Podcasts about comecei

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Trip FM
A vida, a voz e o gênio de Zé Ibarra

Trip FM

Play Episode Listen Later Jul 25, 2025


Dono de um Grammy Latino e parceiro de Caetano, Milton e Ney, o cantor fala de liberdade, afeto e o risco de se colocar inteiro no palco Aos 28 anos, Zé Ibarra é um dos artistas contemporâneos mais inquietos e inventivos da música brasileira. Cantor, compositor, pianista e arranjador, ele ganhou o Grammy Latino com a banda Bala Desejo e construiu parcerias marcantes com nomes como Ney Matogrosso, Gal Costa e Milton Nascimento, com quem dividiu o palco em sua turnê de despedida. No Trip FM, Ibarra conta da infância no Rio cercada por liberdade e descobertas, da paixão precoce pela música, revela bastidores de Afim, seu novo disco solo, e fala sobre a coragem de se colocar inteiro no palco. “Eu quero suportar o medo dos olhares na minha pele. Isso me faz sentir grande. Quando estou inteiro e as pessoas estão comigo, é genial”, diz. “A vida anda quando a gente tem coragem. Quando a gente se esconde, ela trava.” Em um papo com Paulo Lima, o artista reflete ainda sobre o corpo como linguagem, o mercado musical que marginaliza o risco e a erosão afetiva provocada pelas redes sociais. “A internet prometeu conexão e entregou o oposto. A gente está perdendo a capacidade de sentir.” Você pode ouvir esse papo no play aqui em cima ou no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/07/6883e134b2558/ze-ibarra-musico-carioca-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Mariana Blum / Divulgação; LEGEND=Ze Ibarra; ALT_TEXT=Ze Ibarra] Você fala muito sobre estar inteiro no palco. O que isso significa pra você? Zé Ibarra. Quando eu consigo ser exatamente o que eu sou, inteiro, e as pessoas estão ali comigo, é genial. Eu quero suportar o medo dos olhares na minha pele. Isso me faz sentir grande. Não visto uma persona pra me proteger. Eu quero estar ali como sou, mesmo que seja desconfortável, mesmo que doa. Porque é só assim que a coisa acontece de verdade. Você já falou abertamente sobre depressão. Como foi atravessar esse período? Eu tive depressão durante anos. Primeiro sem saber o que era. Só aos 19 eu tive um insight: “Eu tô com depressão”. Foi quando comecei a me tratar. E mesmo depois de melhorar, os ecos ficam – o medo de voltar, o medo de acordar daquele jeito. Hoje eu sei: melhor fazer qualquer coisa do que não fazer. A vida anda quando a gente tem coragem. Quando a gente se esconde, ela trava. Como você enxerga o impacto das redes sociais na vida e na arte? A internet prometeu conexão e entregou o oposto. Todo mundo quer parecer melhor do que é, e isso está erodindo os sentimentos. Amor, angústia, saudade – tudo isso foi construído ao longo da história da humanidade. Mas agora parece que a gente está perdendo o vocabulário emocional. Eu tenho horror disso tudo, mas nesse momento eu me rendi: é o jogo. Então vou jogar, mas com consciência do que ele faz. Você acha que a gente vive uma crise de criação? A gente vive uma crise de imaginação. Porque não tem mais tempo de contemplar, de ficar em silêncio, de fechar os olhos acordado. Sem isso, não se cria. Não se sonha. O mundo virou uma pornografia de mercado, de lucro. Os objetos, a roupa, tudo foi pensado pra ser barato, rápido, efêmero. E isso mexe com o tempo das coisas, até com o tempo da arte. Você acredita em dom? Eu penso muito sobre esse negócio de dom. Mas a verdade é que eu nasci pra música. Desde muito pequeno, eu sentia um prazer com som que é impossível de descrever. Mas cantar não foi dom. Comecei com 12 anos e nunca mais parei. Foi obsessão. Faço aula há 8 anos sem falhar uma terça. Estudo mesmo. E é isso que me move hoje. Como foi lidar com o sucesso tão cedo? Ganhar prêmio com 15 anos me deixou meio maluco. Veio uma vaidade precoce, depois uma crise forte. Fiquei anos em depressão. Hoje sei: o que quer que eu faça, é melhor do que não fazer. Não precisa ser genial. Tem que ser honesto. A vida anda quando a gente tem coragem. Quando a gente se esconde, ela trava. O que as redes sociais estão fazendo com a gente? O jogo das redes é perverso. Os likes, os algoritmos, tudo isso molda quem a gente é – ou quem a gente acha que tem que ser. E isso está destruindo a nossa capacidade de sentir. Amor, angústia, saudade: esses sentimentos são construídos ao longo da história. E agora estão sendo diluídos. A internet prometeu conexão. Mas entregou o oposto. Você vê espaço pra arte fora da lógica do mercado? A música feita pra vender sempre existiu. Nos anos 70, quem bancava Chico e Caetano eram os artistas comerciais. A diferença é que antes havia espaço para a aposta, para o erro. Hoje não há mais. A indústria quer lucro imediato. Mas ainda tem muita gente fazendo coisa linda. Só que sem grana, sem estrutura, essas pessoas não aparecem.

Gama Revista
Aline Bei: criar uma avó literária

Gama Revista

Play Episode Listen Later Jul 20, 2025 31:25


Aline Bei é uma escritora, mas é também uma febre. Com um estilo de prosa poética bem marcado, seu texto é recorrentemente usado em citações na internet e seus leitores são do tipo que não conseguem largar os livros, devorados em pouco tempo. No centro de seu novo livro, “Uma Delicada Coleção de Ausências”, que acaba de ser lançado pela Companhia das Letras, está a relação de uma neta com a avó que a criou. É sobre esse tema, os avós, e o livro que falamos com Aline Bei nesta edição do Podcast da Semana.“Comecei a escrever o livro a partir da inquietação inicial de uma relação de uma avó e uma neta, uma relação que tivesse sempre essa questão de um tempo que não se une, uma distância que nunca vai se curar”, conta Bei na entrevista a Gama. “Alguma coisa de duas mulheres em pontas tão diferentes da vida, que desejam um tanto estar mais perto, mas que tem essa questão geracional que, em alguma medida, as separa.”Nascida em São Paulo, em 1987, Bei é formada em letras pela PUC de São Paulo e em artes cênicas pelo Célia Helena Centro de Artes e Educação. Fez ainda pós-graduação em escritas performáticas pela PUC do Rio. É autora de três romances, que involuntariamente formaram uma trilogia: “O Peso do Pássaro Morto”, vencedor do prêmio São Paulo de Literatura (2017); “Pequena Coreografia do Adeus”, finalista do prêmio Jabuti (2022); e “Uma Delicada Coleção de Ausências”, lançado neste ano. Os três fazem parte do catálogo da Companhia das Letras.“Eu sou uma grande curiosa das humanidades. Então, eu adoro construir personagens com camadas que são complexas, que vão trazer pontos de vista que, às vezes, inclusive, se contradiz”, afirma na entrevista.Nesta edição do podcast da semana, Bei conta sobre como criou a personagem da avó do seu livro mais recente, quais as referências que usou para conceber essa avó literária — de Doris Lessing a Agnès Varda —, e sobre como prefere imaginar a usar a sua própria vida para criar suas histórias. "O modo como eu escrevo sempre descolada da minha biografia, isso não quer dizer que eu não use emoções, porque não são muito as coisas que me aconteceram, mas o modo como eu absorvi as coisas que me aconteceram me aproximam às vezes das minhas personagens."A escritora também fala sobre a proximidade com os leitores, sobre como recebe as críticas e o que espera de sua hipotética versão avó.

Drop-Off
Comecei a correr, com relógio e tudo!

Drop-Off

Play Episode Listen Later Jul 17, 2025 9:55


De Carona na Carreira
O que eu gostaria de ter ouvido quando comecei minha carreira - PitStop do Caroneiro

De Carona na Carreira

Play Episode Listen Later Jul 15, 2025 17:11


A partir de agora, você pode ter suas dúvidas profissionais respondidas semanalmente no quadro PitStop do Caroneiro. Mande seu drama, dúvida ou pneu furado para esse WhatsApp! a Thais escolherá os melhores todas as semanas para gravar um episódio._______________________________Curso - https://decaronanacarreira.com.br/_______________________________Imersão presencial - Acelere sua carreira - https://hub.la/g/Wkif5cJKiOX4xPAnrS7k

Poemas da Nonô - Nonô Poem

Algumas pessoas escrevem no papel. Eu escrevi na pele.Comecei na infância, com os furos nas orelhas.Aos 18, adicionei mais três — afirmação da minha identidade.Em Málaga, depois de deixar de fumar, celebrei com um piercing no umbigo.Mais tarde, uma tatuagem nas costas marcou o fim de um longo amor… e o início da minha liberdade.E em Chaves, veio o piercing no nariz — um símbolo silencioso de introspeção.Cada marca é minha.Cada dor foi transformação.Cada traço, uma escolha.Partilho hoje esta conquista… e o poema “Marcas com Alma”,que nasceu destas histórias.

Grafonola
Ep. 228 - Comecei a usar óculos

Grafonola

Play Episode Listen Later Jul 1, 2025 45:43


Neste episódio falei sobre ver mal ao longe e começar a usar óculos.

Trip FM
Jota.Pê: do medo da polícia aos 3 Grammys

Trip FM

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025


Revelação da MPB, o artista fala sobre racismo, redes sociais, resistências e desistências “Na primeira vez que fiz mercado com dinheiro que ganhei tocando violão, eu chorei. Porque ouvi a vida inteira que música não dava dinheiro”, disse o cantor e compositor Jota.Pê. No Trip FM, ele compartilha detalhes de sua trajetória artística, das noites tocando para ninguém em bares ao Grammy Latino. Nascido em Osasco (SP), o artista participou do The Voice Brasil em 2017 e, apesar de não ter vencido o programa, conquistou em 2024 três estatuetas do Grammy Latino — entre elas, a de Melhor Canção em Língua Portuguesa por Ouro Marrom. A música nasceu da raiva, mas virou força: “Comecei escrevendo a letra com raiva, mas lembrei que a negritude não é só dor. Também somos celebração, cultura, saber. No fim, a música diz: que a gente suba o tom se for preciso, mas que nossas filhas vejam mais amor do que nós.” No papo com Paulo Lima, Jota.Pê fala com franqueza sobre os desafios de viver de arte no Brasil. “Existe um tipo de sorte que acontece quando o talento encontra uma oportunidade. E essas oportunidades estão sempre na mão das mesmas pessoas. Até a gente virar esse jogo, vai demorar muito”, reflete. O artista também compartilhou episódios marcantes de sua vida, como o racismo e a violência policial que sofreu na adolescência: “Eu tinha uns 13 anos e estava indo comprar pão quando fui parado pela polícia com uma arma apontada para a minha cabeça. Foram 15 minutos tentando convencer que eu só estava indo à padaria. Aquilo moldou muita coisa em mim.” O programa fica disponível no Spotify e no play aqui em cima. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/06/685efd21607f1/jotape-musica-artista-cantor-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Dani Ferreira / Divulgação ; LEGEND=Jota.Pê (@jota.peoficial), cantor e compositor; ALT_TEXT=Jota.Pê (@jota.peoficial), cantor e compositor] Você tentou não ser músico. O que fez você desistir de desistir? Jota.Pê. Cara, eu realmente tentei muito não ser músico. Fiz faculdade de design, publicidade, trabalhei em gráfica, produtora de vídeo, na IBM… Mas não era bom em nada disso como sou tocando violão. Chegou um ponto em que pensei: a música vai ter que me dar dinheiro mesmo, porque eu não sou feliz fazendo outra coisa. Tinha que dar certo, não tinha outra opção. Na música “Ouro Marrom”, você transformou a raiva em outra coisa. Como foi esse processo? Foi exatamente isso. Eu comecei escrevendo com raiva — porque ser preto no Brasil traz indignação. Mas me lembrei que a gente não é só dor, somos também celebração, cultura, saber. Fiz questão de manter as duas coisas, mas no final deixar a mensagem: a gente enfrenta e vai ser feliz sim; que a gente suba o tom se for preciso, mas que nossas filhas vejam mais amor que nós. Você acha que só talento basta? Tem uma frase que parece de coach, mas eu acredito muito: existe um tipo de sorte que acontece quando o talento encontra uma oportunidade. Conheço artistas geniais que desistiram porque, se fossem tocar naquele barzinho de graça, no dia seguinte não comiam. Eu tive o privilégio de ter pai e mãe, uma casa pra voltar, alguém que dissesse “vem gravar, paga como puder”. Sem oportunidade, a gente não chega lá.

Convidado
As mulheres durante a luta de libertação de Moçambique e depois

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 20:39


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No nono episódio desta digressão, debruçamo-nos sobre o estatuto da mulher durante a luta de libertação, até aos dias de hoje em Moçambique. Quando se fala das mulheres nos tempos da luta é inevitável lembrar a figura de Josina Machel, primeira mulher do Presidente Samora Machel e também heroína da guerra de libertação. Nascida em 1945 em Vilankulos, no sul do país, no seio de uma família que se opõe ao colonialismo, Josina Machel ingressa na resistência em 1964. Envolvida em actividades de formação na Tanzânia, a jovem activista rejeita uma proposta de bolsa de estudos na Suíça para se alistar em finais dos anos 60 no recém-criado destacamento feminino da Frelimo, Josina Machel militando para que as mulheres tenham um papel mais visível na luta de independência. Ela não terá contudo oportunidade de ver o seu país livre. Dois anos depois de casar com Samora Machel com quem tem um filho, ela morre vítima de cancro aos 26 anos no dia 7 de Abril de 1971, uma data que hoje é celebrada como o dia da mulher moçambicana. Símbolo de resistência no seu país, Josina Machel ficou na memória colectiva como a encarnação do destacamento feminino. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, recorda as circunstâncias em que ele foi criado em 1966. "No processo político que nós vivemos em Moçambique, houve um momento em que as pessoas pensavam ‘nós temos uma linha política clara, justa, avançada'. E uma das questões muito importantes, era a atitude em relação às mulheres. Era normal, pela tradição que as mulheres fossem consideradas disponíveis como amantes. Quando Samora assume a direção, ainda me recordo de uma frase e se formos procurar esse documento, está lá a frase. Nós tínhamos criado o destacamento feminino em 1966, Samora tinha sido o instrumento disso. Então há uma frase que ele medita nessa altura. E a frase está lá. ‘Não criamos o destacamento feminino para fornecer amantes aos comandantes'. Estava só nesta frase. Já está aqui todo um programa que nós chamamos de emancipação da mulher, mas que é, no fundo, de igualdade de qualidade política da vida. Quer dizer, tu estás a fazer a luta de libertação. Isso não te permite fazer não importa o quê. Tu tens que ser uma pessoa diferente, uma pessoa melhor", explicita o responsável político. As mulheres que combateram foram uma faceta da condição feminina durante os anos de luta. Outros rostos, menos conhecidos e bem menos valorizados, são aqueles das chamadas ‘madrinhas de guerra'. Para dar alento aos soldados portugueses que partiam para a guerra sem saber se haveria regresso, o Estado Novo promoveu a correspondência entre milhares de mulheres e militares. Numerosas relações epistolares acabaram em casamento. Em Portugal, houve muitas. O que não se sabe tanto, é que em Moçambique também houve ‘madrinhas de guerra'. Um jovem antropólogo e fotojornalista moçambicano, Amilton Neves, conheceu-as e retratou as duras condições de vida que conheceram depois da independência. "Comecei a trabalhar sobre as ‘madrinhas de guerra' em 2016. Isso porque já pesquisava e encontrei um discurso do Presidente Samora que dizia que as ‘madrinhas de guerra' são ‘meninas retardadas'. Interessei-me por isso. Porquê as ‘madrinhas de guerra'? Que é isto? Então fui ao Arquivo Histórico, até à Torre do Tombo, em Lisboa, para perceber melhor. Porque as ‘madrinhas de guerra' não começam aqui. Começam em 1916 com a Grande Guerra em Portugal. E descobri que algumas ‘madrinhas de guerra' viviam aqui em Maputo, numa zona só. (…) Então, quem eram as ‘madrinhas de guerra'? Eram miúdas que eram recrutadas para escrever cartas para os militares de forma a incentivá-los e dizer que ‘não te preocupes, quando voltares da guerra, nós vamos casar. O Estado português sempre vai ganhar.' Então, neste exercício de troca de cartas, quando houve a independência, em 1975, as madrinhas de guerra foram perseguidas pelo novo regime. Então eu fui atrás dessas senhoras. Consegui identificá-las. Levou tempo porque elas estavam traumatizadas", refere o jovem fotojornalista. "As motivações dessas mulheres eram de fazer parte da classe alta naquela altura. Porque elas tinham acesso aos bailes, ao centro associativo dos negros, nesse caso, ao Centro associativo dos Mulatos, às festas que davam na Ponta Vermelha. Elas faziam parte da grande sociedade. Não era algo que poderíamos dizer que tinham algo benéfico em termos de remuneração. Acredito que não ", considera o estudioso referindo-se às razões que levaram essas pessoas a tornarem-se ‘madrinhas de guerra' que doravante, diz Amilton Neves, "vivem traumatizadas. Algumas se calhar foram a Portugal porque tinham uma ligação. Casaram. Mas a maioria ficou em Maputo" e sofreram uma "perseguição" que "não foi uma perseguição física, foi mais uma questão psicológica". Hoje em dia, muitas heroínas esquecidas de forma propositada ou não, ficam por conhecer. A activista política e social moçambicana, Quitéria Guirengane, considera que a condição das mulheres tem vindo a regredir em Moçambique. "Quando nós dizemos que há mulheres invisibilizadas pela História, vamos ao Niassa e vemos histórias como da Rainha Achivangila. Mulheres que na altura do tráfico de escravos conseguiram se opor, se posicionar, salvar, resgatar escravos e dizer ‘Ninguém vai escravizar o meu próprio povo'. Mas nós não colocamos nos livros da nossa história essas rainhas. Nós precisamos de ir ao Niassa descobrir que afinal, há mulheres que foram campeãs neste processo de luta. Estas histórias têm que ser resgatadas. Depois começamos a falar da Joana Simeão. Ninguém tem coragem de falar sobre isso. É um tabu até hoje. E você é visto como um leproso se tenta levantar este tipo de assuntos. E não estamos a dizer com isto que vamos esquecer a luta histórica de Eduardo Mondlane, que vamos esquecer a luta histórica de Samora Machel. Não. Eu não sou por uma abordagem de dizer que a história toda está errada. Todo o povo tem a sua história e tem a sua história oficial. Mas esta história oficial tem que se reconciliar, para reconciliar o povo, trazer as mulheres invisibilizadas pela história, mas também trazer todos os outros", diz a activista. Olhando para o desempenho das mulheres durante a luta de libertação, Quitéria Guirengane considera que elas "têm um papel incrível. Tiveram, tem e sempre terão um papel na luta de libertação. Terão um papel sempre activo no ‘peace building', no ‘peace making' no ‘peace keeping'. E é preciso reconhecer desde a mulher que está na comunidade a cozinhar para os guerrilheiros, desde a mulher que está na comunidade a informar os guerrilheiros, à mulher que está na comunidade a ser usada como isca para armadilhas, a mulher que está na comunidade a ser sequestrada, a ser alvo até de violações sexuais. Essas mulheres existem. Mas também aquelas mulheres que não são vítimas, não são sobreviventes, são as protagonistas do processo de libertação. E o protagonismo no processo de libertação, como eu disse, começa pelas rainhas míticas da nossa história, que não são devidamente abordadas. O reconhecimento deriva do facto de que, em momentos em que era tabu assumir um papel forte como mulher, elas quebraram todas essas narrativas e se posicionaram em frente à libertação. Depois passamos para esta fase da luta de libertação, em que se criam os famosos destacamentos femininos em que mulheres escolhem a linha da frente, escolhem a esperança em vez do medo e se posicionam", refere a também militante feminista. Volvidos 50 anos sobre a luta de libertação, apesar de ter formulado naquela época a vontade de fazer evoluir o papel da mulher na sociedade, Quitéria Guirengane considera que "se continua a travar as mesmas lutas". "A mulher ainda tem que reivindicar um espaço. É verdade que nós temos consciência que as liberdades, tal como se ganham, também se perdem. E que nenhum poder é oferecido, que nós temos que lutar. Mas é tão triste que as mulheres tenham sempre que lutar para fazer por merecer e os homens não tenham que fazer a mesma luta. Nós não só temos que lutar para chegar, mas também temos que lutar para manter e muitas das vezes colocadas num cenário de mulheres a lutarem contra mulheres", lamenta a activista. "Quando fazemos uma análise, uma radiografia, vamos perceber que a maior parte dos processos de paz foram dominados por homens. Quando nós tivemos no processo de paz, em 2016, finalmente duas mulheres na mesa, isso foi fruto do barulho que a sociedade civil fez naquela altura. A sociedade civil fez muito barulho e resultou numa inclusão de duas mulheres, uma da parte da Renamo, uma da parte do governo. Na mesa negocial entre uma dezena de homens que fez com que elas fossem apenas 12,58% de todo o aparato negocial do processo da paz. O que é que isto implica? Quando passamos para o processo de DDR, as comissões de negociação de DDR eram masculinas, todas elas homens. A desmilitarização foi entendida como um assunto de homens. A comissão sobre assuntos legais também era de homens, não havia mulheres. Quando nós olhamos para o processo de desmilitarização e ressocialização, nós percebemos que tínhamos 253 mulheres militares a serem desmobilizadas. E nesse processo, notava-se que foi pensado numa perspectiva de homens, não de compreender as especificidades e necessidades particulares", diz. Em jeito de conclusão, a activista muito presente na defesa dos Direitos das mulheres e liberdades cívicas, mostra-se "preocupada com as realidades da mulher com deficiência, da mulher na área de extractivismo, da mulher deslocada de guerra, da mulher deslocada por exploração mineira, da mulher rural, da mulher na agricultura, da mulher no sector informal, da mulher empresária. São realidades diferentes. Então não podemos meter num pacote de ‘one size fits all' e achar que as demandas são iguais. (…) Pior ainda : nos últimos seis meses da tensão social, a vida deixou de ser o nosso maior valor. Mulheres foram mortas, mulheres perderam os seus maridos, seus pais, seus filhos. Têm que acompanhar, levar comida para o hospital ou para as cadeias, sem nenhum apoio. E ninguém pensa nesta reparação. Então voltamos muito atrás. Eu diria que regredimos", afirma Quitéria Guirengane. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui: Vejam aqui algumas das fotos de Amilton Neves:

Vida em França
Inês Condeço estreia em Paris com concerto em forma de viagem sonora

Vida em França

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 11:50


A artista leiriense Inês Condeço inaugurou, no passado dia 20 de Maio, o ciclo “Mardis en Musique”, na Casa de Portugal André Gouveia, na cidade Universitária de Paris. A sua performance foi mais do que um concerto: foi uma viagem sensorial onde se cruzam piano, voz e electrónica, guiada por uma forte componente de improvisação e uma procura por novas sonoridades. Natural de Leiria, Inês Condeço tem vindo a construir um percurso singular, assente na improvisação e na experimentação sonora. “A música começa nas emoções”, explica. “Tento transpor isso para o som, não só através do piano, que me é mais familiar, mas também da electrónica e da minha voz, que comecei a explorar na pandemia", acrescenta.Foi durante esse período de isolamento que Inês Condeço se aproximou da eletrónica: “Comecei a ouvir muita música electrónica e a experimentar com sintetizadores. A improvisação já fazia parte de mim desde criança, e essa curiosidade levou-me a uma sonoridade que, ao início, nem me parecia óbvia, mas que acabou por se tornar muito minha”.A fusão de linguagens; do clássico à eletrónica, não é um exercício de rótulos, mas uma forma de escuta e de expressão. A identidade artística, para Inês Condeço, não se constrói com a intenção de ser diferente, mas com autenticidade: “O mais interessante é fazermos algo com o qual nos identificamos genuinamente. Se isso nos diferencia ou não, já não é o mais importante”, defende.Essa autenticidade sente-se nos seus concertos, muitas vezes compostos por peças improvisadas, moldadas pelo ambiente e pela energia do público: “O que tenho feito nos últimos concertos é uma viagem que 90% é improvisada. Tento perceber a sala, a cidade, a atmosfera. Em Paris, levo também o que estou a absorver daqui”.Improvisar em palco é, para Inês, tanto um desafio como uma necessidade. “Gosto mesmo dessa folha em branco”, afirma. “Estar em palco já é um risco por si só, mas gosto de aproveitar estas oportunidades entre álbuns para explorar e treinar a forma de estar em cena, resolver problemas em tempo real”, descreve.Sobre a relação com o público e a perceção de que a electrónica pode parecer distante ou fria, Inês é clara: “A voz é o elemento mais humano que podemos utilizar. Cria uma ponte entre o mundo electrónico e algo mais orgânico, como o piano. Eu não vejo a eletrónica como fria, vejo-a como muito rica e expressiva”.Os seus concertos são descritos como “viagens sonoras” por quem os presencia, mesmo por quem não está habituado a ouvir música electrónica. “O importante é que haja uma disponibilidade emocional para seguir essa viagem”, diz, sem esconder o entusiasmo por um género que considera essencial ao seu caminho criativo.A actuação em Paris representou um passo importante na sua internacionalização, algo que vê com naturalidade e entusiasmo. “Tocar numa cidade como Paris é uma oportunidade incrível. Estar em contacto com outras culturas e experiências enriquece sempre: a nós e à nossa música”, explicou.O futuro inclui um segundo álbum já em desenvolvimento, que promete acentuar ainda mais o contraste e a expressividade da sua estética sonora. “Sinto que agora tenho mais recursos, mais ideias. O próximo álbum vai ter mais electrónica, mais piano e a voz manipulada de uma forma diferente. Vai ser ainda mais contrastante e, acima de tudo, ainda mais meu”, concluiu.

Somos Todos Malucos
Meditar!? Isso é para... — Intermédios

Somos Todos Malucos

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 21:25


Comecei a meditar há uns anos, mas o processo não é fácil para ninguém, mas não precisa de ser um bicho de sete cabeças!See omnystudio.com/listener for privacy information.

Odontocast
Episódio 265 -Comecei meu Laboratório, e agora?

Odontocast

Play Episode Listen Later May 28, 2025 53:06


Abrir um laboratório de prótese é só o começo da jornada. E depois que a porta está aberta, quais são os próximos passos? Neste episódio, Marcos Kogut e Thiago Kempen discutem os maiores desafios enfrentados por quem acabou de montar seu próprio laboratório.Da captação dos primeiros clientes à organização dos processos internos, passando por gestão financeira, precificação e até erros comuns de iniciantes, esse papo é um guia essencial para quem está começando ou quer reorganizar o negócio.

Trip FM
A elegância do samba tem nome: Péricles

Trip FM

Play Episode Listen Later May 23, 2025


O artista fala sobre o ABC, fase pós-Exaltasamba, impacto do álcool, perda de 50kg, reencontro com Angola e o envelhecer “Aos 55 anos, encaro a finitude como algo inevitável. A certeza é que a gente vai permanecer de alguma forma, seja através dos filhos, da obra, dos frutos que deixamos. Quando pensamos assim, a morte deixa de ser um tabu", diz Péricles. Dono de uma das vozes mais marcantes do samba e do pagode brasileiros, ele bateu um papo sincero com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, que vai muito além da música, Péricles fala sobre saúde, paternidade, racismo, espiritualidade, reinvenção e legado – sempre com a generosidade de quem não tem medo de se mostrar por inteiro. O artista também relembra sua infância no ABC paulista e divide momentos delicados como o impacto do álcool em sua vida. “A bebida por muito tempo foi uma fuga. Mas não dá pra você se esconder nisso durante muito tempo porque a vida segue e você tem que continuar, senão fica para trás”, afirma. O músico também compartilha a experiência emocionante de uma viagem a Angola – um reencontro com suas raízes: “Era como se as pessoas fossem meus primos, meus irmãos. Minha família veio de Angola, é algo que mexe muito com a gente. Mas aqui é o meu lugar, foi onde eu nasci. E é aqui que eu tenho que fazer a minha revolução." [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/05/682f838d07b3b/pericles-cantor-samba-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Rodolfo Magalhãe / Divulgação; LEGEND=Péricles; ALT_TEXT=Péricles] Você já falou sobre a importância de parar para se cuidar. Quando isso virou uma urgência para você? Péricles. Eu precisava parar para poder me cuidar. A gente entrou numa... como é que eu posso dizer... a gente estava no olho do furacão, emendando um trabalho no outro, e eu não conseguia parar. Quando a Maria Helena nasceu, eu entendi que precisava ter saúde para cuidar dela. Como foi passar por isso durante a pandemia? Eu peguei Covid, como várias outras pessoas. Na primeira vez, fiquei 20 dias isolado, sem falar com ninguém. Assim que melhorei, minha esposa ficou mais 15 dias isolada. E tudo isso aconteceu bem na época do nascimento da nossa filha. Foi aí que você decidiu mudar de vida? Sim. Foi nesse momento que a gente reciclou as ideias. Comecei a me cuidar mais, com acompanhamento médico. E aprendi que não existe fórmula mágica: alimentação, exercício e cuidado médico. Esse é o tripé. Não conheço outra forma de vencer. Você cresceu no ABC paulista. Como foi esse ambiente na sua formação? Fui criado num bairro perto de várias saídas do ABC para São Paulo. Tinha de tudo: espanhóis, italianos, nordestinos, negros. E a gente era criado igual. Só anos depois fui entender o que era o preconceito. Na infância, isso não existia pra gente. Você já falou abertamente sobre o álcool. Como foi esse processo? Bebi muito. Durante um tempo, a bebida foi uma fuga. Mas a verdade é que isso não funciona. Quando você começa a perder rendimento, percebe que essa fuga não resolve. Você acorda todo dia e a vida continua. Se você não continua também, fica pra trás.

Reportagem
Cano usado por eurodeputado húngaro para fugir de orgia gay vira atração turística em Bruxelas

Reportagem

Play Episode Listen Later May 5, 2025 6:29


O local onde um eurodeputado tentou fugir de uma orgia gay em Bruxelas tornou-se um ponto turístico, ícone artístico e símbolo de protesto contra a repressão na Hungria. De Bruxelas, Artur CapuaniUm simples cano de esgoto em uma das esquinas da Rue des Pierres, no centro de Bruxelas, poderia passar despercebido como qualquer outro. Mas os adesivos, rabiscos e turistas que posam sorridentes para fotos ao seu redor revelam que ali se esconde uma história surpreendente. Esse simples encanamento tornou-se um símbolo da causa LGBTQIA+ e, de forma inesperada, um ponto de referência para visitantes da Hungria.“Sempre que meus amigos húngaros visitam Bruxelas, eles perguntam: ‘Onde fica o cano de esgoto?'”, conta o jornalista húngaro Roland Papp, correspondente do jornal Népszava (A Voz do Povo, em português) na capital belga. “Ele vai estar sempre coberto de adesivos, bilhetes e mensagens de húngaros.”A origem dessa curiosa devoção está ligada à figura de József Szájer, um dos fundadores do partido ultraconservador Fidesz e ex-eurodeputado aliado do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Szájer foi um dos principais articuladores das profundas reformas políticas realizadas na Hungria. Desde 2010, o governo nacionalista de Orbán tem ampliado seu controle sobre instituições, veículos de imprensa e restringido liberdades civis.Membro da União Europeia, a Hungria entrou em rota de colisão com a cúpula do bloco, que acusa o regime húngaro de violar os princípios democráticos e o Estado de Direito. A repressão ganhou novos contornos este ano com uma emenda constitucional que proíbe a realização da Parada do Orgulho LGBT em Budapeste, sob o argumento de "proteger as crianças".“A nova lei permite que as autoridades proíbam qualquer evento considerado contrário à chamada lei de proteção à criança”, explica Papp. “Este é o pretexto usado para tentar proibir a Parada de Budapeste — que ocorre há muitos anos.”A política conservadora de Orbán sofreu um forte revés em novembro de 2020, quando Szájer renunciou repentinamente a todos os seus cargos. Inicialmente, a motivação da renúncia foi ocultada sob o pretexto de “motivos familiares”, mas a verdade veio à tona poucos dias depois.O então eurodeputado foi flagrado tentando escapar de uma orgia gay, com pelo menos 25 pessoas, no centro de Bruxelas — em pleno lockdown da pandemia de Covid-19. Segundo noticiou a imprensa europeia, Szájer tentou fugir descendo por um cano de esgoto, do primeiro andar do prédio onde acontecia a festa, mas foi detido pela polícia na rua, carregando uma mochila com comprimidos de ecstasy.O episódio chocou a opinião pública húngara e europeia, revelando o contraste gritante entre a vida privada do político e as bandeiras anti-LGBT que defendia publicamente. Hoje, o cano de esgoto usado por Szájer tornou-se um inesperado ponto de resistência LGBTQIA+ e um lembrete irônico das contradições políticas da extrema direita europeia. Mais do que um escândalo pessoal, o episódio provocou um debate sobre hipocrisia institucional, repressão sexual e direitos civis.Cinco anos após o escândalo, József Szájer tenta se reerguer politicamente. Ele agora lidera um think tank ultraconservador na Hungria, ligado a Orbán. Enquanto isso, o país se prepara para uma das maiores mobilizações LGBTQIA+ de sua história: a próxima Parada do Orgulho em Budapeste, marcada para o dia 28 de junho, que promete ser a mais emblemática de 2025.Arte como respostaO caso de József Szájer inspirou o artista português Luís Lázaro Matos, que transformou o episódio no ponto de partida para uma obra crítica e simbólica, atualmente exposta no Museu de Arte Contemporânea de Gante, na Bélgica. No centro do mural, surge uma paisagem surrealista inspirada em Magritte, onde a bandeira da União Europeia aparece com suas estrelas substituídas por espermatozoides.“Esses espermas não estão à procura de um óvulo. Eles não representam reprodução no sentido heteronormativo”, explica o artista. “É uma imagem metafórica, quase fantasiosa, de uma União Europeia homossexual.” A composição inclui ainda cinco pinturas com figuras de ratazanas em posições ambíguas, suspensas em torno de canos de esgoto. A ideia surgiu enquanto o artista vivia em Paris, onde se deparava frequentemente com ratos nas margens do Sena.“Comecei a pensar neles como animais que vivem no submundo”, conta Matos. “É algo que dialoga com meu trabalho em geral, que muitas vezes usa animais como representação de características humanas.” Para o artista, no entanto, o projeto está longe de ser uma sátira ao político húngaro. “Não é uma crucificação do Szájer. Já houve muita gente que fez isso nos jornais e nas redes. É mais uma reflexão sobre a condição do homem gay no armário — que vive uma vida dupla, que politicamente defende uma coisa e, na vida privada, faz outra.”

Convidado Extra
Anabela: "Comecei a cantar antes de falar"

Convidado Extra

Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 38:37


Anabela garante que a música é a sua grande paixão, mas assume que sempre teve um fascínio pela psicologia. A cantora e atriz de teatro musical junta as duas áreas num só projeto dedicado aos idosos.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trip FM
Luis Lobianco luto, Porta e 'Vale Tudo'

Trip FM

Play Episode Listen Later Apr 3, 2025


O peso da perda da mãe marcou o ator, que lapidou sua leveza no humor, ganhou projeção no Porta dos Fundos e agora se destaca em "Vale Tudo" No ar no remake de “Vale Tudo”, na TV Globo, Luis Lobianco já interpretava diversos papéis desde pequeno, imaginando-se caçador ou cirurgião plástico. Foi no teatro que ele encontrou um lugar de cura quando a perda da mãe marcou profundamente sua infância. "Fui precoce em muitos sentidos, mas também fiquei uma criança eterna, precisando de colo, de amor", diz o ator e humorista. "É uma reconstrução mesmo — de identidade, de autoestima, de se perceber no mundo com esse buraco." Em um papo com Paulo Lima no Trip FM desta sexta-feira (4), Luis relembra sua trajetória pessoal e artística, revelando bastidores do Porta dos Fundos, produtora que o projetou nacionalmente. “O Porta era um grupo de pessoas inadequadas para o mercado. Ninguém imaginava que ia virar o que virou”, conta. Entre risos, memórias e reflexões, ele também reforçou o compromisso de usar sua visibilidade na luta contra a discriminação: "Comecei a construir a minha sexualidade, a entender o que eu era, o que eu gostava, só quando eu saí da escola. É tão injusto largar tão atrás... Um desejo que eu tenho é que crianças e adolescentes possam se expressar livremente, porque isso é um grande adianto na vida, na autoestima, na construção da identidade." O programa fica disponível no Spotify e no site da Trip! [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/04/67eeff53f2456/luis-lobianco-ator-vale-tudo-globo-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Divulgação; LEGEND=Luis Lobianco; ALT_TEXT=Luis Lobianco] Trip. De que forma a perda da sua mãe impactou sua infância e autoestima? Com a morte da minha mãe, eu fui uma criança precoce em muitos sentidos. Sei lá, oito anos, eu ia sozinho pra escola, pagava conta no banco. Por outro lado, paralelo a isso, também ficou uma criança eterna, precisando de colo, precisando de amor, querendo que alguém pegue no colo. O mais duro é que você perde completamente a sua autoestima, porque você imagina: você está na escola, todo mundo tem mãe, você não tem. Eu tinha muita vergonha de falar que eu não tinha mãe quando era criança. Eu não falava, sabe? Eu evitava esse assunto. Porque é uma reconstrução mesmo, de identidade, de autoestima, de se perceber no mundo com esse buraco, né? Para onde vai esse luto que se cria na cabeça da criança? Que sinapse que faz ali que depois você não consegue desfazer nunca mais, entendeu? Como foi a sua vivência afetiva e o processo de descoberta da sexualidade na adolescência? Eu não tinha uma vivência que os meus outros amigos e amigas tinham de ter um namorado, uma namorada, ficar apaixonado, escrever no diário. Todo mundo quer um momento dessa descoberta, mas é muito cruel que a gente não podia expressar isso de forma alguma. Eu comecei a construir isso, a minha sexualidade, entender o que eu era, o que eu gostava, quando eu saio da escola. Mas olha só que droga largar tão atrás. É tão injusto. Um desejo que eu tenho é que crianças e adolescentes possam se expressar livremente quando for o momento de ter as primeiras sensações da sexualidade, da orientação, do gênero. Porque isso é um grande adianto na vida, entendeu? É um grande adianto na autoestima, na construção da identidade. Como foi o início da sua trajetória no Porta dos Fundos e o impacto do grupo na sua carreira? Em 2012, YouTube era tudo mato. Fui convidado para o Porta e pensei: 'Olha mais um grupo se reunindo para fazer uma coisa sem dinheiro'. Quase que eu não fui. O Porta era um grupo de pessoas inadequadas para o mercado, porque o mercado não absorvia e não investia nesses atores, autores, diretores, ideias e nesse humor. A gente se juntou para fazer algo que fazia sentido para a gente. O humor, até pela possibilidade do improviso, são palcos mais generosos. Ninguém imaginava que ia virar o que virou. O Porta estreou e, em poucos dias, todas as TVs estavam ligando com convites. Finalmente consegui entrar na bolha do audiovisual. Você acredita que a arte tem um papel de cura? A gente teve um belo demonstrativo aí, na pandemia, do que a arte pode fazer pelas pessoas. A arte no sentido de cura mesmo. E ouvi algumas vezes coisas do tipo: ‘eu pensei em me matar, mas eu assisti o programa, eu vi uma cena, eu vi isso e aí eu ri e aí eu vi que a vida vale a pena'. A gente sabe onde a gente encontra cura. A gente só tem que ceder menos ao medo e ao ódio. E aí a gente tem alguma chance.

Mix Tudo
24.03.25 - Deixei para segunda e não comecei (part. Bruna Allemann)

Mix Tudo

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 32:03


O Assunto
O relato de Luckas, vítima de tráfico humano em Mianmar

O Assunto

Play Episode Listen Later Mar 17, 2025 49:39


Durante quatro meses, o brasileiro Luckas Viana Santos foi forçado a trabalhar diariamente 17 horas por dia em Mianmar. Aos 31 anos, ele aceitou uma oportunidade de emprego na Tailândia e foi levado, sem saber, para o país vizinho. Luckas foi preso e torturado, sem poder se comunicar com a família. Ele é o convidado de Natuza Nery neste episódio. Luckas conta em detalhes como foi parar em um local com mais de 5 mil vítimas de tráfico humano, as condições a que foi submetido e uma rotina de ameaças. O trabalho, na verdade, consistia em aplicar golpes seduzindo “clientes”. A remuneração prometida de US$ 1.500 era falsa, e o salário recebido dava apenas para comprar itens básicos, como sabonete. O brasileiro relembra em detalhes como foi a fuga, no último dia 8 de fevereiro. Com a ajuda de uma filipina, um paquistanês e um queniano, o grupo de 60 pessoas bolou um plano para escapar do complexo durante uma madrugada. “Comecei a correr, correr, correr”, relembra, mas, após dias de maus-tratos, não conseguiu ir muito longe. “É algo que vai ficar sempre na minha mente”, diz. A história de Luckas retrata um crime do qual crianças, mulheres e homens são vítimas, atraídos por falsas promessas de emprego. Segundo um relatório divulgado pela ONU em dezembro do ano passado, mais de 200 mil pessoas foram vítimas de tráfico humano entre 2020 e 2023 no mundo inteiro. Natuza entrevista também Cintia Meireles, coordenadora da ONG internacional The Exodus Road, grupo que ajudou no resgate de Luckas e de outros brasileiros. Cintia explica o que caracteriza o crime de tráfico humano, os danos físicos e psicológicos com os quais as vítimas lidam após serem resgatadas e como é possível combater esquemas deste tipo de crime.

Esportes
Com campeonato mundial em 2025, Portugal está se tornando a casa do Jiu-Jitsu brasileiro na Europa

Esportes

Play Episode Listen Later Mar 16, 2025 5:05


O Jiu-Jitsu brasileiro é cada vez mais presente em Portugal. O esporte registrou um crescimento de 20%, segundo a ISBJJA (International Sports Brazilian Jiu-Jitsu Association). E esse interesse deve ser ampliado este ano com a realização da World Cup, a primeira Copa do Mundo de Jiu-Jitsu em Portugal. Lizzie Nassar, correspondente da RFI em Lisboa“Portugal já é a casa do Jiu-Jitsu brasileiro na Europa”, resume o faixa-preta Oscar Daniotti, presidente da ISBJJA. Segundo ele, a cultura compartilhada, a língua e a presença de muitos brasileiros têm contribuído para o país se tornar um dos maiores centros da modalidade no Velho Continente. “Muitos brasileiros aqui estão dando aula e espalhando a paixão pelo esporte”, acrescenta.  A realização da World Cup em Cascais, nos dias 19 e 20 de abril, promete atrair mais de mil atletas e movimentar ainda mais a comunidade em torno da modalidade. “Este evento será um marco para o Jiu-Jitsu em Portugal, reforçando nossa posição como epicentro do esporte na Europa", frisa Daniotti.A popularidade do Jiu-Jitsu em Portugal também tem sido impulsionada pelo exemplo de atletas como Renan Bernardes, faixa-roxa e atual líder do ranking mundial na sua categoria pela IBJJF. Renan, que vive em Portugal há nove anos e trabalha na área de relações internacionais de uma universidade, afirma que o esporte transformou sua vida."Eu costumo dizer que não procurei o esporte, eu esbarrei com ele. Comecei aos 33 anos e encontrei o grande amor da minha vida. Adoro o Jiu-Jitsu e não falto em treino por nada. Esse esporte me trouxe muito mais do que eu poderia imaginar”, constata.Integração culturalAlém do alto nível competitivo, o Jiu-Jitsu também é uma ferramenta de integração cultural. Oscar Daniotti menciona que campeões do circuito europeu ganham passagens para competir no Brasil e vice-versa, criando uma sólida conexão entre os dois países. Renan completa: "O Jiu-Jitsu tem um componente muito forte de acolhimento e amizade. As pessoas fazem do Jiu-Jitsu algo que vai além do tatame."Entretanto, viver da modalidade na Europa ainda é algo desafiador, especialmente para quem chega no Velho Continente sem uma estrutura pré-estabelecida. “Quem chega na Europa não vai conseguir viver do Jiu-Jitsu de imediato”, alerta Daniotti. “Sem uma academia estruturada, é necessário ter um trabalho extra para garantir o sustento." Renan também confirma, dizendo que não consegue viver da prática esportiva. “Trabalho numa universidade e, como atleta, é muito difícil", admite.Apesar dos obstáculos, o Jiu-Jitsu continua a crescer, e novas gerações de atletas estão rompendo estigmas antigos. "As cidades estão oferecendo o apoio necessário para que o Jiu-Jitsu esteja cada vez mais presente, e isso é ótimo para nós, brasileiros, pois podemos compartilhar a nossa cultura", afirma o presidente da ISBJJA.Fundada em 2022, a ISBJJA é uma extensão da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Desportivo (CBJJD) na Europa, e tem feito um trabalho significativo na organização de eventos. Com o apoio de grandes equipes brasileiras, a associação já está consolidada e com boa aceitação no continente. "A nossa parceria com a Confederação Brasileira tem sido fundamental. Quando chegamos, trouxemos uma estrutura já reconhecida no Brasil, e isso ajudou muito no nosso sucesso aqui", explica Daniotti.Além da World Cup, também estão previstos outros eventos importantes, como o campeonato nacional em Coimbra (19 de junho), Torres Novas (julho), a Eurocamp na Galícia (outubro), e mais eventos em Coimbra em novembro.

Tu Podes Mudar a tua Vida
Temp. 2 # Episodio 30 O Dia em Que Comecei a Dizer ‘Não'!!!

Tu Podes Mudar a tua Vida

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 5:43


✨ Episódio Novo no Ar! ✨"Quantas vezes disseste 'sim' e depois te arrependeste profundamente?"Neste episódio do podcast O dia que comecei a dizer Não!!, conto como aprendi a dizer "não" e o impacto transformador que isso teve na minha vida.Partilho estratégias práticas para:✔️ Priorizar o que realmente importa.✔️ Dizer "não" sem culpa.✔️ Recuperar tempo para ti mesma.

Ponto Final, Parágrafo
Episódio 81: Mafalda Anjos: «Comecei a olhar para o mundo e pensei que precisava destas reflexões de “Carta a um jovem decente” — e acho que não servem apenas para os jovens»

Ponto Final, Parágrafo

Play Episode Listen Later Jan 27, 2025 59:29


Começou no Direito, mas rapidamente percebeu que a sua carreira passava pelo Jornalismo. Mafalda tem a observação como superpoder. Quando era miúda, gostava de olhar o céu estrelado. Hoje, olha o mundo todos os dias com espanto e curiosidade.  Mãe de quatro filhos, a ideia para o seu novo livro, “Carta a um jovem decente” (editado pela Contraponto, no final de 2024), surge depois de ter escrito cartas aos seus filhos quando estes atingiram a maioridade. Os ensinamentos que vinham nessas páginas deram um livro e são agora o mote para este episódio do podcast literário “Ponto Final, Parágrafo”.  Em entrevista a Magda Cruz, explica as origens do conceito de decência, como políticos como Donald Trump subvertem as regras da decência e que livros, sobretudo cartas, a inspiraram para a escrita deste novo título. O livro é destinado a jovens, mas pode ser lido por pais e mesmo avós. Artigo mencionado por Mafalda Anjos: https://leitor.expresso.pt/semanario/semanario2715/html/ideias/capa/adeus-decencia-ate-depois-2

Convidado
Entre música e teatro a procura de identidade da cantora Gildaa

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 3, 2025 10:28


A cantora franco-brasileira, Gildaa, actuou no concerto comemorativo dos 10 anos da Session UNIK da rádio FIP, no estúdio 104 da Maison de la Radio, em Paris. A cantora explora a memória ancestral e a espiritualidade, a dualidade entre Camille e Gildaa, misturando samba, R&B ou ainda jazz numa criação musical livre e sem fronteiras. O concerto celebrou uma década de sessões Unik da FIP que imortalizam duetos de cantores inéditos, gravando-os directamente num suporte vinil. Os duetos prensados em séries limitadas - cerca de trezentas exemplares - em discos de 45 RPM, costumam ser vendidos durante o Record Store Day, o dia dedicado às lojas de discos independentes.A primeira edição, em 2014, contou com o dueto Jane Birkin e Emily Loizeau, seguiram-se Philippe Katerine e o colectivo Catastrophe, Arthur Teboul e Alain Chamfort ou Angélique Kidjo e Catherine Ringer.No dia 17 de Dezembro, MC Solaar revisitou o seu “New Western” com o grupo de rock The Limiñanas; a cantora Yael Naim retomou “Shine” ao lado da multi-instrumentista franco-brasileira Gildaa e “I love you” de Billie Eilish foi reinterpretada pela harpista soul Sophie Solyveau e pelo saxofonista Laurent Bardainne.Gildaa, nome artístico de Camille da Silva, subiu ao palco com uma dezena de artistas para este concerto comemorativo dos 10 anos da Session Unik.Na sua primeira entrevista em língua portuguesa, à RFI, a cantora franco-brasileira Gildaa confessa ter ficado "espantada com o convite”, confessa, explicando que seu nome chegou até os organizadores por indicação da amiga, Sophie Solyveau.Embora tenha começado no teatro, Gildaa explica que a sua identidade musical nasceu de uma necessidade de autenticidade. “Camille já é outra pessoa, e nós convivemos juntas”, diz, referindo-se à sua faceta teatral: Camille, a actriz que compunha para outros, cedeu espaço a Gildaa, a cantora que agora expressa sua própria voz. "Foi assim que comecei a escrever, procurando uma forma de dizer o que não conseguia na técnica com que trabalhava", conta-nos.A procura pela memória e pela espiritualidade é outro ponto central na música de Gildaa, para quem a arte é um processo de coexistência entre diferentes mundos. “É um cruzamento de universos”, diz-nos, lembrando que entrelaça cultura brasileira e ocidental. “O importante não é saber quem somos, mas viver o caminho”, afirma."Comecei numa cozinha onde a minha mãe faz festas com todo o povo brasileiro em Paris", conta. A sua música mistura de samba, jazz e R&B, uma "feijoada" de influências culturais que se reflectem na liberdade criativa com que compõe.“A poesia brasileira tem uma forma única de dizer o que não pode ser dito abertamente, enquanto o francês tem mais palavras, mais camadas”, descreve Gildaa, destacando o cruzamento de línguas, que se tornam numa das suas riquezas.Gildaa vai estar em cena no centro cultural 104 nos dias 14, 15 e 16 de Janeiro e entre os dias 21 a 30 de Janeiro no teatro do Rond Point, em Paris.

Especulando: Ginecologia e Obstetrícia
Especulando Ep. 94: Como comecei minha carreira de GO

Especulando: Ginecologia e Obstetrícia

Play Episode Listen Later Dec 26, 2024 23:28


Nesse episódio eu, Lucas, vou contar para vocês os locais que trabalhei e os prós e contras de cada tipo de serviço que fiz. Isso pode ser de muita ajuda para quem ainda está perdido (a) no fim do R3 e início da vida profissional. Espero que gostem. Episódio patrocinado pela equipe MedCof e com o cupom ESPECULANDO vocês conseguem R$300 de desconto nos cursos para R+ de GO, Mastologia e para o TEGO: https://tego.grupomedcof.com.br

Rádio Minghui
Programa 1166: "Minha depressão desapareceu depois que comecei a praticar Falun Dafa"

Rádio Minghui

Play Episode Listen Later Dec 21, 2024 6:47


Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 1166: Experiência de cultivo da categoria Benefícios à saúde, intitulada: "Minha depressão desapareceu depois que comecei a praticar Falun Dafa", escrita Ruyu, uma praticante do Falun Dafa na China.

Alta Definição
Victoria Guerra: “Não comecei a trabalhar por ser uma atriz fantástica, tenho de provar que não sou só uma cara bonita”

Alta Definição

Play Episode Listen Later Nov 30, 2024 35:31


Neste episódio do Alta Definição, Victoria Guerra partilha as suas experiências de vida e carreira, fala sobre a influência da sua família, o apoio que teve dos pais, mas também o luto - do pai e de dois irmãos bebés.  A atriz sublinha a importância da liberdade e da criatividade, e como a estabilidade pode ser um inimigo do crescimento. Vitória também reflete sobre a pressão da aparência na indústria do entretenimento.  Em conversa com Daniel Oliveira, aborda ainda a influência das redes sociais nas gerações mais novas e a importância de manter os pés no chão.  O Alta Definição foi emitido a 30 de novembro de 2024.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Trip FM
Dira Paes aprendeu a dirigir

Trip FM

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024


Dona de um extenso currículo no cinema e na televisão, atriz colhe os frutos de seu primeiro filme como diretora “Comecei a perceber que tenho uma representatividade como amazônida, mas sou de uma brasilidade que alcança esse país inteiro. São 42 longas-metragens plurais. Agora, quando se fala em TV, só a partir de 2022 o olhar do protagonismo começou a ser ampliado dessa beleza importada que a gente vê por aí”, diz Dira Paes. Dona de um extenso currículo no cinema e na televisão, a convidada do Trip FM vive a emoção de colher os frutos de seu primeiro filme como diretora, que também é roteirizado e protagonizado por ela. Em cartaz nos cinemas brasileiros, “Pasárgada” acompanha o dilema de Irene, uma solitária ornitóloga, profissional dedicada ao estudo de aves, que, durante uma viagem de pesquisa numa floresta remota, passa a questionar sua ligação com o tráfico internacional de animais. “Eu queria abordar o absurdo do Brasil ser esse grande fornecedor de animais silvestres e pássaros para o tráfico internacional. É um fetiche até hoje. A gente convive com gaiolas e não se admira”, afirma a atriz. “Essa personagem me trouxe outro movimento, algo que não sou muito convidada a fazer. Eu queria essa vilania.” Dira também está no elenco de “Manas”, longa-metragem premiado no Festival de Veneza que fará sua estreia nacional no Festival do Rio neste final de semana. Gravado na região amazônica, o filme acompanha uma jovem em meio ao cenário de violência na Ilha do Marajó, no Pará. Na conversa com Paulo Lima, Dira também falou sobre seu ativismo, que precede a carreira artística. “Como vamos dar conta das demandas do Brasil se ficarmos passivos às demandas governamentais? Como vamos transformar alguma coisa se não somos ativistas capazes de criar demandas? O que eu vejo hoje é que a Amazônia precisa ser ouvida através dos amazônidas: artistas, cientistas, todas as excelências do mundo. Não dá pras pessoas irem lá pra falar o que a gente precisa fazer.” Você pode ouvir esse papo no Spotify e no play aqui em cima. Trip. Porque decidiu partir agora para a direção? Dira Paes. Eu queria estar presente em todas as etapas da feitura de um filme. Encarei essa minha primeira aventura cinematográfica como uma graduação, quando é preciso estar a par de toda a artesania do processo. Eu estou muito realizada: colocar um filme na praça é um grande desafio. É um trabalho de uma apropriação do seu desejo ao ponto de você contaminar todos que estão à sua volta. Como foi desenvolver uma personagem para você mesma interpretar? Eu estava pensando um lado meu mais lunar – justo eu que sou uma pessoa extrovertida, fui buscando meus avessos. Essa personagem me trouxe outro movimento, algo que não sou muito convidada pra fazer. Eu queria essa vilania. Com o tempo, sua beleza virou um ativo muito forte, mas imagino que no começo, quando o padrão de beleza era muito mais europeu, você tenha tido mais dificuldade. No começo da carreira eu achei que esse meu lado Amazônia era algo que me deixaria em um nicho. Hoje me orgulho de ser um farol para muita gente. Nós não éramos um padrão de beleza, era uma coisa exótica. Mas eu sempre tive minha autoestima muito bem resolvida, e sempre me achei muito especial. Comecei a perceber que tenho uma representatividade como amazônida, mas sou de uma brasilidade que alcança esse país inteiro. São 42 longa-metragens plurais. Agora, quando se fala em TV, só agora a partir de 2022 o olhar do protagonismo começou a ser ampliado dessa beleza importada que a gente vê por aí. O quanto você mergulhou nesse mundo do estudo dos passarinhos para fazer esse filme? Eu queria abordar com esse filme o absurdo que é o Brasil ser esse grande fornecedor de animais silvestres e pássaros para o tráfico internacional. É um fetiche até hoje. A gente convive com gaiolas e não se admira. Não acha um absurdo que eles se autodenominem passarinheiros. Eles são gaioleiros. Os pássaros não nasceram para ficarem na gaiola e nem sozinhos. São animais que vivem em dupla a vida inteira. Dentro de uma gaiola eles não estão cantando, eles estão chorando, sofrendo. Imagine um bicho que nasceu para voar sobre uma floresta, ficar preso. Como nós vamos monitorar a Amazônia se não for com a ajuda do terceiro setor? Como vamos dar conta das demandas do Brasil se a gente ficar passivo às demandas governamentais? Como vamos transformar se não somos ativistas capazes de fazer demandas? Hoje o que eu vejo é que a Amazônia precisa ser ouvida através dos amazônidas: artistas, cientistas, todas as excelências desse mundo.

Trip FM
Dira Paes aprendeu a dirigir

Trip FM

Play Episode Listen Later Oct 4, 2024


Dona de um extenso currículo no cinema e na televisão, atriz colhe os frutos de seu primeiro filme como diretora “Comecei a perceber que tenho uma representatividade como amazônida, mas sou de uma brasilidade que alcança esse país inteiro. São 42 longas-metragens plurais. Agora, quando se fala em TV, só a partir de 2022 o olhar do protagonismo começou a ser ampliado dessa beleza importada que a gente vê por aí”, diz Dira Paes. Dona de um extenso currículo no cinema e na televisão, a convidada do Trip FM desta sexta-feira vive a emoção de colher os frutos de seu primeiro filme como diretora, que também é roteirizado e protagonizado por ela. Em cartaz nos cinemas brasileiros, “Pasárgada” acompanha o dilema de Irene, uma solitária ornitóloga, profissional dedicada ao estudo de aves, que, durante uma viagem de pesquisa numa floresta remota, passa a questionar sua ligação com o tráfico internacional de animais. “Eu queria abordar o absurdo do Brasil ser esse grande fornecedor de animais silvestres e pássaros para o tráfico internacional. É um fetiche até hoje. A gente convive com gaiolas e não se admira”, afirma a atriz. “Essa personagem me trouxe outro movimento, algo que não sou muito convidada a fazer. Eu queria essa vilania.” Dira também está no elenco de “Manas”, longa-metragem premiado no Festival de Veneza que fará sua estreia nacional no Festival do Rio neste final de semana. Gravado na região amazônica, o filme acompanha uma jovem em meio ao cenário de violência na Ilha do Marajó, no Pará. Na conversa com Paulo Lima, Dira também falou sobre seu ativismo, que precede a carreira artística. “Como vamos dar conta das demandas do Brasil se ficarmos passivos às demandas governamentais? Como vamos transformar alguma coisa se não somos ativistas capazes de criar demandas? O que eu vejo hoje é que a Amazônia precisa ser ouvida através dos amazônidas: artistas, cientistas, todas as excelências do mundo. Não dá pras pessoas irem lá pra falar o que a gente precisa fazer.” O Trip FM fica disponível no Spotify e aqui no site da Trip. Trip. Porque decidiu partir agora para a direção? Eu queria estar presente em todas as etapas da feitura de um filme. Encarei essa minha primeira aventura cinematográfica como uma graduação, quando é preciso estar ao par de toda a artesania do processo. Eu estou muito realizada: colocar um filme na praça é um grande desafio. É um trabalho de uma apropriação do seu desejo ao ponto de você contaminar todos que estão à sua volta. Como foi desenvolver uma personagem para você mesma interpretar? Eu estava pensando um lado meu mais lunar, justo eu que sou uma pessoa extrovertida, fui buscando meus avessos. Essa personagem me trouxe outro movimento, algo que não sou muito convidada pra fazer. Eu queria essa vilania. Com o tempo você a sua beleza virou um ativo muito forte, mas imagino que no começo, quando o padrão de beleza era muito mais europeu, você tenha tido maior dificuldade. No começo da carreira eu achei que esse meu lado Amazônia era algo que me deixaria em um nicho. Hoje me orgulho de ser um farol para muita gente. Nós não éramos um padrão de beleza, tínhamos uma coisa exótica. Mas eu sempre tive minha autoestima muito bem resolvida, e sempre me achei muito especial. Comecei a perceber que tenho uma representatividade como amazônida, mas trabalhei no Brasil inteiro, eu sou de uma brasilidade que alcança esse país inteiro. São 42 longa metragens plurais. Agora quando se fala em TV, só agora a partir de 2022, o olhar do protagonismo começou a ser ampliado dessa beleza importada que a gente vê por aí. O quanto você mergulhou nesse mundo do estudo dos passarinhos para fazer esse filme? Eu queria abordar com esse filme o absurdo que é o Brasil ser esse grande fornecedor de animais silvestres e pássaros para o tráfico internacional. É um fetiche até hoje. A gente convive com gaiolas e não se admira. Não acha um absurdo que eles se autodenominem passarinheiros. Eles são gaioleiros. Os pássaros não nasceram para ficarem na gaiola e nem sozinhos. São animais que vivem em dupla a vida inteira. Dentro de uma gaiola eles não estão cantando, eles estão chorando, sofrendo. Imaginem um bicho que nasceu para voar sobre uma floresta, ficar preso. Como nós vamos monitorar a Amazônia se não for com a ajuda do terceiro setor? Como vamos dar conta das demandas do Brasil se a gente ficar passivo às demandas governamentais? Como vamos transformar se não somos ativistas capazes de fazer demandas? Hoje o que eu vejo é que a Amazônia precisa ser ouvida através dos amazônidas: artistas, cientistas, todas as excelências desse mundo.

Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!
NFL: DAVANTE ADAMS PEDE TROCA, MNF, EAGLES E CHIEFS COM PROBLEMAS + MVP DE SETEMBRO

Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 69:08


Comecei falando sobre o pedido de troca de Davante Adams e os destinos possíveis (00:00:00). Depois recebi Caio Miari, editor do The Score, para falar sobre a rodada dupla do Monday Night Football (00:06:45), crise dos Eagles (00:25:05), problemas no ataque dos Chiefs (00:38:05) e MVP do mês de setembro (00:59:49) - Mande "Quero Receber" e adicione o Cara dos Sports aos contatos no WhatsApp para receber alertas de podcasts e muito mais por lá! Número é 21 99747-4693, link para abrir a conversa: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://wa.me/message/XOKZQKSVXB3SK1

Pretoteca
#140 - Júlio César: "Quando eu comecei a perder a visão, o esporte surgiu como uma nova chance" | PRETOTECA

Pretoteca

Play Episode Listen Later Sep 20, 2024 48:04


Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!
NFL: JETS VENCEM OS PATRIOTS + PREVIEW DA SEMANA 3

Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!

Play Episode Listen Later Sep 20, 2024 32:56


Comecei falando sobre a vitória dos Jets sobre os Patriots no TNF (00:00) e depois passei pelos principais pontos do restante da semana 13 da NFL (13:28) PROMOÇÃO Acesso aos podcasts exclusivos para apoiadores até o fim da temporada regular da NFL por apenas R$50! Faça o pix para: caradossports@gmail.com Mande o comprovante para: (21) 99747-4693 ou clicando nesse link https://wa.me/message/XOKZQKSVXB3SK1 Já envie o seu e-mail Google para acesso ao Drive com os episódios

Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!
NBA: PERGUNTAS DO PÚBLICO (KOBE SUPERESTIMADO) + JEFF BEZOS QUER OS CELTICS

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Play Episode Listen Later Aug 20, 2024 36:51


Comecei falando sobre o calendário dos times da NBA (02:40) e o suposto interesse de Jeff Bezos em comprar o Boston Celtics (04:38). Depois respondi as perguntas enviadas por vocês, que foram: (08:47) Qual time mais evoluiu? (13:15) Tatum/Brown e seleção dos EUA (16:17) Expectativa para OKC (18:28) Rockets brigariam por título com Durant? (21:58) Futuro dos Nuggets e encaixe de Westbrook (27:32) Kobe é superestimado? Saiba como se tornar apoiador(a): ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://medium.com/caradossports/se-torne-apoiador-do-cara-dos-sports-be39780355a3⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Me adicione aos contatos e mande "Quero Receber" no WhatsApp por esse link: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://wa.me/message/KJUUATARPUL4K1⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ adicionando esse número: (21) 998963383 Me siga no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/caradossports/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Siga o meu canal na Twitch: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.twitch.tv/caradossports

Alta Definição
Sara Correia revela as dificuldades da sua infância: “Eu comecei a cantar o fado para ajudar quem me rodeava“

Alta Definição

Play Episode Listen Later Jul 13, 2024 53:06


Sara Correia, nascida e criada em Chelas, é uma das mais promissora vozes da atualidade. A fadista conta a Daniel Oliveira que já na barriga da sua mãe sentia a música, carreira que iria seguir desde nova. Por causa do fado, Sara sente que lida com “a tristeza e a amargura de uma forma mais leve”. Sem nunca esquecer o “calão” de bairro, a cantora revela os momentos mais marcantes da sua infância, especialmente o divórcio dos seus pais, quando tinha 10 anos. Esse divórcio foi também o catalizador para a pequena Sara começar a cantar para ajudar a família. O Alta Definição foi exibido a 13 de julho na SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.

SEXLOG
CONTO | PAGAMENTO EM XERECARD

SEXLOG

Play Episode Listen Later Jul 12, 2024 9:32


Percebi que o motorista de aplicativo do carro que eu estava não parava de olhar para mim. Comecei a tocar uma para ele enquanto conversávamos. O safado ficou excitado, parou o carro em uma rua menos movimentada e pulou o banco para brincar junto comigo. Fui à loucura com as coisas que ele sabia fazer. O homem era experiente e me fez gozar várias vezes. Cheguei em casa de perna bamba. Essa viagem com certeza ganhou cinco estrelas. Conto erótico narrado. Locução: @ouveamalu

Cara dos Sports - NFL, NBA e muito mais!
NBA: CELTICS VENCEM JOGO 1 VS PACERS + PRINCIPAIS FREE AGENTS DA OFFSEASON

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Play Episode Listen Later May 22, 2024 64:02


Comecei falando sobre a vitória dos Celtics contra os Pacers no jogo 1 da final do leste (00:00:00). Depois recebi o Vitor Buratini, jornalista do Camisa 23, para falar sobre os principais jogadores que estarão disponíveis no mercado após o término da temporada (00:10:50), terminando falando sobre a final do oeste entre Wolves e Dallas (00:56:45). Escute! Saiba como se tornar apoiador(a): ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://medium.com/caradossports/se-torne-apoiador-do-cara-dos-sports-be39780355a3⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Me adicione aos contatos e mande "Quero Receber" no WhatsApp por esse link: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://wa.me/message/KJUUATARPUL4K1⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ adicionando esse número: (21) 998963383 Me siga no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/caradossports/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Siga o meu canal na Twitch: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.twitch.tv/caradossports

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NBA: DALLAS VENCE, BOSTON AVANÇA, FUTURO DE LEBRON/BRONNY + TUDO SOBRE OS PLAYOFFS!

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Play Episode Listen Later May 16, 2024 69:00


Comecei falando sobre a vitória de Dallas contra OKC (00:00:00) e a classificação dos Celtics (00:08:35) Depois recebi o Ricardo Stabolito Jr. (@StabolitoJumper) para falar sobre o futuro de Bronny e LeBron (00:10:25), Denver/Minnesota (00:35:46) e Knicks/Pacers (00:54:16) Saiba como se tornar apoiador(a): ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://medium.com/caradossports/se-torne-apoiador-do-cara-dos-sports-be39780355a3⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Me adicione aos contatos e mande "Quero Receber" no WhatsApp por esse link: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://wa.me/message/KJUUATARPUL4K1⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ adicionando esse número: (21) 998963383 Me siga no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/caradossports/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Siga o meu canal na Twitch: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.twitch.tv/caradossports

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NBA: KNICKS VENCEM JOGO 2, DENVER NO BURACO + PLAYOFFS DA NBA

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Play Episode Listen Later May 9, 2024 46:26


Comecei o programa falando sobre a vitória dos Knicks no jogo 2 e o prêmio de MVP (00:00). Depois recebi o Mateus Vaz (@NBAdoPovo) para falar sobre Denver x Minnesota (09:19), OKC x Dallas (25:08) e Boston x Cavs (34:43) Saiba como se tornar apoiador(a): ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://medium.com/caradossports/se-torne-apoiador-do-cara-dos-sports-be39780355a3⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Me adicione aos contatos e mande "Quero Receber" no WhatsApp por esse link: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://wa.me/message/KJUUATARPUL4K1⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ adicionando esse número: (21) 998963383 Me siga no Instagram: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.instagram.com/caradossports/⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Siga o meu canal na Twitch: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://www.twitch.tv/caradossports⁠

Fernando Ulrich
BITCOIN perto do HALVING; Reservas Fracionárias e impressão de dinheiro; Receita Federal exigindo +

Fernando Ulrich

Play Episode Listen Later Apr 1, 2024 46:21


O "Ulrich Responde" é uma série de vídeos em que respondo perguntas enviadas por membros do canal e seguidores onde abordo diversos tópicos relacionados à economia, finanças e investimentos. Nesse formato de vídeo falamos sobre política econômica, inflação, taxas de juros, até investimentos em criptomoedas e ações, oferecendo uma análise aprofundada e bem fundamentada em cada episódio, trazendo informação para quem busca entender melhor a economia e tomar decisões financeiras mais informadas. 00:00 - No episódio de hoje… 00:25 - Introdução 00:58 - O que você acha da fala do Saylor de que não existe segunda melhor opção depois do Bitcoin e que quem não tem 100% do patrimônio investido em BTC está jogando dinheiro fora? 05:51 - E até da Black Rock entrando de cabeça enquanto os bilionários estão se desfazendo de ações? 10:08 - Como um narrow bank obtém lucro? 12:07 - Achei que urânio subiria mais, ainda tem chão na tese, mas tá demorando muito pra subir o que se falava, acabei vendendo minha posição em URNM e aportando em cripto, andou bem mais... 12:50 - Aproveitando a tua viagem à Europa, como funciona o sistema de compensação de exportações/importações dentro dos países do Euro? Quem paga a empresa exportadora se os países ficam com o "crédito em aberto" (livro a tragedia do Euro)? 15:52 - Quais ações anti-frágeis no Brasil? Se beneficiam mesmo sem a alteração da Selic, e não são prejudicadas pela alta do dólar? 17:12 - Temos que considerar o possível cenário da Terceira Guerra Mundial nas nossas decisões de investimento? 19:52 - Comecei a assinar o canal tem pouco tempo e estou achando o conteúdo excelente! A pergunta é: Existem outras opções na bolsa americana para exposição na tese de chips, que ainda não estão tão valorizadas como a NVIDIA? 21:42 - Qual a diferença entre uma emissão de novo dinheiro a partir de reservas fracionárias e falsificação de cédulas (para efeitos econômicos)? 25:10 - Em um padrão BTC, bancos funcionariam exatamente como o banco de Amsterdam funcionava? 27:11 - Você acha que há muito extremismo na forma como as pessoas enxergam o Bitcoin? 27:41 - Halving chegando? 29:51 - Bora jogar beach tênis valendo SATS no Bitcoin Spring Festival Rolante? 30:12 - Declarou seus Bitcoins e os endereço(s) da(s) sua(s) carteira(s) a Receita Federal? 31:59 - Argentina registra segundo superávit nominal seguido, e a mídia tradicional calada. 32:49 - O que os "faria limer" ao teu redor, estão achando do movimento da BlackRock sobre BTC? 34:08 - A robótica/lA pode ter um papel central no cenário de inversão da pirâmide etária? Invisto? 35:35 - Fora o Bitcoin existe alguma outra cripto que traz algum valor real para sociedade, ou só distrações? 36:39 - Com o aumento da população mundial, podemos dizer que o valor do Bitcoin não tem limite? 37:30 - Nvidia é a nova vendedora de pá na corrida das IAs? 37:39 - Acha que teremos liquidez nos contratos futuros do Bitcoin na B3? 37:53 - Quais os mercados/jurisdições internacionais podemos considerar mais seguros, além do americano? 38:34 - Como explicar para um petista sobre a curva de laffer? 39:29 - Segundo Haddad, Lula atuará como controlador de preços da Petrobras. Já é certeza de prejuízo? 39:52 - Pra quem mora fora compensa investir no Brasil? E não pretende voltar 40:06 - O Governo Lula se preocupa com as contas públicas ou não tá nem aí? 40:25 - Seria viável para a Argentina cortar 3 zeros da moeda? Por que não fazer? 40:49 - Quais plataforma de IA você usa? Para editar, thumb, etc 41:20 - Admiro sua consistência em criar vídeos de qualidade por tantos anos. 42:21 - O que é a Páscoa pra você? 42:46 - Pergunta pessoal: você já tem dois filhos, correto? Tem vontade de ter mais? 43:33 - Você sempre teve essa oratória que você tem? 45:14 - Qual foi o assunto/tema mais difícil de você entender?

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 239: Talking about Textures 1

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Feb 24, 2024 45:15


Para ter aulas em grupo e discutir os assuntos do podcast, visite: https://portuguesewitheli.com/cah E aqui está a transcrição para seu proveito! Quando adolescente, tive uma experiência que é ver para crer. Sei que vai parecer que sou pancada, mas aos dezessete anos fui abduzido. Não, não fui raptado... pelo menos não por pessoas. Foi bem bizarro e até eu custo a acreditar, então entendo seu ceticismo ao me ouvir. Mas vou te contar mesmo assim. Era madrugada. Eu estava dormindo. Do nada, acordei atordoado com um zunido forte. De repente, senti um formigamento na minha pele, vi um brilho muito forte e não consegui me mexer. Meus músculos estavam todos retesados. Daí, meu corpo ficou levinho, levinho. Era como se eu pesasse tanto quanto uma pena. Comecei a flutuar. E logo em seguida senti que estava estirado numa mesa lisa – acho que como essas mesas de frigorífico, onde cortam a carne. Engraçado é que eu não tinha entrado em pânico... Ainda. Foi quando senti um toque viscoso no meu braço. Eram dedos finos e pegajosos, e ao toque pareciam lesmas. Eu não conseguia divisar ninguém com aquela luz toda. A mão me puxou, e me sentei. Quem quer que estivesse me segurando pelos braços, me ajudou a me levantar e depois me conduziu para algum lugar. O chão era estranhamente duro e rugoso. Contrastava muito com o liso da mesa. Fui caminhando por um corredor escuro. Depois de um tempo, o chão debaixo dos meus pés foi ficando macio e agradável. Era como estar pisando em grama. Então meus abdutores me levaram a uma mesa repleta de coisas estranhas. Um deles apontou para uma coisa que parecia uma pedra. Eu encostei na coisa. Meu dedo roçou na casca. Tinha um toque áspero, como lixa d’água, mas não era dura. Eu pressionei um dedo contra ela e ela cedeu. Então meu dedo perfurou a coisa e ela parecia esponjosa por dentro, e um suco aguado jorrou de dentro. Tomei um susto. Mas por curiosidade, levei o dedo à boca e, minha nossa, que coisa gostosa! Tinha um sabor indescritível. O ET fez um barulhinho como se estivesse satisfeito. Em seguida, me mostrou mais e fez um gesto. Então finalmente a ficha caiu. Queriam que eu comesse! Eram frutas do planeta deles! Comi uma planta escorregadia que caiu da minha mão três vezes. Tomei um copo de suco que era tão gorduroso que me dava a sensação de estar tomando uma garrafa de óleo. Ao invés de matar minha sede, me deixou ainda mais sedento, com a língua seca como papel. Ao cabo de algumas horas – pelo menos pareceram horas para mim –, meus captores me trouxeram de volta para minha casa. Antes de partirem, estenderam a mão para um aperto, mas eu só acenei. As frutas eram deliciosas e saí de barriga cheia, mas não gostava nada, nada daquele toque viscoso da mão deles. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message

Trip FM
Andreas Kisser: Precisamos falar da morte

Trip FM

Play Episode Listen Later Feb 9, 2024


Guitarrista do Sepultura fala da turnê de despedida da banda, sobre a perda da esposa Patrícia e da relação com o álcool Após quatro décadas na estrada, a lendária banda Sepultura está se preparando para encerrar sua jornada. Marcada por ser a primeira grande banda brasileira a conquistar reconhecimento internacional (bem antes de Anitta, eles já colecionavam prêmios no MTV Music Awards), o grupo se despedirá dos fãs em grande estilo. O renomado guitarrista e músico globalmente aclamado, Andreas Kisser, compartilhou detalhes dessa despedida em uma conversa emocionante com o Trip FM. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2024/02/65c66db35aad3/andreas-kisser-sepultura-rock-artista-tripfm-mh.jpg; CREDITS=Bob Wolfenson; LEGEND=A banda Sepultura; ALT_TEXT=Sepultura] "Não foram um ou dois os sinais para encerrar o Sepultura'', conta Andreas. Num papo sobre o ato de "deixar morrer", ele refletiu sobre a série de eventos que o conduziram a esse momento. Um dos principais foi a perda de sua esposa de mais de 30 anos, Patrícia Kisser, que faleceu em 2022 após uma batalha contra o câncer. "Não foram apenas um ou dois os motivos para encerrar o Sepultura. O confronto com a finitude, a perda da minha esposa Patrícia e todo o trabalho subsequente para abordar a questão da morte no Brasil foram alguns deles. Senti-me totalmente despreparado, como cidadão, para lidar com isso: despreparado para dialogar com médicos, compreender os cuidados paliativos e diversos outros aspectos. Por que não se discute eutanásia no Brasil? Estou aprendendo tanto com a morte da Patrícia quanto aprendi em sua vida. Um filme sem fim não faz sentido. E por que não encarar o fim do Sepultura dessa mesma maneira? Só temos a ganhar com essa abordagem", diz. Andreas também falou sobre sua decisão de abandonar o consumo de álcool, sobre o São Paulo Futebol Clube, do movimento Matricia, em homenagem à esposa, deu recomendações de bandas e muito mais. A entrevista completa está disponível aqui no site da Trip e no Spotify.  Trip FM. Você sempre esteve aberto a colaborar com qualquer artista. Já recebeu críticas do universo do metal por isso? Andreas Kisser. Conhecer os artistas por trás da música, com todas as suas fraquezas, me ensinou muito sobre essa profissão, que não é fácil. O artista sobe no palco de peito aberto, numa posição muito frágil. É preciso estar preparado, saber quem você é. É a essência da música. Toquei com a Ivete no ano passado e ouvi muitas críticas. Fiquei surpreso que em 2024 as pessoas ainda estejam presas a esse tipo de limite. Tem sido difícil a decisão de encerrar o Sepultura? Não foram um ou dois os sinais para encerrar o Sepultura. O contato com a finitude, a passagem da minha esposa Patrícia e todo o trabalho que se seguiu para conseguir falar sobre morte aqui no Brasil foi um desses sinais. Me senti muito despreparada como um cidadão ao passar por isso: despreparado para falar com médicos, para entender os cuidados paliativos e muitos outros aspectos. Por que não se fala de eutanásia no Brasil? De testamento vital? Fiquei sabendo de coisas que me deixaram chocado. Não existe cuidado paliativo na maioria dos hospitais do país. Não faz parte nem do currículo na faculdade. Eu estou aprendendo com a morte da Patrícia tanto quanto aprendi em vida com ela. A maneira como ela encarou, como deixou as coisas preparadas. Quando aconteceu todo mundo sabia o que ela queria. Precisamos falar de morte, morte é limite e limite é educação. Um filme sem fim não tem sentido. Tem que ter um encerramento, só há sentido com fim. E por que não encarar o fim do Sepultura dessa forma? A gente só tem a ganhar. O que mais você aprendeu com a Patrícia? A não acreditar muito nesse mito da guitarra, do palco, na forma como as pessoas enxergam você. É perigoso esquecer de onde você veio. É importante sempre lembrar do motivo de estar aqui, de quando eu estava ensaiando no quarto de casa imaginando viajar, tocar com o Ozzy. Conquistei todos os meus sonhos e muito mais. Eu amo guitarra, eu amo música. Outro novo ciclo que se inaugurou na sua vida foi na relação com o álcool? A melhor coisa que fiz na minha vida foi ter largado o álcool. Além da saúde, de desinchar, de economizar dinheiro, o mundo é outro. Para mim o mundo antes era bar. Entrava no aeroporto, bar; no avião, cerveja; futebol, vamos beber; churrasco no fim de semana, beber; tô puto, vou tomar uma; tô feliz, vou tomar uma. O álcool fazia todas as minhas escolhas: qual restaurante, quais férias, tudo. Eu não fui na Disney com a minha família porque não tinha cerveja. E não percebia. A Patrícia falava que eu era um Playmobil com a latinha encaixada na mão. E nunca fui alcoólatra de beber todo dia, mas tudo tinha o álcool. A partir do momento em que essa ficha caiu, percebi que eu era um imbecil. Saiu uma nuvem negra de cima de mim. Comecei a meditar, fazer pilates, estudar mais violão, tomar banho de gelo. Enfrentar uma pandemia, perder minha esposa, reconstruir a minha vida com meus filhos… Tudo foi melhor sem o álcool.

Bubbles Podcast
JOSHUA "CONINHA" SILVEIRA - PFL-MMA | Bubbles Podcast #140

Bubbles Podcast

Play Episode Listen Later Dec 21, 2023 129:26


A LIVE desta quinta é com Joshua Silveira, senhores. O lutador é mesmo filho do - pai de todos - @conansilveira da @americantopteam. Mas Coninha faz por merecer cada vitória e nunca ficou à sombra da fama do pai. Nascido em Miami, Florida, tem os pais brasileiros, e por isso cresceu com muita cultura brasileira. "Comecei a praticar jiu-jitsu pequeno, mais tarde, aos 16 anos, comecei a lutar wrestling no ensino médio e consegui uma bolsa esportiva para lutar na faculdade. Combinando jiu-jitsu e wrestling, tornei-me um lutador profissional de artes marciais mistas que sou hoje." Atualmente, Coninha luta pela PFL, conhecida como Professional Fighters League. Quer saber mais? Assista a LIVE, desta quinta, no Youtube Compartilha com quem precisa conhecer esse cara incrível que fala a nossa língua e faz sucesso nos Estados Unidos. Apresentadores Juliana Bittencourt: @julianabittencourt12 Gabriel Carvalho: @gabrielcarvalho822 Lili Zucchini: @lili_zucchini Siga o Bubbles no Instagram: @bubblespodcast Seja um patrocinador do Bubbles. Envie um email para contact@eyeseasolutions.com Siga o entrevistado no Instagram: @jmdasilv Conheça a EyeSea Solutions, a melhor agência brasileira de marketing / eventos dos Estados Unidos. Siga no Instagram @eyeseasolutions Inscreva-se também no Cortes do Bubbles para ver os pontos altos das nossas conversas:  @CortesdoBubbles   Se você quer resolver de vez os seus problemas com o inglês, inscreva-se já no American English Experience, um curso que te leva do zero à fluência em apenas 60 passos. Acesse agora mesmo o site da American English Academy e faça a sua inscrição www.americanenglishacademy.edu Você já conhece a Taptap Send? Você pode enviar dinheiro para o Brasil de maneira rapidíssima e muito econômica. E o destinatário recebe por PIX!!!  Baixe o app na App Store ou no Google Play e use o código BP55 Você vai ganhar $20 na sua primeira transferência acima de $25 É muito fácil começar a economizar tempo e dinheiro. Tap, tap, foi! . . . . #bubblespodcast #americantopteam #joshuaconinhasilveira  #conansilveira #melhorespodcasts #empreendedorismo #imigrantesbrasileiros #vidanoseua #podcastbrasileiro #brasileirosnoseua #vivernosestadosunidos #melhorpodcastbrasileiro #brasileirospelomundo #vivernoseua #empreendedorismo #marketing #brasileirosnosuldaflorida #suldaflorida #morarnaflorida #mma #pfl #jiujitsu #lutadorbrasileiro #melhoreslutas #joshuasilveira --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/bubblespodcast/support

30 minutos para mim
Porque é que comecei a pesar aquilo que como?

30 minutos para mim

Play Episode Play 30 sec Highlight Listen Later Nov 30, 2023 40:46


Neste episódio, entre muita conversa da vida aqui por Cleveland, partilho convosco um desafio que fiz durante 90 dias onde pesei aquilo que comia todos os dias - oiçam tudo para ver como correu!Caso queiram inscrever-se, cliquem no link:Desafio de 90 diasAté ao próximo episódio!Love,SamMúsica: Ruta ContrabandoFollow me!https://www.instagram.com/eatlovewithlove/

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 223: Humanities or Sciences?

Portuguese For Listening With Eli And Friends

Play Episode Listen Later Nov 28, 2023 39:21


For more information, please go to https://portuguesewitheli.com And here is the monologue for your benefit. Quando se é adolescente com um monte de escolhas a fazer, nunca é fácil selecionar a carreira que se vai seguir pela vida toda. Se por um lado o mundo nos oferece um mar de possibilidades, por outro nos joga nas costas tantas responsabilidades que, se dermos um passo em falso, podemos cair num buraco sem fundo. Uma das minhas fontes de inspiração foram meus colegas de escola. Um deles sabia desde sempre que queria ser médico. Além de ser um fã de carteirinha de Grey's Anatomy, ele pensava “fora da caixa” e tinha muita empatia pelas pessoas. Também tinha estômago para ver sangue. Eu não dava para isso. Se eu vejo uma gotinha de sangue que seja, desmaio logo. Outro sujeito via tudo preto no branco. Para ele, pão era pão e queijo era queijo. Ele não lidava muito bem com abstrações filosóficas, então foi estudar engenharia. Minha escolha ficou entre a razão e a emoção: eu não era muito ruim com números, mas tampouco era um Machado de Assis. Se escolhesse algo de Humanas, sabia que tinha pela frente um verdadeiro calvário financeiro. Se escolhesse algo de Exatas, quebraria muito a cabeça no começo, pois só de imaginar meu pensamento já ficava todo emaranhado. Mas a recompensa financeira poderia ser útil para me firmar na vida no futuro. Escolhi Exatas. No primeiro semestre do curso foi um desengano. Meus colegas falavam de funções bijetoras e de cosseno e sei lá mais o quê e eu ficava mais perdido que cachorro em dia de mudança. Quando olhava para aquelas funções na lousa, minha vista ficava turva e eu começava a suar frio. Até entrei para um grupo de estudos, mas o pessoal era muito fera em matemática e não tinham muita paciência com principiantes. Meu desespero chegou ao auge quando fui designado para apresentar um seminário sobre teoria dos Grafos e suas aplicações. Passei horas devorando livros e mais livros, mas nada entrava na minha cabeça. No fim, fui apresentar com os parcos conhecimentos que tinha adquirido. Na hora da apresentação, não conseguia concatenar minhas falas. Estava me borrando todo de vergonha. Todo mundo me olhava cheio de esperança e eu ali, deixando todos na expectativa. No fim, respirei fundo e decidi: se já estava no inferno, que abraçasse o capeta. Comecei a enrolar e enrolar e no fim da apresentação um professor veio trocar um lero comigo. “Você já pensou em cursar filosofia? Você discute abstrações muito bem!” E foi assim que me vi matriculado em filosofia. Agora me sinto entre iguais. Porém, continuo a calcular... mas dessa vez, calculo as probabilidades de arranjar um emprego depois de me formar. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message

Trip FM
Marcelo Gleiser: cosmos, ciência e ultramaratona

Trip FM

Play Episode Listen Later Nov 24, 2023


Físico fala da meditação no esporte, psicanálise auxiliada por substâncias psicodélicas, vida, morte e amor Se você também está enfrentando as ondas de calor, vivenciando os tsunamis meteorológicos, ou acompanhou espantado os noticiários sobre os tornados e tempestades na Região Sul do Brasil, certamente ouviu falar da importância da ciência e da necessidade de mudar a relação entre ser humano e natureza. Afinal, o mundo não vai bem. E para debater essa triste realidade, o Trip FM ouviu um dos maiores cientistas do mundo, o físico e astrônomo Marcelo Gleiser, que há anos tem sido uma voz contundente na interpretação das angústias humanas e no futuro da humanidade. "Não tente construir narrativas de imortalidade, porque isso não vai acontecer. O segredo da vida é vivê-la da maneira mais intensa possível, e para isso, é necessário se alimentar bem, exercitar o corpo e a mente. Leia, escreva, jogue xadrez, aprenda uma nova língua para permanecer sempre alerta. Este é o segredo do transumanismo: tornar-se cada vez mais humano”, disse ele. Desde criança, Marcelo nutre uma curiosidade muito grande pelos mistérios do universo. Questões sobre como surgiu tudo o que nos rodeia, a origem da própria vida e a inquietude de querer saber se estamos sozinhos no cosmo ocupavam — e ainda ocupam — sua mente. Em 1981, ele se formou em física na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fez mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado no King's College de Londres. Desde 1991, é professor e pesquisador no Dartmouth College, nos Estados Unidos. "A gente só aprende porque se questiona sobre as experiências que temos. Se você não tentar aprender com o que está acontecendo, com o que não deu certo, vai continuar errando sempre. Sou um estudioso não só da física, mas um estudioso da vida e, certamente, um estudioso do amor.” No papo, Marcelo falou ainda sobre o esporte como uma forma de meditação, a psicanálise auxiliada por substâncias psicodélicas, a vida, a morte, o amor e muito mais. A entrevista completa está disponível aqui no site da Trip e no Spotify. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2023/11/655fb9efbdbfd/tripfm-marcelo-gleiser-cientista-mh.jpg; CREDITS=Dartmouth College / Divulgação; LEGEND=Marcelo Gleiser; ALT_TEXT=Marcelo Gleiser] Trip FM. Você é ultramaratonista, como isso ajuda na preservação da sua mente, é também uma forma de meditar? Em uma ultramaratona, tudo dói, você fica desidratado, com câimbra, com fome, mas a medida que o seu corpo quebra, a sua alma se abre. O grande desafio é como você vai sobrepujar o que a cabeça te pede, porque chega uma hora que você nem sabe quem é, entra em sintonia completa com a natureza ao redor: é a exposição ao que melhor existe na essência do ser humano. Nosso corpo foi feito para correr, para estar na natureza. Nas cidades a gente paga um preço emocional muito grande por estar longe da natureza. A ideia da meditação em movimento é a de estar totalmente presente no momento, com foco no movimento. É uma maneira de parar de pensar, o que é inestimável. Em que medida a perda da sua mãe aos seis anos fez parte da sua busca pelo desconhecido? Quando você é uma criança e perde uma mãe, há um vácuo emocional gigantesco. Isso molda quem você é como ser humano. Primeiro eu me senti vitimado: “O que eu fiz para merecer essa vida?”. Ali eu entendi que o tempo é o nosso grande mestre. A mãe é aquela que jamais pode abandonar o filho, mas essa ótica era muito centrada em mim. Com o passar dos anos eu fui começando a entender que a perda foi dela, a dor de perder a vida aos 38 anos foi dela. Comecei a entender esse processo de uma forma mais generosa e menos egoísta. Quando algo acontece com a gente, a tendência é a de se vitimar e esquecer o que aconteceu com as outras pessoas que estão em volta de você. Aprendi que se houvesse alguma coisa a me relacionar com a perda da minha mãe seria dedicar a minha vida a viver o que ela não pode viver. Essa força de explorar o mistério é de uma certa forma uma maneira de me engajar com esse desconhecido. E a morte é esse desconhecido. O que significa ser humano? Somos uns bichos muito estranhos, temos um lado todo animal, a gente precisa comer, secreta o que não precisa no meio ambiente, se reproduz, tem emoções parecidas com as de muitos outros mamíferos. Mas, por outro lado, nós questionamos quem somos, criamos teorias sobre o universo, tentamos entender se existe vida fora da terra, escrevemos sinfonias... Tudo isso é um grande esforço para preservar a nossa presença no mundo. Quando você lê um poema do Vinicius de Moraes, ele está contigo. Você só morre quando ninguém mais lembra que você viveu. Nenhum outro bicho faz isso. O que você pode dizer por essa busca pelo transumano, a busca pela vida eterna? Desde a Idade Média, a expectativa de vida dobrou. A ciência já está aumentando a vida, mas até onde a gente pode ir? Será que a ciência pode conquistar a morte? É o mito do Frankenstein. O transumanismo é a última versão dessa história. São duas correntes: uma de usar implantes no corpo e expandir a sua capacidade de visão, força, etc. E tem essa visão de ficção científica de você se transformar em uma nuvem de informação transportada de máquina em máquina. Não tem nada de científico nisso. O que me interessa é o seguinte: viva a vida da melhor forma enquanto você está vivo. Não tente tecer histórias de imortalidade porque isso não vai acontecer. O segredo da vida é vivê-la da maneira mais intensa e para isso é preciso se alimentar bem, exercitar o corpo e a mente. Leia, escreva, jogue xadrez, aprenda uma língua nova para continuar sempre alerta. Esse é o segredo do transumanismo, ser cada vez mais humano, aqui.  

Colunistas Eldorado Estadão
#98 Mulheres Reais| “Quem prova isso?” - Médica brasileira reconhecida mundialmente desafiou professor que dizia ‘mulher não nasceu para fazer cirurgia'

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Nov 20, 2023 17:00


A pesquisadora brasileira e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), Angelita Habr-Gama, foi incentivada por professores a não seguir carreira na área de cirurgia, ouviu pacientes se recusarem a serem operados por uma mulher jovem e, pela família, deveria mesmo era seguir a carreira do magistério. A paraense de origem libanesa deu de ombros e seguiu o que define como ‘vocação'. Considerada em 2022 pela Universidade Stanford como uma das cientistas mais influentes do mundo, a gastroenterologista recebeu outra condecoração: a prestigiosa medalha Bigelow, oferecida pela tradicional Sociedade de Cirurgia de Boston. “Já operei hoje de manhã. Comecei cedinho, antes das 7 horas, para estar pronta para essa entrevista”, revelou a médica que não tem planos de parar de atuar. Ela traçou uma trajetória de sucesso e é referência mundial na especialidade em que atua, a coloproctologia, que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e ânus. Em 1952, aos 19 anos, entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde alcançou o topo da carreira na docência, como professora titular de cirurgia, por uma carreira marcada pela formação altamente especializada e pela excelência no ensino, na pesquisa e na extensão. Pioneira, a doutora Angelita foi a primeira mulher residente de cirurgia do Hospital das Clínicas (HC), anos mais tarde criou a disciplina de Coloproctologia na unidade, e foi a primeira a chefiar os departamentos de Cirurgia e Gastroenterologia da FMUSP.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Colunistas Eldorado Estadão
#98 “Quem prova isso?” Médica brasileira reconhecida mundialmente desafiou professor que dizia ‘mulher não nasceu para fazer cirurgia'

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Nov 20, 2023 17:10


A pesquisadora brasileira e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), Angelita Habr-Gama, foi incentivada por professores a não seguir carreira na área de cirurgia, ouviu pacientes se recusar a serem operados por uma mulher jovem e, pela família, deveria mesmo era seguir a carreira do magistério. A paraense de origem libanesa deu de ombros e seguiu o que define como ‘vocação'. Considerada em 2022 pela Universidade Stanford como uma das cientistas mais influentes do mundo, a gastroenterologista está prestes a receber outra condecoração: a prestigiosa medalha Bigelow, oferecida pela tradicional Sociedade de Cirurgia de Boston. “Já operei hoje de manhã. Comecei cedinho, antes das 7 horas, para estar pronta para essa entrevista”, revelou a médica que não tem planos de parar de atuar. A médica traçou uma trajetória de sucesso e é referência mundial na especialidade em que atua, a coloproctologia, que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e ânus. Em 1952, aos 19 anos, entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde alcançou o topo da carreira na docência, como professora titular de cirurgia, por uma carreira marcada pela formação altamente especializada e pela excelência no ensino, na pesquisa e na extensão. Pioneira, a doutora Angelita foi a primeira mulher residente de cirurgia do Hospital das Clínicas (HC), anos mais tarde criou a disciplina de Coloproctologia na unidade, e foi a primeira a chefiar os departamentos de Cirurgia e Gastroenterologia da FMUSP.  See omnystudio.com/listener for privacy information.

45 Graus
#153 Manuel Cargaleiro - Uma visão sobre a arte e o artista aos (quase) 97 anos de vida

45 Graus

Play Episode Listen Later Nov 14, 2023 46:46


Manuel Cargaleiro é pintor e ceramista e um dos mais conceituados e internacionais artistas plásticos portugueses. Nascido em 1927, encantou-se pela cerâmica ainda em pequeno. No princípio dos anos 50, começou a participar em mostras e exposições em Portugal. Estudou posteriormente em Itália e França, onde foi uma figura de proa da chamada ‘Escola de Paris'. Em Paris, onde vive ainda parte do tempo, foi representado pela famosa Galeria Albert Loeb e é hoje pela galeria Helene Bailly. Na capital francesa, decorou (por duas vezes) uma das estações centrais do metro. Tem também fundações e museus espalhados por Portugal (Castelo Branco) e Itália. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Registe-se aqui para ser avisado(a) de futuras edições dos workshops. _______________ Índice: O que leva alguém a tornar-se artista?  O que procura transmitir com a sua arte? Max Ernst Como foi ser vizinho de Picasso? Quanto da inspiração do artista vem do inconsciente? Formas de convocar a criatividade?  Quanto do talento é inato? A importância de usar a cor certa | Jaime Murteira | Monet  Como devemos apreciar uma obra de arte?  Onde acaba o artesanato e começa a arte? | As mantas de retalho da Mãe  Como evoluiu a sua arte ao longo do tempo? A importância da curiosidade e de ler muito para criar algo de diferente O que é especial na cerâmica? | Cerâmica de Iznik (Turquia) | Terapia com jovens toxicodependentes com barro É verdade que “um quadro nunca está terminado; é apenas abandonado”? _______________ No final da temporada passada, antes da pausa de verão, publiquei, se bem se lembram, um episódio em que respondia a algumas perguntas enviadas por vocês. Uma delas questionava porque é que não tenho abordado muito o tema Arte no podcast. Na altura, tentei explicar porque abordava menos a arte, mas a verdade é que fiquei ‘picado' pela pergunta… Porque não, realmente, trazer um artista ao podcast, mas para uma conversa “à 45 Graus”, em vez das entrevistas de vida que habitualmente fazem em programas de cultura? Entretanto, já há algum tempo que Manuel Cargaleiro, o convidado deste episódio, era um tema de conversa recorrente com o meu amigo Luís Plácido Santos, que é seu amigo. Eu já gostava dos quadros de Cargaleiro, mas o que me chamou a atenção nas conversas com o Luís foi um artista de 96 anos (quase 97) não só manter-se no activo como ter ainda a disposição para fazer novos amigos, mesmo com 60 anos menos do que ele!  Como estava a pensar trazer um artista ao 45 Graus, dei por mim a pensar, porque não Cargaleiro? O Luís, simpaticamente, fez a ponte, e o resto… é história -- ou, neste caso, conversa. Manuel Cargaleiro é pintor e ceramista e um dos nossos mais conceituados e internacionais artistas plásticos. Nascido em 1927, encantou-se pela cerâmica ainda em pequeno, e no princípio dos anos 50, começou a participar em mostras e exposições em Portugal. Posteriormente, estudou em Itália e França, onde foi uma figura de proa da chamada ‘Escola de Paris'. Em Paris, onde vive ainda parte do tempo, foi representado pela famosa Galeria Albert Loeb e está hoje na galeria Helene Bailly. A sua obra está também em espaços públicos em Portugal e em França — na capital francesa uma das estações centrais do metro foi duas vezes decorada por si. Cargaleiro tem também fundações e museus espalhados por Portugal (Castelo Branco) e Itália. Na nossa conversa, falámos sobre a vida e obra do convidado, dos mistérios da inspiração e da criatividade na arte e de arte em geral. Estes temas entrecruzam-se, e fomos avançando e regressando aos assuntos; por isso desta vez deixo na descrição do episódio apenas a lista de tópicos que abordámos, sem os marcadores de tempo habituais.  Comecei por perguntar a Cargaleiro o que leva alguém a tornar-se artista? Daí, falámos da sua obra, de como foi ser vizinho de um Picasso já consagrado (e porque nunca chegou a meter conversa com ele!), dae hábitos de trabalho e do papel do inconsciente na criatividade. Falámos também de arte concreta: como é que um artista decide, por exemplo, as cores certas para usar num quadro? Neste ponto, Cargaleiro citou o pintor francês Monet, fundador do impressionismo. E é curioso, porque é justamente de Monet o quadro (‘O lago Waterlily com a ponte japonesa') que é o postal mais vendido na loja de recordações de um dos principais museus do Mundo, o Metropolitan Museum em Nova Iorque. Não será por acaso… Perguntei-lhe também como devemos nós, público, apreciar uma obra de arte, e sobre o que distingue um objecto artístico de simples artesanato. Esta pergunta veio a propósito de umas mantas de retalho que a Mãe de Cargaleiro tecia, sem qualquer pretensão, mas muito originais, que ele mais tarde divulgou e tornou famosas.  Falámos também de outras formas de arte e do seu interesse original pela cerâmica. No final, perguntei-lhe se partilha da angústia perfeccionista de tantos pintores ao longo da história em dar uma obra por terminada.  Ao longo desta conversa com Manuel Cargaleiro, embora tenhamos falado da sua vida e obra, tentei seguir (para voltar à minha resposta à pergunta do ouvinte) a abordagem de sempre no 45 Graus -- neste caso: falar do tema, Arte, de uma perspectiva ampla e tentando tirar da experiência do convidado alguns princípios gerais.  No caso de Cargaleiro, ouvindo-o descrever o seu percurso, houve sobretudo dois aspectos que me chamaram a atenção como tendo provavelmente contribuído muito para o carácter criativo e inovador da sua obra. O primeiro, o facto de, em miúdo, ter passado horas a fio a observar a flora da zona em que vivia, a absorver todo o detalhe a cambiantes de cores da natureza -- que a comuns mortais como eu passam completamente ao lado. O 2º aspecto que, suspeito, ajudou muito a torná-lo um artista diferenciador é o facto de ter sido sempre (e continuar a ser) alguém imensamente curioso: ao longo da vida, leu avidamente sobre diferentes assuntos (muito para lá da pintura e da cerâmica) e deu-se sempre com todo o tipo de gente, sempre disposto a conhecer pessoas novas. Esta curiosidade e diversificação de interesses está mais do que provada que está associada à criatividade (se tiverem interesse, recomendo o livro Range de David Epstein) e suspeito que a obra de Cargaleiro vive também muito disso. ______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

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Episode 237: A nightmare with the credit card

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Play Episode Listen Later Oct 18, 2023 36:49


If you'd like to join us in our weekly conversations, please visit https://portuguesewitheli.com/cah. And here is the monologue for your benefit. Sei que vai ficar parecendo uma reunião do AA, mas, oi, bom dia, sou o Luís e estou há cinco meses sem usar o cartão de crédito. Minha história com o cartão começou ainda na universidade. Na época, eu estudava sociologia e não tinha nenhuma preocupação financeira. Na verdade, o único aperto que passava era na hora de subir no ônibus. Então levava uma vidinha boa. Não comprava tudo o que queria, mas tinha tudo de que precisava. Mas como se sabe, o cão está sempre à espreita, para desvirtuar as ovelhas do Senhor. Um dia eu estava passeando no shopping quando uma dessas moças que vendem cartão de crédito me abordou. “O senhor já tem cartão?” Respondi que não, que era apenas um universitário e não tinha renda. Ela sorriu e disse: “Mas o senhor tem crédito pré-aprovado conosco! Só precisa me informar uns dados e vai ter um cartão novinho sem anuidade no primeiro ano.” Pensei: que mal tem? Não ia gastar em muita coisa. Só precisava para uns livros e um cineminha aqui e ali. Então acabei cedendo e fiz o cartão. O limite que me deram era de três vezes o salário-mínimo. Três vezes! Você sabe o que é isso na mão de um jovem inconsequente de 19 anos? Era um convite para a ruína! Jurei para mim mesmo que não o usaria, mas, sabe, quando saiu o novo modelo do iPhone no mercado, todos os meus amigos o tinham. Eu sabia que não precisava, mas podia parcelar em 24 suaves prestações... e caí na tentação de o fazer. Ai, se arrependimento matasse... As três primeiras faturas, paguei antes do vencimento. O banco tomou esse ato por uma capacidade de pagamento maior e me deu mais limite. Me segurei como pude, mas, sabe como é, né? Antes, com os cartões que tinham chip, ainda era necessário inserir o cartão na máquina, mas agora com esses de aproximação... tudo ficou tão fácil. Se dava vontade de tomar sorvete, passava o cartão. Ih, uma visita inesperada? Passa o cartão. Está faltando roupa para a festa? Passa o cartão. E fui passando e passando até que bum! Estourei o limite pela primeira vez. O cartão foi bloqueado. Foi uma miséria. Comecei a pagar só o mínimo todo mês. Entrei no rotativo. E todo mês era mais e mais que tinha de pagar. Virou uma bola de neve. No fim, tive de trancar a faculdade, conseguir um emprego às pressas, fazer outras coisas por fora e quebrar meu cartão, para não fraquejar outra vez. Agora estou empenhado em limpar meu nome e nunca mais contar com esse “fiel escudeiro”, o cartão de crédito. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message

Portuguese For Listening With Eli And Friends
Episode 235: Talking about some betting games

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Play Episode Listen Later Sep 22, 2023 48:34


For lessons, please go to https://portuguesewitheli.com De vez em quando o pessoal aparece com umas modas que, vou te contar, viu? Recentemente me disseram que eu tinha ludomania. Ludomania? Aí me explicaram: é vício em jogo. Viciado, eu? Toda sexta-feira, depois do expediente, a gente juntava a turma toda para tomar umas e jogar uma partidinha de jogos de baralho. Tinha aposta, mas não era nada de fazer cair o queixo. No máximo, todo mundo contribuía com uns trocados para o bolo, e ninguém era obrigado a apostar. Como era um pouquinho competitivo, sempre apostava. Quando ganhava, era uma alegria só. E eu ganhava muito porque sabia blefar e fazer cara de paisagem. Com frequência, conseguia virar o jogo. Ganhei tanta confiança no meu jogo que podia cantar vitória antes do tempo e não me preocupar. Aí o pessoal foi saindo da nossa mesa, porque diziam: ah, o Arnaldo não sabe jogar. Quem não sabia jogar eram eles. Eles temiam jogar comigo porque sabiam que eu era profissa, tá ligado? Até que chegou uma nova funcionária na nossa mesa – a Carla. Carla tinha começado com as cartelas de bingo e jogo do bicho. Mas virou mestra em pôquer. Fiquei encafifado... como era possível uma mulher ser tão boa jogadora? Eu a desafiei para uma partida de buraco e ela disse que não jogava jogo de criança. Que tal um amistoso de pôquer? Aceitei, mas perdi. Não entendia de pôquer e estava passando por uma maré de azar. Mas não ia deixar barato. Comprei cursos, livros, tudo o que tinha a ver com jogos de azar... até paguei um coach para me ajudar a aprimorar minha jogatina. Quando senti que tinha atingido o nível que almejava, decidi desafiá-la para uma revanche. Coloquei todas as minhas fichas naquela partida: apostei o meu salário do mês. A Carla não titubeou. Ela aceitou a proposta no ato. Todo mundo da empresa apareceu. Começamos a jogar. Até que no final, percebi que a vitória estava no papo. Era impossível perder. Dava para ver nos olhos dela que ela estava desesperada. Eu estava preparado para bater com o Straight Flush, mas no final, sofri um revés: ela apareceu com um Royal flush. Fui derrotado. Todo mundo na mesa vibrou com a vitória da Carla. Eu fiquei com a cara no chão. Agora tinha perdido meu salário. Comecei a chorar. A sorte foi que a Carla levou tudo na boa. Ela disse que não precisava do meu salário. Só queria me mostrar que eu devia me controlar e não ser tão viciado. Disse que eu tinha ludomania. Eu, viciado em jogo? Imagina! Eu sempre soube a hora de parar. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message

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Episode 230: The Seventh-Year Crisis

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Play Episode Listen Later Jul 19, 2023 40:18


If you’d like to join us in the conversation club, please visit: https://portuguesewitheli.com/cah for more information. And here is the monologue for your benefit. Minha esposa sempre adorou umas DRs, mas eu fugia disso como o diabo foge da cruz. Sei que a gente tem que discutir a relação de vez em quando para colocar os pingos nos “i”s e passar tudo a limpo, mas eu nunca fui muito de filosofar. Prefiro vivenciar: depois, se eu tiver algo a dizer, digo. Mas minha esposa, não. Com ela, tudo tem que ser minuciosamente analisado. E agora que a gente está dobrando a esquina dos sete anos, ela deu para ficar muito mais ressabiada. Acontece uma coisinha de nada e ela já quer se sentar à mesa, colocar nossas questões em pratos limpos e, se eu dou um passo em falso, ela vai logo ameaçando terminar o relacionamento. Bom, nunca fui o cara mais romântico, mas tentei dar um jeito nisso. Comecei a mandar flores para minha esposa. Comprei o chocolate predileto dela. Até fui deixar o café na bandeja para ela na cama. Ela ficou logo de orelha em pé. “Tá tendo caso?” foi a pergunta dela. “Porque homem para agir assim só quando tem outra.” Eu fiquei pensando: nossa, ela achava que eu podia ser infiel, mas ela era quem tinha fama de namoradeira. Além do mais, sempre fui da opinião de que se for para ter adultério num casamento, melhor é se separar logo. Não vale a pena o desgaste. Depois daquele balde de água fria, pensei que podia fazer algo para reacender a paixão de nossa relação. Quando conheci minha esposa, ela era fogosa e eu não ficava atrás. E uma coisa que a gente tinha era a espontaneidade. Daí, resolvi ser espontâneo e dei um presente para ela em junho, para comemorar o Dia dos Namorados. Sabe o que ela me disse? “Está vendo? Você nunca ligou mesmo para nossa vida conjugal. Nosso aniversário de casamento é só mês que vem!” Não adiantou eu tentar explicar que era presente de Dia dos Namorados. Ela me deixou falando com as paredes. Viu só? Eu tentando aqui fazer média com a patroa e a desgraçada ainda vem com desconfiança para cima de mim. Quer saber de uma coisa? Acho que essa tal crise dos sete anos é verdade mesmo. Antes a gente não estava em crise, mas agora a gente está. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesewitheli/message