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O ministro Edson Fachin tomou posse nesta segunda-feira, 29, como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), com a promessa de uma gestão discreta e de reforço à colegialidade. O ministro Alexandre de Moraes assumiu a vice-presidência da Corte. Em seu discurso, Fachin defendeu a “contenção” e a separação dos poderes, mas com diálogos “republicanos”, sinalizando que pretende manter a presidência do STF afastada do debate político, sem no entanto fechar os canais de contato institucionais. "O antecessor, Luis Roberto Barroso, vinha da advocacia, então era muito falante e com discursos muito bem-escritos. Fachin foi professor e procurador e é mais 'voltado pra dentro'. Seu discurso foi muito correto, abordou todos os temas, mas sem estridência; ele já imprime um estilo de seus dois anos de presidência no STF. Mandou recados variados para Legislativo, Executivo e sociedade mas também para dentro da Corte. Deixou claro que será um presidente apolítico, voltado para o Direito e a Constituição", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O início da gestão Edson Fachin, marcado para esta segunda-feira, 29, inaugura uma virada de chave no estilo de comandar o Judiciário. A ordem agora é cortar gastos, priorizar decisões tomadas em conjunto e reforçar a institucionalidade do tribunal. Logo na chegada, Fachin entrou na contramão de seus antecessores e encomendou uma posse modesta. O ministro recusou a festa tradicionalmente oferecida por entidades da magistratura a quem chega ao mais alto posto do Judiciário. Normalmente, o evento tem banda, jantar e bebidas. O cenário é um convite ao beija-mão de juízes e advogados ao novo presidente.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump mantiveram contatos secretos e realizaram reuniões de trabalho prévias ao primeiro encontro presencial entre os presidentes na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), na manhã de terça-feira, dia 23, em Nova York. Essas interações, sigilosas até agora, envolveram autoridades de alto escalão dos governos brasileiro e americano. Os emissários agiram com aval dos presidentes Lula e Trump e mantiveram canais abertos para indicar a “boa disposição” de ambos a um possível encontro que se concretizaria nos bastidores da ONU.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), arquivou nesta quarta-feira a PEC da Blindagem. Ele seguiu o regimento da Casa e não levou a proposta para votação no plenário, como queriam alguns senadores. Já sobre a PEC da Dosimetria, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou à bancada do PT na Câmara que o PL da Dosimetria das penas dos condenados por tentativa de golpe de Estado beneficiará o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tratarão com respeito em um eventual encontro. "Somos dois homens de 80 anos"See omnystudio.com/listener for privacy information.
Uma eventual conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ocorrer de forma remota. A avaliação dentro do governo brasileiro é que o encontro tende a ser realizado por telefone ou videoconferência. Nesta terça-feira (23), durante seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Trump afirmou que se encontrou rapidamente com Lula antes de subir à tribuna e que ambos concordaram em se reunir na próxima semana. A informação foi confirmada posteriormente pelo governo brasileiro. O breve encontro ocorreu logo após o discurso de Lula e antes de Trump iniciar o dele. O presidente americano disse ter tido “uma química excelente” com o brasileiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Uma nova leva de punições do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras ofuscou o primeiro dia de compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Nova York e reforçou a tendência de que ele responda nesta terça-feira, 23, durante o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU. Lula já pretendia fazer uma defesa enfática do que o governo brasileiro considera como agressões do governo americano e uma tentativa de interferência contra a soberania brasileira e as instituições democráticas, como mostrou o Estadão. O teor final do discurso de Lula passou por revisões e ajustes ao longo da segunda-feira, como é praxe na véspera do pronunciamento mais importante da política externa brasileira, perante os líderes globais.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Os atos deste domingo, 21, convocados por centrais sindicais, partidos de esquerda e artistas ocorreram em todas as capitais e em pelo menos outras 30 cidades brasileiras contra a PEC da Blindagem e a anistia a golpistas. Na Avenida Paulista, o protesto reuniu cerca de 42,4 mil pessoas.Os atos foram marcados por cartazes que chamavam o Congresso de “inimigo do povo” e apelidavam a proposta aprovada na Câmara de “PEC da Bandidagem”. O número é semelhante ao da manifestação pró-anistia de 7 de setembro, que reuniu 42,2 mil apoiadores de Jair Bolsonaro. "O governo joga parado e a oposição bolsonarista faz gol contra. A gente não vê manifestação de esquerda no País há muito tempo - muito menos do PT, que perdeu a capacidade de mobilizar o povo brasileiro para ir às ruas. Quem conseguiu isso não foi Lula ou o partido, mas, sim, os bolsonaristas; eles ultrapassam limites o tempo inteiro. A Câmara misturar a PEC da Blindagem com a anistia foi um duplo golpe contra este grupo pois juntou o corporativismo com impunidade e misturou com a anistia do ex-presidente. Embolou tudo numa coisa só e quem ficou com o carimbo da blindagem foi o bolsonarismo - e aí não há estômago que resista", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, disse hoje, em entrevista à Rádio Eldorado, que espera votar já na semana que vem o projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas. Escolhido para ser o relator da proposta, ele negou que a ideia seja beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Segundo Paulinho, o foco estará na redução das penas. “Não se fala mais em anistia ampla, geral e irrestrita, que o Supremo já declarou inconstitucional. Não vou fazer projeto que confronte a Câmara com o Supremo. Quero apelidar de projeto da dosimetria”, afirmou. O deputado alegou que terá conversas com representantes governistas e da oposição para formular um texto “meio termo para pacificar o País”. Ele pretende preparar a votação para a próxima quarta-feira, mas admitiu a possibilidade de que a análise fique para a semana seguinte.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A PEC da Blindagem, aprovada nesta terça-feira, 16, pela Câmara, pode atingir 36 inquéritos que envolvem 108 parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF). Pela redação atual, esses casos só poderão avançar para se tornarem ações penais com aval do Congresso. A proposta beneficia diretamente Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e alcança tanto aliados do governo quanto opositores, especialmente em investigações sobre desvios de emendas parlamentares. "A PEC é ilegal; a própria constituição prevê que não é possível retomar uma votação em que o objeto já tinha sido derrotado na mesma legislatura - nesse caso, na mesma semana. Vai para a CCJ, comandada pelos bolsonaristas, e se a comissão não tomar providências, o jeito vai ser levar para o STF. Com o voto secreto, a Câmara diz que o Supremo não pode mais investigar, julgar e condenar parlamentares sem a autorizaqção das respectivas casas; quem vai decidir são os plenários, sem dar a cara a bater. É uma forma, além de blindar os investigados, de favorecer quem faz este tipo de blindagem. É um escândalo atrás do outro; este ano tem sido trágico para o Congresso, mas esta semana está superando todas", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos o texto base da Proposta que dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores. Batizada pelos deputados como PEC das Prerrogativas, a proposta ficou mais conhecida como PEC da Blindagem. Entre os pontos previstos no texto, está a necessidade de autorização prévia do Congresso para que o Supremo Tribunal Federal processe parlamentares criminalmente. "A PEC não é para evitar exageros, mas para garantir a impunidade de parlamentares. É imoral e indecente; diz que a lei é igual para todos, menos para parlamentares, que podem fazer o que quiserem e só serão processados caso o próprio corporativismo permita. A Câmara privilegiou uma PEC que só interessa a eles próprios e vai contra os interesses da nação brasileira", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi executado a tiros de fuzil no início da noite de ontem, ao sair da Prefeitura de Praia Grande (SP), onde trabalhava como secretário de Administração. Fontes foi seguido pelos assassinos em um SUV preto. Imagens de câmeras de segurança mostram o carro do ex-delegado em alta velocidade, provavelmente em fuga, até colidir com um ônibus e capotar. Os bandidos desembarcaram do SUV com fuzis em punho e mataram o ex-delegado. Fontes ganhou notoriedade pela atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2006, indiciou toda a cúpula da facção, incluindo o líder Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O governo paulista anunciou a formação de uma força-tarefa com a Polícia Civil e o Ministério Público para investigar o crime. Em entrevista à Rádio Eldorado, a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ressaltou que Fontes sempre teve um histórico de combate ao crime organizado. “Ele conseguiu identificar o primeiro esboço do que era a facção criminosa nos anos 2000”. Embora ressaltando que as investigações ainda estão em andamento, ela apontou a necessidade de respostas do Estado e de leis para proteger autoridades quando elas deixam seus cargos. “O crime organizado não esquece. O crime organizado não desiste. Perdeu todo o respeito pelo Estado”, afirmou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou e o Itamaraty acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas, investigações e medidas com vistas à aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, como resposta ao tarifaço de 50% que atinge setores e produtos brasileiros. "A Lei dá mecanismos para que o Brasil se defenda e responda à altura ataques comerciais de outros países. Lula sancionou essa lei ainda neste governo, liderada pela senadora Tereza Cristina, que é bolsonarista e foi ministra da Agricultura do governo Bolsonaro - portanto, não é uma questão de oposição e governo. É equivalente à Sessão 301 que os EUA usam contra seus parceiros comerciais para investigar abusos nessas relações. A nossa Lei também vale em casos de defesa do interessa nacional. Camex tem de ouvir os ministérios relacionados, levantar os problemas, e usar a Lei. É uma forma de pressão para tentar o diálogo", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Avenida Faria Lima, principal centro financeiro do País, amanhece nesta quinta-feira, dia 28, com equipes da Polícia Federal, Polícia Militar, Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) além de agentes e fiscais das Receitas Estadual e Federal. Trata-se da Operação Carbono Oculto, a maior feita até hoje para combater a infiltração do crime organizado na economia formal do País. O repórter especial do Estadão, Marcelo Godoy, traz os detalhes durante a coluna de Eliane Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente Lula afirmou, em reunião ministerial, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, será seu adversário nas eleições de 2026. Foi a primeira vez que Lula mencionou publicamente a entrada de Tarcísio no páreo. A mudança de tom chamou a atenção de ministros, já que, até há pouco tempo, Lula repetia a análise do vice-presidente Geraldo Alckmin, para quem não faria sentido Tarcísio deixar o governo paulista e abrir mão de uma reeleição tranquila, com o objetivo de disputar a Presidência. Agora, porém, Lula avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro não terá alternativa senão apostar no aliado paulista. "Como esperado, o presidente fez uma cobrança muito clara aos ministros de partidos que estão 'com um pé em uma canoa e um pé em outra'. Ele exigiu que eles defendam o governo em manifestações públicas. Foi um recado muito direto ao Centrão e, particularmente, ao União Brasil, que tem três ministérios, fez uma federação com o PP, bolsonarista, e abriu uma posição clara a favor da candidatura de Tarcísio à Presidência. A segunda admissão de Lula, ontem, foi de que é candidato, sim. A reunião foi menos para tratar de governo e mais para campanha eleitoral. De boné, Lula estava mais fantasiado de candidado", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta segunda-feira (25) que a Polícia Federal amplie o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu na trama golpista e cumpre prisão domiciliar. O ex-presidente também é monitorado por tornozeleira eletrônica. "A decisão do STF era só prender Bolsonaro depois da condenação, se ela viesse, e o trâmite em julgado, até que o ex-presidente começou a dar todos os pretextos e foi 'cavando' a prisão domiciliar e o uso da tornozeleira. Os indícios de que ele prepara uma fuga do País são muito óbvios. A decisão da PGR é para evitar isso", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mais da metade dos brasileiros (55%) acredita que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro foi justa, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje. O levantamento ainda mostra que 39% dizem que a prisão é injusta, enquanto 6% não sabe ou não respondeu. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com mais de 16 anos entre 13 e 17 de agosto em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais e para menos. "Os Bolsonaros estão perdendo a guerra da opinião pública. Eduardo Bolsonaro, além de jogar seu mandato fora, ir para os EUA trabalhar contra os interesses do Brasil, a Suprema Corte brasileira e a imagem, a Economia e empresas do Brasil, também ataca o Banco do Brasil, que tem capilaridade no Mundo todo. Que patriota! Só falta atacar, agora, a Petrobras. Sua única questão é estraçalhar o País para impedir a prisão de seu pai", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu em suas contas bancárias um volume total de R$ 30 milhões no período entre março de 2023 e fevereiro de 2024, de acordo com relatório de análise da Polícia Federal. As transações foram consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que repassou as informações à PF. O relatório aponta que essas movimentações indicam suspeitas de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos”. Procurada, a defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou. "O ex-presidente tem sua aposentadoria como militar, possivelmente alguma como deputado e como ex-presidente, mas essa quantia em um ano é acima de qualquer padrão. Tem um efeito político e de marketing negativo muito forte; tem um poder na opinião pública muito devastador. Porque Bolsonaro fez toda sua imagem pública na base do homem simples, 'gente como a gente'... Como a população vê uma coisa dessas? Quando você fala em dinheiro, bate muito fundo nas pessoas que trabalham muito duro para chegar no fim do mês com um salário mínimo", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em entrevista ao Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do novo Código Eleitoral, reafirmou ser contrário à inclusão do voto impresso no texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. “O voto impresso é um retrocesso. Só vai trazer mais insegurança, mais problema e judicialização”, disse o parlamentar, lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou a proposta inconstitucional em 2015. Em entrevista ao Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do novo Código Eleitoral, reafirmou ser contrário à inclusão do voto impresso no texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. “O voto impresso é um retrocesso. Só vai trazer mais insegurança, mais problema e judicialização”, disse o parlamentar, lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou a proposta inconstitucional em 2015. Segundo o senador, a inclusão ocorreu após destaque do senador Esperidião Amin (PP-SC), aprovado contra seu voto. Castro afirmou, porém, que não acredita na aprovação do dispositivo em plenário. “Pela lógica, o plenário vai votar contra. Mas como vivemos tempos estranhos, tudo é possível”, ponderou. Entre os pontos que considera avanços do novo Código Eleitoral, Castro destacou a reserva obrigatória de 20% das cadeiras em todos os parlamentos do país para mulheres, incluindo câmaras municipais, assembleias legislativas e Congresso Nacional. “O Brasil ocupa uma situação constrangedora no cenário internacional: é o 137º país em representatividade feminina. Isso é inaceitável”, afirmou. O texto também altera a Lei da Ficha Limpa, fixando em oito anos o prazo de inelegibilidade a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à condenação, para uniformizar prazos e evitar interpretações diferentes. Questionado sobre as críticas à redução de penas para a propagação de fake news em campanhas, o senador disse que o tema deve seguir em debate. “É um problema universal. Precisamos aprender com legislações como a da União Europeia e dos Estados Unidos. É um assunto sensível que exige muito cuidado.” O projeto ainda precisa ser votado pelo plenário do Senado até setembro para ter validade nas eleições de 2026.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu pela segunda vez consecutiva e chegou a 46%, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 20. A desaprovação recuou no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e foi a 51%, ainda acima da aprovação. A melhora foi puxada pela região Nordeste, beneficiários do Bolsa Família e eleitores com 60 anos ou mais. "O melhor momento do presidente foi, evidentemente, na posse, quando chegou a 60% de aprovação. Manteve a aprovação acima da reprovação nos primieros anos, mas em 2025 a curva se inverteu. A tendência tem sido sempre de uma melhora na aprovação e um recuo na desaprovação. Isso é importante para o Governo e pode assinalar alguma melhora para 2026", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou a ineficácia da medida cautelar da Justiça do Reino Unido que determinou ao Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em março deste ano, a desistência de ação na Corte que pede a suspensão dos contratos firmados entre escritórios ingleses e municípios brasileiros. "O ministro não cita, em hora nenhuma, a Lei Magnitsky, mas evidentemente usa este processo para dar resposta aos EUA e dizer que leis e determinações estrangeiras não valem no Brasil, para cidadãos ou empresas brasileiras ou instaladas aqui ou para contratos assinados com base na lei nacional. Ele quis dizer 'não vem que não tem', uma vez que a Lei é americana e, portanto, não se aplica ao ministro Alexandre de Moraes dentro do Brasil. Foi o chamado 'jeitinho brasileiro'", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, utilizou sua conta na rede social X para dizer que tentou ser a pessoa mais paciente possível diante dos chamados “governadores democráticos”, sem citar nomes. E acrescentou que os fatos provam a ele que não há como levar “nenhum desses sujeitos a sério”. Disse ainda que tais governadores se comportam “como ratos”. "Ele é o homem da família que cuida da guerra digital. Os ratos são Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr.. Todos tiram fotos juntos, se abraçando e sorrindo, mas sua intenção é que quem estiver mais bem colocado seja o candidato da Direita, todos de olho no espólio eleitoral de Jair Bolsonaro - que já é inelegível, pode ser condenado e preso e tem uma saúde precária. É uma guerra dos filhos porque querem que o legado do pai fique na própria família; é uma divisão no bolsonarismo", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu uma posição “firme” da Corregedoria Parlamentar com os deputados que tiveram “papel central” na obstrução física do plenário na semana passada, que considerou “inadmissível”. As declarações ocorreram em entrevista à GloboNews, na manhã desta quinta-feira, 14. "[O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro] Eduardo Bolsonaro cita Motta nominalmente em entrevista sobre sanções norte-americanas e está conseguindo o efeito boomerangue: os presidentes do Legislativo estavam supercautelosos e, agora, não têm mais papas nas línguas. Eles se encontraram com o presidente Lula e todas as manifestações têm sido contra o golpe dos Bolsonaros, contra Eduardo e à favor da democracia. O deputado federal jogou os presidentes do Congresso 'no colo' do presidente Lula e contra o golpe de estado que ele e sua família estão preparando com a ajuda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano em uma investigação de corrupção da Polícia Federal. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica. Dois vereadores também são investigados. O Estadão pediu manifestação da prefeitura. Policiais federais cumprem nesta quinta-feira, 14, dois mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão para aprofundar o inquérito. A Polícia Federal pediu a prisão do prefeito, mas o Ministério Público foi contra e a Justiça de São Paulo negou. "Essa operação começou em julho com a prisão de um servidor. Ele era uma espécie de operador do esquema e o chefe era o prefeito. Este homem fazia o pagamento das contas particulares de Marcelo. No celular do servidor tem todos os indícios dos pagamentos e recebimentos de propina em contratos de obras, de empresas de saúde e manutenção geral do município. Todos os envolvidos podem responder por vários crimes e a quantidade de servidores envolvidos ainda nem foi divulgada, mas parece que é bastante gente", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira, 12, em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda que teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer empresas do setor de varejo. O executivo Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, rede especializada no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, também foi preso. O terceiro alvo da Operação Ícaro é o fiscal de tributos estadual Artur Gomes da Silva Neto, apontado como idealizador e principal operador do esquema. As prisões são temporárias. "O Brasil está acostumado com a corrupção, que faz parte da nossa história e da paisagem, mas um esquema de desvios tributários desta magnitude realmente é impressionante. É só o fio da meada; não é só o auditor que é o pivô disso tudo, é claro que chega às entranhas dos governos em São Paulo. Até onde isto pode subir? É um momento de muita instabilidade no estado", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 11, que a reunião com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que ocorreria na próxima quarta-feira, 13, foi desmarcada, sem que nova data tenha sido indicada. A agenda, informada por Haddad na semana passada, ocorreria por videoconferência e seria destinada a discutir a aplicação da tarifa de 50% sobre parte das exportações do Brasil para os Estados Unidos. O titular da Fazenda disse ter recebido o e-mail informando do cancelamento da reunião com Bessent um ou dois dias depois que ele informou à imprensa sobre a reunião. "Isso faz parte da escalada de Trump contra Brasil e sua soberania. O presidente norte-americano está fechando todos os canais de contato com o Brasil real - com o governo, as instituições brasileiras e a diplomacia do País. Ele só quer a linguagem da guerra", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Após uma semana turbulenta marcada pela ocupação da Mesa Diretora no plenário da Câmara, deputados avaliam que o presidente Hugo Motta entra em uma semana decisiva para mostrar que ainda tem autoridade no comando da Casa. Deputados ouvidos pelo g1 avaliam que já passou da hora de Motta "mostrar liderança na governabilidade da Casa" e que precisa articular uma punição exemplar contra os parlamentares envolvidos na trama. "Motta é o personagem político desta semana. Está sob intensa pressão e não tem alternativa: não pode deixar passar em vão o motim que aconteceu na semana passada. Ou pune quem fez isso ou perde sua autoridade. O foco está sobre o que ele pode fazer para agradar aqui e ali ou desagradar a todos. Se não fizer nada está colocando em risco sua liderança como presidente da Câmara", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A oposição e o Centrão na Câmara dos Deputados negociam a votação de um pacotão de blindagem dos parlamentares, que recebeu o nome de “pacote de defesa das prerrogativas” em troca do fim do motim que obstruiu por mais de 30 horas as votações na Casa, após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Parlamentares não querem mais foro privilegiado porque estão usando o caos para atrair o Centrão. Quem invadiu Câmara e Senado foi o PL, os bolsonaristas, e eles, quando tomam essa atitude, ficam isolados. A forma de atrair o bloco é chamar para a união ao redor de 'tirar' o STF do horizonte de julgador dos parlamentares. É muito mais confortável para eles voltarem a ser julgados pelos juízes de primeira instância. Até agora só dois partidos apoiaram PL e bolsonaristas", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Após dois dias de obstrução protagonizada pela oposição na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta, retomou a cadeira para abrir a sessão plenária proposta para a noite de ontem. Houve resistência por parte dos bolsonaristas que, inicialmente, não queriam deixar o presidente iniciar os trabalhos. A sessão foi iniciada e encerrada após discurso de Motta que deu um recado aos oposicionistas: “País deve estar em primeiro lugar e não projetos pessoais”. "O que a gente viu ontem foi uma total falta de liderança de Hugo Motta na Câmara - tanto que a expectativa hoje é que os líderes partidários desviem seu foco dele para o ex-presidente da Casa, Arthur Lira, grande patrocinador da eleição do atual. Este episódio mostra que o bolsonarismo é capaz de qualquer coisa; me parecia um novo 8 de janeiro. Tem hora que não tem diálogo, tem que bater na mesa. A única coisa importante nessa história é que, assim como Hugo Motta ficou isolado de um lado, os bolsonaristas o ficaram de outro. O Centrão não quer se envolver com essa história, mas é quem vai resolver", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 6, que terá uma reunião remota com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, na próxima quarta-feira, 13, para tratar da tarifa de 50% sobre parte das exportações do Brasil para os Estados Unidos. Haddad disse ainda que a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser objeto da conversa. "Se essa ameaça de Trump foi feita há, praticamente, um mês, e já teve uma prorrogação de seis dias para entrada em vigor e se todo esse tempo a gente já ficou na expectativa de reuniões, o que pode acontecer depois do início do tarifaço? Não é uma coisa séria; os EUA estão brincando de gato e rato com o Brasil e com coisa séria. Governo brasileiro está com posição de fingir naturalidade e tentar manter a cabeça fria para, ainda, negociar algum alívio", avalia Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Aliados de Jair Bolsonaro e membros da cúpula do Partido Liberal (PL) veem a publicação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que motivou a decretação da prisão domiciliar de seu pai, nesta segunda-feira, 4, como uma “isca” para a decisão e para chamar a atenção da Casa Branca. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes considerou que Bolsonaro descumpriu determinação judicial ao participar por videochamada de atos em sua defesa neste domingo, ocorridos em diversas cidades, e aparecer em publicação feita por Flávio nas redes sociais. "O ex-presidente provoca para que o ministro aprofunde suas medidas cautelares e, assim, ele mobilize seus defensores aqui e no exterior. Cumprir decisão judicial é obrigação de qualquer cidadão e Bolsonaro sistematicamente descumpre exatamente para cavar a reação de Alexandre de Moraes. Nas redes sociais, há um apoio maior da sociedade à decisão do que contra. Mas como é uma divisão tão apertada, a gente pode concluir é que todas estas dinâmicas racham o País ao meio. Bolsonaro é um fator de discórdia que divide o Brasil", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Polícia Federal cumpriu medidas cautelares na manhã desta segunda-feira, 4, contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) no momento em que ele desembarcou no Brasil após retornar de uma viagem aos Estados Unidos. A PF cumpre uma ordem expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para aplicar tornozeleira eletrônica no senador. A decisão foi proferida após ele ter driblado uma ordem anterior do ministro e viajado ao exterior sem autorização. A equipe da PF o aguardava no aeroporto de Brasília para realizar a operação no momento de seu desembarque. "Do Val driblou o STF. A PF levou seu passaporte comum, mas ele escondeu o diplomático, que tem enquanto senador, e foi para os EUA. Será que não fez isso exatamente para ridicularizar o Supremo e a Polícia Federal? Me parece que foi apenas uma provocação e, assim, Do Val ganha visibilidade e vai colocando os órgãos contra a parede, mas o tempo corre contra ele", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A economista e consultora Zeina Latif ainda vê espaço para o Brasil negociar com os Estados Unidos novas exceções a produtos brasileiros na tarifa de 50% que será imposta pelo governo americano a partir de 7 de agosto. Em entrevista à Rádio Eldorado, ela destacou que ainda é possível ampliar a lista de quase 700 produtos que ficarão isentos do tarifaço, mas apontou um cenário de “areia movediça” entre os dois países em razão de manifestações políticas em torno de um tema econômico. Para a especialista, apesar da imposição da nova tarifa, haverá pouco impacto no crescimento econômico, na inflação e no mercado de trabalho no Brasil.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O comunicado publicado pelo governo dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 30, para anunciar as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros coloca o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como inimigo, atribui a decisão a ordens judiciais direcionadas a plataformas digitais no Brasil e traz as digitais de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo no texto. O comunicado reforça o recado dado com a aplicação, horas antes, da Lei Magnitsky sobre Moraes. "O uso desta lei pode ser considerada uma declaração de guerra pois só era aplicada contra criminosos de alta periculosidade, nunca o foi contra ministros de qualquer país. Além de significar que, como não havia motivos para o Trump fazer isso, inventou uma emergência contra o Brasil. Se ele faz isso contra nós, pode fazê-lo contra qualquer outro país no Mundo. É uma exclusão e transformar Moraes em um pária financeiro internacional", avalia Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou nesta terça-feira que decidiu se entregar à polícia italiana. A parlamentar foi presa na Itália após cerca de dois meses foragida. Em um vídeo publicado pelo advogado Fábio Pagnozzi e gravado antes da detenção, a defesa afirma que Zambelli quis “colaborar administrativamente” com os pedidos das autoridades. "Zambelli recebia visitas de amigas e se sentia livre, leve e solta. A embaixada brasileira estava de olho. Ela se declara exilada política, mas não o é, por não ter nenhuma perseguição contra ela aqui no Brasil. A parlamentar foi presa por um crime grave, condenada pelo STF. A grande dúvida é em quanto tempo haverá a deportação e, também, uma possibilidade é a perda de seu mandato. Zambelli condenada, foragida e presa na Itália não faz o menor sentido continuar sendo deputada federal", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A equipe econômica apresentou nesta segunda-feira, 28, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o cardápio de medidas para proteger os setores mais afetados pelo tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de cenários com possíveis efeitos em caso de retaliação por parte do Brasil, como antecipou o Estadão mais cedo. "Há uma pressão para o presidente Lula tentar falar com Trump mas, quando dois não querem, dois não brigam, e precisa que um ligue e o outro atenda - e, até agora, o Brasil não tem essa garantia. Há articuladores para todos os lados. O Governo não considera que o dia 1º é o fim do mundo; a guerra continua. Mesmo depois da sexta-feira o Brasil vai continuar tentando abrir canais e um tipo de recuo. O País tem essa obsessão em dizer que negocia, mas enquanto tenta abrir canais de diálogo, Lula está no palanque ironizando Trump", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, manifestou na semana passada o interesse do governo americano nos chamados minerais críticos e estratégicos (MCEs) existentes no território brasileiro. A fala a empresários do setor no Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) ocorreu dias antes da entrada em vigor do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. A taxa deve começar a valer em 1º de agosto e, ao ser anunciada, o presidente americano, Donald Trump, condicionou sua revisão ao fim do processo por golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado. Os minerais de interesse dos Estados Unidos são utilizados em tecnologia de ponta, chips para celulares e computadores e na transição energética. Em entrevista à Rádio Eldorado, na coluna de Eliane Cantanhêde, o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ex-ministro da Reforma Agrária, da Defesa e da Segurança Pública, disse que a legislação brasileira não permite a exploração direta dos recursos minerais brasileiros por um país estrangeiro. Segundo ele, a negociação, se ocorrer, deve ser feita entre os dois governos, cabendo ao setor privado dialogar apenas com as empresas estrangeiras “que se submetam às regras brasileiras”. Sobre a nova tarifa de 50%, Jungmann esclareceu que as exportações para os Estados Unidos representam 4% do total das vendas ao exterior, enquanto as importações chegam a 20%.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira, 24, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu uma “irregularidade isolada” e, portanto, não caberia decretar prisão preventiva. Moraes afirmou no despacho que a “JUSTIÇA É CEGA MAS NÃO É TOLA!!!!!”. Na semana passada, Moraes impôs uma série de medidas cautelares de Bolsonaro – entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de frequentar redes sociais. Diante da divulgação de declarações de Bolsonaro em plataformas da internet, Moraes pediu explicações aos advogados. "Essa decisão soou como recuo mas, se o é, é envergonhado, de quem não quer, quem está engolindo seco. É muito confuso; Moraes não queria recuar, mas tinha, e o fez de modo confuso. O ministro certamente não queria bater de frente com a imprensa nacional ou ser acusado fora da bolha bolsonarista de censura, além de não poder continuar dando tudo que o ex-presidente queria - se vitimizar", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 23, que “alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%”. Foi uma citação indireta ao Brasil, já que é o único país que recebeu essa alíquota tarifária até o momento. "Trump deixou claro que não vai recuar e faltam oito dias. Ontem, o Brasil foi à Organização Mundial do Comércio e fez reclamações públicas às tarifas arbitrárias e que elas estão sendo usadas como instrumentos de interferência de assuntos internos de outros países. A Organização está muito enfraquecida depois que Trump resolveu fragilizar todas as entidades multilaterais, mas ainda reúne grande parte dos países do Mundo e tudo que acontece lá ecoa. Brasil teve apoio de pelo menos 40 países. Pode não ter um efeito prático nas negociações para reduzir as tarifas, mas tem efeito político de mobilizar a comunidade internacional contra a vilania do norte-americano", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou esclarecimento nesta terça-feira, 22, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes falar em risco de prisão por descumprimento de medidas cautelares e alegou não ter conhecimento de que ele estava proibido de conceder entrevistas. Os advogados do ex-presidente sustentam que ele não descumpriu as ordens do ministro e prometeram que Bolsonaro permanecerá calado, sem fazer “qualquer manifestação” sobre o caso. "Assim como Donald Trump deu uma chance de ouro para o presidente Lula - que estava 'nas cordas', caindo nas pesquisas e com muita dificuldade no Congresso e usou o ataque para se recuperar nas pesquisas e no fôilego com o Legislativo -, o ministro Alexandre o faz com Bolsonaro. Tudo que é exagerado vira tiro pela culatra. Em suas determinações, Moraes deu a chance do ex-presidente se vitimizar, conquistar apoios e unir bolsonaristas que estavam titubeando em relação a ele por causa dos ataques do norte-americano. Alexandre de Moraes está sendo para Jair Bolsonaro aquilo que Trump está sendo para Lula: fonte de reforço do apoio", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 24 horas para a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentar explicações sobre postagens em redes sociais e exibição da tornozeleira eletrônica. Moraes alerta para o risco de a prisão do ex-presidente ser decretada por indício de descumprimento das medidas cautelares que impôs na sexta-feira. Bolsonaro esteve na Câmara ontem e, na saída, mostrou aos jornalistas o equipamento de monitoramento. O ex-presidente declarou que a tornozeleira era uma “máxima humilhação”. "A guerra está ficando cada vez pior, do presidente dos EUA Donald Trump contra o Brasil, refletindo na do Supremo contra Bolsonaro. Mas as investidas do magistrado contra ele podem estar tendo um efeito inverso e dando chances ao ex-presidente de 'sair das cordas'", diz Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O presidente Lula viaja hoje ao Chile para um encontro de viés político da frente de líderes de esquerda ibero-americanos críticos ao avanço do “extremismo”, sobretudo em ambiente digital, mas que agora tem como pano de fundo a ofensiva do presidente americano Donald Trump.A viagem coincide com o momento em que o Brasil vive um embate direto com o presidente dos Estados Unidos, cujas decisões foram vistas pelo governo Lula como punição e ingerência à soberania no Brasil e serão discutidas em Santiago. "Oficialmente, esse encontro é para discutir democracia, multilateralismo e as big techs, será a portas fechadas e a expectativa é de que seja discutido, intensamente, o ataque de Donald Trump ao Brasil. É uma tentativa de discutir o que fazer, mas Chile, Colômbia e Uruguai têm interesses muito grandes nos EUA e têm que proteger os interesses nacionais. A reunião pode demonstrar a fragilidade do Brasil, que o Mercosul está rachado ao meio e podemos terminar abandonados", afirma Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Polícia Federal (PF) cumpre mandados contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã desta sexta-feira, 18, em Brasília. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente também ficará submetido a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, segundo apurou o Estadão. O ex-presidente também está proibido de acessar as redes sociais. "Quando são tomadas estas medidas indica que a PF, com apoio da PGR e autorização do STF, tem indícios de que o ex-presidente está planejando uma fuga para não ser preso depois de condenado pela tentativa de golpe. Muito antes, ele já passou uma ou duas noites em uma embaixada, então tem esse sonho de fugir do Brasil", diz Eliane.See omnystudio.com/listener for privacy information.