Podcasts about catulo

  • 28PODCASTS
  • 42EPISODES
  • 39mAVG DURATION
  • ?INFREQUENT EPISODES
  • Nov 27, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about catulo

Latest podcast episodes about catulo

Oxigênio
#206 – Traduzir a Antiguidade: memória e política nos textos greco-romanos

Oxigênio

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 41:07


Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]

Mundo Insólito Radio
440/8. La biblioteca maldita. La fuerza del deseo de Catulo. La destrucción del centro del saber.

Mundo Insólito Radio

Play Episode Listen Later Jul 16, 2023 109:51


Dirige y presenta Juan Carlos Baruque Hernández Sumario del programa JOSÉ ANTONIO GUIJARRO *La biblioteca maldita de Alejandría. *La destrucción del gran centro del saber de la antigüedad. . ALBA LOBERA *La fuerza del deseo. Nuestra Web: https://mundoinsolitoradio.es Contacta: +34 687 39 80 12 - Solo WhatsApp mundoinsolitoradio@hotmail.com Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Autores e Livros
“Inventar um avô” revisita a história da imigração espanhola no Brasil

Autores e Livros

Play Episode Listen Later Jul 7, 2023 27:34


Em Inventar um avô, lançamento da Maralto Edições, Miguel Sanches Neto mergulha o leitor nos sentimentos da orfandade e passeia entre o real e o ficcional ao se aprofundar na história da imigração espanhola no Brasil. Resultado de um profundo trabalho de pesquisa de campo em cidades do interior e do litoral do estado de São Paulo e também no Museu da Imigração de São Paulo, a obra é um rico documento sobre como ocorreram as ondas migratórias do início do século XX, em que cerca de 700 mil espanhóis desembarcaram no Brasil. Na entrevista, Miguel Sanches Neto fala de como nasceu esse livro e de como foi a pesquisa sobre os imigrantes espanhóis e sobre o seu próprio avô, Miguel Hernandes: “O livro é inspirado no fato de não haver nenhum registro do meu avô espanhol em nenhum lugar”, explica Miguel. “Nem mesmo nos documentos de imigração. Ele chegou ao Brasil em 1912 e desapareceu nos sertões paulistas, morrendo cedo. Tentei entender pela ficção como as famílias analfabetas que trabalharam nas lavouras de café sofreram de uma invisibilidade muito rápida. Não sabemos nem onde meu avô está enterrado. Este romance é um túmulo ficcional para ele”. E, no Encantos de Versos, a poesia de Augusto dos Anjos, Alphonsus de Guimarães e Catulo da Paixão.

Historias de Tangos
CATULO CASTILLO, a 37 años de su muerte

Historias de Tangos

Play Episode Listen Later Oct 22, 2022 54:30


Recorrió con sus letras los temas que siempre obsesionaron al tango: la dolorosa nostalgia por lo perdido, los sufrimientos del amor y la degradación de la vida. No tuvo en cambio espacio para el humor ni para el trazo despreocupado, y tampoco para el énfasis rítmico de la milonga. La palabra último figura en varios de sus títulos, como dando testimonio de ese desfile de adioses que atraviesan sus letras, donde hay siempre compasión por quienes padecen y un frecuente recurso al alcohol como fuga. Hoy en Historias de Tangos recordamos, a 37 años de su muerte, a Catulo Castillo

Podcast – Fronteiras no Tempo
Fronteiras no Tempo #68 Independências na América Espanhola

Podcast – Fronteiras no Tempo

Play Episode Listen Later Aug 4, 2022 96:07


Na virada do século XVIII para o século XIX as Américas viveram tempos de profundas transformações sociais, econômicas e políticas: ao norte as 13 colônias inglesas declararam sua independência e, em 1804, a Revolução do Haiti abalou todo o mundo colonial. As independências na chamada América Espanhola ocorreram no contexto das Guerras Napoleônicas, de difusão do ideário liberal, de expansão do império britânico e, especialmente, em um cenário de convulsões sociais internas no extenso território colonial espanhol que opunham múltiplos interesses, indo das disputas de poder entre as elites econômicas locais e espanhola, os anseios dos povos indígenas e o desejo de liberdade presente entre o enorme contingente de trabalhadores escravizados. Embarque nessa viagem no episódio que comemora o 8º aniversário do Fronteiras no Tempo. Arte da Capa Publicidade – Financiamento Coletivo Ajude nosso projeto! Você pode nos apoiar de diversas formas: PADRIM  – só clicar e se cadastrar (bem rápido e prático) – http://www.padrim.com.br/fronteirasnotempo PIC PAY [https://app.picpay.com/user/fronteirasnotempo]– Baixe o aplicativo do PicPay: iOS / Android PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com Redes Sociais Twitter, Facebook, Youtube, Instagram Contato fronteirasnotempo@gmail.com Expediente Produção Geral e Hosts: C. A e Beraba, Recordar é Viver: Willian Spengler. Arte do Episódio: Augusto Carvalho, Edição: Adriano João Como citar esse episódio Citação ABNT Fronteiras no Tempo #68 Independências na América Espanhola. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza e Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 04/08/2022. Podcast. Disponível em: http://www.deviante.com.br/?p=53973&preview=true Programas relacionados  Fronteiras no Tempo #67 Escravização nas Américas Fronteiras no Tempo #47 Os Piratas Fronteiras no Tempo #49 Independência dos EUA [PILOTO] Fronteiras no Tempo: Pequenas Histórias #00 – Revolução Francesa Fronteiras no Tempo #32: A Revolução Francesa A imprensa da época e o processo de independência do Brasil – 25 Irisian (Spin #1032 – 07/09/20) Fronteiras no Tempo #9 – Independência do Brasil Material Complementar ANDREWS, George Reide. América Afro-Latina (1800-2000). trad. Magda Lopes. São Carlos: EDUFSCAR, 2007 BAILYN, Beranrd. As Origens Ideológicas da Revolução Americana. Bauru: Edusc, 2003. BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina. (Coleção em 15 volumes). São Paulo: Edusp; Brasília, DF: Fundação Alexandre Gusmão, 2004. DORATIOTO, Francisco F. M. Espaços nacionais na América Latina: da utopia bolivariana à fragmentação. São Paulo: Brasiliense, 1994. FRASQUET, Ivana; CHUST, Manuel. Las independencias en America. Madrid: Los libros de la Catarata, 2009 FUENTE Alejandro de la; ANDREWS George Reid. Estudios afrolatinoamericanos: una introducción. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Massachusets : Afro Latin American Researcher Institute. Harvard University, 2018, GOUVÊA, Maria de Fátima. Revolução e independências: notas sobre o conceito e os processos revolucionários na América Espanhola. Estudos Históricos. América Latina. Rio de Janeiro, CPDOC/FGV,n°20, 1997. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2056 LYNCH, John. Las origenes de la independência Hispanoamericana. In: BETHELL, Leslie (org.). História de América Latina. 5 La independência. Barcelona: Crítica, 1991, p.1-40 MORSE, Richard M. O espelho de Próspero. Cultura e ideias nas Américas. São Paulo: Cia. das Letras, 1995 POMER, Leon. As independências na América Latina. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1981. PRADO, Maria Lígia. A formação das nações latino-americanas. 2 ed. São Paulo: Atual; Campinas: Unicamp, 1986. PRADO, Maria Lígia. América Latina no século XIX: tramas, telas e textos. São Paulo: EDUSP, 2004. Trilha sonora do episódio 01. El Pájaro Chogüí – Rigo Tovar 02. Napoléon – Richard Grégoire (Napoléon – 2002 OST) 03. People Disappear All the Time (Outlander, Vol. 1 OST) – Bear McCreary 04. Flor Amorosa Instrumental – Catulo da Paixão Cearense 05. Skye Bout Song (Outlander Tema da Série, Vol. 1 OST) – Raya Yarbrough 06. Polca Rural (Folclore Argentino) – Desconhecido 07. Lundu – Mário de Andrade 08. Índio Arara Azul – Cantos Indígenas Kariri-Xocó 09. Música Afro Brasileira Instrumental Berimbau, Tambor e Samba – Mestre Suassuna e Dirceu 10. Son De La Negra – Mariachi Vargas de Tecalitlán 11. El Sinaloense – Pedro Fernandez 12. Viva Veracruz – Mariachi Vargas de Tecalitlán 13. Mexico Lindo Y Querido – Valente Pastor, Alberto Angel e Humberto Cravioto 14. Las Chiapanecas – Mariachi Vargas de Tecalitlán 15. Viva México – Aida Cuevas 16. Colombia Tierra Querida – Hijos Del Tambor 17. Che Cumbia – Hijos Del Tambor 18. 1812 Overture – Piotr Ilitch Tchaikovsky 19. La Dessalinienne (Hino Nacional do Haiti) – Nicolas Geffrard 20. Lamento Quinchua – Luis Gianneo 21. El Condor Pasa – Ensemble Pachamama 22. Hino da CONMEBOL Libertadores 23. The end – Richard Beddow (Napoleon: Total War) 24 – Le Sacre – Richard Grégoire (Napoléon – 2002 OST) 25. Al Mas Grande de la Patria – Gabriel Eugenio Pérez Lucena 26. Hino da Independência do Brasil – Dom Pedro 27. Heroico – Bolivar 28. O Mestre Sala dos Mares – João Bosco 29. Canción Americana – Manuel Gual e José María España 30. Alto Peru – Ensemble Pachamama 31. Independencia de Cuba – Desconhecido 32. The Batlle Hymn of the Republic – William Steffe 33. Himno al Libertador General San Martín – Arturo Luzzatti 34. La Cruzada – Tabaré Etcheverry 35. The Long Road To Justice (Amistad) – John Williams 36. América do Sul – Ney Matogrosso Madrinhas e Padrinhos Adilson Lourenço da Silva Filho, Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Alvaro Vitty, Anderson Paz, Allen Teixeria, André Luis Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Andressa Marcelino Cardoso, Artur Henrique de Andrade Cornejo, Barbara Marques, Bruno Scomparin, Carlos Alberto de Souza Palmezani, Carlos Alberto Jr., Camila de P Vitorino, Carolina Pereira Lyon, Ceará, Charles Calisto Souza, Cláudia Bovo, Daniel Rei Coronato, Eani Marculino de Moura, Eduardo Saavedra Losada Lopes, Eliezer Ferronato, Elisnei Oliveira, Ettore Riter, Fabio Henrique Silveira De Medeiros, Felipe Augusto Roza, Felipe Sousa Santana, Flavio Henrique Dias Saldanha, Iago Mardones, Iara Grisi, João Carlos Ariedi Filho, José Carlos dos Santos, Leticia Duarte Hartmann, Lucas Akel, Luciano Beraba, Manuel Macias, Marcos Sorrilha, Matheus Machado do Amaral, Mayara Araujo dos Reis, Mayara Sanches, Melissa Souza, Moises Antiqueira, Paulo Henrique de Nunzio, Rafael, Rafael Alves de Oliveira, Rafael Igino Serafim, Rafael Machado Saldanha, Rafael Zipão, Raphael Almeida, Raphael Bruno Silva Oliveira, Renata Sanches, Rodrigo Olaio Pereira, Rodrigo Raupp,  Rodrigo Vieira Pimentel,  Rodrigo Alfieiro Rocha, Rubens Lima, Wagner de Andrade Alves, Thomas Beltrame, Willian Spengler e ao padrinho anônimo.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Viaje por la Historia
Píldora Mujeres con Historia (junio 2022)

Viaje por la Historia

Play Episode Listen Later Jun 12, 2022 9:00


En esta píldora de Viaje por la Historia conocemos este mes a la directora de orquesta Antonia Brico; a Clodia, que pasó a la historia como Lesbia en los versos del poeta latino Catulo; y a Mary Anning, la primera paleontóloga.

Gramática histórica del castellano
Etimología de «joder» desde el latín FUTUERE

Gramática histórica del castellano

Play Episode Listen Later Aug 20, 2021 5:04


Veamos la ETIMOLOGÍA DE «JODER» desde los poetas latinos como Catulo, Marcial y Horacio, hasta la actualidad, pasando por los ejemplos medievales. El verbo «joder» se encuentra al menos desde la primera mitad del siglo XIII en su grafía ‹FODER›, que representa la aspiración /hoˈdeɾ/ procedente de F‑ inicial latina.

Chá com Agroecologia
História da Agricultura em Planaltina

Chá com Agroecologia

Play Episode Listen Later Aug 20, 2021 39:53


Nesse episódio, História da Agricultura em Planaltina, em homenagem aos 162 anos de Planaltina, o professor Paulo Cabral e a estudante Bárbara de Gaia trazem depoimentos de pessoas que vivem e que participam da construção da agricultura e da agroecologia da região. Participam deste episódio o historiador Mário César Castro; a pioneira Conceição Aparecida Castro; o Engenheiro Agrônomo e ex-Chefe da Embrapa Cerrado, Eduardo Assad e o professor da FUP - UnB Mário Ávila. Referência bibliográficas: O lado agrícola da Capital: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2016/01/05/o-lado-agricola-da-capital/ Agricultura familiar no DF: http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/Agricultura-Familiar-no-DF-Dimens%C3%B5es-e-Desafios.pdf Agricultura familiar no distrito federal: uma análise comparativa entre os censos agropecuários de 2006 e 2017 Músicas utilizadas: 1 - Corta-jaca Chiquinha Gonzaga https://www.youtube.com/watch?v=4wfrA54BMZg 2 - Brejeiro - Ernesto Nazareth https://youtu.be/zOdSUDs00SY 3 - Luar do Sertão - Catulo da Paixão Cearence https://youtu.be/0ZIilZbPpdY 4 - Brasilia - Trio Amizade https://youtu.be/7Mamy3vI8ZE 5 - Hino de Planaltina https://youtu.be/5HuJziD8-3w --- Send in a voice message: https://anchor.fm/chacomagroecologia/message

Aprendiendo con Latín y Roma
Conociendo a Catulo

Aprendiendo con Latín y Roma

Play Episode Listen Later Aug 11, 2021 60:38


Audio de la conferencia virtual transmitida desde la cuenta de Instagram @latinyroma en el que Irene Verde, la administradora de la cuenta, entrevista a Luna Clavero, doctoranda de la Universidad de Zaragoza que está estudiando al poeta romano Cayo Valerio Catulo, famoso por sus poemas de los besos dedicados a su Lesbia. En el capítulo se habla de la biografía, obra y recepción del poeta Catulo.

Maliarte
#34 - Para fugir da Azia: Poesia O Marroeiro Catulo da Paixão Cearense

Maliarte

Play Episode Listen Later Jun 28, 2021 6:05


Coisa boa de se viver: ouvir e lembrar, do olhar das pessoas que essa terra viveram, das emoções que sentiram por cá. Viaje no tempo para o tempo não viajar.

Jardim Elétrico Podcast
2x4: Blabláblá literário #2: CAIO VALÉRIO CATULO

Jardim Elétrico Podcast

Play Episode Listen Later Mar 4, 2021 11:02


Olá! Você já ouviu falar de Caio Valério Catulo? Nascido por volta de 87 ou 84 antes de cristo, Catulo foi um poeta romano pouco conhecido de modo geral. Inspirado por Safo de Lesbos, Catulo retrata em seus poemas seu amor por Lésbia e Juvêncio. Encaixado — de modo pejorativo — por Cícero como Poetas Novus, Catulo foi o vanguardista na Roma Antiga da poesia de putaria, com versos ligeiros e linguagem coloquial.  Críticas, dúvidas ou sugestões:  Telegram: JardimEletricoPodcast Curiouscat: https://curiouscat.me/jardimeletricopod Qualquer ajuda financeira pra continuar mantendo esse projeto autoral funcionando: https://apoia.se/jardimeletricopodcast

Jornal da USP
USP Especiais #20: O choro pelos chorões, segundo “Animal” – parte 1

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jul 1, 2020 58:58


Alexandre Gonçalves Pinto, também conhecido como “Animal”, é autor de um conjunto de histórias que revela a nostalgia de um tempo vivido próximo dos chorões da primeira metade do século 20. O texto dessa narrativa é de 1936 e, nele, Animal descreve como eram os músicos e compositores dessa linhagem da música brasileira, o choro. Conta também os feitos e causos, com uma narrativa apaixonante que nos transporta no tempo. Na narrativa sobre o flautista Joaquim Antônio Callado, por exemplo, para além do prestígio do músico e compositor, encontramos os detalhes de seu contexto e de sua vida. Outro destaque do programa é Salvador Marins, com seu código para sinalizar aos demais do grupo que naquele “pagode” não havia “pirão”. Música e comida andavam juntos. O programa também lembra do excelente flautista e maestro Alfredo Vianna, com seu imenso arquivo musical de partituras que, mais tarde, ficaria em poder de seu filho, Pixinguinha. Com muito afeto, o autor nos mostra um Ernesto Nazareth muito cavalheiro, um gentleman tão fino quanto suas melodias e suas harmonias. Mas também expõe defeitos e causos, como no caso de Josino Facão e das troças que se aprontava com ele e seu oficleide. Ou ainda como da flauta velha de Leopoldo Pé de Mesa. Temos Chiquinha Gonzaga, figura feminina que abre as portas de um ambiente pouco vivido pelas mulheres daquela época. E Catulo da Paixão Cearense, herdeiro dos trovadores que, com seu poema Passado traz esse tempo nostálgico. Créditos do programa Pesquisa e voz adicional: Amanda Ferraresi Interpretação do poema O passado, de Catulo da Paixão Cearense: Gustavo Xavier Interpretação de “Animal”: Cido Tavares Os textos do programa foram extraídos do livro O choro – reminiscências dos chorões antigos.

Radio Grado Independiente
Cuando los amigos se van When friends leave

Radio Grado Independiente

Play Episode Listen Later Jun 21, 2020 7:01


Aquí llego, hermano, / para rendirte los últimos honores . Here I am, brother, to honour you for the last time. (Catulo)

Estudos Clássicos em Dia
As Sátiras de Pérsio

Estudos Clássicos em Dia

Play Episode Listen Later May 29, 2020 23:58


Fábio Cairolli, professor de Língua e Literatura Latina da Universidade Federal Fluminense, nos apresenta ao poeta Pérsio e suas sátiras. Aborda também alguns fatos curiosos da biografia do autor que dificultam a análise da obra. Fábio Cairolli graduou-se em Letras (2005) pela Universidade de São Paulo; tornou-se mestre, em 2009, com a dissertação "Pequena Gramática Poética de Marcial", e doutor, em 2014, com a tese "Marcial Brasileiro" pela mesma instituição. Ingressou como docente adjunto na Universidade Federal Fluminense em 2015. Tem experiência na área de Literaturas Clássicas, atuando principalmente nos seguintes temas: poética e retórica clássicas, poesia epigramática, poesia satírica, tradução e comentário dos poetas Marcial, Catulo, Pérsio, Virgílio e Horácio, leitura e recepção dos clássicos. Sugestão de Leitura: - Pérsio: Sátiras. introdução, tradução e notas de Fábio Paifer Cairolli. São Paulo: Assimetria, 2019. - Bruno, Haroldo. Pérsio: introdução, tradução e notas. (dissertação de mestrado). São Paulo: DLCV/FFLCH/USP, 1980. - Castro, Marihá B. O programa satírico de Pérsio frente à tradição. (dissertação de mestrado). Vitória: UFES, 2015. - Reckford, Kenneth J. Studies in Persius. Hermes, 90. Bd., H. 4 (1962), pp. 476-504. - Silva, Agostinho. Breve ensaio sobre Pérsio. Lisboa, Tipografia da Cooperativa Militar, 1929. O vídeo está disponível no canal da FFLCH no Youtube. Ficha Técnica: Coordenação Geral Paulo Martins Roteiro Fábio Cairolli Produção, Gravação e Edição Renan Braz Música Pecora Loca - Ode Anacreôntica 39

respiro
Catulo da Paixão Cearense | Ontem ao Luar

respiro

Play Episode Listen Later May 16, 2020 4:34


ouve a inquietação da merencória pulsação deste espisódio, com a leitura de @fredbottrel para este clássico brasileiro

Conociendo la UAM
CUAM COVID #03: Antonio Cascón. Leyendo a los clásicos en tiempos de coronavirus.

Conociendo la UAM

Play Episode Listen Later Apr 21, 2020 10:44


Una conversación con el Dr. Antonio Cascón Dorado, profesor titular de Filología Clásica, de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Autónoma de Madrid, que gira en torno a las escuelas filosóficas que podrían explicar de manera positiva la situación que vivimos del confinamiento de la población por la crisis sanitaria del coronavirus. Los estoicos, como Séneca o Marco Aurelio, nos mostrarán una realidad basada en la razón para encarar estos tiempos. Libros que nos recomienda el Prof. Antonio Cascón son: * Cartas a Lucilio. Séneca * Meditaciones. Marco Aurelio. * La Odisea. Homero. * Vidas paralelas. Plutarco * Poemas de Catulo. * El Asno de Oro. Lucio Apuleyo

VIAGENS POÉTICAS E TEATRAIS DO D'ALMA
"A FLOR DO MARACUJÁ", Poema de CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, por Gilberto D'Alma

VIAGENS POÉTICAS E TEATRAIS DO D'ALMA

Play Episode Listen Later Apr 19, 2020 2:38


Uma estória sobre porque a flor do maracujá é roxa! Pedido de Dartagnan Holanda

VIAGENS POÉTICAS E TEATRAIS DO D'ALMA
"O MARRUÊRO", Poema de Catulo da Paixão Cearense, por Gilberto D'Alma

VIAGENS POÉTICAS E TEATRAIS DO D'ALMA

Play Episode Listen Later Apr 3, 2020 3:20


A fé e a força do homem nordestino, estão pungente neste poema.

Estudos Clássicos em Dia
Literatura Latina em Cordel

Estudos Clássicos em Dia

Play Episode Listen Later Mar 27, 2020 28:05


Fábio Cairolli, professor de Língua e Literatura Latina da Universidade Federal Fluminense, cita algumas dificuldades e critérios utilizados nas traduções de textos clássicos para a língua portuguesa. Além disso, o docente também comenta sobre o processo de adaptação da literatura latina para o cordel brasileiro. Fábio Cairolli graduou-se em Letras (2005) pela Universidade de São Paulo; tornou-se mestre, em 2009, com a dissertação "Pequena Gramática Poética de Marcial", e doutor, em 2014, com a tese "Marcial Brasileiro" pela mesma instituição. Ingressou como docente adjunto na Universidade Federal Fluminense em 2015. Tem experiência na área de Literaturas Clássicas, atuando principalmente nos seguintes temas: poética e retórica clássicas, poesia epigramática, poesia satírica, tradução e comentário dos poetas Marcial, Catulo, Pérsio, Virgílio e Horácio, leitura e recepção dos clássicos. Sugestão de Leitura: - VIRGÍLIO, Eneida. trad. de Carlos Alberto Nunes. Organização, apresentação e notas de João Angelo Oliva Neto. São Paulo, Ed. 34, 2016. - CAIROLLI, F. P., Eneias a nordeste de Cartago: a poesia latina traduzida para o cordel. Rónai: Revista de Estudos Clássicos e tradutórios. Vol 7, No 2, 2019. (https://doi.org/10.34019/2318-3446.2019.v7.27938) - CAMPOS, H. A arte no horizonte do provável. São Paulo: Perspectiva, 1969. - GONÇALVES, R. T. Tradução e ritmo: rêver le vers de Lucrécio. Revista Morus. Campinas, v. 11, n. 1, p. 181-197, 2016. - WEST, M. Greek metre. Oxford: Clarendon Press, 1982. O vídeo está disponível no canal da FFLCH no Youtube. Ficha Técnica: Coordenação Geral Paulo Martins Roteiro Fábio Cairolli Produção, Gravação e Edição Renan Braz Música Pecora Loca - Ode Anacreôntica 39

1959radiotv
La Edad de Oro de la literatura latina 07 Historia de la literatura en español

1959radiotv

Play Episode Listen Later Jan 19, 2020 21:35


La época clásica de la literatura latina comprende desde la muerte de Sila (78 a. de J.C.) hasta la de Augusto (14 d.J.C.). Políticamente es un período muy agitado, hasta que Augusto consigue una paz duradera en Roma y en todo el Imperio. Se logra entonces la máxima nacionalización de las letras latinas, que no dejan por eso de mirarse en los modelos griegos. La literatura adquiere tal brillantez y perfección, que se conoce esta época con el nombre de Edad de Oro. Destacan especialmente: Lucrecio, Catulo, César, Salustio, Nepote, Cicerón, Virgilio, Horacio, Ovidio y Tito Livio. Este episodio ésta muy resumido y te recordará o proporcionará conocimiento mientras realiza otra actividad, ya se ir en metro, autobús o hacer deporte. Espero que te guste, puedes visitar mi web https://www.1959radiotv.com ,para mantenerte informado de los próximos estrenos; o bien, en mi canal de https://www.youtube.com/c/1959radiotv si lo quieres ver con imágenes. Gracias. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/alfonso-salvador/message

1959radiotv
La Edad de Oro de la literatura latina 07 Historia de la literatura en español

1959radiotv

Play Episode Listen Later Jan 19, 2020 21:35


La época clásica de la literatura latina comprende desde la muerte de Sila (78 a. de J.C.) hasta la de Augusto (14 d.J.C.). Políticamente es un período muy agitado, hasta que Augusto consigue una paz duradera en Roma y en todo el Imperio. Se logra entonces la máxima nacionalización de las letras latinas, que no dejan por eso de mirarse en los modelos griegos. La literatura adquiere tal brillantez y perfección, que se conoce esta época con el nombre de Edad de Oro. Destacan especialmente: Lucrecio, Catulo, César, Salustio, Nepote, Cicerón, Virgilio, Horacio, Ovidio y Tito Livio. Este episodio ésta muy resumido y te recordará o proporcionará conocimiento mientras realiza otra actividad, ya se ir en metro, autobús o hacer deporte. Espero que te guste, puedes visitar mi web https://www.1959radiotv.com ,para mantenerte informado de los próximos estrenos; o bien, en mi canal de https://www.youtube.com/c/1959radiotv si lo quieres ver con imágenes. Gracias. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/alfonso-salvador/message

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 100 - Edición verano 2019 - III

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Aug 1, 2019 98:25


Edición especial del magacín cultural que emitimos desde Zaragoza los jueves a las 7 de la tarde en Radio La Granja (102.1 FM - ON LINE en radiolagranja.caster.fm) y los viernes a las 6 de la tarde ON LINE en teafm.net SUMARIO: 1-Nada más que libros: Opiniones de un payaso (Heinrich Böll) 2-Los orígenes de la lírica occidental: 1-Catulo - 2-Lírica Hebrea 3-Nada más que música: Canción chilena 4-Crónicas de Ultramar 5-El vientre de los espejos: "Extraño deseo"

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 100 - Edición verano 2019 - III

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Aug 1, 2019 98:25


Edición especial del magacín cultural que emitimos desde Zaragoza los jueves a las 7 de la tarde en Radio La Granja (102.1 FM - ON LINE en radiolagranja.caster.fm) y los viernes a las 6 de la tarde ON LINE en teafm.net SUMARIO: 1-Nada más que libros: Opiniones de un payaso (Heinrich Böll) 2-Los orígenes de la lírica occidental: 1-Catulo - 2-Lírica Hebrea 3-Nada más que música: Canción chilena 4-Crónicas de Ultramar 5-El vientre de los espejos: "Extraño deseo"

Furor podcast
4: ¿De qué hablamos cuando hablamos de amor?

Furor podcast

Play Episode Listen Later May 12, 2019 25:25


En este cuarto episodio avanzamos en nuestro viaje peripatético, perseguimos a Eros y le preguntamos ¿de qué hablamos cuando hablamos de amor? Peripatéticas es una coproducción de Furor Podcast, Danila Suárez Tomé y Natalí Incaminato. Cuenta el sponsoreo de Horacio Banega y Alberto Zárate   Está auspiciado por [Penguin Random House audiolibros](https://www.megustaleer.com/audiolibros/).  ¡Ingresá en leer.com.ar/peripateticas y elegí tu próximo audiolibro! **Referencias bibliográficas: **"Existentialism and romantic love" (2015), Skye Cleary. "[Amor romántico](https://www.youtube.com/watch?v=dKrmPGJ5pT0)" (2016), Diana Maffía. "Política sexual" (1995), Kate Millett. Safo. Catulo. "De Amore" (Siglo XII), Andreas Capellanus. Entrevista "Sexo, poder y la política de la identidad" (2016), Michel Foucault. "Sensatez y sentimientos" (1811) y "Orgullo y prejuicio" (1813), Jane Austen. **Créditos:** Narración: Danila Suárez Tomé y Natalí Incaminato. Interpretación: Mariel Giménez y Vanina Pikholc. Locución: Miranda Carrete y Florencia Flores Iborra. Guion: Danila Suárez Tomé, Natalí Incaminato y Mariel Giménez. Edición: Florencia Flores Iborra. Producción: Josefina Avale y Vanina Pikholc. Música: Podcast con ladrido por Juan Manuel Ontivero. Ilustración: Viviana Maidanik. **Peripatéticas es el primer podcast argentino financiado colectivamente.**

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 78 - Catulo - Canción sudamericana - III

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Feb 7, 2019 122:00


"Siéntelo con oído" es el magacín cultural que emitimos todos los jueves a las siete de la tarde desde Radio la Granja - 102.1 FM. Comenzamos recordando a Vicente Miguel Basanta López, obrero de la construcción en paro, asesinado en Zaragoza por la policía el 5 de febrero de 1977, a los 31 años, junto al Canal a su paso por nuestro barrio. Es decir, que hace dos días se cumplieron 42 años de este asesinato que sigue impune a día de hoy. SUMARIO : • Comenzaremos con “Zaragoza te habla”. Chema Ballestín se ocupará del cubrimiento del Huerva. • A continuación “Nada más que libros”. Néstor Barreto se ocupa hoy de otra gran novela: “Los santos inocentes”, de Miguel Delibes. • Después, Antonio Giménez y su “Nada más que música” seguiremos escuchando y conociendo más sobre la canción sudamericana y caribeña, pues hoy nos llevará a Uruguay y Cuba. • Seguiremos con nuestro ciclo poético “Las semillas del corazón – Orígenes de la lírica Occidental”. Hoy nos ocupamos de la lírica de la antigua Roma, escucharemos una selección de poemas de Catulo. • José María Burillo interpretará después el capítulo número 15 de “El capitán…” de Bukowski • Terminaremos como siempre con “El vientre de los espejos” de Fernando Alcaine, la audio poesía de hoy se titula “Los fieles amantes” Nuestro programa número 78 ha sido posible gracias a José María Ballestín, de "Zaragoza te habla", a Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa, integrantes Trafulla Teatro. También a los amigos Néstor Barreto, Antonio Giménez y José María Burillo, además del guion que hacemos Fernando y Manuel Alcaine.

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 78 - Catulo - Canción sudamericana - III

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Feb 7, 2019 122:00


"Siéntelo con oído" es el magacín cultural que emitimos todos los jueves a las siete de la tarde desde Radio la Granja - 102.1 FM. Comenzamos recordando a Vicente Miguel Basanta López, obrero de la construcción en paro, asesinado en Zaragoza por la policía el 5 de febrero de 1977, a los 31 años, junto al Canal a su paso por nuestro barrio. Es decir, que hace dos días se cumplieron 42 años de este asesinato que sigue impune a día de hoy. SUMARIO : • Comenzaremos con “Zaragoza te habla”. Chema Ballestín se ocupará del cubrimiento del Huerva. • A continuación “Nada más que libros”. Néstor Barreto se ocupa hoy de otra gran novela: “Los santos inocentes”, de Miguel Delibes. • Después, Antonio Giménez y su “Nada más que música” seguiremos escuchando y conociendo más sobre la canción sudamericana y caribeña, pues hoy nos llevará a Uruguay y Cuba. • Seguiremos con nuestro ciclo poético “Las semillas del corazón – Orígenes de la lírica Occidental”. Hoy nos ocupamos de la lírica de la antigua Roma, escucharemos una selección de poemas de Catulo. • José María Burillo interpretará después el capítulo número 15 de “El capitán…” de Bukowski • Terminaremos como siempre con “El vientre de los espejos” de Fernando Alcaine, la audio poesía de hoy se titula “Los fieles amantes” Nuestro programa número 78 ha sido posible gracias a José María Ballestín, de "Zaragoza te habla", a Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa, integrantes Trafulla Teatro. También a los amigos Néstor Barreto, Antonio Giménez y José María Burillo, además del guion que hacemos Fernando y Manuel Alcaine.

Teatro en la Granja
Orígenes de la lírica occidental - CATULO

Teatro en la Granja

Play Episode Listen Later Feb 7, 2019 25:52


CATULO: BEBERSE LA VIDA Pese a que intentó una poesía de largo tono elevado y noble, lo más característico de la producción del joven Catulo (nacido hacia 87-84 a.C. su vida no sobrepasó los treinta años) son sus poemas cortos, que él llamó “naderías”. En ellos se aprecia una evolución que va desde las delicadas composiciones inspiradas por Lesbia (aristócrata casada con un poderoso romano) hasta los más desvergonzados versos inspirados por el rencor o el desprecio. En cualquier caso, el adinerado y licencioso Catulo riega esa semilla griega vitalista y la hace florecer, mundana y procaz, elegante y arrabalera. No inventa la Vida, por supuesto. Lo que Catulo hace es vivírsela.

Teatro en la Granja
Orígenes de la lírica occidental - CATULO

Teatro en la Granja

Play Episode Listen Later Feb 7, 2019 25:52


CATULO: BEBERSE LA VIDA Pese a que intentó una poesía de largo tono elevado y noble, lo más característico de la producción del joven Catulo (nacido hacia 87-84 a.C. su vida no sobrepasó los treinta años) son sus poemas cortos, que él llamó “naderías”. En ellos se aprecia una evolución que va desde las delicadas composiciones inspiradas por Lesbia (aristócrata casada con un poderoso romano) hasta los más desvergonzados versos inspirados por el rencor o el desprecio. En cualquier caso, el adinerado y licencioso Catulo riega esa semilla griega vitalista y la hace florecer, mundana y procaz, elegante y arrabalera. No inventa la Vida, por supuesto. Lo que Catulo hace es vivírsela.

Decantando a República
Teca Calazans - Rasga o coração

Decantando a República

Play Episode Listen Later Jan 11, 2019 6:43


“Iara” era um tema instrumental, composto por Anacleto de Medeiros, por volta de 1896. Quando recebeu a letra escrita por Catulo da Paixão Cearense, “Iara” já era uma peça obrigatória no repertório das bandas do início do século XX. O poeta foi o responsável por adaptar o seu formato musical do xote para a modinha, além rebatizá-la com o título “Rasga o coração”.

Decantando a República
Zé Renato e Claudio Nucci - Caboca de Caxangá

Decantando a República

Play Episode Listen Later Jan 11, 2019 5:09


Catulo da Paixão Cearense é um dos poetas populares mais importantes de todo o século XX. Como compositor conquistou igual prestígio, tornando-se um letrista hábil em conjugar verso e melodia em uma combinação perfeita entre ritmos, palavras e notas musicais.

Decantando a República
Gastão Forment - Hino 24 de outubro

Decantando a República

Play Episode Listen Later Jan 11, 2019 4:42


Um dos primeiros compositores a cantar os passos de Getúlio Vargas no cenário político nacional foi Catulo da Paixão Cearense. Em 1930, o compositor emprestou seus versos à causa do movimento que colocou Getúlio Vargas no poder. Nesse ano, ele compôs o hino “24 de outubro”, em parceira com Henrique Vogeler, para saudar a data em que foi deposto o presidente Washington Luís.

Decantando a República
Marisa Monte - Ontem ao luar

Decantando a República

Play Episode Listen Later Jan 11, 2019 7:20


Catulo da Paixão Cearense foi um dos responsáveis por vencer o preconceito da elite conservadora contra o violão. Suas apresentações em salões da alta sociedade e salas de espetáculos eram garantia de casa cheia e ingressos esgotados. Um das canções mais famosas de sua autoria é "Ontem ao Luar"

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 74 - SAFO. Los orígenes de la lírica Occidental

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Jan 10, 2019 94:39


“Siéntelo con oído” es un magacín cultural que emitimos desde Zaragoza los jueves a las 7 de la tarde en Radio La Granja (102.1 FM, también por internet en radiolagranja.caster.fm) y los viernes a las 6 de la tarde por internet en teafm.net. Con “Rock Ballad” de Elliott Murphy, uno de mis roqueros favoritos, dejamos atrás las fiestas. Murphy que actúa precisamente mañana en nuestra ciudad, en la “Casa del Loco” (c/Mayor – a las 9.30 de la noche), junto a Olivier Durand.es un neoyorquino que reside desde hace mucho tiempo en Paris, un roquero de los de verdad. Ha publicado más de 30 álbumes, ha escrito varias novelas, incluso ha ejercido varias veces de actor. En fin, un artistazo que tiene un directo impresionante. No os lo perdáis, mañana en La Casa del Loco, a las 21.30 h. SUMARIO : • Comenzaremos con “Libros”, el amigo Néstor Barreto nos trae la segunda parte de “Cien años de soledad”. 100 años son muchos y la semana pasada no dio tiempo de verlo todo… • Seguiremos con “Nada más que música”. Antonio Giménez también nos dejará la segunda parte de la “Canción Francesa en los años 60” • Después llega el plato fuerte del día que es, ni más ni menos que POESÍA. “Trafulla Teatro” vuelve con fuerza con una nueva serie que acabamos de producir, en la que intervienen con su talento y su voz Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa. La hemos titulado: “Las semillas del corazón-Orígenes de la Lírica Occidental”, la serie consta de cinco capítulos en los que haremos un breve recorrido por la poesía griega, latina y hebrea, los tres pilares en los que se fundamenta nuestra lira. Comenzamos hoy por Safo, para en posteriores programas ocuparnos de Anacreonte, Catulo, Horacio y “El Cantar de los Cantares”. • Continuaremos con “Nueva Consciencia”. José Antonio de Marco y María Pescador nos traerán nuevas reflexiones. • Después, José María Burillo dará vida a “El capitán…” de Bukowski, interpretando su capítulo núm. 12 • La contraportada la pondrá como de costumbre “El vientre de los espejos”, con una audio poesía de Fernando Alcaine que hoy se titula: “Secreto nombre” Hasta aquí nuestro primer programa del año, el número 74, que ha sido posible gracias a Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa, integrantes Trafulla Teatro. También a los amigos Néstor Barreto, Antonio Giménez, José María Burillo, José Antonio de Marco y María Pescador, además del guion que hacemos Fernando y Manuel Alcaine.

Teatro en la Granja
Orígenes de la lírica occidental - SAFO

Teatro en la Granja

Play Episode Listen Later Jan 10, 2019 18:56


PRESENTACIÓN GENERAL Suele considerarse que ese especial modo de expresión de sentimientos y emociones llamado poesía lírica constituye el origen de todas las literaturas. Íntimamente asociada al canto, se transmite de modo oral de generación en generación, modificándose, ampliándose, moldeándose en suma. Es de ese fondo común, oral y anónimo y que remite a los más remotos orígenes del proceso de humanización, de donde beben los primeros poetas, entendidos como tales aquellos que han dejado testimonio escrito –Literatura- de ese magma original, rescatándolo de ese modo del olvido. Si nos centramos en esa particular forma de sentir y comprender el mundo que se conoce con el nombre de Occidente, el origen de la Literatura se halla en torno al siglo VII a. C. en Grecia, cuyo genio acuñará, precisamente, la denominación de “poesía lírica” para todas aquellas manifestaciones ancestrales del corazón humano. El estupendo desarrollo de la lírica griega (Safo, Anacreonte, Píndaro, Teócrito) creó el modelo de un género que iba a fascinar a Roma, heredera de la cultura helénica a partir aproximadamente del siglo III a. C. hasta su consumación en el 476 d.C. con las conocidas como invasiones bárbaras. Catulo, Propercio, Ovidio u Horacio son estupendos continuadores de la lira griega a la vez que nombres capitales en la formación de la lírica en Occidente. El canon lírico primigenio occidental tiene como tercera columna –junto a las de Grecia y Roma- la de la literatura hebrea recogida en el llamado, por la tradición cristiana posterior, Antiguo Testamento, resultado de un complejo proceso de redacción que se prolonga a lo largo de casi un milenio (entre los siglos IX a.C. y II a.C.). En ese conjunto misceláneo que es La Biblia (Libro de Libros) convive lo mítico-narrativo con lo sapiencial, lo profético o lo lírico. El Libro de los Salmos, el de El Cantar de los Cantares o el de Las Lamentaciones son ejemplos perfectos de esa cuerda hebrea que se halla en el origen de la lira occidental. SAFO: MEJOR, EL OLVIDO. Escasos son los versos que se conservan de la poeta Safo (Mitilene, Lesbos, hacia 650/610 a.C. - Léucade, 580 a. C.). De hecho, el “Himno a Afrodita” es la única composición completa suya que conservamos. El resto de sus poemas no son sino fragmentos rescatados de manuales de retórica de siglos posteriores en donde aparecían como ejemplo de adecuada expresión. Esta parvedad no obsta para que a través de sus versos se sienta el latido de un corazón sensible y sensual, que expresa con sencillez las emociones del paso del tiempo o del deseo amoroso -soledad, esperanza, dicha, recuerdo- entendidas como superiores en nobleza a la otra gran fuente clásica de exaltación: la guerra. La lírica por encima de la épica. Lo íntimo por encima de lo público. El olvido por encima de la Historia.

SIÉNTELO CON OÍDO
Siéntelo con oído - 74 - SAFO. Los orígenes de la lírica Occidental

SIÉNTELO CON OÍDO

Play Episode Listen Later Jan 10, 2019 94:39


“Siéntelo con oído” es un magacín cultural que emitimos desde Zaragoza los jueves a las 7 de la tarde en Radio La Granja (102.1 FM, también por internet en radiolagranja.caster.fm) y los viernes a las 6 de la tarde por internet en teafm.net. Con “Rock Ballad” de Elliott Murphy, uno de mis roqueros favoritos, dejamos atrás las fiestas. Murphy que actúa precisamente mañana en nuestra ciudad, en la “Casa del Loco” (c/Mayor – a las 9.30 de la noche), junto a Olivier Durand.es un neoyorquino que reside desde hace mucho tiempo en Paris, un roquero de los de verdad. Ha publicado más de 30 álbumes, ha escrito varias novelas, incluso ha ejercido varias veces de actor. En fin, un artistazo que tiene un directo impresionante. No os lo perdáis, mañana en La Casa del Loco, a las 21.30 h. SUMARIO : • Comenzaremos con “Libros”, el amigo Néstor Barreto nos trae la segunda parte de “Cien años de soledad”. 100 años son muchos y la semana pasada no dio tiempo de verlo todo… • Seguiremos con “Nada más que música”. Antonio Giménez también nos dejará la segunda parte de la “Canción Francesa en los años 60” • Después llega el plato fuerte del día que es, ni más ni menos que POESÍA. “Trafulla Teatro” vuelve con fuerza con una nueva serie que acabamos de producir, en la que intervienen con su talento y su voz Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa. La hemos titulado: “Las semillas del corazón-Orígenes de la Lírica Occidental”, la serie consta de cinco capítulos en los que haremos un breve recorrido por la poesía griega, latina y hebrea, los tres pilares en los que se fundamenta nuestra lira. Comenzamos hoy por Safo, para en posteriores programas ocuparnos de Anacreonte, Catulo, Horacio y “El Cantar de los Cantares”. • Continuaremos con “Nueva Consciencia”. José Antonio de Marco y María Pescador nos traerán nuevas reflexiones. • Después, José María Burillo dará vida a “El capitán…” de Bukowski, interpretando su capítulo núm. 12 • La contraportada la pondrá como de costumbre “El vientre de los espejos”, con una audio poesía de Fernando Alcaine que hoy se titula: “Secreto nombre” Hasta aquí nuestro primer programa del año, el número 74, que ha sido posible gracias a Lola Orti, Chus Sanjuan, Jose Sampietro, Elena Parra y Carlos Sangüesa, integrantes Trafulla Teatro. También a los amigos Néstor Barreto, Antonio Giménez, José María Burillo, José Antonio de Marco y María Pescador, además del guion que hacemos Fernando y Manuel Alcaine.

Teatro en la Granja
Orígenes de la lírica occidental - SAFO

Teatro en la Granja

Play Episode Listen Later Jan 10, 2019 18:56


PRESENTACIÓN GENERAL Suele considerarse que ese especial modo de expresión de sentimientos y emociones llamado poesía lírica constituye el origen de todas las literaturas. Íntimamente asociada al canto, se transmite de modo oral de generación en generación, modificándose, ampliándose, moldeándose en suma. Es de ese fondo común, oral y anónimo y que remite a los más remotos orígenes del proceso de humanización, de donde beben los primeros poetas, entendidos como tales aquellos que han dejado testimonio escrito –Literatura- de ese magma original, rescatándolo de ese modo del olvido. Si nos centramos en esa particular forma de sentir y comprender el mundo que se conoce con el nombre de Occidente, el origen de la Literatura se halla en torno al siglo VII a. C. en Grecia, cuyo genio acuñará, precisamente, la denominación de “poesía lírica” para todas aquellas manifestaciones ancestrales del corazón humano. El estupendo desarrollo de la lírica griega (Safo, Anacreonte, Píndaro, Teócrito) creó el modelo de un género que iba a fascinar a Roma, heredera de la cultura helénica a partir aproximadamente del siglo III a. C. hasta su consumación en el 476 d.C. con las conocidas como invasiones bárbaras. Catulo, Propercio, Ovidio u Horacio son estupendos continuadores de la lira griega a la vez que nombres capitales en la formación de la lírica en Occidente. El canon lírico primigenio occidental tiene como tercera columna –junto a las de Grecia y Roma- la de la literatura hebrea recogida en el llamado, por la tradición cristiana posterior, Antiguo Testamento, resultado de un complejo proceso de redacción que se prolonga a lo largo de casi un milenio (entre los siglos IX a.C. y II a.C.). En ese conjunto misceláneo que es La Biblia (Libro de Libros) convive lo mítico-narrativo con lo sapiencial, lo profético o lo lírico. El Libro de los Salmos, el de El Cantar de los Cantares o el de Las Lamentaciones son ejemplos perfectos de esa cuerda hebrea que se halla en el origen de la lira occidental. SAFO: MEJOR, EL OLVIDO. Escasos son los versos que se conservan de la poeta Safo (Mitilene, Lesbos, hacia 650/610 a.C. - Léucade, 580 a. C.). De hecho, el “Himno a Afrodita” es la única composición completa suya que conservamos. El resto de sus poemas no son sino fragmentos rescatados de manuales de retórica de siglos posteriores en donde aparecían como ejemplo de adecuada expresión. Esta parvedad no obsta para que a través de sus versos se sienta el latido de un corazón sensible y sensual, que expresa con sencillez las emociones del paso del tiempo o del deseo amoroso -soledad, esperanza, dicha, recuerdo- entendidas como superiores en nobleza a la otra gran fuente clásica de exaltación: la guerra. La lírica por encima de la épica. Lo íntimo por encima de lo público. El olvido por encima de la Historia.

La escóbula de la brújula
Programa 237 - Fiestas romanas

La escóbula de la brújula

Play Episode Listen Later Mar 30, 2018 108:36


La entrega de hoy de La Escóbula de la Brújula de hoy se mueve entresaturnales y bacanales. Hablamos de fiestas romanas. No todas ellas estaban bien vistas, hoy vamos a diferenciar dos de ellas: Las bacanales son fiestas en honor al dios Baco que no todos los romanos celebraban. Aquí el vino tenía un papel muy importante y podemos ver los relieves que se conservan en los museos donde vemos a personajes totalmente descontrolados, embriagados por el vino. Estas fiestas no tenía un día concreto de celebración, sino que se hacían ritos en honor al dios. Las saturnales por su parte, es una de las fiestas más importantes del año para los romanos. Se celebra el 17 de diciembre, incluso el poeta Catulo lo dice: "El día de las saturnales es el más feliz del año". Una fiesta dedicada a Saturno, uno de los más antiguos y al que le dedicaban la protección de la siembra. Todos los romanos dedicados a la agricultura dedicaban los días de fiesta tras la siembra a este dios. Juan Ignacio Cuesta nos habla de las fiestas en España. Fiestas que tienen su origen en las fiestas romanas. Pensando que Roma estuvo en España casi 700 años no es de extrañar que la tradición quedase. Marcos Carrasco nos lleva a Pompeya, a los lugares más impúdicos. También en Pompeya, pero desde el punto de vista de la ciencia nos lleva Carmen Fernández. David Sentinella nos habla de la muerte, aunque no desde un punto de vista triste, la muerte forma parte de la vida. El invitado de hoy para hablar de estas fiestas romanas es Néstor Marqués, autor de 'Un año en la antigua Roma' editado con Espasa. Un libro de cabecera para saber más del mundo romano. Jesús Callejo nos trae la primera fabula de la historia en La Escóbula de la Brújula. Esta fábula pertenece al que hemos llamado "quinto fabulista", un esclavo liberto, manumitido, que fue fabulista en el siglo 1 a.C. Su nombre era Fedro, un romano que copió en parte a Esopo, pero que habló de la vida y el entorno en el que se movía.

Crônicas do Joaquim
Lima Barreto desafina o coro da música

Crônicas do Joaquim

Play Episode Listen Later Jul 14, 2017 4:42


As crônicas de Lima Barreto mostram que ele fazia restrições à música popular, como aponta Joaquim Ferreira dos Santos. Gostava das modinhas, elogiava Catulo da Paixão Cearense, mas implicava com o piano tocado nos salões da burguesia e não chegou a se aproximar do samba.

Tango Club
Tango Poets: Catulo Castillo

Tango Club

Play Episode Listen Later May 2, 2017 31:00


In today’s episode we talked about Catulo Castillo, one of the great creators that Tango gave. We discussed in earlier episodes, the history of tango, the lyrics of tango and the earlier composers like Angel Villoldo, Pascual Contursi, Cadicamo, Homero Manzi and Santos Discepolo. Cátulo Castillo, with his lyrics, dug the subjects that always haunted tango: the painful nostalgia for what is lost, love sufferings and the decline of life. Tangos: Silbando La Violeta Maria La Ultima Curda El Ultimo Café

Bibliovoz LA LECTORA
HIMNO A AFRODITA Safo de Lesbos (650/610-580 a.C.)

Bibliovoz LA LECTORA

Play Episode Listen Later Mar 24, 2017 2:30


Safo de Lesbos (650/610-580 a.C.). Poeta. Mujer. Libre. Apasionada. Amante. Amada y admirada ¡ya en la antigüedad! En la época helenística y romana se la elevó a la categoría de décima musa y poetas como Catulo y Ovidio conocen su poesía y la imitan. La calidad e intensidad de su poesía amorosa ha traspasado las fronteras del tiempo a pesar de habernos llegado escasa y fragmentada. Pero algún poema completo tenemos...

RádiOutrora
RadiOutrora 56 | Catulo da Paixão Cearense: a resposta do Jeca Tatu (por Rolando Boldrin)

RádiOutrora

Play Episode Listen Later Jan 21, 2015


Fundación Juan March
Juan Antonio González Iglesias (II): Lectura de mi obra poética

Fundación Juan March

Play Episode Listen Later Feb 21, 2008 67:25


Juan Antonio González-Iglesias (Salamanca, 1964) es autor de varios poemarios, por los que ha sido reconocido con el Premio Vicente Núñez por La hermosura del héroe (1993), el Premio Generación del 27 por Un ángulo me basta (2002) o el Premio de Poesía Loewe por Eros es más (2007), entre otros. Ha publicado, además, varias traducciones de autores latinos como Ovidio o Catulo. Completó su formación en Florencia y en París, y actualmente es profesor titular de Filología Clásica en la Universidad de Salamanca. El poeta ofrecerá en este encuentro la lectura comentada de una selección de su obra poética.Más información de este acto