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Lima Barreto

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Oxigênio
#206 – Traduzir a Antiguidade: memória e política nos textos greco-romanos

Oxigênio

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 41:07


Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]

A Música do Dia
Em 1º de novembro de 1922 morreu o escritor Lima Barreto

A Música do Dia

Play Episode Listen Later Nov 1, 2025


Gama Revista
Lilia Schwarcz: soberania e nacionalismo

Gama Revista

Play Episode Listen Later Sep 7, 2025 28:18


Como a ideia de soberania se conecta com uma identidade nacional, com uma essência compartilhada por uma maioria e que poderia ajudar a definir um país? "O imaginário é o fermento do nacionalismo. Trata-se de conceber uma história, de conceber um passado, uma essência nacional expressa pela cultura, pelos valores", diz Lilia Schwarcz, entrevistada deste episódio do Podcast da Semana, da Gama. "E o outro lado do espelho do nacionalismo é a soberania. Você exalta a construção e uma cultura particular, de uma cultura própria que unificaria todos os estados e passa por cima das especificidades."Na conversa com Gama, a historiadora e antropóloga volta na história do Brasil para explicar como e quando começamos a forjar essa identidade nacional. Ela mostra também como a ideia de soberania foi se modificando. Se antes era relacionada principalmente ao território, hoje podemos falar até de uma soberania virtual.Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton e laureada por diversas vezes com o Prêmio Jabuti. É autora de, entre outros livros, de "Brasil: uma biografia" (com Heloisa Murgel Starling; Companhia das Letras, 2015), "Lima Barreto: triste visionário" (Companhia das Letras, 2017) e "Sobre o Autoritarismo Brasileiro" (Companhia das Letras, 2019).Neste episódio, Schwarcz explica ainda por que a soberania permanece uma ideia utópica, aponta as principais frentes em que o Brasil tem dificuldade de se firmar como um país soberano e destaca o caráter inédito do julgamento de militares e de Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023. "Com isso, você derruba essa imagem de que o exército é sempre esse órgão racional, esse órgão que nos defende, que nos protege, quando a história demonstra o oposto", diz a Gama.Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic

Leitura de Ouvido
Lima Barreto - A Biblioteca (conto)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later Jul 18, 2025 54:22


“A Biblioteca”(1922) é um conto de Lima Barreto (1881-1922) que remete a pensar na história de um homem arrependido, que é o farmacêutico Fausto Carregal, filho do conselheiro Fernandes Carregal, tenente-coronel de Engenheiros e lente da Escola Central. O pai deixa a ele de herança uma rica biblioteca (sua e de seu pai), recheada de livros, em especial de Química, que eram sua grande paixão. Diante desses livros-relíquia do pai e do avô, ele se questiona: “Por que não estudara?” Assim, deposita essa esperança em seus filhos. Nenhum dá para a coisa. O autor brasileiro constrói uma espécie de mito do Fausto, não só por dar esse nome ao seu personagem, mas também porque o homem fica a viver o eterno ciclo de começo e recomeço de esperança, com cada filho que tem. “A biblioteca” como conto foi publicado póstumo, em 1922. Ele foi incluído em coletânea de contos após sua morte. Há outro texto homônimo a esse, de 1915, que é uma crônica, publicada por Lima no Correio da Noite, 13-1-1915 - no qual narra sua experiência como leitor, indo à Biblioteca Nacional. Boa leitura!✅ Torne-se MEMBRO do CLUBE LEITURA de OUVIDO: encontros virtuais mensais, com notas de rodapé ao vivo e interação entre os leitores e Daiana Pasquim. Para isso, faça um apoio a partir de R$ 20 mensais:

História Preta
Lima Barreto | 8. Dois Mundos

História Preta

Play Episode Listen Later Mar 24, 2025 35:59


Enquanto planeja lançar seu livro mais importante, Lima Barreto é assombrado por traumas do passado que ressurgem, aprisionando-o num ciclo devastador de virtudes e vícios destrutivos.APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta  ou orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.comLOJAAcesse loja.historiapreta.com.br e vista nossa história.FICHA TÉCNICAPesquisa e roteiro: Thiago AndréApresentação: Thiago AndréRedes sociais e Gerência da comunidade: Carolina FerreiraIdentidade Visual: Raimundo BrittoNos siga nas redes sociais no twitter @historiapreta e no Instagram @historia_pretaBIBLIOGRAFIAFrancisco de Assis Barbosa. A vida de Lima Barreto, 1964.Lilia Moritz Schwarcz. Lima Barreto-triste visionário, 2017.Lima Barreto. Diário íntimo. 2021 APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles
Folha no Ar - Sérgio Lima Barreto Gerente de Trânsito e Transporte#1989

Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 88:58


Nova dinâmica de atuação dos Agentes da Guarda Ações em combate ao transporte pirata e veículos irregulares

História Preta
Lima Barreto | 7. Academia de Letras

História Preta

Play Episode Listen Later Feb 10, 2025 32:22


Após deixar o cárcere psiquiátrico, Lima Barreto lança seu melhor livro e entra em conflito com membros da Academia Brasileira de Letras.APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta  ou orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.comLOJAAcesse loja.historiapreta.com.br e vista nossa história.FICHA TÉCNICAPesquisa e roteiro: Thiago AndréApresentação: Thiago AndréRedes sociais e Gerência da comunidade: Carolina FerreiraIdentidade Visual: Raimundo BrittoNos siga nas redes sociais no twitter @historiapreta e no Instagram @historia_pretaBIBLIOGRAFIAFrancisco de Assis Barbosa. A vida de Lima Barreto, 1964.Lilia Moritz Schwarcz. Lima Barreto-triste visionário, 2017.Lima Barreto. Diário íntimo. 2021 APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

Leitura de Ouvido
Lima Barreto - A Cartomante (conto)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later Jan 24, 2025 19:50


“A cartomante” é um conto de Lima Barreto (1881-1922), no qual o escritor brasileiro explora o inesperado. Apresenta as agruras de um homem que narra a sua história e quando toda a sequência de tentativas de sua vida fracassam, ele chega à conclusão de que algo misterioso influenciava-o ao enfado. O homem enaltece que a salvadora do lar é sua esposa, tão esforçada que ficara velha antes do tempo, pois todos os dias saía cedo e virava a cidade, buscando suas costuras. É quando decide procurar uma cartomante para desfazer o feitiço maligno que está atrasando a sua vida por tanto tempo. A caminho de lá, já lhe começam a vir os sonhos de que a abastança voltaria à casa. Nesta história, Lima explora o poder das revelações, da ignorância e do vitimismo. É inevitável tentarmos traçar um paralelo entre “A cartomante” de Lima Barreto e o homônimo conto de Machado de Assis (1884). Contudo, em Machado um narrador observador nos revela um triângulo amoroso que se desfecha, a partir da interferência da cartomante italiana que canta uma bancarrota. Em Lima, a cartomante Madame Dadá tem sua verdadeira identidade revelada na cartada final do conto. Certamente que Lima havia lido Machado, contudo as produções só têm de igual, o próprio nome. Boa leitura! Livro autografado Verde Amadurecido de Daiana Pasquim: escreva para leituradeouvido@gmail.com

História Preta
Lima Barreto | 6. Triste Fim

História Preta

Play Episode Listen Later Jan 20, 2025 33:30


Depois de amargar repetidos fracassos, Lima Barreto escreve aquele que seria sua maior obra. Porém, velhos fantasmas voltam lhe atormentar.INSIDER STOREAcesse o site da Insider e use o cupom HISTORIAPRETA pra garantir sua Tech T-Shirt com 12% de desconto: https://creators.insiderstore.com.br/HISTORIAPRETAAPOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta  ou orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.comLOJAAcesse loja.historiapreta.com.br e vista nossa história.FICHA TÉCNICAPesquisa e roteiro: Thiago AndréApresentação: Thiago AndréRedes sociais e Gerência da comunidade: Carolina FerreiraIdentidade Visual: Raimundo BrittoNos siga nas redes sociais no twitter @historiapreta e no Instagram @historia_pretaBIBLIOGRAFIAFrancisco de Assis Barbosa. A vida de Lima Barreto, 1964.Lilia Moritz Schwarcz. Lima Barreto-triste visionário, 2017.Lima Barreto. Diário íntimo. 2021APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

História Preta
Lima Barreto | 5. Literatura Militante

História Preta

Play Episode Listen Later Dec 18, 2024 23:30


Lima Barreto lança seu primeiro romance, mas é rejeitado pela elite intelectual brasileira. A partir disso, precisará lutar para conquistar seu espaço. INSIDER STOREAcesse o site da Insider e use o cupom HISTORIAPRETA15 pra garantir sua Tech T-Shirt com 15% de desconto: https://creators.insiderstore.com.br/HISTORIAPRETA15 APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta  ou orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.comLOJAAcesse loja.historiapreta.com.br e vista nossa história.FICHA TÉCNICAPesquisa e roteiro: Thiago AndréApresentação: Thiago AndréRedes sociais e Gerência da comunidade: Carolina FerreiraIdentidade Visual: Raimundo BrittoNos siga nas redes sociais no twitter @historiapreta e no Instagram @historia_pretaBIBLIOGRAFIAFrancisco de Assis Barbosa. A vida de Lima Barreto, 1964.Lilia Moritz Schwarcz. Lima Barreto-triste visionário, 2017.Lima Barreto. Diário íntimo. 2021 APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

História Preta
Lima Barreto | 4. Contra Todos

História Preta

Play Episode Listen Later Dec 4, 2024 30:22


Lima Barreto sonha em conquistar seu espaço como escritor, mas ao lançar um romance polêmico acaba pondo sua carreira em risco--INSIDER STOREEsse episódio está indo ao ar com o apoio da Insider, a loja que cria bem-estar pronto para vestir com peças tecnológicas e atemporais.Para quem errou e deixou a Black Friday escapar, ainda dá tempo de corrigir o curso: esta semana é ultima semana para aproveitar os melhores preços do ano na insiderUsando nosso cupom HISTORIAPRETA15  você garante 15% de desconto em todo site! Combinado com os descontos da Black Insider você pode alcançar até 40% off nos produtos Insider.Acesse https://creators.insiderstore.com.br/HISTORIAPRETA15 e aproveite os descontos exclusivos que a Insider Store separou para nossa comunidade.APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta  ou orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.comLOJAAcesse loja.historiapreta.com.br e vista nossa história.FICHA TÉCNICAPesquisa e roteiro: Thiago AndréApresentação: Thiago AndréRedes sociais e Gerência da comunidade: Carolina FerreiraIdentidade Visual: Raimundo BrittoNos siga nas redes sociais no twitter @historiapreta e no Instagram @historia_pretaBIBLIOGRAFIAFrancisco de Assis Barbosa. A vida de Lima Barreto, 1964.Lilia Moritz Schwarcz. Lima Barreto-triste visionário, 2017.Lima Barreto. Diário íntimo. 2021 APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

O Assunto
A saúde mental da população negra

O Assunto

Play Episode Listen Later Nov 21, 2024 43:21


“Você tem medo de ser desqualificado e agredido. Você está sempre apreensivo. Está sempre em um lugar perigoso”, diz Cida Bento, doutora em psicologia pela USP e uma das maiores autoridades do Brasil na atuação contra desigualdades raciais. Para ela, uma sociedade que toma a cor de pele como atributo negativo sustenta os números relativos à saúde mental de pessoas negras: o risco de suicídio é 45% maior entre jovens pretos e pardos, na comparação com brancos. Em conversa com Natuza Nery, a autora do livro “Pacto da Branquitude” analisa os fatores raciais e sociais que afetam a saúde mental da população negra. Natuza conversa também com o historiador Thiago André, criador do podcast História Preta. Ele relembra quem é Juliano Moreira, médico negro fundador da disciplina psiquiátrica no Brasil, e como ele influenciou Lima Barreto, um de nossos maiores escritores e autor de ‘Diário do hospício'.

História Preta
Lima Barreto | 3. Entre Mundos

História Preta

Play Episode Listen Later Nov 18, 2024 28:48


Depois do colapso mental de seu pai, Lima Barreto precisa encontrar meios de sustentar a família.  Entre o dever e o sonho de se tornar escritor, ele enfrenta a dura escolha que pode mudar o rumo de sua vida para sempre.--TRAMAS COLONIAISTramas Coloniais é um podcast narrativo em sete episódios sobre a história do colonialismo na África. Uma experiência em áudio que vai te levar por viagens, encontros, reflexões e conversas com personagens do cotidiano e intelectuais africanos que produzem saberes dentro e fora da universidade. Disponível em todas a plataformas

Leitura de Ouvido
Lima Barreto - O Cemitério (conto)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later Nov 1, 2024 21:44


“O cemitério” (1924) é um conto com toques realistas e, porque não dizer, naturalistas, de Lima Barreto (1881-1922). Narra uma visita ao cemitério e a observação dos túmulos, gerando sentimentos, como se a matéria fria fosse capaz disso. Nas lápides, o narrador impressiona-se com o esforço manifestado pela implantação de esculturas e investimentos em pirâmides, para tentar manter a diferença social, deixar saber quais são os túmulos pobres e ricos, mas todos são simplesmente, mortos. É um “mudo laboratório de decomposição”. Até que ele enxerga a lápide de uma moça, “bela mulher!” exclama, como se a contemplasse na Rua do Ouvidor. É a partir desse ponto que vem a descrição naturalista, seguido da composição completa que o narrador faz, a partir do par de olhos que contempla no túmulo. No conto, ele segue a "meditar como um cientista-profético-hebraico”, por isso, emerge na história variadas impressionâncias. O cemitério, aliás, é um ambiente sobre o qual Lima versou bastante. Uma de suas obras mais conhecidas é Cemitério dos Vivos, um romance inacabado escrito entre 1919 e 1920. A obra foi publicada postumamente em 1957. Exatamente hoje, 1º de novembro, completa-se 102 anos da morte do autor. Boa leitura! Livro autografado Verde Amadurecido de Daiana Pasquim: escreva para leituradeouvido@gmail.com Curso Desenrole seu Storytelling (cupom LDO50): ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠https://bit.ly/desenrolecomleitura⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

História Preta
Lima Barreto | 2. Esperanças Perdidas

História Preta

Play Episode Listen Later Oct 28, 2024 33:05


Lima Barreto nasceu destinado a um futuro brilhante, mas sucessivas tragédias familiares vão mudar sua vida na direção de caminhos inesperados.APARTHEID TROPICALApartheid Tropical é a história do Brasil que muitos preferem fingir não saber. Narrado por Thiago André, do @historia_preta, disponível na Audible

História Preta
Lima Barreto | 1. Cemitério dos Vivos

História Preta

Play Episode Listen Later Oct 7, 2024 31:59


Na manhã de Natal de 1919, a polícia recolheu da rua o corpo inerte de um dos maiores escritores que o Brasil já viu.  Lima Barreto foi levado para um hospício e agora teria que lutar para não se esquecer quem realmente era.--APARTHEID TROPICALApartheid Tropical é a história do Brasil que muitos preferem fingir não saber. Narrado por Thiago André, do @historia_preta, disponível na Audible

História Preta
Lima Barreto | Trailer

História Preta

Play Episode Listen Later Oct 5, 2024 1:26


A melhor foto de Lima Barreto foi tirada no pior momento de sua vida.Nas capas dos livros, nas pesquisas da internet, em toda parte, Lima Barreto está confinado nesta imagem. No pior de seus dias.Mas ele não foi só este cara da foto,  foi muito mais. APOIEEste episódio só foi possível graças a contribuição generosa de nossos apoiadores. Se você gosta do nosso trabalho, considere nos apoiar em apoia.se/historiapreta OU orelo.cc/historiapretaChave Pix: historiapreta@gmail.com

Audiobooks ImaginaSom
A nova Califórnia - Lima Barreto

Audiobooks ImaginaSom

Play Episode Listen Later Sep 26, 2024 0:57


Ouça completo aqui - https://www.youtube.com/watch?v=YAxJCk9R9zA

Oi, Gente
#58 | Para que servem a bandeira e o hino?

