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Fala Agora
EP 273 - Ser operado, Médico & Doente, ir ao The Voice, Make Praias Great Again e Lewis Capaldi

Fala Agora

Play Episode Listen Later Jun 30, 2025 24:00


Malta onde mal sobrevivi às fortes temperaturas, a uma cirurgia e a um banger. Qualquer outro na minha situação teria sucumbido. Mas eu não, sou da mesma fibra do Herman José. Nada me abala. Deixo surpresa para os açorianos no final. beijinhos e melhorasLinks homeopáticos -⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://linktr.ee/joaonunogoncalo⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Sem preciosas perguntas

KrishnaFM
Qualquer atividade que conduza ao serviço prático e amoroso do Deus Supremo Krishna deve ser aceita kfm9376

KrishnaFM

Play Episode Listen Later Jun 30, 2025 66:31


https://krishnafm.com.br -- Whatsapp 18 99688 7171 Telegram

Igreja da Lapa
A tua adoração está com anemia

Igreja da Lapa

Play Episode Listen Later Jun 29, 2025


Texto Bíblico: Malaquias 1:6-14 Este sermão chama-se “A tua adoração está com anemia”. Qualquer pessoa com alguma experiência de igreja sabe o que é louvar mal. O problema acontece sempre que nos esquecemos que, através de Jesus, Deus é nosso Pai.

Dois Empregos
#230 - Só aparece QUANDO TÔ FECHANDO!

Dois Empregos

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 45:20


MOTORDOMUNDO - Podcast sobre motos
O que esperar da SBM em 2025? I Conheça a nova linha de motos da Shineray, com Wendel Lazko I Motordomundo Ep. 032

MOTORDOMUNDO - Podcast sobre motos

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025 23:24


Uma novidade grande em 2025 foi a revelação da SBM, nova linha de motos dentro da Shineray, prometendo motos maiores e melhores das que já conhecemos na marca. Em um bate-papo com Wendel Lazko, gerente da Shineray, entendemos um pouco mais sobre a SBM, suas motos, e plano de abertura de lojas no Brasil. Motordomundo é um podcast independente que aborda principalmente o mundo das motos . Qualquer dúvida mande mensagem ou e-mail no contato@motordomundo.com.br

Convidado
O balanço dos protagonistas e contemporâneos da independência

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 20:53


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo terceiro episódio desta digressão, evocamos o balanço que é feito hoje pelos protagonistas, contemporâneos e estudiosos da luta de libertação. Neste dia 25 de Junho, Moçambique recorda os 50 anos da sua independência. 50 anos que foram marcados em grande parte pela adversidade, nomeadamente com a guerra civil. Apesar dos diversos obstáculos que o país tem encontrado, o antigo Presidente Joaquim Chissano prefere ver a partir de que ponto Moçambique partiu. "Olhando para toda essa história, olho para o programa que nós nos propusemos. Afinal, não é muito diferente do programa da Frelimo, em que a educação foi posta como uma prioridade, como uma arma para a nossa libertação, mas também para o nosso desenvolvimento. Então, devo dizer que nós tínhamos uma altíssima taxa de analfabetismo, acima de 90%, e hoje a taxa de analfabetismo decresceu de uma maneira radical. E em segundo lugar, podemos medir talvez o nosso desenvolvimento pelo número de universidades que nós temos, que está a dar quase mais do que uma universidade por ano. Então, em 50 anos, já temos mais de 50 instituições de ensino superior. Pode haver algumas universidades que têm deficiências, mas já temos a nossa gente que discute de maneira diferente. Vamos pegar na área da mulher. A mulher que nós encontramos na altura da independência, não é a mulher que nós estamos a ver hoje, livre, pronta para desafiar qualquer cargo que se lhe dê. Há muitas mulheres agora formadas, apesar de que ainda existem tabus e culturas que inibem a mulher de se desenvolver com maior rapidez. Mas para mim, aquilo que eu vejo é surpreendente. Mas para quem não sabe de onde viemos, donde começamos, realmente acha pouco aquilo que se fez. Eu não acho pouco. Sei que é muito mais o que temos pela frente, porque também a nossa população cresce, cresce de uma maneira galopante, assustadora até. Mesmo assim, temos os termos de comparação. Se formos comparar com outros países africanos que não tiveram uma luta armada de libertação nacional, que não partiram do grau de analfabetismo que nós tínhamos, se formos comparados no desenvolvimento com países que não tiveram guerra de 16 anos, porque nestes 50 anos, temos 16 anos em que estávamos quase que paralisados. E há países que se comparam, dizem que Moçambique está na cauda, mas são países que nunca tiveram o que nós tivemos", insiste o antigo Presidente de Moçambique. Apesar de admitir que existem desafios por ultrapassar, Joaquim Chissano também considera que tem havido aproveitamento político dos problemas que os moçambicamos enfrentam. "Evidentemente, todas as forças políticas conhecem a nossa. Portanto, ainda não erradicamos toda a pobreza, ainda temos muita pobreza, ainda temos analfabetismo e este aumento da população. Portanto, há carências. Para resumir, eu costumo responder a isso que todos conhecemos os problemas que existem no nosso país e que agora temos que nos unir para começarmos a encontrar as soluções. As reivindicações que houve, todos os distúrbios que houve é porque houve a agitação que se apoiava nesta pobreza. Alguns dizem que a pobreza é que cria os distúrbios. Não. A pobreza existiu durante muito tempo, até que apareceu gente que quis utilizar os pobres em seu próprio benefício", considera o antigo chefe de Estado. Óscar Monteiro, membro sénior da Frelimo, também reconhece dificuldades, mas vinca que a conquista da independência por Moçambique, representou a libertação da África Austral. "Começamos a luta de libertação e proclamamos a independência, estendendo as fronteiras da liberdade do Rovuma até ao rio Maputo. Isto tudo era uma zona de dominação branca. Era uma massa consistente, na qual Portugal era um pequeno actor muito estendido em territórios mas fácil de destruir. Mas tínhamos a Rodésia, que era um país sólido. E tínhamos a África do Sul, que é um país extremamente forte, continua a ser um país forte, apesar de todas as dificuldades. E a independência de Moçambique soa o clarim da libertação da África Austral. Esta é a maior contribuição. E se me pergunta como olha este tempo, eu digo sim, são 50 anos para libertar a África Austral, não apenas para libertar Moçambique. Portanto, estes pequenos e grandes fenómenos, estes deslizes, estes erros, alguns crimes, têm que ser vistos nesta perspectiva de que nós estávamos com um objectivo maior, que é a libertação da África Austral", diz Óscar Monteiro. Ao comentar os recentes distúrbios pós-eleitorais ocorridos no país, com populações que, não estando forçosamente alinhadas com nenhum partido político, reclamam melhores condições, o responsável político considera que "não tem muita moral quem andou a queimar escolas vir dizer que as escolas não funcionam. E outros grupos que emergem agora na política têm todo o direito de fazer reclamações, mas têm que reconhecer que este país pagou muito caro no passado e continua a pagar os efeitos dessa destruição. Portanto, não é possível hoje, com as restrições financeiras no quadro da economia em que estamos integrados, continuar a providenciar os serviços de saúde que foram orgulho deste país. Não é possível esperar que hoje, depois de tantas destruições, seja possível continuar a fornecer todos estes serviços". Apesar de também ver desafios, Yolanda Mussá, presidente da associação da geração 8 de Março, mostra-se confiante. "Qualquer país tem os seus desafios e acho que Moçambique está a gerir muito bem os seus desafios. São apenas 50 anos de independência. Não gosto de fazer comparações, mas durante esses 50 anos, nós conseguimos alcançar, sobretudo no que diz respeito aos Direitos Humanos, a democracia. Se nós conseguimos alcançar estes níveis é porque, de facto, houve um grande empenho da nossa parte. Comparando aquilo que aconteceu nos últimos anos da dominação colonial em 1973-74 e aquilo que está a acontecer agora, nós vamos para as aldeias, nós encontramos crianças de uma maneira massiva a irem para a escola. Significa que um dos direitos fundamentais, que é o da educação, está a ser salvaguardado em Moçambique. Se nós olharmos também para aquilo que é a nossa rede sanitária, nós vamos verificar que em zonas onde não havia centros de saúde, onde não havia unidades sanitárias em 1975, hoje já existem centros de saúde, já existem unidades sanitárias. O resto, no que diz respeito à melhoria da qualidade dos serviços prestados, é um desafio, não só no que diz respeito à saúde, como no que diz respeito à educação e em todas as outras áreas de desenvolvimento. Mas é preciso nós termos a coragem de valorizar as coisas boas que nós, os moçambicanos, conquistámos durante os 50 anos da nossa independência", considera a dirigente associativa. Balanço mais céptico é feito por António Muchanga, antigo deputado da Renamo, na oposição. "Se nós formos a comparar os recursos que Moçambique tem, com Timor Leste, por exemplo, atendendo e considerando o tempo que Timor Leste ganha a sua independência, e considerando que nós tivemos que mandar pessoas de Moçambique para Timor Leste ajudar a organizar o Estado, sobretudo os tribunais eleitorais e mais algumas coisas, eu acho que nós perdemos muito. Poderíamos ter marcado passos bem firmes e seguros, se não tivéssemos caído nesta tentação de abraçarmos o comunismo nos primeiros anos da independência nacional. Depois, tivemos o problema de não perceber melhor que os que estavam a fazer guerra eram moçambicanos. Tentou se acoplar esta marca aos colonialistas portugueses, aos fascistas de Marcello Caetano, gente enviada por Ian Smith. E isto aqui atrasou muito o país porque em 1982-83, o mais tardar até 1984, poderíamos ter conseguido assinar o acordo de paz. E teríamos tido menos dez anos de guerra. Só quando o regime começou a sentir que já não tinha como e que a guerra estava aqui, na entrada das grandes cidades, muita coisa já estava estragada. Guerra é guerra. Estamos a ver hoje, portanto, retrocedemos muito. Mas por razões óbvias, por conveniência de quem está a governar, em aceitar que tínhamos uma verdadeira razão. Mesmo agora, estamos a continuar a ter muitos problemas porque a tendência de provocar os partidos e sobretudo a Renamo para ver se continua a fazer guerra. Mas depois apercebemo-nos que é uma maneira que o regime encontrou para poder aproveitar e roubar os recursos do país e justificar isso em nome da guerra", declara António Muchanga. Lutero Simango, líder do MDM, igualmente na oposição, considera que é necessário reflectir sobre o caminho percorrido. "Essa reflexão é muito necessária para que os erros não possam ser repetidos. Muitas vezes, quando nós falamos dessa reflexão, nos levam a querer mostrar que houve a construção desta ou daquela infraestrutura e etc. Mas o problema é isso. Nós podemos investir tanto num país, podemos criar as tais condições que eles dizem e depois, temos que questionar: de tudo isto, quem está a beneficiar? Porque a pobreza em Moçambique está a aumentar, o fosso entre os que têm e os que não têm, está a aumentar. Continuamos a ter uma juventude a ser marginalizada. E o nosso povo, cada dia que passa, está perdendo o poder de compra. E quando olhamos para os níveis do ensino no nosso sistema de educação, vamos verificar que a qualidade tende a reduzir. Hoje, para eu ser operado no hospital, tenho que esperar três, quatro, cinco, seis, sete meses. E muitas vezes também o mesmo hospital não tem medicamentos. Depois, quando tu queres recorrer a um sistema privado de saúde, vais verificar que os preços praticados estão fora dos padrões normais. Portanto, aqui podemos concluir que o nosso povo não se sente realizado. A realização de um povo passa necessariamente na existência de condições sociais, o acesso à educação, o acesso à saúde e também o acesso à comida, a alimentação. Nós temos hoje famílias que não sabem o que vão ter hoje para as três refeições. E nem sabem o que vão dar para alimentar os seus filhos no dia seguinte. Isso acontece porquê? Porque ao longo de 50 anos há uma desgovernação total. E não podemos esquecer que a corrupção generalizada está capturando o nosso Estado. E o nosso próprio Estado também não está a conseguir chegar em todo o canto do país. Eu posso ir para algumas províncias e para algumas localidades. Não vou sentir a presença do Estado", considera Lutero Simango. Questionado sobre a situação vivenciada desde 2017 em Cabo Delgado, o responsável político preconiza o diálogo, dizendo acreditar que "se aquele conflito continuar por mais dois, três ou quatro anos, ele vai se transformar num movimento de reivindicação política". Daí "é importante e urgente que as autoridades usem toda a inteligência para buscar a motivação desta revolta e também criar condições socioeconómicas para aquela população", conclui Lutero Simango. Fazendo igualmente a síntese destes 50 anos que passaram, o antropólogo Omar Ribeiro Thomaz da Universidade de Campinas no Brasil, apela a uma "celebração crítica". "A gente não pode deixar de lado que a revolução também foi marcada por um grande entusiasmo. Ou seja, paradoxalmente a esses expedientes autoritários, a própria Frelimo era objecto de imensa legitimidade junto à população. O Samora era um líder carismático e pelo menos uma parte da população pensava que valia a pena passar por esses imensos sacrifícios, se fosse para levar adiante um processo efectivamente revolucionário que promovesse uma melhoria da qualidade de vida da população moçambicana. Então nós vamos ter isso no primeiro período revolucionário, pelo menos até à morte do Presidente Samora. (…) No fim do regime de partido único em 1990 e 92, os acordos de paz, em 94, as primeiras eleições multipartidárias, a gente vai ter um período de grande entusiasmo da população moçambicana. Agora nós temos paz, Agora nós podemos trabalhar e agora nós podemos desenvolver o país. (…) Mas tem dois elementos do lado político. Eu acho que o assassinato do Carlos Cardoso no início dos anos 2000, o assassinato do Siba Siba no início dos anos 2000 e o massacre de Montepuez no início dos anos 2000, deixa claro que, do ponto de vista político, a Frelimo não admitia, embora nós tivéssemos uma situação de pluripartidarismo e de uma suposta imprensa livre, a Frelimo caminhava numa direcção francamente autoritária de não admitir formas de oposição mais incisivas", analisa o investigador. "A partir de 2004-2005, nós vamos ter os grandes projectos de desenvolvimento, grandes empresas, inclusive empresas brasileiras, vão se estabelecer em Moçambique. E novamente, você vai gerar grandes empresas de construção civil, empresas de exploração de rubi no norte de Moçambique, de carvão mineral na região central em Tete. O projecto Pró-Savana, que vai ser levado adiante, inclusive por brasileiros, que era a ideia de você transformar a savana numa espécie de grande plantação de soja, como foi feito na região Centro-Oeste do Brasil. Isso é vivido de maneira paradoxal pela população. Quer dizer, de um lado, evidentemente, esse tipo de transformação gera uma certa ansiedade, mas, por outro lado, a população se questiona afinal de contas, quando é que chega a riqueza? E de facto, as coisas não só não melhoram, como você começa a ter cada vez mais em Moçambique uma concentração de riqueza brutal, o surgimento de um novo riquismo absolutamente assustador", constata Omar Ribeiro Thomaz. Neste contexto, ao considerar que Moçambique se encontra num novo momento da sua História caracterizado por "uma grande frustração", o estudioso sublinha que "as independências dos países africanos devem ser celebradas. Nós devemos lembrar os pais fundadores de cada um desses países, com todas as suas contradições" e que "a independência foi uma conquista, não há a menor dúvida", mas que "ela não acabou em si mesma. Ela produziu determinados processos extremamente violentos também" e que é necessário "fazer uma celebração crítica de tudo isso que vem acontecendo em Moçambique".

Convidado
O Balanço dos herdeiros da independência de Moçambique

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 24, 2025 22:29


Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo quarto episódio desta digressão, evocamos o balanço que é feito hoje pelos herdeiros da luta de libertação. Neste dia 25 de Junho, Moçambique recorda os 50 anos da sua independência. Um aniversário que coincide com um momento político ainda marcado pelas recentes manifestações pós-eleitorais e a sua severa repressão. Num país cuja metade da população tem menos de 15 anos mas onde os recursos económicos não têm sido suficientes para responder a todas as necessidades, aumenta a frustração. Um sentimento que é tanto mais agudo que existe uma percepção nítida de que a corrupção, designadamente o caso das ‘dividas ocultas', tem condicionado o desenvolvimento do país. Uma questão que a RFI abordou com Teresa Boene, pesquisadora do Centro de Integridade Pública. "O nível de corrupção no país tem vindo a crescer. O Índice de Percepção da corrupção indica que de 2014 a 2024, o país regrediu em cerca de seis pontos. E este caso das ‘dívidas ocultas' é um dos maiores casos de corrupção no país, que teve repercussões internacionais e impactos severos na economia moçambicana. Impactos que foram evidentes na dívida pública, que cria uma pressão nas finanças públicas. Nós recentemente também lançamos um artigo que fala sobre o nível da dívida pública no país, que já supera um trilhão de meticais. E a descoberta das ‘dívidas ocultas' também minou a confiança dos credores internacionais, tendo cortado o apoio externo que Moçambique tinha. E isto levou para que o Governo tivesse que financiar o seu défice fiscal através de empréstimos internos, sendo que os encargos associados a esses são maiores. E isso cria uma pressão sobre as finanças públicas", constata a pesquisadora. "Para superar ou ultrapassar a situação que o país está a passar, há uma necessidade de se garantir a segurança e estabilidade. Qualquer economia não prospera em um ambiente de instabilidade e insegurança. Por outro lado, há uma necessidade de se lutar contra a corrupção, que também é um mal que deteriora a economia", preconiza Teresa Boene ao referir que o CIP também insiste na necessidade de se investir na indústria transformadora em Moçambique de modo a impulsionar "uma mais-valia" para os recursos de que o país dispõe. A insegurança que se faz sentir sob diversas formas e nomeadamente em Cabo Delgado, no extremo norte do país, tem condicionado a economia mas igualmente o próprio processo político do país, constata João Feijó, Investigador do Observatório do Meio Rural. "Esse conflito não tem fim à vista. Já passou por várias fases. Houve aquela fase inicial de expansão, depois houve o ataque a Palma, numa altura em que a insurgência controlava distritos inteiros de Mocímboa da Praia, grande parte de Macomia. Depois, a entrada dos ruandeses significou uma mudança de ciclo. Passaram a empurrar a insurgência de volta para as matas. Conseguiram circunscrevê-los mais ou menos em Macomia, mas não conseguiram derrotá-los. A insurgência consegue-se desdobrar e fazer ataques isolados. (…) Ali é preciso reformas políticas, mas que o governo insiste em negar. E então continuamos há quase oito anos neste conflito, neste impasse", lamenta o estudioso. Dércio Alfazema, activista moçambicano dos Direitos Humanos, considera que o país tem tido dificuldade em abstrair-se dos efeitos de 50 anos quase contínuos de conflitos e crises. "É muito difícil nós nos colocarmos como um exemplo do respeito dos Direitos Humanos num contexto em que estamos há 50 anos em ciclos permanentes de violência e violência extrema » refere o activista para quem « a questão dos Direitos Humanos ainda é um desafio. Constitucionalmente está estabelecido. Os políticos, sobretudo o Presidente da República, o actual, têm estado recorrentemente a chamar a atenção, mesmo para os militares, nas zonas de conflito, como Cabo Delgado, onde temos a situação de terrorismo. Ele tem estado a chamar a atenção para se respeitar a questão dos Direitos Humanos, mas assegurar que na íntegra, são preservados, é difícil não só para Moçambique como também para outras partes do mundo onde nós temos e temos estado a acompanhar essas situações de conflito", diz Dércio Alfazema. Questionado sobre a desconfiança induzida no seio da sociedade moçambicana por processos eleitorais marcados por suspeitas e fraude e violências, o activista considera que "ainda não há uma estrutura que garanta a confiança tanto dos actores políticos, do cidadão, da população, como também das próprias instituições. As instituições também têm documentado e nós vimos nessas últimas eleições o Conselho Constitucional a reportar que alguns partidos trouxeram editais falsos, mas reivindicavam o resultado com base nesses editais falsos. Então, ainda há muita falta de sensibilidade em relação aos processos políticos eleitorais e como é que estes processos contribuem para a forma como a gente se relaciona e para a estabilidade do país". Na óptica de João Feijó, assiste-se nestes últimos anos a uma tentativa de centralização do poder e o diálogo político em curso é uma miragem. "Desde o novo milénio até hoje, estamos a acelerar novamente as tentativas de centralização, de partidarização do Estado por via a garantir aquilo que se chama, na linguagem sociológica, de acumulação primitiva do capital", considera o estudioso que ao recordar que frequentemente surge a interrogação "se a oposição está preparada para governar". Na verdade, diz João Feijó, "a questão que se deve colocar é ao contrário : se a Frelimo está preparada para sair do poder. Neste momento que estamos agora a ter é um momento de fim de ciclo, de ilegitimidade crescente da Frelimo, em virtude das políticas que foram desencadeadas nos últimos anos, que fizeram aumentar a pobreza que de 2014-2015 passou de 47% para 60%. E estamos a falar de cerca de 20 milhões de pobres neste país". Céptico, o sociólogo também o é relativamente ao processo de diálogo encaminhado nestes últimos meses pelo partido no poder com restantes forças de oposição. "Isto é um teatrinho. É uma encenação para dar a ideia de que existe diálogo. Porque o principal actor que deveria participar no diálogo é o candidato mais votado pela oposição, que era Venâncio Mondlane, que está literalmente excluído deste acordo e nem sequer tem lá alguém que o represente. Então qualquer tentativa de diálogo alargado que não inclua este actor, aos olhos da população, é um acto ridículo. Em segundo lugar, porque ao mesmo tempo que se fala em diálogo, há toda uma perseguição política em relação a Venâncio Mondlane, com vista a fragilizá-lo politicamente", denuncia João Feijó. No mesmo sentido, a activista social Quitéria Guirengane não esconde a sua preocupação e considera que o país "dorme sobre uma bomba-relógio". "Assusta-me o facto de nós dormirmos por cima de uma bomba relógio, ainda que seja louvável que as partes todas estejam num esforço de diálogo. Também me preocupa que ainda não se sinta esforço para a reconciliação e para a reparação. Nós precisamos de uma justiça restauradora. E quando eu olho, eu sinto um pouco de vergonha e embaraço em relação a todas as famílias que dia e noite ligavam desde Outubro à procura de socorro", considera a militante feminista que ao evocar o processo de diálogo, diz que "criou algum alento sob o ponto de vista de que sairiam das celas os jovens presos políticos. No entanto, continuaram a prender mais. Continua a caça às bruxas nocturna". "Não é este Moçambique que nós sonhamos. Por muito divididos que a gente esteja, precisamos de pensar em construir mais pontes do que fronteiras. Precisamos pensar como nós nos habilitamos, porque nos últimos meses nos tornamos uma cidade excessivamente violenta", conclui a activista que esteve muito presente nestes últimos meses, prestando apoio aos manifestantes presos e seus familiares. Aludindo igualmente à frustração que se expressou nas marchas no final do ano passado e no começo de 2025, o antropólogo Omar Ribeiro Thomaz da Universidade de Campinas no Brasil recorda as palavras que ouviu de um jovem estudante da cidade da Beira, aquando de uma pesquisa de terreno em 2015. "Quando os portugueses estavam aqui, eles diziam que o colonialismo era para sempre. Aí veio a revolução e acabou com o colonialismo. Aí a revolução diz que o socialismo era para sempre. Mas aí morreu o Samora, veio o plano de reajuste estrutural e aí veio o fim do socialismo e começou o liberalismo. Aí o liberalismo virou neoliberalismo. Conta para mim, professor, quando é que o liberalismo acaba e o que vem depois?", cita o professor universitário rematando que "existe uma percepção na população moçambicana de que essa situação de degradação não pode ser para sempre e que isso vai ter que mudar". Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui:     A RFI conclui com uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que participaram com o seu testemunho e as suas sugestões na elaboração desta série. Um grande obrigada também ao correspondente da RFI em Maputo, Orfeu Lisboa, a Osvaldo Zandamela e a Erwan Rome que nos acompanharam nesta digressão.

Brasil de Fato Entrevista
#257 - Ailton Krenak: "Estou questionando o progresso em qualquer termo"

Brasil de Fato Entrevista

Play Episode Listen Later Jun 23, 2025 53:56


O BdF Entrevista desta segunda-feira (23) recebe o escritor Ailton Krenak para um papo sobre avanço da destruição ambiental, o impacto do desmonte feito por Bolsonaro no Estado brasileiro e seu primeiro ano como imortal da Academia Brasileira de Letras.

Guerra Fria
Todos os países que ajudaram os EUA podem sofrer represálias? A análise do ataque dos Estados Unidos ao Irão

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Jun 22, 2025 27:21


As últimas 24h foram decisivas para o mudar do rumo na guerra entre Israel e o Irão com a entrada direta dos Estados Unidos no conflito. O que é que está em jogo com este ataque? Nuno Rogeiro refere que o Pentágono defendeu esta acção com base na Lei de Poderes de Guerra, alegando tratar-se de uma resposta preventiva. O que é que isso significa na prática? Pondo os olhos para o leste da Europa, a Rússia e a China têm interesses na região, especialmente no estreito de Ormuz, vital para a China. Qualquer que seja o desfecho dos próximos capítulos, o mundo está alerta. O Guerra Fria foi exibido no dia 22 de junho na SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Para beber da Água do Reino de Deus tem que abrir mão da água do reino do mundo - Meditação Matinal 21/06/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 20:39


"Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da ÁGUA QUE EU LHE DER NUNCA TERÁ SEDE, porque a ÁGUA QUE EU LHE DER se fará nele uma fonte de água que salte para a Vida Eterna." João 4:13-14"Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai Celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" Lucas 11:13

O Homem Que Comia Tudo
Air fryer, um fogãozinho para toda a hora e para qualquer prato

O Homem Que Comia Tudo

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 6:25


Os gastrónomos desconhecem-na, os restaurantes acham-na inútil e os chefes modernos desprezam-na. Para os gourmets em geral, a airfryer continua a ser um brinquedo de tiktoker, um micro-ondas lento, um bocado de plástico feio.
Sucede que o resto do mundo tem uma ideia diferente. Ricardo Dias Felner incluído. Segundo o crítico, a air fryer expulsou o micro-ondas, transformou o forno num automóvel de garagem para fruir ao domingo e veio para ficar. Mas se calhar não contribui assim tanto para uma alimentação saudável como se diz. Ouça aqui mais um episódio do podcast 'O Homem que Comia Tudo'. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pautas Femininas
Amor-próprio em foco: como fortalecer a relação consigo mesma em qualquer fase da vida

Pautas Femininas

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 10:29


O mês de junho, marcado pelas celebrações do Dia dos Namorados, costuma reforçar a ideia de que felicidade está ligada a estar em um relacionamento com outra pessoa. Mas e o amor que cultivamos por nós mesmas, onde entra nessa equação? Nesta entrevista especial, vamos aprofundar um tema essencial: o amor-próprio. Com uma linguagem acessível e reflexiva, a conversa com a psicóloga Patrícia Mello propõe uma pausa para olhar para dentro e entender a importância de se cuidar emocionalmente.

Jones Manoel
Israel precisa sufocar qualquer iniciativa de denúncia do sionismo | Thiago Ávila

Jones Manoel

Play Episode Listen Later Jun 19, 2025 79:24


Thiago ÁvIla contou ao Farol Brasil sobre a missão humanitária através da Flotilha da Liberdade realiizada em Gaza. Ele disse que o silêncio do presidente Lula foi uma decepção.

BrilhoCast 10 - As 9 Tendências Disruptivas para Vender mais!
1650_5_PASSOS-PARA-FECHAR-QUALQUER-VENDA-_vendas-_vendedor

BrilhoCast 10 - As 9 Tendências Disruptivas para Vender mais!

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 2:47


5 PASSOS PARA FECHAR QUALQUERVENDA

Genial Podcast
Fabio Giambiagi na Conversa com Zé Márcio: Atual fragmentação política inviabiliza qualquer governo

Genial Podcast

Play Episode Listen Later Jun 14, 2025 46:01


Neste encontro entre o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, e o economista Fábio Giambiagi há uma análise crítica da crise fiscal brasileira. O especialista destaca o enfraquecimento da liderança do Executivo e a crescente fragmentação política - e como isso inviabiliza o funcionamento de qualquer governo, mesmo que haja alternância de poder. Ele aponta erros do governo na condução do IOF e a falta de articulação com o Congresso. Além disso, comenta as expectativas para a economia da Argentina. Não deixe de assistir!

PrevCast
COMO A CULTURA CERTA TRANSFORMA QUALQUER TIME | PÍLULAS DA PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

PrevCast

Play Episode Listen Later Jun 13, 2025 5:11


Bom dia! A pílula de hoje é sobre um tema que diferencia líderes medianos de líderes de verdade: a construção da cultura do time.Quer saber mais?Episódio completo aqui: PREVCAST 278. O QUE FAZ UM GRANDE LÍDER? [EVERTON MENTOR]

ChinaCast
691_Quanto custa importar da China no container compartilhado - China Gate Importação

ChinaCast

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 8:13


Ainda acha que importar da China é só para empresa rica? Então você precisa ouvir esse episódio! Direto do nosso armazém exclusivo em Yiwu, na China, Rodrigo Giraldelli fala, em detalhes, quanto custa fazer uma importação, mesmo começando com pouco capital, por meio do nosso serviço de container compartilhado. Você vai entender todos os custos envolvidos na operação e como você pode calculá-los para verificar a viabilidade da sua importação. Com os containers compartilhados você consegue importar em quantidades menores, dividindo as despesas fixas e o espaço de um container com outras importações, de forma legalizada e totalmente segura. Não tem valor mínimo e você não precisa ter uma grande empresa para começar! Qualquer empresa pode importar da China e você pode começar já. Este é o serviço que tem revolucionado a importação no Brasil e já ajudou mais de 5 mil importadores brasileiros nos últimos cinco anos: você compra de 1 ou mais fornecedores, envia tudo para o nosso armazém, e nós cuidamos do resto até sua carga chegar no seu endereço com nota fiscal e tudo 100% legalizado.

Estabilidade
Rápido, mas não de qualquer jeito

Estabilidade

Play Episode Listen Later Jun 11, 2025 3:26


Sobre Pedro (mais uma vez). Sobre nós (mais uma vez)

Papo de Líder
LIDERANÇA DE VERDADE - DIA 01 - LIDERANÇA NÃO É PARA QUALQUER UM ! Será que é pra você?

Papo de Líder

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025 104:40


Tem muita gente ocupando cargo de liderança.Mas poucos realmente estão liderando.E você sente isso na pele.Quando tudo depende de você...Quando o time trava sem seu empurrão...Quando a rotina consome sua energia e ninguém percebe...A verdade?Liderar de verdade exige mais do que esforço. Exige consciência, clareza e coragem.E é isso que eu trouxe na primeira aula do Desafio Liderança de Verdade.Uma aula direta, profunda e incômoda — pra quem cansou de improvisar e quer assumir um novo padrão de liderança.

Foca na Palavra
Dia do Senhor ⏳️ 06.06.2025

Foca na Palavra

Play Episode Listen Later Jun 9, 2025 7:44


O que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e da fruto, um produz cem, outro sessenta, e outro trinta. Não matarás, não roubarás, não adulterarás... Qualquer um, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar outros, será considerado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar outros, será considerado grande no reino dos céus. Eu afirmo que de toda ação terão de dar conta no Dia do Juízo. Pelas tuas ações serão justificados, e pelas tuas ações serão condenados.Mateus 13:23; 19:16-23; 5:19; 12:36-37; 24:29 Nada se pode fazer contra a verdade, mas somente a favor da verdade.2 Coríntios 6:7,10,14-16; 7:1; 8:9,11-14,21; 9:6,9; 10:3-6,11,18; 11:4-7,12-15; 12:14-16; 13:8 Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para relatar estas coisas aos povos. Eu sou a raiz e a geração de Davi (natural de Belém, na Palestina), a resplandecente estrela da manhã. Felizes os que praticam os seus mandamentos para que tenham direito a árvore da vida, e possam entrar na "cidade" pelas portas. Mas, ficarão de fora os cães imorais, e qualquer um que ama e comete mentira.Apocalipse 10:1-3; 18:4-5; 6:12-17; 20:1-2,12-15; 22:16,14-15 Art. 153. VII Art. 53. § 1º Art. 54. Art. 55. Art. 37. Art. 85. Art. 5º. XLIII; XLIV; DOS PARTIDOS POLÍTICOS: Art. 17. § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

Devocional Verdade para a Vida
Glorifique a Deus em seu corpo - 1 Coríntios 6.20

Devocional Verdade para a Vida

Play Episode Listen Later Jun 8, 2025 2:11


Glorifique a Deus em seu corpoPorque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. (1 Coríntios 6.20)“Adoração” é o termo que usamos para envolver todos os atos do coração, da mente e do corpo que expressam intencionalmente o infinito valor de Deus. É para isso que fomos criados.Não pense em cultos quando você pensa em adoração. Essa é uma enorme limitação que não está na Bíblia. Toda a vida deve ser adoração.Tomar café da manhã, por exemplo, ou lanchar no meio da manhã. 1 Coríntios 10.31 diz: “Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. Ora, comer e beber são as coisas mais básicas que você pode imaginar. O que poderia ser mais real e humano?Ou fazer sexo, por exemplo. Paulo diz que a alternativa à fornicação é a adoração:“Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Coríntios 6.18-20).Ou considere a morte como um exemplo final. Nós morreremos em nosso corpo. Na verdade, esse será o último ato do corpo nessa terra. O corpo dá o adeus. Como devemos adorar nesse último ato do corpo? Vemos a resposta em Filipenses 1.20-21. Paulo diz que sua esperança é que Cristo seja exaltado em seu corpo pela morte. Depois acrescenta: “Para mim... morrer é lucro”. Nós expressamos o infinito valor de Cristo na hora da morte, ao considerarmos a morte como lucro.Você tem um corpo. Mas ele não é seu. “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.Você está sempre em um templo. Sempre em adoração.

Café Brasil Podcast
Cafezinho 679 - Léo Lins e a política do medo

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 12:53


Já pensou em escolher de quem comprar sua energia? Economize até 30%, sem trocar nada em casa. Simples, digital e sustentável. Acesse conexaogreen.com e mude o jogo! No Cafezinho 679, revisitamos a trágica história de Marianne Kürchner, executada por ter contado uma piada na Alemanha nazista, para mostrar como o medo e a censura são armas poderosas dos regimes totalitários. O caso ecoa hoje, quando vemos humoristas perseguidos e a patrulha do riso ganhando autoridade. Cuidado: quando até uma piada vira crime, a liberdade começa a morrer. Qualquer semelhança com o caso Leo Lins não é coincidência. É a política do medo em ação. Ah, antes das piadinhas: os olhos avermelhados são consequência de um estado gripal que está me atormentando há dois dias. ..................................................................................................................................................................... MUNDO CAFÉ BRASIL: https://mundocafebrasil.com Curso Merdades e Ventiras - Como se proteger da mídia que faz sua cabeça? https://merdadeseventiras.com.br/curso/ Conheça o Podcast Café com Leite: https://portalcafebrasil.com.br/todos/cafe-com-leite/ Instagram: https://www.instagram.com/lucianopires/ Para conhecer minhas palestras: https://lucianopires.com.br Vem dar uma olhada na nossa loja: https://lucianopires.com.br/loja Edição e animação: Daniel Pires ....................................................................................................................................................................

Cafezinho Café Brasil
Cafezinho 679 - Léo Lins e a política do medo

Cafezinho Café Brasil

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 12:53


Já pensou em escolher de quem comprar sua energia? Economize até 30%, sem trocar nada em casa. Simples, digital e sustentável. Acesse conexaogreen.com e mude o jogo! No Cafezinho 679, revisitamos a trágica história de Marianne Kürchner, executada por ter contado uma piada na Alemanha nazista, para mostrar como o medo e a censura são armas poderosas dos regimes totalitários. O caso ecoa hoje, quando vemos humoristas perseguidos e a patrulha do riso ganhando autoridade. Cuidado: quando até uma piada vira crime, a liberdade começa a morrer. Qualquer semelhança com o caso Leo Lins não é coincidência. É a política do medo em ação. Ah, antes das piadinhas: os olhos avermelhados são consequência de um estado gripal que está me atormentando há dois dias. ..................................................................................................................................................................... MUNDO CAFÉ BRASIL: https://mundocafebrasil.com Curso Merdades e Ventiras - Como se proteger da mídia que faz sua cabeça? https://merdadeseventiras.com.br/curso/ Conheça o Podcast Café com Leite: https://portalcafebrasil.com.br/todos/cafe-com-leite/ Instagram: https://www.instagram.com/lucianopires/ Para conhecer minhas palestras: https://lucianopires.com.br Vem dar uma olhada na nossa loja: https://lucianopires.com.br/loja Edição e animação: Daniel Pires ....................................................................................................................................................................

Gabinete de Guerra
“Israel deixa claro que reagirá a qualquer ataque”

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Jun 5, 2025 10:55


Jorge Rodrigues afirma que retaliação de Israel à Síria é forma de marcar posição. Garante que convite a Zelensky para participar na cimeira da NATO mostra que adesão da Ucrânia não está afastada.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Portugalex
Ventura cita Lampedusa ou um chinês qualquer

Portugalex

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 3:08


Como se chama o líder da Iniciativa Liberal?

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo
Quando o sobrenome pesa mais que qualquer crime

Alexandre Garcia - Vozes - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later Jun 3, 2025 5:14


Alexandre Garcia comenta a ida de Lindbergh Farias à PF para reforçar denúncias contra Eduardo Bolsonaro, apontado por tentar influenciar os EUA contra Alexandre de Moraes. Destaca o início dos interrogatórios de Bolsonaro e militares, incluindo Braga Netto, preso desde dezembro. Critica a convocação do ex-presidente para depor sobre o próprio filho, lembrando que o Código Penal permite recusa. Aborda ainda o escândalo de R$ 6,6 bilhões desviados de aposentados, com poucos valores bloqueados. E alerta para a atuação do crime organizado com apoio político e lavagem de dinheiro via apostas online.

Emissão Especial
Gil Azevedo: “Estamos abertos a receber qualquer start-up”

Emissão Especial

Play Episode Listen Later Jun 2, 2025 6:21


Gil Azevedo explica que a Fábrica de Unicórnios quer ser o maior incentivo para as pequenas empresas. O diretor da Fábrica de Unicórnios admite que todas as start-up são bem vindas. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Missionário RR Soares
Deus pode restaurar qualquer situação

Missionário RR Soares

Play Episode Listen Later May 31, 2025 1:07


O Altíssimo tem o poder de transformar qualquer parte da nossa vida que precisa de mudança, se estivermos dispostos a ser moldados.

Reconversa
Tabata com Reinaldo e Walfrido: regulação das redes, política, crime e democracia | Reconversa 94

Reconversa

Play Episode Listen Later May 29, 2025 100:19


A deputada Tabata Amaral, do PSB de SP, é coautora de um projeto de regulação das redes que combate as ações criminosas e nada tem a ver com censura. Sob o pretexto de garantir a liberdade de expressão, a turma do vale-tudo alvejou o texto. Mas ela não desiste. Nascida em novembro de 1993, em seu segundo mandato, integra a bancada minoritária de apenas 25 deputados eleitos em 2022 na faixa entre 21 e 30 anos. Ela assente, no entanto, com a tese de que juventude não é categoria de pensamento e de que as ideias velhas também podem povoar a cabeça dos jovens. A deputada faz ainda um alerta sobre o que já não é mais só um espectro a rondar o país, mas uma realidade concreta: o crime organizado se infiltra em esferas do Estado e da disputa eleitoral, e combatê-lo é uma prioridade. Qualquer que seja a configuração política de 2026, Tabata assegura: estará alinhada com o campo progressista. Eis uma jovem parlamentar que lê o presente à luz da história, em dias um tanto estranhos, em que, no pior sentido da expressão, alguns contemporâneos já nascem póstumos. Não perca.

Noticiário Nacional
17h Emigração: PS pode não eleger qualquer deputado

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later May 28, 2025 15:51


Jones Manoel
“Não é possível qualquer conciliação com o arcabouço” | Tarcísio Motta

Jones Manoel

Play Episode Listen Later May 28, 2025 58:27


Tarcísio Motta afirmou que Eduardo Paes é de direita e se aproveita da presença da extrema direita no Rio, ele também falou sobre o novo teto de gastos, dizendo que não é possível qualquer conciliação com o arcabouço.

O Homem Que Comia Tudo
Como escolher um restaurante? Ricardo Dias Felner tem 10 conselhos universais para saber sempre onde comer em qualquer parte do mundo

O Homem Que Comia Tudo

Play Episode Listen Later May 22, 2025 6:24


Numa viagem à China, Ricardo Dias Felner conheceu um rapaz que lhe pediu ajuda para escolher um restaurante. Aqui ficam 10 dicas para saber escolher o local da sua próxima refeição em qualquer parte do globo. Algumas destas dicas parecem senso comum, mas será que pensamos nelas quando estamos prestes a entrar no local?See omnystudio.com/listener for privacy information.

Governo do Estado de São Paulo
Defesa Civil - Quinta-feira 22/05, a passagem de uma frente fria pelo Estado causa chuva, fraca a moderada, em toda a faixa leste, a qualquer hora do dia

Governo do Estado de São Paulo

Play Episode Listen Later May 21, 2025 1:04


Defesa Civil - Quinta-feira 22/05, a passagem de uma frente fria pelo Estado causa chuva, fraca a moderada, em toda a faixa leste, a qualquer hora do dia by Governo do Estado de São Paulo

Brasil de Fato Entrevista
#234 - Altay de Souza: "Qualquer um está suscetível ao vício em bets"

Brasil de Fato Entrevista

Play Episode Listen Later May 21, 2025 43:22


Os brasileiros destinam R$ 30 bilhões todo mês para apostas online. Se antigamente era necessário ir a um cassino ou bingo para jogar, hoje as plataformas de apostas estão disponíveis para todos o tempo todo pelo celular. O psicólogo e pesquisador Altay de Souza estuda o fenômeno há anos e conta que a própria maneira como nosso cérebro funciona é terreno fértil para o vício em apostas. E que qualquer um, independente da escolaridade, está suscetível a cair nessa armadilha.

JORNAL DA RECORD
15/05/2025 | 4ª Edição: Cidade de São Paulo amplia a vacinação contra a gripe na próxima semana

JORNAL DA RECORD

Play Episode Listen Later May 16, 2025 6:13


Confira nesta edição do JR 24 Horas: A cidade de São Paulo vai ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população a partir de segunda-feira (19). Qualquer pessoa com mais de seis meses de idade vai poder procurar uma das 479 unidades de saúde para se vacinar contra a Influenza, o vírus causador da gripe. O horário é das 07h às 19h. Segundo a Secretaria da Saúde, além de prevenir a doença, a imunização também evita o agravamento de problemas respiratórios principalmente nessa época mais fria do ano. E ainda: Desmatamento no Brasil cai mais de 32% em 2024.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
No Reino de Deus não há dupla cidadania - Meditação Matinal 15/05/2025

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later May 15, 2025 27:59


Confira isso nos seguintes textos:Quem pratica o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus Se manifestou: Para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não permanece em pecado; porque a Sua Semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.I João 3:8-9Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é Vida e Paz.Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle.Romanos 8:5-9

Vichyssoise
"Qualquer campanha tem altos e baixos"

Vichyssoise

Play Episode Listen Later May 15, 2025 19:58


Rui Tavares fala de filha, algo raro, na entrevista feita por Rui Pedro Antunes na noite de 12 de maio. O líder do Livre acredita num reforço da bancada e pode ser um dos vencedores de 18 de maio.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiário Nacional
22h Montenegro: governar, qualquer que seja a dimensão da vitória

Noticiário Nacional

Play Episode Listen Later May 15, 2025 10:38


15 Minutos - Gazeta do Povo
Os desafios do papa Leão XIV

15 Minutos - Gazeta do Povo

Play Episode Listen Later May 14, 2025 22:13


Vote no 15 Minutos no prêmio ibest https://premioibest.vote/747571429*) Qualquer papado inicia com uma série de desafios. Quais seriam os maiores de Leão XIV?Na avaliação do jornalista Marcio Campos, editor aqui da Gazeta do Povo, que tem uma coluna semanal sobre assuntos relacionados à Igreja Católica, o grande desafio do novo pontífice é conseguir unidade em uma Igreja dividida. Além disso, Leão XIV assume uma Igreja com problemas administrativo-financeiros. Sem contar nos papeis próprios de um chefe de estado, em um mundo com guerras e conflitos em andamento. Esse episódio do podcast 15 Minutos fala sobre os grandes desafios do Papa Leão XIV. O convidado é o jornalista Marcio Campos, que escreveu sobre o tema na coluna semanal aqui na Gazeta do Povo. 

Embolada
GE SPORT #6 - Lanterna e pressionado, Sport precisa "vencer ou vencer" o Fortaleza

Embolada

Play Episode Listen Later Apr 24, 2025 38:07


O Sport entra na sexta rodada do Brasileirão na lanterna e sem ter vencido. Ou seja, só a vitória interessa contra o Fortaleza, com o time jogando na Ilha do Retiro para, enfim, acordar na Série A. Qualquer outro resultado pode causar a interrupção do trabalho do técnico Pepa, ameaçado no cargo pelo péssimo início de campeonato. Neste episódio do GE Sport, Cabral Neto e Daniel Leal debatem os ajustes que precisam ser feitos no Leão, as estratégias contra o Fortaleze e mais.

Os Economistas Podcast
COMO QUALQUER PESSOA PODE TER UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS NOS ESTADOS UNIDOS | Os Economistas 167

Os Economistas Podcast

Play Episode Listen Later Apr 22, 2025 92:57


ASSINE A FINCLASS COM 50% OFF - https://finc.ly/432d41348aNEWSLETTER DA FINCLASS - FIQUE BEM INFORMADO SOBRE O MERCADO FINANCEIRO - https://finc.ly/ed4d061119Você sabia que qualquer pessoa — mesmo morando no Brasil — pode montar uma carteira de investimentos nos Estados Unidos?Neste episódio do "Os Economistas", vamos te mostrar como investir no exterior de forma simples, legal e acessível, através de ETFs, um dos melhores instrumentos para quem quer diversificar com pouco dinheiro.Se você quer proteger seu patrimônio, buscar novas oportunidades ou simplesmente começar a dolarizar seus investimentos, este episódio é para você!

Horizonte de Eventos
Horizonte de Eventos - Episódio 70 - Encontramos Vida No Universo?

Horizonte de Eventos

Play Episode Listen Later Apr 18, 2025 74:10


Em 2023, cientistas anunciaram ter identificado provisoriamente o gás sulfeto de dimetila – uma possível bioassinatura de vida – na atmosfera de K2-18b, um exoplaneta a 124 anos-luz de distância. Em 17 de abril de 2025, cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, anunciaram ter encontrado o gás novamente com o Telescópio Espacial Webb , mas desta vez com um sinal mais forte. Eles afirmaram que o sulfeto de dimetila parece ser milhares de vezes mais abundante em K2-18b do que na Terra. No entanto, mais dados são necessários para confirmar completamente sua presença e se ele está conectado à vida... ou não. E muitos cientistas ainda estão céticos.K2-18b é um mundo super-Terra ou sub-Netuno , orbitando na zona habitável – onde poderia existir água líquida – de sua estrela. Sua classificação exata também ainda é motivo de debate entre os cientistas, o que tem grande influência na descoberta relatada. Ele tem cerca de 8,6 vezes mais massa e 2,6 vezes mais massa que a Terra, e orbita uma estrela anã vermelha a cerca de 124 anos-luz de distância.Quando os cientistas anunciaram a possível detecção de sulfeto de dimetila (DMS) em setembro de 2023, usando o Telescópio Espacial Webb, a notícia gerou muita discussão. Foi uma descoberta potencialmente empolgante, sem dúvida. O gás é uma bioassinatura em potencial , um traço químico, molecular ou de outra natureza de vida biológica. Mas a detecção foi fraca e longe de ser conclusiva. Os astrônomos precisariam observar o planeta novamente com o Webb para tentar determinar se o gás realmente estava lá ou não.Nikku Madhusudhan , astrofísico da Universidade de Cambridge, participou da pesquisa anterior e é o autor principal do artigo sobre as descobertas mais recentes.Uma grande surpresa dos resultados é a quantidade aparente de sulfeto de dimetila na atmosfera do planeta. Se os resultados forem precisos – e ainda precisam ser confirmados – então o K2-18b tem milhares de vezes mais gás em sua atmosfera do que a Terra. Na Terra, é menos de uma parte por bilhão. Mas no K2-18b, estima-se que seja de 10 partes por milhão.As novas observações revelaram a existência provisória de um gás semelhante, o dissulfeto de dimetila . Ambas as moléculas pertencem à mesma família química e podem ser potenciais bioassinaturas.Na Terra, organismos marinhos como o plâncton produzem quase todo o sulfeto de dimetila. Mas ele também pode se formar sem vida e foi detectado em cometas e nuvens de gás no espaço. Portanto, sua presença, por si só, não é garantia de vida. Pelo menos ainda não.Alguns estudos sugerem que K2-18b é um mundo Hiceano , um planeta rochoso coberto por um oceano global, mas com uma atmosfera de hidrogênio. Poderia ser semelhante à Terra em alguns aspectos, mas também completamente alienígena. Como Madhusudhan observou:Trabalhos teóricos anteriores previram a possibilidade de altos níveis de gases à base de enxofre, como sulfeto de dimetila e dissulfeto de dimetila, em planetas hiceanos. E agora observamos isso, em linha com o que foi previsto.Mas mesmo isso ainda é motivo de debate entre os cientistas. Outros estudos afirmam que ele pode ter um oceano de magma quente, ou ser mais como um subnetuno, com uma atmosfera profunda e densa, sem superfície sólida ou oceano. Qualquer que seja o cenário correto, é claro, tem implicações diretas para a possibilidade de vida em K2-18b.Madhusudhan fez uma declaração forte no comunicado de imprensa de Cambridge, dizendo:Considerando tudo o que sabemos sobre este planeta, um mundo Hiceano com um oceano repleto de vida é o cenário que melhor se ajusta aos dados que temos.Mas, ao mesmo tempo, ele reconhece que mesmo os novos resultados são preliminares e estão abertos ao debate, dizendo:É importante que sejamos profundamente céticos em relação aos nossos próprios resultados, porque só testando e testando novamente conseguiremos chegar ao ponto em que tenhamos confiança neles. É assim que a ciência tem que funcionar.

Palavra Amiga do Bispo Macedo
Somente a blasfêmia contra o Espírito Santo não tem perdão - Meditação Matinal 15/04/25

Palavra Amiga do Bispo Macedo

Play Episode Listen Later Apr 15, 2025 37:08


"Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; Qualquer, porém, que BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO, NUNCA OBTERÁ PERDÃO, MAS É CULPADO DO ETERNO JUÍZO." Marcos 3:28-29

Explicador
Crescimento do Chega é vitória a qualquer custo?

Explicador

Play Episode Listen Later Apr 9, 2025 12:17


Felicidade Vital (CH) acredita que qualquer resultado que provoque um crescimento do Chega é uma vitória. Francisco Paupério (LIVRE) acusa o partido de Ventura de fazer política com base na mentira.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Helfimed
Ep. 336 - Falar de comédia nunca tem piada...

Helfimed

Play Episode Listen Later Apr 5, 2025 46:53


Hoje converso com o Miguel Neves (https://www.instagram.com/migueljaneves/) e falamos sobre medos passados e sobre comédia e a minha filha conta uma anedota...——————————————————00:00 - Introdução00:54 - Quem é o Miguel Neves?02:07 - Comediante de comediantes07:11 - Qualquer pessoa consegue fazer stand-up?18:08 - Diferentes tipos de comédia21:51 - Limites do humor23:11 - Medos do passado29:39 - Quando a atuação corre mal36:38 - Medos atuais39:21 - A minha filha conta uma anedota40:42 - Fazer stand-up em inglês e Tik Tok46:19 - Conclusão

Histórias para ouvir lavando louça
Meu marido desapareceu na fronteira dos EUA e nunca mais retornou

Histórias para ouvir lavando louça

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 10:41


A vida de Razan nunca mais foi a mesma desde que o marido partiu para os EUA e desapareceu na travessia.Desde então, tudo pesa sobre os ombros dela: três filhos para criar sozinha, um pequeno restaurante que abre aos fins de semana e a luta diária para pagar as contas, fora o fato de não ter tido oportunidade de se despedir. Mas Razan já sobreviveu à guerra na Síria. Ela sabe que não pode parar.A Síria se tornou inviável para viver, então fugir não era escolha, era necessidade. Mesmo Razan não querendo, o plano era ir para a França com o marido. Os dois não tinham filhos ainda.Mas no aeroporto, no Líbano, os sírios foram impedidos de embarcar. Tudo que tinham foi perdido naquelas passagens. Sem saída, o marido encontrou um destino inesperado: o Brasil. Razan não queria vir. Não falava português, não conhecia ninguém. Mas não havia opção.A adaptação foi dura. Um dia, sem geladeira suficiente para guardar a comida que preparou, uma vizinha sugeriu que vendessem. No final do dia, Razan tinha dinheiro na mão e uma esperança nova. Ali ela começou a cozinhar, postar nas redes sociais e, pouco a pouco, conseguiu clientes. Quando abriu a garagem para vender seus pratos, uma fila se formou na porta de casa. Pela primeira vez, ela sentiu que poderia recomeçar.Mas então veio o golpe. Seu marido decidiu ir para os EUA visitar a família. Tentou o visto, mas foi negado. Escolheu a travessia ilegal. A última ligação veio quando ele estava perto da fronteira. Mostrou o rio que atravessaria. Disse que ligaria em dez minutos. E nunca mais ligou.Foram 54 dias de desespero. O celular nunca saía da mão. Qualquer barulho de notificação era um salto no peito. Até que veio a confirmação: ele morreu e foi enterrado com outros 18 em uma cova coletiva, sem nome, sem despedida.Desde então, tudo recai sobre ela. O restaurante ainda abre, mas as contas não fecham. Porque agora, tudo depende dela. Razan não quer ser engolida pela tragédia. O sonho dela continua. Porque cozinhar sempre foi o que a manteve de pé.Para ajudar a Razan, você pode frequentar seu restaurante de comida árabe, que fica na Rua Dr Mário Vicente, 379, Ipiranga. O restaurante funciona aos fins de semana. Para reservas e pedidos, mande uma mensagem no Whatsapp 11 99880.8496.

NerdCast
NerdCast 971 - Qual é a pauta? Mordomos, pets e secagem natural

NerdCast

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 93:32


Qual é a pauta, nerds? Bichinhos de estimação fofinhos e bonitinhos, o passado de Pedro Duarte como encantador de pets, a nova cachorrinha do Sr.K e como vivem os ricos e seus mordomos. LISTERINE Aceite o desafio 21 dias LISTERINE® 5x : Sua boca mais limpa ou seu dinheiro de volta: https://jovemnerd.page.link/Listerine_21_dias_NerdCast *Comparado com apenas uso da escovação e fio dental. Ação válida de 17/02/2025 a 18/05/2025 ou até que se alcance o valor máximo em pedidos de reembolso previsto em regulamento, o que ocorrer primeiro. Para mais informações, consulte condições e regulamento completo em https://jovemnerd.page.link/Listerine_21_dias_NerdCast. O reembolso será correspondente ao valor de produtos comprados, sujeito ao limite de até R$60 (sessenta reais) por CPF, desde que atendido o regulamento. ** Dados clínicos de redução de placa acima da linha da gengiva após profilaxia, uso complementar à escovação e fio dental. NETSHOES Confira seu novo estilo no Aniversário Netshoes: https://jovemnerd.page.link/Netshoes_Aniversario_NerdCast NERDSTORE Confira o Mês do Consumidor na NerdStore: https://jovemnerd.page.link/NerdStore_Mes_Consumidor_NerdCast PEDIDOS DE DOAÇÃO Pedido de Doação URGENTE de Medula Óssea para Silvana Regina Juliani - Doações nas unidades: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: R. Dr. Cesário Mota Júnior, 112 - Vila Buarque, São Paulo | Hospital São Paulo - Hospital Universitário UNIFESP: Napoleão de Barros, 715 - Vila Clementino, São Paulo. A doação de medula é um processo simples mas muitas pessoas desconhecem. Qualquer pessoa saudável entre 18 e 35 anos pode doar.  Pedido de Doação de Sangue URGENTE para Pedro Henrique Santos Rodrigues - Local: Hemonúcleo Costa Verde, R. Japoranga, 1700 - 2º andar - Japuíba, Angra dos Reis - RJ. Pedido de Doação de Sangue URGENTE para Antônia Alvina Celina da Silva internada na Santa Casa SP. Tipo sanguíneo -A e outros. Local: Rua Marquês de Itu, 579 - Vila Buarque, São Paulo. CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  E-MAILS Mande suas críticas, elogios, sugestões e caneladas para nerdcast@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store ARTE DA VITRINE: Randall Random Baixe a versão Wallpaper da vitrine EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA

Trip FM
Regina Casé, 71 e acelerando!

Trip FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025


A atriz e apresentadora fala sobre família, religião, casamento e conta pra qual de seus tantos amigos ligaria de uma ilha deserta Regina Casé bem que tentou não comemorar seu aniversário de 71 anos, celebrado no dia 25 de fevereiro. Mas o que seria um açaí com pôr do sol na varanda do Hotel Arpoador se transformou em um samba que só terminou às 11 horas da noite em respeito à lei do silêncio. "Eu não ia fazer nada, nada, nada mesmo. Mas é meio impossível, porque todo mundo fala: vou passar aí, vou te dar um beijo", contou em um papo com Paulo Lima. A atriz e apresentadora tem esse talento extraordinário pra reunir as pessoas mais interessantes à sua volta. E isso vale para seu círculo de amigos, que inclui personalidades ilustres como Caetano Veloso e Fernanda Torres, e também para os projetos que inventa na televisão, no teatro e no cinema.  Inventar tanta coisa nova é uma vocação que ela herdou do pai e do avô, pioneiros no rádio e na televisão, mas também uma necessidade. “Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje me atrapalha. Mas, ao mesmo tempo, eu tive que ser tão autoral. Eu não ia ser a mocinha na novela, então inventei um mundo para mim. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto”, afirma. No teatro, ao lado de artistas como o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Luiz Fernando Guimarães e Patrícia Travassos, ela inventou o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que revolucionou a cena carioca nos anos 1970. Na televisão, fez programas como TV Pirata, Programa Legal e Brasil Legal. "Aquilo tudo não existia, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali”, conta. LEIA TAMBÉM: Em 1999, Regina Casé estampou as Páginas Negras da Trip De volta aos cinemas brasileiros no fim de março com Dona Lurdes: O Filme, produção inspirada em sua personagem na novela Amor de Mãe (2019), Regina bateu um papo com Paulo Lima no Trip FM. Na conversa, ela fala do orgulho de ter vindo de uma família que, com poucos recursos e sem faculdade, foi pioneira em profissões que ainda nem tinham nome, do título de “brega” que recebeu quando sua originalidade ainda não era compreendida pelas colunas sociais, de sua relação com a religião, da dificuldade de ficar sozinha – afinal, “a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito” –, do casamento de 28 anos com o cineasta Estêvão Ciavatta, das intempéries e milagres que experimentou e de tudo o que leva consigo. “Eu acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do Eu Tu Eles, que ficou com os três maridos”, afirma. “A vida vai passando e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins”. Uma das figuras mais admiradas e admiráveis do país, ela ainda revela para quem ligaria de uma ilha deserta e mostra o presente de aniversário que ganhou da amiga Fernanda Montenegro. Você pode conferir esse papo a seguir ou ouvir no Spotify do Trip FM.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d446165a3ce/header-regina-interna.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Trip. Além de atriz, você é apresentadora, humorista, escritora, pensadora, criadora, diretora… Acho que tem a ver com uma certa modernidade que você carrega, essa coisa de transitar por 57 planetas diferentes. Como é que você se apresentaria se tivesse que preencher aquelas fichas antigas de hotel? Regina Casé. Até hoje ponho atriz em qualquer coisa que tenho que preencher, porque acho a palavra bonita. E é como eu, vamos dizer, vim ao mundo. As outras coisas todas vieram depois. Mesmo quando eu estava há muito tempo sem atuar, eu era primeiramente uma atriz. E até hoje me sinto uma atriz que apresenta programas, uma atriz que dirige, uma atriz que escreve, mas uma atriz. Você falou numa entrevista que, se for ver, você continua fazendo o mesmo trabalho. De alguma maneira, o programa Brasil Legal, a Val de "Que Horas Ela Volta", o grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe o Trombone" ou agora esse programa humorístico tem a mesma essência, um eixo que une tudo isso. Encontrei entrevistas e vídeos maravilhosos seus, um lá no Asdrúbal, todo mundo com cara de quem acabou de sair da praia, falando umas coisas muito descontraídas e até mais, digamos assim, sóbrias. E tem um Roda Viva seu incrível, de 1998. Eu morro de pena, porque também o teatro que a gente fazia, a linguagem que a gente usava no Asdrúbal, era tão nova que não conseguiu ser decodificada naquela época. Porque deveria estar sendo propagada pela internet, só que não havia internet. A gente não tem registros, não filmava, só fotografava. Comprava filme, máquina, pagava pro irmão do amigo fazer aquilo no quarto de serviço da casa dele, pequenininho, com uma luz vermelha. Só que ele não tinha grana, então comprava pouco fixador, pouco revelador, e dali a meses aquilo estava apagado. Então, os documentos que a gente tem no Asdrúbal são péssimos. Fico vendo as pouquíssimas coisas guardadas e que foram para o YouTube, como essa entrevista do Roda Viva. Acho que não passa quatro dias sem que alguém me mande um corte. "Ah, você viu isso? Adorei!". Ontem o DJ Zé Pedro me mandou um TED que eu fiz, talvez o primeiro. E eu pensei: "Puxa, eu falei isso, que ótimo, concordo com tudo". Quanta coisa já mudou no Brasil, isso é anterior a tudo, dois mil e pouquinho. E eu fiquei encantada com o Roda Viva, eu era tão novinha. Acho que não mudei nada. Quando penso em mim com cinco anos de idade, andando com a minha avó na rua, a maneira como eu olhava as pessoas, como eu olhava o mundo, é muito semelhante, se não igual, a hoje em dia.  [VIDEO=https://www.youtube.com/embed/rLoqGPGmVdo; CREDITS=; LEGEND=Em 1998, aos 34 anos, Regina Casé foi entrevistada pelo programa Roda Viva, da TV Cultura; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b0ede6d3/1057x749x960x540x52x40/screen-shot-2025-03-14-at-180926.png] O Boni, que foi entrevistado recentemente no Trip FM, fala sobre seu pai em seu último livro, “Lado B do Boni”, como uma das pessoas que compuseram o que ele é, uma figura que teve uma relevância muito grande, inclusive na TV Globo. Conta um pouco quem foi o seu pai, Regina. Acho que não há Wikipedia que possa resgatar o tamanho do meu pai e do meu avô. Meu avô é pioneiríssimo do rádio, teve um dos primeiros programas de rádio, se não o primeiro. Ele nasceu em Belo Jardim, uma cidadezinha do agreste pernambucano, do sertão mesmo. E era brabo, criativo demais, inteligente demais, e, talvez por isso tudo, impaciente demais, não aguentava esperar ninguém terminar uma frase. Ele veio daquele clássico, com uma mão na frente e outra atrás, sem nada, e trabalhou na estiva, dormiu na rua até começar a carregar rádios. Só que, nos anos 20, 30, rádios eram um armário de madeira bem grandão. Daí o cara viu que ele era esperto e botou ele para instalar os rádios na casa das pessoas. Quando meu avô descobriu que ninguém sabia sintonizar, que era difícil, ele aprendeu. E aí ele deixava os rádios em consignação, botava um paninho com um vasinho em cima, sintonizado, funcionando. Quando ele ia buscar uma semana depois, qualquer um comprava. Aí ele disparou como vendedor dos rádios desse cara que comprava na gringa e começou a ficar meio sócio do negócio. [QUOTE=1218] Mas a programação toda era gringa, em outras línguas. Ele ficava fascinado, mas não entendia nada do que estava rolando ali. Nessa ele descobriu que tinha que botar um conteúdo ali dentro, porque aquele da gringa não estava suprindo a necessidade. Olha como é parecido com a internet hoje em dia. E aí ele foi sozinho, aquele nordestino, bateu na Philips e falou que queria comprar ondas curtas, não sei que ondas, e comprou. Aí ele ia na farmácia Granado e falava: "Se eu fizer um reclame do seu sabão, você me dá um dinheiro para pagar o pianista?". Sabe quem foram os dois primeiros contratados dele? O contrarregra era o Noel Rosa, e a única cantora que ele botou de exclusividade era a Carmen Miranda. Foram os primeiros empregos de carteira assinada. E aí o programa cresceu. Começava de manhã, tipo programa do Silvio, e ia até de noite. Chamava Programa Casé.  E o seu pai? Meu avô viveu aquela era de ouro do rádio. Quando sentiu que o negócio estava ficando estranho, ele, um cara com pouquíssimos recursos de educação formal, pegou meu pai e falou: "vai para os Estados Unidos porque o negócio agora vai ser televisão". Ele fez um curso, incipiente, para entender do que se tratava. Voltou e montou o primeiro programa de televisão feito aqui no Rio de Janeiro, Noite de Gala. Então, tem uma coisa de pioneirismo tanto no rádio quanto na televisão. E meu pai sempre teve um interesse gigante na educação, como eu. Esse interesse veio de onde? Uma das coisas que constituem o DNA de tudo o que fiz, dos meus programas, é a educação. Um Pé de Quê, no Futura, o Brasil Legal e o Programa Legal, na TV Globo… Eu sou uma professora, fico tentando viver as duas coisas juntas. O meu pai tinha isso porque esse meu avô Casé era casado com a Graziela Casé, uma professora muito, mas muito idealista, vocacionada e apaixonada. Ela trabalhou com Anísio Teixeira, Cecília Meireles, fizeram a primeira biblioteca infantil. Meu pai fez o Sítio do Picapau Amarelo acho que querendo honrar essa professora, a mãe dele. Quando eu era menina, as pessoas vinham de uma situação rural trabalhar como domésticas, e quase todas, se não todas, eram analfabetas. A minha avó as ensinava a ler e escrever. Ela dizia: "Se você conhece uma pessoa que não sabe ler e escrever e não ensina para ela, é um crime". Eu ficava até apavorada, porque ela falava muito duramente. Eu acho que sou feita desse pessoal. Tenho muito orgulho de ter vindo de uma família que, sem recursos, sem universidade, foi pioneira na cidade, no país e em suas respectivas... Não digo “profissões” porque ainda nem existiam suas profissões. Eu tento honrar.  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49d1e03df5/header-regina-interna6.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, a atriz e apresentadora estampou as Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Você tem uma postura de liderança muito forte. Além de ter preparo e talento, você tem uma vocação para aglutinar, juntar a galera, fazer time. Por outro lado, tem essa coisa da atriz, que é diferente, talvez um pouco mais para dentro. Você funciona melhor sozinha ou como uma espécie de capitã, técnica e jogadora do time? Eu nasci atriz dentro de um grupo. E o Asdrúbal trouxe o Trombone não era só um grupo. Apesar do Hamilton Vaz Pereira ter sido sempre um autor e um diretor, a gente criava coletivamente, escrevia coletivamente, improvisava. Nunca consegui pensar individualmente, e isso até hoje é uma coisa que me atrapalha. Todo mundo fala: "escreve um livro". Eu tenho vontade, mas falo que para escrever um livro preciso de umas 10 pessoas de público, todo mundo junto. Sou tão grupal que é difícil. Ao mesmo tempo, eu tive que ser muito autoral. Eu, Tu, Eles foi a primeira vez que alguém me tirou para dançar. Antes eu fiz participações em muitos filmes, mas foi a primeira protagonista. Quase tudo que fiz fui eu que tive a ideia, juntei um grupo, a gente escreveu junto. Então, eu sempre inventei um mundo para mim. No teatro eu não achava lugar para mim, então tive que inventar um, que era o Asdrúbal. Quando eu era novinha e fui para a televisão, eu não ia ser a mocinha na novela. Então fiz a TV Pirata, o Programa Legal, o Brasil Legal. Aquilo tudo não existia na televisão, mas eu tive que primeiro inventar para poder me jogar ali. Eu sempre me acostumei não a mandar, mas a ter total confiança de me jogar.  E nos trabalhos de atriz, como é? No Asdrúbal eu me lembro que uma vez eu virei umas três noites fazendo roupa de foca, que era de pelúcia, e entupia o gabinete na máquina. Eu distribuía filipeta, colava cartaz, pregava cenário na parede. Tudo, todo mundo fazia tudo. É difícil quando eu vou para uma novela e não posso falar que aquele figurino não tem a ver com a minha personagem, que essa casa está muito chique para ela ou acho que aqui no texto, se eu falasse mais normalzão, ia ficar mais legal. Mas eu aprendi. Porque também tem autores e autores. Eu fiz três novelas com papéis de maior relevância. Cambalacho, em que fiz a Tina Pepper, um personagem coadjuvante que ganhou a novela. Foi ao ar em 1986 e até hoje tem gente botando a dancinha e a música no YouTube, cantando. Isso também, tá vendo? É pré-internet e recebo cortes toda hora, porque aquilo já tinha cara de internet. Depois a Dona Lurdes, de Amor de Mãe, e a Zoé, de Todas as Flores. Uma é uma menina preta da periferia de São Paulo. A outra uma mulher nordestina do sertão, com cinco filhos. A terceira é uma truqueira carioca rica que morava na Barra. São três universos, mas as três foram muito fortes. Tenho muito orgulho dessas novelas. Mas quando comecei, pensei: "Gente, como é que vai ser?". Não é o meu programa. Não posso falar que a edição está lenta, que devia apertar. O começo foi difícil, mas depois que peguei a manha de ser funcionária, fazer o meu e saber que não vou ligar para o cenário, para o figurino, para a comida e não sei o quê, falei: "Isso aqui, perto de fazer um programa como o Esquenta ou o Programa Legal, é como férias no Havaí".  Você é do tipo que não aguenta ficar sozinha ou você gosta da sua companhia? Essa é uma coisa que venho perseguindo há alguns anos. Ainda estou assim: sozinha, sabendo que, se quiser, tem alguém ali. Mas ainda apanho muito para ficar sozinha porque, justamente, a sua maior qualidade é sempre o seu maior defeito. Fui criada assim, em uma família que eram três filhas, uma mãe e uma tia. Cinco mulheres num apartamento relativamente pequeno, um banheiro, então uma está escovando os dentes, outra está fazendo xixi, outra está tomando banho, todas no mesmo horário para ir para a escola. Então é muito difícil para mim ficar sozinha, mas tenho buscado muito. Quando falam "você pode fazer um pedido", eu peço para ter mais paciência e para aprender a ficar sozinha.  Você contou agora há pouco que fazia figurinos lá no Asdrúbal e também já vi você falando que sempre aparecia na lista das mais mal vestidas do Brasil. Como é ser julgada permanentemente? Agora já melhorou, mas esse é um aspecto que aparece mais porque existe uma lista de “mais mal vestidas". Se existisse lista para outras transgressões, eu estaria em todas elas. Não só porque sou transgressora, mas porque há uma demanda que eu seja. Quando não sou, o pessoal até estranha. Eu sempre gostei muito de moda, mais que isso, de me expressar através das roupas. E isso saía muito do padrão, principalmente na televisão, do blazer salmão, do nude, da unha com misturinha, do cabelo com escova. Volta e meia vinha, nos primórdios das redes sociais: "Ela não tem dinheiro para fazer uma escova naquele cabelo?". "Não tem ninguém para botar uma roupa normal nela?".  [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49c62141c1/header-regina-interna4.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Regina Casé falou à Trip em 1999, quando estampou as Páginas Negras; ALT_TEXT=] Antes da internet, existiam muitas colunas sociais em jornal. Tinha um jornalista no O Globo que me detonava uma semana sim e outra não. Eu nunca vou me esquecer. Ele falava de uma bolsa que eu tinha da Vivienne Westwood, que inclusive juntei muito para poder comprar. Eu era apaixonada por ela, que além de tudo era uma ativista, uma mulher importantíssima na gênese do Sex Pistols e do movimento punk. Ele falava o tempo todo: "Estava não sei onde e veio a Regina com aquela bolsa horrorosa que comprou no Saara". O Saara no Rio corresponde à 25 de março em São Paulo, e são lugares que sempre frequentei, que amo e que compro bolsas também. Eu usava muito torço no cabelo, e ele escrevia: "Lá vem a lavadeira do Abaeté". Mais uma vez, não só sendo preconceituoso, mas achando que estava me xingando de alguma coisa que eu acharia ruim. Eu pensava: nossa, que maravilha, estou parecendo uma lavadeira do Abaeté e não alguém com um blazer salmão, com uma blusa bege, uma bolsa arrumadinha de marca. Pra mim era elogio, mas era chato, porque cria um estigma. E aí um monte de gente, muito burra, vai no rodo e fala: "Ela é cafona, ela é horrorosa". Por isso que acho que fiquei muito tempo nessas listas.  O filme “Ainda Estou Aqui” está sendo um alento para o Brasil, uma coisa bem gostosa de ver, uma obra iluminada. A Fernanda Torres virou uma espécie de embaixadora do Brasil, falando de uma forma muito legal sobre o país, sobre a cultura. Imagino que pra você, que vivenciou essa época no Rio de Janeiro, seja ainda mais especial. Eu vivi aquela época toda e o filme, mesmo sem mostrar a tortura e as barbaridades que aconteceram, reproduz a angústia. Na parte em que as coisas não estão explicitadas, você só percebe que algo está acontecendo, e a angústia que vem dali. Mesmo depois, quando alguma coisa concreta aconteceu, você não sabe exatamente do que está com medo, o que pode acontecer a qualquer momento, porque tudo era tão aleatório, sem justificativa, ninguém era processado, julgado e preso. O filme reproduz essa sensação, mesmo para quem não viveu. É maravilhoso, maravilhoso.  [QUOTE=1219] Não vou dizer que por sorte porque ele tem todos os méritos, mas o filme caiu num momento em que a gente estava muito sofrido culturalmente. Nós, artistas, tínhamos virado bandidos, pessoas que se aproveitam. Eu nunca usei a lei Rouanet, ainda que ache ela muito boa, mas passou-se a usar isso quase como um xingamento, de uma maneira horrível. E todos os artistas muito desrespeitados, inclusive a própria Fernanda, Fernandona, a pessoa que a gente mais tem que respeitar na cultura do país. O filme veio não como uma revanche. Ele veio doce, suave e brilhantemente cuidar dessa ferida. Na equipe tenho muitos amigos, praticamente família, o Walter, a Nanda, a Fernanda. Sou tão amiga da Fernanda quanto da Nanda, sou meio mãe da Nanda, mas sou meio filha da Fernanda, sou meio irmã da Nanda e também da Fernanda. É bem misturado, e convivo muito com as duas. Por acaso, recebi ontem um presente e um cartão de aniversário da Fernandona que é muito impressionante. Tão bonitinho, acho que ela não vai ficar brava se eu mostrar para vocês. O que o cartão diz? Ela diz assim: "Regina, querida, primeiro: meu útero sabe que a Nanda já está com esse Oscar”. Adorei essa frase. "Segundo, estou trabalhando demais, está me esgotando. Teria uma leitura de 14 trechos magníficos, de acadêmicos, que estou preparando essa apresentação para a abertura da Academia [Brasileira de Letras], que está em recesso. O esgotamento acho que é por conta dos quase 100 anos que tenho". Imagina... Com esse trabalho todo. Aí ela faz um desenho lindo de flores com o coração: "Regina da nossa vida, feliz aniversário, feliz sempre da Fernanda". E me manda uma toalhinha bordada lindíssima com um PS: "Fernando [Torres] e eu compramos essa toalhinha de mão no Nordeste numa das temporadas de nossa vida pelo Brasil afora. Aliás, nós comprávamos muito lembranças como essa. Essa que eu lhe envio está até manchadinha, mas ela está feliz porque está indo para a pessoa certa. Está manchadinha porque está guardadinha faz muitos anos". Olha que coisa. Como é que essa mulher com quase 100 anos, com a filha indicada ao Oscar, trabalhando desse jeito, decorando 14 textos, tem tempo de ser tão amorosa, gentil, generosa e me fazer chorar? Não existe. Ela é maravilhosa demais. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49b9f0f548/header-regina-interna3.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu queria te ouvir sobre outro assunto. Há alguns anos a menopausa era um tema absolutamente proibido. As mulheres se sentiam mal, os homens, então, saíam correndo. Os médicos não falavam, as famílias não falavam. E é engraçado essa coisa do pêndulo. De repente vira uma onda, artistas falando, saem dezenas de livros sobre o assunto. Como foi para você? Você acha que estamos melhorando na maneira de lidar com as nossas questões enquanto humanidade? É bem complexo. Tem aspectos que acho que estão melhorando muito. Qualquer família que tinha uma pessoa com deficiência antigamente escondia essa pessoa, ela era quase trancada num quarto, onde nem as visitas da casa iam. E hoje em dia todas essas pessoas estão expostas, inclusive ao preconceito e ao sofrimento, mas estão na vida, na rua. Há um tempo não só não podia ter um casal gay casado como não existia nem a expressão "casal gay", porque as pessoas no máximo tinham um caso escondido com outra pessoa. Então em muitos aspectos a gente avançou bastante. Não sei se é porque agora estou ficando bem mais velha, mas acho que esse assunto do etarismo está chegando ainda de uma maneira muito nichada. Se você for assistir a esse meu primeiro TED, eu falo que a gente não pode pegar e repetir, macaquear as coisas dos Estados Unidos. Essa ideia de grupo de apoio. Sinto que essa coisa da menopausa, do etarismo, fica muito de mulher para mulher, um grupo de mulheres daquela idade. Mas não acho que isso faz um garoto de 16 anos entender que eu, uma mulher de 70 anos, posso gostar de basquete, de funk, de sambar, de namorar, de dançar. Isso tudo fica numa bolha bem impermeável. E não acho que a comunicação está indo para outros lados. É mais você, minha amiga, que também está sentindo calores. [QUOTE=1220] Tem uma coisa americana que inventaram que é muito chata. Por exemplo, a terceira idade. Aí vai ter um baile, um monte de velhinhos e velhinhas dançando todos juntos. Claro que é melhor do que ficar em casa deprimido, mas é chato. Acho que essa festa tem que ter todo mundo. Tem que ter os gays, as crianças, todo mundo nessa mesma pista com um DJ bom, com uma batucada boa. Senão você vai numa festa e todas as pessoas são idênticas. Você vai em um restaurante e tem um aquário onde põem as crianças dentro de um vidro enquanto você come. Mas a criança tem que estar na mesa ouvindo o que você está falando, comendo um troço que ela não come normalmente. O menu kids é uma aberração. Os meus filhos comem tudo, qualquer coisa que estiver na mesa, do jeito que for. Mas é tudo separado. Essa coisa de imitar americano, entendeu? Então, acho que essa coisa da menopausa está um pouco ali. Tem que abrir para a gente conversar, tem que falar sobre menopausa com o MC Cabelinho. Eu passei meio batida, porque, por sorte, não tive sintomas físicos mais fortes. Senti um pouco mais de calor, mas como aqui é tão calor e eu sou tão agitada, eu nunca soube que aquilo era específico da menopausa.  Vou mudar um pouco de assunto porque não dá para deixar de falar sobre isso. Uma das melhores entrevistas do Trip FM no ano passado foi com seu marido, o cineasta Estêvão Ciavatta. Ele contou do acidente num passeio a cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo e com chances de não voltar a andar. E fez uma declaração muito forte sobre o que você representou nessa recuperação surpreendente dele. A expressão "estamos juntos" virou meio banal, mas, de fato, você estava junto ali. Voltando a falar do etarismo, o Estêvão foi muito corajoso de casar com uma mulher que era quase 15 anos mais velha, totalmente estabelecida profissionalmente, conhecida em qualquer lugar, que tinha sido casada com um cara maravilhoso, o Luiz Zerbini, que tinha uma filha, uma roda de amigos muito grande, um símbolo muito sólido, tudo isso. Ele propôs casar comigo, na igreja, com 45 anos. Eu, hippie, do Asdrúbal e tudo, levei um susto, nunca pensei que eu casar. O que aconteceu? Eu levei esse compromisso muito a sério, e não é o compromisso de ficar com a pessoa na saúde, na doença, na alegria, na tristeza. É também, mas é o compromisso de, bom, vamos entrar nessa? Então eu vou aprender como faz isso, como é esse amor, como é essa pessoa, eu vou aprender a te amar do jeito que você é. Acho que o pessoal casa meio de brincadeira, mas eu casei a sério mesmo, e estamos casados há 28 anos. Então, quando aconteceu aquilo, eu falei: ué, a gente resolveu ficar junto e viver o que a vida trouxesse pra gente, então vamos embora. O que der disso, vamos arrumar um jeito, mas estamos juntos. E acho que teve uma coisa que me ajudou muito. O quê? Aqui em casa é tipo pátio dos milagres. Teve isso que aconteceu com o Estêvão, e também a gente ter encontrado o Roque no momento que encontrou [seu filho caçula, hoje com 11 anos, foi adotado pelo casal quando bebê]. A vida que a gente tem hoje é inacreditável. Parece realmente que levou oito anos, o tempo que demorou para encontrar o filho da gente, porque estava perdido em algum lugar, igual a Dona Lurdes, de Amor de Mãe. Essa é a sensação. E a Benedita, quando nasceu, quase morreu, e eu também. Ela teve Apgar [escala que avalia os recém-nascidos] zero, praticamente morreu e viveu. Nasceu superforte, ouvinte, gorda, forte, cabeluda, mas eu tive um descolamento de placenta, e com isso ela aspirou líquido. Ela ficou surda porque a entupiram de garamicina, um antibiótico autotóxico. Foi na melhor das intenções, pra evitar uma pneumonia pelo líquido que tinha aspirado, mas ninguém conhecia muito, eram os primórdios da UTI Neonatal. O que foi para a gente uma tragédia, porque ela nasceu bem. Só que ali aprendi um negócio que ajudou muito nessa história do Estêvão: a lidar com médico. E aprendi a não aceitar os "não". Então quando o cara dizia "você tem que reformar a sua casa, tira a banheira e bota só o chuveiro largo para poder entrar a cadeira de rodas", eu falava: "Como eu vou saber se ele vai ficar pra sempre na cadeira de rodas?".  [QUOTE=1221] Quando a Benedita fala "oi, tudo bem?", ela tem um leve sotaque, anasalado e grave, porque ela só tem os graves, não tem nem médio, nem agudo. Mas ela fala, canta, já ganhou concurso de karaokê. Quando alguém vê a audiometria da Benedita, a perda dela é tão severa, tão profunda, que falam: "Esse exame não é dessa pessoa". É o caso do Estêvão. Quando olham a lesão medular dele e veem ele andando de bicicleta com o Roque, falam: "Não é possível". Por isso eu digo que aqui em casa é o pátio dos milagres. A gente desconfia de tudo que é “não”. É claro que existem coisas que são limitações estruturais, e não adianta a gente querer que seja de outro jeito, mas ajuda muito duvidar e ir avançando a cada "não" até que ele realmente seja intransponível. No caso do Estêvão, acho que ele ficou feliz porque teve perto por perto não só uma onça cuidando e amando, mas uma onça que já tinha entendido isso. Porque se a gente tivesse se acomodado a cada “não”, talvez ele não estivesse do jeito que está hoje. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49af631476/header-regina-interna2.jpg; CREDITS=João Pedro Januário; LEGEND=; ALT_TEXT=] Eu já vi você falar que essa coisa da onça é um pouco fruto do machismo, que você teve que virar braba para se colocar no meio de grupos que eram majoritariamente de homens, numa época que esse papo do machismo era bem menos entendido. Isso acabou forjando o seu jeito de ser? Com certeza. Eu queria ser homem. Achava que tudo seria mais fácil, melhor. Achava maravilhoso até a minha filha ser mulher. Fiquei assustadíssima. Falei: "Não vou ser capaz, não vou acertar". Aí botei a Benedita no futebol, foi artilheira e tudo, e fui cercando com uma ideia nem feminista, nem machista, mas de que o masculino ia ser melhor pra ela, mais fácil. Mas aí aprendi com a Benedita não só a amar as mulheres, mas a me amar como mulher, grávida, dando de mamar, criando outra mulher, me relacionando com amigas, com outras mulheres. Isso tudo veio depois da Benedita. Mas se você falar "antigamente o machismo"... Vou te dizer uma coisa. Se eu estou no carro e falo para o motorista “é ali, eu já vim aqui, você pode dobrar à direita”, ele pergunta assim: “Seu Estêvão, você sabe onde é para dobrar?”. Aí eu falo: “Vem cá, você quer que compre um pau para dizer pra você para dobrar à direita? Vou ter que botar toda vez que eu sentar aqui? Porque não é possível, estou te dizendo que eu já vim ali”. É muito impressionante, porque não é em grandes discussões, é o tempo todo. É porque a gente não repara, sabe? Quer dizer, eu reparo, você que é homem talvez não repare. Nesses momentos mais difíceis, na hora de lidar com os problemas de saúde da Benedita ou com o acidente punk do Estêvão, o que você acha que te ajudou mais: os anos de terapia ou o Terreiro de Gantois, casa de Candomblé que você frequenta em Salvador? As duas coisas, porque a minha terapia também foi muito aberta. E não só o Gantois como o Sacré-Coeur de Marie. Eu tenho uma formação católica. Outro dia eu ri muito porque a Mãe Menininha se declarava católica em sua biografia, e perguntaram: "E o Candomblé"? Ela falava: “Candomblé é outra coisa”. E eu vejo mais ou menos assim. Não é que são duas religiões, eu não posso pegar e jogar a criança junto com a água da bacia. É claro que eu tenho todas as críticas que você quiser à Igreja Católica, mas eu fui criada por essa avó Graziela, que era professora, uma mulher genial, e tão católica que, te juro, ela conversava com Nossa Senhora como eu estou conversando com você. Quando ela recebia uma graça muito grande, ligava para mim e para minhas irmãs e falava: "Venham aqui, porque eu recebi uma graça tão grande que preciso de vocês para agradecer comigo, sozinha não vou dar conta." Estudei em colégio de freiras a minha vida inteira, zero trauma de me sentir reprimida, me dava bem, gosto do universo, da igreja. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2025/03/67d49cbe34551/header-regina-interna5.jpg; CREDITS=Christian Gaul; LEGEND=Em 1999, Regina Casé foi a entrevistada das Páginas Negras da Trip; ALT_TEXT=] Aí eu tenho um encontro com o Candomblé, lindíssimo, através da Mãe Menininha. Essa história é maravilhosa. O Caetano [Veloso] disse: "Mãe Menininha quer que você vá lá". Eu fiquei apavorada, porque achei que ela ia fazer uma revelação, tinha medo que fosse um vaticínio... Até que tomei coragem e fui. Cheguei lá com o olho arregalado, entrei no quarto, aquela coisa maravilhosa, aquela presença.. Aí eu pedi a benção e perguntei o que ela queria. Ela falou: "Nada não, queria conhecer a Tina Pepper". Então, não só o Gantuar, o Candomblé como um todo, só me trouxe coisas boas e acolhida. A minha relação com a Bahia vem desde os 12 anos de idade, depois eu acabei recebendo até a cidadania de tamanha paixão e dedicação. É incrível porque eu nunca procurei. No episódio da Benedita, no dia seguinte já recebi de várias pessoas orientações do que eu devia fazer. No episódio do Estêvão também, não só do Gantuar, mas da [Maria] Bethânia, e falavam: "Olha, você tem que fazer isso, você tem que cuidar daquilo". Então, como é que eu vou negar isso? Porque isso tudo está aqui dentro. Então, acho que você tem que ir pegando da vida, que nem a Dona Darlene do “Eu Tu Eles”, que ficou com os três maridos. A vida vai passando por você e você vai guardando as coisas que foram boas e tentando se livrar das ruins. A gente sabe que você tem uma rede de amizades absurda, é muito íntima de meio mundo. Eu queria brincar daquela história de te deixar sozinha numa ilha, sem internet, com todos os confortos, livros, música. Você pode ligar à vontade para os seus filhos, pro seu marido, mas só tem uma pessoa de fora do seu círculo familiar para quem você pode ligar duas vezes por semana. Quem seria o escolhido para você manter contato com a civilização? É curioso que meus grandes amigos não têm celular. Hermano [Vianna] não fala no celular, Caetano só fala por e-mail, é uma loucura, não é nem WhatsApp. Acho que escolheria o Caetano, porque numa ilha você precisa de um farol. Tenho outros faróis, mas o Caetano foi, durante toda a minha vida, o meu farol mais alto, meu norte. E acho que não suportaria ficar sem falar com ele. 

Vida Veda Projeto 0800
3 passos para tratar qualquer doença com Ayurveda

Vida Veda Projeto 0800

Play Episode Listen Later Mar 14, 2025 58:00 Transcription Available


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NerdCast
NerdCast 970 - Ainda Estou Aqui… e nós sempre estaremos

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Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 95:45


Vamos falar sobre o impacto da indicação e vitória do filme Ainda Estou Aqui na edição de 2025 do Oscar, além de comentar nossas impressões do filme e como sua mensagem pode impactar positivamente o público. DISNEY+ Assista a Demolidor: Renascido no Disney+ : https://jovemnerd.page.link/Demolidor_Renascido_NerdCast LISTERINE Promoção Desafio 21 dias LISTERINE® 5x mais poder de limpeza ou seu dinheiro de volta. Sua boca mais limpa ou seu dinheiro de volta.* Faça parte do Desafio 21 Dias com Listerine:  https://jovemnerd.page.link/Listerine_21_Dias_NerdCast *Comparado com apenas uso da escovação e fio dental. Ação válida de 17/02/2025 a 18/05/2025 ou até que se alcance o valor máximo em pedidos de reembolso previsto em regulamento, o que ocorrer primeiro. Para mais informações, consulte condições e regulamento completo em https://desafio21diaslisterine.com.br. O reembolso será correspondente ao valor de produtos comprados, sujeito ao limite de até R$60 (sessenta reais) por CPF, desde que atendido o regulamento. NERDSTORE Confira a promoção Payday na NerdStore: https://jovemnerd.page.link/NerdStore_Payday_3_NC PEDIDOS DE DOAÇÃO Pedido de Doação URGENTE de Medula Óssea para Silvana Regina Juliani - Doações nas unidades: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo: R. Dr. Cesário Mota Júnior, 112 - Vila Buarque, São Paulo | Hospital São Paulo - Hospital Universitário UNIFESP: Napoleão de Barros, 715 - Vila Clementino, São Paulo. A doação de medula é um processo simples mas muitas pessoas desconhecem. Qualquer pessoa saudável entre 18 e 35 anos pode doar.  Pedido de Doação de Sangue URGENTE para Pedro Henrique Santos Rodrigues - Local: Hemonúcleo Costa Verde, R. Japoranga, 1700 - 2º andar - Japuíba, Angra dos Reis - RJ. Pedido de Doação de Sangue URGENTE para Antônia Alvina Celina da Silva internada na Santa Casa SP. Tipo sanguíneo -A e outros. Local: Rua Marquês de Itu, 579 - Vila Buarque, São Paulo. CONFIRA OS OUTROS CANAIS DO JOVEM NERD  E-MAILS Mande suas críticas, elogios, sugestões e caneladas para nerdcast@jovemnerd.com.br APP JOVEM NERD: Google Play Store |  Apple App Store ARTE DA VITRINE: Randall Random Baixe a versão Wallpaper da vitrine EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA