Podcast by Rádio AfroLis
David J. Amado, é um realizador e coreógrafo jamaicano-americano e licenciado pela Universidade de Columbia, recebeu a Bolsa de Cultura do Ministério da Cultura Português em 2020. Formado na Técnica de Graham e aprendiz na Alpha Omega Theatrical Dance Company, dançou globalmente e possui certificação de ensino no programa Vaganova. O seu filme "Velveteen" estreou na Lisbon Fashion Week 2021, participou no Festival Política e foi destacado pela PARQMag. Como coreógrafo, utiliza o ballet para contar histórias da comunidade negra queer, influenciado pelos musicais das décadas de 1970/1980, estética hip-hop dos anos 1990 e pioneiros negros queer como James Baldwin. Com uma herança multicultural, David promove a inclusão no seu trabalho, desafiando perceções do corpo negro e redefinindo o ballet.
No âmbito da Cúpula dos Povos Afrodescendentes, falamos hoje com Aderbal Ashogun dos Povos de Terreiro, coordenador da rede afro ambiental, que promove os saberes ancestrais afro-brasileiros entre a sociedade civil, educadores e gestores, como alternativa para um mundo sustentável. É também mestre de Cultura tradicional, artista plástico, professor, músico e produtor cultural.
Sinopse: Direito ao “não”. Quem pode dizer “não”? Quando dizemos “não”? Que consequências daí advêm. O que nos motiva? Poderá ser só libertador? O terceiro episódio da série Ritual de Escuta explora as possibilidades e limitações desta palavra, que tanto pode simbolizar uma limitação como imensas possibilidades. No universo do que percecionamos enquanto justo ou injusto, qual o papel desta palavra?
Valdivia Medina, mais conhecida por Valky, é biologicamente cabo Verdiana, de alma brasileira e coração lisboeta, nascida na ilha de São Vicente. É aprendiz tântrica, facilitadora da técnica Aura Master e terapeuta dos pés felizes, certificada pela escola de medicina tradicional chinesa de Lisboa. Eterna apaixonada pela Lua, por pessoas, por oráculos e pelo universo. A Valky usa o poder e a magia das plantas para despertar o bem-estar e a felicidade.
Neste episódio, temos o prazer de contar com a presença de Sarah Jordão, uma estratega de comunicação e uma defensora dedicada da anti-discriminação. Como antiga Embaixadora da Juventude da ONU Mulheres, participa ativamente no ativismo antirracista e no feminismo interseccional. Sarah realiza workshops sobre comunicação inclusiva, colaboração intercultural e criação de podcasts. Por falar em podcasts, produziu e também foi apresentadora do "Vocal About It", um podcast de feministas interseccionais de língua inglesa, sediado em Bruxelas. E do podcast "Reclaiming Our Joy", onde mulheres negras e pessoas negras não binárias discutem as suas fontes de felicidade.
São discriminados desde a habitação à educação, encontram obstáculos no mercado de trabalho e no acesso aos cuidados de saúde. Com pouca representação política e em pé de desigualdade perante a justiça, estão também em maior número nas prisões. A invisibilidade e a marginalização dos afrodescendentes são uma realidade presente em Portugal e no mundo inteiro. Foi por este motivo que a Organização das Nações Unidas estabeleceu a Década Internacional de Afrodescendentes 2015-2024 e, posteriormente, o Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes, que se celebra esta quinta-feira, dia 31 de agosto, com o objetivo de promover as “contribuições da comunidade da diáspora africana” de forma a eliminar todas as formas de discriminação contra essas pessoas. Qual será, então, a experiência de pessoas negras que nasceram em solo português? E quanto àqueles que chegaram em tenra idade? Ou até mesmo aqueles que vieram do Brasil, construir uma vida, transformando Portugal na sua morada permanente? Qual é a natureza da sua ligação com este país que agora chamam de lar? Percorremos a história de José Baessa de Pina, também conhecido como Sinho, nascido em Lisboa em 1976, descendente de imigrantes cabo-verdianos. Falamos também com Wagner Lopes, de 46 anos, natural do Rio de Janeiro, Brasil, que vive em Lisboa há 5 anos e com Bruna de Carvalho, nascida em 1997 em Angola, chegou a Portugal com apenas dois anos e cresceu em Braga. Três retratos de pessoas que conseguiram ultrapassar as dificuldades vinculadas à sua condição social.
A convidada de hoje é professora Ariana Furtado, coordenadora da Escola Básica do Castelo, em Lisboa. É também co-autora do projeto "Com a mala na mão contra a discriminação", onde luta contra a discriminação e o preconceito através da educação.
Com uma trajetória que abrange desde o mundo da moda até à co-fundação de uma editora musical, a nossa convidada de hoje, Sílvia S. Saraiva, é directora criativa, estilista e cenógrafa. Ao longo de 8 anos de experiência, a Sílvia reflete artisticamente a singularidade dos seus clientes e a essência de cada projeto.
Falamos com Preta Rara, rapper, historiadora, escritora e ativista, que ganhou reconhecimento como membro do grupo Tarja-Preta. Depois de trabalhar como empregada doméstica por sete anos, lançou a página no Facebook "Eu, Empregada Doméstica" para defender os direitos das trabalhadoras domésticas. Criou também a websérie "A nossa voz ecoa" e lançou o livro, "Eu, Empregada Doméstica - a senzala moderna é o quartinho da empregada".
A nossa convidada de hoje é Sofia Rodrigues, uma defensora dos direitos humanos e da justiça social. É formada em Serviço Social e trabalhou como Assessora do Departamento de Direitos Humanos e Sociais na Câmara Municipal de Lisboa, onde participou ativamente em projetos relacionados a refugiados, interculturalidade e desenvolvimento comunitário.
Sinopse: "A Promoção" é o título do segundo episódio da série de audiodramas Ritual de Escuta, produzida pela Afrolis. Neste episódio tratamos a temática da síndrome da impostora vivida por várias mulheres negras que chegam a lugares de poder. Duas irmãs de gerações diferentes assumem posturas opostas perante a mesma situação. Entre a incerteza e o entusiamo, as irmãs, Milena e Alice, levam-nos a um lugar bastante familiar para a maioria das pessoas, o da auto-dúvida. Os episódio da série Ritual de Escuta são gravados estúdio do Hangar – Centro de Investigação artística, parceiro da Afrolis. Ficha técnica: Argumento Manuela Paulo Atrizes Cirila Bossuet (interpreta a irmã mais velha, Alice) Catarina Amaral (interpreta a irmã mais nova, Milena) Encenação: Carla Costa Gomes Edição: Elton Sousa Produção: Afrolis Duração: aprox. 18min.
Hoje quem nos acompanha é Carla Gomes, a diretora artística dos audiodramas da Afrolis, que nos vai falar mais sobre este formato e todo o processo na realização do segundo episódio da série Ritual de Escuta, "A Promoção".
A nossa convidada de hoje é Stélvia Zamora, conhecida como Moami, uma artista angolana cujo amor pela arte começou desde tenra idade. Desde os seus primeiros desenhos "quase às escondidas" debaixo de uma mesa, Moami hoje, apresenta a sua arte em exposições, livros e até na sua própria marca de streetwear.
A nossa convidada de hoje é a Nuna, a ativista interseccional, atriz e autora do livro Aventureira Marielle e o dia da fotografia. Juntamo-nos em estúdio para conversar sobre o estado atual da crise da habitação em Portugal e sobre os movimentos sociais que têm surgido nestes últimos meses.
Tivemos o privilégio de receber em estúdio a socióloga Cristina Roldão, o historiador José Augusto Pereira e o antropólogo Pedro Varela, os dois autores e a autora do livro "Tribuna Negra, Origens do Movimento Negro em Portugal, 1911-1933". Este livro resgata um período pouco conhecido da história de Lisboa e do movimento negro em portugal, que já nesta época lutava contra o racismo.
Hoje falamos com Ana Paula Costa, a vice-presidente da Casa do Brasil, sobre pessoas imigrantes e discriminação em Portugal. Para além de contribuir para promover a integração da comunidade brasileira em Portugal, Ana Paula Costa é uma cientista social formada pela Universidade Federal de Viçosa, no Brasil. Completou o seu mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Nova de Lisboa e atualmente é doutoranda em Ciência Política, com especialização em políticas públicas, na mesma instituição. #podcast #casadobrasil #imigrantes #afrolis
A contagem regressiva para a 7ª edição do CBA está quase a chegar ao fim! Por essa razão, falamos com Neusa Sousa, a fundadora e CEO desta plataforma e evento anual de empoderamento de mulheres africanas e negras. A jovem empreendedora é licenciada em turismo e mestranda em Estudo das Mulheres. Mas para além disto, é produtora de conteúdos no Bem-Vindos da RTP África, organizadora de eventos e ativista por questões de género. A Neusa também é colaboradora da Associação das Mulheres Santomenses e mãe solo.
Esta quinta-feira conversamos, entre os sons dos passáros e a brisa do vento no jardim da Gulbenkian, com Jesualdo Lopes, um jovem cineasta e curador, dedicado a trazer histórias à vida através de meios visuais. Graduado em Gestão de Produção pela Leeds Beckett University, é o criador do coletivo artístico The Blacker The Berry, que tem como objetivo criar espaços seguros e inclusivos, onde esses artistas podem expressar livremente a sua arte.
Gisela Casimiro é escritora, artista, performer e ativista portuguesa nascida na Guiné-Bissau, em 1984. O seu primeiro livro, Erosão, foi publicado em 2018 e recentemente publicou os livros Giz e Estendais, duas obras autobiográficas. É autora do texto e dramaturgia de Casa com Árvores Dentro, espetáculo encenado por Cláudia Semedo e apresentado no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço.
A nossa convidada de hoje é Telma Tvon. Nasceu em Luanda em 1980, e veio para Portugal em 1993. É licenciada em Estudos Africanos e mestre em Serviço Social. Foi aos 16 anos que começou a sua carreira como rapper. Com as MCs Lady, LG e Zau, formou o grupo Backwordz. Em 2001, coordenou a gravação da mixtape RAParigas na voz do soul. Formou o grupo Lweji com a MC e cantora de soul Geny e lançaram o CD Finalmente em 2005. Em 2017, lançou o seu primeiro livro, intitulado Um Preto Muito Português.
Miriam Sabjaly é uma jurista portuguesa, com experiência em apoio a pessoas migrantes vítimas de crime em Portugal e crimes específicos como ódio, tráfico humano e mutilação genital feminina. Foi assessora da deputada Joacine Katar Moreira e atualmente é mestranda em Direitos Humanos.
A pessoa convidada de hoje é Rodrigo Saturnino, também conhecide como ROD, pesquisador e artista visual. Possui um doutorado em Sociologia pela Universidade de Lisboa e atualmente realiza um pós-doutorado na Universidade do Minho, onde pesquisa as plataformas digitais da Internet e o racismo algorítmico. Como artista visual, concentra-se na crítica decolonial e é membre-fundador da UNA - União Negra das Artes e do Coletivo Afrontosas. Recentemente, está a realizar uma residência no Largo Residência para ativar o projeto "The Place I Came From".
A convidada de hoje é Dayse Alfaia, Mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade Nova de Lisboa e Licenciada em Letras Português pela Universidade Estadual de Montes Claros , no Brasil. Desenvolve trabalhos sobre Análise do Discurso Político e, além disso, é a primeira investigadora a realizar um trabalho empírico em Portugal sobre o colorismo para obter o grau de doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade Autónoma de Lisboa.
A convidada do nosso quinto episódio é a Mariama Injai, empreendedora social, fundadora da plataforma Nô Bai, que visa ajudar empreendedores africanos e afrodescendentes a conectarem-se e a venderem os seus produtos online.
O primeiro episódio da série Ritual de Escuta, "A Conversa", da argumentista Lara Mesquita, oferece uma perspectiva de uma mãe negra e um pai branco que precisam de conversar com a sua filha sobre o que significa ser negro no contexto do domínio branco. "A Conversa" é o ensaio para essa conversa. No ensaio, mãe negra e pai branco mergulham, nadam e flutuam na complexidade inerente à conversa. Este é um formato que a Afrolis adota para aproximar quem nos lê, vê e ouve de temáticas difíceis ou sobre as quais não sabemos como começar a discussão. As gravações foram feitas no estúdio do Hangar - Centro de Investigação Artística.
Hoje queremos dar-vos a conhecer um dos nossos conteúdos: o audiodrama. Este é um formato que a Afrolis adota para aproximar quem nos lê, vê e ouve de temáticas difíceis ou sobre as quais não sabemos como começar a discussão. Hoje quem nos acompanha é a artista multidisciplinar e empresária, Carla Gomes, que nos fala enquanto diretora artística dos audiodramas da Série Ritual de Escuta da Afrolis. As gravações foram feitas no estúdio do Hangar - Centro de Investigação Artística.
Neste episódio vamos falar sobre masculinidades em contextos periféricos e como isso afeta os homens, as mulheres e toda a comunidade. É fundamental discutir formas de desconstruir comportamentos e atitudes que reproduzem as desigualdades de género e violência. A entrevista é com com Airton Cesar Monteiro, um jovem imigrante cabo-verdiano que vive em Chelas. Trabalha como social media manager e é licenciado em Relações Internacionais. Escreve para as Gargantas Soltas do Gerador sobre mudanças sociais, cultura e entre outros assuntos.
Luzia Moniz, jornalista angolana, fundadora da Padema (Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana) e autora do livro "Silenciocracia, Jornabófias e Outras Mazelas", reflete sobre o papel da mulher africana no mundo, panafricanismo, feminismos e muito mais... com Júlia M Tavares.
No Afrolis Podcast, vamos explorar as experiências de mulheres negras em Portugal e no mundo. A entrevista do primeiro episódio é com Karyna Gomes, cantora, compositora, ativista e jornalista, responsável pelo projeto de jornalismo em crioulo da Mensagem de Lisboa.
"A nossa dor não choca. O nosso sangue não traz lágrimas. As nssas lágrimas incomodam. Mas aquele situação tinha sido diferente. Nós tinhamos sido literalmente caçados.", José Semedo Fernandes sobre o caso de Bruno Candé, no qual fez parte da equipa de advogados assim como tinha feito no caso da esquadra de Alfragide.
Na madrugada de 10 para 11 de junho de 1995, um grupo de cerca de 50 skinheads invadiu as ruas do Bairro Alto, em Lisboa, e atacou com violência várias pessoas, entre as quais Alcindo Monteiro, 27 anos, espancado até à morte.
"É uma maravilha poder ver filmes negros e africanos na Cova da Moura. (...) O discurso é muito diferente, profícuo e, por vezes, conflituoso. (...) O cinema negro português ainda tem que perder algum medo." kitty Furtado aka Ana Cristina Pereira é doutorada em Estudos Culturais, pela Universidade do Minho, com a tese 'Alteridade e identidade na ficção cinematográfica em Portugal e em Moçambique'. Tem como principais interesses de investigação: racismo, identidade social, representações sociais e memória cultural no cinema, numa perspetiva pós-colonial e interseccional, sobre os quais tem editados vários artigos científicos em publicações nacionais e internacionais. Vem fazendo parte da equipa de projetos científicos sendo, no presente momento, investigadora do projeto (THE)OTHERING. É membro do NARP - Núcleo Antirracista do Porto.
A única lembrança que tenho do meu filho é uma estátua de Nossa Senhora de Fátima, que eu tenho lá no meu quarto com uma taça que ele ganhou e ele dizia assim: "Mamã, um dia vou tirar-te do peixe. Nunca mais vais vender peixe." A 5 de Dezembro de 2001, no Bairro da Cova da Moura, um jovem de 17 anos foi baleado mortalmente por um agente da PSP. Ângelo Semedo tentava fugir da polícia quando foi atingido nas costas.
"Nós temos que ir para além da sobrevivência!" Shenia Karlsson é psicóloga clínica especialista em diversidade. Define a sua trajetória profissional como sendo um resultado da sua vivência enquanto corpo-mulher-negra. Shenia Karlsson fala-nos dos efeitos da violência racial nas vidas de pessoas negras.
"Luis Giovani dos Santos Rodrigues, de 21 anos, em Portugal há menos de dois meses, morre em Bragança (2019). O julgamento dos alegados responsáveis ainda decorre. A defesa argumenta que a sua morte foi consequência de uma queda, a família não duvida que a causa foi uma agressão." Aqui Giovani é recordado por seu pai, Joaquim Rodrigues e pelo Vereador da CM da vila de Mosteiros, na Ilha do Fogo, em Cabo Verde.
José Falcão, na direcção do SOS Racismo há mais de 30 anos, Falcão fala-nos da evolução da luta antirracista e analisa a situação atual em Portugal, na rubrica Educar!
Bruno Candé foi um ator negro, português, assassinado a 25 de julho em Moscavide de 2020, vítima de crime de ódio racial.
Educar com Lúcia Furtado, presidente da FEMAFRO (Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afrodescendentes em Portugal) , ativista anti-racista e feminista. Entrevista conduzida por Apolo Carvalho e André Bivetti.
Retratar e Educar Podcast (R.E.P.) - uma séria sobre Justiça Racial
Programa especial, em inglês, com o pensador senegalês Felwine Sarr. De momento, o economista, escritor, músico, compositor e professor, na Duke University, nos Estados Unidos da América é uma das mais solicitadas personalidades africanas. No mês de março de 2020 esteve em Lisboa a realizar uma série de palestras e cedeu-nos esta entrevista, que se centra no seu livro, publicado em 2016, Afrotopia, onde propõe a reinvenção de África através do investimento na auto-representação e apropriação dos próprios recursos culturais, económicos, políticos e intelectuais.
Ao longo de 5 anos refletimos sobre identidades negras e explorámos as possibilidades da nossa existência na sociedade portuguesa que são muitas mais que aquelas que nos são apresentadas nos media, na literatura e na própria história. Partilhámos percursos individuais e coletivos de pessoas negras e ampliámos os nossos horizontes. Foram 198 programas que não vamos conseguir revisitar neste último, mas deixamos aqui alguns excertos de entrevistas e momentos que nos fazem lembrar as lutas, os avanços, as reflexões que fomos fazendo ao longo destes anos. Hoje, terminamos esta fase do projeto com a sensação de ter testemunhado e documentado vidas reais e avanços das lutas diárias de comunidades negras na área da educação, na política, na literatura, no entretenimento e estilo de vida. As nossas comunidades negras continuarão a ser silenciadas e invisibilizadas sem o testemunho de si mesmas e cabe a nós mantê-lo vivo através da sua documentação nos mais variados formatos. Depois destes 5 anos de audioblogue, vem o livro com as entrevistas, contextualizações e reflexões pessoais que esperamos estar pronto no próximo ano. Fiquem atentos porque o projeto não parou, vai apenas entrar noutra fase! A Afrolis – Associação Cultural continuará a funcionar, a apoiar e a desenvolver iniciativas e projetos. Continuem a seguir as nossas páginas no Facebook e o blogue!! Agradecimentos: Herberto Smith, fotógrafo, que colaborou desde os primeiros meses, não apenas com os seus registos fotográficos, mas com a sua generosidade e entrega genuína ao projeto. Eugénia Costa Quaresma que vinha às reuniões aos domingos com as suas filhas, deu voz a vários poemas e me motivou em diversos momentos de dúvida. Anabela Rodrigues, diretora do Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa pelo apoio e por me ceder a sala do GTO e por ter proposto diversas parcerias. Ana Yekenha que realizou reportagens para os programas e criou espaço para que eu divulgasse o projeto no evento TedxLisboa, em 2015. A produtora Onair que me cedeu os estúdios e apoio técnico durante quase um ano. Ao músico Mistah Isaac que apoiou a produção de vários programas no seu home studio! Assim, como em conjunto com Jiné Lourenço produziu um dos jingels da Afrolis. Ao ator Matamba Joaquim que nos ofereceu a sua voz para esse mesmo jingel. Ao SOS Racismo que me cedeu as suas instalações para reuniões. Agradeço também aos seguidores do Brasil, em especial que desde o início foram sempre atentos e motivadores! E claro, aos seguidores de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde!
Ver Blogue: https://radioafrolis.com/2019/06/20/audio-198-crisitna-roldao-comenta-luta-pela-inclusao-de-categorias-etnico-raciais-no-censos-2021/ Em 2018, iniciou-se uma caminhada no sentido de se apurar a possibilidade de se inserir uma pergunta relativa a categorias étnico-raciais no Censos com a criação do Grupo de Trabalho Censos 2021 – Questões “Étnico-Raciais” (GT). O Grupo é constituído por académicos de diferentes instituições do país, representantes do Instituto Nacional de Estatística, dos Observatórios da Imigração e das Comunidades Ciganas, da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, da associação SOS Racismo, e, por reivindicação de coletivos por representantes de afrodescendentes, comunidades ciganas e imigrantes. Em abril de 2019, este grupo apresentou o seu relatório final com recomendações à tutela. E esta semana o INE chumbou a inclusão de uma pergunta sobre categorias étnico-raciais no Censos de 2021. Apesar desta decisão, o INE propôs a criação de um inquérito que, segundo a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana vieira da Silva, em declarações ao jornal Público, será apoiado pelo Governo, assim como a renovação deste Grupo de Trabalho, uma vez que existe consenso na necessidade de se apurar dados relativamente à discriminação racial para a criação de politicas publicas que a combatam. Cristina Roldão é socióloga, professora convidada da ESE-IPS, investigadora no CIES-IUL fala-nos do chumbo da inclusão desta pergunta, por parte do Instituto Nacional de Estatística anunciado esta segunda-feira, 17 de junho. Esta é a última entrevista do projeto Rádio Afrolis que, ao longo de cinco anos, espelhou o olhar de comunidades negras a viver em Lisboa sobre si mesmas e sobre o resto da sociedade. No próximo programa vamos fazer um apanhado destes cinco anos e deixar os nossos agradecimentos a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste projeto.
O I Colóquio NÓS de Capacitação, Diversidade e Inclusão Social - We Colloquium - pretende apresentar e sugerir ferramentas práticas para o exercício de fundamentos humanitários contrários a condutas destrutivas, discriminatórias ou que visem a segregação de qualquer grupo e pessoa. O evento será realizado entre 29 e 31 de maio, em Lisboa, no ISEG - Lisbon School of Economics & Management. Organizado pela Muxima BV e Muxima Bio PT, pelo Secret Women´s Meeting, pelo ELAS Fundo de Investimento Social, pela Femafro, pela Apiariv by Ação Pela Identidade, pela Punch Comunicação e pelo ISEG - Lisbon School of Economics & Management, o I Colóquio NÓS de Capacitação, Diversidade e Inclusão Social - We Colloquium é-nos aqui apresentado por Myriam Taylor. Mais infos: https://allevents.in/lisbon/i-colóquio-nÓs-de-capacitação-diversidade-e-inclusão-social/200016608503405#
O programa de hoje dedica-se ao caso conhecido como Caso da Esquadra de Alfragide, que remonta a 2015. No dia 5 de fevereiro desse ano 6 jovens da Cova da Moura foram levados para a esquadra de Alfragide e agredidos por agentes da polícia. Um desses moradores e Flávio Almada, que entrevistei na altura e falou do que sofreram nas mãos daqueles agentes. 17 agentes acabaram por ser acusados de sequestro, tortura, racismo, coacção e falsificação de provas. O julgamento durou um ano, com 30 sessões e mais de 100 pessoas ouvidas. A Sentença foi lida, esta semana, no dia 20 de maio, de 2019 e pedi a algumas pessoas da comunidade negra para comentarem a sentença, nomeadamente, a socióloga Cristina Roldão, Melissa Rodrigues, Mamadou Ba e José Semedo Fernandes. Links de interesse com mais infos no blogue Radio Afrolis:
O nosso convidado de hoje é José Pereira, um dos curadores da exposição “Para uma história do movimento negro em Portugal, 1911-1933”. Esta exposição pretende resgatar a memória de uma geração de afrodescendentes que, no início do século XX, constituiu o primeiro movimento panafricanista da cidade de Lisboa. Este contributo para a divulgação da história dos portugueses negros que tem sido silenciada em Portugal, decorre de 14/05 a 24/05, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. A visita guiada com os autores decorrerá no dia 22/05 às 14h30. A iniciativa partiu do Roteiro para uma Educação Antirracista e é da autoria de José Pereira (Coletivo Consciência Negra), Pedro Varela (CES-UC) e Cristina Roldão (ESE-IPS e CIES-IUL). Evento: https://www.facebook.com/events/1028161064058692/
Welket Bungué, ator e realizador de origem guineense, a residir entre Berlim e o Rio de Janeiro, vai estrear-se no IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema – com o filme "Arriaga", a 4 de maio, às 21h30, no Cinema São Jorge, com uma segunda sessão no dia 8 de maio, no mesmo local a mesma hora, com a presença do realizador.O filme "Arriaga" explora o universo da diáspora africana dos arredores de Lisboa e conta com atores como Isabél Zuaa, Cleo Tavares, Mauro Hermínio, Paulo Pascoal, Nádia Yracema e Miguel Valle.Welket Bungué estará também presente no Hangar, no dia 7 de maio. Mais infos em: https://radioafrolis.com/2019/05/02/audio-194-welket-bungue-no-indielisboa-com-o-filme-arriaga/
(Foto: Pedro Medeiros) A passagem do ciclone Idai por Moçambique, Zimbabué e Maláui fez centenas de mortos, segundo os balanços oficiais. Em Moçambique, o número de mortos confirmados supera os 400 e o de pessoas afetadas subiu para quase 800mil e os números continuam em atualização. A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.Perante esta catástrofe humanitária, assistimos a uma onda de solidariedade por todo o mundo. E, em Lisboa, na próxima terça-feira, dia 2 de Abril, mais de 50 músicos portugueses e internacionais vão participar no evento "Mão dada a Moçambique", no Capitólio, com o objetivo de angariar receitas para ajudar os afetados pelo ciclone Idai. A mentora e organizadora desta iniciativa é a artista moçambicana Selma Uamusse.
A 7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans vai realizar-se em Lisboa, tendo como local central o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, de 4 a 6 de julho. Esta conferencia já foi realizada em León and Cádiz (Espanha), Londres (Inglaterra), Münster (Alemanha) and Tampere (Finland) sob diferentes temáticas. Esta conferência também oferece a oportunidade de fortalecer e alargar redes entre académicos, activistas e artistas que questionem o racismo estrutural e estejam envolvidos criticamente na produção de conhecimento pós-colonial sobre a negritude europeia e a diáspora africana. Estas redes de diálogo serão promovidas através de palestras, painéis temáticos, mesas-redondas, comunicações individuais e um programa artístico e cultural. Em Lisboa, o tema vai ser “In/Visibilidades Negras Contestadas”. A nossa convidada de hoje e Raquel Lima e vai falar-nos mais sobre a conferência.
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Registo da mesa do seminário de abertura do Roteiro para uma Educação Antirracista, no dia 26 de janeiro, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, com o tema "Como se (des)constrói o racismo nos média?". Os convidados, Diana Andringa, (documentarista) Joana Gorjão Henriques (jornalista do Publico), e José do Rosendo (jornalista da Antena 1), falaram de casos específicos para descreverem qual tem sido o papel dos media na construção e qual poderia ser a sua atuação para contribuir para desconstrução do racismo nos media.Diana Andringa destaca o episódio do suposto "arrastão" (roubo em massa) que teria sido feito por jovens negros, na praia de Carcavelos (2005), para realçar a importância de se fazer jornalismo "com os pés", ou seja, ir aos locais e falar com diferentes fontes mas também ter um espírito critico. (Ver documentário da autoria de Diana Andringa "Era uma vez um arrastão")Joana Gorjão Henriques, revisitou o episódio da esquadra de Alfragide (2015), em que um grupo de jovens da Cova da Moura foi acusado de tentar invadir a esquadra da policia, quando apenas ia saber de um amigo que tinha sido detido. O caso encontra-se em julgamento. A jornalista menciona também a atuação dos media relativamente ao caso do bairro da Jamaica (2019).José do Rosendo diz que espaços como a iniciativa Roteiro para uma Educação Antirracista são "balões de oxigénio" numa "sociedade que está doente" e em que os media são um reflexo dessa condição."Cristina Roldão, uma docente e investigadora responsável por esta iniciativa, declarou que "Este roteiro é a possibilidade de, até junho, termos todos os meses um espaço de debate sobre como desconstruir o racismo dentro da educação em diferentes áreas". O próximo seminário vai ser no dia 23 de fevereiro. Links disponíveis na pagina do blogue: