University in Portugal
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A Casa de Portugal na Cidade Universitária de Paris, vai acolher, de 13 de Setembro a 31 de Outubro, uma exposição sobre a actividade musical dos exilados portugueses em França durante a ditadura do Estado Novo (1933-1974), em particular da geração que se opôs às guerras coloniais dos anos 60 e 70 em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Neste programa, conversamos com Agnès Pellerin, uma das coordenadoras da exposição. A exposição “Chansons de l'Exil Portugais à l'Aube de la Révolution des Œillets” vai ser inaugurada a 13 de Setembro e fica patente até 31 de Outubro na Maison du Portugal-André de Gouveia, na Cité Universitaire Internationale de Paris. A mostra junta 13 painéis com cerca de cinquenta ilustrações, nomeadamente capas de discos, panfletos, fotografias, e é acompanhada por um guia que permite ouvir online alguns excertos sonoros com traduções em francês. Através da música, é apresentado o percurso de várias figuras da música de intervenção portuguesa que se exilaram em Paris, como José Mário Branco, Luís Cília, Tino Flores, Sérgio Godinho, Francisco Fanhais, que nas suas canções denunciam a ditadura, a pobreza em Portugal e a guerra colonial. “Esta exposição em francês é uma exposição documental que retoma elementos de uma exposição que já foi feita no âmbito do Observatório da Canção de Protesto, em Grândola, em 2020. É uma adaptação, tradução e inclui também novos elementos para atingir um público que não seja especialista e conhecedor da música portuguesa, nem lusófono. Também envolve excertos de canções online com traduções em francês. A ideia deste trabalho sobre música e exílio é interrogar os percursos dos músicos, a dimensão biográfica, mas também interrogar as narrativas individuais à luz das ligações deles com as culturas do país de acolhimento, incluindo as de outras comunidades exiladas. Os portugueses em França encontraram cá nos anos 1960, 1970, espanhóis que estavam a fugir do franquismo, depois gregos, chilenos, brasileiros”, conta à RFI Agnès Pellerin, investigadora em estudos culturais e uma das coordenadoras da exposição. Em França, o contexto é radicalmente diferente. Para começar, há liberdade de gravação, de criação e de difusão de canções de protesto que seriam imediatamente censuradas em Portugal e que denunciam abertamente as guerras coloniais, como, por exemplo, “A Bola” de Luís Cília, “Deserção” de Tino Flores, “Ronda do Soldadinho” de José Mário Branco. Criticam, ainda, a repressão, as prisões e a polícia política da ditadura, como “Vampiros” de José Afonso, “Queixa das almas jovens censuradas” e “Perfilados de Medo” de José Mário Branco e “Porque de Francisco Fanhais. Outras canções falam sobre a emigração, os seus sonhos e as suas desilusões, como “Por Terras de França” de José Mário Branco, “Cantar de emigração” de Adriano Correia de Oliveira ou “Que força é essa, amigo” de Sérgio Godinho e recentemente adaptada por Capicua. O vento revolucionário de Maio de 68 também agita os exilados portugueses, muitos dos quais ocupam, por exemplo, a Casa de Portugal e se inspiram para criar canções como “Les Mille et Une Nuits” de Sérgio Godinho. Depois, é a própria “chanson française”, na forma e no conteúdo, que contaminam os músicos portugueses, como Luís Cília, apadrinhado por Georges Brassens e que viria a gravar, mais tarde, um tema de Brassens adaptado por ele, “A Má Reputação”. Incontornável é a história mais conhecida da gravação, em 1971, da música que é o emblema da "Revolução dos Cravos", “Grândola Vila Morena”. Uma das fotografias centrais da exposição evoca justamente essa altura, com Francisco Fanhais, José Afonso e José Mário Branco de braço dado, no Château d'Hérouville, nos arredores de Paris. Ainda que haja um foco na criação musical dos anos 60 e 70, a exposição também aborda o percurso de Fernando Lopes-Graça. É que, em Maio de 1937, fugindo à repressão política do Estado Novo, Fernando Lopes-Graça instalou-se em Paris, onde se manteve até à eclosão da 2ª Guerra Mundial. “Fernando Lopes-Graça é uma figura muito importante na música portuguesa mais erudita e também da militância ao lado do Partido Comunista Português clandestino. Ele foi também uma fonte de inspiração muito importante para os cantores dos anos 60 e 70. Também era muito importante dar a ouvir músicas diferentes e estarmos atentos a vários estilos musicais. Por exemplo, a exposição também trata de fado que era algo polémico dentro da geração de 60 e, sobretudo, 70, mas também fala do folclore”, acrescenta Agnès Pellerin. A exposição propõe uma abordagem inclusiva em termos musicais, mas também quer devolver a esta história a presença de mulheres, nomeadamente as autoras de letras, poetisas como Natália Correia e Sophia de Mello Breyner, mas também há uma alusão à cantora francesa de origem portuguesa Catherine Ribeiro. Na exposição vai haver, também, projecções de filmes, conferências e encontros. Na inauguração, a 13 de Setembro, é apresentado “O Salto”, de Christian de Chalonge, de 1967, o primeiro filme de ficção realizado sobre a imigração portuguesa em França e em que a música foi composta por Luís Cília. A 20 de Setembro, dois cantores da geração de Abril, Francisco Fanhais e Manuel Freire, vão cantar e conversar com os musicólogos Hugo Castro e Ricardo Andrade. Recorde-se que Francisco Fanhais esteve, em 1971, com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d'Hérouville, nos arredores de Paris, a gravar “Grândola Vila Morena”. A 5 de Outubro, a Associação Memória Viva promove um debate em torno da música nos filmes que abordam a imigração portuguesa em França nos anos 60 e 70. A 9 de Outubro, o musicólogo Manuel Deniz Silva vai conversar com a historiadora Cristina Clímaco sobre o exílio, em Paris, do músico Fernando Lopes-Graça nos anos 1930. Também se pretende receber visitas de estudo. A exposição acontece no âmbito do projecto EXIMUS – Música e Exílio, do INET-md, uma unidade de investigação em música e dança na Universidade Nova de Lisboa, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Esta é uma parceria com a Maison du Portugal – André de Gouveia e a Associação Memória Viva.
O acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, possivelmente causado por falhas de manutenção, veio expor a situação dos transportes públicos em Portugal, onde há não só falta de pessoal qualificado, mas também onde os salários são baixos e a maior parte do trabalho é subcontratado. O acidente no secular elevador da Glória, em pleno coração de Lisboa, fez até agora 16 mortos e cinco feridos, números que podem evoluir nas últimas horas. Na origem deste acidente estará possivelmente a quebra do cabo que assegura a ligação entre as duas cabines que constituem o sistema deste elevador, sabendo-se agora que a manutenção desta infra-estrutura tinha sido externalizada para uma empresa privada, uma mudança contestada há vários anos pelos sindicatos da Carris, empresa municipal de transportes da capital portuguesa. Em entrevista à RFI, Raquel Varela, historiadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa e investigadora sobre as relações de trabalho, denuncia o abandono dos transportes públicos, as más condições dos trabalhadores e a situação explosiva que se vive na cidade de Lisboa. "Temos estudos nos portos da cidade de Lisboa, na manutenção da TAP, no pessoal de voo e cabine, no Metro de Lisboa. Nos maquinistas da CP, Em todos eles. Todos eles. Nós apontámos para riscos significativos para os trabalhadores e para a população que usa estes serviços por causa das condições de trabalho, que são altamente degradantes. E nós não estamos só a falar dos baixíssimos salários, nós estamos a falar de trabalhadores em turnos sucessivos, porque não há outros trabalhadores para ocupar o lugar destes, porque os trabalhadores emigram com os baixos salários. Portanto, nós estamos a falar de pessoas que muitas vezes fazem 16h00 seguidas de trabalho. Nós estamos a falar de salários tão baixos que não dá para as pessoas reporem os seus níveis biológicos, nomeadamente alimentares decentes, dormir decentemente, etc. Portanto, nós estamos a falar de uma situação explosiva que o que nós temos é uma situação generalizada de degradação dos serviços públicos que está intimamente ligada. Eu gostava de salientar isto às regras que a União Europeia põe porque subcontratações são possíveis, mas contratar funcionários públicos bem pagos não é. E, portanto, tudo isto é uma situação absolutamente explosiva, em que as pessoas começam a chegar à conclusão que o Estado, em vez de as proteger, é uma ameaça à sua vida", declarou a académica. A emigração de trabalhadores especializados no sector da mecânica, a subcontratação e os baixos salários são tendências no mercado de trabalho português que podem ter tido impacto neste acidente. Também o desinvestimento público, nomeadamente no sector dos transportes, é visível. "Tudo indica que o que nós estamos é, perante a incúria, uma política absolutamente criminosa de degradação dos serviços públicos, com impacto na manutenção e manutenção dos transportes. É um trabalho altamente especializado, que exige equipas coesas e uma grande respeito pelos trabalhadores e uma grande ligação entre os trabalhadores mais novos e mais velhos", disse Raquel Varela. Publicamente, tanto o primeiro-ministro, Luís Montenegro, como o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, já vieram esclarecer que as responsabilidades sobre este acidente estão a ser apuradas, não havendo, para já, quaisquer consequências políticas. Para Raquel Varela, Carlos Moedas devia demitir-se e deveria haver um impacto na administração da Carris, podendo mesmo haver uma acusação criminal caso fique provado que houve negligência na manutenção do Elevador da Glória.já que todos os cidadãos, portugueses ou estrangeiros que visitam Portugal, estão em risco. "Isto é uma tragédia que matou o condutor, matou mais de uma dezena de pessoas que estão ali. Quer dizer, isto é um país completamente à deriva, que põe em risco os seus próprios cidadãos e cidadãos estrangeiros. Não interessa. Todos os cidadãos que circulam neste país, exceptuando evidentemente, os muito ricos, porque esses andam de motorista e jacto privado", concluiu Raquel Varela.
Muito mais do que uma mera coleção de tendências estéticas, a moda é uma arena cultural que marca distinções sociais e económicas e afirma mensagens e identidades de todas as espécies. Da roupa de consumo rápido à alta costura, a moda acompanha as transformações da sociedade a múltiplos níveis. Mas até que ponto conseguimos ler os dias de hoje na moda produzida na atualidade? A moda é alheia à emergência dos populismos e das desigualdades? E que peso social tem afinal nos tempos que correm ? Para refletir sobre este fenómeno, o Da Capa à Contracapa recebe a socióloga Cristina L.Duarte, que acompanha de perto a moda em Portugal há mais de 30 anos, e a antropóloga Filomena Silvano, investigadora da Universidade Nova de Lisboa e a autora de "Antropologia da Moda" entre outras obras.