Oi, Gente

Play Episode Listen Later Sep 20, 2024 8:20


Patriotismo é importante, mas sem patriotada. Apresentação: Lilia Schwarcz Direção: Newman Costa Edição: Amanha Hatzyrah Roteiro: Luiz Fujita Jr e Lilia Schwarcz Redes: Tainah Medeiros Realização: Baioque Conteúdo

Jornal da USP
Cultura na USP #51: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin expõe obras artísticas inspiradas em Policarpo Quaresma

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jun 27, 2024 60:33


O famoso livro do escritor Lima Barreto inspira a união entre artes visuais e literatura, com criações variadas de mais de 20 artistas

História Presente
Peles e prosa: por uma história libertadora #4 - Lima Barreto

História Presente

Play Episode Listen Later May 29, 2024 21:30


A série Peles e Prosa é um programa do projeto de Extensão do LPPE, ancorado no canal de podcast História Presente, que tem como intuito trabalhar com as biografias de personagens históricos racializados. Neste episódio, apresentamos a trajetória do jornalista e escritor Lima Barreto. Coordenação: Profª. Angela Roberti. Pesquisa e narração: Alícia Bastos. Arte: Patrick Dansa. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/lppe/message

QueIssoAssim
Livros em Cartaz 054 – O Homem que Sabia Javanês

QueIssoAssim

Play Episode Listen Later May 22, 2024 94:24


Neste episódio, Andreia D'Oliveira e Gabi Idealli atestam a genialidade de Lima Barreto além de mostrar que, às vezes, mentir no currículo pode ser muito vantajoso. E você, conhece muita gente que sabe javanês por aí? Comentado no episódio Recordações do Escrivão Isaías Caminha, romance de Lima Barreto Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto Numa e a Ninfa, romance de Lima Barreto Clara dos Anjos, romance de Lima Barreto Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, romance de Lima Barreto Fera Ferida, telenovela criada por Aguinaldo Silva Livros em Cartaz 050 - Chiquinha Gonzaga

Oi, Gente
#43 | Lima Barreto e a abolição conservadora do 13 de maio

Oi, Gente

Play Episode Listen Later May 17, 2024 15:10


Lima Barreto: “Se sonha demais, mas a realidade não é bem essa.” Apresentação: Lilia Schwarcz Direção: Newman Costa Edição: Amanha Hatzyrah Roteiro: Luiz Fujita Jr e Lilia Schwarcz Redes: Tainah Medeiros Realização: Baioque Conteúdo

Estação Brasil
049 - Lima Barreto: intérprete do Brasil

Estação Brasil

Play Episode Listen Later Mar 21, 2024 60:42


Olá, ouvintes! Neste episódio, falamos sobre o gigantesco Lima Barreto, uma das maiores referências da nossa cultura. Falamos desde a sua formação como literato e como a sua estrutura familiar foi impacte neste processo; abordamos também alguns de seus romances clássicos e como eles podem ser usados para estudarmos a Primeira República; e também analisamos a sua vastíssima, mas pouco conhecida, produção textual como cronista na imprensa carioca. Conhecer Lima Barreto é conhecer o Brasil com o olhar da sátira, do deboche, do humor e de um engajamento político apaixonado. Se interessou pelo episódio? Bote o fone e dê o play! Quer ajudar o Estação Brasil a se manter no ar? Envioe um pix de qualquer valor para: estacaobrasilfm@gmail.com Torne-se membro do nosso financiamento coletivo em: apoia.se/estacaobrasilfm

Oi, Gente
#34 | O que é e quais os desafios da Academia Brasileira de Letras

Oi, Gente

Play Episode Listen Later Mar 15, 2024 11:46


Os desafios, agendas e perspectivas dessa instituição que deve ser mais plural e representativa. Apresentação: Lilia Schwarcz Direção: Newman Costa Edição: Amanha Hatzyrah Roteiro: Luiz Fujita Jr e Lilia Schwarcz Redes: Tainah Medeiros Realização: Baioque Conteúdo

Jornal da USP
As conexões entre “Negro Drama”, dos Racionais MC’s, Carolina Maria de Jesus e Lima Barreto

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Jan 18, 2024 14:48


Fernanda Silva e Sousa descreveu como foi realizado seu estudo de doutorado em que ela identifica a conexão entre a música dos Racionais MC's e obras dos escritores

Novos Cientistas - USP
As conexões entre “Negro Drama”, dos Racionais MC’s, Carolina Maria de Jesus e Lima Barreto

Novos Cientistas - USP

Play Episode Listen Later Jan 18, 2024 14:48


Fernanda Silva e Sousa descreveu como foi realizado seu estudo de doutorado em que ela identifica a conexão entre a música dos Racionais MC's e obras dos escritores

SALA B
EP34 | Vozes que contam

SALA B

Play Episode Listen Later Dec 14, 2023 66:52


No Sala B desta semana o assunto é literatura, resistência e combate aos estereótipos! Desde os primeiros traços de Cruz e Sousa e Lima Barreto até os escritores contemporâneos, como Conceição Evaristo, Elisa Lucinda e Djamila Ribeiro, exploraremos como essas vozes moldaram e continuam a moldar nosso cenário político e literário. Vamos desvendar as nuances da resistência literária, discutindo como esses autores desafiam estereótipos e contribuem para a riqueza da narrativa nacional.  Prepare-se para desvendar riquezas literárias e sociais que muitas vezes não recebem os holofotes que deveriam ter! Acompanhe o Sala B, o podcast do Bernoulli. Semanalmente, um novo episódio para você. Produção: Equipe Sala B | Bernoulli --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/sala-b/message

Jones Manoel
Abolição, racismo e literatura brasileira

Jones Manoel

Play Episode Listen Later Dec 2, 2023 13:08


Salve, camaradas Vamos falar de literatura brasileira? Como vocês sabem, venho lendo a obra de Lima Barreto e gostaria de compartilhar algumas reflexões com vocês sobre o período abolicionista e a literatura.

La.Con.Quem?
La.Con.Quem? #20 - Uma Breve História do Negro Brasileiro Contada por Meio da Arte

La.Con.Quem?

Play Episode Listen Later Nov 30, 2023 14:50


Celebrando o mês da Consciência Negra, neste episódio contamos uma breve história sobre a longa estrada do negro brasileiro, explicada por meio da arte. Em um formato narrativo, artistas como Lima Barreto, Ana Maria Gonçalves, Nei Lopes e outros incríveis nomes da cultura nacional serviram como base para a pesquisa e construção do roteiro. Créditos do episódio: Coordenação acadêmica: Ricardo Ferreira FreitasApresentação: Guilherme da CostaRoteiro: Guilherme da CostaEdição do Roteiro: Marcelo ResendeEdição de Áudio: Guilherme da CostaCapa: Guilherme da Costa

Reportagem
Rio integra Rede de Cidades Criativas da Unesco e aposta em tradição literária para atrair investimentos

Reportagem

Play Episode Listen Later Nov 16, 2023 10:35


Beleza é fundamental, já dizia o poeta. Mas não é tudo. Eleito capital mundial do livro para 2025, o Rio de Janeiro  foi uma das 55 cidades escolhidas para integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, onde representa a literatura. O título é permanente, o que faz do desafio de mostrar-se polo criativo e estimular a leitura uma missão igualmente permanente. Vivian Oswald, correspondente da RFI no Rio de JaneiroA prefeitura do Rio, que se ocupou da campanha, agora quer que a chancela se traduza em mais investimentos e turismo e que interesse pesquisadores e leitores pelas históricas tradições literárias da capital fluminense. A expectativa é que o Brasil e seus livros ganhem destaque no mercado editorial internacional. E quem sabe essa visibilidade não se converta em mais prêmios internacionais para os escritores brasileiros? Terra de Machado de Assis, Lima Barreto, Cecília Meirelles e tantos outros nomes de peso, o Brasil nunca ganhou um Nobel da Literatura.Essa é uma possibilidade, na avaliação de Douglas Resende, gestor cultural e coordenador de Relações Institucionais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio. Em entrevista à RFI, ele diz que o título da Unesco lança uma espécie de farol sobre a cidade, ao mostrar para o mundo que o Rio tem ativos, artistas e escritores. É uma espécie de hall da fama, uma olimpíada do livro, afirma. A indústria criativa é parte importante do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pela cidade.Extrapolar vocação de cartão-postalA antiga capital do império é sede da Biblioteca Nacional, da Academia Brasileira de Letras e do Real Gabinete Português de Leitura, o único depositário legal de obras portuguesas fora de Portugal. A prefeitura quer que o Rio extrapole a vocação de cartão postal e torne-se um destino literário. Ao apresentar a candidatura carioca ao título, destacou a importância da diversidade da população em sua rica herança cultural.A influência de indígenas, africanos, europeus e imigrantes de várias nações está materializada nas expressões artísticas da cidade, que seria reflexo das literaturas do mundo. Até o carnaval ganhou destaque na lista de argumentos usados para convencer a Unesco. A maior festa do Brasil é pautada por obras literárias, biografias de grandes mestres da literatura, da música, do teatro e da vida cultural dos bairros. Tudo isso estaria por trás de parte importante da economia da cidade.“É uma cidade que passa a ser considerada por ter uma infraestrutura cultural no campo da literatura importante, autores importantes, edificações importantes, produção importante, plano de investimento no campo específico importante", garante Resende.Oportunidade de desenvolvimentoNão por acaso a ideia é usar a literatura como oportunidade de desenvolvimento e ferramenta para enfrentar grandes desafios da cidade, entre eles, segundo a prefeitura, a falta de acesso à leitura e à educação de qualidade, além dos impactos causados pela pandemia da Covid-19.“(O título) pode atrair turismo específico, possibilidade de patrocínios a nível internacional (para a cidade)”, disse.O fato de ter sido eleita capital mundial do livro em 2025 deve ajudar. A programação prevê investimento de mais de R$ 16 milhões no plano “Bibliotecas do Amanhã”, que inclui a modernização da rede municipal de bibliotecas e salas de leitura.Outra novidade é a transformar a Bienal do Livro do Rio, que acaba de completar quatro décadas este ano, em uma experiência inovadora e de multimídia. Em sua próxima edição, a bienal sediará o Primeiro Congresso de Literatura Latino-Americano, o que deve criar um espaço inédito de encontro para profissionais do mercado literário.Haverá ainda a Book Parade, intervenção literária urbana inspirada na bem-sucedida Cow Parade, em que artistas vão criar instalações com livros como elemento central e fonte de inspiração.Também está prevista uma edição da “Noite dos Livros”, inserida no festival Paixão de Ler e inspirada no projeto anual de Madri, com maratona de 24 horas de palestras, competições, apresentações musicais, atividades infantis, workshops de teatro e mesas redondas.Para garantir o acesso a livros de verdade e atrair leitores de várias faixas etárias e classes sociais, o programa “Livro nos Trilhos” vai espalhar obras literárias em estações de metrô, ônibus e trens.Novos talentos no mercado editorial devem ser estimulados com a criação da “Academia Editorial Júnior”, que vai oferecer treinamento e capacitação a jovens promissores.Dados oficiais mostram que para este ano o município prevê mais de R$ 70 milhões em investimentos em todas as áreas criativas da cidade, o que inclui literatura.Cooperação internacionalA Rede de Cidades Criativas da Unesco, que inclui 350 cidades de mais de cem países, tem como objetivo facilitar a cooperação internacional entre as cidades-membros e fazer do investimento na criatividade motor de desenvolvimento urbano sustentável, inclusão social e cultural vibrante. A rede tem representantes de sete áreas criativas: Artesanato e Arte Popular, Design, Cinema, Gastronomia, Literatura, Artes Multimedia e Música."Se torna possibilidade de networking com outras importantes cidades literárias e cidade influente a nível nacional e internacional entre parceiros. Ou seja, é uma chancela que só tem a trazer mais benefícios para a cidade do Rio”, diz Resende.Em pouco mais de três décadas, mais de 1.200 obras brasileiras foram publicadas em 45 idiomas. Entre os autores mais traduzidos estão Clarice Lispector, com 65 traduções, Machado de Assis, com 48, e Rubem Fonseca, com 25.Mais recentemente, nos últimos cinco anos, “Torto Arado”, de Itamar Vieira Júnior, foi traduzido em nove idiomas. O romance de José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará, de 1865, foi a primeira obra ficcional brasileira traduzida para a língua inglesa, em 1886.

Podcast Matéria Bruta
Conheça Lima Barreto com Beatriz Resende

Podcast Matéria Bruta

Play Episode Listen Later Nov 15, 2023 46:32


A professora Beatriz Resende, crítica, pesquisadora, doutora em Literatura Comparada e Professora Titular de Poética da Faculdade de Letras da UFRJ, compartilha conosco os seus conhecimentos acerca de Lima Barreto. Beatriz traça o contexto histórico da vida de Lima e as dificuldades enfrentadas por ser um escritor negro nascido sete anos antes da abolição da escravatura. Para além disso, a professora comenta sobre os problemas enfrentados por Lima com o alcoolismo, e suas, por conseguinte, internações no hospício da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. O episódio se aprofunda também em um clássico da nossa literatura, o livro “Triste fim de Policarpo Quaresma” que para Beatriz é um romance dialético com muitas referências do folhetim. Este episódio faz parte da parceria entre o Matéria Bruta e a Folha de S.Paulo e sua Coleção de Clássicos da literatura luso-brasileira. Produção de Guilherme Carréra, captação de som de Louis Barbaras, identidade visual e artes de Gabriela Diniz, assessoria de Francis Carnaúba, coordenação geral e edição de Juliana Zalfa, e voz de Flávia Mano.

Rádiofobia Podcast Network
CASTNEWS #041 - Inteligência artificial deve impactar muito o podcast em 2024

Rádiofobia Podcast Network

Play Episode Listen Later Nov 13, 2023 17:11


ABERTURA SEGUNDA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2023. EU SOU LEO LOPES  E ESTÁ NO AR O CASTNEWS, O PODCAST SEMANAL QUE EM MAIS OU MENOS 15 MINUTOS INFORMA VOCÊ SOBRE TUDO O QUE ACONTECE DE MAIS IMPORTANTE NO MERCADO DE PODCASTS NO BRASIL E NO MUNDO. Escalada As previsões de um forte impacto na produção de podcast pelas inteligências artificiais em 2024, a postura cautelosa de marcas ao realizar anúncios em podcast, o anúncio da criação de um estúdio de produção de podcasts em Salvador, na Bahia, pela atriz americana Viola Davis e a gravação de podcasts no Festival Papo de Música em Curitiba e Recife estão entre as principais notícias que você vai ouvir nesta 41ª edição do Castnews! NOTÍCIAS 1 – Segundo o último relatório da Kantar IBOPE Media publicado na terça-feira passada, 2024 vai ser o ano dos robôs no podcast. De acordo com a pesquisa Trends & Predictions, as IA's já tiveram grandes avanços tecnológicos em 2023, e essa tendência não só vai continuar, como aumentar – e muito – no ano que vem. A integração dessas inteligências artificiais vai ter cada vez mais espaço na análise de dados dos podcasts, personalização e até na própria criação do conteúdo. No entanto, um efeito colateral quase certo, é que também vão aumentar os debates sobre propriedade intelectual, do mesmo jeito que esse ano aconteceu com as artes geradas por inteligência artificial (uma discussão que, inclusive, tá longe de acabar). Os podcasters que usarem os robôs na produção do seu conteúdo também podem enfrentar desafios na hora de escolher as ferramentas de IA mais eficazes, e acabar perdendo dinheiro no processo. É um mundo novo, então os riscos são novos também. Além das IA's, o relatório também destacou que ano que vem a gente vai ver cada vez mais consumo de conteúdo sob demanda e ao vivo, já que ambos os tipos de público já sabem sua forma preferida de consumir podcast. Mais detalhes sobre o relatório você encontra na íntegra lá no portal do Castnews em castnews.com.br . 2 – Foi lançada esse mês uma nova plataforma de podcasts: a Podhome, que já usa recursos do “podcasting 2.0”. A plataforma é alimentada por inteligência artificial (olha aí os robôs de novo!), e oferece sugestões de títulos para episódios, gera transcrições de áudio, identifica pessoas nos episódios e muito mais. Além disso, a Podhome também gera notas e sugestões de trechos pro podcaster promover os episódios. Tudo isso com a possibilidade de se trabalhar com uma equipe de pessoas dentro do mesmo projeto. Os planos de assinatura variam de 9 a 20 dólares por mês, e, é claro, cada plano tem diferentes recursos disponíveis pro usuário. 3 – E a empresa Audacy publicou em seu blog oficial um artigo que constatou que as marcas podem estar sendo cautelosas demais ao anunciar em podcasts. Conteúdos considerados “arriscados” pelos anunciantes são, na verdade, uma ótima oportunidade para se conectar com os ouvintes – mas, infelizmente, os anunciantes não vêem dessa forma. O estudo da Audacy destacou que tópicos ‘controversos' nos podcasts não afetam a percepção do ouvinte sobre as marcas, e também que a qualidade do anúncio é mais importante do que a relação com o tópico do programa. Aqui no Brasil a gente já viu isso na prática: o Não Inviabilize da Déia Freitas, por exemplo, conta um monte de história cabeluda sobre pessoas ruins, golpistas, traidores, e mesmo assim os anunciantes do podcast criam conexão com milhares de ouvintes que compram e que engajam com eles. Então a Audacy tá certíssima em encorajar as marcas a saírem das suas zonas de conforto, e explorar diferentes podcasts nas suas estratégias de promoção. AINDA EM NOTÍCIAS DA SEMANA: 4 – A SiriusXM anunciou uma série de mudanças pra 2024, incluindo um novo aplicativo e mais podcasts originais com personalidades americanas. O novo aplicativo vai ser lançado nos Estados Unidos dia 14 de dezembro, com uma assinatura de $9.99. As atualizações programadas pro ano que vem incluem páginas personalizadas para os usuários, otimização do player de áudio, melhorias na busca e nas recomendações de podcast, e uma nova identidade visual pra plataforma. Além disso, eles também anunciaram parcerias com as empresas Audible, a companhia automotiva Polestar e a rede de hotéis Hilton para aumentar ainda mais o leque de conteúdos oferecidos. 5 – Quem também tá de cara nova é a Deezer, que revelou na última semana a sua nova identidade de marca e logotipo. Agora, a logo da empresa é um coração roxo, acompanhado pelo slogan “Live the music” (ou “Viva a música”, na tradução literal).  Além disso, no evento em que a nova identidade visual foi apresentada, também foram anunciadas melhorias na experiência do usuário no aplicativo da Deezer, especialmente na parte de personalização. As alterações na identidade visual já estão disponíveis no site e no aplicativo da Deezer, mas as mudanças na UX ainda vão levar mais um tempo pra serem aplicadas. Quando acontecer, você ouve primeiro aqui no Castnews. 6 – E o Audio Hijack, uma ferramenta de gravação exclusiva para usuários de Mac, lançou um novo recurso de transcrição de áudio em 57 idiomas. Por enquanto, o software tá disponível na versão Beta, onde os usuários podem transcrever áudios diretamente do microfone, de arquivos de computador ou de chamadas por aplicativos como o Zoom. As mudanças vieram na atualização 4.3 do Audio Hijack, que é bastante útil pra podcasters que disponibilizam o texto dos seus episódios pros ouvintes. Além disso, a promessa é que a ferramenta sinalize diferentes vozes na transcrição para organizar o arquivo de texto, assim que estiver totalmente desenvolvida e aprimorada. Usuários de Mac já podem fazer download da versão mais recente do software. E MAIS: 7 – O Fan Study do Spotify divulgou informações pra auxiliar os criadores de conteúdo a entenderem mais sobre o consumo do seu público. Você sabia que, por exemplo, os podcasts são mais ouvidos de segunda a sexta? Os grandes picos de consumo são à noite, e a descoberta de novos podcasts acontece especialmente nos meses de janeiro, março, julho e outubro. A maioria dos ouvintes escuta podcast enquanto faz tarefas domésticas, ou durante o deslocamento de um lugar pra outro. Isso aí a gente já sabia, mas é interessante saber que esse é um comportamento que não mudou no último ano. Outra coisa que o estudo divulgou e que a gente já sabe, é que os podcasts em vídeo estão em alta. Mas uma coisa que talvez você não saiba, é que a interação com o público por meio de perguntas aumenta o tempo de escuta do ouvinte. Quer saber mais? Então acessa o portal do Castnews em castnews.com.br pra ler a matéria completa. 8 – E se você está em Curitiba entre os dias 14 e 15 de novembro, ou em Recife entre os dias 24 e 25 de novembro, pode participar de uma gravação de podcast ao vivo no Festival Papo de Música. O evento é uma extensão do canal “Papo de Música” da Fabiane Pereira, que reune jornalistas e profissionais da música pra falar sobre a cena musical atual. O festival vai ter mesas redondas, entrevistas com artistas, oficinas e muito mais. A iniciativa é apoiada pelo Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural e a entrada é totalmente gratuita. Não precisa se inscrever nem nada, é só chegar e participar. HOJE NO GIRO SOBRE PESSOAS QUE FAZEM A MÍDIA:  9 – Saiu a notícia que muita gente esperava, e mais gente ainda desacreditava: o podcast Projeto Humanos do Ivan Mizanzuk causou revisão judicial no Caso Evandro, e os réus condenados pelo crime foram absolvidos na última semana pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Foram anos de investigação do Ivan sobre o crime, ele construiu a narrativa inteira do inquérito e transformou no podcast que causou a reabertura do caso, revisão das provas, e agora a absolvição dos acusados. Quando a gente fala do poder do podcast, nem a gente imagina o quão grande pode ser o impacto da mídia, mas aqui foi um exemplo claro da importância de dar voz às pessoas certas. O Ivan Mizanzuk fez o anúncio da decisão judicial via Twitter e comemorou junto com os acusados. Às vezes a justiça DE FATO tarda, mas não falha. 10 – E durante o Festival do Liberatum de Salvador, foi anunciado a abertura de um novo estúdio de produção de podcasts: o estúdio Axé. Mas quem fez o anúncio foi ninguém menos que a atriz americana Viola Davis, junto com seu marido Julius Tennon. Vale lembrar que a Viola já tem envolvimento ativo com podcast a alguns anos, é sócia de alguns estúdios lá nos Estados Unidos e, junto com o marido, é co-fundadora da própria produtora – a JuVee Production. O primeiro produto deles aqui no Brasil vai ser uma série de podcast sobre o Zumbi dos Palmares, e o casal também deixou claro que tem muito interesse em contar histórias do Brasil e da Bahia. Olha só que notícia bacana! SOBRE LANÇAMENTOS: 11 – A RØDE lançou a nova edição do seu microfone NT1, o NT1 Signature Series, depois de 30 anos do lançamento original. Esse microfone condensador de estúdio é versátil e atende músicos, podcasters, streamers e até dubladores. Ele se une à NT1 5ª Geração na linha de microfones da empresa, que têm especificações de alto desempenho. Além disso, a edição limitada do NT1 Signature Series pode ser comprada nas cores vermelho, rosa, roxo, azul, verde e preto. Características do microfone incluem uma cápsula condensadora de diafragma grande RØDE HF6, padrão polar cardioide estreito e capacidade de capturar sons altos com ruído extremamente baixo. 12 – O podcast Matéria Bruta, do Canal Curta!, firmou uma parceria com a Coleção Folha Clássicos da Literatura Luso-Brasileira, e vai publicar quatro episódios especiais sobre a vida e obra de autores importantes: Fernando Pessoa, Lima Barreto, Júlia Lopes de Almeida e Florbela Espanca. Para discutir a vida dos autores, suas obras e outras curiosidades, o podcast conta com a participação de especialistas no assunto, incluindo professores e pesquisadores. Os episódios vão ser lançados quinzenalmente às quartas-feiras, em todas as principais plataformas de áudio. 13 – E o canal Metrópoles lançou o novo videocast “Esse filme é bom?” apresentado pelo diretor e roteirista Lino Meireles. O conteúdo vai ser lançado a cada 15 dias, e vai trazer discussões sobre filmes, com um toque especial: um dos participantes ama o filme que está sendo analisado, enquanto o outro não (eu adorei a proposta). O videocast está disponível no canal do Metrópoles no YouTube, e também em áudio nas principais plataformas de podcast. RECOMENDAÇÃO NACIONAL:  14 – E na recomendação nacional da semana, a gente vai indicar um podcast que faz jornalismo responsável: tá no ar a segunda temporada do podcast Amazônia Sem Lei, produzido pela Agência Pública. Em cada episódio do programa, a equipe do podcast sai em busca de diferentes respostas pra mesma pergunta: por que a Amazônia é um epicentro de violências hoje?  O primeiro episódio falou sobre os conflitos que levaram ao assassinato de cinco lideranças quilombolas nos últimos três anos em Arari, no Maranhão. Na segunda temporada, o Amazônia Sem Lei tá indo até os territórios que registraram os maiores índices de conflitos dos últimos 10 anos. Não é um conteúdo pra ouvir rindo, mas é muito necessário pra se informar sobre o que tem acontecido dentro do nosso próprio país, e que muitas vezes passa despercebido. O programa está disponível nos principais agregadores de podcast. E você sempre pode divulgar trabalhos e oportunidades dentro da indústria do podcast, aqui no Castnews. Sejam vagas remuneradas ou vagas de participação em projetos, manda pra gente no e-mail contato@castnews.com.br que elas vão ser publicadas na nossa newsletter, que é enviada duas vezes por semana: na quarta e na sexta-feira. Além disso, você também pode mandar uma pequena apresentação do seu podcast, e se ele for o escolhido, vai aparecer aqui na nossa recomendação nacional da semana. ENCERRAMENTO E CTA E ESSAS FORAM AS NOTÍCIAS DESTA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA EDIÇÃO DO CASTNEWS! VOCÊ PODE LER A ÍNTEGRA DE TODAS AS NOTÍCIAS E ASSINAR A NEWSLETTER EM CASTNEWS.COM.BR. AJUDE O CASTNEWS A CRESCER ESPALHANDO O LINK DESTE EPISÓDIO EM SUAS REDES SOCIAIS E ASSINANDO O FEED DO PODCAST PARA RECEBER EM PRIMEIRA MÃO OS EPISÓDIOS ASSIM QUE FOREM PUBLICADOS. VOCÊ PODE COLABORAR COM O CASTNEWS MANDANDO SEU FEEDBACK E SUGESTÕES DE PAUTA NOS COMENTÁRIOS DO SITE OU PARA O EMAIL PODCAST@CASTNEWS.COM.BR. 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Leitura de Ouvido
Clara dos Anjos de Lima Barreto

