Clarice 100 Ears. Brazil Lab. Princeton University

Follow Clarice 100 Ears. Brazil Lab. Princeton University
Share on
Copy link to clipboard

Multilingual homage to Clarice Lispector's 100 Years// Homenagem multilíngue aos 100 anos de Clarice Lispector. Coordinator: Marília Librandi. Brazil Lab/ Princeton University. Site: https://clarice.princeton.edu/

Marilia Librandi


    • Nov 18, 2020 LATEST EPISODE
    • infrequent NEW EPISODES
    • 3m AVG DURATION
    • 68 EPISODES


    Search for episodes from Clarice 100 Ears. Brazil Lab. Princeton University with a specific topic:

    Latest episodes from Clarice 100 Ears. Brazil Lab. Princeton University

    Mariângela Alonso (Brazil)

    Play Episode Listen Later Nov 18, 2020 3:17


    Post-Doctor in Literary Studies from Universidade de São Paulo --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Denise Milfont (Brazil)

    Play Episode Listen Later Nov 18, 2020 4:14


    Actress. Reading an extract of "O ovo e a galinha", "The egg and the chicken", in Portuguese --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Maria Rosa Duarte de Oliveira (Brazil)

    Play Episode Listen Later Nov 18, 2020 3:52


    Professor of Literary Theory at the Pontificia Universidade Católica, São Paulo --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Mauricio Acuña (Brazil/USA)

    Play Episode Listen Later Nov 18, 2020 9:40


    PhD candidate, Princeton University --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Eleonora Cróquer (Venezuela)

    Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 5:42


    Extractos de su ensayo “Una vida que no cesa de inscribirse como exceso entre la letra y el cuerpo de la autora o lo que hace excepción en el ‘caso’ de Clarice Lispector”, In Clarice Lispector. Alguien dirá mi nombre, a cargo de Isabel Mercadé (València: Shangrila, 2020). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Pedro Meira Monteiro (Brasil/US)

    Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 2:16


    Reading his text on Clarice, Cixous and Paula Rego --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Carla De Bellis (Italy)

    Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 6:21


    Reading a passage of Água Viva --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Veronica Stigger (BR)

    Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 2:19


    Escritora. "Escolhi um trecho do texto de "Brasília", que adoro e acho que vem bem a calhar." --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Johnny Lorenz (Montclair State University, U.S.A). Reading: "The Besieged City"/ "A Cidade Sitiada"

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2020 4:19


    The Besieged City/ A Cidade Sitiada. Translated by Johnny Lorenz Johnny Lorenz (Professor, Department of English, Montclair State University), son of Brazilian immigrants, received his doctorate in English from the University of Texas at Austin in 2000. He is a Full Professor at Montclair State University. His translations of Clarice Lispector's A BREATH OF LIFE (2012), finalist for the Best Translated Book Award, and THE BESIEGED CITY (2019), listed as one of the best books of 2019 by Vanity Fair, were published by New Directions. JOHNNY LORENZ TEXT THE BESIEGED CITY / A CIDADE SITIADA Here all of a sudden is a man, she was thinking. Men had always seemed excessively beautiful to her — that’s what she’d felt when centuries ago, in her parents’ house, in a ball gown, she’d resembled a young tree with few leaves — the memory had made her terribly ironic later. And you couldn’t tell why the weak had later become her prey. Then, when she’d meet a weak and intelligent man, above all weak because intelligent — she’d devour him roughly, not let him find his balance, make him need her forever — that’s what she’d do, absorbing them, detesting them, supporting them, the ironic mother. Her power had become great. When a defeated person would approach — she’d understand that person, she’d understand; how well you understand me, Afonso said. An object had always needed to be flawed in order for her to be able to seize it, and through its flaw. She’d buy it cheaper, that way. What did she want now from this young man? a little excited by the drink, she was saying to herself: just look how ridiculous I’ve become. The Besieged City - Clarice Lispector trans. Johnny Lorenz New Directions (2019) Eis de repente um homem, pensava. Os homens sempre lhe haviam parecido demasiadamente belos -- fora o que sentira quando há séculos, na casa dos pais, em vestido de baile, parecera uma árvore nova de poucas folhas -- a lembrança a tornara depois terrivelmente irônica. E não se saberia por que os fracos haviam-se depois tornado sua presa. Então, quando encontrava um homem fraco e inteligente, sobretudo fraco porque inteligente -- devorava-o duramente, não o deixava equilibrar-se, fazia-o precisar dela para sempre -- era o que fazia, absorvendo-os, detestando-os, apoiando-os, a irônica mãe. Seu poder se tornara grande. Quando uma pessoa vencida se aproximava -- ela a compreendia, compreendia; como você me compreende, disse Afonso. Sempre fora preciso um objeto ser defeituoso para ela poder apoderar-se dele, e através do defeito. Comprava mais barato, assim. Que desejava agora desse rapaz? um pouco excitada pela bebida, dizia-se: eis-me enfim ridícula. A cidade sitiada (1949) - Clarice Lispector Rocco --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Johnny Lorenz (U.S.)

    Play Episode Listen Later Apr 24, 2020 2:56


    A Breath of Life, excerpt. Translated by Johnny Lorenz Johnny Lorenz (Professor, Department of English, Montclair State University), son of Brazilian immigrants, received his doctorate in English from the University of Texas at Austin in 2000. He is a Full Professor at Montclair State University. His translations of Clarice Lispector's A BREATH OF LIFE (2012), finalist for the Best Translated Book Award, and THE BESIEGED CITY (2019), listed as one of the best books of 2019 by Vanity Fair, were published by New Directions. Text A BREATH OF LIFE / UM SOPRO DE VIDA I know that this book isn’t easy, but it’s easy only for those who believe in the mystery. As I write it I do not know myself, I forget myself. The I who appears in this book is not I. It is not autobiographical, you all know nothing of me. I never have told you and never shall tell you who I am. I am all of yourselves.[...] Do not read what I write as a reader would do. Unless this reader works, he too, on the soliloquies of the irrational dark. If this book ever comes out, may the profane recoil from it. Since writing is something sacred where no infidel can enter. I am making a really bad book on purpose in order to drive off the profane who want to “like.” But a small group will see that this “liking” is superficial and will enter inside what I am truly writing, which is neither “bad” nor “good.” A Breath of Life (Pulsations) - Clarice Lispector trans. Johnny Lorenz New Directions (2012) Eu sei que este livro não é fácil, mas é fácil apenas para aqueles que acreditam no mistério. Ao escrevê-lo não me conheço, eu me esqueço de mim. Eu que apareço neste livro não sou eu. Não é autobiográfico, vocês não sabem nada de mim. Nunca te disse e nunca te direi quem sou. Eu sou vós mesmos.[...] Não ler o que escrevo como se fosse um leitor. A menos que esse leitor trabalhasse, ele também, nos solilóquios do escuro irracional. Se este livro vier jamais a sair, que dele se afastem os profanos. Pois escrever é coisa sagrada onde os infiéis não têm entrada. Estar fazendo de propósito um livro bem ruim para afastar os profanos que querem "gostar". Mas um pequeno grupo verá que esse "gostar" é superficial e entrarão adentro do que verdadeiramente escrevo, e que não é "ruim" nem é "bom". Um sopro de vida (Pulsações) - Clarice Lispector Editora Nova Fronteira (1978) --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Michel Peterson (Canada)

    Play Episode Listen Later Apr 15, 2020 5:46


    CONCRETALMA Michel Peterson, Ph.D. Professor universitário, psicanalísta, AE, membro da Escola lacaniana de Montreal et do Comitê científico de ALFAPSY NO MEIO DO CAMINHO HA UMA ALMA SOPRALMA ALMAPEDRA DA VIDA A ALMAPERDA A PEDRA CONCRETA PEDRA CAVALALMA Clarice, minha muito bonita, dirijo suas palavras como se fossem espelhos, para que continuem vibrando na máquina do mundo. Seus livros-galáxias trabalham minha alma, eles acompanharam minha jornada de ossos e cinzas por tanto tempo que eu esqueci esse tempo. Eu acho que eles estavam lá antes de eu nascer, quando ainda não os conhecia, desde o arcaico enquanto o Real não estava – antes do antropoceno. Clarice, você me ensinou tudo isso e agora, posso atravessá-lo « inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar », fazendo parte « daquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro – G.H. – nada tira de ninguém ». Clarice, eu que sempre busquei o meu caminho, volto quando leio sua abordagem do Gênero Humano : « É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo ». É por isso que eu devolvo, para mantê-la dentro de mim, sua deslumbrante descoberta do finismundo : « Só que ter descoberto súbita vida na nudez do quarto me assustara como se eu descobrisse que o quarto morto era na verdade potente. Tudo ali havia secado - mas restara uma barata. Uma barata tão velha que era imemorial. O que sempre me repugnara em baratas é que elas eram obsoletas e no entanto atuais. Saber que elas já estavam na Terra, e iguais a hoje, antes mesmo que tivessem aparecido os primeiros dinossauros, saber que o primeiro homem surgido já as havia encontrado proliferadas e se arrastando vivas, saber que elas haviam testemunhado a formação das grandes jazidas de petróleo e carvão no mundo, e lá estavam durante o grande avanço e depois durante o grande recuo das geleiras - a resistência pacífica. Eu sabia que baratas resistiam a mais de um mês sem alimento ou água. E que até de madeira faziam substância nutritiva aproveitável. E que, mesmo depois de pisadas, descomprimiam-se lentamente e continuavam a andar. Mesmo congeladas, ao degelarem, prosseguiam na marcha... Há trezentos e cinqüenta milhões de anos elas se repetiam sem se transformarem. Quando o mundo era quase nu elas já o cobriam vagarosas. » MUNDO NU ALMA NUA CONCRETANUALMA ALMA --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Vivaldo Andrade dos Santos (Brasil/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 8, 2020 2:42


    Clariceana ("Esse texto nasceu de minha primeira leitura de Água-viva e A hora da estrela, nos anos 1980.") Hoje acordei com vontade de rasgar a minha boca em tiras. Porém tenho medo que o meu caráter regenerativo faça-me nascer de cada uma dessas tiras e esse desejo seja estendido e que todas as outras minhas bocas tenham o mesmo desejo que eu – o de se rasgar também em tiras. Atiro a escrita em mim e me atiro na escrita sem saber se sou eu dentro de minha escrita ou se é a minha escrita dentro de mim. Vou juntando letra atrás de letra, me escrevendo em linhas. Virando novelo de lã a ser desalinhado, tentando causar desalinho – bola de lã a ser brincada e estapeada pelo gato. E a escrita é a mulher que brota a cada instante de dentro de mim. Minha escrita grave, grávida de mim 24 horas por dia, 365 dias por ano. É como se eu dentro da minha escrita estivesse pronta a brotar de dentro dela pra fora. Brotar do ôco. Da boca. Do útero. Do onde. E eu sou o onde. A boca ôca. Onde-útero. Onde-da-palavra. Sou ôca. Palavra a ser preenchida. Palavra ôca, preenchida por minha escrita ôca. Ouço o tic-tac da minha escrita dentro de mim, e a qualquer hora é hora. Saberei-me explosiva. Explodida. Gero a escrita e ela me gera. A trago dentro da minha barriga grávida de nove meses. Grávida de mim. Grave de mim. Quem quiser me saber, saber de mim-minha-escrita basta encostar a boca na minha enorme barriga ôca e me ouvir no meu próprio útero. De forma que o meu ôco encontre o ôco de outro eu exterior. Eu-palavra somos uterinas. Interiores. Ulteriores. Somos o dentro. O dentro da outra. Gerativas. Ocas, se não nos geramos juntas. Cocomitantemente. Vivaldo Andrade dos Santos é poeta e autor dos livros infanto-juvenis O rato que roeu a roupa do rei e Meskwaki and the President. Desde os anos 90, vive nos Estados Unidos, e é professor de literatura e cultura brasileira na Georgetown University, em Washington DC. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Oriele Benavides (Venezuela/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 8, 2020 3:25


    “Algo salvaje, primario y enervado se yergue de mis pantanos”: una lectura de Agua Viva. Oriele Benavides es estudiante doctoral del Departamento de Español y Portugués de la Universidad de Princeton. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Xita Rubert (Barcelona/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 4:06


    Descripción del audio "Carta a las niñas de Clarice": Esta es una carta que le escribo, o más bien le grabo, a Clarice Lispector, en concreto a sus narradoras y personajes de niñas pequeñas. Me interesan sus crianças, porque no son precisamente infantiles: ellas saben aceptar la síntesis de lo horrible y lo hermoso, de describir la unión de la ferocidad y el amor, y tienen una capacidad inaudita de mirar, de observar con atención esta unión. En esto, creo, insisten concretamente dos cuentos: Os desastres de Sofia y A legião estrangeira. De ahí provienen las citas en portugués que incluyo en mi carta grabada. Bio: Yo soy Xita Rubert. Nací en Barcelona y me licencié en Filosofía. He escrito cuentos y una obra de teatro. Ahora soy doctoranda de Literatura Comparada en la Universidad de Princeton, mientras continúo desarrollando la escritura. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Anaís Martinez Jimenez (Mexico/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 3:57


    My piece is a play on the title of Clarice's "Agua Viva". It is a series of interlaced facts about the medusa and corresponding passages in Agua Viva that I believe embody the qualities of this phenomenal creature. I am a first year PhD student in the Comparative Literature department at Princeton. I am originally from Tijuana, Mexico. My interests include psychoanalysis, poetry and poetics, and gender and race studies. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Jonathan Romero (Ecuador/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 3:10


    Tributo a Clarice Lispector y ejercicio de reconocimiento técnico de A paixão segundo G.H (1964) en forma de microcuento. Jonathan A. Romero realizó sus estudios de pregrado en el Instituto de Filología Inglesa y el Instituto Peter-Szondi de Literaturas Comparadas en Freie Universitaet Berlin. Actualmente cursa un doctorado en literatura moderna latinoamericana en el Departamento de Español y Portugués en Princeton University. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Nikhil Ninguém Pandhi (India/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 5:23


    "I select portions from Água Viva and (re)arrange them to create a passage/prose/poem that foregrounds ‘writing’ in Clarice’s terms." "I translate Clarice into Hindi, my mother-tongue." Nikhil Ninguém Pandhi Fiction writer and Graduate Student, Department of Anthropology, Princeton University ‘What is it like to write, Clarice?’ Could this question be posed in terms of an aesthetic quandry directed to Clarice Lispector? Could it be posed in terms of what does it mean to write like Clarice? Or in terms of what form writing takes in Clarice and her oeuvre? As a writer of fiction inspired indelibly by Clarice Lispector I take the first question – and its many playful derivatives – as an incitement to compose Clarice from her own writing. An incitement to both search for Clarice’s reflections about writing in her own words, and to write from them something that she may be directing our attention to especially in Água Viva (1973), which I read as, among other things, Clarice’s manifesto for writing. With the desire to pose the aforementioned questions to Clarice, here, I select portions from Água Viva and (re)arrange them to create a passage/prose/poem that foregrounds ‘writing’ in Clarice’s terms. It is a tract on writing assembled from the bricolage of Clarice’s wor(l)ds in the text. I also further ask, what is it like to listen to Clarice in a language in which she didn’t write? For this, I translate Clarice into Hindi, my mother-tongue (note: the figure of the ‘mother’ and it’s resonance in Clarice, in terms of her mother as a liminal/absent/dead figure; mother as the symbol of a language, indeed Clarice’s own maternity…). What does Clarice sound like in Hindi, a language in which she has never been translated, and a language in which translating her requires a definitive attribution of her gender (a female writer) which the english ‘I’ and ‘you’ definitively obscure? Even if we don’t understand the translated language, in what ways can we re-cover the voice of Clarice from what reverberates in our ears? Perhaps we could even use this to ask ‘what is like to listen (to) Clarice?’ --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Julia Kornberg (Argentina/U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 7, 2020 5:01


    Extracts from the Passion According to GH and from Los Infiernos Analógicos by Julia Kornberg. "It's a bit of a Sci-Fi Clarice, following the post-humanist and queering lenses." Julia Kornberg is a writer and a PhD Student at Princeton University. Her book Los Infiernos Analógicos was published by María Susana Editora in 2019 and her first novel will come out by Club Hem in the summer of 2020. She was born in Buenos Aires, Argentina, and currently lives in New York. Texts: --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Idra Novey (U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 5, 2020 2:39


    Clarice, The Visitor. Three poems. Each poem begins with a quote from Lispector's letters to Fernando Sabino. The poems were written while Novey was translating The Passion According to G.H. Idra Novey is an American novelist, poet, and translator. She translates from Portuguese, Spanish, and Persian. She is the translator of The Passion According to G.H. by Clarice Lispector, On Elegance While Sleeping by Viscount Lascano Tegui, Birds for a Demolition by Manoel de Barros, and The Clean Shirt of It. She is the author of the novels Those Who Knew (2018) and Ways to Disappear (2016).Her fiction and poetry have been translated into ten languages. She has received awards from Poets & Writers, the Poetry Foundation, the Brooklyn Eagles Literary Prize, and the National Endowment of the Arts. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Idra Novey (U.S)

    Play Episode Listen Later Apr 5, 2020 2:08


    The Passion According to G.H. (pgs. 121 and 46) read by Lispector's translator Idra Novey. Idra Novey is an American novelist, poet, and translator. She translates from Portuguese, Spanish, and Persian. She is the translator of The Passion According to G.H. by Clarice Lispector, On Elegance While Sleeping by Viscount Lascano Tegui, Birds for a Demolition by Manoel de Barros, and The Clean Shirt of It. She is the author of the novels Those Who Knew (2018) and Ways to Disappear (2016).Her fiction and poetry have been translated into ten languages. She has received awards from Poets & Writers, the Poetry Foundation, the Brooklyn Eagles Literary Prize, and the National Endowment of the Arts. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Isabel de Lorenzo (Brasil/Itália)

    Play Episode Listen Later Apr 5, 2020 1:55


    "La passeggiata di Joana". translated by Rita Desti (Vicino al cuore selvaggio, Adelphi Edizioni, 1987). Isabel De Lorenzo Brazilian born dance artist based in Rome since 1998, holding a Bachelor’s Degree in Classical Literature (University of São Paulo, 1993). Co-founder of the prestigious San Lo’ dance studio in Rome; organizer of the Roma Tribal Meeting (first Tribal Style festival in Italy, active since 2010); member of the International Dance Council-CID-UNESCO. Teacher and performer in numerous dance events in Italy and abroad. Member of the network POSTHUMANS, dedicated to the posthuman paradigm shift on Philosophy, Arts and Science. Catullus, Cicero, Shakespeare, Charles Dickens, Lewis Carroll, Oscar Wilde, Edmond Rostand are some of the authors translated by Isabel into Portuguese for academic purposes and for inspiring children’s love of reading. Isabel collaborates with several theatre and contemporary dance companies. Al-muallaqat|Le sospese (2007), Frida Suite (2012) and Bambola (2018) being her most known original stage productions. Isabel De Lorenzo www.isabeldelorenzo.net www.sanlo.it www.romatribal.com --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    André Vallias (Brasil)

    Play Episode Listen Later Apr 5, 2020 1:36


    Audiopoema feito a partir do poema visual CLRCLSPCTR, 2015 André Vallias (1963) é poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. Vem publicando regularmente poemas e traduções em diversas revistas brasileiras e internacionais. Foi curador de importantes mostras de poesia visual e digital. Publicou Heine, hein? (Perspectiva, 2011), Totem (Cultura e Barbárie, 2014), Oratório (Azougue, 2015) e Bertolt Brecht – Poesia (Perspectiva, 2019). É editor da revista online www.erratica.com.br --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    vem foi perspectiva orat audiopoema
    Carlos Mendes de Sousa (Portugal)

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2020 3:34


    "Clarice foi a estrangeira de si mesma..." Parte II do depoimento reflexivo do autor. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Tânia Stolze Lima (Brasil)

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2020 2:49


    "Atualidade do ovo e da galinha". Em A descoberta do mundo. Tânia Stolze Lima é etnóloga e professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro. Autora de Um peixe olhou para mim - O povo Yudjá e a perspectiva (2005), e de ensaios fundamentais sobre o perspectivismo ameríndio, como "O Dois e seu Múltiplo: Reflexões sobre o Perspectivismo em uma Cosmologia Tupi" (1996). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Carlos Mendes de Sousa (Portugal)

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2020 3:27


    "Recordo-me de quando descobri Clarice Lispector..." Depoimento reflexivo do autor. Parte I Carlos Mendes de Sousa é professor de literatura brasileira na Universidade do Minhoo. Autor de Clarice Lispector. Figuras da Escrita (2000), obra com a qual conquistou o Grande Prémio de Ensaio da APE, e de Clarice Lispector - Pinturas (2013). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Helena González Fernández (Barcelona)

    Play Episode Listen Later Apr 1, 2020 2:52


    "Es allí adonde voy”, traduzido pela escritora Cristina Peri Rossi, de Onde estivestes de noite. Helena González Fernández é professora de Literatura Brasileira e diretora de ADHUC-Centro de Pesquisa Teoria, Gênero, Sexualidade na Universidade de Barcelona. Publicou trabalhos sobre as escritoras brasileiras Carol Bensimon e Hilda Hilst, literatura galega e estudos de gênero. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Eduardo Jorge (Brasil/Suiça)

    Play Episode Listen Later Mar 31, 2020 3:26


    "O que a CL sussura no meu ouvido é alegria." Leitura do começo de Água Viva e de um trecho de Maria Filomena Molder sobre Clarice. Eduardo Jorge é professor assistente no Departamento de "Literature, Arts and Media" na Universidade de Zurich. Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais [UFMG] em co-tutela com a École Normale Supérieure [ENS - Paris]. Autor de A invenção de uma pele: Nuno Ramos em obras (Iluminuras, 2017). Textos lidos Água Viva, Clarice Lispector E com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. Continuo com capacidade de raciocínio - já estudei matemática que é a loucura do raciocínio -quero me alimentar diretamente da placenta. Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido. O próximo instante é feito por mim? Fazemo-lo juntos com a respiração. E com uma desenvoltura de toureiro na arena. 2ª forma de alegria: animalidades Sumário das alegrias (motes de Clarice Lispector*)* Todos retirados de A Descoberta do Mundo.) - Sobre a Alegria, Maria Filomena Molder. Descobrir que o corpo é um dom, saber isso sem esforço, como o gato ao sol. O que é equivalente a “tornar-se real”. O estado de graça de existir (não a da inspiração), tranquila felicidade, lucidez, bem-aventurança física. Não é um êxtase, não precisa de mediadores, maravilhosos fossem eles, anjos, ninguém ajuda, é só contacto, intimidade, com a mudez simples, sem máscara, dos animais. Para nós, que conhecemos tantos obstáculos (isto é, falamos, inventámos as máscaras e os corpos para prolongar e substituir os nossos), é difícil permanecer muito tempo aí: “Sai-se melhor do que se entrou”, porém “saise lentamente (suspira-se ao sair), mas ficamos por assim dizer indizíveis e incomunicáveis”. O que Clarice Lispector gostaria de ser, integra-se nesta segunda forma de alegria: “uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal”. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Yudith Rosenbaum (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 1:19


    Leitura de trecho de "Ainda Impossível", em A descoberta do mundo. Yudith Rosenbaum, crítica literária e psicóloga, professora de literatura brasileira na Universidade de São Paulo. Autora de Metamorfoses do mal: uma leitura de Clarice Lispector (1999) e de Clarice Lispector (Publifolha, 2002). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Antonio Calloni (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 1:23


    Ator de teatro, tv e cinema. Autor de livros de ficção e de poesia, como Os Infantes de Dezembro; A Ilha de Sagitário; O Sorriso de Serapião e Outras Gargalhadas; Paisagem Vista do Trem, 50 Anos Inventados em Dias de Sol (e algumas poesias). Leitura de trechos de "A Hora da Estrela". --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Amilcar Torrão Filho (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 1:52


    Leitura de "Espanha" In: A descoberta do mundo. E de "A Hora da estrela" Amilcar Torrão Filho é professor de História do Brasil, Teoria da História e História Moderna na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pos- doutorado na Universitat Politècnica de Catalunya (2014-2015) e na ADHUC– Universitat de Barcelona (2016-2017). Autor de Paradigma do caos ou cidade da conversão? São Paulo na administração do Morgado de Mateus (1765-1775) (Annablume, 2007) e A Arquitetura da Alteridade: a Cidade Luso-brasileira na Literatura de Viagem (1783-1845) (2. ed., Appris, 2019). --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Clarissa Comin (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 30, 2020 2:06


    Leitura da crônica "E se eu fosse eu". Clarissa Comin, escritora e tradutora, é mestre em Literatura Brasileira pela UFPR e em Estudos Lusófonos pela Université Lumière Lyon 2. É professora de língua francesa e atualmente cursa doutorado na UFPR, sobre a literatura brasileira de invenção no século XX. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Marina Veshagem (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 29, 2020 9:07


    Marina Veshagem é doutora pelo programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução, da UFSC, e Atriz da Cia de teatro "Ciclipatas". Leitura do conto de Edgar Allan Poe, "A máscara da morte rubra", tradução e adaptação de Clarice Lispector. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Pere Comellas Casanova (Barcelona)

    Play Episode Listen Later Mar 23, 2020 0:58


    Pere Comellas Casanova é professor de Estudos Portugueses na Universidade de Barcelona. Traduziu várias obras literárias para o catalão e para o espanhol, especialmente de literaturas africanas em língua portuguesa, autores como Germano Almeida, José Eduardo Agualusa, Mia Couto e Paulina Chiziane. No ano 2005, ganhou o V Prémio Giovanni Pontiero pela tradução para o catalão de Chiquinho, do autor cabo-verdiano Baltasar Lopes. É autor do livro Contra l'imperialisme lingüístic (2006). O autor nos oferece a leitura em catalão do conto "Ruído de pássaros", de A via crucis do corpo. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Louise Dupré (Quebec, Canada)

    Play Episode Listen Later Mar 22, 2020 2:42


    Louise Dupré is a poet, writer and literary critic who was born in the province of Quebec and lives in Montreal. She has published more than twenty books, including twelve collections of poetry, which received many awards. Both Plus haut que les flammes (Beyond the Flames) and La main hantée (The Haunted Hand) won the prestigious Governor General’s Award for poetry. Her novel La memoria won two major literary prizes. Dupré is member of the Academy of Letters of Quebec and of the Royal Society of Canada. In December 2014, she was appointed to the Order of Canada for her contributions to Quebec literature as a poet, novelist, playwright, essayist and professor of literature and creative writing at the Universite du Quebec a Montreal. Here she reads Lispector's "Le message", in Corps séparés, Paris, Éditions des femmes, 1971. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Ana Carolina Cernicchiaro (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 22, 2020 2:35


    Ana Carolina Cernicchiaro. Professora de Literatura Brasileira na Universidade do Sul de Santa Catarina. Trecho de “Mineirinho”. In: Para não esquecer. São Paulo: Rocco, 1999, p. 123-127. Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro. Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nos acordem, e com horror digo tarde demais — vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva. Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver. Como não amá-lo, se ele viveu até o décimo-terceiro tiro o que eu dormia? Sua assustada violência. Sua violência inocente — não nas conseqüências, mas em si inocente como a de um filho de quem o pai não tomou conta. Tudo o que nele foi violência é em nós furtivo, e um evita o olhar do outro para não corrermos o risco de nos entendermos. Para que a casa não estremeça. A violência rebentada em Mineirinho que só outra mão de homem, a mão da esperança, pousando sobre sua cabeça aturdida e doente, poderia aplacar e fazer com que seus olhos surpreendidos se erguessem e enfim se enchessem de lágrimas. Só depois que um homem é encontrado inerte no chão, sem o gorro e sem os sapatos, vejo que esqueci de lhe ter dito: também eu. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Harold Emert (U.S/Brazil)

    Play Episode Listen Later Mar 22, 2020 3:38


    Harold Emert, American/ Brazilian(naturalized). oboist and composer. Text: "Without Warning" ("Sem aviso"). Phylis Huber , narrator, Harold Emert, oboes .recorded at Tuhu music , Rio de Janeiro, Michael Sexauer, recording engineer (2018) --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Keijiro Suga (Japan)

    Play Episode Listen Later Mar 22, 2020 4:06


    Keijiro Suga is a Tokyo-based poet and critic. Professor of critical theory at the Meiji University, where he founded the graduate program in Places, Arts, and Consciousness. He shares with us his translation into Japanese of Lispector's story "É pra lá que eu vou". He is the author of "Transversal Journeys", awarded with the Yomiuri Prize for Literature, one of the most prestigious literary prizes in Japan, in 2011. He has also published five collections of poetry, "Numbers and Twilight" (2017) being the latest. He is also a prolific translator. Among his more than thirty translations are: Poétique de la Relation by Edouard Glissant, La vie scélérate by Maryse Condé, La fête chantée and Raga by J.M.G. Le Clézio, Le postmoderne expliqué aux enfants by Jean-François Lyotard, At the Bottom of the River by Jamaica Kincaid, Girl in the Flammable Skirt by Aimee Bender, El árbol del conocimiento by Humberto Maturana and Francisco Varela, Paula by Isabel Allende. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Rosane Carneiro Ramos (Brasil/UK)

    Play Episode Listen Later Mar 7, 2020 3:02


    Researcher, Teacher, Editor and Writer from Rio de Janeiro,Brazil, based in London. Visiting Research Associate at King’s College London; and scholar in residence at the University of Exeter. Passagens de Água Viva: É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. Continuo com capacidade de raciocínio - já estudei matemática que é a loucura do raciocínio - mas agora quero o plasma - quero me alimentar diretamente da placenta. Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido. O próximo instante é feito por mim? Fazemo-lo juntos com a respiração. E com uma desenvoltura de toureiro na arena. Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artifício eles espocam mudos no espaço. Quero possuir os átomos do tempo. E quero capturar o presente que pela sua própria natureza me é interdito: o presente me foge, a atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no já. Só no ato do amor - pela límpida abstração de estrela do que se sente - capta-se a incógnita do instante que é duramente cristalina e vibrante no ar e a vida é esse instante incontável, maior que o acontecimento em si: no amor o instante de impessoal jóia refulge no ar, glória estranha de corpo, matéria sensibilizada pelo arrepio dos instantes - e o que se sente é ao mesmo tempo que imaterial tão objetivo que acontece como fora do corpo, faiscante no alto, alegria, alegria é matéria de tempo e é por excelência o instante. E no instante está o é dele mesmo. Quero captar o meu é. E canto aleluia para o ar assim como faz o pássaro. E meu canto é de ninguém. Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Micheliny Verunschk (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 7, 2020 2:13


    Escritora. Leitura de trecho de "A galinha" (Laços de Família, 1960). Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado. Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre. Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Lilia Moritz Schwarcz (Brasil)

    Play Episode Listen Later Mar 7, 2020 3:02


    Full Professor in Anthropology at the University of São Paulo and Visiting Professor at Princeton. Trechos de abertura de A Hora da Estrela e passagem de A Paixão Segundo G.H --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Florencia Garramuño (Argentina)

    Play Episode Listen Later Mar 1, 2020 3:21


    Professor at University of San Andrés in Buenos Aires Reading from: "El mandala de Clarice Lispector". En Clarice Lispector, Agua Viva. Traducción de Florencia Garramuño. Buenos Aires, El cuenco de plata, 2010 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Luah Guimarãez (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 29, 2020 5:12


    Atriz, Luah Guimarãez, lê trecho de A paixão segundo G.H. Espetáculo Máquinas do mundo, 2019. Diz José Miguel Wisnik: "O processo com os atores foi intenso. A respiração das frases de Clarice foi vivida como um arco que contém o movimento de uma seta que deve atingir o alvo na palavra certa, transparente, e não em qualquer palavra." O vídeo pode ser acessado aqui: https://www.youtube.com/watch?v=1iqSD6iO5AI&feature=youtu.be --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Alexandre Nodari (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 29, 2020 0:43


    Alexandre Nodari, Professor de Literatura Brasileira e Teoria Literária na Universidade Federal do Paraná. Leitura de seu texto "O encontro sobrenatural" Clarice Lispector costumava insistir que o sobrenatural não estava fora do natural, que a própria vida era sobrenatural. Mas para experimentá-lo, para perceber e senti-lo, seria preciso algum tipo de encontro, inusitado e fortuito, capaz de desestabilizar o campo de possibilidades a que nos habituamos e nos limitamos. Um dos nomes desse encontro sobrenatural, de encontro com o sobrenatural que nos faz adentrar o estado de graça, é o amor. Sua origem pode ser a mais banal e aleatória possível, mas através dele, pela sua travessia que reordena a nossa vida, é que podemos viver a realidade e verdade última das coisas e de nós mesmos, o impossível. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Maryse Choinière (Quebec, Canada)

    Play Episode Listen Later Feb 23, 2020 3:31


    Writer, singer, professor of literature and creative writing. Reading: "C'est là que je vais " du recueil Où étiez-vous pendant la nuit --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Dirce Waltrick do Amarante (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 16, 2020 16:00


    Writer, translator, and professor at Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Reading : "A menor mulher do mundo" --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Nádia Batella Gotlib (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 14, 2020 3:50


    Clarice Lispector's Biographer. Professor at Universidade de São Paulo Audio references: [Texto 1] Próxima. Distante. Vaidosa. Terna. Sofrida. Lisérgica. Vidente. Visionária Intuitiva. Adivinha. Estrangeira. Enigmática. Simples. Angustiada. Dramática. Judia. Insolúvel. Esses são alguns dos traços que compõe os diferentes perfis de Clarice, diferentemente vistos pela empregada, pela vizinha, pelos parentes, amigos, jornalistas, críticos, escritores. Mas, ao passar por eles, é preciso considera-los apenas como vestígios de uma identidade, traços de um “ser quase” Clarice, lembrando o que ela mesma certa vez contou a respeito de uma amiga sua, e eu cito Clarice: [...] “uma amiga minha foi tirar retrato de uma baiana, e ela não deixou: ‘Minha alma você não tira’”. Nádia Battella Gotlib, Clarice: Uma Vida que se Conta. (1a. ed. 1995) 7a. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edusp, 2013. p.24. Em espanhol: Nádia Battella Gotlib, Clarice, Clarice. Una vida que se cuenta. Buenos Aires, ed. Adriana Hidalgo, 2007. [Texto 2] Não se trata apenas de uma receita de matar, com suas múltiplas implicações. Trata-se de uma poética: pois é receita de matar o leitor, e as vítimas somos nós, pois a nós ela se dirige, com um enredo feito de açúcar, pitadas inofensivas que apenas nos enlevam, mas misturadas com pitadas ficcionais, doses de gesso que nos esturricam de dentro para fora, ao suscitar ou fazer aflorar um repertório terrível e ao mesmo encantador de experiências abafadas, escondidas, proibidas. Nesse caso, a alegria da transgressão assassina, que se transforma em vício, libera forças até então desconhecidas, proibidas pela civilização, mas permitidas no campo do imaginário. E resgata o ‘outro’ à condição de ‘ser’. Talvez esteja aí mais um legado de Clarice e de ampla envergadura. Se continua a inovar, enveredando pelos “labirintos da intimidade”, em A paixão segundo G.H., pela sua própria configuração imagística e pela própria densidade gradativa da ação, que culmina em ato surpreendente, ocorre um componente mais amplo, dada sua repercussão de caráter social, moral, político, ético. É o legado da humanização da literatura, ao experimentar, sim, ‘o outro’, mas revelá-lo com originalidade, na sua grandeza igualitária: o outro como um ‘ser’ tal como todos os outros, flagrado no seu simples ‘estar sendo’, quando, cito Clarice, “a vida se me é”, mas deslocado para um outro campo de significação já destituído de discriminação e de preconceito. Nádia Battella Gotlib, “O legado de Clarice Lispector”. Conferência proferida na Academia Brasileira de Letras em 25/07/2017. Revista Brasileira. Academia Brasileira de Letras. Fase IX, jan-mar, 2018. Ano I, n.94, p.83-84. Disponível em: http://www.academia.org.br/videos/ciclo-de-conferencias/o-legado-de-clarice-lispector --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Denise Desautels (Quebec, Canada)

    Play Episode Listen Later Feb 10, 2020 3:42


    Writer. Reading "Le retour au naturel", fragment, in La découverte du monde, en date du «4 mai 1968», Éditions des femmes, 1995, p.129-130. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Diane Régimbald (Canada)

    Play Episode Listen Later Feb 7, 2020 3:45


    Écrivain. (Quebec). extract "La Passion selon GH" --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Sérgio Medeiros (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 7, 2020 3:18


    Poeta e artista visual. Trecho de "O ovo e a galinha" --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Shloo. "Clarice e Drummond" (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 7, 2020 1:08


    Escritora. Trecho em"Todas as crônicas" --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Shloo ("meditação hindu") (Brasil)

    Play Episode Listen Later Feb 7, 2020 1:15


    Escritora. Trecho em TODAS AS CRÔNICAS : "sem titulo. 19 se junho de 1971 " Rio de Janeiro, Rocco, 2018. p.414 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/marilia-librandi/message

    Claim Clarice 100 Ears. Brazil Lab. Princeton University

    In order to claim this podcast we'll send an email to with a verification link. Simply click the link and you will be able to edit tags, request a refresh, and other features to take control of your podcast page!

    Claim Cancel