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Convidado: Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment. Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump reassumiu a presidência dos EUA. E, neste primeiro ano de seu segundo mandato à frente da Casa Branca, governou com todas as luzes voltadas para si, rendendo manchetes praticamente diárias. Ao lon go de todo 2025, Trump deu declarações polêmicas e fez anúncios transmitidos ao vivo. Tudo pensado para causar impacto. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV e pesquisador da Universidade Harvard e do Carnegie Endowment, que analisa a estratégia de Trump de governar como um “showman”. Ele explica como fica a relação de Trump com Lula – e dos EUA com o Brasil – depois de uma montanha-russa envolvendo o tarifaço e a acusação de que o governo e o Judiciário brasileiros promoviam uma “caça às bruxas” a Jair Bolsonaro. Oliver comenta a estratégia de Trump de se colocar como um “agente da paz” na geopolítica mundial e aponta quais as perspectivas para o presidente dos EUA na política interna – e o que ele pode esperar das eleições de meio de mandato em 2026. Oliver avalia também os sinais de que Trump possa tentar um terceiro mandato, o que é vetado pela Constituição americana.
A morte inesperada e prematura de Nuno Loureiro foi um choque profundo. Em mais de oito anos de 45 Graus, nunca tinha perdido um convidado tão jovem e brilhante, com tanto ainda para dar ao mundo. Apesar da sua partida, o seu legado permanece. Espero que este episódio contribua para divulgar a área da fusão nuclear e inspire novos investigadores a seguir o caminho científico que o Nuno deixou aberto.Recorde aqui o episódio 119, originalmente publicado em abril de 2022. _______________ Nuno Loureiro é licenciado em Engenharia Física Tecnológica pelo Instituto Superior Técnico, e doutorado em física pelo Imperial College de Londres. A sua especialidade é a física dos plasmas e as suas aplicações à fusão nuclear e a problemas do domínio da astrofísica. Actualmente é professor catedrático do departamento de Ciência e Engenharia Nuclear e do departamento de Física do Massachusetts Institute of Technology, EUA. _______________ Índice da conversa: (0:00) Introdução (07:36) Como funciona a energia nuclear de fusão? Reagentes: deutério e trítio (isótopos de hidrogéneo) (14:57) Porque é tão difícil gerar fusão nuclear? Potencial da computação quântica (25:46) De onde vem a energia nuclear? (28:40) Progressos recentes. Record do National Ignition Facility (NIF) de Agosto 2021. Record do JET de Fevereiro de 2022. Projecto ITER. Fusão magnética vs inercial (laser). Investimento privado. (39:00) O que explica progressos recentes? Cimeira na Casa Branca em Março. (42:46) Desafios para tornar energia de fusão comercialmente viável. (46:54) Como converter energia nuclear em electricidade? Aneutronic Fusion (48:07) Há perigos na fusão nuclear, como na energia nuclear tradicional (de fissão)? (50:30) O que estão a fazer as empresas privadas de diferente? Germany’s Wendelstein 7-X stellarator. (55:39) Porque é que a Europa está a liderar a investigação nesta área? (58:40) Que método é mais promissor: confinamento magnético ou inercial (laser)? (01:02:13) Como a investigação nesta área ilumina a Astrofísica. (01:04:44) Previsões: quando vamos conseguir tornar a energia de fusão viável? Livros recomendados: The Star Builders, de Arthur Turrell. Star Power, de Alain Bécoulet _______________ Todos sabemos que, para fazer face às alterações climáticas, o Mundo tem forçosamente de diminuir o consumo de energias fósseis. O petróleo e o gás são, além disso, altamente sensíveis a perturbações geopolíticas, como os últimos meses têm mostrado, com impacto directo na vida das pessoas. No entanto, a verdade é que a energia é necessária, e as energias renováveis ainda não permitem fazer face às necessidades energéticas, de tal forma que o grosso da energia consumida no mundo continua a ser de combustíveis fósseis. Mas e se vos dissesse que existe uma fonte de energia alternativa que não emite dióxido de carbono para a atmosfera, tem um baixo risco associado e é, além disso, virtualmente ilimitada? Parece exagero, mas é verdade. Chama-se energia de fusão nuclear. Esta energia é ainda mais poderosa do que a energia nuclear clássica (de fissão), utiliza matérias ilimitadas (átomos e isótopos de hidrogénio) e, ao contrário daquela, produz muito pouca radioactividade. E se vos dissesse, ainda, que tem havido nos últimos tempos avanços promissores que podem tornar esta energia viável nas próximas décadas? Há muito tempo, há quase um século, que sabemos que é possível produzir energia de fusão. Por uma razão simples: é ela a fonte de energia do Sol, onde as altas temperaturas e a enorme gravidade geram a fusão de átomos de hidrogénio. No entanto, conseguir gerar este tipo de reacção na terra tem-se revelado muito difícil. Esta dificuldade é de tal forma, que há até uma piada batida no meio: “faltam só 30 anos até termos energia de fusão… e hão-de sempre faltar!”. Abordei a energia de fusão pela primeira vez no 45 Graus, no final de 2018, no episódio 42, com Luís O. Silva, físico e professor do Técnico. Em qualquer outra altura das últimas décadas, é quase certo que um episódio gravado há 3 anos continuaria perfeitamente actual. No entanto, desta vez não é assim -- e por bons motivos. Tem havido nos últimos anos desenvolvimentos importantes nesta área. Só no último ano, verificaram-se dois dos maiores avanços concretos das últimas décadas no caminho para produzir energia de fusão. Em Agosto do ano passado, nos EUA, a National Ignition Facility (NIF) bateu o record no que toca ao rácio de energia gerada pelo processo de fusão nuclear face à energia que foi necessário injectar para accionar a fusão (a energia gerada continua a ser menos do que a energia injectada, mas é um resultado muito promissor). E mais recentemente, em fevereiro deste ano (o que, em Ciência, é o mesmo que dizer -- ontem), o laboratório JET, no Reino Unido, bateu o record do máximo de energia total gerada pelo processo de fusão. Ainda faltam muitos passos para tornar esta energia viável, mas estes são dois progressos muito importantes; de tal forma que ainda em Março houve uma cimeira importante sobre o tema organizada pelo governo norte-americano. Ao mesmo tempo, estes progressos e o imperativo de encontrar soluções para as alterações climáticas tem levado a um aumento do investimento, inclusive privado, com dezenas de novas empresas a tentarem, actualmente, serem as primeiras a produzir energia de fusão viável. Parece por isso, finalmente, que podemos ter uma expectativa realista de ver avanços importantes nesta área no futuro próximo. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Terminam dois dias de negociações em Berlim, sobre a guerra na Ucrânia. Volodymir Zelensky reuniu-se, na capital alemã, com dirigentes europeus e emissários de Donald Trump. As negociações entre o presidente ucraniano e os emissários norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner permitiram alcançar várias pontos, disse Zelensky, que em nome do seu país, acrescentou: "fomos ouvidos". Por outro lado, os dirigentes europeus comprometem-se a mobilizar uma força multinacional para apoiar o exército ucraniano. Tudo parece portanto estar a progredir no sentido de se alcançar um acordo de cessar-fogo. Mas algumas questões ficam por responder. Os líderes dos principais países europeus assinaram um documento conjunto que estabelece, entre outros, a mobilização de uma força multinacional para apoiar o exército ucraniano, limitado actualmente a 800 mil militaires. A força multinacional, composta por nações voluntárias, conta com o apoio de Washington. Será vocacionada também para a segurança do espaço aéreo e marítimo ucraniano. Não se trata da primeira vez que os dirigentes europeus debatem esta questão de uma força internacional, mas a proposta parece estar a concretizar-se. O director da licenciatura em Relações Internacionais na Universidade do Minho, José Palmeira, considera que se trata de um sinal encorajador. José Palmeira: Eu diria que sim. Estão em cima da mesa as garantias de segurança da Ucrânia. Isto é, a partir do momento em que fica vedada a sua entrada na Aliança Atlântica (NATO), que lhe permitiria ficar protegida pelo artigo quinto, a ucrânia quer, como contrapartida, que lhes sejam oferecidas garantias de segurança e, designadamente pelos Estados Unidos. RFI: Tanto que a questão da integração da Ucrânia na NATO está excluída. Conforme os interesses da Rússia. Exactamente. E a alternativa que a Ucrânia coloca, uma vez que não integram a NATO, são as garantias de segurança, similares às do ponto 5 da NATO. E quem é que poderá dar essas garantias? Os Estados Unidos. E aparentemente, os Estados Unidos terão evoluído no sentido de dar essa garantia. É verdade que os Estados Unidos dizem que não colocam tropas no terreno nem no apoio à Ucrânia, mas aí a Europa jogará um papel fundamental. Nesse aspecto, a Ucrânia terá alcançado o seu objectivo. Resta saber se o Kremlin aceita esta formulação e se poderemos estar próximo de um acordo nesse ponto. RFI: O que se sabe concretamente das garantias de segurança concedidas pelos Estados-Unidos a Kiev? A Ucrânia já foi atacada em 2014 com a anexação da Crimeia e mais tarde no Donbass em 2022. Embora existisse um compromisso que fazia com que as potências mundiais, como os Estados Unidos, potências europeias e a própria Rússia, protegeriam à Ucrânia em caso de agressão, uma vez que, na base desse entendimento, a Ucrânia cedeu as armas nucleares que estavam no seu território. Mas essas garantias de segurança não foram suficientes, como se nota. Nesse sentido, a posição dos Estados Unidos é importante, mas não basta uma posição da actual administração. Convém que seja o próprio Congresso dos Estados Unidos a aprovar. Para que numa futura administração não haja uma alteração do quadro da segurança ucraniana. RFI: Tudo parece estar a concordar no sentido de progressos em vista de um acordo de paz. Mas o documento assinado pelos dirigentes europeus omite totalmente a questão das concessões territoriais da Ucrânia reclamadas pela Rússia. Isto quererá dizer que os dirigentes europeus vão continuar a evitar esta questão sensível? Essa é a questão central. Em teroria, a Ucrânia aceita perder território de facto, não de direito. Mas apenas o território que a Federação Russa conseguiu ocupar e não aquele que reivindica para além disso, na região do Donbass. Resta saber até que ponto esse aspecto vai ou não ser um factor que bloqueia o acordo com a Federação Russa. É verdade que estão a ser avançadas várias possibilidades para esse território ainda não conquistado pela Federação Russa. Criar ali uma espécie de uma zona intermédia que não seja nem russa nem ucraniana. Fala-se numa zona económica para aquela região. Sem influência directa nem da Rússia nem da Ucrânia. Não sei até que ponto vai a criatividade dos negociadores para criar uma solução que seja aceitável, quer pela Ucrânia, quer pela Federação Russa. Mas se isso acontecer, naturalmente que a questão que se vai colocar é o levantamento das sanções. E, aparentemente, nem a União Europeia nem o Reino Unido estão dispostos a levantar sanções porque há uma violação do direito internacional. Diferente é a posição dos Estados Unidos que, aparentemente estarão dispostos a retomar as relações com a Federação Russa. RFI: Sobre esta questão, Volodymyr Zelensky afirmou que "ainda existem questões complexas, particularmente as que dizem respeito aos territórios. Continuamos a ter posições muito diferentes dos Estados Unidos". Parece que o entrave vem de Washington. Concorda com esta visão? Aparentemente, a posição da Casa Branca é mais favorável àquilo que defende a Federação Russa, que é o objetivo que a Ucrânia entregue à Federação Russa os territórios que ainda não ocupou no Donbass. Os Estados Unidos, estão a forçar um acordo que passe por essa cedência também. RFI: Os próximos passos e assuntos que ficam por resolver prendem-se com a questão do congelamento dos activos russos. Os europeus não chegaram a acordo sobre esta questão. São vários os países, aliás, desfavoráveis a esta questão. Para além da Bélgica, a Itália, Bulgária e Malta enviaram uma carta à Comissão Europeia para advertir sobre as consequências financeiras e jurídicas negativas da utilização destes bens russos como base para apoios financeiros à Ucrânia. Como vê a evolução desta proposta? Já houve uma evolução no sentido de que o congelamento já foi aprovado. O que não foi aprovado ainda é usar as verbas congeladas para apoiar a Ucrânia. Aí é que de facto há divergências, porque países como a Bélgica, onde estão a maior parte desses activos, têm receio de que amanhã um tribunal declare que a Rússia tem direito a aceder a essas verbas. E a Bélgica é que teria que indemnizar a Federação Russa. Portanto, aquilo que a Bélgica alega é que só aceita essa solução se implicar a solidariedade da União Europeia. Ainda não houve, de facto, esse avanço. De qualquer forma, para além dessa questão, eu acrescentaria um objectivo que a Federação Russa pretende também. É que a Ucrânia e a comunidade internacional não reclamem em tribunais internacionais a alegada violação do direito humanitário por parte das forças russas que invadiram a Ucrânia. RFI: Isto é uma exigência por parte da Rússia? Exactamente. A Rússia quer que qualquer queixa seja levantada nos tribunais internacionais, designadamente no Tribunal Penal Internacional. RFI: E os dirigentes europeus estão dispostos a ceder a esse pedido? Não estão dispostos, como é óbvio. Mas os Estados Unidos aparentemente poderiam secundar esta posição russa, porque Donald Trump quer é um acordo de paz a qualquer preço, praticamente.
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta sexta-feira (12): O presidente Lula (PT) relatou o telefonema de 40 minutos com o líder norte-americano Donald Trump. O repórter Igor Damasceno informou que Lula defendeu a América Latina como uma "zona de paz" e se ofereceu para mediar a crise com Nicolás Maduro, enquanto Trump teria respondido enfatizando o poderio militar dos EUA na região. A ligação reservada entre Lula (PT) e Nicolás Maduro ocorreu dias após contato com o presidente dos EUA, Donald Trump. O repórter Igor Damasceno revelou que, sem nota oficial do Planalto, Lula buscou o líder venezuelano para um alinhamento diplomático. O objetivo é frear a escalada militar norte-americana na região e evitar que o conflito afete a América do Sul. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar a Enel pela demora em restabelecer a energia elétrica. Tarcísio disse que não é possível ficar refém do serviço e criticou a lentidão para atender mais de um milhão de paulistas sem luz. Reportagem: Misael Mainetti. STF julga novas regras do foro privilegiado a pedido da PGR. O Supremo tem até a próxima sexta-feira (19) para definir normas de transição. A repórter Rany Veloso explica no que o julgamento analisa o recurso do Procurador-Geral, Paulo Gonet, que exige clareza nos casos de mudança de cargo (mandatos cruzados) para evitar a prescrição de crimes e a "inefetividade jurisdicional". O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão de forte repercussão política ao anular a votação realizada pela Câmara dos Deputados e determinar a perda imediata do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nesta sexta-feira (12) o caso vai a plenário na 1ª Turma do STF. Reportagem: Rany Veloso. Oposição espera salvar mandato de Eduardo Bolsonaro. A repórter Rany Veloso detalhou que a Mesa da Câmara, composta majoritariamente pelo Centrão e PL, tende a aceitar a defesa de que as faltas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) ocorreram em sessões fora do horário regimental, evitando sua cassação. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que não acredita na hipótese de desistência da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República em 2026. A declaração de Tarcísio contraria rumores de bastidores que apontavam o lançamento da pré-candidatura de Flávio como uma estratégia de pressão ou um "blefe" político. Reportagem: Beatriz Manfredini. Flávio Bolsonaro promete seguir passos de Paulo Guedes. O repórter Igor Damasceno detalhou as declarações de Flávio Bolsonaro (PL) que defendeu o legado de Paulo Guedes e o livre comércio como pilares de seu eventual governo em 2026. A fala visa reverter a queda de 5% na Bolsa ocorrida após o anúncio de sua candidatura. STF julga caso de bomba no aeroporto de Brasília. A repórter Rany Veloso informou que nesta sexta-feira (12) o julgamento virtual de George Washington, Alan Diego e Wellington Macedo. O trio, acusado de plantar explosivos em um caminhão de combustível em 2022, pode responder por quatro novos crimes federais. O presidente americano Donald Trump subiu o tom contra o líder colombiano Gustavo Petro. O correspondente Eliseu Caetano relatou as declarações do republicano na Casa Branca, acusando Petro de hostilidade e negligência no combate ao tráfico de cocaína. Petro rebateu as acusações, chamando-as de desinformação. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky apresenta plano de 20 pontos aos EUA. O correspondente Luca Bassani informou que, sob pressão para encerrar a guerra antes de fevereiro, Zelensky cogita entregar regiões do Donbas se houver aprovação popular e garantias de segurança da OTAN, além de propor divisão da energia da usina de Zaporizhzhya. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Confira nesta edição do JR 24 Horas: O governo americano retirou as sanções da Lei Magnistsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e a esposa dele. A retirada das sanções inclui Moraes, a esposa dele e uma empresa da família do ministro. Ele havia sido sancionado no fim de julho com base na Lei Magnitsky, sob alegação de perseguição política contra autoridades, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Casa Branca não explicou quais foram as razões para retirar o nome do ministro da lista. E ainda: PF investiga ex-assessora de Arthur Lira por desvio de emendas parlamentares.
Coronel José do Carmo admite que a Rússia sente que tem na Casa Branca um aliado. Ainda no Médio Oriente, não acredita que algum país democrático consiga forçar o desarmamento do Hamas.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O episódio desta semana do podcast Diplomatas foi dedicado à análise do documento que estabelece a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos e que foi divulgado no final da semana passada pela Casa Branca. Teresa de Sousa e Carlos Gaspar examinaram e comentaram as opções estratégicas de Donald Trump e da sua Administração para a sua vizinhança, para a União Europeia, para a Ásia e a China e para o Médio Oriente. A jornalista do PÚBLICO e o investigador do IPRI-NOVA discutiram ainda os últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, partindo da posição assumida pelos EUA sobre o país atacado pela Rússia e sobre o próprio invasor. Texto de António Saraiva LimaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Comunicar a Guerra, Pensar a Paz: O Mundo Explicado sem Eufemismos Num tempo em que a guerra voltou ao continente europeu e a ameaça nuclear regressou ao vocabulário político, comunicar tornou-se tão decisivo quanto negociar, tão estratégico quanto deter armamento. A forma como entendemos o conflito — e a forma como os líderes o explicam — determina a capacidade de uma sociedade se proteger, se posicionar e, sobretudo, de construir paz. Nesta conversa profunda com um dos mais atentos analistas de geopolítica e segurança internacional, exploramos não apenas o que acontece nas frentes militares, mas aquilo que raramente chega ao espaço público: a lógica das decisões, o medo que move líderes, a propaganda que molda percepções e a fragilidade das democracias perante um mundo multipolar, competitivo e cada vez mais turbulento. A Guerra Não Desapareceu — Apenas Mudou de Forma A guerra do século XXI já não é apenas feita de tanques, artilharia ou drones. É feita de comunicação, de opinião pública, de gestos diplomáticos e de ameaças que pairam mais do que disparam. O conflito na Ucrânia tornou visível uma realidade que muitos preferiam não ver: o regresso do imperialismo territorial, a competição entre grandes potências e a erosão lenta da ordem internacional construída após a Guerra Fria. E, como explica o especialista entrevistado, esta realidade é o resultado direto de um mundo onde já não existe uma potência única capaz de impor regras — e onde vários Estados procuram afirmar a sua posição, mesmo à força. “Falamos Demasiado de Guerra e Demasiado Pouco de Paz” Esta frase, dita logo no início da nossa conversa, resume uma das grandes preocupações: a paz tornou-se um bem adquirido, quase dado por garantido, e deixou de ser pensada como projeto político. Hoje discutimos armamento, sanções, alianças, ofensivas e contra-ofensivas, mas muito raramente discutimos planos reais de paz. A diplomacia parece muitas vezes refém de hesitações, cálculos eleitorais e receios de perder posição. Faltam líderes com visão e coragem para assumir compromissos difíceis. Falta clareza estratégica. Falta, em suma, o que sempre faltou antes dos grandes pontos de viragem da História: vontade de mudar o rumo. Propaganda: A Arma que Já Não Precisa de Mentir A propaganda moderna não opera através de falsidades grosseiras — opera com ângulos, omissões e narrativas cuidadosamente organizadas. Divide sociedades, instala ruído, confunde consensos. E, como lembra o convidado, é um mecanismo estrategicamente desenhado, não um acidente. Hoje, qualquer conflito é também uma batalha pelo centro emocional das populações. A pergunta já não é “quem dispara primeiro?”, mas sim “quem controla a interpretação do que acabou de acontecer?”. E esta disputa é tão séria como qualquer avanço militar. Num ambiente onde autocracias investem fortemente em desinformação, países democráticos só sobrevivem se investirem tanto em educação mediática quanto investem em equipamento militar. A Ameaça Nuclear: Entre a Política e o Medo Há uma década, a maioria das sociedades ocidentais consideraria inaceitável ouvir líderes políticos falar com leveza sobre o uso de armas nucleares. Hoje, essa retórica tornou-se comum. A ameaça nuclear voltou a ser utilizada como instrumento de coerção psicológica — não necessariamente para ser usada, mas para moldar decisões, atrasar apoios, dividir alianças e impor limites invisíveis. E, como explica o analista, esta ameaça não é apenas militar: é emocional. Desestabiliza, silencia, intimida. Perante isto, a resposta das democracias deve ser equilibrada, firme e prudente. Nem ceder ao medo, nem alimentar a escalada. Europa: Entre a Vulnerabilidade e a Oportunidade A União Europeia confronta-se com uma verdade desconfortável: não tem poder militar proporcional ao seu peso económico. E num mundo onde a força voltou a ser a linguagem dominante, esta assimetria torna-se perigosa. Apesar disso, a Europa tem vantagens únicas: capacidade económica para modernizar as suas defesas; alianças históricas que multiplicam o efeito da sua ação; e, sobretudo, uma rede de Estados democráticos cujo valor estratégico reside no coletivo e não no individual. Mas falta ainda algo fundamental: coragem política para agir antes de ser tarde. A Ética da Guerra: A Linha que Nos Define No final, chegamos ao ponto mais difícil: a ética. O que separa uma guerra justa de uma guerra injusta? O que é aceitável negociar? Que compromissos violam princípios fundamentais? E como explicar a uma criança porque é que um país decidiu invadir outro? A resposta do convidado é simples e trágica: as guerras deixam sempre lições — mas as sociedades nem sempre as aprendem. A história mostra que a Europa só foi corajosa em momentos de desespero. É urgente quebrar esse padrão. Lições que Ficam A paz não é natural — é construída. A guerra renasce sempre que a coragem política desaparece. A propaganda moderna vence pela dúvida, não pela mentira. A ameaça nuclear é sobretudo psicológica e estratégica. As democracias enfraquecem quando imitam autocracias. Sem educação mediática, não há defesa possível. A Europa precisa de visão — não apenas de verbas. A ética não é luxo: é a fronteira que nos impede de nos tornarmos como os regimes que criticamos. Porque Esta Conversa Importa Num tempo de ruído, medo e incerteza, precisamos de vozes que consigam explicar, com clareza e rigor, como funciona o mundo — e o que depende de nós para que esse mundo não se torne mais perigoso. É isso que esta entrevista oferece: contexto, profundidade e, acima de tudo, um convite à responsabilidade cívica. Se este artigo o ajudou a compreender melhor o que está em jogo, partilhe-o. Deixe o seu comentário, traga as suas dúvidas, participe na conversa. Só uma sociedade informada consegue resistir ao medo — e escolher a paz. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. Por isso, ela pode não estar totalmente precisa. 0:00 Como comunicar a guerra de hoje e a paz de amanhã? A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. 0:19 Pessoa 2 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje falamos de guerra, de paz e, acima de tudo, de como se comunica um mundo que já não é estável. Um mundo onde a diplomacia hesita, onde a propaganda acelera e onde a ameaça militar, incluindo a ameaça nuclear. 0:39 Volta a moldar as decisões políticas. O meu convidado é Manuel pués de Torres, analista geopolítico e investigador em segurança Internacional. Alguém que conhece por dentro os bastidores da nato, a lógica da dissuasão, o Tabuleiro da diplomacia e aquilo que raramente se explica ao público. 0:57 Que a guerra não é apenas força, é também narrativa, psicologia e comunicação estratégica. Nesta conversa, vamos tentar perceber o que está realmente a acontecer na Ucrânia, o que está em jogo nas negociações. Porque é que falamos tão pouco de paz? Como funciona a propaganda Moderna? 1:13 Que riscos esconde a ameaça nuclear? E como é que tudo isto mexe com as democracias, com a opinião pública e com a vida de cada um de nós? Se esta conversa vos fizer pensar e vai fazer, subscrevam o canal. Deixem o vosso comentário. E partilhem com quem precisa de ouvir estas explicações. 1:34 Manuel pues de Torres, posso apresentar te como um especialista em estratégia militar, em guerra híbrida, em diplomacia, em política Internacional, em comunicação também, porque a comunicação está aqui no meio disto tudo. Longa experiência junto da nato. 1:50 Como é que nós conseguimos conversar e comunicar sobre um tema tão difícil? Como a guerra, que é o sítio onde morrem pessoas. 2:01 Pessoa 1 É verdade, são tudo perguntas simples de resposta, muito complexa. Mas acima de tudo e em primeiro lugar, um agradecimento pelo convite, por estar aqui contigo e para podermos falar de algo que é fundamental não apenas à política Moderna, mas também à forma de se fazer a paz no futuro. 2:18 E começo por dizer fazer a paz e não fazer a guerra, porque falamos muito de guerra e pouco de paz. 2:24 A imperfeição humana e a competição no sistema internacional Porquê? Porque a paz foi adquirida depois da queda do do muro de Berlim e a própria influência da paz Moderna Na Na nas relações diplomáticas. 2:39 Tornou a 11 bem garantido e, portanto, não se fala tanto da continuação da paz, mas da ausência da paz em prol daquilo que é naturalmente o conflito, o conflito das palavras, o conflito da política e, por último, contra tudo e contra todos, a ressurreição da do grande conflito convencional no continente europeu e, portanto, isto é um é um tema que preocupa qualquer governante. 3:06 É um tema que tem que preocupar qualquer estadista. É um tema que tem que preocupar garantidamente as populações, as sociedades, aquelas que se dizem, aquelas que vivem e aquelas que pensam ser ainda sociedades democráticas e abertas. 3:22 Pessoa 2 Mas no tempo em que nós estamos, a ideia de guerra ainda faz sentido. 3:28 Pessoa 1 A ideia de guerra? Faz sempre sentido. 3:30 Pessoa 2 Porque é que acontece a guerra, no fundo, é um bocadinho essa a pergunta que que eu tenho para te fazer? 3:34 Pessoa 1 A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. E enquanto que o ser humano, enquanto o ser humano for um ser imperfeito que sempre seremos, nunca, nunca seremos divinos divinos, está no está em Deus, Deus nosso senhor, e portanto, enquanto existir essas incapacidades humanas. 3:55 A imperfeição vai nos levar sempre ao conflito. E desse conflito nasce a guerra. O problema é que no mundo que nós criámos, no mundo do século 21, que não é igual ao mundo do século 20, não é o mundo do século, historicamente do século 19, nem ao século 18. 4:11 A criação do direito Internacional e a criação da política Internacional, a criação das relações entre estados, a construção de um mundo que se defende do conflito. É um mundo que está neste momento em risco e a guerra aparece. Precisamente por fruto daquilo que é a competição, por uma posição de liderança no novo sistema Internacional. 4:34 E isto acontece de forma até um pouco natural daquilo que as pessoas possam pensar. O multilateralismo é importante na relação entre os estados e é importante entre as democracias. Mas a falta de um grande estado que lidera o sistema Internacional. 4:50 Ou seja, o que nós chamamos em ciência política. O grande momento de unipolaridade leva à competição entre estados. Competição a que o mundo multipolar a competição entre os diferentes estados emergentes, que querem ganhar um lugar supremacia em função dos outros, querem conseguir liderar. 5:08 Pessoa 2 Até agora, tínhamos as tínhamos os Estados Unidos. Agora aparece a China, agora aparece a Rússia, agora aparece a união europeia, agora aparecem os brics. 5:16 Pessoa 1 É, e daí? E dessa competição de estados nascem? Os conflitos num momento de grande unipolaridade no o conflito está distante. 5:26 Pessoa 2 É melhor este estado porque aquele aquele que é o que é o que é o irmão mais forte pode chegar aqui e acaba já com isto e, portanto, na dúvida, não faço. 5:33 Pessoa 1 Isso é precisamente isso, a partir do momento que os Estados Unidos da América façamos este exercício, que os Estados Unidos da América desaparecem como grande potentado militar, económico e político e outro estado se a leva como um grande detentor do poder e do monopólio da violência no mundo. 5:49 Então, nesse momento será não será contestado e não sendo contestado, o conflito vai contorná lo e esse estado pode impor a sua lei, a sua matriz de direitos, a sua matriz de valores, ao ao restante sistema Internacional. 6:07 Foi o que, o que, o que os Estados Unidos da América fizeram durante a grande competição durante a guerra fria e mais tarde. Na queda do muro de Berlim, tentando imprimir aquilo que seriam as regras do xadrez Internacional. No entanto, nós vivemos agora um momento de grande transformação. 6:23 Os Estados Unidos já não são a potência económica que foram no passado. Essa transferência de poder fez para a China e para a Índia. E ainda é, embora ainda seja um grande poder militar, o maior poder militar do mundo. 6:39 Rapidamente existem entre as nações que entram nesse conflito ou que entram nessa competição. E agora aqui a questão é, então isso não existe um momento de unipolaridade e que caminhamos para maior multipolaridade, então está de facto encerrado o destino. O destino será o conflito e a guerra? 6:56 Não, o destino não está encerrado, mas a guerra vai persistir e vai se multiplicar. O que nós não podemos permitir é que os limites à guerra justa sejam ultrapassados. 7:08 Pessoa 2 O que é que é uma guerra justa? 7:10 Pessoa 1 A guerra justa é aquela que se faz em prol de uma injustiça. Uma guerra simétrica, por exemplo, promovida pela Rússia para anexar ilegalmente território que não lhe pertence. É uma guerra injusta. Uma guerra justa é a guerra que os ucranianos travam para conseguir reconquistar o seu território, para defender a sua população, a sua dignidade, os seus valores e a sua soberania. 7:34 O amadorismo diplomático e a traição nas negociações de paz Como é que nós? Explicamos a uma criança de 5 anos porque razão a Rússia um dia decidiu entrar na Ucrânia e começar a reivindicar território e até se conseguisse tomar conta da Ucrânia. 7:48 Pessoa 1 Tal como no passado, existem sempre estados, nações, países, governantes, pessoas que anseiam por conquistar mais poder. E tendo via aberta, sem impedimentos para que outros estados e outras pessoas e outros exércitos o bloqueiem, então nada o impedirá de continuar a conquistar território até estar verdadeiramente satisfeito. 8:13 Mas aqueles que têm a sede do poder, os grandes imperialistas, dificilmente ficam contentes com as suas vitórias momentâneas. Querem sempre mais. E, portanto, a Rússia, neste momento, vende que não tem qualquer tipo, ou vende em 2022 que não tinha qualquer tipo de impedimento. 8:29 Porque o teste já tinha sido feito em 2014. 8:32 Pessoa 2 Na Crimeia, na. 8:32 Pessoa 1 Crimeia e já tinha sido feito em 2008 e 2009, na Geórgia, na apcásia e na Ossétia do Sul, sabendo que ninguém se impôs à sua campanha de terror na tchachénia, nas 2 grandes guerras, sabia que ninguém iria, em princípio, em defesa do povo ucraniano. 8:54 Olha neste enganou, se enganou, se neste. 8:56 Pessoa 2 Momento AAA Europa, obviamente. Mexeu se também os Estados Unidos na era pré Trump. Agora vamos ver o que é que está a acontecer, mas neste momento em que nós estamos a falar, está a acontecer uma espécie de conversações diplomáticas em busca da paz, isto é, para levar a Sério. 9:15 Ou estamos ainda num momento retórico em que cada um vai mantendo a parada o lume, mas na realidade ainda ninguém está verdadeiramente preparado para parar esta guerra? 9:27 Pessoa 1 A guerra só para Jorge, quando uma das partes tem mais a perder do que a outra, quando uma desiste de combater, sai derrotada, ou quando a outra já não quer combater, não pode não ser derrotada, mas não sai vitoriosa. E neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia ainda têm muito por perder e muito por ganhar e, portanto, como não existe um grande momento de fratura deste. 9:56 Potencial de combate a guerra vai perdurar durante o tempo necessário. 10:00 Pessoa 2 Quando? Só quando existe uma espécie de empate negativo, em que nenhuma das partes tem nada para ganhar, é que se consegue esse ponto de equilíbrio. 10:07 Pessoa 1 Só no momento em que uma das partes estiver mais a perder com a guerra é que essa guerra termina e neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia, ambas ainda podem perder muito, perderem muito ainda sob seu domínio. 10:23 E, portanto, podem continuar a perder. Olha, a Ucrânia pode continuar a perder território que para já não é suficiente. Vai continuar no encalço de uma campanha que que lhes vai possibilitar ou não ganhar mais território ou não. A Rússia sabe que, se continuar a guerra, o número de mortos não afeta o sentido de voto. 10:40 O número de feridos não afeta o sentimento de impopularidade contra si. Manifestado que não existe, não é? A continuação da guerra dá lhe mais força política e centraliza o poder de estado na sua pessoa. 10:56 Tem muito a ganhar com a guerra. Vladimir Putin, jáz lensky, tem pouco a ganhar com a guerra, mas não pode desistir de batalhar. 11:03 Pessoa 2 Porque tem muito a perder, porque? 11:04 Pessoa 1 Tem muito a perder neste momento. Se não tivesse tanto a perder, provavelmente dava o caso por encerrado, se fosse só uma Crimeia. Mas a verdade é que, conversando com soldados ucranianos, eu tive essa, tive essa possibilidade. Nenhum deles. Nenhum deles por uma ilha desistiriam de continuar a lutar. 11:23 Nós estamos a falar de um povo que foi invadido, invadido por alguém que lhes deram garantias de segurança. Se a Ucrânia entregasse o seu armamento nuclear antigo, soviático de volta para para a Rússia entregar ao armamento que os defendia. 11:42 As garantias de segurança que receberam de nada lhes valeram. E agora veem se invadidos por aqueles que juraram defender a Ucrânia. Portanto, parece me que está tudo dito e uma criança de 50 IA conseguir perceber que a esta Rússia Moderna como a conhecemos é uma Rússia mentirosa. 11:59 É uma Rússia que não não olha a meios para atingir os seus fins profundamente imperialista. E infelizmente, fez um divórcio total com a com as poucas ligações que ligaram a jovem federação russa. Ao concerto de nações europeias e, infelizmente, estou a tentar devolver à vida isso é que eu posso dizer assim, muito das grandes ambições soviéticas que marcaram grande parte do século. 12:27 Pessoa 2 20 olha, estão em curso essas negociações, entretanto, nós que estamos aqui e que não percebemos o que é que se passa verdadeiramente nessas negociações. Mas vamos ouvindo, por um lado, sair à própria pública, que há 28 pontos para discutir que é ABEC depois os outros que são um contra. 12:47 Depois o senhor Putin, que aparece a dizer de uma forma ameaçadora, se querem prolongar a guerra, nós prolongamos depois o Trump do outro lado, que ora diz uma coisa, ora diz outra. O que é que tu lês disto tudo? O que é que tu ouves daquelas conversas que se calhar não são públicas e que tu vais acompanhando e que tens seguramente mais dados para entender estas conversas diplomáticas? 13:10 Pessoa 1 Existe, Jorge, um grande nível de amadorismo, as relações internacionais e a diplomacia Internacional é uma área muito importante. Da vida dos estados. 13:23 Pessoa 2 Isto não é para entregar a profissionais, os negociadores não são profissionais os. 13:26 Pessoa 1 Negociadores staff to staff são profissionais, são pessoas que atingiram os seus postos de dicionoridade face ao ao mérito que demonstraram ao longo da sua vida profissional aqueles que negociaram e que os, portanto, o ator político que está em negociação direto entre a da Casa Branca e do Kremlin, são atores. 13:49 Políticos que podem ter ou não ter a experiência adequada ao momento que estamos a viver. E como é que? 13:54 Pessoa 2 Isto é, numa mesa das negociações. Quando nós estamos numa mesa dessas de alto nível, certo? Há uma cara e ela pode ser mais experiente ou menos experiente. Mas depois atrás de ti tem pessoas que percebem muito disto. Tu és uma dessas pessoas que no fundo vais dizendo, vais treinando. Vais explicando aos políticos e aos negociadores o que é que está em causa. 14:11 Como é que isto funciona? 14:13 Pessoa 1 Ninguém vai para uma reunião de negociação de alto nível como aquela que. O senhor whitkoff e o senhor Kushner tiveram com os seus homólogos no Kremlin e com e com Vladimir Putin, sem que primeiro seja enviada uma documentação que vai guiar grande parte da conversação. 14:29 Há um. 14:29 Pessoa 2 Trabalho preparatório há um trabalho. 14:30 Pessoa 1 Preparatório de Secretaria que é feito entre as equipas de um lado e do outro. 14:34 Pessoa 2 É um negócio de diplomata. 14:36 Pessoa 1 Absolutamente EE. No momento em que essa argumentação encontra um ponto de sustentação, dá se início então ao convite para que as delegações se encontrem, no entanto. A Rússia aqui, neste, neste, neste jogo, joga sujo porque Vladimir Putin, quando toma a palavra e isto está documentado, recorre sempre a revisionismos históricos para educar, para treinar, para brifar os seus AA delegação de outro país sobre aquilo que é a visão de Putin para o mundo, para a Europa e para a Rússia. 15:11 E isso é preocupante, porque foge àquilo que está agendado. Acaba por contrariar a mensagem e o objetivo da reunião e acaba por ocupar tempo dialogando contra o próprio propósito e objetivo desta destas negociações. 15:29 Pessoa 2 Mas numa negociação, não é suposto que as partes tenham no fundo uma visão e que ela pode ser profundamente divergente do outro lado. 15:37 Pessoa 1 Sim, e isso é natural que aconteça como nós estamos a falar de 2 poderes beligerantes. Que se encontram no teatro de operações. 15:45 Pessoa 2 E que têm, lá está esses interesses divergentes. 15:49 Pessoa 1 E que têm interesses divergentes, o que é? 15:50 Pessoa 2 Que se faz para se aproximar posições em coisas que estão completamente irredutíveis e completamente. 15:55 Pessoa 1 A mediação aqui deve ser profissional e deve tentar encontrar concessões de parte a parte, e essas concessões custam muito aos 2. No entanto, a Rússia já mostrou que não está disponível para aceitar. 16:11 Para aceitar reduções ao seu teto máximo para o exército ucraniano, não vai aceitar qualquer tipo de concessão nesse sentido, diz que obriga e que não aceita retirar da mesa de negociações o reconhecimento das províncias ilegalmente anexadas por parte da Ucrânia, por parte da união europeia e dos Estados Unidos da América. 16:33 E diz que não aceita qualquer entrega ou adesão da Ucrânia à organização. Do, do, portanto, do anato e isto coloca um ponto e trava muito daquilo que são as grandes negociações suspeito com o. 16:49 Pessoa 2 Negociador não tenha grande caminho para fazer quando quando uma posição de base é é essa. 16:54 Pessoa 1 A posição de base é esta, mas a forma como se oferece um momento negocial é, oferecendo força ou fragilidade às 2 ou a uma a um dos beligerantes. 17:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? 17:05 Pessoa 1 Isso faz de forma muito simples, os Estados Unidos e a Europa têm o poder. Para oferecer mais material militar à Ucrânia? Para que a Ucrânia de facto tenha ganhos operacionais no terreno, mostrando que fica por cima nas operações estáticas. Operações essas com resultados e efeitos estratégicos. 17:24 Ou colocar mais sanções à Rússia e oferecendo mais material de guerra à Ucrânia, mais sanções à Rússia vai aumentar o poder negocial dos ucranianos. Mas também pode fazer o contrário, pode retirar o apoio militar à Ucrânia. 17:40 E pode oferecer negócios vantajosos à Rússia. E é isso que me preocupa nestes negociadores, witcofe custnar. E eu explico porquê, porque tudo isto é uma questão de comunicação. E a comunicação aqui neste caso, embora seja a porta fechada e a opaca do ponto de vista daquilo que nós conhecemos do witcoft custner. 17:59 É bastante transparente o que está a acontecer. O itkov, durante os anos 90 esteve ligado ao grande setor do imobiliário, com grande investimento russo. Empírico esta ligação, mas o senhor Kushner, que durante o primeiro mandato de Donald Trump sempre foi conhecido e reconhecido por embaixadores de outras nações em Washington, por ser um indivíduo que, quando em negociação diplomática, só estava interessado numa coisa. 18:26 Fazer negócios e, portanto, quando queixo não era, acompanha o itkof à Rússia. É para fazer negócios. E como nós falamos, Jorge, da grande traição, a traição à negociação, a traição à mediação, a traição aos ucranianos e aos europeus. 18:43 A grande traição materializa se não por virar as costas aos ucranianos, mas através de negociações ad hoc. Daquilo que deveria ser uma negociação de paz, tentar galvanizar a posição económica dos destes novos Estados Unidos da América para celebrar acordos económicos com a Rússia. 19:02 Num momento de fragilidade económica da Rússia, o senhor está a perceber o que eu estou a tentar dizer. Eu vos explico. Para outras palavras, a grande traição materializa se no momento em que os Estados Unidos se aproveitam da fragilidade económica russa para tentar canibalizar aquilo que resta ainda dos seus recursos, minérios. 19:20 E isto é uma grande traição para todos, mas não para os Estados Unidos da América. E por isso é que Marco Rubio aqui é um ponto tão importante porque tem uma posição, é o chefe máximo da diplomacia Americana. 19:32 Pessoa 2 Com grande experiência. 19:33 Pessoa 1 Com grande experiência e que tem uma posição mais mais balanceada em relação ao à Ucrânia, que pelo menos ouvem os ucranianos e sabe que se for naquilo que é a postura do itkof e do crushner os interesses dos Estados Unidos. 19:49 Que estarão assegurados, certamente, mas em prol daquilo que seria um acordo com os russos, podem perder muito mais do que o valor minério ou do que o valor económico revertido. 19:59 Pessoa 2 Portanto, o que tu estás a dizer é que, além de uma negociação na mesa com os beligerantes, também existe uma tensão dentro do próprio mediador em relação ao caminho que se pode seguir, claro. 20:10 A Europa e a necessidade de poder militar no século XXI Claro que sim. E a petexet o vice presidente Vance. Foram apanhados em conversas no Signal, chamado Signal Gate, no início do do ano 2025, logo no início do mandato de Donald Trump, e expressavam se de forma bastante hostil relativamente à posição da relação entre os Estados Unidos e a Europa. 20:32 E viam a Europa com poucos, com com com pouca simpatia, e mostravam bem que viviam. EE dividiam um ódio àquilo que era a posição do da Europa. Face ao preteturado americano e que se os europeus de facto puderam investir os seus dinheiros em vez no orçamento de defesa para a sua segurança social e na evolução dos seus estados sociais. 20:57 Isso é porque Os Americanos estavam preparados para os defender e de acordo com o avance e de acordo com except e todos os outros. A base de apoio MHA tensão aparece quando existem republicanos mais moderados. 21:14 Republicanos ligados a John McCain, republicanos que antigamente seriam ditos como de grande repúdio ao partido democrata e que hoje nos nos revemos nas suas palavras. Tentar fazer 111 contra um contra debate ou um contra fogo àquilo que é a posição irredutível de Donald Trump, Vance e de ecset. 21:34 Portanto, sim, existe tensão interna no partido republicano. Essa tensão tem efeitos diretos sobre as negociações e nós vimos bem nas últimas imagens que que passaram há pouco tempo, soube numa reunião entre americanos e ucranianos. 21:50 Estava de um lado da mesa sentado Marco Rubio, witcofic Kirchner. Marco Rubio estava a liderar as negociações e os seus 2 atores políticos, os 2 camaradas políticos, estavam ambos com ar de caso, muito preocupados porque Marco Rubio estava a conseguir dialogar com os ucranianos. 22:10 Os negócios não se fazem com a Rússia conseguindo aproximar os Estados Unidos da Ucrânia. É precisamente necessário a fazer se um afastamento e um distanciamento político e institucional. Dos Estados Unidos da América da Ucrânia, para que se possa de facto conseguir materializar negócios com a Rússia. 22:28 Eu espero estar verdadeiramente enganado e não ser surpreendido pela pela realidade dos factos daqui a mais uns meses, porque se de facto os Estados Unidos da América celebrarem acordos económicos com o grande estado agressor do século 21, então isso vai certamente levar a grandes tensões no seio da Aliança. 22:50 Pessoa 2 Atlântica na nato. A Europa ainda conta para este campeonato. 22:53 Pessoa 1 A Europa que conta sempre este campeonato, a Europa o que não tem. E a pergunta está bem colocada, a Europa, o que não tem é a expressão militar. E no novo século 21, no novo século 21 ou na partida para o segundo quartel do século 21, a força militar e a expressão de do monopólio da violência, eu hoje tão ou mais importante que o controlo e influência económica e financeira. 23:16 Deixámos de falar sobre competição de do bloco europeu do motor europeu com a China e com os Estados Unidos. Passámos a falar da preparação da Europa para a guerra. Isto tem que preocupar garantidamente todos aqueles que que estão envolvidos na política, todos aqueles que estão envolvidos profissionalmente no setor da da informação e da comunicação, porque aquilo que as pessoas querem saber, aquilo que o que o mundo do eleitor quer saber é o que é que vai acontecer amanhã. 23:44 Tenho um negócio, tenho investimentos, tenho empresa, tenho colaboradores, tenho que pagar salários, vamos ter garra amanhã, porque senão não, não farei determinado tipo de investimentos. E isso para as pessoas querem saber e as pessoas querem saber. O que a união europeia oferece é 1 + 1 camada de proteção face àqueles que não fazem parte da união europeia. 24:01 A nato também oferece uma camada de proteção acrescida. A Irlanda, por exemplo, faz parte da união europeia, não faz parte da nato. No entanto, quem conseguiu ver à distância o perigo que se. Que começava a emergir por parte no leste, por parte da Rússia e por parte da China e do seu bloco de aliados. 24:20 Entendeu que era necessário dar um passo em frente na integração na nato e teria custos estratégicos para estes 2 estados. Estou a falar da Finlândia e estou a falar da Suécia, que estrategicamente e de forma histórica. Sempre quiseram ser estados neutrais e que, embora estados da união europeia, não eram estados da nato. 24:40 Pessoa 2 E, no entanto, mudaram a sua posição. 24:41 Pessoa 1 Mudaram a sua posição face ao reposicionamento estratégico e à abertura e demonstração e transparência deste deste novo imperialismo russo. E o que é interessante é que a própria Suíça pensa neste momento. Começaram a fazer algumas consultas parlamentares sobre aquilo que seria a necessidade da Suíça um dia. 25:02 Entrar e aderir à nato. Portanto, o mundo está a mudar e os países tradicionalmente neutrais compreendem que existe uma ameaça e que a força é resultado de um coletivismo integrado de um concerto de nações que se estão a preparar para defender as suas sociedades. 25:19 Mas existem outros perigos, e os outros perigos dizem respeito ao tipo de governos que vamos eleger no futuro, se forem governos que emitam e copiam o modelo Maga na Casa Branca. Então teremos na Europa governos que vão preferir defesas nacionais em prol daquilo que é uma defesa coletiva. 25:39 Mas isto tem um custo económico que um estado como Portugal não pode suportar. Portugal faz por algum motivo. Durante o estado novo, Portugal aderiu imediatamente à nato como membro fundador, porque nós sabíamos, Salazar sabia. Que havia uma necessidade imediata de Portugal assegurar uma posição no concerto das nações que querem que se querem defender contra os novos imperialismos. 26:01 Pessoa 2 Ainda por cima, Portugal, com um mar que tem o tamanho que tem, nós estamos a olhar para leste, mas de facto, hoje com no mundo global, na realidade não há Fronteiras e, portanto, nós temos que defender esta parte. É a nossa, faz parte do nosso, do nosso trabalho, do nosso papel. 26:15 Pessoa 1 EE Portugal tem aqui uma missão, Portugal é um, é um, é um estado oceânico e tem que garantir. Que grande parte da sua plataforma continental e que grande parte do seu triângulo estratégico está defendido de ameaças futuras, ameaças ao nível do mar, ameaças subaquáticas, ameaças no seu espaço aéreo. 26:34 Porque Portugal não? 3 defesas quando quando falamos destas questões da política e da defesa nacional e da defesa coletiva da Aliança Atlântica, algumas pessoas esquecem e ignoram que Portugal, de facto, é um país Atlântico. E como é um país Atlântico, temos que não podemos ignorar os portugueses na madeira. 26:51 E os portugueses Na Na região autónoma dos Açores? E isto é fundamental, porque se Portugal quer de facto defender a sua soberania, tem que ter plataformas no mar com competentes e com marinheiros e soldados treinados para conseguir executar todo o tipo de missões. 27:08 Portugal deu agora um passo tremendo, fruto daquilo que é um mecanismo de investimento na defesa patrocinado pela união europeia e não pela nato. E, portanto, quando me pergunta, a união europeia ainda é relevante? Não tem poder militar, mas tem um poder económico que pode ajudar as nações a investir na sua defesa. 27:25 Portanto? Resposta afirmativa, sim. A união europeia é fundamental e Portugal, com acesso ao programa safe, teve agora direito a 5.8 1000 milhões de euros. A um acesso a um crédito, teremos que o pagar, mas uma taxa de juro muito abaixo do mercado, e isto é fundamental. 27:43 Olhe o orçamento para a defesa, em média são 4000 milhões de euros. Tem dado a crescer, embora durante 10 anos tivesse a decrescer, e 4000 milhões de euros. É muito dinheiro e nós vamos ter acesso a quase +6000 milhões este ano. 28:01 O que Portugal fez e o que o Ministério da defesa fez foram estudos de gabinete com indústrias, estudos que começaram em julho deste ano para preparar aquilo que eram as propostas das indústrias. Mas isto também tem tem uma questão interessante, não bastam ser uma indústrias quaisquer, tem que ser indústrias da própria união europeia. 28:18 Porquê? Para promover a criação de capacidades multinacionais para promover o mercado de armamento e o mercado tecnológico intra europeu. E para começar a dar o tiro de de partida aquilo que tem que ser uma competição da base industrial militar aos Estados Unidos da América. 28:38 E, portanto, quando falamos de uma Europa preparada, uma Europa não lhe chamaria militarizada, mas uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar do que há uns anos atrás. Não nos podemos esquecer do efeito estratégico que isso poderá ter nos Estados Unidos da América. 28:54 Estivermos a falar de um Estados Unidos da América liderado por um republicano moderado. Um profissional, alguém com escola política ou por um democrata moderado? Não temos nada a Temer. Mas se continuarmos nesta senda da dinastia Donald Trump, então essa próxima dinastia, esses próximos herdeiros de Donald Trump, provavelmente vão ver uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar. 29:21 Não como um aliado, mas como um competidor direto. 29:24 Pessoa 2 O que é capaz de não ser também uma boa notícia neste? 29:26 Pessoa 1 Neste bloco, isto não é necessariamente desejável. 29:28 A desinformação como arma estratégica e a resiliência civil Olha, uma das coisas que eu que eu tinha trazido para esta conversa é falarmos da propaganda, daquilo que acontece sempre quando há estes choques, sejam guerras, sejam o que for. Porque a minha sensação é que hoje em dia, no mundo em que nós temos, no mundo das redes sociais, a propaganda já quase não precisa de mentir. 29:46 Só precisa de organizar os factos e dar uma determinada. A matriz de ângulo para conseguir inclinar Oo campo a seu favor. A propaganda é levada tão a Sério como a compra de um Submarino ou a organização de umas forças armadas. 30:04 Pessoa 1 Não, não é do meu ponto de vista. Não é porquê? Porque não fechamos o seguinte, vamos ver isto do ponto de vista da educação. Porque a comunicação tem muito a ver com a educação e a propaganda também tem que ver com a educação. 30:22 Nós, quando treinamos forças armadas, estamos a treinar as forças armadas com base numa ideia do nosso inimigo, do nosso adversário, a ameaça. Ou seja, para se treinar forças armadas devemos conhecer quem é o inimigo, quais são as nossas armas de guerra, qual é a nossa doutrina, qual é a nossa estratégia. 30:40 Portanto, conhecemos o mundo, conhecemos o mundo, que que que é bem, que é bem plausível. Mas quando nós falamos da ausência de uma ameaça bem definida, então nós não podemos treinar ninguém, nós temos que conseguir educar. 30:57 E, portanto, por isso é que eu digo que nós treinamos as nossas forças quando conhecemos o inimigo, mas nós somos obrigados a educar as nossas forças para nos protegermos de um inimigo que ainda não conhecemos. E como é que isso faz? E a propaganda é precisamente esse. O problema é. 31:13 Algo que a sociedade civil trabalhou no passado é algo para o qual as sociedades estavam preparadas para lidar ideologicamente com propaganda soviética, comunista e que hoje as sociedades não estão preparadas. Aliás, alimentam se da propaganda que é gerada artificialmente para atingir um objetivo, dividir, criar clivagens sociais. 31:36 E promover o caos político. 31:38 Pessoa 2 Isso não é um acidente. O que tu estás a dizer é que isso é uma estratégia. Acontece. Há um desenho de uma propaganda que tem como intenção criar uma divisão, imagino que nas sociedades ocidentais modernas e democráticas. 31:51 Pessoa 1 Sim, e normalmente isto é promovido por grupos de interesse, atores estatais ou não estatais. Isso quer dizer que vem de agências. De informações estratégicas que com compilam este tipo de de materiais e subcontratam empresas para injetar certas narrativas. 32:09 As narrativas são estudadas certas narrativas em determinadas plataformas sociais para atingir. Certas classe etárias para atingir certa população, população que fala português ou população que fala castiano ou outra coisa qualquer e, portanto, existem narrativas com objetivos concretos. 32:27 Não se faz por acaso no que diz respeito ao combate a este tipo de desinformação. 32:33 Pessoa 2 Como é que se faz? Qual é a vacina? 32:34 Pessoa 1 Esse combate tem que ser feito pela educação direta das forças armadas, da população AEOA criação de resiliência nacional advém necessariamente da criação de uma ideologia de. Deputado, onde as pessoas compreendem que são tanto um ator como um alvo de desinformação externa? 32:52 A Singapura, a Suíça, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Estónia desenvolveram conceitos de defesa total para proteger o estado, mas acima de tudo, a população de ameaças civil visíveis defesa civil. 33:10 EEE. 33:10 Pessoa 2 Fazendo o quê e? 33:11 Pessoa 1 Potenciação e potenciação daquilo que são os os assades de um estado. O objetivo aqui é declaradamente assumir que um determinado estado está sob ataque. Ataque esse que não é visível, está na, na, está na, no domínio cognitivo e que as pessoas têm que compreender que determinado tipo de narrativas existem para promover a falta de apoio entre o eleitorado e os seus governantes. 33:37 Para promover a discórdia entre os valores nacionais de um determinado estado e precisamente para semear o caos. E esse caos é operável, porque quanto mais dividido estiver a Europa, mais fácil será um grande potentado militar atingir os seus objetivos através de anexações ilegais. 33:56 Pessoa 2 Dividir para reinar. 33:57 Pessoa 1 Dividir para reinar. 33:59 Pessoa 2 Olha, nós estamos numa olhamos por um lado, para para a guerra enquanto militar, tanques, aviões, submarinos, por aí fora. Mas hoje é um conceito da guerra híbrida. É, é guerra híbrida, é o quê? Inclui esse, inclui essa, esse tipo de guerra de informação, inclui ataques informáticos do que do que é que estamos a falar? 34:18 Pessoa 1 Esse é um tema muito interessante, eu eu fiz um doutoramento precisamente sobre esta, sobre esta área, e embora eu não possa falar muito sobre sobre ela. Porque existem aqui questões que são um bocadinho mais técnicas e mais e mais sensíveis. Acima de tudo, a guerra híbrida da forma como nós a conhecemos. 34:36 Porque não está escrito em Pedra, ou seja, não, não há uma definição fixa. Estas. 34:42 Pessoa 2 Qual é a tua? 34:43 Pessoa 1 Tendem a mudar o que? O que é de conhecimento académico é de que a guerra híbrida é uma fusão entre 2 formas de guerra, a guerra convencional. A guerra entre exércitos e as guerras assimétricas e as guerras assimétricas são guerras de guerrilha, guerra com envolvimento da desinformação do ciberespaço, guerras que contornam exércitos para atingir o que nós chamamos o coração e as mentes dos próprios estados. 35:16 E quem é o coração e as mentes dos estados é a própria população, é o centro de gravidade de uma nação, é a sua população, e portanto, a guerra híbrida tem estas capacidades. É mutável, é mutável na sua forma de guerra, na sua gramática, utiliza diferentes instrumentos de poder para atingir os seus objetivos, mas é extraordinariamente difícil de se de se conseguir gerir. 35:37 O planeamento não é linear, requer múltiplas iterações ou requer múltiplas formulações, requer diferentes atores envolvidos. Que quer redes de sabotagem. O que se passa na Polónia é é um é um dos domínios de guerra híbrida também. 35:52 E a grande dificuldade para um analista ou para um planeador é conseguir identificar uma determinada atividade de sabotagem da desinformação de de, por exemplo, de de destruição de infraestruturas críticas através de detonações ou ou por via de de hacking. 36:13 Como uma atividade associada a uma campanha de guerra híbrida. Na minha perspetiva, a guerra híbrida não pode ser uma fusão de 2 guerras, porque eu sou um closeviciano puro e em closevitse, acredita se que a natureza da guerra é eterna e portanto, se é eterna, não pode haver 2 naturezas, existe só uma natureza. 36:32 E essa natureza de que guerra é guerra e a e a verdade é que a guerra híbrida pode ser mais do que aquilo que nós pensamos. Pode ser precisamente uma interpretação newtoniana que nós, seres lineares, fazemos sobre algo que é extraordinariamente complexo, que, embora tenha sido desenhado e orquestrado, pode não necessariamente dizer respeito direto àquilo que nós estamos a observar, porque um planeador só pode observar os seus efeitos, não sabe, sem observação direta, se uma campanha de guerra híbrida está a acontecer ou não. 37:05 Podem, através de mapeamento, conseguir identificar contornos de uma guerra híbrida? Não temos. 37:09 Pessoa 2 Radares para isso e nós? 37:11 Pessoa 1 Não temos radar para isso, para isto, porque para já não temos uma compreensão total sobre aquilo que é o que não é a guerra híbrida. Existem múltiplas interpretações e o grande desafio aqui é encontrar uma que satisfaça todos os requisitos e que consiga ajudar o planeador e as nações que estão mais importante. 37:31 A travar os efeitos da guerra híbrida. E isso só se faz numa não não entender de uma forma a criação de imunidade de sistema, ou seja, a criação a perceção pública real de que este tipo de ameaças existem, quais são os seus domínios, quais são as suas valências tradicionalmente, com que tipo de gramática é que apresentam e como é que elas se apresentam? 37:53 E depois, o que é que cada população, o que é que cada nação tem que fazer para a combater? Portanto, e a nato e a união europeia celebraram de forma conjunta porque isto é também uma é uma ameaça política e militar. Criaram um centro de excelência no estudo da guerra híbrida em Helsinki e na Finlândia. 38:10 E porquê na Finlândia? Porque Finlândia, antes de de 2014, estava na linha da frente as ameaças híbridas vindas da Rússia, portanto, aquilo que é o os moldavos. Os georgenos EAE, os ucranianos sofreram a Finlândia o convívio com essa realidade desde o início do século 20 e, portanto, é compreensível que tenha sido em Helsinki. 38:32 Mas estes centros de excelência multiplicam se porque as ameaças são cada vez maiores e são tão vastas que são necessárias várias equipas de pessoas, de economistas, atores políticos a diplomatas, a militares, para se conseguir compreender todos os contornos. 38:47 É, de facto, uma grande ameaça e é certamente um grande desafio. Para este século e para as próximas décadas? 38:53 Os exercícios militares da NATO e a ativação do Artigo 5 Há uma curiosa expressão, não sei se curiosa desgraçada, depende de ir me aste que são jogos de guerra, que é quando, por exemplo, no nato, não só se juntam forças multinacionais, vai tudo para um palco real ou imaginário de ir me aste tu combater um determinado inimigo. 39:13 O que é que acontece no nos jogos de guerra? Estou a perguntar te porque tu acompanhas muito de perto este? Este tipo de de atividades de treino militar que é disto. 39:23 Pessoa 1 Que estamos a falar eu, eu, eu já há alguns anos que acompanha os jogos de guerra da nato. EE é público, portanto, não, não vou fazer grandes revelações. 39:32 Pessoa 2 E podes partilhar o que é que tu fazes, qual é o que é, qual é o teu papel? 39:35 Pessoa 1 Eu, eu, portanto, eu integrei o joint workfer center em 2015 e desde 2015 que tem estado envolvido com os com os grandes exercícios estratégicos multinacionais de alta visibilidade da nato. E tive o privilégio de poder ser o autor político e estratégico de um grande exercício que foi, na altura, em 2017, considerado o maior e a mais desafiante exercício de sempre da nato, o Trident chavalin 2017. 40:07 E a nossa, a nossa necessidade e a nossa função e a nossa missão era oferecer ao, portanto, a nossa, a nossa audiência, que estava em treino, ao nosso training audience. Um desafio extraordinariamente complexo que treinasse uma série de requisitos que os obrigasse a pensar de forma crítica e a solucionar os problemas operacionais que estariam montados à à sua espera. 40:30 Os exercícios fazem se de forma por simulação em computador ou de forma com fogo vivo. Portanto, temos os CPXE, os livex e a verdade é que. Ao longo dos últimos anos, assistimos a um aumentar da frequência dos exercícios militares da nato, mas também há um aumentar da graduação do próprio exercício. 40:56 São cada vez mais complexos e mais desafiantes, uns a seguir aos outros, quase de forma exponencial, porque desde 2014, com a invasão da Crimeia, que a nato, a Aliança Atlântica e as nações acima de tudo das nações. 41:12 Parece terem acordado para para 11 Mundo Novo, do qual não estariam à espera. 41:16 Pessoa 2 Isso pode ser uma preparação para uma guerra real? 41:19 Pessoa 1 E os exercícios normalmente são feitos para capacitar as nações para treinar os próprias operacionais que estão sentados nos diferentes comandos da nato. Para garantir que num dia em que o artigo quinto seja. 41:32 Pessoa 2 Ativado, o artigo quinto diz que? 41:33 Pessoa 1 O artigo quinto é a forma como a nato se defende, é o é a grande, é a grande fórmula do tratado do Washington e diz que o ataque contra um é um ataque contra. 41:44 Pessoa 2 Todos ou obriga, portanto, a uma, a uma resposta, a. 41:46 Pessoa 1 Resposta de todos, mas só posso ser ativado por consenso. Isso foi ativado uma vez na história foi ativado depois do 11 de setembro e a pergunta fica, quem é que ativou o artigo quinto? É quando o ataca. As Torres gémeas não foram os Estados Unidos. 42:00 Pessoa 2 Não foram os estados. 42:01 Pessoa 1 Unidos foram os Estados Unidos, não é segredo, mas quem ativou o artigo quinto foi o conselho do Atlântico norte, de forma consensual. 42:08 Pessoa 2 Do lado de cá? 42:09 Pessoa 1 Foram foram todos os membros da nato que em 2001, de forma solidária, a ativar o artigo quinto em vez dos Estados Unidos. Porquê? Por uma questão de comunicação estratégica, por uma questão de postura. Estratégica, os Estados Unidos não queriam dar o flanco fraco, embora fossem atacados no coração económico do seu estado. 42:29 Não quiseram dar o flanco fraco, não queriam mostrar mais fragilidade. 42:34 Pessoa 2 Pedir ajuda no fundo aqui aos europeus deste. 42:36 Pessoa 1 Lado e não iriam pedir ajuda. E, portanto, o que a nato fez que naturalmente que existiram negociações e conversações para isto à porta fechada? O que Oo que a nato fez foi utilizar o seu concelho máximo, o concelho do Atlântico norte, para fazer esta esta ativação e portanto, quando falamos destes articulados e quando falamos destes posicionamentos da nato, a nato e as suas nações são obrigadas a exercitar aquilo que são as suas diferentes capacidades em diferentes missões e operações. 43:05 E neste momento os exercícios contemplam praticamente toda a Geografia aliada toda a Geografia aliada, portanto, quase desde o havai. Até ao flank leste, com a Rússia e a são cada vez maiores e mais exigentes. 43:20 E isso obriga também a uma exigência por parte de quem treina, de de quem desenvolve os exercícios, de quem treina e de quem os executa. E à medida que avançamos, estes são exercícios cada vez mais definidores de postura estratégica da Aliança Atlântica. 43:36 Porque é que isto é importante, Jorge, porque no final de contas, todas as nações que querem mostrar dissuasão. Têm que mostrar que fazem os seus exercícios com competência todos. 43:47 Pessoa 2 Isto é uma prova de força, é EEEE. Os outros atores internacionais estão a pensar na China, na Rússia. 43:54 Pessoa 1 Todos observam, estão todos a observar EE são avisados que os exercícios vão acontecer. São avisados, são todos avisados. 44:00 Pessoa 2 É a guerra do seu lado, não? 44:01 Pessoa 1 Têm que têm garantidamente que ser avisados porque movimentações de tropas em continente europeu pó? Movimentação de tropas Russas para a para a Fronteira com a Europa. 44:10 Pessoa 2 Só podem ser uma ameaça. 44:11 Pessoa 1 São consideradas imediatamente uma ameaça e isso vai obrigar a mobilização de forças de reação rápida da nato e mobilização dos exércitos nacionais. E, portanto, os exercícios são anunciados, são planeados e os russos comprometem se a fazer o mesmo. Os exercícios à PAD russos, que acontecem de 4 em 4 anos, também foram anunciados aos países da nato. 44:31 Toda a gente sabia que este exercício iam acontecer, os exercícios que levaram depois. À ao blitzkrieg e à invasão. Em 2022, foram comunicados aos parceiros internacionais da Rússia. Mas quando a monitorização a essas mobilizações Russas começaram, identificou se imediatamente que o tipo de mobilização não era condizente com aquilo ou não estava de acordo com aquilo que se veria. 44:57 Um exercício militar puro e duro seria algo mais com o exercício militar, portanto, começaram as dúvidas e começaram as. 45:03 Pessoa 2 Dúvidas olha o que é que? É um cenário impossível de treinar. 45:10 Pessoa 1 Aparentemente é um cenário onde a nato perde. Isso é extraordinariamente difícil de se treinar. É curioso porque eu vejo mais valias quando os quando as audiências, os soldados, os comandos, porque é o que nós estamos a treinar. 45:29 São comandos e não e não soldados. Quando perdem um cenário muito exigente, mas politicamente, a perda de um exercício de guerra tem custos políticos, tem custos políticos, tem custos para o para a hierarquia e para o comando e controlo de uma de umas forças armadas. 45:46 Pessoa 2 Portanto, quando se tenta fazer determinada coisa e é tão difícil que se chega à conclusão de que aquela unidade, aquele departamento, aquela determinado exército, não consegue resolver o problema. 45:56 Pessoa 1 Esse normalmente, esse tipo de esse tipo de de vinhedos são normalmente ignorados ou ultrapassados. Porque a tentativa de aceitação, de incapacidade para resolver um determinado cenário de uma grande ameaça, quase impossível de se resolver, não é aceitável do ponto de vista político. 46:16 Os exercícios são feitos para treinar, não são feitos para que a nato falhe. No entanto, existem várias Correntes metodológicas que veem grande valor e valor acrescido e também vejam. Quando um estudante, quando um soldado, quando um comando não consegue ultrapassar o desafio que que lhe é proposto, porque não está capacitado para isso ou porque, de facto, é demasiado exigente. 46:39 Pessoa 2 Aprender com os erros, aprender. 46:41 Pessoa 1 Com os erros, e isso é algo que a este nível de grandes exigências, de grandes demonstrações de poder, onde todos os observadores estão atentos. É algo que as nações ainda não estão preparadas para fazer, mas existem outras formas de fazer este tipo de exercício, de se fazer este tipo, de retirar estas mais valias. 47:00 A verdade é que nem os chineses nem os russos também perdem os seus. Os seus exercícios de guerra ganham sempre. Portanto, faz parte do cenário e faz parte do desenho institucional que foi criado, o batok. 47:11 Pessoa 2 Que faz parte da retórica, é assim que funciona. 47:14 A retórica nuclear e a dissuasão no cenário geopolítico E eu estava a pensar especificamente na ameaça nuclear. Isto, género de exercícios treina também. O uso e a resposta a ataques nucleares sim. 47:26 Pessoa 1 Embora não sejam tão comuns quanto os exercícios de comando que são feitos, existem exercícios de que, especialmente no diz respeito ao planeamento do grupo militar e a ou o planeamento do grupo nuclear, e, portanto, são são sempre executados e na verdade são mais revistos agora do que no passado, porque a ameaça nuclear é agora algo que se utiliza com com tanta leveza. 47:51 Mas na comunicação pública entre diferentes estados, nós recordamos bem as palavras de Medvedev quando diz claramente se os europeus assim o desejam, a Rússia está preparada para a guerra nuclear e, portanto, este tipo de retórica não deveria existir. 48:07 No passado, era evitável. Ninguém falava sobre ameaças nucleares. Era uma conversa que, embora toda a gente reconhecesse a ameaça e a minha, a ameaça é incrível, não era algo que fosse utilizado. Com tanta leveza. E agora, infelizmente, chegamos ao ponto onde armas nucleares táticas são colocadas na Fronteira com a Polónia, nomeadamente na Bielorrússia, onde a retórica nuclear aumentou e onde aumentou também, claro, o medo e a coerção daquilo que poderá ser uma guerra nuclear, e por isso o treino tem que ser feito, mas não do ponto de vista da destruição nuclear. 48:48 A nato não tem qualquer tipo de pretensões de guerra nuclear. Aliás, é precisamente o oposto. A nato tem como objetivo travar qualquer guerra, qualquer guerra de agressão. 48:58 Pessoa 2 Dissuasão. 48:59 Pessoa 1 Não travar guerras de agressão através da sua dissuasão. E a guerra nuclear não chama se guerra nuclear, mas não é uma guerra. O elemento nuclear aqui é uma arma política. Não deve ser utilizada nunca em guerra e a própria forma de se fazer a defesa contra este tipo de empenho de de armas se atacada se o. 49:24 Portanto, se a nato ou os territórios da nato forem atacados com uma arma nuclear, a resposta a esse ataque não é ele nuclear, é uma resposta convencional. E porque é que isto foi desenhado desta forma? Porque durante os anos 50 e durante durante os anos 60. 49:41 A resposta a um ataque nuclear com outro ataque nuclear levaria à Escalada do da ameaça nuclear e potencialmente à materialização de um cenário de destruição mútua. E o objetivo foi sempre fazer a redução da ameaça nuclear, nunca potenciando atingir um cenário de destruição mútua. 49:59 Então os vários países aliados resolveram reformar a própria doutrina nuclear. Para respondendo a um ataque nuclear com um ataque convencional, tentando quebrar aquilo que era a iniciativa nuclear de um estado agressor. Mas se o estado agressor continuasse a utilizar e empenhar armas nucleares, então a resposta por fim já não seria uma resposta convencional e, portanto, o objetivo aqui é que a resposta seja flexível e que seja ponderada e que não nos leva todos para o abismo, mas uma nação que decide empenhar uma arma nuclear contra um estado não agressor, decidiu. 50:35 E solou o seu destino. 50:37 Pessoa 2 Hum, achas que o uso de uma arma tática nuclear num sítio muito específico é uma possibilidade real? 50:46 Pessoa 1 Claro que é, especialmente se for uma arma de hidrogénio. Se for 11 bomba de hidrogénio não tem radiação, a explosão e a detonação. A destruição é pela pressão do do do movimento do ar. Não existe radiação porque não é uma arma de de fusão. Mas isso não quer dizer que seja passível do seu do seu empenho. 51:04 O objetivo é anão utilização de armas nucleares. A utilização deste tipo de armamentos vai levar imediatamente a uma resposta muito agressiva por parte de todos os estados, estados esses que pertencem à nato e potencialmente vai arrastar para o conflito de estados que não pertencem à nato e que não estão envolvidos no conflito. Porque aquilo que pode acontecer num estado é um descontrolo político, emocional, de uma de uma grandeza de tal ordem. 51:25 Que já deixam de existir limites a este empenho e a esta utilização. Um estado que empregue armamento nuclear é um estado e um governo que já não pode estar sobre sobre, já não pode liderar um determinado uma determinada nação é deve ser removido. 51:38 Pessoa 2 Rapidamente é um ato irracional no. 51:40 Pessoa 1 Fundo é um ato de irracionalidade política. E eu não creio que a Rússia, neste momento, se veja obrigado, obrigado a uma coisa dessas. Pelo contrário. O que a Rússia quer fazer é garantir que atinge todos os seus objetivos. De forma não. Nuclear de forma não violenta, não violenta, tentando não provocar aquilo que é uma Europa ainda um pouco adormecida, mas tentando atingir os seus objetivos, fazendo a guerra ou levando a guerra até outras paragens a estados que não têm a capacidade de reação, como têm a Europa. 52:14 Uma guerra, como aconteceu entre a Rússia e a Ucrânia, se acontecesse entre a Rússia e a Europa, seria francamente muito diferente. Especialmente porque os europeus, em comparação com os russos ou em comparação com os ucranianos, conseguiriam garantidamente fazer 11 controlo do espaço aéreo EE garantir um controlo aéreo e, portanto, operações terrestres com supremacia do ar são muito diferentes de operações ucranianas sem suplomacia de força aérea, os caças f 16 que estão na linha da frente. 52:46 Os caças f 16 que foram entregues à Ucrânia não estão na linha da frente. Porque os sistemas de defesa antiaérea russos protegem as forças e protegem o posicionamento russo em pokrossky na e na restante linha da frente e, portanto, não me permita que a força aérea ucraniana possa voar em em Liberdade e em segurança para atingir os seus alvos. 53:06 Pessoa 2 Se isto é preocupante, se até agora nós tínhamos estado dos nucleares, os Estados Unidos, a Rússia, a China, mas subitamente a Coreia passou, a Coreia do do norte passou a ser um estado nuclear, o irão, provavelmente também há um conjunto. De países aqui à volta, olho sempre para os indianos e para os paquistaneses. 53:24 Que voltem a meio esses anguam nas suas Fronteiras. Isto cada vez quanto mais salarga este leque, mais difícil de nós podemos controlar esse. 53:32 Pessoa 1 Fator? Absolutamente, absolutamente. E quem controla este fator são aqueles que ainda têm monopólio da violência mundial, os Estados Unidos da América. Quando deixarem de ser os Estados Unidos da América e passar a ser outro grande patrocinador, outro grande big Brother? Então, esse controlo e essas relações de interesse vão ser reformuladas e só Deus sabe o que é que poderá acontecer. 53:53 A verdade é que os ucranianos estão muito atentos àquilo que é o poder da dissuasão nuclear. Mas os russos também. Por algum motivo, os russos em 2009, estavam tão interessados em remover aramamente nuclear da Ucrânia sabendo que poderiam ser utilizados como um mecanismo de dissuasão aos seus interesses. 54:10 Passados quase 15 anos e, portanto, é óbvio. Que a Ucrânia, que tem uma larga experiência com a indústria de energia nuclear, garantidamente que já pensaram que a arma nuclear poderia ser um, garante. 54:27 Pessoa 2 De paz, portanto, não tem uma limitação tecnológica porque o sabem fazer. Obviamente é apenas 11. Limitação política. 54:36 Pessoa 1 Uma limitação política que os Estados Unidos dificilmente aceitariam, que a Rússia nunca aceitaria. A Rússia nunca aceitaria. Seria, aliás, precisamente contra ele. Seria motivo de maior, de maior expressão militar se a ukremlin de conseguisse atingir maturidade deste tipo de armamento. 54:55 Porque não basta desenvolver a ogiva, é preciso garantir que funciona, é preciso garantir que os testes foram todos feitos. Olhe se o irão, com tanta experiência nuclear, não a desenvolver um a tempo antes de de fora dele ter sido bombardeado e portanto, tudo isto leva muito tempo e dá muito nas vistas. 55:11 É difícil fazer isto em segredo. Para ser Franco consigo. No entanto, existem ainda aqui algumas questões que dizem respeito à multiplicação. Jorge como falavas do atores do clube nuclear, que são 9 EEA forma como rapidamente esta questão se pode descontrolar e, em boa verdade, à medida que a multipolaridade cresce, será cada vez mais difícil garantir que este tipo de armamento não cai nas mãos erradas. 55:37 E enquanto que irem em estados organizados. Politicamente, ativos, tentativamente, democráticos, está tudo bem. O problema é quando este tipo de material cai em mãos de terroristas para a criação de bombas sujas que possam ser introduzidas em qualquer espaço populacional e detonadas com imensas, com imensas consequências para todos os estados e para todas ou para toda a população desse desse mesmo estado. 56:03 Pessoa 2 E isso torna isso mais difícil? 56:05 As lições da história e a defesa da democracia contra autocracias Olha, uma pergunta final para ti. Se tu fosses o negociador designado para tentar dar uma ajuda neste conflito Na Na Ucrânia de seguirias, porque via? 56:17 Pessoa 1 Essa é a pergunta menos simples delas todas, mas que? 56:21 Pessoa 2 Opções tem o negociador no fundo, é, é, é isto, num, num, num caso que é obviamente muitíssimo complexo. 56:27 Pessoa 1 Eu penso que tentando não dar uma resposta complexa, tentando simplificar aquilo que é extraordinariamente difícil. O que falta neste momento a todos? Aqueles que não são a Rússia é coragem. Há falta de coragem. Há falta de coragem por parte dos republicanos moderados americanos em combater aquilo que é uma expressão anacrónica de poder na Casa Branca. 56:51 Há falta de coragem dos governantes europeus que, sim, mostraram solidariedade e empenho e determinação na ajuda aos ucranianos. Mas a comunicação. Militar e a comunicação do poder faz se pela demonstração de plataformas de guerra, pela comunicação da mobilização dos dos diferentes exércitos, porque é uma comunicação que a Rússia compreende muito bem, se a Rússia encontrasse nos europeus e nos Estados Unidos da América uma consolidação estratégica e ideológica, um empenho. 57:34 Um empenho total de esforços na reconstrução da Europa, como potentado militar para ser para fazer face à posição da Rússia. Provavelmente as negociações seriam mais lineares, digo lineares, e não digo simples, porque elas nunca são simples, mas tentativamente seriam 2 grandes blocos, Unidos, preparados, equipados e treinados para conseguir dar uma luta e para conseguir dar um sinal de força. 58:04 Àquilo que neste momento faz pouco dos europeus, porque encontra mais fraquezas do que fortalezas e, portanto, como negociador. O objetivo não era negociar com o agressor neste momento, que o momento de fragilidade institucional, de fragilidade estratégica, é capacitar a Aliança Atlântica, garantindo que os europeus dão o próximo passo de coragem, especialmente naquilo que é a articulação da política com a defesa, que neste momento é um caso complicado. 58:33 Porque a defesa não dá votos e a lógica do eleitorado continua a ser soberano, vota se apenas e investe, se apenas naquilo que dá votos. Mas o futuro devia dar votos. E o futuro não é apenas feito de hospitais e de segurança social, é feita de estratégia e investimento em segurança social e em saúde, para mim e em educação, é tão importante quanto o investimento na defesa da sociedade. 58:59 E, portanto, capacitação dos europeus para mais tarde, numa posição de força, podermos garantir qu
Com intensas negociações em curso, estamos num cruzamento dramático da história. Trata-se, para a Ucrânia e para os europeus, de escolher a resistência continuada a uma agressão e perder a Casa Branca, ou ceder às conveniências de Trump e perder a pátria ucraniana. Numa altura de eleições no país, Volodymyr Zelensky encontra-se numa encruzilhada. O que esperar de Donald Trump e dos seus planos de paz? Ouça a análise de Nuno Rogeiro na versão podcast do programa Jogos de Poder, emitido na SIC a 9 de dezembro.Para ver a versão vídeo deste episódio, clique aquiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao mesmo tempo que deixa a Europa entregue a si própria, a nova Estratégia de Segurança Nacional da Casa Branca ressuscita, sem pudor, a Doutrina Monroe e reafirma a intenção dos Estados Unidos de manter a América Latina sob sua esfera de controle. Thomás Zicman de Barros, analista político Na última sexta-feira (5), a Casa Branca publicou a nova Estratégia de Segurança Nacional, o documento que define os objetivos e prioridades globais dos Estados Unidos. A mídia francesa destacou sobretudo o tom corrosivo em relação à Europa, apresentada como um continente em crise, em perda de identidade, e a ser deixado à própria sorte. No Brasil, porém, o documento recebeu pouca atenção, embora coloque a América Latina como prioridade da diplomacia americana, quase como um espaço vital, um quintal sobre o qual os EUA reivindicariam soberania. Trump sempre buscou se vender como um isolacionista em política externa. Proclama ser contrário à ideia de que os EUA devam atuar como polícia do mundo, critica intervenções americanas no exterior e afirma concentrar-se nos problemas internos do país. Ocorre que esse isolacionismo parece não valer para a América Latina, tratada não como um conjunto de países soberanos, mas como uma extensão da fronteira estratégica dos EUA, zona alargada de sua própria segurança interna. A postura de Trump parte da premissa de que o mundo está dividido em esferas de influência das grandes potências. A Europa, marcada pela guerra na Ucrânia, é apresentada como condenada à decadência e, por isso, deixada para se virar sozinha. A administração americana sinaliza que não pretende mais se imiscuir no espaço pós-soviético, para não melindrar a Rússia. No máximo, promete dar algum apoio a governos de extrema direita, nada além disso. Também pretende reduzir o foco no Oriente Médio, palco de três décadas de esforços militares malsucedidos. Para os vizinhos latino-americanos, entretanto, a lógica é distinta. A nova estratégia declara explicitamente um “Corolário Trump à Doutrina Monroe”, ressuscitando o antigo lema “A América para os americanos”. Mas permanece a pergunta que acompanha essa fórmula desde o século XIX: quais americanos? O lema sempre carregou uma ambiguidade e pode soar como defesa da soberania continental. Na prática, historicamente significou “a América – isto é, todas as Américas, do Alasca à Terra do Fogo – para os Estados Unidos”, que se reservam o direito de ditar as regras aos demais povos da região. América Latina A estratégia de 2025 não deixa dúvidas quanto a essa leitura. O documento afirma sem rodeios que, como contrapartida ao recuo em outras partes do mundo, Washington negará a qualquer potência externa a possibilidade de influenciar, investir ou adquirir ativos estratégicos na região, reafirmando que a América Latina é área de “preeminência” americana. Embora não a mencione nominalmente, o alvo evidente é a China, já principal parceira comercial de muitos países do continente. Esse enquadramento também ajuda a explicar o discurso belicoso contra o que chamam de “narco-terroristas” e, sobretudo, contra a Venezuela, cujo espaço aéreo Trump declarou fechado na semana passada. Pouco importa o que cada um pense sobre o governo venezuelano – Maduro perdeu inclusive a boa vontade do governo brasileiro após descumprir acordos costurados com apoio do Itamaraty, realizando eleições contestadas. Tampouco se pode ignorar que parte da oposição venezuelana flerta com práticas antidemocráticas. Nada, porém, justifica que uma potência externa se arrogue o direito de intervir militarmente, de olho nas vastas reservas petrolíferas venezuelanas. Qualquer intervenção desse tipo desestabilizaria a região, agravaria o sofrimento da população e criaria precedentes perigosos para todo o continente. Há, sem dúvida, tensões entre o que afirma o documento e a prática da diplomacia americana. Trata-se das contradições entre, de um lado, a visão do chanceler Marco Rubio, político oriundo dos grupos latinos ultraconservadores da Flórida e defensor de uma linha dura na América Latina, e, de outro, os rompantes erráticos de Trump, que frequentemente atropela as diretrizes de sua própria equipe diante de líderes que admira. Como se viu nos últimos meses, Trump cultivou uma relação cordial com Lula. O documento publicado na sexta-feira, porém, não oferece perspectivas animadoras para a região. Ele tende a criar dificuldades justamente para países que, como o Brasil, historicamente prosperaram quando conseguiram escapar da tutela exclusiva de Washington e ampliar de forma soberana suas parcerias – seja com a União Europeia, com a China, ou por meio de cooperações Sul-Sul. Diante das preocupantes repercussões da nova estratégia para a América Latina, causa estranhamento que a imprensa brasileira não tenha dado ao documento o mesmo destaque que ele recebeu na Europa — justamente quando, no caso latino-americano, o perigo é o oposto e potencialmente mais grave. Se os europeus temem ser deixados sozinhos, a América Latina tem razões para temer que os Estados Unidos simplesmente não a deixem em paz.
Donald Trump previu a “extinção civilizacional” da Europa num documento recente sobre a segurança nacional nos EUA. Segundo o que foi divulgado, a Casa Branca critica as políticas europeias em matéria de migrações e condena medidas que considera restritivas da liberdade de expressão. Para Nuno Rogeiro, a caracterização da UE avançada pela administração Trump aproxima-se da ideia de “uma espécie de União Soviética conquistada por migrantes e minorias”. Perante todas estas afirmações sobre o futuro do continente, importa perguntar: o que corresponde realmente à verdade? E por que razão os EUA procuram transmitir esta imagem do seu velho aliado? “O principal objetivo dos Estados Unidos é garantir a estabilidade estratégica com a Rússia”, defende Rogeiro. Em causa está o papel da NATO e, consequentemente, a defesa da Europa. Neste 'Leste/Oeste', analisamos o significado político e estratégico deste documento à luz dos atuais interesses políticos internacionais. Há ainda espaço para discutir os desenvolvimentos no Donbass e os investimentos dos países europeus em defesa. Ouça aqui o programa em podcast, emitido na SIC Notícias a 7 de dezembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A cientista política Mónica Bruckmann, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, destaca que países têm riquezas minerais, enorme biodiversidade e recursos hídricos, o que atrai interesse de Washington. Casa Branca mobilizou 20% de sua força naval no Caribe, sob a justificativa de combater o narcotráfico, suscitando temores de uma invasão militar aos países vizinhos do Brasil. Matéria produzida para a disciplina Laboratório de Áudio, do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação da UFRJ.Reportagem: Enzo FeitalEdição: Vinícius Piedade
Confira os destaques do Jornal da Manhã deste sábado (29): O suspeito pelo ataque a dois membros da Guarda Nacional em uma área próxima à Casa Branca, Rahmanullah Lakanwal, será acusado de homicídio. Além disso, Trump também está envolvido em uma tensão com a Venezuela e nas negociações entre Rússia e Ucrânia. Para falar sobre esses eventos recentes, a Jovem Pan News recebe o professor e coordenador de Relações Internacionais, Frederico Seixas. Com a chegada das chuvas nos próximos meses, aos poucos a conta de luz deve ficar mais barata. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a bandeira vermelha patamar 1, será trocada pela amarela já no próximo mês. Dessa maneira, os consumidores vão passar a pagar R$1,88 para cada 100 kWh. Reportagem: Misael Mainetti. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e o ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), voltaram a conversar após rumores de ruptura e aproveitaram para articular a aprovação de Jorge Messias na sabatina, indicado por Lula para ocupar o cargo de ministro do STF. A Corregedoria da Polícia Militar prendeu, na última sexta-feira (28), cinco policiais do Batalhão de Choque. Eles são acusados de crimes cometidos durante a megaoperação realizada há cerca de um mês nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. As investigações apontam que os agentes teriam desviado dois fuzis apreendidos durante a ação policial com o objetivo de revendê-los, configurando crime militar e corrupção. Reportagem: Rodrigo Viga. O Papa Leão XIV condenou veementemente o uso da religião para justificar guerras e violência durante sua primeira viagem internacional como pontífice, realizada na Turquia, onde celebrou os 1.700 anos do Concílio de Niceia. Diante de líderes cristãos do Oriente Médio e representantes de outras tradições religiosas, o Papa classificou como “escândalo” que a fé cristã ainda seja utilizada como instrumento para legitimar perseguições e conflitos. A Comissão do Congresso Nacional pode votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na próxima terça-feira (2). A movimentação ocorre em um cenário de acirramento e desavenças entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), agendou a sessão na tentativa de destravar a pauta e garantir a votação da diretriz orçamentária, essencial para o planejamento das contas públicas. Reportagem: Victoria Abel. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), confirmou que o relator da PEC da Segurança, Mendonça Filho (União Brasil), vai apresentar os principais pontos na reunião do Colegiado de Líderes na semana que vem. Reportagem: André Anelli. A inquietude no Congresso Nacional diante da indicação de Jorge Messias como ministro do STF parece estar longe de acabar. O senador Izalci Lucas (PL-DF) conversa com a Jovem Pan News sobre a sabatina de Messias e o embate entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e o presidente Lula. A próxima semana pode ser movimentada dentro do Congresso Nacional, uma vez que o PL Antifacção pode ser votado no Senado, em meio à tensão com o governo. É importante lembrar que a gestão Lula (PT) encaminhou 58 sugestões de alteração para o texto, que será analisado no Senado Federal. Reportagem: Victoria Abel. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que todas as ordens executivas, memorandos e documentos oficiais assinados pelo seu antecessor, Joe Biden, com o uso de "caneta automática" (autopen), não têm mais validade. Segundo Trump, cerca de 92% dos documentos firmados durante a gestão Biden passaram por esse procedimento mecânico de assinatura Reportagem: Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta sexta-feira (28): O Congresso Nacional impôs uma derrota significativa ao governo Lula ao derrubar, de forma integral, 28 dos 63 vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Apesar do apelo público feito pelo Planalto na véspera, a base governista não conseguiu impedir o revés. Com a decisão, o Congresso restabelece dispositivos que tornam o processo de licenciamento ambiental mais rápido e menos rigoroso. Reportagem de Lucas Martins. Após uma agenda intensa no Congresso, o presidente Lula deve se reunir com o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira, para tratar da pauta do licenciamento ambiental. Reportagem de Igor Damasceno. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou ter expectativa de união da direita nas eleições de 2026. Durante um evento em São Paulo, defendeu calma e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de grande liderança da direita. Reportagem de Júlia Firmino. A alta cúpula do Distrito Federal começa a ser julgada nesta sexta-feira (28) no plenário da Primeira Turma do STF. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, os réus são acusados de omissão e conivência com os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Reportagem de Igor Damasceno. A PGR manifestou-se favoravelmente à concessão de prisão domiciliar ao general Augusto Heleno, considerando a idade avançada (78 anos) e o quadro de saúde grave, em razão do diagnóstico de Alzheimer. O órgão avalia que o regime domiciliar é a medida mais adequada. Reportagem de Rany Veloso. O nome do governador Romeu Zema (Novo) tem ganhado força para compor como vice uma possível chapa encabeçada por Tarcísio de Freitas nas eleições de 2026. A avaliação na direita é de que seria necessária uma ampla vantagem em São Paulo para vencer o pleito. Reportagem de Beatriz Manfredini. Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram estar finalizando uma tese a ser apresentada no Supremo Tribunal Federal, pedindo que o ex-presidente volte a cumprir pena em regime domiciliar, alegando fragilidade física e emocional. Reportagem de Igor Damasceno. A Procuradoria-Geral dos Estados Unidos informou que pode buscar a pena de morte para o responsável pelo ataque a dois membros da Guarda Nacional próximo à Casa Branca. O suspeito, Rahmanullah Lakanwal, afegão de 29 anos, teria emboscado os militares durante uma patrulha e foi ferido e detido no local. Reportagem de Eliseu Caetano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que vai pausar permanentemente a imigração de pessoas vindas de países que ele classifica como “terceiro mundo”. Ele justificou a medida afirmando que o sistema americano precisa se recuperar e prometeu encerrar milhões de ingressos ilegais aprovados no governo Biden. Reportagem de Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Confira os destaques de Os Pingos nos Is desta quarta-feira (26):Um ataque a tiros próximo à Casa Branca deixou membros da Guarda Nacional feridos. A polícia prendeu um suspeito, mas a motivação do crime ainda não foi esclarecida. Em pronunciamento, Donald Trump chamou o autor de “um animal”, afirmou que ele está gravemente ferido e garantiu que “pagará um preço muito alto” pelo ataque.Autoridades dos Estados Unidos detalharam, em coletiva, que dois membros da Guarda Nacional foram baleados e levados ao hospital. O suspeito está sob custódia, e as investigações continuam em Washington para determinar as circunstâncias do ataque.O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) criticou a antecipação do debate eleitoral e afirmou que o foco deve ser a aprovação da anistia no Congresso. Ele pediu respeito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e reiterou que sua prioridade segue sendo a gestão em São Paulo.O Senado retomou a discussão da PEC que extingue a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. O relator Marcelo Castro (MDB-PI) avançou nas conversas com Davi Alcolumbre (União-AP), e o texto deve ser reavaliado na CCJ ainda este mês. A proposta não afetaria a disputa presidencial de 2026 nem uma eventual tentativa de reeleição de Lula (PT).O Centrão decidiu romper de vez com o governo Lula (PT) após uma série de atritos e desgaste acumulado. A movimentação aumenta a pressão sobre o Planalto em meio ao avanço de pautas sensíveis no Congresso e ocorre enquanto líderes do bloco discutem punições internas e novas alianças para 2026.Você confere essas e outras notícias em Os Pingos nos Is.
Confira os destaques do Jornal da Manhã desta quinta-feira (27): Uma megaoperação conjunta entre o Governo de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi deflagrada para investigar um amplo esquema de fraude fiscal envolvendo mais de 190 alvos ligados a um grupo do setor de refinaria de combustíveis. Segundo as investigações, a empresa é considerada a maior devedora de ICMS do estado e teria causado um prejuízo estimado em R$ 26 bilhões aos cofres estaduais e federais. Reportagem: Danúbia Braga. Parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram a investir na aprovação de um projeto que reduz penas, diante da resistência crescente à ideia de anistia no Congresso. Reportagem: Victoria Abel. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade), relator do chamado ‘PL da Dosimetria', afirmou estar próximo de um acordo com parlamentares para avançar o texto na Câmara. O projeto busca reduzir as penas impostas aos condenados por tentativa de golpe de Estado. Reportagem: Rany Veloso. O governo brasileiro pode enfrentar dificuldades para conseguir a extradição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado. Especialistas apontam entraves jurídicos e políticos que podem impedir o retorno do parlamentar ao país. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) voltou a criticar o PT e reiterou sua posição contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio afirmou que pretende deixar um legado para o Brasil e recuperar o país ‘sem o comando do PT'. Reportagem: Beatriz Manfredini. Um intenso confronto armado na manhã desta quinta-feira (27) provocou o fechamento total da Avenida Brasil, principal via expressa do Rio de Janeiro. O episódio, ligado à Operação Barricada Zero, ocorreu na altura da Cidade Alta. A troca de tiros começou quando agentes iniciaram a retirada de bloqueios instalados pelo crime organizado e foram atacados por traficantes que dominam a região. Reportagem: Rodrigo Viga. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), após chamar atenção do governo sua ausência na cerimônia de sanção da lei de isenção do Imposto de Renda. O encontro teve como objetivo contornar o mal-estar político gerado e tentar reequilibrar a relação entre o Planalto e a Câmara. Reportagem: Igor Damasceno. A CPMI do INSS vota nesta quinta-feira (27) o requerimento de convocação de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF). A convocação é defendida por parlamentares que afirmam que Messias teria sido alertado sobre fraudes no INSS e ignorado os avisos. Reportagem: Rany Veloso. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como terrorismo o ataque que deixou dois agentes feridos na quarta-feira (26) em Washington, D.C. O atirador segue em estado grave. Reportagem: Luca Bassani. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, informou que o presidente Donald Trump determinou o envio de mais 500 soldados da Guarda Nacional após o ataque perto da Casa Branca. Os agentes feridos estão em estado crítico. Reportagem: Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você acompanha no Jornal da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Confira na edição do Jornal da Record desta quarta (26): Supremo mantém prisão de Jair Bolsonaro e mais cinco condenados na tentativa de golpe. General Augusto Heleno diz que tem Alzheimer e pede prisão domiciliar. Com ausências de Motta e Alcolumbre, presidente Lula sanciona isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. No RJ, criança é baleada e motoristas ficam no meio do fogo cruzado durante confronto. Nos EUA, atirador abre fogo contra integrantes da Guarda Nacional perto da Casa Branca. Incêndio em conjunto de prédios deixa dezenas de mortos em Hong Kong. E aqui no Brasil, a Anvisa aprova a primeira vacina de dose única contra a dengue.
Anvisa prova primeira vacina contra dengue de dose única do mundo, produzida pelo Butantan. Tiroteio próximo à Casa Branca amplia tensão política nos EUA. FGTS libera uso do fundo para imóveis de até R$ 2,25 milhões. Estudo mostra que escolas sem ultraprocessados reduzem obesidade em 13%. HBO Max anuncia série live-action inspirada em Seu Madruga. E nas estreias da semana, lá vai Emma Stone sofrer na mão de Yorgos Lanthimos de novo. Essas e outras notícias, você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Supremo manteve a prisão de Jair Bolsonaro e dos outros condenados na trama golpista. No Superior Tribunal Militar, ministros vão analisar se Bolsonaro e militares presos perderão postos, patentes e benefícios. O presidente Lula fez uma cerimônia sobre imposto de renda, mas Davi Alcolumbre e Hugo Motta não participaram. A ausência deles expôs a crise política entre Congresso e Planalto. Na economia, Fernando Haddad minimizou o impacto do prejuízo dos Correios nas contas públicas e defendeu o plano de reestruturação da empresa. Mas a crise das estatais não é só nos Correios: a Eletronuclear também pediu um socorro financeiro de R$ 1,4 bilhões. Em Washington, dois soldados foram baleados por um atirador perto da Casa Branca. Em Hong Kong, 44 pessoas morreram em um incêndio gigantesco. No futebol, Palmeiras e Flamengo embarcaram para a final da Conmebol Libertadores. E o Brasil da ciência: o Instituto Butantã apresentou ao mundo a primeira vacina contra a dengue em dose única.
Megaoperação mira 190 suspeitos ligados a empresa apontada como maior devedora de impostos de São Paulo. Operação na Cidade Alta, no RJ, fecha Avenida Brasil após tiroteio. Sobe para 55 o número de mortos em incêndio em Hong Kong. Trump descreve ataque contra militares perto da Casa Branca como 'ato de terror'. STF prepara pedido de extradição de Ramagem, e decisão pode caber a governo Trump
No 3 em 1 desta quarta-feira (26), o destaque foi o ataque a tiros que deixou dois soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos feridos próximo à Casa Branca. A polícia confirmou o incidente, prendeu o suspeito e isolou a área. A Casa Branca entrou em lockdown enquanto autoridades americanas investigam o caso. Reportagem: Eliseu Caetano e Fabrizio Neitzke. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o ataque, afirmando que “o animal que atirou vai pagar um preço caro”. O governo americano segue monitorando a situação em Washington D.C. O governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey (Republicanos), confirmou a morte dos dois guardas nacionais após o tiroteio. A informação foi divulgada em suas redes sociais. Reportagem: Fabrizio Neitzke. O ministro Alexandre de Moraes intimou a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a investigação apontar que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) teria utilizado um celular durante visita à sua prisão domiciliar, em violação às regras estabelecidas. Bolsonaro também passou por audiência de custódia nesta quarta-feira. Reportagem: Janaína Camelo. Os comentaristas analisaram o episódio envolvendo Nikolas Ferreira, que teria descumprido normas ao usar o celular durante a visita. Para Paulo Loiola, o caso “parece que vai ser mais uma complicação para a direita”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou a atuação da Justiça ao comentar a prisão de Jair Bolsonaro. Lula classificou o julgamento como uma “lição de democracia” e ressaltou que é “a primeira vez” que alguém é preso por tentativa de golpe de Estado. Reportagem: André Anelli. O general Augusto Heleno, condenado a 21 anos por participação na trama golpista, informou ao Exército que sofre de Alzheimer há sete anos. A defesa deve usar o quadro clínico para tentar reduzir a pena. Reportagem: Lucas Martins. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou as eleições de 2026, afirmando: “Eu quero ajudar, não preciso ser protagonista”. Ele reforçou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro: “Tenho laço de amizade e gratidão com Bolsonaro”. Reportagem: Misael Mainetti. Tudo isso e muito mais você acompanha no 3 em 1. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices
Joana Marques leva-nos até à Casa Branca, juntamente com os dois príncipes herdeiros: Mohammad bin Salman e Cristiano Ronaldo.
Apesar de parecer estar de luto, Pedro está muito animado por receber de volta o comediante e amigo Rafa Rato Pessanha no estúdio. Além de comentarem as notícias mais importantes da semana - entrevista de Manuel João Vieira, encontro entre Donald e Cristiano e o lançamento duma meia da Apple - os dois também conversam sobre latas de atum, ficar sem carta, lesões, sexualidade e os 100 montaditos.(00:00) Intro(00:23) Relação com latas de atum(05:57) Pessanha fica sem carta e carro(11:06) Conceito de brecagem(12:10) PTM contrai duas novas lesões(14:53) Tirar net do quarto para diminuir brainrot(16:08) David Fonseca sai de show de bicicleta(17:28) Behind the scenes de influencers(21:13) PTM e Pessanha questionaram a sua sexualidade em tempos(24:29) Escala de Kinsey, Diagrama de Venn e Análise SWOT(28:22) Análise de entrevista a Manuel João Vieira(36:16) PTM e Pessanha propõem mais medidas para Manuel João Vieira(42:35) Manuel João Vieira tem de facto ângulos interessantes(46:28) CR7 e Trump na Casa Branca(54:11) Novo produto Apple: iPhone Pocket(58:18) PTM é contra acessórios(01:02:20) PTM é contra os 100 montaditos(01:06:16) PTM e Pessanha jogam SongLess(01:11:42) Entusiasmo com debates presidenciais
Vai ser uma maratona. Vinte e oito debates até ao Natal. O primeiro demonstrou que em certos momentos o papel mais difícil será o do moderador. A juntar à enxurrada de debates prevê-se uma chuva de sondagens. As duas destas semana colocam em primeiro lugar o mesmo protagonista, mas têm resultados com diferenças suficientemente significativas para alimentarem horas de especulação. Também se especulou muito, nos últimos dias, à volta da ida de Cristiano Ronaldo à Casa Branca integrado numa comitiva saudita. A visita teve como ponto alto o momento em que o homem forte da Arábia foi confrontado com o assassinato de um jornalista crítico do regime, cortado às postas. Trump não gostou da pergunta da jornalista e deixou no ar a ideia de retirar a licença à cadeia de televisão que ela representa. A liberdade de expressão já não é o que era. A não ser para o próprio Trump que, interrogado por outra jornalista a respeito do caso Epstein, lhe respondeu apenas, de dedo em riste: “quiet, piggy”; “cala-te, porquinha”.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sousa Tavares comenta o encontro na Casa Branca entre dois "multimilionários que não terão grande preocupação com os direitos humanos no mundo". Questiona ainda "quem e o quê representa Ronaldo" quando visita Trump. No artigo no Expresso lembra "o melhor atleta que o futebol já viu" mas não faltam criticas a ausências importantes do capitão. Falamos ainda do plano dos EUA para a Ucrânia: "As coisas podem ser feitas, mas tem de haver uma alternativa para pôr fim à guerra" See omnystudio.com/listener for privacy information.
Confira nesta edição do JR 24 Horas: A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira (20) que os Estados Unidos zeraram as tarifas impostas a produtos agrícolas exportados pelo Brasil. A ordem executiva publicada pela Casa Branca anuncia a isenção da tarifa adicional de 40% imposta em julho como retaliação diplomática ao governo brasileiro. A lista inclui café, chás, carne bovina, frutas, temperos, tapioca e sucos. E ainda: Lula celebra retirada de taxas sobre produtos brasileiros.
Confira no Morning Show desta quinta-feira (20): O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, permanece preso na superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi detido no Aeroporto Internacional de Guarulhos enquanto tentava embarcar para fora do Brasil. Vorcaro é o principal alvo de uma operação que investiga um esquema de venda de títulos de crédito falsos. Um homem que passeava com seus cães no bairro Brooklin, região nobre da capital paulista, foi abordado por três criminosos, que estavam em três motos. A vítima era policial civil, reagiu e acabou sendo baleado por um dos bandidos. As posições recentes do vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), cobrando mérito pelo fim da concentração de usuários de drogas na chamada Cracolândia, na capital paulista, não foram bem avaliadas pelos aliados do prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A avaliação interna é de que Mello Araújo age de forma isolada, enquanto as gestões municipal e estadual trabalham em conjunto. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi visto em Miami, nos Estados Unidos, segundo um jornalista do portal PlatôBR. Ramagem, que foi condenado a 16 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, está proibido de deixar o Brasil por determinação do STF. Embora a defesa tenha recorrido da sentença, a viagem infringe as medidas cautelares impostas e eleva o alerta das autoridades para um alto risco de fuga. O ex-deputado Deltan Dallagnol entrou com uma ação na Justiça Federal de Curitiba contra o presidente Lula (PT), a primeira-dama Janja, e as empresas de locação do iate de luxo que hospedou o casal durante a COP30. O motorista de carreta Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, confessou à Polícia Civil ter inventado a história de que foi amarrado a supostos explosivos dentro da cabine do caminhão no Rodoanel Mário Covas, na Grande São Paulo. O presidente Donald Trump recebeu Cristiano Ronaldo e Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, na Casa Branca na última terça-feira (19). Vale ressaltar que Cristiano Ronaldo tem contrato com o Al-Nassr, da Arábia Saudita, até 2027 e o clube é controlado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. Essas e outras notícias você confere no Morning Show.
O episódio desta semana do podcast Diplomatas teve como tema principal a recepção de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, a Mohammed bin Salman (MBS), príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita, num evento luxuoso na Casa Branca que também contou com Cristiano Ronaldo, jogador e capitão da selecção portuguesa de futebol e do clube saudita Al-Nassr. Teresa de Sousa e Carlos Gaspar partiram da visita de MBS a Washington D.C. para analisar a estratégia da Administração Trump para o Médio Oriente, que incluiu a aprovação recente de uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as propostas do Presidente dos EUA para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. No âmbito dos últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia e a política europeia de defesa, a jornalista do PÚBLICO e o investigador do IPRI-NOVA responderam a uma pergunta de um ouvinte do podcast sobre os esforços de concertação dos investimentos dos países da União Europeia na produção e aquisição de armamento. No final do episódio, Teresa de Sousa e Carlos Gaspar reflectiram sobre os 80 anos volvidos dos julgamentos de crimes de guerra nazis pelo Tribunal Militar Internacional de Nuremberga. Texto de António Saraiva LimaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O capitão da seleção visitou a Casa Branca no mesmo dia do príncipe regente saudita, acusado de ordenar a morte de um jornalista há oito anos. Ronaldo está a ajudar a lavar a imagem saudita no mundo?See omnystudio.com/listener for privacy information.
O UFC 322 acabou embolando toda a categoria dos meio-médios do evento. O título conquistado por Islam Makhachev e as vitórias impressionantes de Carlos Prates e Michael Morales causaram uma boa dor de cabeça para Dana White, que vai ter que pensar bem em quem será o primeiro desafiante do campeão, já que Kamaru Usman e Shavkat Rakhmonov também estão no páreo. Tudo isso pode culminar em uma superluta para o evento da Casa Branca. Dá o play!
Cristiano Ronaldo foi recebido por Donald Trump na Casa Branca.
O ciclone tropical Fina pode atingir o Território do Norte na sexta-feira, aponta o serviço metereológico australiano. Polícia Federal emite alerta para que estudantes internacionais em vias de retornar para casa não vendam contas bancárias e documentos a golpistas. Relações Públicas do príncipe saudita, Cristiano Ronaldo é convidado de Trump para jantar na Casa Branca. No Brasil, Daniel Vorcaro, dono do banco Master foi preso por suspeita de crimes contra o sistema financeiro nacional.
Cristiano Ronaldo esteve ontem na Casa Branca, integrado na comitiva da Arábia Saudita. Mohammed bin Salman, acusado pela CIA de ter mandado matar um jornalista do “The Washington Post” que era crítico do regime saudita, saiu ontem da Casa Branca com elogios do presidente dos Estados Unidos pelo seu histórico em defesa dos direitos humanos. Para conversar sobre o significado desta visita à Casa Branca, recebemos no Expresso da Manhã o comentador da SIC Rui Cardoso.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O capitão da seleção visitou a Casa Branca no mesmo dia do príncipe regente saudita, acusado de ordenar a morte de um jornalista há oito anos. Ronaldo está a ajudar a lavar a imagem saudita no mundo?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Alberto Gonçalves comenta as reações ao anúncio de que Cristiano Ronaldo seria recebido por Trump na Casa Branca.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Com Gaza em banho-maria, Cisjordânia ferve e Líbano esquenta. E a política interna? Explodindo de tensão.Bloco 1- Corpo de soldado Hadar Goldin, sequestrado em 2014, é devolvido pelo Hamas.- Cisjordânia em chamas. Pogroms e violência contra palestinos e soldados.- Hezbollah ameaça Israel por conta da intensificação dos ataques.- Presidente sírio vai à Casa Branca e Israel é tema de conversas.- Trump anuncia mais um país nos acordos de Abraão. Será?Bloco 2- Lei de pena de morte para terroristas é aprovada em primeira leitura.- Lei anti-democrática para as comunicações é aprovada em primeira leitura.- Supremo não define e impasse sobre caso da conselheira jurídica do exército continua.Bloco 3- Personagem da semana- Palavra da semana- Correio dos ouvintesPara quem puder colaborar com o desenvolvimento do nosso projeto para podermos continuar trazendo informação de qualidade, esse é o link para a nossa campanha de financiamento coletivo. No Brasil - apoia.se/doladoesquerdodomuroNo exterior - patreon.com/doladoesquerdodomuroNossa página: ladoesquerdo.comNós nas redes:bluesky - @doladoesquerdo.bsky.social e @joaokm.bsky.socialtwitter - @doladoesquerdo e @joaokminstagram - @doladoesquerdodomuroyoutube - youtube.com/@doladoesquerdodomuroTiktok - @esquerdomuroPlaylist do Spotify - Do Lado Esquerdo do Muro MusicalSite com tradução de letras de músicas - https://shirimemportugues.blogspot.com/Episódio #327 do podcast "Do Lado Esquerdo do Muro", com Marcos Gorinstein e João Miragaya.
Convidado: Marcelo Lins, comentarista da GloboNews e apresentador do GloboNews Internacional. Um fantasma antigo voltou a rondar a Casa Branca nesta quarta-feira (12): o caso Jeffrey Epstein, milionário acusado de explorar sexualmente adolescentes. Deputados democratas revelaram três e-mails de Epstein que sugerem que Trump sabia das garotas. Em uma das mensagens, de 2011, Epstein diz que Trump passou horas com uma delas. Na esteira da divulgação dos e-mails, congressistas do partido de Trump tornaram públicas 23 mil páginas com documentos sobre o caso. O presidente americano sempre negou qualquer envolvimento com o caso e, nesta quarta-feira, disse que os democratas criaram uma farsa para desviar a atenção do fracasso do partido durante a maior shutdown da história dos EUA. Para explicar o que os e-mails revelam e como o caso Epstein assombra Trump, Natuza Nery conversa com Marcelo Lins, comentarista da GloboNews e apresentador do GloboNews Internacional. Lins relembra a relação entre Trump e Epstein e analisa o momento político em que os e-mails e outros documentos sobre o caso são revelados.
O presidente Trump recebeu o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, na Casa Branca, hoje. De 2017 até dezembro do ano passado, o FBI oferecia uma recompensa de 10 milhões de dólares por qualquer informação que levasse al Sharaaa à prisão, uma vez que ele era o líder do antigo braço sírio da Al Qaeda, o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Desde janeiro deste ano, entretanto, ele lidera o governo da Síria, após ter liderado a guerra civil que retirou o ditador Bashar al-assad do poder. Este é o principal assunto da live de hoje, mas não o único! Trataremos também dos mais importantes assuntos estratégicos e geopolíticos da semana!Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGKSe você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/Não deixe de acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais:Receba notificações diárias sobre assuntos estratégicos e geopolíticos no Telegram - https://t.me/+IXY-lux3x3A1ZGNhSiga-nos no Twitter - / paulofilho_90 Siga-nos no Linkedin - / paulo-filho-a5122218 Siga-nos no Instagram - / blogdopaulofilho Inscreva-se no canal do Youtube - / paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://amzn.to/351TTGK
Vocês já ouviram falar em saúde social? A gente cresce ouvindo sobre cuidar do corpo, da mente, da alimentação, do sono… mas e das nossas conexões? Nossa convidada de hoje é Kasley Killam, mestre em Saúde Pública por Harvard, autora do livro The Art and Science of Connection e fundadora da Social Health Labs. Ela defende que a qualidade das nossas relações é tão vital quanto exercício ou dieta para viver mais e melhor. Kasley já levou essa pauta para palcos como o SXSW, o WIRED Health e até para a Casa Branca. E vem acumulando pesquisas e experiências que mostram como cultivar vínculos não é luxo, é questão de sobrevivência. Hoje vamos conversar sobre o que é a saúde social, como ela pode transformar nossa vida cotidiana e de que forma precisamos repensar o futuro para colocar a conexão humana no centro do bem-estar. Porque se tem algo que ficou claro nos últimos anos, é que ninguém atravessa sozinho. _____ Anuncie no Mamilos ou contrate a consultoria Milos: mamilos@mamilos.me Saiba mais em Mamilos.me Este programa é um oferecimento Total Pass.
Confira no Morning Show desta terça-feira (04): O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa nesta terça-feira (4) o julgamento que pode cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A ação, movida pelo Ministério Público Eleitoral, investiga suposto abuso de poder econômico durante a campanha de 2022. Reportagem: Rodrigo Viga. Durante a reunião da CPMI do INSS nesta segunda-feira (03), o presidente da CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi preso em flagrante por falso testemunho. A sessão foi interrompida após parlamentares identificarem contradições em suas declarações. O Senado Federal deve instalar nesta terça-feira (04) a CPI do Crime Organizado, que terá como objetivo investigar a atuação de facções criminosas e milícias em todo o país. A primeira reunião do colegiado está marcada para 11h, quando serão eleitos o presidente, vice-presidente e o relator da comissão. A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou o perfil de 115 civis mortos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos ao todo, incluindo quatro agentes de segurança. Segundo o levantamento, todos os mortos identificados eram homens, com média de 28 anos, e 38% nasceram no estado do Rio de Janeiro. Um terço não tinha o nome do pai no registro e metade possuía mandado de prisão ou ordem de busca e apreensão. Uma pesquisa divulgada pela rede americana CNN nesta terça-feira (3) mostra que o presidente Donald Trump atingiu o pior índice de aprovação de seu segundo mandato. O levantamento, feito pelo instituto SSRS, indica que apenas 37% dos americanos aprovam sua gestão, enquanto 63% desaprovam, a maior taxa negativa desde que ele voltou à Casa Branca. Reportagem: Eliseu Caetano. Essas e outras notícias você confere no Morning Show.
Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 30, a redução imediata das tarifas sobre produtos chineses de 57% para 47% após reunião com Xi Jinping na Coreia do Sul. Foi o primeiro encontro presencial entre os dois em seis anos e resultou em um acordo temporário para aliviar a disputa entre Estados Unidos e China. De acordo com a Casa Branca, a China se comprometeu a endurecer o controle sobre a exportação de produtos químicos usados na produção de fentanil, em troca da redução tarifária.Além disso, Pequim também vai suspender por um ano as restrições às exportações de terras raras, minerais essenciais para a indústria de tecnologia, energia e defesa.Trump afirmou que a reunião foi “excelente” e disse acreditar que um acordo comercial mais amplo poderá ser assinado “em breve”.Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Aod Cunha comentam:Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores. Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade. Ao vivo de segunda a sexta-feira às 18h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista https://bit.ly/papoantagonista Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
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Integrantes do Congresso indicam que pauta pode ser adiada para o final do ano agora que Itamaraty iniciou interlocução com a Casa Branca.Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília. Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil. Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado. Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília https://bit.ly/meiodiaoa Siga O Antagonista no X: https://x.com/o_antagonista Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Convidado: Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e Professor da Universidade George Washington. Com o lema “No Kings” (Sem Reis, na tradução livre), milhões de manifestantes tomaram ruas de mais de 2.600 cidades dos EUA no último sábado. A estimativa é de que até 10 milhões de pessoas participaram dos protestos – marcados pela presença de crianças e famílias, e com manifestantes vestindo até fantasias. Os participantes criticam o que veem como uma guinada ao autoritarismo na gestão do presidente Donald Trump. Em resposta, Trump postou um vídeo feito com inteligência artificial zombando dos manifestantes. No vídeo, o presidente aparecia usando uma coroa e pilotando um avião com os dizeres “King Trump” (“Rei Trump”). O partido do presidente minimizou os atos e afirmou que eles são “antiamericanos”. Esta foi a terceira mobilização em massa desde a volta de Trump à Casa Branca, e ocorreu em meio a uma paralisação do governo. Além de estar com os serviços federais fechados, os EUA convivem com um teste de equilíbrio de poderes. Neste episódio, Natuza Nery recebe Mauricio Moura, fundador do Instituto de Pesquisa IDEIA e professor da Universidade George Washington. Mauricio avalia a dimensão dos mais recentes protestos contra Trump e responde qual é o grau de governabilidade do presidente americano com seu atual nível de popularidade.
Convidado: Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly e analista político especializado em América Latina. A portas fechadas, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. O encontro na Casa Branca durou cerca de 1h15 e resultou em uma “conversa muito produtiva”, segundo Mauro Vieira afirmou em pronunciamento. O tarifaço de 50% dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi um dos principais temas, segundo o ministro de Relações Exteriores. O ministro afirmou que “prevaleceu uma atitude construtiva” na reunião, marcada por um tom de cooperação e respeito mútuo. O encontro aconteceu na semana seguinte ao telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e foi interpretado como um passo na tentativa de distensão entre Brasil e Estados Unidos. Em conversa com Natuza Nery pouco após o encontro acabar, Brian Winter, analista político especializado em América Latina, explica o momento da relação entre os dois países. Editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian avalia que a reserva de terras raras do Brasil, a segunda maior do mundo, pode ser um ponto de unidade entre os dois países. Brian também responde como a ameaça de Trump de atacar a Venezuela esbarra no Brasil, e quais as consequências para a América Latina. Nesta semana, o presidente dos EUA confirmou ter autorizado operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela de Nicolás Maduro e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas em solo venezuelano.