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Edição desta quinta-feira tem como destaque a participação do extensionista Edivan Possamai, coordenador estadual do projeto Grãos Sustentáveis, que fala do resultado do projeto Giro Técnico da Soja, que mobilizou mais de 800 participantes em eventos realizados em todo o Estado.
A cobertura do Fala Carlão para o Canal do Boi esteve no Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, em Brasília, com Angela Peres, diretora de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura, e Ana Lúcia Gomes, diretora de Negociações e Análises Comerciais da SCRI/MAPA.Angela falou sobre sua trajetória como produtora rural, destacou a força da genética brasileira, com ênfase no girolando, e comentou sua experiência como adida agrícola no Peru, reforçando o papel dos adidos na promoção dos produtos brasileiros.Ana Lúcia destacou a importância do evento para apresentar o Brasil como produtor sustentável, falou sobre seu trabalho e ressaltou o papel das negociações bilaterais na abertura e consolidação de mercados.
Neste episódio, o jornalista Thomaz Gomes conversa com Hugo Bethlem, fundador presidente do conselho do Capitalismo Consciente Brasil, sobre como a transição energética está diretamente conectada à transformação do próprio modelo econômico. Hugo explica por que o capitalismo tradicional, centrado exclusivamente na maximização do lucro, já não responde aos desafios ambientais, sociais e éticos do nosso tempo. Além disso, explica como a evolução para um capitalismo sustentável se tornou condição indispensável para garantir acesso à energia, reduzir desigualdades e enfrentar as mudanças climáticas. Ele apresenta os pilares do Capitalismo Consciente e discute como as empresas podem gerar prosperidade sem explorar pessoas, comunidades ou recursos naturais. A conversa destaca a urgência de uma “virada energética”, para além da visão de transição suave: o Brasil precisa acelerar soluções limpas que cheguem às periferias, pequenos produtores, escolas, comunidades indígenas e milhões de brasileiros que ainda vivem sem energia adequada, um tema central para qualquer política pública de futuro. Hugo reforça que a transição energética é também uma transição de consciência, que exige educação, responsabilidade corporativa e políticas que permitam acesso real à energia renovável. Ele detalha como obstáculos regulatórios, falta de incentivos e a lentidão das lideranças, atrasam avanços que já poderiam ter transformado vidas. Exemplos como a viabilidade de energia solar em habitações populares, o impacto direto no custo de vida e a urgência de incluir o tema nas escolas mostram como a inclusão energética é inclusão social. A discussão aborda ainda o papel da mídia em ampliar essa pauta, o desafio de sensibilizar cidadãos em um país desigual e o potencial das novas gerações, já moldadas por propósito e valores socioambientais, para impulsionar práticas de consumo e produção mais responsáveis. Bethlem também comenta por que o custo de não agir é maior que qualquer investimento necessário hoje, e como o Brasil pode se tornar referência global ao alinhar abundância energética, inovação e consciência coletiva. Por fim, o presidente do Capitalismo Consciente Brasil analisa o cenário global, revisita exemplos históricos como a crise energética de 2001 e aponta caminhos para construir um futuro em que tecnologia, energia limpa e justiça social caminhem juntas, reforçando que sem educação e sem energia, não existe desenvolvimento possível. O podcast é um oferecimento do Energy Summit.
Administradora de Empresas com Especialização em Marketing & Planejamento Estratégico pela PUC (SP); Naturopata desde 2005; Terapeuta Integrativa, Coach & Facilitadora de Constelações Familiares; atende em consultório próprio desde 2007; também presta Consultoria para Empreendedores, Pequenas e Médias Empresas e Empresas Familiares desde 2012 nas mais diferentes frentes: Gestão de Pessoas; Gestão de Conflitos; Liderança pela Antroposofia; Comunicação; Produtividade e Performance; Gestão de Processos; Mapeamento de Processos; Planejamento Estratégico; DNA de Marca e Branding. Sócia Fundadora da Integrativa Sinergia, tem como Intenção de Alma convidar Pessoas & Empresas a irem em direção ao melhor de si mesmas de forma leve, fluída e harmônica, para que todos celebrem isso!
O Fala Carlão Especial de Sábado conversou com Rodrigo Rojas, da AOA Chile, durante a COP30. Ele contou sobre a viagem que fez de moto do Chile até o Brasil, experiência que integra seu trabalho e sua forma de visitar fazendas, conhecer realidades locais e dialogar diretamente com produtores.Rodrigo falou sobre sua trajetória profissional e explicou a atuação da AOA – Agricultura Orgánica Agroecológica, voltada à promoção de práticas agrícolas saudáveis, sustentáveis e alinhadas com a produção de alimentos de qualidade. Ele destacou que o contato direto com o campo fortalece a troca de conhecimento entre países.Ele também comentou sua relação com outras nações, como a Inglaterra, e ressaltou a importância da cooperação internacional para difundir modelos de agricultura que respeitam o meio ambiente, as pessoas e a alimentação saudável.Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda
José Luiz Tejon, uma das maiores autoridades em marketing em agronegócio, comenta os mais relevantes fatos da área às 2ªs, 4ªs e 6ªs, às 7h25, no Jornal Eldorado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Organização Mundial da Saúde estima que a poluição ambiental contribui anualmente para perto de 5 milhões de mortes. Precisamente por isto, falar sobre ambiente e sustentabilidade é também falar sobre saúde. E, com estes números em mente, talvez o consumo típico da Black Friday, do Natal e dos saldos não seja assim tão barato quanto parece. Sem esquecer o desperdício alimentar associado à época festiva que se aproxima. Nesta 'Consulta Aberta, Catarina Barreiros revela os verdadeiros custos por detrás dos grandes descontos e das compras online, típicas desta altura, e deixa alguns conselhos para viver uma época festiva mais sustentável, equilibrada e amiga da carteira. Vamos pensar um Natal mais sustentável? Ouça aqui o novo episódio do podcast. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O documentário mostra como o Brasil pode dobrar a produção de alimentos sem desmatamento e reforça o protagonismo da pecuária sustentável na agenda climática da COP30.
Na COP30, Wellington Baldo — com co-host Marcela Bueno — revela como o Grupo Boticário está integrando natureza, ciência e tecnologia para criar modelos de impacto positivo. Do uso responsável de biodiversidade à expansão da circularidade, um episódio que mostra como sustentabilidade vira estratégia de negócio — e vantagem competitiva.Conecte-se com os participantes: * Whellington BaldoLinkedin: https://www.linkedin.com/in/wellington-baldo-76920321/* Wagner Lopes - HostLinkedIn: https://www.linkedin.com/in/wagner-lopes-cs/Instagram: https://www.instagram.com/wslopes/* Marcella Bueno - Co-HostLinkedin: https://www.linkedin.com/in/marcellabuenosocial/Participe gratuitamente da nossa comunidade e conecte-se com pessoas comprometidas com sustentabilidade e inovação: comunidadecs.club
Send us a textThais Ribeiro é Gerente de Segurança da Informação na Iguá Saneamento, com trajetória que vai do service desk à liderança em governança e gestão de riscos. No papo, ela conta como estruturou segurança do zero em um ambiente corporativo, o que aprendeu ao implementar normas e controles e por que cultura e processo valem mais do que qualquer ferramenta.PodCafé Tech é um podcast onde Mr Anderson, Guilherme Gomes e Dyogo Junqueira, recebem convidados para falar de uma forma descontraída sobre Tecnologia, Segurança e muito mais. YouTube: youtube.com/@podcafetech Instagram: instagram.com/podcafetech Linkedin: linkedin.com/company/podcafe
Convidado: Tarso Ferreira Silva (Aluno de graduação da UFSB)
Novo relatório da FAO destaca que recursos essenciais para a produção alimentar são finitos e que o futuro da segurança alimentar dependerá de escolhas mais inteligentes e sustentáveis.
O Governo Lula lançou o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) para estimular a inovação, a indústria verde, a descarbonização da frota automotiva, além de carros melhores e a preços menores. Neste ano, o Brasil atingiu R$130 bilhões em investimentos anunciados pelas empresas automotivas.Sonoras:
Com raízes que ultrapassam 3 metros, a pastagem melhora o solo, evita erosão, aumenta a infiltração de água e reduz impacto ambiental sem perder eficiência produtiva.
Voltado a produtores e técnicos, o curso aborda princípios de agroecologia, agricultura sustentável, orgânica e regenerativa para aprimorar sistemas pecuários em equilíbrio com o meio ambiente.
A série Talks Estadão Mídia & Mkt traz as trajetórias, desafios e inovações na voz das lideranças da comunicação e do marketing. A primeira temporada é dedicada às mulheres de impacto – profissionais que estão transformando o mercado e redefinindo o futuro dessa indústria. Neste episódio, Márcia Silveira, head de diversidade e inclusão para advocacy e influence do Grupo L'Oréal no Brasil, traz atualizações do mercado brasileiro de beleza e fala sobre diversidade, inclusão e carreira.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nos últimos anos, grandes investidores têm apostado fortemente e investido bilhões em negócios envolvendo Inteligência Artificial. Diversos especialistas já apontam que esses investimentos podem formar uma bolha especulativa. E que essa bolha pode estourar. O mercado financeiro acompanha de perto esse cenário e até o chefão do Google já manifestou preocupação em relação aos impactos de um eventual rompimento de bolha.Neste episódio, conversamos com o economista Moisés Waismann, professor da Universidade La Salle, e com a professora Marta Bez, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Universidade Feevale. A apresentação é de Matheus Chaparini.
Secretário-geral da ONU ressalta que futuro do planeta depende de sistemas de transporte “mais limpos e verdes”, sublinhando que setor, responsável por cerca de um quarto das emissões globais, precisa de transformação rápida e profunda.
O Dia Mundial do Transporte Sustentável que hoje, dia 26 de novembro - data de lançamento deste episódio -, se assinala, lembra-nos que a forma como nos movemos influencia não só o clima, mas também a nossa saúde, a qualidade das cidades e até a forma como convivemos no espaço público. Os transportes continuam a ser um dos principais responsáveis pelas emissões de CO₂ - 34%! - e a predominância do automóvel altera profundamente o modo como usamos — e perdemos — o espaço urbano: ruas mais barulhentas, ar mais poluído, menos zonas de convívio, mais isolamento e mais custos, tanto ambientais como pessoais.Perceber porque é que os nossos sistemas de mobilidade são insustentáveis é o primeiro passo para repensar prioridades: devolver espaço às pessoas, reduzir a dependência do carro, apostar em transportes públicos eficientes e em modos suaves, e construir cidades mais seguras, vivas e saudáveis. É isso que está em causa quando falamos de mobilidade sustentável — não apenas chegar do ponto A ao ponto B, mas criar lugares para viver com mais qualidade de vida.Para falar sobre ele, contaremos com Rita Prates, gestora de projetos e analista de políticas públicas nas áreas de mobilidade e energia, na ZERO.Referências do episódio:- Link para a petição: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT127297- Livro “Movement - How To Take Back Our Streets And Transform Our Lives”, de Marco Te Brommelstroet e Thalia Verkade
A cobertura do Fala Carlão para o Canal do Boi, direto da Agrizone na COP30 em Belém, contou com uma conversa especial com Ana Doralina, Presidente da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável. Ela resumiu sua trajetória como quinta geração de uma família produtora rural e destacou sua forte relação com a raça Angus.Ana explicou também o papel da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável, que integra diversos elos da cadeia para promover práticas responsáveis, fortalecer a pecuária nacional e alinhar produtividade com sustentabilidade.Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda
ONU ressalta determinação do continente em transformar as suas economias através de industrialização sustentável, integração regional e inovação, enquanto líderes pedem reformas profundas no sistema financeiro global para tornar esse futuro possível.
Em cobertura para o Canal do Boi, Fala Carlão conversa com Luis Barbieri, sócio-fundador da Raiar Orgânicos, uma referência em produção com foco absoluto no bem-estar animal, na Blue Zone da COP30 em Belém/PA.Luis explicou como o trabalho da Raiar nasce do cuidado: são galinhas vivendo em ambiente tranquilo, saudável e pensado para que elas expressem seu comportamento natural, porque qualidade começa no respeito ao animal. Ele destacou também a necessidade de uma relação transparente entre trading e produtor, baseada em confiança e previsibilidade, além do papel decisivo da ciência e da tecnologia para elevar o padrão da alimentação no Brasil.Uma conversa que mostra que futuro e sustentabilidade caminham junto com ética, técnica e verdade no campo.Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda
Ouça a reportagem de Ronaldo Araújo e Artur Vieira sobre a circulação dos ônibus elétricos no transporte coletivo de passageiros da Grande Aracaju. Foto: Karla Tavares/PMA
Fala Carlão conversa com Mauro Lúcio Costa, presidente da Acripará, direto da Agrizone na COP30 em Belém do Pará. Ele destaca a importância histórica dessa edição, a primeira com um espaço dedicado ao agro dentro do evento climático. Mauro explica como a Agrizone reforça a presença do setor nas discussões globais e mostra a força da pecuária paraense, marcada por avanços, organização e capacidade de dialogar com o mundo. Ele também fala sobre o que o Pará tem para apresentar em sustentabilidade, com práticas modernas que unem produção e preservação. Fala aí, Mauro!Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda
Um breve bate-papo informativo e descontraído, onde comentamos sobre as ameaças sofridas pelos insetos polinizadores e as iniciativas e práticas sustentáveis para a proteção desses animais.
cop30, eixos e energia no centro das negociações: o Brasil puxa o acordo para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis e tenta liderar a próxima fase da transição energética. Entenda o que está em jogo no “dia de energia” em Belém. Direto da COP30, diálogos da transição mostra como biocombustíveis, SAF, mercado de carbono e descarbonização da indústria se conectam na mesma agenda. Nayara Machado traz o resumo do dia de energia na COP30, com a adesão de 23 países ao compromisso de Belém para quadruplicar combustíveis sustentáveis. Francesco La Camera (IRENA) detalha o potencial do Brasil. Em seguida, o programa explica a consulta pública do SAF aberta pelo MME e as metas da Lei do Combustível do Futuro. Roberto Ardenghy, presidente do IBP, fala sobre o papel da indústria do petróleo na descarbonização. Gabriel Chiapini analisa a disputa eletrificação × biocombustíveis e os desafios do financiamento climático, com foco na integração dos mercados de carbono. Cristina Reis (Ministério da Fazenda) apresenta a coalizão de mercados regulados de carbono. André Ramalho comenta a estratégia da Braskem com eletrificação e gás natural, em entrevista com Gustavo Checcucci.
Olá sejam bem vindo ao nosso quadro de entrevistas do Podcast da Mineração.Neste programa, entrevistamos Henrique Hélcio, CEO Grupo Biosfera Soluções Sustentáveis Ltda possui 24 anos na Siderúrgica Usiminas, sendo 16 em área industrial e 08 em área Corporativa, 02 anos no Banco Bradesco, 10 anos como Consultor de Negócios no SEBRAE/MG e 15 anos como Professor Universitário na PUC MG. Atualmente é sócio proprietário da empresa Biosfera que atua no ramo de transformação de resíduos industriais em recursos para o agronegócio, construção civil e outros segmentos por meio da Economia Circular e dos pilares da Sustentabilidade.Conversamos sobre Quais são os principais tipos de resíduos gerados pela mineração e quais deles têm maior potencial de reaproveitamento econômico, barreiras regulatórias ou ambientais que ainda dificultam o aproveitamento de resíduos minerais no Brasil e muito maisCriação de Arte: Maryana BarbosaPatrocinadores Oficiais do Podcast da Mineração:ÍGNEA Geologia & Meio Ambiente - https://www.igneabr.com.br/ - @igneabrVP Transportes http://www.vptransportes.com.br/ - @vptransportesltdParticipação:BiosFera Soluções SustentáveisConfiram essa e outras entrevistas no canal e Lembrem-se: "Mineração pode não ser o futuro mas não existe futuro sem a mineração"#mineração #tecnologia #technology #podcastdamineração #podcast #inovação #engenheirodeminas #engenhariademinas #futuro #inovação #innovations #innovations #residuossólidos #reaproveitamento #sustentáveis
Muitas vezes sentimos que o futuro está distante ou atrasado, mas a verdade é que o futuro não chega quando não temos estrutura emocional para sustentá-lo. No episódio de hoje, eu falo sobre como a vida funciona como um campo vibracional, e como nossas emoções e identidade determinam o que conseguimos viver. Você vai entender como alinhar seu estado emocional com o futuro que deseja e como pequenos passos diários podem fazer toda a diferença.Links citados:
Fala Carlão conversa com Bruno Lucchi, Diretor Técnico da CNA, direto da COP30. Bruno fala sobre o lançamento e a importância estratégica da Agrizone, um espaço criado para fortalecer a narrativa da agricultura brasileira sustentável e provar que o agro do país já é parte essencial da solução climática. O principal legado da COP30, segundo Lucchi, será o foco global na agricultura tropical e seus benefícios diretos no combate às mudanças climáticas. O agro brasileiro está pronto para liderar!Apoio Institucional:AbisoloANDAVFAESP/SENARPatrocínio:Publique AgroAgênciaAgroRevenda
Evento no Rio de Janeiro antecedeu abertura da COP30, em Belém; encontro da Rede de Moda e Estilo de Vida das Nações Unidas juntou indústria criativa, representantes internacionais e legisladores sobre design, moda e ação climática.
Está no ar mais um episódio do podcast Economistas! Os temas desta semana são justiça climática e finanças sustentáveis, dois assuntos bastante ligados à transição ecológica e ao combate às mudanças climáticas.
Estudo da Fundação Seade mostra que recursos financeiros na área triplicaram entre 2023 e 2025
Durante a Expo Favela Innovation, 11 agências apresentaram a produção autoral de designers que apostam em uma moda “pé no chão”, vinculada aos valores dos territórios e à urgência de não poluir o meio ambiente. Nossa reportagem acompanhou o evento, nos dias 25 e 26 de outubro, na Cidade das Artes, e conversou com Giselle Ondezza, Breno Leite e Beatriz Firmino.Reportagem: Ana Salles, Beatriz Camargo e Gabrielle TeodoroEdição: Gabriel Savelli
Edgard Benozatti - Diretor-Presidente na Companhia Paulista de Parcerias (CPP)
O mundo está acelerando a utilização de combustível sustentável de aviação e desenvolvendo projetos para atender a essa demanda crescente. Companhias aéreas trabalham para reduzir emissões enquanto autoridades, inclusive na América Latina, reavaliam seus marcos regulatórios e mandatos de biocombustíveis. Camila Fontana, chefe adjunta da redação da Argus em São Paulo, recebe Josh Vence, vice-presidente de Operações e Desenvolvimento de Negócios com foco em SAF e biocombustíveis, e Lucas Boacnin, gerente de Desenvolvimento de Negócios com foco em transição energética, para discutir o mercado global de SAF, os avanços regionais e as referências dos preços Argus para o produto.
Você já quis ser sustentável e não soube por onde começar? Acha que suas ações são um grãozinho de areia na imensidão deste mundo? Pois tem quem transformou todos estes desafios em movimento! Neste episódio eu conversei com a Carol Muccida, idealizadora do Desafio 21 Dias + Sustentáveis — um programa que convida as pessoas a repensarem seus hábitos e perceberem que ser mais sustentável não precisa ser difícil. Referência: @carolinemuccida @cora.esg Newsletter: https://carolinemuccida.substack.com/p/um-futuro-verde-so-e-possivel-com
Tatiana Babadobulos fala sobre o meet point com o tema Sinergia sustentável - Parcerias impulsionam a proteção ambiental, uma live sobre um relatório global de economia circular - os desafios, as oportunidades e o caminho para a sustentabilidade. A jornalista também conta detalhes da presença do Estadão Blue Studio na COP-30, em Belém.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pesquisador da Embrapa explica como e quanto investir na recuperação de pastagens degradas
Tema sugerido: Alta Performance em Vendas: Como Construir Equipes de Sucesso e Resultados SustentáveisBriefing resumido:A entrevista explorará estratégias para desenvolver equipes comerciais de alta performance, destacando como motivação, treinamento contínuo, liderança inspiradora e cultura de resultados podem transformar times em verdadeiros motores de crescimento. O debate também trará insights sobre indicadores de desempenho, inteligência emocional e inovação em processos de vendas para alcançar resultados consistentes e duradouros.Erison Santos, conhecido como O Vendedor Bom de Bola, iniciou sua trajetória como vendedor ambulante e conquistou o mundo como atleta profissional de futebol. Com destaque em vendas na Ambev e Kraft Heinz, tornou-se empreendedor e palestrante de alta performance em vendas, compartilhando sua experiência de superação e resultados. É graduado em Administração e possui pós-graduação em Estratégia de Vendas e Psicologia Organizacional.
Encontro quer que setor ajude a diversificar a economia; turismo concentra 11% do PIB nacional; iniciativa marca etapa na implementação da Conta Satélite do Turismo.
Você sabia que resíduos urbanos podem se tornar ferramentas de educação e transformação social? Neste episódio do Belém 30º, conheça o Movimento Escola Viva, que promove educação ambiental, bioconstrução e criatividade sustentável. O movimento ressignifica materiais que seriam descartados, levando práticas sustentáveis para a cidade e para as comunidades próximas. A Escola Viva mostra como iniciativas locais podem ensinar responsabilidade ambiental, inspirar mudanças e servir de exemplo para outras regiões da floresta Amazônica e do Brasil.Este projeto é realizado pela Politize!, em parceria com o Pulitzer Center.Siga a Politize! no Instagram: @_politize e no tiktok @politizeAcompanhe a Politize! no YouTube: https://www.youtube.com/@PolitizeAcompanhe o Portal Politize!: https://www.politize.com.br/
Durante o Congresso Mundial da Carne, em Cuiabá, o Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC) destacou os esforços para ampliar a presença internacional do país em eventos como a COP 30.
Com o propósito de promover o turismo de forma integrada e sustentável, foi lançado na noite desta quarta-feira (29) o projeto Rota Caminho das Serras, iniciativa que conecta os municípios de Bom Jardim da Serra, Urubici, Grão Pará, Lauro Müller e Orleans. O lançamento institucional reuniu representantes das prefeituras, entidades de turismo e parceiros internacionais, consolidando um passo importante para o fortalecimento do setor turístico na região serrana e sul catarinense. A rota engloba alguns dos mais belos atrativos naturais e culturais do estado, como o Parque Nacional de São Joaquim, o Parque Estadual da Serra Furada e o Ecomuseu Serra do Rio do Rastro, valorizando a biodiversidade, as tradições locais e o potencial econômico ligado ao turismo de experiência. A iniciativa é fomentada por meio da Rede DEL Turismo, uma parceria entre o IDEL, FACISC, BBW, Engagement Global e o Distrito de Regen, na Alemanha, com apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). A colaboração internacional reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o intercâmbio de boas práticas. Com o Caminho das Serras Santa Catarina, a região se projeta como um dos destinos turísticos mais promissores do país, unindo conservação ambiental, identidade cultural e geração de oportunidades para as comunidades locais. A reportagem da Rádio Cruz de Malta acompanhou o evento e conversou com os representantes dos municípios que integram a rota. Ouça a reportagem completa:
O evento, que ocorre pela primeira vez no país, é a principal vitrine do setor e, segundo o Imac, é crucial para atrair investimentos e firmar parcerias com Ásia e Oriente Médio, fortalecendo a credibilidade da carne brasileira no mundo em busca de segurança alimentar.
Documento do Banco Mundial e Embrapa reúne evidências econômicas e traz recomendações para ampliar a adoção de sistemas agroflorestais e o de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Produtora de Rio Brilhante/MS consolidou-se como empresária do agronegócio à frente da RJ Agro, aplicando práticas de ESG e envolvendo a família na continuidade dos negócios
A realização da próxima Conferência do Clima da ONU em Belém do Pará (COP30) aproximará, pela primeira vez, os líderes globais de uma realidade complexa: a de que a preservação ambiental só vai acontecer se garantir renda para as populações locais. Conforme o IBGE, mais de um terço (36%) dos 28 milhões habitantes da Amazônia Legal estão na pobreza, um índice superior à média nacional. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém e Terra Santa (Pará) Ao longo de décadas de ocupação pela agricultura, mineração e extração de madeira, incentivadas pelo Estado, instalou-se na região o imaginário de que a prosperidade passa pelo desmatamento. O desafio hoje é inverter esta lógica: promover políticas que façam a floresta em pé ter mais valor do que derrubada. Os especialistas em preservação alertam há décadas que uma das chaves para a proteção da floresta é o manejo sustentável dos seus recursos naturais, com a inclusão das comunidades locais nessa bioeconomia. Praticamente 50% do bioma amazônico está sob Unidades de Conservação do governo federal, que podem ser Áreas de Proteção Permanente ou com uso sustentável autorizado e regulamentado, como o das concessões florestais. A cadeia da devastação começa pelo roubo de madeira. Depois, vem o desmatamento da área e a conversão para outros usos, como a pecuária. A ideia da concessão florestal é “ceder” territórios sob forte pressão de invasões para empresas privadas administrarem, à condição de gerarem o menor impacto possível na floresta e seus ecossistemas. Essa solução surgiu em 2006 na tentativa de frear a disparada da devastação no Brasil, principalmente em áreas públicas federais, onde o governo havia perdido o controle das atividades ilegais. A ideia central é que a atuação de uma empresa nessas regiões, de difícil acesso, contribua para preservar o conjunto de uma grande área de floresta, e movimente a economia local. Os contratos duram 40 anos e incluem uma série de regras e obrigações socioambientais, com o aval do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A madeira então recebe um selo de sustentabilidade emitido por organismos reconhecidos internacionalmente – o principal deles é o FSC (Forest Stewardship Council). Atualmente, 23 concessões florestais estão em operação pelo país. "Qualquer intervenção na floresta gera algum impacto. Mas com a regulamentação do manejo florestal e quando ele é bem feito em campo, você minimiza os impactos, porque a floresta tropical tem um poder de regeneração e crescimento muito grandes”, explica Leonardo Sobral, diretor da área de Florestas e Restauração do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), parceiro do FSC no Brasil. "O que a gente observa, principalmente através de imagens de satélite, é que em algumas regiões que são muito pressionadas e que têm muito desmatamento no entorno, a única área de floresta que restou são florestas que estão sob concessão. Na Amazônia florestal sobre pressão, que é onde está concentrada a atividade ilegal predatória, existem florestas que estão na iminência de serem desmatadas. É onde entendemos que as concessões precisam acontecer, para ela valer mais em pé do que derrubada”, complementa. Manejo florestal em Terra Santa Na região do Pará onde a mata é mais preservada, no oeste do Estado, a madeireira Ebata é a principal beneficiada de uma concessão em vigor na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, entre os municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa. Numa área de 30 mil hectares, todas as árvores de interesse comercial e protegidas foram catalogadas. Para cada espécie, um volume máximo de unidades pode ser extraído por ano – em média, 30 metros cúbicos de madeira por hectare, o que corresponde a 3 a 6 árvores em um espaço equivalente a um campo de futebol. A floresta foi dividida em 30 “pedaços” e, a cada ano, uma área diferente é explorada, enquanto as demais devem permanecer intocadas. O plano prevê que, três décadas após uma extração, a fatia terá se regenerado naturalmente. "Para atividades extrativistas como madeira, a castanha do Brasil ou outros produtos que vem da floresta, a gente depende que ela continue sendo floresta”, afirma Leônidas Dahás, diretor de Meio Ambiente e Produtos Florestais da empresa. "Se em um ano, a minha empresa extrair errado, derrubar mais do que ela pode, eu não vou ter no ano que vem. Daqui a 30 anos, eu também não vou ter madeira, então eu dependo que a floresta continue existindo.” Estado incapaz de fiscalizar Unidades de Conservação A atuação da empresa é fiscalizada presencialmente ou via satélite. A movimentação da madeira também é controlada – cada tora é registrada e os seus deslocamentos devem ser informados ao Serviço Florestal Brasil (SFB), que administra as concessões no país. "Uma floresta que não tem nenhum dono, qualquer um vira dono. Só a presença de alguma atividade, qualquer ela que seja, já inibe a grande parte de quem vai chegar. Quando não tem ninguém, fica fácil acontecer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo”, observa Dahás. A bióloga Joice Ferreira, pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, se especializou no tema do desenvolvimento sustentável da região e nos impactos do manejo florestal. Num contexto de incapacidade do Estado brasileiro de monitorar todo o território e coibir as ilegalidades na Amazônia, ela vê a alternativa das concessões florestais como “promissora” – embora também estejam sujeitas a irregularidades. Os casos de fraudes na produção de madeira certificada não são raros no país. “Você tem unidades de conservação que são enormes, então é um desafio muito grande, porque nós não temos funcionários suficientes, ou nós não temos condições de fazer esse monitoramento como deveria ser feito”, frisa. “Geralmente, você tem, em cada unidade de conservação, cinco funcionários.” Em contrapartida do manejo sustentável, a madeireira transfere porcentagens dos lucros da comercialização da madeira para o Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o SFB, que distribuem os recursos para o Estado do Pará e os municípios que abrigam as Flonas, como são chamadas as Florestas Nacionais. Populações no interior da Amazônia sofrem de carências básicas O dinheiro obrigatoriamente deve financiar projetos de promoção do uso responsável das florestas, conservação ambiental e melhora da gestão dos recursos naturais na região. Todo o processo é longo, mas foi assim que a cidade de Terra Santa já recebeu mais de R$ 800 mil em verbas adicionais – um aporte que faz diferença no orçamento da pequena localidade de 19 mil habitantes, onde carências graves, como saneamento básico, água encanada e acesso à luz, imperam. "Quase 7 mil pessoas que moram na zona rural não têm tem acesso à energia elétrica, que é o básico. Outro item básico, que é o saneamento, praticamente toda a população ribeirinha e que mora em terra firme não têm acesso à água potável”, detalha a secretária municipal de Meio Ambiente, Samária Letícia Carvalho Silva. "Elas consomem água do igarapé. Quando chega num período menos chuvoso, a gente tem muita dificuldade de acesso a água, mesmo estando numa área com maior bacia de água doce do mundo. Nas áreas de várzea, enche tudo, então ficam misturados os resíduos de sanitários e eles tomam aquela mesma água. É uma situação muito grave na região.” Com os repasses da concessão florestal, a prefeitura construiu a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, distribuiu nas comunidades 50 sistemas de bombeamento de água movido a energia solar e painéis solares para o uso doméstico. A família da agente de saúde Taila Pinheiro, na localidade de Paraíso, foi uma das beneficiadas. A chegada das placas fotovoltaicas zerou um custo de mais de R$ 300 por mês que eles tinham com gerador de energia. "Antes disso, era lamparina mesmo. Com o gerador, a gente só ligava de noite, por um período de no máximo duas horas. Era só para não jantar no escuro, porque era no combustível e nós somos humildes, né?”, conta. "A gente não conseguia ficar com a energia de dia." A energia solar possibilitou à família ter confortos básicos da cidade: armazenar alimentos na geladeira, carregar o celular, assistir televisão. Um segundo projeto trouxe assistência técnica e material para a instalação de hortas comunitárias. A venda do excedente de hortaliças poderá ser uma nova fonte de renda para a localidade, que sobrevive da agricultura de subsistência e benefícios sociais do governo. "A gente já trabalhava com horta, só que a gente plantava de uma maneira totalmente errada. Até misturar o adubo de maneira errada a gente fazia, por isso a gente acabava matando as nossas plantas”, observa. “A gente quer avançar, para melhorar não só a nossa alimentação, mas levar para a mesa de outras pessoas." Acesso à água beneficia agricultura Na casa de Maria Erilda Guimarães, em Urupanã, foi o acesso mais fácil à água que foi celebrado: ela e o marido foram sorteados para receber um kit de bombeamento movido a energia solar, com o qual extraem a água do poço ou do próprio rio, com bem menos esforço braçal. No total, quase 50 quilômetros de captura de água pelo sistema foram distribuídos nas comunidades mais carentes do município. O casal completa a renda da aposentadoria com a venda de bebidas e paçoca caseira para os visitantes no período da estação seca na Amazônia, a partir de agosto. O marido de Maria Erilda, Antônio Conte Pereira, também procura fazer serviços esporádicos – sem este complemento, os dois “passariam fome”. "Foi um sucesso para nós, que veio mandado pelo governo, não sei bem por quem foi, pela prefeitura, não sei. Mas sei que foi muito bom”, diz Pereira. "Não serviu só para nós, serviu para muitos aqui. A gente liga para as casas, dá água para os vizinhos, que também já sofreram muito carregando água do igarapé, da beira do rio." Urupanã é uma praia de rio da região, onde o solo arenoso dificulta o plantio agrícola. No quintal de casa, os comunitários cultivam mandioca e frutas como mamão, abacaxi e caju. O bombeamento automático da água facilitou o trabalho e possibilitou ampliar o plantio de especiarias como andiroba e cumaru, valorizados pelas propriedades medicinais. "Para muitas famílias que ainda precisavam bater no poço, foi muito legal. A gente conseguiu manter as nossas plantas vivas no verão”, conta Francisco Neto de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Urupanã, onde vivem 38 famílias. 'Fazer isso é crime?' A prefeitura reconhece: seria difícil expandir rapidamente a rede elétrica e o acesso à água sem os recursos da madeira e dos minérios da floresta – outra atividade licenciada na Flona de Saracá-Taquera é a extração de bauxita, pela Mineração Rio do Norte. Entretanto, o vice-prefeito Lucivaldo Ribeiro Batista considera a partilha injusta: para ele, o município não se beneficia o suficiente das riquezas da “Flona”, que ocupa um quarto da superfície total de Terra Santa. Para muitos comunitários, a concessão florestal e a maior fiscalização ambiental na região estrangularam a capacidade produtiva dos pequenos agricultores. "Existe esse conflito. Hoje, se eu pudesse dizer quais são os vilões dos moradores que estão em torno e dentro da Flona, são os órgãos de fiscalização federal, que impedem um pouco eles de produzirem”, constata ele, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRD), de centro-direita. "E, por incrível que pareça, as comunidades que estão dentro da Flona são as que mais produzem para gente, porque é onde estão os melhores solos. Devido todos esses empecilhos que têm, a gente não consegue produzir em larga escala”, lamenta. A secretária de Meio Ambiente busca fazer um trabalho de esclarecimento da população sobre o que se pode ou não fazer nos arredores da floresta protegida. Para ela, a concessão teria o potencial de impulsionar as técnicas de manejo florestal sustentável pelas próprias comunidades dos arredores de Sacará-Taquera. Hoje, entretanto, os comunitários não participam desse ciclo virtuoso, segundo Samária Carvalho Silva. “Eles pedem ajuda. ‘Fazer isso não é crime?'. Eles têm muito essa necessidade de apoio técnico. Dizem: 'Por que que eu não posso tirar a madeira para fazer minha casa e a madeireira pode?'", conta ela. "Falta muito uma relação entre esses órgãos e as comunidades”, avalia. Há 11 anos, a funcionária pública Ilaíldes Bentes da Silva trabalhou no cadastramento das famílias que moravam dentro das fronteiras da Flona – que não são demarcadas por cercas, apenas por placas esparsas, em uma vasta área de 440 mil hectares. Ela lembra que centenas de famílias foram pegas de surpresa pelo aumento da fiscalização de atividades que, até então, eram comuns na região. "Tem muita gente aqui que vive da madeira, mas a maioria dessas madeiras eram tiradas ilegalmente. Com o recadastramento, muitas famílias pararam”, recorda-se. “Para as pessoas que vivem dessa renda, foi meio difícil aceitar, porque é difícil viver de farinha, de tucumã, de castanha e outras coisas colhidas nessa região do Pará.” Kelyson Rodrigues da Silva, marido de Ilaíldes, acrescenta que “até para fazer roça tinha que pedir permissão para derrubar” a mata. “Hoje, eu entendo, mas tem gente que ainda não entende. O ribeirinho, para ele fazer uma casa, tem que derrubar árvore, e às vezes no quintal deles não tem. Então eles vão tirar de onde?”, comenta. “Quando vem a fiscalização, não tem como explicar, não tem documento.” Espalhar o manejo sustentável A ecóloga Joice Ferreira, da Embrapa, salienta que para que o fim do desmatamento deixe de ser uma promessa, não bastará apenas fiscalizar e punir os desmatadores, mas sim disseminar as práticas de uso e manejo sustentável da floresta também pelas populações mais vulneráveis – um desafio de longo prazo. “Não adianta chegar muito recurso numa comunidade se ela não está preparada para recebê-lo. Muitas vezes, as empresas chegam como se não houvesse nada ali e já não tivesse um conhecimento, mas ele existe”, ressalta. “As chances de sucesso vão ser muito maiores se as empresas chegarem interessadas em dialogar, interagir e aumentar as capacidades do que já existe. Isso é fundamental para qualquer iniciativa de manejo sustentável ter sucesso”, pontua a pesquisadora. Um dos requisitos dos contratos de concessão florestal é que a mão de obra seja local. A madeireira Ebata reconhece que, no começo, teve dificuldades para contratar trabalhadores só da cidade, mas aos poucos a capacitação de moradores deu resultados. A empresa afirma que 90% dos empregados são de Terra Santa. “No início da minha carreira em serraria, eu trabalhei em madeireiras que trabalhavam de forma irregular. Me sinto realizado por hoje estar numa empresa que segue as normas, segue as leis corretamente”, afirma Pablio Oliveira da Silva, gerente de produção da filial. Segundo ele, praticamente tudo nas toras é aproveitado, e os resíduos são vendidos para duas olarias que fabricam tijolos. Cerca de 10% da madeira é comercializada no próprio município ou destinada a doações para escolas, centros comunitários ou igrejas. Na prefeitura, a secretária Samária Silva gostaria de poder ir além: para ela, a unidade de beneficiamento de madeira deveria ser na própria cidade, e não em Belém. Da capital paraense, o produto é vendido para os clientes da Ebapa, principalmente na Europa. “O município é carente de empreendedorismo e de fontes de renda. A gente praticamente só tem a prefeitura e a mineração”, explica. “Essas madeireiras, ao invés de ter todo esse processo produtivo aqui... ‘Mas o custo é alto. A gente mora numa área isolada, só tem acesso por rios e isso tem um custo'. Mas qual é a compensação ambiental que vai ficar para o município, da floresta? Essas pessoas estão aqui vivendo, o que vai ficar para elas?”, indaga. Foco das concessões é conter o desmatamento O engenheiro florestal Leonardo Sobral, do Imaflora, constata que, de forma geral no Brasil, as comunidades locais não se sentem suficientemente incluídas nas soluções de preservação das florestas, como as concessões. Uma das razões é a falta de conhecimento sobre o que elas são, como funcionam e, principalmente, qual é o seu maior objetivo: conter o desmatamento e as atividades predatórias nas Unidades de Conservação. Em regiões carentes como no interior do Pará, esses grandes empreendimentos podem frustrar expectativas. “São problemas sociais do Brasil como um todo. Uma concessão florestal não vai conseguir endereçar todos os problemas”, salienta. Esses desafios também simbolizam um dos aspectos mais delicados das negociações internacionais sobre as mudanças climáticas: o financiamento. Como diminuir a dependência econômica da floresta num contexto em que faltam verbas para atender às necessidades mais básicas das populações que vivem na Amazônia? Como desenvolver uma sociobioeconomia compatível com a floresta se as infraestruturas para apoiar a comercialização dos produtos não-madeireiros são tão deficientes? “O recurso que chega do financiamento climático pode ser muito importante para fazer a conservação. Nós temos um exemplo bem claro, que é do Fundo Amazônia”, lembra Joice Ferreira. “Agora, nós temos ainda uma lição a aprender que é como fazer esse link com as comunidades locais, que têm o seu tempo próprio, os seus interesses próprios. Ainda não sabemos como fazer esse diálogo de forma justa.” Entre os projetos financiados pelo Fundo Amazônia, alguns destinam-se especificamente a melhorar as condições sociais das populações do bioma, como os programas da Fundação Amazônia Sustentável e o Sanear Amazônia. Na COP30, em Belém, o Brasil vai oficializar uma proposta de financiamento internacional específico para a conservação das florestas tropicais do planeta, inspirada no Fundo Amazônia, mas incluindo um mecanismo de investimentos que gere dividendos. A ideia central do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é prever recursos perenes para beneficiar os países que apresentem resultados na manutenção e ampliação das áreas de mata preservadas. “Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em um evento em Nova York, em meados de setembro. “Não é doação, e sim uma iniciativa que opera com lógica de mercado. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra. * Esta é a segunda reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro.
Neste episódio, Marcelo Germano analisa o modelo de trabalho 100% remoto adotado pela Umbler, empresa de tecnologia que desativou sua sede física e manteve a operação totalmente distribuída. A partir de evidências públicas e avaliações de colaboradores, Marcelo comenta os desafios e nuances desse modelo — que pode parecer ideal, mas exige muito mais do que apenas liberar o home office.Eles exploram temas como cultura organizacional à distância, impacto na produtividade e alinhamento entre expectativas e realidade. Um papo indispensável para empresários que querem entender se o remoto total é, de fato, uma boa escolha para o crescimento do negócio.
Propostas da Unctad visam proteger conquistas sociais; agência recomenda aproveitamento dos recursos marinhos de forma responsável, conciliando a proteção ambiental com uma maior integração comercial da região africana.