POPULARITY
Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]
O Galinha Viajante de hoje luta contra o tempo em Hades 2! Leon e Samuca falam de um dos melhores jogos de 2025, o roguelite de ação continuação do revolucionário Hades. Conheça as referências da mitologia grega (e romana!), detalhes de desenvolvimento, da jogabilidade e dos detalhes audiovisuais desse jogão! Saia em jornada pelas profundezas do submundo e pela superfície em direção ao Olimpo - dois caminhos, uma missão: morte a Cronos!APOIE O GALINHA VIAJANTEAcesse catarse.me/galinhaviajanteLINKS DA GALINHACatarse | Youtube | Instagram | BlueskyContato: cast@galinhaviajante.com.brAcesse nosso SITE: galinhaviajante.com.brCONHEÇA O BURACO ATRÁS DO PÔSTERSiga no Bluesky ou ouça no SpotifyAGRADECIMENTO ESPECIAL À ÁGATA SOFIAQue narrou a evocação de Melinoe! Conheça o podcast dela!OUÇA TAMBÉMGV#213: CupheadGV#207: Hollow KnightGV#201: Clair Obscur Expedition 33TRILHA SONORABewitching Eyes, Coral Crown, Death to Chronos, Edge of Erebus, I Am Gonna Claw Out Your Eyes, In The Blood, In The Darkness, Moonlight Guide Us, Olympus Aflame, The End of Time, The Silver Sisters (Hades 2 OST)No Escape (Hades OST)Battle On The Jazzy Bridge (Quasar)CAPÍTULOS00:00:00 - Abertura do Episódio00:05:51 - Introdução e Desenvolvimento00:28:28 - Top Dúzia Bruxaria 00:42:44 - Combate e Jogabilidade01:36:08 - Audiovisual e Trilha Sonora02:13:59 - Narrativa e Mitologia03:02:07 - Encerramento do EpisódioCITADOS NO EPISÓDIOVideogames: Hades, Pyre, Transitor, Bastion, The Binding of Isaac, Terraria, Witcher 3, Elden Ring, Banjo-Kazooie, Dragon Age, Diablo, Diablo II, Portal, Portal 2, Bloodborne, Final Fantasy 8, Wario Ware, The Cosmic Wheel Sisterhood, Dark Souls, Ikenfell, League of Legends,Mika and The Witch's Mountain, Baldur's Gate III Outras Mídias: A Ilíada, A Odisséia, A Eneida, MetamorfosesO Galinha vai ao ar toda semana graças aos Escudeiros da Galinha Viajante! Apoie você também o nosso projeto no Catarse e junte-se à Escudaria!Apresentado e produzido por Leon Cleveland e Samuel R. Auras.Contato: cast@galinhaviajante.com.brSupport the show
Após a queda de Troia, um homem carrega o passado nos ombros e o futuro pela mão. Esse homem é Enéias, o herói que escapa da destruição com a missão mítica de fundar algo muito maior: um ideal civilizatório a ser plasmado no futuro: Roma. O Professor e voluntário de Nova Acrópole, Matheus Breno, comenta o mito narrado por Virgílio nesta obra atemporal "Eneida". Nesta aula, conheça o mito de Enéias e compreenda seus significados filosóficos: a superação do caos, o sentido do dever, a continuidade entre passado, presente e futuro, e a construção interior que sustenta toda civilização. “Buscar a verdade é também honrar a memória dos mitos.”
Diego y Lola han querido darle otra vuelta al primer episodio de la Eneida.
#MSPDermatología La dermatitis atópica va más allá de la piel: impacta la calidad de vida de quienes la padecen, afectando su bienestar físico, emocional y social. Conoce cómo enfrentar este desafío de salud y las alternativas disponibles para mejorar la vida de los pacientes, junto a la Dra. Eneida de la Torre. ¡No te lo pierdas! #MSP: El lugar donde médicos, pacientes y profesionales de la salud pueden entrar. #SomosCiencia #MSPLíderesPioneros #MSPLegadoQueInspira #MSPLíderDigital #NoAlPlagio Ver menos
On this episode, CJ sits down with Santa Fe artist Eneida Valverde, whose life journey spans from her roots in Costa Rica to decades of teaching art in Maryland, and now, to the creative sanctuary of New Mexico. Surrounded by hollyhocks, peaches, and the ever-changing desert light, Eneida shares how her intuitional transcendental practice became the gateway to her current body of work—13 luminous angel paintings inspired by traditional retablos.Her process blends meditation, free-flow journaling, and intuitive mark-making, where shapes, patterns, and words emerge organically. Using watercolors, acrylic pens, and gold leaf, she transforms panels into spiritual expressions labeled with words like “Sanctuary,” “Attunement,” and “Alignment.” “I am following my soul and my spirit,” Eneida says. “I am connected to Spirit no matter what, and I am sharing it with everyone else in the universe. We are small, and yet we are huge.”Raised Catholic and deeply connected to nature, Eneida reflects on the importance of slowing down, sitting quietly, and letting each breath be a connection to Spirit. From teaching students to create loose, line-rich floral arrangements with sticks from the yard, to following her own soul's direction, her story is a testament to the beauty that arises when we stop judging ourselves and allow inspiration to flow.Learn more about Eneida and her classes, by visiting https://www.eneidasomarriba.comWant to learn more about CJ Miller? Check out his Spiritual Artist Retreats, 1:1 Personal Coaching, and Speaking Engagements at www.spiritualartisttoday.com. His retreats are designed to help you reconnect with your Creative Intelligence and express your true artistic voice. You can also find his upcoming schedule there, and his book, The Spiritual Artist, is available on Amazon.
Eneida y su esposo presencian una aparición y un amigo cristiano se interesa en su experiencia. A partir del pasaje de la Biblia 1 Reyes 18 sobre Elías y los falsos profetas de Baal, les enseña que no debemos dejarnos influenciar con lo que aparenta ser un milagro, sino reafirmar nuestra fe en que hay un solo Dios, y que él nos ofrece una sola salvación ganada por Jesucristo. Esa verdad es la única que necesitamos saber y creer para ser hijos de Dios y disfrutar de la vida eterna con él.
Subscribe to C-Speak so you never miss an episode. Listen on Apple Podcasts, Spotify or wherever you get your podcasts.In this episode, Saskia Epstein, SVP PNC Bank in New England, sits down with Eneida Roman, president and CEO of ALX, and Kristin McSwain, senior advisor for early childhood and director of the Office of Early Childhood for the city of Boston, to discuss the state of early childhood education in the region. McSwain shares how she became interested in early childhood education and what led her to become involved in The Boston Opportunity Agenda, as well as to spearhead development of programs for young people and child care in the Office of Early Childhood.“I think it's really important for our child care providers to see themselves as business leaders,” McSwain says. “They're providing those first formative four or five years for our littlest learners that are really important for the economic prosperity of our region.” In the episode, Roman discusses the fact that a significant amount of child care providers in Massachusetts are Latina and how she has focused on providing programs for those individuals to set children up for success.“I have this immense awareness of how important it is to make sure we have a structured child care space for children so that when they're ready to enter a school, they have the basic knowledge and tools to be able to be successful,” Roman says. Listen to hear more about:· The Boston Opportunity Agenda and early childhood initiatives (1:59)· Boston's approach to early childhood and the child care census (5:50)· Mentorship and business skills for child care providers (13:57)· What actions the business community can take to support early childhood education (26:23)Powered by PNC Bank.
Welcome to BARBERSHOP CONFIDENTIAL the Podcast EPISODE 226 produced by @d0peclick We are back with another episode! Your hosts Jona and Leslie. This week we have guest Eneida who came and shared a little bit of her self and her journey along with the chisme segment. We had a dope fun convo and I hope you find entertaining as we did, please follow them and support. As always we never intend to offend anyone with our opinions. If you want to have your chime / tea/ confessions or need advice please submit it anonymously and we'll read it on the episode and give our opinions and advise. https://bscpdcst.wixsite.com/bscpodcast/tea-chisme THANK YOU for listening and supporting, I hope you continue to listen and enjoy the conversations between the guests and us, Huge shout out to all of you! Any questions or comments please email at bscpdcst@gmail.com https://bscpdcst.wixsite.com/bscpodcast SUBSCRIBE to YOUTUBE: https://www.youtube.com/channel/UCMk3TS3qnykSLkO6wk2IrdQ PLEASE follow us on Instagram @BarbershopConfidential Co-Host @grande_papiiiii Guest: @ixtsel Dale Gas merch @dale.gas.sd
Luego de más de cinco horas de lectura y debate, el Senado dominicano aprobó en primera lectura el nuevo Código Penal, una pieza de 413 artículos que excluye la despenalización del aborto en casos de violación, incesto o malformación congénita. La penalización se mantiene: hasta tres años de prisión para quien interrumpa un embarazo. ¿Estamos frente a un retroceso en derechos humanos y de las mujeres? ¿Qué significa esto políticamente para el país? En este episodio conversamos con tres voces claves en la defensa de los derechos de las mujeres:
Publio Virgilio Marón, conocido como Virgilio, fue uno de los más grandes poetas de la antigua Roma y una figura clave en la literatura occidental. Nació el 15 de octubre del año 70 a.C. en Andes, una aldea cercana a Mantua, en la región de la Galia Cisalpina (actual norte de Italia). Proveniente de una familia de origen modesto pero acomodada, recibió una educación sólida en diversas ciudades como Cremona, Milán, Roma y Nápoles, donde estudió retórica, filosofía, matemáticas y otras disciplinas. Virgilio es autor de tres obras fundamentales de la literatura latina: Bucólicas o Églogas: Una colección de diez poemas pastoriles que idealizan la vida rural y reflejan las tensiones políticas y sociales de su tiempo. Geórgicas: Un poema didáctico en cuatro libros que exalta el trabajo agrícola y la conexión del hombre con la naturaleza, promoviendo los valores tradicionales romanos . Eneida: Su obra más ambiciosa, una epopeya en doce libros que narra las aventuras de Eneas, un héroe troyano que, tras la caída de Troya, viaja hasta Italia para convertirse en ancestro de los romanos. Esta obra busca glorificar los orígenes míticos de Roma y fue encargada por el emperador Augusto. Virgilio fue parte del círculo de Mecenas, un grupo de intelectuales protegidos por el político Cayo Mecenas, estrechamente vinculado al emperador Augusto. Su obra tuvo una profunda influencia en la literatura posterior, siendo considerado un modelo de perfección estilística. En la Edad Media, su figura fue venerada hasta el punto de ser retratado como guía espiritual en la "Divina Comedia" de Dante Alighieri. Murió en el año 19 a.C. en Brundisium (actual Brindisi) tras enfermar durante un viaje a Grecia. Según la tradición, pidió que la Eneida fuera destruida por considerarla inacabada, pero Augusto ordenó su publicación, asegurando así su legado literario. Hoy, Virgilio es recordado no solo por su maestría poética, sino también por haber capturado en sus versos la esencia del espíritu romano y los valores que forjaron una civilización.
Hoy con el escritor nos trasladamos hasta el momento de la 'Caída de Troya' nos retrotrae a la descripción del descubrimiento de Troya por Schliemann y a su vez viajamos a nuestro presente donde, Pépe Pérez-Muelas nos hacer un relato de la actual Troya, situada en Turquía en la colina de Hisarli donde se une el tiempo actual y el pasado y nos recuerda que el ser humano es viajero y las migraciones nos constituyen.
Hoy con el escritor nos trasladamos hasta el momento de la 'Caída de Troya' nos retrotrae a la descripción del descubrimiento de Troya por Schliemann y a su vez viajamos a nuestro presente donde, Pépe Pérez-Muelas nos hacer un relato de la actual Troya, situada en Turquía en la colina de Hisarli donde se une el tiempo actual y el pasado y nos recuerda que el ser humano es viajero y las migraciones nos constituyen.
Dante Alighieri (1265 - 1321)Translated by Bartolomé Mitre (1821 - 1906)La Divina Comedia (también conocida como La Comedia) es un poema teológico escrito por Dante Alighieri. Se desconoce la fecha exacta en que fue escrito aunque las opiniones más reconocidas aseguran que el Infierno pudo ser compuesto entre 1304 y 1307–1308, el Purgatorio de 1307–1308 a 1313–1314 y por último, el Paraíso de 1313–1314 a 1321 (fecha esta última, de la muerte de Dante). La primera parte narra el descenso del autor al Infierno, acompañado por el poeta latino Virgilio, autor de la Eneida, a quien Dante admiraba. Acompañado por su maestro y guía, describe los nueve círculos en los que son sometidos a castigo los condenados, según la gravedad de los pecados cometidos en vida. Dante encuentra en el Infierno a muchos personajes antiguos, pero también de su época, y cada uno de ellos narra su historia brevemente a cambio de que Dante prometa mantener vivo su recuerdo en el mundo; cada castigo se ajusta a la naturaleza de su falta y se repite eternamente. Es particularmente recordada la historia de Paolo y Francesca, amantes adúlteros que se conocieron al leer en el libro de Lanzarote los amores de la reina Ginebra y este caballero, que fue motivo de inspiración y homenaje por poetas románticos y contemporáneos, así como la historia del conde Ugolino da Pisa, el último viaje de Ulises, el tránsito por el bosque de los suicidas, la travesía del desierto donde llueve el fuego y la llanura de hielo de los traidores, estos últimos, considerados los peores pecadores entre todos. (Resúmen de Arturo)
Diego y Lola inician un nuevo viaje escapando desde Troya para llegar fundar una de las ciudades más importantes de toda la Historia. Además os traemos una pequeña sorpresa.
🎙️¡Nuevo programa!🎙️ Un ardid de Juno hace que Eneas y Dido pasen una noche de pasión que pondrá en peligro el destino del troyano. Júpiter ordena a Eneas que siga su camino y el troyano abandona a Dido, que se suicida tras maldecir a su amante y toda su estirpe. La enemistad ancestral entre Roma y Cartago queda así fijada en la mitología romana. 🐺¡No te lo pierdas!🐺 ¡Ya está a la venta mi segundo libro, la caída de la República! https://amzn.eu/d/aust1MT ¡Suscríbete al canal de Youtube de Roma Aeterna! https://www.youtube.com/@RomaAeternaPodcast Te dejo los enlace con el fantástico trabajo de Grenhuo: https://earth.google.com/earth/d/1rhs9ythbe-vaeoFXfYiYhr1sniNkTgSV?usp=sharing https://cdn.knightlab.com/libs/timeline3/latest/embed/index.html?source=141094Fu0iua9BBuzcOKhjU5XYQXKbvztHE9FaEo8K0U&font=Default&lang=es&initial_zoom=2&height=650 ¡Apoya a Roma Aeterna suscribiéndote desde 1,49 euros al mes para poder disfrutar del Archivo pretoriano! https://www.ivoox.com/support/918392 ¡Suscríbete al canal de youtube de Antigua Roma al Día y completa tu experiencia romana! https://www.youtube.com/@antigua_Roma - Correo: Romaaeternapodcast@gmail.com - Bluesky: @romaaeternafm.bsky.social - Twitter: @RomaAeternaFM - Instagram: @RomaAeternaPodcast - Ko-Fi (chupito de garum): https://ko-fi.com/romaaeterna - Tienda latostadora: https://www.latostadora.com/romaaeterna - Tienda RedBubble: https://www.redbubble.com/es/shop/ap/128907479 - Linktree, con todas las cosillas que voy haciendo: https://linktr.ee/IbanMartin - Grupo de telegram: https://t.me/GrupoRomaAeterna - Canal de telegram: https://t.me/CanalRomaAeterna - Canal de Whatsapp: https://whatsapp.com/channel/0029VaR4Gpx7YScyu0iC1P2j - Lista de Spotify con las canciones del programa: https://open.spotify.com/playlist/1l03nC2Ezqwn2KquDl5Zdl?si=50ee678d16a242e0 ¡Muchas gracias por escucharme, esto no sería posible sin ti!
🎙️¡Nuevo programa!🎙️ Eneas sigue contando sus aventuras y esta vez le explicará las peripecias que vivió tras abandonar Troya. Arpías, Ciclopes, profecías, dioses y la muerte de Anquises marcarán un relato puramente homérico. 🐺¡No te lo pierdas!🐺 ¡Ya está a la venta mi segundo libro, la caída de la República! https://amzn.eu/d/aust1MT ¡Suscríbete al canal de Youtube de Roma Aeterna! https://www.youtube.com/@RomaAeternaPodcast Te dejo los enlace con el fantástico trabajo de Grenhuo: https://earth.google.com/earth/d/1rhs9ythbe-vaeoFXfYiYhr1sniNkTgSV?usp=sharing https://cdn.knightlab.com/libs/timeline3/latest/embed/index.html?source=141094Fu0iua9BBuzcOKhjU5XYQXKbvztHE9FaEo8K0U&font=Default&lang=es&initial_zoom=2&height=650 ¡Apoya a Roma Aeterna suscribiéndote desde 1,49 euros al mes para poder disfrutar del Archivo pretoriano! https://www.ivoox.com/support/918392 ¡Suscríbete al canal de youtube de Antigua Roma al Día y completa tu experiencia romana! https://www.youtube.com/@antigua_Roma - Correo: Romaaeternapodcast@gmail.com - Bluesky: @romaaeternafm.bsky.social - Twitter: @RomaAeternaFM - Instagram: @RomaAeternaPodcast - Ko-Fi (chupito de garum): https://ko-fi.com/romaaeterna - Tienda latostadora: https://www.latostadora.com/romaaeterna - Tienda RedBubble: https://www.redbubble.com/es/shop/ap/128907479 - Linktree, con todas las cosillas que voy haciendo: https://linktr.ee/IbanMartin - Grupo de telegram: https://t.me/GrupoRomaAeterna - Canal de telegram: https://t.me/CanalRomaAeterna - Canal de Whatsapp: https://whatsapp.com/channel/0029VaR4Gpx7YScyu0iC1P2j - Lista de Spotify con las canciones del programa: https://open.spotify.com/playlist/1l03nC2Ezqwn2KquDl5Zdl?si=50ee678d16a242e0 ¡Muchas gracias por escucharme, esto no sería posible sin ti!
🎙️¡Nuevo programa!🎙️ Eneas le cuenta a Dido la desgarradora historia de la caída de Troya. Traición, muerte y dioses hacen de este Libro II de la Eneida uno de mis preferidos. 🐺¡No te lo pierdas!🐺 ¡Ya en preventa mi segundo libro, la caída de la República! https://amzn.eu/d/aust1MT ¡Suscríbete al canal de Youtube de Roma Aeterna! https://www.youtube.com/@RomaAeternaPodcast Te dejo los enlace con el fantástico trabajo de Grenhuo: https://earth.google.com/earth/d/1rhs9ythbe-vaeoFXfYiYhr1sniNkTgSV?usp=sharing https://cdn.knightlab.com/libs/timeline3/latest/embed/index.html?source=141094Fu0iua9BBuzcOKhjU5XYQXKbvztHE9FaEo8K0U&font=Default&lang=es&initial_zoom=2&height=650 ¡Apoya a Roma Aeterna suscribiéndote desde 1,49 euros al mes para poder disfrutar del Archivo pretoriano! https://www.ivoox.com/support/918392 ¡Suscríbete al canal de youtube de Antigua Roma al Día y completa tu experiencia romana! https://www.youtube.com/@antigua_Roma - Correo: Romaaeternapodcast@gmail.com - Bluesky: @romaaeternafm.bsky.social - Twitter: @RomaAeternaFM - Instagram: @RomaAeternaPodcast - Ko-Fi (chupito de garum): https://ko-fi.com/romaaeterna - Tienda latostadora: https://www.latostadora.com/romaaeterna - Tienda RedBubble: https://www.redbubble.com/es/shop/ap/128907479 - Linktree, con todas las cosillas que voy haciendo: https://linktr.ee/IbanMartin - Grupo de telegram: https://t.me/GrupoRomaAeterna - Canal de telegram: https://t.me/CanalRomaAeterna - Canal de Whatsapp: https://whatsapp.com/channel/0029VaR4Gpx7YScyu0iC1P2j - Lista de Spotify con las canciones del programa: https://open.spotify.com/playlist/1l03nC2Ezqwn2KquDl5Zdl?si=50ee678d16a242e0 ¿Quieres anunciarte en Roma Aeterna? https://advoices.com/roma-aeterna ¡Muchas gracias por escucharme, esto no sería posible sin ti! Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
🎙️¡Nuevo programa!🎙️ Hoy no podía faltar tu dosis de cosicas romanas para que pases una noche épica en compañía de LA ENEIDA. Hoy comenzamos la lectura ficcionada de la gran obra de Virgilio. 🐺¡No te lo pierdas!🐺 ¡Apoya a Roma Aeterna suscribiéndote desde 1,49 euros al mes para poder disfrutar del Archivo pretoriano! https://www.ivoox.com/support/918392 ¡Suscríbete al canal de youtube de Antigua Roma al Día y completa tu experiencia romana! https://www.youtube.com/@antigua_Roma El Desguace, con Marta G Navarro: https://go.ivoox.com/rf/101038650 - Correo: Romaaeternapodcast@gmail.com - Twitter: @RomaAeternaFM - Instagram: @RomaAeternaPodcast - Ko-Fi (chupito de garum): https://ko-fi.com/romaaeterna - Tienda latostadora: https://www.latostadora.com/romaaeterna - Tienda RedBubble: https://www.redbubble.com/es/shop/ap/128907479 - Linktree, con todas las cosillas que voy haciendo: https://linktr.ee/IbanMartin - Grupo de telegram: https://t.me/GrupoRomaAeterna - Canal de telegram: https://t.me/CanalRomaAeterna - Canal de Whatsapp: https://whatsapp.com/channel/0029VaR4Gpx7YScyu0iC1P2j - Lista de Spotify con las canciones del programa: https://open.spotify.com/playlist/1l03nC2Ezqwn2KquDl5Zdl?si=50ee678d16a242e0 ¿Quieres anunciarte en Roma Aeterna? https://advoices.com/roma-aeterna ¡Muchas gracias por escucharme, esto no sería posible sin ti! Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Agradece a este podcast tantas horas de entretenimiento y disfruta de episodios exclusivos como éste. ¡Apóyale en iVoox! Hoy abordamos una de las obras maestras de la literatura: la "Eneida" (29-19 a.C.). Texto clave e imprescindible, nos muestra una diversidad de características importantes de las sociedades antiguas y presentes, pero así mismo del ser humano en cuanto a individuo. Describimos algunos de sus rasgos nucleares, algunos de ellos no demasiado contados por ciertos motivos que también desgranamos y encima, cosas de la vida, hablamos de otras figuras culturales actuales no lo suficientemente reconocidas y vinculadas con el texto de Virgilio. Como siempre, ¡esperamos que os guste! Imagen de Dominio Público ("Virgilio leyendo la Eneida a Augusto y Octavia" por Taillasson). La música tiene licencia Creative Commons ("Into the Storm") o está cedida (cierre por el Almirante Stargazer del fantabuloso podcast "Torpedo Rojo") o es de dominio público. Recordad que ahora también nos podéis visitar en nuestra página podcaliptus.com :-) ENLACES DE INTERÉS: Recopilación de textos sobre el erudito y defensor de la cultura Juan Bautista Bergua: https://museo.getafe.es/omeka/files/original/JuanBautistaBergua.pdf Pódcast sobre la civilización cartaginesa: https://www.ivoox.com/podcaliptus-8-x-48-la-civilizacion-cartaginesa-audios-mp3_rf_87060056_1.html Pódcast sobre Kafka: https://www.ivoox.com/torpedo-rojo-9x14-desmontando-a-kafka-audios-mp3_rf_134567251_1.htmlEscucha este episodio completo y accede a todo el contenido exclusivo de Podcaliptus Bonbon. Descubre antes que nadie los nuevos episodios, y participa en la comunidad exclusiva de oyentes en https://go.ivoox.com/sq/157530
What is up Snackers?!??! Welcome back to the pod!! Tonight we're bringing y'all the classic Devin and Eneida recipe with a side of tasty snacks and laughs. Join us as we reminisce on events in our lives that we feel like really shaped who we are today and affect how we live our lives currently. Enjoy!! Be sure to stay plugged in with us on IG and share the page with a friend! @lnsthepodcast Personal pages: @_neederz & @_organicdev
Eneida Roman aims to help close the opportunity gap in Massachusetts. “We're talking about investing in the Latino community,” said Roman. “This is an investment because economic prosperity of the Latino community is American prosperity."Roman is the president and CEO of Amplify LatinX, a nonprofit focused on helping Latinos in Massachusetts and beyond attain not just wealth but influence. The organization centers on three pillars: economic development, leadership representation and policy advocacy. “We understand that all three (pillars) live in similar spaces, and we need to make sure that we're advancing policy solutions that close opportunity gaps for disadvantaged communities.”Tune in to this episode of the PNC C-Speak podcast to learn more about:Why Roman's first time experiencing opportunity gaps for the Latino community inspired her to found The Latino Circle (1:10)Amplify LatinX's annual campaign honoring 100 Latino leaders across the commonwealth (9:39)A piece of advice Roman would give her younger self (14:55)Powered by PNC Bank.Download a transcript of the podcast.
In this episode, we speak with Dr. Eneida Nemecek, a pediatric oncologist specializing in bone marrow transplants and cellular therapies. Dr. Nemecek provides an in-depth look at the science behind these treatments, the process patients go through, and the challenges faced by both patients and caregivers. She emphasizes the importance of caregiver well-being, particularly sleep, and discusses a PCORI study on stress management for caregivers. The episode concludes with a rapid-fire Q&A session covering key terms and concepts in the field. This episode was supported by the Patient Centered Outcomes Research Institute (PCORI) and features these PCORI studies (Study #1 & Study #2) by Mark Laudenslager, PhD. Key Highlights: 1. Bone marrow transplant involves replacing a patient's immune system with a healthier one, either from a donor or the patient's own modified cells. 2. Caregiver quality of life, especially sleep, is crucial for patient outcomes in bone marrow transplant cases. 3. CAR-T therapy is a form of cellular therapy where white blood cells are engineered to attack specific targets, offering new treatment options for certain cancers. About our guest: Dr. Eneida Nemecek is a Professor of Pediatrics and Medical Oncology and Associate Director of Clinical Research at the Knight Cancer Institute-Oregon Health & Science University (OHSU) in Portland, Oregon. Native from Puerto Rico, she completed her Pediatric residency at Case Western Reserve University in Cleveland, OH and Pediatric Hematology/Oncology fellowship at the Fred Hutchinson Cancer Research Center in Seattle, Washington. She has a Master in Epidemiology and Clinical Research from the University of Washington and a Master in Healthcare Business Administration from OHSU. Dr. Nemecek is an established clinical researcher with over 20 years of experience in trials ranging from investigator-initiated early phase to large, multicenter studies funded by a variety of mechanisms. Her research focuses on bone marrow and cellular therapies, experimental oncology therapeutics and health services research addressing disparities in access for underrepresented groups. She has served in leadership roles in steering committees for several national cooperative research groups. She has also held elected leadership positions as director, trustee or committee chair in multiple professional organizations. The Your Cancer GPS™ platform is coming! Step-by-step subway maps that guide you through the entire cancer experience. Learn more here! Key Moments: At 14:40 “Sleep is healthy. If you are the one caregiver of a patient and you get sick because you're stressed and not getting enough rest, then you get affected and your patient gets affected too. It's a very important part of our health. Eat, sleep, get some time for yourself. Those are all things that just need to happen. The way that we're designing medicine today, sometimes we forget that the caregiver is kind of a patient. If we lose that person, we are in serious trouble. I can tell you multiple examples about when that has happened and how difficult it is for the medical team and for the family.” At 28:03 “I think it's really important to remind ourselves that the brain, our psychosocial life, is part of our health. I think sleep, exercise, diet studies, anything that can improve the life of people should be studied in a very organized setting, just like you study drugs, if we're going to do this well.” Disclaimer: All content and information provided in connection with Manta Cares is solely intended for informational and educational purposes only. This content and information is not intended to be a substitute for medical advice, diagnosis, or treatment. Always seek the advice of your physician or other qualified health provider with any questions you may have regarding a medical condition.
Ivan Kotliarevsky (1769-1838) was the first modern Ukrainian writer who wrote in actual Ukrainian. His parody "Eneida" followed some rowdy Ukrainian Cossacks on their journey to/from Troy. His other works included the great play - "Natalka Poltavka", which was the last play performed at the Kyiv Opera Theatre before the 2022 invasion. Kotliarevsky was also a military veteran and even mobilized his fellow Ukrainians against Napoleon in 1812! How did he influence Ukrainian literary history? Why was he so cool and such a great party guest? Find out in this episode of Wandering the Edge! Facebook & Instagram: Wanderedgeukraine For more episodes, sources and extras, please visit: wanderingtheedge.net
What is up Snackers???!! Welcome back to the pod! This week Eneida is doing her first solo episode! She is sitting down to talk to y'all about recent events that have taken place that have caused her to reflect and learn more about herself as a wife and person in general. Tune in and hope y'all enjoy! Be sure to stay plugged in with us on IG and share the page with a friend! @lnsthepodcast Personal pages: @_neederz & @_organicdev
Eneida Marta é conhecida pelo seu estilo peculiar que busca casar nas suas músicas a modernidade com a ancestralidade dos povos guineenses. Dona de uma das mais belas vozes da música moderna guineense, Eneida Marta traz sempre nos seus trabalhos alguma reflexão sobre a difícil situação da maioria das crianças guineenses sem nunca descurar a canseira enfrentada pela mulher. Como a própria diz, na história moderna da Guiné-Bissau, há e houve sempre grandes mulheres que não podem ser esquecidas. Uma dessas mulheres é a Okinka Pampa, aquela que foi a única mulher a ser coroada rainha de um dos povos da Guiné-Bissau, o povo Bijagó, das ilhas do mesmo nome."Okinka foi a rainha dos Bijagós. A rainha Okinka Pampa, como muitos sabem, sucedeu ao seu pai e foi encarregue de proteger os ancestrais da ilha e ser a guardiã das suas tradições. Numa época em que o colono português se preparava para ocupar o arquipélago dos Bijagós, como parte das suas reivindicações territoriais na África", começa por recordar Eneida Marta.O reinado de Okinka Pampa ocorre entre 1910 e 1930, sucedendo ao pai, entretanto, falecido, mas foi tempo suficiente para enfrentar o colonialismo português, acabar com a escravatura nas ilhas Bijagós, pacificar aquele território, que estava devastado por guerras fratricidas e ainda fundar direitos da mulher que vigoram até os dias de hoje.Entre o povo Bijagó, caso único na sociedade guineense, a mulher é quem escolhe o homem com quem casar e se um dia não gostar mais desse casamento, simplesmente despede o marido.Eneida Marta explica que sempre quis homenagear os feitos de Okinka Pampa e através dela, todas as mulheres guineenses. Praticamente desde que começou a cantar de forma profissional nos finais dos anos 1990, que tinha em mente contar a história de Okinka Pampa, através da música."O tema ou a música, como se preferir, de Okinka Pampa, foi criada sensivelmente há quase um ano em Londres e então, desde aí deu-se o trabalho. Começou-se o trabalho desde da fase embrionária que começou em Londres e depois foi toda essa gravação ao longo dos meses e culminou com a filmagem do videoclipe, que foi em Dezembro de 2023. Esse projeto, no fundo, está a ser preparado há sensivelmente quase um ano," esclarece a cantora.Agora que o projecto saiu da imaginação, Eneida Marta espera que a música e o videoclipe sejam apreciados nos quatro cantos do mundo. "Naturalmente, com essa bela homenagem feita a essa nossa rainha que foi tão importante para a Guiné-Bissau como para a África, é claro que eu quero atingir o mundo", diz.Eneida Marta acredita ter trabalhado com os melhores realizadores de videoclipes no mercado português, daí o resultado que surpreendeu a própria. A ideia foi oferecer algo cinematográfico a quem assiste à música Okinka através do vídeo."O objectivo de fazermos um vídeo quase cinematográfico é propositado, claro. A ambição é muito grande em dar a conhecer a nossa Okinka Pampa. Não passa daquilo que eu disse. O objectivo deste trabalho é atingir o mundo e dar a conhecer Okinka Pampa. Trabalhei com um dos melhores em Portugal, que é o Wilson, que é o videógrafo com quem trabalhei e o Índio Nunes também na produção do vídeo. É claro que tem que chegar ao mundo. A história de Okinka Pampa realmente é e merece ser um filme", considera a artista.A história de Okinka Pampa é tão valiosa quanto desconhecida até entre os próprios guineenses. Eneida Marta entende que se devia aproveitar o mote lançado pela sua música de homenagem à rainha do povo Bijagó para contá-la através de um filme. "É claro que o historiador Quinca Pampa daria um grande filme, digno de prémios. Disso não tenho a mais pequena dúvida", conclui Eneida Marta, cuja nova música pode ser encontrada nas várias plataformas das redes sociais.
Juliette talks with visionary leader, Eneida Roman, about the transformative power of Amplify Latinx in fostering Latino economic empowerment. Eneida shares insight into the organization's mission to propel the visibility of Latino leaders and the growth of Latino-owned businesses, emphasizing community involvement and public policy advocacy. Eneida also discusses Amplify Latinx's strategic initiatives designed to uplift an entire community by amplifying less visible leaders and supporting micro businesses. Episode Highlights: 07:36 - Expanding Outreach in the Latino Community: "Because we understood that the Latino community is the fastest growing population in the nation. And if we're only looking at women, we're missing out on half of that significant growth." 09:46 - Leadership and Economic Empowerment: "We really have honed in on supporting Latino-owned businesses, helping them obtain access to procurement opportunities and access to capital." 14:40 - Empowering Growth: "Because at the end of the day, Latino prosperity is American prosperity because when a community does well, everybody does well. 17:59 - Impact of Recent Supreme Court Ruling on DEI: "And now there's been a ruling by the Supreme Court of the United States that limits that progress somewhat and that has given pause to many leaders about what to do next." 18:36 - Promoting progress for the American economy is about giving equal opportunity, then let's do that. Right? Let's make sure that we are looking at what our country looks like and making sure that we're not giving preference to anybody. We're just looking at what the landscape is like and what we need to do as leaders, as business leaders, to ensure that the next generations do well.ContactConnect with JulietteLinkedInWebsiteJuliette's BooksConnect with EneidaWebsite Email: Info@amplifylatinx.com
¡No es un audiolibro! Terminamos estos dos meses dedicados al clásico de la literatura latina con un extensísimo programa de más de cuatro horas en el que recogemos parte de los contenidos publicados y añadimos secciones en exclusiva. Todo lo que siempre quisieron saber sobre la 'Eneida' ahora en este gigantesco podcast en el que hablamos un poco de todo. ¡La revolución ha comenzado! Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Recomendados de la semana en iVoox.com Semana del 5 al 11 de julio del 2021
¡No es un audiolibro! Terminamos estos dos meses dedicados al clásico de la literatura latina con un extensísimo programa de más de cuatro horas en el que recogemos parte de los contenidos publicados y añadimos secciones en exclusiva. Todo lo que siempre quisieron saber sobre la 'Eneida' ahora en este gigantesco podcast en el que hablamos un poco de todo. ¡La revolución ha comenzado!
¿Por qué escribe Virgilio la Eneida? ¿Le llegó la inspiración divina y decidió ponerse manos a la obra? La verdad es que nada más lejos de la realidad, pues la Eneida fue un encargado del mismísimo emperador Augusto, quien quería crear una epopeya nacional que fuese para los romanos lo que la Ilíada y la Odisea para los griegos. Una glorificación del recién nacido Imperio, que le serviría a Augusto para cristalizar el mito fundacional de Roma. En este episodio, repasamos la Historia de Roma, y recordamos quién fue Augusto, cómo llegó al poder y por qué fue tan importante su figura. Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Todos, o casi todos, sabemos que Virgilio es el encargado de guiar a Dante a través del Infierno en su (Divina) Comedia. También sabemos que Virgilio es el autor de la Eneida, y que Alighieri es uno de sus más fervientes admiradores. Ahora bien, ¿es este cameo solo fruto de la admiración? ¿Hay más conexiones entre la obra de Dante y Virgilio? ¿Qué influencia tuvo la Eneida en el "poeta supremo", como se conoce a Alighieri? Repasamos las conexiones entre estas dos obras maestras y sus autores, además de recomendar otras lecturas para adentrarse en el universo de Dante Alighieri. Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Esta semana dedicada al cine abrimos con 'La leyenda de Eneas', del director Giorgio Venturini, para adentrarnos en una saga centrada en la figura de Eneas y en el origen del cine péplum. ¿Qué es exactamente el cine de espada y sandalia? ¿Es bueno? ¿Valen la pena sus películas? Continuamos investigando y profundizando en todo lo que rodea a la 'Eneida' y a la obra de Virgilio, en general, aunque, en esta ocasión, dejamos los libros a un lado para sentarnos en una butaca bien cómoda y poder disfrutar de una sesión de cine fuera de lo convencional. ¡La revolución ha comenzado! Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
¿Quién es Virgilio y por qué su obra es tan importante? ¿Cuál fue su relación con el poder político? ¿Cuán importante es la Eneida en la historia de la literatura? ¿Cómo murió el poeta? Estas y otras muchas preguntas son las que intentamos contestar en este breve repaso por la vida del poeta que marcó. ¡Continuamos la decimocuarta temporada de La Milana Bonita con un nuevo formato! Durante los próximos dos meses iremos analizando la 'Eneida' con las secciones habituales del programa, pero reconvertidas para tener un contenido mucho más cuidado y trabajado. Seguimos s esta semana con la 'Pluma' un espacio en el que tratamos de conocer el autor de la obra. Este programa se enmarca dentro de un Club de Lectura muy especial. ¡La revolución ha comenzado! Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
The new Covid booster is out. With these booster shots becoming like the flu vaccines, Scott brings on Dr. Eneida Roldan from the Association of American Medical Colleges to discuss if these vaccines are safe and who should get them.
What is up Snackers?! Welcome back for another week of the pod! This week we complete the interview series with Eneida's interview. Tap in to hear some insightful questions and even a little tear-eyed moment. Enjoy! Hookup: Hippeas Be sure to stay plugged in with us on IG and share the page with a friend! @lnsthepodcast Personal pages: @_neederz & @_organicdev
What is up Snackers?! Welcome back for another week of the pod! This week we are trying something different where Eneida interviews Devin. We wanted to switch up the flow of normal episodes and try an interview style so let us know if this is something you enjoy or not so much! Tune in to hear all about Devin as well as some hot seat questions! Enjoy! Be sure to stay plugged in with us on IG and share the page with a friend! @lnsthepodcast Personal pages: @_neederz & @_organicdev
For this motivating episode of mdtalk, host LaQuinta Jernigan, Chief Operating Officer at mdgroup, was joined by Dr Eneida Nemecek. Eneida is Medical Director of Clinical Research and Pediatric and Medical Oncology Doctor. at Oregon Health & Science University. Eneida is also dedicated to promoting diversity in healthcare and volunteers in a range of roles for incredible charities. LaQuinta and Eneida discussed Eneida's experience as a medical doctor and professor; how these experiences have influenced her to dedicate herself to making healthcare equitable; and the vital role clinical research plays in creating health equity.
Uma coisa que sempre notei em mim é que sempre gostei de ficções científicas mais contemplativas. Aliás, sempre acreditei que as ficções científicas foram muito mal interpretadas, pois o cerne da maioria das grandes histórias não está especificamente na “ciência” ou na “tecnologia”, mas sim nas antigas e recorrentes especulações da filosofia, dos mitos e da religião. Sou naturalmente atraído pelas especulações dos escritores sobre o futuro, pois é da sua imaginação que podemos especular o que, na opinião deles, será transcendental. Autores como Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, Stanislaw Lem e Isaac Asimov trabalham com muito mais frequência temas como “memória”, “identidade”, “origem” e “finitude” do que “exploração espacial”, “robótica” ou “inteligência artificial”. Quando terminei de assistir Ad Astra, influenciado por uma crítica muito boa que vi no perfil do Gyordano Montenegro Brasilino, fiquei completamente satisfeito pelo ritmo lento e pela abordagem introspectiva da história. Ad Astra, antes de ser uma ficção científica, é um drama introspectivo. Conseguir ser introspectivo dentro de uma história que envolve viagens interplanetárias é quase um paradoxo chestertoniano. As próprias composições cinematográficas deste filme sugerem esse paradoxo. O filme tem duas principais composições: uma “hiperpanorâmica”, onde o invivíduo é completamente “miniaturalizado” em relação ao espaço, e “hipercloses”, que, no sentido contrário, tenta trazer realçar as emoções do personagem. Existe aqui tanto a vertigem da aproximação quanto do afastamento. Ad Astra se passa num futuro próximo, onde a humanidade conquistou o espaço interestelar e estabeleceu bases em Marte e na Lua.A história começa na Terra, onde o protagonista, Roy McBride, um astronauta renomado interpretado por Brad Pitt, é convocado para uma missão especial. Ele é chamado para uma missão urgente para investigar estranhas interferências eletromagnéticas que estão ameaçando a sobrevivência do sistema solar. Essas interferências são acreditadas como sendo causadas por seu pai, o lendário astronauta Clifford McBride (Tommy Lee Jones), que foi dado como desaparecido há mais de 20 anos, enquanto liderava uma missão para o planeta Netuno, em busca de vida extraterrestre. Clifford McBride não é o protagonista, mas certamente é o personagem principal. Sua missão de encontrar vida fora da Terra se tornou uma obsessão comparável à do Capitão Ahab em encontrar Moby Dick. Ele abandonou a família, os filhos e até se tornou uma espécie de tirano para cumprir sua missão. O título “Ad Astra” é derivado da frase em latim “per aspera ad astra”, que significa “por caminhos difíceis até as estrelas”, e tem origem na Eneida de Virgílio.As estrelas sempre foram muito mais do que “esferas de plasma superaquecido”, elas são símbolos zodiacais. Elas guiam caminhos, essa é uma verdade que percorre desde os antigos navegadores (que contemplavam o Cruzeiro do Sul, Órion e a Estrela Polar para orientar suas navegações) até os Reis Magos no deserto, que seguiram uma estrela até o sagrado presépio do nascimento de Cristo. Ad astra é sobre o antigo costume de seguir estrelas. Clifford McBride segue a sua estrela, sua obsessão de descobrir vida fora da Terra. Roy McBride também segue a sua estrela, que é seu pai. Quando eu disse que Clifford McBride é o personagem principal é porque ele movimenta toda essa configuração temática. Sua obsessão de querer encontrar “vida fora da Terra” não é nada mais nada menos do que a antiga obsessão religiosa de encontrar “vida além da vida”. A velha pulsão pela Eternidade que, fora do ambiente da sabedoria religiosa, se torna enlouquecedora. Enfim, Ad Astra é mais do que um bom filme pra mim, ele é tudo aquilo que sempre sobreviveu na ficção-científica, até mesmo entre os autores mais ateus: a religião. Acessem: https://tavernadolugarnenhum.com.br/
No conocemos todos los detalles históricos de la fundación de Roma, pero sí la leyenda que los romanos se contaban a sí mismos. Y para conocerla, deberemos remontarnos hasta la guerra de Troya, a la huida de Eneas y sus fieles, tras su breve estancia en el reino de Cartago y su final establecimiento en el Lacio para fundar la ciudad de Alba Longa.Muchas generaciones después, unos gemelos descencientes de Eneas, serían abandonados a la orilla del Tíber, amamantados por una loba y criados por un pastor para recuperar el trono de su abuelo y proceder a fundar la ciudad eterna el 21 de abril del 753 a.C.
En las costas de Túnez existe un lugar al que la Dido de la Eneida, Elisa, la hija del Rey de Tiro, llegó huyendo de su hermano Pigmalión para fundar una ciudad: la mítica Cartago que se convertirá con el tiempo en la gran Metropoli del Mediterráneo antiguo antes del Imperio Romano. Desde sus orígenes legendarios, hasta el relato de su fundación real y de sus primeras etapas históricas, hablamos hoy en El Abrazo del Oso continuando una de nuestras series abiertas: de Fenicia a Cartago. Junto a Yolanda Barreno y Francisco Muriana conocemos hoy las primeras etapas de la gran ciudad de los púnicos, desde la época arcaica de la colonia tiria, hasta los tiempos de las guerras Púnicas antes del choque definitivo con la nueva potencia del Mediterráneo: Roma. Si te gusta el Abrazo del Oso y quieres acceder a más contenidos extra, puedes ayudarnos pinchando en el botón 'apoyar' aquí en iVoox. O pásate por www.patreon.com/elabrazodeloso ¡GRACIAS! www.elabrazodeloso.es Programa publicado originalmente el 26 de marzo de 2023. www.latostadora.com/elabrazodeloso Canal de Telegram para estar informado: https://t.me/+T6RxUKg_xhk0NzE0 Grupo abierto de Telegram para conversar con el equipo y la audiencia: https://t.me/+tBHrUSWNbZswNThk Twitch: https://www.twitch.tv/elabrazodeloso Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
En stor explosion i Hässelby i Stockholm. Eneida har skrivit en bok om sina kor. Den heter Kohjärta och sålde slut direkt.
Más que de una vida sana hay que hablar de un estilo de vida saludable del que forman parte la alimentación, el ejercicio físico, la prevención de la salud, el trabajo, la relación con el medio ambiente y la actividad social. En este episodio Eneida @caricoeneida.sercom nos hablara de como poder a llegar a ser saludables sin tanto esfuerzo --- Send in a voice message: https://anchor.fm/creser/message
WEEEEEY Acompáñanos en este capitulo en el que hablaremos de la Eneida, un poema escrito con motivos de glorificar Roma ¿La conocías?--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------►Síguenos en Instagramhttps://www.instagram.com/historiaparatontos►Sígueme en TikTokhttps://www.tiktok.com/@historiaparatontos►Síguenos en Facebook:https://www.facebook.com/historiaparatontos_podcast----------------------------------------------------------------------------------------------------------------►Sigue a Iker en:https://www.instagram.com/ikerlinazasoro19 Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
En el episodio de hoy veremos la expresión “irse la pinza / irse la olla”. Ambas se utilizan cuando pensamos que alguien se ha vuelto loco, que no actúa de manera normal o racional. Por ejemplo, a mi profesor de Latín se le fue la pinza y venía a clase vestido con una sábana y recitando versos de la Eneida.Recordad que si queréis consultar el contenido del pódcast lo tenéis disponible aquí, en la descripción del episodio, siguiendo este enlace.https://comopezenelhabla.com/podcast/130-irse-la-pinza/
Eneas, príncipe de Dardania, huye de Troya tras haber sido quemada ésta por el ejército aqueo, llevándose a su padre Anquises y a su hijo Ascanio. En el camino, su mujer Creúsa se pierde definitivamente y su fantasma dice a Eneas que no vierta amargas lágrimas por ella, pues le estaba aparejado por el destino una esposa de sangre real. Juno, rencorosa con la estirpe troyana, trata de desviar por todos los medios a la flota de supervivientes de su destino inevitable, Italia. Las peregrinaciones de Eneas duran siete años, hasta que llegado el último es acogido en el reino emergente de Cartago, gobernado por Dido o Elisa de Tiro. Por un ardid de Venus y Cupido, Dido se enamora perdidamente de Eneas y tras la partida de éste por orden de Júpiter, se quita la vida, maldiciendo antes a toda la estirpe venidera de Eneas y clamando el surgimiento de un héroe vengador. (De la wikipedia en español).Traducido por Eugenio de Ochoa.
Os lusíadas, epopeia escrita por Luís de Camões, completa em 2022, 450 anos da primeira publicação, que homenageou as conquistas marítimas portuguesas. Tendo como inspiração epopeias greco-romanas como a Ilíada e a Eneida, é considerada uma obra prima da língua portuguesa. Este episódio traz reflexões sobre o contexto do livro, sua importância histórica e cultural, além de trechos do próprio livro. https://www.revistaesfinge.com.br/2022/03/12/os-lusiadas/ Participante: Paula Poloni Texto original: Isabella Brandão e Daniel Andrade
Agradece a este podcast tantas horas de entretenimiento y disfruta de episodios exclusivos como éste. ¡Apóyale en iVoox! Este programa es un corte del Podcast número 45 de La Biblioteca de Alejandría. En esta ocasión os hemos una historia del mundo clásico. La Eneida es una epopeya escrita por Virgilio en el s. I a.c. que tiene como objetivo dar más lustre y gloria al imperio romano otorgándole un origen mitológico. Vamos, lo que viene siendo propaganda nacionalista romana. Virgilio parte de la Guerra de Troya para hilar una historia en al que a través de los siglos se pueda concluir que Roma es digna descendiente de la perdida ciudad de Troya y que por tanto su origen se remonta a los tiempos en los que los dioses pisaban la tierra. Si queréis saber mucho más sobre el tema, este es vuestro podcast. Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Mensimah's Round Table: Conversations with Women of Power and Grace
Dr. Atim Eneida George's credentials: Postdoctoral Fellow, Center for Black Studies Research (CBSR), UC Santa Barbara Conducted an in-depth qualitative interdisciplinary study entitled Black Mothers Matter, https://www.cbsr.ucsb.edu/research-projects/intersectional-justice leading to the production of book chapter, Respect—Making Your Mess, Your Message: What I Learned About Courageous Truth-telling from Gender-based Violence (to be published in 2021). Executive Director, Global Center for Creative Leaders (GCCL), Lanham, MD Global Center for Creative Leaders, a non-profit Organisation committed to developing leadership capacities of clients and stakeholders through delivery of innovative training and development activities and services Deputy Director, Rangel Program in International Affairs, Howard University Visiting Fellow & Public Diplomat-in-Residence, University of Southern California (USC) Honors & Awards: HONORS & AWARDS (amongst many) Recipient of merit-based Weisman and Wayland Scholarship supports doctoral students who are dedicated to scholarship and practice that directly impacts and improves the lives of women and/or girls in the United States or abroad Recipient of merit-based Guskin Scholars' Fund in Leadership & Change supports students committed to improve the quality of life for individuals, communities, and the world State Department Superior Honor Award for work in Nigeria Distinguished Women's Advocate Award for advocacy work in Nigeria W. Averill Harriman Award for “extraordinary contributions to the practice of diplomacy exemplifying intellectual courage and a zeal for creative accomplishment” A deep conversation, we discussed among many topics: Global Leadership Reciprocal Mentorship Empowering Rural Communities in the Developing World Her publication, "Respect—Making Your Mess, Your Message: What I Learned About Courageous Truth-telling from Gender-based Violence Pro-social Behaviors Tools for healing including gratitude, focusing on the positive, et cetera. YouTube Video: https://youtu.be/3DdKT2zdLog