Muito mais do que uma mera coleção de tendências estéticas, a moda é uma arena cultural que marca distinções sociais e económicas e afirma mensagens e identidades de todas as espécies. Da roupa de consumo rápido à alta costura, a moda acompanha as transformações da sociedade a múltiplos níveis. Mas até que ponto conseguimos ler os dias de hoje na moda produzida na atualidade? A moda é alheia à emergência dos populismos e das desigualdades? E que peso social tem afinal nos tempos que correm?Para refletir sobre este fenómeno, o programa recebe a socióloga Cristina L. Duarte, que acompanha de perto a moda em Portugal há mais de 30 anos, e a antropóloga Filomena Silvano, investigadora da Universidade Nova de Lisboa e a autora de «Antropologia da Moda».O Da Capa à Contracapa é uma parceria da Fundação com a Renascença.
A inteligência artificial pode melhorar os tratamentos oncológicos? A especialista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo olham para o futuro e tentam antecipar as respostas da Ciência.O cancro afeta mais de 20 milhões de pessoas por ano e é uma das principais causas de morte, em todo o mundo. E os números não páram de crescer. Com os olhos postos no futuro, médicos e investigadores procuram, cada vez mais, soluções inovadoras na abordagem da doença.Leonor Matos percorre a evolução dos tratamentos, desde a descoberta da radioterapia de Marie Curie e do conceito de ‘bala mágica' de Paul Ehrlich, o pai da quimioterapia, até à revolução da oncologia de precisão, nos anos 90. A conversa explora avanços recentes, como a imunoterapia – distinguida com o Prémio Nobel em 2018 –, o alcance da biópsia líquida ou o impacto crescente da Inteligência Artificial no diagnóstico e personalização dos tratamentos. Neste que é o último de quatro episódios dedicados ao cancro, a dupla destaca ainda a importância dos ensaios clínicos e do apoio à investigação científica, apontando as respostas e desafios que existem em Portugal no acesso à inovação.Assista a este episódio do [IN]Pertinente e descubra que o futuro já começou.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMukherjee, Siddhartha, «O Imperador de Todos os Males - Uma biografia do cancro» (Bertrand Editora, 2012) «Inovação e Investigação em Portugal», União Europeia White Paper «Inteligência Artificial na Saúde em Portugal, Regulamentação, Impactos e Perspetivas de Futuro» (Fevereiro, 2025) Projeto «Cinderella» «Zavatar Project» «A.I. Inteligência Artificial» (Steven Spielberg, 2001)«Living Proof, Experiência de Uma Vida» (Dan Ireland, 2008)BIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».
No momento em que se discutem as regras a aplicar na licença de amamentação, sobretudo depois dos dois anos de idade, Isabel Loureiro, professora catedrática jubilada de Saúde Pública na Universidade Nova de Lisboa, defende que é mais importante discutir o tempo que a mãe ou pai precisam de ter com o filho até aos dois anos de idade. “Trata-se de investir no futuro e na produtividade das empresas”, diz a professora. Sobre o aleitamento materno, Portugal não vai conseguir atingir a meta que estabeleceu para 2030.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Camila é urbanista, ativista e especialista em direito à moradia em assentamentos populares. Foi CEO da TETO Brasil por cinco anos e hoje atua como Diretora de Relações Institucionais e Incidência da organização, liderando ações para colocar a emergência habitacional na agenda pública. É mestre em Administração Pública pela Universidade de Columbia, formada em Engenharia Ambiental pela Universidade Nova de Lisboa, e já atuou com políticas habitacionais em Nova Iorque. Foi reconhecida pela Bloomberg Línea como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina em 2022 e 2023.Apoie o Caos Planejado.Confira os links do episódio no site.Episódio produzido com o apoio do Grupo OSPA e Apparecido e Carvalho Pinto Advogados
As Universidades da Califórnias em parceria com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de São Tomé e Príncipe têm vindo a estudar nos últimos anos a possibilidade de libertar um mosquito geneticamente modificado cujo organismo elimina a malária. Os estudos prévios estão quase concluídos e só falta agora as autoridades do país autorizarem a libertação deste mosquito na natureza para verificar a eficácia na erradicação do paludismo. Só em 2024 foram detectados mais de 263 milhões de casos de malária no Mundo que levaram a 597 mil mortes, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Dessas mortes, estimam-se que 95% tenham acontecido em África o que torna a malária, uma doença sem vacina mas que pode ser tratada com os medicamentos adequados, uma das doenças mais preocupantes no continente. Os investigadores das Universidades da Califórnia pensam ter descoberto uma solução, modificando geneticamente o mosquito Anopheles, que transmite a malária. O organismo deste insecto geneticamente modificado passa a eliminar sozinho o parasita que transmitido aos humanos causa o paludismo e essa característica torna-se um gene dominante, fazendo com que toda a população de mosquitos de um determinado local deixe de propagar esta doença. "Este mosquito é um mosquito em tudo idêntico ao mosquito que já existe aqui em São Tomé e Príncipe, mas com uma diferença notável: ele tem dois genes benéficos e sintéticos que são introduzidos no mosquito através de um mecanismo de engenharia genética que se designa por 'gene drive'. O 'gene drive' vai transportar os genes benéficos e integrá-los no genoma do mosquito com precisão, ou seja, nós sabemos exactamente onde é que ele vai ser integrado, mas o drive tem um papel dual, não só a integração dos genes benéficos dentro do mosquito, mas também à dispersão destes genes na população", explicou João Pinto, professor auxiliar e chefe da unidade de Entomologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa. João Pinto lidera as operações de campo nas ilhas de São Tomé e Príncipe, selando assim a parceria com a Universidade Nova de Lisboa e também a Universidade de São Tomé e Príncipe onde este projecto, que se chama UCMI - Universidade da Califórnia - Iniciativa Contra a Malária em STP, instalou um laboratório molecular e onde investigadores locais trabalham lado a lado com investigadores portugueses, norte-americanos e ainda outras nacionalidades. Antes de qualquer trabalho de campo, os investigadores levaram a cabo um estudo de forma a determinar onde se poderiam levar a cabo as primeiras experiências e foram analisados mais de 20 arquipélagos e ilhas, tendo a escolha final recaído em São Tomé e Príncipe devido à presença da malária, do mosquito Anopheles, mas também a própria dimensão das duas ilhas. Assim, desde 2021 que estão a ser levadas a cabo experiências laboratoriais no país e estudos preparatórios sem que ainda tenha havido qualquer libertação de mosquitos na natureza. Os estudos preparatórios terminam dentro de alguns meses e a equipa quer agora passar à fase de libertação na ilha do Príncipe, mas ainda precisa de luz verde das autoridades. "Até à data o UCMI não libertou nenhum mosquito modificado em São Tomé e Príncipe, nem sequer iniciou a sua produção. A primeira fase, que era precisamente uma fase que enquadrava três actividades principais as pesquisas científicas, a capacitação técnica de infraestruturas, de recursos humanos e o engajamento comunitário e das partes interessadas é uma fase que está em vias de conclusão. Dentro de alguns meses teremos essa fase já perfeitamente concluída e teremos que efectivamente passar para a segunda fase. Passar para a segunda fase carece de autorização de aprovação do Governo São Tomé e Príncipe. E é nisso que temos vindo a trabalhar e contamos ter uma resposta nos próximos meses sobre se de facto havemos de avançar ou não. Se avançarmos, teremos que implementar essencialmente duas actividades a primeira, que é a produção do próprio mosquito modificado, que será produzido aqui em São Tomé, com base num mosquito que se encontra em São Tomé e através de tecnologia que será implementada em São Tomé, nomeadamente no Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de São Tomé e Príncipe. Uma vez concretizada a produção de um mosquito modificado, então aí sim, teríamos que avançar para uma fase de libertação experimental. Gostaríamos de iniciar na Ilha do Príncipe e uma vez havendo uma libertação experimental, teríamos depois todo um processo de acompanhamento da situação que nunca será inferior a três anos, entre três a cinco anos e a nossa expectativa", detalhou João Pinto. A libertação de mosquitos geneticamente modificados é algo que pode assustar uma parte da população e, por isso, o UCMI tem trabalhado nos últimos anos junto das comunidades no país para explicar que os mosquitos não vão desaparecer nem deixar de picar as pessoas, vão sim, segundo os estudos levados a cabo até agora, deixar de transmitir o parasita da malária. "É importante fazermos esse engajamento e sensibilização comunitária não só no âmbito do projecto, mas como do paludismo em si. Porque nós constatámos no início do projecto que na comunidade poucas pessoas sabem como é que ocorre o processo de transmissão do paludismo. E associado a isso nós estamos a propor um projecto de tecnologia para combater paludismo, onde é preciso nós sensibilizarmos e continuarmos a informar e explicar às pessoas sobre esta tecnologia", explicou Lodney Nazaré, ponto focal do Envolvimento do UCMI em São Tomé e Príncipe. Ouça aqui Lodney Nazaré: Entre as acções de sensibilização há actividades que consistem em levar microscópios às crianças para que possam ver os mosquitos e compreender como se processa a transmissão do parasita. Actualmente em São Tomé e Príncipe não há óbitos devido à doença, mas há ainda muitas pessoas que ficam doentes, colocando não só as suas vidas em risco, mas também a subsistência das famílias já que muitas mães e pais de família têm de deixar de trabalhar no período de convalescença da doença. Caso o Governo de São Tomé e Príncipe autorize a passagem à segunda fase deste projecto, o país tornar-se-ia um caso de estudo mundial já que nada assim foi ainda tentado noutro território. O UCMI espera agora a resposta das autoridades, tendo já elucidade uma grande parte da população. "A maneira como as pessoas reagem e questionam o procjeto mostra claramente o progresso que há naquilo que é o trabalho de engajamento que nós temos vindo a fazer. A primeira vez que o projeto foi apresentado em São Tomé, as questões eram mais difíceis de responder, fruto também do desconhecimento total daquilo que o projecto estava está a propor. [...] No ano passado chegámos ao estágio em que alguns membros comunitários já fizeram, inclusive vídeos comunitários, a solicitar que devêssemos avançar com o projeto. Dada a compreensão que eles obtiveram do próprio projecto. Não sei se no final teremos um grupo de pessoas advogar junto ao governo sobre o projecto, mas nós de facto esperamos que isso aconteça e quem sabe isso poderá ajudar o governo a decidir sobre o futuro do projecto", concluiu Lodney Nazaré.
O planeta começa hoje a gastar por conta de futuras gerações que terão de pagar tudo isto com juros. O dia da sobrecarga da Terra, segundo a Global Footprint Network, é a data em que a exploração da natureza ultrapassa a capacidade de o planeta a reabastecer durante todo esse ano. Ter um cartão de crédito é um privilégio que se pode transformar numa sentença. Neste episódio, conversamos com Francisco Ferreira, dirigente da associação ambientalista Zero e professor da Universidade Nova de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sabia que o número de casos de cancro da mama está a aumentar? E que atinge mulheres cada vez mais jovens? Neste episódio, a oncologista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo falam sobre mitos e verdades que envolvem a doença. É o cancro com maior exposição mediática, muito graças ao testemunho de várias figuras públicas que, ao partilhar a sua história, ajudam a reduzir o estigma da doença. Os números são alarmantes: em Portugal, uma em cada 12 mulheres será diagnosticada com Cancro da Mama. Em 2022, a patologia já afetava cerca de 9 mil pessoas. Leonor Matos aponta estratégias, implementadas a nível mundial, para alterar esta tendência. Da deteção precoce ao acesso a tratamentos de qualidade, a oncologista analisa as várias fases que antecedem, acompanham e se seguem ao diagnóstico. Sem esquecer os medos e ideias pré-concebidas que rodeiam o tema. Porque é que tantas mulheres se sentem culpadas quando ficam doentes? Pode a gravidez proteger da doença? O que é o ‘oncobrain'? Estas e outras questões são exploradas nesta conversa, que também explica os tratamentos disponíveis e os seus efeitos, ou o impacto de viver com uma doença incurável, em casos limite. Um episódio do [IN]Pertinente a não perder.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISPerfis sobre o cancro (OCDE) International Agency for Research of Cancer (Organização Mundial da Saúde) Breast cancer is projected to rise (Nações Unidas)Global Breast Cancer Initiative (Organização Mundial da Saúde)Breast Cancer Statistics, Portugal (Organização Mundial da Saúde)Fatores de risco do cancro da mama (Liga Portuguesa Contra o Cancro) The impact on productivity costs of reducing unemployment in patients with advanced breast cancer: A model estimation based on a Portuguese nationwide observational study, Vasconcelos de Matos, Leonor et al. The Breast, Volume 79, 103867Cancro de mama no homem: Cardoso F, et al. Characterization of male breast cancer: results of the EORTC 10085/TBCRC/BIG/NABCG International Male Breast Cancer Program. Ann Oncol. 2018 Feb 1;29(2):405-417. Cancro de mama na gravidez: Loibl etl al. ESMO Expert Consensus Statements on the Management of breast cancer during pregnancy (PrBC). Published 10 August 2023 - Ann Oncol ‘Dying for Sex', de Liz Meriwether e Kim Rosenstock (Disney+) BIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».
Até que ponto sabemos lidar com o cancro? Que papel têm a alimentação, o exercício ou os rastreios na prevenção da doença? Neste episódio, a oncologista Leonor Matos e Rui Maria Pêgo falam abertamente sobre o que podemos fazer para reduzir o risco de cancro, e o que está fora do nosso controlo.Nas últimas décadas tem havido avanços importantes na investigação, diagnóstico e tratamento de cancro. No entanto, quem é atingido pela doença, continua a ter mais dúvidas do que certezas. Sem medo de perguntas incómodas, a oncologista Leonor Matos coloca a ciência no centro da conversa para responder às questões que todos queremos saber: há realmente alimentos que previnem – ou provocam - o cancro? A vacinação pode fazer a diferença? Que influência têm os rastreios e quando devem ser feitos? E o estilo de vida, pesa mais do que a genética?Neste episódio, descobrimos ainda os fatores ‘invisíveis' que podem estar a causar doenças oncológicas, os impressionantes benefícios do exercício físico e a importância da relação entre médico e doente - porque enfrentar o cancro não é só uma questão clínica mas também envolve empatia, informação e escolhas difíceis.Oiça o novo episódio do [IN]Pertinente e fique a par de tudo o que a Ciência já sabe... e o que ainda está por explicar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBynum, William, «A Little History of Science», (editora: Yale University press Trade)Garutti M, Foffano L, Mazzeo R, Michelotti A, Da Ros L, Viel A, Miolo G, Zambelli A, Puglisi F. «Hereditary Cancer Syndromes: A Comprehensive Review with a Visual Tool. Genes (Basel)». 2023 Apr 30;14(5):1025Cancer Control: «Knowledge into Action: WHO Guide for Effective» Programmes: Module 2: Prevention.Normas Direção Geral de Saúde relativas a rastreio. Exemplo: Programa de rastreio de base populacional do Cancro do Colo do Útero - NORMA N.º09/2024 de 17/10/2024«Public health policy and legislation instruments and tools: an updated review and proposal for further research», Organização Mundial da Saúde«The Genetics of Cancer», National Cancer InstituteCancro e fatores de risco (fact sheet), Organização Mundial da SaúdeCancro e fatores de risco, International Agency for Research on Cancer (OMS)«Be physically active», World Cancer Research Fund InternationalBIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».
O “Autores e Livros Dose Extra” desta semana destaca o trabalho da escritora, editora e pesquisadora Maria Viana, autora da trilogia publicada pela Elo Editora: “O amor na poesia brasileira”, “O amor na poesia portuguesa” e “A poesia do nome”. Na entrevista, Maria apresenta a proposta das obras, que reúnem poemas brasileiros e portugueses — dos clássicos às vozes menos conhecidas — e exploram a inspiração de nomes femininos que atravessam a literatura e as artes. A autora também fala sobre o desafio de organizar os livros respeitando a cronologia das escolas literárias e, ao mesmo tempo, dialogar com a sensibilidade do leitor contemporâneo. Outro destaque da conversa é a preocupação com a formação do leitor literário e com a inclusão. A trilogia traz recursos como audiodescrição, narrada pela própria autora, e acessibilidade em Libras, o que amplia o acesso à poesia para mais leitores. Sobre a autora: Maria Viana é escritora, tradutora e pesquisadora. Nascida em Carangola (MG), vive em Lisboa, onde é doutoranda na Universidade Nova de Lisboa. Suas obras já foram premiadas e integram programas como PNLD e PNBE.
Moçambique assinala neste 25 de Junho de 2025, os 50 anos da sua independência. Por esta ocasião, a RFI propõe-vos um percurso pela história do país e a sua luta pela liberdade. No décimo segundo episódio desta digressão, evocamos a luta de libertação e a independência de Moçambique vista a partir de Portugal. A guerra de libertação e a proclamação da independência foram um sismo na História de Moçambique mas também de Portugal que a partir de 1975 reintegrou as suas fronteiras iniciais, na periferia da Europa. Membro eminente da diáspora moçambicana em Lisboa, o artista Lívio de Morais viveu boa parte da sua vida nesse Portugal já sem império. Chegado em 1971 para estudar Belas-Artes, ele fundou a sua família e foi docente na zona de Lisboa. Em entrevista à RFI, ele começou por contar os seus primeiros tempos difíceis, como líder estudantil e militante independentista, enfrentando o racismo e o medo de ser preso pela PIDE, a polícia política. "Eu estava na associação como um dos dirigentes da Associação da Escola de Belas Artes e nós éramos rebeldes. E através da arte é possível fazer política. Eu desconfiava. Tive colegas, um de Cabo Verde, outro não sei de onde que fugiram. Foram para a Holanda, porque o ambiente não estava nada bom. Os professores tinham tendência a querer chumbar-nos. Sentia se o racismo dentro da faculdade e nós normalmente não comíamos dentro da faculdade e íamos andando de um lado para o outro. Procurávamos onde havia sossego e paz. Juntávamo-nos e falávamos sempre da política", começa por contar o artista. "O que era incómodo era poder se falar na luta de libertação. Porque aqui a Frelimo era considerada terrorista. Portanto, eu não podia declarar-me ‘terrorista', ou seja, da Frelimo. E, portanto, era apolítico por fora. Mas entre nós, africanos, não tínhamos outra linguagem" recorda o antigo professor que ao lembrar-se da atmosfera vivenciada aquando do 25 de Abril de 1974, fala de um sentimento de "inebriamento". "Estivemos a tocar tambores -e eu ainda tenho o meu tambor que andei a tocar- contentes, confiantes que estava tudo bem e que tudo ia resultar. Claro, havia uma certa dúvida sobre o fim da guerra, se até ao ano seguinte, na independência, se não teria um retorno, porque conforme a História, as coisas podem dar em golpe de estado", recorda Lívio de Morais referindo contudo nunca ter pensado em regressar ao seu país por considerar ser mais útil permanecendo no seio da Diáspora. Olhando para o seu país de longe, o pintor e escultor mostra-se algo crítico relativamente às escolhas que têm sido feitas. "Às vezes fico baralhado. Não sei se tenho que falar ou não, porque coisas absurdas acontecem. Todo o mal de Moçambique tem a ver com a administração da economia. Tem a ver com a distribuição da riqueza. Tem a ver com o desenvolvimento regional, porque há uma concentração em Maputo. A primeira coisa que Moçambique deveria fazer era efectivamente espalhar esse desenvolvimento, essa riqueza de norte a sul, com certo equilíbrio", considera Lívio de Morais. Relativamente a Portugal e à forma como é encarado, o artista que é muito activo na vida da zona onde reside, nas imediações de Lisboa, fala dos preconceitos que ainda podem subsistir. "O racismo é camuflado, está na mente das pessoas, não é aberto como era no tempo que eu estava como estudante. Quando eu estava a namorar, em 1976. Eram palavrões de todo o lado, como se tivesse cometido algum erro. Mas agora é normal, porque Portugal tem muitas culturas. Eu, pelo menos procuro lapidar logo que aparece uma cena dessas. A ideia que há sobre o africano na Europa. Os meus filhos são portugueses, mas têm a mistura da cor da mãe portuguesa e a mistura da cor do pai, que é moçambicano. O mundo tem que ser assim", diz Lívio de Morais que sobre o crescimento da extrema-direita em Portugal considera que "é uma vitória do racismo", mas que ele não vai prevalecer. "Não vão conseguir acabar com os africanos, com os indianos ou com os cidadãos do Bangladeche. Como nós, em Moçambique, não estamos interessados em acabar com os que nos querem. Quem vai a Moçambique, sendo portugueses, ingleses, franceses, etc, nós aceitamos porque é um meio de investimento, de desenvolvimento, de turismo, de bom conviver, da paz e vai ao encontro dos Direitos Humanos. O que dizem os Direitos Humanos? O ser humano é livre de escolher onde se sente seguro, onde se sente melhor para sua sobrevivência e vivência. Queiramos ou não queiramos, vamos nos aperceber que dentro de dez, 20, 30 anos, não haverá essa diferença que existia no passado dos pretos, dos brancos, dos amarelos", lança Lívio de Morais. 50 anos depois de Moçambique e de outros países de África Lusófona acederem à independência, falta ainda mudar a percepção desse passado em Portugal, apesar de ter existido um consenso contra a guerra colonial no seio da população portuguesa, diz Bernardo Pinto da Cruz, investigador especializado nesse período ligado à Universidade Nova de Lisboa. "Os estudos que existem acerca da opinião pública no último período do imperialismo português apontam que havia, de facto, um consenso contra a guerra colonial. Consenso esse que se refletia na composição das Forças Armadas e, depois do Movimento das Forças Armadas, que vieram a dar o 25 de Abril de 1974. Todavia, nós sabemos que grande parte da população era analfabeta e a iliteracia pesava muito num contexto em que a censura era recorrente, quotidiana", começa por constatar o estudioso. Sobre a forma como se apresenta a narrativa em torno da descolonização após o 25 de Abril, o investigador considera que "há duas fases distintas". "Até 1994-95, há uma espécie de cristalização de um tabu acerca da guerra colonial. Um tabu marcado sobretudo por um imaginário da esquerda. E, portanto, aqui temos um duplo legado. Portanto, o legado da descolonização é o legado da transição para a democracia. Depois, em 1994-95, dá-se uma explosão da memória. Pelo menos é assim que os historiadores e os cientistas políticos falam acerca desse período. Explosão da memória, em que a esse imaginário de esquerda começa a ser contraposto um imaginário de direita em que se começa a reequacionar a bondade da descolonização, o próprio processo de descolonização. E essa fase segue, grosso modo, uma desmobilização do tema da descolonização como um tema quente que era debatido no Parlamento português", diz o especialista em ciência política. Questionado sobre alguns dos efeitos da descolonização em Portugal, nomeadamente o regresso dos chamados ‘retornados' ao país dos seus antepassados, Bernardo Pinto da Cruz baseia-se nas conclusões de um livro recente da autoria do investigador João Pedro Jorge. "Foram encarados com suspeição por parte dos portugueses, também por parte de uma certa esquerda que temia que os ‘retornados' viessem engrossar as fileiras de apoio aos movimentos reacionários. Mas o que nós hoje sabemos é que foram uma força muitíssimo importante para a consolidação do Estado providência português, isto é, medidas assistencialistas de bem-estar. Os ‘retornados' foram uma força viva que permitiu ao Estado português reorientar-se de uma ditadura para a democracia", diz o universitário ao referir que o preconceito que existia em relação a essa categoria da população portuguesa tende agora a diluir-se. Sobre os militares que combateram nas diversas frentes na Guiné, em Moçambique e Angola, o pesquisador dá conta das contradições às quais ele e seus pares têm de fazer frente. "Temos aqui um problema para fazer investigação. Por um lado, honrar a memória é também honrar as necessidades que esses veteranos de guerra têm hoje em dia. (…) Por outro lado, nós temos de encarar de frente o problema dos crimes de guerra. E quando queremos encarar de frente os crimes de guerra, nós sabemos que eventualmente vamos estar a mexer não só com as memórias dessas pessoas, mas também com as suas famílias. Acabaremos sempre por contribuir também para a estigmatização dessas pessoas", refere Bernardo Pinto da Cruz. Evocando o caso ainda mais delicado dos africanos que combateram sob bandeira portuguesa, o especialista da descolonização diz que a única forma de lidar com com esse "dualismo em que se quer encerrar as pessoas é, talvez recuperarmos o papel do Estado português, das Forças Armadas portuguesas no aliciamento, no recrutamento forçado dessas pessoas". Por fim, ao comentar a crescente tentação que existe em Portugal de "branquear" o seu passado colonial, Bernardo Pinto da Cruz refere que "a visão mais corrente dentro da academia portuguesa é a da necessidade de descolonizar as mentes. E isso é sobretudo verbalizado por sociólogos do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, que fizeram um trabalho importantíssimo acerca do que se costuma chamar de ‘amnésia histórica'. Essa ‘amnésia histórica ‘a propósito do colonialismo seria, no entender desses investigadores, um resultado do enorme impacto da ideologia oficial do Estado Novo que é o luso-tropicalismo. E esse luso-tropicalismo ainda hoje perdura nas mentes dos portugueses e, portanto, nós precisamos de descolonizar as mentes dos portugueses. Eu sou muito céptico a respeito disso. Eu reconheço o importantíssimo trabalho destes investigadores, mas eu sou muito céptico acerca do impacto que uma ideologia pode ter na prática para acreditarem a despeito de toda a prova empírica em contrário, de que Portugal não era um país racista. As últimas sondagens, por exemplo, do ano passado, a respeito dos 50 anos do 25 de Abril, mostram justamente isso : mais de metade dos portugueses acredita que o desenvolvimento dos povos foi a característica-chave do colonialismo português. Eu não discuto isso. Agora, dizer que isso está correlacionado a uma ‘amnésia histórica', eu não acredito. As pessoas sentem-se mais à vontade para falar, até porque têm uma oferta partidária hoje que lhes permite falar muito mais abertamente desse tópico", considera o estudioso acerca do racismo em Portugal. Podem ouvir os nossos entrevistados na íntegra aqui: Podem também ver aqui algumas das obras do artista moçambicano Lívio de Morais, recentemente expostas no Centro Cultural Lívio de Morais, na zona de Sintra, no âmbito da celebração dos 50 anos da independência de Moçambique:
Human Entities 2025: culture in the age of artificial intelligenceNinth editionWed 14 May 2025, 6.30pmArtist Talk: Welcome to Jankspace, babesDaniel FelsteadContent producerJankspace is the leaking residual of the stack as it metabolises meatspace into hallucinogenic sludge. It's the Uberdriver's chaotically impressive multi-display setup of knotted cables, flashing screens and beeping notifications. It's literally us and our gorgeously fucked-up, uncomputable bodies that we know aren't quite programmed right and no amount of optimization is going to fix. In this artist talk Daniel will use the concept of jankspace to explore some of the central themes of his practice, namely, the aesthetic derangement of everyday digital culture, our unhinged mediated bodies, and the idiotic delusions of transhumanism.Daniel FelsteadDaniel Felstead is an academic and content producer whose practice focuses on the relationship between the body, technology, and culture. e is the course leader of MA Fashion Media & Communication at the London College of Fashion (UAL). Daniel has spoken and exhibited internationally including Architectural Association, Berlin Critics Week, Die Angewandte, Fundació Foto Colectania, Global Art Forum, MAPS, ICA, PAF, RCA, RISD, Shedhalle, Transmediale and V&A Museum. His PhD explored speculative modes of production, complex systems and the platform in relation to participatory art. Most recently Daniel has produced a series of critically acclaimed short film commissions that explore the myths, ideologies and realities of the metaverse, AI, biotech and neural media.https://www.instagram.com/felstead.danielCreditsOrganised by CADA in partnership with Lisbon Architecture Triennale and Faculty of Fine Arts, University of LisbonProgrammed by Jared Hawkey/Sofia Oliveira with guest programmers: Andrea Pavoni, Lavínia Pereira and Olivia Bina.CADA is funded by: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das ArtesSupport: Câmara Municipal de Lisboa; Universidade NOVA de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia – NOVA LINCS; Instituto Ciências Sociais, Universidade de Lisboa; DINAMIA'CET (ISCTE-IUL) and Faculdade Belas Artes, Universidade de Lisboa, Departamentos de Design de Comunicação e Arte Multimédia.Art direction + graphic design: Emir KaryoPhotography: Renato ChorãoSound: Fernando Fadigas
Human Entities 2025: culture in the age of artificial intelligenceNinth editionThur 5 June 2025, 6.30pm; book-signing session at 6pmPlanta Sapiens: Rethinking Intelligence in the Living WorldPaco CalvoProfessor of Philosophy of Science, Principal Investigator of the Minimal Intelligence Laboratory (MINT Lab) at the University of Murcia (Spain)Our conventional understanding of intelligence has long been shaped by human and animal models, leaving little room to consider the cognitive potential of plants. However, emerging research challenges this perspective, revealing that plants engage with their surroundings in ways that suggest problem-solving, flexible adaptation, and even anticipatory forms of behavior.In this talk, I will present key findings, exploring how plants process information, respond to stimuli, and coordinate their actions through sophisticated signaling mechanisms. Beyond the scientific discoveries, these insights prompt deeper philosophical questions. Why do we struggle to conceive of plants as more than passive organisms? What assumptions shape our tendency to separate the human from the nonhuman, intelligence from instinct, or agency from environment? Our conceptual and linguistic frameworks are often ill-equipped to accommodate the possibility that plants, too, participate in the web of cognition. By questioning these biases, we open the door to a more expansive and inclusive view of life; one that recognizes intelligence as a broader, more distributed phenomenon across biological systems. This shift in perspective not only deepens our understanding of plants but also challenges us to rethink fundamental ideas about mind, perception, and the interconnected nature of all living beings.Paco CalvoProfessor of Philosophy of Science, Principal Investigator of the Minimal Intelligence Laboratory (MINT Lab) at the University of Murcia (Spain). His research interests range broadly within the cognitive sciences, with special emphasis on plant intelligence, ecological psychology and embodied cognitive science, robotics and AI. He uses time-lapse photography to explore perception-action and learning in plants. His scientific articles have appeared in Annals of Botany, Biochemical and Biophysical Research Communications, Frontiers in Neurorobotics, Frontiers in Robotics and AI, Journal of the Royal Society, Plant, Cell & Environment, Plant Signaling & Behavior, Scientific Reports, and Trends in Plant Science, among other journals. He is author of the popular science book Planta Sapiens ( 2023; with Natalie Lawrence).https://www.um.es/mintlab/index.php/about/people/paco-calvoCreditsOrganised by CADA in partnership with Lisbon Architecture TriennaleProgrammed by Jared Hawkey/Sofia Oliveira with guest programmers: Andrea Pavoni, Lavínia Pereira and Olivia Bina.CADA is funded by: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das ArtesSupport: Câmara Municipal de Lisboa; Universidade NOVA de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia – NOVA LINCS; Instituto Ciências Sociais, Universidade de Lisboa; DINAMIA'CET (ISCTE-IUL) and Faculdade Belas Artes, Universidade de LisboaArt direction + graphic design: Emir KaryoPhotography: Joana LindaSound: Diogo Melo
Investigadores da Universidade Nova de Lisboa estão a desenvolver proteínas capazes de ajudar a travar futuras pandemias.
Human Entities 2025: culture in the age of artificial intelligenceNinth editionWed 28 May 2025, 6.30pmNotes on ‘Content'Caroline BustaWriter and editorAs one-point perspective gives way to collective forms of knowing, media proliferates with no end, text is increasingly scanned and sensed more than read, and the myth of the individual-creative-genius is dissolved by the logic of swarm-trained LLMs, we are undergoing an epochal shift in human expression and reception. Surveying this communicational climate change, New Models co-founder Caroline Busta will examine the role of ‘content' therein and some emergent frameworks of adaptation.Caroline BustaCaroline Busta is a co-founder of the critical media channel New Models. She was previously EIC of Texte zur Kunst, and an Assoc. Editor of Artforum. She co-edited Holly Herndon & Mat Dryhurst's survey catalogue, All Media is Training Data (2024, Serpentine/König) and her recent essay ‘Hallucinating sense in the era of infinity-content' appears in the SS24 issue of Document journal.https://studio.newmodels.ioCreditsOrganised by CADA in partnership with Lisbon Architecture TriennaleProgrammed by Jared Hawkey/Sofia Oliveira with guest programmers: Andrea Pavoni, Lavínia Pereira and Olivia Bina.CADA is funded by: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das ArtesSupport: Câmara Municipal de Lisboa; Universidade NOVA de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia – NOVA LINCS; Instituto Ciências Sociais, Universidade de Lisboa; DINAMIA'CET (ISCTE-IUL) and Faculdade Belas Artes, Universidade de LisboaArt direction + graphic design: Emir KaryoPhotography: Joana LindaSound: Diogo Melo
Professora Julia Gracia e advogado Francisco Pimenta analisam lei de proteção de denunciantes à luz de novo estudo da Universidade Nova. Luís Rosa explica novos desenvolvimentos da Operação Marquês.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A Polónia vai mudar de presidente, mas a extrema-direita vai manter-se na chefia de Estado. Sai Duda e entra Nawrocki, um candidato apoiado por Trump. O primeiro-ministro Donald TUSK, que tirou a extrema-direita do governo há apenas dois anos, estava à espera que o candidato moderado ganhasse as presidenciais mas isso não aconteceu. A Europa volta a levar um banho de água fria. Neste episódio, conversamos com a investigadora do IPRI Madalena Meyer Resende, professora na Universidade Nova de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
É a palavra que ninguém quer ouvir e que quando verbalizada num diagnóstico médico tem o poder de mudar uma vida. Uma em cada quatro pessoas pode vir a desenvolver algum tipo de cancro ao longo da vida e a incidência entre os mais jovens está a aumentar.Os números são impressionantes, mas também nos dizem que a mortalidade está a diminuir. Estima-se que haja no mundo, segundo os dados mais recentes, mais de 50 milhões de sobreviventes de cancro.No primeiro de quatro episódios sobre o tema, Rui Maria Pego e a oncologista Leonor Matos exploram a trajetória do cancro: da origem da palavra, passando pelo primeiro registo histórico, até aos dias de hoje. Nesta conversa, deixamos a Ciência explicar o que é afinal o cancro e desmontar ideias feitas sobre causas e curas milagrosas, que proliferam nas redes sociais.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMUKHERJEE, Siddhartha,«O Imperador de Todos os Males» (2012, Bertrand)SOBRINHO SIMÕES, Manuel, «O Cancro» (2014, Fundação Francisco Manuel dos Santos)«Global Cancer Observatory», OMS Liga Portuguesa Contra o CancroBIOSLEONOR MATOSMédica oncologista e investigadora, trabalha na Fundação Champalimaud, onde se dedica ao tratamento do Cancro de Mama, integrando também o grupo de investigação em qualidade de vida e exercício físico. É assistente convidada e orientadora de alunos do mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Lidera ensaios clínicos na área do cancro de mama.RUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.
Southern Portugal's alentejo region is the location setting for our tour of sustainability practices but Portugal is facing a range of different environmental challenges that will become more pronounced in coming years. In this episode with guest prof. Francisco Ferreira, we delve into the water, heat and other climate issues.Francisco Ferreira is a professor of Environmental Engineering at Universidade Nova de Lisboa and president of the environmental NGO ZERO, recognized for his extensive work on air quality, climate change, and sustainable development in Lisbon and across Portugal.Download the FREE ‘Into The Heat' ebook:
Diversos investigadores da Universidade Nova de Lisboa estão envolvidos num projecto para descobrir alternativas antimicrobianas aos antibióticos.
Diz o Gary Vaynerchuk que todos os negócios deveriam transformar-se em empresas de media. Se é assim, convém estarmos atentos ao que fazem essas empresas para atrair e envolver as suas audiências. Por exemplo, num canal de televisão, uma ferramenta central para esse envolvimento é a interação em tempo real dos telespectadores com o que vêem, através de plataformas digitais.Estamos a falar, neste caso, de ferramentas construídas para grandes audiências, muito diferentes das que podem ser úteis à típica empresa B2B. Mas, como a natureza humana não muda, os mecanismos que geram o envolvimento são os mesmos. Que mecanismos são esses? E como podem ser usados por empresas de todos os tamanhos?Para nos ajudar a responder, ninguém melhor do que os convidados deste episódio: a Carolina Rosa e o Pedro Centieiro, da Magycal, empresa que concebe e implementa plataformas com as quais interagem, diariamente, milhares de telespectadores.Ouça o episódio e descubra:Como fazer a sua audiência passar da atenção à açãoComo criar comunidades digitais verdadeiramente ativasComo usar os dados para gerar engagement em tempo realComo fugir à dependência exclusiva das redes sociais no seu marketingO ingrediente que permite mesmo a uma pequena empresa chegar com facilidade a grandes clientesSobre os convidados:Perfil da Carolina Rosa no LinkedInPerfil do Pedro Centieiro no LinkedInSite da MagycalPerfil da Magycal no LinkedInPerfil da Magycal no InstagramPerfil da Magycal no FacebookProjeto Viva Ronaldo Pessoa mencionada:Gary Vaynerchuk Empresas, marcas e instituições mencionadas:Universidade Nova de LisboaWaze BetanoCanal Panda PortugalTVI RealityOPTO SICCNN PortugalSIC NotíciasBig BrotherSport TV Livros recomendados:Ed Catmull e Amy Wallace - CriatividadeBJ Fogg e Dean Eckles - Mobile PersuasionGreat Mondays - Josh LevineThe Coming Wave - Mustafa SuleymanThe Design of Everyday Things - Donald Norman Para continuar a acompanhar-nos vá ao site da Hamlet e fique em dia com a comunicação de marketing B2B no nosso blog e ao subscrever a Newsletter B2B da Hamlet.Siga-nos também no LinkedIn, Instagram e Facebook.
Quantas vezes já ouviu que devia dormir mais, comer melhor ou fazer exercício? E se lhe disséssemos que um bom estilo de vida não é igual para todos? Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo desafiam as ideias feitas sobre saúde física e mental.Entre mitos e verdades científicas, percebemos por que motivo o sono é um autêntico «seguro de vida» para o cérebro - numa altura em que um em cada dez portugueses sofre de perturbações significativas neste domínio. Surpreendentemente, também ficamos a conhecer o poder do nosso «segundo cérebro» e como o microbioma e uma dieta não inflamatória podem influenciar diretamente a nossa saúde mental.Além disso, percebemos que os influencers e especialistas em produtividade que se gabam de dormir apenas 4 horas e fazer várias «power naps» durante o dia estão, afinal, a prejudicar a própria saúde. E, contrariando a ideia do «trabalho como o mau da fita», descobrimos que cerca de 30% das pessoas o consideram essencial para o seu bem-estar.O mais fascinante? A forma como os nossos genes e personalidade se combinam com as circunstâncias socioeconómicas para definir o estilo de vida que realmente funciona para cada um de nós. A verdade é que as rotinas que beneficiam uma pessoa podem ser devastadoras para outra.Numa era em que as redes sociais e os «gurus» do bem-estar nos dizem constantemente como devemos viver através dos seus métodos universais, este episódio oferece uma perspectiva libertadora: não há uma fórmula única para uma vida saudável. E sim, é possível construir relações significativas com quem tem um estilo de vida completamente diferente do nosso.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISTrabalho:GLASSDOOR, Q3 2015 Employment Confidence Survey (2015, Glassdoor)ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, Health and Work (2024, OECD)ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, OECD Better Life Index: Portugal (2024, OECD)SALVAGIONI, Denise A. J. et al., Physical, psychological and occupational consequences of job burnout: A systematic review of prospective studies (2017, PLoS One)THE JOBLIST, The Elusive Work-Life Balance (2023, JobList Trends)Exercício físico:CHEKROUD, Sammi R. et al., Association between physical exercise and mental health in 1·2 million individuals in the USA between 2011 and 2015: a cross-sectional study (2018, The Lancet Psychiatry)KHAN, Asaduzzaman et al., Dose-dependent and joint associations between screen time, physical activity, and mental wellbeing in adolescents: an international observational study (2021, The Lancet Child & Adolescent Health)PEARCE, Matthew et al., Association Between Physical Activity and Risk of Depression: A Systematic Review and Meta-analysis (2022, JAMA Psychiatry)Alimentação:JACKA, Felice, Brain Changer (2019, Yellow Kite)Sono:GOMES, Sofia, O Sono dos Portugueses (2023, Oficina do Livro)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.
Diversos investigadores da Universidade Nova de Lisboa estudam uma bactéria resistente a antibióticos, para perceber como é que ela entra para dentro dos nossos órgãos.
Sabia que cada vez que interrompemos uma tarefa para espreitar as redes sociais, demoramos 25 minutos a recuperar a concentração por completo? Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo analisam a forma como a tecnologia e, em especial, os smartphones estão a capturar a nossa atenção e a reconfigurar o funcionamento do cérebro.Ao longo da conversa, a dupla desconstrói o «circuito da recompensa» e explica como os algoritmos tentam monopolizá-lo para nos manter ligados a todo o momento. Resultado? Nos últimos dez anos, a capacidade de concentração (attention span) das crianças diminuiu de 12 para 8 segundos.Os dados sobre exposição digital precoce são reveladores: 50% das crianças até aos 3 anos já têm o seu próprio dispositivo e a percentagem de jovens com smartphone saltou de 30% para 80% entre 2015 e 2020. Esta digitalização acelerada não é inócua - estudos recentes demonstram a correlação entre o uso crescente de redes sociais e o aumento das taxas de ansiedade e depressão em adolescentes.Perante este cenário, abordam-se questões como a regulação do uso de telemóveis nas escolas e os riscos e oportunidades das «IA-terapeutas». Uma discussão necessária num momento em que mecanismos digitais colocam o nosso cérebro analógico em modo SOS, forçado a processar um fluxo incessante de estímulos para os quais não está biologicamente preparado.REFERÊNCIAS ÚTEISHAIDT, Jonathan, «A Geração Ansiosa» (2023, Lua de Papel)HARI, Johann, «Sem Foco» (2023, Lua de Papel)THORNE, Jack, GRAHAM, Stephen, «Adolescence» (2023, Netflix)GIRELA-SERRANO, Braulio M., et al., «Impact of mobile phones and wireless devices use on children and adolescents' mental health: a systematic review» (2024, European Child & Adolescent Psychiatry)VAN DEN HEUVEL, Meta, et al., «Mobile Media Device Use is Associated with Expressive Language Delay in 18-Month-Old Children» (2019, Journal of Developmental Pediatrics)RAYCE, Signe Boe, et al., «Mobile device screen time is associated with poorer language development among toddlers: results from a large-scale survey» (2024, BMC Public Health)SANTOS, Renata Maria Silva, et al., «The Association between Screen Time and Attention in Children: A Systematic Review» (2022, Scientific Reports)SKOWORONEK, Jeanette, et al., «The mere presence of a smartphone reduces basal attentional performance» (2023, Scientific Reports)TYMOFYEYEVA, Olga, et al., «Neural Correlates of Smartphone Dependence in Adolescents» (2020, Frontiers in Human Neuroscience)KEMP, Elyria, CHILDERS, Carla Y., «Insta-Gratification: Examining the Influence of Social Media on Emotions and Consumption» (2021, The Journal of Social Media in Society)ANDERL, Christine, et al., «Directly-measured smartphone screen time predicts well-being and feelings of social connectedness» (2024, Journal of Social and Personal Relationships)BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.
Ekrem Imamoglu, presidente da câmara de Istambul e principal adversário do líder turco, continua preso por acusações de corrupção e suborno, mas a oposição e milhares de manifestantes consideram que a sua detenção tem motivações políticas. Oiça aqui o mais recente episódio do podcast O Mundo A Seus Pés, com José Pedro Teixeira Fernandes, investigador no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Linguista e antigo diretor da Universidade Nova de Lisboa, foi ministro da Educação no último governo de Costa. Uma fase “dura”, a enfrentar muitas greves dos professores, que não deixou saudades. “Nunca pus em causa a legitimidade do que os professores pediam. O pior dia enquanto ministro terá sido quando a minha mãe foi insultada por ser filho dela. Aí pensei bater com a porta.” No final do ano passado publicou o livro “Manifesto pelas Identidades e Famílias - Portugal Plural”, como um desabafo para desmontar as “falácias” dos supostos ataques à “família tradicional”. Quanto a isso, o atual diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva, fala do poder da educação e da arte, como defesa da liberdade, da diversidade e dos direitos fundamentais. E revela pela primeira vez a depressão crónica que sofre desde cedo, invisível aos outros, diagnosticada há 7 anos, e a resistência interna que teve de vencer até pedir ajuda. “É um quadro solitário, porque há estigma, não se fala.” Ouçam-no na primeira parte da conversa com Bernardo MendonçaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio falo com 2 estudantes da Licenciatura em Conservação e Restauro Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da Escola Superior de Tecnologia de Tomar do Instituto Politécnico de Tomar. O que aprendes nesta licenciatura? Quais as saídas profissionais e o ambiente na instituição? TUDO o que precisas de saber nesta LIVE!
Ricardo Luz entrevista João Pedro Marques, historiador, investigador e escritor, especialista em história da escravatura e da sua abolição. Doutorado em História pela Universidade Nova de Lisboa, foi investigador e Presidente do Conselho Científico do Instituto de Investigação Científica Tropical. Assistir no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=KXkr22a7Vm4
“Agora invoca-se Deus para tudo, temos terrorismo dos dois lados”. Nesta emissão, gravada ao vivo no Podfest, no grande auditório da reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Miguel Sousa Tavares denuncia as declarações de um ministro israelita que sugere a eliminação de qualquer futuro viável para os palestinianos em Gaza, usando Deus como justificação. Frente a frente com a jornalista Paula Santos, o cronista comenta o impasse da vontade dos potenciais candidatos à Presidência da República, como Gouveia e Melo, Mário Centeno e António José Seguro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao vivo no Podfest, a decorrer na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, neste episódio especial do Expresso da Manhã, Paulo Baldaia recebe o jornalista Vítor Matos e o almirante Henrique Gouveia e Melo para falar sobre a defesa da Europa, os desafios de fortalecer as capacidades militares do continente e as exigências de Donald Trump em mais um mandato à frente dos destinos da Casa Branca.See omnystudio.com/listener for privacy information.
João Miguel Tavares é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Foi jornalista do Diário de Notícias e fundador da revista Time Out. É atualmente colunista do Público, comentador do "Governo Sombra" e coautor do programa "E o Resto É História" na rádio Observador. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Inscreva-se ou ofereça o Curso de Pensamento Crítico: https://bit.ly/cursopcritic -> Artigo na revista Sábado. _______________ Índice: (0:00) Introdução (2:33) Estamos a viver uma revolução nos media? (39:16) Crise da autoridade dos media | “legacy media” (39:16) “Porque se parecem os jornais todos uns com os outros?” (45010) Como lidar com temas difíceis (minorias, imigração, etc) (1:04:22) Discurso do Chega sobre os ciganos | Andrew Sullivan (1:15:37) O que esperar no futuro? Livro recomendado: The Storytelling Animal, Jonathan Gottschall ______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira ______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos
Pedro Siza Vieira é advogado, professor e antigo Ministro da Economia. Actualmente, é sócio da sociedade de advogados PLMJ, tendo sido anteriormente sócio da Morais Leitão e da Linklaters. É professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Foi Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital do XXII Governo da República Portuguesa, entre 2017 e 2022. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Inscreva-se ou ofereça o Curso de Pensamento Crítico, com 10% de desconto até final do ano: https://bit.ly/cursopcritic _______________ Índice: (0:00) Introdução (06:07) As últimas décadas da economia portuguesa (16:34) Evolução desde a pandemia | Previsões da CE | Causas: investimento na educação (estrutural), guerra e cadeias de produção (conjuntural) (29:16) Porque emigram tantos jovens qualificados? (35:40) A evolução das instituições, dos anos 1960 até hoje | Prémios Nobel Economia 2024 (44:23) O problema da justiça (46:21) Desinvestimento na Administração Pública | Corrupção Eurobarómetro | Relatório Draghi | A oportunidade das energias renováveis (01:01:40) Aumento das exportações e do Investimento Direto Estrangeiro (01:08:31) Experiência enquanto Ministro da Economia. Como investidores estrangeiros olham para a nossa economia? | Desafios do tecido económico PT | Porque é difícil fazer fusões e aquisições de empresas em Portugal? (01:24:26) Como é que um jurista olha para a economia? (01:30:31) De volta ao início: prioridades futuras Livro recomendado: A Jornada da Humanidade, de Oded Galor
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O DUCENTÉSIMO DÉCIMO episódio do Podcast Dar Voz A esQrever
Neste episódio especial, falamos com Ana Rita Rocha, investigadora do Instituto de História Contemporânea e do Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa, sobre a pobreza e a marginalidade na Idade Média portuguesa. Tentamos compreender, por exemplo, que instituições existiam para assistir os pobres e os marginais, qual o papel do rei, do poder local e da igreja, e quais as fontes para estudar este tema. Sugestões de leitura 1. Maria José Pimenta Ferro Tavares - Pobreza e morte em Portugal na Idade Média. Lisboa: Presença, 1989. 2. Edite Martins Alberto, Rodrigo Banha da Silva e André Teixeira (eds) - O Hospital Real de Todos-os-Santos: Lisboa e a Saúde. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa / Santa Casa da Misericórdia, 2021. 3. Ana Rita Rocha - A assistência em Coimbra na Idade Média: dimensão urbana, religiosa e socioeconómica (séculos XII a XVI). Coimbra: tese de doutoramento apresentada à FLUC, 2019. Disponível online: https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/88788 ----- Obrigado aos patronos do podcast: André Silva, Andrea Barbosa, Bruno Ricardo Neves Figueira, Cláudio Batista, Isabel Yglesias de Oliveira, Joana Figueira, NBisme, Oliver Doerfler, Pedro Matias; Alessandro Averchi, Alexandre Carvalho, Daniel Murta, David Fernandes, Francisco, Hugo Picciochi, João Cancela, João Pedro Tuna Moura Guedes, Jorge Filipe, Luisa Meireles, Manuel Prates, Patrícia Gomes, Pedro Almada, Pedro Alves, Pedro Ferreira, Rui Roque, Vera Costa; Adriana Vazão, André Abrantes, André Chambel, André Silva, António Farelo, António Silva, Beatriz Oliveira, Bruno Luis, Carlos Castro, Catarina Ferreira, Diogo Camoes, Diogo Freitas, Fábio Videira Santos, Filipe Paula, Gn, Hugo Vieira, Igor Silva, João Barbosa, João Canto, João Carlos Braga Simões, João Diamantino, João Félix, João Ferreira, Joel José Ginga, José Santos, Luis, Luis Colaço, Miguel Brito, Miguel Gama, Miguel Gonçalves Tomé, Miguel Oliveira, Miguel Salgado, Nuno Carvalho, Nuno Esteves, Pedro Cardoso, Pedro L, Pedro Oliveira, Pedro Simões, Ricardo Pinho, Ricardo Santos, Rúben Marques Freitas, Rui Rodrigues, Simão, Simão Ribeiro, Sofia Silva, Thomas Ferreira, Tiago Matias, Tiago Sequeira, Vitor Couto. ----- Ouve e gosta do podcast? Se quiser apoiar o Falando de História, contribuindo para a sua manutenção, pode fazê-lo via Patreon: https://patreon.com/falandodehistoria ----- Música: “Five Armies” e “Magic Escape Room” de Kevin MacLeod (incompetech.com); Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License, http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 Edição de Marco António. Apoio técnico: 366 Ideias (366ideias@gmail.com)
Vasco Diogo was born in 1970 in Lisbon. Diogo is now an Experimental Director, Performer, Video Artist, and New Media and Cinema Assistant Professor at the University of Beira Interior (Covilhã-Portugal).Arts and Communication Researcher at Communication Sciences PhD by Universidade Nova de Lisboa: "Video: Specificity, Hybridity and Experimentation" (scholarship of Foundation for Science and Technology - FCT), 2008. Vasco Diogo has won more than 50 awards in experimental cinema at international festivals. Drawing, photography, poetry, electro-acoustic music, and mixed media are other work areas. --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/experimentalfilmpodcast/support
Ao longo de três dias, Vladimir Putin junta numa cimeira dos BRICS mais de 30 países e mostra que a ideia de que está isolado por causa da guerra na Ucrânia é uma ficção. Moscovo anunciou ter agendada uma reunião bilateral do presidente russo com o secretário-geral das Nações Unidas. O gabinete de António Guterres não confirmou oficialmente. Estará a ponderar os prós e os contras. Neste episódio, conversamos com Raquel Vaz Pinto, comentadora da SIC, professora da Universidade Nova e investigadora no IPRI.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Historicidade deste mês traz a entrevista com a professora Dra. Verônica Calsoni Lima (UFTM). Neste episódio ela nos conta os resultados da sua pesquisa sobre censura à imprensa na época moderna. Este é um tema importante que nos ajuda a historicizar a censura, algo que tem sido muito debatido contemporaneamente. Pudemos aprender sobre o surgimento e o funcionamento do mercado editorial, especialmente na Inglaterra onde também foram estabelecidos os critérios para a censura de determinados materiais considerados ofensivos ou perigosos. A entrevistada nos leva em uma viagem até meados do século XVII, quando a Inglaterra vivia um contexto revolucionário, para que possamos compreender como se formaram as bases para a atuação do Estado na censura à imprensa. Arte da Capa Arte da Capa: Danilo Pastor Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Saiba mais da nossa convidada Verônica Calsoni Lima Professora de História Moderna na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Possui bacharelado e licenciatura (2012), e mestrado (2016) em História pela Universidade Federal de São Paulo. Também foi aluna de intercâmbio do curso de História da Universidade Nova de Lisboa (2010-2011), e pesquisadora visitante da Houghton Library (Harvard, 2024), do Goldsmiths (University of London, 2014-2015; e 2018-2019) e da Chetham's Library (Manchester, 2018-2019). Estuda a História da Inglaterra do século XVII, focando-se, sobretudo, no período da Revolução Inglesa (1640-1660) e da Restauração (1660-1685). Tem interesse na História do Livro, da Leitura e da Cultura Escrita, pesquisando os processos de produção e circulação de textos impressos, especialmente de panfletos e livros radicais e clandestinos. Também pesquisa a articulação dos sistemas de censura da Inglaterra seiscentista. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: Poder e Religião na Época Moderna - séc. XV-XVIII (Unifesp), Grupo de Estudos de História Ibérica Moderna (USP) e Metamorphose: Materialidade e Interpretação de Manuscritos e Impressos da Época Moderna (UnB). Integra, ainda, a Rede Brasileira de Estudos em História Moderna (h_moderna). Fonte: Currículo Lattes Contato e rede social: @veronicacalsoni Produção da convidada LIMA, Verônica Calsoni. Edição & Censura: a materialidade dos panfletos de Sir Roger L'Estrange no início dos anos 1660. ANAIS DO MUSEU PAULISTA, v. 28, p. 1-50, 2020. LIMA, Verônica Calsoni. Da Nova à Velha Inglaterra: circulação de impressos profético-políticos entre a colônia e a metrópole no século XVII.. Clio. Revista de Pesquisa Histórica, v. 36, p. 66-84, 2018. Indicações de referências sobre o tema abordado ABREU, Márcia. “Ler como censor: censura em Portugal, na França e no Vaticano entre o final do século XVIII e início do XIX.” ArtCultura 24, no. 44 (June 13, 2022): 43–60. https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66576. DARNTON, Robert. Censores em ação: como os Estados influenciaram a literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. LIMA, Verônica Calsoni. “Edição & Censura: a materialidade dos panfletos de Sir Roger L'Estrange no início dos anos 1660.” Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material 28 (October 26, 2020): 1–50. https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d3e24. MOLLIER, Jean-Yves. Interdiction de publier. La censure d'hier à aujourd'hui. Paris: Éd. Double ponctuation, 2020. Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Historicidade #60 Censura à imprensa na época moderna. Locução: Marcelo de Souza Silva, Verônica Calsoni Lima e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 22/10/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=63698&preview=true Expediente Arte da vitrine: Danilo Pastor; Edição: Talk'nCast; Roteiro e apresentação: Beraba Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
O Historicidade deste mês traz a entrevista com a professora Dra. Verônica Calsoni Lima (UFTM). Neste episódio ela nos conta os resultados da sua pesquisa sobre censura à imprensa na época moderna. Este é um tema importante que nos ajuda a historicizar a censura, algo que tem sido muito debatido contemporaneamente. Pudemos aprender sobre o surgimento e o funcionamento do mercado editorial, especialmente na Inglaterra onde também foram estabelecidos os critérios para a censura de determinados materiais considerados ofensivos ou perigosos. A entrevistada nos leva em uma viagem até meados do século XVII, quando a Inglaterra vivia um contexto revolucionário, para que possamos compreender como se formaram as bases para a atuação do Estado na censura à imprensa. Arte da Capa Arte da Capa: Danilo Pastor Financiamento Coletivo Existem duas formas de nos apoiar Pix recorrente – chave: fronteirasnotempo@gmail.com Apoia-se – https://apoia.se/fronteirasnotempo INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar. Link para inscrição: https://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8 Saiba mais da nossa convidada Verônica Calsoni Lima Professora de História Moderna na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo. Possui bacharelado e licenciatura (2012), e mestrado (2016) em História pela Universidade Federal de São Paulo. Também foi aluna de intercâmbio do curso de História da Universidade Nova de Lisboa (2010-2011), e pesquisadora visitante da Houghton Library (Harvard, 2024), do Goldsmiths (University of London, 2014-2015; e 2018-2019) e da Chetham's Library (Manchester, 2018-2019). Estuda a História da Inglaterra do século XVII, focando-se, sobretudo, no período da Revolução Inglesa (1640-1660) e da Restauração (1660-1685). Tem interesse na História do Livro, da Leitura e da Cultura Escrita, pesquisando os processos de produção e circulação de textos impressos, especialmente de panfletos e livros radicais e clandestinos. Também pesquisa a articulação dos sistemas de censura da Inglaterra seiscentista. Participa dos seguintes grupos de pesquisa: Poder e Religião na Época Moderna - séc. XV-XVIII (Unifesp), Grupo de Estudos de História Ibérica Moderna (USP) e Metamorphose: Materialidade e Interpretação de Manuscritos e Impressos da Época Moderna (UnB). Integra, ainda, a Rede Brasileira de Estudos em História Moderna (h_moderna). Fonte: Currículo Lattes Contato e rede social: @veronicacalsoni Produção da convidada LIMA, Verônica Calsoni. Edição & Censura: a materialidade dos panfletos de Sir Roger L'Estrange no início dos anos 1660. ANAIS DO MUSEU PAULISTA, v. 28, p. 1-50, 2020. LIMA, Verônica Calsoni. Da Nova à Velha Inglaterra: circulação de impressos profético-políticos entre a colônia e a metrópole no século XVII.. Clio. Revista de Pesquisa Histórica, v. 36, p. 66-84, 2018. Indicações de referências sobre o tema abordado ABREU, Márcia. “Ler como censor: censura em Portugal, na França e no Vaticano entre o final do século XVIII e início do XIX.” ArtCultura 24, no. 44 (June 13, 2022): 43–60. https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66576. DARNTON, Robert. Censores em ação: como os Estados influenciaram a literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. LIMA, Verônica Calsoni. “Edição & Censura: a materialidade dos panfletos de Sir Roger L'Estrange no início dos anos 1660.” Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material 28 (October 26, 2020): 1–50. https://doi.org/10.1590/1982-02672020v28d3e24. MOLLIER, Jean-Yves. Interdiction de publier. La censure d'hier à aujourd'hui. Paris: Éd. Double ponctuation, 2020. Como citar esse episódio Fronteiras no Tempo: Historicidade #60 Censura à imprensa na época moderna. Locução: Marcelo de Souza Silva, Verônica Calsoni Lima e Cesar Agenor Fernandes da Silva [S.l.] Portal Deviante, 22/10/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=63698&preview=true Expediente Arte da vitrine: Danilo Pastor; Edição: Talk'nCast; Roteiro e apresentação: Beraba Selo saberes históricos Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo? “O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados● Comprometidas com valores científicos e éticos.”Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/ Madrinhas e Padrinhos Apoios a partir de 12 de junho de 2024 Alexsandro de Souza Junior, Aline Silva Lima, André Santos, André Trapani, Andréa Gomes da Silva, Andressa Marcelino Cardoso, Augusto Carvalho, Carolina Pereira Lyon, Charles Calisto Souza, Elisnei Menezes de Oliveira, Erick Marlon Fernandes da Silva, Flávio Henrique Dias Saldanha, Gislaine Colman, Iara Grisi, João Ariedi, João Luiz Farah Rayol Fontoura, Juliana Zweifel, Klaus Henrique de Oliveira, Manuel Macias, Marlon Fernandes da Silva, Pedro Júnior Coelho da Silva Nunes, Rafael Henrique Silva, Raul Sousa Silva Junior, Renata de Souza Silva, Ricardo Orosco, Rodrigo Mello Campos, Rubens Lima e Willian SpenglerSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Manifesting with Meg: Conversations with Extraordinary People
Blenda is an Adjunct Professor at Centenary University (New Jersey - US) in the Master of Arts in Happiness Studies. She is pursuing her doctorate in Human Ecology and Positive Psychology at Universidade NOVA de Lisboa. She holds a master's in Educational Sciences from the State University of New York (SUNY). She is a specialist in Innovation in Educational Technologies and Distance Learning (Anhembi Morumbi University) and a specialist in Positive Psychology (Happiness Studies Academy) with former Harvard Professor Tal Ben-Shahar. She is a licensed educator with over 14 years of international experience. Blenda enjoyed working and training educators in England, Israel, Germany, Mexico, Colombia, Ecuador, Guatemala, Peru, Chile, and Brazil. In the previous years, Blenda worked as a researcher on a federal project: Digital transformation of Brazilian government public services. One of the developed apps, the Brazilian Digital Work Card, already has 70 million users; the second app, the Student Journey, was awarded the “Best Citizen-oriented Governmental Digital Solution” in 2022. Recently, she was honored with the Best Interdisciplinary Project at EUTOPIA Summer Doctoral School 2023, a European Alliance of Universities. The project CyberWellness aimed to educate youth on digital wellbeing through a virtual platform. Blenda is the co-founder of Happiness Revolution, an innovative company that 2 social well-being, quality of life, and practices that generate higher happiness levels. She also founded Alikia, Holistic Nutrition, which was classified among the 25 most innovative companies in Brasília-Brazil in 2015. Show Notes: 00:00:58 Season 7—Live, Love, Laugh & Play 00:01:04 Theme- Hope for Love to Be Born Again! 00:01:37 Introducing Blenda 00:03:25 Quote of the Day 00:04:50 Hope 00:06:09 Offering Hope in Education 00:07:03 Children are the Seeds of Tomorrow 00:08:33 The Happiness Revolution 00:11:18 Blenda's Journey 00:12:32 Right Habits 00:13:26 Ferraris need brakes 00:16:04 Take a Leap of Faith 00:18:13 Blenda's Inspirational Quotes 00:33:02 Connect to Your Purpose 00:34:57 MGTB & Insight of the Day 00:36:22 Make Your Masterpiece Glorious 00:38:13 Blenda Wants You to Takeaway 00:39:40 This is my Beach 00:40:48 Contact Blenda 00:42:49 Blenda's Inspiration 00:44:08 Blenda's Message of Humor Contact– Linked In Blenda Batista SEASON 7: Live, Laugh, Love & Play Conversations with Extraordinary People is a YouTube video and podcast based on The Magical Guide to Bliss. It guides the listener through the year with empowering conversations. Subscribe to my YouTube channel. Sign up for my newsletter: www.megnocero.com Manifesting with Meg & Blenda Batista de Oliveira- Ep 136 Hope for Love to be Born Again! #manifesting #podcast #SEASON7 #podcasts #podcast #season7 #meg #love #worthiness #author #dreamers #breathe #creativeinterview #motivational #happiness #transformational #magical #happiness #determination #grateful #manifestingwithmeg #themagicalguidetobliss #blendabatista #positivepsychology --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/meg-nocero/support
O Irão lançou uma chuva de mísseis sobre Israel, mas com a ajuda dos Estados Unidos, os israelitas conseguiram interceptar a maioria. Netanyahu avisou os iranianos que tinham cometido “um grave erro” e prometeu retaliar no tempo e no modo que entendesse. Biden também disse que a resposta está a ser trabalhada e garantiu que Washington “apoia total, totalmente, totalmente Israel”. Neste episódio, conversamos com Raquel Vaz Pinto, comentadora da SIC, professora da Universidade Nova e investigadora no IPRISee omnystudio.com/listener for privacy information.
Apesar do lugar que tem na História, se falarmos de Cabral, os portugueses recordam-se de Pedro, raramente de Amílcar. Resgatar a memória de Cabral é resgatar um discurso anticolonialista que os ventos de um saudosismo anacrónico tentam pôr na defensiva. Fez, em 2023, cinquenta anos que Amílcar Cabral foi assassinado, na Guiné-Conacri. Este mês de outubro, celebra-se o centenário do nascimento. Um bom pretexto para remexer na memória, eterno campo de batalha político. Victor Barros é cabo-verdiano, historiador doutorado pela Universidade de Coimbra, com uma tese sobre a construção da memória do império português nas colónias em África. É investigador do Instituto de Histórica Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e autor de vários artigos sobre Amílcar Cabral.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Faltam dois meses para as eleições presidenciais americanas mais imprevisíveis das últimas décadas. É a terceira vez, num século, que o presidente em exercício não se recandidata a um segundo mandato. Trump foi condenado por 37 crimes, acusado por abuso sexual e está largamente envolvido no ataque ao Capitólio, cujos autores diz perdoar se for Presidente. Um segundo mandato seria marcado pelo revanchismo. E teria tudo para reconfigurar ainda mais o partido republicano, as relações de poder a nível estadual e da própria democracia americana. A vice de Biden, Kamala Harris, avançou pelo terreno minado que lhe foi deixado. Em poucas semanas, com um vigor e energia que poucos esperavam, deu a volta ao guião derrotado e derrotista dos democratas. A outra face desta moeda é que a energia democrata está alicerçada na ausência de uma plataforma política. Uma decisão que parece propositada, talvez temendo o desfecho que teve a campanha programática de Hillary Clinton. Pode uma candidatura centrista e moderada perder para um condenado, pro-russo e que antecipa um “banho de sangue” se não lhe oferecerem a vitória? Pode. Para tentarmos perceber este grande mistério americano recebemos Bernardo Pires de Lima, investigador associado do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, analista de política internacional da RTP e da Antena 1, e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O partido de extrema-direita AfD, anti-imigração e anti-islamismo, venceu de forma clara as eleições no estado da Turíngia (onde, há 94 anos, os nazis chegaram pela primeira vez ao poder) e ficou em segundo lugar na Saxónia. Os partidos que governam a Alemanha em coligação sofreram pesadas derrotas. Um novo partido de extrema-esquerda, também anti-imigração, ficou em terceiro lugar nos dois estados. Neste episódio, conversamos com Cátia Moreira de Carvalho, professora na Universidade de Leiden e IPRI da Universidade Nova de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
É apresentadora de TV e Criadora de Conteúdos digitais, Gestora de formação, pela Universidade Nova de Lisboa.Entre outros projetos, esteve sete anos à frente do programa Factor K, foi repórter do E-Especial, na SIC e ainda cara do Rock in Rio por duas edições.O seu percurso na televisão começou na representação, na série “Inspector Max” da TVI, saltando depois para outros projetos na ficção como “Morangos com Açúcar” ou “Jardins Proibidos”.Em 2018 estreou-se nas dobragens.É casada, mãe de dois rapazes. N'a Caravana, Inês Folque.Produção Draft Media Agencywww.draftmediaagency.com
O 45 Graus está de férias, por isso não há episódios novos. É uma boa altura para re-publicar alguns dos melhores episódios das últimas temporadas (os mais ouvidos e que mais feedback tiveram dos ouvintes). Este, um regresso da Raquel Vaz-Pinto ao podcast, é um belo exemplo disso; e, com este tema, é um episódio que -- feliz ou infelizmente -- vai manter-se actual ainda por muito tempo. A quem não teve oportunidade de ouvir na altura, espero que gostem! Raquel Vaz-Pinto é Investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) da Universidade Nova de Lisboa e Prof. Auxiliar Convidada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade, onde lecciona as disciplinas de Estudos Asiáticos e História das Relações Internacionais. Foi consultora do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian de 2020 a 2022 e Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política de 2012 a 2016. Autora de vários artigos e livros entre os quais A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen, a China e os Direitos Humanos editado pela Tinta-da-China e Os Portugueses e o Mundo editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Os seus interesses de investigação são Política Externa e Estratégia Chinesa; os EUA e o Indo-Pacífico; e Liderança e Estratégia. É analista residente de política internacional da SIC e da TSF. Actualmente, está a terminar um livro, que será publicado pela Tinta-da-china, sobre os desafios colocados pela China às democracias liberais europeias, incluindo a portuguesa. -> Apoie este podcast e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45grauspodcast.com -> Inscreva-se aqui nas sessões de setembro e outubro dos workshops de Pensamento Crítico, módulo "Desinformação e Números que Enganam. _______________ Índice (com timestamps): (0:00) Introdução (9:47) O que mudou na rivalidade CN-EUA desde o nosso episódio de 2018? | Wolf warrior diplomacy | Os diplomatas chineses mal-comportados | Índia | Quad (30:18) A política externa dos EUA em relação à China começou por ser complacente e tornou-se demasiado agressiva? | Artigo de John Mearsheimer | Estratégia dos G7 em relação à CN: do decoupling ao de-risking | Matérias primas críticas e terras raras (e aqui) (42:10) Já podemos falar de uma Guerra Fria entre EUA e CN? | A Armadilha de Tucídides (Livro: História da Guerra do Peloponeso)| Houve uma crença exagerada no Ocidente nos efeitos da abertura económica? | Como os manuais de economia americanos sobrevalorizam a economia da URSS | Frase atribuída a Deng Xiaoping: «Hide your strength, bide your time» (55:26) Comparação China vs URSS | O papel da ideologia na guerra fria vs na nova ‘ordem chinesa' | Aumento do autoritarismo do regime chinês | Digital Dictators | Cimeira da Ásia Central, sem a Rússia | Nova política externa defendida pelo SPD alemão | A nova ambição da China para o Ártico (1:18:37) O que esperar do futuro -- e o que fazer para evitar uma escalada do conflito? | Tese do ‘peak China' | O problema demográfico da china (e os telefonemas aos recém-casados) | Livro: Leftover Women, de Leta Hong Fincher | Episódio com Hu Jintao no congresso do CCP | European Critical Raw Materials Act | A integração económica é um garante de que não ocorre uma guerra ou é, pelo contrário, uma fonte permanente de tensões? _______________ Obrigado aos mecenas do podcast: Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos _______________ Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira
Nasceu em Lisboa em Dezembro de 1970. Licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa em 1994. Foi animadora do Programa da Manhã da Rádio Comercial e depois da BestRock FM, com o Pedro Ribeiro e o Nuno Markl de 2001 a 2004. Com eles escreveu o livro Vai uma rapidinha?.Esteve "em cena" no Teatro Villaret em Lisboa, com o "Homem que mordeu o cão" ao vivo, que deu origem a um programa de televisão transmitido na TVI.Manteve, e mantém, sempre a sua prática clínica como médica psiquiatra, diz que, desde que descobriu a guitarra, já lá vão 35 anos, a elegeu a melhor companhia de tempos felizes.A entrada na escola das suas filhas levou a que criasse canções com a matéria escolar para que elas estudassem a cantar e foi assim que surgiu o livro/CD As canções da Maria.N'a Caravana Maria de Vasconcelos.