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Ciência
Açores: São Miguel quer duplicar a produção de energia geotérmica até 2026

Ciência

Play Episode Listen Later May 19, 2025 9:07


O arquipélago dos Açores tem vindo a aumentar a aposta nas energias renováveis. Em São Miguel, maior ilha do arquipélago, a geotermia corresponde a cerca de 32% do total das energias renováveis. O objectivo é “duplicar a produção geotérmica em São Miguel até Junho de 2026. O que significa que a ilha vai passar a ter cerca de 65% de energias renováveis”. A garantia foi dada por Félix Rodrigues, administrador da Electricidade dos Açores (EDA) Renováveis. A energia geotérmica, que aproveita o calor do interior da Terra para produzir electricidade e aquecer edifícios, tem vindo a ganhar destaque. Graças à sua vulcânica, a ilha de São Miguel possui um enorme potencial geotérmico. O relevo vulcânico permite extrair do subsolo água a elevada temperatura e vapor, que podem alimentar as turbinas. Os cientistas garantem que os riscos sísmicos associados às explorações são controlados.Félix Rodrigues, administrador da EDA Renováveis, sublinha que há sempre riscos associados, todavia lembra que não corresponde à verdade a ideia de que a “geotermia pode provocar sismos".Há riscos associados a todas as explorações. Há risco de uma torre cair e há riscos associados à geotermia no sentido de que pode haver um blowout de um poço que rebenta. Não é uma entrada em erupção de um vulcão, mas pode afectar as pessoas que trabalham na proximidade.Portanto, estes riscos são geridos e há os cuidados de todos. E, por outro lado, é utilizado um fluido num circuito fechado que faz transferências de calor e, portanto, há algum risco associado a temperaturas elevadas, que é o caso da exploração geotérmica.Há, de facto, a ideia de que a geotermia pode provocar sismos. E a exploração geotérmica pode efectivamente provocar micro sismicidade. Ou seja, quando se está a extrair vapor e água, essa água no interior da terra provoca uma pressão. Se despressurizamos, podem haver pequenos microssismos.Nós monitorizamos e, ao longo de todos esses anos, tem sido feita uma monitorização sísmica das explorações e não há nada que tenha sido detectado. Não há sismos, grandes, micro sismicidade, sim pode ser induzida.Questionado sobre se a geotermia pode ser o caminho a explorar para uma Europa que se quer mais verde, o também professor universitário responde que "não há recursos de grande entalpia na Europa”, “apesar dos Açores serem uma referência internacional na exploração geotérmica na Europa”. O facto é que o arquipélago beneficia desta “posição privilegiada”.A geotermia de alta entalpia, usada nos Açores, “estou a falar de temperaturas muito acima dos 100 graus que atingem por vezes os 250 graus, não é fácil encontrar no território continental.”

Estadão Notícias
Carlos Andreazza: ‘Persiste o mito de que Haddad evita que governo Lula seja governo Lula'

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later May 16, 2025 39:56


No “Estadão Analisa” desta sexta-feira, 16, Carlos Andreazza fala sobre o mito de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seja a âncora que segura o ímpeto do governo do presidente Lula em relação aos gastos. Analistas entendem que o governo precisa de novos programas para melhorar a popularidade do presidente da República, de olho na eleição de 2026. Na opinião dessas fontes, as ações já previstas, como o Minha Casa, Minha Vida e o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), não estão tendo os resultados esperados e é preciso um “fato novo” para Lula ter um respiro de popularidade. A estratégia política, contudo, contraria a orientação da equipe econômica, que tem pregado cautela na adoção de estímulos fiscais. O argumento principal é a alta sensibilidade do mercado e as críticas de que o governo estaria seguindo na direção oposta à do Banco Central - que busca desacelerar a atividade econômica para conter a inflação, enquanto o Executivo aposta em medidas expansionistas. Questionado sobre o tema nesta quinta-feira, o ministro Fernando Haddad negou o eventual interesse de outros ministérios por espaço orçamentário para novos projetos ou iniciativas. Ele também reforçou que o Projeto de Lei Orçamentária de 2026 ainda não está sendo tratado. Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, o programa diário no canal do Estadão trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao See omnystudio.com/listener for privacy information.

Conteúdo Brasil
Ministro da Previdência é questionado pelo Senado sobre escândalo do INSS

Conteúdo Brasil

Play Episode Listen Later May 16, 2025 2:12


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Entrevistas Jornal Eldorado
Ciro Nogueira defende que Bolsonaro, inelegível, indique candidato ainda neste ano para 2026

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later May 2, 2025 14:53


O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, defendeu nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Eldorado, que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível, indique ainda neste ano quem deverá disputar a eleição presidencial de 2026 por seu grupo político. Segundo ele, a definição ajudaria nos preparativos para a campanha se o escolhido for alguém que esteja exercendo algum mandato agora, como o de governador. Na avaliação de Ciro, a definição só ficaria para o ano que vem em caso de escolha de alguém da família do ex-presidente para a disputa. Na entrevista, o presidente do PP também anunciou que deve ser apresentado no Senado, na próxima semana, um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes no INSS. Já há um requerimento nesse sentido na Câmara, mas Ciro argumenta que, no caso de uma comissão mista, a instalação é obrigatória e mais rápida. Questionado se a apuração também envolveria o governo de Jair Bolsonaro, já que as investigações da Polícia Federal apontam que já existia um esquema de descontos de aposentadorias e pensões naquele período, o senador disse que a CPMI deveria investigar “o tempo que for necessário”. Na conversa com a Rádio Eldorado, Ciro Nogueira também negou o envolvimento de Bolsonaro com a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula, alegando ter recebido ordens do ex-presidente, como seu ministro da Casa Civil, para conduzir a transição para o novo governo. Ciro afirmou, ainda, ser favorável à saída do governo Lula dos quatro ministros que são do União Brasil e do PP. Os dois partidos anunciaram nesta semana a formação de uma nova federação, chamada União Progressista, que terá a maior bancada na Câmara e no Senado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

GE Atlético-MG
GE Atlético-MG #443 - Galo questionado?

GE Atlético-MG

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 57:08


Cuca tem razão na declaração sobre o investimento do clube? Treinador e diretoria estão em rota de choque? Quais são as carências do elenco? Jogadores têm responsabilidade pelo momento da equipe? Com Carol Leandro, Henrique Fernandes, Pedro Spinelli e Rodrigo Franco

Conteúdo Brasil
Presidente do Banco Central tenta explicar juros e Taxa SELIC e é questionado por Senadores

Conteúdo Brasil

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 2:12


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Conteúdo Brasil
Presidente do Banco Central tenta explicar juros e Taxa SELIC e é questionado por Senadores

Conteúdo Brasil

Play Episode Listen Later Apr 23, 2025 1:57


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Convidado
Cimeira Global da Deficiência debate políticas e estratégias mais inclusivas

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 9:08


Decorre em Berlim, entre hoje e amanhã, a Cimeira Global da Deficiência (Global Disability Summit). O encontro reúne políticos, organizações da sociedade civil e especialistas de todo o mundo. De acordo com as Nações Unidas, cerca de 15% da população mundial tem alguma deficiência. O objectivo da cimeira é debater políticas e estratégias mais inclusivas, além de debater o lugar ocupado pelas pessoas portadoras de deficiência na sociedade. A participar neste evento está Bernardino Gonçalves, presidente da Associação Cabo-verdiana de Deficientes, que sublinha tratar-se de “um evento internacional que é dedicado a promover a inclusão das pessoas com deficiência em todo o mundo, fomentando a adopção de compromissos por parte dos Estados e promovendo políticas inclusivas para garantir a inclusão e a plena participação das pessoas com deficiência. Então, reúne um grande número de partes interessadas, tanto de alto nível, incluindo governos, agências multilaterais, sector privado, académicos e, também, como não poderia faltar, a organizações da sociedade civil e especialmente, organizações de pessoas com deficiência.”A edição deste ano da cimeira chama a atenção para a necessidade de alocar 15% dos programas dos orçamentos para a inclusão de pessoas com deficiência, que representam, precisamente, 15% da população global.Questionado sobre o “bom comportamento” de Cabo Verde em relação à questão da inclusão e acessibilidade para deficientes, Bernardino Gonçalves reconhece que o país tem legislação, todavia é necessário maior aplicabilidade da letra de lei no dia-a-dia dos deficientes:A nossa legislação é muito amiga da inclusão das pessoas com deficiência, desde a infra-estrutura máxima que é a Constituição da República e fala concretamente da inclusão das pessoas com deficiência, o tratamento especial adequado que o Estado deve dar… Adoptamos a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência desde 2010. Este ano vai completar 15 anos. Temos que ver o nível de implementação. Nós temos, também, a lei de Bases Gerais do Regime Jurídico de Prevenção, Habilitação, Reabilitação e Participação da Pessoa com Deficiência, entre outras. Infra-estrutura legal que nós temos.No ano de 2024 foi aprovada a Estratégia Nacional de Inclusão das Pessoas com Deficiência. Então, em termos de infra-estrutura legal e de desejo e de vontade legislativa, nós temos. Agora, a implementação na prática, tem desafios.Hoje vemos que há muitos serviços de Estado que não são acessíveis. A barreira que conseguimos ver mais facilmente, a inacessibilidade física.Isto prova que que precisamos de organizações de pessoas com deficiência, activas, actuantes e fortes, para podermos aqui e acolá, ir vencendo, ir fazendo com que a sociedade, a começar pelo Governo, pelas entidades públicas, sejam acessíveis, sejam inclusivas (...) e fazer com que o país cada vez mais seja um país “normal” para todos os seus filhos, incluindo os 10% da população cabo-verdiana que têm alguma deficiência.

#Provocast
#258 - Roberto Muylaert

#Provocast

Play Episode Listen Later Mar 27, 2025 52:53


Marcelo Tas recebe Roberto Muylaert no Provoca. Engenheiro de formação, mas consagrado como jornalista e escritor, o convidado foi secretário de Comunicação Social da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso, presidiu a Bienal de São Paulo e organizou os primeiros festivais de jazz do Brasil. No programa, ele relembra sua passagem pela presidência da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura e compartilha sua visão sobre o papel das revistas no mercado atual da comunicação. Durante sua gestão na FPA, Muylaert contribuiu para a realização de programas clássicos que marcaram a história da TV Cultura, como Castelo Rá-Tim-Bum, Mundo da Lua e X-Tudo. Questionado por Tas sobre as diferenças entre televisão estatal e pública — como é o caso da Cultura —, ele destaca: "as empresas estatais, de um modo geral, com exceções, são muito pouco eficientes e criativas. Então, uma empresa estatal, em geral, é chata. Agora, quando você põe uma estatal na comunicação, que é multifacetada, onde muitas pessoas têm que fazer a coisa direito para dar certo, aí você vê que é impossível ter uma boa televisão estatal, com exceções. A TV pública é diferente. Na TV pública, você tem um conjunto de pessoas não subordinadas às regras da estatal e podendo se responsabilizar por aquilo”, afirma.

Convidado
"A Ucrânia está completamente dependente dos Estados Unidos"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 9:14


Depois de uma longa conversa telefónica, esta terça-feira, 18 de Março, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um entendimento com o homólogo russo, Vladimir Putin, para um cessar-fogo parcial na Ucrânia. Trata-se de uma trégua de 30 dias que suspende ataques contra recintos energéticos e se os europeus deixarem de armar a Ucrânia.  Putin e Trump concordaram em iniciar "imediatamente" negociações, que terão lugar no Médio Oriente, sobre uma possível trégua gradual na guerra. Todavia, no terreno, os combates continuam, pouco depois do fim do telefone entre os dois estadistas, ouviram-se explosões em Kiev. A Rússia, por seu lado, afirmou ter evitado várias tentativas de incursão terrestre do exército ucraniano na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia.Para Vítor Gabriel Oliveira, secretário-geral da SEDES Europa - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social - este telefonema entre a Casa Branca e o Kremlin mostra que Trump “terá ajustado muita coisa para aquilo que Putin pretende, para realmente dizer: ‘Eu consegui quebrar a guerra na Ucrânia, eu consegui negociar 30 dias de cessar-fogo na Ucrânia. Fui eu consegui'”, ou seja, uma medalha para “consumo interno”, uma vez que o actual presidente norte-americano está focado na política interna, “mesmo que para isso os Estados Unidos se coloquem por debaixo de Putin, o que para alguns sectores norte-americanos não está a ser muito bem visto.”Moscovo aceitou suspender os ataques contra infra-estruturas energéticas na Ucrânia durante 30 dias, no entanto, o presidente russo exigiu, para o efeito, o fim do "rearmamento" da Ucrânia e o cessar da ajuda ocidental a Kiev.Em reacção, o chanceler alemão Olaf Scholz e o Presidente francês Emmanuel Macron garantiram que a ajuda militar à Ucrânia vai continuar: "Continuamos a apoiar o exército ucraniano na sua guerra de resistência contra a agressão russa", afirmou Emmanuel Macron."A União Europeia e o Reino Unido, a partir do momento em que Trump tomou posse, foram completamente excluídos. Portanto, a União Europeia passou a ser um pilar isolado deste cinturão de forças tripartido: China, Rússia e Estados Unidos. Portanto, o objectivo dos Estados Unidos foi não só militarmente, mas também com a aplicação de taxas, isolar a União Europeia. Portanto, a União Europeia, de certa forma, na relação com os Estados Unidos, está fragilizada, mas também tem dado boas respostas como é este programa do rearmamento", explica Vítor Gabriel Oliveira.O analista político acrescenta que “é muito importante que os líderes dentro da União Europeia e do Reino Unido comecem a pensar na pedagogia de guerra”, não apenas no sentido da mobilização de recursos humanos para a guerra, mas no sentido de explicar aos seus cidadãos a necessidade de alocar verbas para defesa europeia, financiamento esse que vai fazer falta noutro sítio. Entretanto, para esta tarde está prevista uma conversa telefónica entre o Presidente norte-americano Donald Trump e o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, na qual serão discutidas “as próximas etapas” segundo Kiev. Zelensky disse ainda esperar obter de Donald Trump esclarecimentos sobre a conversa que este manteve na terça-feira com Vladimir Putin.Questionado sobre o que se pode esperar deste telefonema, o secretário-geral da SEDES Europa é peremptório: “é que ele [Zelensky] seja informado do que se passou e Donald Trump dir-lhe-á ainda o que é que vai acontecer no futuro. Porque a Ucrânia está completamente dependente dos Estados Unidos. (...) Provavelmente, Zelensky tentará negociar em termos comunicacionais, para consumo interno na Ucrânia - porque sabemos que provavelmente irá a eleições - o porquê de aceitar aquilo que Donald Trump irá impor.” 

O Assunto
O temor de recessão nos EUA

O Assunto

Play Episode Listen Later Mar 13, 2025 34:34


Questionado sobre o risco de uma recessão na maior economia do mundo, Donald Trump não respondeu nem que sim nem que não, mas afirmou: "eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é algo grande". A entrevista do presidente dos EUA foi ao ar no domingo e derrubou mercados no início da semana. Na terça-feira, 100 chefes de grandes empresas americanas pediram uma reunião com Trump. Na mesa, cobraram maior previsibilidade da política econômica dos EUA, país que trava uma batalha com parceiros comerciais ao redor do planeta. A cobrança ao presidente dos EUA acontece após 50 dias de idas e vindas sobre quanto – e quando – os EUA cobrariam de tarifa em relação às importações de aço e alumínio. A medida, que entrou em vigor na quarta-feira (12), atinge em cheio o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais, incluindo o Brasil. Para falar sobre o atual momento da economia americana, Natuza Nery conversa com Otaviano Canuto, membro sênior do Policy Center for the New South e professor na Universidade George Washington. Canuto, que foi vice-presidente do Banco Mundial e diretor executivo no FMI, analisa quais os riscos de uma recessão, avalia os efeitos para a economia global e explica os motivos que levaram os ânimos com o presidente dos EUA mudarem.

Resposta Pronta
CGTP. AD e PS não deviam estar "de cabeça erguida"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 10:30


As políticas do Governo "em nada melhoraram a vida dos trabalhadores". Questionado sobre os acordos de concertação social, o secretário-geral, Tiago Oliveira, invoca o "contexto eleitoral".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Ciência
Até 2050, 60% dos adultos vão ter excesso de peso ou obesidade

Ciência

Play Episode Listen Later Mar 11, 2025 9:11


Até 2050, se nada for feito, o excesso de peso e a obesidade vão afectar um em cada três adultos e uma criança ou adolescente em cada três. Os dados constam de um estudo publicado na revista The Lancet. Os autores consideram que a inacção dos governos, ao longo dos últimos 30 anos, conduziu a um aumento alarmante do número de pessoas afectadas. Sobre a questão da obesidade, traçamos neste magazine Ciência, o panorama em Angola com o especialista em saúde pública Jeremias Agostinho. Até 2050, se nada for feito, o excesso de peso e a obesidade vão afectar um em cada três adultos e uma criança ou adolescente em cada três. Os dados constam de um estudo publicado na revista The Lancet, que reúne dados de 204 países e territórios do mundo.Os autores consideram que a inacção dos governos face à crescente crise da obesidade e do excesso de peso ao longo dos últimos 30 anos conduziu a um aumento alarmante do número de pessoas afectadas. Entre 1990 e 2021, o número quase triplicou entre os adultos com mais de 25 anos, passando de 731 milhões para 2,11 mil milhões, e mais do que duplicou entre crianças e adolescentes dos 5 aos 24 anos, passando de 198 para 493 milhões."Sem uma reforma urgente das políticas e acções concretas, 60% dos adultos, ou seja, 3,8 mil milhões de pessoas, e quase um terço (31%) das crianças e adolescentes, ou seja, 746 milhões, deverão ter excesso de peso ou ser obesos até 2050", alerta o documento.Mais de metade dos adultos com excesso de peso ou obesidade vive actualmente em apenas oito países: China (402 milhões), Índia (180 milhões), Estados Unidos (172 milhões), Brasil (88 milhões), Rússia (71 milhões), México (58 milhões), Indonésia (52 milhões) e Egipto (41 milhões). Os dados são de 2021.Sobre a questão da obesidade, traçamos neste magazine Ciência, o panorama em Angola com o especialista em saúde pública Jeremias Agostinho. “Aqui não temos dados concretos em relação à obesidade, porque não é uma doença de notificação obrigatória. As instituições de saúde não notificam os casos que identificam para a Direcção Nacional de Saúde Pública. Então, não temos noção de qual é a situação no geral. Os dados que temos são apenas de médicos que habitualmente lidam com a doença. Estamos a falar especificamente, por exemplo, de diabéticos, muitos diabéticos que são obesos também. Os endocrinologistas habitualmente dão os seus dados, em torno de cerca de 10% dos pacientes. Estima-se que essa seja a nossa taxa nacional. É só uma estimativa, porque não temos estudos que nos mostrem qual é panorama do país.” Entretanto, no decorrer da entrevista, o médico contactou a coordenadora do programa do Ministério da Saúde sobre as doenças crónicas não transmissíveis, que avança a cifra de 20% a nível nacional e diz que, segundo a OMS, a taxa pode estar em torno de 28% da população com obesidade. Todavia, Jeremias Agostinho relembra que isso são dados, "são muito questionáveis, porque não tem uma abordagem nacional." Os casos de obesidade concentram-se mais nas “zonas urbanas, principalmente nas das grandes cidades como Luanda, Huíla, Benguela e Huambo”. “A maior parte da população obesa é feminina”, explica o especialista.Questionado sobre as razões da obesidade, Jeremias Agostinho é peremptório” deve-se, principalmente, por causa do nosso estilo de vida”. O médico acrescenta que a população é “sedentária” e o facto de não existirem locais para a prática de desporto ao ar livre, nem segurança agrava a situação. Além disso, o médico alerta para a elevada iliteracia alimentar: “Temos níveis de literacia em saúde muito baixos e as pessoas não sabem da importância da variedade dos alimentos, de consumir proteínas numa determinada quantidade, açúcares numa determinada quantidade. As pessoas consomem o que é possível e isto tudo tem o seu impacto. E infelizmente, na nossa sociedade, o indivíduo obeso ainda é visto como um indivíduo saudável. Quando a pessoa aumenta de peso, habitualmente ouve sempre:  “a tua vida está a melhorar. Estás bem! Estás gordo, sim senhor!”. É sinónimo de ostentação.”A subnutrição é um problema de saúde pública em AngolaJeremias Agostinho avança que num debate recente entre a classe médica sobre a obesidade, “nós éramos unânimes em como, cá entre nós, não representa um problema de saúde pública. Aqui, o problema é o contrário: a subnutrição." "A subnutrição é um problema de saúde pública. Estamos a falar de aproximadamente 50 a 60% das crianças. E, infelizmente, a nossa população é maioritariamente jovem. Temos cerca de 70% da população com menos de 35 anos. E as crianças representam provavelmente cerca de 15%, a maior parte delas sofre de subnutrição. Então, hoje o problema que temos é de subnutrição”, conclui.

Entrevistas Jornal Eldorado
São Paulo promete plantar 120 mil árvores para enfrentar ilhas de calor da cidade

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 12:48


Em resposta aos crescentes eventos climáticos extremos, a Prefeitura de São Paulo anunciou uma nova estratégia para combater as mudanças climáticas e reduzir as ilhas de calor na cidade: a criação de pequenas florestas urbanas. O Secretário Municipal de Subprefeituras, Fabrício Cobra, revelou ao Jornal Eldorado que o plano envolve o plantio de 120 mil árvores, com foco especial nas áreas mais carentes de arborização, identificadas pelo mapa de calor como o centro e a zona leste. O "Futuro Mais Verde" prevê, além do plantio de espécies nativas, a criação de jardins de chuva para microdrenagem e a preservação de áreas verdes existentes. Questionado se a cidade está preparada também para o salto de demanda do serviço de podas, hoje alvo de críticas por parte da população, Cobra garante que o projeto prevê a manutenção das novas árvores e das outras 650 mil árvores do viário urbano paulistano. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
A situação da Guiné-Bissau analisada por vários quadrantes da sua sociedade

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 27, 2025 17:07


Esta quinta-feira 27 de Fevereiro marca, segundo a oposição guineense, o dia do fim do mandato do Presidente Sissoco Embaó, este sendo o quinto aniversário da data em que tomou o poder. Neste sentido, tanto a coligação PAI Terra Ranka, como outras estruturas como as alas do Madem-G15 e do PRS que se opõem ao actual poder, consideram que devem ser organizadas eleições até ao mês de Maio para se repor a legalidade. Esta é a posição defendida nomeadamente por Francisco Sousa Graça, presidente do PAIGC em França, que ontem esteve presente na concentração e acto de entrega pelo "Colectivo da Sociedade Civil da Guiné-Bissau" à Assembleia Nacional francesa de uma carta pedindo que seja retirada ao Presidente Sissoco a Legião de Honra que lhe foi concedida em Dezembro pelo seu homólogo francês. O representante do PAIGC em França considera que este sinal poderia incitar outras entidades a também mudarem de atitude relativamente à situação da Guiné-Bissau."Uma posição correcta das autoridades francesas em relação à Guiné-Bissau podia ajudar a influenciar a tomada de decisões ou então a influenciar o comportamento das outras instituições ou de toda a comunidade internacional. Mesmo porque a França é que apoia muito o Sissoco Embaló. A França entre aspas, porque a França é o Presidente francês que apoia, não sei por que razões, se calhar tem qualquer coisa por trás que ainda nós não descobrimos. Mas a França está muito, muito implicada com o apoio para que Sissoco continue no poder", constata Francisco Sousa Graça que se mostra pouco esperançado nos resultados das consultas que estão a ser conduzidas actualmente em Bissau pela missão de alto nível da CEDEAO. "Acho que não vai resultar num consenso, em qualquer coisa de bom que se pode almejar para construir a paz ou a tranquilidade na Guiné-Bissau", diz o representante político.Presente na concentração organizada ontem junto da Assembleia nacional, Iaia Djassi, membro da delegação do PAIGC em Paris, também se mostra pouco esperançoso quanto a uma acção da CEDEAO. "Nunca estive esperançoso sobre essa missão de CEDEAO na Guiné-Bissau, porque tivemos vários exemplos sobre como que eles têm resolvido os problemas dos cidadãos. Temos exemplos. Por exemplo, no caso Senegal foram os cidadãos senegaleses que resolveram o problema deles. Acho que a solução para a Guiné-Bissau passa realmente pelos guineenses e pelos amigos da Guiné-Bissau também", comenta o jovem militante.Expectante está, por seu turno, Paulo Mendes Cassamá, uma das pessoas que foi agredida à margem de um encontro mantido entre a Diáspora guineense e o Presidente Sissoco em Dezembro. Também presente na concentração de ontem junto ao parlamento francês, Paulo Mendes Cassamá deu conta da sua situação actual e disse esperar que justiça seja feita."A minha situação de saúde não está muito bem. Olha para a minha mão direita. Olha que não consigo estender a mão. Andaram em cima das minhas mãos e tenho outro problema no braço esquerdo, no ombro esquerdo, estou com dores. Na semana passada, dormi com um aparelho para testar o estado físico. Fiz 24 horas com o aparelho e agora estou à espera do resultado para ver o que isto vai dar. Depois dessa agressão, nunca mais fiquei o mesmo. Já tenho 58 anos, não sou criança. E o meu trabalho é nas obras. Sabe-se muito bem que é preciso um grande esforço. E a única coisa que eu quero é que a justiça se faça", desabafa este membro da diáspora guineense em França.Em Paris, noutras Diásporas e também em Bissau, os olhares continuam focados sobre a situação política do país no preciso momento em que se encontra desde domingo na capital guineense uma delegação da CEDEAO cuja agenda é manter encontros com todos os actores políticos, numa altura em que o Presidente Sissoco acaba de anunciar no domingo que pretende organizar eleições gerais a 30 de Novembro, alegando que o seu mandato termina oficialmente no dia 4 de Setembro, em referência ao dia em que foi oficialmente reconhecido presidente pelo Supremo Tribunal.Este é também o argumento desenvolvido por Lesmes Monteiro, jurista e Secretário de Estado da Juventude, ao ser questionado sobre o enquadramento legal do período decorrido entre a tomada de posse do Presidente Sissoco e a "regularização" da sua situação pela justiça."Temos que lembrar que na altura o oponente do Presidente era Domingos Simões Pereira. Na altura ele não reconheceu os resultados eleitorais. Entrou com um processo de contencioso eleitoral que, segundo a lei, devia suspender os efeitos da publicação do resultado por parte da CNE. (...) Ele teve que tomar a posse simbólica e permaneceu no poder até agora. Então podemos qualificar aquele acto em termos jurídicos, de "usurpação do poder" a partir do 27 de Fevereiro até ao 4 de Setembro (de 2020). Então, este interregno, este espaço de tempo pode ser qualificado como uma ocupação indevida do poder. Mas, independentemente disso, mesmo que suponhamos que o mandato do Presidente terminaria hoje em termos da lei eleitoral, as eleições devem ser realizadas entre Outubro e Novembro deste ano. Podemos recuar no tempo e ver o fim do mandato de José Mário Vaz, que terminou no mês de julho. Ele só realizou as eleições no mês de Novembro e a segunda olta no mês de Dezembro. E saiu de poder, de facto, no mês de Fevereiro. Então, nesta perspectiva, não há nenhum alarme, não há nenhum problema, porque temos o antecedente do único Presidente que já completou o mandato, que é o José Mário Vaz. Ele fez eleições depois do término do seu mandato. Então, é fácil conseguirmos um consenso para entrarmos num quadro de estabilização definitiva e irmos às eleições legislativas e presidenciais ainda este ano e sair deste imbróglio", considera o jurista.Questionado sobre as suas expectativas quanto ao papel a ser desempenhado pela missão da CEDEAO, o Secretário de Estado da Juventude, diz que se trata para os seus membros de "ouvir, compreender as diferentes perspectivas e no final fazer um comunicado, pedir diálogo, dar apoio, suporte técnico e financeiro para a realização das eleições. Então, no fundo, são os guineenses que vão ter que resolver os seus problemas. (...) Não é a CEDEAO que vai ditar as regras no nosso país".Recebido ontem pela missão da CEDEAO, juntamente com uma delegação da sua organização, Bubacar Turé, Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos apresentou um memorandum em sete pontos para ajudar o país a sair da crise e preconizou a realização de uma cimeira extraordinária da CEDEAO sobre a Guiné-Bissau. Apesar de não alimentar grandes expectativas, ele diz que a missão oeste-africana pareceu estar atenta durante o encontro."Nós notamos que a missão esteve atenta e registou. Tomou boa nota das nossas recomendações, das informações constantes no nosso memorandum que foi entregue. E nós pensamos que a CEDEAO não tem outra alternativa senão cumprir com essas recomendações, porque são recomendações mínimas. A CEDEAO, se estiver comprometida com esses valores e estiver interessada em ajudar a Guiné-Bissau para sair desta crise profunda em que está mergulhada, não tem outra alternativa senão cumprir essas recomendações", declara o activista que, no entanto, não deixa de recordar que "a CEDEAO provou, ao longo desse tempo todo, a sua incoerência, a sua incapacidade de resolver os problemas dos países, neste caso em concreto, da Guiné-Bissau."

Entrevistas Jornal Eldorado
Secretário de Nunes diz que “Prisômetro” melhora sensação de segurança da população de SP

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 14:37


A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta terça-feira o “Prisômetro”, um painel 24 horas que vai atualizar em tempo real o número de prisões realizadas por meio do Smart Sampa, um sistema de câmeras de segurança que usa reconhecimento facial para identificar suspeitos, foragidos e pessoas desaparecidas. O equipamento foi instalado na rua XV de Novembro, em frente ao Centro de Comando do Smart Sampa. O lançamento ocorreu em meio a críticas sobre o uso da tecnologia de reconhecimento facial nos blocos de carnaval. Em ofício encaminhado ao prefeito Ricardo Nunes, o núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública pediu a suspensão da medida. A Defensoria se baseia em recomendação da ONU e não fala no documento sobre evitar prisões, mas se posiciona contra a PM invadir blocos de rua para "caçar" pessoas colocando em risco os foliões. Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, chamou de “esdrúxulo e ridículo” o pedido da Defensoria e alegou que a divulgação das prisões realizadas pela Guarda Civil Metropolitana “dá mais transparência e melhora a sensação de segurança das pessoas”. Questionado sobre a autorização dada pelo Supremo Tribunal Federal para que guardas municipais passem a fazer policiamento ostensivo e prisões em flagrante, o secretário disse que a GCM, que deve mudar de nome, já cumpria esse papel e está preparada para realizar essas ações.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Guerra na Ucrânia: "Estamos em risco de passar de um mundo democrático para um mundo de ditadura"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 14:26


Nesta segunda-feira, assinalam-se os três anos da invasão russa do território ucraniano, 2025 marcando igualmente os 11 anos do início da ofensiva de Moscovo contra o leste do país. Anos de incerteza recordados hoje em Kiev pelo Presidente Volodymyr Zelensky na presença de líderes europeus, seus aliados, nomeadamente a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e também o Presidente do Conselho Europeu, António Costa. Três anos depois da invasão da Ucrânia, a situação no terreno continua difícil para as tropas ucranianas que enfrentam a falta de meios para combater. No aspecto político, o regresso de Donald Trump à Casa Branca marcou também uma viragem completa do posicionamento dos Estados Unidos relativamente ao conflito, com o Presidente americano a dialogar com Vladimir Putin sobre um possível processo de paz, na ausência da Ucrânia e do resto da Europa.Para além destes aspectos, o dia 24 de Fevereiro de 2022 também marca o começo do exílio para muitos ucranianos que a guerra empurrou para fora do seu país.De acordo com as Nações Unidas, desde o início da invasão russa e até sensivelmente Julho do ano passado, a Europa acolheu mais de 6 milhões de refugiados ucranianos que se repartiram maioritariamente nos países circundantes.Em França, chegaram quase 67.000 e Portugal acolheu um pouco mais de 63.000 ucranianos, sendo que esta comunidade abrange actualmente mais de 117.000 pessoas de norte a sul de Portugal.Abraão Veloso fundou o Centro Social e Cultural Luso-Ucraniano em Braga em 2015 pouco depois da invasão do leste da Ucrânia. "Esta associação nasceu em resposta à invasão do Donbass. Um amigo ucraniano, um dia, veio pedir-nos ajuda porque o país dele estava em dificuldade e nós dissemos que estávamos disponíveis para mobilizar a sociedade e depois surgiu esta associação, porque sem uma associação não é possível fazer nada", conta o líder associativo."Havia muitos deslocados, sobretudo do Donbass. E nós procuramos, na medida do possível, enviar ajuda. Nesse tempo era muito mais difícil, uma vez que a sociedade não estava muito virada para a questão ucraniana. Era uma questão lateral. Mas nós, nesse período, fizemos isso. Trabalhámos muito com a comunicação social para alertar que havia ali uma guerra que estava a consumir muitas vidas. Naqueles anos antes da invasão, fala-se em cerca de 15.000 mortos, portanto um número muito elevado", refere Abraão Veloso.Ao evocar o acolhimento de refugiados ucranianos no extremo norte de Portugal, o activista social diz que "em Braga foram acolhidos excelentemente, porque houve aqui um acordo entre as diversas instituições a Câmara, a Cruz Vermelha e outros e a associação. Um hotel foi colocado ao serviço da chegada desses ucranianos refugiados. Foram diversos autocarros, nomeadamente a Cracóvia, buscar refugiados. E quando chegaram a Portugal tinham um hotel todo por sua conta para os acolher. E depois foi feito o encaminhamento uns para as famílias, outros para os amigos. (...) Um técnico fez o primeiro embate dos ucranianos com as instituições para terem um acolhimento temporário. Iam com eles a Segurança Social, ao Centro de Emprego, aos diferentes organismos aqui da região, às escolas".Desde 2015 e sobretudo, nestes últimos três anos, chegaram milhares de ucranianos a Portugal, o líder associativo recordando ter chegado a apoiar duzentas pessoas ao mesmo tempo. "Neste momento, o número é muito menor, porque eles, tal qual os portugueses, têm vontade de voltar à sua terra."O regresso à Ucrânia é, de facto, o horizonte de muitos refugiados que se encontram em Portugal, constata também Roman Grymalyuk que vive no Algarve hà vinte anos e que contrariamente aos seus compatriotas, pretende prosseguir o seu caminho em terras lusas.Contudo, isto não significa que se tenha desligado do seu país de origem, Roman Grymalyuk tendo criado há dois anos e meio a Oranta, Associação de Apoio à Comunidade Ucraniana no Algarve. Para além de apoiar os refugiados que chegam a Portugal, esta associação também fornece algum apoio logístico à Ucrânia."Nós estamos a trabalhar com vários batalhões e com várias instituições médicas na Ucrânia. Estamos a transformar vários tipos de veículos, principalmente veículos 4X4 para carrinhas de resgate dos feridos da zona de combate, tanto como os carros para transportar os feridos do centro de estabilização para hospitais", explica o activista que ao regozijar-se com o facto de "muitos municípios do Algarve entenderem o que está a acontecer no país", refere ter tido "a possibilidade de ajudar os ucranianos -para já- na tradução da língua porque nem todos os que vão (a Portugal) têm a mínima ideia da língua portuguesa. Começámos a falar com escolas, começámos a falar com municípios. Tivemos muita sorte porque tivemos muitas respostas positivas"."Até não há muito tempo atrás, nós estivemos a fazer algumas contas da quantidade de coisas que aconteceram só no município de Lagos. Por exemplo, tivemos mais de 740 pessoas que receberam apoio aqui na nossa zona", constata ainda o líder associativo ucraniano que não deixa de observar, tal como Abraão Veloso que a tendência é frequentemente tentar regressar ao país"No fim do primeiro ano da invasão russa na Ucrânia, voltaram mais ou menos à volta de 20% das pessoas que chegaram nos primeiros tempos da invasão. Claro que temos várias pessoas que já se sentem muito bem em Portugal, porque já é o terceiro ano. Há algumas pessoas que já tomaram a decisão que vão continuar a viver em Portugal, gostaram do sítio ou até algumas já montaram famílias aqui em Portugal. Mas também temos ainda muito pessoas que têm a esperança de que isto acabe o mais rápido possível, porque querem voltar para a Ucrânia", constata Roman Grymalyuk.Questionado sobre a sua recente estadia na Ucrânia no ano passado, depois de um longo período de ausência, o activista social dá conta da sua dor."Para mim foi um bocado complicado, porque foi por um caso muito triste para mim, pelo falecimento do meu pai. Foi por isso que eu voltei à Ucrânia. Mas, como já durante os últimos três anos, estava completamente envolvido nos apoios e em contacto com militares e com médicos, tinha tomado a decisão de fazer a minha viagem para a linha de frente, para ver tudo lá no sítio, para falar como eles mesmo lá no sítio, para perceber melhor o que é que falta", recorda Roman Grymalyuk."Quando cheguei, vou dizer a verdade, fui a algumas zonas que não foram afectadas pela guerra. Fiquei muito surpreendido porque o país ficou muito mais evoluído nalgumas partes, mas também fiquei muito triste ao ver em vilas e cidades, onde as pessoas mesmo assim tentavam fazer uma vida normal. E houve momentos em que me vieram lágrimas, porque não podia perceber como é possível crianças crescerem com este barulho, a ouvir os disparos, os bombardeamentos e estar tão tranquilo", conta o responsável associativo."Hoje em dia, estamos numa situação muito grave. Não é só para a Ucrânia. Estamos numa situação muito perigosa, tanto para a Europa, como para o futuro mundial, porque hoje estamos em risco de passar de um mundo democrático para um mundo de ditadura", conclui Roman Grymalyuk.

Convidado
Desmantelamento da USAID: "África vai ter que se reinventar em termos de busca de financiamento"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 11:28


A decisão da administração Trump de sair de algumas instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde ou suspender por três meses o apoio fornecido pela sua agência de cooperação, a USAID, com excepção dos programas alimentares, tem estado a gerar um clima de grande incerteza em África, designadamente em Moçambique, país que depende em larga medida do apoio dos Estados Unidos. De acordo com os últimos dados disponíveis, Moçambique foi o país lusófono que mais recebeu a ajuda da USAID em 2023, o envelope tendo ascendido a mais de 664 milhões de Dólares para diversas áreas, apoio humanitário e agricultura em Cabo Delgado, Direitos Humanos, desenvolvimento, orçamento do Estado, e sobretudo o pelouro da saúde.Para evocar as consequências imediatas em Moçambique da decisão de Trump, a RFI falou com dois membros activos da sociedade civil, nomeadamente Ben Hur Cavelane, consultor independente para a área das finanças públicas, que dá conta de uma situação globalmente difícil."A ajuda da USAID para Moçambique é de capital importância. Tanto é que quando houve pronunciamento por parte do governo americano, acabou mexendo com a parte política, mas também com a parte social, porque grande parte da ajuda que Moçambique recebe através dessa Agência de desenvolvimento vai para sectores sociais, como, por exemplo, para o lado da saúde. Uma parte dos programas do sector da saúde são financiados pelos programas da USAID, mas não só. Temos também alguns programas de capacitação institucional e boa governação que também beneficiavam desse tipo de ajuda. Hoje muitos projectos estão parados, grande parte nas províncias que precisam de facto desse tipo de financiamento, falo concretamente das províncias de Cabo Delgado onde temos a situação de insurgência, temos a situação de pessoas que estão deslocadas. Tem a província de Nampula, que também precisa deste tipo de apoio. Temos os centros de refugiados que na sua maioria, têm-se beneficiado da ajuda da agência de desenvolvimento norte-americana e isso tem estado a comprometer aquilo que são os programas das grandes organizações locais, mas também mesmo das organizações que recebem directamente ajuda para implementar alguns programas a nível nacional", refere Ben Hur Cavelane."Na semana em que o governo norte-americano apareceu a fazer o pronunciamento, o que aconteceu é que o próprio governo (moçambicano) apareceu a explicar que iria fazer uma grande ginástica para obter financiamento para investir nesses projectos que já tinham sido aprovados, que era para implementar neste ano de 2025. Eu recordo-me de ter falado com alguns colegas que trabalham num projecto em Cabo Delgado, mas também em Niassa, para o desenvolvimento de algumas instituições, de alguns governos municipais. Estes programas vão parar por causa deste pronunciamento do governo americano. Então eu penso que de alguma forma, não só Moçambique, mas África vai ter que se reinventar em termos de busca de financiamento para implementação de alguns programas que são de carácter importante para aquilo que é o desenvolvimento dos países africanos, em particular para Moçambique", considera ainda este especialista da área das finanças públicas.Capacidade de reinvenção e resiliência, será difícil encontrar sem financiamentos. Na semana passada, a chefe do governo moçambicano, Maria Benvinda Levi, reconheceu que o pelouro da saúde é aquele que poderia ser o mais afectado pela suspensão do apoio americano. “É um grande desafio porque o apoio dos Estados Unidos é um apoio extremamente importante, particularmente nas áreas sociais. Então, nós teremos que ver, com os nossos recursos, como é que podemos redirecionar alguns recursos para essas áreas, para que elas não fiquem sem nenhuma estrutura de desenvolverem as suas actividades”, disse a primeira-ministra.Também nitidamente preocupado está Jorge Matine, director do IPAS, entidade que actua na área da saúde."A primeira das consequências concretas é que para um país como Moçambique, que tem uma grande dependência da ajuda e que dessa dependência da ajuda, os Estados Unidos têm um papel fundamental, por assim dizer, que quase cobre mais de 60% da ajuda para o sector de saúde, em particular em áreas fundamentais como a área de recursos humanos, pagamento de salários do pessoal sanitário, a área de medicamentos para grandes doenças em Moçambique estamos a falar de HIV, tuberculose, também tem fundos para desnutrição, tem fundos também para o planeamento familiar. Então, o impacto é enorme em termos desses serviços. Neste momento estão a oferecer serviços essenciais. Porque na primeira semana, todas as actividades financeiras ficaram congeladas. Depois disso, o governo americano disse que poderiam ser usados fundos só para respostas essenciais, só de medicamentos e tratamentos. Mas não é possível. Para poder dar um medicamento ao paciente, precisa poder fazer consultas laboratoriais, precisa de ter observação médica, precisa, por exemplo, de ter acompanhamento, precisa de internamento. Então, tudo isso é para dizer que só vai fazer o tratamento. É muito difícil prever que esse serviço vai funcionar em pleno. Então, o impacto neste momento é o impacto, por assim dizer, dos serviços essenciais. É um sistema que poderá colapsar se não se fizer nada nos próximos dias", alerta Jorge Matine.Questionado acerca das advertências que têm surgido a nível internacional sobre o risco de muitas pessoas morrerem devido à falta do apoio financiado pelos Estados Unidos, o activista social diz que isto é "uma realidade muito concreta neste momento" em Moçambique. "As organizações ou sistemas de saúde ainda estão a funcionar com reservas de segurança. Normalmente, os países compram medicamentos, fazem uma reserva de dois meses, três meses, mas ninguém neste momento é capaz de dizer o que vai acontecer daqui a dois meses", diz Jorge Matine ao salientar que "Moçambique, neste momento, não tem capacidade para prescindir" da ajuda americana."Moçambique tem mais de 3 milhões de doentes em tratamento. Então, isto tem um impacto enorme. O segundo impacto é que o governo não tem capacidade de, por exemplo, de repor ou substituir os fundos que vinham dos Estados Unidos, como também os outros parceiros, como o Canadá e outros que são parceiros fundamentais, não têm a capacidade, no curto espaço de tempo, de mobilizar fundos adicionais para que possam substituir os fundos do governo americano. Então, nos próximos três meses, o que vai acontecer? Penso que o governo vai tentar fazer, por enquanto, o que é o mais essencial e repor o stock de medicamentos. As prioridades são enormes, então não vai conseguir cobrir todas as prioridades. E neste momento não há nenhum parceiro que pode num curto espaço de tempo mobilizar os recursos essenciais. Sabendo que os Estados Unidos não só financiam a instituições globais como a Organização Mundial de Saúde, mas também financia, por exemplo, o Fundo Global, vamos ter um impacto que tem dimensões, neste momento, incalculáveis", conclui Jorge Matine.No mesmo sentido, Ben Hur Cavelane, considera que os próximos tempos vão ser difíceis em termos de orçamento, tanto para o governo moçambicano como para as próprias organizações da sociedade civil que contam com o apoio directo ou indirecto dos Estados Unidos."Moçambique está a atravessar uma fase bastante complicada, que é de uma crise política em que está a entrar um novo governo. Embora o actual ministro nomeado para a pasta da Saúde seja alguém que já conhece a casa, a verdade, porém, é que sem alguns fundos não tem como avançar. Os cofres do Estado moçambicano também estão quase sem nenhum dinheiro. E vamos entrar para a discussão da aprovação do Orçamento do Estado para este ano de 2025. É preciso ir buscar outras fontes para ver se financiamos o Orçamento do Estado. Grande parte da ajuda do governo norte-americano ia também para a capacitação institucional, que é para o Ministério da Saúde. Também teremos um grande problema dentro do próprio Ministério da Saúde, onde vamos ver uma reinvenção daquilo que é o plano para este ano de 2025. Mas não só. Se esta situação do governo americano prevalecer", refere o consultor para a área das finanças públicas.Recorde-se que praticamente depois de regressar à Casa Branca, o Presidente americano Donald Trump anunciou a intenção de fazer sair o seu país de uma série de instituições internacionais, nomeadamente da Organização Mundial da Saúde, de que os Estados Unidos é o principal financiador público. A administração Trump também anunciou a suspensão da sua agência de apoio e cooperação, a USAID, por um período de três meses.Esta agência que tem sido o maior doador individual do mundo, com um envelope que ascendeu a 72 mil milhões de Dólares em 2023, fornece assistência em cerca de 120 países, em sectores que vão desde a saúde das mulheres em zonas de conflito até ao acesso a água limpa, tratamentos para o HIV/SIDA ou segurança energética, está a ser desmantelada. No sábado passado, foi suprimido o conteúdo da página internet da agência que foi substituída por uma nota informativa mínima indicando apenas que, nesta sexta-feira, o executivo de Trump iria começar formalmente a implementar despedimentos massivos. O objectivo deste plano é fazer passar os actuais 10 mil funcionários desta agência a cerca de 600. De acordo com uma notícia publicada hoje pelo New York Times, 800 programas e contratos administrados pela agência foram igualmente cancelados.Dois sindicatos que representam os funcionários da USAID lançaram uma acção judicial para obter uma ordem de restrição e travar os despedimentos, argumentando que o desmantelamento da USAID não pode ser feito sem a aprovação do Congresso.O Presidente Trump, bem como o responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), o magnata das tecnologias Elon Musk, têm incessantemente criticado a USAID em termos muito duros. Elon Musk chegou a chamar a USAID de "ninho de víboras de marxistas que odeiam a América" e Donald Trump que qualifica os responsáveis dessa entidade de "bando de loucos radicais", disse ainda hoje na sua rede 'Truth Social' que  "a corrupção (na USAID) está em níveis nunca vistos. Temos que acabar com ela".

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane entrevista deputado Marcos Pereira (Republicanos)

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 23:18


O presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, disse hoje que o partido “entrega de 80 a 85% dos votos na Câmara” para o governo, mas descartou uma cobrança por mais cargos na reforma ministerial. “Não peço mais ministérios, mas estou aberto ao diálogo”, declarou durante entrevista à Rádio Eldorado. Questionado sobre movimentos pela anistia dos acusados de tentativa de golpe de Estado e por uma redução no prazo de inelegibilidade na Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Pereira disse que o partido ainda não discutiu os assuntos, mas apresentou suas posições. “Oito anos é muito tempo e dois é pouco. Eu acho que deveríamos fazer um equilíbrio de 4 a 6 anos”, afirmou. Sobre a possibilidade anistia, falando na condição de advogado, o presidente do Republicanos ressaltou que o tema só poderia ser discutido após o julgamento do processo pelo Supremo Tribunal Federal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
Eliane entrevista deputado Marcos Pereira (Republicanos)

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 23:18


O presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, disse hoje que o partido “entrega de 80 a 85% dos votos na Câmara” para o governo, mas descartou uma cobrança por mais cargos na reforma ministerial. “Não peço mais ministérios, mas estou aberto ao diálogo”, declarou durante entrevista à Rádio Eldorado. Questionado sobre movimentos pela anistia dos acusados de tentativa de golpe de Estado e por uma redução no prazo de inelegibilidade na Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Pereira disse que o partido ainda não discutiu os assuntos, mas apresentou suas posições. “Oito anos é muito tempo e dois é pouco. Eu acho que deveríamos fazer um equilíbrio de 4 a 6 anos”, afirmou. Sobre a possibilidade anistia, falando na condição de advogado, o presidente do Republicanos ressaltou que o tema só poderia ser discutido após o julgamento do processo pelo Supremo Tribunal Federal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Entrevistas Jornal Eldorado
Presidente do Republicanos diz que partido é fiel ao governo na Câmara, mas não cobra mais ministérios

Entrevistas Jornal Eldorado

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 18:12


O presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, disse hoje que o partido “entrega de 80 a 85% dos votos na Câmara” para o governo, mas descartou uma cobrança por mais cargos na reforma ministerial. “Não peço mais ministérios, mas estou aberto ao diálogo”, declarou durante entrevista à Rádio Eldorado. Questionado sobre movimentos pela anistia dos acusados de tentativa de golpe de Estado e por uma redução no prazo de inelegibilidade na Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Pereira disse que o partido ainda não discutiu os assuntos, mas apresentou suas posições. “Oito anos é muito tempo e dois é pouco. Eu acho que deveríamos fazer um equilíbrio de 4 a 6 anos”, afirmou. Sobre a possibilidade anistia, falando na condição de advogado, o presidente do Republicanos ressaltou que o tema só poderia ser discutido após o julgamento do processo pelo Supremo Tribunal Federal.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Ciência
Aumenta a visibilidade do "burn-out" no trabalho em Angola e em Cabo Verde

Ciência

Play Episode Listen Later Feb 3, 2025 24:12


Desde 2019, o "burn-out ", ou seja o esgotamento, o cansaço extremo gerado pela forte pressão, o stress ou o excesso de carga em termos de horário ou tarefas no emprego tem sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como um problema com consequências sobre a saúde pública, muito embora os seus contornos e dimensões sejam ainda difíceis de estabelecer em termos estatísticos. De acordo com dados da OMS datando de 2023, pelo menos 35% dos trabalhadores na Europa, dizem ter estado perto do esgotamento ou sofreram um "burn-out" no trabalho.Neste quadro, África não é excepção. Nos casos de Angola e Cabo Verde tem havido alguns alertas sobre o aumento do número de "burn-outs".Sofrimento psicológico no trabalho faz parte da realidade angolanaDados oficiais apontam que no ano passado em Angola foram registadas mais de 300 mil pessoas com transtornos mentais, sendo que as autoridades referem ainda que 25% dos trabalhadores enfrentaram problemas desta natureza devido ao trabalho.No passado mês de Janeiro, o psicopedagogo angolano Ngangula de Sousa lançou um livro precisamente sobre esta matéria intitulado "Doenças mentais decorrentes da pressão no trabalho".Em entrevista concedida à RFI, ele dá conta de algumas das suas conclusões baseadas nomeadamente em entrevistas efectuadas junto de mais de 270 funcionários. "O que tem se verificado aqui em Angola, e não é só em Angola, embora eu fale muito da realidade de Angola, é que os trabalhadores da função pública, sobretudo eles, têm tido muitas doenças do foro mental decorrente desta pressão. Ou seja, não há uma certa valorização pelo trabalhador. Porque, afinal, quem produz, quem faz a máquina funcionar, é o trabalhador, é o técnico. O chefe ou gestor está ali apenas para gerir e para orientar. Mas a cultura angolana, ela mostra-se muito diferente disso. Ou seja, o chefe sente-se dono das instituições na qual foram nomeados para gerir. Então tem gerado aí um conflito que, na verdade, tem causado muitas doenças do foro mental. Este é o tema principal deste livro. A Directora Nacional de Saúde Mental de Angola, Massoxi Vigário, no final do ano passado, deu uma entrevista aos órgãos de comunicação pública, onde ela aponta que o índice de doenças mentais decorrentes desta pressão do trabalho aqui em Angola tem crescido de forma assustadora. O número de licenças de trabalhadores da função pública, não só por causa dessas mesmas doenças, também tem crescido. Isto só veio dar uma ratificação naquilo que é a minha pesquisa", diz o investigador."Os dados que eu tenho, os mais recentes, apontam entre 55 a 60% de trabalhadores da função pública e não só, têm algum tipo de doença mental decorrente desta profissão de trabalho. Têm trabalhadores com ansiedade, têm trabalhadores com síndrome do pânico, têm trabalhadores com a síndrome de "burn-out". E têm trabalhadores com depressão. (...) Eu entrevistei aí perto de 270 trabalhadores da função pública e alguns poucos de instituições privadas. E aí, com isto, não há produtividade, porque normalmente isto acontece muito aqui em Angola, os trabalhadores são ensinados a produzir, dão formações para aprender, a elaborar um parecer, para aprender a dominar o Microsoft ou para aprender a dominar uma língua em inglês ou francês. Dão formações para ter um relacionamento inter e intrapessoal, tudo isso, mas não dão formações para os trabalhadores aprenderem a gerir as suas emoções. Não dão formações para que os trabalhadores aprendam a fazer a higiene mental. E eu faço uma citação do Professor Doutor Augusto Cury, que é uma autoridade nesta matéria no Brasil e mundo afora, que diz que para que haja produtividade é importante que se tenha uma saúde mental boa. E repare que eu depois trago também aqui uma uma citação da OMS que diz que quase 1 milhão de pessoas morrem por suicídio a cada ano no mundo. Veja a seriedade disto. E depois ele diz que é a terceira causa de morte na faixa etária economicamente mais produtiva de 15 a 44 anos e é a terceira causa, na verdade, de insatisfação de trabalhadores de instituições públicas e isto no mundo. Tudo isso para dizer que não há uma valorização como se deveria ter nas questões de saúde mental do trabalhador", considera o psicopedagogo.Funcionários de Cabo Verde também são expostos ao "burn-out"Em Cabo Verde, a questão do sofrimento no meio profissional tem igualmente gerado algum debate. Jacob Vicente, director do único Centro de Atendimento Psicológico na cidade da Praia, chamou recentemente a atenção das autoridades sobre o aumento do fenómeno do "burn-out" em Cabo Verde, especialmente na função pública."No nosso centro e durante estes dois últimos anos temos estado a fazer estatística dos nossos atendimentos e o que nós percebemos dos funcionários públicos é que de facto sentem-se esgotados, com muito cansaço, procrastinação, necessidade de estarem sozinhos, mas também fazendo muito esforço depois da época do covid para mostrar trabalho e destacar-se. São todos sintomas que derivam do "burn-out". Temos várias tentativas de suicídio de funcionários públicos cada vez mais com diagnóstico de depressão. Então são estes indícios que nós temos e fizemos um estudo, observações que nós fizemos na administração pública e encontros com os gestores de recursos humanos, em que percebemos que os funcionários estão com uma baixa tolerância, principalmente no "front office". Então, temos indícios muito fortes de que o "burn-out" é a nova pandemia nas empresas e nos serviços públicos em Cabo Verde", refere o terapeuta."Nos quase 4.000 casos que nós atendemos no ano passado, cerca de 1.500 a 1.700 casos têm todos o perfil de "burn-out". Nós também atendemos os cabo-verdianos que estão fora do país e muitos deles também apresentam estes casos. Nós fazemos atendimento online para países como Estados Unidos e a Europa e percebemos isso também", detalha Jacob Vicente que ao descrever as consequências deste fenómeno em termos de saúde pública, dá conta de duas consequências "bastante graves".Para além de o "burn-out" ter "estado a dar prejuízo em milhões de dólares às empresas com o absentismo", o estudioso menciona o fenómeno do presenteísmo "em que as pessoas estão no trabalho mas não produzem absolutamente nada, não conseguem fazer absolutamente nada. É um indivíduo que entra na sua sala e, ao invés de ir falar com o colega ao lado, prefere mandar mensagem ou por e-mail, ou uma mensagem qualquer ou telefonar, mas evita o contacto físico. O sujeito que se encontra neste estado do presenteísmo, vai ao trabalho de facto, mas não consegue ver nada".Este quadro é agravado segundo o psicólogo pelo facto de "a providência social não contribuir para que os funcionários públicos e as empresas tenham uma comparticipação nas psicoterapias. Isto torna a situação muito mais grave em Cabo Verde. Então as pessoas ficam completamente desamparadas e esse desamparo faz com que surja também o sentimento de desespero. O sentimento de desespero muitas vezes agrava o quadro de depressão".Jacob Vicente refere por outro lado que apesar de existir "uma lei que defende o trabalhador no seu posto de trabalho, não há uma lei que cuida da saúde mental do trabalhador no seu posto de trabalho", este caso sendo "mais gritantes" quando se trata de classes profissionais como os professores ou os médicos.Questionado sobre o balanço que faz do ano de 2024 que foi declarado pelo governo cabo-verdiano como ano da saúde mental, o especialista mostra-se crítico. "O decreto-lei trouxe uma intenção extraordinária do governo, que é cuidar da saúde mental dos cabo-verdianos, mas não passou disso. E não temos acções concretas que depois vão permitir ao governo fazer uma seleção de medidas implementadas para dizer 'olha, nós tivemos este resultado'. Sim, Por um lado, foi um ano em que se falou mais da saúde mental em Cabo Verde, mas não houve nada em concreto", considera Jacob Vicente que, no entanto, dá conta de uma forte consciencialização da população do arquipélago."Nós percebemos é que, cada vez mais, as pessoas querem ir ao psicólogo, querem ir ao psiquiatra. As pessoas estão a pedir ajuda nas rádios. Em Cabo Verde, as pessoas ligam e falam com especialistas. Nós fizemos alguns programas nas universidades em que as empresas vão lá e participam, pedem apoio, pedem sinais, o que que devem fazer, o que podem deixar de fazer. Há uma abertura muito grande da parte das pessoas que estão na administração pública, nas empresas, sobre o acesso aos profissionais de saúde mental", observa o terapeuta.

Vida em França
França: “François Bayrou não pode suprimir a reforma das pensões”

Vida em França

Play Episode Listen Later Jan 15, 2025 8:58


O primeiro-ministro francês apresentou esta terça-feira, na Assembleia Nacional, a sua declaração política geral. O chefe do Executivo ressalvou a dívida da França, o Orçamento de 2025 e a Reforma das Pensões. Rafael Lucas, professor catedrático em Bordéus refere que “François Bayrou não pode suprimir a reforma das pensões”, "que vai ter que ser aplicada de uma maneira ou de outra”. O primeiro-ministro francês apresentou esta terça-feira, 14 de Janeiro, na Assembleia Nacional, a sua declaração política geral. Um discurso de 01h30 em que o chefe do Executivo insistiu na importância da dívida da França, na aprovação do Orçamento de 2025, assim como no caráter essencial da Reforma das Pensões.François Bayrou anunciou retomar o projecto da Reforma das Pensões, em conjunto com os parceiros sociais. Todavia, não se comprometeu tanto como pretendiam os socialistas que defendem um retorno ao debate sobre a controversa lei adoptada em 2023, por Élisabeth Borne, actual número dois do executivo, na altura primeira-ministra, com o recurso a alínea três do artigo 49 da Constituição, ou seja, aprovação por decreto sem passar pelo voto dos deputados. Bayrou optou por um discurso generalista, acusado de ser impreciso e vago, mas que visa essencialmente evitar a censura. O partido de esquerda França Insubmissa (LFI) apresentou imediatamente uma moção de censura que será debatida esta quinta-feira, 16 de Janeiro, mas que o partido da extrema-direita União Nacional, não deve apoiar, reduzindo assim as hipóteses de sucesso. Rafael Lucas, professor catedrático em Bordéus, no sudoeste de França, sublinha que o primeiro-ministro optou por “evitar a linguagem dura de Michel Barnier [ex-primeiro-ministro, antecessor de Bayrou]”, numa “manobra de equilibrista e perícia de farmacêutico para evitar radicalizar os movimentos e, sobretudo, não descontentar a União Nacional e não melindrar os socialistas.”Questionado sobre a solução apresentada pelo chefe de Governo para o delicado dossier da Reforma das Pensões, Rafael Lucas refere que “François Bayrou não pode suprimir a reforma das pensões”, por isso escolheu encaminhar este debate para um conclave composto por sindicatos e grupos patronais. A opção apresentada surge assim como uma via “democrática, baseado num debate aberto que deverá ser arbitrado pelo Tribunal das Contas”. O professor catedrático acrescenta que o primeiro-ministro francês “não pode recuar, anular ou cancelar esta reforma, que vai ter que ser aplicada de uma maneira ou de outra”. Ressalva ainda que tendo em conta os panoramas económico e demográfico franceses a reforma é irreversível.Imediatamente após a apresentação do programa de Governo, a LFI apresentou uma moção de censura ao executivo. O documento vai ser debatido na Assembleia Nacional esta quinta-feira, 16 de Janeiro, e que, sem o apoio da extrema-direita, não será aprovado.     

Resumão Diário
Preço do aluguel sobe 13,5% em 2024; Questionado por Moraes, Bolsonaro diz que e-mail é o convite formal para posse de Trump

Resumão Diário

Play Episode Listen Later Jan 14, 2025 5:18


Preço do aluguel sobe 13,5% em 2024. Questionado por Moraes, Bolsonaro diz que e-mail é o convite formal para posse de Trump. Sorotipo 3 da dengue tem disparada de casos no Brasil. Mistura para apagar fogo pinta LA de rosa, saiba o que é. Saiba quem são os alunos nota mil na redação do Enem 2024.

Vida em França
Charlie Hebdo: Os limites dos cartoons “são os da própria consciência"

Vida em França

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 8:27


A França prestou homenagem nesta terça-feira, 07 de Janeiro, às vítimas do atentado perpetrado contra o jornal satírico Charlie Hebdo. Um ataque que tirou a vida a 12 pessoas, destas oito eram elementos da redacção do semanário. Rodrigo de Matos, cartoonista do Expresso, sublinha que os desenhos são “sempre alvo de críticas”, por vezes, “exageradas”. Questionado sobre os limites dos cartoons, Rodrigo de Matos, responde que “são os da própria consciência". Dez anos após este que foi o primeiro de vários ataques de um ano sangrento para França, as autoridades francesas actuais e da altura deslocaram-se às antigas instalações do Charlie Hebdo para depositar uma coroa de flores e prestar homenagem aos que ali foram barbaramente assassinados. Dos oito elementos mortos da redacção do Charlie Hebdo, cinco eram cartoonistas: Cabu, Charb, Honoré, Tignous e Wolinski. Em causa, caricaturas publicadas, em 2006, consideradas ofensivas no mundo árabe-muçulmano.A propósito desta data redonda que agora se assinala sob o ataque ao Charlie Hebdo, a RFI ouviu Rodrigo de Matos, cartoonista do Expresso, que sublinhou que os desenhos são “sempre alvo de críticas”, por vezes, “um pouco exageradas”. Todavia, nunca esperaria como reacção “uma tragédia daquelas”.Questionado sobre os limites dos cartoons, as linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas, Rodrigo de Matos, radicado em Macau, responde que “os limites que há são os da nossa própria consciência. Como cartoonista, os limites de mim para mim estão onde eu acho que a coisa deixa de ter graça. Certamente que os cartoonistas que desenharam aqueles desenhos não achavam isso. E têm o direito de não achar”. Rodrigo de Matos defende que “tudo tem o seu lugar” e à pergunta “se isto deve ou não ser feito ou se isto pode ou não ser feito? A resposta é sempre e deve ser sempre que sim, que pode”. E acrescenta que “a liberdade de expressão, em última instância, na nossa maneira de ver ocidental, é também a liberdade que eu tenho de ofender e de ser ofendido”.O cartoonista, que tem quase 2.000 desenhos publicados ao longo de 18 anos de carreira, diz que “há sempre alguém que se sente ofendido”. Rodrigo de Matos pensa que nesta “sociedade de imediatismo, por um lado, e de cancelamento de opiniões diversas, por outro, estamos a perder a noção da importância do confronto de ideias opostas, do diálogo e do debate entre ideias divergentes”.O ataque de 07 de Janeiro de 2015 contra o jornal satírico Charlie Hebdo, foi o primeiro de vários que ensanguentou a França e que deu origem ao slogan “Je suis Charlie”, na defesa dos valores da liberdade de imprensa e liberdade de expressão.Dez anos após, o Charlie Hebdo "continua" numa edição especial intitulada "Indestrutível", com uma capa com um leitor que ri às gargalhadas sentado sobre uma kalashnikov, a arma dos irmãos Kouachi (autores dos atentados).No editorial desta edição, o director de redacção da revista, Riss, sublinhou que “o riso, a ironia, a caricatura são manifestações de optimismo. Aconteça o que acontecer, seja trágico ou feliz, a vontade de rir nunca desaparecerá".Para François Hollande, antigo Presidente de França, chefe de Estado em 2015, continua a ser necessário preservar o bem precioso que é a liberdade de expressão, numa era das redes sociais. Hollande que alerta que “ela está ameaçada, por vezes restringida por uma forma de medo que se instalou”, lembrando que “há uma forma de autocensura que se apoderou” das pessoas.

Convidado
Guimarães quer ser Capital Verde Europeia 2026

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 21, 2024 5:52


Enquanto em Baku, no Azerbaijão, é esperado um acordo mundial para fazer face às alterações climáticas, desde 2013 que a cidade de Guimarães, no norte de Portugal, “deitou mãos à obra” para oferecer um território mais sustentável à população. Pela terceira vez, Guimarães candidatou-se a Capital Verde Europeia 2026. O resultado será conhecido na próxima quarta-feira, 27 de Novembro, em Valência. Francisco Carvalho, coordenador Geral e de Inovação do Laboratório da Paisagem, representante do Município de Guimarães na COP29,  sublinha que a transformação do município é “replicável a nível europeu ou mundial”, e mostra como interligando “pessoas, ciência, governança, academia, sector público e o sector privado” se consegue um território mais sustentável.Guimarães decidiu, em 2013, que queria ter um território mais sustentável para as pessoas e, portanto, nesse desígnio foi montada a estrutura para criar esse território. Foi feito um diagnóstico ao território, criou-se uma estrutura de missão e algumas estruturas de apoio para ajudar a trabalhar dois pontos muito importantes: as pessoas - criar conhecimento ao nível da acção climática, a nível do ambiente, dos mais novos aos mais velhos e a investigação aplicada ao território - recolha de dados para monitorizar e trabalhar nesse futuro.Ao longo destes anos, fomos recolhendo dados, trabalhando as pessoas, acumulando este poder para trabalhar a acção climática e demonstrando que esta acção local pode ter um grande impacto a nível global. Guimarães está a conseguir demonstrar que é um exemplo replicável a nível europeu ou mundial, do que se pode construir com as pessoas e a ciência, criando um ecossistema de governança que une a academia, o sector público, o sector privado neste conjunto. Um ecossistema de governança a trabalhar com o propósito de sermos uma cidade climaticamente neutra em 2030 e “uma cidade de um planeta”, em 2050.Questionado sobre a aceitação destas políticas ambientais e climáticas por parte dos munícipes, Francisco Carvalho refere a paixão dos vimaranenses pelo seu território.As pessoas de Guimarães são muito apaixonadas pelo território. Uma paixão que cresceu desde que Guimarães [Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros] foi considerada Património Mundial da UNESCO, depois Capital Europeia da Cultura (2012) e a seguir Cidade Europeia do Desporto (2013). Isso criou este sentimento de pertença nas pessoas e, portanto, esta paixão pela cidade. Dizer também que esta acção climática tem um efeito directo no bem-estar, na vida e na saúde das pessoas. A criação de espaços verdes proporciona zonas que são mais seguras, climaticamente mais preparadas, por exemplo, para fenómenos de calor.Existem algumas decisões que tocam na parte económica das pessoas, por exemplo, na gestão dos resíduos. Actualmente, quem contribui para a recolha dos resíduos, tem uma redução de 50% na taxa. Portanto, toca economicamente na vida das pessoas, aumenta a justiça climática e cria um território onde as pessoas podem viver com mais saúde e com melhor bem-estar. Depois de ter sido Capital Europeia da Cultura e Cidade Europeia do Desporto, Guimarães quer ser Capital Verde Europeia. É a terceira vez que concorre ao ao título. O resultado será conhecido na próxima quarta-feira, 27 de Novembro, em Valência. 

Ciência
COP29: Alterações climáticas deveriam integrar o currículo escolar

Ciência

Play Episode Listen Later Nov 19, 2024 8:10


A Juventude Ecológica Angolana promove a educação e consciencialização ambiental no país. A participar na  COP29 que decorre em Baku, Azerbaijão, António Armando, secretário-geral da JEA, defende que a educação ambiental deveria passar pelos manuais escolares. A organização não-governamental procura nestes encontros ferramentas para desconstruir a linguagem complexa e elaborada dos dossiers para que o clima não seja um “assunto elitista”. A sociedade civil desempenha um papel fundamental nas conferências do clima, seja na sua contribuição dos espaços de negociação, nos eventos paralelos ou até mesmo nas acções de protesto, que acabam por ser amplamente reflectidas nos meios de comunicação social. Muitas vezes, também, são as organizações da sociedade civil que trazem para estes fóruns de discussão as grandes preocupações da sociedade, fazendo a ponte entre estas conferências e a população local. Exemplo disso, é a Juventude Ecológica Angolana que tenta simplificar as terminologias complexas aqui utilizadas. Em declarações à RFI, António Armando explicou que a JEA tem uma grande preocupação com a educação ambiental, que deveria constar do plano curricular das escolas do país. A nossa organização vira-se muito para a questão da educação ambiental. Estamos a simplificar novas terminologias. Nós não sabemos até que ponto a população conhece isso das alterações climáticas. Conhece enquanto efeito, mas enquanto conceito?Normalmente, durante estas semanas acompanham através dos órgãos de comunicação públicos que Angola está na COP, mas depois questionamos: todos os anos estamos na COP e o que é que a COP nos traz enquanto cidadãos, de bom ou de mau? Nós procuramos sempre buscar estas perspectivas para podermos, de uma forma mais simples, educarmos ou informarmos os cidadãos. A ideia é aligeirar os conceitos, de como é que podemos levar daqui para Angola as coisas mais importantes da COP. O activista, que tem participado nos eventos paralelos desta cimeira, sublinha a importância da sociedade civil num evento desta grandeza, porém acrescenta que “são poucos” para “uma COP que demanda participação mais activa e engajamento maior da sociedade civil”. António Armando refere que o país tem vindo a dar passos neste dossier, mas lembra que as alterações climáticas não podem ser um “assunto elitista”. É preciso descer mais baixo, formar pessoas, sobretudo activistas para que possam informar com clareza.Quando chamamos alguém a Angola para falar de alterações climáticas, temos cinco, seis ou sete pessoas interessadas, mas o efeito das alterações climáticas é para todos. Logo, não pode ser uma questão de um grupo reduzido.E aqui, quando estamos a olhar para o país, deveríamos colocar as alterações climáticas no nosso currículo escolar, criamos mais debates radiofónicos, mais debates televisivos para que possamos aumentar o nível de consciencialização da população.”Questionado sobre as perspectivas de acordo sobre financiamento nesta COP29, o secretário-geral da JEA é peremptório:Não teremos.(...) os grandes signatários, os mandatários das grandes potências não estão aqui. Isso também vem mostrar o fraco interesse que se tem.Sinto que muitos dos aspectos que foram aqui levantados vão ser levados para o Brasil e o Brasil vai fazer tudo para que a COP30 dê resultados concretos.”A COP29 decorre até dia 22 de Novembro em Baku, capital do Azerbaijão.

Estadão Notícias
Pacote “quase lá” de Haddad está fechado com Lula, mas ainda faltam os militares

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later Nov 18, 2024 39:41


No “Estadão Analisa” desta segunda-feira, 18, Carlos Andreazza fala sobre o pacote de cortes de gastos planejado pelo governo Lula. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o anúncio ocorrerá “brevemente”. A declaração ocorreu em entrevista à emissora de TV CNBC, exibida neste domingo, 17. “Está fechado com o presidente o conjunto de medidas. Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério”, declarou. Questionado se poderia revelar o ministério, Haddad respondeu: “Posso. O Ministério da Defesa. Nós tivemos boas reuniões com o ministro (José Múcio) e com os comandantes das Forças”. Segundo Haddad, o conjunto de medidas fiscais “diz respeito à evolução da despesa”.  “Como ela vai continuar crescendo? De forma ordenada, dentro das regras, ou colocando em risco a sustentabilidade? Nossa opção é a primeira: vamos colocar dentro das regras para garantir a sustentabilidade do que foi pactuado com a sociedade”, declarou. Haddad não falou sobre o valor, mas se especula que seria de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Leia: https://www.estadao.com.br/economia/anuncio-do-pacote-fiscal-depende-apenas-da-reposta-de-ministerio-da-defesa-diz-haddad-a-tv/ Apresentado pelo colunista Carlos Andreazza, programa diário no canal do Estadão no YouTube trará uma curadoria dos temas mais relevantes do noticiário, deixando de lado o que é espuma, para se aprofundar no que é relevante. Assine por R$1,90/mês e tenha acesso ilimitado ao conteúdo do Estadão. Acesse: https://bit.ly/oferta-estadao O 'Estadão Analisa' é transmitido ao vivo de segunda a sexta-feira, às 7h, no Youtube e redes sociais do Estadão. E depois, fica disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Carlos AndreazzaEdição/Pós-produção: Jefferson PerlebergCoordenação: Gabriel Pinheiro e Everton OliveiraSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
"Há um esforço para reduzir um conflito político num assunto apenas de lei e ordem" em Moçambique

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 12:56


Pelo terceiro e último dia consecutivo, continua hoje a quarta fase de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane em todas as capitais provinciais, portos e fronteiras de Moçambique, para contestar os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que dão a vitória à Frelimo com um pouco mais de 70% dos votos. Em cerca de três semanas de manifestações marcadas por uma forte repressão policial, com a sociedade civil a apontar para dezenas de mortos e operadores económicos a mostrar-se preocupados com a quase paralisia das actividades, o país continua mergulhado na incerteza enquanto também espera pela decisão do Conselho Constitucional sobre os resultados do escrutínio.Para Tomás Vieira Mário, director executivo da Sekelekani, centro de pesquisa de comunicação para o desenvolvimento, o anúncio dos resultados definitivos deverá ser o ponto de partida de uma conferência nacional na qual tem estado a trabalhar juntamente com outras entidades, para restabelecer o diálogo e criar novas bases para um "Estado mais estável e menos socialmente desigual para o futuro".Questionado sobre a situação actualmente vivenciada pelo país, o estudioso que é também o antigo presidente do Conselho Superior da Comunicação Social, considera que este "é o pior momento que Moçambique vive desde a sua independência, há quase 50 anos."RFI: O que e pode dizer da situação actual de Moçambique de modo geral?Tomás Vieira Mário: O que nós podemos dizer da situação em Moçambique é que ela é realmente explosiva e mostra uma sociedade profundamente dividida, profundamente polarizada, em que é preciso muita sabedoria e muita inteligência para repor alguma acalmia na sociedade. Creio que é o pior momento que Moçambique vive desde a sua independência, há quase 50 anos. Do ponto de vista do contexto de diálogo social e do entendimento entre os moçambicanos, como sabem, já tivemos conflitos armados, mas a divisão da sociedade não estava tão forte como está neste momento, a seguir aos resultados das eleições gerais, tal como foram anunciados pela Comissão Nacional de Eleições.RFI: Como é que avalia a actuação das autoridades moçambicanas?Tomás Vieira Mário: Na minha opinião, até este momento as autoridades governamentais têm lidado com o conflito pós-eleitoral como se se tratasse apenas de casos de lei e ordem, casos de polícia e não um conflito político muito sério. Penso que há um esforço deliberado de querer reduzir um conflito político em um assunto apenas de lei e ordem, em que se dá a ideia de que é um problema entre desacato a autoridade e a polícia, o que obviamente é uma abordagem que me parece muito problemática, que até agora só contribuiu para piorar o contexto político em Moçambique.RFI: Por outro lado, como é que avalia a actuação de Venâncio Mondlane, que tem apelado a múltiplos protestos nestas últimas semanas?Tomás Vieira Mário: Primeiro, não sei dizer que tipo de resultado o candidato Venâncio Mondlane espera, porque ele tem insistido na ideia de que quer a "verdade eleitoral", portanto, a recontagem de votos na sua linguagem. A votação não se negoceia, aprova-se com os votos. Não sei se ele vai conseguir esse objetivo de recontagem dos votos, porque é esse o discurso que ele tem mantido. De qualquer modo, há um efeito político que ele está a conseguir, que é paralisar o país já há quase duas semanas ou um pouco mais e com grandes impactos socioeconómicos Para uma economia frágil como a de Moçambique, qualquer paragem tem um impacto que não teria num outro país com mais robustez económica. Moçambique é um país com uma economia muito frágil, uma economia muito informal e, portanto, nessa perspectiva, ele tem conseguido colocar o governo numa situação delicada, porque o governo tem que responder perante a crise económica que está a ocorrer devido a estas manifestações.RFI: O poder diz que os manifestantes guiados por Venâncio Mondlane, procuram desestabilizar o país e levar a um golpe de Estado. Julga que de facto, é esta a perspectiva?Tomás Vieira Mário: Neste momento, o Governo tem que usar uma narrativa até de vítima de alguma conspiração anti-Estado. Provavelmente, no lugar dele, qualquer entidade faria o mesmo discurso. Mas o facto é que há uma questão fundamental, que é a integridade do processo eleitoral. Esta questão que tem que ser abordada. E há indícios mais ou menos fortes de que este processo não teve qualquer integridade. Pelo contrário, há um consenso de muitas partes independentes de que foi até agora o pior processo eleitoral de Moçambique e, portanto, esta é a questão fundamental. O resto, na minha opinião, são consequências. E mais, como eu sempre tenho dito, a forma como as pessoas têm protestado expressa muito mais do que o contestar das eleições. Expressam algo que são revoltas contidas, acumuladas ao longo de anos de outros processos, de pouco acesso aos recursos, igualdade de oportunidades, violência política. Então, na verdade, estas eleições e os resultados são apenas a gota de água que fez transbordar o copo que já vinha cheio. Então, tem que haver essa leitura, a mais integral do processo político moçambicano, e não ficar apenas cingido àquilo que é a conduta dos manifestantes, porque essa conduta não se explica apenas com o contexto das eleições, mas é óbvio que ele é um efeito cumulativo de muitos anos de crise que é conhecida. A crise moçambicana não é algo que depende de muitos estudos científicos. É conhecida e, portanto, é neste contexto que eu vejo esta crise e um contexto muito mais vasto do que a mera contestação às eleições.RFI: Ou seja, mesmo que no fim do dia, Venâncio Mondlane não consiga obter aquilo que deseja, ou seja, um esclarecimento a nível eleitoral e que a Frelimo acabe por se manter no poder, haverá um escrutínio mais forte da população relativamente às decisões que forem tomadas a nível político?Tomás Vieira Mário: Sim, eu penso que é um dado adquirido que Moçambique não voltará a ser o mesmo. Seja quais forem os resultados que o Conselho Constitucional confirmar, estamos todos conscientes de que há um ponto de viragem histórica agora e que está muito para além de quem vai governar. Como é que vamos repor o Estado, credibilizar as instituições do Estado e colocar alguma paz social? Então, penso que é este o debate, na minha opinião, que está agora posto na mesa e que é preciso que as forças políticas e sociais entendam que ultrapassa muito as eleições.RFI: Julga que ainda há espaço para haver negociações?Tomás Vieira Mário: Tem de haver espaço, necessariamente. Tem de haver espaço porque não há outra solução a não ser algum acordo, ainda que seja um acordo para dizer que discordamos. E se estamos de acordo que discordamos, então vamos nos sentar. Tem que haver este passo, e por isso, agora há um esforço ao qual estou também associado de um grupo de cidadãos que está a preparar uma conferência nacional que esperamos que tenha lugar logo a seguir ao anúncio dos resultados, para que todas as forças políticas, sociais e económicas do país encontrem uma plataforma, uma instância em que se reúnam e discutam o nosso Estado, discutam o tipo de estado que temos e qual é a visão de futuro de um Estado mais estável e menos socialmente desigual para o futuro, para que não se repitam crises como esta. Então é algo que, como digo, deve ser visto como sendo superior às eleições. Mas é algo que tem a ver com a construção do Estado, a sua refundação. No fundo, é isso que está em causa.RFI: Falamos muito da actuação dos políticos e um pouco menos da própria população. O que é que todo este movimento, toda esta reviravolta, diz dos eleitores moçambicanos?Tomás Vieira Mário: A população, penso que pela percentagem de votação que ouvi falar ser na ordem dos 40% já é muito boa porque havia muito receio de abstenção em massa. A população respondeu bem ao apelo eleitoral e foi às urnas. Agora, neste momento, aquilo que no presente momento se vê é realmente uma polícia francamente despreparada para este tipo de conflitos. Uma polícia não treinada para lidar com a população e que também não dispõe de meios adequados para contestações que tenham tendência para a violência. Porque, como estamos a ver, a nossa polícia usa armas de guerra. Só o som do disparo de uma arma de guerra na multidão cria pânico e as pessoas reagem conforme o pânico que lhes cria. Então temos um contexto em que a nossa polícia não tem preparação, nem em termos de Direitos Humanos, nem em termos de equipamento. E isso tudo piora o contexto. E é o que acontece sempre que há o baleamento de um civil: a manifestação torna-se violenta. As pessoas que estão lá vão "à caça" do agente da polícia que disparou. E nós temos agora muitos polícias a serem mortos por populares que os perseguem. E isso é uma situação muito preocupante, obviamente.RFI: Como é que se poderia avaliar também a actuação da comunidade internacional relativamente a toda esta crise? Depois do anúncio dos resultados oficiais, houve uma série de países que saudaram a vitória da Frelimo no escrutínio. Outros países mantiveram-se silenciosos. A União Europeia disse que era preciso, de facto, esclarecer o que aconteceu durante o escrutínio. E agora nada.Tomás Vieira Mário: Que nós saibamos, a única saudação à vitória anunciada da Frelimo veio dos países amigos da região, do Zimbabué e da África do Sul. Não conheço outros países que, como tais, tenham saudado esta vitória. É necessário esperar que o Conselho Constitucional dê o acórdão final, o que não aconteceu. Por outro lado, há uma certa sensação de que os moçambicanos agora precisam de sentar-se entre si e não ficar a toda hora dependendo do mandato internacional. Nós temos que sentar entre nós, confiando em nós próprios. Somos suficientemente adultos para debatermos as nossas diferenças, sem esperar a toda hora que venha o mundo exterior nos dizer como vamos conviver. Então não há assim muita expectativa, pelo menos do meu ponto de vista, de que o mundo nos venha dizer como fazer e quando fazer. Há uma ideia de que somos já adultos. Precisamos de ser capazes de nos sentar e discutir os assuntos. Se for necessário, podemos pedir apoio ao mundo, mas não podemos eternamente ser o país que a toda hora acha que o mundo deve vir em seu socorro.

O Antagonista
Cortes do Papo - Lula acusa Trump do próprio fracasso

O Antagonista

Play Episode Listen Later Nov 9, 2024 10:11


Questionado sobre uma eventual decisão de Donald Trump retirar novamente os Estados Unidosdo Acordo de Paris, o presidente Lula (PT) afirmou à CNN internacional que o republicanodeveria pensar como um "habitante do planeta Terra". O petista, no entanto, ainda não conseguiu conter totalmente as queimadas que castigam a Amazônia e o Cerrado.Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Você também pode assistir ao Papo Antagonista com a apresentação de Felipe Moura Brasil na BM&C, nos canais de TV 579 da Vivo, ou 547 da Claro, além do SKY+.   A melhor oferta do ano, confira os descontos da Black na assinatura do combo anual.   https://bit.ly/assinatura-black    Siga O Antagonista no X, nos ajude a chegar nos 2 milhões de seguidores!     https://x.com/o_antagonista   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.   Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.     https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...     Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.    Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br  

Amorosidade Estrela da Manhã
DEPOIS DE UM ANO DE OUVIRMOS A HISTÓRIA DA TARAKAMAYA, FOI QUESTIONADO O MENTOR SE JÁ PODIA SER POSTADA

Amorosidade Estrela da Manhã

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 0:46


Conversas com as Entidades sobre temas diversos

Pânico
Erick Jacquin e Fernando Holiday

Pânico

Play Episode Listen Later Oct 9, 2024 128:17


O convidado do programa Pânico dessa quarta-feira (09) é Erick Jacquin. Erick Jacquin é francês e é um dos chefs mais conhecidos do país. Um dos jurados do "MasterChef", da Band, desde 2014, ele coleciona fãs e seguidores por suas tiradas e sotaque carregado. Nascido no Vale do Loire, na França, ele relembra, em entrevista à revista Quem, que teve que dar a volta por cima em 2013, quando fechou o restaurante La Brassarie, em São Paulo, e a rejeição para um projeto de TV. E avisa: não é um personagem. Há dois anos como jurado do "MasterChef", Erick diz que gosta de ser polêmico e de estar na televisão, e relembra um projeto no qual não se encaixou. "Erick, a gente te adora, mas infelizmente ninguém entende o que você fala, seu português é muito ruim", relembrou. Pouco mais de dois anos depois, o mesmo produtor ligou para propor outro programa de TV, aí, sim, o "MasterChef". "Era a oportunidade da minha vida", diz o chef, que abraçou a oportunidade. Atualmente, Jacquin presta consultoria para outros restaurantes. Questionado se é bravo, ele nega: "Não sou. Sou exigente. Na cozinha, a gente não pode perder tempo com 'por favor' e 'obrigado'. Em todos os lugares em que trabalhei, os chefs eram muito rígidos. Hoje, você não pode falar mais nada que já é processado. No 'MasterChef' sou eu, não interpreto um personagem. Por isso, tem gente que gosta muito de mim e tem gente que me odeia", diz. Como comentarista, o programa traz Fernando Holiday. Vereador na cidade de São Paulo, eleito o mais jovem da história da capital. Graduado em história pelo Mackenzie e pós-graduado em Ciência Política pela FIBMG, Holiday também é autor de diversos artigos em jornais relacionados ao racismo e cotas raciais. Atualmente, é estudante de medicina na Faculdade Santo Amaro e lançou recentemente o livro “Senzala Ideológica”.

O Antagonista
Cortes do Papo - Lula é encurralado sobre Venezuela

O Antagonista

Play Episode Listen Later Oct 1, 2024 6:00


Questionado por jornalistas pelo fato de não ter mencionado a Venezuela durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula afirmou:  “Por que eu vou falar da Venezuela? Eu falo o que me interessa falar.O discurso que eu queria fazer [na ONU] era aquele. E foi muito bom discurso.”Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:Você também pode assistir ao Papo Antagonista na BM&C, nos  canais de TV 579 da Vivo, ou 563 da Claro, além do SKY+.  Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Papo Antagonista  https://bit.ly/papoantagonista  Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

O Antagonista
Eleições 2024: "A direita não engole o Ricardo Nunes", Wilson lima explica

O Antagonista

Play Episode Listen Later Aug 28, 2024 11:22


O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB; à esquerda na foto), acusou o partido de seu rival nas eleições de outubro Pablo Marçal (à direita na foto), o PRTB, de estar “envolvido até o nariz” com a maior facção criminosa do país, o PCC.Questionado nesta segunda, 26 de agosto, sobre aumentar as críticas a Marçal, Nunes respondeu: “Não existe ataque no que existe, é você colocar as situações.Quando alguém demonstra lá, mostra que o partido dele tá envolvido até o pescoço, até o nariz com o PCC, não é ataque, é a imprensa que está relatando”.Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do  Meio-Dia em Brasília.  https://bit.ly/meiodiaoa  Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br  

O Assunto
O Assunto entrevista Bebetto Haddad

O Assunto

Play Episode Listen Later Aug 13, 2024 31:51


Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Democracia Cristã, Bebetto Haddad quer transformar a Guarda Civil Municipal em “Polícia da Cidade de São Paulo”, com o dobro do efetivo atual. Questionado qual seria a diferença em relação à atual GCM, o candidato disse que era uma “questão de prestígio”. “A guarda, você pensa, está guardando alguma coisa, já a polícia você pensa que pode combater o crime”. O candidato também prometeu aumentar o salário dos professores da rede municipal. Bebetto foi deputado federal pelo MDB na década de 90. Também foi secretário de Esporte, Lazer e Recreação na gestão de Gilberto Kassab. O candidato já foi filiado ao MDB, Avante e PTB, e, desde o começo do ano, está no DC. Bebetto Haddad participou da série de entrevistas do g1 com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. No podcast O Assunto, Natuza Nery entrevistou, ao vivo, os nomes que tiveram ao menos 5% de intenção de voto na pesquisa Quaest publicada em 30 de julho: Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB), Guilherme Boulos (Psol), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB). Os outros cinco candidatos foram entrevistados pela jornalista Paula Paiva Paulo em conversas gravadas de 30 minutos. Todas as 10 entrevistas estão disponíveis, na íntegra, no g1, no Globoplay, no Youtube do g1 e como um episódio especial do podcast O Assunto.

O Antagonista
Cortes do Papo - O pano de Barroso para Toffoli

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jun 12, 2024 20:33


O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, voltou a sair em defesa de ministros da Corte ao comentar as críticas à falta de transparência e aos gastos com viagens de magistrados e participação em eventos. Questionado sobre o assunto no Roda Viva, da TV Cultura, Barroso afirmou que há certa “implicância” com os ministros e que eles não podem viver “encastelados”.Ainda durante a entrevista, o presidente do STF falou sobre a ida de Dias Toffoli à final da Liga dos Campeões, na Inglaterra, com um empresário que patrocinou um fórum jurídico.  "A história do camarote não foi um evento institucional, foi um evento privado. Ele foi assistir a um jogo de futebol. Ele escolheu para a vida privada dele, pelos gostos dele, de assistir a um jogo de futebol.[...] É preciso saber se ele atendeu a algum interesse desse empresário, eu acho que evidentemente não, portanto, eu acho que há uma certa implicância."O STF gastou 39 mil reais com a segurança de Toffoli durante a viagem a Londres. Para Barroso, “quando se conversa com empresários, há sempre uma repercussão negativa, como se tivesse alguma coisa de impróprio". Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:  https://bit.ly/planosdeassinatura   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

Semana em África
A semana em que Ossufo Momade foi reconduzido à presidência da Renamo

Semana em África

Play Episode Listen Later May 17, 2024 8:48


Esta semana, em Moçambique a actualidade fica marcada pelo congresso da Renamo reconduziu Ossufo Momade como presidente do maior partido da oposição. Ossufo Momade obteve 382 votos, seguido por Elias Dhlakama, irmão do líder histórico do partido Afonso Dhlakama, que recolheu 147 votos e Ivone Soares, deputada e antiga chefe de bancada parlamentar, a primeira mulher a concorrer à liderança da Renamo, que conseguiu 78 votos. Em Moçamçambique o congresso da Renamo reconduziu Ossufo Momade como presidente do maior partido da oposição. Ossufo Momade obteve 382 votos, seguido por Elias Dhlakama, irmão do líder histórico do partido Afonso Dhlakama, que recolheu 147 votos e Ivone Soares, deputada e antiga chefe de bancada parlamentar, a primeira mulher a concorrer à liderança da Renamo, que conseguiu 78 votos.Ossufo Momade apelou à solidariedade de todos os candidatos, reiterando que a prioridade do partido é vencer nas eleições de 9 de Outubro.De fora da corrida à liderança da Renamo e do congresso ficou Venâncio Mondlane, deputado e candidato do partido nas eleições autárquicas de Outubro de 2023 ao município de Maputo, por não cumprir os requisitos do perfil definido pelos órgãos do partido. Mondlane ainda recorreu aos tribunais, mas, apesar de uma providência cautelar que foi aceite pelo tribunal, o congresso não alterou a lista de candidatos submetidos à votação nem permitiu a entrada do deputado na reunião magna.Com a eleição do presidente do partido terminada, a Renamo terá de clarificar qual o candidato que vai apoiar ao cargo de Presidente da República nas eleições gerais de 09 de Outubro, que, por norma, é o líder do partido.Estado Islâmico utilizou crianças-soldado em MacomiaUm grupo armado ligado ao Estado Islâmico (ISIS) utilizou crianças-soldado para invadir e saquear a cidade de Macomia, na província de Cabo Delgado, a 10 de maio de 2024, disse à RFI Zenaida Machado, investigadora sénior da Human Rights Watch.ONU apoia reforma da justiça em São ToméA Organização das Nações Unidas vai apoiar a reforma da justiça e segurança em São Tomé e Príncipe com 2,5 milhões de dólares. O projecto pretende ainda criar "uma instituição nacional de direitos humanos para prevenir e tratar as violações dos direitos humanos" no país, anunciou a Secretária-Geral Adjunta da comissão de Consolidação da Paz da ONU.Ainda em São Tomé, o principal partido de oposição- MLSTP/PSD quer que o Governo vá ao Parlamento esclarecer que o acordo militar que São Tomé assinou com a Rússia. O acordo militar, por tempo indeterminado, inclui formação, utilização de armas, equipamentos militar e partilha de informação foi assinado em São Petersburgo no dia 24 de Abril e já começou a ser implementado no dia 5 de Maio.Guiné-Bissau não precisa de autorização  para visitar a RússiaO Presidente da Guiné-Bissau disse esta semana que não precisa de autorização de ninguém para visitar a Rússia ou qualquer chefe de Estado. Umaro Sissoco Embaló foi o único chefe de Estado africano presente nas festividades do dia da Vitória na Rússia. Questionado pela agência de notícias  Lusa sobre se assinou algum acordo com Vladimir Putin, o chefe de Estado guineense disse que os dois países já tinham Acordo de Quadro Geral, que se mantém "sempre intacto" e que, de vez em quando, é revisto, apenas através de processos verbais, em todas as áreas. Umaro Sissoco Embaló disse que só não visitou mais repúblicas da federação russa por se ter deslocado àquela zona do mundo "num avião emprestado". O Presidente guineense anunciou que, ainda este ano, irá realizar uma visita de Estado à Rússia.Cabo Verde: Governo e professores chegam a acordoEm Cabo Verde, após meses de negociações e vários protestos, professores e Governo chegaram a acordo sobre um aumento salarial. O Governo, em comunicado, destaca que a actualização salarial dos professores vai  representar um impacto orçamental significativo, “acima de 900 mil contos por ano”, mas justifica a decisão com a “realização de mais um dos objectivos estratégicos” vertidos no Programa do Governo, em matéria da valorização e dignificação das carreiras docentes. Com o acordo entre o maior sindicato dos professores e o ministério da Educação fica suspensa a greve de sete dias dos professores que deveria ter lugar a partir desta quarta-feiraAngola: Elevada natalidade afasta crianças fora da escolaA ministra da Educação de Angola considera que a carência de escolas públicas deixa, anualmente, cerca de um milhão de crianças fora do sistema nacional de ensino. Luísa Grilo, a titular da pasta, reconhece ainda que esta situação se deve à elevada taxa de natalidade e à imigração ilegal. Ao discursar na 14ª edição do CaféCIPRA, a titular da pasta revelou que a situação é complicada porque, por mais escolas que se constroem, as autoridades não conseguem resolver este flagelo.

Igreja Por Amor
Jesus, Um Deus Que Quer Ser Questionado | Igreja Por Amor | Victor Azevedo | 07 de Abril de 2024

Igreja Por Amor

Play Episode Listen Later Apr 18, 2024 37:03


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O Antagonista
Em vídeo, Lula pede "presunção de inocência" para eleições na Venezuela

O Antagonista

Play Episode Listen Later Mar 7, 2024 14:25


O presidente Lula (PT) comentou nesta quarta-feira, 6, sobre as eleições da Venezuela marcadas pelo ditador Nicolás Maduro para 28 de julho.Questionado se o pleito será justo, o petista fez uma comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente.“Eles me disseram que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui (Bolsonaro), nada vale”, disse Lula ao chegar no Palácio do Itamaraty.A declaração de Lula vem na esteira da decisão de Maduro de inabilitar politicamente sua principal opositora, Maria Colina Machado.O ditador também anunciou recentemente a expulsão de funcionários da agência da ONU de direitos humanos do país.Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais. Link do canal: https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Aqui você encontra os bastidores do poder e análises exclusivas. Apoie o jornalismo independente assinando O Antagonista | Crusoé: https://hubs.li/Q02b4j8C0 Não fique desatualizado, receba as principais notícias do dia em primeira mão se inscreva na nossa newsletter diária: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Falando De BBB22
BBB24: Gnomadinho vive mas Rodriguinho é questionado; Bia e Alane tomam decisão sobre Fernanda

Falando De BBB22

Play Episode Listen Later Feb 21, 2024 45:14


BBB24: Gnomadinho vive mas Rodriguinho é questionado; Bia e Alane tomam decisão sobre Fernanda

O Antagonista
Cortes do Papo - O cinismo de Lula sobre morte de Navalny

O Antagonista

Play Episode Listen Later Feb 20, 2024 11:48


Questionado sobre a morte de Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin, Lula criticou no domingo, 18, a “pressa” para a resolução do caso."Para que essa pressa de acusar alguém? Sabe há quantos anos estou esperando o mandante do crime da Marielle [Franco]? Seis, e não estou com pressa de dizer quem foi, não quero especulação", afirmou o petista.Navalny morreu na última sexta-feira, 16, numa colônia penal no Círculo Polar Ártico.Felipe Moura Brasil, Carlos Graieb e Duda Teixeira comentam.Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais. Link do canal: https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Aqui você encontra os bastidores do poder e análises exclusivas. Apoie o jornalismo independente assinando O Antagonista | Crusoé: https://hubs.li/Q02b4j8C0 Não fique desatualizado, receba as principais notícias do dia em primeira mão se inscreva na nossa newsletter diária: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Estadão Notícias
A perseguição de Maduro contra opositores e o silêncio de Lula

Estadão Notícias

Play Episode Listen Later Feb 1, 2024 26:31


O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou na última sexta-feira, 26, a proibição da presidenciável María Corina Machado de ocupar cargos públicos por 15 anos. A medida barra a líder opositora da eleição e reduz as chances de mudança no Palácio de Miraflores ao deixar o caminho livre para mais um mandato do ditador Nicolás Maduro, no poder há 12 anos. A opositora venezuelana María Corina Machado descartou na segunda-feira, 29, desistir de sua candidatura à presidência, apesar da sentença judicial. Por causa disso, os Estados Unidos restabeleceram sanções contra a Venezuela. Washington havia flexibilizado os embargos e liberado transações envolvendo petróleo, gás e ouro como parte do chamado Acordo de Barbados. Quatro dias depois de a ditadura da Venezuela decidir inabilitar a candidatura da principal candidata da oposição, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a medida. Questionado pelo Estadão se a diplomacia brasileira pretendia se manifestar sobre o caso, o Itamaraty não se pronunciou. O ministro Mauro Vieira também preferiu não falar. Outros países da América do Sul, como a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e o Equador, condenaram a inelegibilidade da ex-deputada. Já governos de esquerda da Colômbia, com Gustavo Petro, e do México, com Andrés Manuel López Obrador, também optaram pelo silêncio. Afinal, diante deste novo caso de afronta à democracia, o Brasil vai se calar ou tomará uma posição mais forte contra Maduro? Quais os riscos políticos para Lula ao evitar o assunto? E há chances de Maduro realizar eleições livres na Venezuela? No ‘Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), e coordenador do núcleo de estudos latino-americanos, Roberto Goulart Menezes. O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte  Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.

O Antagonista
"Não perderei a civilidade e acho que este país precisa disso", diz Sergio Moro ao explicar o abraço em Flávio Dino na audiência da CCJ do Senado.

O Antagonista

Play Episode Listen Later Dec 13, 2023 1:14


O senador Sergio Moro (União-PR) e o ministro da Justiça, Flávio Dino, se cumprimentaram com um abraço nesta quarta-feira, 13. Isso não teria virado notícia se os dois não tivessem passado os últimos anos trocando farpas em público. Indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), Dino é um dos maiores críticos da Operação Lava Jato. Em audiência no Senado em março, os dois se enfrentaram e o ministro da Justiça disse o seguinte: “Eu sou uma pessoa honesta, ficha limpa. Eu fui juiz. Nunca fiz conluio com o Ministério Público. Nunca tive uma sentença anulada. E, por ter sido um juiz honesto, governador honesto, que eu não admito que alguém venha dizer que eu deva ser preso. Isso é desrespeito. Quem tem honra age assim. Repilo veementemente qualquer ofensa à minha honra.” Durante sua peregrinação nesta semana pelo Senado, em busca de votos, Dino chegou a dizer que não precisaria falar com o ex-juiz para saber seu voto. Já Moro previu na manhã desta quarta-feira que a sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado seria longa e dura, “porque o ministro da Justiça, o indicado, deu uma serie de declarações polêmicas durante o ano, então isso deve reverberar na sabatina”. “Eu conheço, na verdade, o ministro Flávio Dino há muito tempo, né? Porque ele foi também juiz federal, eu fui juiz na mesma época, o que não significa que concordemos em vários assuntos”, comentou Moro em outro momento nesta quarta. Durante suas perguntas a Dino, Moro comentou o abraço: “Eu fui até aí cumprimentá-lo, acho que é um dever de cordialidade e civilidade. Vossa Excelência me perguntou algo, eu achei graça e dei uma risada. Tiraram várias fotos, já está viralizando, como se isso representasse minha posição. Eu sempre deixei muito claro, eu tenho diferenças com o atual governo, e Vossa Excelência faz parte do atual governo. Tenho diferenças profundas, e tenho sido um crítico, inclusive da gestão de Vossa Excelência, mas não perderei a civilidade e acho que este país precisa disso, para que nós possamos diminuir a polarização.” O que os senadores perguntaram a Dino? Questionado pelo senador Magno Malta (PL-ES) sobre seu entendimento em relação ao aborto — e ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema —, o ministro da Justiça deu uma resposta evasiva. Citando o jurista italiano Norberto Bobbio, ele disse que não é papel da Suprema Corte se intrometer no assunto. O ministro da Justiça foi questionado também sobre as gravações das câmeras de segurança do Ministério da Justiça em 8 de janeiro, e disse que entregou todas as imagens relevantes e que não tinham sido apagadas.Dino ainda rebateu as críticas por não comparecer ao Congresso, ignorando convocações de parlamentares. Disse ter recebido “mais de 120 convites e convocações” e que atendeu a oito delas. Em suas contas, as visitas totalizaram 29 horas e 30 minutos, uma “prova de respeito às causas parlamentares”, segundo ele. O indicado ao STF falou ainda sobre a visita ao Complexo da Maré. “Dizem que eu subi o morro. Não, não havia um morro”, disse, acrescentando que andou apenas 15 metros para dentro da comunidade e destacando que sua visita foi comunicada à Polícia Rodoviária Federal, à Polícia Federal, às polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro e ao Corpo de Bombeiros. Durante a sabatina, Dino disse ainda que não tem simpatia por decisões monocráticas que derrubem leis aprovadas pelo Congresso Nacional, motivo de uma disputa intensa do Congresso Nacional com o STF. Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo... e muito mais.  Link do canal:  https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344 Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Aqui você encontra os bastidores do poder e análises exclusivas. Apoie o jornalismo independente assinando O Antagonista | Crusoé:  https://hubs.li/Q02b4j8C0 Não fique desatualizado, receba as principais notícias do dia em primeira mão se inscreva na nossa newsletter diária: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br  |  www.crusoe.com.br

O Antagonista
Fernando Haddad se estressa com jornalistas ao ser questionado por pautas econômicas

O Antagonista

Play Episode Listen Later Nov 3, 2023 9:30


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O Antagonista
Porta-voz do Hamas abandona entrevista ao ser questionado sobre assassinatos

O Antagonista

Play Episode Listen Later Oct 27, 2023 3:09


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#Provocast
#197 - Rafael Grampá

#Provocast

Play Episode Listen Later Sep 28, 2023 54:45


No Provocast dessa semana, Marcelo Tas entrevista o quadrinista e roteirista Rafael Grampá. O criador da HQ “Gárgulas de Gotham” fala sobre os desafios ao encontrar seu estilo, convites especiais que recusou e muito mais. Grampá compartilha sua primeira chance de redesenhar o Batman, quando a DC Comics o convidou para criar uma estátua, ele diz que buscou um design mais funcional, eliminando a cueca por cima da calça. Questionado sobre resistir a convites tentadores, o gaúcho revela sua clareza quanto ao seu chamado: ser autor, não apenas desenhar para outros escritores. “Sabemos o que fazer, os sacrifícios necessários, nosso chamado”, conclui Rafael.

O Antagonista
Cortes do Papo - Santos Cruz: Bolsonaro cometeu “maior crime já feito contra o Exército"

O Antagonista

Play Episode Listen Later Sep 8, 2023 31:27


O desgaste de imagem das Forças Armadas nos últimos anos tem um único responsável, na avaliação do general Carlos Alberto Santos Cruz: Jair Messias Bolsonaro. Em entrevista exibida pelo Papo Antagonista neste 7 de Setembro, o ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro disse que o ex-presidente cometeu "o maior crime já feito contra o Exército" brasileiro. Segundo Santos Cruz, Bolsonaro passou todo o governo "tentando arrastar as Forças Armadas, o tempo todo, para o contexto político", para "depois culpá-las para não tomar a decisão política que ele teria de tomar". "Falando em 'meu Exército', 'sou o comandante em chefe', coisas infantis e irresponsáveis”, criticou o general, explicando que isso criou uma expectativa em parte da população a que os militares não podiam fazer frente. Para o ex-ministro, os militares também não têm responsabilidade pelos acampamentos montados na frente de quartéis após o segundo turno da eleição do ano passado. Na entrevista, Santos Cruz destacou que as Forças Armadas não cederam às pressões para atuar politicamente e, hoje, pagam o preço entre os apoiadores de Bolsonaro. “No imaginário desse pessoal, [a imagem] não vai se recuperar nunca”, comentou. Os militares foram chamados de traidores nas redes sociais ao longo do dia, cujo destaque político foi o desfile do Dia da Independência. Santos Cruz também isentou as Forças Armadas das investigações que fustigam militares que atuaram no governo Bolsonaro, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que se entendeu com a Polícia Federal para fechar um acordo de delação premiada. "Não foi a instituição que pediu para vender o relógio lá em Miami, são coisas de responsabilização individual", argumentou. Questionado sobre a mensagem que passa neste 7 de Setembro, ele disse que a população pode confiar no Exercito e nas Forças Armadas. "Há necessidade de despolitizar determinados aspectos da vida nacional. Não pode politizar a segurança publica, a educação, a saúde publica, o patriotismo", comentou. Apoie o jornalismo independente.  O Antagonista está concorrendo ao prêmio IBEST 2023.  Categoria 'Canal de Política' vote: https://app.premioibest.com  Categoria 'Canal de Opinião' vote:  https://app.premioibest.com  Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa.  Assine o combo O Antagonista + Crusoé:  https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter:  https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br  |  www.crusoe.com.br

O Antagonista
”Só em caso de guerra mundial”, diz Paulo Guedes sobre a possibilidade de voltar para a política.

O Antagonista

Play Episode Listen Later Aug 21, 2023 0:59


Paulo Guedes (foto) está de volta aos holofotes. Após anunciar que vai cuidar de um curso de MBA digital com Thiago Nigro — o economista e youtuber por trás da marca "Primo Rico"— o ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro participou de uma live com o seu novo sócio nesta segunda-feira (21), para comentar a nova empreitada. Mas, não demorou muito, o assunto enveredou para a política. Questionado por Nigro, Guedes disse que não considera voltar à vida pública. "Olha, eu devo dizer com a maior sinceridade do mundo: só [volto à política] em caso de guerra mundial", disse Guedes durante a transmissão. Em janeiro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a anunciá-lo como um dos conselheiros do seu mandato. Os meses se passaram sem que Guedes jamais fosse visto circulando no Palácio dos Bandeirantes. Quando perguntado sobre três pontos positivos do governo Lula, o ex-ministro falou por sete minutos sobre suas próprias realizações. Para Guedes, os pontos positivos do governo Lula são: a ascensão da centro-direita e do conservadorismo;  a força do sistema econômico de mercado; e a resposta do regime econômico (no seu mandato). Analisando seus quatro anos à frente da economia sob Bolsonaro, Guedes disse que o governo que integrou como "superministro" interrompeu três décadas de esquerda no país. Ele acredita que entregou "dois planos Marshall" em investimentos privados ao país. "A pergunta é se vamos manter ou sair do caminho da prosperidade", refletiu o ex-ministro. Após deixar o ministério, Guedes assumiu o comando no Brasil da Fundación Internacional para la Libertad (FIL) e virou sócio da Legend Capital e da Ivy, empresa de investimentos. No Instagram, o dono do Grupo Primo detalhou como ocorreu o encontro com Guedes. “Por meio de pessoas próximas, consegui ser recebido por Paulo Guedes no clube em que ele é sócio no Rio de Janeiro, numa tarde de verão. Encontrei um cara cheio de planos, que nem parecia ter os 73 anos que tem. Ele me disse que seu desejo era voltar a empreender na área de educação, afinal, tinha muita experiência nesse setor“, relata o influenciador.   Apoie o jornalismo independente.  O Antagonista está concorrendo na categoria 'Canal de Política'. Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa.  Vote em: https://app.premioibest.com O Antagonista está concorrendo na categoria 'Canal de Opinião'. Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa.  Vote em: https://app.premioibest.com Assine o combo O Antagonista + Crusoé:  https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter:  https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br  |  www.crusoe.com.br

O Antagonista
A pergunta que calou o coronel Lawand na CPMI

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jun 27, 2023 2:21


Questionado, na CPMI do 8 de janeiro, pelo deputado federal Duarte (PSB-MA) sobre mensagem enviada a Mauro Cid no dia 21 de dezembro, o coronel do Exército Jean Lawand Júnior preferiu ficar calado. “Por qual razão, no dia 21 de dezembro, o senhor se mostrou decepcionado?”, perguntou o deputado, após uma série de interrupções e algum tumulto na audiência. Lawand respondeu: “Quero manter meu direito ao sigilo”. A mensagem enviada pelo coronel a Mauro Cid dizia: “Que decepção”. Cid respondeu: “Infelizmente”. E Lawand retrucou: “Peça, por favor, para avisarem ao povo que está há 52 dias cagando em banheiro químico, dormindo mal e pegando chuva, ele merece saber a verdade! Que Deus tenha piedade dessa nação”. O coronel lamentava na ocasião o pedido do então presidente Jair Bolsonaro para que caminhoneiros deixassem as rodovias e voltassem para suas casas. Durante a audiência, Lawand pediu desculpas pelas trocas de mensagens, que vieram a público após investigação da Polícia Federal. Inscreva-se e receba a newsletter:  https://bit.ly/2Gl9AdL Você pode entrar em contato conosco pelo e-mail:  assinante@oantagonista.com Confira mais notícias em nosso site:  https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais:  https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista ​https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista

O Antagonista
Lula diz que agronegócio tem “problema ideológico” com ele

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jun 16, 2023 1:17


Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (15), em entrevista para rádios de Goiás, que o problema do agronegócio com o governo é “ideológico”, sem ter relação com temas econômicos, por exemplo. “Tenho noção do que nós fizemos [para o agronegócio]. O problema deles conosco é ideológico, não é problema de dinheiro a mais no Plano Safra. Não quero saber se produtor rural gosta de mim ou não”, afirmou o presidente. A declaração foi dada num momento que o governo enfrenta grande resistência no Congresso por parte da bancada ruralista, que conta hoje com a adesão de cerca de 300 dos 513 deputados. O atrito tem resultado numa série de derrotas e entraves para o Planalto na Câmara e no Senado. A proximidade do PT com o MST é um dos principais pontos que distanciam o governo da bancada. Questionado sobre o forte vínculo do setor com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula respondeu: “Não estou preocupado com o fulano e ciclano pensa de mim. Estou preocupado que se as pessoas forem honestas comigo tem que dizer em alto e bom som: nunca antes na história desse país a agricultura foi tão bem tratada como no governo Lula”, afirmou. Inscreva-se e receba a newsletter:  https://bit.ly/2Gl9AdL Você pode entrar em contato conosco pelo e-mail:  assinante@oantagonista.com Confira mais notícias em nosso site:  https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais:  https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista ​https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista