Trechos do livro “The Zen Teaching of Huang-Po”.Huang Po Xiyun (?-850) foi um renomado mestre do budismo Chan (Zen na tradição japonesa) na China durante a dinastia Tang. Pouco se sabe sobre sua vida pessoal, mas acredita-se que nasceu na província de Fujian e entrou para a vida monástica ainda jovem. Ele estudou sob a orientação do mestre Baizhang Huaihai, um dos grandes nomes do Chan, e mais tarde se destacou como um dos mais influentes mestres de sua época. Huang Po liderou teve discípulos notáveis, como Linji Yixuan, que fundaria a escola Rinzai do Zen.Huang Po Xiyun é uma figura central no desenvolvimento do budismo Chan, contribuindo significativamente para a formação do pensamento que enfatiza a prática direta e a iluminação súbita. Seu trabalho consolidou a ênfase no "corte das ilusões" e no retorno à essência da mente, princípios que seriam fundamentais no desenvolvimento do Zen na Ásia e no Ocidente.Os ensinamentos de Huang Po destacam a natureza unificada da mente, que ele descrevia como o "Grande Caminho". Ele defendia que todas as distinções e conceitos são ilusórios e que a verdadeira sabedoria está na experiência direta, livre de apegos e raciocínios. Huang Po rejeitava práticas ritualísticas complexas, incentivando a compreensão da própria mente como o caminho para a iluminação. Suas lições enfatizavam a simplicidade e a introspecção, tendo impacto duradouro em muitas gerações de praticantes. O livro Ensinamentos de Huang Po sobre a Mente-Única, compilado por seus discípulos, permanece como um clássico do Zen.
Trechos do livro “The Book of Lieh-Tzu - A Classic of Tao”, de A. C. Graham.Lie-Tzu ou Lie Yukou (400 a.C. - 301 a.C.), foi um influente filósofo do taoísmo Chines.Nascido na China, Lie-Tzu viveu no período chamado de Primavera e Outono Chinês da dinastia ocidental de Zhou, mas pouco se sabe sobre sua vida.Os ensinamentos de Lie-Tzu vão desde a origem e o propósito da vida, a visão taoísta da realidade e a natureza da iluminação até o treinamento do corpo e da mente, comunicação e a importância da liberdade pessoal.
Trechos retirados do livro “The Sutra of Hui-Neng”.Hui Neng (638 - 713), foi um grande monge e o sexto Patriarca do Zen Budismo.Nascido na cidade de Xinzhou (China), Hui Neng não sabia ler nem escrever, sua família era pobre e seu pai morreu quando ele ainda era jovem, o que o fez trabalhar como lenhador para sustentar a si mesmo e sua mãe.Certo dia, enquanto carregava lenha, Hui Neng ouviu alguém recitar o Sutra do Diamante, e sentiu um despertar. Imediatamente, decidiu seguir o caminho de Buda. Assim, viajou 800 km a pé, até a área no norte da China no mosteiro do quinto patriarca Hongren. Ali, Hui Neng começou a trabalhar na cozinha, onde trabalhou por oito meses.Hongren lhe transmitiu o manto e a tigela como sinal do Selo do Dharma da Iluminação Súbita, dizendo-lhe para deixar o mosteiro e seguir para o sul.Durante os quinze anos seguintes, Hui Neng permaneceu no anonimato, não revelando a ninguém que era o Sexto Patriarca. Depois, decidiu começar a receber discípulos, e transmitiu o Dharma a 43 sucessores, extinguindo-se, com ele, o título oficial de Patriarca Zen.Hui Neng declarou que todas as pessoas possuem a natureza búdica e que a natureza de cada um é originalmente pura. A maneira de descobrir a própria natureza é através da calma e da sabedoria, que serão alcançadas quando a pessoa se libertar do pensamento deliberado e do apego às coisas. Se alguém vê sua própria natureza, a iluminação acontecerá.
Trechos do livro “Cloud Hidden”, de Alan Watts.Alan Wilson Watts (1915 - 1973) foi um filósofo, escritor e palestrante britânico, conhecido como um dos pioneiros na divulgação da sabedoria oriental ao Ocidente.Nascido na Inglaterra, desde cedo demonstrou interesse pelo budismo e pelas tradições espirituais da Ásia. Emigrou para os Estados Unidos na década de 1930 e estudou teologia. Ordenado sacerdote episcopal, deixou o ministério para se dedicar a uma abordagem mais ampla e interdisciplinar da espiritualidade. Viveu na Califórnia, onde escreveu, palestrou e gravou programas de rádio que o tornaram uma figura influente.Watts ensinava sobre a integração da filosofia oriental, como o budismo zen e o taoismo, com a vida moderna ocidental. Ele abordava temas como a natureza da consciência, a relação entre o eu e o universo e a ilusão da separação. Enfatizava a importância do presente, a fluidez da vida e a aceitação da incerteza.Alan Watts desempenhou um papel fundamental na introdução da espiritualidade oriental no Ocidente durante o século XX. Sua abordagem prática e filosófica permanecem populares, impactando novas gerações.
Citações e trechos dos livros “Enlightened Courage” e “The Heart of Compassion”, de Dilgo Khyentse Rinpoche.Dilgo Khyentse Rinpoche (1910 - 1991) foi um mestre budista tibetano da tradição Nyingma do Vajrayana, reconhecido como um dos maiores lamas do séc. XX.Aos 11 anos Dilgo Khyentse entrou para o mosteiro e recebeu ensinamentos de mais de 50 professores de todas as quatro tradições de linhagem. Dos 15 aos 28 anos, viveu em retiro silencioso, em eremitérios e cavernas remotas, atualizando todos os ensinamentos que havia recebido anteriormente. Quando deixou o Tibete e foi para o exílio, viajou por todo o Himalaia, Índia, sudeste da Ásia, Europa e América do Norte, transmitindo e explicando os ensinamentos aos seus muitos discípulos. Aqueles que assistiram aos ensinamentos de Rinpoche relatavam que ele poderia ensinar sem esforço, sem pausa e por longos períodos.Dilgo Khyentse Rinpoche desempenhou um papel vital na preservação do budismo tibetano, especialmente durante o exílio. Seus ensinamentos influenciaram discípulos no mundo todo, incluindo líderes espirituais como o Dalai Lama.
Trechos retirados de gravações de discursos de Ajahn Chah.Ajahn Chah (1918 - 1992), foi um grande mestre da linhagem “Tradição Tailandesa das Florestas” do budismo Theravada.Ajahn Chah (ou Chah Subhaddo) nasceu numa vila rural perto da cidade de Ubon Rajathani, Tailândia. Seguindo a tradição, depois de completar o ensino básico ordenou-se como monge noviço no mosteiro local da vila, onde passou os primeiros anos de sua vida monastica estudando as bases do Dharma, a linguagem Pāli e as escrituras.Após uma grave doença e falecimento de seu pai, Ajahn Chah, reconheceu que apesar de ter estudado exaustivamente ele não se sentia mais próximo de ter uma compreensão pessoal acerca do fim do sofrimento. Então, em 1946, abandonou os estudos e partiu em peregrinação. Caminhou durante vários anos pernoitando em florestas e recebendo comida nas vilas pelas quais passava, despendendo temporadas em mosteiros, assimilando os ensinamentos e praticando meditação.Foi durante sua estadia no mosteiro de Wat Kow Wongkot onde conheceu Ajahn Mun, um mestre de meditação altamente reverenciado, que ensinou-lhe que, apesar dos ensinamentos serem realmente extensos, em sua essência eles são muito simples:“Com consciência, se virmos que tudo surge no ‘coração-mente'. Aí está o verdadeiro caminho!”Este sucinto e direto ensinamento foi uma revelação para Ajahn Chah, transformando o seu modo de praticar. O caminho estava claro!Amado e respeitado em seu país como um homem de grande sabedoria, Ajahn Chah tornou-se um influente professor e fundador de grandes mosteiros de sua tradição.Seus ensinamentos contêm aquilo que se pode chamar de “coração da meditação budista” – as práticas simples e diretas de acalmar o coração e abrir a mente para a verdadeira compreensão da verdade. Esta forma de constante vigilância expandiu-se rapidamente como prática Budista no Ocidente, ensinando-nos a lidar com os estados mentais mais densos, como os medos, a ganância ou o sentimento de perda e a aprender o caminho da paciência, sabedoria e compaixão altruísta. Segundo Ajahn Chah o treino da mente não se trata apenas de nos sentarmos com os olhos fechados ou de aperfeiçoarmos uma técnica de meditação. Trata-se de uma grande renúncia.
Citações e trechos do livro “Radically Happy: A User's Guide to the Mind”, de Kyabgön Phakchok Rinpoche.Kyabgön Phakchok Rinpoche (nascido em 1981) é um monge e professor da Escola Nyingma de Budismo Tibetano, detentor da linhagem dos Tesouros Profundos de Chokgyur Lingpa.Phakchok ingressou no Instituto Dzongsar de Estudos Budistas Avançados em Bir, na Índia, onde recebeu o título de Khenpo, comparável a um doutorado em Filosofia Budista, de Dzongsar Khyentse Rinpoche e do 14º Dalai Lama. Phakchok recebeu instruções e iniciações de muitos professores, incluindo Dilgo Khyentse Rinpoche, Chogye Trichen Rinpoche, Taklung Tsetrul Rinpoche, Nyoshul Khen Rinpoche, Tsikey Chokling Rinpoche e outros.Ao longo da sua vida, Phakchok viajou extensivamente, ensinando e partilhando a sabedoria do Budismo Tibetano com pessoas de diversas origens.Seus ensinamentos concentram-se em métodos práticos para cultivar a atenção plena e a consciência, tanto em orientações sobre as práticas meditativas quanto na exploração de ensinamentos profundos, como o vazio e a interdependência.Phakchok também incentiva seus alunos ao serviço comunitário e no envolvimento social, a contribuir ativamente para o bem-estar dos outros e a trabalhar para criar uma sociedade mais compassiva e harmoniosa. Integrando os princípios budistas na vida cotidiana, Phakchok aponta para a compaixão, a atenção plena e a sabedoria como as chaves para a transformação pessoal e a paz interior.
Trechos de gravações em palestras de Tenzin Wangyal Rinpoche.Tenzin Wangyal Rinpoche é escritor e um professor altamente respeitado da tradição Bön do Budismo Tibetano.Tenzin Rinpoche nasceu em Amritsar (Índia), pouco tempo depois de seus pais fugirem do Tibete (em 1959) devido a ocupação chinesa.Aos 10 anos de idade, Tenzin foi ordenado como monge no Mosteiro Menri (Índia), onde foi reconhecido pelo professor titular Lopon Sangye Tenzin Rinpoche como sendo a reencarnação do mestre Khyung Tul Rinpoche, um mestre de meditação de renome que morreu em meados do século 20.Em 1988, Tenzin foi convidado pelo mestre Dzogchen Chögyal Namkhai Norbu Rinpoche a ensinar na Itália, o que lhe trouxe oportunidades adicionais para ensinar em outros locais em toda a Europa Ocidental, sendo um dos primeiros a trazer os ensinamentos Bön ao Ocidente. Tenzin Rinpoche é conhecido pela profundidade de sua sabedoria; seu estilo envolvente de ensino claro; e sua capacidade de fazer os antigos ensinamentos tibetanos altamente acessíveis e relevantes para a vida dos ocidentais.Atualmente Tenzin continua transmitindo seus ensinamentos, preservando sua tradição através da criação de centros e de grupos em todo o mundo, traduzindo e publicando textos, e ensinando o Bön initerruptamente aos estudantes ocidentais em todo o mundo.
Trechos dos livros “Atma Nivritti” e “Notes on Spiritual Discourses of Shri Atmananda”.Atmananda Krishna Menon ou Krishna Menon (1883 - 1959), foi professor espiritual e advogado.Nascido em Kerala (Índia), Meon inicialmente seguiu uma carreira jurídica e desempenhou um papel significativo no sistema de justiça de sua época. No entanto, em 1919, devido a sua busca pelo autoconhecimento, Meon encontrou seu mestre espiritual, Sri Yogananda, que vivia em Calcutá (Índia), eles se conheceram durante o curso de apenas uma noite. Menon ficou particularmente tocado pela extrema humildade desse professor. Mais tarde, ele declarou: “Isso paralisou meu ego”. Este encontro transformou sua vida, levando-o a renunciar à carreira de advogado e a se dedicar inteiramente ao caminho espiritual.Mais tarde, Meon adotou o nome Atmananda, significando “a Bem-aventurança do Eu”, e passou a ensinar Jnana-Yoga aos seus discípulos.Os ensinamentos de Atmananda Krishna Menon são centrados no Advaita Vedanta e se tornaram uma fundação para um método espiritual chamado Caminho Direto (Vichara-Marga).Atmananda ensinava que a verdadeira natureza do ser humano é o “Eu” ou “Atman”, que é imutável, eterno e além do corpo e da mente. Suas principais lições destacavam a importância da autoinvestigação (Atma-Vichara) e da compreensão direta da Realidade como a chave para a liberação espiritual. Atmananda utilizava um estilo direto e descomplicado, frequentemente desafiando conceitos tradicionais e encorajando seus seguidores a transcender as identificações ilusórias com o ego e o mundo material para realizar a verdade do Eu absoluto.
Trechos retirados de gravações em satsangs de Ramesh Balsekar.Ramesh S. Balsekar (1917 - 2009) foi discípulo de Nisargadatta Maharaj. Desde a infância, Balsekar foi atraído pelo Advaita, particularmente os ensinamentos de Ramana Maharshi. Ele escreveu mais de 20 livros, foi presidente do Banco da Índia e recebia hóspedes diariamente em sua casa em Mumbai até pouco antes de sua morte.Balsekar ensinava a partir da tradição do não-dualismo Advaita Vedanta.Seu ensino começa com a ideia de uma Fonte definitiva, Brahman, da qual surge a criação. Uma vez que a criação surgiu, o mundo e a vida operam mecanicamente de acordo com as leis divinas e naturais.Tudo o que acontece é causado por esta fonte, e a identidade real desta fonte é pura Consciência, que é incapaz de escolher ou fazer. Por tanto, o livre-arbítrio é na verdade uma ilusão. Essa falsa identidade que gira em torno da ideia de que "Eu sou o corpo" ou "Eu sou o executor" impede a pessoa de ver sua identidade real, que é a Consciência livre.
Trechos retirados do livro “No Death, No Fear”, e de gravações em palestras de Thich Nhat Hanh.Thich Nhat Hanh (1926 - 2022) foi um monge budista, escritor e ativista vietnamita, amplamente reconhecido como uma das vozes mais influentes do budismo no século XX.Através da arte da atenção plena (Mindfulness), Hanh enfatizava a presença no momento presente como caminho para a paz interior e exterior. Ele integrava meditação à vida cotidiana, com práticas simples como “meditar ao caminhar” e “respiração consciente”. Seus ensinamentos abordavam temas como compaixão, reconciliação e a interconexão de todos os seres.Thich Nhat Hanh foi um defensor incansável da paz e da justiça, promovendo o diálogo entre culturas e religiões. Sua abordagem prática e compassiva continua a transformar vidas, enquanto Plum Village e seus muitos discípulos espalham seus ensinamentos pelo mundo.
Citações e trechos do livro “O que ‘não' faz de você Budista”, de Dzongsar Khyentse Rinpoche.Dzongsar Jamyang Khyentse Rinpoche ou Thubten Chökyi Gyamtso, é um grande mestre da linhagem Nyingma do budismo tibetano, cineasta e escritor.Nascido em 1961, em Khenpajong (leste do Butão), é o filho mais velho de Thinley Norbu.Aos sete anos, foi reconhecido por Sua Santidade Sakya Trizin como a principal encarnação de Dzongsar Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö, o herdeiro espiritual de uma das mais influentes e admiradas encarnações de Manjushri (o Buda da Sabedoria).Até a idade de doze anos, Dzongsar estudou no Mosteiro do Palácio do Rei de Sikkim no nordeste da Índia, onde estudou com vários mestres contemporâneos influentes como Dudjom Rinpoche, Dalai Lama e Dilgo Khyentse que considera ser seu principal mestre. Ainda adolescente, Dzongsar construiu um pequeno centro de retiro em Ghezing em Sikkim e logo começou a viajar e ensinar pelo mundo.Em 1989, Dzongsar fundou a Siddhartha's Intent, uma associação budista internacional de centros sem fins lucrativos, a maioria das quais são sociedades e instituições de caridade, com a intenção principal de preservar os ensinamentos budistas, bem como aumentar a conscientização e a compreensão dos muitos aspectos do ensinamento budista além dos limites das culturas e tradições.Como cineasta, Dzongsar estudou com o italiano Bernardo Bertolucci; e seus dois filmes principais são “A Copa” (1999) e “Traveller e Magicians” (2003).Dzongsar Rinpoche é famoso pela liberdade descontraída com que se move entre culturas e povos e por sua dedicação incansável em trazer a filosofia e o caminho da iluminação para qualquer pessoa com um coração aberto.
Citações e trechos do livro “The Way of Rest”, de Jeff Foster.Jeff Foster (nascido em 1962), é um autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade).Nascido em Londres (Inglaterra), Foster estudou Astrofísica na Universidade de Cambridge. Na época, ele foi dominado por sentimentos de desespero e solidão, o que acabou levando a uma doença física e um colapso pessoal logo após a formatura.Convencido de que iria morrer, Foster voltou a morar com seus pais.Após um longo período de depressão, ele embarcou em uma intensa busca espiritual pela verdade suprema da existência. Sua busca desabou com o claro reconhecimento da natureza não dual de todas as coisas, a descoberta do extraordinário no ordinário. Na clareza dessa visão, Foster reconheceu a raiz da ilusão por trás de todo sofrimento humano, e sua vida tornou-se aberta, íntima e espontânea, um constante amor pelo momento presente.Atualmente Jeff Foster realiza reuniões e retiros em todo o mundo.Baseando-se em sua experiência pessoal e na sabedoria milenar da não-dualidade, Foster compartilha através de uma linguagem simples a possibilidade de que toda a busca e anseio da mente pode chegar a um fim absoluto, através do desaparecimento da sensação de ser um indivíduo separado e um mergulho no amor incondicional.
Trechos selecionados de discursos de Lama Zopa.Thubten Zopa Rinpoche (1946 - 2023), nascido em Thami (Nepal), foi escritor, professor e renomado lama do budismo tibetano da Tradição Gelug.Aos três anos de idade Zopa Rinpoche foi reconhecido como sendo a reencarnação de Lama Lawudo. Sob a orientação de seus professores, ele recebeu uma educação budista tradicional, estudando escrituras, filosofia e práticas de meditação.Ele estudou durante sua juventude no monastério de Domo Geshe Rinpoche, até a invasão chinesa em 1959. Em 1959, fugiu para Índia, onde conheceu o Lama Yeshe, que se tornou o seu professor mais íntimo.Em 1974, Lama Yeshe e Lama Zopa começaram a viajar pelo mundo para dar ensinamentos; como resultado dessas viagens, uma rede mundial de centros de estudos budistas e de meditação começou a se desenvolver – a Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana (FPMT). A partir do falecimento de Lama Yeshe, em 1984, Lama Zopa assumiu o papel de diretor espiritual da FPMT.Zopa Rinpoche foi fundamental na divulgação do budismo tibetano para o Ocidente, seus ensinamentos enfatizavam a importância de integrar os ensinamentos de Buda na vida cotidiana e também a prática da atenção plena, compaixão e conduta ética. Ele era conhecido por sua cordialidade, humor e acessibilidade ao apresentar profundos ensinamentos de maneira compreensível.
Trechos do livro “Turning Confusion into Clarity”, e de gravações em palestras de Yongey Mingyur Rinpoche.Conhecido por apresentar a prática da meditação de forma clara e acessível, Yongey Mingyur Rinpoche (nascido em 1975, Nubri - Nepal) é um mestre das linhagens Karma Kagyu e Nyingma do budismo tibetano.Filho mais novo do mestre Tulku Urgyen Rinpoche, Yongey foi educado desde cedo segundo a filosofia budista. Começou os seus estudos monásticos formais aos onze anos, e dois anos depois, iniciou o seu primeiro retiro de três anos. Aos 36 anos, partiu secretamente do seu mosteiro na Índia para iniciar um retiro errante de quatro anos e meio, vivendo em grutas de montanha e nas ruas das aldeias. Viajou durante quase uma década por todo o mundo, encontrando-se e conversando com diversos cientistas renomados e pessoas comuns que desejam elevar-se do sofrimento inerente à condição humana e atingir um estado de felicidade duradoura.
Trecho retirado do livro “O Profeta”, de Khalil Gibran.Khalil Gibran (1883-1931) foi um escritor, poeta e artista libanês, conhecido por suas obras espirituais e filosóficas.Nascido na cidade de Bsharri, no Líbano, em uma família maronita cristã, Gibran emigrou com sua mãe para os Estados Unidos aos 12 anos. Lá, viveu em Boston, onde começou a explorar sua vocação artística e literária. Após estudar arte em Paris, ele combinou influências ocidentais e orientais para criar um estilo único.Gibran abordava temas universais como amor, liberdade, espiritualidade e a interconexão da humanidade. Seus textos, frequentemente escritos em linguagem poética, celebram a beleza da vida, a busca interior e a harmonia com o divino. Em O Profeta (1923), ele compartilha reflexões profundas por meio de um personagem sábio que oferece conselhos sobre aspectos da vida cotidiana, como amizade, trabalho e morte, incentivando os leitores a viver com autenticidade e propósito.Considerado o terceiro maior poeta em vendas de todos os tempos (atrás somente de Lao-Tsé e William Shakespeare), Gibran foi creditado como o responsável pelo renascimento da literatura árabe. Sua mensagem universal de amor e unidade transcendem barreiras culturais e religiosas, consolidando-o como uma voz atemporal da literatura espiritual e filosófica.
Trechos do livro “A Manual Of Self Unfoldment”, de Swami Chinmayananda.Balakrishna Menon ou Swami Chinmayananda Saraswati (1916 - 1993), foi jornalista, professor e líder espiritual hindu.Nasceu Ernakulam na Índia, filho mais velho de um proeminente juiz. Após completar sua escolaridade formal, foi estudar jornalismo e pós-graduação em literatura e direito. Se formou na Lucknow University e até então, sentia que poderia influenciar o movimento de reforma política, econômica e social por meio do jornalismo.No verão de 1936, ele visitou o sábio Ramana Maharshi, por seus relatos pessoais posteriores, quando Ramana Maharshi olhou para ele, Chinmayananda experimentou uma emoção de iluminação espiritual que, na época, ele prontamente racionalizou como sendo mero “hipnotismo”.Enquanto trabalhava como jornalista Chinmayananda viajou para o Ashram de Sivananda em Rishikesh com o propósito de escrever uma exposição dos sadhus, mas desenvolveu um interesse no caminho da espiritualidade.Em 25 de fevereiro de 1949, o dia sagrado de Mahashivratri, Balan foi iniciado em sannyasa por Sivananda, que lhe deu o nome de Swami Chinmayananda, ou “Bem-Aventurança da Pura Consciência”. Com a bênção de Sivananda, Chinmayananda procurou um dos maiores mestres vedânticos de seu tempo, Tapovan Maharaj, e dedicou os próximos anos de sua vida a um estudo intensivo do Vedanta sob sua tutela.Swami Chinmayananda passou quarenta anos de sua vida ajudando os outros, abriu Ashrams, escolas, hospitais, asilos e clínicas em todo o mundo. E fundou a Chinmaya Mission, ensinando a espiritualidade como arte de viver.Chinmayananda escreveu 95 publicações, incluindo comentários sobre os principais Upanishads e o Bhagavad Gita. Através de Jnana yoga ele enfazitava o equilíbrio entre coração e mente, evidenciando o serviço desinteressado, estudo e meditação como pedras basilares para a prática espiritual.
Trechos de gravações de palestras de Jack Kornfield.Jack Kornfield (nascido em 1945), é Ph.D. em Psicologia Clínica, escritor e professor do movimento Vipassana no Budismo Theravada americano.Kornfield é descendente de judeus e tem quatro irmãos, seu pai era um cientista, o que o levou a se interessar por cura, medicina e ciência. Depois de se formar na universidade de Dartmouth College em 1967, Kornfield foi para a Tailândia, onde trabalhou em equipes de medicina tropical no vale do rio Mekong, e lá conheceu e se tornou um monge discípulo do mestre da floresta Ajahn Chah.Em 1972 Kornfield retornou aos Estados Unidos e após algum tempo fundou a Insight Meditation Society e Spirit Rock Meditation Center, os dois dos maiores centros budistas dos Estados Unidos.Jack treinou muitos dos professores de Vipassana na América e organizou e liderou reuniões para professores budistas em todo o mundo.Sendo um dos responsáveis por introduzir a atenção plena no Ocidente, Jack trabalhou para tornar o budismo acessível aos ocidentais, combinando bondade amorosa e autocompaixão com a prática da atenção plena, incorporando a sabedoria da psicologia oriental e ocidental.
Citações e trechos dos livros “The Way of Illumination” e “The Heart of Sufism”, de Hazrat Inayat Khan.Inayat Khan Rehmat Khan (1882 - 1927) nascido em Baroda (Índia), foi músico, professor, poeta, filósofo e pioneiro da transmissão do Sufismo ao Ocidente.Inayat foi discípulo de Mohammed Abu Hashim Madani, e iniciado nas ordens sufi Chishti, Naqshbandi, Qadiri e Suhrawardi. Mais tarde, seu mestre Mohammed o instruiu a viajar a fim de “harmonizar Oriente e Ocidente pela magia de sua música”.Entre 1910 e 1912 Inayat viajou pelos Estados Unidos fazendo palestras e concertos de música indianas. Mais tarde, viajou pela Inglaterra, França e Rússia, fazendo com que vários centros sufis surgissem em seu rastro. Nesse período, fundou a Ordem Sufi no Ocidente (hoje chamada de Ordem Sufi Internacional), dedicada aos preceitos do Sufismo Universal, o qual se baseia na unidade de todos os povos e religiões.Após a Primeira Guerra Mundial, finalmente se estabeleceu em Suresnes (França).Em 1927, em Nova Deli, Inayat faleceu, aos 44 anos.Os ensinamentos de Inayat Khan enfatizam a unidade de Deus e a harmonia subjacente das revelações comunicadas pelos profetas de todas as grandes religiões do mundo. Seus discursos trataram assuntos tão variados como religião, arte, música, ética, filosofia, psicologia, saúde e cura. A principal preocupação dos ensinamentos de Inayat Khan foi a busca mística da realização de Deus. Para este fim, ele estabeleceu uma Escola Interna compreendendo quatro estágios de estudo contemplativo baseados nas disciplinas tradicionais Sufi, como concentração, contemplação, meditação e realização.
Trechos de gravações de palestras de Jiddu Krishnamurti.Jiddu Krishnamurti (1895-1986) foi um renomado filósofo e pensador indiano, reconhecido por sua visão única sobre espiritualidade e autotransformação.Nascido em Madanapalle, Índia, foi descoberto na juventude pela Sociedade Teosófica, que o proclamou como o "instrutor do mundo". No entanto, em 1929, Krishnamurti rejeitou essa designação, dissolveu a Ordem da Estrela e seguiu um caminho independente, rejeitando rituais e instituições. Ele passou a vida viajando pelo mundo, dando palestras e escrevendo, sempre focado em uma profunda busca pela liberdade e a verdade.Krishnamurti enfatizava a importância da autoinvestigação e da liberdade de dogmas e autoridades externas. Ele defendia que a verdade é uma terra sem caminhos e que cada indivíduo deve explorar sua própria mente para encontrar a libertação. Seus ensinamentos abordavam temas como o autoconhecimento, a meditação como atenção plena e a dissolução do ego. Ele rejeitava a ideia de mestres espirituais, insistindo que cada um é responsável por sua própria jornada interior.Jiddu Krishnamurti é amplamente considerado um dos maiores pensadores espirituais do século XX. Suas ideias influenciaram a psicologia, a educação e a filosofia. Seu legado continua vivo através de suas fundações, livros e discursos.
Trechos dos livros “Easy Steps to Yoga” e “Yoga In Daily Life”, de Swami Sivananda.Kuppuswamy ou Swami Sivananda Saraswati (1887 - 1963), foi um renomado líder espiritual hindu, guru, escritor e mestre em Yoga e Vedanta.Sivananda começou sua vida profissional como médico, até compreender que mais que tudo, as pessoas precisavam de conhecimento correto; então, adotou como sua missão a disseminação deste conhecimento. Renunciando a carreira médica, Sivananda ingressou na vida monástica como discípulo do mestre Vishwananda Saraswati. Levando uma vida devotada ao estudo e a prática do Vedanta, Swami Sivananda passava a maior parte do tempo absorto entre horas de meditação, estudo intenso e vigorosa prática de Hatha Yoga. Embora imerso em seu próprio caminho de Autorrealização, Sivananda nunca deixou de atender pessoas necessitadas de cuidados médicos, e dizia enxergar apenas a forma imortal do Ser em cada uma daquelas pessoas.Sivananda foi conhecido por sua abordagem prática e inclusiva do Yoga, enfatizando a importância da simplicidade, da caridade e da prática de uma rotina diária de exercícios espirituais (sadhana) como o meio direto para se alcançar a Autorrealização, o que poderia incluir meditação, canto de mantras, leitura de textos sagrados e serviço abnegado.Em 1932 Sivananda iniciou o Sivanandashram. Em 1936 fundou a “The Divine Life Society”. E em 1948 a Vedanta-Forest Academy. Ao mesmo tempo, Sivananda escreveu muitos livros sobre espiritualidade, Yoga, saúde e filosofia. Dessa forma, seus ensinamentos se espalharam internacionalmente, se tonando um grande disseminador do conhecimento védico. Hoje, Sivananda possui discípulos em todo o mundo, de todas as nacionalidades, credos e religiões.
Citações e trechos do livro “Smile at Fear”, de Chögyam Trungpa.Chögyam Trungpa Rinpoche (1939 - 1987) foi um estudioso, professor, artista, poeta e mestre de meditação da tradição budista Vajrayana.Nascido no Tibete, foi reconhecido como a 11ª encarnação do Trungpa Tulku e treinado nas tradições Kagyu e Nyingma. Após a invasão chinesa, fugiu para a Índia e, mais tarde, estudou no Reino Unido, onde também explorou a cultura ocidental. Pioneiro na disseminação do budismo tibetano no Ocidente, Trungpa foi autor de mais de duas dezenas de livros em inglês.Em 1970, mudou-se para os Estados Unidos, e nos quinze anos seguintes, fundou uma rede de várias centenas de centros de meditação budista nos Estados Unidos e Canadá.Trungpa ficou conhecido por sua abordagem inovadora e muitas vezes controversa do budismo, chamada “Budismo Shambhala”. Ele enfatizava a aplicação dos princípios budistas no cotidiano, abordando a espiritualidade com autenticidade, sem idealizações. Seus ensinamentos incluíam a importância da meditação, a compreensão da mente e a coragem de enfrentar a realidade como ela é. Ele também introduziu conceitos como “louca sabedoria”, desafiando convenções para despertar insights profundos.
Trechos de gravações em palestras de Alan Wallace.Bruce Alan Wallace, nasceu em Pasadena na Califórnia em 1950, é professor, escritor e tradutor de sua tradição de Budismo Tibetano (Vajrayana).Wallace nasceu em uma família cristã e seu pai era um teólogo batista. Com 18 anos começou a estudar ecologia e filosofia na Universidade da Califónia.Em 1971 interrompeu seus estudos universitários, e mudou-se para Dharamsala, na Índia, para estudar budismo tibetano, medicina e linguagem. Ele foi ordenado por Sua Santidade Dalai Lama dois anos depois e, ao longo de quatorze anos como monge, estudou e traduziu para muitos os maiores lamas da geração. Em 1984, ele retomou sua educação ocidental no Amherst College, onde estudou física e filosofia da ciência. Ele então aplicou essa experiência em sua pesquisa de doutorado em Stanford sobre a conexão entre o budismo e a ciência e a filosofia ocidentais, com foco no cultivo contemplativo da atenção, atenção plena e introspecção.Desde 1987, ele tem sido um tradutor frequente e colaborador de reuniões entre o Dalai Lama e cientistas e filósofos proeminentes, e escreveu e traduziu mais de 40 livros. Junto com seu trabalho acadêmico, Wallace é considerado internacionalmente como um dos mais proeminentes professores de meditação budista e guias de retiros do nosso tempo.Alan Wallace é o fundador e presidente do Santa Barbara Institute, na Califórnia, e é o responsável por desenvolver e integrar a prática contemplativa no programa Cultivating Emotional Balance.Desde 2010, Wallace tem liderado uma série de retiros de 8 semanas para treinar alunos nas práticas meditativas de Shamatha, Quatro Incomensuráveis, Vipashyana e Dzogchen.
Trechos do livro “The Ease of Being”, e de gravações em palestras de Jean Klein.Jean Klein (1912 - 1998) foi um autor francês, professor espiritual e filósofo Advaita.Seu ensino trata de uma abordagem direta para além de qualquer atividade ou esforço mental. Apontando para o ponto final, onde tudo o que pertence à mente, tempo e espaço, está integrado.Klein não se baseou na terminologia ou na doutrina de qualquer tradição, mas falou diretamente através de sua própria experiência, constantemente buscando novas maneiras de expressar o inexprimível, percebendo que se ele usasse uma palavra ou frase por muito tempo, seus alunos se apegariam a ela e, assim, deixariam de ver a realidade.Quando alguém disse que gostaria de fazer algumas perguntas pessoais, ele respondeu:"Não há ninguém para responder a perguntas pessoais. Eu ouço sua pergunta e ouço a resposta. A resposta vem do silêncio."
Trechos do livro “Praticando o Poder do Agora” e de gravações em palestras de Eckhart Tolle.Eckhart Tolle, nascido Ulrich Leonard Tolle em 1948, na Alemanha, é um renomado escritor e professor espiritual.Após uma infância difícil e uma juventude marcada por episódios de depressão e ansiedade, ele experimentou uma profunda transformação espiritual aos 29 anos, ao vivenciar o que descreveu como um despertar para o momento presente. Essa experiência o levou a abandonar sua antiga identidade e mergulhar em uma jornada de exploração espiritual. Ele mais tarde se estabeleceu em Vancouver, Canadá, onde começou a compartilhar seus ensinamentos.Eckhart Tolle é uma das vozes mais influentes da espiritualidade contemporânea. Seus ensinamentos transcendem fronteiras religiosas e culturais, impactando milhões de pessoas.Conhecido por sua ênfase no poder do momento presente, Eckhart ensina que o sofrimento humano é resultado da identificação com a mente e o ego e que a libertação surge ao se estar plenamente presente no “agora”. Seu livro O Poder do Agora (1997) tornou-se um best-seller mundial, oferecendo insights práticos sobre como viver de forma consciente e livre do condicionamento mental.
Trechos do livro “The Way of Rest”, de Jeff Foster.Jeff Foster (nascido em 1962), é um autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade).Nascido em Londres (Inglaterra), Foster estudou Astrofísica na Universidade de Cambridge. Na época, ele foi dominado por sentimentos de desespero e solidão, o que acabou levando a uma doença física e um colapso pessoal logo após a formatura.Convencido de que iria morrer, Foster voltou a morar com seus pais.Após um longo período de depressão, ele embarcou em uma intensa busca espiritual pela verdade suprema da existência. Sua busca desabou com o claro reconhecimento da natureza não dual de todas as coisas, a descoberta do extraordinário no ordinário. Na clareza dessa visão, Foster reconheceu a raiz da ilusão por trás de todo sofrimento humano, e sua vida tornou-se aberta, íntima e espontânea, um constante amor pelo momento presente.Atualmente Jeff Foster realiza reuniões e retiros em todo o mundo.Baseando-se em sua experiência pessoal e na sabedoria milenar da não-dualidade, Foster compartilha através de uma linguagem simples a possibilidade de que toda a busca e anseio da mente pode chegar a um fim absoluto, através do desaparecimento da sensação de ser um indivíduo separado e um mergulho no amor incondicional.
Trechos do livro “A Realização da Alma”, de Paul Brunton.Nascido em Londres, Raphael Hurst ou Paul Brunton (1898 -1981) foi um filósofo, jornalista, místico e viajante.Em sua adolescência, Brunton praticou meditação com ardente aspiração. Após servir na primeira guerra mundial, devotou-se ao misticismo, e durante alguns anos viajou pela Índia encontrando yoguis, faquires, homens e mulheres santos de todos os tipos.Brunton encontrou seu clímax no encontro com Ramana Maharshi. Por meio da meditação na pergunta “Quem sou Eu?” (Atma-Vichara), Brunton descobriu que não era o corpo; nem as emoções, nem o intelecto. Finalmente, foi levado ao estado de ausência de pensamentos do puro Ser, que permitiu que um Eu mais elevado, insuspeito, assumisse o controle.Paul Brunton foi autor de mais de 12 livros que englobam todos os aspectos do Caminho e da busca espiritual. Em sua obra, ele apresenta de maneira clara o corpo teórico e filosófico de seu ensinamento, que provê a síntese do conhecimento espiritual de todas as tradições, bem como as práticas necessárias para alcançar os mais altos estados de consciência.
Trechos do livro “The Peaceful Stillness of the Silent Mind”, de Lama Yeshe.Lama Thubten Yeshe (1935-1984) foi um grande mestre da tradição Gelug do budismo tibetano e escritor.Lama Yeshe nasceu perto da cidade tibetana de Tolung Dechen, mas foi enviado para o mosteiro Sera em Lhasa no Tibete aos seis anos de idade. Ele recebeu a ordenação completa aos vinte e oito anos de idade de Kyabje Ling Rinpoche .Em 1950, após a invasão chinesa no Tibet, Yeshe continuou estudando e meditando na Índia até 1967. Dois anos depois, ele estabeleceu o Monastério de Kopan, perto de Kathmandu, para ensinar o Budismo aos ocidentais.Em 1974 começou a viajar e ensinar no Ocidente e estabeleceu a Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana.Os ensinamentos de Lama Yeshe não eram discursos secos, acadêmicos, mas métodos práticos, para olharmos para dentro e compreendermos a mente.Yeshe sempre desafiava a descobrir quem somos e o que somos. Ele desafiava a examinar os nossos preconceitos sem medos e a perceber como tudo vem da mente; como criamos os nossos próprios sofrimentos e felicidade; como devemos ter responsabilidade pessoal por tudo que experimentamos, seja bom ou ruim.
Trechos dos livros “Paths to God” e “Polishing the Mirror”, de Ram Dass. Ram Dass (Richard Alpert ; 1931 -2019), foi um professor espiritual americano, escritor e psicólogo. Desiludido com o mundo consumista, Ram Dass procurou um caminho para a salvação da consciência humana através dos ensinamentos místicos hindus. Nos anos 70 começou a dar aulas de psicologia na Universidade de Harvard, onde mergulhou no estudo de drogas psicodélicas. No final da década, ele foi para a Índia e estudou com o guru hindu Neem Karoli Baba, que daria a Richard Alpert seu novo nome, que significa "Servo de Deus". Quando retornou aos Estados Unidos, Ram Dass se tornou ele próprio guru, dando palestras sobre autoconhecimento por todo o país.
Trechos dos livros “Sayings of Sri Ramakrishna” e “O Grande Mestre”, de Swami Saradananda. Ramakrishna Paramahamsa (1836 - 1886) foi um dos mais importantes líderes religiosos da Índia, considerado um santo e um avatar (encarnação divina). Influenciado por várias tradições espirituais antigas, como Bhakti (que incluía devoção suprema pela deusa Kali), Tantra e Advaita Vedanta, Ramakrishna se tornou um renomado místico e iogue, um dos sábios mais reverenciados do século XIX. Como um depósito de sabedoria prática e um exemplo da sincera devoção, Ramakrishna foi fundamental para exemplificar de modo simples e profundo a universalidade de Deus. Saiba mais em: http://paxprofundis.org/livros/ramakr... “Para chegar ao telhado, você deve deixar abaixo todos os degraus da escada, um por um. Claro que os degraus não são o telhado. Mas quando você alcança o telhado, descobre que ele é feito do mesmo tijolo, cal, argamassa e areia da escada”. Ramakrishna. ”Não se pode compreender nem tocar o Atman. Ele é sem qualidades ou atributos”. Ramakrishna. “As camadas externas dos bolos são feitas de farinha de arroz, mas por dentro são recheadas com ingredientes diferentes. O bolo é bom ou ruim de acordo com a qualidade do recheio. Assim, todos os corpos humanos são feitos de um e do mesmo material, mas os homens são diferentes em qualidade de acordo com a pureza de seus corações”. Ramakrishna. Música: CO.AG - Enter the Night ( • Enter the Night - Haunting Atmosp... ) =======================================
Trechos dos livros “The Flawless Mirror” e “The Master Said”, de Paramahansa Yogananda. Paramahansa Yogananda (1893 - 1952) foi um iogue e guru indiano, considerado um dos maiores emissários da antiga filosofia da Índia. Enviado à América em 1920, Yogananda foi o primeiro grande mestre da Índia a viver no Ocidente por um longo período. Através de sua orientação prática e uma profunda inspiração, Yogananda mostra como eliminar atitudes indesejadas e a como conhecer nosso imenso poder interno, cultivando novos hábitos para o desenvolvimento de seu verdadeiro potencial.
Trechos dos livros: “You Are He” e “Illusion vs. Reality”, de Ranjit Maharaj. Sri Ranjit Maharaj (1913 - 2000) foi um professor espiritual indiano da tradição Navnath Inchegeri Sampradaya. Ranjit começou a ensinar apenas aos 70 anos, de seu apartamento de um cômodo em Mumbai. Devido a seu domínio da linguagem filosófica em inglês, muitos ocidentais o buscaram para entender a aplicação diária da filosofia não dual do Advaita Vedanta. Maharaj possuía um profundo Conhecimento e um entendimento direto da Realidade, e se tornou popular no exterior por seu estilo de palestra simples, firme e direta. “O mundo inteiro é projetado sobre ‘Aquilo'. Todas as coisas são apenas sombras projetadas sobre a Realidade. A ilusão, a sombra, não pode substituir a Realidade, pois ela é a própria base de tudo que existe. Não há nada no mundo, só a Realidade existe. Tudo o que digo é de todo o coração e com toda franqueza: Tudo é falso. Todos os objetos visíveis que possuem nomes e formas são falsos”. Ranjit Maharaj. “Respirar é apenas vento, e ainda assim, você construiu muitos castelos com isso. Se você entender que tudo é uma ilusão sustentada pelo vento, você estará fora das garras da ignorância. Pela ignorância, você acumula tudo e, pela compreensão, você abandona tudo”. Ranjit Maharaj. “O ego é a única ilusão, e ego é conhecimento. O conhecimento é uma grande coisa, mas deve ser apenas um remédio. Quando a febre baixa graças ao remédio que você tomou, você deve parar de tomá-lo. Não prolongue o tratamento, ou você criará mais problemas. O conhecimento só é necessário para remover o mal da ignorância. É uma dose limitada”. Ranjit Maharaj. Música: Relaxing Music For Body and Soul - Cello at 432 Hz ( • Music to fall asleep Cello at 432 Hz,... ) =======================================
Trechos do livro “I Am That”, de Nisargadatta Maharaj. Nisargadatta Maharaj (1897 - 1981) foi um dos mestres espirituais da não-dualidade mais importantes de sua época. Filósofo, guru indiano e um dos principais nomes da filosofia Advaita Vedanta. Em 1951, Maharaj começou a aceitar visitantes e passou a dar palestras em sua casa, onde respondia perguntas e explicava conceitos da maneira simples, sem complexidade religiosa. Seu pensamento acerca da espiritualidade é que cada ser vivo deveria ter plena consciência de sua vida, ou seja, o entendimento sobre sua verdadeira natureza, e então, buscar e se desenvolver a partir daí. Pertencente ao Inchegeri Sampradaya, discípulo de Siddharameshwar Maharaj, Nisargadatta alcançou reconhecimento mundial através da publicação de 1973, de "Eu Sou Aquilo" (I Am That).
Trechos retirados do livro “Amrut Laya”, de Siddharameshwar Maharaj. Sri Siddharameshwar Maharaj (1888 - 1936) foi um dos maiores santos desconhecidos de sua época. Discípulo de Sri Bhausaheb Maharaj e difusor de sua tradição “Inchagiri Sampradaya”, Maharaj teve a intuição de que deveria ir além da meditação, chamado por ele como “o caminho da formiga” (por ser lento e tortuoso), e assim desenvolveu o “caminho do pássaro” um meio rápido e prático onde é possível chegar à verdade através do pensamento. Maharaj tornou-se conhecido por ser guru de Nisargadatta Maharaj, Ranjit Maharaj e outros grandes professores. Atma Vidya (Autoconhecimento) é o tema central dos seus ensinamentos. Segundo ele: “O autoconhecimento é o Conhecimento a respeito do seu Ser. Uma vez que reconhecemos quem realmente somos, podemos ver o que é permanente e o que é transitório. Então, se segue a renunciação do impermanente, e a aceitação do permanente. Por causa da natureza transitória das coisas, o medo da dissolução é inevitável”. “Para possibilitar a experiência da alegria, o dia e a noite foram criados. Se alguém não descansa durante o sono profundo, não obtém nenhuma alegria. O descanso é a alegria. Durante o sono profundo, um mendigo obtém a mesma felicidade que um rei.” Siddharameshwar Maharaj. “Aquele que viu a ausência de sonhos, imaginações e dúvidas, no estado de Esquecimento, e sabia de sua ausência ou inexistência, é ‘O Deus do Conhecimento' (Jnanadeva). É Ele quem testemunha a dissolução de todas as modificações do Conhecimento e é quem preside o Grande Corpo Causal. Contudo, deve ser claramente entendido que este ‘Conhecimento Testemunhado' também é um parasita (uma presença indesejável) da ‘Natureza Pura do Ser'. Este ‘Conhecimento Testemunhado' só é necessário para ser usado para aniquilar a ‘Ignorância' do Corpo Causal, o que significa não ter ‘nenhum conhecimento'.” Siddharameshwar Maharaj. “Estudar o Esquecimento significa desfrutar do estado de Sono Profundo, mesmo durante o estado de vigília. A natureza do Ser pode ser conhecida através do emprego deste método de conhecimento. Esta é a diferença entre ‘Sono Profundo' e Samadhi. Embora se saiba que o ‘Esquecimento' é um estado onde nada se sabe, o fato é que, depois de tudo ser esquecido, o ‘Conhecimento' permanece. Este ‘Conhecimento' só pode ser compreendido através do estudo do Esquecimento. Este estado de Esquecimento existe e deve ser compreendido.” Siddharameshwar Maharaj. Música: Zerofuturism - Minoco ( • Minoco ) =======================================
Trechos do livro “Notes on Spiritual Discourses of Shri Atmananda”, de Nitya Tripta. Atmananda Krishna Menon ou Krishna Menon (1883 - 1959), foi professor espiritual e advogado. Nascido em Kerala (Índia), Meon inicialmente seguiu uma carreira jurídica e desempenhou um papel significativo no sistema de justiça de sua época. No entanto, em 1919, devido a sua busca pelo autoconhecimento, Meon encontrou seu mestre espiritual, Sri Yogananda, que vivia em Calcutá (Índia), eles se conheceram durante o curso de apenas uma noite. Menon ficou particularmente tocado pela extrema humildade desse professor. Mais tarde, ele declarou: “Isso paralisou meu ego”. Este encontro transformou sua vida, levando-o a renunciar à carreira de advogado e a se dedicar inteiramente ao caminho espiritual. Mais tarde, Meon adotou o nome Atmananda, significando “a Bem-aventurança do Eu”, e passou a ensinar Jnana-Yoga aos seus discípulos. Os ensinamentos de Atmananda Krishna Menon são centrados no Advaita Vedanta e se tornaram uma fundação para um método espiritual chamado Caminho Direto (Vichara-Marga). Atmananda ensinava que a verdadeira natureza do ser humano é o “Eu” ou “Atman”, que é imutável, eterno e além do corpo e da mente. Suas principais lições destacavam a importância da autoinvestigação (Atma-Vichara) e da compreensão direta da Realidade como a chave para a liberação espiritual. Atmananda utilizava um estilo direto e descomplicado, frequentemente desafiando conceitos tradicionais e encorajando seus seguidores a transcender as identificações ilusórias com o ego e o mundo material para realizar a verdade do Eu absoluto.
Texto “Śrī Rāmaṇa Vācana Sāram” de Sivaprakasam Pillai. Bhagavan Sri Râmana Mahârshi (1879 - 1950), foi um mestre de Advaita Vedanta e famoso santo do sul da Índia, considerado um dos maiores sábios de todos os tempos. Sivaprakasam Pillai foi um dos intelectuais entre os discípulos de Ramana Maharshi. Ele havia cursado filosofia na universidade e já havia refletido sobre os mistérios do Ser. Em 1900, seu trabalho o levou a Tiruvannamalai, onde ele ouviu falar do jovem Swami na Colina. Ele ficou tão cativado na primeira visita que se tornou um devoto. Pergunta de Sivaprakasam Pillai: Swami, quem sou eu? E como a salvação pode ser alcançada? Resposta de Bhagavan (Ramana Maharshi): Por meio da incessante investigação interior “Quem sou eu?” você conhecerá a si mesmo e assim alcançará a salvação. S: Quem sou eu? B: O verdadeiro eu, ou o Ser, não é o corpo, nem nenhum dos cinco sentidos, nem os objetos dos sentidos, nem os órgãos de ação, nem o prana (respiração ou força vital), nem a mente, nem mesmo o estado de sono profundo, onde não há conhecimento destes. S: Se eu não sou nada disso, o que mais eu sou? B: Depois de rejeitar cada um deles e dizer "isso eu não sou", o único que resta é o "eu", e isso é a Consciência. S: Qual é a natureza dessa Consciência? B: É Sat-Chit-Ananda (Ser-Consciência-Bem-aventurança) em que não há nem mesmo o menor traço do eu-pensamento. Isso também é chamado de Mouna (Silêncio) ou Atman (Ser). Essa é a única coisa Real. S: Não há outras maneiras de destruir a mente? B: Não há outro método adequado exceto a Autoinvestigação (Atma-Vichara). Se a mente for embalada por outros meios, ela fica quieta por um tempo e então salta novamente e retoma sua atividade anterior. Nunca dê espaço em sua mente para dúvidas, mas mergulhe no Ser com firme resolução. Se a mente for constantemente direcionada ao Ser por esta investigação, ela eventualmente será dissolvida e transformada no Ser. Quando você sentir qualquer dúvida, não tente elucidá-la, mas sim tente saber a quem a dúvida ocorre. Da mesma forma, cada vez que um pensamento levanta sua cabeça, esmague-o com esta investigação. Esmagar todos os pensamentos em sua fonte é chamado vairagya (desapego). Então, Atma-Vichara (Autoinvestigação) continua a ser necessário até que o Ser seja realizado. O que é necessário é a lembrança contínua e ininterrupta do Ser. Sivaprakasam Pillai guardou cuidadosamente as respostas de Baghavan. Após esse encontro, Sivaprakasam Pillai dedicou sua vida à reflexão sobre os ensinamentos de Bhagavan e, de tempos em tempos, escrevia alguns versos. Em janeiro de 1949, Sivaprakasam Pillai faleceu. Pouco tempo depois, quando Sri Manickam Pillai, seu sobrinho, visitou o Ramanashram, Bhagavan perguntou sobre os últimos momentos de Sivaprakasam Pillai. E também quis saber se "Pillaiyavargal" (como Bhagavan costumava chamá-lo) havia deixado algum poema. Seu sobrinho, um pouco relutante, respondeu: "Bhagavan, ele deixou alguns manuscritos comigo, mas me pediu que os queimasse após sua morte e que não os mostrasse a ninguém." O Mestre respondeu: “Ah, foi assim? Isso não tem importância. Você pode mostrar esses poemas para mim.” Bhagavan examinou o conjunto de papéis, escolheu uma única folha e disse: “Esta aqui basta”, devolvendo o restante. O texto contido nesta folha ficou conhecido como “Śrī Rāmaṇa Vācana Sāram” (A Essência das Palavras de Ramana Maharshi).
Trechos do livro “Viveka-Chudamani”, de Adi Shankaracharya. Adi Shankaracharya (788 - 820), foi um dos maiores pensadores do Oriente e da filosofia indiana. Teólogo, monge e mestre espiritual, foi o principal formulador doutrinal do Advaita Vedanta, ou Vedanta não-dualista, a escola da não-dualidade. Shankara ensina que a Realidade Suprema, ou Brahman, o fundamento de tudo, está além do nome e da forma, na natureza da Consciência Pura. Através de diálogos entre mestre e discípulo, seus textos falam sobre a compreensão da alma humana (Atman) e o caminho para se atingir a realidade absoluta (Brahman). O Caminho do Conhecimento (Jnana-yoga) apresentado por Shankara, consiste em shravana (ouvir as instruções de um professor), manana (refletir sobre o que é ouvido) e nididhyasana (meditar na Verdade com devoção obstinada); viveka (discriminação filosófica) e vairagya (renúncia a tudo o que é irreal).
Trechos do poema retirados do livro “A Busca”, de Jiddu Krishnamurti. Jiddu Krishnamurti (1895 - 1986) foi um filósofo, escritor, orador e educador indiano. Krishnamurti proferiu discursos que envolveram temas como revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento; bem como da prática correta da meditação ao homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.
Trechos dos livros “The Lions Roar” e “The Pocket”, de Chögyam Trungpa. Chögyam Trungpa Rinpoche (1939 - 1987) foi um estudioso, professor, artista, poeta e mestre de meditação da tradição budista vajrayana. Ordenado monge aos oito anos de idade, Trungpa dedicou-se ao estudo e à prática das diversas disciplinas monásticas tradicionais. Aos vinte anos, em 1959, em razão da invasão do Tibete pelos chineses, Trungpa foi obrigado a partir em exílio. Pioneiro na disseminação do budismo tibetano no Ocidente, Trungpa foi autor de mais de duas dezenas de livros em inglês. Em 1970 foi para a América do Norte, e nos quinze anos seguintes, fundou uma rede de várias centenas de centros de meditação budista nos Estados Unidos e Canadá. Saiba mais em: https://shambhala-brasil.org/sobre-sh...
Citações e trechos retirados do livro “The Way of Rest”, de Jeff Foster. Jeff Foster (nascido em 1962), é um autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade). Nascido em Londres (Inglaterra), Foster estudou Astrofísica na Universidade de Cambridge. Na época, ele foi dominado por sentimentos de desespero e solidão, o que acabou levando a uma doença física e um colapso pessoal logo após a formatura. Convencido de que iria morrer, Foster voltou a morar com seus pais. Após um longo período de depressão, ele embarcou em uma intensa busca espiritual pela verdade suprema da existência. Sua busca desabou com o claro reconhecimento da natureza não dual de todas as coisas, a descoberta do extraordinário no ordinário. Na clareza dessa visão, Foster reconheceu a raiz da ilusão por trás de todo sofrimento humano, e sua vida tornou-se aberta, íntima e espontânea, um constante amor pelo momento presente. Atualmente Jeff Foster realiza reuniões e retiros em todo o mundo. Baseando-se em sua experiência pessoal e na sabedoria milenar da não-dualidade, Foster compartilha através de uma linguagem simples a possibilidade de que toda a busca e anseio da mente pode chegar a um fim absoluto, através do desaparecimento da sensação de ser um indivíduo separado e um mergulho no amor incondicional. “Por que muitas vezes são necessárias situações extremas da vida para trazer de volta a consciência da magia e do mistério? Por que muitas vezes esperamos até a morte antes de descobrirmos uma profunda gratidão pela vida como ela é? Por que nos esgotamos buscando amor, aceitação, fama, sucesso ou iluminação espiritual no futuro? Por que trabalhamos ou meditamos até a sepultura? Por que adiamos a vida? Por que nos abstemos disso? O que estamos procurando exatamente? O que estamos esperando? Do que temos medo? A vida que ansiamos realmente virá no futuro? Ou está mais perto do que isso?” Jeff Foster. “Ao procurar uma solução para os seus problemas, você cria o problema de ‘ter problemas'. Esteja disponível para abrir sua dor, amigo. Não presuma que ela estará aqui por mais de um momento. Permita a chegada e o desaparecimento de tudo o que o incomoda, incluindo a própria ideia do “eu” que está perturbado. Tudo isso vai passar, lembre-se, tudo isso vai passar”. Jeff Foster. “Oh, doce menino, querida menina, às vezes você fica tão impressionado com a vida, eu sei, pela enormidade de tudo isso, pela vastidão das possibilidades, pela miríade de perspectivas disponíveis. Às vezes você se sente tão pressionado por todas as questões não resolvidas, por todas as informações que você deveria processar e reter, pela urgência das coisas. Você é dominado por emoções poderosas, tentando fazer tudo ‘dar certo' de alguma forma, tentando fazer tudo ‘na hora certa', tentando resolver tudo tão rápido, até mesmo tentando nem tentar. Você está exausto, querido, exausto de tanto tentar e não tentar, e está lutando para confiar na vida novamente. É demais para este pobre organismo, não é? Você está exausto; você deseja descansar. E isso não é uma falha sua, nem um erro, mas é algo maravilhoso de se abraçar!” Jeff Foster. Música: Zerofuturism - Time To Sleep ( • Time To Sleep ) =======================================
Trechos dos livros “Learning the Human Game”, “Just So” e “The Dream of Life”, de Alan Watts. Alan Wilson Watts (1915 - 1973) foi um filósofo britânico, escritor, palestrante e um dos pioneiros na divulgação da sabedoria oriental ao ocidente. Baseando-se em uma grande variedade de tradições (como a filosofia chinesa, o hinduísmo, o budismo, o taoísmo e a ciência moderna) Watts sintetiza os principais ensinamentos que permitem o indivíduo a encontrar-se com sua profunda natureza. Com grande lucidez de pensamento e simplicidade na linguagem, Watts apresenta respostas ao mal-entendido fundamental, o mistério central da existência, a realidade sobre quem somos nós. Como um grande intérprete das disciplinas orientais, Watts difundiu que nossa concepção sobre nós mesmos é um mito; sendo as entidades que chamamos de “coisas separadas” meramente aspectos ou características de uma mesma unidade.
Trechos retirados dos registros de anotações de Lahiri Mahasaya, e do livro “Biography of a Yogi Satyananda” de Yogi Swami Satyananda. Shyama Charan Lahiri ou Lahiri Mahasaya (1828 - 1895), foi um dos mais importantes yogues da tradição da Kriya Yoga. Nascido em Bengala (Índia), desde jovem, Lahiri mostrou inclinações espirituais, mas viveu uma vida de família comum, casando-se e trabalhando como contador. Aos trinta e três anos, enquanto caminhava um dia no sopé do Himalaia perto de Ranikhet, ele conheceu seu guru, Mahavatar Babaji, Lahiri foi envolvido por uma aura espiritual de realização divina que nunca mais o deixaria. Mahavatar Babaji o iniciou na tradição da Kriya Yoga e o instruiu a conceder a técnica sagrada a todos os buscadores sinceros. Lahiri retornou à sua casa em Banaras para cumprir esta missão. Sendo o primeiro a ensinar a antiga ciência perdida da Kriya nos tempos contemporâneos, Lahiri ficou conhecido como uma figura muito importante para o renascimento do yoga. Os discípulos de Lahiri incluíram os pais de Paramahansa Yogananda e o seu próprio guru, Sri Yukteswar Giri. Ele não estabeleceu nenhuma organização durante sua vida, mas fez esta previsão: “Cerca de cinquenta anos após minha morte, por causa de um profundo interesse em Yoga que surgirá no Ocidente, um relato da minha vida será escrito. A mensagem do Yoga circundará o globo. Ajudará a estabelecer a irmandade do homem: uma unidade baseada na percepção direta da humanidade com o único Pai.” Mais tarde, Paramahansa Yogananda escreveu em seu livro A Autobiografia de um Iogue: “Assim como a fragrância das flores não pode ser suprimida, Lahiri Mahasaya, vivendo tranquilamente como um chefe de família ideal, não conseguiu esconder sua glória inata. Abelhas devotas de todas as partes da Índia começaram a buscar o néctar divino do mestre liberto... A vida harmoniosamente equilibrada do grande chefe de família-guru tornou-se a inspiração para milhares de homens e mulheres.”
Trechos do livro “Bliss Divine”, de Swami Sivananda. Kuppuswamy ou Swami Sivananda Saraswati (1887 - 1963), foi um renomado líder espiritual hindu, guru, escritor e mestre em Yoga e Vedanta. Sivananda começou sua vida profissional como médico, até compreender que mais que tudo, as pessoas precisavam de conhecimento correto; então, adotou como sua missão a disseminação deste conhecimento. Renunciando a carreira médica, Sivananda ingressou na vida monástica como discípulo do mestre Vishwananda Saraswati. Levando uma vida devotada ao estudo e a prática do Vedanta, Swami Sivananda passava a maior parte do tempo absorto entre horas de meditação, estudo intenso e vigorosa prática de Hatha Yoga. Embora imerso em seu próprio caminho de Autorrealização, Sivananda nunca deixou de atender pessoas necessitadas de cuidados médicos, e dizia enxergar apenas a forma imortal do Ser em cada uma daquelas pessoas. Sivananda foi conhecido por sua abordagem prática e inclusiva do Yoga, enfatizando a importância da simplicidade, da caridade e da prática de uma rotina diária de exercícios espirituais (sadhana) como o meio direto para se alcançar a Autorrealização, o que poderia incluir meditação, canto de mantras, leitura de textos sagrados e serviço abnegado. Em 1932 Sivananda iniciou o Sivanandashram. Em 1936 fundou a “The Divine Life Society”. E em 1948 a Vedanta-Forest Academy. Ao mesmo tempo, Sivananda escreveu muitos livros sobre espiritualidade, Yoga, saúde e filosofia. Dessa forma, seus ensinamentos se espalharam internacionalmente, se tonando um grande disseminador do conhecimento védico. Hoje, Sivananda possui discípulos em todo o mundo, de todas as nacionalidades, credos e religiões.
Trechos do livro “Inspired Talks”, de Swami Vivekananda. Swami Vivekananda (1863 - 1902) foi um monge hindu e um dos mais célebres líderes espirituais da Índia. Vivekananda , que significa: “A bem-aventurança do discernimento da sabedoria”, foi principal discípulo de Sri Ramakrishna e um dos pioneiros na divulgação da filosofia do Yoga e Vedanta no ocidente. Seus ensinamentos foram baseados principalmente nos ensinamentos espirituais de Ramakrishna e sua internalização pessoal da Filosofia Advaita Vedanta. Vivekananda interpretou as escrituras, a filosofia e o modo de vida hindus para o povo ocidental, sempre enfatizando o lado universal e humanista dos Vedas (os textos sagrados mais antigos do hinduísmo), bem como a crença no serviço ao invés do dogma. Auto-aperfeiçoamento e serviço eram seus ideais. Ele orientou alcançar a divindade da alma empreendendo trabalho altruísta, adoração e disciplina mental. De acordo com Vivekananda, o objetivo final é alcançar a liberdade da alma e isso abrange a totalidade da religião de uma pessoa. Saiba mais em: https://comunidadeculturaearte.com/sw...
Trechos dos livros “Sayings of Sri Ramakrishna” e “O Grande Mestre”, de Swami Saradananda. Ramakrishna Paramahamsa (1836 - 1886) foi um dos mais importantes líderes religiosos da Índia, considerado um santo e um avatar (encarnação divina). Influenciado por várias tradições espirituais antigas, como Bhakti (que incluía devoção suprema pela deusa Kali), Tantra e Advaita Vedanta, Ramakrishna se tornou um renomado místico e iogue, um dos sábios mais reverenciados do século XIX. Como um depósito de sabedoria prática e um exemplo da sincera devoção, Ramakrishna foi fundamental para exemplificar de modo simples e profundo a universalidade de Deus. Saiba mais em: http://paxprofundis.org/livros/ramakr... “Quanto mais uma pessoa esconde suas práticas devocionais dos outros, melhor para ela.” Ramakrishna. “A luz solar é uma só e a mesma onde quer que caia, mas só superfícies brilhantes como a água, espelhos e metais polidos podem refleti-la plenamente. Assim também é a Luz Divina. Cai igual e imparcialmente sobre todos os corações, mas apenas os corações puros e limpos dos bons e dos santos podem refleti-La plenamente.” Ramakrishna. “Deus é extremamente atencioso, meus meninos. Ele ouviu todas as vezes que você orou a Ele. E Ele certamente se revelará a você, um dia ou outro, pelo menos na hora da morte.” Ramakrishna. Música: Scott Buckley - Permafrost ( • 'Permafrost' [Ambient Classical CC-BY... ) =======================================
Poemas selecionados de Kabir. Um dos maiores místicos da Índia, Kabīr (1440 - 1518) foi um dos grandes poetas místicos ou santos-poetas da Índia medieval. Filósofo, igualmente imerso em teologia e pensamento social, música e política. Kabir não se definia como hindu, muçulmano ou sufi. Ele desprezava credos, denominações e ascetismos, levando a filosofia oriental a um novo rumo. Tecelão e iletrado, o grande mestre indiano do século XV discorreu, em linguagem acessível, sobre o amor místico e a comunhão com o divino. Suas palavras são marcadas por ousadia retórica e sutileza conceitual. Irreverente e acusado de heresia, veio a ser considerado santo por hinduístas, muçulmanos e siques. Para Kabir, a vida foi reduzida a um jogo entre a alma de cada homem (atman) e Deus (paramatma); Alcançar a união de ambos seria a missão da vida terrena. Transmitidos de geração a geração, seus poemas orais condensam e harmonizam as mais sublimes aquisições do ioga e do sufismo.
Trechos retirados de gravações em Satsangs. Mooji (nascido em 1954) é um professor espiritual jamaicano que vive no Reino Unido e em Portugal. Em 1993, Mooji desistiu de seu trabalho como professor de arte, e viajou para a Índia onde frequentou os satsangs de seu guru Papaji. Em 1999, Mooji também se tornou um professor espiritual, adotando alunos que produziram livros, CDs e vídeos de seus ensinamentos. Em sua filosofia simples, Mooji aponta para quem somos para além das limitações de nosso condicionamento pessoal. Em Satsang, Mooji responde aos questionadores quando falam de medo, sofrimento, confusão, relacionamentos, práticas espirituais e sobre como viver em paz. Como o caminho direto para a liberdade, Moojibaba apresenta o método da auto-investigação, que é a essência de seu ensinamento. Através de um chamado universal, inspira todos a encontrar dentro de si mesmos a paz profunda, o amor e o silêncio. Saiba mais - conheça o canal Mooji em português: • O Poder da Visão Clara ~ Mooji em Aut... “Porque somos tão leais as nossas mentes? Na verdade, levamos nossa mente muito a sério. ‘Você está desperdiçando seu tempo' – sim, é verdade... ‘Você não vai conseguir' – é melhor desistir agora. Muitas vezes somos muito rápidos em cooperar com tais pensamentos. Aceitamo-los sem reflexão, em vez de discerni-los e vê-los como sendo principalmente um desperdício de tempo e energia.” Mooji. “A Consciência não tem localização; não faz diferença se você está em Arunachala ou em qualquer outro lugar do mundo. A Consciência não está no fim de algum esforço ou prática. Ela não pode ser dividida pelo tempo ou espaço.” Mooji. “O melhor lugar para você é onde você se encontra. E você saberá isto se você retirar a intenção da sua mente. Se você remover ou deixar de lado qualquer intenção ou qualquer projeção ou qualquer especulação de sua mente, você irá encontrar pleno contentamento onde você está. Pleno contentamento, e você estará feliz. Você estará em paz. Chegará o momento em que você descobrirá um oceano de paz dentro de você que nunca o irá abandonar. O ruído aparece, mas aparece dentro da paz. O ruído desaparece, mas a paz não desaparece. Depois de descobrir essa paz, você não irá acreditar em nenhuma das promessas da mente.” Mooji. Música: Zerofuturism - Cobalt Core ( • Cobalt Core ) =======================================
Trechos retirados do livro “Transparent Body, Luminous World”, de Rupert Spira. Rupert Spira (nascido em 1960, em Londres) é autor, palestrante e professor da filosofia Advaita (não-dualidade). Através do “caminho direto” - auto-investigação - seu ensino trata sobre a natureza essencial de nosso eu antes de ser condicionado ou qualificado pelo conteúdo da experiência. Trabalhando continuamente para investigar a natureza da mente e da realidade por meio de sua filosofia, Rupert explora e celebra a verdade do que essencialmente somos: a consciência de ser que brilha em cada mente como o conhecimento “eu sou”, que é temporariamente colorido pela experiência, mas nunca é modificado, alterado ou prejudicado por ela. Além de textos e ensaios, Rupert Spira publicou vários livros, e mantém reuniões regulares e retiros no Reino Unido, Europa e Estados Unidos. “Visualize uma paisagem em que o espaço, o ar e a névoa são um só. Agora volte à sua experiência e sinta que o silêncio, o conhecimento e a respiração são um só. Nesta metáfora, o espaço é puro conhecimento, o ar é silêncio e a névoa é a respiração. O conhecimento puro é incognoscível como objeto, completamente transparente. O silêncio, a ausência de som, é o mais sutil de todos os objetos. E a respiração é uma vibração muito sutil, a primeira forma de silêncio, como a névoa, apenas um objeto, mas apenas discernível. Sinta que estes três – o conhecimento puro, o silêncio e a respiração – estão dissolvidos um no outro”. Rupert Spira. “A meditação é um desembaraçar de nós mesmos para o subsequente surgimento de nossa verdadeira natureza. É simplesmente o processo pelo qual nosso ser essencial é revelado, depois de ser despojado de todas as características adquiridas da experiência. Em vez de permitir que a nossa atenção se misture com as características da experiência, nós a rastreamos de volta na direção oposta. Na ausência de qualquer coisa para se agarrar, a atenção não pode mais permanecer, e é dissolvida em sua fonte de pura consciência”. Rupert Spira. “Alguns sábios simplesmente permanecem em silêncio, preferindo não restringir a realidade absoluta dentro dos limites da mente, enquanto outros usam a mente da melhor maneira possível para evocar esse reconhecimento, usando termos como infinito, imortal, impecável, indestrutível, imperturbável, irredutível, incondicionado, não criado, não nascido, imaculado, não prejudicial, não afetado e intocado. Embora estes pareçam ser adjetivos que descrevam o que é consciência ou realidade, são todos, na verdade, afirmações negativas indicando o que não é. Quando negamos à consciência ou à realidade todas as qualidades que geralmente são atribuídas aos objetos, ela se revela, brilhando em e como ela mesma, e toda experiência é vista como apenas isso. A bela e enganosamente simples declaração dos Upanishads, ‘Tu és Aquilo', quando devidamente entendida, transmite essa percepção e é, como tal, uma expressão condensada do mais alto entendimento, que tem o poder de despertar uma mente sensível e receptiva à sua realidade essencial”. Rupert Spira. Música: Fabs Mindzone - Underwater Sounds ( • Relaxing Music for Stress Relief - Un... ) =======================================
Trechos retirados de palestras e do livro “Happiness”, de Matthieu Ricard. Matthieu Ricard é escritor, tradutor, fotografo e monge do Budismo Tibetano. Filho do filósofo Jean-François Revel, Matthieu nasceu em Aix-les-Bains, em 1946, e cresceu em meio aos círculos intelectuais da França. Aos 21 anos, fez sua primeira viagem à Índia. Aos 26, decidiu abandonar a tese de doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur para se dedicar a uma vida de contemplação como monge budista. Então, passou a viver no Himalaia estudando com Kangyur Rinpoche e outros grandes mestres, se tornando o estudante mais próximo e assistente de Dilgo Khyentse Rinpoche até sua morte. Matthieu Ricard foi um dos primeiros ocidentais a explorar em profundidade os tesouros espirituais do budismo dos Himalaias. Em 2012, pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, declararam que Matthieu Ricard era o homem mais feliz do mundo. O grupo de cientistas constatou que seu cérebro produzia um nível de ondas gama nunca antes relatado no campo da neurociência. O estudo revelou que, graças à meditação, Matthieu conquistou uma capacidade incrivelmente anormal de sentir felicidade e uma propensão reduzida para a negatividade Em seu ensino, Matthieu Ricard enfatiza a importância da atenção plena e da meditação como ferramentas para cultivar a consciência e a presença em nossas vidas diárias. Ele ensina técnicas de meditação que ajudam a desenvolver maior clareza, foco e uma compreensão mais profunda sobre nossos pensamentos e emoções.
Citações e trechos do texto “Anuttarāṣṭikā”, de Abhinavagupta. Abhinavagupta (950 - 1016), foi um filósofo, músico, poeta, dramaturgo e grande mestre da tradição do Shivaismo da Caxemira. Nascido na cidade de Caxemira (Índia), em uma família brâmane de estudiosos e místicos, Abhinavagupta estudou todas as escolas de filosofia e artes de seu tempo, sob a orientação de quinze professores e gurus. Assim, estudou assiduamente pelo menos até os trinta e cinco anos de idade. Pelo seu próprio testemunho, alcançou a libertação espiritual através da prática tântrica de Kaula, sob a orientação de seu mestre, Śambhunātha. Abinavagupta não se tornou um monge errante, nem assumiu os deveres regulares de um chefe de família, mas viveu sua vida como escritor e professor. Sua capacidade de esclarecer o significado de textos antigos através da aplicação da razão, da lógica e de sua experiência pessoal, ajudou a popularizar a tradição do Shivaismo da Caxemira, particularmente o sistema Trika, que enfatiza a unidade da alma individual (Atman) com a Consciência Universal (Shiva). Abhinavagupta ensinou que a Realidade Suprema é a Consciência pura e universal, conhecida como Parama Shiva, e que todos os fenômenos no universo são manifestações dessa Consciência. Ele escreveu extensivamente sobre a filosofia e o tantra, sendo suas obras mais notáveis o “Abhinavabharati” e o “Tantrāloka”, um tratado abrangente sobre as práticas tântricas. Seus ensinamentos destacam a importância da realização interior e o poder transformador das práticas espirituais. “Neste mundo, a totalidade dos objetos aparece eternamente neste preciso momento, toda a atividade do universo não foi antes e não será depois. A ação diferenciada é uma ilusão baseada na perpetuação confusa e ilegítima de um estado intermediário que é irreal, transitório, fraudulento, como um acúmulo de aparências em um sonho. Fique além das imperfeições erroneamente fabricadas pelo estigma das dúvidas e desperte!” Abhinavagupta. “Os ciclos de criação e dissolução são inerentes à consciência, existindo como subdivisões de seu poder inato de liberdade, como expressões de sua verdadeira natureza. Dentro desses ciclos, existe uma infinita variedade de mundos dolorosos e prazerosos, superiores, inferiores e paralelos a este. O estado de ignorância sobre tudo isso é, em si, uma construção dessa liberdade. O fluxo cíclico desse ser autônomo é de fato aterrorizante para aqueles que estão inconscientes”. Abhinavagupta. “Na unidade do estado supremo de anuttara, que discurso pode haver e que caminho diferenciaria o adorado, o adorador e sua adoração? Na verdade, para quem e como se daria um progresso, ou mesmo quem penetraria o Ser por etapas? Ó Maravilha! Essa ilusão, embora diferenciada, não é outra senão a Consciência, o um sem segundo. Todas as coisas são apenas pura essência da experiência de seu próprio Ser! Assim, não crie preocupações inúteis”. Abhinavagupta. Música: CO.AG - Echoes in The Dark ( • Echoes in The Dark - Haunting Atmosph... ) =======================================
Trechos de gravações em Satsangs. Swami Dayananda Saraswati ou Natarajan (1930 - 2015), foi um sannyasa, professor tradicional de Advaita Vedanta e fundador do Arsha Vidya Gurukulam e AIM For Seva. Swamiji nasceu em Manjakkudi no sul da Índia. Em 1953, morando e trabalhando em Chennai, conheceu Swami Chinmayananda, que se tornou um de seus mestres. Então, aprofundando-se no conhecimento de Vedanta e Sânscrito, em 1962 tornou-se um renunciante. Dayananda começou a ensinar às margens do rio Ganges, e em 1973 foi chamado para ensinar em Mumbai. Seus cursos, também ministrados em Inglês, abriram aos estudantes do Ocidente a oportunidade de acesso a este ensinamento. Swamiji viajou por toda a Índia ministrando cursos e palestras, e desde 1976 foi para os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Suécia, Austrália, África do Sul, Brasil e Argentina. Em todos esses países, assim como na Índia, era conhecido por sua facilidade de comunicação e pela clareza e profundidade de seu conhecimento de Vedanta e da complexidade humana. Dayananda estabeleceu dois Ashrams na Índia, um em Rishikesh e outro em Coimbatore, e o Arsha Vidya Gurukulam, nos Estados Unidos. Nessas instituições, Swamiji era o principal professor. Nos cursos de Vedanta e Sânscrito o ensinamento é passado de mestre a discípulo, num fluir permanente, que tem como objetivo desdobrar a visão do “eu” como um Ser completo e livre. Saiba mais em: https://www.yoga.pro.br/meditacao-a-v... “O que é liberdade? Eu defino a liberdade de uma forma dupla: a liberdade do passado e a liberdade do conceito de passado, presente e futuro. Estes são dois tipos de liberdade. A liberdade do passado se refere a sua própria vida passada, ou seja, nesta vida, a sua infância e assim por diante. O passado de todos tem os seus próprios problemas e esses problemas afetam a pessoa no presente. O que eu enfrento agora, neste momento, não é visto objetivamente, pois é sempre reprimido, condicionado, imbuído de preconceito e distorcido pelo meu próprio passado. A liberdade desse passado significa a liberdade do meu passado psicológico. A liberdade do passado psicológico de alguém é uma liberdade relativa, descrito na Gita como a liberdade da pressão dos próprios gostos e aversões”. Swami Dayananda. “A liberdade definitiva deve ser necessariamente centrada no ‘eu', já que eu sou aquele que está preso e também sou aquele que tem que se libertar. Essa liberdade já é intrínseca ao Ser ou ela não seria possível de modo algum. Se ela é intrínseca ao Ser, então a escravidão nasce da auto-ignorância. A remoção da ignorância é a liberdade, Moksha”. Swami Dayananda. “Numa estrada esburacada, quando você vai numa van sem amortecedores, você absorve o impacto dos buracos. Ora, acontece que seu corpo não foi feito para absorver esse impacto. Você precisa ter amortecedores que lhe protejam das coisas do mundo. Deveria haver um fator que possa isolar você de se ferir, de ser afetado e sofrer pelo que acontece à sua volta. Esse sofrimento acontece porque não há uma compreensão básica dos fatos, do que significa estar vivo, do que é o mundo, o que são as pessoas e o que são as relações. Você pode sim, ter esses amortecedores, esse isolamento que lhe ajude a viver em paz. Com responsabilidade. Quando você dirige um carro precisa ter cuidado para não bater em ninguém, pois bater nos demais ou nos carros dos demais significa igualmente bater seu próprio carro. Precisamos, assim, aprender a viver a vida sem ferir os demais e sem sermos feridos pelo que outrem possam fazer. Isso é responsabilidade”. Swami Dayananda. Música: Zerofuturism - Rays Of Light Pierce The Darkness ( / lzcidrpvkg ) =======================================