Debates sobre o cinema brasileiro e internacional realizados durante os eventos produzidos pela Universo Produção, responsável pela Mostra de Cinema de Tiradentes, Mostra de Cinema de Ouro Preto - CineOP, Mostra de Cinema de Belo Horizonte - CineBH e Brasil CineMundi.

Realizadores e produtores compartilham os caminhos percorridos para transformar uma ideia em um filme. A partir das experiências vividas no Brasil CineMundi, os profissionais dos longas Nimuendajú (projeto em desenvolvimento na 6ª edição, em 2015) e Suçuarana (projeto WIP no Brasil CineMundi 2023 e no Conexão Brasil CineMundi Tiradentes 2024) apresentam as trajetórias de suas obras — do desenvolvimento inicial à estreia em festivais, passando pela construção de redes, parcerias nacionais e internacionais, adequações legais e criativas, finalização e circulação.O encontro destaca como a participação no Brasil CineMundi contribuiu significativamente para o amadurecimento dos projetos, oferecendo uma visão concreta dos desafios, aprendizados e estratégias envolvidos na realização audiovisual. Voltado a produtores e realizadores, este espaço promove a troca de experiências e a reflexão sobre os caminhos possíveis entre o projeto e a tela.Convidados:• Clarissa Campolina – diretora do filme Suçuarana | MG • Luana Melgaço – produtora do filme Suçuarana | MG • Sérgio Borges – diretor do filme Suçuarana | PE • Tania Anaya – diretora do filme Nimuendajú | MG • Tatiana Mitre – produtora do filme Nimuendajú | MG Mediação: Paulo de Carvalho – produtor na Autentika Films e colaborador do Brasil CineMundi | Alemanha

A rápida evolução das tecnologias digitais — como inteligência artificial, realidade virtual e blockchain — vem transformando profundamente todas as etapas do audiovisual: da criação à produção, do financiamento à distribuição. Essa revolução tecnológica abre espaço para novos modelos de negócio, amplia o acesso ao conteúdo e contribui para a diversificação das narrativas.Ao mesmo tempo, impõe desafios éticos, legais e sociais, especialmente em relação à proteção dos direitos autorais, à sustentabilidade da cadeia produtiva e à promoção da inclusão.Nesta mesa, os participantes discutem o impacto das tecnologias emergentes no processo criativo, no financiamento e monetização, os caminhos para a democratização do acesso, os dilemas regulatórios e as tendências que apontam para o futuro da indústria audiovisual.Convidados:• Adriana Yañez – diretora e roteirista | SP • Lucas Taidson – professor e consultor em Comunicação e Inteligência Artificial | MG • Rafael Neumayr – advogado especialista em entretenimento e direitos autorais | MG • Thaís Olivier – vice-presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) | MGMediação: Marcelo Miranda – jornalista e crítico de cinema | MG

Apesar do crescimento contínuo da produção audiovisual na América Latina, a circulação de filmes dentro do próprio continente ainda enfrenta barreiras significativas. A integração entre mercados e a cooperação entre agentes de vendas, produtoras, exibidores e políticas públicas seguem limitadas, o que dificulta a construção de uma rede sólida e sustentável de distribuição e exibição do cinema autoral latino-americano.Esta mesa propõe um diálogo aberto sobre os desafios e as possibilidades da circulação regional, reunindo diferentes experiências e perspectivas para discutir estratégias que fortaleçam a presença das obras latino-americanas nas salas de exibição locais. Vamos debater as resistências enfrentadas, as redes que já existem e as ações necessárias para ampliar o acesso a filmes autorais, promovendo a diversidade cultural e impulsionando o mercado audiovisual no continente.Convidados:• Esteban Schroeder – produtor e realizador da La Suma | Uruguai • Felipe Lopes – distribuidor Retrato Filmes | Brasil • Marcela Lizcano – produtora da Viceversa Cine e Nodo Sur | Colômbia • Paola Castillo – diretora-executiva do Conecta-CCDoc | ChileMediação: Isona Admetlla – coordenadora do World Cinema Fund e colaboradora do Brasil CineMundi | Alemanha *Debate em português e espanhol sem tradução simultânea. Áudio original.

Este painel reúne profissionais do audiovisual com trajetórias diversas para refletir sobre os caminhos e desafios da circulação de filmes entre o Brasil e o continente africano. A conversa propõe repensar rotas, interesses e assimetrias que moldam os circuitos de distribuição entre o Sul Global, com foco na construção de alianças sustentáveis e criativas.A partir de experiências práticas e contextos institucionais distintos, os participantes discutirão formas de fortalecer a cooperação internacional, estratégias de coprodução, formação de redes e políticas públicas voltadas à presença dos cinemas africanos e brasileiros em seus próprios territórios e no cenário global. A língua portuguesa será considerada como uma das possíveis pontes nesse processo — mas o foco estará em ampliar perspectivas e imaginar novos modelos de colaboração entre América do Sul, África e além.Convidados:• Emerson Dindo – diretor executivo do DiALAB | Brasil • Jorge Cohen – produtor da Geração 80 Produções | Angola • Mário Borgneth – cineasta, produtor e coordenador executivo do Programa CPLP Audiovisual 2025 | Brasil • Romeo Umulisa – diretor do Creative Africa Lab | RuandaMediação: Tatiana Carvalho Costa – professora, curadora e Presidente da APAN | Brasil *Debate em português e inglês sem tradução. Áudio original.

Em um cenário de financiamento escasso e competição global, a coprodução internacional tornou-se uma estratégia essencial para viabilizar projetos e ampliar o alcance de obras audiovisuais. Esta mesa reúne produtores e articuladores de diferentes continentes para debater os desafios práticos da coprodução, os caminhos jurídicos, os acordos multilaterais e a construção de parcerias equilibradas e sustentáveis.Convidados:• Armi Rae Cacanindin – produtora da Popple Pictures | Filipinas • Joana Oliveira – roteirista e diretora | Brasil • Julia Alves – produtora da Quarta-feira Filmes | Brasil • Juliette Lepoutre – produtora da Still Moving | França • Renata Pelizon – secretária-adjunta de financiamento – Ancine | Brasil• Stefano Centini – produtor da Volos Films | Itália/TaiwanMediação: Ivan Melo – produtor da CUP Filmes e colaborador da Brasil CineMundi | Brasil *Debate em português e inglês sem tradução

Os filmes latino-americanos, queiram ou não, lidam com uma situação: no que são singulares em seus temas e formas e o que das formas e temas são expressivas do cinema de seu país? Quatro representantes de filmes da mostra competitiva Território – duas ficções, um documentário e um ensaio experimental – lidarão com essa provocação entre o geral e o particular. São filmes representativos da realidade e do cinema de seus países? Como foram seus processos de financiamentos e de viabilização? Como estão sendo suas recepções dentro e fora do país de origem? Há uma preferência dos laboratórios e dos festivais por filmes mais marcadamente pertencentes a características mais familiares da América Latina? Convidados:• Andrés Jurado – diretor filme Bienvenidos Conquistadores Interplanetarios y del Espacio Sideral | Colômbia • Matias Ferreyra – diretor filme Una casa con dos perros | Argentina• Tamara Uribe – diretora filme Oasis | Chile • Verónica Perrotta – diretora filme Quemadura China | Uruguay Mediação: Cléber Eduardo – Coordenador Curatorial Mostra CineBH | Brasil*Debate em português e espanhol sem tradução

Podcast em Português, Espanhol e FrancêsA internacionalização do cinema latino-americano depende de sua inserção em circuitos estratégicos — festivais, laboratórios, mercados e redes de coprodução — que, em grande parte, estão sediados na Europa. Este debate reúne profissionais com ampla experiência na curadoria, produção, vendas, distribuição e circulação de obras autorais entre os dois continentes que trazem perspectivas complementares sobre o que torna um projeto latino-americano relevante no cenário europeu: da seleção em festivais às dinâmicas de pitching, dos acordos de coprodução à venda internacional.A partir de suas trajetórias, o debate busca responder: o que os realizadores precisam saber para acessar esses espaços com estratégia? Como construir parcerias sustentáveis sem abrir mão da identidade narrativa? E quais modelos têm se mostrado eficazes para ampliar a circulação global do nosso cinema?Convidados:• Bénédicte Thomas – distribuidora da Arizona Distribution | França • Cata Florez – produtora e diretora da Urua Films | Colômbia/Alemanha • Cosimo Santoro – agente de vendas da The Open Reel | Itália• Letícia Friedrich – produtora e distribuidora da Vitrine Filmes | Brasil • Lorena Morin – agente de vendas da Split Screen e coordenadora do Mecas | Alemanha/Espanha • Walter Tiepelmann – diretor do FIDBA – #Link | Argentina Mediação: Séverine Roinssard – consultora da Parati Films e colaboradora do Brasil CineMundi | França

* Podcast em Português e Espanhol.Num cenário em que a colaboração internacional e a formação contínua são vitais para o fortalecimento do audiovisual latino-americano, as redes criativas e afirmativas vêm assumindo papel central. Laboratórios, festivais e iniciativas de capacitação têm sido espaços estratégicos para o desenvolvimento de projetos, o intercâmbio de saberes e a articulação de políticas de internacionalização.Este debate reúne lideranças de algumas das principais iniciativas da região para discutir como essas redes têm ampliado as possibilidades de criação, circulação e fortalecimento das narrativas locais no cenário global. Quais são os desafios enfrentados por essas articulações? Que modelos colaborativos têm se mostrado sustentáveis? E como conectar esses movimentos aos contextos sociopolíticos de onde emergem?Convidados:• Carlos Moreno – diretor de promoção internacional da Proimágenes Colômbia | Colômbia • Debora Ivanov – presidente e fundadora do Instituto Querô e do Coletivo + Mulheres | Brasil• Gustavo Jardim – realizador e pesquisador | Brasil • Ivette Liang – diretora no EICTV-Nuevas Miradas e produtora da Galaxia 311 | Cuba/Colômbia • Jesús Pimentel – diretor executivo do Cine Qua Non Lab | México • Leonardo Ordóñez Galaz – integrante do comitê de especialistas do MAFF – Festival de Málaga | Espanha/ChileMediação: Isona Admetlla – coordenadora do World Cinema Fund e colaboradora do Brasil CineMundi | Alemanha

Quatro filmes da Mostra Competitiva Território abordarão os desafios e processos envolvidos na realização cinematográfica em diálogo com territórios culturais, sociais e geográficos específicos e diversos — seja por quem é parte desses territórios, seja por quem se aproxima deles com o objetivo de filmar.Quais são as dinâmicas de produção e os caminhos de viabilização financeira desses projetos? Como esses filmes circulam fora dos contextos em que foram realizados — seja nas etapas iniciais de desenvolvimento (como nos LABs), seja na busca por visibilidade em festivais? Quais as diferenças entre fazer cinema em parceria criativa com os territórios e representar esses espaços sem se deixar afetar pelas dinâmicas locais onde as filmagens ocorrem?Convidados:• J.D. Fernández Molero – diretor do filme Punku | Peru • Lady Vinces – produtora do filme Huaquero | Peru • Leandro Alves – diretor do filme Movimento Perpétuo | Brasil • Rosalinda Dionício – roteirista do filme Chicharras | México

O debate discute o papel das Film Commission como instrumentos estratégicos para fortalecer o audiovisual brasileiro, promover territórios como locações, atrair produções e gerar impacto econômico e cultural. A partir de perspectivas municipais, estaduais e federais, os convidados analisam caminhos para integrar políticas de cultura, turismo e desenvolvimento regional, ampliando a visibilidade de diferentes regiões e fortalecendo cadeias produtivas locais.

No mundo todo, as mais diversas indústrias estão tendo de rever sua forma de atuar para reduzir seu impacto negativo no planeta. No audiovisual, não é diferente. Neste painel, a executiva de produção do Amazon MGM Studios no Brasil compartilhará a experiência pioneira do estúdio em produções sustentáveis, apresentando como, desde 2022, implementaram práticas ambientalmente responsáveis em 11 projetos, incluindo filmes, séries e conteúdos de não-ficção. Este trabalho resultou nas primeiras certificações EMA (Environmental Media Association) ouro para produções sustentáveis no Brasil. O que pode ser feito para que mais produções adotem posturas positivas em relação ao meio ambiente, respeitando o trabalho das equipes? A partir dessa experiência concreta, conheceremos as iniciativas implementadas, seus resultados positivos, desafios enfrentados e principais aprendizados, oferecendo um panorama prático sobre como integrar sustentabilidade à produção audiovisual.Convidados:• Gisela B. Camara – executiva de produção – Amazon MGM Studios | RJ Mediação: Pedro Butcher – crítico e pesquisador, colaborador do Brasil CineMundi | RJ

A equipe curatorial compartilha os caminhos que nortearam a construção da programação, relacionando a temática da edição aos critérios de seleção dos filmes. Em meio a um cenário de tensões geopolíticas, exploração dos territórios latino-americanos e perseguições a populações migrantes nos Estados Unidos, o debate propõe uma reflexão sobre o papel do festival na defesa de um cinema territorial, político e urgente. A curadoria reafirma o compromisso com um cinema não apenas autoral, mas também enraizado em seus territórios, atento à historicidade e às lutas — passadas e presentes — de nossos povos. Que futuros nossos filmes imaginam? De que maneira o cinema pode ser uma ferramenta de resistência e autodeterminação? Que papel o festival assume ao escolher quais vozes amplificar?Convidados: • Cléber Eduardo – coordenador Curatorial Mostra CineBH | SP • Ester Marçal Fér – curadora da programação Latino-americana Mostra CineBH | PR • Mariana Queen Nwabasili – curadora da programação Latino-americana Mostra CineBH | SP

O audiovisual ocupa hoje um lugar central nas disputas por atenção, memória, representação e valor econômico no mundo. Em um momento decisivo para o cinema brasileiro, esta sessão de abertura reúne representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de órgãos de controle e da sociedade civil, para refletir sobre o papel estratégico do audiovisual no desenvolvimento soberano do país. A conversa propõe uma análise transversal sobre os desafios regulatórios — com ênfase na necessidade urgente de um marco para as plataformas digitais (VoD) —, o fortalecimento dos órgãos e instituições culturais, a descentralização das políticas públicas e a valorização da diversidade regional, racial e de gênero como eixo estruturante de uma política audiovisual forte, inclusiva e conectada com o mundo.Convidados: • Aline Belli – vice-presidente da Abranima e presidente do Santacine | SC • Durval Ângelo – conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais | MG • Eliane Parreiras – secretária municipal de cultura de Belo Horizonte | MG • Lohanna – deputada estadual por Minas Gerais – PV, vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres e membro da Comissão de Cultura | MG• Paulo Alcoforado – diretor da Ancine | RJMediação: Tatiana Carvalho Costa – professora, curadora e presidente da APAN | MG

As redes sociais criam e recriam diariamente novas dinâmicas de interação e mediação dos indivíduos e da sociedade com a produção cultural. Em um ritmo impressionante, obras viram memes, memes tornam-se arte e as fronteiras entre a cultura e o consumo online ficam cada vez mais indefinidas. No caso do cinema brasileiro, por meio de uma linguagem atual repleta de edits e montagens uma nova geração toma contato com obras que não costumam ter muita visibilidade para além dos arquivos e dos poucos cinemas de repertório. Em contrapartida, como estes criadores de conteúdo acessam sua matéria-prima? Qual o estado de preservação destas imagens e sons para além das telas de celulares? Como transformar essas ações em ferramentas efetivas para a conscientização sobre a importância da preservação?Convidados:Lu Cardoso (Scfimoon) – criador de conteúdo | PALucas Morais (Outcinemabr) – criador de conteúdo | SPMarine Milani – museóloga | MGMediação: Débora Butruce – Preservadora audiovisual e vice-presidenta da ABPA | SP

A versatilidade de certas atrizes extrapola capacidades individuais de abrilhantar uma tela ou um palco. Tampouco se limita a talentos equivalentes para fazer rir ou chorar. Mesmo na redoma mais circunscrita do cinema de humor, há nuances que revelam que também é preciso habilidades para modular os matizes da comédia. Em uma cultura humorística radicalmente transmidiática – hoje alimentada não só pelo cinema, teatro e televisão, mas pelas redes sociais e pelo stand up comedy – essas artistas, de trajetórias radicalmente plurais, partilham, com as mulheres do extracampo, as autorias do riso. Convidadas:Ale McHaddo – diretora e roteirista | SPHelena Ignez – atriz e cineasta | SPInês Peixoto – atriz | MGMediação: Cleber Eduardo – curador temática histórica | SP

Nos anos 1980, uma certa geração de realizadoras despontou na produção de curtas-metragens, burilando, em suas primeiras obras, tonalidades humorísticas que contaminariam seus respectivos longas a partir do final da década de 1990. Essas diretoras, que surrupiaram o aparato cinematográfico para entrar, sem pedir licença, no então predominantemente masculino território da comédia, honraram a rebeldia non sense – que na verdade, sempre fez todo sentido – de pioneiras como Tereza Trautman e Ana Carolina e forjaram uma comicidade própria, apesar de suas inevitáveis diferenças. Elas abriram caminhos, também bastante distintos, para que outras cineastas conseguissem, na última década, firmar-se no mercado nacional com grandes sucessos comerciais. E, na orla da indústria, elaborando outros centros de inventividade, há uma nova geração contemporânea que encontra graça na experimentação estética e formal. O que pode insurgir quando esses tempos, espaços e corpos de cinema se encontram?ConvidadasBetse de Paula – diretora e roteirista de cinema – Aurora Cinematográfica | RJCris D'Amato – diretora de cinema | RJEliana Fonseca – diretora, roteirista, atriz | SPJuliana Antunes – diretora, roteirista e produtora | MGTereza Trautman – diretora geral CINEBRASiLTV | RJMediação: Juliana Gusman – curadora assistente temática histórica | MG

