O Abertura de Mercado é o podcast certo para quem quer começar o dia com as informações mais quentes do noticiário econômico. De segunda a sexta, no início da manhã, Fernando Nakagawa traz um boletim rápido com o que é mais importante na economia, mercados e negócios.
Com alívio, preocupação e uma boa dose de euforia, a nova regra fiscal foi recebida pelos agentes do mercado.O alívio veio pelo tempo de espera e pela dúvida sobre qual seria o pensamento econômico prevalente: o de "gasto é vida", como no mandato de Dilma Rousseff, ou o que não separa responsabilidade social da responsabilidade fiscal. Acabou sendo uma mistura dos dois, pendendo pouco mais para o lado fiscalista.A preocupação é sobre a eficácia do marco em controlar despesas e reduzir a dívida pública numa trajetória consistente. O desfecho ainda não está claro, porque, para dar certo, a regra depende mais de um aumento bilionário de receitas do que da contenção das despesas.Pela proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os gastos vão aumentar sempre -- com ou sem crescimento da arrecadação ou do PIB. O sucesso da nova regra vai depender, em grande medida, da disposição e firmeza do governo para segurar o ímpeto gastador do governo e do Congresso Nacional.Na quinta, prevaleceu a euforia com a ideia de que um capítulo tão aguardado foi superado. O Ibovespa fechou em alta de 1,89%, aos 103.713,45 pontos, e o dólar caiu para R$ 5,09.Os juros futuros também recuaram -- e, por falar em juros, a compreensão mínima do novo arcabouço fiscal, junto à leitura do relatório trimestral de inflação do Banco Central, já dão uma conclusão clara: não há espaço para queda da taxa Selic tão cedo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Começou a nascer a nova regra fiscal que vai substituir o teto de gastos.Na quarta-feira, o governo federal antecipou alguns detalhes para preparar a recepção da proposta. A primeira impressão sobre o modelo escolhido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é de que é bastante ousado, já que prevê fim do rombo nas contas públicas a partir do ano que vem.Como não vale milagre, o equilíbrio só deve ser alcançado com aumento da carga tributária -- um dos detalhes que devem ser esclarecidos nesta quinta-feira (30), durante entrevista coletiva à imprensa para a apresentação do novo modelo.Outra dúvida que paira é sobre as exceções. Na comunicação de bastidores, a equipe econômica diz que todas as despesas terão que seguir a nova regra. Resta saber se isso valerá para saúde, educação e emendas parlamentares, por exemplo.Haddad precisará de muita autoconfiança para garantir celeridade e manutenção da proposta no Congresso Nacional, e, não menos importante, diante da conjuntura econômica, prevista de menor crescimento.Também nesta manhã, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, fala com a imprensa praticamente no mesmo horário do anúncio de Haddad. Será um bom momento para testar a harmonia pretendida pelos dois na condução da economia brasileira.No episódio desta quinta, o CNN Money ainda fala sobre a nova regra do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que, segundo economistas, pode aumentar o preço da gasolina em 11,45%.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O governo voltou atrás, na terça-feira (28), e aumentou os juros do consignado do INSS.A confusão criada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), precisou ser desfeita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficou com o ônus de ter que subir a taxa novamente depois da suspensão de operações, inclusive pelos bancos públicos.A solução não agradou ninguém, mas foi o suficiente para permitir a volta das concessões no Banco do Brasil, Caixa e Bradesco -- e não acabou ainda. Um grupo de trabalho do governo estuda cutucar os bancos com um "Manual de Boas Práticas", conforme apurou o analista de política da CNN, Caio Junqueira.O episódio se soma ao embate do governo com o Banco Central, na categoria de "crises autoimpostas". A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã de terça, não provocou reações acaloradas, a não ser de políticos sem cadeira no governo.O BC receita "paciência e serenidade" para lidar com a inflação. Nada garante que os ataques vão cessar, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolheu brigar primeiro pelo anúncio da nova regra fiscal.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A comunicação é uma ferramenta importante da política monetária do Banco Central (BC) -- e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira (28), traz a autoridade buscando um equilíbrio na dose de alarde e acenos ao governo.O BC, afinal, parece estar em uma sinuca de bico, na qual não pode se contradizer e, ao mesmo tempo, incendiar ainda mais a queda de braço com a equipe capitaneada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Enquanto a nova regra fiscal não for apresentada, porém, a cobrança de uma solução para os problemas econômicos vai continuar recaindo sobre a autarquia. A expectativa é que o anúncio da proposta aconteça nesta semana, com o adiamento da viagem de Lula à China por um diagnóstico de pneumonia leve.No meio tempo, os mercados daqui e do exterior operam se recuperando das perdas da última semana -- oferecendo uma boa janela de oportunidade para entender o que será das contas públicas e dos rumos da política monetária do país.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Sem viajar à China por causa de uma pneumonia leve, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será pressionado a resolver logo o que está pendente aqui no Brasil. A primeira dúvida é se a regra fiscal vai ganhar status de prioridade no governo, depois de ter sido adiada para meados de abril. A ideia, segundo uma apuração da analista de política da CNN, Basília Rodrigues, é que a divulgação do substituto do teto de gastos ocorra nesta semana, o que deve pautar as movimentações do mercado. A maior barreira do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no próprio Palácio do Planalto: a ala política do governo não quer acatar nada que limite os gastos públicos no curto prazo. Lula quer um crescimento acima de 2% neste ano -- um cenário improvável não só pelo quadro da economia brasileira, mas também pelas turbulências internacionais relacionadas à crise do sistema bancário global, que continua chacoalhando os mercados. Na terça-feira, o Banco Central deve divulgar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu por manter a taxa de juros em 13,75% a.a. Resta saber se dela virá algum sinal de trégua com o governo. No episódio desta segunda-feira (27), o CNN Money ainda trata da comitiva de empresários que deve viajar à China, mesmo sem a presença do presidente Lula, e as expectativas para o encontro. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos políticos do partido contra Roberto Campos Neto, dirigente do Banco Central (BC), já era esperada.O petista disse, na quinta-feira (23), que Campos Neto "não foi eleito pelo povo" ou "indicado pelo presidente", e atribuiu ao Senado a responsabilidade de "cuidar" dele. A nova rodada de ataques ocorre após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em manter a taxa de juros em 13,75% a.a., um movimento repudiado pelo governo federal.O que não estava no radar era o efeito bumerangue que as declarações de Lula trariam aos mercados. O presidente ainda descreditou o plano de integrantes do PCC para realizar ataques contra servidores públicos, que tinha o ex-juiz Sergio Moro como um dos alvos. Se o BC errou, ou se já era esperada a animosidade de Lula contra a autoridade, virou tema de segundo plano. A Bolsa brasileira fechou, na quinta, abaixo dos 100.000 pontos – um patamar emblemático –, com um recado claro por parte dos investidores: se é assim que Lula irá governar, não dá para tomar risco no Brasil. As resistências também apareceram em Brasília, à medida que a base aliada de Lula no Senado avisou que não vai acatar seus ataques a Campos Neto. Ao contrário, é capaz que os senadores reforcem a blindagem ao chefe do BC.No episódio desta sexta-feira (24), o CNN Money ainda trata da eleição da ex-presidente Dilma Rousseff ao comando do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), apelidado "Banco dos Brics". Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O Banco Central (BC) decidiu, na quarta-feira (22), manter a taxa Selic em 13,75% a.a. mais uma vez. O recado do comunicado, porém, não trouxe o comedimento que o mercado esperava, mas um tom pesado sobre as incertezas na economia brasileira, indicando que o juro não deve cair tão cedo.O resultado é que, nos próximos 45 dias, até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a disputa entre a autoridade e o governo federal deve esquentar, cada qual defendendo o que entende ser o melhor para a economia do país.O BC cumpre à risca o livro-texto do sistema de metas para a inflação, que impõe juros altos quando as expectativas para o comportamento dos preços estão longe do objetivo, como é o caso agora.Um ex-diretor do BC já chegou a dizer, certa vez, que política monetária é “70% arte e 30% matemática”. Ou seja, mesmo com a imposição do sistema, são os diretores que escolhem a banda de acomodação para os efeitos dos juros.A literatura dos banqueiros centrais conta que a preferência é errar para cima, porque o custo de perder o controle inflacionário é mais alto do que promover um aperto maior no agora. Ainda assim, se a dose for forte demais, o desarranjo pode piorar além da conta.Roberto Campos Neto e os demais diretores da autarquia decidiram esperar por mais evidências sobre a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os gastos públicos e sobre a intensidade do arrocho no crédito, tanto aqui, quanto lá fora. E bancaram, literalmente, a independência que têm sobre o governo.No episódio desta quinta-feira (23), o CNN Money ainda traz as repercussões do aumento de 0,25 p.p. dos juros norte-americanos, promovidos pelo Federal Reserve na última tarde. O dia ainda guarda a decisão do BC da Inglaterra, o Bank of England (BoE).Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Sem chances de saber qual será a nova regra fiscal, o Banco Central vai decidir nesta quarta-feira (22) o que fazer com a Selic com base nas informações concretas que já tem.Pelo jeito que a banda toca, é provável que ela permaneça nos atuais 13,75% a.a -- e Roberto Campos Neto, presidente do BC, sabe que o governo não vai gostar do resultado. A comunicação, uma das principais ferramentas do BC, terá que ser boa o suficiente para convencer a política do país sobre a estratégia adotada.Da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para cá, surgiram crises bancárias, pioras nas condições de crédito nos países ricos e uma dose considerável de incerteza.A inflação arrefeceu, mas não sinaliza queda consistente. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumir Amplo (IPCA) seguem acima da meta até 2026 -- outro ruído, já que a previsão leva em conta uma mudança nas metas, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não necessariamente um processo inflacionário fora de controle.É motivo suficiente para, pelo menos, apagar do comunicado do BC a ameaça de manutenção da Selic alta por mais tempo.Se quiser ancorar com firmeza a sua posição, Campos Neto precisará encontrar o equilíbrio perfeito -- ou quase -- entre o que tem e o que não tem de informação para fundamentar a decisão.No episódio desta quarta, o CNN Money discute ainda o adiamento da apresentação da nova regra fiscal, que ficou para abril, após a viagem de Lula à China.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O Banco Central começa, nesta terça-feira (21), a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que irá definir a taxa de juros do país, a Selic.A autoridade, porém, tem a mesma quantidade de informações sobre a nova regra fiscal -- um dos principais pontos de ancoragem de expectativas sobre a taxa de juros -- que quem vai aprovar a medida: ou seja, apenas um esboço do que ela pode ser.Para preservar ao máximo a fórmula que encontrou para promover o equilíbrio das contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), segura os detalhes, porque sabe que a principal oposição a uma regra que imporá um aperto de gastos públicos vem justamente dentro de casa, principalmente do próprio PT.A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro percorre a praça dos Três Poderes em Brasília, deixando pistas de confetes sobre a estratégia que quer adotar na gestão dos cofres públicos. O ponto mais sensível é que Haddad quer uma ferramenta para cortar gastos -- quase uma ofensa para ala política do governo.Fica menos provável que um acordo sobre a proposta aconteça até amanhã, dia em que os diretores do Copom juntam tudo que sabem sobre a economia para decidir a taxa Selic.Hoje, o menu do BC oferece uma pressão política fortíssima para redução dos juros, com ou sem detalhes do fiscal, e, ao mesmo tempo, a piora das expectativas de inflação para os próximos anos.Diante da crise bancária internacional e a nova dose de incerteza que ronda as economias ricas, o BC brasileiro vai perdendo argumentos para segurar a Selic alta por mais tempo.No episódio desta terça, o CNN Money ainda se volta ao dia de alívio nos mercados internacionais, com a percepção de que a primeira onda da crise bancária foi contida.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Uma turbulência de mercado ou uma nova crise global? É com essa indagação que a semana começa depois da compra do Credit Suisse pelo rival UBS, e o anúncio do plano de ação conjunta dos maiores bancos centrais do mundo para garantir alguma fluidez no sistema financeiro mundial.A queda de 60% das ações do Credit Suisse e de 13% do UBS na pré-abertura dos mercados europeus indica que, mesmo que o banco tenha sido salvo com a venda, a dúvida sobre a real dimensão do desarranjo bancário na Europa e nos Estados Unidos é exponencialmente maior.Tem uma regra clássica sobre crises financeiras: quando as autoridades se antecipam, como fizeram os bancos centrais no domingo anunciando um esforço de garantia de liquidez internacional, é porque o buraco pode ser maior e mais profundo do que a superfície indica.O mercado também receia que nem os BCs sabem exatamente o que pode acontecer -- uma faísca perigosa num ambiente já fragilizado pelos impactos da pandemia, da guerra e da alta da inflação.Aliás, essa é a outra dúvida que incomoda: como vai ficar o combate à inflação nos EUA? Esta semana tem a super quarta, com decisão dos juros pelo Fed e pelo nosso BC.No episódio desta segunda-feira (20), o CNN Money também trata do debate sobre a nova regra fiscal do governo, que empacou na resistência do PT em criar qualquer restrição aos gastos no curto prazo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Está chegando o dia do país conhecer a nova regra fiscal para controlar gastos públicos.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se senta, nesta sexta-feira (17), com a equipe econômica para discutir a proposta do Ministério da Fazenda para dar credibilidade à política fiscal do novo governo.A fórmula está guardada sob forte blindagem, mas a essência do modelo vem sendo antecipada a conta gotas pelos ministros Fernando Haddad (PT) e Simone Tebet (MDB) em entrevistas à imprensa.Enquanto Lula não quer amarras para gastos e investimentos, Haddad precisa de uma ferramenta que segure as despesas e evite o crescimento contínuo da dívida pública. O que atrapalha esse controle é a ideia de discricionariedade com pouco ou nenhum limite nas decisões -- ou seja, o que o governo de plantão decidir, vale.Um dos desafios é ter a coragem política de gastar menos quando o país crescer mais, um princípio que não foi cumprido nos mandatos petistas.Ao anunciar a nova regra, Lula e Haddad querem contar com a aprovação de aliados, do Congresso Nacional, do mercado financeiro e ainda com a benevolência do Banco Central na decisão dos juros na próxima quarta-feira. Não vai demorar muito para saber como essa novela vai acabar.No episódio desta sexta, o CNN Money fala ainda da disputa pelo protagonismo na condução da política fiscal e das novas notícias envolvendo a crise de confiança no sistema bancário, após um grupo de 11 bancos dos EUA prometer injetar US$ 30 bilhões no First Republic Bank, que vinha enfrentando dificuldades desde as recentes quebras do Silicon Valley Bank e do Signature Bank.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Menos de uma semana depois da quebra de dois bancos norte-americanos do Vale do Silício, uma nova crise se impôs ao sistema financeiro.Na última quarta-feira (16), o Credit Suisse viu suas ações despencarem em mais de 25% após seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), afirmar que não daria nova ajuda financeira ao banco suíço. A notícia abalou bolsas do mundo todo -- inclusive a brasileira --, e a confiança dos investidores no sistema bancário foi dissolvida em incerteza.A quinta-feira, porém, amanheceu com uma ponta de calmaria: o Banco Central da Suíça anunciou um empréstimo de US$ 54 bilhões para injetar liquidez no banco, que sofre um abalo de confiança sem precedentes em seus mais de 150 anos de história.Como crise grande não chega sozinha, é possível que o colapso do Credit Suisse tenha sido culpa própria, mas acontece em um momento de fragilidade do mundo rico e em meio ao maior aperto global de juros das últimas décadas. A turbulência inclusive coloca em pauta as políticas monetárias da Europa e dos Estados Unidos, ainda que não tenham sido elas as culpadas diretas pela situação do banco suíço.O Banco Central Europeu (BCE), aliás, deve anunciar a decisão sobre a taxa de juros para a zona do euro ainda nesta manhã. Não se sabe, porém, como a crise do Credit Suisse pode afetar o plano da presidente Christine Lagarde em manter o ritmo de 0,5 p.p. de alta.O fim dos tempos de dinheiro barato coloca o sistema financeiro e o crédito em situação de vulnerabilidade. O empréstimo do BC suíço pode aliviar as perdas do mercado, mas está longe de pacificar o temor de um desarranjo no sistema financeiro internacional.No episódio desta quinta, o CNN Money reflete sobre as repercussões do caso inclusive no Brasil, onde o mercado divide atenções entre o quadro internacional e a expectativa pelo pacote fiscal que está sendo gestado no governo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O aperto nas condições financeiras provocada pela alta dos juros nos Estados Unidos foi um dos motivos para a derrocada do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank.Outros motivos estão sendo analisados, a exemplo da regulação do sistema financeiro, mas os juros não vão escapar de levar a culpa pelos estragos já contabilizados -- e que ainda estão por vir -- na economia norte-americana.No Brasil, o debate sobre o patamar dos juros cresce com a crise lá fora. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai ao Senado no começo de abril para prestar contas sobre o atual patamar da taxa Selic, mas, antes disso, terá que anunciar a decisão de política monetária da próxima reunião, já na quarta-feira que vem.O dia 22 de março guarda, também, a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre os juros dos EUA, dando à quarta-feira um apelido já conhecido: "Super Quarta".Lá, a aposta de uma nova alta de 0,25 p.p. é majoritária. Aqui, a Selic não deve mudar, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) pode preparar o terreno para uma queda da taxa nos próximos meses.A comunicação é ferramenta do Copom e pode dar mais peso ao risco externo enquanto aguarda anúncio do novo arcabouço fiscal, que pode sai antes mesmo da reunião do dia 22.A decisão do BC é sempre se precaver sobre o desenrolar dos fatos que não controla, seus desfechos e a interpretação dos agentes econômicos. Alguns momentos impõem mais risco. Agora, o pior deles pode ser não fazer nada.No episódio desta quarta-feira (15), o CNN Money se aprofunda nos últimos desdobramentos do colapso dos bancos norte-americanos, além da reação dos mercados em mais um dia de repercussão do caso.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Um sinal de alerta foi ligado depois da falência do Silicon Valley Bank (SVB), na última sexta-feira (10), e o mercado financeiro está extremamente cauteloso.Em uma resposta rápida, o governo norte-americano garantiu que os contribuintes não vão financiar nenhuma das medidas de contenção de danos -- inclusive porque um novo choque econômico está entre as principais preocupações do presidente Joe Biden, que está prestes a anunciar sua candidatura à reeleição.Na esteira do SVB, os reguladores dos Estados Unidos também fecharam o Signature Bank, outra instituição que ameaçava entrar em colapso. O Departamento do Tesouro garante que não há risco sistêmico para o sistema bancário, mas algumas dúvidas ainda persistem.Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de garantir os depositantes foi positiva, mas as informações ainda não suficientes para saber o tamanho do problema. Ele classificou a situação como "grave" e ainda revelou que está em contato com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para avaliar os possíveis impactos no mercado de crédito brasileiro.No meio tempo, as discussões sobre redução das taxas de juros tanto aqui, quanto nos EUA, cresceram. Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, falava em acelerar o ritmo de crescimento de juros e até aumentar mais do que o previsto, a depender do resultado de indicadores econômicos.Nesta terça-feira (14), os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos podem dar uma luz quanto ao caminho que a autoridade monetária pode seguir. Aqui, segue a expectativa em torno da divulgação do novo arcabouço fiscal, em meio a mais uma reunião de Haddad com parte da ala econômica -- dessa vez, incluindo o vice-presidente e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckimin (PSB).Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A semana começa com os olhos do mundo voltados aos Estados Unidos, ainda repercutindo a maior falência de um banco norte-americano desde a crise de 2008.Na última sexta-feira (10), o principal banco para startups de tecnologia dos EUA, o Silicon Valey Bank (SVB), se desfez rapidamente, deixando seus clientes e investidores no limbo. O colapso levou à aquisição da empresa por reguladores federais do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), e ao temor de que a falência do banco poderia contagiar o sistema bancário.Por isso, a expectativa nesta segunda-feira (13) é quanto ao discurso do presidente Joe Biden, depois que um segundo banco - o Signature Bank - foi fechado por reguladores de Nova York.O governo norte-americano garantiu que os clientes do SVB terão acesso ao dinheiro de todos os depósitos a partir desta segunda. Segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o Departamento de Tesouro e o FDIC, a ideia é proteger a economia.O SVB forneceu financiamento para quase metade das empresas americanas de tecnologia e saúde apoiadas por capital de risco. Fundado em 1983, ele é relativamente desconhecido fora do Vale do Silício, mas estava entre os 20 maiores bancos comerciais dos EUA, com mais de US$ 200 bilhões em ativos totais no ano passado.Um dos motivos para a falência do banco pode ser explicado pelas altas taxas de juros, que restringiram as empresas de tecnologia, dificultaram a captação de recursos e reduziram os valores de ações do setor. Diante dos juros elevados, a perda de IPOs e a escassez de financiamento, os clientes do banco começaram a sacar o dinheiro.A maior parte dos analistas, porém, garante que essa é uma questão isolada do SVB - não se tratando, ainda, de uma crise bancária.No Brasil, faltando uma semana para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a expectativa é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o modelo do novo arcabouço fiscal ainda nesta semana.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O foco principal desta sexta-feira (10) é a inflação do mês de fevereiro, aferida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e divulgada às 9h da manhã.O indicador pode dar uma pista em torno das apostas de queda da taxa Selic, tão cobrada pelo governo e por parte dos setores privados.A discussão sobre o patamar da taxa de juros aqueceu nos últimos dias, e um documento divulgado na última quinta-feira pelo Banco Central (BC), no qual a autoridade reconhece um esfriamento no mercado de crédito, intensificou o debate.Na outra ponta, também na última quinta, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que "o arcabouço fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado".A declaração foi dada após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ala econômica do governo, na qual o substituto do teto de gastos foi a principal pauta.A expectativa continua, e o novo modelo pode ser apresentado antes da reunião do BC, que acontece entre os dias 21 e 22 de março -- ou seja, daqui a 10 dias. A leitura é que o arcabouço fiscal pode auxiliar na decisão sobre baixar ou não os juros por aqui.Lá fora, os olhos se voltam para a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, um importante indicador para entender qual pode ser o tamanho do aperto monetário prometido pelo Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano).Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A semana vai chegando ao fim e, com ela, aumenta a expectativa em torno da divulgação de indicadores econômicos importantes, tanto aqui no Brasil, quanto lá fora.Para começar, esta quinta-feira (9) guarda a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostra a criação de empregos formais e a quantidade de demissões no país -- um dado que ajuda a montar o quebra-cabeça da economia de 2023.A atenção, porém, está totalmente voltada para a reunião que começa às 12h30 entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) e outros membros da ala econômica. Em pauta? O novo arcabouço fiscal, que segue no radar do mercado.Lá fora, começa a leitura do mercado de trabalho dos Estados Unidos de fevereiro, com as demissões anunciadas aferidas pelo número de pedidos de auxílio-desemprego. Este é mais um indicador que vai influenciar nas especulações em torno da definição da taxa de juros norte-americanos.O departamento do trabalho dos EUA já começou a divulgar alguns dados na quarta, que mostram que a abertura de postos de trabalho por lá caiu para quase 11 milhões em janeiro -- uma queda de 6,5% em relação a dezembro.Os resultados indicam que as condições econômicas do país continuam restritivas, abrindo caminho para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) aumente os juros por mais tempo.No episódio desta quinta, o CNN Money ainda fala do futuro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), após sinalizações do Ministério da Educação de retomar o financiamento do ensino superior, e mais desdobramentos do caso Americanas.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A quarta-feira (8) começa com a expectativa de novas falas do presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, no Congresso norte-americano.Se até ontem o mercado estava otimista em relação à maior economia do mundo, depois do discurso desta terça de Powell, todo mundo precisou colocar os pés no chão. Segundo ele, o ritmo do aumento dos juros americanos pode acelerar.“Os dados econômicos mais recentes chegaram mais fortes do que o esperado, o que sugere que o nível final dos juros deve ser mais alto do que o previsto anteriormente”, disse Powell em comentários preparados para uma audiência perante o Comitê Bancário do Senado.O Fed ainda está de olho nos dados do payroll, que saem nesta semana e apontam para a criação de vagas de trabalho por lá. Dependendo desse resultado e de outros indicadores econômicos, os juros podem subir ainda mais do que o esperado.No Brasil, a quarta-feira guarda uma audiência pública do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara com o secretário especial, Bernard Appy. Em conversa com a CNN, o economista afirmou que a proposta está sendo construída para manter a carga atual de tributos.Propostas de Emenda à Constituição (PECs) da Câmara e do Senado serão debatidas na audiência desta quarta para que se chegue a um consenso. As duas medidas criam um imposto único para substituir uma série de tributos sobre o consumo, mas a do Senado prevê uma base de arrecadação para a União e outra para estados e municípios; a da Câmara, uma única base para as três instâncias.No episódio de hoje, o CNN Money ainda discute as tentativas de regulação de big techs na Europa e nos Estados Unidos, além de trazer um compilado das carteiras de dividendos recomendadas para o mês de março.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Os olhos do mundo inteiro estão voltados para a esperada fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), no Congresso norte-americano.Por lá, a expectativa é que ele fale a partir do meio dia desta terça-feira (7) e seja sabatinado por parlamentares, depois de apresentar o relatório de política monetária ao comitê bancário do Senado dos EUA. Essa fala pode dar um sinal de se os juros vão ultrapassar o patamar especulado de 5,5%.Também nesta semana, o país norte-americano ainda aguarda os dados do payroll, que traz o número de vagas de emprego criadas no mês de fevereiro.Já no Brasil, as especulações em torno do novo arcabouço fiscal seguem no radar. A regra, que envolve um Projeto de Lei Complementar a ser aprovado pelo Congresso, começou a sair do papel e, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o texto será apresentado, agora, para outros ministérios que compõem a ala econômica. Depois, vai ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Em entrevistas recentes, Haddad tem defendido a adoção de um arcabouço "simples, objetivo e menos detalhado".No episódio desta terça, o CNN Money ainda discute o avanço do programa do governo federal de refinanciamento de dívidas, o Desenrola, e a queda de 6,8% nas exportações da China nos últimos meses -- dado que indica um enfraquecimento da demanda global por produtos chineses.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A semana começa na expectativa de novos indicadores.Por aqui, esta segunda-feira (6) guarda a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central, documento que traz as projeções do mercado para os principais dados macroeconômicos do país e precisa ser monitorado de perto, à medida que as expectativas da inflação de médio prazo vem dando sinais de desancoragem nas últimas semanas.A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também divulga os dados de produção e venda de veículos nesta segunda. Amanhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) publica os números da inflação medidos pelo IGP-DI, sigla para Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna.Na quarta, também pela FGV, saem os dados de confiança do consumidor, enquanto, na quinta, o Caged traz as informações sobre o emprego no país. Encerrando a semana, os dados oficiais da inflação de fevereiro, aferidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), saem após um mês de janeiro pressionado pelo grupo de alimentação e bebidas.No episódio desta segunda, o CNN Money traz as projeções do mercado e as expectativas sobre os novos dados, além da agenda de indicadores internacionais e a meta de crescimento chinesa, em 5%, entendida por especialistas como "modesta".Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Em uma semana de divulgação do PIB do Brasil, que fechou em alta de 2,9% em 2022, olhar no retrovisor traz uma preocupação com o futuro.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na última quinta-feira (2) que o desafio da pasta é reverter a desaceleração da economia -- que, para ele, acontece por causa do atual patamar da taxa de juros.Na outra ponta, a Fazenda afirmou que pretende concluir o novo arcabouço fiscal ainda nesta semana, para depois apresentar ao Ministério do Planejamento e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista a jornalistas, Haddad chegou a mencionar que é possível que a proposta seja entregue antes da reunião do Comitê de Política Monetária, prevista para 21 e 22 de março.Olhando para a Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse em entrevista coletiva na quinta que o Preço de Paridade Internacional (PPI) "não é o único parâmetro na hora de definir o preço". A autoridade afirmou que não vai descumprir a regra, mas que outras referências podem ser usadas pela Petrobras.Trocando por miúdos, basicamente disse que a estatal definirá os preços "como achar melhor", e chamou o PPI de "abstração".No episódio desta sexta-feira (3), o CNN Money ainda se volta à expansão da atividade da China nos últimos meses após o fim da política Covid-zero, ao mesmo tempo em que a economia dos Estados Unidos tensiona em torno de temores de elevação da taxa de juros após dados de inflação.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A quinta-feira (2) começa com os olhos do mercado voltados para o desempenho do PIB nacional do quarto trimestre de 2022 e o resultado anual consolidado.No começo do ano passado, as projeções falavam em crescimento anual próximo do zero. Agora, a expectativa é que fique na faixa dos 3%.Um olhar mais atento aos últimos desempenhos trimestrais, porém, mostra que uma tendência de desaceleração da economia, também com chances de recessão técnica, pode estar se desenhando.Enquanto os dados não saem, o mercado segue tentando digerir as recentes mudanças envolvendo a Petrobras, em especial a sugestão do Conselho de Administração da estatal de criar uma "reserva estatuária" -- uma espécie de nova política de dividendos que reteria parte da remuneração dos acionistas, mas que ainda precisa ser aprovada.A companhia registrou o melhor resultado financeiro da história no último ano, segundo balanço divulgado na quarta-feira (1.º). O lucro líquido da Petrobras ficou na casa dos R$ 200 bilhões, marcando um salto de 77% em relação a 2021.O desempenho da estatal, porém, foi alvo de críticas da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, que defendeu no Twitter que a distribuição de dividendos da empresa é "indecente".No episódio desta quinta, o CNN Money também se volta à omissão da diretoria da Americanas sobre operações que podem ter causado o rombo milionário na empresa, segundo informado por uma auditoria interna.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Nesta quarta-feira (1.º), começa a valer oficialmente a reoneração dos combustíveis -- ou seja, já podem ser cobrados os impostos federais sobre a gasolina, em R$ 0,47 por litro, e o etanol, em R$ 0,02.A questão é que, na terça-feira (28), a Petrobras anunciou a redução de R$ 0,13 da gasolina. Com esse desconto, o saldo líquido deve ser de R$ 0,34 por litro.Mas, essa recomposição é parcial, e, segundo o Ministério da Fazenda, não será o suficiente para chegar à arrecadação total dos impostos sobre os combustíveis, prevista em R$ 28 bilhões neste ano.Diante do imbróglio, a Fazenda decidiu taxar a exportação do petróleo em 9,2%, com previsão para durar quatro meses até a recomposição total de PIS/Cofins, segundo o ministro Fernando Haddad. Depois disso, caberá ao Congresso definir a continuidade, ou não, da nova taxação.A indústria do petróleo, porém, não recebeu a notícia bem. Segundo apuração da CNN, a novidade muda a rentabilidade de diversos projetos para empresas do setor e coloca em risco a continuidade da exploração. As petrolíferas, além disso, entendem que essa medida pode causar instabilidade no mercado de petróleo e falam até mesmo em quebra de contrato.Uma fonte da indústria lembrou que a medida está longe de afetar só a Petrobras ou as grandes multinacionais, que operam em campos de petróleo no Brasil: o país tem cerca de 40 produtores independentes, e a indústria ao todo gera mais de 45 mil empregos diretos.No episódio desta quarta-feira (1.º), o CNN Money ainda destaca a cobrança direta por parte de Haddad ao Banco Central (BC) para abaixar os juros. O ministro chegou a dizer que fez a "lição de casa" no fiscal e espera, agora, a redução da Selic.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou que os impostos federais sobre os combustíveis voltarão a ser cobrados.O anúncio ainda não foi feito de forma oficial, e não há muitos detalhes sobre como a reoneração vai ser feita. O que se sabe até agora é que a gasolina será mais tributada que o etanol, em aceno à transição energética de combustíveis fósseis para renováveis, de menor impacto no meio ambiente.Haddad deixou claro que, mesmo que a cobrança seja feita de forma diferente sobre cada combustível, os R$ 28 bilhões previstos da arrecadação serão mantidos em 2023.Isso não quer dizer, porém, que só a ala econômica está sendo contemplada nesta decisão: existe uma preocupação política, e o governo espera uma queda no preço da gasolina pelas refinarias da Petrobras já nos próximos dias, em paralelo à reoneração.O objetivo final é minimizar o impacto da volta dos impostos. A preocupação do governo, agora, é não transparecer qualquer tentativa de interferência política na Petrobras e deixar claro que esse movimento já estava previsto.Para o ministro da Fazenda, há "um colchão" que permite diminuir ou elevar os valores. Interlocutores da Petrobras ouvidos pela CNN, porém, garantem que esse colchão não existe e que, se forem feitas mudanças, respeitarão a política atual.Nesta terça-feira (28), o mercado também fica de olho na taxa de desemprego da PNAD, que será divulgada às 9h pelo IBGE, e a resolução da União Europeia e do Reino Unido sobre o Brexit.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A semana começa com a necessidade de decisões importantes por parte do governo federal -- a começar pela desoneração de impostos sobre os combustíveis.A medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao tomar posse no dia 1.º de janeiro deste ano, vence amanhã (28), o que significa que os tributos sobre a gasolina e o etanol devem voltar a ser cobrados já em 1.º de março.Para esta segunda-feira (27), está prevista uma reunião entre Lula, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros Fernando Haddad e Rui Costa. A decisão sobre a prorrogação -- ou não -- da isenção de impostos sobre os combustíveis marca um dos maiores dilemas para o governo federal até agora.Se, por um lado, a ala econômica quer o fim da desoneração, a ala política teme uma queda da popularidade do governo com o provável aumento no valor dos combustíveis. Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina deve subir em R$ 0,69, e do etanol, em R$ 0,24.Por outro lado, fontes do Ministério da Fazenda afirmaram à CNN que o impacto previsto aos cofres públicos chega a R$ 30 bilhões ao ano se a medida for mantida -- o que pode comprometer investimentos sociais futuros.As atenções também se voltam para as discussões do grupo de trabalho da reforma tributária. Nesta segunda, a cúpula começa a se reunir para dar início aos trabalhos no Congresso, justamente para aprovar a reforma, prioridade do governo federal.E amanhã expira o mandato do diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra, e Lula já foi alertado por interlocutores do Palácio do Planalto e do Congresso de que a escolha precisa ser de alguém pró-mercado.Já a quinta-feira guarda a divulgação do PIB do quarto trimestre de 2022.Apresentado por Muriel Porfiro, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A invasão russa da Ucrânia completa um ano nesta sexta-feira (24).A guerra provocou centenas de milhares de mortos e feridos, milhões de refugiados, uma crise econômica sem precedentes em décadas e rodadas de sanções nunca antes vistas pelo Ocidente à Rússia.O conflito ainda parece estar longe do fim. A novidade, agora, é que Brasil e China resolveram entrar em tentativas de negociação de algum acordo de paz entre os países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja ao gigante asiático no final de março, com a ideia de fomentar o que vem chamando de "Clube da Paz".A China, importante parceira do Brasil e da Rússia, pode criar pontes em busca de um caminho mais diplomático na solução da guerra.Enquanto isso, também do outro lado do mundo, um evento pequeno, mas de simbologia enorme, tomou curso nesta manhã: na Índia, Fernando Haddad e Roberto Campos Neto almoçaram juntos, sozinhos, por mais de 1h30.O encontro foi acertado durante a reunião dos ministros de finanças e banqueiros centrais do G-20, conforme apurou a CNN. O almoço não estava agendado, mas seria até natural em um ambiente de fomento a relações institucionais e complementares entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central. Não é o caso do Brasil.O almoço a dois reforça que ninguém espera uma animosidade entre eles por causa dos ataques do presidente Lula e do PT a Roberto Campos Neto. Ele e Haddad já tinham construído uma boa relação, e imagens do encontro mostram que a convivência entre eles está longe de ser protocolar -- para o bem da economia do país, que precisa de moderação e racionalidade.Resta ver se os pactos firmados do outro lado do mundo vão se manter quando os dois voltarem para o Brasil.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O longo prazo importa -- mesmo que o Brasil ainda não tenha aprendido a lidar com ele ou a se preparar para chegar melhor no futuro.O imediatismo da política já comprometeu as perspectivas de inflação deste e dos próximos três anos. E o mais preocupante: o aumento das previsões do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 2026 praticamente não mexeu nas estimativas para os juros.Isso quer dizer que uma mudança para cima nas metas de inflação já está dada -- é só uma questão de tempo. Então, se a meta de inflação subir, os juros não precisam acompanhar.Se faz sentido ou não rever o objetivo do Banco Central agora, a questão está no que é preciso fazer para que o convívio com uma inflação mais alta seja o mais breve possível -- uma premissa que parece estar sendo empurrada para segundo plano.Se prevalecer a canetada e não o dever de casa, ou seja, ajustes no orçamento federal e controle das contas públicas, o Brasil voltará a viver sob o regime "um pouco mais de inflação não faz mal".A inflação é um desafio mundial, e, nos Estados Unidos, o Federal Reserve System (Fed, o banco central norte-americano) ainda terá que subir mais os juros para lidar com a maior alta dos preços em 40 anos. Em meio à repercussão da ata da autoridade monetária ontem, um dirigente do Fed lembrou de uma máxima do trabalho dos BCs neste combate: é melhor fazer mais agora do que correr o risco de conviver com uma inflação alta por mais tempo.No episódio desta quinta-feira (23), o CNN Money ainda se volta aos impactos possíveis da estratégia do Fed e como isso afeta outros países, inclusive o Brasil.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O Brasil volta do Carnaval sob o pesadelo da destruição e das mortes no litoral de São Paulo e um ambiente mais alarmista no cenário internacional, com a escalada de tensões entre a Rússia e o restante do mundo.Se é verdade que o ano só começa agora, o calendário pressiona por uma agenda mais assertiva do novo governo e do Congresso Nacional, para evitar uma perda mais acentuada do ritmo da economia.Os dois primeiros meses do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se foram, e boa parte desse período foi perdida com debates atrapalhados e desnecessários -- ao menos na forma. Os ataques ao BC e o voluntarismo sobre os juros e a meta de inflação consumiram tempo demais.Para os próximos dias, o governo precisa anunciar os indicados para assumir duas diretorias do Banco Central (BC), cujos mandatos terminam já na próxima semana. O programa de negociação de dívidas, Desenrola, e a medida que ajusta a tabela de isenção do Imposto de Renda também devem ser apresentados.Correndo por fora, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), já começou a discussão sobre a reforma tributária, antes que o governo apresentasse sua própria versão.Da outra ponta, a decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de antecipar a nova regra de controle dos gastos públicos sinaliza que a agenda do governo pode, quem sabe, engatar em um trilho mais eficiente e estável.No episódio desta quarta-feira de cinzas (22), o CNN Money ainda trata do ponto de vista de quem tem pressa para ver o país mais equilibrado -- no caso, famílias endividadas e inadimplentes --, e o desempenho das ações do varejo, que perdem em bloco neste ano.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
"Se eu não posso conversar sobre a taxa de juros, se eu não posso influir para reduzir a taxa de juros, e se eu não posso conversar sobre emprego, então o que eu vou conversar?" A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dada com exclusividade à CNN na manhã de ontem, se refere a um diálogo com o atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, alvo de críticas do governo petista nos últimos dias sobre o patamar da taxa Selic e da meta de inflação. Nos seus primeiros mandatos, no começo dos anos 2000, Lula conversava -- e reclamava -- com Henrique Meirelles, então mandatário do BC, toda vez que ele subia a taxa de juros. Sem a proteção da lei para a sua autonomia, Meirelles driblava os protestos do presidente e seguia decidindo tecnicamente sobre como lidar com a inflação. Na entrevista exclusiva à âncora da CNN, Daniela Lima, Lula insistiu no diagnóstico de economistas heterodoxos que o assessoram, dizendo que "não há inflação de demanda no país" -- portanto, dentro dessa lógica, o juro básico não precisa nem subir, nem ficar alto demais. No episódio desta sexta-feira (17), o CNN Money recebe o ex-diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, para entender qual é a natureza da inflação brasileira e como a autoridade monetária pode combater o processo inflacionário atual. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Depois de um mês e meio de novo governo, o debate do dia deixou de ser os ataques ao Banco Central (BC) e à taxa de juros. Venceu a necessidade de discutir o que realmente interessa para a governança do país: as reformas.Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, tirou a mudança de meta da inflação da frente ao anunciar que a proposta de um novo arcabouço fiscal será apresentada já agora em março. A antecipação foi bem recebida, porque acerta dois alvos de uma única vez.O primeiro, e mais óbvio, é aprovar o substituto do teto de gastos -- a tarefa mais urgente do novo governo para assentar a expectativa pelo equilíbrio das contas e da dívida pública.O segundo tem um fundamento político: esvaziar a tentativa de Aloizio Mercadante de ser um protagonista no debate fiscal, tendo em vista que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se meteu na seara do ministro como quem não quer nada.De quebra, a resposta de Haddad também isola a gritaria do PT contra o BC e devolve Mercadante ao quadrado dele. E, mais importante, mostra que Haddad ainda tem ascendência sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afinal, são 45 dias de governo.Se nenhum desvio ruidoso aparecer os próximos dias, o debate em torno das reformas pode prevalecer sobre as bravatas pelas canetadas na economia.No episódio desta quinta-feira (16), o CNN Money ainda fala sobre a disposição do Congresso Nacional em ajudar o governo -- desde que não apareça nada muito "radical" nas propostas, como sinalizou Arthur Lira (Podemos), presidente da Câmara dos Deputados -- e as expectativas para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a primeira do terceiro mandato de Lula.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O Partido dos Trabalhadores (PT) não gosta de "dar uma vaca para não entrar numa briga", como diz um antigo ditado. O PT, na verdade, chega logo com a boiada para não sair dela tão cedo.O inimigo número 1 do partido do governo é Roberto Campos Neto, e não tem bandeira branca capaz de estancar a guerra declarada ao Banco Central (BC) e seu presidente.Se for verdade que quem cala, consente, o silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o BC ou a taxa de juros na última terça-feira (14) valida os ataques petistas renovados, mesmo após as falas em tom conciliador de Campos Neto.Se equilibrando em cima do muro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), atua como uma linha frágil, mas constante, para manter alguma institucionalidade na relação entre governo e autarquia. O mercado já estava fechado, com a fatura do risco já acionada, quando Haddad afirmou que a meta de inflação não está na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CME), que reúne as principais autoridades econômicas do país e acontece amanhã.Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal, apareceu de árbitro, aplaudindo Campos Neto e avisando Lula que a independência do BC é sólida. O recado geral do senador foi que o presidente da República, quer goste ou não, terá que conviver com a meta de inflação e buscar uma solução "inteligente".Por enquanto, a postura das lideranças do PT faz mais barulho -- e só o tempo vai dizer se é apenas uma birra de criança no shopping ou se é uma escolha do novo governo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Mexer na meta de inflação agora terá o efeito contrário ao desejado. Foi o que disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), na noite de ontem, enquanto era entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura."A meta não é instrumento de política monetária", reforçou ele, como quem diz que não é mexendo nela que os juros vão ceder.Para Campos Neto, o elevado patamar da taxa Selic atual, em 13,75% a.a., é consequência de problemas estruturais, como gastos públicos elevados e baixa produtividade na economia. Sobre a mudança na meta para forçar uma queda de juros, Campos Neto negou que tenha sugerido a alteração e admitiu apenas que o BC discute um "aprimoramento do sistema", sem dar detalhes.Desde que foi adotado no país, o sistema de metas convive com praticamente dois problemas que comprometem sua eficiência: o calendário anual, e não aquele que acomoda o chamado "horizonte relevante" para detectar o efeito dos juros na economia, e o índice usado como referência -- o IPCA, medidor oficial da inflação no país --, que não reflete totalmente o processo inflacionário.Pregando harmonia, diálogo e aproximação com o governo, o chefe do BC tentou tirar a capa de vilão que o debate político lhe impôs. "Eu, como figura, sou irrelevante", disse ele, tentando despersonificar sua posição sem, contudo, apagar o fato dele ser o único remanescente do mandato de Bolsonaro com poder e blindagem no novo governo.No episódio desta terça-feira (14), CNN Money fala dos requisitos para um debate racional sobre as metas de inflação, além de dar um giro pelas bolsas globais.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O brasileiro já aprendeu muito com inflação e acompanha de perto as decisões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), o Copom.Agora, vai ter que voltar sua atenção para reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), um colegiado que pouquíssima gente até então conhecia.O CMN se reúne nessa semana e pode debater mudanças na meta de inflação, objetivo que guia as decisões do BC sobre a taxa Selic. Desde que adotou o sistema de metas, em 1999, o governo faz uma reunião anual, todo mês de junho, para olhar para os anos à frente.Dessa vez, a decisão pode ser antecipada para mexer nas metas já definidas até 2025. A anomalia na agenda nacional é sintomática, já que revela que o país convive com inflação e juros acima do normal, e não consegue se livrar do tema.O CNN Money ouviu economistas com posicionamentos diferentes sobre a possível alteração, com fundamentos técnicos considerando o perfil da economia e o custo de se combater o processo inflacionário na canetada e na bravata política -- e sem que haja um controle efetivo dos gastos públicos.Em um país estável política e economicamente, decidir a meta de inflação depende do bom senso, da premissa de proteção da moeda e da normalidade institucional. Nenhum desses requisitos está presente no debate nacional.No episódio desta segunda-feira (13), o CNN Money fala das expectativas para a meta de inflação, os fatores envolvidos na possível alteração e das consequências da escolha do governo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra nesta sexta-feira (10) com o chefe do Executivo dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington.A pauta brasileira – que vai de meio ambiente a possíveis negociações com a Ucrânia – vai disputar espaço com a crise entre os EUA e a China, deflagrada por causa de um balão que os norte-americanos afirmam ser um "espião" chinês.O presidente deixa por aqui um conflito criado por ele próprio, e que não afeta em nada a geopolítica e a economia mundial.O estrago causado pelos ataques de Lula e aliados ao Banco Central (BC) fica só no Brasil, e a conta em dólares já está mais cara: a moeda norte-americana já subiu 4% agora em fevereiro, reagindo à escalada da insensatez.O PT e sua porta-voz contra o BC, a deputada Gleisi Hoffmann, repetem que não faz sentido o juro da economia estar em 13,75% ao ano – sem apresentar fundamento técnico.A cada conto, a taxa aumenta um ponto, como efeito de um ambiente de incerteza crescente.A informação de que Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, toparia aumentar a meta de inflação foi o gatilho de ontem para que o dólar subisse 1,47%, mas a tensão vai continuar alimentando a crise.Qual a melhor estratégia? Estancar a sangria e mexer logo na meta? E após avançar algumas casas sobre o BC, Lula vai se dar por satisfeito?O que surpreende é a capacidade do novo governo em conflagrar, sozinho, uma crise que ele próprio terá que lidar. Até aqui, a única razão que faz sentido é ter na manga a chance de responsabilizar o BC por tudo que eventualmente der errado no país.No episódio desta sexta, o CNN Money ainda fala de Arthur Lira (Progressistas), que tirou da frente a chance de revisão da independência do BC no Congresso Nacional.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
A batalha do governo contra o Banco Central continua em Brasília.Apesar de o presidente Lula ter baixado o tom contra a instituição, seus aliados subiram. Tem ideia para todo lado: "Juros tem que ir para 7%, 8%", disse um senador."O presidente do BC não é imexível", disse a líder do PT. "Pedir queda de juros não é política, é técnica", assegurou um deputado petista.De saída no final do mês, Bruno Serram, diretor de política monetária do BC resumiu e lembrou que o Banco Central é uma instituição de Estado, não de governo.Apuração do analista da CNN Caio Junqueira, revela que o PT quer alguém como André Lara Resende no lugar de Serra. O economista chamou recentemente de histeria o alarde sobre o risco fiscal.Alexandre Padilha, ministro das relações institucionais, apareceu de bombeiro novamente para descartar conflitos ou qualquer discussão sobre o fim da autonomia da autoridade monetária.O ministro promoveu alívio nos mercados, pelo menos em um dia.O CNN Money de hoje fala da repercussão internacional desse atrito com o BC, e a entrada de estrangeiros na Bolsa brasileira, que segue forte.Mas quanto isso representa na careteira dos fundos internacionais? O Brasil é relevante ou não na alocação dos recursos?Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Não há razão, ou sensibilidade, que convença o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a desistir de atacar o Banco Central (BC).O que começou como uma bravata eleitoreira caminha para uma crise institucional de desfecho imprevisível, à medida que Lula não cede terreno ao diálogo e não parece ter compreensão do custo de esvaziar a credibilidade da autoridade monetária.A escalada chegou ao ponto do petista questionar a lealdade dos ministros Fernando Haddad (PT) e Simone Tebet (MDB) na relação com o BC e, para completar, incitar o Congresso a responsabilizar Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, pelos problemas do país.No vácuo da institucionalidade, Aloizio Mercadante (PT) surpreendeu ao anunciar que ele mesmo, presidente do BNDES, vai apresentar uma proposta para a nova regra fiscal, um mês antes do prazo assumido por Haddad -- o ministro formulador de política econômica do governo.Esse atropelo entre as cadeiras e as atribuições começa muito cedo em um governo que chegou há menos de quarenta dias.Em meio a tanto burburinho, um ex-integrante de equipes econômicas de governos passados disse à âncora do CNN Money, Thais Herédia: é a "marcha da insensatez".A expressão também nomeia um livro da historiadora Barbara Tuchman, que trata da insistência de governantes em adotar políticas contrárias a seus próprios interesses -- que parece ser o caso agora.No episódio desta quarta-feira (8), o CNN Money fala também das metas de inflação, que, nesse contexto de disputa entre Lula e BC, gera a pergunta: ela deve, ou não, ser alterada?Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Há um enigma em torno do presidente do Banco Central (BC): Roberto Campos Neto virou um inimigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque mantém os juros altos e alerta sobre os riscos da política de gastos do novo governo, ou porque é herança de Jair Bolsonaro (PL) e nunca disfarçou sua aproximação com o ex-mandatário?A irritação de Lula e Fernando Haddad com o tom adotado por Campos Neto para justificar os juros altos era uma informação de bastidor. Não é mais.O presidente da República e o ministro da Fazenda admitiram, em alto e bom som, que se sentem traídos e provocados diretamente por Campos Neto. Para Lula, a comunicação do "cidadão" do BC é uma vergonha; para Haddad, é injusta, porque não considera o que já foi apresentada por ele e os compromissos assumidos.Enquanto não aparece uma resposta racional para o enigma político, o pragmatismo econômico vai se impor, com juros futuros em alta e o momento de abaixar a taxa básica da economia cada vez mais distante.O governo alimenta alguma esperança de que o chefe do BC diminua a fervura na ata do Comitê de Política Monetária, divulgada na manhã desta terça-feira (7).Uma trégua, porém, não pode comprometer a credibilidade do BC em cumprir seu mandato, garantir a estabilidade da moeda e não acomodar políticas públicas do governo.No episódio desta terça, o CNN Money ainda se volta às expectativas para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System (Fed, o banco central dos Estados Unidos), após os dados de emprego da maior economia do mundo. Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Aloizio Mercadante (PT) toma posse nesta segunda-feira (6) no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Estarão lá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) -- ambos representantes do que foi a gestão do banco de fomento nos governos petistas. Foram centenas de bilhões de reais do Tesouro gastos para bancar crédito com juros abaixo da Taxa Selic para setores eleitos como "campeões nacionais", além de financiamentos externos.O resultado? Aumento da dívida pública, queda na taxa de investimentos de calote dos países.Mercadante já se comprometeu a não mexer na Taxa de Longo Prazo (TLP), criada em 2017 e mecanismo que impede o banco de adotar uma taxa menor do que aquela definida pelo Banco Central (BC). Ao mesmo tempo, quer oferecer juros mais baixos e voltar a financiar projetos fora do país, como é o caso do gasoduto na Argentina.Qualquer que seja a escolha sobre o papel do BNDES, o governo Lula terá que prever o custo das operações no Orçamento Federal -- o mesmo que pretende cobrir uma longa lista de gastos públicos já anunciados.Geraldo Alckimin (PSD) também estará na posse de hoje. Como ministro da Indústria e Comércio, o vice-presidente da República é, supostamente, o chefe direto de Mercadante -- um que passou anos com uma visão oposta (e crítica) ao que fez o banco no passado.É sob este quadro político e muita dúvida sobre o que esperar da nova gestão do futuro presidente do BNDES que Mercadante tomará posse.No episódio desta segunda, o CNN Money ainda pincela o balão "espião" chinês nos Estados Unidos, que tem aumentado a tensão diplomática entre os países.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Parece reprise, mas não é.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não desistiu de atacar o Banco Central (BC), os juros e o patamar atual das metas de inflação. Em entrevista à RedeTV! na noite da última quinta-feira (2), o petista subiu o tom e disse que vai "esperar esse sujeito terminar o mandato para avaliar o que significou a independência do BC".O sujeito em questão é Roberto Campos Neto.Lula também quer saber se os chefes do Legislativo estão felizes com o presidente do BC, porque, afinal, eles deveriam imaginar que a autonomia da autarquia faria a economia crescer.O presidente da República dá ao BC um poder que ele não tem e transfere para a autoridade monetária a responsabilidade sobre o fracasso das escolhas do governante. A oratória política é boa nisso: compartilhar erros, e não avanços.A inflação herdada por Lula tem choques das crises recentes e, mais ainda, efeitos da gastança promovida por Jair Bolsonaro. O novo governo quer seguir só com a gastança, e não quer o estrago que ela causa -- ou melhor, quer culpar o BC pelos efeitos dela.A nova rodada da cantilena petista pode -- ou não -- provocar uma mudança na percepção de risco sobre o Brasil, e essa reação vai dizer muito sobre o quanto vale a palavra do presidente da República.No episódio desta sexta-feira (3), o CNN Money ainda discute a alta da inadimplência no país e os resultados das big techs, que viram seus lucros em queda livre no último trimestre.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Enquanto o governo "brinca" de ter inflação mais alta à espera de mais crescimento, o resultado é o visto na noite da última quarta-feira.O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75% a.a. -- e, embora o número seja o mesmo, o efeito é de piora na economia.O desarranjo econômico, provocado pelas cutucadas do governo à independência do BC e ao atual patamar da inflação, já pode ser visto no longo prazo.No comunicado divulgado ontem, o Copom praticamente desenhou o tamanho da conta, e as expectativas para o comportamento da inflação pioraram até onde a vista do BC alcança: os quatro anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Enquanto houver debates despropositados e incertezas sobre régua fiscal e as regras fiscais, não há chance de redução de juros. Para conseguir cumprir a meta de inflação -- já definida e reiterada pelos diretores do Copom --, o cenário alternativo apresentado para o IPCA exige que a taxa não seja alterada até meados do ano que vem.No episódio desta quinta-feira (2), o CNN Money também traz os reflexos da decisão de política monetária dos Estados Unidos, onde o Federal Reserve System (Fed, o banco central norte-americano) já começou a soltar a corda, com alta de juros em 0,25 p.p.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Uma "super quarta" não poderia ser mais "super" do que esta.O apelido, que marca a coincidência na decisão sobre os juros dos bancos centrais daqui e dos Estados Unidos, fica mais "super" com a posse do novo Congresso Nacional e, principalmente, a eleição para a presidência do Senado Federal, marcada pela disputa entre o candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco (PSD), e Rogério Marinho (PL-RN), da ala bolsonarista.Do lado da economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem a missão de lidar com o processo inflacionário e com todo tipo de ruído que tem vindo no caminho. Os mais barulhentos têm vindo do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios -- dia sim, dia também, tem alguém de lá atacando o patamar da taxa Selic em 13,75% a.a.Além de garantir a queda da inflação, o BC de Roberto Campos Neto terá de aparecer com uma barricada institucional, tendo em vista a situação esdrúxula imposta: mesmo prevista em lei, vê sua independência sendo contestada pelo novo governo.A dúvida é se a comunicação vai dar conta de convencer a sociedade e os mercados que esta lei vai pegar no Brasil. Campos Neto precisa encontrar um tom certo para proteger sua credibilidade e, ao mesmo tempo, não vazar para a política -- uma contaminação indesejável para qualquer banqueiro central, ainda mais o nosso.No episódio desta quarta, o CNN Money ainda se volta às expectativas para a decisão do Federal Reserve System (Fed, o BC dos EUA), que já mexe com os mercados, e para a posse do novo Congresso Nacional.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Depois de receber a visita de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), e atravessar a Avenida Paulista para encontrar empresários da indústria na Fiesp, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará na Faria Lima nesta terça-feira (31) com os maiores banqueiros do país.E não estará sozinho. Junto dele, Simone Tebet, do Planejamento, Esther Dweck, da Gestão, Carlos Fávaro, da Agricultura, e Aloizio Mercadante, do BNDES, estarão no café da manhã na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.Não é coincidência de agenda, é estratégia -- e uma boa estratégia, como dito por executivos do setor financeiro à âncora do CNN Money, Thais Herédia.A presença dos ministros demonstra prestígio e esforço de firmar pontes e diálogos com agentes econômicos. E logo com banqueiros, tão criticados por dirigentes petistas, a começar pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.É a segunda vez que Haddad vai à sede da Febraban em poucos meses. Em novembro do ano passado, o ex-prefeito de São Paulo nem era confirmado como ministro ainda, mas já falava como tal, e, diante dos representantes da Febraban, se comprometeu com responsabilidade fiscal e reforma tributária.Agora, a expectativa é por uma demonstração de unidade de propósito entre os fortes da equipe econômica. Não é segredo que há divergências entre eles, o que reforça o gesto num ambiente que não esconde mau-humor com as bravatas políticas do PT.O espírito geral dos dois lados é de ouvidos abertos, colaboração e consonância sobre as prioridades do país.No episódio desta terça, o CNN Money se volta aos temas que devem ser tratados nesse encontro -- entre eles, a reforma tributária --, e as perspectivas dos mercados quanto à economia global, considerando previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e as decisões de juros dos principais BCs do mundo.Apresentado por Thais Herédia, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.