O podcast do Instituto Brasil-Israel (IBI). Com Anita Efraim e Amanda Hatzyrah. Anita Efraim é jornalista, paulistana judia e fã incondicional de futebol. Amanda Hatzyrah é professora e pesquisa temas relacionados à literatura e cultura judaica, língua hebraica e sociedade israelense, na Universid…
As ideologias de ódio contra as minorias se reinventam. Na história e no tempo, sempre há um suposto grande culpado por tudo - o famoso bode expiatório. Em um período importante da história, esses foram os judeus, essa é a tônica do antissemitismo. Mas, é possível falar de uma gramática antissemita, por exemplo, sem falar de judeus? Pode haver um contexto em que há uma lógica antissemita, mas que as principais vítimas não sejam judeus?Se ontem o judeu era o principal alvo no imaginário nazista, quem são os judeus no imaginário neofascista hoje? E qual deve ser a principal pauta da luta antifascista? Nosso convidado hoje, que tem debatido o tema em suas redes sociais, é o Renato Levin-Borges, mais conhecido como Judz, que é professor de Filosofia licenciado e bacharel pela PUC-RS, mestre em Educação pela UFRGS e doutor pela mesma instituição.
Israel completa 77 anos, e ainda há quem questione a legitimidade e o direito à autodeterminação do país. Quando uma delegação de jornalistas foram com o IBI para Israel, houve uma série de questionamentos. Como é, ao mesmo tempo, estar em Israel e ser alvo de ataques que colocam em xeque a existência do Estado Judeu? Muita coisa mudou nessas mais de 7 décadas, sobretudo após o 7 de outubro, mas a população israelense segue ocupando as ruas em defesa da democracia e pelo retorno dos reféns que ainda estão em cativeiro. Há quem se manifeste também pelo fim da guerra e fim da morte de civis palestinos. E há quem esteja dominado pela radicalização, produzida por este ciclo de violência. Onde Israel está hoje? E onde pode chegar? Para debater sobre Israel hoje e as perspectivas de futuro para o país, convidamos o Pedro Dória, jornalista e fundador do Canal Meio, escritor, palestrante e colunista de O Globo e da CBN.
Em abril de 1943, no coração da Varsóvia ocupada pelos nazistas, um grupo de jovens judeus decidiu resistir diante do extermínio. Armados com poucas pistolas, coquetéis molotov e uma coragem quase inconcebível, eles enfrentaram o exército mais poderoso da Europa. O Levante do Gueto de Varsóvia foi a primeira grande insurreição urbana contra os nazistas e se tornou símbolo da resistência judaica durante a Shoá. Neste episódio, a gente revisita o Levante do Gueto de Varsóvia pra entender como ele aconteceu, por que ele se tornou um marco da resistência judaica e o que essa história revela sobre as escolhas possíveis em contextos extremos. Qual o papel da memória quando ela nos confronta com o pior da humanidade? E como ela pode nos ajudar a pensar as formas de resistência no mundo de hoje? Para falar sobre tudo isso e pouco mais, hoje, conversamos com Carlos Reiss, coordenador-geral do Museu do Holocausto de Curitiba. Carlos é formado em Comunicação Social pela UFMG, estudou Relações Internacionais na Universidade Hebraica de Jerusalém e Geopolítica na Universidade Tuiuti do Paraná. Ele foi o responsável pela concepção pedagógica do museu, desenvolvendo materiais didáticos, ações educativas e curadorias de exposições.
O BDS é o movimento de boicote, desinvestimento e sanções que incentiva a prática de boicote econômico, acadêmico, cultural e político ao estado de Israel. Ele é pioneiro nesse tipo de estratégia, mas a tentativa de cortar laços com o mundo acadêmico israelense tem se expandido, em especial depois do início da guerra. Dentre as estratégias de movimentos que pregam o isolamento de Israel, está o boicote acadêmico, que muitas vezes cala vozes dissidentes, progressistas e ativas pela paz em no país. Para falar do tema, convidamos Bruno Szlak, que é Mestre e Doutor pela área de Estudos Judaicos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, onde também é colaborador e pesquisador. Seu campo de pesquisa está relacionado com o cinema e televisão israelenses e recentemente concluiu seu pós-doutorado.
Esse ano, enquanto milhões de judeus ao redor do mundo se reúnem para celebrar Pessach, a festa da liberdade, nos Estados Unidos, o discurso sobre liberdade está sendo distorcido em nome da repressão. O presidente Donald Trump anunciou medidas radicais contra manifestantes universitários, prometendo deportar estudantes estrangeiros que participarem de atos pró-Palestina. Tudo isso sob o argumento de “combater o antissemitismo”. Mas será que é disso mesmo que se trata?Hoje, a gente quer falar sobre como o antissemitismo, um fenômeno grave, real e histórico, vem sendo instrumentalizado por lideranças populistas de extrema-direita. Por que Trump está deportando manifestantes sobre essa justificativa? Pra conversar com a gente hoje, nós convidados o Rafael Kruchin, que é mestre em sociologia e em política pública internacional, trabalhou como coordenador executivo do IBI por 5 anos e há pouco voltou dos EUA, onde passou um período estudando e trabalhando.
"No Other Land", filme vencedor do Oscar de melhor documentário, em 2025, foi produzido por um coletivo palestino-israelense e mostra a destruição do vilarejo de Masafer Yatta por soldados israelenses, na Cisjordânia ocupada. Acompanhamos também a aliança que se desenvolve entre o ativista palestino Basel e o jornalista israelense Yuval. "No Other Land", traduzido no Brasil como "Sem Chão", é um testemunho da resistência palestina diante da ocupação. Como espectadores, somos confrontados com a dura realidade de comunidades que lutam para preservar suas casas, terras e recursos naturais. Para essa conversa, convidamos Felipe Wolokita, cinegrafista e documentarista brasileiro-israelense, que desde 2015 tem trabalhado para veículos de comunicação de todo o mundo.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas acabou. O acordo, formalmente, já havia chegado ao fim, mas o governo de Benjamin Netanyahu decidiu retomar a operação militar em Gaza no dia 17 de março. Ao mesmo tempo, Bibi decidiu demitir o chefe do Shin Bet, Ronen Bar. E foi assim que a sociedade israelense entrou em erupção novamente.A semana passada em Israel foi marcada por protestos e centenas de milhares de pessoas nas ruas. O extremista Itamar Ben Gvir voltou ao governo e a polícia, comandada por ele, foi protagonista na repressão das manifestações. Como tem sido os últimos dias para a sociedade israelense? Há, de fato, oposição à guerra e à destruição em Gaza? Qual a preocupação com a democracia israelense? Pra conversar com a gente hoje, convidamos Gisele Charak, educadora brasileira, mestra pela Universidade Hebraica de Jerusalém. A Gisele trabalha em uma ONG israelense chamada MEET, um programa de excelência com foco em empreendedorismo para alunos judeus e árabes.
Em 8 de dezembro de 2024, após mais de cinco décadas de governo pela família Assad, forças rebeldes tomaram Damasco, capital da Síria, levando à fuga de Bashar al-Assad para a Rússia, onde recebeu asilo. Este evento marcou o fim de um regime que, desde 1971, manteve um controle rígido sobre a Síria, frequentemente reprimindo dissidências com violência. A guerra civil, iniciada em 2011 durante a Primavera Árabe, resultou em centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados. Agora, em 2025, o conflito volta aos holofotes com uma nova ofensiva rebelde e a intensificação da violência contra minorias.A guerra na Síria nunca acabou de fato, mas por que ela voltou com tanta força agora? Quem são os atores envolvidos nesse novo capítulo do conflito? E quais as consequências para a região e para o mundo? Para conversar com a gente sobre o tema, convidamos o historiador, youtuber e apresentador do podcast “Xadrez Verba”, Filipe Figueiredo. O Filipe que, inclusive, fez parte da delegação de jornalistas que viajou a Israel com o IBI.
Purim, é mais do que o “carnaval judaico”, é uma celebração da resistência do povo judeu. E falar de resistência, no momento em que ainda temos reféns mantidos pelo Hamas, e uma guerra em curso, é mais do que importante. Nosso convidado hoje é o rabino Natan Freller, Eterno madrich que depois de quase uma década de estudos e trabalhos rabínicos nos Estados Unidos e Israel, retornou ao Brasil e está atuando como rabino na CIP/Congregação Israelita Paulista.
Ao se referir ao conflito entre Israel e Palestina, o escritor israelense Amós Oz dizia se tratar de uma tragédia no sentido mais antigo e preciso do termo: uma batalha entre o certo e o certo. Apesar disso, sobra espaço para análises maniqueístas e falta para empatia com aqueles que sofrem os efeitos de uma guerra tão devastadora. É possível reconhecer o sofrimento dos palestinos sem deixar de lado a dor dos israelenses? E o caminho contrário, reconhecer a dor dos israelenses sem deixar de lado a dor dos palestinos? Nosso convidado hoje é João Paulo Charleaux, jornalista com passagem por grandes veículos brasileiros, hoje, colunista do Nexo Jornal.
Em 7 de setembro de 2014, um jovem negro saiu de casa e nunca mais voltou. Ele atravessou uma das fronteiras mais vigiadas do mundo e desapareceu. Por dez anos, sua família esperou, lutou e clamou por respostas. Até que, em 2025, um cessar-fogo trouxe esperança.Hoje, nosso episódio é um pouco diferente: em vez de uma entrevista, vamos contar a história de Avera Mengistu. Um jovem negro, africano, judeu e cidadão israelense, que passou para o outro lado do muro, entrando na Faixa de Gaza e foi esquecido por muitos anos.
Viajar para Israel para compreender de perto a realidade do país vai além da apuração dos fatos. Estar no local significa sentir a tensão do momento, observar as nuances das sociedades envolvidas e vivenciar o impacto de uma realidade que a distância muitas vezes não permite captar. Recentemente, um grupo de seis jornalistas esteve em Israel para entender essa complexidade. Durante a viagem, conversaram com autoridades, representantes da sociedade civil e árabes israelenses, uma experiência que transformou não apenas a forma de relatar os acontecimentos, mas também a percepção sobre essa sociedade multifacetada.A cobertura de um conflito no local não se resume ao acesso a informações diretas, mas também à forma como os jornalistas interpretam os fatos. Estar em campo significa lidar com a urgência dos acontecimentos, com emoções intensas e com a responsabilidade de transmitir essa realidade ao público. Para falar sobre essa experiência, convidamos a jornalista Leila Sterenberg, apresentadora dos programas Notícias da Guerra e Leila Entrevista, que integrou a delegação de jornalistas levada a Israel pelo IBI.
Quando analisamos expressões contemporâneas do antissemitismo, é comum notarmos que, se por um lado há pessoas que veem antissemitismo em tudo, de outro, há quem o minimize ou ignore mesmo quando está escancarado.Essa polarização de interpretações revela a complexidade do antissemitismo contemporâneo, que se manifesta de formas sutis e nem sempre facilmente identificáveis, o que dificulta o seu combate. Para falar sobre o tema, convidamos Daniel Douek, cientista social, Mestre em Letras pelo programa de Estudos Judaicos e Árabes da USP e assessor do IBI.
O ano de 2025 marca o final de um período conturbado que deixou marcas profundas na história de Israel. Há 20 anos, a segunda Intifada chegava ao fim, encerrando quase cinco anos de revolta, violência, atentados suicidas e mudanças que refletem até hoje nos desdobramentos dos conflitos na região. A Segunda Intifada não surgiu do nada. Ela foi alimentada por um impasse no processo de paz, disputas internas entre o Fatah e o Hamas, e o descontentamento de diversos setores, tanto palestinos quanto israelenses. Para ajudar a gente a entender a complexidade e as consequências desse período, nós convidamos a jornalista Daniela Kresch, correspondente do IBI em Israel e que cobriu a Segunda Intifada in loco para o antigo Jornal do Brasil e para a GloboNews.
No dia 15 de janeiro, muitos foram tomados por uma grande euforia: era anunciado que aconteceria um cessar-fogo entre Israel e Hamas. O acordo entrou em vigor no dia 19 de janeiro, dia em que três reféns israelenses voltaram para casa, enquanto 90 palestinos, presos em prisões de Israel, foram libertados. Como está o clima no país agora, com a paralisação da guerra? Qual a sensação de saber que 33 reféns voltarão para casa, mas ainda há outros 60 que esperam sua vez? Será que essas imagens tão fortes mudam a popularidade de Benjamin Netanyahu? Hoje, a gente recebe o Benny Ostronoff, brasileiro que vive em Israel há 9 anos, formado em História pela Universidade Hebraica de Jerusalém.
A memória do holocausto tem papel fundamental na educação judaica, mas também na luta e conscientização contra o antissemitismo. Mas, como usar essa memória sem banalizá-la, por um lado, e também não sacralizá-la a ponto de torná-la intocável? Para falar com a gente sobre memória do holocausto e educação, convidamos a Alana de Moraes Leite, Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco, coordenadora do Laboratório História e Memória do Holocausto do projeto IBI no Campus, e desenvolveu, junto ao Museu do Holocausto de Curitiba, o projeto de extensão “Milhões de vozes: testemunho, Shoah e o ensino de história do tempo presente”.
Uma guerra é um constante processo de desumanização. As notícias das últimas semanas são provas disso: de um lado, israelenses são alvos de perseguição de uma ONG radicada na Bélgica, que monitora soldados e entra com ações contra eles, dificultando deslocamentos pelo mundo. Há, ainda, os reféns, há quase 500 dias em cativeiro. Do outro, claro, há os palestinos, alvos de ataques incessantes, vivendo em uma Faixa de Gaza absolutamente destruída. Há saída para esse processo de desumanização? O tema desse episódio veio por causa de uma fala no podcast “Do lado esquerdo do muro”, apresentado por João Miragaya e pelo nosso convidado de hoje, Marcos Gorinstein.
Quem pode falar sobre antissemitismo? Ser judeu te torna automaticamente qualificado para abordar o tema? Como falar sobre um tema difícil e necessário para diferentes públicos? Em relação à forma e ao conteúdo, será que é necessário adaptar o discurso ao abordar o tema em diferentes contextos? Para responder essas e a outras questões, convidamos a Andréa Kogan, doutora em Ciências da Religião, com foco em estudos em judaísmo contemporâneo.
O início de um novo ciclo é, também, uma nova oportunidade que ganhamos para recomeçar. Finalmente, 2024 ficou para trás e, agora, chegamos a 2025. Esse episódio, inclusive, vai ao ar no dia 1º de janeiro. É uma chance que o calendário nos concede para pensarmos: quem queremos ser no ano que começa? No dia 12 de outubro de 2023, David Grossman publicou um artigo no Financial Times em que questionou: Quem nós seremos quando emergirmos das cinzas? Será que mais de um ano depois do 7 de outubro, poderemos finalmente ter essa resposta? Nosso convidado hoje é David Diesendruck, diretor e cofundador do IBI.
O que foi 2024, mais do que uma extensão daquele 7 de outubro de 2023? Em 2024 vimos Trump ser eleito mais uma vez e acompanhamos o governo Lula 3. De que forma isso afetou judeus e judias da diáspora? 2024 foi um ano em que resistir contra o apagamento da identidade judaica e progressista foi mais uma vez um desafio. Ano em que a palavra “sionista”, mais do que nunca, se tornou palavrão, sobretudo nos meios ditos progressistas. A ideia hoje é tentar responder o que foi 2024 e o que esperamos para o ano de 2025.
O ano foi cheio de altos e baixos para Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel enfrentou grandes protestos quando 6 reféns jovens foram assassinados, mas não viu grande mobilização quando tirou Yoav Gallat do governo. Bibi viu um aliado do Irã cair, com o fim do regime de Bashar al-Assad, mas é o primeiro primeiro-ministro israelense a depor em uma acusação de corrupção durante o mandato. Qual o saldo do ano do premiê de Israel? Para conversar com a gente e analisar a atual situação de Benjamin Netanyahu, nosso convidado é Nelson Burd, editor do portal Israel de Fato.
Muitos nazistas encontraram refúgio na América do Sul após a Segunda Guerra Mundial. Esses criminosos de guerra, na maioria das vezes, viveram confortavelmente e sem alterar suas identidades. Mas como isso foi possível? Aqui no Brasil temos os casos emblemáticos de Josef Mengele, que viveu 17 anos em cidades paulistas, e do próprio Herbert Cukurs, que viveu por 20 anos no Brasil e foi executado no Uruguai por agentes do Mossad. Esse caso, inclusive, você pode ouvir se voltar alguns episódios. Para falar mais sobre o contexto histórico e político que possibilitou que nazistas encontrassem um novo lar na América Latina, convidamos Marcos Guterman, que é jornalista e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo, e autor do livro “Nazistas entre nós: A trajetória dos oficiais de Hitler depois da guerra”.
Por mais de um ano, a fronteira entre Israel e o Líbano foi palco de uma escalada que parecia não ter fim. Mas agora, pela primeira vez em 13 meses, os ofensivas pausaram. Israel e Hezbollah concordaram em um cessar-fogo. Será mesmo o início de uma nova era de calmaria ou apenas uma pausa estratégica? Pra conversar com a gente sobre os interesses e bastidores desse cessar-fogo, nós convidamos a professora Karina Calandrin, que é doutora em relações internacionais, assessora acadêmica do IBI e autora do livro "Bom dia, Líbano".
Você já pensou em algo mais ingênuo do que pedalinhos? O que tem de mais bucólico e lúdico do que barquinhos com pedais, para que as pessoas possam passear em um lago? Mas, essa imagem tão inocente pode mudar quando sabemos que o criador dos pedalinhos da famosa Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, é suspeito de ser um assassino, envolvido em mortes em massa de judeus durante o holocausto. Hoje, a gente conversa com Patrícia Hargreaves, jornalista e idealizadora do projeto “Do céu ao inferno: O caso Herberts Cukurs”. Esse original da plataforma Audible conta a história de Herbert Cukurs, considerado um herói no país natal dele, a Letônia, mas suspeito de ter matado centenas de judeus no holocausto, das formas mais frias possíveis.
Viver em Israel é uma experiência que carrega inúmeras camadas de significado. Quando pensamos em quem decide ir morar ou estudar no país, nos vem à cabeça um perfil específico ou até mesmo estereótipos. Mas o que acontece quando alguém vem de um contexto um pouco diferente? Como é viver em Israel sendo negro, não judeu, e trazendo uma visão de mundo que não se encaixa nas narrativas mais conhecidas? Será que Israel é um país majoritariamente branco e racista como muitos dizem por aí? Pra ter essa conversa hoje com a gente, nós convidamos o Rodrigo Vieira, que é planejador urbano dedicado ao desenvolvimento sócio-territorial e à moradia digna. Ele lidera a área de inovação e melhorias contínuas em Tecnologias Sociais na Gerando Falcões, integrando parcerias público-privadas e envolvendo a comunidade. Ele é formado em arquitetura e urbanismo e é mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Tel Aviv. A trajetória do Rodrigo é marcada por iniciativas que abordam parcerias com companhias israelenses para soluções socioambientais e territoriais em diversas regiões do Brasil.
A recente eleição americana trouxe à tona algumas discussões dentro da comunidade judaica dos Estados Unidos. Embora a maioria dos judeus americanos ainda tenha escolhido a Vice-Presidente Kamala Harris, o pleito de 2024 registrou um aumento de votos para Trump,o que mostra uma mudança significativa que levanta muitas questões. Esse apoio a Trump, que vem crescendo desde 2016, sugere uma mudança duradoura ou um alinhamento momentâneo? A comunidade judaica americana tem uma longa tradição de apoio ao Partido Democrata. Mas, com as questões atuais, será que estamos vendo uma reavaliação das prioridades da comunidade ou apenas uma resposta ao contexto específico? Para nos ajudar nessa conversa, nós convidamos Vânia Penha Lopes, que é Professora Titular de Sociologia no Bloomfield College of Montclair State University, em Nova Jérsei, EUA, co-diretora do Seminário do Brasil na Universidade Columbia, em Nova Iorque, membro do Laboratório de Estudos Negros LEN da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora do Washington-Brazil Office-WBO (2022-24) e ex-membro do comitê executivo da Brazilian Studies Association-BRASA (2010-14). É doutora em Sociologia pela Universidade de Nova Iorque (New York University, 1999), com pós-doutorado em Ciências Sociais do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007). Vânia também é autora de de The Presidential Elections of Trump and Bolsonaro, Whiteness, and the Nation (2022), entre outros livros.
No dia em que estamos gravando esse podcast, 29 de outubro, a guerra já dura 389 dias. Quando um processo começa, a gente sempre pensa que ele vai ter fim, mesmo que seja um conflito tão grave como esse. Mas, a perspectiva de fim parece distante demais. E isso nos leva a uma pergunta difícil: Qual o futuro de Israel? Soldados israelenses morrem a cada dia. São centenas de famílias enlutadas. Isso sem falar dos civis que são atingidos e das famílias dos sequestrados e das vítimas do 7 de outubro. Com esse cenário, qual o futuro de Israel? Nosso convidado é João Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel Aviv, host do podcast “Do lado esquerdo do muro” e colaborador do IBI. Aproveitamos que o João está no Brasil e trouxemos ele aqui pro estúdio pra bater esse papo com a gente.
Quando a gente pensa em salvar uma vida, parece que não há nada mais nobre, não é? Mas e quando essa possibilidade esbarra em tradições, crenças e leis religiosas? Hoje, a gente vai falar de um tema delicado, mas essencial: a doação de órgãos e o que o judaísmo tem a dizer sobre isso. No mundo inteiro, esse tipo de procedimento pode salvar vidas, mas esbarra com questões éticas e religiosas. Será que a tradição judaica permite a doação de órgãos? E, se permite, em quais condições? E pra conversar com a gente sobre esse tema, convidamos o Rabino Uri Lam. Uri é Rabino na Congregação Israelita "Templo Beth-El" em São Paulo. É formado em Psicologia com Mestrado em Filosofia, faz parte do Conselho Nacional de Diálogo Católico-Judaico, é presidente do Conselhos Rabínicos dos Movimentos Reformista (CRRB) e também casado e pai de três filhos lindos.
Na última quinta-feira, o exército israelense matou Yahya Sinwar durante uma operação terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Na ocasião, três membros do Hamas também foram mortos. Sinwar passou mais de duas décadas nas prisões israelenses, tempo suficiente para um homem desaparecer na obscuridade. Mas, no caso dele, foi exatamente o oposto: ele saiu das sombras da prisão para assumir o controle de Gaza e se tornar um dos principais líderes do Hamas e o arquiteto do massacre de 7 de outubro. Quem era Sinwar, de fato? Como um jovem palestino de Khan Younis se transformou no líder mais temido do Hamas? Para conversar com a gente, convidamos Nelson Burd, jornalista brasileiro que mora em Israel há 19 anos, doutorando em História e editor-chefe do portal de notícias Israel de Fato.
Nosso podcast nunca teve como objetivo ser um espaço pesado, dedicado à hardnews. No último ano, fomos levados pra esse caminho pela necessidade, mas, hoje vamos fazer diferente. Vamos falar de algo que a gente gosta: série sobre judeus! O assunto de hoje é a nova produção da Netflix, “Nobody wants this”, ou, em português, “Ninguém quer”. A série conta a história do rabino Noah Roklov, que se apaixona por uma podcaster, a Joanne. Uma das primeiras cenas do programa retrata a Joanne achando que o rabino era um homem mais velho, com cara de intelectual, e não o personagem de Adam Brody, que, pra ela, seria bonito demais pra ser um rabino. A comédia romântica é a mais vista da Netflix. Mas como eles retratam judeus e a ideia de casamento interreligioso? Pra conversar com a gente hoje sobre a série, a gente convidou uma grande amiga, Marilia Neustein, jornalista, coordenadora de comunicação do Museu Judaico e conselheira do IBI.
No dia em que gravamos o podcast, faz um ano do 7 de outubro, um dos dias mais tristes da história de Israel, quando o grupo terrorista Hamas colocou em curso um ataque que vitimou mais de 1200 pessoas, com 101 reféns que ainda seguem em cativeiro, em Gaza. Nos meses que se seguiram, a guerra já vitimou milhares de pessoas, deixando famílias enlutadas e muitas incertezas sobre o futuro da região. Uma guerra que se intensifica ainda mais com a escalada do conflito no norte do país, com envolvimento do Hezbollah, e à sombra de uma constante ameaça iraniana. Para conversar com a gente sobre o tema, convidamos a Paula Frenkel, que mora em Israel há 9 anos, trabalha na Havaia, com educação e turismo e também é ex-porta-voz do Exército israelense.
Estamos entrando na temporada dos Iamim Noraim, que significa "Dias Terríveis" ou "Dias de Temor". É o período entre Rosh Hashaná (o Ano Novo Judaico) e Yom Kipur (o Dia da Expiação ou Dia do perdão), considerada a principal data do calendário judaico. Ao mesmo tempo que se aproximam essas importantes festas, também se aproxima o trágico dia 7 de outubro, marcando um ano do pior atentado terrorista da história de Israel. Até o momento da gravação deste episódio, 101 reféns israelenses ainda permanecem nas mãos do grupo terrorista Hamas em Gaza, e Israel vive a maior escalada no norte do país no conflito com o Hezbollah, que ataca o país diariamente desde 8 de outubro de 2023, deixando cidades no norte de Israel praticamente inabitáveis. Como celebrar as grandes festas em um dos períodos mais difíceis da história do povo judeu? Para conversar com a gente sobre o tema, convidamos, mais uma vez, ao nosso podcast, o rabino Natan Freller, eterno madrich, que, depois de quase uma década de estudos e trabalhos rabínicos nos Estados Unidos e Israel, retornou ao Brasil e está atuando como rabino na CIP/Congregação Israelita Paulista.
Na última semana, o mundo foi surpreendido com imagens de “pagers” ou “bips” como eram conhecidos aqui no Brasil, explodindo em diversas regiões do Líbano e da Síria. A operação cinematográfica não foi assumida por Israel mas, segundo a rede CNN e o NYT, membros do governo dos EUA confirmaram, sob anonimato, que se tratou de uma operação conjunta planejada e executada pelo Mossad, a agência de inteligência externa de Israel, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) contra membros do Hezbollah. Segundo as autoridades de saúde libanesas e sírias, 37 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas. Essas explosões é um mais um capítulo na escalada entre Israel e o grupo xiita Hezbollah que vem aumentando a cada dia desde de 7 de outubro. Na última segunda-feira, o Hezbollah disparou mísseis de longa distância contra Israel, chegamos a cidades como Haifa e Kiriat Yam, além de assentamentos judaicos na Cisjordânia. O que acontecerá na fronteira Norte do país daqui pra frente? Pra conversar com a gente sobre a situação entre Israel o Líbano, nós convidamos Karina Stange Calandrin que é professora de Relações Internacionais no Ibmec-SP e na Uniso, pesquisadora de pós-doutorado do Instituto de Relações Internacionais da USP e doutora em relações internacionais pelo PPGRI San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP). É assessora acadêmica do Instituto Brasil-Israel e colunista da Revista Interesse Nacional, além de autora do livro “Bom dia, Líbano”, sobre a primeira guerra entre Israel e Líbano.
Quando falamos sobre reféns no Oriente Médio, um nome vem imediatamente à cabeça: Gilad Shalit. Em 25 de junho de 2006, durante uma emboscada na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, Shalit, então um jovem soldado de apenas 19 anos, foi capturado pelo Hamas. O que se seguiu foram mais de cinco anos de cativeiro, marcados pela incerteza, pelo sofrimento e por uma negociação diplomática que entraria para a história. Pra conversar com a gente, nós convidamos Rony Rechtman, que foi Primeiro Sargento de Infantaria pela Brigada Guivati 2009-2011 Formado pelo Curso de Comandantes de Infantaria em 2010, atuando nas regiões de Beit Furik-Awarta - Nablus, na Cisjordânia, em Gaza na região de Nahal Oz-Kfar Aza e na região do Hermon.
Há 23 anos, o mundo entrava em estado de choque ao ver um avião colidindo contra o edifício mais alto de Nova York. Minutos depois, houve uma nova colisão. Foram quase 3 mil mortos. Danos gigantescos nos arredores do World Trade Center. E uma mudança de cenário irreversível no mundo inteiro. Os Estados Unidos se colocam como um bastião da guerra contra o terror em todo o mundo. Quanto o 11 de setembro influenciou nesse processo? Nossa convidada hoje é Monique Sochaczewski, doutora em História, Política e Bens Culturais, professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e Cofundadora e Pesquisadora Sênior do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Oriente Médio (GEPOM).
A Shoá, o Holocausto, não apenas moldou a compreensão do genocídio e da opressão, mas também pode servir como ponto de partida para discussões sobre regimes autoritários na América Latina. Utilizar o estudo do Holocausto como uma forma de abordar questões sociais pode ser vital para educar novas gerações sobre a importância da memória histórica e a defesa dos direitos humanos, além de auxiliar na análise de outros eventos traumáticos, incluindo as ditaduras militares do Cone Sul. Quem traz perspectivas sobre esse tema hoje é a nossa convidada, Julia Amaral, Doutoranda em História Social pelo PPGHIS/UFRJ. Faz parte do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos (NIEJ/UFRJ), do Núcleo Anne Frank de Minas Gerais, coordenou o Laboratório Estudos Judaicos: Novas abordagens, do IBI no Campus, vinculada ao NIEJ e à Open Society Foundation.
Quando o 7 de outubro aconteceu, muitos se apressaram em cravar: a carreira política de Benjamin Netanyahu havia acabado. Estamos às vésperas de completar 11 meses de guerra e Bibi ainda é primeiro-ministro. Sustentado por políticos de extrema-direita, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, não há qualquer previsão para que Netanyahu deixe o poder. Hoje, Benjamin Netanyahu faz parte de uma rede mundial de políticos populistas de extrema-direita, que inclui ainda Donald Trump, Viktor Orban e Jair Bolsonaro. Mas ele sempre foi assim? Como Bibi chegou ao lugar onde está atualmente? Nosso convidado hoje é Gregório Noya, cientista político, professor de história judaica, pós-boger do Habonim Dror e alvirrubro fanático. E também é um dos autores do e-book que o IBI lança neste dia 28, com um artigo no qual ele fala justamente sobre Benjamin Netanyahu.
Israel é, para muitos judeus, um símbolo. Não à toa, quando vamos a sinagoga, rezamos olhando em direção a Jerusalém. Para além do tema religioso, ainda que sem estar lá, um número relevante de judeus da diáspora sentem uma conexão com esse lugar, considerado como terra ancestral. E como essa relação muda quando você tem a oportunidade de estar lá pela primeira vez? Hoje, nossa conversa é sobre uma experiência individual, mas que pode ser, para muitos judeus, até mesmo coletiva: a experiência de estar em Israel pela primeira vez. E é claro que hoje, essas impressões são contaminadas também por um país em guerra. Nosso convidado vocês conhecem muito bem: João Torquato, apresentador aqui do “E eu com isso?”.
A cultura iídiche tem sobrevivido através dos séculos. Forjada nos guetos da Europa Oriental, é um testemunho vibrante da resistência judaica na manutenção de uma expressão cultural passada de uma geração a outra e reinventando-se nas diásporas judaicas. Perseguida e quase extinta pelos horrores da Shoá, a língua e as tradições iídiche resistiram por meio da música, da literatura e da oralidade. Mesmo diante da aniquilação, a cultura iídiche resiste, preservada pela memória de sobreviventes e por aqueles que se dedicaram a manter viva essa rica herança. Para falar do tema, convidamos o Gabriel Neistein, que é Arquiteto e Urbanista pela FAU USP, judeu paulistano, vive e atua no bairro do Bom Retiro. Desenvolve projetos artísticos em diferentes frentes, com projeto arquitetônico, nas artes visuais e também na música. Em 2019 fundou o grupo Klezmer Três Rios, que desenvolve trabalho de investigação e criação no universo da música judaica do leste europeu.
Os israelenses vivem momentos de absoluta tensão. Desde a morte do comandante do braço político do Hamas, Ismail Hanyieh, quem está em Israel vive sob o medo de um iminente ataque do Irã. E é sobre este clima no país que vamos falar hoje. É importante que você saiba que o dia dessa gravação é 5 de agosto e, a qualquer momento, as informações desse episódio podem mudar. Mas, o que a gente que trazer pra você é uma mistura de informação, análise e sentimento diretamente de quem está em Israel, sabendo que um ataque iraniano pode ocorrer a qualquer momento. Nossa convidada é da casa, Daniela Kresch, ela que é jornalista e correspondente do IBI em Israel.
Todo mundo sabia que, no segundo semestre de 2024, as eleições dos Estados Unidos seriam o principal assunto da política mundial. E isso se intensificou ainda mais com o atentado contra Donald Trump e a desistência de Joe Biden. Em relação à Israel, essa conversa ganhou também novos contornos a partir da fala de Benjamin Netanyahu no Congresso norte-americano. Hoje, a gente vai falar sobre a influência da eleição dos Estados Unidos em Israel, fazer alguns exercícios de futurologia de como seria uma relação entre o governo israelense tanto com Donald Trump quanto com Kamala Harris - ou será outro candidato? Nosso convidado é Roberto Simon, jornalista e analista internacional, mestre em políticas públicas pela Kennedy School da Universidade de Harvard.
Recentemente, o Partido Trabalhista de Israel, o Avodá, e o Meretz, ambos partidos de esquerda, anunciaram que se fundiram e agora serão conhecidos como “Democratas”. De acordo com o acordo assinado pelo presidente do Partido Trabalhista, Yair Golan, e pela delegação do Meretz liderada pelo secretário-geral do partido, Tomer Reznik, a nova chapa do partido para a Knesset será escolhida em primárias democráticas pelos membros dos novos partidos e autoridades que se juntarão a eles. Mas o que significa o fim do partido que governou Israel nos primeiros 30 anos do país? Será que ainda existe um caminho para a esquerda isralense? Para conversar com a gente hoje sobre a fusão dos trabalhistas com o Meretz e o futuro da esquerda israelense, nós convidamos o Renato Bekerman que é ativista do movimento Hashomer Hatzair desde 1983, doi delegado pelo Mapam e pelo Meretz em dois congressos sionistas, foi presidente da Organização Sionsita de São Paulo entre 1992-1994 e atualmente foi membro do Comitê de ação sionista da Organização Sionista Mundial.
Em 7 de outubro de 2023, o mundo presenciou um dos maiores ataques terroristas da história. Neste dia, terroristas do Hamas entraram em território israelense e comentaram um massacre contra civis e militares na região do sul do país. Deixando milhares de mortos, casas destruídas e sequestrando outras centenas de pessoas, não apenas israelenses, mas também imigrantes e trabalhadores dos kibutzim próximos da fronteira com a Faixa de Gaza. Nesses 9 meses de conflito, aqui no podcast falamos sobre diversos temas relacionados à guerra e aos impactos na sociedade isralense, mas o que mudou de lá pra cá e como é visitar Israel e as áreas atacadas no pogrom de 7 de outubro? O episódio de hoje será um pouco diferente, nós iremos conversar com a também apresentadora do podcast, Anita Efraim, que além de ser jornalista, fanática por futebol e mestre em comunicação, acabou de retornar de Israel e vai contar um pouquinho pra gente como foi essa experiência.
Na fundação do Estado de Israel, o primeiro primeiro-ministro do país, David Ben Gurion, permitiu que os ultraortodoxos se isentassem do alistamento militar - obrigatório a todos os outros. Naquele momento, a população ultraortodoxa era pequena, mas 76 anos se passaram e eles são milhares. Esse é um dos tantos dilemas da sociedade israelense. No dia 25 de julho, a Suprema Corte de Israel definiu que não há nenhuma justificativa legal para que a população ultraortodoxa não se aliste. Essa crise pode derrubar o governo de Benjamin Netanyahu e pode significar uma mudança importante na sociedade israelense. Para conversar com a gente sobre esse tema, nossa convidada é Marta Topel, antropóloga, livre docente da Universidade de São Paulo e vice-diretora do Centro de Estudos Judaicos da mesma universidade, autora de “O sagrado e o impuro no judaísmo: lei, comida e identidade”.
No último dia 27 de julho, o Instituto Brasil-Israel em parceria com a comunidade Shalom e com a Casa do Povo, fez uma visita guiada ao cemitério israelita de Cubatão para conhecer a história das “polacas”, que eram mulheres judias do leste europeu que vieram ao Brasil em busca de trabalho e que aqui foram convertidas em prostitutas. Estas, por não poderem ser enterradas no mesmo cemitério que os demais judeus, fundaram o Cemitério Israelita de Cubatão (em 1928), e que, desde 2010, se tornou um patrimônio histórico do Brasil. Mas quem eram essas mulheres, como viviam e por que tantas delas foram enterradas no cemitério de Cubatão? Para nos ajudar a entender melhor essa história, temos a honra de receber uma especialista no assunto, a Beatriz Kushnir, que é doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas. Autora, entre outros, de Baile de máscaras: as polacas e suas associações de ajuda mútua (Imago). Foi Diretora do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro entre 2005-20. Pesquisadora vinculada ao INCT-Proprietas. Professora do PPGARQ/Unirio e do PPGH/UFF.
Nas últimas semanas, tomou conta das redes a discussão em torno do tema sobre o aborto, no Brasil, por conta do PL 1904-24, que equipara a punição de abortos realizados após as 22 semanas à pena por homicídio, inclusive em gestações decorrentes de estupro, que pode chegar a 20 anos, pena superior à que receberia o próprio estuprador. Além de absurdo, o PL é um retrocesso no que diz respeito aos direitos das meninas e mulheres brasileiras. Com toda essa discussão em torno do tema, decidimos abordar a questão do aborto a partir de uma perspectiva judaica e contar um pouco para você, ouvinte do nosso podcast, como funciona o direito à interrupção da gravidez para mulheres israelenses. Nossa convidada hoje é a Rabina Fernanda Tomchinsky, da Comunidade Shalom, formada em Psicologia pela PUC-SP, rabina pelo Seminário Rabínico Latino-Americano.
O confronto de ideias envolvendo a guerra entre Israel e Hamas é mais uma prova de que a polarização é inimiga dos debates profundos. Nesse contexto, aproveitamos que junho é o mês do orgulho para falar sobre como a pauta LGBTQIA+ tem sido instrumentalizada durante esse conflito, que já se estende por mais de 8 meses. Toda hora a gente ouve alguma coisa como “não dá pra apoiar a causa e ser sionista”, ou, do outro lado, “vocês não sabem o que acontece com LGBTs em Gaza”. Será que esse tipo de argumentação faz algum sentido? Nossa convidada hoje é a Daniela Wainer, escritora, editora, uma das coordenadoras do Gaavah, coletivo judaico LGBTQIA+ do IBI.
Entre os dias 11 e 13 de julho, celebramos Shavuot, que para muitos é uma oportunidade de fortalecer sua fé e se conectar com a sabedoria da Torá, mas não só. Shavuot nos convida também à reflexão sobre como a própria Torá e seus ensinamentos podem ser ressignificados para o século em que vivemos. O que significa a Torá para nós hoje, em um mundo tão diferente daquele em que foi revelada? Como podemos encontrar relevância e significado em seus ensinamentos milenares em meio aos desafios do século XXI? Para falar sobre esse tema, nosso convidado é o rabino Natan Freller, depois de quase uma década de estudos e trabalhos rabínicos nos Estados Unidos e Israel, retornou ao Brasil e está atuando como rabino na Congregação Israelita Paulista.
Nesta semana, lembramos 8 meses do dia de 7 de outubro. A guerra se estende e segue acumulando vítimas, enquanto restos mortais de israelenses ainda são encontrados, tal era o estado de seus corpos. Neste contexto, um episódio chamou bastante atenção: a morte de 45 palestinos em um campo de refugiados em Rafah. Será que esse caso pode ser um ponto de virada numa guerra que parece ser interminável? Depois de Rafah, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expôs um plano de cessar-fogo que teria sido feito por Israel, e agora esse é o assunto do momento no noticiário israelense. Nosso convidado é Henry Galsky, diretor de jornalismo do portal Israel de Fato, que traz notícias sobre Israel em português.
Apesar de se tratar de um tema universal, a experiência do luto, esse processo de elaboração interna das perdas que experimentamos, também é muito singular para cada sujeito. Mas como essas vivências interagem com nossos processos internos e nos afetam psiquicamente? Mais do que nunca, é importante refletir sobre o tema, como experiência individual, mas também coletiva. Quantas perdas materiais e simbólicas, diretas e indiretas, temos vivenciado desde o 7 de outubro? Ou desde que as enchentes do Rio Grande do Sul devastaram vidas humanas e cidades inteiras? Quais os caminhos possíveis para elaborar essas perdas e ressignificá-las? Pra conversar com a gente sobre esse tema super complexo e delicado, nós convidamos o psicanalista, Christian Dunker, que é também professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, dono do canal do YouTube, "Falando nisso", e que recentemente lançou um livro inteiro falando sobre o tema, sob o título “Lutos finitos e infinitos”, pela editora Paidós.
Na semana passada, Luiggi Lellis, aluno do curso de Serviço Social da PUC São Paulo usou as redes sociais pra contar que havia sido expulso da chapa do Centro Acadêmico. O motivo era o fato de ele se identificar como sionista. Talvez alguns pensem que ele exagerou ou que não foi bem assim, mas, o próprio grupo de alunos confirmou essa versão. Pra conversar com a gente sobre esse caso, nós convidamos o próprio Luiggi Lellis, que passou por essa situação.