POPULARITY
Categories
In this Weekly Presentation Coaching episode we meet Greg de Mello from the United Kingdom!
Det tog sin tid men nu kan vuxna äntligen höra oss på radion! Djup diskussion kring nya generationen sexarbetare, obs. Typ Bonnie Blue & Lily Philips som sätter en ny ribba...Mello hype! Vi går igenom deltagarna, många roliga och oväntade! Förrädarna-analys som lyssnarna har begärt, er önskan är vår lag! Avslutningsvis: Högt tempo i NBA och med det kommer många skador..
Neste episódio do YPO Cast – Líderes Extraordinários, recebemos Mário Mello, Vice-Presidente Executivo de Transformação Digital, Produtos e Marketing do Banco Safra, empresário, investidor e fundador do projeto O Poder do Voto. Em uma conversa rica, Mário revisita sua trajetória — da engenharia ao mercado financeiro, da Visa ao PayPal, da inovação ao impacto social — e revela como momentos de frustração e coragem o levaram a se reinventar em várias passagens da sua jornada. Este episódio não é apenas sobre inovação. É sobre coragem. É sobre tomar decisões alinhadas a valores. É sobre entender que liderança exige curiosidade, vulnerabilidade e a disposição de ser aprendiz para sempre. Ele compartilha aprendizados sobre: -Cultura de inovação e resultado -Errar rápido e sem caça às bruxas -Disrupção no mercado financeiro -Early-stage investing -Inteligência artificial no setor bancário -Stablecoins e a visão de futuro do sistema financeiro -O nascimento e propósito do Poder do Voto -Sua jornada de desenvolvimento dentro do YPO Um episódio para líderes inquietos, inovadores e comprometidos com a transformação. Inscreva-se no canal, siga o YPOcast no YouTube e no Spotify e compartilhe este episódio com quem precisa ouvir essa história. ----------------------------------------------------------------- Disponível nas principais plataformas de streaming Spotify: https://tinyurl.com/bd2utyph Google Podcast: https://tinyurl.com/3fvjv2rb Apple Podcast: https://podcasts.apple.com/br/podcast/ypocast/id1603751025 Youtube: https://www.youtube.com/@ypocastbrasil Siga as nossas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/ypobrasil/ Facebook: https://www.facebook.com/ypobrasiloficial/ LinkedIn: https://br.linkedin.com/company/ypobrasil Portal Exame: https://exame.com/canais-especiais/lideres-extraordinarios/ Produção e Edição: Contentoria Comunicação
Kenny and Paul talk to Adrian D’Mello, Financial Advisor at BG Private Estate Planning; What We All We Need To Know…. Adrian D'Mello is an experienced professional who guides clients throughout the various stages of their financial lives. Younger professionals wanting to set themselves up for lifelong financial security. Pre-retirees who want to maximise the final years of their working lives to ensure they have sufficient funds to enjoy retirement. Retirees who want to enjoy the fruits of their labour while knowing their finances are in order. In addition, Adrian is an Aged Care specialist, helping families navigate the complex aged care landscape. This includes matters relating to the cost of care, Centrelink, managing assets like the family home, and ensuring adequate cash flow. The post Saturday, 29th, Nov, 2025: Adrian D’Mello, Financial Advisor at BG Private Estate Planning; What We All We Need To Know…. appeared first on Saturday Magazine.
UM CASTELO DE PRESENTE - Greice de Mello
Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten
Renata Mello Feltrin, cofundadora da FORWD.co, fala sobre os fatores que realmente motivam e retêm executivos em um mercado cada vez mais competitivo. Em conversa com Ana Carla Guimarães e Mário Custódio, da Robert Half, ela destaca o papel do propósito, da autonomia e das relações de confiança como pilares da liderança contemporânea, e explica por que a remuneração, sozinha, já não garante engajamento e permanência nas organizações.Participantes:Renata Mello Feltrin, Co-Founder, FORWD.co .Host(s):Ana Carla Guimarães, Managing Director Executive Search, Robert Half.Mario Custódio, diretor associado, Robert Half.
Na série de conversas descontraídas com cientistas, chegou a vez da Psicóloga, Mestra em Psicologia e Doutora em Neurociências e Comportamento, Claudia Berlim de Mello.Só vem!>> OUÇA (93min 10s)*Naruhodo! é o podcast pra quem tem fome de aprender. Ciência, senso comum, curiosidades, desafios e muito mais. Com o leigo curioso, Ken Fujioka, e o cientista PhD, Altay de Souza.Edição: Reginaldo Cursino.http://naruhodo.b9.com.br*Ilustríssima ouvinte, ilustríssimo ouvinte do Naruhodo, Chegamos na Black Week da Black November INSIDER, a maior promoção da história da marca no seu ponto alto!Ponto alto pra valer: nesta Black Week, seu desconto total pode chegar a 70%, combinando o cupom NARUHODO com os descontos do site. É isso mesmo que você ouviu: até 70% de desconto total!Link do cupom NARUHODO aplicado no carrinho:creators.insiderstore.com.br/NARUHODOE mais: frete grátis em todas as compras e brindes especiais nas compras a partir de R$399. Mas você precisa correr, por que as roupas da INSIDER duram muito, mas as promoções não.Meu destaque hoje vai pra Camiseta Polo Core, que traz estilo clássico com tecnologia.Você está cansado daquelas pólos que amassam, desbotam e têm caimento ruim? Então essa peça é pra você: tecido tecnológico estruturado, respirável e elegante. Do casual ao sofisticado, você vai estar sempre impecável.E você já sabe: entrando no canal de WhatsApp da INSIDER, você pode acessar descontos ainda maiores, por tempo super limitado.Entre no grupo de Zap agora mesmo:https://creators.insiderstore.com.br/NARUHODOWPPBFINSIDER: inteligência em cada escolha.#InsiderStore*Claudia Berlim de Mello tem graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1993) e doutorado em Psicologia (Neurociências e Comportamento) pela Universidade de São Paulo (2003).É Professora Adjunta do Departamento de Psicobiologia, EPM/UNIFESP, Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicobiologia (Campus São Paulo) da UNIFESP e Bolsista produtividade CNPq.Membro do GT de Neuropsicologia da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), do Instituto Brasileiro de Neuropsicologia e Comportamento (IBENeC) e da Academia Brasileira de Neuropsicologia.Suas linhas de pesquisa concentram-se nas áreas da Psicologia Cognitiva e Neuropsicologia do Desenvolvimento, com ênfase nos seguintes temas: Cognição Social, Transtornos do Neurodesenvolvimento, Genética do Comportamento, Desenvolvimento e adaptação de testes neuropsicológicos.Lattes: http://lattes.cnpq.br/1758368777559433*APOIE O NARUHODO!O Altay e eu temos duas mensagens pra você.A primeira é: muito, muito obrigado pela sua audiência. Sem ela, o Naruhodo sequer teria sentido de existir. Você nos ajuda demais não só quando ouve, mas também quando espalha episódios para familiares, amigos - e, por que não?, inimigos.A segunda mensagem é: existe uma outra forma de apoiar o Naruhodo, a ciência e o pensamento científico - apoiando financeiramente o nosso projeto de podcast semanal independente, que só descansa no recesso do fim de ano.Manter o Naruhodo tem custos e despesas: servidores, domínio, pesquisa, produção, edição, atendimento, tempo... Enfim, muitas coisas para cobrir - e, algumas delas, em dólar.A gente sabe que nem todo mundo pode apoiar financeiramente. E tá tudo bem. Tente mandar um episódio para alguém que você conhece e acha que vai gostar.A gente sabe que alguns podem, mas não mensalmente. E tá tudo bem também. Você pode apoiar quando puder e cancelar quando quiser. O apoio mínimo é de 15 reais e pode ser feito pela plataforma ORELO ou pela plataforma APOIA-SE. Para quem está fora do Brasil, temos até a plataforma PATREON.É isso, gente. Estamos enfrentando um momento importante e você pode ajudar a combater o negacionismo e manter a chama da ciência acesa. Então, fica aqui o nosso convite: apóie o Naruhodo como puder.bit.ly/naruhodo-no-orelo
SOBRE AUTORIDADE - Bruno Mello
Avec l'Abbé Vincent de Mello
MARANATA - SÉRIE - PARTE 3 - Fernando de Mello
MARANATA - SÉRIE - PARTE 2 - Fernando de Mello
00:00 Investor sentiment from Mello conference 02:20 CMC Markets 07:05 PZ Cussons 10:15 McBride 15:29 Paypoint 21:45 Ocado 25:40 Tracsis 28:50 JD Sports 32:45 Plexus 37:40 Bloomsbury Publishing 43:30 Alumasc 48:10 Grainger 52:15 Trifast 55:30 Eagle Eye 59:25 CML Microsystems 63:35 Likewise 68:00 Vianet 72:15 Future
Understanding Visual Perception in Medical Diagnoses: A Deep Dive with Claudia Mello-ThomsIn this episode, Christine continues the conversation with Claudia Mello-Thoms, an expert in visual perception as it relates to medical diagnosis. The discussion delves into the use of templates by experts to quickly recognize abnormalities in medical images, despite their large size and complexity. Claudia explains how perception operates at a subconscious level, often leading to perceptual errors in medical practices like radiology and pathology. The conversation underscores the need to understand the human element in diagnostics to reduce errors and improve accuracy. The episode also explores the difference between rapid (fast) and deliberative (slow) processing in the assessment of medical images, emphasizing the importance of fresh perspectives when diagnostic clarity is lacking.00:00 Introduction to Visual Perception in Medical Diagnoses00:40 Understanding Templates in Medical Imaging01:34 Expert vs. Novice Diagnoses02:13 The Role of Clinical History in Pathology06:48 Fast vs. Slow Processing in Diagnoses09:42 Perception and Cognition in Medical Imaging10:31 Teaching and Learning in Medical Imaging21:48 Challenges and Future Directions in Radiology23:09 Conclusion and Final Thoughts
VEM: Charlotta BjörckYRKE: Skådespelare/komikerAVSNITT: 705OM: Separationen som vändpunkt, tiden efter dokumentärfilmen Jag ska bara gråta lite först, hur hon blev ångestfri, kärleken till Malmö, sommarpratet 2026, aversionen mot standup, skiftet från Challe till Charlotta, konsten att säga ja, viljan att möta sin mobbare med kärlek, självkänslan som kom ikapp självförtroendet, och givetvis en hel del om den där Mello-natten när hon hör sig själv ge Edvin Törnblom livsråd – för att ett par timmar senare förhandla med sin egen bakisångest.SAMTALSLEDARE: Kristoffer TriumfPRODUCENT: Mattias ÅsénKONTAKT: varvet@triumf.se och Instagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Com participação de Kátia, cofundadora da Diagonal e referência em Urbanismo Social, e Andressa, arquiteta e urbanista especialista na área, este episódio explora trajetórias, aprendizados e práticas que estão transformando cidades e vidas.Apoie o Caos Planejado.Confira os links do episódio no site.Episódio produzido com o apoio do Grupo OSPA e Apparecido e Carvalho Pinto Advogados
VEM: Charlotta BjörckYRKE: Skådespelare/komikerAVSNITT: 705OM: Separationen som vändpunkt, tiden efter dokumentärfilmen Jag ska bara gråta lite först, hur hon blev ångestfri, kärleken till Malmö, P3-giget, sommarpratet 2026, aversionen mot standup, ensemble före ego, arbetsglädjen med Dilan och Moa, skiftet från Challe till Charlotta, konsten att säga ja, viljan att möta sin mobbare med kärlek, självkänslan som kom ikapp självförtroendet, och givetvis en hel del om den där Mello-natten när hon hör sig själv ge Edvin Törnblom livsråd – för att ett par timmar senare förhandla med sin egen bakisångest.SAMTALSLEDARE: Kristoffer TriumfPRODUCENT: Mattias ÅsénKONTAKT: varvet@triumf.se och Instagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Annie and Chris Mello met at a gym in 2001, so it only made sense for the couple to one day open a gym of their own. With a mission to make Sioux Falls the healthiest city, Annie and Chris are getting candid about dad bods, failure, and what it took to bring their vision for SISU Fit to life.Learn more about SISU FitYou can find more episodes of Common Cents on the Prairie™ on Apple Podcasts, Spotify, YouTube, Amazon Music, and on our website.Watch every episode on YouTube, and subscribe to First National Bank's channel!Follow First National Bank on FacebookFollow First National Bank on InstagramFollow First National Bank on TikTokFollow First National Bank on X (Twitter)
In this episode of This New Way, Aydin chats with Scott Knowles, the co-founder of Mello, a digital process manager designed to automate human-centric workflows. Scott shares how he reentered software development after a six-year hiatus — not through online courses or bootcamps, but through ChatGPT. With AI as his co-pilot, he rebuilt his coding skills, created software from scratch, and automated complex systems like cold outreach engines and data pipelines — all for free or nearly free. The episode is a hands-on masterclass in learning, building, and automating with AI.Timestamps00:00 - Intro0:29 – 1:12 — Introduction: Scott's background in computer engineering and management consulting2:00 – 4:18 — Founding and selling an OKR software company; early startup experience4:23 – 5:06 — What Mello is: a “digital process manager” that connects humans the way Zapier connects software5:36 – 7:00 — Returning to coding after six years thanks to ChatGPT7:42 – 8:15 — How ChatGPT helped him relearn code “like slang you forgot”9:03 – 10:13 — Learning new skills: how to ask the right questions as a beginner10:41 – 11:27 — Using ChatGPT to scope and plan projects instead of asking for instant results13:00 – 14:03 — The importance of high-level questioning before diving into code15:06 – 16:21 — When to stop and ask, “Is there a simpler way?” instead of getting lost in rabbit holes17:05 – 18:07 — The “three tries rule” for debugging with ChatGPT18:26 – 18:50 — Sometimes the fix is on Reddit: mixing AI and human answers22:01 – 27:21 — Demo: Scott's TikTok “routine scraper” app built entirely with ChatGPT-generated code27:33 – 28:14 — How the scraper uses OCR, captions, and transcripts to build structured data28:58 – 30:06 — Using ChatGPT as a code generator — no manual coding required30:49 – 32:10 — Introduction to N8N: self-hosted automation for free cold outreach33:01 – 36:33 — Step-by-step breakdown of Scott's automated email system using N8N and Google Sheets38:32 – 39:09 — Building high-quality prompts for personalized emails40:00 – 42:06 — How N8N automations replace tools like Clay and Smartlead42:33 – 43:09 — Watching the automation run in real time43:39 – 44:14 — Human-in-the-loop safety: drafts before sending46:02 – 47:05 — Scott on the future of AI and human collaboration47:17 – 48:31 — Aydin on “vibe coding” and how LLMs democratize software creation48:55 – 49:13 — Closing thoughts: start small, get quick wins, build momentumTools & Technologies MentionedChatGPT — Used as a real-time coding tutor and co-developer to build entire applications.Mello — Scott's product; a digital process manager that automates human-to-human workflows.Zapier / N8N — Workflow automation tools; N8N is self-hostable and used in Scott's cold outreach automation.Supabase — Open-source database used to store and serve data for the TikTok scraper app.Playwright — Browser automation library for scraping TikTok videos.VS Code + CodeX Plugin — Integrated code editing environment that connects directly to ChatGPT for automated coding.Fellow — AI meeting assistant that summarizes meetings, tracks action items, and integrates with other tools.OpenAI API — Powers many of the automation and text-cleaning features within Scott's projects.Subscribe at thisnewway.com to get the step-by-step playbooks, tools, and workflows.
Visual Expertise and Diagnostic Accuracy with Claudia Mello-Thoms, PhDIn this episode of The Girl Doc Survival Guide, Christine interviews Claudia Mello-Thoms, PhD, an Associate Professor of Radiology and Biomedical Engineering at the University of Iowa. Claudia discusses her research on visual search, medical image perception, and why errors occur in reading radiological images. Key topics include the use of eye tracking to detect unconscious viewing patterns, the different diagnostic approaches of experts and novices in pathology, and the concept of visual templates aiding rapid diagnosis. Claudia shares insights into how experts efficiently use low magnification to guide further detailed inspection, and the cognitive load differences between experienced and inexperienced diagnosticians.00:00 Introduction to Claudia Mello-Thoms00:47 Eye Tracking in Radiology02:12 Pathologists and Microscopic Slides06:56 Visual Search Strategies in Medical Imaging09:42 Expert vs. Novice: Cognitive Processes11:35 Templates and Rapid Recognition20:48 Conclusion and Next Episode Teaser
Annika Wickihalder föddes i Schweiz, växte upp på Kanarieöarna och kom som 5-åring till Sverige och Söderhamn. Där hamnade hon i en kyrkokör, egentligen för att lära sig det svenska språket, men hon lärde sig även att älska gospel. Sången tystnade dock p.g.a. slitningar i familjen, så först när hon flyttade hemifrån och hamnade på en folkhögskola i Mellansel hittade hon tillbaka till sången och kärleken till musiken. Nu lever hon på sin sång och har tagit sig till stora finalen i Melodifestivalen 2 gånger. När vinner hon Mello egentligen? Hur utforskar man sitt inre universum och hur är det att ha sin sambo som körskolelärare? detta och väldigt mycket mer kommer här, men först - to much information, eller?
FEM PLUS-avsnitt när en nytänd Erik gästar direkt från Mello-succén! Ärligt, bjussigt och UNDERBAR personkemi i studion! * Det här är ett gammalt avsnitt från Podme. För att få tillgång till Podmes alla premiumpoddar samt fler avsnitt från den här podden, helt utan reklam, prova Podme Premium kostnadsfritt. *
Fanny Wijk berättar om COP30 som börjar idag. Sveriges kung Carl XVI Gustaf har varit på plats och rutit ifrån mot världsledarna.Kalle Berg pratar om stormen på BBC där flera höga chefer har fått gå efter att ett granskande program har avslöjats med att tummat lite på sanningen. Dessutom: Drama och bojkott på Miss Universum och läckta deltagare till Mello.00:00 Kritik mot Kungen på Coppen08:34 BBC skakas av avhopp15:33 Bojkott mot Miss Universum20:26 Efter penisbrottet – tillbaka i Mello Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
“The amount of chaos that's been introduced into the federal health policy landscape is unprecedented,” says Michelle Mello, professor at Stanford Law School and the Stanford University School of Medicine.That turmoil, she explains, has left major gaps in expertise, trust, and leadership—and states are rushing to fill the void. In this episode of Stanford Legal, host Pamela S. Karlan talks with Mello about what this moment means for the future of science, public health, research, and the law.Mello describes how the hollowing out of career expertise at the U.S. Department of Health and Human Services has upended vaccine policy and research funding, forcing states into unfamiliar leadership roles. She and Karlan also unpack how shifting scientific guidance during the pandemic eroded public confidence, how politicized grant-making is reshaping the research ecosystem, and state governments' growing role in creating what she calls a “shadow CDC.”Despite the turmoil, Mello points to a few bright spots: state-level experimentation could generate valuable evidence of what works and what does not, and there are reassuring signs from the lower courts, she says, which she believes are capable of separating law from politics.Earlier this year, Mello explored many of these themes in her JAMA Health Forum paper, “The Hard Road Ahead for State Public Health Departments.”Links:Michelle Mello >>> Stanford Law pageJAMA Health Forum paper >>> “The Hard Road Ahead for State Public Health DepartmentsConnect:Episode Transcripts >>> Stanford Legal Podcast WebsiteStanford Legal Podcast >>> LinkedIn PageRich Ford >>> Twitter/XPam Karlan >>> Stanford Law School PageDiego Zambrano >>> Stanford Law School PageStanford Law School >>> Twitter/XStanford Lawyer Magazine >>> Twitter/X (00:00:00) Health Policy and COVID-19 Vaccines(00:05:10) The Vaccine Rollout Challenges(00:10:25) Public Trust and Recommendations(00:16:40) The Role of the Vaccine Committee(00:23:55) NIH Grant Process Insight(00:29:43) MIT's Stance on NIH Compact Hosted by Simplecast, an AdsWizz company. See pcm.adswizz.com for information about our collection and use of personal data for advertising.
QUEM VOCÊS DIZEM QUE EU SOU? - Bruno de Mello
Une enquête IFOP pour l'Office Français du Catholicisme révèle des prêtres heureux, engagés et confiants malgré la sécularisation. Ils vivent de bonnes relations avec leurs paroissiens et confrères, mais se sentent parfois isolés de leur hiérarchie. L'étude souligne aussi l'importance du lien avec les laïcs, de l'engagement auprès des jeunes et de l'évangélisation, avec des différences selon les générations. Avec : - Vincent de Mello, prêtre de la paroisse Notre Dame du Travail dans le diocèse de Paris- Hugues Mathieu, membre de la communauté Saint-Martin, prêtre de la paroisse de Sarcelles dans le diocèse de Pontoise- Patrick Guinnepain, prêtre des paroisses Notre-Dame-de-Grâce, Saint-Amand et Sainte-Croix dans le diocèse de BourgesRetrouvez tous nos contenus, articles et épisodes sur rcf.frSi vous avez apprécié cet épisode, participez à sa production en soutenant RCF.Vous pouvez également laisser un commentaire ou une note afin de nous aider à le faire rayonner sur la plateforme.Retrouvez d'autres contenus d'économie et société ci-dessous :Silence, on crie : https://audmns.com/jqOozgUOù va la vie ? La bioéthique en podcast : https://audmns.com/UuYCdISContre courant : https://audmns.com/swImDAMAu bonheur des herbes : https://audmns.com/XPVizmQSacré patrimoine : https://audmns.com/TNJhOETEnfin, n'hésitez pas à vous abonner pour ne manquer aucun nouvel épisode.À bientôt à l'écoute de RCF sur les ondes ou sur rcf.fr !Hébergé par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Ubiratan Brasil conta todos os detalhes de “oS MambembeS”, peça de teatro em cartaz no Tuca com elenco formado por Claudia Abreu, Emilio de Mello, Julia Lemmertz, Paulo Betti, Deborah Evelyn e Orã Figueiredo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A CONSTÂNCIA DE CRISTO E A MATURIDADE DA NOIVA - Fernando Mello
Meg Mello shares how God has transformed her life 180 degrees
On the 146th episode of What is a Good Life?, I'm delighted to welcome Steven D'Souza. Steven is an award winning author, executive educator, trusted advisor, leadership coach and keynote speaker. He is a Senior Partner in the Leadership & Professional Development Practice at Korn Ferry, a leading global Organisational Consulting firm. His expertise crosses the fields of psychology, organisational development, diversity, group dynamics, contemplation and social capital. He has spoken globally to organisations such as PwC, TikTok, Financial Times and the United Nations. His work has been featured in Harvard Business Review, The Independent and The Sunday Times.In this conversation, Steven reflects on his early pursuit of the priesthood and his lifelong inquiry into meaning, service, and aliveness. Drawing on themes from his latest book, Shadows at Work, he shares how meeting the shadow with curiosity and compassion brings wholeness, and how embracing uncertainty, silence, and kindness can lead to a more grounded, vital way of living.This conversation invites you to see the shadow not as something to fix, but as a hidden source of energy, wisdom, and aliveness.For more of Steven's work:Shadows at Work: Harness Your Dark Side and Unlock Your Leadership PotentialNot Knowing: The Art of Turning Uncertainty into OpportunityNot Doing: The Art of Effortless ActionNot Being: The Art of Self TransformationWebsite: https://stevendsouza.com/Contact me at mark@whatisagood.life if you'd like to explore your own lines of self-inquiry through 1-on-1 coaching, my 5-week group courses, or to discuss team coaching to stimulate greater trust, communication, and connection, amongst your leadership teams.- For the What is a Good Life? podcast's YouTube page: https://www.youtube.com/@whatisagoodlife/videos- My newsletter: https://www.whatisagood.life/- My LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/mark-mccartney-14b0161b4/00:00 — Steven's lifelong question + year pursuing priesthood04:24 — Leaving the path & formative books (Kopp, de Mello)07:27 — Stories as truth; practice over tips10:12 — Aliveness; “I grow in my spirituality by growing in my humanity”13:01 — Bringing the vertical into the horizontal (everyday life)13:28 — Why Shadows at Work; prisons, corporate paradox, “dark mode”19:36 — “Know my shadow and my light”: beyond Jung; four lenses23:08 — Defining shadow; biology, culture, spirit lenses in practice31:02 — Personal shadow work37:04 — Paradoxical theory of change; acceptance over improvement40:43 — Negative capability (Keats)46:53 — Via negativa & subtraction; “bring silence with you”52:29 — The edge of the unknown; reactions & catastrophic thinking58:56 — What is a good life? “A kind life.”
Kerry Mello-Parker, Director of Rare Diseases and REMS programs at Shields Health Solutions, addresses the complexities and challenges faced by patients with rare diseases including diagnostic delays and limited access to medication. Using an integrated specialty pharmacy model, Shields works with pharmacists to have direct access to the EHR, enabling better patient monitoring, shorter time to initiate medication, tracking outcomes, and providing patients with a direct line of communication to their care team. Pharmacists treating rare diseases are also supported with specialized information on medication administration, side effects and complex billing. Kerry explains, "Shields Health Solutions is a specialty pharmacy accelerator. We partner with over 80 health systems across the United States. We support them in establishing and growing a specialty pharmacy. We help them to access critical medications. Some of them are not available at traditional pharmacies, and we support them in managing clinical quality care programs for their patients." "I'd like to step back a little and talk about what a rare disease is and how we define it. Currently, it is defined as a condition that affects fewer than 200,000 people. However, over 7,000 rare diseases exist. So when we do the math, we come to see that they are not so rare. And some estimates show that up to 10% of the US population may actually have a rare disease. And what I've seen is that there are really three main complexities of treating rare diseases and challenges that patients may face. One of them is that there is a lack of available treatment options when compared with more common diseases. So, for example, only about 10% of rare diseases have an FDA-approved treatment option, but that is changing. We have the Orphan Drug Act, which has actually changed the landscape. It has incentivized and facilitated the development of medications to treat rare diseases." #ShieldsHealthSolutions #IntegratedCareModel #SpecialtyPharmacy #RareDiseases #MedicationAdherence shieldshealthsolutions.com Listen to the podcast here
Kerry Mello-Parker, Director of Rare Diseases and REMS programs at Shields Health Solutions, addresses the complexities and challenges faced by patients with rare diseases including diagnostic delays and limited access to medication. Using an integrated specialty pharmacy model, Shields works with pharmacists to have direct access to the EHR, enabling better patient monitoring, shorter time to initiate medication, tracking outcomes, and providing patients with a direct line of communication to their care team. Pharmacists treating rare diseases are also supported with specialized information on medication administration, side effects and complex billing. Kerry explains, "Shields Health Solutions is a specialty pharmacy accelerator. We partner with over 80 health systems across the United States. We support them in establishing and growing a specialty pharmacy. We help them to access critical medications. Some of them are not available at traditional pharmacies, and we support them in managing clinical quality care programs for their patients." "I'd like to step back a little and talk about what a rare disease is and how we define it. Currently, it is defined as a condition that affects fewer than 200,000 people. However, over 7,000 rare diseases exist. So when we do the math, we come to see that they are not so rare. And some estimates show that up to 10% of the US population may actually have a rare disease. And what I've seen is that there are really three main complexities of treating rare diseases and challenges that patients may face. One of them is that there is a lack of available treatment options when compared with more common diseases. So, for example, only about 10% of rare diseases have an FDA-approved treatment option, but that is changing. We have the Orphan Drug Act, which has actually changed the landscape. It has incentivized and facilitated the development of medications to treat rare diseases." #ShieldsHealthSolutions #IntegratedCareModel #SpecialtyPharmacy #RareDiseases #MedicationAdherence shieldshealthsolutions.com Download the transcript here
MELLO VIBES RETRO PARTY MAS CAMP JAMAICA by Zj Liquid
JULSHOWSINFO:Fredag 5/12 klockan 19.00 ska vi ha en smashing julshow på Maxim Teater i Stockholm.Vi snackar glitter, drama, sång, naket – och en jävla massa skvaller.Ni kommer att se och höra saker ni önskar att ni inte sett. Så mycket kan vi säga.På plats är även Miss Inga klädd i sina stiletter samt ett par gränslösa och underbara gäster.Slit med dina lika gränslösa vänner och gå på årets oblygaste kväll!Ses där!LÄNK TILL BILJETT:https://secure.tickster.com/j45cnl60ud8uhgb Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Le premier tour de l'élection présidentielle en Côte d'Ivoire se tient le samedi 25 octobre, avec cinq candidats en lice. RFI donne la parole à chaque candidat. Mercredi 15 octobre au matin, Ahoua Don Mello. Ce candidat indépendant et ancien cadre du parti de Laurent Gbagbo propose un programme axé sur la souveraineté économique. Ses relations avec son ancien parti, le PPA-CI, sa stratégie électorale, Ahoua Don Mello répond aux questions de Bineta Diagne. RFI : Ahoua Don Mello, vous vous présentez comme une « candidature de précaution » pour permettre à votre parti d'origine, le PPA-CI d'être présent à cette élection. Concrètement, que comptez-vous faire après l'élection si vous gagnez ? Ahoua Don Mello : Nous avons beaucoup de prisonniers politiques et beaucoup de personnalités politiques qui sont exclus du jeu politique. Et donc la première décision, c'est de prendre une loi d'amnistie qui puisse permettre de donner la liberté à chacun d'aller et venir et aussi de restaurer plusieurs personnalités politiques, leurs droits politiques et civils. Vous faites la loi d'amnistie et comment ça se passe avec les militants de votre parti, à commencer par le président du parti qui est lui-même aspirait à la magistrature suprême. Quelle place lui accorderiez-vous ? On ne peut pas lui imposer une place. C'est par le dialogue qu'on peut partager des responsabilités. Et donc il a toute sa place dans un processus démocratique. « Partager les responsabilités », ça veut dire quoi concrètement ? La démocratisation d'un État, c'est aussi de passer d'un régime présidentialiste fort à un pouvoir partagé entre plusieurs institutions de la République. C'est ça qui permet de créer des pouvoirs et des contre-pouvoirs et donc d'éviter les abus de pouvoir. Votre candidature a suscité un froid au sein de votre parti. Est-ce que vous êtes toujours en discussion avec le PPA-CI ? Si oui, sur quoi ? Est-ce que le parti va vous soutenir pour la campagne ? Moi, j'ai exprimé ma différence. Maintenant, il faut engager la discussion avec les camarades sur des bases raisonnables parce que, aujourd'hui, leur position consiste à dire : « il faut les combattre ». Mais quand vous nous combattez, automatiquement vous nous affaiblissez. Si vous nous affaiblissez, c'est le quatrième mandat qui se met en route. Pour vous, le fait qu'il n'y ait pas de consigne de vote aujourd'hui, vous partez avec un handicap sur le terrain ? Il est bien évident que l'idéal aurait été que j'ai le soutien de tous les partis forts comme le PPA-CI, comme le PDCI, qui n'ont pas de candidats. Et donc, si tous ces partis-là disent aujourd'hui, « nous soutenons Monsieur Don Mello », eh ben j'économise tous les frais de campagne. Nous, nous donnons une issue démocratique à la colère des citoyens. Vous allez sur le terrain auprès des électeurs à Bouaké et Yamoussoukro. Pourquoi est-ce que vous évitez les zones dites favorables à Laurent Gbagbo ? Détrompez-vous, ceux qui me soutiennent, ils sont beaucoup plus dans ces zones-là. Et comme ils font déjà un travail de fond, ma présence ne sera que symbolique au dernier moment. Vous comptez par exemple partir à Gagnoa ? Bien évidemment, puisque c'est là-bas que j'ai eu les premiers soutiens de parrainage. Sur le plan économique, vous prônez la valorisation des produits locaux, l'industrialisation, aussi de l'économie. C'est sensiblement le même programme que madame Simone Ehivet. Pourquoi n'avez-vous pas misé sur une seule candidature au sein de la gauche ivoirienne ? Vous êtes pressé madame ! L'annonce des candidatures a eu lieu, il n'y a même pas un mois et donc nous sommes en négociation. Ne soyez pas pressée. Donc c'est possible de vous voir désister ces jours-ci en la faveur de madame Simone Ehivet ? Évidemment que tout est possible puisque nous sommes face à une situation. Le tout c'est de savoir quelle stratégie adopter. Est-ce qu'aujourd'hui, alors que la campagne a déjà démarré, ce n'est pas un peu trop tard pour enclencher ce type de dynamique ? À trois jours des élections, on peut changer l'histoire de cette Côte d'Ivoire. Et donc il n'est jamais trop tard pour, je vais dire, se donner les moyens de changer le cours de l'histoire. Donc, nous continuons la discussion et nous pensons que nous arriverons à une stratégie commune. Vous êtes vice-président au sein de l'Alliance des BRICS et vous mettez beaucoup en avant les relations avec le patronat russe. Qu'est-ce qui va changer si vous êtes élu président de la République ? Est-ce que vous allez changer totalement les partenariats de la Côte d'Ivoire ? Est-ce que ce seront des partenariats qui sont davantage tournés vers Moscou ? Comment ça va se passer ? C'est normal dans un monde multipolaire d'avoir aussi des relations en Russie. J'ai été directeur général du Bureau national d'études techniques et de développement (BNEDT) pendant dix ans. J'ai créé aussi beaucoup de relations. J'ai aussi coopéré avec la Chine, j'ai créé beaucoup de relations. J'ai coopéré avec l'Inde, j'ai créé beaucoup de relations. C'est ça la richesse d'un homme politique.
Todo relacionamento, seja em que nível for, envolve interesse??? Você vai aprender bastante com este Debate 93!!!
You've led e-commerce growth across multiple brands and retailers — what's been one of the biggest shifts you've seen in consumer behavior recently, and how are you adapting to it?When a major platform or retail partner goes through a big change, like a rebrand or acquisition, what's your approach to keeping momentum and growing sales? Amazon is such a critical channel for so many brands — what are some key ingredients to sustaining long-term success on marketplace platforms? You have managed a large and diverse portfolio — how do you think about balancing operational excellence with the need to constantly innovate and stay ahead of trends? Looking ahead, what are you most excited about in the future of digital commerce and how should brands be preparing for what's next?
Você que nos acompanha, já sabe: a cada dez episódios, uma entrevista no PQU Podcast. As carreiras de expoentes de nossa especialidade podem servir de referência, ou de inspiração, para você, psiquiatra em formação! No episódio 330, o Luiz Alberto e eu conversamos com Alexandre Martins de Mello, psicanalista, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto e ex-psiquiatra, título que ele explica melhor durante nossa conversa. Recentemente ganhou um prêmio no congresso da International Psychoanalytical Association. Essa conquista e muitas outras mais, como também detalhes de sua trajetória profissional ele compartilha conosco, sempre com a elegância, serenidade e precisão. Essa entrevista você não pode deixar de escutar.
No Café PT, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda abordou sobre a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil, medida que vai beneficiar mais de 10 milhões de brasileiros. Guilherme Mello falou também sobre a medida provisória que propõe taxar as apostas online, com expectativa de elevar a arrecadação em R$3 bilhões até 2027.
Convidado do Desculpa Alguma Coisa, videocast de Tati Bernardi no Canal UOL, o ator Danton Mello relembrou o grave acidente aéreo que sofreu no Monte Roraima, a perda da mãe, comparações com o irmão, mudança das filhas para os EUA e mais.
Dom dosent help JD, Miz and Mello argue, and Tiffany wins a 3 way
SKA VI STÄLLA UPP I FINSKA MELLO??? Också: Kometen, Skidkrasch i Alperna och vi ställer oss den stora frågan: Är Biancas ICK-lista en ICK? Lyssna på Mellan Himmel och Jord med JLC, helt utan reklam, på Podme. Signa upp dig på podme.com - de första 14 dagarna är gratis. Ladda sedan ner Podme-appen i Appstore eller Google Play.
In 2003 the UN headquarters in Baghdad was bombed and 22 people were killed. That attack also killed the UN's top envoy, Sergio Vieira de Mello. In 2008 the UN General Assembly established 19 of August as World Humanitarian Day. However, we often wonder how many people remember that day? So, what is the purpose of having World Humanitarian Day?
Polisen i USA har tagit fast misstänkt skytt efter mordet på poddaren Charlie Kirk. Det är krångligt att hjälpa anhöriga med digitala vårdkontakter på 1177. Mello har slagit låt-rekord. Lyssna på alla avsnitt i Sveriges Radio Play.
Polisen i USA har tagit fast misstänkt skytt efter mordet på poddaren Charlie Kirk. Det är krångligt att hjälpa anhöriga med digitala vårdkontakter på 1177. Mello har slagit låt-rekord. Lyssna på alla avsnitt i Sveriges Radio Play.
Gritos, música e letra. No primeiro ato: as meninas Puyanawa não paravam de gritar, e o cacique resolveu ouvir. Por Lia Beltrão. No segundo ato: a música mais popular do mundo e como ela se tornou a mais popular do Brasil. Por Vinicius Luiz. A história "A retomada Puyanawa" faz parte da série especial “A Retomada”, apoiada pelo Pulitzer Center, sobre direitos indígenas no Brasil. Novas histórias sobre esse tema serão publicadas no Apresenta ao longo dos próximos meses. A transcrição do episódio está disponível no site da Rádio Novelo: https://bit.ly/transcriçãoep145 Nosso parceiro Instituto Devive é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Cuide-se bem e acompanhe esse trabalho pelo Instagram @institutodevive. Acompanhe a Rádio Novelo no Instagram: https://www.instagram.com/radionovelo/ Palavras-chave: Puyanawa, direitos indígenas, Acre, Mâncio Lima, ayahuasca, rituais, Ashaninka, Happy Birthday, Parabéns, Bertha Celeste Homem de Mello, Almirante, Henrique Foréis Domingues, Pedro Paulo Malta Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
GHiT 0724: Ethan and Jon - Review of The Thompson Race and Much More We caught up with the Slow and Mello team of Jon and Ethan shortly after the race at Thompson. In addition we talked about a whole bunch of others things including Jeremy's coaching at the Little League World Series, Audra's race, and also a bit about improving your race program through sponsorship (do's and don't's) A link to the episode is: https://tinyurl.com/LemonsatThomspon2025 We hope you enjoy this episode! If you would like to help grow our podcast and high-performance driving and racing: You can subscribe to our podcast on the podcast provider of your choice, including the Apple podcast app, Google music, Amazon, YouTube, etc. Also, if you could give our podcast a (5-star?) rating, that we would appreciate very much. Even better, a podcast review would help us to grow the passion and sport of high performance driving and we would appreciate it. Best regards, Vicki, Jennifer, Ben, Alan, Jeremy, and Bill Hosts of the Garage Heroes in Training Podcast and Garage Heroes in Training racing team drivers We hope you enjoy this episode! If you would like to help grow our podcast and high-performance driving and racing: You can subscribe to our podcast on the podcast provider of your choice, including the Apple podcast app, Google music, Amazon, YouTube, etc. Also, if you could give our podcast a (5-star?) rating, that we would appreciate very much. Even better, a podcast review would help us to grow the passion and sport of high performance driving and we would appreciate it. Best regards, Vicki, Jennifer, Ben, Alan, Jeremy, and Bill Hosts of the Garage Heroes in Training Podcast and Garage Heroes in Training racing team drivers Money saving tips: 1) Enter code "GHIT" for a 10% discount code to all our listeners during the checkout process at https://candelaria-racing.com/ for a Sentinel system to capture and broadcast live video and telemetry. 2) Enter the code “ghitlikesapex!” when you order and Apex Pro system from https://apextrackcoach.com/ and you will receive a free Windshield Suction Cup Mount for the system, a savings of $40. 3) Need a fix of some Garage Heroes in Training swag for unknown reasons: https://garage-heroes-in-training.myspreadshop.com/ 4) Want to show you support to help keep our podcast going? Join our Patreon at: patreon.com/GarageHeroesinTraining
We hear our intuition most clearly when we let go of fear, follow our joy, and live as our authentic selves. In this episode, I sit down with Don Goewey, director of the Center for Spiritual Exchange and a devoted steward of Anthony de Mello's work. Once at the top of the world, Don's life took a sharp turn when he lost his job, faced a brain tumor diagnosis, and encountered other personal challenges. These experiences became the catalyst for completely transforming his life. We explore Anthony de Mello's insights on the attachments that block our natural state of happiness, why releasing fear opens the door to intuition, and how a simple shift in perspective can dissolve stress and open the heart, gently guiding us back home to ourselves. Find the Awareness Deck on Bookshop.org here: Awareness Deck – 108 Cards for Reflection and Inspiration, and explore more resources at DeMelloSpirituality.com. Did you know I offer intuitive readings and coaching sessions to clients all over the world? You can book your session here: https://app.paperbell.com/checkout/packages?provider_id=13555 Connect with your soul tribe in the Intuitive Connection Premier Community! Enjoy Bi-weekly group intuitive readings and support in strengthening your own intuitive connection. https://app.paperbell.com/checkout/packages/46947 Awaken the magic in you and experience a one-of-a-kind in-person retreat experiences at Cactus Blossom Retreat in Escondido, California: https://cactusblossomretreat.com Connect and learn with me here: https://victoriashawintuitive.com/ www.instagram.com/victoriashawintuitive https://www.facebook.com/victoriashawintuitivecounseling/ If you would like to connect with other like-minded souls, take a deeper dive into the topics discussed in these episodes, or learn more about how to awaken to your own inner magnificence, please join us in my Facebook group, Intuitive Connection Community here: https://www.facebook.com/groups/Intuitiveconnectioncommunity Are you ready to take the next steps in awakening your intuition? Please enjoy and download a copy of my Free Activate Your Intuition Ebook: https://victoriashawintuitive.com/free-e-book/ If you would like to take a deeper dive into leveraging the power of your intuition, please check out my self-paced, online course, Activating Your Intuition at: https://victoriashawintuitive.com/courses/activating-your-intuition/ Books mentioned in the episode can be found: https://bookshop.org/shop/Victoriashawintuitive Disclosure: I am an affiliate of Bookshop.org and I will earn a commission if you click through and make a purchase. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
"Think of yourself in a concert hall listening to the strains of the sweetest music when you suddenly remember that you forgot to lock your car. You are anxious about the car, you cannot walk out of the hall, and you cannot enjoy the music. There you have a perfect image of life as it is lived by most human beings." There, Jesuit priest Anthony de Mello reminds us to focus on the magic in front of us. What are you doing to switch off, and if you cannot do so, how can you do it? That's why we're looking at this week. You can subscribe to this podcast on: Podbean | Apple Podcasts | Stitcher | Spotify | TUNEIN Links: Email Me | Twitter | Facebook | Website | Linkedin The Time-Based Productivity Course Get Your Copy Of Your Time, Your Way: Time Well Managed, Life Well Lived The Time Sector System 5th Year Anniversary The Working With… Weekly Newsletter Carl Pullein Learning Centre Carl's YouTube Channel Carl Pullein Coaching Programmes Subscribe to my Substack The Working With… Podcast Previous episodes page Script | 381 Hello, and welcome to episode 381 of the Your Time, Your Way Podcast. A podcast to answer all your questions about productivity, time management, self-development, and goal planning. My name is Carl Pullein, and I am your host of this show. How often do you completely switch yourself off from tasks, projects, emails and messages? And not just professional emails and messages and tasks, it includes all the WhatsApp messages from friends, strangers and the home projects you promised yourself that you would do this weekend, but never did? It seems we've found ourselves caught in the to-do trap. Where the only thing on your mind is all the things you've listed somewhere that you think you must do. It's a horrible existence. As soon as we sit down to relax, our phone reminds us there's more to do. More emails and messages come in, task manager reminders pop up on the screen with a bing telling us we're supposed to call this person or that one. And given that we now carry our phones around with us everywhere we go, it's as if the phone no longer serves us, but we serve it: jumping to its every whim and beep. The problem here is that it's not something you suddenly start doing. It's a gradual creep. It begins with waiting for your daughter to text you the time her train arrives at the railway station, to suddenly worrying about whether a customer or your boss sent you last minute Teams message before the end of your work day. You'e got to check right? And before long, you feel intensely uncomfortable if your phone isn't in your hand or near you. It's then when you have gone beyond experiencing a healthy relationship with your digital devices. It's time to unravel all those now ingrained impulses. And that's where this week's question comes in. And that means it's time for me to hand you over to the Mystery Podcast Voice for this week's question. This week's question comes from Maggie. Maggie asks, hi Carl I see all these productivity YouTube videos, and listen to a lot of podcasts, but very few of them ever talk about how to switch off at the end of the day and relax. This is something I am really struggling at the moment with. Hi Maggie, thank you for your question. You're right, I rarely see videos or hear podcasts talking about switching off and relaxing. I do sometimes hear people saying to stop and relax, but not how to do it. As I mentioned a moment a go, this is not something we just stop doing. It creeps up on you. One moment you're a child without any digital devices, being curious, running around, trying new hobbies then falling asleep to suddenly being held hostage by task lists, projects and long lists of thing you think you should do. Not to mention the anxiety of responding quickly enough to a friend's text message or your boss's email. If you think about it, while we seem to have adapted well to this new phenomenon, and appear to just accept this as the way of life, it's really a horrible existence. Last week, I mentioned that I had embarked on a 13 hour autobiographical TV series on Lord Louis Mountbatten. The series was recorded in and around 1969, so was shot before the dawn of home computers. What I noticed was how people in those pre-home computer days relaxed. There were family board games, book reading and going out for walks and having picnics by the river. Because the only way you could be contacted was via a letter, telegram or land line phone, once you left the house you were free. And “free” in a real sense. If you were to take a walk by the river or pond or lake, you could fully engage with your surroundings and the people you were with. And family meals were important. The aristocracy in the UK would dress for dinner, and even as we went into the post-war years, there would be a ritual of adults and children washing their hands before sitting down to dinner. I rarely see that with people today. I should point out that it's still a good practice to do—you know, washing your hands before eating your meals. Currently, I am reading the enormous series of books by historian Dominic Sandbrook, the co host of the excellent podcast The Rest is History. Sandbrook begins this series of books in 1950s UK and I am currently up to 1970, having just finished reading his excellent book Mad As Hell: The Crisis of the 1970s and the Rise of The Populist Right, a book about how US culture changed in the 1970s. The books have chapters on how families lived and the activities they did in their spare time and as I was reading these chapters I felt a sadness that many of these activities seem to have disappeared. For instance, in the UK, there was in almost every town and village a working mens club. Yes, today that would be considered sexist, but when these clubs started they were established for the men who worked down the mines or in the factories. One of the clubs I used to go to would have a guest act on every Sunday night. Sometimes the act was a musician other times it might be a comedian. These clubs would be full of husbands and wives having a drink, playing bingo between the act's sessions. It was a wonderful evening. I remember never once worrying about work, or even talking about work. It was families talking about where they were going on holiday, playing bingo and watching the acts. I never experienced what we called in the UK “Sunday night blues”—that depressing feeling of knowing you had to go back to work tomorrow. I only ever experienced that when I stopped going to the club on a Sunday and instead sitting at home watching TV. Somehow, we've sacrificed human activities—going out with friends and family three or four times a week—to sitting on sofas watching TV or scrolling through endless feeds in social media. Often feeling jealous of the fake lives people put on there. And certainly not engaging with other human beings in the same room as you. And the word “Hobby” seems to have become a quaint old-fashioned word. I mean, who's got time for hobbies today? And that to me is where people need to start. Have a hobby that does not involve a digital tool. One of my rediscovered hobbies is collecting books. Real books. I've always enjoyed reading. It's been a big part of my life. I remember before I got an iPad in January 2011, I would spend weeks deciding which book to take with me on the plane when I travelled. It became an annual ritual. A week or two before I was due to fly I would spend a Saturday afternoon at the bookstore in the local shopping centre looking for something I could read while I was on holiday. After January 2011, I no longer went to a bookstore. I downloaded books from Apple Books or Amazon. Accidentally, something I had found immensely pleasurable—spending an afternoon wandering around a bookstore, to simply hearing about a book, finding it on a digital bookstore and buying it. The pleasure of aimlessly wandering around a bookstore was ripped away from me for the sake of convenience. I can fully understand why the sales of vinyl records and record players have exploded in recent years. The lack of convenience and a limited record collection makes listening to music a genuine pleasure. Those of a certain age may remember creating something called a “Mix tape”. This was where you recorded from a hi-fi system records to a tape cassette that you could play on a cassette walkman or in the car when going on a long journey. There was was something deeply pleasurable in make those tapes. I used to do this when going on family holidays. It didn't require a lot of brain power. Just looking through your records (and later CDs) for songs and then recording them, in real time, to a cassette. You had to sit and listen the whole song before pressing pause on the tape and choosing the next song. Completely inconvenient by today's standards, but that wasn't the point. It was relaxing, enjoyable and there was a sense of pride when finished of a job well done. And that's where I think we should be looking for activities that help us to switch off at the end of the day or at weekends. Activities that take us away from the digital noise. For example, this year, I've made it a habit to spend a minimum of thirty minutes reading a real book after I finish my evening coaching calls. I close down my office, grab the book I am currently reading, and go through to the living room, settle down on the sofa with the book and read. While I will read for at least thirty minutes, I often find myself still reading after an hour. During that time, it's just me and little Louis lying next to me. It's quiet and incredibly relaxing. Another “hobby” I began this spring was to have a bedding box on the terrace outside my office. In this box I've been growing flowers. It needs watering and the occasional weed needs pulling out. This had led me to want to add more flower boxes for next year. I've been sketching out on paper ideas of where I'll put these boxes and what flowers I could grow in them. I've even considered growing my own vegetables too. All non-tech hobbies that have brought some real enjoyment with them. Other activities you may wish to consider are knitting and needlework. I've remember teaching myself to sow buttons onto shirts and jackets—great fun but can be equally frustrating. Water colour painting. There's an initial cost in paints and paint books, but again great fun when you get going. This is a particularly good hobby if you like to get out into the countryside. Winston Churchill used painting as a way to destress at weekends and on holidays. While I'm not a big fan doing digital detoxes or restricting use of digital tools, that's just a waste of time because you end up finding excuses to check your digital devices. What I have found, though, is if you have a hobby or activity that is non-digital, you lose the temptation to “check” for messages and notifications. You become engrossed in the activity you engaged in. Perhaps you could have a Saturday or Sunday morning family walk. Give it some added interest by including some bird spotting or trying to find new routes around the park or woods. When to comes to switching off, look for activities that don't involve phones or computers. Puzzles are good, learning to detail a car (my current hobby) or some gardening—which can large or small. I hope that has helped, Maggie. Try to use things to switch off that do not involve a screen and you'll find yourself relaxing and rediscover some lost pleasures in life. Thank you for your question and thank you to you too for listening. It just remains for me now to wish you all a very very productive week.
In this episode of Quah (Q & A), Sal, Adam & Justin coach four Pump Heads via Zoom. Mind Pump Fit Tip: What is the perfect amount of exercise, steps, and diet? (2:10) Outsource thinking, and your brain stops thinking. (21:43) AI is getting insubordinate. (30:19) It's BBQ season! (32:48) Things that are accepted, but should be considered scams. (35:33) Sal has a good experience with the local cops. (40:52) Creatine and kids. (44:50) iPad vs. TV. (45:47) Mello your sleep. (53:42) #ListenerLive question #1 – How do you define a good night's sleep? (57:31) #ListenerLive question #2 – I have significant pain in my wrists when completing barbell front squats. How can I fix this issue? (1:02:57) #ListenerLive question #3 – I'm feeling great at 48. What should I focus on to continue progressing and staying healthy well into my 50s and beyond? Any tips for keeping it fun and sustainable for the long term? (1:09:22) #ListenerLive question #4 – How do I keep pushing forward in a way that balances health, performance, and visible results without getting discouraged by the slower pace? (1:20:22) Related Links/Products Mentioned Ask a question to Mind Pump, live! Email: live@mindpumpmedia.com Visit Butcher Box for this month's exclusive Mind Pump offer! ** Available for a limited time, a curated box pre-filled with Mind Pump's favorite cuts — no guesswork! ButcherBox members who sign up through Mind Pump will receive: $20 OFF their first box, Free chicken breast, ground beef, OR salmon in every box for a whole year! ** Visit NED for an exclusive offer for Mind Pump listeners! ** Code MINDPUMP at checkout for 20% off ** July Special: MAPS Split or Anabolic Metabolism Bundle 50% off! ** Code JULY50 at checkout ** Walking 8,000 steps just 1-2 days a week linked to significant health benefits New Perspective: 0.6g Protein per LB Standard ChatGPT's Impact On Our Brains According to an MIT Study | TIME Questions for Humans Conversation Cards Root Cause (film) - Wikipedia Creatine Supplementation in Children and Adolescents - PMC Visit Seed for an exclusive offer for Mind Pump listeners! **Promo code 25MINDPUMP at checkout for 25% off your first month's supply of Seed's DS-01® Daily Synbiotic** Mind Pump #2620: The Ultimate Longevity Plan Mind Pump #610: Dr. Andy Galpin Work Your Wrists Flexors – QUICK FITNESS TIP! Crazy Baby (The Crazy In Love Series) MP Holistic Health Diaphragmatic Breathing Exercises & Techniques Mind Pump Podcast – YouTube Mind Pump Free Resources People Mentioned Dr. John Delony (@johndelony) Instagram Andy Galpin (@drandygalpin) Instagram Dr. Stephen Cabral (@stephencabral) Instagram