Nos anos 1980, uma certa geração de realizadoras despontou na produção de curtas-metragens, burilando, em suas primeiras obras, tonalidades humorísticas que contaminariam seus respectivos longas a partir do final da década de 1990. Essas diretoras, que surrupiaram o aparato cinematográfico para entrar, sem pedir licença, no então predominantemente masculino território da comédia, honraram a rebeldia non sense – que na verdade, sempre fez todo sentido – de pioneiras como Tereza Trautman e Ana Carolina e forjaram uma comicidade própria, apesar de suas inevitáveis diferenças. Elas abriram caminhos, também bastante distintos, para que outras cineastas conseguissem, na última década, firmar-se no mercado nacional com grandes sucessos comerciais. E, na orla da indústria, elaborando outros centros de inventividade, há uma nova geração contemporânea que encontra graça na experimentação estética e formal. O que pode insurgir quando esses tempos, espaços e corpos de cinema se encontram?Convidadasbiarritzzz – diretora, artista | PEClara Anastácia – roteirista e diretora | RJFernanda Chicolet – atriz e roteirista – Arte In Vitro Filmes | SPGisella de Mello – cineasta | RJSabrina Fidalgo – diretora Fidalgo Produções | RJSandra Kogut – diretora Marola Filmes | RJMediação: Juliana Gusman – curadora assistente temática histórica | MG

Anna Muylaert integra uma geração de realizadoras que, a partir dos anos 1980, começou a experimentar, no território inventivo do curta-metragem, as possibilidades da linguagem cômica. O erro, o acidente e o insólito entraram cedo no seu vocabulário, trepidando o cotidiano aparentemente banal de suas personagens. Marisa Orth deu corpo e vida a algumas delas. A atriz, homenageada na 20ª CineOP, é o avesso da figura parva e letárgica que a consagrou. A comédia é a inteligência em estado de divertimento, como a própria Marisa costuma dizer, e Magda Antibes, a síntese crítica da burguesa alienada, só poderia ter sido forjada por alguém fora e além da curva. Atriz de teatro, vocalista de banda experimental, musa da televisão brasileira, garota da capa, artista musical, apresentadora e integrante do mais célebre e despudorado quarteto do Saia Justa, Marisa, multiartista, encontrou, na tela grande, um espaço que faz jus ao seu tamanho. A câmera política e bem-humorada de grandes realizadoras como Anna revelam e elevam gigantes da nossa cultura.ConvidadasAnna Muylaert – cineasta | SPMarisa Orth – atriz homenageada 20ª CineOP | SPMediação: Cleber Eduardo – curador temática histórica | SP

Apresentação e análise dos planos de investimentos públicos para os anos de 2025 e 2026, com destaque para o Plano Anual de Investimentos da Ancine, a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e fontes locais. O debate abordará como esses investimentos são planejados, definidos e distribuídos, tendo como base os princípios de Democracia, Diversidade, Descentralização e Desenvolvimento Econômico e Social, defendidos pelo Fórum de Tiradentes. Quais os desafios e as oportunidades que esses investimentos oferecem para a construção de um futuro democrático, inclusivo e plural? Convidados: Paulo Alcoforado – Diretor da Ancine Milena Evangelista – Coordenadora Geral de Fomento e Formação da Secretaria do Audiovisual – Minc | DF Roberta Cristina Martins – Secretária Nacional dos Comitês de Cultura – MinC | DF Debatedora: Débora Ivanov – coordenadora executiva – Fórum de Tiradentes | SPMediador: José Quental – coordenador do GT Preservação | RJ

Breve relato do projeto Objetiva, depoimentos dos consultores sobre suas atuações e destaques de suas oficinas Convidados: Denise Marques – Coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Nacional | DF Janaina Augustin – Consultora do Sebrae, atua há mais de 25 anos dedicada à produção de conteúdo, comunicação e inovação. É especialista em aplicação de ferramentas de Inteligência Artificial para comunicação | SP Ricardo Tiezzi – Consultor Sebrae, escritor, professor e roteirista | SP *Um oferecimento do Sebrae

O fortalecimento da indústria audiovisual é base estruturante da formulação de uma política de desenvolvimento do setor. Mas qual industrialização queremos, tendo em vista a complexidade das dimensões culturais e econômicas da atividade, a natureza interdependente dos elos do ecossistema audiovisual e o cenário de assimetrias regionais? Qual o papel a ser desempenhado pelos Polos Regionais neste contexto? Convidados: Gabriel Pires – Coordenador geral do NordesteLAB | BA Joelma Gonzaga – Secretaria Nacional do Audiovisual – Ministério da Cultura | DF Leonardo Edde – Presidente Riofilme | RJ Igor Bastos – Produtor Executivo | Espacial Filmes Debatedor: Mário Borgneth – coordenador geral – Fórum de Tiradentes |SP Mediadora: Cíntia Domit Bittar – coordenadora GT Produção – Fórum de Tiradentes | SC

O audiovisual contemporâneo é constituído de um universo quase infinito de imagens e sons, entre elas aquilo que se convencionou chamar de “cinema”. O que chamamos de cinema parece muitas vezes uma arte do passado e no caso do Brasil, um passado de pontos de cegos, de ausências, de invisibilidades, de desaparecimentos, mas também de deslumbramentos e invenções fascinantes. O cinema brasileiro viveu e vive de tentar provar sua própria importância. Para que fazer filmes? Para que vê-los? Que cinema é esse que no reino da utilidade insiste em fazer poesia? Que cinema é esse que na era da reprodução de padrões da Inteligência artificial insiste na busca de imagens inéditas e inauditas? Convidados: Júlio Bressane – cineasta | RJ Hernani Heffner – diretora da Cinemateca do Mam| RJ Darks Miranda – cineasta| RJ Rodrigo Lima – cineasta | RJ Mediação: Lorenna Rocha – curadora de curtas | PE

O debate apresenta o percurso da atriz Bruna Linzmeyer, uma das artistas mais emblemáticas de sua geração. Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, ela transita com maestria entre o cinema independente e produções televisivas de grande sucesso. A atriz, que iniciou sua trajetória artística aos 16 anos, acumula papéis icônicos em novelas e filmes, sempre com uma postura inovadora e provocadora. A 28ª edição da Mostra Tiradentes homenageia Bruna Linzmeyer e destaca não apenas seu talento, mas também seu engajamento com uma arte ousada e rebelde, refletindo as lutas e o espírito de sua geração. Convidados: Bruna Linzmeyer – atriz homenageada da 28ª Mostra Tiradentes | RS Clari Ribeiro – diretor de “Se eu estou aqui é por Mistério” | SP Mayara Santana, diretora e roteirista | SP Mediação: Mariana Queen Nwabasili – curadora de curtas| SP

O audiovisual é uma indústria fundamental e transversal que impulsiona a economia e a cultura do país. Vive um tempo de profundas transformações, desafios e oportunidades num cenário de avanços tecnológicos, mudanças nos hábitos de consumo e uma crescente demanda por conteúdos diversos e representativos. O Brasil está em uma posição estratégica para se afirmar como uma potência no mercado audiovisual global, sendo necessária uma ação coordenada envolvendo todos os níveis de governo e a participação ativa dos profissionais do setor. Este painel propõe uma reflexão acerca das possibilidades para transformar os desafios atuais em oportunidades a partir da construção de uma de uma visão sistêmica sobre a atividade audiovisual, através do processo de ampla pactuação do setor com o estado e a sociedade, que reconheça o valor do audiovisual na promoção e garantia dos interesses nacionais. Convidados: Benedita da Silva – Deputada Federal | RJ Eliane Parreiras – Secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados | MG Fabrício Noronha – Secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura | DF Joelma Gonzaga – Secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura | DF Leonardo Boff – teólogo, escritor, filósofo e professor |RJ Margareth Menezes – Ministra da Cultura | DF ( a confirmar) Reginaldo Lopes – Deputado Federal | MG Mediadora: Tatiana Carvalho Costa – coordenadora executiva – Fórum de Tiradentes |MG

A curadoria apresenta o conceito, programação e dados que norteiam a seleção de filmes da 28ª Mostra Tiradentes Convidados: Camila Vieira – curadora de curtas | CE Francis Vogner dos Reis – coordenador curatorial, programador e curador de longas | SP

O projeto Uemg na Cena acontece há quatro anos, mensalmente, e se ampara em debates entre docentes, pesquisadores e a comunidade acadêmica com a intenção de criar discussões de filmes e suas perspectivas educativas. Busca estimular a exibição e discussão de filmes que podem ser problematizados à luz do pensamento científico da área das Ciências Humanas e sua contribuição para as práticas educativas, divulgando o conhecimento científico e suas matrizes, entre estudantes, comunidade acadêmica, como também na sociedade em geral. Nesta sessão especial, quando também será lançado o livro A universidade vai ao cinema, será realizada a análise do prof. dr. Laurici Vagner Gomes sobre o filme Os Árabes Também Dançam (2014). Para conhecer mais sobre o projeto acesse: https://www.uemgnacena.com.br ou https://www.instagram. com/uemgnacena. Convidados: Aline Choucair Vaz – profª. drª. Faculdade de Educação da Uemg | MG Amanda Tolomelli Brescia – profª. drª. Faculdade de Educação da Uemg | MG Laurici Vagner Gomes – prof. dr. Faculdade de Educação da Uemg | MG

A proposta é discutir as mudanças profundas que a indústria audiovisual está passando, impulsionadas por avanços tecnológicos e novas formas de consumo. Serão discutidos o impacto do streaming, a reinvenção das salas de cinema, estratégias de parcerias, lançamento e programação e a adoção de tecnologias como a inteligência artificial. Além disso, o debate enfocará as tendências que moldarão o futuro do setor visando entender como o mercado está se transformando e inovando para se adaptar a um cenário em constante evolução. Convidados: Antônio Gonçalves Júnior – produtor da Grafo Audiovisual | PRCamila Lamha – coordenadora de aquisição de conteúdo e projetos do Canal Brasil | RJ Camila Daher Fink – gestão, curadoria e programação na Itaú Cultural Play | SPMárcia Vaz – programadora do Instituto Moreira Salles | SPMaurício Hirata – diretor de investimentos da Riofilme | RJ Vinícius Lobo – curador de filmes da Globo Filmes | RJ Mediador: Pedro Butcher – colaborador do Brasil CineMundi | RJ

O painel destacará a importância da diversidade e inclusão nas produções audiovisuais brasileiras, abordando tanto os desafios quanto as oportunidades de promover uma representatividade mais ampla em todos os aspectos da criação audiovisual. Como o mercado pode valorizar narrativas diversas e garantir que histórias de minorias tenham visibilidade e financiamento adequado? Como a diversidade no audiovisual pode atrair novos públicos e mercados? Existe uma correlação entre a inclusão e o sucesso comercial de produções? Quais são as principais barreiras enfrentadas por profissionais de grupos subrepresentados no acesso a oportunidades no mercado audiovisual? Como superar esses desafios? Convidados: Ariel Kuaray Ortega – cineasta e artesão | RS Jorge Cohen – produtor na Geração 80 Produções | Angola – A confirmar Luciana Damasceno – diretora de conteúdo da Cardume e membro do Fórum de Streamings Independentes do Brasil | MG Rodrigo Antônio – diretor de formação e inovação da Secretaria Nacional do Audiovisual – SAv | Ministério da Cultura | DF – A confirmar Tatiana Carvalho Costa – presidente da Associação de Profissionais Audiovisuais Negros | MG Mediadora: Mariana Queen Nwabasili – curadora de longas latino-americanos da CineBH | SP

A presença feminina nos postos de comando das realizações tem sido cada vez mais enfatizada nos debates e em artigos, tendo em vista o ambiente historicamente tão masculino como é o do cinema em qualquer país. Embora não haja uma coleta de dados que lide com todo o cinema latino-americano, são raros os países em que as mulheres estejam em mais de 30% das direções de longas-metragens, exceções feitas a Cuba e Costa Rica, onde há equivalência e até superioridade das diretoras, embora os dados oficiais sejam vagos. Esses levantamentos são essenciais para as ênfases necessárias nas políticas públicas e para os regulamentos de editais. Em outra perspectiva, as diretoras latino-americanas, de diferentes países, têm obtido destaque em festivais internacionais. Quais as percepções das profissionais da mesa em relação a esse momento histórico em seus países para a presença feminina como protagonista dos processos de criação? Quais os limites a serem combatidos? Convidados: Ana Carolina Soares – diretora de Ausente | Brasil Anna Muylaert – cineasta homenageada | Brasil Laura Basombrio – diretora de Las Almas | Argentina Laura Danoso – diretora de Sariri | Chile Sol Infante Zamudio – diretora de Mala Reputación | Uruguai Mediadora: Mariana Queen Nwabasili – curadora de longas latino-americanos da CineBH | Brasil

A tradição da animação abrasileira está mais associada à experimentação, com reconhecimento internacional, que aos produtos de apelo junto ao mercado e voltado para crianças. Os aspectos formal e técnico, visual e narrativo sempre estiveram à frente, mesmo em filmes mais abertos ao público, demonstrando um desejo de estética. A conversa percorrerá os aspectos mais importantes e recorrentes dessa tradição de inventividade. Convidados: Allan Sieber – desenhista e diretor | RJ Marão – diretor de animação | RJ Marco Arruda – diretor de animação | RS Maria Leite – animadora | MG Amir Admoni – diretor de animação | SP Mediação: Fábio Yamaji – curador assistente da Temática Histórica| SP

A animação em Minas Gerais, desde os anos 90, é da linha de frente brasileira. Tem a seu favor o primeiro curso especializado, professores da área e pesquisas acadêmicas. Há dezenas de produtoras de animação em Belo Horizonte e iniciativas importantes no interior. Haveria uma identidade mineira em meio a tanta diversidade em mais de uma geração? O que mantém a animação de Minas em posição de destaque? Convidados: CataPreta – realizador de cinema | MG Elisangela Lobo Schirigatti – Docente e pesquisadora da área de animação | PR Igor Bastos – cineasta e produtor executivo | MG Maurício Gino – professor de animação | MG Sávio Leite – diretor | MG Rafael Guimarães – diretor de animação | MG Magda Rezende – animadora e diretora | MG Mediação: Fábio Yamaji – curador Temática Histórica| SP

A presença feminina foi discreta ao longo das décadas, apagada em muitos casos e em progressivo crescimento nos últimos anos, não apenas na produção, mas também na direção e em outras cabeças de funções. Qual o panorama atual em relação ao de décadas passadas? Qual a importância das diretoras de gerações anteriores para as gerações mais recentes? Mudou o lugar da mulher nas relações de equipes? Convidadas: Camila Kater – diretora e animadora | SP Helena Lustosa – cineasta e artista plástica | RJ Ingrid Wagner – diretora e animadora | PR Nara Normande – realizadora | SP Rosana Urbes – cineasta | SP Mediação: Patrícia Lindoso – artista e pesquisadora | PA

A presença feminina foi discreta ao longo das décadas, apagada em muitos casos e em progressivo crescimento nos últimos anos, não apenas na produção, mas também na direção e em outras cabeças de funções. Qual o panorama atual em relação ao de décadas passadas? Qual a importância das diretoras de gerações anteriores para as gerações mais recentes? Mudou o lugar da mulher nas relações de equipes? Convidadas: Camila Kater – diretora e animadora | SP Helena Lustosa – cineasta e artista plástica | RJ Ingrid Wagner – diretora e animadora | PR Nara Normande – realizadora | SP Rosana Urbes – cineasta | SP Mediação: Patrícia Lindoso – artista e pesquisadora | PA

No cinema há uma variedade de tempos: o tempo da duração do filme, o tempo interno das cenas, o tempo rítmico da montagem, o tempo espacializado, o tempo histórico do qual o filme é um documento, o tempo do ofício, o tempo criativo da realização e há também o tempo de quem assiste ao filme com seus efeitos físicos e cognitivos. No cinema o tempo é uma experiência empírica, experimentada e visível. Tendo em vista as condições, circunstâncias e debates atuais no audiovisual brasileiro, que tempos e temporalidades compõem as práticas cinematográficas, nas ideias, nas imagens e, sobretudo, nos filmes brasileiros contemporâneos? Convidados: Kleber Mendonça Filho – diretor, produtor, roteirista e crítico de cinema | PE Lia Bahia – professora e pesquisadora | RJ Luiz Carlos Oliveira Jr. – professor e crítico de cinema – MG Mediação: Francis Vogner dos Reis – curador | SP

Na história da Mostra Tiradentes, se destacam filmes cujo processo de feitura é resultado de invenção de um modo de fazer, não industrial. Nessa recusa em ser um produto, a duração é um dado essencial tanto na maturação do fazer quanto na própria sensação de duração que do filme resulta. Em ambos, uma interrupção do ritmo do capitalismo 24/7 é produzida. Portanto, como isso se constrói? Qual tempo é este da criação? Que tempo é este do espectador-espectadora? Como os artistas veem a matéria do tempo como elemento político de criação e pensamento sobre as imagens? Convidados: Ariel Ortega – cineasta indígena e líder Mbyá-Guarani | RS Claudia Mesquita – professora e pesquisadora |MG Ernesto de Carvalho – cineasta, fotógrafo e montador |PE Neville d'Almeida – cineasta, roteirista, escritor, ator, fotografo e artista multimídia | RJ Mediação: Juliano Gomes – curador | RJ

Os festivais de cinema franceses e alemães têm uma tradição de defesa de cinematografias periféricas na economia audiovisual e de países colonizados por europeus, com uma relação intensa e histórica com o cinema brasileiro e latino-americano. Mas os festivais diferem muito entre si e a presença de produções latino-americanas e brasileiras tem a constância de suas presenças variáveis de acordo com as equipes curatoriais e com as ênfases de cada evento. Em muitos casos, essa presença latino-americana segue sendo nula ou pequena, com filmes da região competindo entre si por espaço, ou um e outro título ocupando os mesmos espaços. A Quinzena dos Cineastas e o festival Entrevues de Belfort, especificamente, foram criados para revelar e acompanhar “novos autores” de todos os cantos. O Festival de Cinema Latino-americano de Munique (LAFITA) têm foco circunscrito na América Latina. Em que medida esse aspecto se desdobra no projeto de participar da escrita de uma história do cinema mundial, consciente das peculiaridades das cinematografias regionais? Segundo que critérios/valores os filmes brasileiros visionados pelas curadorias francesas e alemãs estão postos em perspectiva de uma historiografia das formas, temas e contextos contemporâneos? Convidados: Paola Raiman – programadora – Entrevues de Belfort | França Sven Pötting – codiretor – LAFITA – Festival de Cinema Latino-Americano de Munique | Alemanha Mediação: Pedro Butcher – curador Conexão Brasil CineMundi | Brasil

A programação de filmes em festivais não segue uma abordagem unívoca, e depende, em grande parte, das linhas editoriais dos eventos e de contextos locais, com seus objetivos específicos e suas contingências concretas. No caso da programação de filmes brasileiros e latino-americanos de modo mais amplo, há prováveis diferenças entre programá-los no Brasil, em outros países da América Latina e na Europa – cada qual com seus mundos cinematográficos particulares, distâncias e pontos de contato entre cinéfilas e perspectivas históricas que, às vezes, compartilham mais mal-entendidos do que compreensão mútua. Quais são as semelhanças e as diferenças mais gritantes entre programar um filme latino-americano na América Latina e na Europa? Como driblar as possibilidades de se curvar a uma linha hegemônica no primeiro mundo, sem provocar um choque de incomunicabilidade entre o filme e seu público? Quais exemplos concretos e fílmicos podemos considerar em seus trânsitos pelos diferentes continentes? Convidados: Esmeralda Vivas – diretora de programação – Festival Internacional de Cinema em Guadalajara | México Paola Buontempo – programadora – Festival Internacional de Cinema de Mar del Palta | Argentina Roger Koza – programador – Filmfest Hamburgo, Viennale | Alemanha/ Áustria Vanja Milena Munjin Paiva – programadora – FICValdivia, IndieLisboa – Chile/Portugal Walter Tiepelmann – coordenador – Málaga WIP/Diretor artístico – FIDBA | Espanha/Argentina Mediação: Cleber Eduardo – curador Conexão Brasil CineMundi | Brasil

Apresentação, leitura e entrega da Carta de Tiradentes – documento oficial resultante dos trabalhos realizados pelos coordenadores executivos, coordenadores dos GTs, colaboradores e participantes do 2º Fórum de Tiradentes

Os desafios da gestão compartilhada na execução de políticas nacionais de fomento ao audiovisual por meio da Lei Paulo Gustavo, da Lei Aldir Blanc e dos Arranjos Regionais, que envolve o Ministério da Cultura, Ancine, estados e municípios, com especial atenção à qualificação dos agentes públicos e a convergência das ações locais para uma estruturação sistêmica. Convidados: Camila Coelho – Gerente Executiva de Gestão e prestação de contas da Spcine | SP Denise Marques – Coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Nacional | DF Fabrício Noronha – secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura | ES Gabriel Portela – secretário Municipal Adjunto de Cultura e secretário-geral do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados | MG Paulo Alcoforado – diretor da Ancine | DF Thiago Rocha Leandro – diretor de Assistência Técnica a Estados e Municípios do Ministério da Cultura | DF Mediadora: Alessandra Meleiro – pesquisadora, gestora cultural, coordenadora do GT Formação do Fórum de Tiradentes e integrante do Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual – Forcine | SP

Um dos maiores mercados consumidores de VoD do mundo, o Brasil ainda não implantou qualquer marco regulatório para os serviços de streaming. Lideranças políticas, representantes do poder público e profissionais do audiovisual vão debater que modelo de regulação queremos no Brasil. Convidados: Cintia Domit Bittar – cineasta e diretora da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro – API e integrante do +Mulheres | SC Joelma Gonzaga – Secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura | DF Juca Ferreira – Assessor da Presidência do BNDES e ex-Ministro da Cultura | DF Leo Edde – produtor e Presidente do Sindicato Interestadual da Industria Audiovisual – SICAV e vice-presidente da FIRJAN | RJ Paulo Alcoforado – diretor da Ancine | RJ Mediadora: Rosana Alcântara – advogada especializada em regulação do audiovisual e integrante do +Mulheres | RJ

O audiovisual demanda um tempo processual que pode ser mais longo ou mais curto, o que incidirá no resultado do produto, mas também nas condições de trabalho da indústria audiovisual. Quais são os custos humanos e econômicos do tempo acelerado na indústria audiovisual contemporânea? O tempo acelerado da grande indústria é um padrão a ser adotado pela produção independente? Convidados: Bernardo de Oliveira – crítico de cinema, professor e produtor – RJ Clarissa Campolina – diretora, roteirista, montadora, professora e curadora | MG Felipe Bragança – cineasta | RJ Mediadora: Tatiana Carvalho Costa – curadora | MG

Apresentação dos avanços do setor audiovisual em 2023 e das perspectivas para 2024. Políticas nacionais, arranjos regionais e programas de internacionalização do audiovisual brasileiro. Convidados: Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura |DF Debora Ivanov – Programa Cinema do Brasil |SP Márcio Yatsuda – Programa Brazilian TV Producers |SP Marcelo Rocha – Superintendente de Investimentos e Parcerias Estratégicas da Spcine |SP Mediadora: Tatiana Carvalho Costa – Presidente da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro – APAN e curadora | MG

A ideia em torno das “formas do tempo” dialoga com a ousadia das produções exibidas na Mostra Tiradentes e com a tentativa de compreensão ampla de como fazer filmes no Brasil hoje e agora pode impactar suas estéticas. A demanda de eficiência e a velocidade dos acontecimentos no mundo solicitam novas formas da atenção e dos sentidos, mais rápida, fragmentária e ansiosa. Tendo em vista as condições, circunstâncias e debates atuais no audiovisual brasileiro, que tempos e temporalidades atravessam a noção de contemporâneo nas práticas cinematográficas, nas ideias, nas imagens e, sobretudo, nos filmes brasileiros contemporâneos? A equipe curatorial apresenta a temática e programação que norteiam a 27ª Mostra Tiradentes. Convidados: Camila Vieira – curadora de curtas | CE Juliano Gomes – curador de longas | RJ Leonardo Amaral – curador de curtas | MG Lorenna Rocha – curadora de curtas | SP Mariana Queen Nwabasili – curadora de curtas | SP Pedro Guimarães – curador de curtas | SP Tatiana Carvalho Costa – curadora de longas | MG Mediador: Francis Vogner dos Reis – coordenador curatorial e curador de longas| SP

A promoção da cultura e do audiovisual no contexto do desenvolvimento, da defesa da democracia e na afirmação da soberania nacional. O aprofundamento das políticas publicas, universalização de acesso e implantação de marcos regulatórios de proteção e estímulo ao setor. Convidados: Eliane Parreiras – secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados Emmanuel Lenain – embaixador da França no Brasil Fabrício Noronha – secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura Jarbas Soares Júnior – procurador-geral do Ministério Público do estado de Minas Gerais | MG Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual | Ministério da Cultura Margareth Menezes – Ministra da Cultura Pablo Soares Pires (Dom Black) – assessor do Audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais | MG Mediadora: Debora Ivanov – coordenadora executiva do 2º Fórum de Tiradentes e + Mulheres

André Novais Oliveira e Bárbara Colen representam a força inventiva que ascendeu no cinema brasileiro na última década. Ele é um dos diretores e roteiristas mais celebrados no país, ela é uma das atrizes mais importantes dessa geração. Ainda que sejam de Minas Gerais e tragam a marca forte do cinema mineiro, se tornaram também referência do cinema contemporâneo em nível internacional, com passagens pelos principais festivais do mundo. O debate discute a obra de ambos, mas também reflete sobre a força criativa do cinema contemporâneo brasileiro por meio de dois de seus artistas mais emblemáticos. Convidados: André Novais Oliveira – cineasta homenageado 27ª MCT | MG Bárbara Colen – atriz homenageada 27ª MCT | MG Mediação: Juliano Gomes – curador de longas | RJ

Convidados: Diego Pino Anguita – diretor executivo – Conecta | Chile Gudula Meinzolt – produtora – Autentika Films | Suíça Luis González – diretor executivo – DocMontevideo/DocSP | Uruguai/Brasil Renato Manganello – agente de vendas – Utopia Docs | Brasil/Portugal Walter Tiepelmann – diretor artístico – FIDBA | Argentina Mediadora: Lila Foster – curadora e pesquisadora, colaboradora – Brasil CineMundi | Brasil

A regulação do VoD no Brasil é fundamental e urgente. Este debate propõe oferecer um espaço de diálogo e encontros com a presença de lideranças políticas, representantes do poder público e profissionais do audiovisual visando promover um debate transversal e transdisciplinar entre política, tecnologia e sociedade para pensarmos juntos: que modelo de regulação de vídeo sob demanda – VoD queremos no Brasil? Convidados: Fábio Barcelos – Assessor da Secretaria de Regulação da Ancine | RJ Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual – Ministério daCultura | DF Minom Pinho – diretora da Associação Paulista de Cineastas – Apaci | SP Reginaldo Lopes – deputado Federal – PT | MG Tatiana Carvalho Costa – presidente da Associação dos Profissionais doAudiovisual Negro – Apan | MGMediadora: Cintia Domit Bittar – cineasta e diretora da Associação dasProdutoras Independentes do Audiovisual Brasileiro – API | SC

As grandes plataformas de streaming – a maior parte delas estrangeiras – já se consolidaram como importantes agentes da circulação de obras audiovisuais de alcance global, sendo o Brasil um dos principais mercados. O streaming representa desafios e novas oportunidades para o setor, para as políticas públicas do cinema e do audiovisual e para a organização geopolítica da informação e do conhecimento, no entanto, segue sem regulação. Este debate é um convite a pensar e problematizar premissas e questões que possam responder: que modelo de regulação queremos no Brasil? Convidados: Daniel Queiroz – distribuidor Embaúba Play | MG Guilherme Fiuza Zenha – diretor, produtor e presidente do Sindicato daIndústria do Audiovisual – Sindav | MG Letícia Friedrich – produtora e distribuidora – Vitrine Filmes | SP Luciana Damasceno – produtora e plataforma Cardume | MG Sara Silveira – produtora | SPMediadora: Lia Bahia – professora e pesquisadora do Departamento deCinema e Vídeo da UFF | RJ

A Sessão de Abertura terá por temas centrais as questões ligadas às políticas de difusão do cinema brasileiro e a legislação de regulação e fomento do audiovisual, com foco na regulamentação dos serviços de streaming e na internacionalização do cinema brasileiro face ao contexto da crescente globalização dos circuitos de subvenção e difusão audiovisual. Convidados: Débora Ivanov – produtora, diretora do Siaesp e liderança do +Mulheres –Cinema do Brasil | SP Joelma Gonzaga – secretária Nacional do Audiovisual – Ministério da Cultura | DF Juca Ferreira – assessor especial da Presidência – BNDES | DFMediador: Gabriel Portela – secretário adjunto de Cultura de Belo Horizonte,gestor de políticas para o audiovisual e vice-presidente do Fórum Nacional deSecretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados | MG

A mesa reunirá a equipe de curadoria para apresentar a temática desta edição da CineBH, Territórios da Latinidade. Na sua segunda edição com foco na América Latina e no primeiro ano de sua mostra competitiva, a 17ª CineBH enfatiza em sua temática questões geográficas, políticas, históricas, culturais e do cinema. Territórios da Latinidade não diz respeito somente aos filmes da Mostra competitiva Território. Refere-se também às estratégias de disputas por posse de terra e construção de territórios simbólicos e identitários no percurso histórico do cinema latino-americano e da América Latina. Convidados: Cleber Eduardo – coordenador curatorial | SP Ester Fér – curadora de filmes latino-americanos | PR Leonardo Amaral – curador de filmes latino-americanos | SP

Débora Nakache – Coordenação Rede Kino | Buenos Aires Fernanda Omelczuk – Coordenação Rede Kino | MG Gustavo Jardim – Coordenação Rede Kino | MG Isaac Pipano – Coordenação Rede Kino | CE Wenceslao Oliveira – Coordenação Rede Kino | SP Mediadora: Clarisse Alvarenga – curadora Temática Educação | MG