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later Nov 10, 2023 47:07


“Clara dos Anjos” (1920) é o conto homônimo ao romance clássico de Lima Barreto (1881-1922). O conto que deu o embrião a esse emblemático romance que denuncia não só a condição de inferioridade pela cor de pele, como pela condição de ser mulher, no início no século passado. No conto, o plot de Clara é o mesmo. Mulata apaixonada e ingênua, moradora do subúrbio do Rio de Janeiro, que é seduzida por um malandro, o tipo “vagabundo doméstico”, mas trovador. A partir da sua “modinha”, Julio Costa (no conto) e Cassi Jones (no romance), vai seduzindo a moça, até roubar o que lhe era mais precioso, a partir do namoro na janela. Clara tem a pele pigmentada, mas é o sinônimo em si mesmo de brancura, criada meticulosamente pelos pais, mais bem educada e escolarizada que o rapaz torpe. Além de tudo, é “dos Anjos”, duplamente, no sentido etimológico, um ser (que vai buscar ser) branco. Mas a ela é reservado o pior destino. Lima Barreto transpõe para a personagem o sofrimento de cor que ele mesmo sentia. O autor morreu em 1º de novembro de 1922, dias após ter apresentado o primeiro capítulo de Clara dos Anjos - cuja escritura iniciou em 1904, na época ainda denominado “O Carteiro”, centrado no personagem do pai da mulata Clara. O romance inteiro sairia apenas em 1948. Boa leitura! Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠⁠⁠⁠⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠ Livro Trincas, de Daiana Pasquim: ⁠⁠⁠⁠⁠https://www.editorapenalux.com.br/loja/trincas⁠⁠⁠⁠⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠⁠⁠⁠⁠@leituradeouvido⁠⁠⁠⁠⁠ Direção e narração: ⁠⁠⁠⁠⁠@daianapasquim⁠⁠⁠⁠⁠ Padrinho: ⁠⁠⁠⁠⁠@miltonhatoum_oficial⁠⁠⁠⁠⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠⁠⁠⁠⁠@LPLucas⁠⁠⁠⁠⁠ Uma produção ⁠⁠⁠⁠⁠@rockastudios

Livros no Centro
Encontros e reencontros

Livros no Centro

Play Episode Listen Later Aug 30, 2023 54:10


No terceiro episódio do podcast Livros no Centro, trazemos duas histórias: ambas tratam das memórias e dos afetos que os livros mobilizam na trajetória de leitores, escritores e livreiros. A primeira narra o reencontro do engenheiro Sérvulo Barros com uma obra que havia pertencido a sua família – o caso se passou no sebo e livraria Lima Barreto, no Rio de Janeiro, e contou com uma ajudinha do cantor e compositor Martinho da Vila. Já a segunda se passa em São Paulo, no começo dos anos 2000, quando Marcelo Maluf, na época um escritor em início de carreira, conheceu uma de suas principais referências literárias, uma grande autora brasileira. Foi com ela que Marcelo entrou numa espécie de cabo de guerra por uma edição raríssima – e recebeu conselhos de escrita tão valiosos quanto.O Livros no Centro é apresentado por Rita Palmeira, curadora da Megafauna, por Flávia Santos, coordenadora da loja, e por nossos livreiros. No episódio “Encontros e reencontros”, o Melvim Brito é o livreiro que participa da conversa. A cada episódio, trazemos histórias de leitores, escritores e livreiros, com entrevistas, bate-papos e, claro, muitas dicas de leitura.Agradecemos especialmente ao Martinho da Vila, Lídia Costa e Fernando Quintino. O podcast Livros no Centro é realizado pela Livraria Megafauna e tem distribuição do Uol. Livros citados no episódio: A menina e a lua inventada, Iris Barros (Autografia)A invasão do mar, Júlio Verne (fora de catálogo)Cantares de perda e predileção, Hilda Hilst (em Da poesia, Companhia das Letras )O jardim selvagem, Lygia Fagundes Telles (em Os contos, Companhia das Letras)A imensidão íntima dos carneiros, Marcelo Maluf (Faria e Silva)Os últimos dias de Elias Ghandour, Marcelo Maluf (Faria e Silva)Um exu em Nova York, Cidinha da Silva (Pallas)Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude, Castiel Vitorino Brasileiro (N-1)Só garotos, Patti Smith (Companhia das Letras, Alexandre Barbosa de Sousa)Verdade tropical, Caetano Veloso (Companhia de Letras)Lavoura arcaica, Raduan Nassar (Companhia das Letras)Um copo de cólera, Raduan Nassar (Companhia das Letras)Menina a caminho, Raduan Nassar (Companhia das Letras)Lua na jaula, Ledusha (Todavia)Helena Ignez, atriz experimental, Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira (Edições Sesc São Paulo)Luz del Fuego, Javier Montes (Fósforo, trad. Silvia Massimini Felix)Underground: Luiz Carlos Maciel, Claudio Leal (org.) (Edições Sesc São Paulo)Lições, Ian McEwan (Companhia das Letras, trad. Jorio Dauster)Febre de cavalos, Leonardo Padura (Boitempo, trad. Monica Stael)O negro visto por ele mesmo, Beatriz Nascimento (Ubu)

Cuentos de medianoche
La nueva California

Cuentos de medianoche

Play Episode Listen Later Aug 14, 2023 27:20


La nueva California, de Lima Barreto.

Ichthus Podcast
Lima Barreto | Veio na Maré

Ichthus Podcast

Play Episode Listen Later Aug 10, 2023 8:57


Em mais um Veio na Maré, conheça um pouco mais da vida e obra do jornalista e escritor brasileiro, Lima Barreto.► GOSTA DO ICHTHUS PODCAST? ◄ SÓ CONTINUAREMOS A EXISTIR COM A SUA AJUDA! Escolha AGORA MESMO sua faixa de apoio mensal em nossa campanha de financiamento coletivo (pode ser qualquer valor) acessando: → https://catarse.me/ichthus Agora, se você REALMENTE não tem condições de se comprometer com um valor mensal, por menor que seja, mas deseja nos abençoar esporadicamente, você também pode, sempre que possível, fazê-lo através de DOAÇÕES AVULSAS de qualquer valor via PIX. → Nossa chave é: 17.558.300/0001-93 Outra forma de ajudar o Ichthus Podcast é SEMPRE fazer TODAS as suas compras na Amazon partindo do nosso link: → https://ichthus.com.br/amazon Conheça também o Clube Ichthus e seus planos literários (adultos e infantis). São kits maravilhosos que você pode receber mensalmente no conforto de sua casa (ou até mesmo presentear alguém que você gosta muito). → Acesse: https://ichthus.com.br/clube Você pode ouvir este e outros programas do Ichthus Podcast de várias maneiras. A principal é pelo nosso site, onde todos os programas, episódios e campos de busca oferecem uma verdadeira imersão no universo do Ichthus Podcast — sem contar a belezura que é o nosso player ;-) → Acesse: https://ichthus.com.br Também estamos nas principais plataformas de áudio: • Apple Podcasts: https://apple.co/3k05AA0 • Castbox: https://bit.ly/3299Re4 • Deezer: https://bit.ly/2R9wQPU • Google Podcasts: https://bit.ly/3jStWvg • iHeartRadio: https://ihr.fm/3hfQZ1o • JioSaavn: https://bit.ly/3jZG25M • Podcast Addict: https://bit.ly/3hbuyKW • Podcasher: https://bit.ly/2GBh66g • Spotify: https://spoti.fi/2R7AJF3 • Spreaker: https://bit.ly/3jYAicv • Stitcher: https://bit.ly/2R5uBgq • … e até no YouTube: https://www.youtube.com/clubeichthus Continue esta conversa com a gente no canal do Ichthus no Telegram. → Inscreva-se em: https://t.me/clubeichthus Finalmente (é claro que a gente tinha de pedir isso pra você): • Siga o Clube Ichthus nas redes sociais (@clubeichthus): → https://www.instagram.com/clubeichthus → https://twitter.com/clubeichthus → https://www.facebook.com/clubeichthus • E inscreva-se em nosso canal no YouTube: https://www.youtube.com/clubeichthus Agora sim, bom podcast!

Minuto da Biblioteca
T05E07 - Mergulhando no Acervo - Lima Barreto

Minuto da Biblioteca

Play Episode Listen Later Jul 31, 2023 7:00


O episódio de hoje é sobre o escritor e jornalista Lima Barreto (1881-1922), que no último dia 25 de maio recebeu o título póstumo de doutor honoris causa pela UFRJ. Livros do acervo citados no episódio: - "Triste fim de Policarpo Quaresma" - Lima Barreto - Localização: Coleção INEP - "Diário do hospício : o cemitério dos vivos" - Lima Barreto - Localização: Coleção CIEC - "Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá" - Lima Barreto - Localização: Coleção INEP - "Recordações do escrivão Isaías Caminha" - Lima Barreto - Localização: Coleção INEP - "A pátria que quisera ter era um mito: o Rio de Janeiro e a militância literária de Lima Barreto" - Denilson Botelho - Localização: 809.81 B748p - "Lima Barreto e o Rio de Janeiro em fragmentos" - Beatriz Resende - Localização: 809.89 R433l - "A vida de Lima Barreto: 1881-1922" - Francisco de Assis Barbosa - Localização: 928.69 B238v Teses e dissertações disponíveis na base Minerva (minerva.ufrj.br): - "Práticas de comunicação dos loucos leitores: uma abordagem a partir de Lima Barreto" - Leila Dahia - http://objdig.ufrj.br/30/teses/819034.pdf - "Lima Barreto: a comunicação do estético e o discurso da atualidade" - Luana Candura de Morais - http://objdig.ufrj.br/30/teses/670762.pdf - "Dentes negros cabelos azuis: Lima Barreto e a cidadania em fragmentos" - Beatriz Resende - http://objdig.ufrj.br/25/teses/409109.pdf Seleção que o Sistema de Bibliotecas da UFRJ fez de 30 teses e dissertações sobre Lima Barreto: https://www.sibi.ufrj.br/index.php/inicio/670-teses-e-dissertacoes-sobre-lima-barreto Confira também a matéria "UFRJ concede título de doutor honoris causa a Lima Barreto: Homenagem é póstuma a um dos escritores brasileiros de maior destaque na fase pré-modernista da literatura", de Victor França para o Conexão UFRJ: https://conexao.ufrj.br/2023/06/ufrj-concede-titulo-de-doutor-honoris-causa-a-lima-barreto/

Leitura de Ouvido
Lima Barreto - O Homem que Sabia Javanês (reedição)

Leitura de Ouvido

Play Episode Listen Later May 19, 2023 38:36


“O Homem que sabia javanês” é um dos contos mais magistrais da literatura brasileira escrito por Lima Barreto (1881-1922) e publicado na Gazeta da Tarde do Rio de Janeiro, no dia 20 de abril de 1911. Foi o 11º Episódio do Leitura de Ouvido, lá no comecinho de nossa história, quando ainda não tínhamos notas de rodapé. Por isso, resolvemos revisitar essa trajetória e, no mês de aniversário de Lima, ele nasceu há 142 anos, no marco de 13 de maio. E claro, fizemos os devidos debates sobre esse texto que faz uso de dois gêneros: o contador de histórias e o picaresco. É uma descontraída conversa entre dois amigos num bar, Castelo, o pícaro; e Castro, que o escuta enquanto compartilham uma cervejinha. O pícaro é qualificado como uma personagem de condição social humilde, sem ocupação certa, vivendo de expedientes, a maioria dos quais escuso. Ele é o anti-herói por excelência e, assim, é dotado de uma filosofia de vida assaz particular: é materialista, primitivo, desleal, manifestando inclinação para a fraude e a vadiagem. Castelo é tudo isso e muito mais. Lima Barreto morreu há cem anos, quando o Brasil completava o centenário da Independência e seu texto segue muito atual. Boa leitura! Camisetas do LdO: ⁠https://umapenca.com/leituradeouvido/⁠ Apoie pela chave PIX: leituradeouvido@gmail.com Apoie pelo financiamento coletivo: ⁠https://apoia.se/leituradeouvido⁠ Entre em contato: leituradeouvido@gmail.com Instagram e Facebook: ⁠@leituradeouvido⁠ Direção e narração: ⁠@daianapasquim⁠ Padrinho: ⁠@miltonhatoum_oficial⁠ Direção, edição, trilha de abertura e arte de capa: ⁠@LPLucas⁠ Uma produção ⁠@rockastudios

Supercuts
Ep. 210 - O Cangaceiro (1953)

Supercuts

Play Episode Listen Later Apr 11, 2023 39:19


Sejam muito bem vindos a mais um Supercuts! Neste episódio tivemos a alegria de receber o amigo Igor Nolasco, que já tanto gravou conosco, para falarmos deste clássico do cinema brasileiro, "O Cangaceiro" (1953) dirigido por Lima Barreto. Esperamos que gostem desta conversa, que tentou por luz em um filme notável para o nosso cinema. Se você quiser apoiar nosso programa, assine nosso podcast gratuitamente na sua plataforma favorita e nos deixe um comentário! E lembre-se, adoramos receber suas mensagens nas nossas redes sociais. Twitter; Instagram, Youtube e Facebook. Obrigado por ouvir o Supercuts Podcast! Até a próxima!

Cadernos de Saúde Pública
Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social | CSPcast 31#

Cadernos de Saúde Pública

Play Episode Listen Later Feb 27, 2023 29:55


Este episódio aborda o Editorial de fevereiro em CSP “Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social", que pode ser lido em: https://bit.ly/3Sq6zf4. Foram entrevistados os autores: - Rosana Teresa Onocko-Campos: professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). - Maurício Lima Barreto: pesquisador do Cidacs Fiocruz/Bahia e professor emérito da Universidade Federal da Bahia. A condução da conversa ficou a cargo da Editora-chefe de CSP Luciana Dias de Lima. Acompanhe CSP Site: http://cadernos.ensp.fiocruz.br/ Twitter: www.twitter.com/CadernosSP Facebook: www.facebook.com/cadernosdesaudepublica

30:MIN - Literatura - Ano 7
30:MIN 416 - Por que ler Lima Barreto?

30:MIN - Literatura - Ano 7

Play Episode Listen Later Feb 2, 2023 50:49


Como vários outros autores, Lima Barreto demorou a ter a genialidade dos seus textos reconhecida e, até hoje, é injustiçado em suas glórias. Arthur Marchetto e Cecília Garcia Marcon convidam Igor Oliveira Neves para comentar sobre a vida e obra de Lima Barreto e indicar alguns obras para conhecer um grande autor brasileiro moderno. OBRAS CITADAS NO EPISÓDIO O homem que sabia javanês, Lima Barreto O triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto Recordações do Escrivão Isaías Caminha, Lima Barreto A crônica militante, Lima Barreto Lima Barreto: triste visionário, Lilia Schwarz CONFIRA OS TÍTULOS DO CLUBE DE LEITURA DO 30:MIN PARA 2023 CANAL DO 30:MIN NO YOUTUBE Telegram do 30:MIN Apoie o 30:MIN no PicPay Apoie o 30:MIN no Padrim --- Send in a voice message: https://anchor.fm/30min/message

Patas en la brea
Algunas obras alrededor de la salud mental, por Walter Lezcano

Patas en la brea

Play Episode Listen Later Feb 2, 2023 33:05


En su columna de literatura, Walter Lezcano analiza algunas obras alrededor de la salud mental. El escritor analiza los libros "Diccionario Amoroso del psicoanalisis", de Elisabeth Roudinesco; "Tanguito y los primeros años del rock argentino", de Victor Pintos; "S-3. Una memoria". de Bette Howland; "Diario del hospicio", de Lima Barreto y "Diario inconsciente", de Santiago Loza.

Coemergência | Podcast
#74 Cuidado, silêncios e outros temas de literatura (com Fernanda Sousa)

Coemergência | Podcast

Play Episode Listen Later Jan 2, 2023 92:29


Seres de todos os reinos, O Coemergência #74 se situa em várias travessias: entre a fala e o silêncio, entre a experiência e a linguagem, entre as violências estruturais e a agência de pessoas que anseiam, sonham, criam. Esses são alguns dos aspectos das belíssimas reflexões trazidas pela pesquisadora Fernanda Sousa. Ela tem investigado a literatura, e especificamente os diários, de Carolina Maria de Jesus e Lima Barreto, "à luz de uma tradição literária e musical afrodiaspórica" em seu doutorado no Programa de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo. A Fernanda, dentre outras coisas, também publicou várias resenhas na Folha de São Paulo, traduziu intelectuais da diáspora negra e escreveu o posfácio de Perder a Mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão, a edição brasileira de Lose Your Mother, de Saidiya Hartman, publicada pela Bazar do Tempo. Para além do interesse que poderíamos ter mais específico por literatura ou pelo diário desses autores, é muito digno de nota o quanto aspectos da sociedade brasileira, e da história dessa sociedade tão estruturada pelo racismo, se permite ver nesse microcosmos. Mas textos e pessoas nunca são apenas um reflexo das estruturas. Ao abordar os diários e sua autoria, a Fernanda nos convida também a reflexões éticas: o que seria ler com uma ética do cuidado? Como os silêncios, mas também os silenciamentos, se manifestam na literatura? Se eu a entendo corretamente, parece que um ponto relevante é o respeito à complexidade das pessoas e suas experiências, que nunca podem ser inteiramente capturadas na linguagem, nem tornadas superficiais em vez de profundas. São pessoas que, por exemplo, resistem, mas que também fazem muito mais que resistência.

revista piauí
Elisa Lucinda lê trecho do diário de Lima Barreto

revista piauí

Play Episode Listen Later Nov 4, 2022 5:34


Elisa Lucinda lê um trecho do diário de Lima Barreto, escrito em 1905, quando ele tinha 24 anos.

QueIssoAssim
Livros em Cartaz 017 – Degusta!

QueIssoAssim

Play Episode Listen Later Sep 21, 2022 132:01


Hoje é dia de Livros em Cartaz Degusta! um programa de indicações de livros, séries, filmes e HQs. Veja abaixo a lista dos oito títulos indicados por Andreia D'Oliveira e Gabi Idealli e alguns bônus

PodPasta
23. MÃE CRONISTA DO FACE: A cachorra crente

PodPasta

Play Episode Listen Later Sep 9, 2022 15:36


No 23º episódio do Podpasta, temos o retorno do quadro MÃE CRONISTA DO FACE. E dessa vez a Lima Barreto de Tatuí retorna com um conto cheio de plots e espiritualidade, com participação especial da nossa cachorra joselita favorita: A AUAU. TORNE-SE UM APOIADOR DO PODPASTA, ME AJUDE A CONTINUAR COM ESSE PROJETO E RECEBA EPISÓDIOS BÔNUS EXCLUSIVOS: https://apoia.se/podpasta ME ENVIE SUA FIC/SUGESTÃO/PEDIDO DE CONSELHO NO E-MAIL podpastapodcast@gmail.com Edição: Maurício Bierhals. Vinheta: Fungado.

Buenas Ideias
O Fim do Morro do Castelo - Eduardo Bueno

Buenas Ideias

Play Episode Listen Later May 19, 2022 16:39


ERA UMA VEZ UM MORRO - Aqueles que destroem quem os viu nascer não merecem respeito, por não respeitarem nem mesmo sua própria história e origem. Assim sendo, brasileiros (e cariocas, em especial) estão em maus lençóis. Eduardo Bueno te conta agora a história da destruição do Morro do Castelo, um dos principais pontos do Rio de Janeiro, onde a cidade nasceu. Destruído por motivos toscos, por gente mais tosca ainda, o Morro do Castelo foi defendido por sumidades como Lima Barreto, Machado de Assis e Joaquim Manuel de Macedo... E agora, por nosso magnífico e magnânimo Eduardo Bueno. Conheça agora a triste história do Morro do Castelo -- ela explica muito sobre o Brasil.

Ler Antes de Morrer
Nocautes Literários: O homem que sabia javanês, de Lima Barreto

Ler Antes de Morrer

Play Episode Listen Later Nov 15, 2021 33:00


Hoje vamos ouvir o divertidíssimo conto "O homem que sabia javanês", de Lima Barreto, publicado originalmente em 1911 no Rio de Janeiro.✦ Seja Padrinho do Ler Antes de Morrer: https://www.padrim.com.br/lerantesdemorrer ✦ Leia "O homem que sabia javanês": http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000165.pdf-O Ler Antes de Morrer é o mais completo canal sobre literatura do YouTube. Aqui você encontra conteúdo exclusivo e de qualidade sobre literatura brasileira e estrangeira, livros de não-ficção, quadrinhos e muito mais. Texto e edição: Isabella Lubrano.Nossa meta é ler e resenhar 1001 livros. Ou morrer tentando!

Pelo Avesso
Eugenia | 5. Lima Barreto, Juliano Moreira e Roquette-Pinto

Pelo Avesso

Play Episode Listen Later Oct 6, 2021 55:29


O escritor que se levantou contra o racismo científico, o psiquiatra que provou que as teorias do determinismo racial estavam erradas e o eugenista que não acreditava em diferença entre as raças.