VOZES DA VEZ é o programa da Novabrasil que celebra as novidades da cultura brasileira. É um talk-rádio-show que mistura entrevistas intimistas e divertidas com a música feita hoje no Brasil. O programa navega pela pluralidade e diversidade da cultura brasileira, com convidados semanais que transitam pela música e pelas artes em geral. No comando do microfone, a apresentadora, jornalista, radialista e curadora musical Fabiane Pereira.
Fernanda Takai é cantora, compositora e foi uma das curadoras do edital Natura Musical 2026/2027. Fernanda conquistou o Brasil com sua voz doce, sua delicadeza e sua elegância. Nesta conversa, ela fala exclusivamente da sua experiencia como curadora deste edital que é um dos mais importantes do segmento musical. Takai se destaca há décadas à frente da banda Pato Fu, uma das mais inventivas da cena musical. Ao longo dos anos, ela construiu uma sólida carreira solo que reafirma sua versatilidade e sua sensibilidade. Este ano, a artista ampliou ainda mais seu papel na música ao ajudar a escolher e impulsionar novos talentos e projetos que representam a diversidade e a força da nossa cultura. Mais do que intérprete, ela é uma defensora da música como espaço de encontro, memória e futuro.
Josyara é cantora, compositora e instrumentista. Dona de uma voz marcante e de um violão cheio de personalidade, ela mistura em sua obra referências da tradição nordestina com a delicadeza da canção contemporânea. Com discos elogiados como Mansa Fúria, ÀdeusdarÁ e o mais recente, Avia, Josy tem se firmado como uma das vozes mais originais de sua geração, defendendo letras de identidade, afeto e pertencimento, sempre com força poética e autenticidade.
Leoni é cantor, compositor e uma das vozes mais marcantes do pop brasileiro desde os anos 80. Iniciou sua trajetória no Kid Abelha, fundou os Heróis da Resistência e, em carreira solo, construiu uma obra autoral sólida, com músicas que se tornaram clássicos como Garotos II, Só Pro Meu Prazer e parcerias com nomes como Cazuza e Herbert Vianna. Leoni é um cronista afetivo do cotidiano, capaz de transformar sentimentos em canções que atravessam gerações. Nesta longa conversa, ele fala sobre sucesso, relembra momentos inesquecíveis de sua trajetória, critica a imposição do mercado em relação a produção de conteúdo para agradar os algoritmos e ainda nos comove com sua sinceridade visceral.
O convidado do Vozes da Vez desta semana é daqueles artistas que a gente apresenta com um sorriso no rosto. Seu currículo fala por si: cantor, compositor, rapper, integrante fundador do Planet Hemp e criador de pontes entre rap, dub, reggae, funk, rock e afrobeat. Formado no calor da cena carioca, BNegão conversou com a jornalista Fabiane Pereira sobre sua trajetória e sobre o lançamento do seu disco solo “Metamorfoses, Riddims e Afins”, um trabalho que confirma sua vocação para juntar pista de dança e pensamento crítico, tradição afro-diaspórica e texturas eletrônicas.
Tássia Reis é cantora, compositora e instrumentista e no Vozes da Vez desta semana, ela reflete sobre seu álbum mais recente “Topo da Minha Cabeça” — o quinto da sua carreira. Desde os EPs iniciais e o aclamado Próspera (2019), Tássia segue se reinventando, agora propondo um trabalho poderoso, plural e profundamente pessoal. Em Topo da Minha Cabeça, ela promove um reencontro consigo mesma através de uma jornada sonora que costura gêneros como soul, samba, rap, drill, funk, R&B e jazz, tudo sob um olhar afrofuturista que exalta ancestralidade e inovação. Nesta conversa, Tássia compartilhou ainda os elementos afetivos que permeiam sua obra — desde referências atemporais como Erykah Badu até o entrelaçamento de sua escrita com a ancestralidade negra. Ela falou também sobre o processo de autoconhecimento e cuidado consigo mesma que embasa o projeto — um respiro artístico e um convite à escuta mais consciente.
Ana Paula Araújo é jornalista e apresentadora do telejornal “Bom Dia Brasil”. Ela é autora do livro ‘Abuso: a cultura do estupro no Brasil' e também do recém-lançado ‘Agressão - a escalada da violência doméstica no Brasil'. E é sobre este último livro que esta conversa se debruça. Ana fala sobre a importância da lei Maria da Penha, explica por que o silêncio é conivente com o aumento da violência contra as mulheres, comenta casos midiáticos de feminício e detalha como a violência doméstica atinge mulheres de todas as classes sociais, raças e regiões no Brasil. Uma conversa dura mas urgente.
Roberta Martinelli é radialista, apresentadora e pesquisadora musical. Ela acaba de lançar o livro “Letrux: Em noite de climão” pela coleção “O Livro do Disco”, da Editora Cobogó. No livro, Roberta mergulha no álbum que foi ponto de virada na trajetória da artista carioca e se tornou tão referencial na cena alternativa nacional que, em apenas oito anos, o disco já se tornou tema de livro. Nesta conversa que traz a participação de Letícia Novaes – ou Letrux, como preferir -, Roberta conta seus processos de escrita e tudo mais que descobriu ao escrever o livro. Uma conversa bonita, elegante e sincera.
Cícero é cantor e compositor carioca. Nesta conversa bonita e sincera, o artista fala sobre os lutos que viveu nos últimos cinco anos. Fragmentado. Assim ficou Cícero no pós pandemia. “Passei minha vida registrando tudo em álbuns”. E em “Uma onda em pedaços” há muitos registros da vida do músico de 39 anos. “Comecei a cantar porque escrevia, mas agora me sinto confortável nas duas coisas”. Um papo sobre finais e recomeços, sobre sonoridades, processos, amizade e sua própria discografia.
Joyce Moreno é cantora, compositora e pioneira. A artista está na cena musical desde 1967, mas foi nos anos 70 que ganhou o Brasil com suas composições. Uma das primeiras mulheres da MPB a cantar o que compunha, Joyce Moreno está no Vozes da Vez para falar um pouco de sua trajetória e de seu novo disco, o lindissimo “O Mar É Mulher”. Partindo da descoberta de que mar é palavra feminina em outros idiomas a artista construiu um álbum inteiro. Aos 77 anos, Joyce continua surfando nas águas da mpb e desliza macio na onda feminina e feminista erguida por ela mesma cinquenta anos atrás. Nesta conversa, ela fala sobre música instrumental, João Gilberto, João Donato e da força da nossa música. (“A letra na música popular brasileira acessa um patamar altíssimo”)
Hoje a nossa conversa é com um artista que carrega a música no nome, no sangue e na alma. Filho da inesquecível Elis Regina e do pianista e arranjador César Camargo Mariano, ele construiu uma carreira sólida, marcada por uma entrega emocional que atravessa gerações. No palco ou no estúdio, ele honra o legado da família sem jamais deixar de imprimir sua própria assinatura artística. Pedro Mariano é o convidado da semana do Vozes da Vez.
Pedro Luís é um cantor de multidões. À frente do Monobloco, ele arrasta milhares de pessoas há 25 anos. Mas ele diz que o nervosismo bate quando está apresentando seus trabalhos solos para plateias menores. Neste papo, Pedro vai falar sobre seu álbum mais recente, “E se tudo terminasse em amor?”. Um disco bonito de se ouvir e melhor ainda para ser objeto de reflexão, ainda mais em tempos de cólera. Falamos também sobre a grandeza de Chico César, da obra de Caetano Veloso, da importância do reggae e dos desgastes promovidos pela propagação do ódio nas redes sociais. Sim, redes sociais (e não digitais) como bem nos lembrou o presidente Lula, recentemente.
O convidado do Vozes da Vez desta semana é um acontecimento. E ninguém aqui está exagerando. Ele é um artista multidisciplinar que sabe muito bem de onde veio e pra onde vai (“minha família sempre me incentivou e me deixou tomar minhas próprias decisões”). Ele já reconhecido e celebrado - sobretudo - no mundo das artes visuais. Agora resolveu também mostrar a todos sua musicalidade. Samuel de Saboia é pernambucano (“morei na casa de Naná Vasconcelos”) e seu disco de estreia, “As Noites Estão Cada Dia Mais Claras”, traz ousadia e escoamentos sonoros interessantíssimos.
Mestrinho é dos grandes. Discípulo de Dominguinhos (“a música dele era a extensão do que ele era. Aprendi muito com ele.”), convicto que a sanfona é seu destino (“meu pai era sanfoneiro”), é dos músicos preferidos dos grandes artistas. Com projetos solos, em duo (Mariana e Mestrinho) e em trio (Dominguinho) – todos premiados -, Mestrinho viaja o Brasil de norte a sul acompanhado de sua sanfona, de muita determinação e fazendo da arte sua própria vida. Neste papo, ele conta sua trajetória, fala sobre os caminhos que percorreu para se tornar essa referência na música e ainda relembra os momentos marcantes de sua carreira, como ganhar o Grammy Latino com um projeto dedicado ao forró.
Nascida e criada em Santo André, Stefanie foi influenciada pelos consagrados grupos de rap dos anos 90. Em 2004, decidiu ousar e criar a sua versão da história. Com mais de duas décadas de carreira, a rapper acaba de lançar BUNMI, seu álbum de estreia, com participações de Emicida, IZA, Luedji Luna, Kamau, MV Bill, entre outros. Realizada e sempre atenta aos sinais, ela está no Vozes da Vez pra contar um pouco de sua trajetória e reafirmar que o “rap vai ser sempre um ato político”.
Ela é cantora, compositora e se mostrou uma baita interprete ao arrebatar o público e a crítica com seu último trabalho, o disco em homenagem a Gal Costa, Belezas São Coisas Acesas Por Dentro. Mas agora ela está de volta com uma visceral pegada roqueira. Catto está lançando o disco “Caminhos Selvagens” com oito canções autorais que narra ruínas e superações afetivas com versos crus e diretos. E é sobre isso que conversamos nessa entrevista.
Ayrton Montarroyos é um artista à moda antiga e não há nada mais moderno que isso. Nesta longa conversa, o incensado intérprete fala sobre repertório, direitos autorais, etarismo, a omissão da mídia tradicional em relação a promoção da música brasileira (“a juventude precisa ser exposta a todos os tipos de música e isso é obrigação das concessões públicas”), Marina Sena, Luciano Pavarottti, Evinha e muito mais.
Uma Marina Sena como você nunca ouviu: de coração aberto, entregue numa prosa sincera como se estivesse numa mesa de bar. Uma das cantoras e compositoras da nova geração de maior sucesso do país está lançando seu terceiro álbum, Coisas Naturais, e nessa entrevista ela fala sobre seu amadurecimento, fãs, haters, amigos, psicanálise, natureza, criação, processos, espiritualidade, dinheiro, fama, sucesso repentino, mobilidade social e sobre as coisas que importam.
Dani Arrais é jornalista e escritora. Pernambucana, ela criou a Contente, um veículo baseado em dados que pauta e aprofunda, em comunidades digitais, conversas contemporâneas sobre relações, trabalho, saúde e bem-estar (“A Contente materializa minha missão de vida”). Ela também é professora de escrita criativa e fundou em 2021, o coletivo dupla maternidade, que reúne gente de todo o país em espaços de acolhimento e representatividade (“Existe mil internet's dentro da internet”). Dani está lançando o livro “Para todas as mulheres que não têm coragem” que, entre muitos assuntos, fala sobre a “Síndrome da Impostora”. No Vozes da Vez, ela fala sobre tudo isso e muito mais.
Um dos mais celebrados editais de música, o Natura Musical, comemora 20 anos de fomento à música brasileira e vai selecionar novos projetos para patrocínio. Para falar sobre isso, o Vozes da Vez recebe a Júlia Ceschin, head e marketing estratégico da marca Natura.
CAJU é uma obra prima!Esta semana vamos conversar com a Liniker, atriz, cantora, compositora e produtora musical. É dela um dos discos mais celebrados do ano e nesse papo ela se abre de um jeito doce, assertivo e sem medo de soar “romântica demais” (“a minha felicidade vem antes da felicidade da indústria”). Numa conversa longa entre duas pessoas que se acompanham há quase dez anos, Liniker fala sobre sucesso, terapia, fé, exposição, sonhos, ídolos e expectativas. Num país tão cruel com pessoas como ela (preta e trans), Liniker se mostra forte, poderosa e dona de si.Sucesso é pouco, o que desejo ainda não tem nome.
Um papo entre duas pessoas que se admiram é bonito de se ouvir.Nesta conversa, o DJ, pesquisador musical e criador do selo Joia Moderna, Zé Pedro, se mostra à vontade com Fabiane Pereira. Fala da infância, de música, amores, sucesso, medos, ídolos, redes sociais e melancolia como se não estivesse no rádio. Mas ele está, então aproveita.
Ana Cañas está pra jogo. Sempre esteve, mas agora com estofo e estrada. Numa conversa bem no estilo ‘sincerona', Ana fala sobre Belchior (“Belchior me transformou”), psicanálise (“precisamos acolher nossas sombras”), Ney Matogrosso, feminismo, relacionamentos amorosos e “Vida Real”, seu novo disco. Papo de comadre com muita ternura.
Patrícia Palumbo é radialista - das melhores que nós temos! - jornalista e diretora musical do documentário “Luiz Melodia: no coração do Brasil” que está em cartaz nos cinemas de todo país. Nesta conversa falaremos, sobretudo, do negro gato do Estácio que através da arte ascendeu socialmente mas sempre cantou suas raízes. “Luiz Melodia é um dos artistas mais importantes da geração dele”, afirma Palumbo e ninguém discorda dela. Melodia influenciou gerações e ajudou a pavimentar o que conhecemos como música popular brasileira. Participações especiais: Criolo e Mahmundi, dois artistas que ao mergulharem na obra de Melodia, elevaram as suas próprias.
Arnaldo Antunes é dos artistas mais criativos do país. Seja no experimental ou no popular, no solo ou ao lado de seus parceiros dos Titãs, a obra de Arnaldo sempre aponta pro futuro. Seu álbum mais recente “Novo Mundo” é prova disso, um disco que nos ajuda a tomar consciência de muitas coisas, um trabalho que acolhe, mas também alerta (“a velocidade da informação é assustadora”). Em “Novo Mundo”, Arnaldo mais uma vez se reinventa e nos apresenta algumas respostas, não todas porque um artista de verdade quer que a gente pense por conta própria.
Michel Alcoforado é antropólogo e comunicador. Esta conversa parte do seu livro recém lançado “De tédio, ninguém morre: pistas para entender os nossos tempos”. Falamos também sobre suas percepções relacionadas a um tempo cada vez mais acelerado, como o rádio e a TV são formadores do povo brasileiro (“nenhum lugar do mundo tem mídias tradicionais tão interessantes”), a importância da antropologia na era Google (“a antropologia nos dá consciência"), religião, filhos (“criamos filhos para inventar futuros”) e sobre o Brasil profundo. Uma conversa tão boa que você nem sente passar.
Junior como você nunca ouviu. No Vozes desta semana, a fã e a jornalista se encontram. Assim como milhares de pessoas que hoje são 40+, Fabi cresceu ouvindo “Sandy & Junior”. E essa admiração é explicitada num papo gostoso em que Junior, muito à vontade, relembra sua trajetória. Nesta conversa, você vai ouvir um artista que amadureceu diante do público (“os traumas não foram poucos”), que só se apropriou da própria voz só aos 40 anos (“sinto o frescor desta novidade”), que voltou a abraças o pop – para alegria dos fãs -, e que apesar da fama, sempre foi honesto com seu lado artístico (“tenho uma história que me permite não repetir fórmulas”). Com vocês, Junior, quatro ponto zero.
Céu é cantora, compositora e atriz. Sim, você leu certo, ela acaba de estrear nos cinemas na cinebiografia sobre Ney Matogrosso e nessa entrevista ela falou sobre essa experiência (“Ney é uma explosão”). No papo com a jornalista Fabiane Pereira, a artista também fala sobre o processo de gravação do seu álbum mais recente, Novela. Conta como e por quê foi parar na Costa Oeste dos Estados Unidos para realizar esse novo trabalho, explica como inclui em suas músicas temas contemporâneos como o empoderamento feminino e diz que, aos 45 anos, já sabe ser protagonista de sua própria novela (“Tem muita brasilidade na palavra novela”). Céu também afirma que tudo já foi feito quando o assunto é música mas que é obrigação dos artistas de hoje honrar esse legado. Papo bom com artista boa sempre é uma boa pedida.
As entrevistas do Vozes da Vez estão de volta e a temporada 2025 promete conversas profundas como esta. Seu Jorge é o primeiro convidado do ano e nessa entrevista, ele revisita a própria história. Fala sobre ancestralidade, sobre a importância de Xande de Pilares, Paulo Moura e Marcelo Yuka em sua trajetória (“Eu quis ser da música para fazer amigos”). Relembra o surgimento da “febre” Farofa Carioca (“O Farofa tinha cheiro de Rio de Janeiro”), fala do orgulho que sente por ter trabalhado com as Fernanda's mais premiadas do Brasil (Montenegro e Torres), cita o Carnaval como festa formadora do nosso povo, se rende aos encantos da Bahia (“Eu me sinto em casa em Salvador”) e conta com exclusividade tudo sobre seu novo álbum, Baile à la Bahia, um disco com vocação para a festa.
Brisa Flow á uma artista múltipla. Filha de artesãos chilenos, a cantora, compositora e rapper canta sobre o amor e sua origem, indígena e latina. Neste papo, falamos sobre maternidade, transformações e movimentos. Uma troca afetuosa para encerrar a temporada de entrevistas do Vozes da Vez em 2024.
Ele é o momento. Jota Pê acaba de ganhar três Grammy's Latino. O paulista de Osasco é um dos nomes emergentes da música brasileira mais incensado da atualidade e neste bate papo descontraído você vai entender os processos criativos que levaram o artista a estar no topo da “Nova MPB”. Se você ainda não ouviu “Se meu peito fosse o mundo”, se faça esse favor.
Jorge Du Peixe é um dos artistas mais extraordinários do país. Cantor, compositor, nordestino, engajado e dedicado a música, é também integrante fundador e vocalista da banda Nação Zumbi. Garimpeiro nato, ele tem um trabalho voltado para a arte de resistência e de resgate. Nesse papo, falamos sobre tudo, tudo mesmo. Uma viagem sonora pelos últimos trinta anos. Vale muito o play.
Sued Nunes é cantora e compositora nascida no Recôncavo Baiano. Sua música é portal para abordar temas que a atravessam como mulher, negra e de axé. Voz potente da MPB (música preta brasileira), traz também a religiosidade em suas canções. Nesta conversa, Sued que teve seu segundo álbum patrocinado pela Natura Musical fala de “Segunda-feira”. Após viralizar com o hit "Povoada" de seu disco de estreia, Sued quer trilhar novos caminhos e fazer com que suas criações cheguem a mais pessoas. Uma conversa musical que nos conecta com o sagrado.
Erica Malunguinho é uma mulher extraordinária. Nasceu em Recife, foi eleita em 2018 como deputada estadual por São Paulo, sendo a primeira mulher trans eleita no Brasil. Nesta conversa, ela conta um pouco sobre sua trajetória, suas lutas e vivências. Mestra em estética e história da arte pela USP e idealizadora do Aparelha Luzia, um quilombo contemporâneo, um espaço de produções artísticas e intelectuais localizado na capital paulista, Erica tem muito a nos ensinar. Na semana que celebramos Zumbi dos Palmares, Erica afirma que arte e cultura precisam fazer parte do cotidiano, se tornar ordinário.
Tiganá Santana é poeta, pesquisador, cantor, curador, compositor, multiartista e professor de artes nas universidades da Bahia e de São Paulo. Tiganá foi o primeiro compositor a apresentar um disco com canções em línguas africanas no Brasil. Baiano, intelectual e repleto de referências, o artista está no Vozes da Vez para falar sobre seu 7º disco, “Caçada Noturna”. Mas a conversa rendeu e ele falou também sobre ancestralidade, processos criativos, linguagens, colonialidade e concessões. No mês de Zumbi, nada melhor do que ouvir um de seus descendentes.
Rashid é cantor, compositor e rapper. O artista acaba de lançar PORTAL, seu novo álbum com nove faixas e participações luxuosas de Péricles, Melly, Lagom e Lenine. Nessa conversa, Rashid fala sobre as dores e as delícias da paternidade, relembra os rappers que vieram antes e influenciaram sua trajetória artística e de vida, fala sobre a experiência de canetar uma canção para Alaíde Costa e da sua relação intrínseca com o tempo. Papo reto e bom à beça.
Thalma de Freitas está de volta. A cantora e compositora que passou dez anos morando nos Estados Unidos e fazendo participações bissextas no Brasil está entre nós e veio pra ficar. Nesta entrevista ela fala sobre seu espírito livre, seu bom gosto pela música herdado do pai (o maestro Laércio de Freitas, morto recentemente), relembra como foi a experiência de conviver intimamente com João Donato e Wilson das Neves, dois grandes mestres da nossa música. Num bate papo descontraído, Thalma fala ainda sobre maternidade, racismo, sorte e erros.
Zélia Duncan, essa artista gigante, completa 60 anos de vida e nesta conversa com Fabiane Pereira reflete sobre sua caminhada. Zélia é camaleoa e seus diversos álbuns tentam dar vazão a tanta criatividade e poesia. Num papo descontraído, a artista relembra passagens de sua carreira que marcam sua bem sucedida trajetória. Fala também sobre poesia, a cobrança da indústria, sobre Rita Lee, Mutantes, Luiz Tatit, Caetano Veloso e Itamar Assumpção. Afirma que gosta mais dela hoje do que antes e que ser ouvida é importante. Uma entrevista imperdível, daquelas pra se ouvir e ouvir de novo.
Paulo Miklos dispensa apresentações. Seja solo ou em grupo, o titã é um artista conhecido e reverenciado do Oiapoque ao Chuí. Nesse papo com Fabiane Pereira, Miklos fala sobre os novos projetos depois de finalizar a turnê antológica que reuniu, novamente nos palcos, todos os integrantes dos Titãs. Ele também relembra sua fase de estudante, o início na música, o interesse pelas artes dramáticas, afirma que cantar é o que lhe faz feliz e que a arte sempre o leva pela mão. Uma conversa que vai de Adoniram Barbosa a Nando Reis passando por Serginho Groisman é imperdível, né?
Fafá de Belém é uma das artistas mais importantes da música popular brasileira. Nascida no Pará, ela leva no nome sua origem e é uma grande devota de Nazinha, Nossa Senhora de Nazaré, a rainha do Círio de Belém. A cantora está no Vozes da Vez para nos contar mais e melhor sobre o que acontece na maior festa mariana do mundo neste mês de outubro. Fafá, artista nortista de grande projeção, sempre lutou pela democratização dos espaços midiáticos para “sua gente” e nessa luta contínua tem conseguido espaços importantes para que a cultura amazônica se destaque. Uma conversa cheia de axé e fé.
Ana Lima Cecílio é a curadora da 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) cujo autor homenageado é o jornalista e escritor João do Rio. Nesta entrevista exclusiva, Ana conta como começou a se interessar pelos livros, fala sobre a importância de uma festa literária conhecida internacionalmente num país como o Brasil, explica o por quê da escolha de João do Rio como homenageado deste ano, afirma que a FLIP está a cada edição mais plural e que abrir conversas é o que norteia a festa. Uma conversa literária cheia de bossa.
Clóvis Bulcão é escritor e historiador e, em parceria com o médico sanitarista Luiz Antonio Santini, acabou de lançar o livro “SUS: uma biografia: lutas e conquistas da sociedade brasileira”. Nesta conversa, Fabiane pede a Clóvis para explicar os capítulos mais importantes do livro e o autor faz uma radiografia do nosso Sistema Único de Saúde de maneira didática e objetiva. Daquelas conversas que valem compartilhar com os amigos porque tem muita informação relevante.
Paulo Vieira é o Brasil possível. O ator, humorista e apresentador mais popular da TV brasileira contemporânea está cheio de projetos – no ar e em produção. Nortista, Paulo sempre acreditou no poder transformador da educação e graças a essa crença, chegou aonde chegou. Paulo representa todos aqueles que sonham, mas especialmente aqueles que já entenderam que precisam correr dez vezes mais atrás quando não se está dentro dos padrões. Paulo quebrou paradigmas, chegou lá (sabe-se lá o que isso quer dizer) e ainda se tornou amigo de Lula, Xuxa, Caetano e Bethânia. Mas seu grande sonho é gravar um álbum. Alguém duvida que será um sucesso de critica e de público? Com vocês, o gigante, Paulo Vieira.
Depois de rodar o Brasil ao lado de Chico Buarque na turnê do artista, “Que tal um samba?”, Mônica Salmaso volta a percorrer o país e reencontrar o público com a turnê “Minha Casa”. Nesta conversa afetuosa, a intérprete que todo compositor quer chamar de sua fala sobre a identidade dos afetos, o Brasil pulsante, a força da criatividade e da resistência que a arte proporciona. As casas de Mônica são múltiplas, espalham-se pelos diferentes Brasis que a artista canta em sua obra.
Tássia Reis é uma cantora imensa que também compõe. Em dez anos de carreira, ela traz na bagagem cinco discos, considerando o mais recente, “Topo da minha cabeça” que será lançado na próxima semana. Nesta entrevista, ela adianta o que vem por aí e afirma que apesar do novo trabalho não ser um álbum de samba, ele contém samba. Aliás, o gênero musical acompanha a vida e a carreira da artista que também se dedica ao rap, a soul music e a outros ritmos afro-brasileiros. Tássia afirma nesse papo que um disco novo nunca é um ponto de chegada e sim um portal. Então convido a todos a entrarem por esse portal e conhecerem mais e melhor dessa artista que aprendeu a se celebrar.
Marcus Preto é curador artístico, produtor musical e muitas “otras cositas más”. Nesta conversa sincera, ele nos conta os bastidores dos seus encontros profissionais com Erasmo Carlos, Alaíde Costa, Gal Costa e tantos outros artistas. Fala sobre o início da sua carreira, sobre a geração de artistas – especialmente os paulistanos – que surgiram após a virada do milênio quando ele escrevia para a Folha de São Paulo e sobre os novos rumos da indústria da música. Um papo pra quem gosta de saber dos bastidores de um mercado que está em permanente mutação.
Alice Caymmi é herdeira de uma dinastia da MPB. Além disso é cantora, compositora e uma grande artista. Neste papo visceral, Alice fala sobre Maysa, família, sensibilidade artística, feminismo, processos estéticos, liberdade, sucesso, fracasso e muito mais. Daquelas papos pra ouvir e ouvir de novo.
Aíla é cantora, compositora, diretora, roteirista e uma baita militante amazônica. Aíla mistura arte e ativismo com propriedade e neste papo, ela fala sobre seu mais recente lançamento, o longa-doc “Mestras”. Vamos entender o que motivou a artista a dirigir um longa sobre as diversas mestras do Pará e conhecer mais e melhor essas mulheres que seguem levando a cultura paraense pro mundo.
Thiaguinho, um dos mais importantes e populares artistas do Brasil, está no Vozes da Vez e ninguém aqui tá sabendo fingir costume. Numa conversa afetiva, o artista conta um pouco da sua trajetória, fala sobre a ‘Tardezinha' (maior turnê brasileira do entretenimento e da música), conta como foi a experiência de ir à África e como o continente-mãe deu a ele novas perspectivas e referencias. Thiaguinho é hoje uma das personalidades mais aplaudidas do país e por isso mesmo jamais deixa de reverenciar quem veio antes. Neste papo, cita Prateado, Belo, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Péricles e muitos outros. Afirma que não sabe sonhar pequeno, daí a gente compreende o tamanho deste gigante.
Samuel Rosa dispensa apresentações. Ele, ou melhor, suas músicas estão no inconsciente coletivo de gerações. Durante mais de trinta anos esteve à frente do Skank, uma das mais importantes bandas de pop rock do país. Agora vem solo e entusiasmado com seu primeiro álbum, Rosa. Um registro fonográfico intimo e pessoal que não renega o passado, ao contrário, mostra que o letrista está mais afiado que nunca. Numa conversa cheia de citações poéticas, Samuel relembra o início da carreira, fala sobre o sucesso, as novas maneiras de se consumir música, da desigualdade do país que privilegia alguns em detrimento de muitos e sobre suas expectativas para começar a rodar o país com a nova turnê.