará e conhecer mais e melhor essas mulheres que seguem levando a cultura paraense pro mundo.
Thiaguinho, um dos mais importantes e populares artistas do Brasil, está no Vozes da Vez e ninguém aqui tá sabendo fingir costume. Numa conversa afetiva, o artista conta um pouco da sua trajetória, fala sobre a ‘Tardezinha' (maior turnê brasileira do entretenimento e da música), conta como foi a experiência de ir à África e como o continente-mãe deu a ele novas perspectivas e referencias. Thiaguinho é hoje uma das personalidades mais aplaudidas do país e por isso mesmo jamais deixa de reverenciar quem veio antes. Neste papo, cita Prateado, Belo, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Péricles e muitos outros. Afirma que não sabe sonhar pequeno, daí a gente compreende o tamanho deste gigante.
Samuel Rosa dispensa apresentações. Ele, ou melhor, suas músicas estão no inconsciente coletivo de gerações. Durante mais de trinta anos esteve à frente do Skank, uma das mais importantes bandas de pop rock do país. Agora vem solo e entusiasmado com seu primeiro álbum, Rosa. Um registro fonográfico intimo e pessoal que não renega o passado, ao contrário, mostra que o letrista está mais afiado que nunca. Numa conversa cheia de citações poéticas, Samuel relembra o início da carreira, fala sobre o sucesso, as novas maneiras de se consumir música, da desigualdade do país que privilegia alguns em detrimento de muitos e sobre suas expectativas para começar a rodar o país com a nova turnê.
O jornalista Marcelo Monteiro acaba de lançar o livro AVALANCHE que traz um perfil detalhado sobre a nova cena musical brasileira, artistas que lançaram seus primeiros álbuns entre 2010 e 2020 e hoje são nomes consolidados da música brasileira. A conversa no programa passeia por temas referentes a essa cena como circulação, festivais, internacionalização, repasse do digital e mercado. Se você quer saber tudo sobre essa cena nova e tão múltipla, esse programa é pra você.
A atriz Tainá Muller acaba de protagonizar uma série áudio visual, sucesso no Brasil e em vários países do mundo, que levanta inúmeros assuntos importantes e contemporâneos: “violência doméstica”, “abusos contra a mulher” e “falsos profetas”. “Bom dia, Verônica” é exemplo de arte como forma de contestação. E falamos muito sobre isso nesta conversa que mostra que Tainá além de atriz, é ativista, jornalista de formação e uma entusiasta do poder transformador da arte. Mãe de um menino, feminista e ecoativista, Tainá promove a ampliação de um debate fundamental para todos nós, “que o patriarcado não oprime só as mulheres mas a todos”. Ouça sem moderação.
Um bate papo entre amigos. É assim que o Vozes da Vez desta semana se apresenta. Fabi conversa com Marcelo Jeneci sobre o lançamento do seu recente trabalho, o álbum “Night Clube Forró Latino – volume I”. Mas mais que isso, a dupla que se acompanha há bastante tempo fala sobre vida, mercado, emoções, escolhas, tempo e um tanto de outras coisas. Papo gostoso de acompanhar.
Rael é cantor, compositor e um dos rappers mais importantes da cena nacional. Nesta conversa, ele fala sobre seu novo trabalho que será lançado nos próximos meses, sobre a música preta contemporânea, as concessões e as dificuldades de se manter numa indústria, muitas vezes, extrativista. Falamos também sobre a hiperexposição do pop... conversa bonita, elegante e sincera. A música do Rael não tem nome, não tem prazo e não cabe em prateleira. Recomendamos demais.
Sérgio Pererê é cantor e compositor e um dos representantes mais importantes da música afro mineira contemporânea. Seu trabalho autoral é reconhecido pelo diálogo que estabelece entre a tradição e a experimentação, pela profusão de sonoridades – com destaque para as referências afro-latinas –, e pelo timbre peculiar de sua voz. Está lançando o álbum “Canções de Outono” com a chancela da Natura Musical e é sobre sua trajetória que o Vozes da Vez vai falar essa semana.
Alessandra Devulksy é advogada, professora universitária, pesquisadora e escritora. Autora do livro Colorismo (Editora Jandaíra), da coleção Feminismos Plurais, curada por Djamila Ribeiro. O livro trata de um tema fundamental para entendermos a construção da sociedade brasileira e a dinâmica das suas relações, o racismo. No decorrer do livro, Alessandra aborda desde os aspectos internos do colorismo, sua introjeção, até seu caráter estrutural, tão presente em nossa sociedade quanto o próprio racismo. De maneira, o papo tenta levantar questões ainda pouco debatidas em nossa sociedade como a distinção entre negros de pele clara e retintos. Vale o play.
Mariana Aydar é cantora, compositora e acaba de lançar um álbum ao lado de Mestrinho dedicado ao forró, um dos gêneros musicais mais populares do país. Desde que ganhou o Grammy Latino com o álbum “Veia Nordestina”, Mariana vem se dedicando artisticamente quase que exclusivamente ao forró. Neste papo, falamos sobre essa paixão que mexe com o coração e o corpo de Mari. Conversamos também sobre a importância de atualizar alguns temas abordados em músicas que fazem parte do nosso cancioneiro popular. No mês que celebramos as festas juninas e os Santos Antônio, João e Pedro, o Vozes da Vez também saúda o gênero musical criado por Luiz Gonzaga e homenageia Dominguinhos. É pra ouvir e arrastar o pé.
Lucas Fresno é cantor, compositor, produtor musical, digital influencer e vocal, há 25 anos, da banda EMO de maior sucesso no Brasil, a Fresno. Lançando novo álbum, Eu Nunca Fui Embora, a banda celebra a boa fase. Neste papo nada blasé e super emocionado, Lucas fala sobre as transformações no mercado da música, sobre as composições que fazem parte da sua formação e sobre a potência do EMO num país de dimensões continentais como o Brasil. Conversa pra quem gosta de uma boa prosa.
A convidada da semana é cantora, compositora e uma baita atriz. Emanuelle Araújo é baiana e desde muito nova encarou a vida com coragem e consciência. Ex vocalista da Banda Eva, um dos mais bem sucedidos grupos dos anos 90/2000, vocalista da banda Moinho e da Orquestra Imperial, Manu vai participar, ainda esse ano, de três longas. O papo passeou pelo poder do tempo, por memórias afetivas, maternidade, vaidade artística, semeadura e colheita.
O convidado da semana é um gênio. Se você não conhece o trabalho do pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas, se faça esse favor. Ele tem quatro discos na bagagem (um melhor que outro!) e encanta plateias do mundo inteiro. É dos melhores jazzistas contemporâneos e é do Brasil. Recifense, inspirado e disciplinado, Amaro ainda tem rodado o país ao lado de outro músico extraordinário, Zé Manoel, relendo o antológico álbum “Clube da Esquina”. Para ele, entender o Brasil estando fora do Brasil abre outras perspectivas e isso embala sua música.
A cantora, compositora e mãe Verônica Ferriani acaba de lançar um álbum duplo batizado de “Cochilo no silêncio vira barulho, irmã”. Nessa conversa (entre mães), Verônica fala sobre o “maternar” no nosso cancioneiro popular, sexo no casamento após o nascimento dos filhos, depressão pós parto, as sobrecargas mentais impostas pela maternidade numa sociedade patriarcal e a dificuldade de voltar a ser protagonista da própria vida após se tornar mãe. Tudo isso de uma maneira poética porque Verônica é compositora de mão cheia.
Mel Lisboa está em cartaz com a peça “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”. É a segunda vez que Mel dá vida nos palcos a rainha do rock nacional. A atriz ganhou visibilidade ainda muito jovem quando protagonizou a minissérie “Presença de Anita”. De lá pra cá colecionou alguns fracassos e muitos sucessos. Nesta conversa, Mel conta que adora fazer personagens fortes e desafiadores mas, ainda hoje, se pega fazendo as coisas para agradar ao outro, embora já tenha aprendido a não levar para casa nem elogios efusivos nem críticas ferozes. Autoanálise e astrologia também marcam presença nesse programa-tributo a nossa Rita Lee.
Thalita Rebouças é uma escritora de milhões. Seus livros são best sellers e muitos deles já viraram filmes. Em “Felicidade Inegociável e outras rimas” ela se desafiou a rimar e a escrever sobre temas como maternidade, menopausa, redes sociais, etarismo, reinvenção após os 40 anos... Thalita gosta de sair de sua zona de conforto e seu primeiro livro voltado para o público adulto explicita isso. “O gosto pelo novo e pelo desafio movem minha carreira”, sentencia. Uma conversa de comadres boa para ouvir a qualquer hora e em qualquer lugar.
Juçara Marçal é uma cantora e compositora celebrada pelo público e pela crítica especializada. Seu primeiro álbum solo está completando dez anos e Encarnado segue sendo “norte” pra muita gente. Neste papo afetivo e intimista, Juçara fala sobre a indústria da música e o alto preço que ela cobra a quem se alia a ela. Fala também sobre representatividade artística, religiosidade, o poder e o fascínio que tem pelas palavras e sobre a magia que acontece na vida de quem sabe ouvir.
Otto é um artista múltiplo que canta, compõe, escreve e pinta. Otto está sempre atento a questões políticas e faz da sua arte instrumento de revolução. Em 2024 está rodando o país celebrando 15 anos de um álbum que nasceu clássico, “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos”, e segue jogando suas sementes por onde passa. Mente criativa e brilhante, essa conversa está pura inspiração. Se a música brasileira contemporânea precisa de uma DR com ela mesma, Otto pode ser esse analista pois equilibra sua loucura e criatividade como poucos e ainda tem uma noção espacial da indústria e da margem da música.
A cantora e compositora Xênia França saiu do Recôncavo Baiano para conquistar o Brasil. Com dois discos na bagagem e um Grammy Latino, a artista é voz de trilha sonora de novela, gosta de mergulhos profundos e das provocações que a arte lhe faz. Nesta conversa, arte, vida e muita gratidão ao tempo.
Regina Volpato é apresentadora e jornalista e uma das comunicadoras mais populares da TV brasileira. Aos 56 anos, Regina acaba de iniciar uma nova fase na carreira apresentando um programa diário nas manhãs do SBT. Nesta conversa, falamos sobre seu início de carreira, a transição do jornalismo para o entretenimento, sensacionalismo, Silvio Santos, etarismo, as pequenas evoluções da sociedade nos últimos anos e redes sociais. Uma conversa para quem gosta de histórias profissionais bem sucedidas.
Cantora, compositora e funkeira MC Tha é uma das vozes mais relevantes da cena musical contemporânea. Com um disco de estreia na bagagem e um EP em homenagem a Alcione que conquistou a crítica especializada e o público, a artista mostra que é boa de pesquisas musicais através dos projetos que lança. Nesta conversa, Tha fala sobre sua trajetória, espiritualidade, processos criativos, tolerância religiosa, a hiper sexualização do pop atual e autoestima. A artista que se apresentará no próximo sábado na Casa Natura Musical já está preparando seu novo projeto.
Cantora, compositora, atriz, escritora e uma das vozes mais importantes da cena musical contemporânea, Letrux é a convidada da semana do Vozes da Vez. Uma conversa cheia de afetos, histórias, projetos, referencias e reverencias. Nesta conversa, Letrux fala sobre sua trajetória única, seus discos, amigos, livros, sua forma sensível de ver o mundo e de se colocar (e posicionar) de forma tão original no mercado. Um papo breve pra uma vida inteira de parcerias entre elas.
Na semana que o assassinato de Marielle Franco completa seis anos, um crime ainda inconclusivo, o Vozes da Vez recebe a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora morta em 2018. À frente da pasta desde o início do governo Lula, Anielle fala sobre as ações desenvolvidas neste 1º ano, explica a importância da renovação da Lei de Cotas (raciais e sociais) e do letramento racial para a propagação das políticas antirracistas. Em primeira mão, Anielle também conta se aceitará ou não o cargo de vice prefeita na disputa das próximas eleições municipais.
No programa de hoje, um passeio pela trajetória da cantora, compositora e apresentadora baiana Larissa Luz que canta e nos encanta com suas colocações assertivas, ponderadas e pertinentes. Depois de emprestar sua voz e sua alma para viver Elza Soares nos palcos, Larissa prepara seu quarto álbum e esse papo é sobre tudo isso e muito mais.
A cantora Fabiana Cozza é uma das mais importantes intérpretes e sambistas contemporâneas. A artista acaba de lançar o belíssimo álbum “Urucungo” (Biscoito Fino), um trabalho que expande a beleza e a força política da arte negra de Nei Lopes. Nesta conversa, Cozza fala sobre o contemporâneo, o hoje, sobre a academia e a rua, sobre a superexposição e o tradicional. A artista relembra sua infância quando ouvia samba ao lado de seus pais, fala sobre seu ofício, políticas públicas, escolas de samba, linguagens corporais e musicais e os espaços ocupados pelos negros na nossa sociedade. Um primor de conversa!